Orçamento envolto em polémica com Bruxelas

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Orçamento envolto em polémica com Bruxelas
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Edição 1845
1,20 Euro
5 de fevereiro de 2016
a 11 de fevereiro de 2016
www.mundoportugues.pt
Diretor: Maria da Conceição Granado de Almeida
[email protected]
OURÉM
ANTÓNIO COSTA DESVALORIZA ALEGADAS DIFERENÇAS MAS...
P. 4
Câmara de Ourém prepara ‘Rede de
Apoio e Informação ao Peregrino’
Orçamento envolto
em polémica com
Bruxelas
LISBOA
P. 5
Estação de
Santa Apolónia
pode “ganhar”
hotel
P. 2 e 3
SEIA
P. 11
Empresário
cria museu do
queijo para
divulgar setor e
atrair visitantes
A História
do SISAB
PORTUGAL
P. 23 a 25
A próxima edição do evento consagra 21 anos de
um percurso sempre em crescendo. Continuamos nesta
edição a contar a história de um projeto que revolucionou
completamente o panorama das exportações portuguesas.
FESTA RIJA...
Bailes animam Carnaval
ESQUI
O carnaval está a chegar e com ele vivem-se
dias de grande festa. Afinal o carnaval não é
apenas para as crianças...
Vanina Guerillot
é a segunda
esquiadora
portuguesa a
ganhar medalhas
em provas
internacionais
P. 4
PELO MUNDO
P. 12 a 15
Presidenciais: Eleitores em Newark e
Washington foram a votos
Zika: Portal das comunidades alerta
viajantes sobre o vírus
Paris: Primavera Cultural Portuguesa
apresenta trabalhos de artistas
portugueses
EUA: Universidade
de Brown
recebe
AF_EDP_LBANDS_MP_250x50.pdf
1
12:27
espólio de Fernando Pessoa
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
LEÕES LIDERAM CAMPEONATO
P. 34
P. 28
Sporting vence jogo marcado por
arbitragem polémica...
GUIMARÃES
Uma visita ao berço da nação...
P. 27
P. 38
p.2
DESTAQUE
5 DE FEVEREIRO DE 2016
ORÇAMENTO DE 2016 ENVOLTO EM POLÉMICA COM BRUXELAS
Bruxelas envia carta para Lisboa dando conta
Comissão Europeia. Crise política espreita...
O Governo enviou finalmente para Bruxelas um primeiro esboço do
Orçamento 2016, mas a Comissão Europeia não parece ter gostado
do que viu e de imediato enviou uma carta explicando as razões. A
partir daí António Costa ficou entre fogos cruzados, por um lado a
irredutibilidade de Bruxelas e por outro as promessas feitas à esquerda
e que sustentam o seu governo no parlamento. Veremos o que vem a
seguir, mas a crise política espreita...
O grande descontentamento de
Bruxelas ficou a dever-se ao facto
de o Governo ter considerado no esboço do Orçamento do Estado para
2016 as reversões das medidas de
austeridade como medidas extraordinárias, erradamente segundo a
própria UTAO (Unidade Tácnica de
Apoio ao Orçamento), e foi essa forma de contabilização que permitiu
apresentar a Bruxelas uma redução
de 0,2 pontos percentuais do défice estrutural. Segundo os técnicos
daquele organismo, que desenvolvem o seu trabalho junto do parlamento, a única coisa que António
Costa conseguiu foi camuflar uma
redução do défice quando, na realidade, até poderá aumentar.
Agora tudo depende de como
o Governo vai responder. Se a Comissão entender que os objetivos
para o défice e o esforço orçamental necessário não são atingidos,
as coisas podem vir a complicar-se, e muito, para Portugal.
Se Bruxelas considerar que
Portugal está na categoria de “risco de incumprimento”, pode convidar as autoridades portuguesas
a tomar as medidas necessárias
para corrigir esta trajetória.
Mais grave seria se a Comissão decidisse que Portugal estaria em risco de “sério incumprimento”, algo, aliás, que Bruxelas
fez alusão na carta que enviou ao
Governo português.
Em última instância,
Portugal pode vir a ser
alvo de sanções. Depois
de ser advertido, a
Comissão pode aplicar
uma coima de 0,2%
do PIB por violação de
regras.
Em última instância, Portugal pode vir a ser alvo de sanções. Depois de ser advertido, a
Comissão pode aplicar uma coi-
ma de 0,2% do PIB por violação
de regras. Caso o incumprimento
se mantenha, as multas podem
atingir os 0,5% do PIB, o que não
é brincadeira.
REVISÃO ORÇAMENTAL
Não é só a Comissão Europeia
que pode pedir um orçamento revisto. Na verdade, de acordo com
as mudanças que foram feitas na
Lei de Enquadramento Orçamental (uma lei de valor reforçado),
caso seja identificado um “desvio
significativo” face ao objetivo de
médio prazo (que é o mesmo, de
0,5% do PIB potencial), a lei dita
que o Governo tem de apresentar
uma versão revista do Orçamento
à Assembleia da República. Para
além de rever a proposta de Orçamento do Estado, o Governo tem
de apresentar um plano de correção com as medidas necessárias para garantir que os objetivos são cumpridos, tendo 30 dias
para o fazer.
Para António Costa não há qualquer problema
Entretanto o primeiro-ministro disse não acreditar que haja algum “problema sério” entre o Governo e Bruxelas relativamente ao projeto de Orçamento do Estado para 2016, sublinhando que, neste momento, as discussões são a nível técnico.
António Costa desvalorizou as notícias sobre alegadas diferenças entre o Governo e a Comissão Europeia,
apontando que falou ao telefone com o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, que
lhe confirmou que a análise ao “esboço” orçamental enviado para Bruxelas ainda se processa ao nível meramente técnico.
“Ainda hoje me telefonou o comissário Moscovici, assegurando-me que nada se passa a nível político, tudo
se passa ao nível técnico, e falei há pouco com o ministro das Finanças, que me confirmou que a equipa da Comissão Europeia está em Lisboa a trabalhar .
Para a oposição o esboço de orçamento peca por irrealismo
O PSD afirmou que o esboço de Orçamento do Estado para 2016 tem pressupostos irrealistas e uma estratégia imprudente, agravando a incerteza e a desconfiança.
“Os pressupostos são irrealistas, a estratégia é imprudente”, afirmou o deputado do PSD António Leitão
Amaro, sublinhando que a proposta “agrava a desconfiança e agrava a incerteza”, o que “é tudo o que Portugal não precisa”.
Confrontado com as declarações do candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa, que admitiu que o
PSD possa vir a viabilizar o OE, Leitão Amaro respondeu que “seria absolutamente imprudente estar a falar sobre sentidos de voto de documentos parciais”, mas vincou que o esboço “não é realista nem é sustentável” e
isso não é bom para Portugal.
Agência financeira Fitch considera orçamento
A agência de ‘rating’ Fitch considerou entretanto que o esboço do
orçamento português para 2016
baseia-se em estimativas de crescimento económico e de redução de
despesa e aumento de receita que
se podem revelar irrealistas.
“O esboço de Plano Orçamental Português para 2016 pretende
manter a consolidação orçamental,
mas baseia-se em estimativas de
crescimento e em planos de receita e despesa que se podem revelar
irrealistas”, considera a agência de
notação financeira Fitch.
Os analistas lembram que, no
‘draft’ que seguiu para Bruxelas, o
Governo do PS prevê uma redução
do défice para 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, abaixo dos 2,8% que estimava inicialmente no Programa de Governo,
mas aquém do défice de 1,8% previsto pelo anterior executivo PSD/
CDS-PP, liderado por Pedro Passos
Coelho.
“Esta meta é consistente com
as nossas expectativas de que um
novo Governo manteria o compromisso socialista de longa data de
respeitar as regras orçamentais eu-
ropeias” de consolidação orçamental, afirmam os analistas da agência de ‘rating’.
Considerando que o esboço orçamental demonstra que não há
“dissidências significativas” do Bloco de Esquerda e do PCP, a Fitch
afirma que “há espaço político para
a consolidação” orçamental.
O executivo estima um crescimento económico de 2,1% este ano,
o que fica bastante acima das previsões da Fitch, de um avanço do PIB
de 1,7%.
“Os dados recentes não demonstram nenhuma melhoria notável nas
taxas de crescimento e a expectativa de que o aumento da procura externa vai impulsionar as exportações
pode vir a revelar-se otimista, dado o
abrandamento das economias emergentes e o fraco crescimento da zona
euro”, afirma a agência de ‘rating’.
Além disso, a Fitch aponta que
o Governo deixa por esclarecer como
é que vai “conciliar o seu objetivo
de uma consolidação orçamental
moderada com o seu compromisso eleitoral de reverter medidas de
austeridade”.
Quanto à dívida pública, o Go-
DESTAQUE
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.3
O QUE SE DIZ DO ORÇAMENTO
do descontentamento da
PS critica análise da agência Fitch,
considerando que a agência misturou
“alhos com bugalhos”
irrealisa
verno prevê uma redução para 126%
do PIB no final do ano, “o que dependerá da implementação da consolidação prevista, mas também de
fatores extraordinários, como o eventual custo da venda do Novo Banco”,
escreve a Fitch.
A estimativa para a dívida pública está “ligeiramente” abaixo das
perspetivas da agência financeira,
que antecipa uma dívida de 127,9%
do PIB em 2016, tendo em conta estimativas da agência de “um menor
crescimento e de maior défice”, sem
especificar qual.
As finanças públicas e o ritmo de
consolidação orçamental são “fatores sensíveis” para o rating atribuído
à dívida soberana de Portugal pela
Fitch, que atualmente ainda é ‘BB+’,
com perspetiva positiva. “Um relaxamento orçamental que resulte numa
trajetória menos favorável na dívida pública poderá levar a uma ação
negativa sobre o ‘rating’, do mesmo
modo que um crescimento enfraquecido pode ter um impacto negativo
nas finanças públicas”, afirma.
A Fitch deverá analisar a situação de Portugal a 4 de março e a
19 de agosto
O PS considerou que a Fitch ignorou o impacto de medidas de estímulo à economia incluídas no Orçamento para 2016 e comparou
“alhos com bugalhos” para concluir
que são otimistas as previsões de
crescimento do Governo.
João Galamba, porta-voz do
PS, assumiu esta posição, depois
de a agência de ‘rating’ Fitch ter
considerado que o esboço de plano
orçamental português para 2016
se baseia em estimativas de crescimento económico, de redução de
despesa e de aumento de receita
que se podem revelar irrealistas.
COMPARAR ALHOS COM
BUGALHOS
“Aceitamos todas as críticas e
estamos disponíveis para ter um
debate com quem tem dúvidas sobre o Orçamento. Mas, quando se
comparam as previsões de crescimento que constam do esboço de
Orçamento para 2016 (de 2,1 por
cento) com as previsões das instituições internacionais, estamos a
comparar alhos com bugalhos”, advertiu o dirigente socialista.
João Galamba alegou depois
que as previsões disponíveis efetuadas por instituições internacionais para a economia portuguesa
são feitas “num cenário de políticas invariantes”.
“Ou seja, se não se fizer nada,
a economia portuguesa cresce naturalmente em 2016 entre 1,5 ou
1,7 por cento, consoante a instituição. Ora, o Governo parte precisamente desse cenário de políticas invariantes e depois calcula o
impacto que as suas medidas têm
sobre esse mesmo cenário base.
Precisamente por esta razão, é inevitável que o Orçamento para 2016
apresente previsões de crescimento mais otimistas do que todas as
existentes”, justificou.
Para o porta-voz do PS, a estimativa de crescimento para este
ano “tem de ser levada em conta a
estratégia e as medidas que constam no Orçamento”.
“O que estamos a dizer é que o
aumento do salário mínimo, a reposição salarial na administração pública, o aumento dos mínimos sociais, a aceleração da execução de
fundos europeus, assim como outras medidas, têm no seu conjunto um efeito de aceleração do PIB
(Produto Interno Bruto) de 1,7 para
2,1 por cento em termos de crescimento. Não podemos comparar diretamente estimativas de 1,7 por
cento e de 2,1 por cento porque
partem de realidades distintas”,
justificou.
João Galamba sustentou ainda que, até agora, nenhuma instituição internacional fez uma previsão em cima do efeito das políticas
de estímulo à economia propostas
pelo executivo do PS.
“Portanto, dizer-se que as nossas previsões são otimistas é uma
apreciação sem qualquer fundamento”, reforçou.
Confrontado com o aviso da
Fitch de que poderá descer o ‘rating’ de Portugal caso o Governo falhe a meta de défice de 2,6 por cento este ano, João Galamba reiterou
a tese segundo a qual as agências
de ‘rating’ devem “perceber que
não podem comparar alhos com
bugalhos”.
“Espero que na análise que façam do ‘rating’ português concluam
que só se pode comparar um cenário com políticas com uma avaliação que inclua essas mesmas políticas. Se a Fitch, ou qualquer outra
instituição, decidir analisar as medidas que constam do Orçamento
para 2016 e aí então concluir que
o Governo está a ser otimista, nesse caso poderemos ter diferenças
de posição. Até lá, estamos apenas
a comparar realidades distintas”.
António Costa
Costa diz que orçamento é responsável e cumpre
compromissos. O primeiro-ministro defendeu que a
proposta do Orçamento do Estado para 2016 “cumpre os compromissos eleitorais do PS”, dos acordos
com os partidos de esquerda, bem como os compromissos nacionais e os europeus.
Bagão Félix
Explicar "contradições" do esboço será "bom teste"
para Centeno
Helena Garrido
O maior risco para Portugal está nos investidores
O PSD afirmou que a missiva enviada pela Comissão
Europeia ao Governo pedindo esclarecimentos sobre
o esboço de Orçamento do Estado para 2016 representa uma “oportunidade” para o executivo dar mais
“consistência e realismo” à proposta de Orçamento.
Assunção Cristas
A candidata à presidência do CDS/PP Assunção Cristas disse que o Orçamento do Estado é uma “ficção”,
na primeira sessão da volta designada “unidos para
vencer”, na qual irá ouvir os militantes.
João Almeida
Esboço do OE2016 é muito pouco coerente e não
é sustentável. João Almeida, deputado do CDS-PP,
disse que o esboço do Orçamento do Estado para
2016 levanta várias preocupações, tendo pedido à
UTAO que o analise.
Catarina Martins
A porta-voz do BE, Catarina Martins, disse que o Orçamento do Estado para 2016 “será naturalmente
o espelho” do acordo entre os partidos de esquerda,
avisando que “não há recado nenhum” que possa pôr
em causa este entendimento.
UMA ALTERAÇÃO EMBLEMÁTICA...
Mudança do IVA na restauração
O Governo prevê o retorno do IVA na restauração para 13% a partir
de julho, segundo o esboço do Orçamento do Estado para 2016.
Esta descida terá um impacto orçamental, em comparação com 2015,
de -0,09% do Produto Interno Bruto (PIB), adianta o esboço do OE2016.
Entretanto a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de
Portugal (AHRESP) reuniu-se com o primeiro-ministro, tendo este reafirmado o compromisso de baixar o imposto sobre o consumo IVA no setor.
O que a Comissão Europeia pretende saber
A Comissão Europeia quer saber, por que é que o Governo pretende
reduzir o défice estrutural em 0,2 pontos percentuais, o que é apenas um
terço do recomendado em julho, segundo a carta enviada hoje ao Ministério das Finanças. “Estamos a escrever-lhe para perceber por que é que
Portugal planeia uma redução défice estrutural em 2016 muito abaixo
do recomendado pelo Conselho Europeu em julho”, afirmam os comissários europeus dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, e
do Euro, Valdis Dombrovskis, na carta enviada hoje e divulgada pelo Ministério das Finanças. Na missiva, que é dirigida ao ministro das Finanças, Mário Centeno, os comissários europeus lembram que a 14 de julho
o Conselho Europeu recomendou uma redução do défice estrutural, que
exclui os efeitos do ciclo económico, de 0,6 pontos percentuais este ano.
Ora, o esboço do plano orçamental, enviado a Bruxelas e à Assembleia da República na passada sexta-feira, prevê uma redução do défice estrutural de 1,3% em 2015 para 1,1% este ano, ou seja, de apenas
0,2 pontos percentuais.
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PELO PAÍS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
Norte
Centro
Sul
VILA NOVA DE FAMALICÃO
OURÉM
ARRAIOLOS
Viagens gratuitas pelo concelho
para chegar cedo ao Carnaval
Câmara prepara ‘Rede de Apoio e
Informação ao Peregrino’
Animação e mascarados vão
desfilar pelas ruas da vila
Este ano, a autarquia reforça, na noite de 8 para 9 deste
mês, os autocarros gratuitos a circularem de diversos pontos
do concelho. Os autocarros têm saída das freguesias de Joane, Riba de Ave, Fradelos, Gondifelos, Arnoso Santa Eulália,
Pedome e Portela, pelas 21h, 21h45 e 22h30 em direção à
cidade, com paragem em frente à Escola D. Sancho I. Os autocarros regressam às freguesias pelas 2h, pelas 4h e pelas
6h. E, fruto de uma parceria com a CP - Comboios de Portugal -, vai ainda ser possível viajar desde Aveiro até Famalicão por apenas dois euros, ida e volta. São válidos nos dias
7, na noite de 8 de fevereiro (compra antecipada até ao dia
7) e 9, incluindo a Linha de Aveiro, Linha de Braga, Linha
de Caíde/Marco de Canaveses e Linha de Guimarães, informa
uma nota divulgada pelos serviços autárquicos de Famalicão.
Com origem no tradicional Entrudo, o Carnaval famalicense nasce da participação livre das pessoas, que saem à rua
encarnando as mais diversas personagens. Tem como palco
principal a zona envolvente ao Parque da Juventude.
AROUCA
A peregrinação internacional de maio a Fátima e as
comemorações do Centenário das Aparições levaram os
serviços de Ourém a lançar uma ‘Rede de Apoio e Informação
ao Peregrino’. Para esse efeito, foi realizado, no ano passado,
um inquérito a vários grupos de peregrinos, que concluiu ser a
beneficiação das estradas e caminhos, a melhoria dos pontos
de apoio e informação prestada, assim como a necessidade
de se articularem esforços já dinamizados pelas diversas
entidades do município e congregá-los para se alcançar
a referida rede algumas das medidas a implementar. O
trabalho, que será apresentado em breve, está a ser realizado
em articulação com as Paróquias e Juntas de Freguesia.
NAZARÉ
Entrudo chega com prémios para
Mostra de Carnaval
os foliões
Sátira, crítica social e algumas partidas fazem parte do En- no Centro Cultural
trudo em Arouca. Este ano, os festejos começam no dia 5 de
fevereiro, com o desfile das escolas e instituições, tendo como
temas a arte e a solidariedade. Na véspera de Carnaval (8 de
fevereiro), a partir das 21h30, “joga-se ao Entrudo, como antigamente, na Praça Brandão de Vasconcelos, e elegem-se os
melhores mascarados tradicionais”, revela uma nota divulgada pela autarquia. Os festejos encerram com o grande desfile inter-freguesias, pelas ruas da vila no dia 9 de fevereiro.
Durante a quadra festiva e até 6 de março, está também
patente no Museu Municipal a exposição «Mascar’arte», promovida pelo Agrupamento de Escolas de Arouca.
AVEIRO
Câmara compra terrenos para
construir variante em Cacia
A Câmara de Aveiro aprovou a compra de 27 terrenos em
Cacia, para fazer a nova variante de acesso à zona industrial
e conquistar o investimento que o grupo Portucel/Soporcel
quer fazer numa nova fábrica. As 32 parcelas de terreno vão
custar ao município quase 320 mil euros. “É grande a relevância do investimento na nova fábrica do GPS, que assume
uma capacidade final de produção de 240.000 toneladas
por ano, um investimento próximo dos 420 milhões de euros e uma projeção de criação de cerca de 300 novos postos
de trabalho em Aveiro até ao ano de 2022”, salienta o Executivo Municipal liderado por Ribau Esteves. Com início de
produção previsto para o segundo semestre de 2016, a nova
fábrica vai concretizar um investimento de 100 milhões de
euros e criar 100 novos postos de trabalho, na primeira fase.
REDAÇÃO
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AMIGO N.º1 DO CONSELHO DAS
COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 1994
MEDALHA DE MÉRITO DAS
COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 2000
FUNDADORES
Valentim Morais e
Padre Vítor Melícias Lopes
ADMINISTRAÇÃO
Chefe de Redação
José Manuel Duarte (CP 3414)
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Redatores Principais
Ana Grácio Pinto (CP 2857)
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António Freitas (CP 1920)
Carlos Morais
[email protected]
DIRETOR
Ana Rita Almeida (CP 6092)
[email protected]
Maria da Conceição Granado de Almeida
(TE 402)
[email protected]
Está aberta até 14 de
fevereiro a exposição de Carnaval «Seca fates d’oleade»,
patente no Centro Cultural
da Nazaré. Através de uma
retrospetiva em fotografias,
vídeo, jornais e livros foi
abordada a importância da
época festiva para a comunidade, que a vive de forma única e bastante intensa. A mostra retrata ainda os espaços por onde o evento se desenrola,
a rua e as salas de baile. Com entrada gratuita, pode ser
visitada de 2ª a 6ª das 9h30 às 13h e das 14h às 17h30.
Aos sábados, está aberta das 15h às 18h e aos domingos e
dia de Carnaval (excecionalmente), das 15h às 18h.
A 5 de fevereiro, Arraiolos entra no espírito de Carnaval
com um desfile e um baile a decorrer nas ruas da vila alentejana. Os foliões têm apenas de vestir as suas fantasias e
juntar-se, às 10h, na Praça da República. O desfile começa
por volta das 10h15, passa pela Travessa do Algarvio e pela
Rua Alexandre Herculano e termina na Praça do Município,
onde se dá início a um baile. A organização é da Câmara Municipal de Arraiolos, em colaboração com o Agrupamento de
Escolas de Arraiolos, Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos
e do Vimieiro e do Centro Infantil Augusto Piteira.
LAGOS
Agremiações festejam o carnaval
No município de Lagos, alguns locais do concelho e respetivos moradores continuam a viver a quadra carnavalesca
com a alegria de outros tempos. Assim, entre os dias 5 e 9
de fevereiro, sempre a partir das 21h30, o Clube Desportivo
de Odiáxere organiza bailes de carnaval no seu salão nobre.
A mesma associação realiza no dia 7 um corso de crianças
(no Campo de Futebol do Clube Desportivo) e no dia 9 um
desfile de Carnaval (no Largo da Alegria, junto ao Moinho).
Já o Grupo dos Amigos do Chinicato realiza na sua sede,
no dia 7, às 16h, um baile e concurso de máscaras. No dia
9, a partir das 21h haverá, no mesmo local, um animado
baile de carnaval.
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
LOURES
Trajes e máscaras de Carnaval
expostos no centro comercial
Antecipando as festividades do Carnaval, que são uma tradição no concelho, o LoureShopping expõe, até 14 de fevereiro, trajes e máscaras de cabeçudos que fazem parte dos corsos
carnavalescos da região. Patente no Espaço Família, localizado
no piso 1, a mostra pode ser visitada todos os dias, entre as
10h e as 23h. Com origens que remontam a 1934, o Carnaval de Loures é um dos maiores carnavais da Área Metropolitana de Lisboa e de Portugal. Conta, atualmente, com mais de
1200 figurantes e 15 carros alegóricos no seu desfile carnavalesco, que atrai à cidade milhares de pessoas, todos os anos.
COLABORADORES E CORRESPONDENTES
PORTUGAL
Manuela Aguiar, Carlos Luís, Eduardo Moreira,
Vasco Callixto, Manuel Pinto Coelho,
Nélson Simas, Paulo Geraldo, Joaquim Vitorino,
José António Barreiros
ESTRANGEIRO
África do Sul: Carlos Silva Alemanha: João
Marques, Manuel Campos
Argentina:
Martin Fabian d’Oliveira Bélgica: António
Fernandes Brasil: Ramos André, António
Gomes da Costa, José António Marcelino,
Linda Gonçalves, Dagmar Lourenço
Canadá: Carlos Morgadinho Espanha: Luís
Longueira Estados Unidos: Adalino Cabral,
Edmundo Macedo, Glória de Melo, José
Martins, Nelson Tereso França: Duarte
Silva, António Cravo
Holanda: José
Camacho Suíça: Manuel Beja, António
Santos Venezuela: Rui Carloto Inglaterra:
Rogério Fragoso Dinamarca: Susana Louro
Bailes animam Carnaval no
concelho
Vila Real de Santo António celebra o Carnaval, entre os
dias 5 e 13 de fevereiro, com bailes e um desfile a decorrerem
na Avenida Marginal (Monte Gordo) e no Centro Cultural António Aleixo (VRSA). Na cidade sede do concelho haverá bailes a 5, 6 e 8 de fevereiro, sempre a partir das 21h30. Já em
Monte Gordo, a programação arranca no dia 6 de fevereiro,
às 22h, na tenda instalada na zona poente da marginal, com
um conjunto de bailes que se prolongam nos dias 7 e 8. Na
terça-feira, dia 9, às 15h30, um desfile assinala o ‘Enterro do
Entrudo’. As atividades encerram no dia 13 de fevereiro, com
o Baile da Pinhata, às 21h30, no Centro Cultural, em VRSA.
Morada: Av. Elias Garcia, 57 - 7.º • 1049-017 Lisboa - Portugal
Fax: (00351) 21 795 76 65
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Assinaturas
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Ana Lourenço (Coordenadora)
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tlm. (00351) 91 983 77 75
tel. (00351) 21 795 76 73
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DO CAPITAL NA EMPRESA:
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Ler em www.mundoportugues.pt
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PELO PAÍS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.5
A MÍTICA ESTAÇÃO DE SANTA APOLÓNIA
Estação de Santa Apolónia pode “ganhar” hotel
O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Ramalho, afirmou que a estação de Santa Apolónia, em Lisboa, manterá o terminal
ferroviário, mas com aproveitamento comercial, admitindo mesmo a
possibilidade de vir a ter um hotel.
“Gostaríamos de ter a estação de Santa Apolónia valorizada,
com terminal ferroviário, mas com
aproveitamento comercial, porque
do outro lado estará o Terminal de
Cruzeiros”, afirmou António Ramalho, quando questionado pelo deputado do PCP Bruno Dias sobre os
planos para a estação de comboios
de Lisboa. A pergunta surge depois
de os representantes de organizações sindicais da ex-REFER terem
denunciado “o despejo de trabalhadores de instalações que aos poucos estão a ser objeto de negócios
imobiliários”.
Na comissão de Economia,
Inovação e Obras Públicas, António Ramalho admitiu a possibilidade de Santa Apolónia vir a ter
um hotel, dando o exemplo bem-sucedido com outros imóveis detidos pela empresa pública, como
a estação do Rossio que gera uma
renda anual de um milhão de euros.
Ainda assim, o responsável garantiu que os planos para a estação de comboios de Santa Apolónia
mantêm a sua vocação de terminal
ferroviário.
“Estamos a tentar valorizar as
estações”, realçou, dando ainda o
exemplo da estação de São Bento,
no Porto, “uma das mais bonitas
do mundo”, que recebe cerca de
4.000 visitantes por ano que não
andam de comboio. Sem precisar
o plano para a estação de comboios
portuense, o responsável adiantou
que “as laterais tinham carros de
bombeiros e ferro velho de antigas composições”, considerando
que não era “um exemplo a manter”. Sobre sucessivas mudanças
do posto de trabalho dos funcionários da antiga Refer e da Estradas
de Portugal, na sequência da fusão
das duas empresas públicas, António Ramalho desvalorizou a questão, referindo que apenas 13 pessoas terão que fazer três mudanças
e que há trabalhadores a mudarem-se do Palácio Coimbra para Santa
Apolónia, que distam 100 metros.
Neste âmbito, acrescentou, ele próprio teve que se adaptar e mudar
de “uma sala ampla” para um gabinete mais pequeno, na sede da
Infraestruturas de Portugal, junto
à praça das portagens, ao lado da
ponte 25 de Abril, em Almada.
Santa Apolónia é apenas uma
das 10 estações ferroviárias que
vão ter uma utilização mais rentável — sem estarem exclusivamente dedicadas à entrada e saída de
passageiros e à expedição de comboios. Segundo o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), An-
Edifício da estação Santa Apolónia
tónio Ramalho, “existe um enorme
potencial para estas estações que
não tem sido aproveitado, porque há muita procura para várias
utilizações”.
Além das novas utilizações que
serão dadas a estas três estações,
seguem a mesma estratégia as de
Entrecampos, Campanhã, Cais do
Sodré, Cascais, Oriente, Braga e
Coimbra. “Já sabemos que o potencial de receitas anuais previsto
para estas 10 estações é de €11
milhões”, esclarece António Ramalho. “Seja qual for a diversidade de
utilizações turístico-culturais, ou
até de restauração, o nosso objetivo será sempre o de valorizar a estação de Santa Apolónia”, comenta
António Ramalho.
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p.6
CLUBE DOS LEITORES
5 DE FEVEREIRO DE 2016
JÚLIO AUGUSTO MARQUES - BRASIL
Parabéns pelos
93 anos!
As mensagens dos nossos amigos e leitores também nos chegam através da página do Mundo Português
na rede social ‘Facebook’. Através dela, mantemos um contato diário com quem integra esta imensa
comunidade, nos quatro cantos do mundo. A todos, o nosso Muito Obrigado por fazerem parte da
Família do Mundo Português...
No próximo dia 7 de fevereiro, irá
haver festa rija na casa do amigo Júlio
Augusto Marques. Este compatriota,
natural do concelho de Almeida, no
distrito da Guarda, é um dos nossos leitores mais antigos. Júlio Augusto Marques nasceu na freguesia
das Naves, a 7 de fevereiro de 1923.
Vive no Brasil, mais precisamente
na cidade de Santos, litoral do estado de São Paulo, desde 1961, já lá
vão 55 anos. A filha Laurinda Limão
diz-nos que o seu pai “sempre trabalhou na forja, como ferreiro”. “Mesmo quando veio para cá, foi essa a
sua profissão”, recordou ao «Mundo
Português». Com o seu trabalho, Júlio Marques e a sua mulher criaram
cinco filhas. Reformado e viúvo, recebe o carinho das filhas, dos três
netos e dos sete bisnetos (três meninas e quatro meninos).
