Edição #3

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Edição #3
ANO I - Edição 3 - Trimestral - Novembro 2014
Brasil
PANORAMA DE MERCADO
Perfil do setor de
nãotecidos duráveis
e descartáveis
Pág. 4
ENTREVISTAS
Executivo da ANFAVEA fala
sobre têxteis no setor
automobilístico
Pág. 8
NEGÓCIOS
Brasil discute normas
para limitar substâncias
químicas no vestuário
Oeko-Tex
Pág. 10
Divulgação
EM FOCO
Fibras sustentáveis
e de alto desempenho
inovam produtos
Pág. 24
Tecidos técnicos ganham
destaque na Febratex
Pág. 14
Divulgação
FEIRAS & EVENTOS
1
La Tecnología como Elemento
Impulsor de la Innovación Textil
en ITMA 2015
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ITMA es una plataforma única en la que se muestran los últimos
avances en tecnología y equipamiento de confección textil tanto para
materiales textiles tradicionales como innovadores. Con 19 áreas de
exposición, ITMA reproduce la cadena de producción, desde hilaturas
hasta acabados, pasando por no tejidos, tejedurías y punto.
Alrededor del 18% de los visitantes de ITMA 2011 buscaba
soluciones para no tejidos y textiles técnicos. Los increíbles avances
en las innovaciones tecnológicas en estos campos son posibles
gracias a la estrecha colaboración entre los productores de fibras e
hilos, los fabricantes de maquinaria y de textiles, las instituciones de
investigación y las industrias de consumidores finales.
12 – 19 NOVIEMBRE
FIERA MILANO RHO
MILÁN, ITALIA
ITMA 2015 seguirá ofreciendo tecnología y soluciones vanguardistas
para la producción de no tejidos, de textiles técnicos y de textiles para
ropa funcional.
Solicite su espacio ahora en www.itma.com
La innovación siempre ha
sido una parte integral del
ADN de ITMA desde el
año 1951. ITMA 2015
seguirá centrándose
en la innovación
sostenible que
genera crecimiento
en la industria
de la confección
y el textil.
Propietario de
la Exposición
Organizador
Asociaciones CEMATEX
Visítenos online
EDITORIAL
Mercado sinaliza que estamos no rumo certo
Chegamos a terceira edição da Revista Têxtil Técnico Report
- TTR com aumento no número de páginas de conteúdo,
graças à inserção de novos anunciantes!
Esta é uma conquista que celebramos com vocês, leitores
e parceiros comerciais, afinal, este ano de 2014 não foi
fácil para as indústrias e nem para a economia brasileira.
O mercado interno viveu momentos de altos e baixos por
conta das expectativas de dois grandes eventos: a Copa do
Mundo da FIFA e as Eleições Presidenciais, que mobilizaram
o país de Norte a Sul.
Entretanto, a boa receptividade que tivemos das empresas
e das entidades que atuam no setor têxtil, nos indica
que estamos no caminho certo ao focar nos tecidos
técnicos e nãotecidos. Conforme revela o estudo do IEMI,
este segmento, embora também afetado pela retração
econômica, tem demonstrado visão de futuro, avanço
tecnológico e grande capacidade de investimentos.
Novas fibras e processos têxteis, aliados à uma preocupação
constante com a pesquisa e o desenvolvimento de novos
materiais, revelam a preocupação desta indústria com
a inovação e a sustentabilidade.
A cada feira e evento que cobrimos, vemos algo novo
e interessante para divulgar! É isto que nos motiva
a continuar nos aprofundando nesta área, em busca de
informação e conhecimento.
E para coroar este trabalho, temos a satisfação de anunciar
que estaremos na ITMA 2015, em Milão, a maior feira
internacional de máquinas e equipamentos para a indústria
têxtil mundial. Em sintonia com a tendência e demanda de
mercado, ITMA também abriu espaço para o setor de Tecidos
Técnicos, Nãotecidos e Vestuário Funcional em sua próxima
edição. Estaremos presentes, também, na Conferência
Internacional Edana - OUTLOOK™ Plus Latin America 2015,
primeiro evento da associação internacional dos nãotecidos
a ser realizado no mercado latino-americano.
Não nos cabe prever o amanhã. A vida, por si só, é cheia
de surpresas e incertezas. Porém, cabe a quem acredita
no futuro, transformar sonho em realidade. A todos que
nos apoiaram nesta caminhada até aqui, o nosso muito
obrigado e Feliz Ano Novo!
Marcia Mariano
Editora
EXPEDIENTE
REVISTA TÊXTIL TÉCNICO REPORT
Ano I / Número III
Diretora / Coordenação Executiva
Simone Jacob Paschoal
[email protected]
Gerente Comercial
Simone Storti
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3
PANORAMA DE MERCADO
Perfil do setor de têxteis técnicos
no Brasil
O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), especializado em pesquisas e análises
do setor têxtil e de vestuário, apresenta balanço do setor de nãotecidos e tecidos técnicos.
Embora venha apresentando crescimento constante no
mercado brasileiro, o setor de têxteis técnicos continua
concentrado basicamente em três segmentos. Os
nãotecidos descartáveis se destacam nas áreas de Limpeza
e Higiene para produção de absorventes higiênicos, fraldas
e lenços umedecidos; e Médico-Hospitalar, na fabricação
de campos cirúrgicos, aventais, toucas, entre outros
itens. Já os nãotecidos duráveis têm maior penetração
na confecção de carpetes, forrações, enchimento de
edredons e travesseiros. Há também uso, em menor escala,
na indústria automobilística, filtração e agricultura. Já em
relação aos tecidos técnicos, tanto planos quanto malhas,
suas principais aplicações estão nos setores de embalagem,
construção civil, indústria calçadista, estofados e colchões.
Produção e consumo aparente
Em termos de produção, houve aumento de 1,5% em
2013 ante 2012. Para 2014 estima-se que o ano se encerre
com uma alta de 3,5%. Em valores, a produção nacional
alcançou R$ 6 bilhões (sem impostos), crescimento de
9,4% em relação a 2012 e de 41% em relação 2009 (valores
nominais). Descontada a inflação, a alta chegou a 13,2%,
um crescimento médio de 9,0% ao ano no período avaliado.
A tabela 1 mostra a evolução da indústria nos últimos cinco
anos, enquanto as tabelas 2, 3 e 4 destacam o consumo
aparente, importações e exportações no mesmo período.
Indústria, unidades fabris e pessoal ocupado
Descrição
2009
2010
2011
2012
2013
Número de empresas identificadas
232
237
239
240
240
Número de unidades fabris
285
291
295
298
302
Média de unidades fabris por empresa
1,2
1,2
1,2
1,2
1,3
41.548
43.513
46.013
44.299
43.149
Pessoal ocupado
Fonte: IEMI
Consumo aparente de nãotecidos e tecidos técnicos no Brasil (em toneladas) (1) (2) (3)
Descrição
2009
2010
2011
2012
2013
Produção
536.025
603.276
623.398
604.989
613.976
Importação
62.055
82.162
85.368
84.178
86.818
Exportação
69.033
83.520
79.306
71.688
63.715
Consumo aparente
529.047
601.918
629.460
617.479
637.079
Participação dos importados (%)
11,7%
13,7%
13,6%
13,6%
13,6%
Participação dos exportados (%)
12,9%
13,8%
12,7%
11,8%
10,4%
Fonte: IEMI
Notas: (1) Consumo aparente = produção + importação - exportação
(2) Participação dos importados = importação sobre o consumo aparente
(3) Participação dos exportados = exportação sobre a produção
4
PANORAMA DE MERCADO
Consumo aparente de nãotecidos e tecidos técnicos no Brasil (em R$ 1.000) (1) (2) (3)
Descrição
2009
2010
2011
2012
2013
Produção
4.275.192
4.827.920
5.256.571
5.511.323
6.027.359
Importação
591.035
722.384
756.012
893.527
972.167
Exportação
472.414
582.793
630.102
677.777
682.988
4.393.814
4.967.512
5.382.481
5.727.073
6.316.537
Consumo aparente
Divulgação
Fonte: IEMI
Notas: (1) Consumo aparente = produção + importação - exportação
(2) Participação dos importados = importação sobre o consumo aparente
(3) Participação dos exportados = exportação sobre a produção
Unidades industriais
O parque industrial produtor de nãotecidos e tecidos
técnicos no Brasil é estimado em 240 empresas, as quais
possuem um conjunto de 302 unidades de produção,
ou seja, de 1 a 3 unidades por empresa. Já em relação ao
pessoal ocupado no setor, a soma dos funcionários diretos
e indiretos, em 2013, chegou a 43,1 mil funcionários, com
queda de 2,6% em relação ao ano anterior, porém, com alta
de 3,9% se comparado a 2009.
Nos gráficos 1 e 2, destacamos a distribuição da produção
por aplicação industrial.
Gráfico 1
Distribuição da produção de nãotecidos por aplicações (em % sobre volumes) - 2013
Doméstico (linha lar) / alimentos
26,1%
24,9%
Higiene pessoal
Industrial
11,4%
7,7%
Filtração
Automobilístico
6,8%
Calçados
6,0%
Vestuários
5,9%
4,0%
Médico hospitalar
Obras geotécnicas / engenharia civil
3,0%
Comércio
2,7%
Construção civil / impermeabilização
1,3%
5
PANORAMA DE MERCADO
Gráfico 2
Distribuição da produção de tecidos técnicos por aplicações (em % sobre volumes) - 2013
Embalagens
42,4%
Construção civil
8,3%
Industrial
8,2%
Automobilística
5,7%
Filtração
4,4%
Agricultura
5,0%
Agrobusiness
4,9%
Esportes
4,2%
Coberturas
4,0%
Roupas de segurança
Saúde
Calçados
Outros
Investimentos realizados
Os investimentos realizados pelo setor
de nãotecidos e tecidos técnicos em
2013 foram 7,4% superiores àqueles
feitos em 2012 e 6,1% maior que em
2009. Houve queda nos anos de 2011
e 2012, porém, em 2013, segundo
o IEMI, os investimentos tiveram leve
alta, conforme mostra o gráfico 3.