Pelo «Mundo Português», vai
acompanhando o que se passa em
Portugal e nos outros países onde
há comunidades lusas. “Quando era
mais novo e podia andar, ia a Portugal algumas vezes, agora já é custoso, mas vontade não lhe falta”, sublinha Laurinda.
“Não coloquei um gosto para
agradar e para mim é excelente.
Sim porque realmente sinto interesse e orgulho. Fui mais um português que viveu parte da sua vida
no estrangeiro. Eu adoro este tipo
de publicação, acredito que ajuda toda a comunidade portuguesa dentro ou fora do pais. Desejo muita sorte e longa vida a este
jornal”.
Marçal Martins - Portugal
“Viva o Mundo Português!!!
Todos nós somos um pouco emigrantes de varias zonas diferentes, mas sempre com o coração
no nosso Portugal. De geração em
geração continuamos pelo mundo, emigrantes, mas pensando
em Portugal.”
Cristina Carreira - Brasil
“É um jornal que publica todas as notícias que são importan-
tes e tem textos muito bem redigidos. Parabéns, gosto muito do
vosso jornal e da vossa página no
Facebook.”
Glória Peixoto - Portugal
“Gosto muito desta pagina porque mostra muito do nosso lindo Portugal. Ficamos muito bem informados. Parabéns a
quem teve a iniciativa, pois está
muito bem feita.”
Lola Santos - Portugal
“Tudo que seja para divulgar Portugal e os portugueses
são bem-vindos! Moram no meu
coração...”
Fernanda Costa - França
“Soy hijo de portugueses y me
encanta todo de Portugal. A pesar que no conozco, pero pienso
ir algun dia a conocer a mi fami-
lia. Muy bueno Mundo Portugues,
felicitaciones.”
José Cairão - Argentina
“Espectacular. Me trae recuerdos de mi siempre amado Portugal. Hace 31 años que mis padres imigraron a Venezuela. Tenia
9 añitos cuando pise esta tierra.
Pero siempre recuerdo a mi amado Portugal.
Quisiera volver, no pierdo las
esperanzas. Me emociona cada
vez que oigo noticias de alla en
especial la de mi paisanito Ronaldo. Eso me hace sentir orgullosa
de ser Portuguesa!”
Erika Pereira Venezuela
“Maravilhoso. Amo Portugal.
Sou açoriana, nascida na Ilha de
São Miguel, Açores. Vim para o
Brasil criança, mas nunca esqueci meu Portugal.”
Maria Da Graça Gruenlich - Brasil
REGIONAL
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.7
SEMANA GASTRONÓMICA DA CHANFANA EM VILA NOVA DE POIARES
Confraria candidata chanfana a especialidade da Europa
O êxito da Semana da Chanfana de Vila Nova de Poiares tem vindo a
aumentar ano após ano e este ano rondaram as 10 mil pessoas que se
deslocaram até Vila Nova de Poiares para degustar o tradicional prato
cuja base é a carne de cabra.
ANTÓNIO FREITAS( TEXTO E FOTOS)
Vila Nova de Poiares é registada
como a capital universal da Chanfana e tem uma confraria que fez renascer do ancestral prato da região,
um ícone gastronómico. As pequenas terras podem ser muito grandes
de alma, neste caso através do empreendedorismo e inovação e com
isso ganham os agentes locais. A
organização pertence à Confraria
da Chanfana de Vila Nova de Poiares, que assinala década e meia
de existência, tendo sido constituída com o fim específico de fazer “o
levantamento, defesa e divulgação
do património gastronómico da região das Beiras em geral, e em especial da chanfana”.
São elementos simbólicos fundamentais desta confraria “o forno
de lenha onde se assa a chanfana, os caçoilos de barro preto (verdadeiros ex-libris do artesanato do
concelho) e a cabra velha, símbolo de uma pastorícia que outrora
se traduzia na atividade dominante”. Durante treze dias todos os
apreciadores deste prato rumam a
Poiares e nos restaurantes locais
podem degustar uma especialidade que é confeccionada com carne de cabra já bem adulta marinada em vinho tinto. É depois
levada ao lume em “caçoilos” de
barro preto durante mais de 4 horas o que a torna a carne seculenta
e muito apetitosa por via dos ingredientes. Registe-se que a confeção da chanfana como especialidade gastronómica de Vila Nova
de Poiares poderá vir a ser “especialidade tradicional reconhecida
da Europa”. Essa é, pelo menos, a
vontade da Confraria da Chanfana,
que entregou à diretora regional de
Agricultura e Pescas um dossiê elaborado com esse objetivo. Foi durante a apresentação da “Semana
da Chanfana”, a decorrer de 12 a
24 de janeiro, que a responsável,
Adelina Martins, recebeu a documentação das mãos de Madalena
Carrito, confrade-mor da instituição
poiarense. Ana Soeiro, vice-presidente europeia da Qualifica Origine Europa, considerou, a propósi-
Cerca de 10 mil pessoas passaram pelos restaurantes de Vila Nova de
Poiares
to, que “é um ponto de honra que
seja aprovado o pedido como especialidade tradicional reconhecida e,
por isso, ajudou que a candidatura
fosse feita de acordo com as normas europeias”.
A “Chanfana” é um prato gastronómico típico da região de Coimbra, mais precisamente dos concelhos de Penacova, Miranda do
Corvo e Vila Nova de Poiares. Existem ainda várias versões sobre o
aparecimento deste prato e, aquela
que é considerada a mais correcta,
remete-nos para as invasões francesas de 1810. Durante os 3 anos
de ocupação, os militares franceses
não mostraram piedade e roubaram as populações situadas em re-
Madalena Carrito confrade mor da confraria da Chanfana recebe mais um
grupo de apreciadores
dor dos seus quartéis, que se localizavam nos concelhos de Penacova
e Vila Nova de Poiares. Os franceses roubaram cereais e animais, à
excepção dos animais velhos, pois
eram muito duros para comer. Assim, nasciam as primeiras receitas
de Chanfana, confeccionada com
cabra velha.
Existe ainda outra versão sobre
a sua criação, terá sido inventada
pelas monjas do Mosteiro de Semide que, para evitar que os militares franceses lhes roubassem os rebanhos, mataram elas próprias os
animais e cozinhavam-nos. Como
os invasores franceses tinham envenenado as águas, as monjas utiliPUB
p.8
MUNDO PORTUGUES - 46 ANOS
5 DE JANEIRO DE 2016
HISTÓRIA DE UM JORNAL DIFERENTE FEITO PARA GENTE IGUAL
Um jornal que dava voz a quem não a tinha foi
especialmente visado pela censura
A carta que se publica em baixo é um dos documentos históricos mais
Tendo nascido sob o lema “AGIR SERVINDO”, o Emigrante/Mundo Português
jornal. O próprio Marcello
anos dando
de vida
EMIGRANTE/MUNDO
- 11Caetano, à época Presidente do
sempre se assumiu comoHistória
um jornaldede40
causas,
vozde
aO
quem
não a tinha valiosos destePORTUGUES
Conselho de Ministros, escreve a Mário Bento, Director Geral dos Servie pondo a nú os anseios dos seus leitores - os emigrantes. Talvez por isso foi ços Centrais do Exame Prévio (vulgo CENSURA), exigindo mais censuespecialmente “observado” pela censura prévia que limitava em muito a total ra para O EMIGRANTE/MUNDO PORTUGUÊS e fazia-o nestes termos:
liberdade de expressão.
«Meu caro dr. Mário Bento
O jornal “O EMIGRANTE/MUNDO PORTUGUÊS”
foi especialmente visado pelos cortes da censura
Nos últimos tempos do regime “nas
entrelinhas”
mensagens
Recebo novo número de O EMIGRANTE em cujas páginas se procua censura já não poupava nada “perigosas” como UMA NOVA ra achincalhar, aos olhos dos emigrantes, o Governo português, a camnem ninguém e cortava textos IGREJA SEM EXCEÇÃO DE panha e o acto eleitoral, tomando mais uma vez o partido claramente
quase cegamente. O nosso jornal, RAÇAS OU DE CLASSES, ou UMA pela CDE. Dizem-nos que o jornal vai a exame prévio. E não pode deinascido sob o lema de AGIR IGREJA HUMILDE EM TODOS OS xar de se ter em conta que o desfiguramento da imagem da Pátria no
SERVINDO, tinha no seu dia- ASPECTOS...
coração dos portugueses ausentes é crime e grave. Chamo por isso a
A carta
hojepreocupação
publicamossocial
é um dos
documentos
históricos
a-dia que
uma
Para
o regime este
tipo de apelo atenção para o facto»
bastante
grande,
com posições
o mesmo
que apelar
a uma
mais
valiosos
deste jornal.
O próprioera
Marcello
Caetano,
à época
muito próximas
da doutrina
social a Mário
sociedade
sem
classes,
valores
Presidente
do Conselho,
escreve
Bento,
Director
Geral
Igreja. Centrais do Exame Prévio
que (vulgo
então CENSURA),
eram defendidos pelos
dosda
Serviços
comunistas.
Já quando se pretendia
exigindo mais censura para O EMIGRANTE/MUNDO
Nem
mesmo
assim
escapava
ao
abolir
a
diferenciação
por raças,
PORTUGUÊS e fazia-o nestes termos:
longo braço da censura que via o esta era também matéria bastante
“perigo”
parágrafo
que lia. sensível, dado o tipo de ocupação
«Meu
caroem
dr.cada
Mário
Bento
Exemplo disso é o texto de 17 de colonial que então Portugal fazia
Recebo novo número de O EMIGRANTE em cujas páginas se
Outubro de 1973, que publicamos em Angola, Moçambique e Guiné,
procura achincalhar, aos olhos dos emigrantes, o Governo
e onde um leitor jovem nos dizia:
e que inclusive tinha conduzido à
português, a campanha e o acto eleitoral, tomando mais
“a juventude quer uma igreja tristemente célebre guerra colonial,
uma
vez o partido claramente pela CDE. Dizem-nos que o
sem pompas, sem luxos e sem onde tantos portugueses perderam
jornal
vai a uma
exame
prévio.
não apode
injustiças,
igreja
humildeEem
vida. deixar de se ter em
conta
que
o
desfiguramento
da
imagem
da Pátria no
todos os aspectos”, e continuava
coração
dos
portugueses
ausentes
é
crime
e grave.
Chamo
“a juventude sente que a igreja Recorde-se que
historicamente
não
porfalseia
isso aaatenção
para
facto» se está aqui a discutir a posição
Boa Nova
deo Cristo,
fazendo muitas vezes o contrário política do regime de então. Não
A carta que hoje publicamos é um dos documentos históricos
em benefício dos seus interesses”. é este o espaço e muito menos o
O leitor terminava o seu artigo tempo. Pretende-se apenas mostrarmais valiosos deste jornal. O próprio Marcello Caetano, à época
afirmando que “a juventude quer, como nesta época o desespero doPresidente do Conselho, escreve a Mário Bento, Director Geral
acima de tudo uma NOVA IGREJA, regime tinha atingido tal intensidadedos Serviços Centrais do Exame Prévio (vulgo CENSURA),
que saiba tudo e todos sem que conduzia a uma irracionalidadeexigindo mais censura para O EMIGRANTE/MUNDO
excepção de raças ou de classes absurda de censurar, na totalidade,PORTUGUÊS e fazia-o nestes termos:
COM AMOR, como disse Cristo”.
um artigo que apenas visava a
Claro que este leitor nunca percebeu organização da igreja de então,«Meu caro dr. Mário Bento
porque é que o seu texto, por onde vista pela perspectiva sempreRecebo novo número de O EMIGRANTE em cujas páginas se
clamava por uma igreja de amor e crítica da juventude.
procura achincalhar, aos olhos dos emigrantes, o Governo
de paz, nunca teria sido publicado. Quem era jovem nessa época português,
e
a campanha e o acto eleitoral, tomando mais
Provavelmente nem teria imaginado frequentava os grupos de jovens nasuma vez o partido claramente pela CDE. Dizem-nos que o
como é que o seu simples artigo paróquias sabe perfeitamente comojornal vai a exame prévio. E não pode deixar de se ter em
alguma vez poderia afetar o naquela época se equacionavaconta que o desfiguramento da imagem da Pátria no
regime político do seu país. No tudo e como tudo se punha emcoração dos portugueses ausentes é crime e grave. Chamo
entanto a censura conseguiu ler causa permanentemente.
por isso a atenção para o facto»
História de 40 anos de vida de O EMIGRANTE/MUND
O jornal “O EMIGRANTE/MUN
foi especialmente visado pelo
(...) Em cada dia que
passava o regime sentia
que o fim se aproximava. Os
sinais indicavam-no com
evidência, o que levava a
uma inquietação constante
às instituições da época e
Por isso, o cerco da
censura apertava cada vez
mais. A carta que
publicamos hoje é bem o
exemplo disso que mostra
como o nosso jornal foi
especialmente visado pelas
malhas do regime. Não
foram muitos os que
tiveram a honra de ser
Nos últimos tempos do regime a censura
raças ou de classes COM AMOR, como
colonial que então Portugal fazia em
já não poupava nada nem minguém e
disse Cristo”.
Angola, Moçambique e Guiné que
cortava textos quase cegamente. O nosso
inclusivamente tinha conduzido à
jornal nascido sob o lema de AGIR
Claro que este leitor nunca percebeu
tristemente célebre guerra colonial, onde
SERVINDO tinha no seu dia-a-dia uma
porque é que o seu texto por onde
tantos portugueses perderam a vida.
preocupação social bastante grande, com clamava por uma igreja de amor e de paz
posições muito próximas da doutrina
nunca teria sido publicado.
Recorde-se que historicamente não se
social da Igreja.
Provavelmente nem teria imaginado
está aqui a discutir a posição política do
Nem mesmo assim escapava ao longo
como é que o seu simples artigo alguma
regime de então, não é este o espaço e
braço da censura que via o “perigo” em
vez poderia afectar o regime político do
muito menos o tempo. Pretende-se
cada parágrafo que lia. Exemplo disso é o seu país. No entanto a censura
apenas mostrar como nesta época o
texto de 17 de Outubro de 1973 que
conseguiu ler “nas entrelinhas”
desespero do regime tinha atingido tal
publicamos em cima e onde um jovem
mensagens “perigosas” como UMA
intensidade que conduzia a uma
operário escreveu que “a juventude quer
NOVA IGREJA SEM EXCEPÇÃO DE
irracionalidade absurda de censurar na
independente
o nosso
cumprimentos
umaVerdadeiramente
igreja sem pompas,
sem
luxosjornal
e apresentou
RAÇAS
OU DE ao
CLASSES, ou UMA
totalidade um artigo que apenas visava a
Chefe de Estado quando do seu lançamento em 1970
sem injustiças, uma igreja humilde em
IGREJA HUMILDE EM TODOS OS
organização da igreja de então, vista pela
todos os aspectos”, e continuava “a
ASPECTOS...
perspectiva sempre crítica da juventude.
Nosde
últimos
a censura
raças
ou e
de classes COM AMO
Em cada
diaoque
juventude sente que a igreja falseia(...)
a Boa
Para
regime este tipo
apelo,tempos
era o do regime
Quem era
jovem nessa
época
já
não
poupava
nada
nem
minguém
e
disse
Cristo”.
Nova de Cristo, fazendo muitas vezes
o
que apelar a uma sociedade sem frequentava os grupos de jovens nas
passava
omesmo
regime sentia
cortava textos quase cegamente.
nosso
contrário em benefício dos seus
classes,
valores
paróquias O
sabe
perfeitamente como na
que o fim se aproximava.
Osque então eram
REGIONAL
5 DE FEVEREIRO DE 2016
PASSADIÇOS DO PAIVA REABREM A 13 FEVEREIRO
Uma viagem biológica
Os Passadiços do Paiva localizam-se na
margem esquerda do Rio Paiva, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro. São 8 km
que proporcionam um passeio “intocado”, rodeado de paisagens de beleza ímpar, num
autêntico santuário natural, junto a descidas
de águas bravas, cristais de quartzo e espécies em extinção na Europa. O percurso estende-se entre as praias fluviais do Areinho
e de Espiunca.
A entrada vai custar 1 euro e poderá ser
comprada online, existindo limite diário de
visitantes.
Apenas 1km desta estrutura em Arouca
será de acesso livre.
O passadiço sobre as escarpas do rio Paiva, em Arouca, reabre ao público a 13 de
Fevereiro com a afluência limitada a 3.500
visitantes diários, o que obrigará ao controlo online das entradas, que agora custarão
um euro. A estrutura de 8km inaugurada em junho rapidamente se tornou uma atração turística da região, pela sua paisagem natural ao longo das margens do rio e através de
áreas até então intocadas. No entanto cerca de 600 metros desse percurso foram, em
Setembro, destruídos num incêndio, obrigando à evacuação dos visitantes que ali se
encontravam. Para evitar que circunstâncias idênticas
se possam repetir em momentos de maior
afluência e complicar operações de socorro,
a autarquia decidiu impor um limite de acessos à estrutura. Esses acessos serão controlados “através de uma plataforma online que
será oficialmente lançada a 1 de Fevereiro”,
confirmou à Lusa o presidente da Câmara,
José Artur Neves. Um quilómetro do passadiço manter-se-á de acesso livre, mas, para apreciação do
percurso integral, os interessados terão que
solicitar o seu direito de entrada através da
Internet. Depois é só apresentar o comprovativo dessa reserva aos funcionários que, nas
três entradas do percurso, passarão a verifi-
car os respectivos dados. Com este procedimento, a autarquia
criou assim seis novos postos de trabalho,
cujos honorários serão suportados por uma
receita de bilheteira que o autarca espera vir a
reflectir os mesmos níveis de elevada afluência registados enquanto o acesso ao local era
gratuito. “Um euro é uma quantia irrisória, até a
avaliar pela pressão que temos sentido por
parte das unidades hoteleiras e das agências
de turismo, com as pessoas sempre a perguntarem quando é que reabrimos o passadiço”,
defende José Artur Neves. “E os cidadãos de
Arouca terão um cartão de acesso gratuito ao
local, para irem lá as vezes que quiserem”,
acrescenta, embora referindo que a emissão
do documento também terá um custo. Outra novidade a ultimar para a reabertura é a transformação operada na zona que
até aqui era apontada como a menos apelativa do passeio, por se afastar das margens
do Paiva e obrigar a uma subida íngreme em
terra batida, através do pinhal. “A escadaria que começa na ponte de
Alvarenga, no extremo próximo da praia do
Areinho, não tinha continuidade quando chegava a essa parte”, recorda o presidente da
Câmara de Arouca. “Mas agora esse terreno
é nosso e fizemos lá mais 200 metros de degraus, o que resulta numa escadaria ainda
mais imponente do que a que já lá estava”,
afirma. Outra mais-valia desse troço é que
permitirá aos visitantes observarem “um sobreiral muito antigo”, onde as árvores “conseguiram fixar raiz entre as pedras e cresceram no meio da rocha”, revelando o que José
Artur Neves classifica como “uma resistência
extraordinária”. Além da recuperação do troço destruído pelo fogo e da implementação do sistema
de controlo de acessos, a intervenção que a
autarquia tem vindo a realizar no passadiço
do Paiva incluiu a aquisição do terreno junto à ponte de Alvarenga e a criação de instalações sanitárias na Praia do Vau. O inves-
p.9
p.10
HISTÓRIA
5 DE FEVEREIRO DE 2016
1 PORTUGAL À DESCOBERTA DO MUNDO
A conquista de Ceuta
A tomada de Ceuta é considerada, pela maioria dos historiadores, como
o início de uma época de expansão portuguesa no mundo. Alcançado o
objetivo de tomar aquela cidade do norte de África, Portugal estava em
condições de prosseguir para sul, em busca de novos territórios.
Desde D. João I, fruto de uma intenção expansionista deste rei, que
novos reinos eram cobiçados com novas investidas a serem idealizadas.
Uma delas era a conquista de
Granada, ideia que pairava na mente
Porta de entrada de Portugal em
África, Ceuta é vista hoje como uma
porta de entrada de África na Europa.
O desembarque ocorreu a 21 de
agosto de 1455. No dia seguinte o
porto foi ocupado por uma invasão
militar portuguesa, comandada pelo
Rei D. João I.
Aponte o seu smartphone ou tablet
e vejo o video na nossa página de
facebook.com/emigrantemundoportugues
de todos desde 1411, com o objetivo
de ganhar terreno aos infiéis. O outro
plano era o ataque às praças fortes
de Marrocos.
Dada a sua importância económica a opção recaiu em Ceuta. Assim, após uma minuciosa preparação
da viagem que começara em 1412,
e para se dar cumprimento à vontade, partiu de Lisboa, a 25 de julho de
1415, uma frota composta de 212
navios (59 galés, 33 naus e 120 embarcações pequenas).
O desembarque ocorreu a 21 de
agosto, tendo a cidade sido controlada pelo contingente militar de cerca de 20 mil homens, e o castelo tomado no dia seguinte, 22 de agosto
de 1415.
Após a conquista, a mesquita maior de Ceuta foi transformada numa igreja cristã, numa política usual de substituição de símbolos
efetuada pelos vencedores.
Constituía também a confirmação e o sucesso da cruzada contra os
infiéis proposta por D. João I e muito
bem acolhida pelo Papa.
Outras razões que motivaram a
tomada de Ceuta foram o facto de
existir nesse local uma base de pirataria que atacava as costas do Algarve.
Desta forma os portugueses conseguiam controlar as entradas e saídas
do Mediterrâneo.
IMPORTÂNCIA ECONÓMICA
Entre as motivações que presidiram ao objetivo de conquistar Ceuta
toma especial relevância a económica. Relativamente à moeda, durante
os séculos XIV e XV, verificou-se um
fenómeno de desvalorização acentuada sem paralelo e deveu-se sobretudo à falta de metal e à crise que
o comércio português atravessava.
A expedição a Ceuta afigurava-se
uma boa estratégia pela perspetiva
Há uma unanimidade entre os historiadores quanto à questão da
Conquista de Ceuta ser o início da expansão portuguesa. Foi uma
praça conquistada com relativa facilidade, por uma expedição
organizada por D. João I, em 1415.
de ali poderem adquirir ouro e prata.
A história revelou o contrário, já
que a manutenção da praça de Ceuta implicava abastecimentos regulares de provisões, nomeadamente de
trigo.
A fraca produção, associada a
uma população em crescimento,
sobretudo nas cidades, provocou
uma acentuação nas necessidades
alimentares.
Para além deste encargo, foi também necessário proceder ao pagamento da dívida quer fossem nacionais quer a estrangeiros, devido aos
empréstimos pedidos para financiar a
expedição marítima.
Portugal tomou Ceuta com um
contingente que alguns historiadores
estimam que fossem mais de 30 mil
homens (a bordo de 270 navios) e,
a 3 de setembro de 1415, deixou na
cidade uma guarnição de 2.500 soldados portugueses, sob o comando
de outra das figuras históricas ainda
presentes nas ruas de Ceuta, Pedro
de Meneses.
No entanto, 600 anos depois da
conquista de Ceuta estima-se que
não hajam mais de 60 portugueses a
viverem na cidade, trabalhando fundamentalmente nos setores dos ser-
2 PORTUGAL À DESCOBERTA DO MUNDO
Descoberta e povoamento da Madeira e dos Açores
A ocupação de Ceuta terá sido o trampolim para as viagens e povoamento da Madeira e dos Açores, com incursões também nas Canárias.
Os arquipélagos da Madeira e
dos Açores, situados no Oceano
Atlântico, são, desde o século XV,
parte importante do território português. Desabitados quando os portugueses chegaram, foram colonizados
por pessoas da metrópole, facto que
contribui para a estreita ligação com
Portugal Continental.
Considerados durante vários séculos como colónias ou províncias ultramarinas, só com a Constituição de
1976 adquiriram novo estatuto: regiões autónomas.
A Madeira e os Açores têm instituições próprias - governos regionais
e assembleias legislativas regionais
- que lhes permitem ter uma maior
autonomia.
Para evitar que Castela tomasse
posse do arquipélago da Madeira conhecido desde o século XIV: um
portulano catalão de 1339 já representa algumas das ilhas, nomeando-as inclusivamente - em 1419 e
1420, duas expedições portuguesas,
comandadas por João Gonçalves
Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo, largaram do Algarve
e ocuparam as ilhas de Porto Santo
e da Madeira.
Os navegadores portugueses sabiam que quando navegavam mais
para Ocidente tinham dificuldades
no regresso, já que navegavam contra o vento, razão pela qual navegavam a favor do vento rumo a noroeste. Foi um desses desvios que, em
1427, o navegador algarvio Diogo de
Silves avistou a ilha de Santa Maria,
depois a de São Miguel e, possivelmente, mais outras cinco ilhas. As
ilhas das Flores e do Corvo só foram
avistadas em 1425 pelo capitão Diogo de Teive.
Nos primeiros anos não houve
grande interesse em colonizar permanentemente estas ilhas, mas a
partir do momento em que se começou a recear uma ocupação por parte
de Castela, Portugal decidiu povoar e
administrar estes arquipélagos.
O povoamento da Madeira iniciou-se em 1420. Cerca de cem
pessoas, dirigidas pelos três «descobridores» (João Gonçalves Zarco,
Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo), desembarcaram na Madeira e no Porto Santo. Gonçalves Zarco,
que dirigia o povoamento, dividiu o
arquipélago em três partes. A ilha da
Madeira foi dividida em duas partes:
uma para Zarco e outra para Tristão
Vaz Teixeira. Bartolomeu Perestrelo
ficou com o cargo de senhor da ilha
de Porto Santo.
O arquipélago começou por depender da Coroa mas em 1433 D.
Duarte doou-o ao infante D. Henrique, que passou a administrar o território à maneira feudal. Dividiu o território em três capitanias que confiou
aos três descobridores.
O arquipélago da Madeira, com
cerca de 796,8 km2 de superfície,
é constituído pelas ilhas da Madeira, Porto Santo, Desertas e Selva-
gens. Encontra-se situado no oceano Atlântico, a sudoeste de Portugal
Continental. A maior ilha é a da Madeira (722m2) seguindo-se a do Porto Santo (42,17 km2). As Desertas e
as Selvagens são pequenas ilhas que
nunca foram habitadas devido à inexistência de água.
A colonização dos Açores começou mais tarde. Nunca carta régia de 1439, diz-se que D. Henrique
já tinha mandado lançar ovelhas nas
ilhas dos Açores e referem-se as primeiras medidas para o povoamento
deste arquipélago.
Também o arquipélago dos Açores foi concedido ao infante D. Henrique. A ilha de Santa Maria foi doada
a Gonçalo Velho, segundo o sistema
de capitanias.
Só na década de 1460 é que outras ilhas foram objecto de interesse,
tendo sido dividas em mais três capitanias: uma para a ilha da Graciosa,
outra para as ilhas do Pico e do Faial
e outra para a ilha Terceira (mais tarde dividida em duas metades).
Refira-se que o povoamento dos
Açores revelou-se mais difícil que o
da Madeira, obrigando D. Henrique
a doar duas capitanias a estrangeiros, ambos da Flandres.
O arquipélago dos Açores fica situado no Atlântico Norte e é constituído por nove ilhas repartidas por
três grupos.
O grupo oriental é formado pelas
ilhas de São Miguel e de Santa Maria. O grupo central é composto pelas ilhas Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial. O grupo Ocidental
é formado pelas ilhas das Flores e
do Corvo. A maior ilha é a de São
Miguel, com uma superfície de 746
km2. A menor é a do Corvo, com
apenas 17,5 km2 de extensão.
Ao todo, as nove ilhas ocupam
2247km2.
in Uma História Concisa de Portugal
REGIONAL
5 DE FEVEREIRO DE 2016
CULTURA NA CIDADE DE SEIA
Empresário cria museu
do queijo para divulgar
setor e atrair visitantes
O promotor do projeto, Ricardo Ramos.
A cidade de Seia vai ter um museu dedicado ao queijo, que surge por iniciativa de
um empresário local que pretende contribuir
para o aumento da oferta turística da região
da Serra da Estrela.
O promotor do projeto, Ricardo Ramos,
disse que o Museu do Queijo de Seia envolve um investimento de cerca de 500 mil euros e deverá abrir este ano.
O museu abordará “diversas áreas” relacionadas com o queijo e com o território da
Serra da Estrela”, e será um “museu vivo”,
segundo o responsável.
Ricardo Ramos adiantou que o espaço
museológico mostrará aspetos relacionados
com o passado, mas também permitirá que
os visitantes acompanhem “todo o ciclo relacionado com o queijo” na atualidade.
O novo espaço, que vai ocupar um piso
do edifício do “Mercado do Queijo”, situado
próximo do Museu do Pão, terá a designação de Museu do Queijo de Seia, mas também abordará outros aspetos da região da
Serra da Estrela.
“Podemos encontrar áreas relacionadas
com a fauna, com a flora, com a geografia,
com as gentes, com a comunidade, com as
tradições e, depois, temos como área principal a pastorícia e o queijo Serra da Estrela”, adiantou.
Na vertente da pastorícia, disse que serão
abordados aspetos como as fardas dos pastores, a transumância, as histórias, as lendas e os lugares.
O museu, com uma área total de 600 metros quadrados, terá uma exposição permanente sobre o queijo e a Serra da Estrela, uma
sala para exposições temporárias, uma cozinha beirã e uma queijaria tradicional que es-
tará aberta aos visitantes. No futuro complexo estarão expostos utensílios relacionados
com a produção do queijo e a pastorícia (trajes dos pastores, campainhas usadas pelas
ovelhas, ‘chavelhas’ em madeira que identificavam o rebanho de cada proprietário, etc.).
A título de exemplo, Ricardo Ramos indicou que uma das paredes ficará decorada
com os desenhos que eram próprios de cada
pastor da região.
O museu também vai ter elementos multimédia que proporcionarão ao visitante um
autêntico ambiente serrano.
“Vão existir sons dos pastores a assobiarem para o rebanho, o berrar das ovelhas, os
cabritos a irem ao encontro das mães, o cão
a ladrar, o chover, o nevar, os pássaros, a fauna, vai haver um contexto Serra da Estrela a
partir do momento em que entramos para o
museu. E, a partir desse momento, vamos
abordar várias temáticas dentro do museu,
para além do queijo”, disse à Lusa.
Ricardo Ramos diz que é sua intenção
criar um “museu vivo” com a possibilidade
de as pessoas acompanharem, no terreno,
as várias atividades pastoris e associadas ao
queijo.
Pode ser “interessante” para os turistas,
quer sejam portugueses ou estrangeiros, por
proporcionar “uma abordagem mais cultural”
de um produto (queijo da Serra da Estrela)
que encontram nas prateleiras das lojas da
região, frisa.
“Valorizar o produto, demonstrar como se
faz, as particularidades, a origem, a confeção e as possibilidades de consumo do queijo” são ideias que estão na origem do projeto
que vem juntar-se aos museus do Pão e do
Brinquedo, que já estão em funcionamento
p.11
p.12 PELO MUNDO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
Universidade norte-americana
recebe espólio de Fernando Pessoa
Cerca de dois mil documentos
sobre Fernando Pessoa, encontrados
num baú na África do Sul, no verão
passado, que incluem poemas, cartas e até um livro, estão a ser estudados na Universidade de Brown, nos
Estados Unidos. A doação a esta instituição dos documentos, que pertenceram ao investigador britânico Hubert Jennings, especialista
no escritor português, pode causar
surpresa, mas já nos anos 1970 a
universidade de Nova Inglaterra se
começava a transformar num dos
centros de estudos pessoanos mais
importantes do mundo. “Organizámos em 1977 o primeiro congresso internacional sobre Fernando Pessoa, de que resultou o primeiro livro
sobre Pessoa em inglês”, explicou à
Lusa o professor catedrático da Universidade de Brown Onésimo Teotónio de Almeida.
A instituição oferece regularmente seminários sobre Pessoa,
para o qual convida especialistas de
todo o mundo e, ainda em 2015,
organizou o primeiro colóquio sobre
Pessoa, como poeta inglês. Publica
ainda a única revista dedicada exclusivamente ao estudo do poeta, Pessoa Plural, na qual foi referido pela
primeira vez, em dezembro, a existência deste espólio da África do Sul.
Foi Henriqueta Madalena Dias,
meia-irmã de Fernando Pessoa, que,
em meados da década de 1970,
abriu o baú e enviou uma carta ao
investigador britânico Hubert Jennings, que guardou os manuscritos
na sua garagem, na Cidade do Cabo,
na África do Sul. Jennings tinha descoberto o português, enquanto reitor
de um liceu na África do Sul, depois
de perceber que Fernando Pessoa tinha estudado na escola. “Tão interessado ficou nele que, em 1968, foi
para Portugal pesquisar mais sobre
ele e até aprendeu português. Chegou a falar muitíssimo bem”, garante
Onésimo. Quando, em maio do ano
passado, a Universidade de Brown
organizou um colóquio sobre “Pessoa, poeta inglês”, decidiu convidar
Christopher Jennings, filho de Hubert Jenings. “Bem impressionado
com o que viu, mostrou interesse em
que o espólio pessoano do seu pai
viesse para a Brown. Ainda me certifiquei com ele se não seria melhor
enviá-lo para a Casa Fernando Pessoa, ou para a Biblioteca Nacional,
em Lisboa, mas ele insistiu”, lembra Onésimo.
Depois de outro professor da
universidade avaliar o espólio, que
já tinha sido transferido para Nova
Iorque, ficou decidido que a Univer-
sidade aceitaria a oferta.
Nos meses seguintes, foi preparado um número da revista Pessoa Plural, exclusivamente dedicado
a este espólio, preparado por Carlos Pittella Leite. “Fica muito material publicado, mas há mais que
irá surgindo a seu tempo, na editora Gávea-Brown”, esclarece Onésimo. Ainda não foram descobertos
quaisquer inéditos de Pessoa que
não existam na Biblioteca Nacional,
mas admite-se que venham a surgir. De qualquer forma, o conjunto
tem grande relevância para os estudos pessoanos, sobretudo para os
biógrafos.
Nas cartas já publicadas, há
relatos de morte de familiares que
causaram muito desgosto a Pessoa,
listas dos familiares com quem viveu e as casas que habitou, a par
de descrições mais banais, como
as de brincadeiras com uma sobrinha, que fingia fazer-lhe a barba, e
de alguns dos seus medos. Fernando
Pessoa “tinha muito medo de trovoadas: escondia-se em lugares escuros
para não ver os relâmpagos e cobria
a cabeça para não ouvir os trovões”,
descreveu Henriqueta, a meia-irmã,
numa carta enviada em 1970 a Jennings, que faz parte do espólio agora descoberto.
Portal das Comunidades alerta viajantes
sobre o vírus Zika
Um alerta sobre o Zika foi divulgado no Portal das Comunidades Portuguesas com o objetivo de
avisar os viajantes sobre a epidemia
provocada por aquele vírus em algumas zonas do mundo.
O aviso no portal (https://www.
portaldascomunidades.mne.pt/pt/),
apresenta um link para o comunicado da Direção-Geral de Saúde
(DGS) sobre o vírus Zika. De acordo
com a nota da DGS, divulgada a 15
de janeiro, “o vírus Zika é transmitido aos seres humanos por picada
de mosquitos infetados” e “não se
transmite de pessoa a pessoa”. “Os
sintomas e sinais clínicos da doença
são, em regra, ligeiros: febre, erupções cutâneas, dores nas articula-
ções, conjuntivite, dores de cabeça
e musculares. Com menor frequência, podem ainda ocorrer dores nos
olhos e sintomas gastrointestinais”,
sublinhou o documento.
Segundo o comunicado da DGS,
“há suspeitas (ainda não inteiramente comprovadas) que a doença
possa provocar alterações fetais durante a gravidez, em particular microcefalia”. Para as pessoas que irão
deslocar-se às zonas afetadas deve-se antes do início da viagem, de
acordo com a DGS, procurar aconselhamento em Consulta do Viajante, em especial mulheres grávidas.
A DGS referiu que as pessoas
devem assegurar-se da proteção
contra a picada do mosquito, usan-
do roupas adequadas, repelentes,
optar por ambientes com ar condicionado, seguir as recomendações
das autoridades locais e redes mosquiteiras. Ter ainda especial atenção aos períodos do dia em que os
mosquitos do género Aedes Aegypti – que também transmite o vírus
da Dengue e do Chikungunya - picam mais frequentemente (a meio
da manhã e desde o entardecer ao
por do sol. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), seis casos de infeção pelo vírus Zika foram registados
em Portugal até ao momento, cinco
de cidadãos que estiveram recentemente no Brasil e um de um médico
que regressou da Colômbia.
LUXEMBURGO
ACHBL entrega cadeira de rodas a
jovem de Tarouca
Rogério Oliveira (à esq) com Valdemar Pereira e Rui Raimundo
A Associação Cultural e Humanitária da Bairrada no Luxemburgo (ACHBL), voltou a realizar uma
acção de solidariedade. Desta vez,
aquela instituição portuguesa no Luxemburgo ofereceu no dia 20 de janeiro, uma cadeira de rodas nova e
adaptada às necessidades de André
Garrido, residente em Tarouca.
O jovem tarouquense André
Garrido recebeu, no passado dia
20 de janeiro, uma nova cadeira de
rodas, melhor adaptada às suas necessidades e que lhe permitirá mais
alguma comodidade. A entrega da
cadeira, que permitirá mais alguma
comodidade ao jovem tarouquense,
decorreu no salão nobre da Câmara
Municipal de Tarouca
Após ter analisado o caso do
André, que lhes foi dado a conhecer por um dos sócios com ligações
familiares ao concelho de Tarouca,
a ACHBL realizou uma angariação
de fundos que permitiu a aquisição
deste novo equipamento, explicou
o seu presidente, Rogério Oliveira.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Tarouca, Valdemar Pereira, e o presidente da União
das Freguesias de Tarouca e Dalvares, Rui Raimundo, felicitaram a
associação pelo gesto de nobreza e
solidariedade. André Garrido é um
jovem tarouquense de 15 anos, com
deficiência mental e motora, que ganhou assim um novo conforto.
Fundada em 1997, a ACHBL
conta com mais de 200 associados.
Mais de 90 por cento do trabalho
realizado pela Associação é humanitário, feito através da realização
de jantares a favor de entidades
ou pessoas necessitadas, mediante os pedidos que recebem, maioritariamente enviados de Portugal.
Os donativos são sempre entregues
em géneros, já que o dinheiro recolhido é usado para a aquisição dos
bens que são posteriormente enviados tanto a instituições como a pessoas necessitadas.
FRANÇA
Academia do Bacalhau de Rouen
tem nova direção
A Academia do Bacalhau de
Rouen, realizou a 16 de Janeiro de
2016 as suas primeiras eleições
para os corpos gerentes. A assrembleia decorreu Num jantar de ‘Amizade e Portugalidade’ no restaurante La Berteliére, que é dirigido pelo
português Anibal Silva.
“A Academia de Rouen desde a sua criação foi presidida pelo
compadre José Stuart, conforme
os estatutos internos de dois em
dois anos é obrigatório eleger no-
vos corpos gerentes. O compadre
Joaquim Monteiro, que acompanha
esta academia desde a sua criação,
foi eleito presidente por unanimidade para o ano de 2016 e 2017”,
informa uma nota divulgada pela
academia. Joaquim Monteiro vai
agora dar continuidade aos trabalhos já iniciados assim como “dar
vida a novos projetos sempre dentro dos pilares fundamentais das
academias: a Amizade, a Portugalidade e a Solidariedade”.
PELO MUNDO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.13
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NAS COMUNIDADES
No fim de semana de 30 e 31 de janeiro, cerca de 4.500 portugueses registados
em Newark e Washington, nos Estados Unidos, foram chamados à urnas para finalmente poderem votar nas eleições presidenciais
de Portugal, depois do cancelamento no fim-de-semana anterior, devido a uma tempestade de neve.
Apesar do voto destes portugueses não alterar o resultado da eleição, que terminou a 24
de janeiro com a vitória de Marcelo Rebelo de
Sousa, conta acima de tudo a participação e
a realização de um direito cívico.
Noutras cidades dos Estados Unidos da
América (EUA), a votação aconteceu a 23 e
24 de janeiro, mas apenas 2,89% dos eleitores inscritos compareceu. Em Newark, onde
estão registados 4.264 dos eleitores e Washington apenas tem recenseados 289 eleitores. Alguns dos eleitores vivem em zonas distantes de Nova Jérsia ou até nos estados da
Pensilvânia e Delaware, que estão incluídos
nesta zona consular. No passado fim de se-
mana, José Luís Fernandes, juiz de 1ª instância na Pensilvânia, tinha conduzido cerca de
duas horas desde Filadélfia para votar. “Vale a
pena, claro que sim. Se não votarmos, não podemos mostrar aos políticos em Portugal que
existimos e que merecemos a sua atenção”,
explicou Fernandes à agência Lusa.
Já João Machado, que se mudou para os
EUA há 21 anos , diz que o voto é uma forma
de honrar a história do país. “Além de ser um
dever cívico, é um direito que custou muito a
conquistar. A nossa comunidade devia entender melhor a importância do voto. Temos população suficiente para ser relevantes e garantir voz às nossas comunidades”, assegurou.
A VOTAÇÃO NAS COMUNIDADES
Até ao fecho desta edição, faltava ainda
apurar os resultados em dois consulados - um
na Europa e os dois nos Estados Unidos. Mas
já era possível antever os números da votação para as presidenciais 2016, nas comunidades portuguesas.
Foto de arquivo
Eleitores em Newark e
Washington foram a votos
Assim - e quando ainda decorriam as
operações para a obtenção dos resultados
no estrangeiro - de um universo eleitoral de
289.671 inscritos nos consulados, tinham votado no estrangeiro 13.032 eleitores. Ou seja,
apenas 4,5% do total. Havia ainda 131 votos
em branco e 56 nulos.
Marcelo Rebelo de Sousa foi o candidato
mais votado, tendo recebido 57,17% dos votos (o que correspondia a 7.344 votos), seguido de Sampaio da Nóvoa (19,15%) e Marisa Matias (8,35%).
Nas estatísticas por continente, África foi
o que apresentou maior número de votantes
em relação aos inscritos: dos 13.182 inscritos, votaram 1.613 eleitores (12,24% do total). Na Europa, e quando faltava ainda apurar o resultado de um dos 31 consulados, a
percentagem de votantes era de 5,77%, correspondente a 6.004 votos de um universo de
104.115 inscritos.
Na Ásia e Oceania, o apuramento nos quatro consulados revelou que votaram 1.011
eleitores, de 20.058 inscritos (5,04%).
Já na América - e estando ainda em falta
os resultados de Washington e Newark - dos
152.316 inscritos, tinham votado 4.404 eleitores (2,89%).
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p.14 PORTUGUESES NO MUNDO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
O LISBOETA BRUNO NETTO JÁ EXPÔS EM VÁRIOS PAÍSES E RESIDE NA HOLANDA
“Gosto de pintar as realidades que vejo no meu dia-a-dia”
“Considero-me um pintor de gentes, mas tento encontrar as diferenças
nessas realidades que vou encontrando”, define-se Bruno Netto. O artista
plástico tem patente até 15 de fevereiro, na sede do Camões - Instituto da
Cooperação e da Língua, em Lisboa, uma exposição cuja temática pode
dizer-se que é uma declaração de amor a Lisboa, feita no feminino. Ao
«Mundo Português, Bruno Netto, que atualmente vive na Holanda, fala da
suas obras, do que o inspira e do que o define como pintor.
Bruno Netto, 36 anos, nasceu
em Lisboa. Depois de concluir os os
estudos em Arte e Design, a pintura levou-o para Espanha, Argentina, Inglaterra e Holanda, onde reside atualmente. O reconhecimento
internacional veio com uma exposição na Galeria Opera, em Budapeste, Hungria, que lhe valeu o premio
‘Art laudabilis’.
Como começou a pintar?
Desde que me lembro sempre
quis pintar. Há uma frase de um dos
meus artistas favoritos, Diego Rivera, muralista mexicano, que dizia
que “se somos artistas, pintaremos
até morrer, será como respirar.” E
para mim é assim também.
Assim que senti essa enorme
vontade em criança, nunca mais
me abandonou. Desde então fui explorando diferentes vertentes e técnicas, e dai ter viajado pelo México,
Argentina, etc para compreender e
aprender de outros artistas.
Como define a sua pintura?
Eu gosto de pintar as realidades
que vejo no meu dia-a-dia. Considero-me um pintor de gentes, mas
tento encontrar as diferenças nessas realidades que vou encontrando. Por exemplo, posso pintar uma
mulher a tocar um instrumento musical, um violino, e essa é a ação na
qual eu baseio toda a pintura, mas
depois há certos elementos digamos
surrealistas, com os quais gosto de
interactuar. A água é sem dúvida um
deles. Porque dá movimento, dá força e dá energia.
Fale um pouco das obras que integram a exposição no Camões, IP…
As obras aqui enviadas (fotografias) fazem parte da exposição feita
no Camões-Instituto da Cooperação
e da Língua organizada pelo Camões e pela Embaixada Portuguesa na Holanda, onde a temática é
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uma história de amor e Lisboa. As
figuras inserem-se em grandes planos, neste caso a mulher como figura principal e a interação dela com
as diferentes realidades que vai encontrando. Há somente uma obra,
de que particularmente gosto muito e que também foi exposta - é um
trabalho feito especialmente para o
Nuno Flores (ex-membro dos Quinta do Bill) e a sua banda ‘The Crow’,
em que retratei o músico e a banda e onde se pode ver a água que
sai dos violinos simbolizando a força
e o movimento. Mas todas elas (estão) inseridas nesse tema figurativo,
que é retratar a figura com uma cor
e uma força muito grandes.
Há na sua pintura alguma marca de
portugalidade?
Em geral eu pinto situações diárias, mas não têm necessariamente
que a ver com Portugal. Talvez o facto que distinga a minha pintura seja
a cor forte que utilizo. Mas nesta ultima exposição esteve bem patente
essa “marca” portuguesa com a cidade de Lisboa como pano de fundo. Eu acho que a pintura tem de ser
“descomplicada”, ou seja, reflectir,
de maneira mais prática e pura, o
que o pintor sente. Para um pintor, ser português é uma
vantagem ou uma desvantagem? Acho que não se pode aplicar
muito o “ser” ou não português.
Um pintor é um pintor, independentemente da sua nacionalidade.
Talvez haja quem utilize o patriotismo ou nacionalismo na sua pintura,
mas eu como já estou fora há vários
anos, suponho que já “bebi” tanto
de outras culturas que isso reflecte-se na minha obra. Agora, sou um
português muito orgulhoso do meu
país, e sempre que exponho fora é
uma honra enorme dizer que sou
português. Para mais, temos uma
grande tradição na Arte, temos excelentes artistas como Júlio Pomar,
Cruzeiro Seixas, Joana Vasconcelos,
etc, para citar alguns.
A sua pintura nasce do seu quotidiano, ou faz parte de um projeto
imaginário?
É curioso que faça essa pergun-
ta, já que tento precisamente que
haja um equilíbrio entre o quotidiano das cenas que pinto, e um (universo) imaginário. Para mim, é importante que o público que olha para
o meu trabalho seja transportado a
um outro mundo, que não fique só
no primeiro plano dos quadros. Aí
há sempre um equilíbrio que tento manter para não deixar “fugir” o
quadro para outros sítios, mas nem
sempre se consegue.
Porquê a Holanda depois de tanto
ter viajado pelo mundo?
A Holanda veio a ser o país que
melhores condições me dava na
época em que decidi estabelecer-me aqui. Gostei da sua gente, e
da inspiração encontrada e decidi ir
ficando. O que não significa que não
mude uma vez mais ou viaje bastante, como até agora o tenho feito.
CULTURA
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.15
INICIATIVA INAUGURADA EM JANEIRO DECORRE ATÉ AGOSTO
Primavera Cultural Portuguesa apresenta trabalhos de
artistas portugueses em Paris
Paris recebe até finais
de agosto, mais uma
edição da iniciativa
«Printemps Culturel
Portugais» (‘Primavera
Cultural Portuguesa’).
O programa coloca
em evidência vários
artistas portugueses
nos vários espaços
emblemáticos da
capital francesa.
O «Printemps Culturel Portugais» (‘Primavera Cultural Portuguesa’) surge da colaboração entre os museus Grand Palais, Jeu de
Paume, Cite de l’Architecture & du
Patrimoine, a delegação francesa
da Fundação Calouste Gulbenkian
e o Theatre de la Ville.
Entre outras ofertas, estão exposições do pintor Amadeo de
Souza-Cardoso, da fotógrafa Helena Almeida, de meio século da
arquitetura portuguesa, do artista
Julião Sarmento e ainda uma peça
da companhia Teatro Praga.
A iniciativa foi aberta a 20 de
janeiro, na Gulbenkian de Paris,
com a exposição ‘Juliao Sarmento.
Rendas de Valença ‘vestem’
imagens no Núcleo Museológico
tos outros acessórios. A exposição
conta com trabalhos dos utentes da
Associação de Reformados de Valença e peças de Anabela Pereira,
Maria Estrela Costa, Augusta Santana, Maria Fernanda Sousa, Ana Maria Fontainhas e Casa das Fontes.
ATÉ 28 DE FEVEREIRO
Tradições e Folclore em Monsaraz
‘Tradições e Folclore’ é o título
da exposição que Ana Rita Janeiro apresenta até 28 de fevereiro na
Igreja de Santiago da vila medieval
de Monsaraz. Integra 20 telas pintadas a acrílico nas quais a artista
retrata as suas origens e as tradições alentejanas, com especial incidência no folclore. “As vivências
e as memórias de Ana Rita Janeiro
são reveladas em pinturas coloridas
representativas de locais, momentos e tradições que marcaram a sua
infância no Alentejo”, informa uma
nota da autarquia.
“o segredo mais bem guardado
da cultura portuguesa, que viveu
e trabalhou entre Paris e Manhufe, no norte de Portugal”, descreve
um comunicado da organização.
De 13 de abril a 29 de agosto,
é a vez da Cite? de l’Architecture
& du Patrimoine, em coproduçao
com a Gulbenkian de Paris, acolher a exposição ‘Les universalistes. 50 ans d’architecture portugaise’ (‘Os universalistas. 50 anos
da arquitetura portuguesa’), que
apresenta 50 projetos arquiteturais sob a forma de maquetes produzidas especialmente para a exposição, documentos gráficos e
audiovisuais.
De 31 de maio a 04 de junho,
no âmbito da sétima edição do festival Chantiers d’Europe, o Théâtre
de la Ville propõe o ‘Projet Pessoa’,
do Teatro Praga, a companhia portuguesa que volta a ser mais uma
vez convidada para fazer parte do
evento (Chantiers/Estaleiros da
Europa). Este já é o quarto ano
consecutivo que a companhia portuguesa é convidada a participar.
“O Teatro Praga está de regresso com Fernando Pessoa na bagagem. Um monumento nacional
abordado com muita liberdade e
fantasia, com uma dramaturgia
alegremente heteróclita que faz
ressurgir a infância do poeta na
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ATÉ 23 DE ABRIL
Esculturas de cavalos, elefantes,
gatos, e até guarda-chuvas e manequins foram ‘vestidos’ a rigor com
rendas em croché e estão em exposição no Núcleo Museológico de Valença, até 23 de abril. São mais de
“200 peças sui generis, onde a arte
tradicional de bordar se apresenta
em formas contemporâneas”, informa a autarquia de Valença.
O objetivo é dar novas contextualizações às artes tradicionais de
bordar, mostrando as possibilidades da utilização atual das rendas e
bordados nas novas tendências da
moda. Os emblemáticos lenços dos
namorados de Valença, os de noivar,
com as cores garridas a vermelho
e azul os de namorar destacam-se
também nesta exposição. Encontram-se ainda bordados em ponto
de cruz e rechilieu, uma infinidade
de dedais, pontas de agulhas e mui-
la chose, meme - the real thing’,
que se prolonga até 17 de abril.
De 9 de fevereiro a 22 de maio,
o museu Jeu de Paume apresenta a retrospetiva “Helena Almeida.
Corpus”, mostrando pela primeira
vez em França, as obras mais emblemáticas que aliam a pintura,
fotografia, desenho e vídeo, daquela que é considerada uma das
maiores artistas contemporâneas
portuguesas.
De 20 de abril a 18 de julho,
o Grand Palais, associado às comemorações dos 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian, apresenta a retrospetiva de Amadeo
de Souza-Cardoso (1887-1918),
A exposição pode ser apreciada diariamente entre as 9h30 e as
13h e das 14h às 17h30.
p.16
EMPRESAS & MERCADOS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
EST. MANUEL DA SILVA TORRADO
COMERCIALIZA AZEITES DESDE 1911, EXPORTA 95% DA PRODUÇÃO E TEM NO ‘SALOIO’ UMA DAS MARCAS SÍMBOLO DE PORTUGAL
“Esta é verdadeiramente uma empresa voltada
para a exportação”
Manuel da Silva Torrado, um português natural de Monforte, que em 1878 iniciou a sua atividade
como comerciante em Lisboa. Em 1911 constituía com os irmãos, a empresa que levou o seu
nome e que ao longo de mais de cem anos, esteve sempre ligada ao comércio do azeite. Adquirida
em 1992 por outra empresa também com história, a SICA (fundada em 1942), a Manuel da
Silva Torrado & Cª. (Irmãos), SA comercializa marcas de azeite que são verdadeiras tradições
portuguesas, como a ‘Saloio’, registada em 1926, cuja embalagem em lata é já um símbolo luso
junto dos portugueses no estrangeiro.
A atual Manuel da Silva Torrado & Cª.
(Irmãos), S.A., nasceu da visão de um
português natural de Monforte, distrito de
Castelo Branco, que em 1878 iniciou a sua
atividade como comerciante em Lisboa.
A hiatória desta empresa começa em
1911 com os irmãos, a Manuel da Silva Torrado & Cª. (Irmãos), Lda, que esteve sempre ligada ao comércio do azeite.
É muito provavelmente a mais antiga empresa a comercializar azeites em Portugal.
Tradicionais são também as suas marcas: a ‘Santa Maria’ e a ‘Saloio’. Lançada
há 90 anos, a ‘Saloio’ é vendida na tradicional embalagem em lata em diversos
países - sendo considerada um símbolo de
Portugal junto das comunidades portuguesas nos Estados Unidos e no Canadá.
Em 1992, a Manuel da Silva Torrado &
Cª. (Irmãos), SA foi adquirida pelos proprietários da SICA - Sociedade Industrial
e Comercial de Azeites, sediada em Estremoz, e que já era fornecedora da empresa.
Com mais de cem anos de existência,
Rui Norte dos Santos: Julgo que é
atualmente a mais antiga empresa a comercializar azeite em Portugal. Como comerciante em nome individual, o seu fundador, Manuel da Silva Torrado, iniciou a
sua atividade muito antes, em 1878. Em
1911, criou a empresa, juntamente com
os irmãos.
Até 1992 pertenceu à família do fundador, que a vendeu à SICA - empresa que já
era fornecedora de azeite à Manuel da Silva
Torrado. Nós (SICA) eramos uma empresa
produtora e industrial, com lagar e indústria em Estremoz.
Tínhamos uma marca que ambicionávamos desenvolver em termos de exportação. E a aquisição da Manuel da Silva
Torrado foi a forma encontrada para avançarmos na exportação, aproveitando a
marca ‘Saloio’ e toda a estrutura comercial daquela empresa.
Foi escolhida por causa da sua implantação secular, dos clientes que tinha no estrangeiro e das suas marcas tradicionais.
“O ‘Saloio’ foi uma
marca que a Manuel
da Silva Torrado
registou em 1926.
(...) é a nossa marca
de referência e já
podemos dizer que
tem 90 anos. E
desde 1926 vendese para os EUA,
acompanhou toda a
emigração açoriana.
a Manuel da Silva Torrado & Cª. (Irmãos),
SA comercializa no estrangeiro, cerca de
95 por cento da sua produção, e alia a modernidade de algumas embalagens à tradição e legado histórico de outras, mantendo
sempre o ‘foco’ na qualidade, como destacaram Rui Norte dos Santos, administrador, e Adriano Marques, diretor comercial.
A Manuel da Silva Torrado é uma empresa
centenária que nunca deixou de produzir
azeites, e que a SICA adquiriu em 1992.
O que levou a SICA a adquirir a Manuel
da Silva Torrado?
A Manuel da Silva Torrado comercializa,
realmente, duas marcas de azeite que têm
grande tradição em Portugal e em alguns
países da Diáspora portuguesa.
Adriano Marques: A Manuel da Silva
Torrado trata da parte comercial, essencialmente, exportação. Os azeites que comercializa são todos produzidos e embalados em Estremoz, no Alentejo, pela SICA.
Comercializamos os azeites ‘Santa Maria’
e ‘Saloio’, mas a marca líder é o ‘Saloio’.
Temos ainda outra marca, a ‘Triunfo’, que
já pertencia à SICA, e também é uma marca antiga. A marca ‘Saloio’ está registada
em vários países e a ‘Santa Maria’ está registada em dois ou três países.
Tanto o ‘Saloio’ como o ‘Santa Maria’ são
comercializados desde a criação da empresa, em 1911.
Rui Santos: O ‘Saloio’ foi uma marca
que a Manuel da Silva Torrado registou em
1926, há 90 anos. Daqui a dez anos temos que fazer uma grande festa. O ‘Saloio’
é a nossa marca de referência e já podemos dizer que tem 90 anos. E desde 1926
vende-se para os EUA: acompanhou toda
a emigração açoriana.
A marca ‘Santa Maria’ foi registada em
Portugal no ano de 1928.
A Manuel da Silva Torrado teve sempre,
para as suas duas marcas de azeite, embalagens em lata. E mantém até hoje esta
forma de embalar o azeite. Porquê?
Adriano Marques: Como vendemos
muito para o mercado das comunidades
(portuguesas), exportamos muito em lata.
Rui Santos: Principalmente para o Canadá e os Estados Unidos. Para o Brasil,
neste momento, exportamos mais em garrafa, porque o mercado brasileiro mudou
muito e pede mais azeite ‘virgem extra’
e embalado em garrafa. Mas antes, para
aquele mercado, só vendíamos em lata,
era o que queriam. Todos os restaurantes
tinham uma variedade de latas de azeite muito grande. Nos EUA e no Canadá, e
também na Austrália, o azeite ‘Saloio’ em
lata ainda é um símbolo de Portugal.
Adriano Marques: Ainda há pouco tempo, no filme «O Pátio das Cantigas», apareceram várias vezes as nossas latas de
azeite ‘Saloio’.
Rui Santos: Por outro lado, em países
onde os transportes são mais difíceis, a
lata tem vantagens. Mas, para nós, é principalmente pela tradição.
Adriano Marques: A questão do
transporte também é
importante. Nós vendemos muito em contentores e estes levam
muito mais azeite em
lata do que em garrafa.
Por exemplo, um con-
tentor de 20 pés, leva 20 mil litros de azeite, se este for em lata. Se for em garrafa,
leva 12,5 mil litros. É uma grande diferença. E a lata é uma embalagem mais leve,
conserva melhor o produto e não se parte.
É uma embalagem muito boa.
Cá em Portugal é que se deixou um
pouco de utilizar, mas agora está a voltar
a usar-se. Há dez anos não vendíamos estas embalagens em lata para Portugal e
agora já estamos a vender. Hoje, qualquer
loja gourmet, principalmente em zonas turísticas, vende o nosso azeite neste tipo de
embalagem.
Para além das embalagens em lata, têm
vários tipos de embalagem em vidro, como
uma, com um design moderno, que faz
lembrar as garrafas de vinho do Porto…
Rui Santos: Nós tínhamos uma embalagem em vidro, num formato mais tradicional, e achamos que devíamos lançar
outra, diferente. De entre várias amostras,
escolhemos esta. É um azeite mais caro,
da gama ‘Premium’, e esta embalagem é
também mais cara, porque as vidrarias que
a fazem, criam-nas em pequenas quantidades, de uma forma quase artesanal.
Os azeites, tanto das marcas ‘Saloio’ e
‘Santa Maria’ (da Manuel da Silva Torrado), como da marca ‘Triunfo’ (da SICA),
vêm de olivais do Alentejo e são elaborados pela SICA.