3,1%
2,0%
1,2%
6,5%
Gráfico 3
220
Evolução dos investimentos
no setor de nãotecidos
e tecidos técnicos
(em Milhões R$)
189
2009
Relatório Setorial
O IEMI também lançou, em setembro, a 14ª edição do
“Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira - Brasil Têxtil
2014”, documento elaborado e produzido com o apoio
institucional da Abit (Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção) por meio do Texbrasil (Programa
de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira)
e da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações
e Investimentos). Foram analisadas as atividades dos
diversos segmentos que compõem a cadeia produtiva têxtil:
fiação, tecelagem, malharia, beneficiamento e confecção,
avaliando a estrutura produtiva, número de empresas em
atividade, pessoal ocupado, volumes e valores da produção,
consumo de matérias-primas, e etc.
6
201
199
187
2010
2011
2012
2013
“O setor tem enorme relevância no desenvolvimento
econômico e social brasileiro, respondendo por 5,7% da
receita de toda a indústria de transformação local. Também
é responsável por empregar cerca de 1,6 milhão de pessoas,
o que representa 16,4% da força de trabalho do País”, comenta
o economista Marcelo Prado, diretor superintendente do
IEMI. Segundo ele, em 2013, a indústria têxtil e de confecção
produziu US$ 58,2 bilhões, o equivalente a 5,7% do valor
total da produção da indústria brasileira de transformação,
excluídas as atividades de extração mineral e construção
civil, que complementam o setor secundário da economia.
ENTREVISTAS
Tecidos brasileiros atendem
setor automotivo
Divulgação
O vice-presidente da Anfavea, Marco Antônio Saltini, fala sobre reflexos do programa Inovar-Auto
na cadeia de fornecedores nacionais, incluindo os produtos têxteis.
Anunciado em abril de 2012 pelo
Governo Federal, o Programa de
Incentivo à Inovação Tecnológica
e Adensamento da Cadeia Produtiva
de Veículos Automotores (Inovar-Auto)
para o período de 2013 a 2017, tem
como objetivo estimular o investimento
na indústria automobilística nacional.
O programa prevê redução de até
30 pontos porcentuais no IPI (Imposto
sobre Produto Industrializado) para
automóveis produzidos e vendidos
no País, ou seja, para cada R$ 1 de
compras locais reduz-se R$ 1 do
imposto devido. Mas para ter acesso
ao incentivo, além de determinados
graus de nacionalização, a indústria
precisa atender critérios como investir
em pesquisa e desenvolvimento,
tecnologia, eficiência energética
e capacitação dos seus fornecedores.
Todas essas ações visam estimular
o setor a oferecer produtos mais
eficientes, modernos e competitivos
ao mercado interno. Estima-se que
8
até 2015, o Inovar-Auto deverá
movimentar mais de R$ 50 bilhões em
investimentos.
Embora não seja o principal insumo
na produção dos veículos, os têxteis
técnicos têm grande importância no
conforto e segurança do automóvel.
São feitos com tecidos e nãotecidos
componentes como o revestimento
das portas e porta-malas; forração
interna do teto, isolamento acústico,
estofamento, carpetes, cintos de
segurança e airbags. A inovação
também é um dos requisitos para
diferenciação em um mercado tão
competitivo como o automotivo.
A Volkswagen, por exemplo, foi
pioneira no Brasil a utilizar tecidos
de fibras de PET reciclado para
revestir assentos, painéis e portas
de seus automóveis das linhas Gol
e Novo Voyage. Revista Têxtil Técnico
Report - TTR conversou com o vicepresidente da Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores
(Anfavea), Marco Antônio Saltini,
para saber como o programa pode
beneficiar os fornecedores têxteis
que atendem à indústria automotiva.
Diretor de Relações Governamentais
e Institucionais da MAN Latin America,
montadora de caminhões e ônibus,
Saltini disse que hoje o grau de
nacionalização dos têxteis utilizados
nos veículos brasileiros é de quase
100% e que estes produtos atendem
às normas e especificações exigidas
pelas montadoras. Confira:
TTR: Qual é a participação dos
têxteis na composição dos veículos
e quais requisitos devem atender
para satisfazer o padrão das
montadoras?
Marco Saltini: 60% da estrutura são
metais (alumínio/aço); 30% plásticos
e borrachas (elastômeros) e entre
8% e 10% tecidos e nãotecidos. Esta
participação já foi maior quando se
usava malhas de poliéster ou náilon
na estrutura da carcaça dos pneus,
mas atualmente o componente mais
utilizado são fios de aço ou titânio. Já
na parte interna há predominância
de têxteis nos bancos, forração
e acessórios de segurança como
cintos e airbag.
TTR: Qual é o grau de nacionalização
dos têxteis na composição dos
veículos brasileiros?
Marco Saltini: É alto. Com exceção
do airbag, cujo dispositivo de
enchimento da bolsa de náilon
é importado, os demais tecidos
e nãotecidos são fabricados, em sua
maior parte no Brasil.
TTR: Com a obrigatoriedade dos
carros nacionais terem sistemas
de segurança, como airbag duplo
e freios ABS de série a partir deste
ano, há interesse em produzir estes
itens no país?
Marco Saltini: A capacidade
produtiva mundial de automóveis
é de 84 milhões de unidades ano,
mas atualmente, está ao redor de
62 milhões. No Brasil se produz cerca
de 3,6 milhões de unidades/ano, ou
seja, muito pequena em comparação
ao volume mundial. A produção de
airbag é concentrada basicamente
nos Estados Unidos e Japão e estes
grandes fornecedores atendem toda
demanda global.
ENTREVISTAS
Marco Saltini: Estimular o investimento
em pesquisa e inovação nas empresas
nacionais. Com o programa, a indústria
automotiva precisa comprar parte do
conteúdo no País e com isso, a qualidade
e a diversificação deve aumentar no
mercado interno.
TTR: No caso dos têxteis, quais as
exigências feitas pelas montadoras?
Marco Saltini: Um dos fatores
preponderantes é o volume e garantia
de entregar o produto no prazo e com
as especificações corretas. Não pode
ter alterações nos lotes. As empresas
fornecedoras de têxteis no Brasil estão
preparadas para atender o setor.
Hoje 90% dos tecidos utilizados nos
automóveis são nacionais e possuem
características como antiestéticos,
antipilling e resistentes à luz do sol. Nos
modelos de maior valor agregado, já
há tecidos com acabamento antimofo,
antimanchas e impermeáveis.
TTR: Como a indústria automotiva
avalia os tecidos, por amostras via
online em 3D ou é necessário o envio
de amostra física para avaliação do
toque, maciez, resistência e outras
propriedades?
Marco Saltini: Geralmente os testes
são
realizados
pelos
próprios
fabricantes, que seguem especificações
das montadoras. A questão não
é o padrão de qualidade e sim, os custos
que fazem dos produtos nacionais
mais caros que o importado. Mas
no que se refere ao estofamento
e carpetes, por exemplo, estes produtos
já vêm pré-montados. Antigamente,
a indústria automobilística tinha
até confecção dentro da fábrica,
que cortava e costurava os tecidos
para os automóveis. Hoje esta etapa
é terceirizada.
TTR: E com relação ao design de
interiores e as cores. Por que não se
ousa mais em relação aos tecidos
estampados e coloridos?
Marco Saltini: 70% dos automóveis
no Brasil são da cor preta, prata
ou cinza. Em São Paulo, até pouco
tempo, a cor branca era rejeitada
por ser associado ao táxi, agora está
sendo aceita porque conquistou os
consumidores como item de moda,
ainda que neutra. Quando se trata
de carro, o brasileiro é conservador.
Ele prefere itens de conforto como ar
condicionado, som e conectividade
dos aparelhos eletrônicos a textura do
tecido ou o design de interior. Existe
uma cultura no país de que carro
colorido perde o valor de revenda
e a indústria automotiva é movida
Tectextil
TTR: Que impulso o programa
Inovar-Auto está dando aos
fornecedores locais?
pelo interesse do seu consumidor.
Mesmo os mais jovens quando vão
adquirir um veículo pensam nele
como investimento e não como
bem de consumo. Os modelos mais
fashion ainda atendem a um pequeno
nicho de mercado no Brasil. Talvez,
isso mude no futuro, e as montadoras
certamente estarão preparadas para
atender à demanda.
Indústria acredita
em recuperação
Em
setembro,
a
produção
brasileira de veículos (automóveis,
caminhões e ônibus) ultrapassou
300 mil unidades, um crescimento
de 13,7% na comparação com
mês de agosto. Também no
mesmo mês, as vendas financiadas
cresceram 11% e a demanda por
veículos seminovos e usados
7,5%, dando sinais de que o setor
está se recuperando. Entretanto,
se for considerado os nove meses
do ano, a produção apresentou
retração de 16,8%, comparada
ao mesmo período de 2013.
Os estoques também cresceram
de 385,7 mil em agosto para
404,5 mil em setembro. Os dados
foram divulgados pela Associação
Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea),
no último dia 6 de outubro, em
São Paulo.
A entidade também apresentou
à imprensa um estudo sobre
o comportamento do licenciamento
e da frota no Brasil nos últimos anos,
mostrando que o Brasil possui
5,4 habitantes por veículo, número
superior aos 1,7 da Alemanha
e 1,3 dos Estados Unidos. Outro
dado interessante é com relação
à evolução do licenciamento
de veículos que cresce mais nas
pequenas e médias cidades do que
nas grandes capitais. Na Região
Sudeste, por exemplo, as vendas nas
capitais São Paulo, Rio de Janeiro,
Belo Horizonte e Vitória subiram
22,9% de 2007 a 2013, enquanto
que nas cidades do interior, no
mesmo período, o acréscimo foi
de 57,9%.
9
NEGÓCIOS
Por: Marcia Mariano
Segurança química em têxteis
é debatida no Brasil
FreeImages
Setor está discutindo a elaboração de normas no Brasil para limitar a presença de substâncias
químicas tóxicas em artigos têxteis.
Representantes
da
Associação
Brasileira da Indústria Têxtil e de
Confecção (Abit), da Associação
Brasileira da Indústria Química
(Abiquim) e da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) estão
discutindo sobre o uso de produtos
químicos tóxicos em artigos têxteis.
A primeira reunião foi realizada no
dia 8 de abril e deste então, o grupo
vem se encontrando periodicamente
para avaliação dos trabalhos. A última
reunião aconteceu no dia 30 de
setembro, na sede da Abit, quando
foi apresentada uma tabela de preços
dos
laboratórios
especializados
para realização dos ensaios sobre
substâncias danosas.