Adriano Marques: Todo o azeite que
comercializamos é produzido e embalado
na SICA.
EMPRESAS & MERCADOS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.17
As diferenças entre
‘azeite’, ‘azeite virgem’
e ‘azeite virgem extra’…
Rui Santos: A SICA existe desde 1942
sempre com lagar, implantado em Estremoz, e tem agora outro lagar, em Serpa. O
azeite provém todo do Alentejo, da região
de Estremoz, Serpa, Beja.
Compramos as azeitonas a produtores
locais, que as entregam nas nossas unidades de produção. Em Serpa, no lagar novo,
ultrapassamos os seis milhões de quilos de
azeitonas, que equivaleram a um milhão
de litros de azeite - dos quais cerca de 600
mil litros foram para nós.
O lagar de Estremoz produziu cerca de
três milhões de quilos de azeitonas, equivalentes a 400 mil litros de azeite.
Adriano Marques: Nesta campanha
(de 2015/2016), pela primeira vez, produzimos praticamente todo o azeite que
comercializamos. Antes tínhamos que
comprar azeite a cooperativas. Acreditamos que na próxima campanha, ficaremos
auto-suficientes.
Qual é a percentagem da comercialização
que se destina à exportação?
Adriano Marques: Normalmente, exportamos 99 por cento dos azeites, mas
este ano vamos exportar 95 por cento. Porque crescemos em Portugal, e chegamos
aqui aos 5 por cento.
Rui Santos: Em Portugal vendemos
mais na região de Lisboa, mas comercializamos para todo o país - continente e regiões autónomas. Mas o nosso ‘forte’ é,
sem dúvida, a exportação. Esta é verdadeiramente, uma empresa voltada para a
exportação.
Quais são os principais mercados para os
vossos azeites?
Adriano Marques: Temos quatro mercados principais, e nos quais o azeite ‘Saloio’ é a marca portuguesa mais conhecida: nos Estados Unidos, Canadá, Austrália
e Timor. Nesses países, o nosso ‘Saloio’ é
a marca mais associada a Portugal, porque
está aí implantada já há muitos anos. pelos nossos emigrantes.
Com a independência de Timor, houve pessoas que vieram ter connosco para
comprar, porque ainda se lembravam desta marca do tempo em que ainda era uma
colónia portuguesa.
Na Austrália, junto da diáspora portuguesa, a ‘Saloio’ é a marca líder, assim
como no Canadá e nos EUA. Exportamos
ainda para o Brasil, Angola, Macau, Irlan-
da, Inglaterra, entre outros países.
Rui Santos: No norte da América, estamos muito implantados onde existem comunidades açorianas, já com quartas e
quintas gerações. Toda a zona de Fall River, New Bedford, Boston… Ali estão os
nossos clientes mais fiéis.
No Canadá, os principais clientes estão
em Toronto. E há cinco anos regressamos
a Angola, país para onde a Manuel da Silva Torrado já exportava, assim como para
Moçambique, quando eram ainda colónias
de Portugal.
Com a guerra, deixou-se de exportar e
há cinco anos regressamos ao mercado angolano, que é um mercado chave.
Há algum mercado novo em vista ou para
onde gostariam de exportar num futuro
próximo?
Adriano Marques: O Japão. É um bom
mercado de azeite. É recente mas que consome bastante, e com o qual já fizemos alguns contatos.
E em quantidades mais pequenas, o
nosso azeite também é comercializado na
Polónia e na Alemanha. Está até em países para onde não vendemos diretamente.
Há pouco tempo disseram-me que tinham visto o nosso azeite num país das
Caraíbas - tinha ido através de um importador dos Estados Unidos.
Os mercados com grandes comunidades portuguesas são importantes?
“Nós tínhamos uma
embalagem em
vidro, num formato
mais tradicional,
e achamos que
devíamos lançar
outra, diferente.
De entre várias
amostras,
escolhemos esta.
É um azeite mais
caro, da gama
‘Premium’. (...)
as vidrarias que
fazem (esta
embalagem),
criam-nas
em pequenas
quantidades, de
uma forma quase
artesanal”
Rui Santos: Sim, são fiéis às marcas
portuguesas, conhecem a nossa marca, e
consomem azeite.
Para uma empresa como a Manuel da Silva Torrado, que comercializa quase toda
a sua produção nos mercados externos,
que mais valias traz uma feira como o SISAB Portugal?
Rui Santos: Somos clientes do SISAB desde a segunda edição (em 1996).
E ao SISAB vão os nossos principais
importadores.
Pensam lançar futuramente outros produtos, como complemento à gama de
azeites?
Rui Santos: Há sempre ideias, mas ainda não tomamos a decisão de avançar. Já
falamos em lançar uma marca de azeitonas, de picles, de piri-piris, mas para já,
mantemo-nos na gama de azeites.
Adriano Marques: As nossas famílias sempre estiveram ligadas ao ramo do
azeite, é aquilo que sabemos fazer bem.
Mas sim, vamos continuar a lançar novas
embalagens.
Em que aspetos, os azeites da vossa empresa se diferenciam?
Rui Santos: Principalmente por serem alentejanos: são verdadeiramente do
alto e do baixo Alentejo, com uma mescla
de azeitonas galegas. Há muito azeite do
baixo Alentejo que não tem azeitonas do
alto Alentejo, e nós temos. E elas são diferentes. A variedade galega do alto Alentejo é muito diferente da azeitona do baixo Alentejo.
E nós conseguimos fazer uma mescla
deste azeite, que por isso consideramos
de grande qualidade: porque tem atribu-
A Casa do Azeite - Associação de Azeite
de Portugal, explica na sua página da internet quais as gamas de azeite que existem
em Portugal e o que leva as respectivas
classificações.
As embalagens identificadas apenas
como ‘Azeite’, contém um produto que
contém azeite refinado e azeite virgem.
“Trata-se de azeite refinado, enriquecido com azeite virgem, aromático e frutado, com grau de acidez igual ou inferior a
1,0%”, lê-se na página onde se sublinha
que, apesar de ser mais barato, “mantém
o valor nutritivo do azeite e tem um ponto de fumo bastante elevado o que permite aumentar o seu número de utilizações”.
Os azeites com a classificação de ‘virgem’, têm boa qualidade, “com sabor e
cheiro a azeitona sã”, acidez igual ou inferior a 2% e são mais apropriados “para
assados, sopas, refogados ou marinadas”,
informa a Casa do Azeite. Por último, o ‘virgem extra’ é um azeite “de qualidade superior, com sabor e cheiro intensos a azeitona sã”, sem nenhum defeito organoléptico
e com acidez igual ou inferior a 0,8%. “Os
azeites virgem extra de sabor mais suave
são ideais para o tempero de saladas e alimentos com sabor mais suave, bem como
para a doçaria. Por outro lado, os azeites
virgem extra de sabor mais intenso vão melhor com alimentos de sabor mais marcado
e poderão ser utilizados para a confecção
de alguns molhos”, explica ainda a página
da associação.
Classificações à parte, Rui Norte dos
Santos lembra que todos os azeites são
“obtidos naturalmente de uma gordura que
é o sumo da azeitona”. E dá como exemplo os óleos de girassol e de amendoim,
provenientes de produtos naturais, “mas
que só podem ser extraídos com a ajuda
de um solvente”.
Já o azeite, explica, “é obtido também através de um processo mecânico,
mas que não usa nenhum agente externo”. “É extraído da azeitona sendo espremido. Como separa bem a água (de vegetação) do azeite, passado algum tempo fica
o azeite em cima e a água em baixo. Por
isso, até se pode fazer azeite em casa, já
que não há nenhum produto que interfere
na sua produção”.
De referir ainda que Portugal possui,
atualmente, seis denominações de origem
protegida para Azeites: Azeites de Trás-os-Montes, Azeites da Beira Interior (Azeites da Beira Baixa e da Beira Alta), Azeites do Ribatejo, Azeites de Moura, Azeites
do Norte Alentejano e Azeites do Alentejo Interior.
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EMPRESAS & MERCADOS
2 DE FEVEREIRO DE 2016
LICOR SERRANO | ARTUR ALEIXO, FUNDADOR DA EMPRESA
A arte de pôr uma c
Empresa produtora de Bebidas Espirituosas e Licores há mais
de 20 anos, situada no vale do Zêzere entre as Serras da Estrela
e a Serra da Gardunha, comercializa produtos de cariz tradicional e regional, tais como a Ginja Serra da Estrela, Zimbromel,
Licor de Mirtilo, Amêndoa com Mel, Licor Serrano, entre outras.
Além das outras bebidas que produz, é dado destaque ao Gin,
elaborado com o bom zimbro da região e já com duas versões
lançadas.
A última é resultante da destilação de vários frutos como a cereja do Fundão, que lhe dá um início doce e um final surpreendente, onde se equilibra o frutado com o amargor característico do zimbro.
Um destes dias estivemos em Tortosendo à conversa com ARTUR ALEIXO, o responsável pelo nascimento desta empresa há
mais de vinte anos.
Como é que começou esta empresa?
Esta empresa foi criada por mim, em
1980. Comecei como distribuidor de bebidas. Comprava o produto e vendia diretamente aos clientes. Tinha uma rede de clientela aqui na zona do Interior e já faturava
bastante bem.
Entretanto, por volta de 1987, começaram a surgir em Portugal as grandes superfícies de distribuição e as pessoas começaram
a ir fazer compras a um preço mais baixo do
que o proposto pelo fornecedor habitual. Foi
aí que vi que a minha empresa não tinha muito futuro, porque não tinha qualquer hipótese
perante as condições e o poderio económico e de negócio dessas grandes superfícies.
E foi assim que surgiu a ideia: se eu trabalho
as outras marcas porque é que não faço as
minhas próprias marcas? Ou seja, a ideia de
fazer os meus produtos próprios. E foi desta
maneira que nasceu a “Licor Serrano”, como
uma empresa de produção.
E esse licor tem alguma tradição local?
De certo modo. Nós construímos o produto de raiz, sendo que a única tradição local é ir a produtos endógenos aqui da região
- nomeadamente o vime, o leite, as natas, o
zimbro, entre outros - para criar um produto novo. A mistura das natas e do leite, por
exemplo, na altura servia para fazer queijo.
Já eu fiz um licor. Depois fomos para outros
produtos, para o chamado “mercado da noite”, ou seja, produtos para o grande consumo das discotecas e dos bares: as vodkas, os
licores tropicais, amêndoa amarga, entre outros. Neste momento, reunindo todo o nosso
portefólio, produzimos neste momento cerca
de 70 produtos diferentes.
(...) Quando começaram a
surgir em Portugal as grandes
superfícies de distribuição e
as pessoas começaram a ir
fazer compras a um preço
cada vez mais baixo vi que
a minha empresa não tinha
muito futuro, porque não
podia lutar contra o poderio
económico dessas grandes
superfícies (...)
E porque nasceu o Gin?
O nosso gin tem uma história muito engraçada. Estamos numa região onde o elemento essencial do gin, que é o zimbro, existe em grande quantidade e qualidade aqui na
Serra da Estrela. Falamos do melhor zimbro
de Portugal e talvez do mundo. Uma planta
rasteira, espontânea, que “vive lá em cima”
a partir dos 1600 metros de altitude, um arbusto selvagem, mas que tem características
muito boas. Ora, se estamos numa região
onde o zimbro selvagem é dos melhores do
mundo porque não fazer um gin com ele? E
depois a esse zimbro associamos alguns “botânicos” como a canela, a casca de limão,
pétalas de rosa e outros para construir esta
bebida que está a ter um enorme sucesso.
E como se chama?
Por questões da comunicação, optámos
por um nome em inglês. Queríamos fazer
uma ligação entre o gin e a região, então,
chamámos-lhe “Wild Snow Dog”, ou seja,
o “Cão da Serra”. Selvagem, como se fosse
um lobo da neve. Tal como o zimbro. Trata-se de um gin premium, porque passa por vários processos de destilação. Primeiro, destilamos o zimbro e depois destilamos os outros
botânicos em separado para fazer o blending
final. É um gin com uma complexidade elaborada. Recentemente, lançámos também o
“Wild Snow Dog” de cereja do Fundão.
Então mas diga-me: o gin não é uma bebida que tem de ser feita só com zimbro?
A base é o zimbro, sim, mas depois podemos acrescentar vários botânicos. De momento, tenho projetos para fazer gin com 50
botânicos.
O gin antes era aquela bebida branca,
transparente. Hoje temos gins maravilhosos, com várias cores. Como é que isto é
possível?
A certa altura, o gin era “gin puro e duro”,
feito só de zimbro e muito pouco mais. Era
muito agreste, com uma acidez elevada, mas
funcionava assim, sendo servido apenas gin
com água tónica. Entretanto, os gostos e a
evolução do mercado levaram as pessoas a
querer uma bebida mais equilibrada e não
tão ríspida, tão ácida, tão agreste. E como limar as “arestas” do zimbro? Com botânicos.
Alguns frutados, outros mais herbais, como
camomila ou chá preto, que juntamos para
criar uma fórmula harmoniosa, fazendo desaparecer a agressividade do gin tradicional. O
nosso gin de cereja, por exemplo, surge neste sentido também.
Além disso, nós temos o melhor zimbro
de Portugal e temos também a melhor cereja, então associámos o zimbro da Serra
da Estrela com a cereja da Serra da Gardunha. Falámos com a Câmara Municipal e fizemos um gin, combinando esses dois produtos endógenos.
E continua a ser bebido com a tradicional água tónica?
Sim, continua a ser bebido com água tónica, que também teve uma evolução bastante grande. Embora o nosso gin seja para
ser bebido com águas tónicas mais neutras,
existe a possibilidade de colocar águas tónicas com sabores. Mas, por exemplo, falando
novamente do gin de cereja: quando o servimos, ele vai acompanhado de uma água tónica neutra, porque como ele já tem um sabor natural, recomendamos a cereja para que
seja complementado com algo que reforce
esse mesmo sabor.
Além do gin e do licor, existem mais pro-
EMPRESAS & MERCADOS
2 DE FEVEREIRO DE 2016
p.19
cereja no topo do gin
dutos baseados em ingredientes da região?
Temos, como já referi, o licor Serrano e
temos também o Zimbromel, uma espécie
de aguardente de zimbro, conseguida através de um processo de maceração do zimbro em aguardente de cereais, entre outros
que têm sido um autêntico cartão de visita
da Serra da Estrela.
o consume mais. Diria, mais especificamente, dos 25 aos 50 anos, porque é uma faixa
com mais poder económico, maior autonomia financeira e capacidade para consumir
estes gins premium. Depois, temos aquelas
bebidas mais direcionadas para jovens entre os 18, 19 ou 20 anos, como por exemplo o Savanas ou o Bali Beach. Temos ainda
outro segmento, mais ligado para o mercado tradicional.
E a empresa, que foi crescendo, com
quantos trabalhadores conta?
Ora bem, a empresa foi crescendo ao longo destes anos e, neste momento, somos 15
trabalhadores.
E quanto fatura?
Estamos a falar de um grupo de duas empresas. De um lado, temos a empresa original, que era em nome pessoal e que se mantém e, do outro, a outra empresa que tive de
constituir – Licor Serrano Lda – essencialmente para produção, enquanto a primeira
é uma empresa de distribuição. O grupo fatura, com impostos, à volta de 2 milhões e
800 mil euros.
Quando começou o público-alvo eram as
pessoas da região, mas de certeza que hoje
já tem uma clientela mais vasta. Quem consome estes produtos?
Estes produtos direcionam-se para dois
mercados: o do consumidor final e o do retalhista. Nesses, alguns dirigem-se para uma
faixa etária específica. O gin, por exemplo, vai
dos 19 anos aos 50, que é a faixa etária que
E falando em exportação, qual é o peso
desta para a faturação?
Neste momento, não é muito elevado.
Ronda os 15%. Não que seja mau, mas
temos grandes perspetivas de futuro. Ainda hoje, por exemplo, recebemos uma encomenda do Luxemburgo e temos também
uma encomenda para a França. Já exportámos para o Canadá, Brasil e estamos agora
na Colômbia, em negociações.
As pessoas aqui da região não estavam
habituadas a fazer gin, por exemplo. Quando teve essa ideia onde foi buscar o know
how, os destiladores e os técnicos?
Às vezes, temos à nossa beira as coisas
e quase não as vemos. Nós fazemos a destilação pelo processo tradicional, tão simples quanto isso. É um alambique tradicional como no tempo dos nossos pais e avós.
Óbvio que houve melhorias a nível de controlo de temperatura e controlo de qualidade, fruto de alguma investigação e trabalho
que fizemos, de modo a conseguirmos um
produto bastante bom através do alambique
tradicional.
Estamos agora com um projeto para desenvolver: um novo alambique que opere por
arrasto de vapor. É um processo diferente do
alambique tradicional, onde uma caldeira faz
a evaporação do álcool numa serpentina que
se transforma em destilado de algo: um fruto, uma erva, etc.. No arrasto, o processo é
bastante diferente: a caldeira produz vapor a
alta pressão, que passa pelos frutos fermentados e arrasta o álcool, evitando o risco de
queimar. É um processo muito mais eficaz,
com muito mais qualidade e para o qual estamos a avançar a passos seguros.
PUB
p.20
EMPRESAS & MERCADOS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
ANTÓNIO BORGES - CARINA PRODUTOS ALIMENTARES
“A qualidade dos produtos produzidos tr
da empresa e a exportação em muito pa
A CARINA – Produtos Alimentares Lda. é uma empresa criada em 1988,
que se dedica ao fabrico de Produtos Pré-Cozinhados Ultracongelados e
com uma moderna unidade fabril em Chaves, onde produz com qualidade produtos alimentares que são cada vez mais exportados.
Viajámos até Chaves ao encontro do flaviense e dinâmico empresário António Borges que, juntamente com sua esposa Carla e um
staff dedicado de colaboradores,
conseguiram erguer uma empresa
adquirida e já em funcionamento
há sete anos. Na altura, atravessava uma fase que a levaria ao encerramento e, graças a um corpo
técnico de 32 colaboradores permanentes com sólida experiência e
elevado grau de profissionalismo e
graças à aposta na qualidade daquilo que produzem, conseguiram
afirmar-se no mercado nacional e
iniciar com sucesso a exportação
dos seus produtos.
Após um período de afirmação
e crescimento, a CARINA assistiu,
nos últimos 5 anos, a um processo de adaptação resultante de um
forte investimento em instalações
e equipamentos, que saltam à vista mal se chega às suas instalações
fabris.
Presentemente, opera num espaço moderno e bem equipado,
cuja aposta assenta num reconhecimento alicerçado na capacidade
de produzir, respeitando prazos e
permanecendo atenta aos padrões
de consumo dos seus clientes.
Com preços bastante competitivos, aposta numa qualidade pautada pela melhoria contínua da organização e dos métodos de trabalho,
fazendo cumprir de maneira fiel os
seus contratos, conforme nos explica António Borges
MP- Quando adquiriu esta empresa, a sua aposta era continuar a
manter os postos de trabalho e
crescer mais. Conte-nos um pouco dessa aposta empresarial?
António Borges- Como flaviense e
por conhecer a marca de produtos
Carina, comprei, juntamente com
a minha esposa, esta empresa que
era de dois irmãos que laboravam
quase em exclusivo para as grandes superfícies, que lhes esmagavam os preços e, por isso, a situação financeira era menos boa. Em
três anos foi investir e perder dinheiro, porém, há quatro anos e
fruto de ter ido pela primeira vez
ao SISAB PORTUGAL tudo veio a
modificar-se nesta empresa.
Posso contar a história rapidamente e sem referir esse cliente internacional que conheci - e foi tão
importante para nós e para o sucesso - no SISAB PORTUGAL e, hoje,
é meu importador para o mercado
inglês. O mesmo referiu-me que o
meu produto não tinha a qualidade
que ele queria. Isso tocou-me, cheguei à fábrica e revolucionei todo o
fabrico. Fui procurar receitas antigas, métodos tradicionais de fabrico, consultei chefes de cozinha e
deixei de produzir focado para as
(...) O
horas,
e nest
pessoa
dos m
pois s
cliente
teria c
grandes superfícies e passei a apostar na alta qualidade dos produtos
e com sucesso. Na altura pouco
exportava e, dada a revolução da
CARINA e os clientes que fomos
conseguindo no evento, estamos a
crescer. O nosso lema é qualidade,
transparência e confiança entre fornecedor e cliente.
MP- Nessa recolha de receitas fez
uma recolha aqui da região de
Chaves?
AB- Sim, como reparou e pode ver
na fábrica a linha de moldagem dos
pastéis e cozeduras segue as receitas e os processos tradicionais,
aliada ao sistema semi-industrial
de fabrico e, depois, ultra congelação. Isso foi a nossa “tábua de salvação”. A qualidade tem o seu preço, mas o cliente sabe distinguir.
MP- Quantas referências de produtos a CARINA produz?
AB- Cerca de 50 referências, entre
as quais pastéis de bacalhau (o produto que mais vendemos), pastéis
de Chaves, rissóis de carne, camarão e de chocolate.
Para a CARINA, a Gestão da
Qualidade e da Segurança Alimentar são parte integrante do seu
processo de desenvolvimento. Em
suma, de forma a alicerçar convenientemente o edifício da qualidade, procuramos de forma consistente atender ao objetivo que aponta
para a capacidade da entrega dos
nossos produtos. Não fazemos stocks e queremos que o produto chegue ao consumidor com pouco tempo de congelação. O cliente faz a
encomenda e trabalhamos com
muita eficiência no fabrico e entrega. Em 48 horas, tem a encomenda na sua loja.
Em função dos diferentes mercados, culturas e paladares, a CARINA procura acompanhar os hábitos e tendências exibidas pelos
António Borges e a sua esposa Carla da empresa CARINA
(...) Em três anos foi investir e perder dinheiro, porém, há q
pela primeira vez ao SISAB PORTUGAL tudo veio a modific
consumidores, apostando na criação de novos produtos.
Estamos recetivos a novos parceiros de negócio. Vamos estar no
próximo SISAB PORTUGAL 2016,
já com reuniões agendadas com
importadores internacionais. As
nossas vendas aumentaram 42%
nos últimos anos, tendo a exportação 30% do volume total de vendas, mas queremos crescer ainda
mais e temos capacidade para isso.
MP- Falou em novos produtos e a
inovação é uma constante. Como
sabe, em Lisboa, foi lançado por
outro empresário - e com sucesso
- um pastel de bacalhau com queijo da Serra da Estrela no seu inte-
rior. A junção de dois sabores diferentes e de, registe-se, dois ícones
dos nossos produtos alimentares.
Tem alguma opinião sobre esta
nova realidade alimentar, virada
EMPRESAS & MERCADOS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.21
raduziu-se num crescimento de 42%
ara isso contribuiu!”
O objetivo é trabalhar 24 sobre 24
, criar mais emprego nesta cidade
te região como forma de fixar as
as, aliando o bem fazer e a dedicação
meus funcionários ou colaboradores,
sem eles e sem a confiança dos nossos
es, que são parceiros de negócio, não
conseguido erguer esta empresa (...)
quatro anos e fruto de ter ido
car-se nesta empresa (...)
para o turista?
AB- Deixe que lhe diga que quando me falaram nisso - e foi notícia
numa das minhas voltas comerciais
pelo país - passei pela Rua Augus-
ta, em Lisboa, entrei na Casa Portuguesa e vi o produto, a sua confeção à frente do cliente e o conceito
de loja e, claro, provei! Os turistas
eram muitos e fiquei maravilhado!
Foi um “casamento perfeito” e uma
ideia genial.
Promovem-se dois bons produtos e, dada a qualidade que se sente no sabor, foi um lançamento excelente e está de parabéns quem
teve a ideia e a concretizou. Portugal precisa disto, precisa de inovação e de reinventar novos produtos e a junção dos dois sabores é
“divinal”.
MP- Até onde quer que a CARINA cresça?
AB- O objetivo é trabalhar 24 sobre 24 horas, criar mais emprego
nesta cidade e nesta região como
forma de fixar as pessoas, aliando o bem fazer e a dedicação dos
meus funcionários ou colaboradores, pois sem eles e sem a confiança dos nossos clientes, que são
parceiros de negócio, não teria conseguido erguer esta empresa. Procuramos sempre destacar-nos pela
melhor qualidade e diferenciação,
pautando os nossos compromissos
por um elevado grau de responsabilidade e pela sustentabilidade das
relações com os nossos parceiros.
Como temos feito, penso conseguir.
Investimos e modernizámos de
raiz as nossas instalações, no sentido de fazer face às novas exigências do mercado.
Ao longo dos últimos anos, consolidámos a nossa relação com diferentes distribuidores e grandes
grupos económicos com o fornecimento de marca própria e estamos,
agora, capacitados para desenvolver novas parcerias. No que concerne ao mercado externo, destaca-se
uma presença circunscrita ao mercado da “saudade”, nomeadamente Inglaterra, França, Alemanha,
Luxemburgo e Suíça e estamos,
desde já, a desenvolver esforços
no sentido da nossa afirmação em
países africanos de expressão portuguesa, em Macau, Hong Kong e
no Brasil.
ANTÓNIO FREITAS
Uma combinação perfeita entre um bom vinho do Douro e o pastel de bacalhau da CARINA
PASTEL DE CHAVES É PRODUTO DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA PROTEGIDA
O Pastel de Chaves é certificado como produto de Indicação
Geográfica Protegida (IGP) pela
Comissão Europeia e a partir de
agora só os produtos fabricados em
Chaves é que podem ser vendidos
como Pastel de Chaves. A certificação é uma mais-valia significativa para Chaves, ao nível da criação de emprego e riqueza e com
grande potencial no mercado externo. Foi no ano em que comemorou 150 anos que o Pastel de
Chaves, feito à base de massa folhada e carne picada, foi classificado como produto com Indicação
Geográfica Protegida. O famoso
Pastel de Chaves, conhecido pelo
seu sabor e tenrura, com a aprovação da certificação por parte da Comissão Europeia ficou, assim, protegido contra imitações.
O processo de certificação, publicado em Diário da República,
iniciou-se em 2006 e permite valorizar, reconhecer e proteger os
pastéis quanto à sua origem, natureza e qualidade, evitando fraudes e imitações.
A classificação do produto de
pastelaria, em forma de meia-lua,
constituído por uma massa folhada e recheada com um preparado
específico à base de carne de vitela picada, evita quaisquer práticas
que, sem direito, utilizem ou façam
apelo à denominação registada
para beneficiar da sua reputação.
A história do Pastel de Chaves
data de 1862, quando uma vendedora, cuja origem se desconhece,
percorria a cidade de Trás-os-Montes com uma cesta de pastéis de
forma estranha e insuficientes para
satisfazer a “gula” dos habitantes.
A fundadora da Casa do Antigo Pasteleiro decidiu, então, oferecer uma libra pela receita da iguaria que acabou por conquistar um
lugar de destaque na gastronomia
flaviense.
A CARINA é um dos produtores certificados para produzir este
pastel.
EMPRESAS & MERCADOS
SUPER BOCK
Inaugura Casa da Cerveja em
Leça do Bailio
Repleta de tradição e autenticidade, a
“Super Bock Casa da Cerveja” é o novo centro de visitas da cidade do Porto. Situada no
Centro de Produção da Unicer, em Leça do
Balio, é uma “casa viva” em pleno funcionamento, onde é possível assistir ao processo
de fabrico da cerveja, conhecer as matérias-primas que lhe dão origem, assim como as
histórias, curiosidades e os momentos marcantes da icónica cerveja Super Bock.
Este centro de visitas, dinâmico e interativo, conta com identidade, design, produção e montagem assinados pela Omdesign.
O desenvolvimento dos conteúdos e suportes
de todos os espaços ficou também a cargo
da agência portuense, que apostou em soluções, materiais e tons alusivos ao universo
da cerveja e ao território da marca.
Ao longo da visita, composta por dez
áreas distintas, são diversos os pontos de
interesse, nomeadamente o contacto com
as matérias-primas nobres para a produção desta bebida milenar, como a Oficina de
Cerveja Artesanal - uma “mini-fábrica” totalmente independente, na qual são visíveis os
diferentes processos que dão origem às cervejas artesanais da Unicer - e a Sala de Fabrico, onde ainda hoje se encontram as originais caldeiras de cobre com mais de 50 anos.
A Super Bock Casa da Cerveja constitui,
assim, um novo ponto de atração turística
da cidade do Porto, com o intuito de aproximar e envolver os consumidores e os fãs da
Super Bock com a marca. A autenticidade e
interatividade são uma constante, o que faz
com que a visita a este espaço seja uma experiência única e inesquecível.
DFJ VINHOS
Só no ano de 2015 a empresa
conquistou 311 prémios
Em 2015 a DFJ VINHOS recebeu 311
prémios, dos quais 65 medalhas de ouro, 98
medalhas de prata e 16 troféus.
Recorde-se que desde 2010 a DFJ VINHOS já recebeu 1245 prémios. Sobre estes
prémios o Engº. José Neiva Correia salienta:
"Estamos orgulhosos pois que este é um
excelente reconhecimento do esforço do nos-
so grupo de trabalho, sempre lutando por
conseguir o melhor preço e qualidade em todos os nossos vinhos.
Os prémios não são um fim em si, são
antes de mais um instrumento para os que
trabalham connosco passarem a mensagem
aos seus clientes da excelência do nosso
trabalho."
ORIVÁRZEA
Empresa conquista importante
certificado de qualidade
Numa nota distribuída à imprensa a Orivárzea, produtora de arroz do Ribatejo, congratula-se, assim como a todos os seus colaboradores, pela distinção que acaba de obter
- um importante certificado de qualidade,
concretamente o PT/1505478 que certifica a excelência dos seus sistema de gestão.
UMA HISTÓRIA COM TRADIÇÃO
A história da Orivárzea começa em 1997,
quando um grupo de 10 dos mais importantes orizicultores da Lezíria Ribatejana decide
dar as mãos e juntar as forças para produzir
e comercializar um arroz de excelência com
qualidades únicas, e fazê-lo chegar ao consumidor final a preço justo.
A rentabilização dos meios de produção
e o acerto de um projecto fundado no espírito de solidariedade e entreajuda rapidamente
atraíram novos agricultores, que foram crescendo através dos anos até chegarem aos
actuais 37 associados com 5000 hectares
semeados. Todos Ribatejanos, todos produtores de arroz, todos fiéis aos princípios de
certificação que garantem um arroz muito
acima dos padrões oficiais de qualidade e
com um controle absoluto do processo pro-
5 DE FEVEREIRO DE 2016
PUB
p.22
dutivo, desde a semente, produzida pela Orivárzea, até à embalagem na prateleira do
supermercado.
Mas a tradição da Orivárzea nasceu muito antes de 1997. Berço privilegiado do cultivo de arroz em Portugal desde finais do século XIX, a Lezíria Ribatejana viu passar pelas
suas largas planícies gerações de agricultores a quem o tempo e a prática ensinaram
os segredos da orizicultura de excelência no
estuário do Tejo.
O ARROZ CAROLINO
Descendentes destes pioneiros, e com uma
herança já secular na produção e comercialização de um arroz tradicional, os associados da Orivárzea entram no mercado do século XXI com pergaminhos de antiguidade
e visão de futuro, fazendo desta marca uma
referência na produção de arroz de grande qualidade, não só em Portugal como em
toda a Europa. A qualidade do Arroz Carolino produzido pela Orivárzea na Lezíria Ribatejana é de tal forma distintiva, que
para além do mercado nacional o produto
é hoje exportado para importantes mercados mundiais.
O QUE OS
PARTICIPANTES
PENSAM DO
SISAB PORTUGAL
JOSÉ MARQUES
MPC - MACAU
ANTÓNIO ROCHA
ALCIONE
Estamos à procura de diversos produtos
alimentares portugueses e, de facto, aqui no
SISAB PORTUGAL está sempre tudo muito
bem representado.
Já é a quarta vez que venho e de facto é
o local ideal para se procurar novos produtos
e novas alternativas.
As feiras internacionais são ligeiramente diferentes do SISAB PORTUGAL, pois são
vocacionadas para outros produtos e outros
mercados. Contudo, o SISAB PORTUGAL
está muito bem posicionado e está no top
dessas feiras.
Já vimos ao SISAB PORTUGAL há alguns anos. Vê-se muita afluência de compradores internacionais, o que tem sempre
muito interesse. O SISAB PORTUGAL é uma
oportunidade que temos para dinamizar o
produto além-fronteiras. Acaba por ser uma
porta ideal para ganhar o mercado da exportação. Este é o evento mais indicado para
as empresas portuguesas evoluirem para a
exportação.O SISAB PORTUGAL é importantíssimo. Estão de parabéns e devem continuar. Não é por acaso que a gente vem cá já
há alguns anos.
CARLOS NOGUEIRA
PLASTIDOM
O SISAB PORTUGAL é uma amostra de
tudo de bom que Portugal fabrica e produz. É
uma oportunidade de negócio para os expositores e dá a conhecer o que a nossa indústria oferece ao mundo. Neste contexto esta-
mos presentes no SISAB PORTUGAL, sendo
a Plastidom uma marca líder, com a Domplex
em Portugal, com suporte logístico para as
várias soluções que carecem a indústria e estamos presentes como uma alternativa e um
suporte de valorização de produto nacional.
Costumamos participar em feiras lá fora.
Estou tentado a dizer que esta, senão igual, é
a melhor. Concordo que o SISAB PORTUGAL
é importante para Portugal. Basta ver as marcas que estão representadas no certame. As
marcas líderes estão presentes. Isso quer dizer que é uma aposta conjunta em que queremos levar bem longe o nome de Portugal.
ANTÓNIO LOUÇÃO
EXPORT MANAGER ERVIDEIRA
JOÃO COSTA
TROPIGALIA - MOÇAMBIQUE
O SISAB PORTUGAL é bastante bom,
bastante produtivo, especialmente com contactos com novos representantes a nível internacional e com o alargamento de contactos, quer a nível nacional quer internacional.
Estamos aqui representados há vários
anos e continuamos sempre interessados
em estar presentes, porque é uma feira que
tem bastantes resultados nas nossas vendas
e também nos novos contactos com novos representantes. Tem havido melhorias na qualidade e melhoria nos parceiros, na quantidade de interessados, na quantidade de
variedade e, dentro dessa variedade, a qualidade está cada vez mais alta e isso é um
incentivo, não só para nós como vendedores
a representar o nosso produto, mas também
para quem está interessado em comprar o
produto que temos para venda.
Estamo aqui no SISAB PORTUGAL para
ver as novidades. Apesar de já termos os nossos fornecedores habituais é lógico que também olhamos para outros stands e para outras marcas. Vemos como o mercado está a
evoluir ou não e observamos a nossa concorrência, porque as outras marcas também
existem no mercado moçambicano. Aproveitamos esta feira para termos um bocado a
noção do que é que se está a passar no mercado em termos de novidades.
A Tropigalia já vem há muitos anos ao
SISAB PORTUGAL. É já uma tradição, todos os anos.
AFONSO SANTOS
ANGOLA
ARMANDO FONTAINHAS
PRESIDENTE DA ADEGA
COOPERATIVA DE MONÇÃO
A Adega esteve em todas as edições do
SISAB PORTUGAL, desde o início, há 20 e
poucos anos, até hoje. Somos presença obrigatória em todas as edições. Estar no SISAB
PORTUGAL é estar com todo o mundo que
se encontra a trabalhar e a importar os nossos produtos. Aqui eu consigo estar com
muitos clientes meus, que já me visitam todos os anos. Consigo contactar pessoas que,
não sendo meus clientes, podem vir a sê-lo. Fazer negócios. É uma presença que é
indispensável.
Esta é a 8ª edição em que participo no SISAB PORTUGAL. É uma feira importante que
desde logo catapultou os nossos negócios ao
nível da relação comercial internacional entre Angola e Portugal. Há produtos portugueses que têm um grande consumo em Angola,
quer seja pela população angolana quer seja
pelos residentes portugueses e, desde logo,
procurámos novos fornecedores e produtos
no que diz respeito aos congelados portugueses, que têm preços excelentes na relação qualidade/preço. Há uma evolução qualitativa e quantitativa no SISAB PORTUGAL.
A feira está a evoluir qualitativa e quantitativamente. Tem fornecedores muito bons, a
nível dos vinhos e a nível de outras bebidas
também, como os licores e tudo resto.
1998
4.ª EDIÇÃO
Pela primeira
vez algumas
empresas já
apresentaram
o seu próprio
stand
O SISAB PORTUGAL
SEMPRE SOUBE...
Esta foi a edição em que os
importadores estrangeiros
estiveram presentes pela primeira
vez.
Há muito que os produtos
portugueses despertavam natural
curiosidade e por isso o SISAB
PORTUGAL ganhou pela primeira
vez a presença de importadores da
Holanda e da Suécia.
Momento da abertura dos trabalhos da IV Edição do SISAB PORTUGAL
A natural curiosidade perante os produtos portugueses que se
renovama em cada edição do evento
No ano seguinte a imagem dos produtos alimentares
portugueses beneficiava já de uma mediatização especial.
Por um lado caminhávamos para o quarto ano de SISAB
PORTUGAL, por outro resultava também do benefício
acrescido da EXPO’98. O IV Congresso trazia assim a Tróia
cerca de 400 empresários vindos de diversos países, para
fazer a maior edição até então realizada.
Mas a grande novidade e originalidade desta edição era
o facto de todas as empresas presentes já apresentarem
o seu próprio stand de exposição e pela primeira vez
também o evento recebeu empresários estrangeiros
muito por via da própria pressão exercida pelas
empresas nacionais.
De 1 a 3 de Outubro em Tróia realizou-se a IV edição do
ainda denominado Congresso Internacional do Sector
Alimentar e Bebidas e bem se pode dizer que foi o
momento da internacionalização e do nascimento do
SISAB PORTUGAL num formato mais aproximado ao
que temos vinte anos depois, pois foi neste ano que se
receberam as primeiras empresas participantes vindas
do estrangeiro, nomeadamente da Holanda e da Suécia.
Na sessão de abertura o secretário de Estado adjunto
do Ministro da Economia, Vítor Ramalho, salientou a
importância das bolsas de contactos que aconteciam
habitualmente no evento, considerando os empresários
portugueses das comunidades como de “capital
importância para a internacionalização do sector do agroalimentar”.
E com a realização desta edição em Tróia encerrava-se
um ciclo, pois a partir de agora acabava o encontro em
locais sempre diferentes, passando a realizar-se sempre
no mesmo local, o que trazia inúmeras vantagens aos
participantes.
JORGE ELIAS
Administrador da AZEOL
(...) O SISAB PORTUGAL é uma feira
extremamente lucrativa, ao nível dos
contactos, e do acompanhamento
dos clientes. Estes são três dias que
se fazem no ano que valem por seis Todas as empresas presentes apresentaram os sues produtos em espaços próprios
meses ou pelo ano inteiro. Não há
nada parecido com esta feira (...)
BRUNO COELHO
Responsável do departamento de exportação da
NOBRE
(...) A Nobre está com o SISAB PORTUGAL desde a
primeira edição. Eu é a terceira edição que estou cá.
O SISAB PORTUGAL é m uito importante, não só para
a Nobre, mas para todos os produtos portugueses,
porque é claramente a melhor montra que nós temos
em termos nacionais para mostrar os nossos produtos
lá fora. É claramente já uma referência. Mesmo em
termos internacionais é frequente ouvir a referência
ao SISAB PORTUGAL como o local, para se ir, para
se conhecer os produtos portugueses. Para nós,
ano após ano tem -se manifestado como um forte
contributo para os potenciais negócios que vamos
fazer em termos de exportação.
Só temos boas experiências, muitos contatos e é
interessante ver, ano após ano, geografias diferentes
que vêm cá pelo reconhecimento dos nossos
produtos, lá fora (...)
Mesa de abertura dos trabalhos
do evento que nesta altura ainda
tinha adesignação de Comgresso
Internacional
A grande cortesia do cafézinho no SISAB PORTUGAL
GLÓRIA CALIMASSI
CAC Angola
(...) No SISAB PORTUGAL vejo que
há empresas que conseguem ter
sucesso nos produtos que estão a
comercializar, porque a feira é mais
tranquila. Consegue-se comunicar
com as empresas estrangeiras e
mostrar os produtos portugueses
de uma forma mais clara. Acho que
isso faz todo o sentido e que, na
minha opinião, deveria existir algo
do género nos outros países. Acho
que por isso somos um bocadinho
diferenciadores e pioneiros nesse
sentido (...)
1998
Carlos do Carmo, uma voz bem conhecida a interpretar música
portuguesa para os estrangeiros que nos visitavam pela primeira vez.
Momentos da sessão de abertura, a seguir começavam os negócios
p.26
EMPRESAS & MERCADOS
2 DE FEVEREIRO DE 2016
QUEIJOS LAGOS
Da Serra da Estrela para o mundo o m
A Queijos Lagos resulta de uma tradição familiar da família Lagos, que ao longo de várias gerações, se torna especialista na produção de queijos e requeijão com leite cru. Se as gerações mais antigas da família apenas comercializavam queijo e requeijão, as últimas
optaram por, recorrendo às melhores técnicas de fabrico e afinação, produzirem os seus próprios
queijos e o resultado é o queijo Lagos. A tradição, o saber fazer e a selecção das matérias primas que dão corpo aos produtos e são o
maior e mais fiel compromisso que os Queijos Lagos têm para com os seus clientes.
Da produção sobressai a fidelidade da empresa para com as mais ancestrais técnicas de fabrico
e a origem artesanal, que permite ter produtos únicos e de sabores inconfundíveis e que transformam a queijos Lagos em grandes especialistas em queijos feito com leite cru. Uma verdadeira boutique de queijo foi o que fomos encontrar ali para os lados de Vila Chã na região de Seia.
Estivémos à conversa com Luis Lagos,
responsável da empresa que nos explicou
que a empresa “é um projeto geracional,
porque tudo começou com os meus trisavôs. Inicialmente, de uma forma apenas comercial, comprando o queijo de ovelha que
existia aqui na zona e era produzido pelos
pastores da Serra da Estrela e indo comercializar esse queijo aos grandes centros urbanos da altura, Covilhã, Figueira da Foz,
Coimbra e também a Lisboa. Mais tarde, algumas gerações depois nomeadamente na
do meu pai, foi feita já uma queijaria aqui
numa freguesia do concelho de Oliveira do
Hospital, que é Meruge, de onde a minha
família é originária, e iniciamos um processo de pré-industrialização, de transformação da recolha de leite e transformação de
queijo. Assim encontramos com a fase de
comercialização que já tinha sido iniciada
umas gerações atrás. Agora na minha geração, demos um salto em frente e mencionamos ainda mais a transformação, aumentamos o espaço para mil metros quadrados
e com outra capacidade de produção. Inovamos ainda no sentido de criar novos produtos, tínhamos o queijo de ovelha e co-
meçamos também com o queijo de cabra e
também de mistura (de ovelha com cabra).
(...) É preciso que as
pessoas percebam que não
podemos continuar a ter
aquele modelo um
bocadinho romântico que é
um pastor com 50 ovelhas,
porque isso não é rentável
economicamente. E ninguém
pode “ser convidado” para a
pobreza e abraçar essa
mesma pobreza. (...) Para
esta região seriam necessários
rebanhos de 500 cabeças em
regime semi-intensivo (...)
Só não produzem com leite de vaca…
Nós temos uma regra e eu continuou a
respeitar essa mesma regra, que é os “Lagos” só trabalham queijos finos. Não que
tenhamos algum tipo de desconsideração
para com o queijo de vaca, mas o leite que
tem mais qualidade, a nível de proteínas e
densidade de gordura, é o leite de ovelha.
É o rei dos leites. A seguir é o leite de cabra e só trabalhamos com esses dois. O leite de vaca é para grande consumo e nós
identificamo-nos como uma boutique
de queijos, trabalhamos leite cru, leite que não é pasteurizado e dentro
desta categoria, os leites finos.
(...) O SISAB PORTUGAL é
uma grande plataforma de
apresentação das empresas
para o mercado externo e
tivemos algumas oportunidades
pelo facto de lá termos estado.
mente. Claro que é sempre importante
realçar o grande nível que existe de desigualdade negocial entre uma pequena produção (como é a nossa) e a grande distribuição. Há grupos mais sensíveis à nossa
pequena dimensão e outros menos sensíveis. Mas de uma forma geral podemos
dizer que as coisas têm funcionado relativamente bem.
E onde distribuem a vossa produção no mercado nacional?
O nosso modelo de negócio está
muito centrado nas grandes superfícies. Trabalhamos com quase todas
em Portugal. E também algum mercado mais tradicional, como as lojas gourmet. Mas 90% do nosso negócio hoje em dia está centrado nas
grandes superfícies. O domínio da distribuição alimentar em Portugal está
também aí, a profissionalização do sector fez-se com as grandes cadeias de hipermercados e tivemos, obrigatoriamente,
de ter uma capacidade de resposta e também nos direcionamos para os fornecer e
para acompanharmos esse processo.
E não têm razão de queixa de trabalhar com as grandes superfícies?
As grandes superfícies exigem-nos uma grande transformação e
também exigem muita profissionalização. O grande problema
é que em Portugal o processo
começou ao contrário, porque o primeiro sector a profissionalizar-se foi a grande distribuição alimentar
e não a transformação e
a produção da matéria-prima. Se formos profissionais, se soubermos o que estamos a
fazer, se produzirmos
um bom produto e se
formos realmente competitivos, conseguimos
trabalhar com as grandes superfícies facil-
LUIS LAGOS
EMPRESAS & MERCADOS
2 DE FEVEREIRO DE 2016
p.27
melhor queijo de leites finos
Faça-me um retrato da empresa…
Terminamos o ano de 2015 com cerca
de 3 milhões de euros de faturação, temos
cerca de trinta colaboradores e do valor faturado exportamos cerca de 500 mil euros
E para que mercados já exportam?
Tivemos uma grande vitória em 2015,
porque estávamos muito centrados naquilo que designamos como o nosso mercado étnico, na portugalidade que existe fora
do nosso país, como nos Estados Unidos
e França, mas conseguimos também sair
para além desse espaço. No entanto esse
é um mercado muito importante, porque
é uma grande rampa de lançamento dos
nossos produtos no exterior e se não fosse essa plataforma muitas vezes os produtos portugueses não conseguiam dar um
salto tão rápido para fora e para ir para a
conquista de outros mercados. Nós conseguimos uma grande vitória em 2015 que
foi ter o nosso queijo presente na Polónia, e também estamos a trabalhar bem
em Espanha. Já estiveram no SISAB PORTUGAL?
Já fizemos o SISAB PORTUGAL, é uma
grande plataforma de apresentação das
empresas para o mercado externo e tivemos algumas oportunidades pelo facto de
lá termos estado. É, por isso, uma porta que mantemos sempre entreaberta para
participar.
Atendendo que não produzem a matéria-prima, não têm problema com a aquisição dessa mesma matéria-prima?
Muitos problemas. Acho que as entidades oficiais desde o Ministério da Agricultura, à Direção Geral de Veterinária à própria
transformação têm de promover um grande diálogo no sentido de aumentarmos a
nossa produção leiteira nacional. Não falo
de vaca, pois não conheço o setor, e sei
que a realidade é completamente distinta,
mas no setor do leite de cabra e de ovelha,
nós temos muito por onde crescer. É preciso que as pessoas percebam que não podemos continuar a ter aquele modelo um bocadinho romântico que é um pastor com 50
ovelhas, porque isso não é rentável economicamente. E ninguém pode “ser convidado” para a pobreza e abraçar essa mesma
pobreza. Nós temos que convidar os jovens
que saem da universidade e que se formam
em áreas relacionadas para abraçarem projetos agrícolas empresariais. Nós precisamos de autênticas fábricas de produção de
leite de cabra e ovelha. Projetos pecuários
intensivos com exploração em regime semi-intensivo para podermos oferecer à nossa
indústria transformadora que existe nesta
região e noutras do país, onde existe exatamente o mesmo problema, o leite em escala insuficiente para a produção dos seus
(...) Terminamos o ano
de 2015 com cerca de
3 milhões de euros de
facturação, temos cerca de
trinta colaboradores e do
valor facturado exportamos
cerca de 500 mil euros (...)
produtos.
E o quanto é que seria normal um
rebanho comportar para ter essa tal
rentabilidade?
Penso que para esta região, arriscaria a
dizer 500 cabeças num regime semi-intensivo e com uma seleção de uma raça que
seja produtiva. Nós temos uma ovelha nesta
região, que tem de ser protegida e acarinhada porque produz o nosso queijo com denominação de origem protegida e que tem
de ser produzido por uma específica raça de
uma ovelha, a bordaleira ou churra mondegueira. Mas depois é preciso termos outras
alternativas, porque não podemos produzir
só queijo de origem protegida, também produzimos queijo de ovelha corrente e cabra.
E a internacionalização tem de ser feita também com os dois produtos, precisamos de ter uma ovelha que seja produtiva
a nível de preço e leite, e há várias raças
para isso, com cruzamentos, que podem ter
imenso sucesso. E este é um trabalho a ser
feito pelo Ministério da Agricultura e pela
Direção Geral de Veterinária. PUB
p.28
DESPORTO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
LIGA PORTUGUESA
Sporting vence em mais um jogo ‘polémico’...
O Benfica goleou o Moreirense e manteve a
distância para os rivais que também já tinham
garantido os três pontos - o FC Porto venceu
por 3-1 em casa do Estoril-Praia e o Sporting
por 3-2 a Académica em Alvalade - e o segundo lugar a dois pontos dos ‘leões’ e com mais
três que os ‘azuis e brancos’
A goleada do Benfica por 4-1 na
visita ao Moreirense deixou tudo na
mesma no trio que luta pelo título
de campeão de futebol, já que o líder Sporting e o FC Porto também
venceram na 20.ª jornada.
Os tentos de Jonas (16 e 67),
Mitroglou (43) e Gaitán (75), contra o de Iuri Medeiros (90+2), confirmaram o melhor momento do
Benfica na época, com o sétimo
triunfo consecutivo – e o 12.º êxito nos últimos 13 jogos -, a manter pressão sobre o Sporting, que à
22.ª jornada verá as ‘águias’ receberem os ‘dragões’.
O Sporting, que venceu a Académica 3-2, soma 51 pontos, mais
dois do que o Benfica, que leva três
de avanço para o FC Porto, que ganhou 3-1 na visita ao Estoril, após
14 jogos sem triunfar em deslocações à capital.
20ª JORNADA
V. GUIMARÃES - U. MADEIRA, 3-1
ESTORIL-PRAIA - FC PORTO, 1-3
SPORTING – ACADÉMICA, 3-2
AROUCA - P. FERREIRA, 2-2
NACIONAL – TONDELA, 3-1
RIO AVE - V.E SETÚBAL, 2-1
BOAVISTA - SP. BRAGA, 0-0
MOREIRENSE - BENFICA, 1-4
MARÍTIMO – BELENENSES
Na corrida ao título de melhor
marcador, Jonas já leva 21 tentos,
mais cinco do que o sportinguista
Slimani e nove do que o pacense
Bruno Moreira.
Na luta pela Europa, o Paços
de Ferreira foi apanhado pelo Vitória de Guimarães no quinto lugar,
após ceder empate 2-2 em casa
do pretendente Arouca, que deu
a volta ao tento de Bruno Moreira (19) com golos de Lucas Lima
(66) e autogolo de Fábio Cardoso
(80), mas, em superioridade numérica desde os 69, por vermelho direto André Leal, permitiu a
Roniel (88) salvar um ponto para
os pacenses.
O Paços partilha o quinto posto
com o Vitória de Guimarães, com
30 pontos, enquanto o Arouca é oitavo, com 25, a três do Rio Ave que
regressou às vitórias, ao bater em
casa o Vitória de Setúbal, por 2-1.
Dois golos de cabeça, de Marcelo (20 minutos) e Tarantini (23),
quebraram ‘jejum’ de quatro jogos dos vilacondenses sem amealhar os três pontos, de nada valendo aos sadinos o remate certeiro de
Costinha (63).
O Rio Ave descolou do Vitória
de Setúbal e isolou-se no sétimo lugar, com 28 pontos, mais três do
que os sadinos, que caíram para
o nono lugar, em igualdade com o
Arouca.
O Sporting de Braga não foi
além de empate 0-0 na visita ao
Boavista, que continua com tendência positiva na segunda volta:
os arsenalistas estão isolados em
quarto, com 36 pontos, enquanto
o Boavista alcançou a Académica,
antepenúltimo.
Um ‘bis’ de Salvador Agra e
um golo de Rodrigo Pinho permitiram ao Nacional regressar às vitórias, derrotando o último classificado Tondela por 3-1, resultado que
permite aos madeirenses ascender
ao 14.º lugar, três pontos acima da
‘linha de água’.
A ronda arrancou com o triunfo
caseiro do Vitória de Guimarães so-
J
V
E
D
GOLOS
SPORTING
51
20
16
3
1
43-14
2º
3º
BENFICA
FC PORTO
49
46
20
20
16
14
1
4
3
2
54-14
40-12
4º
SP. BRAGA
36
20
10
6
4
33-14
5º
P. FERREIRA
30
20
8
6
6
29-24
6º
VITÓRIA SC
30
20
8
6
6
29-30
7º
RIO AVE
28
20
8
4
8
30-32
8º
AROUCA
25
20
5
10
5
26-26
9º
VITÓRIA FC
25
20
6
7
7
31-37
10º
ESTORIL-PRAIA
23
20
6
5
9
19-25
11º
U. MADEIRA
23
20
6
5
9
15-25
12º
BELENENSES
22
19
5
7
7
25-40
13º
14º
MARÍTIMO
21
20
19
6
5
3
5
10
10
26-37
22-30
20
20
20
20
20
5
5
10
23-35
4
4
5
5
11
11
15-28
20-37
2
3
15
14-34
15º
NACIONAL
MOREIRENSE
16º
17º
BOAVISTA
ACADÉMICA
18º
TONDELA
bre o União da Madeira (3-1).
Danilo Dias, aos 12 minutos,
ainda colocou os insulares em vantagem, mas Licá (13), Henrique
Dourado (61) e Otávio (72) de-
21ª JORNADA
SEXTA-FEIRA, 5 FEVEREIRO:
BELENENSES – BENFICA,
20:30 (SPORT TV)
SÁBADO, 6 FEVEREIRO:
V. SETÚBAL – MARÍTIMO,
18:30 (SPORT TV)
TONDELA - V. GUIMARÃES,
20:45 (SPORT TV)
DOMINGO, 7 FEVEREIRO:
P. FERREIRA - BOAVISTA, 16:00
U. MADEIRA – MOREIRENSE, 16:00
ACADÉMICA – NACIONAL, 16:00
FC PORTO – AROUCA,
19:15 (SPORT TV)
SEGUNDA-FEIRA, 08 FEVEREIRO:
SPORTING - RIO AVE,
19:00 (SPORT TV)
SP. BRAGA - ESTORIL-PRAIA,
21:00 (SPORT TV)
P
1º
O Benfica venceu o Moreirense por 4-1, em encontro da 20.ª jornada
da I Liga, mantendo a distância para os rivais e impondo a terceira
derrota caseira consecutiva aos minhotos. Para os lisboetas, foi a
sétima vitória seguida, tendo sido conseguida graças a dois golos de
Jonas (16 e 67 minutos). O brasileiro mantém o primeiro posto como
melhor marcador e ainda passou para Gaitán fazer o quarto, aos 75.
17
17
9
20
ram o triunfo aos vimaranenses,
que somaram o quinto encontro
consecutivo sem perder, algo que
ainda não tinham conseguido esta
temporada.
O FC Porto virou o resultado e voltou a vencer no reduto do Estoril
três anos depois
DESPORTO
SPORTING
Cosme Machado assume erro
no lance do segundo golo da
Académica em Alvalade
A arbitragem de Cosme Machado no jogo SportingAcadémica gerou enorme controvérsia, em particular
devido à validação do segundo golo da Académica,
marcado na própria baliza por Ewerthon, mas com
João Real, em clara posição de fora de jogo, a fazer-se à bola, o que deveria ter invalidado o lance.
O árbitro Cosme Machado, de Braga, assumiu ter errado no lance que
originou o segundo golo da Académica, em Alvalade, frente ao Sporting,
em encontro da 20.ª jornada da I Liga.
“Não foi correta a decisão, tanto minha como do árbitro assistente.
Mas, quero dizer que a decisão foi tomada por mim, sou o chefe de equipa
e estou a assumir a decisão como responsável pela equipa de arbitragem”,
disse Cosme Machado, em declarações ao canal de televisão SIC.
O árbitro bracarense afirmou que
gostaria que a decisão tivesse sido diferente: “Ninguém mais do que nós,
tanto eu como o Alfredo Braga, se sente triste com uma decisão errada. Infelizmente, foi tomada naquele momento. porque somos humanos”.
A arbitragem de Cosme Machado no jogo Sporting-Académica gerou
enorme controvérsia, em particular devido à validação do segundo golo da
Académica, marcado na própria baliza por Ewerthon, mas com João Real,
em clara posição de fora de jogo, a fazer-se à bola, o que deveria ter invalidado o lance.
OCTÁVIO MACHADO AO ATAQUE
“Só não assistimos a um grande
escândalo porque o Sporting tem
uma grande equipa”
Octávio Machado foi a cara da revolta leonina no auditório do Estádio
de Alvalade logo após o jogo com a
Académica.
No lugar de Jorge Jesus, deixou
muitas críticas à arbitragem de Cosme Machado: “só não assistimos a um
grande escândalo porque o Sporting
tem uma grande equipa, que trabalha
muito e bem e tem um grande público. Não é admissível que o Sporting,
clube com a maior média de espetadores no estádio na primeira volta, tenha
adeptos que participam no espetáculo
e depois saiam indignados. Não é assim que se promove o futebol e não é
assim que queremos estar no futebol. O
que se passou na hora e meia de jogo,
critérios das faltas, não assinalar uma
grande penalidade sobre Mané… Ando
no futebol há muito tempo e nunca tinha visto um árbitro auxiliar anular um
golo, e bem, e ser pressionado para mudar de opinião. Nunca tinha visto e penso que é raro nos campos de futebol. O
golo era bem anulado”, disse o diretor
do futebol dos Leões.
O diretor do Sporting pediu mesmo
que Cosme Machado não volte a ser nomeado para os jogos do Sporting. “Fico
muito triste por dizer isto, mas o senhor Cosme Machado não tem condições, enquanto árbitro – não colocamos
em causa a sua idoneidade enquanto
pessoa - não tem qualidade para estar
na primeira divisão. E gostava que o senhor Vítor Pereira [presidente do Conselho de Arbitragem] nunca mais o nomeasse para jogos do Sporting. Seria
defendê-lo e resguardá-lo, depois do
que aconteceu aqui hoje. Com toda a
efervescência que tem havido à volta do
Sporting, devia haver mais cuidado na
nomeação dos árbitros” disse.
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5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.29
p.30
DESPORTO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
OCTÁVIO MACHADO ATACA CONSELHO DE DISCIPLINA DA FPF
“Dois pesos e duas medidas”
Em causa está uma agressão do avançado argelino ao médio grego
Samaris que não foi assinalada pelo árbitro Jorge Sousa no jogo entre o
Sporting e o Benfica para a Taça de Portugal.
O Conselho de Disciplina (CD)
da Federação Portuguesa de Futebol anunciou a instauração de
uma processo disciplinar ao avançado Slimani, do Sporting, na sequência de uma queixa apresentada pelo Benfica.
Em causa está uma agressão
do avançado argelino ao médio
grego Samaris que não foi assinalada pelo árbitro Jorge Sousa,
no início da segunda parte do jogo
da quarta eliminatória da Taça de
Portugal, em que o Sporting recebeu e venceu o Benfica, por 2-1,
após prolongamento.
A secção não profissional do
CD indicou ainda que, no âmbito
do mesmo processo, mandou arquivar a queixa apresentada pelo
Sporting contra o Benfica.
A 23 de novembro, dois dias
depois do encontro, o clube ‘encarnado’ deu conta da queixa
depositada no CD por causa da
agressão de Slimani, que marcou
o golo do triunfo do Sporting, aos
112 minutos, depois de o grego
Mitroglou ter colocado as ‘águias’
em vantagem aos seis minutos e
de Adrien ter empatado nos descontos da primeira parte.