10
Foram identificadas nove substâncias
(veja quadro) cujos usos são mais
comuns no tingimento e acabamento
de fibras, fios, tecidos planos, malhas,
nãotecidos e peças confeccionadas.
Entre estes acabamentos estão os
retardadores de chamas bromados,
usados para proteger materiais têxteis
do fogo; agentes antifúngicos, usados
em calçados e roupas esportivas para
prevenir o odor, entre outros.
O principal objetivo do grupo, que
envolve entidades de classe, indústria
química e indústria têxtil, varejistas
e órgãos públicos, é produzir
uma Norma Técnica Brasileira que
irá determinar os limites destas
substâncias para os testes de ensaio
em têxteis. “Muitos países já têm
regras e leis em relação à toxicidade
em produtos têxteis. As importações
na União Europeia, por exemplo, são
muito controladas e certificados são
exigidos dos exportadores. O Brasil
ainda não possui nenhuma Norma
que regulamente o uso de produtos
químicos potencialmente danosos
para têxteis e vestuário. Como toda
Norma regulamentadora, o principal
beneficiado será o consumidor
brasileiro”, explicou Rafael Cervone,
presidente da Abit, quando do
lançamento da Comissão de Estudos
de Acabamento - Grupo de Trabalho
em Segurança Química em Têxteis.
NEGÓCIOS
Exigência de normas
Na última reunião, coordenada
por Humberto Sabino, da Golden
Tecnologia, e Maria Adelina Pereira,
do CB17 - Comitê Brasileiro de Têxteis
e Vestuário da ABNT, havia a expectativa
da presença de um representante do
Inmetro, que não compareceu.
O Inmetro é um órgão governamental
que organiza e executa as atividades
de metrologia legal no Brasil,
sendo responsável pela edição dos
regulamentos
técnicos,
normas
de procedimentos que definem
os requisitos obrigatórios a serem
seguidos pelas empresas e também
pela certificação de qualidade
de produtos industriais. Entre as
prioridades da certificação compulsória
estão questões de segurança, saúde
e meio ambiente, aos quais se
enquadram as substâncias químicas
referidas nos têxteis. Já a ABNT é uma
entidade civil acreditada, responsável
pela elaboração das normas brasileiras
de caráter voluntário, ou seja, sem
obrigatoriedade, mas que estão
em conformidade com Normas
Regulamentadoras
Internacionais
como a ISO - International Organization
for Standardization (Organização
Internacional para a Padronização);
ASTM (American Society for Testing
and Materials), entre outras, que são
aceitas em todo o mundo.
O debate sobre segurança química
em têxteis no Brasil não é novo.
Começou em meados dos anos de
1990 com as empresas do segmento
de cama, mesa e banho, que na
época exportavam mais de 40% dos
seus produtos para Europa e Estados
Unidos. “Elas tiveram que se adaptar
à certificação Padrão Oeko-Tex 100
para atender a legislação europeia
e norte-americana sobre substâncias
proibidas em tecidos, roupas de cama
e vestuário”, lembra Frits V. Herbold, da
FVH Consultoria, um dos participantes
da reunião.
Alerta de contaminação
Mas o tema da segurança química
em têxteis voltou a chamar atenção
da mídia, após um jornal do Rio de
Janeiro (O Globo – edição 27/08/2014),
ter destacado em manchete:
“Substâncias
tóxicas
presentes
em roupas serão controladas”. Na
avaliação de Fernando Pimentel,
diretor-superintendente da Abit,
é um exagero alardear que as pessoas
podem ser contaminadas por roupas.
“Até hoje só teve um caso de dermatite
relatado no Brasil, causado por alergia
da pele em contato com substrato
têxtil”. Entretanto o dirigente assegura
que a entidade está empenhada em
debater o tema, reconhecendo que
no País há carência de laboratórios
A CONFERÊNCIA LÍDER NO MUNDO DE PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL
3 – 5 de março de 2015
SAO PAULO | BRAZIL
RENAISSANCE SÃO PAULO HOTEL
A OUTLOOK™ Plus Latin America
é co-organizada pela INDA
e EDANA com o apoio da ABINT,
a Associação Brasileira das Indústrias
de Não-tecidos e Tecidos Técnicos.
A conferência inaugural abrangerá inteligência de mercado,
produto e tecnologia para aplicações de higiene, produtos
pessoais e bens de longa duração.
A conferência oferece:
Um evento de networking exclusivo que atrai as principais
partes de toda a cadeia de suprimentos de não-tecidos
A exposição é uma oportunidade única para que as empresas
se encontrem e promovam os seus serviços e produtos.
Palestrantes de alto nível, apresentando temas direcionados
para as necessidades da sua empresa
Para mais informações entre em contato: [email protected]
Para formulários de inscrição
e reserva de hotel, por favor,
visite a seção "Events" do nosso website
www.edana.org
NEGÓCIOS
para identificar estas substâncias,
e que por isso é necessário, antes de
tudo, preparar uma rede capaz de
fazer avaliações conforme padrões
internacionais. “Abit está elaborando,
juntamente com outros órgãos
competentes, um conjunto de normas
para limitar a presença de substâncias
tóxicas, não apenas em peças de
vestuário, mas também em outros
artigos, inclusive têxteis técnicos”,
destacou Pimentel, acrescentando
que as substâncias de uso restrito no
Brasil são as mesmas já vetadas pelos
consumidores europeus e norteamericanos.
Na avaliação de especialistas sobre
o tema, a maior preocupação
é com a presença de agentes
tóxicos no vestuário para crianças especialmente bebês de 0 a 36 meses,
cuja pele é mais sensível aos produtos
químicos, que podem provocar desde
irritação cutânea até casos mais
severos de dermatites ou câncer.
Ciente de sua responsabilidade,
a indústria e o varejo brasileiro
começam a se mobilizar para atender
aos requisitos de segurança química,
mas alguns reclamam do preço
a pagar por isso. “O selo do Inmetro
tem custo, mas o objetivo é criar
segurança química e não, elevar os
custos das indústrias”, reclama
a gerente de uma grande malharia de
Santa Catarina. Já um dos presentes
na plateia, representante do varejo,
alertou: “É preciso cautela para que
a norma não se transforme em
barreira técnica contra concorrência
de mercado”.
O Inmetro, por sua vez, informou
que está atento ao debate, mas que
por enquanto, não existe previsão de
desenvolvimento de regulamentação
específica para toxicidade em
têxteis na Agenda Regulatória do
órgão. Efetivamente, o que está em
andamento é a adoção de normas
voluntárias, que deverão entrar em
vigor a partir de 2016. A próxima
reunião do Grupo de Estudos ficou
agendada para novembro.
12
Substâncias a serem eliminadas
Muitos retardantes de chama
bromados (BFRs) utilizam Éteres
Difenis Polibromados (PBDEs) para
proteger uma grande variedade
de materiais, inclusive têxteis, do
fogo. Alguns PBDEs são capazes de
interferir nos sistemas hormonais.
Sob as leis da União Europeia,
o uso de alguns tipos de PBDE
é altamente restrito e um deles
já foi listado como “substância de
risco prioritário” pela legislação
de águas europeia. Além dos
antichamas, confira as outras
substâncias
elencadas
pelo
Comitê de Normalização Têxtil
e do Vestuário - CB 17.
1) Ftalatos DEHP e DBP (ftalato
de dibutila) - produto químico
utilizado em serigrafia para
estampar camisetas e produtos
esportivos, é responsável pelo
brilho e fixação da cor de transfer
em substratos têxteis.
2) Alquilfenóis - são largamente
usados na indústria têxtil em
processos de limpeza e tingimento.
São tóxicos para a vida aquática
porque permanecem no ambiente
e podem se acumular no tecido
corporal e se bioamplificar.
3) Perfluorados - as substâncias
químicas perfluoradas (PFCs) são
compostos usados pela indústria
por suas propriedades antiaderentes
e de repelência à água. Na indústria
têxtil são usados principalmente
para dar acabamento à prova de
água e manchas aos produtos têxteis
e de couro. Uma vez no corpo alguns
podem afetar o fígado e alterar os
níveis de hormônios de crescimento
e reprodução.
4) Clorobenzenos - substâncias
químicas persistentes que têm sido
usadas como solventes e biocidas
na fabricação de corantes e como
produtos químicos intermediários.
Os efeitos da exposição a esse
componente dependem do tipo
de clorobenzeno; no entanto,
eles geralmente afetam o fígado,
a tireoide e o sistema nervoso central.
5) Clorofenóis - grupo usado como
biocidas em uma grande variedade
de aplicações, de pesticidas
a conservantes de madeira
e têxteis. O PCP é altamente tóxico
para humanos e pode afetar muitos
órgãos do corpo, sendo também
tóxico para organismos aquáticos.
6) Metais pesados - cádmio,
chumbo e mercúrio, utilizados em
certos corantes e pigmentos têxteis,
são altamente tóxicos, com efeitos
irreversíveis que incluem danos ao
sistema nervoso.
7) Corantes Azo - os corantes
azoicos estão entre algumas das
principais substâncias utilizadas
pela indústria têxtil. No entanto,
alguns deles se quebram durante
o uso e liberam substâncias
químicas conhecidas como aminas
aromáticas, algumas das quais
capazes de causar câncer. A União
Europeia baniu o uso de corantes
causadores de câncer em têxteis
que entram em contato com a pele
humana. No Brasil, a maioria das
indústrias têxteis também garante
que não usa este produto em suas
tinturarias.
8) Formaldeídos - presente no
acabamento de tecidos para tornalos mais resistentes. Este agente
pode provocar dermatite.
9) Solventes Clorados - produtos
como o tricloroetano (TCE) são
usados pelas fabricantes de têxteis
para dissolver outras substâncias
durante o processo de manufatura
e para limpar as fábricas. TCE é uma
substância destruidora de ozônio
que pode persistir no ambiente.
Também é conhecida por afetar
o sistema nervoso central, fígado
e rins. Este solvente está eliminado
na Europa desde 2008.
NEGÓCIOS
Demanda faz ITMA aumentar pavilhão
A maior feira mundial de máquinas e equipamentos para a indústria têxtil, que acontecerá na Itália
em 2015, expande mais um hall para atender expositores.