Dois dias depois dos bicampeões nacionais, o Sporting também fez saber que apresentou
queixas no órgão disciplinar da
FPF contra jogadores do Benfica
por agressões a futebolistas e a
um treinador adjunto dos ‘leões’,
alegadamente verificadas nos
dois últimos encontros entre as
duas equipas, um no campeonato, e no da Taça.
Em dezembro, o CD instaurou
um processo “com vista ao apuramento de factos” relacionados
com o jogo da Taça de Portugal e
remeteu para a Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga
Portuguesa de Futebol Profissional a parte da queixa ‘leonina’ referente ao jogo da oitava jornada
do campeonato, que o Sporting
venceu por 3-0, no Estádio da
Luz, a 25 de outubro de 2015.
A 11 de dezembro, a CII comunicou o arquivamento das
queixas do Sporting, considerando que, depois de analisadas as
imagens enviadas, não havia indícios suficientes para a instauração de qualquer procedimento
disciplinar.
SPORTING REAGE
O diretor geral do Sporting,
Octávio Machado, acusou o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol de ter
“dois pesos e duas medidas” e revelou que o clube vai recorrer do
processo instaurado a Slimani.
“Não espero que Slimani seja
castigado, pelo contrário. Não
deve sê-lo porque seria ter dois
pesos e duas medidas. Seria mau
para o futebol português”, disse
o dirigente ‘leonino’, para quem
o Sporting é o clube que mais
tem promovido a modalidade pelos espetáculos que tem proporcionado e por ser a equipa com
mais jogadores portugueses.
De acordo com Octávio Machado, “as regras e os conceitos
do futebol são iguais em todas
as competições, pelo que não se
percebe porque é que num caso a
secção profissional do CD tomou
a decisão de arquivar a participação do Sporting e a secção não
profissional instaurou um processo a Slimani”.
O dirigente ‘leonino’ aludia à
queixa do Benfica referente a uma
alegada cotovelada dada pelo jogador Islam Slimani no benfiquista Samaris, no jogo Sporting-Benfica da Taça de Portugal,
que justificou a abertura de um
processo ao avançado argelino,
ao contrário do aconteceu com
a participação apresentada pelos
‘leões’ sobre alegadas infrações
disciplinares de jogadores ‘encarnados’ no jogo entre as duas
equipas para a I Liga.
“O Sporting vai recorrer desta decisão do CD para o Conselho de Justiça (CJ) da FPF porque
não aceita que haja dois pesos e
duas medidas”, disse o diretor geral dos ‘leões’, que manifestou estranheza com o conteúdo da queixa avançada pelo Benfica contra
Slimani junto do CD.
Segundo Octávio Machado,
a queixa refere uma agressão de
Slimani a Samaris na primeira
parte, quando toda a comunicação social alude ao lance em causa como tendo ocorrido no início
da segunda, além de que o ponta de lança do Sporting é referido
na mesma queixa como jogador
do Nacional.
A propósito, o dirigente ‘leonino’ rebateu a tese do Benfica, segundo a qual houve uma
agressão de Slimani a Samaris
no citado lance: “Uma cotovelada é uma cotovelada. O Slimani,
O jogo da polémica aconteceu na quarta eliminatória da Taça de
Portugal, em que o Sporting recebeu e venceu o Benfica, por 2-1,
após prolongamento. Slimani marcou mesmo o golo da vitória leonina
aos 112 minutos do prolongamento
para evitar o bloqueio de Samaris, fez um movimento de extensão com o braço para o afastar
e atingiu-o nas costas. O árbitro
viu e não interpretou como sendo
uma agressão”.
“O que nos preocupa é a indisponibilidade para apitar manifestada por quatro árbitros de
qualidade, que nos merecem confiança, cujas notas aos jogos que
arbitraram do Sporting apareceram na comunicação social. Estou a falar de Jorge Sousa, Carlos
Xistra, Hugo Miguel e Vasco Santos, que estão de baixa”, disse Octávio Machado, para quem, qualquer dia, “não há árbitros para
apitar ou se restringem as opções
de uma forma inaceitável”.
O mesmo dirigente fez a defesa de Islam Slimani, um jogador
“abnegado, que joga nos limites
da entrega como os amantes do
futebol apreciam”, virtudes essas
que estão a tentar “virar” contra
ele e acusou o Benfica de “obses-
são e de mover a sua influência”
para castigar o jogador argelino,
recordando que é o “único clube
que, até ao momento, apresentou queixa contra um adversário”.
Questionado sobre as declarações recentes do presidente do
Marítimo, Carlos Pereira, que culpou o Sporting por não ter fechado atempadamente o negócio das
transferências de Marega e José
Sá, que assinaram pelo FC Porto, alegou tratar-se de uma opinião e que o clube de Alvalade “só
confirma a aquisição de jogadores que assinem contrato”.
Em relação às notícias que
dão consumada a transferência
de André Carrillo para o Atlético Madrid, Octávio Machado reconheceu que o jogador “é livre
de assinar por quem quiser”, mas
lembrou que há “prerrogativas a
cumprir” e que não o foram até ao
momento, nomeadamente a obrigatoriedade de informar por carta
o Sporting.
SPORTING
Sporting vai recorrer do arquivamento do inquérito sobre as alegadas ofertas do Benfica
a árbitros
O Sporting anunciou, em comunicado, que irá recorrer da decisão da Comissão de Instrução
e Inquéritos da Liga em arquivar
processo decorrente das afirmações do seu presidente, Bruno de
Carvalho, sobre as ofertas do Benfica a árbitros.
Na mesma nota, a direção
dos ‘leões’ insurge-se contra a
‘sentença’ tornada pública: “Não
serão estas tomadas de decisão,
que prejudicam gravemente o futebol, que irão demover o nosso
clube, em todas as instâncias necessárias, para a penalização de
quem comete atos como os ora
mencionados”.
E relembra que se trata da
“oferta de 1120 jantares por época a árbitros, delegados e observadores”, argumentando que é por
decisões como a da CII que não
é permitida “a modernização, credibilização e dignificação do futebol”, aludindo à “criação de conceitos inexistentes como o de
0dolo sem intenção’”.
A direção do Sporting escreve que “não era expectável outra
decisão”, atendendo “ao próprio
decurso do inquérito promovido
pela Comissão de Instrução e In-
quéritos da Liga, pelas questões
colocadas, nomeadamente aos
árbitros, e pela condução da inquirição no que diz respeito ao presidente do Sporting Clube de Portugal”, a qual “no momento certo,
irá pelo mesmo ser revelada”.
A CII anunciou o arquivamento do processo decorrente das afirmações do presidente do Sporting sobre as ofertas do Benfica
a árbitros.
A comissão considerou que as
ofertas a que Bruno de Carvalho se
referiu como sendo uma forma de
influenciar as equipas de arbitragem, e que pelas contas do líder
do Sporting poderiam atingir um
valor global anual de 250 mil euros, “ingressa no conceito de ofertas de mera cortesia (...) admitida
na regulação desportiva”.
II LIGA
Feirense aproveita deslize dos quatro
primeiros
O Feirense aproveitou os deslizes de FC Porto B, Freamunde, Desp.
Chaves e Gil Vicente.
O Feirense foi o principal destaque da 27ª jornada da II Liga, ao
vencer na receção ao Farense por
1-0 e beneficiar da circunstância de
os quatro primeiros da classificação
não terem vencido.
O líder FC Porto B, que não pode
subir de divisão, perdeu em casa
com o Leixões, o vice-líder Freamunde tinha empatado em Barcelos com o quarto classificado, o Gil
Vicente, e o Desportivo de Chaves,
terceiro, não foi além de um empate em casa frente ao penúltimo, o
Oriental.
Em face dos resultados dos quatro primeiros, o Feirense ‘pontuou’
em vários campos em simultâneo,
graças ao golo solitário de Platiny, aos 49 minutos, a corresponder de cabeça a um cruzamento de
Serginho.
O Farense viu a sua tarefa dificultada após a expulsão de Rambé,
aos 81 minutos, por acumulação de
cartões amarelos, mas Irobiso ainda
podia ter empatado, aos 83.
Com este precioso triunfo, o Feirense subiu ao quarto lugar, com 46
pontos, por troca com o Gil Vicente (44), que não foi além de um
CRISTIANO RONALDO
Grande golo frente
ao Espanyol
O Real Madrid goleou por 6-0
na receção ao Espanyol, num encontro, da 22.ª jornada da Liga espanhola, em que o português Cristiano Ronaldo marcou metade dos
tentos dos ‘merengues’.
O ‘capitão’ da seleção apontou
o segundo, de grande penalidade,
aos 12 minutos, o quarto, com um
grande trabalho à entrada da área
concluído com potente remate de
pé esquerdo, aos 45, e o quinto,
de cabeça aos 82.
Com este ‘hat-trick’, Ronaldo
conta agora 19 golos na prova, tendo igualado o uruguaio Luis Suárez
na liderança dos marcadores.
Karim Benzema inaugurou o
marcador, aos sete minutos, passando a somar 18, e James Rodriguez apontou o terceiro, aos 16.
Óscar Duarte encerrou as contas,
aos 86, na própria baliza.
O Real Madrid voltou a isolar-se
no 3º posto, a um ponto do Atlético
de Madrid e quatro do Barcelona.
‘nulo’ em casa frente ao vice-líder,
o Freamunde.
Imediatamente abaixo do Feirense, o Portimonense, sexto classificado, que somava os mesmos pontos (43) da equipa de Vila da Feira,
também ‘tropeçou’, em Mafra, face
ao antepenúltimo da classificação,
ao ceder um ‘nulo’.
A maior surpresa da 27.ª jornada protagonizou-a o FC Porto B,
ao sofrer a sua segunda derrota em
casa na II Liga, frente ao Leixões,
16.º classificado, tendo-se repetido
assim o resultado da primeira volta.
Os golos foram marcados por
Bruno Lamas e Rateira, aos 40 e
84 minutos, os quais, curiosamente, foram os autores dos golos com
que o Leixões bateu os portistas em
Matosinhos.
O FC Porto não perdia em casa
desde a primeira jornada, a 9 de
agosto de 2015, quando foi batido
pelo Portimonense, por 2-1.
Por seu lado, o Desportivo de
Chaves desperdiçou a oportunidade
de ascender à vice-liderança, ao ceder um inesperado empate em casa
perante o Oriental, depois de se ter
adiantado no marcador aos 48 mi-
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DESPORTO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
nutos, por Braga.
A equipa transmontana não
conseguiu, porém, impedir a reação do Oriental, que seria coroada
com o golo do empate, aos 72 minutos, através de Firmino.
De realçar, ainda, a derrota do
Sporting B em casa frente ao Sporting da Covilhã, por 3-1, resultado
que aumentou a série de resultados negativos dos ‘leões’ e permitiu
aos serranos fugirem aos lugares de
despromoção.
Ao somar o sétimo triunfo na
prova, o Sporting da Covilhã subiu
ao 18.º lugar, com 32 pontos, enquanto o Sporting B somou o sétimo
jogo consecutivo sem vencer e está
em 11.º, com 36.
Nas restantes partidas o Vitória de Guimarães B perdeu em casa
com o Famalicão por 2-1, Varzim e
Penafiel empataram a um golo na
Póvoa, o Académico de Viseu fez valer o fator casa na receção ao Santa
Clara ao vencer por 1-0, o mesmo
resultado com que o Atlético bateu
o Olhanense na Tapadinha, e, finalmente, o Desportivo das Aves impôs-se em casa ao Sporting de Braga B por dois golos sem resposta.
P
J
V
E
D
GOLOS
1º
FC PORTO B
52
27
16
4
7
58-35
2º
3º
FREAMUNDE
DESP. CHAVES
47
47
27
27
13
12
8
11
6
4
33-18
36-25
4º
FEIRENSE
46
27
1
10
5
31-23
5º
GIL VICENTE
44
27
21
8
7
34-25
6º
PORTIMONENSE
43
27
21
10
6
36-31
7º
DESP. AVES
42
27
12
6
9
30-21
8º
FAMALICÃO
42
27
11
9
7
38-31
9º
SP. BRAGA "B"
38
27
10
8
9
28-30
10º
ATLÉTICO
36
27
9
9
9
24-23
11º
SPORTING "B"
36
27
10
6
11
31-35
12º
A. VISEU
36
27
9
9
9
27-31
13º
14º
VARZIM
35
35
27
9
10
8
5
10
12
29-30
26-31
33
9
6
12
29-31
8
9
9
5
10
13
29-35
29-33
15º
OLHANENSE
FARENSE
27
16º
17º
LEIXÕES
SANTA CLARA
33
32
18º
SP. COVILHÃ
32
27
27
27
27
7
11
9
28-34
19º
PENAFIEL
31
27
7
10
10
26-32
20º
V. GUIMARÃES B
31
27
8
7
12
27-36
21º
BENFICA B
31
27
9
4
14
29-39
22º
MAFRA
27
27
5
12
10
21-25
23º
ORIENTAL
27
27
7
6
14
34-41
24º
OLIVEIRENSE
21
27
4
9
14
26-44
27ª JORNADA
28ª JORNADA
OLIVEIRENSE - BENFICA B, 1-2
GIL VICENTE – FREAMUNDE, 0-0
FC PORTO B – LEIXÕES, 0-2
MAFRA – PORTIMONENSE, 0-0
SPORTING B - SP.COVILHÃ, 1-3
VIT.GUIMARÃES B – FAMALICÃO, 1-2
VARZIM – PENAFIEL, 1-1
A. VISEU – SANTA CLARA, 1-0
ATLÉTICO – OLHANENSE, 1-0
DESP. AVES - SP. BRAGA B, 2-0
DESP. CHAVES – ORIENTAL, 1-1
FEIRENSE – FARENSE, 1-0
FAMALICÃO - GIL VICENTE
PORTIMONENSE - SPORTING B
SANTA CLARA - DESP. AVES
PENAFIEL – ATLÉTICO
LEIXÕES - D. CHAVES
OLHANENSE - V. GUIMARÃES B
SP. BRAGA B - OLIVEIRENSE
SP. COVILHÃ – FEIRENSE
FARENSE - MAFRA, 15:00
ORIENTAL - A.VISEU
BENFICA B - VARZIM
FREAMUNDE - FC PORTO B
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DESPORTO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
TAÇA DA LIGA
Sp. Braga, Marítimo, Benfica e Portimonense nas ‘meias’
Marítimo-Portimonense e Benfica-Sp. Braga. São estes os jogos das meias-finais da Taça da Liga. O FC Porto
completou a sua pior participação numa Taça da Liga com o pleno de derrotas em três jogos.
O Marítimo, que empatou sem golos frente ao Famalicão, na Madeira,
venceu o Grupo A
Sporting de Braga e Marítimo
juntaram-se ao Benfica e Portimonense nas meias-finais da Taça da
Liga, com ‘arsenalistas’ e ‘encarnados’ a encontrarem-se numa espécie de final antecipada da prova,
graças ao seu estatuto de favoritos.
Os ‘arsenalistas’, reduzidos a
10 jogadores desde os 63 minutos (Mauro foi expulso), empataram
sem golos no terreno do Rio Ave, na
terceira e última jornada do Grupo
D, e terminaram com sete pontos,
dois à frente dos adversários des-
ta tarde.
Na outra partida do agrupamento, o Belenenses goleou o Leixões por 4-0, quedando-se a três
pontos do líder, enquanto os matosinhenses nem sequer pontuaram.
O espanhol Juanto Ortuño, reforço de inverno da equipa do Restelo, apontou dois dos tentos (78 e
86), somados aos de Tonel (9) e Betinho (69), para uma goleada conseguida com apenas 10 elementos,
por expulsão de Tiago Almeida, a
meia hora do fim do encontro.
O Marítimo, que empatou sem
golos frente ao Famalicão, na Madeira, venceu o Grupo A, também
com sete pontos, agrupamento no
qual o FC Porto foi a maior desilusão, sem qualquer ponto conquistado, tendo sido derrotado pelo
Feirense.
De facto, o FC Porto sofreu a
terceira derrota na Taça da Liga, ao
perder em casa do secundário Feirense, por 2-0, na terceira e última
jornada do Grupo A. Com poucas
hipóteses de se apurar, pois precisava de uma derrota do Marítimo
e de uma grande recuperação na
diferença de golos, o Feirense somou a segunda vitória na ‘poule’,
com golos de Hélder Castro (39),
de grande penalidade, e de Porcellis (81).
Com este resultado, o FC Porto termina no último lugar do Grupo. Sem somar qualquer ponto, enquanto o Feirense é segundo, com
seis, a um do Marítimo.
Os funchalenses, finalistas vencidos na última temporada, receberão, numa única mão, o Portimonense na outra meia-final, com a
particularidade de os algarvios serem a primeira equipa do escalão
secundário a chegar a essa fase da
Taça da Liga.
O FC Porto sofreu a terceira derrota na Taça da Liga, ao perder em
casa do secundário Feirense
FUTSAL
SELEÇÃO
Loures assina protocolo com Sporting para dar
formação de futsal no concelho
Jogo com a
Noruega em maio
A Câmara Municipal de Loures assinou um protocolo de colaboração com o Sporting Clube de
Portugal para potenciar a prática
do futsal no concelho, nomeadamente através de formação gratuita a uma centena de jovens.
A colaboração entre a Câmara de Loures e o clube lisboeta já
existe há alguns anos, mas desta vez irão ser estabelecidas as
condições de funcionamento de
um Centro Municipal de Formação de Futsal, segundo explicou
à agência Lusa o vice-presidente
da Câmara Municipal de Loures,
Paulo Piteira.
“Pensamos que é uma aposta
muito positiva para o nosso concelho porque iremos dar oportunidade a cerca de uma centena
de crianças de terem um enquadramento integrado nesta modalidade. Quem sabe no futuro venham a ter oportunidade de jogar
no Sporting ou num clube do concelho”, sublinhou.
O Centro Municipal de Formação de Futsal é constituído por
dois polos, um na cidade de Loures (Pavilhão Paz e Amizade) e
outro na localidade de São João
da Talha (Pavilhão José Gouveia)
e dará formação gratuita a jovens
entre os cinco e os 14 anos, de
ambos os sexos.
“Achamos que o facto de ser
gratuito é uma mais-valia porque
não exclui ninguém. Independentemente da condição económica
qualquer jovem terá oportunidade para ter um enquadramento
prático do futsal”, apontou.
Além da formação, dada por
técnicos do Sporting, ficará estabelecida também a realização de
dois ‘workshops’, por época, destinado a técnicos de futsal.
Em contrapartida, a Câmara
Municipal de Loures irá ceder as
instalações do pavilhão José Gouveia, em São João da Talha, para
a realização dos jogos dos junio-
res do Sporting (categoria A,B
e C) e para os da equipa sénior
feminina.
A seleção portuguesa vai defrontar a Noruega, a 29 de maio,
em jogo de preparação para o
Euro2016. “A Seleção Nacional
terá no dia 29 de maio, em hora e
local a divulgar, mais um importante teste de preparação para o Campeonato da Europa que decorrerá
em França entre os dias 10 de junho e 10 de julho de 2016”, refere
a nota da FPF.
O jogo com a Noruega sucede a
um conjunto de outros jogos, também de preparação para o Europeu,
já agendados, e que incluem testes
com a Bulgária, a 25 de março, em
Leiria, e com a Bélgica, a 29 de
março, em Bruxelas.
O organismo federativo recorda
também que as seleções defrontaram-se em dez ocasiões, com Portugal a vencer sete, empatar duas
e perder uma, e que os nórdicos foram eliminados no ‘play off’ para o
Euro2016 pela Hungria, futura adversária dos lusos.
p.34
DESPORTO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
ESQUI
Vanina Guerillot é a segunda esquiadora portuguesa a ganhar
medalhas em provas internacionais
Vanina Guerillot tornou-se na segunda esquiadora portuguesa a conquistar uma medalha em provas internacionais
depois de Andrea Bugnone, no mesmo escalão, ter sido o primeiro esquiador português a alcançar o mesmo feito,
em 2012, também no Troféu Borrufa.
Vanina Guerillot tornou-se a
segunda esquiadora portuguesa
a conquistar medalhas em provas
internacionais, depois de se ter
sagrado vice-campeã de ‘slalom
gigante’, na categoria de infantes,
no Troféu Borrufa, em Espanha.
Vanina Guerillot, de 13 anos,
filha de mãe portuguesa e pai
francês, a viver em Courchevel, França, integrou a comitiva
lusa em Andorra onde decorreu a
competição.
A jovem esquiadora consegue
a proeza depois de Andrea Bugnone, no mesmo escalão, ter sido
o primeiro esquiador português a
conquistar medalhas em provas
internacionais de desportos de
neve, em 2012, também no Troféu Borrufa.
Andrea Bugnone, residente na
Suíça e filho de mãe portuguesa, agora com 16 anos, vai ser o
primeiro atleta nacional a participar nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, entre 12 e
21 de fevereiro, em Lillehammer,
Vanina Guerillot tornou-se a segunda esquiadora portuguesa a
conquistar medalhas em provas internacionais,
Andrea Bugnone, filho de mãe portuguesa, vai ser o primeiro atleta
nacional a participar nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude
na Noruega.
A delegação portuguesa em
Andorra conta, para além de Vanina Guerillot, com mais cinco esquiadores: Manuel Ramos,
Lourenço Simões, Pedro Marim,
Henrique Brancal e Lucas Viegas.
geiro, à procura de atletas com
capacidades para representarem
Portugal.
Em declarações à agência
Lusa, o dirigente informou estar feita a sinalização de talentos a residirem no estrangeiro:
Para Pedro Farromba, presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal, os
resultados internacionais que começam a surgir são fruto do trabalho feito no país e junto dos
portugueses residentes no estran-
“Falta garantir-lhes as condições de treino, porque sabemos
onde há atletas portugueses com
capacidades.”
Para que isso aconteça, realça, é necessário um maior apoio
por parte do Governo.
MUNDIALITO INFANTIL
Benfica, FC Porto e Sporting vão participar no Mundialito Infantil
Benfica, FC Porto, Sporting, FC Barcelona, Liverpool, AC Milan, Inter
Milão, Juventus, Ajax e Vasco da Gama estão entre os clubes já confirmados para o Mundialito infantil de futebol, organizado pela FIFA, a decorrer em março, em Vila Real de Santo António.
Benfica, FC Porto, Sporting,
FC Barcelona, Liverpool, AC Milan, Inter Milão, Juventus, Ajax
e Vasco da Gama estão entre
os clubes já confirmados para o
Mundialito infantil de futebol, a
decorrer em março, em Vila Real
de Santo António.
O Mundialito 2016, organizado sob a égide da FIFA e já considerado como o maior torneio
infantil do mundo, irá decorrer
novamente em Vila Real de Santo António, de 20 a 26 de março, com 200 equipas oriundas
dos cinco continentes e mais de
quatro mil atletas.
Benfica, FC Porto, Sporting,
Belenenses e Olhanense são os
emblemas nacionais que já con-
firmaram a presença no Mundialito, que irá contar com equipas
representantes de importantes
clubes a nível mundial.
FC Barcelona, Atlético de Madrid, Valência e Sevilha, de Espanha, Inter Milão, AC Milan e
Juventus, de Itália, Liverpool, de
Inglaterra, Ajax, da Holanda, Borussia Dortmund, da Alemanha,
Vasco da Gama, do Brasil, América, do México, e Kashima Antlers, do Japão, contam-se entre
os clubes participantes.
O Complexo Desportivo de
Vila Real de Santo António e os
estádios do Lusitano Futebol Clube e do Grupo Desportivo Beira-Mar são, uma vez mais, os palcos escolhidos para receber a
prova, perfazendo um total de 17
campos de jogo.
Ao todo, participam na competição mais de quatro mil crianças, entre os 6 e os 12 anos de
idade, divididas por quatro categorias de futebol de 7 e uma categoria de futebol de 6.
A primeira fase jogar-se-á no
sistema de liga, classificando-se
as duas primeiras equipas para
o ‘Torneio de Ouro’ e as seguintes para o ‘Torneio de Prata’. As
restantes ficam apuradas para o
‘Torneio de Bronze’ e ‘Fair Play’.
Organizado pela Escola Internacional de Futebol Ricardo
Godoy, com o apoio da Câmara
Municipal de Vila Real de Santo
António, os promotores do Mun-
O Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António e os estádios do
Lusitano Futebol Clube e do Grupo Desportivo Beira-Mar são, uma vez
mais, os palcos escolhidos para receber a prova, perfazendo um total
de 17 campos de jogo.
dialito 2016 preveem um retorno financeiro de cerca de sete mi-
lhões de euros para a economia
local.
DESPORTO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.35
ANDEBOL
PANAMÁ
Islândia no caminho de Portugal rumo ao Mundial
Bruno Pais 10.º
classificado no
Ironman 70.3
A Islândia esteve presente nos nove últimos Europeus, destacando-se o terceiro lugar em 2010,
o quinto em 2014 e o facto de ser vice-campeã olímpica em Pequim2008.
A Islândia, 13.ª classificada
no Europeu que termina na Polónia, é a adversária de Portugal no
‘play-off’ de acesso ao Mundial
de andebol de 2017, em França,
ditou o sorteio.
“Tivemos oportunidade de, no
último ano e meio, realizar cinco
jogos particulares com a Islândia,
dos quais ganhámos dois e perdemos três. Este histórico recente
espelha bem as dificuldades que
poderemos vir a encontrar, mas,
ao mesmo tempo, dá-nos alento para encarar este ‘play-off’ de
uma forma positiva”, analisou o
selecionador de Portugal Rolando Freitas.
Os islandeses recebem Portugal a 11/12 de junho e a decisão
será em solo luso, a 15/16 de junho. “Vamos encarar este ‘play-
-off’ de uma forma positiva. Já
sabíamos que o sorteio seria sempre muito difícil, dado o valor das
seleções que constituíam o pote
1. Ainda assim, adversários como
a Dinamarca, ou até a Croácia,
eram aqueles que queríamos evitar em absoluto”, reconheceu Rolando Freitas.
A Islândia esteve presente
nos nove últimos Europeus, destacando-se o terceiro lugar em
2010, o quinto em 2014 e o facto de ser vice-campeã olímpica
em Pequim 2008.
“Devemos levar em consideração que, neste Europeu, a Islândia não se apurou para o
‘main-round’ [segunda fase] por
escassos dois golos, sendo - até
aos jogos das finais - a única equipa a derrotar a Noruega, que foi
claramente a grande surpresa
deste Europeu pela qualidade do
jogo apresentado”, advertiu.
Estando colocado no pote 2,
Portugal sabia que iria encontrar
um adversário considerado dos
mais fortes.
“Sabemos que esta é uma boa
oportunidade para Portugal. Estou certo de que vamos todos direção, equipa técnica, clubes,
jogadores, adeptos e outros agentes ligados à modalidade - contribuir para que a preparação para
estes jogos seja a ideal, chegando a junho em ótimas condições de lutar pelo apuramento”,
vaticinou.
Rolando Freitas espera que
Portugal possa aproveitar a oportunidade para “regressar aos
grandes palcos”, congratulando-
-se pelo facto do desafio decisivo
ser disputado em casa.
O presidente da federação,
Ulisses Pereira, manifestou-se
convicto de que vão ser dois jogos “muito intensos” e deseja
que Portugal tenha “a pontinha
de sorte que tem faltado nas últimas competições”.
Sorteio para o ‘play-off’ de apuramento para o Campeonato do
Mundo de França 2017
Suécia - Bósnia Herzegovina
República Checa - Macedónia
Polónia - Holanda
Rússia - Montenegro
Sérvia - Hungria
Islândia - Portugal
Eslovénia - Noruega
Bielorrússia - Letónia
Dinamarca - Áustria
O olímpico português Bruno
Pais foi 10.º classificado no Ironman 70.3, prova de triatlo longo que se realizou na Cidade do
Panamá.
“Nunca tinha competido a este
nível nesta altura do ano. Estou
contente com o meu desempenho e
com as sensações que tive. O calor
e a humidade causaram-me muito
desgaste, mas foi uma boa forma
de começar a época. Foi a primeira prova oficial do triatlo do Estoril-Praia e isso também me deixa
muito orgulhoso”, disse o atleta dos
‘canarinhos’.
O triatleta do Estoril-Praia cumpriu os 1,9 quilómetros de natação,
90 de ciclismo e 21 de corrida em
03:49.00, a 10.08 minutos do canadiano Lionel Sanders, que bateu
o francês Antony Costes por 3.01
e o australiano Tim Reed por 4.16.
MASTERS DA ISLÂNDIA EM BADMINTON
ATLETISMO
Pedro Martins perde final
Benfica sagra-se campeão nacional de
juvenis de atletismo em pista coberta
O português Pedro Martins perdeu na final do Masters da Islândia
de badminton, cedendo por 2-1 em
Reiquejavique, frente ao dinamarquês Kim Bruun.
Sétimo cabeça de série, Pedro
Martins até venceu o primeiro ‘set’,
por 21-10, mas o adversário, oitavo favorito do torneio, recuperou e
impôs-se nos jogos seguintes pelos
parciais de 21-14 e 21-16, em 57
minutos.
Pedro Martins começou por
afastar o turco Emre Vural, oriundo
da qualificação, por 21-12 e 2321, seguindo-se o islandês Kari
Gunnarsson por 21-13 e 21-15.
O maior obstáculo surgiu nos
quartos de final, fase em que o luso
defrontou o favorito do torneio, o
polaco Adrian Dziolko, impondo-se
por 21-18, 10-21 e 21-13.
Nas meias-finais, frente ao dinamarquês Patrick Bjerregaard,
que também veio da qualificação,
Pedro Martins liderava por 9-2 no
primeiro ‘set’ quando o adversário
abandonou, por problemas físicos.
No quadro feminino, Telma
Santos, que era quarta cabeça de
série, ficou-se pela segunda ronda,
na qual perdeu com a dinamarquesa Cláudia Paredes por 21-13
e 21-19.
Na primeira ronda, a portuguesa tinha afastado a também dinamarquesa Sofie Kierkegaard, oriunda da qualificação, por 21-15 e
21-14.
Ambos os atletas estão na corrida pelo apuramento para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de
Janeiro, sendo que a lista definitiva
será divulgada a 1 de maio.
ATLETISMO
Marisa Carvalho bate recorde
A atleta portuguesa Marisa
Vaz Carvalho, do Benfica, bateu o recorde nacional de juvenis
dos 300 metros, em pista coberta, com o tempo de 39,92 segundos, nos ‘nacionais’ de atletismo da categoria, realizados em
Braga.
A anterior melhor marca pertencia a Ana Pacheco (Sporting
de Braga), com 41,11 segundos,
e estava em vigor desde 1997.
No final da primeira jornada
do nacional de juvenis, o Benfica lidera as classificações coletivas, somando 68 pontos no setor
masculino e 49 no feminino, contra 50 e 23, respetivamente, da
Juventude Vidigalense, que segue
em segundo nas duas.
As equipas masculina e feminina de atletismo do Benfica sagraram-se campeãs nacionais de juvenis em pista coberta, no decorrer
dos campeonatos realizados em
Pombal.
Os rapazes somaram 147,5
pontos, contra 53 da Juventude
Vidigalense e 45 da Associação 20
km de Almeirim.
As raparigas do Benfica obtiveram 124 pontos, mais cinco que a
Juventude Vidigalense. O Gira Sol
completou o pódio, com 44 pontos.
A jovem benfiquista Marisa Vaz
de Carvalho, que no sábado, na
primeira jornada, batera o recorde nacional juvenil de 300 m, com
39,92 segundos, e ganhara também o peso/3 kg, com 14,00 metros, somou terceiro título na segunda jornada, ao triunfar nos 60
m barreiras, com 8,47 segundos.
Em destaque esteve ainda Manuel Dias (U. Tomar), ao bater o
recorde nacional do heptatlo (juvenis), com 4.781 pontos.
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p.36
EDUCAÇÃO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
ALUNOS PORTUGUESES ESTÃO A SAIR MAL PREPARADOS DA FACULDADE
Lutar por um ensino superior especializado
Cada vez mais existem casos de alunos de universidades portuguesas que enfrentam dificuldades ao entrar no mercado de
trabalho. A falta de um ensino mais prático, que não se baseie apenas na teoria, obriga várias empresas a darem formações
para preparem os recém-licenciados. São já vários os especialistas que defendem um novo método de ensino, de modo a
preparar cada vez mais cedo a geração mais nova para enfrentar o mundo de trabalho.
Num mundo que está em constante mudança - com o avanço das
novas tecnologias - a forma de ensinar contínua inalterável, imóvel,
como se estivesse parada no tempo.
O mundo do mercado de trabalho
está em constante mudança e, cada
vez mais, precisa de trabalhadores
especializados com conhecimentos
práticos na área.
Num estudo recente, levado a
cabo pelo ‘Center for World University Ranking’ sobre as mil melhores
universidades do mundo, sete delas
são portuguesas, colocando, assim,
Portugal numa posição privilegiada.
No entanto, apesar desta distinção, os alunos portugueses terminam
os estudos e entram mal preparados
para o mercado de trabalho, acabando por receber uma formação especializada na empresa.
PRÁTICA INSUFICIENTE NAS
UNIVERSIDADES
André Coelho tem vinte e cinco
anos e licenciou-se em Engenharia
Eletrotécnica e de Computadores no
Instituto Superior Técnico. Trabalha,
agora, numa empresa de consultoria de Tecnologia de Informação (TI),
mas não esquece as dificuldades que
enfrentou quando terminou o curso
superior, há poucos meses. Considera, neste sentido, que “as universidades portuguesas preparam mal
os alunos”.
“Acho que temos acesso a uma
boa formação e que trabalhamos
muitas vezes sobre pressão, mas
não temos conhecimentos específicos em determinadas áreas”. Na sua
opinião, uma das formas de colmatar
este problema seria começar por estabelecer uma ligação mais estreita
entre as universidades e as empresas,
o que tornaria mais fácil a integração
de um novo trabalhador e evitaria que
as empresas tivessem de perder tempo a dar formação.
“Quando entrei para a minha empresa tive que ter uma formação especializada dentro da área. Apesar de
o meu curso me dar as bases, houve alguma falta de informação. Trabalho com bases de dados e tenho
as noções do panorama geral, mas
faltavam-me os conhecimentos mais
aprofundados, que tive de estudar
já dentro da empresa”, confessou o
jovem.
Apesar de tudo, não desvaloriza
as aulas teóricas que deu na faculdade: “Precisamos de ter a base dos conhecimentos para os poder aplicar”.
Em contrapartida, sentiu que as au-
las práticas não chegaram para representar o que realmente acontece no
mundo do trabalho.
As feiras de trabalho são também uma aposta de muitas faculdades para aproximar os estudantes
com as empresas, mas são mais úteis
para, mais tarde, o licenciado conseguir ter informações e arranjar trabalho nessas empresas. Considera que
os estágios curriculares são bastante
importantes para preparar melhor os
jovens para o mercado de trabalho,
pois vão permitir ao recém-licenciado ter um contacto direto com a área.
O SUCESSO PARTE DA
INICIATIVA DOS JOVENS
Outro caso semelhante é o de
Maria Helena Guia, também ela com
vinte e cinco anos, mas licenciada
em Comunicação Empresarial. A faculdade onde se licenciou deu-lhe a
oportunidade de realizar um estágio
curricular numa empresa da área e,
ao terminar, foi convidada a ficar.
“Acho que há determinados módulos que são construídos em cima
de bases com pouca solidez, ou seja,
há uma série de unidades curriculares completamente desnecessárias
nas nossas universidades, hoje em
dia”, comentou Maria Helena Guia,
recordando os seus tempos de faculdade. No entanto, a jovem acha que
a culpa da má preparação deve ser
distribuída pelo aluno, pelo curso que
escolheu, pela escola onde entrou e
também pelo docente.
Defende, ainda, que a “teoria é
tão importante como a prática, pois
as bases das coisas são construídas
nisso mesmo” e que esta componente não pode ser descartada.
A recém-licenciada realçou, inclusive, a importância de estágios
curriculares, onde os alunos encaram a realidade do mercado de trabalho e começam a compreender
o panorama da concorrência, além
de “se aperceberem de uma série
de coisas que não são ensinadas na
universidade”.
Maria Helena recorda que não
se sentia preparada para o mundo
do trabalho quando começou o estágio curricular e que foi fundamental adaptar-se, “aprender e começar a conhecer o sistema”.A jovem
salientou, como estratégia, “colocar
dúvidas pertinentes aos professores”,
isto é, acredita que o sucesso passa por um ato livre e espontâneo de
questionamento.
RECONFIGURAÇÃO DOS
PLANOS CURRICULARES
O Mundo Português quis saber a
opinião de um docente e foi, por isso,
falar com Rogério Santos, professor
na licenciatura em Comunicação Social da Universidade Católica Portuguesa (UCP) há mais de 32 anos.
No seu entender, este assunto é
delicado: verificam-se casos onde “se
consegue provar o contrário, casos
de medicina e de enfermagem - com
aceitação em países como o Reino
Unido - e em engenharia e arquitetura, onde há projetos premiados ou
que resultam em encomendas para
empresas nacionais”.
O docente levantou a questão de
cursos onde o estágio é essencial,
como os casos dos cursos medicina
ou fisioterapia, onde é fundamental
o contacto direto com doentes para
o profissional do futuro poder pôr em
prática todos os seus conhecimentos.
Rogério Santos apontou, ainda,
que, com o processo de Bolonha,
houve muitos cursos que foram reduzidos e que houve a necessidade
de fazer mudanças.
“No curso de Comunicação Social e Cultural da UCP, por exemplo,
o estágio passou para o mestrado,
sempre que o aluno escolhe a opção estágio. Entendeu-se dar formação teórica na licenciatura e permitir
espaço para a experimentação prática no mestrado”, explicou. No caso
da UCP, a grande carga de disciplinas
de humanidades destina-se, segundo o docente, “a levar o aluno a uma
maior reflexão, logo, a uma maior
compreensão do mundo”. O professor referiu, ainda, que está a haver
uma mudança nesta área pela parte
do empregador, onde este dá preferência a quem tem o mestrado e não
apenas uma licenciatura.
Deixou, ainda, uma chamada de
atenção para outro elemento também muito importante: a massificação do ensino universitário e o facto
de este já não estar apenas orientado para a elite.
VIAGENS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
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GUIMARÃES, UMA CIDADE COM HISTÓRIA
Uma visita ao Berço da Nação
Associada à fundação da identidade nacional, a majestosa cidade de Guimarães distingue-se não apenas pelo seu passado histórico, mas pelo inegável encanto do seu Património Cultural. O reconhecimento internacional surge em 2001, quando o Centro
Histórico de Guimarães é classificado pela UNESCO como Património Mundial, confirmando o que para nós era já uma certeza
- Guimarães é uma das cidades mais belas do Mundo. Em 2012 foi igualmente reconhecida pela União Europeia como Capital
Europeia da Cultura, um importante impulso no desenvolvimento cultural, social e económico sustentável da cidade Vimaranense.
Venha visitar a cidade onde nasceu Portugal e perca-se no local onde a história e a contemporaneidade se fundem, proporcionando-lhe a mais incrível experiência.
Iniciamos a nossa jornada pelo
Castelo. Situado na freguesia de Oliveira do Castelo, o imponente Castelo de Guimarães não passa despercebido a quem visita a cidade.
A sua construção data do século
X, altura em que a Condessa Mumadona Dias manda construir um
Mosteiro na sua herdade de Vimaranes. Posteriormente, é construída uma fortaleza por forma a proteger a povoação de possíveis ataques
de mouros e normandos. Nasce assim, de forma primitiva, o Castelo
que em 2007 foi considerado uma
das Sete Maravilhas de Portugal.
Reza a lenda que terá sido no Castelo de Guimarães que nasceu D.
Afonso Henriques, fundador do Reino de Portugal. Também conhecido
por Castelo da Fundação ou Castelo de S. Mamede, pela sua ligação à
Batalha de São Mamede em 1128,
este é um monumento de paragem
obrigatória.
O PAÇO DOS DUQUES
Descendo o Monte Largo, encontramos o Paço dos Duques de
Bragança, uma impar casa senhorial mandada edificar por D. Afonso
no século XV. Este palácio de estilo borgonhês, que durante cerca de
4 séculos se encontrou abandonado,
sofreu durante o Estado Novo uma
intervenção de recuperação, tendo a
sua configuração atual sido recriada.
Algumas salas recuperadas deram
lugar ao atual museu que, paralelamente à reconstrução do Palácio Ducal, passou a albergar um espólio de
Arte datado dos séculos XVII e XVIII.
Das coleções expostas no museu,
ressalvamos as tapeçarias de Pastrana cujas temáticas incidem sobre
as conquistas do norte de África, o
núcleo de tapeçarias flamengas e a
mostra de mobiliário português referente ao período Pós-Descobertas.
LARGO DO TOURAL
Seguimos para o Largo do Toural. “Aqui Nasceu Portugal” – é assim que o icónico Largo do Toural
nos saúda. No século XVII o largo
situava-se extramuros, junto à principal porta da vila, onde se realizavam feiras de gado. Nos finais do
século XVIII iniciou-se a sua lenta
transformação com a edificação de
prédios junto à muralha, sendo mais
tarde construído o Jardim Público.
Em 2011, o Chafariz renascentista de três taças, que havia sido colocado no Toural em 1583, retorna
ao seu local de origem. Considerado o coração da cidade, atualmente,
o Largo do Toural reúne vários restaurantes, bares, lojas e galerias que
atraem turistas e locais de diferentes
faixas etárias.
Num leve passeio pelo centro,
depressa chegamos à Igreja da Nossa Senhora da Oliveira. Situada no
Largo da Oliveira, onde se encontra o
incrível Padrão do Salado, a Igreja da
Nossa Senhora da Oliveira tem origem num Mosteiro mandado construir em 950. Alvo de sucessivas
remodelações e acrescentos, a edificação integra atualmente elementos das mais variadas épocas.
Ainda no Centro Histórico, encontramos o Museu de Alberto
Sampaio criado em 1928 para albergar as coleções de diversas Igrejas e Conventos da região. O espaço
em que se insere pertencia à extinta
Igreja Colegiada, sendo por isso de
grande valor histórico e artístico. Encontramos em exposição importantes coleções de escultura dos períodos medieval e renascentista, até ao
século XVIII, assim como uma das
mais importantes coleções de ourivesaria do país.
MERCADO DE GUIMARÃES
No âmbito das Artes, mas em
contraste com os espaços históricos
até aqui visitados, rumamos à contemporânea Plataforma das Artes e
da Criatividade. O Antigo Mercado
de Guimarães ganha novos contornos, tendo num projeto infraestrutural sido transformado na Plataforma que se subdivide em três grandes
áreas: o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, os Ateliers
Emergentes e os Laboratórios Criativos. Na área expositiva José de
Guimarães, podemos contemplar a
permanente “Coleção José de Guimarães”, bem como exposições temporárias. Este singular espaço atrai
um vasto público, desde os apreciadores de Arte, aos que apenas procuram usufruir da ampla praça em que
se insere, restaurantes ou livraria.
Depois de uma paragem para
degustar os típicos Rojões e o Bacalhau com Broa, sem esquecer as
deliciosas Tortas de Guimarães, seguimos até à Igreja de São Francisco, cuja construção data de 1400.
Embora entre os séculos XV e XVIII
se tenham verificado grandes alterações no exterior da Igreja, é no seu
interior que podemos encontrar as
mais significativas mudanças, do gótico ao barroco. O painel de azulejos
que relata a vida de Santo António,
a sacristia de figurino Joanino, com
teto de caixotões pintados e arcazes
em pau-preto, e o retábulo-mor são
os traços mais distintivos deste importante edifício.
É altura de sair do centro da cidade e visitarmos as ruínas arqueológicas de Citânia de Briteiros, uma
incrível prova da existência de um
povoado primitivo, de origem pré-romana, os “castros”. Apesar dos traços caracteristicamente castrejos, as
ruínas demonstram uma forte romanização do início da era cristã. O esquema urbanístico das construções
e as várias “cinturas de muralhas”
que ainda podemos observar, oferecem-nos uma clara visão de como se
organizavam estes remotos povos.
Longe do centro, podemos ainda
desfrutar das magníficas paisagens
de Guimarães, no topo da Montanha da Penha.
Encontramos não apenas os incríveis miradouros naturais, onde
podemos admirar o pôr-do-sol sobre
a cidade Vimaranense, mas também o Santuário da Penha, diversas
áreas de passeio e de lazer, um Centro Equestre e inúmeras grutas por
onde nos podemos aventurar.
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DESPORTO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
A HISTÓRIA DA PRAÇA MAIS EMBLEMÁTICA DO NOSSO PAÍS
O quadro mudou mas a beleza ficou
Considerada por muitos como o coração de Lisboa, a Praça do Comércio, também conhecida por Terreiro do Paço, é uma
das maiores e mais bonitas praças da Europa. Situada junto ao rio Tejo, chegou a ser o local onde estava o palácio dos
reis de Portugal durante séculos e hoje é casa de vários Ministérios e outros departamentos governamentais. É considerada como o “centro oficial da capital e do governo do país”.
Memórias
Foi durante o reinado de D.
Manuel I, em 1511, que se transferiu a residência do rei do Castelo de São Jorge para este local junto ao rio. O nome Terreiro
do Paço é, claramente, uma referência ao Palácio que durante 400 anos teve como sua residência a praça. No entanto, foi
no terramoto de 1755 que destruiu a capital de Portugal que
o Paço da Ribeira, bem como a
sua biblioteca de 70 000 volu-
Presidente do Conselho, António
de Oliveira Salazar, à janela dos
ministérios fazia os seus discursos que apelavam à Guerra do Ultramar, como o famoso “Angola é
Nossa”.
No dia 25 de abril de 1974 a
praça assistiu à Revolta do Movimento das Forças Armadas e
derrubou o governo de Marcello
Caetano e o Estado Novo. E em
1975, num discurso do Primeiro-Ministro Pinheiro de Azevedo,
ficaram famosas as suas frases
como “O Povo é Sereno” ou “É
apenas fumaça”, resultantes de
confrontos do PREC na Praça do
Comércio.
mes, foram destruídos. O precioso Arquivo Real com documentos
relativos à exploração oceânica,
entre os quais, por exemplo numerosas cartas do descobrimento do Brasil e outros documentos
antigos também foram perdidos
para sempre. Na reconstrução,
coordenada por Eugénio dos Santos, a praça tornou-se no elemento fundamental do plano do Marquês de Pombal para reconstruir
a capital portuguesa.
A história continua a desenrolar-se na praça e foi a 1 de fevereiro de 1908 que a Praça do
Comércio assistiu ao assassinato
do então rei D. Carlos e o seu filho herdeiro, o Príncipe Real D.
Luís Filipe. Foi na Revolução de
1910 que a Marinha portuguesa desembarcou no Cais das Colunas para ocupar locais estratégicos da cidade. A 5 de outubro
de 1910, numa praça junto ao
terreiro foi proclamada a Repú-
blica. Após a Revolução de 1910
os edifícios foram pintados a cor-de-rosa. Contudo, voltaram recentemente à sua cor original, o
amarelo. O lado sul, com as suas
duas torres quadradas, está virado para o Tejo.
A 18 de fevereiro de 1957, a
rainha Isabel II, do Reino Unido,
desembarcou no Cais das Colunas, para visitar a capital portuguesa. Foi também durante o regime do Estado Novo que o então
PUB
No centro da Praça do Comércio encontra-se a estátua do
Rei José I (rei de Portugal na altura do terramoto de 1755) que
suportou a cidade depois deste
fenômeno que devastou Lisboa.
Ao longo dos anos, a estátua de
bronze ganhou uma pátina verde.
No lado norte, a praça é centrada por um impressionante arco
que conduz à Rua Augusta, uma
das principais áreas de comércio
pedestre da baixa de Lisboa. O
arco está decorado com estátuas
de personalidades históricas,
como Vasco da Gama e Marquês
do Pombal. Os espaçosos edifícios arqueados, que se estendem
pelos outros três lados da praça,
são hoje sede de departamentos governamentais, alguns restaurantes e é também nesta praça que se encontra o café mais
antigo de Lisboa: o “Martinho da
Arcada”. A Praça do Comércio,
que esteve no centro dos grandes acontecimentos históricos de
Portugal, chegou em tempos a ser
usada como parque de estacionamento com cancelas e barreiras à
volta. No entanto, foi na década
de 1990 que a praça foi devolvida
aos lisboetas e agora é palco para
eventos culturais e espetáculos.
Recordamos a peça jornalistica
do Mundo Português, acima referida, datada de 1971, onde são
discutidos os planos para devolver a praça aos lisboetas.
Portugal recebeu ainda a visita do Papa Bento XVI em 2010 e
no dia 11 de maio, foi celebrada
uma Missa na Praça do Comércio
que contou com cerca de 280 mil
pessoas a assistir.
CIÊNCIA
5 DE FEVEREIRO DE 2016
p.39
JOÃO CALMEIRO E JOÃO VAREDA DESENVOLVEM INVESTIGAÇÕES NAS ÁREAS DA SAÚDE E DO AMBIENTE
Investigadores de
Coimbra foram
distinguidos pela
Fundação Gulbenkian
João Calmeiro e João Vareda,
investigadores da Universidade de
Coimbra (UC), vão receber da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG),
Bolsas de Estímulo à Investigação
no valor de 12.500 euros cada,
pelos estudos na área da saúde e
do ambiente.
João Calmeiro, do Centro de
Neurociências e Biologia Celular
(CNC), investiga a ‘canalrodopsina-2’, uma proteína importante que poderá ser utilizada como
ferramenta contra a cegueira causada por degeneração da retina.
Esta patologia afeta mundialmente
mais de 15 milhões de pessoas).
Algumas doenças provocam a
cegueira através da perda específica dos neurónios da retina que
são sensíveis à luz. No entanto, outros neurónios, que normalmente
não respondem à luz, sobrevivem
e podem recuperar a função da visão através de técnicas de optogenética, explica uma nota divulgada pela UC.
João Peça, investigador do
CNC e orientador da investigação realizada por João Calmeiro,
explica que a investigação “procura conferir capacidade de resposta à luz, aos neurónios da retina que não têm essa capacidade
naturalmente”.
“O projeto visa alterar as propriedades de absorção de luz da
proteína ‘canalrodopsina-2’, que
naturalmente responde apenas à
luz de cor azul, e criar novas variantes que absorvem e respondem
à luz de outras cores”, acrescenta
João Calmeiro.
Já a investigação de João Va-
reda, a ser realizada no Centro de
Investigação dos Processos Químicos e Produtos da Floresta da Faculdade de Ciências e Tecnologia
da UC, centra-se no desenvolvimento de um aerogel à base de Sílica para remediação de solos contaminados com metais pesados.
O cientista explica que, partindo das propriedades que potenciam a utilização dos aerogéis à
base de sílica, e, modificando-os
para tal, pretende “gerar um novo
aerogel que seja capaz de remover dos solos um conjunto de seis
metais pesados em simultâneo,
nomeadamente cádmio, chumbo,
zinco, níquel, cobre e crómio”.
Estes metais pesados, esclarece, “são os que mais poluem os solos ibéricos”. “Têm origem na poluição atmosférica e na atividade
humana e podem ser arrastados
pela água das chuvas, sendo este
problema ambiental mais relevante quando se trata de solos agrícolas”, alerta o investigador.
Sobre o prémio que vão receber no próximo dia 9 de março,
ambos destacam o facto de reconhecer o trabalho que estão a
desenvolver.
João Calmeiro diz ser “um enorme orgulho” receber o prémio de
uma instituição prestigiada como a
FCG, acrescentando que “reconhece e valoriza também a originalidade que pauta o tema deste projeto,
reforçando o elevado potencial que
a biotecnologia e combinação de
optogenética com neurociências
representam na comunidade científica”.Também João Vareda refere
que a distinção da FCG “reconhe-
ce a originalidade de uma ideia e
a sua aproximação a uma aplicação final, que poderá resolver um
grave problema ambiental”.
“Dentro de um ano conto ter
um aerogel capaz de remover metais pesados dos solos ibéricos”,
conclui o investigador, cujo trabalho é orientado pela docente Luísa Durães.
O Programa Estímulo à Investigação da FCG distingue anualmente propostas de investigação
em Matemática, Física, Química
e Ciências da Terra e do Espaço,
apoiando a sua execução em centros de investigação portugueses.
O prémio destina-se a investigadores com idade inferior a 26
anos, contemplando o investigador e a instituição onde o projeto
é realizado.
MIGUEL SOARES E JOSÉ CUNHA-VAZ RECEBERAM 40 MIL EUROS DIVIDIDOS ENTRE OS DOIS TRABALHOS
Trabalhos sobre tratamento de malária e inovação em
diagnóstico oftalmológico foram premiados
A utilização do sistema imunitário como tratamento para travar
a infeção por malária e um novo
método que revoluciona diagnóstico de doenças da retina, aplicável a 90% dos casos, foram os
vencedores dos Prémios Pfizer
2015, atribuídos pela biofarmacêutica em parceria com a Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa (SCML).
Os prémios valorizam dois trabalhos na área da investigação clínica e básica, desenvolvidas por
investigadores portugueses, no total de 40 mil euros, igualmente
divididos entre os dois trabalhos.
“Os Prémios Pfizer têm como
objetivo distinguir o melhor trabalho de investigação básica e clínica em ciências da saúde, sendo que este ano foi o terceiro ano
mais concorrido das 59 edições,
com cerca de 70 trabalhos”, informa uma nota divulgada pela
farmacêutica.
Este ano, as investigações
vencedoras apresentaram traba-
lhos relacionados com o combate
à malária através do próprio sistema imunitário e uma técnica inovadora de diagnóstico de doentes
com retinopatia diabética.
A utilização do sistema imunitário no combate à proliferação
da malária está a ser desenvolvida por Miguel Soares, investigador
principal deste trabalho no Instituto Gulbenkian de Ciência, e a
sua equipa, como resposta imunológica contra a transmissão da
malária.
Os investigadores descobriram
que componentes específicos das
bactérias residentes no intestino
conseguem induzir a produção de
anticorpos naturais contra o Plasmodium, parasita que causa a malária, conferindo proteção contra
esta doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde, houve
214 milhões de casos de malária
reportados em 2015.
Já o método de diagnóstico
para a retinopatia diabética está a
ser desenvolvido por José Cunha-
-Vaz, investigador da Associação
para a Investigação Biomédica e
Inovação em Luz e Imagem, pretende uma melhoria significativa
do diagnóstico de doenças na retina, tais como a retinopatia diabética e doenças vasculares da retina, e em que é necessário recorrer
à injeção de fluoresceína (um líquido de cor que cria contraste na
retina) e que tem efeitos secundários como a possível reacção alérgica e pode ainda, em casos muito raros, provocar a morte.
Esta evolução possibilita a
análise e diagnóstico detalhado
por parte de pessoas com doenças nas retinas, sem necessidade
de recurso à injeção de substância de contraste.
De acordo com a Federação Internacional da Diabetes, o número de pessoas com diabetes a nível
mundial vai aumentar de 387 milhões em 2014 para 592 milhões
de pessoas em 2035.
A retinopatia diabética é uma
das doenças associadas à diabe-
tes e uma das maiores causas de
perda de visão. “Este novo método, não invasivo, permite monitorizar eficazmente e com a frequência que for considerada desejável,
as alterações na retina.
Com esta inovação acessível
a todos os centros especializados
em oftalmologia é possível que
90% das pessoas que precisam de
se submeter a este exame, não necessitem de usar a injeção de contraste” afirma José Cunha-Vaz, citado na mesma nota de imprensa.
Reconhecida como a mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal, os Prémios
Pfizer datam de 1956 e, ao longo de seis décadas de existência, já premiaram mais de 500
investigadores.
No passado, já receberam esta
distinção reputados cientistas portugueses como João Lobo Antunes, António Damásio, Alexandre Castro Caldas, Miguel Castelo
Branco, Bruno da Silva Santos,
Moisés Mallo entre tantos outros.
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p.40
MÚSICA
5 DE FEVEREIRO DE 2016
FADO
FADO
Camané vai atuar em fevereiro no Irão e na
África do Sul
O fadista Camané vai atuar no
Irão e na África do Sul, onde vai
apresentar o seu mais recente álbum, “Infinito presente” e outros
sucessos de uma carreira com
cerca de 35 anos.
No dia 15 de fevereiro o fadista vai subir ao palco do Fajr International Music Festival, a decorrer na Tehran Milad Tower, na
capital iraniana.
Esta será a estreia de Cama-
né em territórtio da República Islâmica do Irão.
Quatro dias depois, mais precisamente a 19, Camané sobe
ao palco do Marcellus Theatre,
no Emperors Palace Casino, em
Joana Amendoeira em
digressão na Áustria
Joanesburgo, na África do Sul.
Camané vai ser acompanhado
pelos músicos José Manuel Neto,
na guitarra portuguesa, Carlos
Manuel Proença, na viola, e Paulo Paz, no contrabaixo.
FESTIVAL NORTE-AMERICANO
Portugueses Holy Nothing levam “Hypertext” ao
festival norte-americano SXSW
le cunho positivo que é saberes que
foste selecionado, de entre vários
projetos de todo o mundo, e sentires que pode haver algo especial
associado ao que tu fazes”.
“Diretamente do Porto, Portugal, este trio de música eletrónica
viaja fundo na exploração e experimentação do que um laboratório
cheio de sintetizadores e ‘grooveboxes’ consegue produzir. Ao misturar ritmos tropicais com ‘vocoders’ industriais ou mergulhando
batidas dançáveis em ambientes
hipnóticos, tudo parece possível e
inesperado na linguagem hipertextual desta banda”, escreve o festival SXSW na sua página.
Pedro Rodrigues salienta a ideia
de “experimentação e de pesquisa”
e de uma sala de ensaios que “é
verdadeiramente um laboratório”,
onde a criação “é uma questão de
falhas e de tentativa-erro”.
Em setembro do ano passado os Holy Nothing lançaram “Hypertext”, o primeiro disco do grupo, misturado por Rui Maia (dos
X-Wife), numa edição Cultura Fnac
e Turbina, que o guitarrista Samuel
Gonçalves classifica como “uma
metáfora mais ou menos direta: hipertexto enquanto texto com muitas hiperligações”.
“No fundo, o nosso texto acaba por ser o disco. É um disco com
muitas referências e com um processo de criação que vai beber a
muitos sítios diferentes”, disse Samuel Gonçalves.
Pedro Rodrigues acrescenta que
têm “comprovado” que “Hypertext”
“vem muito mais daquele trabalho
presencial em sala de ensaios enquanto o EP ‘Boundaries’ resultava
das maquetes que tinham surgido
em partilha de temas na Dropbox,
enquanto [estavam] todos em sítios
diferentes do globo”.
A banda, que costuma dizer
que é constituída por “um músico [Nelson Silva] e dois arquitetos
[Pedro Rodrigues e Samuel Gonçalves]”, arrancou quando Nelson Silva estava no Porto, Pedro Rodrigues
na Holanda e Samuel Gonçalves no
Chile, o que significava que o trabalho era feito através do computador e da partilha no sistema de
armazenamento digital Dropbox, o
que já não sucede agora que estão
os três no Porto.
A banda faz questão de trabalhar a música em conjunto com as
artes visuais, algo mais presente
nos espetáculos ao vivo, recorrendo
para isso aos criativos Bruno Albuquerque (autor da capa do disco),
João Pessegueiro e Rui Monteiro.
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FOTOGRAFIA JOSÉ FRADE
A banda portuguesa Holy Nothing vai marcar presença, em
março, no festival norte-americano
South by Southwest (SXSW), levando o álbum de estreia “Hypertext”, naquela que vai ser a “primeira real experiência” do grupo no
estrangeiro.
“Ficámos um bocado extasiados. Tentámos ver a veracidade
do ‘email’”, disse, entre risos, Pedro Rodrigues, um dos três membros da banda, quando questionados sobre como tinham recebido a
notícia de que iam a Austin, de 15
a 20 de março.
O teclista Nelson Silva confirma que ficaram “super-satisfeitos”,
não apenas pelo facto de se tratar
dos Estados Unidos, mas também
a nível da “concretização como músico”, uma ideia que Pedro Rodrigues subscreve: “Há sempre aque-
A fadista Joana Amendoeira, em vésperas de apresentar um
novo álbum, “Muito depois”, atua
em três palcos austríacos, acompanhada pelos músicos Pedro Amendoeira, na guitarra portuguesa, Rogério Ferreira, na viola, e Carlos
Menezes, na viola baixo.