Atrações
Com uma área de exposição total de
200 mil metros quadrados, ITMA 2015
será uma plataforma de intercâmbio
e de conhecimento para o setor têxtil
mundial. Paralelamente à exposição
de produtos e serviços, haverá
os seguintes eventos: Research
and Education Speakers’ Platform,
(Debate sobre Pesquisa e Educação);
World Textile Summit, Nonwovens
Forum (Cúpula Mundial de Têxteis
e Nãotecidos) e Textile Colourants
and Chemicals Leaders Forum (Fórum
de Líderes em Química e Corantes
Têxteis). Além disso, será realizada a
mais nova atração da feira: o prêmio
ITMA Sustainable Innovation Award
(Inovação e Sustentabilidade), do
qual devem participar profissionais da
indústria, especialistas e estudantes
pós-graduados
cujos
trabalhos
contribuíram para o desenvolvimento
sustentável da indústria têxtil e do
vestuário global.
O prêmio é dividido em três categorias:
Excelência da Indústria, Excelência em
Mestrado e Excelência em Doutorado.
A premiação varia de 4 mil a 10 mil
euros. Todos os finalistas receberão
certificados além de convites para
o jantar de gala no hotel do evento.
As indicações devem ser feitas pelos
expositores da ITMA até o dia 1 de
março de 2015, via online acessando
o site: www.itma.com
Divulgação
Devido à grande procura por espaços
na feira, a ITMA, que será realizada
de 12 a 19 de novembro de 2015 em
Milão, está expandindo para um hall
adicional no centro de exposições
Fiera Milano Rho. A informação foi
divulgada por Charles Beauduin,
presidente da Cematex, Comitê
Europeu de Fabricantes de Máquinas
Têxteis, detentor da ITMA. “A procura
tem sido muito grande, por isso
adicionamos o pavilhão 11, que será
dedicado aos setores de software,
reciclagem de fibra e fio; Pesquisa
e Educação, além de corantes
e produtos químicos. Essa expansão
é uma excelente notícia para os
expositores e visitantes”, comemora
o executivo. Até o momento,
1.380 expositores de 47 países se
inscreveram para participar do evento.
13
FEIRAS & EVENTOS
Por: Marcia Mariano / Fotos: Giselle Seibel e Divulgação
Tecnologia para produtos sob medida
A 14º edição da Febratex, que reuniu 2.250 marcas de 50 países, apresentou também novidades
para têxteis técnicos.
Máquina de costura industrial em estande na Febratex 2014.
Os têxteis técnicos representam cerca
de um terço da produção têxtil nos
países industrializados e seu potencial
de crescimento é de 10 a 20% nos
próximos anos. Esta tendência já
começa a ser verificada também nos
países emergentes como o Brasil. Na
última edição da Febratex, maior feira
sul-americana para a indústria têxtil
e vestuário, foi possível detectar nos
estandes de diversos expositores,
novidades para o segmento industrial,
tanto em máquinas e equipamentos
quanto
produtos
químicos.
14
Segundo a Fcem - Feiras, Congressos
e
Empreendimentos,
empresa
organizadora do evento, em sua
14ª edição, realizada de 12 a 15 de
agosto, no Parque Vila Germânica,
a Febratex superou as expectativas
ao registrar um público de cerca
de 90 mil pessoas, afastando
o clima de pessimismo na economia
brasileira. “A Febratex serviu como
uma alavanca para que as empresas
do setor se mexessem. Percebi
que o empresário, quando está
diante de um equipamento, com
uma nova tecnologia, consegue
vê-lo funcionando em sua indústria
e então, decide investir. Por isso
a feira gerou muitos negócios”,
comenta Hélvio Roberto Pompeo
Madeira Júnior, diretor de marketing
da Fcem. A equipe da Revista Têxtil
Técnico Report - TTR, que fez sua
estreia na Febratex, conferiu alguns
lançamentos de grandes fabricantes
e fornecedores da indústria têxtil
que também apresentaram soluções
no campo dos tecidos técnicos
e nãotecidos.
SIGMA - SISTEMA DE APLICAÇÃO DE LÍQUIDOS
(PRODUTOS QUÍMICOS E LÍQUIDOS)
Aplicações:
- Impressão Digital
- Impressão Rotográfica e Flexográfica
- Papel e Tecidos
- Painéis de Fibra de Madeira
- Têxteis e Tecidos Técnicos
- Filmes
- Laminados
VANTAGENS
- Quantidade de aplicação de definição precisa;
- No longo prazo, elevada consistência da quantidade na
distribuição do líquido;
- Reprodutibilidade das quantidades de aplicação;
- Aplicação de vários tipos de líquidos;
Proteção bacteriana
Revestimentos hidro-repelentes
- Redução da quantidade de aplicação;
- Menor consumo de energia;
- Fácil utilização Menor tempo de secagem.
Revestimentos impermeabilizantes e resistentes a sujeitas
Alguns exemplos de produtos químicos de acabamento:
emolientes, proteção contra-chama, agentes antibacterianos,
antimicrobianos ou hidrofílicos / hidrofóbicos e oleófilos líquidos.
PROPRIEDADES INDIVIDUAIS E FUNCIONAIS PARA NÃO-TECIDOS E TECIDOS TÉCNICOS
A WEKO é conhecida mundialmente por seus sistemas
de aplicação de líquidos. Originalmente desenvolvido
para a indústria de impressão e papel, este processo é
usado hoje no não tecido, papel, filme, tecidos técnicos
e a indústria têxtil.
Oferecendo soluções econômicas e sustentáveis
proporcionando aos não tecidos e tecidos técnicos
propriedades específicas. Só a quantidade necessária
é aplicada, na medida exata e sem contato. Isso, preserva
os recursos, o ambiente e seu custo de aplicação é reduzido
por não haver descarte por contaminação. Por conta das
quantidades mínimas aplicadas não apenas a quantidade
de produtos químicos mas também energia secagem
é reduzida, assim, aumentando sua produtividade.
Indaial / SC - Brasil | + 55 47 3333-1320 | www.weko.net.br
FEIRAS & EVENTOS
Preparação de fibras
As cardas não são usadas somente
na fiação de algodão. Estas máquinas
também servem à produção de
nãotecidos e no processamento
de fibras especiais como cânhamo,
linho e fibras sintéticas, fornecendo
fitas muito finas ou muito grossas,
dependendo da aplicação final.
Especialista em cardas, a Trützschler
recebeu muitos visitantes em seu
estande na Febratex. “A feira foi
surpreendente”, resumiu Ivan Moreno
Lami, engenheiro de vendas da
empresa de origem alemã que está
no Brasil desde 1976. Ele apontou
a busca por competitividade
e o aumento do consumo interno
como principais incentivos para
a venda de máquinas nacionais
no último ano. Entretanto, Lami
reconhece que os projetos de
investimentos só sairão do papel
quando a economia se recuperar.
O diretor Rene Werner, acrescenta:
“A questão da energia é uma das
preocupações da indústria para 2015,
por isso, nossa expectativa em relação
ao mercado ainda é de cautela”. Na
feira, a Trützschler exibiu a carda TC11,
que foi sucesso na ITMA de Barcelona,
SPGPrints mostrou
soluções em sistemas de
cilindros para emulsões,
gravação, revestimento
e estamparia.
em 2012. “Uma das principais
características
desta
máquina
é a produção 30% vezes maior que
o modelo anterior. Além de ajudar
na produtividade e na qualidade
da fiação esta carda se destaca pelo
baixo custo operacional”, ressalta
Ivan Lami. Além da carda estavam
expostos nãotecidos feitos a partir dos
acessórios da carda TC07, primeiro
modelo do Grupo Trützschler lançado
para este segmento. Com capacidade
de até 80 kg/h, a máquina pode
condessar as 25 fibras para produção
de algodão bolinha, algodão rolinho
A máquina retilínea ADF 3, da Stoll produz tecidos de malha
para fabricação de calçados.
Teares
Para a tecelagem, a empresa japonesa
Toyota oferece modelos de tear
a jato de ar e jato de água para tecido
de airbag e jato de ar para tecidos
de fibras de vidro, com 2 metros de
largura. “Somos líderes neste ramo
16
ou fitas de 1,6 gramas. Em combinação
com os sistemas de formação de véu
(Airlay, Cross Lapper e entrelaçamento
direto), a carda pode ser usada para
diversas aplicações de nãotecidos,
desde higiene (cotton pads) a artigos
médicos (campos operatórios) até
geotêxteis e isolamento acústico.
“A Trützschler detém hoje 80% do
mercado nacional. Há projetos tanto
de modernização de fiações quanto
para linhas de nãotecidos, segmento
que vem crescendo, impulsionado
pela
indústria
automobilística”,
acrescenta Lami.
Amostras de nãotecidos feitos a partir dos acessórios da carda TC07.
e não há muitos competidores
no mundo, pois são produtos de
tecnologia sofisticada. O segmento
de tecidos técnicos é muito promissor
na Europa e creio que no Brasil
também irá se desenvolver à medida
que o País cresça economicamente”,
comenta
Markus
Lichtenstein,
diretor de vendas da Toyota no Brasil.
A fabricante belga Picanol, apesar
do foco nos tecidos para moda,
também mostrou novidades para
têxteis técnicos à nossa equipe.
“Desde que adquiriu a fabricante de
PUBLI-REPORTAGEM
GRUPO LONATI APRESENTA PORTFOLIO
PARA TECIDOS TÉCNICOS
Máquinas modelos JT serie turbular e aberta
Double Jersey
U
m dos primeiros produtores italianos a desenvolver
máquinas para produção de meias, em 1919, a empresa
Lonati S.p.A. tornou-se o Grupo Lonati, hoje integrado
por várias empresas, incluindo a Santoni, líder mundial
em tecnologia seamless, lançada em 1988, revolucionou
a malharia circular. Atualmente a empresa produz uma extensa
gama de teares circulares que atendem também ao setor de
têxteis técnicos, com utilização na indústria automobilística,
moveleira, decoração, colchões, entre outros. Representada
no Brasil pela Carmelo Comercial - atuante no mercado de
máquinas há mais de 30 anos - Santoni possui um portfolio de
máquinas de alta performance, entre os quais, se destacam os
recentes lançamentos em teares circulares de grande diâmetro
como os modelos da Jing Mei, JT Séries Double Jersey, nas
versões tubular e open que fabricam tecidos para a indústria
automobilística, calçadista, móveis e decoração; e o modelo
JLC Séries com Jacquard computadorizado Single Jersey
também para tecidos técnicos, voltados para o mercado da
indústria automobilística, móveis e decoração.
TECNOLOGIA E VERSATILIDADE
Lonati tornou-se líder mundial em máquinas de fabricação
de meias de todos os tipos, incluindo medicinais, a partir do
desenvolvimento da inovadora tecnologia sem costura, com
a marca Santoni. Outro diferencial são as máquinas circulares
de grande diâmetro, onde a Santoni atende às necessidades
da indústria de malhas, com máquinas mono e dupla frontura,
Jacquard e Jersey.
Em relação à eficiência e versatilidade, as máquinas do Grupo
Lonati também apresentam ótima performance, além de
possuir certificação de excelência no que se refere ao consumo
de energia.
Máquina Modelo JLC Single Jersey - Jacquard
ABRANGENDO O MERCADO BRASILEIRO E LATINOAMERICANO, O GRUPO LONATI PRODUZ E COMERCIALIZA
CERCA DE 300 MÁQUINAS/MÊS, DENTRE OS MODELOS
DE MÁQUINAS DE MEIAS, SEM COSTURA E CIRCULAR DE
GRANDE DIÂMETRO.
Hoje, todas as máquinas do Grupo são importadas 100%
da Itália e da China. A empresa dispõe de benefícios fiscais
para as máquinas de meias e sem costura que não possuem
similar nacional, podendo usar linhas de financiamento do
BNDES e também linhas de financiamento oferecidas por
bancos conveniados. Além disso, tanto o fabricante quanto
a Carmelo Comercial possuem financiamento direto para
determinados casos.
O GRUPO LONATI/SANTONI OFERECE TODA A ASSESSORIA
NA PRÉ E PÓS-VENDA, REALIZANDO UM TRABALHO
CONSULTIVO PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES
ESPECÍFICAS DE CADA CLIENTE.
Também é dado suporte de manutenção técnica e eletrônica,
treinamentos, garantia e venda de peças de reposição.
Nos últimos anos, a Carmelo tem registrado crescimento
anual em suas vendas e para 2015, a perspectiva é continuar
trabalhando com força na venda das máquinas circulares
JingMei, que são muito competitivas em relação às demais
fabricantes do mercado; e focar nas necessidades dos clientes
de malharia, que inclui tecidos técnicos, com a linha de
máquinas dupla frontura. A empresa também continuará
divulgando as máquinas seamless que representam um
grande avanço e o futuro em termos de produção de vestuário
em geral.
Para saber mais acesse: www.carmelocomercial.com ou ligue (11) 3222-9566
FEIRAS & EVENTOS
teares alemão, Günne em 1998, que
fazia máquinas para tire cord e teares
para felpudos, a Picanol resolveu
entrar fortemente na área de tecidos
técnicos e nos últimos 10 anos, vem
aprimorando sua tecnologia neste
segmento”, conta o gerente Walter
Kilmar, responsável pelas vendas
no Brasil, Argentina, Chile e Peru.
De fato, a Picanol está fortalecendo
seus negócios na América do Sul.
Recentemente comercializou um
lote de teares de última geração
para
a
companhia
argentina
Tex Fabric S.A, grande produtora de
tecidos resinados de PVC e borracha.
Walter Kilmar observa crescimento
no mercado de tecidos para o setor
hospitalar como os compostos por
fios com partículas de titânio - que
conferem propriedades bactericidas,
para produção de gazes cirúrgicas.
A tecelagem chilena Strobel,
citada por ele, está desenvolvendo
especialidades como telas de acetato
para esparadrapo, feita com sais de
prata ou de cobre em sua composição
também para linha hospitalar. Picanol
produz hoje teares de projétil além
de teares jato de ar e teares de pinça
negativa para tecer monofilamentos,
com larguras de até cinco metros para
fabricação de tecidos técnicos. Uma
das características dos novos teares
superlargos é a balança Direct Warp
Control (dispositivo por onde passa
o fio de urdume) para controle preciso
a tensão do fio. “Somos uma empresa
capaz de fornecer teares sob medida
para cada tipo de artigo técnico,
desde bases secundárias para tapetes
e geotêxteis a tecidos resistentes para
esteiras 25 transportadoras”.
Outra empresa que se destacou na
feira foi a Stoll GmbH, representada no
Brasil pela Paramalhas, de Caxias do
Sul. Entre os destaques estava a mais
nova geração de máquinas retilíneas
da empresa, ADF 3, com alimentação
e movimentação autônoma de guiafios. Com esta tecnologia, segundo
a Stoll, é possível fabricar padrão
intarsia, vanizé, têxteis técnicos
e malhas médicas sem necessidade
de mudar de alimentadores para
aplicações específicas. Usando uma
combinação de construções de malha,
18
é possível obter duas ou mais estruturas
tridimensionais, com diferentes tipos
de elasticidade, em um mesmo tecido
de malha, por isso espera-se grande
aceitação desta máquina no segmento
de tecidos técnicos.
Beneficiamento
A nova rama Texima modelo R4,
cujo módulo foi mostrado na
feira, foi construída para dar maior
confiabilidade ao acabamento de
superfícies com menor consumo
energético. Entre suas características
está a grande uniformidade de
ventilação, o novo filtro rotativo que
possibilita facilidade de limpeza
e o campo de 4 metros de largura,
que permite sua utilização para
impregnação e secagem inclusive de
geotêxtil. Empresas como a Mexichem
Brasil, subsidiária do grupo químico
mexicano, detentora da marca
Bidim - uma das líderes em mantas
nãotecidos, já utiliza esta tecnologia
em sua produção.
A rama também serve ao acabamento
do poliéster resinado, utilizado
na fabricação de contrafortes
pela indústria calçadista, lonas de
caminhão, entre outros tecidos
industriais. Para o gerente de
marketing da Texima, Caio Ramos,
o setor de têxteis técnicos, que
trabalha com especialidades, exige
fornecedores que possam oferecer
segurança tecnológica e assistência
local. “Não que as máquinas
importadas não possam competir,
afinal o mercado é livre a todos,
mas é um segmento que requer
projetos sob medida e que atendam
rigorosamente às especificações
técnicas”. Segundo ele, a Texima
também oferece, em parceria com
a alemã Benninger, sua representada
no Brasil, linhas contínuas de
desengomagem e alvejamento,
mercerização,
lavanderia,
além
das linhas de tingimento contínuo
Pad-Batch e Pad-Steam.
Considerada líder mundial no
mercado de impressão têxtil e gráfica,
a SPGPrints, com sede na Holanda,
marcou presença na feira com
soluções em sistemas de cilindros para
emulsões, gravação, revestimento
e estamparia. No campo dos tecidos
técnicos, o gerente comercial César
Tápias destacou a utilidade da
tecnologia de cilindro rotativo para
nãotecidos, entretelas e relevos. “Com
o versátil sistema CFT (colting and
finish), compatível com três diferentes
tipos de rasqueta, é possível obter
grande diversidade de aplicações
como, por exemplo, o recobrimento
à base de espuma ou pasta”. Segundo
o executivo, o diâmetro maior na
cabeça de impressão da máquina
permite aplicar pontinhos de resina
em tecidos de airbags que, ao inflar,
não podem ser porosos por questões
óbvias de segurança. Tápias diz ainda
que o acabamento à base de espuma
também resulta numa distribuição
mais balanceada de produtos
químicos,
evitando
desperdício
e dando grande flexibilidade ao
acabamento têxtil.
Outra empresa que apresentou
soluções para beneficiamento foi
a Weko. Especializada em sistemas
de aplicação de fluídos por rotores,
umidificação, pulverização além de
cortadores e abridores de ourelas
para tecidos e nãotecidos, a empresa
vê com otimismo o crescimento do
mercado de têxteis técnicos no Brasil.
“A indústria química evoluiu muito
nos últimos anos, o que fez surgir
novos acabamentos de superfície
que conferem características como
hidrofobia, antichama, repelência
à manchas, óleo, etc. Nossa tecnologia
Weko-Flow ou Weko-Basic, com portarotores Sigma, permite aplicação de
substâncias para acondicionamento
na dosagem certa, sem contato com
a superfície do produto”, detalha
o gerente geral da Weko, Benjamin
Ziel. O sistema, que substitui
equipamentos convencionais de
aplicação como fourlard, pode ser
posicionado na saída ou entrada da
rama. “Os tempos de secagem são
reduzidos. Além disso, o material
sofre menos stress, já que não precisa
espremer para retirada de umidade”.
A Weko também lançou solução
antimigrante para ancoragem de tinta
para impressão digital e a terceira
geração de sensores para cortadores
FEIRAS & EVENTOS
de ourela ECX 116, que conta com
ajuste automático de rotação dos
discos de corte.
Sistemas e equipamentos
O mercado de têxteis técnicos também
têm se mostrado promissor para as
empresas que fornecem equipamentos
para corte de materiais flexíveis.
A Audaces, com sede em Santa Catarina,
exibiu na Febratex a máquina Neocut
A20, cuja tecnologia é certificada
pela Norma NR12. A máquina possui
controle inteligente da turbina de
vácuo que garante maior economia
de energia elétrica. “Temos modelos
para corte de tecidos técnicos, que são
mais robustos como feltros, poliamida
de alta tenacidade, resinados, entre
Insumos
e produtos químicos
A Pulcra Chemicals divulgou sua nova
linha para tecidos técnicos. Entre os
produtos do mix estão retardantes
de chamas, acabamentos resinados
black out para repelência a óleo
e manchas, poliuretano reativo
(PUR) hot melt para laminação,
amaciantes
nanotecnológicos
para workwear, entre outros. Com
fábrica em Jacareí, interior de
São Paulo, a Pulcra, além de reforçar
sua gama de acabamentos para
têxteis técnicos, também iniciou no
setor de cosméticos aromatizados
para limpeza e higiene de
ambientes. “Percebemos que muitas
tecelagens estão saindo do trivial
do vestuário e abrindo nichos em
especialidades têxteis, o que exige
dos fornecedores novas soluções
que agreguem valor ao produto
final”, observa a coordenadora
de Marketing & Vendas Têxtil,
Maisa Senhorinho.
outros. São mais de 100 parâmetros
para produtos de diferentes espessuras
e superfícies, da seda ao tapete de avião”,
explica o sócio-diretor, Claudio Grando,
acrescentando que a companhia tem
aumentado em torno de 70% suas
vendas para o exterior, com destaque
para a venda de softwares de criação,
modelagem, encaixe e digitalização 3D.
Outra empresa especializada em
sistemas de gestão e automação,
a Multitherm, com sede em Joinville
(SC), lançou o ERP Gestum Web para
gerenciamento e controle desde
a fiação até a confecção. “Tratase de um produto específico para
o beneficiamento que atende empresas
de médio e grande porte”, explica
à estampagem de tecidos automotivos
e cintos de segurança, que ganham um
novo colorido, saindo do padrão preto/
cinza convencional. “Desenvolvemos
o corante Avitera™, para tingimento
de fibras celulósicas, que reduz
significativamente o consumo de
água, energia e dióxido de carbono
(CO2) na tinturaria e lavagem”,
informa Osvaldo Ingarano, gerente
regional da Huntsman. Além da linha
para tingimento e impressão digital,
a
empresa
também
oferece
acabamento retardante de chamas
Pyrovatex®, indicado para uniformes
profissionais; antimicrobiano para
higienização em roupas hospitalares
e o protetor UV Fast que conserva a cor
e a resistência das fibras sintéticas.
Sheila Pereira, coordenadora comercial.
Já a Delta Equipamentos apresentou
sua nova lavadora de amostras
para laboratório, para lavar, secar
e testar provas. “É um equipamento
imprescindível à indústria que lida com
beneficiamento. A máquina é capaz de
executar toda a tarefa (cinco amostras
por ciclo) em apenas 20 minutos, num
processo que, com lavadora comum,
gasta-se em média 3 horas”, garante
o diretor administrativo da empresa,
Fábio Kreutzfeld. A máquina, que
segundo ele, reduz consideravelmente
os índices de reprocesso, pode vir
acompanhada de software para
armazenamento de receitas e tanque
de água quente, ambos opcionais.
Fabricantes de fios têxteis também
expuseram na Febratex. Embora
o elastano seja empregado tanto
para vestuários quanto para tecidos
técnicos, Robson Ferreira, gerente
de produto da Invista, especifica
o Lycra Hy Fit®Fiber como produto
indicado à aplicação em fraldas
descartáveis. O T400 é outro fio
da marca de alto desempenho em
roupas profissionais. “É um fio que
oferece conforto e solidez, pois
é resistente às lavagens agressivas,
não degrada e nem encolhe, sendo
recomendado para workwear”,
acrescenta Ferreira.
A Huntsman foi outra empresa do
setor que mostrou soluções para
têxteis técnicos, destacando as
tintas pigmentadas de alta solidez
(Inks jet) para impressão em tecidos.
A nova gama, que inclui as categorias:
reativo, ácido e disperso, serve
19
FEIRAS & EVENTOS
XX FISP mostra novidades em
tecidos salva-vidas
Mercado de EPI faturou mais de R$ 5 bilhões em 2013, com destaque para os segmentos
de luvas, calçados e vestimentas profissionais.
maior durabilidade do EPI (Equipamento de Proteção
Individual) com repelência a líquidos, óleos e graxas; FR+
Metais Líquidos; FR+ Camuflado para fardamento e FR+
AV com repelência a insetos. “O mercado brasileiro de
tecidos profissionais demanda novidades que permitam
a confecção de uniformes mais confortáveis e mais seguros”,
comenta a gerente de marketing Renata Parsia.
Já o presidente da companhia, Marco Antonio Branquinho
Júnior, disse que o objetivo da empresa é alcançar 20%
do mercado de tecidos profissionais no Brasil. “Queremos
consolidar a Cedro no topo no segmento workwear. Não
adianta ser só criativo, é preciso materializar as ideias em
forma de produtos. É isto que mostramos nesta feira”,
ressaltou o executivo, acrescentando que os tecidos
profissionais representam hoje entre 30% a 40% do negócio
da tecelagem. Ao todo, segundo ele, são produzidos
35 milhões de metros quadrados de tecidos especiais/ano
para o segmento workwear.
Com soluções voltadas à prevenção de acidentes e produtos
para o trabalho com risco de queda, risco elétrico, risco
de corte e em local confinado, a 20ª edição da FISP - Feira
Internacional de Segurança e Proteção - FISST e Fire Show,
maior evento da América Latina do setor, foi realizada de
8 a 10 de outubro, no Centro de Exposições Imigrantes,
em São Paulo. Reunindo cerca de 650 expositores a feira
apresentou, entre outros produtos, inovações têxteis para
as linhas de vestimentas especiais como tecidos com
nanotecnologia, repelência à água e óleo; retardantes
à chama, proteção antimosquito, proteção solar, antiodor
e uniformes produzidos com fibras de poliéster
provenientes de PET reciclado. Entre os destaques da feira,
estava a Cedro Têxtil, de Minas Gerais, que realizou uma
perfomance em seu estande para mostrar a nova Linha
CedroTech FR+. Desenvolvida em parceria com a Solvay
Rhodia, é composta pelos artigos FR+SR, que confere
20
Mais lançamentos
Outra empresa têxtil que
apresentou lançamentos na
FISP foi a também mineira
Santanense com a linha Unilux
Tech e Unilux Light para
vestimentas que necessita de
alta visibilidade (reflexivos) com
durabilidade e conforto, graças
à leveza do tecido (140,0g/
m2). A empresa apresentou
também o Unishell da Linha
Fire Defense, aprovado pelas
normas NFPA 1871 e EM 469,
para combate a incêndios, com
alta proteção térmica, e a nova
gama de tecidos resistentes
em 100% poliamida e mistos
de poliéster e algodão para
uniformes de segurança.
A Capital Safety, líder mundial
em proteção contra quedas,
que adquiriu este ano
a brasileira Altiseg, no Paraná,
apresentou o cinto Classic,
FEIRAS & EVENTOS
desenvolvido com o foco em ergonomia e conforto para
múltiplos trabalhos em altura, acesso por corda e espaço
confinado. O produto também é destinado ao setor agrícola,
principalmente para o trabalho em silos. Para os trabalhadores
que utilizam motocicletas, a Diviseg, com sede em Santo
André (SP), exibiu sua linha de EPIs (calçados, óculos e luvas),
equipamentos de proteção respiratória, auditiva e facial,
além do exclusivo lançamento da jaqueta motociclista com
refletivos e botina nobuck.
Já no setor de equipamentos,
a Danny, empresa com mais de
25 anos no mercado brasileiro de
segurança do trabalho, e a Vicsa,
companhia de segurança industrial
do comércio, lançaram a ferramenta
de gerenciamento mob epi, que
permite criar e organizar grupos de
Certificados de Aprovação Única
(CAs) e EPIs conforme as áreas da
empresa ou da fábrica, para um
controle rígido do vencimento dos
equipamentos, visualização das
encomendas e amostras de Epis.
Hoje, o gerenciamento destas ações é feito por meio de
planilhas manuais, mas com o mob epi, o técnico consegue
ver seus grupos de CAs no celular ou no site, na palma da
mão. O download é gratuito e pode ser feito na Apple Store
(iOS) e no Google Play (Android).
A próxima edição da FISP deverá acontecer em outubro
de 2016.
FIBRAS DE POLIÉSTER
produzidas com 100%
de embalagens PET recicladas.
behype.com.br
APLICAÇÕES EM DIFERENTES SETORES
AUTOMOBILÍSTICO
Revestimento Piso / Teto
ENCHIMENTO
Móveis / Travesseiros
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FEIRAS & EVENTOS
Ano positivo para setor hoteleiro
Impulsionado pelo aumento do turismo, hotéis, pousadas e similares investem em conforto
e performance, gerando oportunidade para os têxteis.
Um dos poucos setores que passou ao largo da estagnação
econômica brasileira em 2014 foi o hoteleiro, que não teve do
que reclamar. Segundo dados do Governo Federal, durante
os 28 dias da Copa do Mundo FIFA, realizada em 12 cidadessede, o Brasil recebeu 1 milhão de turistas estrangeiros,
movimentando cerca de R$ 30 bilhões. Os reflexos deste
incremento no mercado turístico nacional pode ser
verificado na 52ª edição da Equipotel São Paulo, maior feira
de Hospitalidade, Alimentação e Serviços da América Latina,
realizada de 15 a 18 de setembro, no Anhembi, em São Paulo.
sommier para hotel, revestida em tecido de microfibra
de poliéster, nas opções liso e estampado, e com até sete
configurações de armação, para se adequar aos espaços.
“Em quartos triplos, por exemplo, há quem não gosta de ficar
com a cama sobressalente por julgá-la menos confortável
que as fixas. E em geral, são mesmo, principalmente
no quesito colchão. No nosso produto, abolimos esta
diferença. Todo o conjunto é feito com molejo, estofamento
e revestimento iguais”, garante Fernando Tourinho, gerente
de Marketing da empresa.
Na área têxtil, o evento apresentou um mix de produtos
para o segmento Contract (corporativo) de roupas de
cama, banho, tecidos para revestimento, colchões,
travesseiros, uniformes, entre outros. Organizada pela
Reed Exhibitions Alcantara Machado, a feira reuniu 850
expositores, representando mais de 1.500 marcas, e trouxe
um novo conceito em seis segmentações: Equipotel Food
Service; Arquitetura, Decoração e Design; Equipamentos
e Utensílios; Gestão e Tecnologia; Higiene, Limpeza
e Serviços; e Fitness, Lazer e Spa.
No segmento de roupa de cama e banho, grandes
fabricantes têxteis marcaram presença na feira. Embora
produzam também enxovais para o lar, onde design e beleza
são determinantes para o consumidor, estas tecelagens
apostam no conforto, desempenho e no visual clean, onde
o branco e o bege predominam, para atender as exigências
do setor corporativo. “Estamos retomando nosso mercado
com visão na inovação e na sustentabilidade, e o segmento
hoteleiro é um dos nossos focos”, informa Giovani Luebke,
gerente adjunto de criação e marketing da Teka. Empresa
segmento de cama, mesa e banho, com 88 anos do mercado,
a Teka apresentou a nova coleção Profiline, com enxovais
em algodão, produzidos nas mais variadas construções
e gramaturas e com possibilidade de personalização da
logomarca dos clientes em todas as peças.
Os colchões foram outro produto de destaque na Equipotel.
A Castor, um dos maiores fabricantes nacionais de colchões,
apresentou a nova linha para hotéis em tecido retardante
à chamas (FR), tecnologia praticamente obrigatória dos
Estados Unidos e Europa, e que deverá ser exigida também
pela legislação brasileira, como norma de segurança. De
acordo com a assessoria da marca, hotéis das redes Accor,
BHG, Transamérica e Blue Tree já estão utilizando este tipo
de colchão.
A Onix, marca do Grupo Claudino, maior conglomerado
industrial do Nordeste, apresentou uma cama box com
22
A Altenburg, outra indústria têxtil tradicional, com 90 anos
de mercado, apresentou a Linha Hoteltex, com toalhas
para o dia a dia e alternativas para praia e piscina, nas cores
azul e verde. Destaque também para colchas matelassê
em percal e plush de microfibra e travesseiros com opções
em acabamento antiácaro e com indicação terapêutica
para coluna. A Tecelagem Atlantica, por sua vez, expos
produtos de cama e banho em 100% algodão, com costuras
duplas nas bainhas e tramas com fio de poliéster, enquanto
a Hoteleriê, que participou da feira pela segunda vez, mostrou
dois lançamentos: o travesseiro em flexball, lavável e a linha
núpcias desenvolvida exclusivamente para hotéis.
Divulgação
Destaques
Os tecidos destinados ao setor corporativo devem estar em
conformidade com as características determinadas pela
norma ABNT NBR 10591- Materiais têxteis. Propriedades
como espessura, comprimento, resistência à tração, rasgo
e esgarçamento da costura, por exemplo, devem seguir
à risca os padrões dos ensaios, pois são produtos cujas
condições de uso e manutenção (lavagem e passadoria)
são bem mais exigidas do que nos artigos que usamos em
casa. A empresa norte-americana Shaw Contract Group,
líder global no mercado de tapetes sem costura e placas de
carpete, participou da Equipotel com uma linha 100% fibras
de poliamida (náilon) com desenhos gráficos exclusivos.
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EVENTO QUE ACONTECE PARALELO A TECNOTÊXTIL BRASIL
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TÉCNICOS
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Em sua primeira edição a Ent Brasil vai apresentar as
principais novidades dos fabricantes de fibras/filamentos
artificiais e sintéticos; ligantes termoplásticos; ligantes
termofixos; corte; tingimento; estampagem; impressão;
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O MERCADO
AO SEU ALCANCE
Thermo-Man®
EM FOCO
Laboratório para testes em fogo repentino
O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber
o laboratório Thermo-Man® que permitirá testes com as
vestimentas de proteção confeccionadas com a tecnologias
da DuPont e com outros materiais disponíveis no mercado.
Instalado em Paulínia (SP), o empreendimento recebeu
R$ 8 milhões em investimentos, o maior já realizado pela
empresa no mercado latino-americano de Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs). Com a inauguração prevista para
o primeiro trimestre de 2016, a DuPont espera adicionar
US$ 30 milhões ao faturamento da divisão de Tecnologias
de Proteção na América Latina em cinco anos. Dedicado
para testar e avaliar a performance das roupas quando
expostas ao fogo repentino, risco presente principalmente
nas indústrias de Petróleo & Gás e Mineração, o laboratório
possui um manequim em tamanho real totalmente
informatizado e equipado com 122 sensores de calor
distribuídos ao longo do corpo (com exceção das mãos e dos
pés). Durante os testes, o equipamento registra o aumento
da temperatura na superfície do manequim, enquanto
um computador calcula a porcentagem de queimaduras
que um indivíduo poderia sofrer quando exposto ao fogo
repentino. www.dupont.com
Fitesa investe R$ 160 milhões em nova unidade
Com apoio da Investe SP, agência de promoção de
investimentos do Governo do Estado de São Paulo,
a Fitesa, fornecedora de nãotecidos utilizados na fabricação
de fraldas e absorventes - integrante da holding brasileira
Évora, investirá R$ 160 milhões na construção de sua
segunda planta no país. Atualmente, a companhia atua
em Gravataí, no Rio Grande do Sul, com uma unidade que
continuará em operação. A nova fábrica será instalada
em Cosmópolis, a 20 km de Paulínia, cidade onde está
localizada a Braskem, uma de suas principais fornecedoras
de matéria-prima. A fábrica de São Paulo deverá entrar em
operação em 2016, exportando 20% de sua produção. Com
ela, a capacidade fabril da empresa no Brasil passará das
atuais 54 mil toneladas por ano para 74 mil toneladas.
www.fitesa.com/pt-br
24
Queda na indústria afeta mercado
de nãotecidos
O mercado brasileiro de nãotecidos e de tecidos técnicos,
que atende aos segmentos de higiene, automotivo,
calçadista, entre outros, não deverá apresentar crescimento
neste ano, informa a Abint, associação que representa
o setor. Há quatro anos, porém, a expansão costumava ficar
ao redor dos 10%.
“Além da situação econômica do país, que afeta todos os
setores produtivos, a importação, principalmente da China,
tem nos prejudicado”, diz Laerte Guião Maroni, diretor da
entidade. Segundo ele, as empresas que produzem para
indústria automobilística e calçadista deverão registrar
os piores resultados em 2014. “A área de descartáveis
higiênicos, como fraldas e absorventes, também foi afetada,
mas a situação do mercado ligado aos bens duráveis
é pior”, comenta Laerte, acrescentando que o mercado
internacional deve registrar um desempenho melhor.
Fibra ecológica para têxteis técnicos
A fibra Ingeo vem conquistando, aos poucos, o mercado
de nãotecidos para diversas aplicações, com destaque para
produtos de higiene (principalmente fraldas), vestimenta
médico-hospitalar,
componentes
para
estofados
e geotêxteis, em substituição às fibras sintéticas. Segundo
o fabricante NatureWorks LLC, líder mundial em
bioplásticos, a fibra Ingeo, cujo polímero PLA é derivado
do amido do milho entre outras plantas, supera as fibras
de PET e Polipropileno em respirabilidade, conforto,
resistência à luz raios UV
além de ser hipoalergênica
e de baixa retenção de
odor. A fabricação de Ingeo
também emite 60% menos
gás de efeito estufa e exige
48% menos energia se
comparado à produção de
plásticos como PET, afirma
a NatureWorks.
www.natureworksllc.com
EM FOCO
Polímero “verde” para fibra de carbono
Com a crescente preocupação ambiental que exige cada
vez mais das empresas produtos sustentáveis, a indústria
de fibras químicas têm procurado novos processos de
fabricação, evitando insumos tóxicos. É o caso do polímero
PAN-poliacrílonitrilo, precursor da fibra de carbono, que foi
desenvolvido em escala piloto pela Radici Fibras, empresa
localizada em São José dos Campos.
A principal característica deste novo polímero, que utiliza
glicerina proveniente do biodiesel como aditivo em vez de
solvente DMF, é que ele pode ser fundido sem se degradar
no meio ambiente. A novidade chegou a ser noticiada na
Europa, onde a matriz do Grupo Radici está instalada (Itália),
como “opção verde em polímeros sintéticos” produzidos
no Brasil. O diretor industrial da Radicifibras, Alessandro
Coelho, entretanto, explicou que a empresa realizou sim
o projeto em escala piloto mas colocou a fábrica à venda,
juntamente com a tecnologia desenvolvida. “Não sabemos
se o produto será comercializado, pois depende da venda
da unidade fabril”. Indagado se a fibra PAN pode ser
aplicada na produção de tecidos ou estruturas compósitos,
Coelho disse que “o desenvolvimento visa ambas, porém,
caso ocorra a produção, somente o comprador poderá
responder esta questão”.
produzidos na matriz (Alemanha), também passam a ser
fabricados no Brasil para atender a demanda crescente do
setor, em conformidade com a norma ABNT NBR 15.575_2013
de desempenho acústico.
Entre os produtos disponíveis no mercado nacional está
o IA 750 NF para isolamento acústico com propriedade
antichama. De acordo a empresa, o material é confeccionado
com fibras 100% atóxicas, que não oferecem risco de alergia
durante o processo de instalação na obra. O material pode
suportar até 1.200ºC, não derrete, não pinga e não encolhe
quando exposto à chama ou condições drásticas de incêndio,
atuando como uma barreira contra a propagação do fogo.
Outros produtos de alto desempenho, também voltados ao
setor da construção civil fabricados pela Freudenberg Não
Tecidos são o são o IA 500, que atenua ruídos de impacto
entre os andares de um prédio e o IA 750 NF aluminizado,
isolamento termoacústico e antichama.
A empregabilidade das fibras de PAN está atribuída
principalmente ao setor têxtil e aeronáutico.
www.radicigroup.com
Clariant lança masterbatches
com antimicrobianos
A Clariant, uma das empresas líderes mundiais em
especialidades químicas, anunciou a disponibilidade do
aditivo CESA®-antimicro em masterbatches que oferecem
proteção contra as bactérias que causam odores em
tênis, botas, sandálias e outros calçados com palmilhas
poliméricas. A nova tecnologia, garante Clariant, é mais
resistente e apresenta melhor desempenho contra odores
do que os antimicrobianos comuns como o Si-quat (Silano
amina quaternária) e os de íons de prata existentes no
mercado, isto porque a empresa realizou a encapsulação
do antimicrobiano na resina. Os masterbatches com
aditivo baseiam-se em materiais organometálicos que são
misturados ao polímero durante o processamento, fixandoos à superfície onde despolarizam as membranas dos
micróbios, desativando-os, explica Brett Watkins, Gerente
de Produto - Clariant Additive Masterbatches.
www.clariant.com
Freudenberg produz nãotecido
antichama no Brasil
A fábrica da Freudenberg Não Tecidos, com sede em Jacareí
(SP) passou a produzir no Brasil uma linha de produtos
destinados à aplicação em isolamento acústico e térmico
para o setor da construção civil e equipamentos. Segundo
o engenheiro Allan Alves, executivo da área comercial
de nãotecidos técnicos da empresa, estes itens, que são
A Freudenberg Não Tecidos (foto) atua no desenvolvimento
e fabricação de entretelas, materiais para calçados, material
higiênico para uso em fraldas e absorventes femininos,
e também em material para filtração. Os principais setores
de atuação da empresa são as indústrias de confecção,
calçadista, fraldas descartáveis, absorventes femininos
e panos de limpeza pessoal, além do mercado de filtração
de gases e líquidos. A empresa mantém unidade industrial
no Brasil desde 1985. www.freudenberg.com.br
Fonte: ADS Comunicação
Coletes de segurança deverão
atender requisitos do Inmetro
Os coletes de segurança de alta visibilidade deverão estar
em conformidade com os requisitos aprovados e registrados
no Inmetro. A determinação vale a partir da publicação da
Portaria Inmetro nº 46, publicada em 27 de janeiro de 2014.
Estes requisitos aplicam-se apenas aos coletes de segurança
de alta visibilidade com ou sem mangas destacáveis,
sendo excluídas as vestimentas que não sejam destinados
à segurança em tráfego. O Art. 4º determinar que no prazo
de 12 (doze) meses, contados da data de publicação da
Portaria, os coletes deverão ser fabricados e/ou importados
somente em conformidade com os requisitos do Inmetro.
Já o comercio, tanto varejista quanto atacadista, terá um
prazo de 36 meses para se adaptarem à nova regra.
25
EM FOCO
Devem constar nas embalagens
no produto, por exemplo,
as seguintes informações:
razão social do fornecedor ou
importador, município e estado
da federação; nome fantasia do
fornecedor (quando houver);
número de série ou lote de
fabricação; modelo do colete;
material do colete; mês e ano
de fabricação do produto;
número do registro no Inmetro e telefone de contato do
fornecedor ou importador para reclamações.
Pelo emprego de retrorrefletivos e fluorescentes, este
tipo de vestuário tem como principal objetivo garantir
a visibilidade diurna e noturna do usuário. São utilizados por
pessoas que desempenham funções ligadas ao transporte
como motofrete, sinalizadores de pistas de aeroportos,
trabalhadores de manutenção de rodovias e ferrovias, entre
outros. www.inmetro.gov.br
LECTRA - Os clientes vão mudar
seus modelos de negócio
“Qual é a sua fórmula para rentabilizar recursos,
equipamentos e processos?”
Com esta pergunta instigante, a consultora Anastasia
Stacey Charbin convocou a seleta plateia, formada por
empresários, estilistas e varejistas a repensar seus negócios
de forma mais proativa, se quiserem permanecer no
competitivo mercado de moda. Diretora Global de Fashion
Marketing da Lectra, ela esteve no Brasil, no mês de agosto,
realizando workshops em Blumenau e São Paulo para falar
sobre fast-fashion; varejo online, evolução do spin-off no
ramo da moda e o perfil do consumidor global.
Com 20 anos de experiência no setor de varejo, Stacey Charbin,
que trabalha na sede da Lectra, na França, também analisou
a expansão do consumo sob a ótica da busca por ofertas,
fenômeno que cresceu até nos países ricos, depois do abalo
econômico de 2008 que afetou Estados Unidos e Europa.
que faz as pessoas dependentes da internet. Por isso, desde
que a indústria da moda entrou no comércio digital, seu
faturamento dobrou”.
Stacey Charbin disse ainda que grandes marcas como Ralph
Lauren, Tommy Hilfige, Abercrombie, Zara, entre outras,
estão saindo dos mercados saturados como China e Coreia
do Sul e se voltando para América Latina. De fato, uma boa
notícia para os milhões de consumidores, mas também, um
grande desafio para a indústria da confecção e o varejo local.
A especialista apontou a tecnologia como saída para superar
estes desafios. Citando a plataforma PLM, que otimiza todo
o processo desde a concepção à produção, Stacey Charbin
garante que seu uso permite o alinhamento das equipes
e o desenvolvimento da cadeia de suprimentos para reduzir
custos e tempo de colocação dos produtos no mercado.
“Com esta ferramenta, é possível aumentar a capacidade
de oferecer produtos inovadores e ao mesmo tempo
cortar métodos de trabalho caros e ineficientes”, garante
Charbin, acrescentando que a plataforma também permite
a prototipagem 3D, eliminando até 50% de padrões de teste
de papel e reduzindo drasticamente o número de amostras
de tecido.
Defendendo o uso da tecnologia como fundamental para
modernização e competitividade das empresas, a executiva
disse que a Lectra trabalha com mais de 900 escolas de
moda no mundo. “Todos os alunos querem ser designers,
mas ninguém quer saber de modelagem, corte e costura.
Isso é perigoso”, alertou.
Stacey Charbin finalizou sua palestra apresentando uma
pesquisa feita com 100 empresas nacionais, onde destacou:
“No que se refere à sala de corte de 33% das pesquisadas
ainda trabalham de forma manual. No desenvolvimento
de produto, 84% utilizam sistemas CAD, mas no design,
apenas 24% adotam softwares avançados. Isto mostra
a falta de maturidade do mercado de vestuário no Brasil e ao
mesmo tempo, revela que há muito potencial para crescer”.
“Todos nós adoramos comprar em liquidação, mas
detestamos vender em promoção! Esta é a lógica.
Entretanto, cada vez mais, as pessoas de qualquer lugar do
mundo avaliam primeiro o preço e depois o resto na hora
de comprar um produto. Por conta deste comportamento,
o varejo tem colocado mais pressão sobre a indústria e esta,
por sua vez, sobre os fornecedores”.
Tecnologia como aliada
Além do fator econômico, outro fenômeno que ajuda
à impulsionar a demanda frenética é o acesso rápido às
novidades, divulgadas na web que hoje está na palma
da mão, através dos celular. “Existe ao redor do mundo
1 milhão de blogs de moda que geram cerca de 2.6 bilhões
de twits fashion. É um mercado irracional de informação
26
Anastasia Stacey Charbin, que deu palestras no Brasil,
coordena as equipes Lectra na Asia, UK, Europa e Américas.
AGENDA TTR
NACIONAL
2014
FIMAI - 16ª edição - Feira e Seminário Internacional
de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade
Data: 11 a 13 de novembro
Local: Expo Center Norte/SP
www.fimai.com.br
2015
TÊXTIL HOUSE FAIR - 7ª edição - Feira profissional
de artigos têxteis para casa
Data: 07 a 10 de fevereiro de 2015
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi/SP
www.grafitefeiras.com.br/textilhouse
OUTLOOK™ PLUS LATIN AMERICA 2015 - Conferência
Global para Nãotecidos
Data: 03 a 05 de março de 2015
Local: Hotel Renaissance - São Paulo
www.edana.org
FIMEC - 39ª EDIÇÃO - Feira Internacional de Couros
e Produtos Químicos para Calçados e Curtumes
Data: 17 a 20 de março de 2015
Local: Pavilhões da Fenac - Novo Hamburgo/RS
www.fimec.com.br
FESPA BRASIL - Feira de Estamparia Digital
e Serigrafia Grandes Formatos
Data: 18 a 21 de março de 2015
Local: Expo Center Norte - Pavilhão Branco
www.fespabrasil.com.br
TECNOTÊXTIL BRASIL 2015
Data: 07 a 10 de abril de 2015
Local: Expo Center Norte - Pavilhão Azul - SP
www.fcem.com.br
AGRISHOW 22ª edição - Feira Internacional
de Tecnologia em Ação
Data: 27 de abril a 01 de maio de 2015
Local: Ribeirão Preto/SP
www.agrishow.com.br
HOSPITALAR 2015
Data: 19 a 22 de maio de 2015
Local: Expo Center Norte - São Paulo
www.hospitalar.com
FISPAL TECNOLOGIA - 31ª edição
Feira Internacional de Embalagens, Processos
e Logística para as Indústrias de Alimentos
Data: 23 a 26 de junho de 2015
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi/SP
www.fispaltecnologia.com.br
SERIGRAFIA SIGN FUTURE TEXTIL - 25ª edição
Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos,
Produtos e Serviços para Serigrafia, Comunicação Visual,
Sinalização, Sublimação, Impressão Digital, Impressão
Têxtil, Material Promocional, Brindes e Personalização
Data: 21 a 24 de julho de 2015
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi/SP
www.serigrafiasign.com.br
MAQUINTEX / FEMICC - 5ª edição
Feira de Máquinas, Equipamentos, Serviços
e Química para Indústria Têxtil.
Feira de Máquinas para a Indústria Coureiro-Calçadista
Data: 18 a 21 de agosto de 2015
Local: Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza/CE
www.maquintex.com.br
FINTT - 1ª edição - Feira Internacional da Indústria
de Nãotecidos e Tecidos Técnicos
Data: 15 a 17 de setembro de 2015
Local: Palácio das Convenções do Anhembi/SP
www.fintt.com.br
INTERCON 2015 - Feira e Congresso da Construção Civil
Data: 21 a 24 de outubro de 2015
Local: Pavilhão Expoville - Joinvile/SC
www.feiraintercon.com.br
INTERNACIONAL
IFAI - GEOSYNTHETICS CONFERENCE 2015
Data: 15 a 18 de fevereiro
Local: Portland - Oregon - EUA
www.ifai.com/ifaievents/geosyntheticsconference
TECHTEXTIL 2015
Data: 04 a 07 de maio
Local: Messe Frankfurt - Alemanha
techtextil.messefrankfurt.com
EVENTOS PARALELOS - TEXPROCESS
Feira de tecnologia para materiais flexíveis
FILTREX ASIA 2015 - Filtration Conference & Exhibition
Data: 25 e 26 de maio
Local: Hong Kong - China
www.edana.org
Feira A + A - Feira Internacional de Proteção,
Segurança e Saúde no Trabalho
Data: 27 a 30 de outubro
Local: Düsseldorf, Alemanha
www.aplusa.de
ITMA 2015 - Feira Internacional de Máquinas Têxteis
Data: 12 a 19 de novembro
Local: Fiera Milano RhO - Milão - Itália
www.itma.com
27
Máquina circular
para tecido de colchão
_ Jacquard Eletrônico
_ Alto Relevo
_ Resistência
_ Tecnologia nacional
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Tecnologia a favor
de estilo com conforto
AVANÇO S/A
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fone: +55 (11) 2066-0020 | Fax: +55 (11) 2914-0901

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