A fadista subiu ao palco da Forsterschule, em Bruck an der Mur, na
Estíria, no centro da Áustria.
No dia 4 atua em Salzhof, em
Freistadt, na região da Alta Áustria, e, finalmente, no Centro Cultural de Stainach, novamente na
Estíria, afirma comunicado da sua
produtora.
O novo disco de Joana Amendoeira é editado no dia 5 de fevereiro, e conta com dois temas extra,
assinados por Tiago Torres da Silva, autor de oito dos 14 que constituem o alinhamento.
ALCOBAÇA
Carlos Mendes a
celebrar 50 anos de
carreira
O músico e cantor Carlos Mendes, que no ano passado celebrou
50 anos de carreira artística e começou no grupo Sheiks em 1963,
atuou no Teatro João d’Oliva Monteiro, em Alcobaça.
“Amélia dos olhos doces”,
“Ruas de Lisboa” e “A festa da
vida”, em versões de voz e piano,
são algumas das canções que apresentou no palco de Alcobaça, anunciou a sua produtora.
O espetáculo, intitulado “A festa da vida”, é “intimista, em que o
público é convidado a partilhar, de
forma sincera, a sua vida repleta
de histórias, de risos e celebrações
que marcaram, inevitavelmente,
a música portuguesa”, segundo a
mesma fonte.
Carlos Mendes representou por
duas vezes Portugal no Festival Eurovisão da Canção, com “Verão”,
em 1968, e, em 1972, com “A
festa da vida”. Em 2014, o músico recebeu a Medalha de Honra da
Sociedade Portuguesa de Autores.
MÚSICA
5 DE FEVEREIRODE 2016W
p.41
ARTISTA PORTUENSE LANÇOU O PRIMEIRO ÁLBUM E PREPARA-SE PARA PISAR OS PRIMEIROS PALCOS
Koa defende uma aliança entre ouvido e olhar
Koa vem do Porto e quer revolucionar o mundo da música nacional, que afirma estar contaminado com a presença masculina. Licenciada em Design de Interiores, foi na etapa da profissionalização que sentiu que só a música a conseguia
satisfazer plenamente. Este foi o ano de lançamento do seu primeiro álbum, KOA, e o ano em que pisou o seu primeiro
palco como artista a solo, no festival Marés Vivas, em julho. O Hard Club, no Porto, vai ser a sua próxima casa.
À primeira vista ninguém o diria, mas por
trás de Koa está “uma pessoa muito simples”,
segundo o que referiu ao Mundo Português a
artista portuguesa.
PRIMEIRO ÁLBUM É AUTOINTITULADO
Na primavera-verão de 2015 lançou
“Koa”, o seu primeiro álbum, cujos acabamentos foram levados a cabo por uma equipa
que trabalhou com grandes nomes da cena
mundial, como Sam Smith, Jessie J, Beyoncé ou Ariana Grande. O disco, “muito virado
para o Pop e o R&B”, é composto por temas
“mais fortes” e outros “mais românticos”, que
ainda estão por lançar.
A ESTREIA NO MARÉS VIVAS
O lançamento de Koa nos grandes palcos
deu-se em julho de 2015, no Festival Marés
Vivas, em Vila Nova de Gaia, um mês depois
de ter nascido o álbum. “Eles viram o meu
trabalho, gostaram, e surgiu a possibilidade
de subir ao Palco Jogos Santa Casa [naquele
Rita Carmo ©
DO DESIGN DE INTERIORES À MÚSICA
Portuense de gema, Koa relembrou que
a sua paixão já a acompanha desde a infância. Estudou música e sempre ouviu, da parte
dos seus professores, que “havia alguma coisa de diferente” no seu percurso. Aprendeu a
tocar vários instrumentos, teve contacto com
toda a formalidade musical, mas licenciou-se em Design de Interiores. No final do curso, já durante o estágio, percebeu que não
era aquilo que queria e decidiu voltar àquilo
que realmente a preenchia: a música. Cresceu no mundo do espetáculo, foi a voz de algumas bandas de garagem e teve, antes de
se lançar como Koa, a oportunidade de pisar
alguns palcos com estes seus pequenos projetos. “Feminista e teimosa”, como a própria
cantora se rotula, não tem medo “de levantar
a voz” e defende um percurso menos obstaculizado para as mulheres que queiram singrar em mundos como o do espetáculo.
festival]”, contou a cantora.
Abriu o concerto do rapper português
Jimmy P no certame e não escondeu que
o público a recebeu de um modo caloroso,
apesar de ainda não conhecerem o seu trabalho. “Mexiam-se, batiam palmas, tentavam
acompanhar apesar de não saberem as músicas”, acrescentou a artista.
KOA ESTÁ ABERTA A COLABORAÇÕES
Jimmy P já participou no single de Koa,
“Bit My Hook”. Segundo a cantora, foi uma
parceria “que trouxe um brilho que estava a
faltar ao tema”. “Foi juntar o útil ao agradável”, afirmou. Novas colaborações estão na
mira da artista, mas ainda estão em fase de
estudo.
O PRÓXIMO PASSO É DAR A CONHECER
O TRABALHO
Koa subiu ao palco do Hard Club, no Porto, a 7 de dezembro, para dar a conhecer o
seu álbum e a sua identidade enquanto artista. Segundo a cantora, “estão a aparecer
muitos rapazes” no panorama musical português. “A presença feminina é uma falha no
mercado”, acrescentou. É a cara, assim, de
um trabalho que promete “muita dança, muita cor, muitas novidades e brincadeiras durante o concerto”. Koa quer afirmar-se como
“um complemento ao olhar” e fornecer ao
espetador um pacote que satisfaça todos os
seus sentidos.
A artista portuguesa Koa já tem dois videoclips a circular pela Internet. No primeiro, do tema “Stand Up”,
a cantora apareceu coberta exclusivamente por pinturas corporais. O segundo single, partilhado com o rapper português Jimmy P, também já tem vídeo desde
19 de outubro: sensualidade é a chave-mestra desta
produção. O passo seguinte? Dar a conhecer o projeto a um público cada vez mais alargado.
Fotografias: Rita Carmo
p.42
BOA MESA
5 DE FEVEREIRO DE 2016
Culinária
CARNE
Feijoada à Portuguesa
PORQUE SABE SEMPRE BEM...
Chá verde com abacaxi e salsa
INGREDIENTES
½ litro de chá verde, 5 ramos de salsa picados, 2 chávenas de
abacaxi moído, açucar/adoçante q.b.
PREPARAÇÃO
Deite o chá verde numa forma para fazer gelo e leve ao
congelador até gelar. Coloque no liquidificador a salsa,
juntamente com água, e bata durante 1 minuto. De seguida
filtre a água e acrescente o chá gelado, adicionando o abacaxi e
o açucar ou adoçante. Mexa até dissolver e sirva.
PEIXE
Massada de tamboril
INGREDIENTES
1 Kg de feijão vermelho seco demolhado de véspera
2 farinheiras
1 chouriço de carne
1 morcela de cozer
Meio chispe salgado de véspera
400g de entrecosto salgado de
véspera
400g de entremeada salgada de
véspera
300g de cabeça de porco salgada de
véspera
1 orelha de porco salgada de véspera
2 cebolas
4 cravinhos
Tomate pelado
Folhas de louro q.b.
Cenoura
Azeite
PREPARAÇÃO
Coloque água numa panela e
deixe ao lume até ferver, juntando-lhe um pouco de sal.
De seguida acrescente o feijão,
o chispe, o entrecosto, a entremeada, a orelha de porco, a cabeça de
porco, o chouriço e a morcela. Junte também uma cebola cortada a
meio, com os cravinhos espetados. Deixe cozer durante, aproximadamente, 40 minutos em lume
médio/alto.
Passados os 40 minutos apague o lume e retire as carnes para
uma travessa à parte, de modo a
permitir que as mesmas arrefeçam
de forma natural.
Para dentro de um tacho retire o caldo do feijão, numa quantidade suficiente para cobrir as farinheiras. Em seguida, pique-as com
um palito ou um garfo, coloque no
tacho com o caldo e leve ao lume
durante, aproximadamente, 15
minutos.
Enquanto aguarda que as farinheiras cozam, vá cortando as carnes em pedaços e os enchidos às
rodelas, deixando de lado a morcela, colocando-a num recipiente.
Depois de cozidas, retire as farinheiras e coloque-as num recipiente à parte, por exemplo no mesmo
que a morcela.
Numa outra panela faça um refogado com o azeite, a cebola picada e as folhas de louro. Vá mexendo
os ingredientes até a cebola dourar
ou até achar necessário. Junte ao
refogado o tomate pelado e as rodelas de cenoura e deixe cozinhar
durante, aproximadamente, 10 minutos em lume brando.
Seguidamente junte as carnes atenção que nestas não se incluem
a morcela e as farinheiras - e mexa
durante 2 minutos. Acrescente o
feijão, depois de escorrido, e mexa
até tudo se envolver.
Junte o caldo de cozer as farinheiras e, se necessário, junte
um pouco mais do caldo da cozedura do feijão. Deixe cozinhar durante, aproximadamente, 10 minutos até os ingredientes ficarem
tenros e o molho ganhar o gosto
dos temperos.
Entretanto corte as farinheiras
em rodelas e reserve.
Desligado o lume da feijoada
deixe a panela repousar, não retirando a tampa, permitindo que o
comer apure.
No final, acrescente à feijoada
as rodelas de farinheira e a morcela. Pode optar ainda por complementar a refeição com uma dose
de arroz branco, servida num recipiente à parte.
INGREDIENTES
2 dentes de alho
1 colher de coentros picados
Sal q.b.
1 cebola grande
1dl de azeite
1/2 pimento verde
1/2 pimento vermelho
2 tomates picados
1 colher de polpa de tomate
800g de tamboril
300 g de miolo de camarão
1dl de vinho branco
2dl de água
200g de massa cotovelo
PREPARAÇÃO
Numa panela faça um refogado
com o azeite e o alho picado e, de
seguida, junte os pimentos, cortados em cubos cubos. Adicione o tomate, sem pele e sem sementes, e
a polpa de tomate. De seguida envolva e misture o peixe, cortado aos
pedaços, e os camarões.
Tempere com sal, refresque
com o vinho e deixe cozinhar durante dois minutos.
Retire o peixe e os camarões e
reserve.
Adicione a água ao refogado e,
assim que ferver, coloque a massa
e deixe cozer durante dez minutos,
em lume brando.
Junte novamente os camarões
e o peixe e deixe ferver cerca de
dois minutos. Misture os coentros,
recitifique os temperos e sirva a
massada.
e coloque-as de pé num tabuleiro
fundo e próprio para ir ao forno.
Coloque um pau de canela em
cada maçã, no lugar do caroço.
Encha o centro de cada maçã
com açúcar, deixando-o transbordar um pouco, ficando algum excesso no topo da mesma.
Por fim, regue cada maçã com
um pouco de Vinho do Porto e leve
o tabuleiro ao forno durante, aproximadamente, 20 minutos.
Deverá acompanhar o processo para assegurar que as maças
não se desfazem. Retire-as quando
abrirem pequenos golpes na casca
e, de preferência, enquando ainda
estiverem um pouco rijas.
SOBREMESA
Maçã assada
INGREDIENTES
6 maçãs reinetas
6 paus de canela
Açúcar amarelo q.b.
Vnho do Porto q.b.
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno a 175º C.
Retire os caroços das maçãs
SAÚDE
5 DE JANEIRO DE 2016
p. 43
A MUSICOTERAPIA E OS SEUS BENEFÍCIOS
Música para os seus ouvidos e para o seu bem-estar
A música é algo mais do que apenas um lazer. Também pode ser utilizado como terapia na cura e recuperação de doenças, preparação de
intervenções invasivas, acalmar e promover a inteligência.
A música existe desde o primórdio dos tempos, sendo utilizada em inúmeras circunstancias, tais como para relaxar, trabalhar, enfrentar o trânsito, namorar, curar, partilhar emoções.
Desde o Alasca à Austrália, a música é utilizada nas sociedades, modificando com base
na cultura e era em que se encontra. Mas será
que a música tem algum impacto no processo
de saúde-doença de uma pessoa? Será que a
pode ajudar a enfrentar problemas ou mesmo
a curar? Foram feitos vários estudos e investigações sobre esta temática e as descobertas foram surpreendentes.
Os primeiros indícios de que a música foi
utilizada para fins terapêuticos são da época dos
faraós, no Egipto, onde a música era utilizada
como encantamento, influenciando a fertilidade das mulheres. Já Aristóteles afirmava que a
música ajudava a controlar as emoções incontroláveis. Atualmente a música tem outros fins
terapêuticos, sendo utilizada em quase todos os
setores da saúde, desde os fetos aos idosos; de
doenças cardiovasculares a doenças mentais.
Nas doenças cardiovasculares, a musicoterapia é utilizada para ajudar os doentes a relaxarem e conseguirem ter uma melhor perceção
da doença e das recomendações que os profissionais de saúde fornecem. Mais especificamente, na hipertensão arterial, a musicoterapia
pode ser utilizada para ajudar a pessoa a relaxar
e, consequentemente, equilibrar os seus valores
de tensão arterial.
Por outro lado, no tratamento do cancro, a
musicoterapia pode ser utilizada para a preparação de intervenções dolorosas ou desconfortáveis, como é o caso da quimioterapia. Nestes casos a música é responsável por acalmar
a pessoa, animá-la e ajudar a partilhar emoções ou medos.
Existem estudos que comprovam que a música ouvida pelos fetos pode influenciar o seu
futuro. Fetos que dentro da barriga da mãe ouviam música calma, quando nasciam e ficavam
mais agitados, após a mãe colocar a música
que ouvia no espaço intrauterino, o recém-nascido acalmava. Nos idosos, a musicoterapia
está cada vez mais presente, seja para os problemas de saúde mental (Alzheimer ou Parkinson) como apenas estímulos para o seu desenvolvimento. A musicoterapia nos idosos ajuda
no restabelecimento do ritmo da marcha (ritmos
da musica), estimulação da marcha (canto), au-
mento da criatividade (criação e memorização
de músicas), aumento da força corporal (ritmo
da musica para estimular movimentos) e diminuição dos sintomas da depressão (convívio social e expressão de sentimentos).
Mozart, Wagner, Maria Callas entre outros
são os embaixadores da chamada inteligência
musical. Esta inteligência é aquela que promove
a capacidade de o ser humano captar sons de
forma organizada, de os processar e de se envolver em experiências musicais. O contacto com
a música irá contribuir para um melhor funcionamento psicológico, nomeadamente do ponto
de vista neuropsicológico intelectual, emocional
e social. A musicoterapia estimula a criatividade
e a inteligência, sendo por isso importante pro-
mover uma cultura musical nas crianças desde
cedo. “Quem canta seus males espanta”, dito
popular português, de Zélia Duncan. A música
tem estes benefícios, consegue acalmar, ajudar no controle da frequência cardíaca e respiratória, e ainda diminuir a ansiedade. Em pessoas com depressão ou ansiedade generalizada
a música é uma forma de conseguirem recuperar e controlar estas doenças.
O som de palavras ou da música possui
uma energia própria, levando à expressão de
diversos sentimentos, negativos ou positivos.
A música é algo essencial à vida do Homem, devemos procurar aproveitar todos os
seus benefícios e, assim, promover a nossa
saúde.
p.44
HORÓSCOPO
SIGNO DA ÉPOCA
AQUÁRIO
5 DE FEVEREIRO DE 2016
Os aquarianos são inovadores e têm uma boa relação com as pessoas em geral. Têm um espírito irrequieto e defendem a liberdade e a espontaneidade. Gostam de trabalhar em
grupo e acreditam no potencial de cada individuo mas não são pessoas muito emotivas. São racionais mas ao mesmo tempo são visionários e estão quase sempre focados no futuro, debochando do passado e ignorando o presente. Na mitologia, o signo é representado ora por um jovem, ora por um velho. Ambos trazem uma ânfora cheia d’água, que derramam ao solo. O inconsciente flui através de suas mãos, tornando-o instrumento para a busca de soluções originais e descobertas transformadoras.
21 jan a 19 fev.
CARNEIRO
21 mar. a 20 abr.
José Peseiro
(04.04.1960)
TOURO
Carlos Morais
(14.05.1960)
GÉMEOS
Paulo Bento
(20.06.1969)
CARANGUEJO
Pedro Santana Lopes
(29.06.1956)
LEÃO
Nicolau Breyner
(30.07.1940)
VIRGEM
Paulo Sousa
(30.08.1970)
21 abr. a 21
22 mai. a 21 jun.
21 jun. a 23 jul.
24 jul. a 23 ago.
24 ago. a 23 set.
Tudo o que envolva contactos
e movimento no mundo do
trabalho sairá beneficiado. É
um bom período para comunicar uma ideia, apresentar um
projecto, conquistar um apoio.
Para tal, procure estar bem documentado.
Período de risco para conflitos
conjugais ou laborais. Se der
alguma atenção a pormenores,
evitará situações desagradáveis
e utilizará, de uma forma positiva, a energia que Marte agora
lhe oferece. Tenha cuidado nas
suas acções.
Nesta semana encontrará dentro de si forças das quais não
tinha consciência. Os poderes
sobrenaturais e o lado oculto da
vida, são áreas que lhe despertarão a curiosidade e interesse.
Período de algum pessimismo e
fatalismo.
Está num período de grande
actividade física que é favorável ao início de novos projectos.
Sente confiança em si mesmo.
Poderá ter tendência para avançar sem reparar nos obstáculos.
Deve respeitar os direitos dos
outros e evitar ser autoritário.
Sente neste momento que consegue trabalhar de forma mais
rentável, eficiente e ordenada.
Poderá ter de fazer pequenas
viagens no âmbito da sua profissão que lhe irão trazer benefícios. É possível que se sinta
insatisfeito.
Está com grande capacidade de
afirmar a sua posição, de explicar e pôr de forma clara os seus
objectivos. Tem tendência para
ser demasiado sincero e por
vezes agressivo no modo como
se exprime. Tem dificuldade de
ouvir os outros.
BALANÇA
ESCORPIÃO
SAGITÁRIO
CAPRICÓRNIO
AQUÁRIO
PEIXES
Assunção Cristas
(28.09.1974)
Raquel Strada
(07.11.1986)
Ana Sofia Martins
(29.11.1986)
Carolina Torres
(08.01.1989)
Rui Sinel de Cordes
(13.02.1980)
Pedro Barroso
(15.03.1986)
24 set. a 23 out.
24 out. a 22 nov.
23 nov. a 21 dez.
22 dez. a 20 jan.
21 jan. a 19
20 fev. a 20 mar.
Este é um período em que a
introspecção e a análise serão
uma boa maneira para encontrar respostas no domínio dos
sentimentos e emoções. Neste
momento exprime de forma
sensível e com profundidade
aquilo que sente.
Sente-se com grande capacidade de iniciativa e com grande
desejo de começar coisas novas. Sente-se atraído por tudo
o que envolva conquista, luta
ou mesmo algum risco. Poderá
surgir uma paixão repentina por
uma pessoa.
Neste período verá aumentada
a sua capacidade de negociação, ou simplesmente a capacidade de apresentar ideias,
através das quais poderá tentar
melhorar as suas condições de
trabalho ou financeiras. Esta é,
uma boa fase para cuidar de si.
Aproveite estes dias para mudar
a sua rotina quotidiana e para
desenvolver novas actividades.
Intuição e novas ideias vão ajudá-lo a atingir mais facilmente
os seus objectivos. Nesta altura
a sua relação com os outros é
benéfica para si.
Vai encontrar as soluções de
que precisa dentro de si. A meditação e a espiritualidade vão
ajudá-lo a planificar a vida e a
conhecer-se melhor, mas não se
feche demasiado, inconscientemente poderá estar a fugir da
realidade.
Poderá ter alguma tendência,
nesta fase, para impor aos outros as suas crenças religiosas
ou a sua maneira de ver a vida.
Lembre-se de que cada pessoa
tem o direito de se orientar pelas suas próprias ideias. Tenha
em atenção os asuntos fiscais.
Sudoku
Dependendo do nível de dificuldade, o objetivo é completar os quadrados em falta com números de 1
a 9. Há, no entanto, três regras a
respeitar: o mesmo número não se
pode repetir nem na linha horizontal, nem na linha vertical, nem no
mesmo quadrado.
À Descoberta De Portugal
Pulo do Lobo, Mértola
SOLUÇÕES
Pulo do Lobo é a maior queda de água do sul de Portugal e
fica situada no rio Guadiana, a
montante de Mértola.
As águas caem e envoltas
num mar de espuma branca
descem por entre as rochas desagoando num lago.
As margens desta queda de
água são tão apertadas que, segundo a lenda, até um lobo conseguiria transpor de um só sal-
to. Daí o nome de Pulo do Lobo.
A paisagem de Pulo de Lobo
é magnífica, o leito do rio após a
queda de água, encontra-se todo
exposto, em rocha por entre a
qual serpenteia o rio Guadiana.
Miradouros
Palavras Cruzadas
Miradouro Pérgola da Foz, Porto
Horizontais:
4. Conjunto de frutas (ex:uvas);
6. Grupo de mercadores ou viajantes que seguem juntos; 9.
Conjunto de canções ou composições poéticas, com afinidades temáticas ou formais; 10.
Grupo de cães; 11. Conjunto de
poesias narrativas, de tipo tradicional; 12. Bando de ladrões ou
malfeitores
Verticais:
SOLUÇÕES
Horizontais:
4. CACHO; 6. CARAVANA; 8. CORO; 9. CANCIONEIRO; 10. MATILHA; 11. ROMANCEIRO; 12. QUADRILHA
Verticais:
1. FROTA; 2. BANDA; 3. ELENCO; 5. CÁFILA; 7. ALCATEIA
1. Conjunto de navios, aviões ou
veículos de um país ou de uma
companhia; 2. Grupo de músicos que tocam em conjunto; 3.
Conjunto de artistas que entram
num filme ou numa peça de teatro; 5. Conjunto de camelos ou
dromedários; 7. Conjunto de lobos. 8. Grupo de pessoas que
cantam juntas;
O Miradouro da Pérgola da
Foz é um local romântico à beira mar, ladeado por um pequeno jardim ideal para apreciar o
o pôr do sol.
Este Miradouro é uma das
imagens mais associadas à Foz
do Douro, sendo um dos ex libris mais emblemáticos da célebre cidade do Porto.
Conhecida como a mais bonita varanda para a foz do rio
Douro, este é um local a visitar
onde pode observar as muitas
cores do céu, as sombras das
colunas refletidas no chão e ainda os diferentes tons de azul enlaçados pelo rio e pelo mar.
PARABÉNS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
Parabéns a você
JAN
30
Soares Manuel
Encamp
Dia da Não Violência
FEV
Nuno Aguiar
Stansted
Rito Raphael
Saint Georges
D'oleron
Rodrigues Joaquim
Colmar
Rodrigues Luis
Frankfurt
Sa Fatima
Levallois Perret
JAN
31
Andorra
Inglaterra
França
França
Alemanha
França
Dia da Solidariedade
Acacio Marques
Rio De Janeiro
Adriano Neves
Thiviers
Altair Ribeiro
Rio De Janeiro
Anita Silva
Rio De Janeiro
Avelino Martins
Sao Paulo
Baptista Manuel
Cergy
Carlos Valente
Rio De Janeiro
Edith Martins
Marseille
Ferreira Ilidio
St. Brelade
Gomes Jose
Encamp
Iracy Souza
Rio De Janeiro
Jose Freire
Vernier
Jose Magalhaes
Lyon
Lisat Vieira
Rio De Janeiro
Luis Madeira
Corsier
Manuel Alves
Perros Guirec
Manuel Amaral
Ecully
Maria Rocha
L'isle Adam
Marina Ribeiro
Stuttgart
Mario Neves
Martignas
Rodrigues Antonio
La Varenne
Silverio Martins
Clermont Ferrand
Simone Souto
Recife
Brasil
França
Brasil
Brasil
Brasil
França
Brasil
França
Jersey C.I
Andorra
Brasil
Suíça
França
Brasil
Suíça
França
França
França
Alemanha
França
França
França
Brasil
1
Criação da Academia
da Força Aérea
Portuguesa
Aires Ferreira
Champigny Sur Marne
Alfredo Jorge
Waibstadt
Antonio Branco
Bale
Antonio Esteves
Yakima
Antonio Martinho
Rio De Janeiro
Antonio Paz
Sao Paulo
Armindo Silva
Belo Horizonte
Augusto Coxo
Rio De Janeiro
Celestino Santos
Campinas
Costa Joana
St. Brieuc
Delmar Rosado
Camaragibe
Fernandes Manuel
Ampreville De Minoie
Fernando Candido
Rio De Janeiro
Ferreira Jose
Caluire
Francisco Alonso
Munchen
Francisco Mesquita
Stein Am Rhein
Francisco Valle
Rio De Janeiro
Horacio Correia
Antony
Ildefonso Carvalho
Vitry Sur Seine
Isabel Mendes
Rio De Janeiro
Joao Cardeira
Chavannes-pres-renens
Joaquim Calado
Veynes
Joaquim Dias
Renens
Joaquim Pinho
Rio De Janeiro
Jose Ribeiro
.
Jose Rufino
Praia Grande
Jose Toste
.
Leticia Souza
Niteroi
Luis Duarte
Cressier
Manuel Ferreira
Paris
França
Alemanha
Suíça
U.S.A.
p.45
A EMIGRAÇÃO VISTA PELO CARTOON DO ZÉ MANEL(publicado originalmente em 1970)
O desejo de emigrar por parte dos jovens não é recente. Já em 1970 se encontravam
alguns jovens a procurar a emigração e, algumas vezes, até crianças...
Marcelo Gomes
Macae
Maria Pedra
Lake Ronkonkoma
Pedro Salgueirinho
Vista Alegre - Rj
Raul Botelho
Rio De Janeiro
Sapeta, Jose
St. Helier
Silva Alberto
Evry
Stefanie Goncalves
Aarburg
Trindade Agostinho
Petange
Brasil
U.S.A.
Brasil
Brasil
Jersey C.I
França
Suíça
Luxemburgo
Brasil
Brasil
Brasil
FEV
2
Dia de Nossa Senhora
da Luz
Brasil
Alvaro Almeida
Brasil
Recife
Americo Dias
Penapolis
Brasil
Antonio Florindo
Dili
Timor Lorosae
Antonio Lopes
Villejuis
França
Antonio Rodrigues
Etampes
França
Antonio Rodrigues
Etampes
França
Armando Albuquerque
Elsene
Bélgica
Augusto Pinto
Bad Neuenahr-ahrweiler Alemanha
Carlos Pinheiro
York
Canadá
Dias Manuel
Bessancourt
França
França
França
Brasil
Brasil
França
Brasil
França
Brasil
França
Alemanha
Suíça
França
Brasil
Suíça
França
Suíça
Brasil
Brasil
Brasil
México
Brasil
Suíça
França
Domingos Dias
Rillieux-la-pape
Elga Marinho
Hamburg
Ernesto Silva
Mesquita - Rj
Euclides Santil
Rio De Janeiro
Firmino Lourenco
Rio De Janeiro
Gilberto Oliveira
Cotia
Isaura Pinho
Engenho Novo - Rj
Joao Freitas
Rio De Janeiro
Joaquim Ralha
Boecourt
Jose Ferreira
London
Jose Freitas
Caracas
Jose Gago
Comodoro Rivadavia
Jose Maia
Sallanches
Alemanha
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Suíça
Inglaterra
Venezuela
Argentina
França
JAN
Jose Martins
Sao Paulo
Julia Colmenero
Rio De Janeiro
Lima Luis
Remich
Manuel Goncalves
Niteroi
Manuel Lima
Sao Joao De Meriti
Manuel Queiroz
Nova Iguacu
Manuel Rodrigues
London
Maria Gouveia
St. Peter
Maria Silva
Rio De Janeiro
Moreira, Alexandre
Andorra La Vella
Rogerio Galante
Rio De Janeiro
Tereza Mota
Rio De Janeiro
Vasco Nunes
Minden
Vieira Guilherme
Saverne
Brasil
Brasil
Luxemburgo
Brasil
Brasil
Brasil
Inglaterra
Jersey C.I
Brasil
Andorra
Brasil
Brasil
Alemanha
França
FEV Tocado pela primeira
3
vez o Hino dos Açores
Alcino Almeida
Thiais
Alexandrina Rebeca
Hagen
Alfredo Afonso
Iguarassu
Alice Ferreira
Rio De Janeiro
Angela Almeida
Maracay - Ed. Aragua
Antonio Reis
St. Denis
Antonio Rodrigues
Rio De Janeiro
Antonio Santos
Rio De Janeiro
Arlindo Vidonho
Belem
Carolina Machado
Rio De Janeiro
Deysia Rodrigues
46 Bridge La
Fernandes Manuel
Santa Coloma
Francisco Casado
Toulouse
Joao Alves
Sao Paulo
Joaquim Nabais
Drancy
Jorge Oliveira
Saint Ouen
França
Alemanha
Brasil
Brasil
Venezuela
França
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Inglaterra
Andorra
França
Brasil
França
França
p.46
PARABÉNS
5 DE FEVEREIRO DE 2016
Parabéns a você
Julio Oliveira
França
Nanterre
Justino Loureiro
Rio De Janeiro
Brasil
Luciano Sousa
Frankfurt
Alemanha
Luis Loureiro
Rio De Janeiro
Brasil
Luis Quinta
Neuss
Alemanha
Magalhaes Armindo
Colmar
França
Manoel Fernandes
Niteroi
Brasil
Manuel Mota
Rio De Janeiro
Brasil
Maria Clemente
Rio De Janeiro
Brasil
Maria Pires
Rio De Janeiro
Brasil
Maria Silva
Andorra La Vella
Andorra
Painhas Manuel
Encamp
Andorra
Paixao
St. Helier
Jersey C.I
Rodrigues Manuel
La Massana
Andorra
Rogerio Reis
St Martin D'heres
França
Sebastiao Coelho
Marburg
Alemanha
Silva Manuel
Chalette
França
Virgilio Moniz
Dili
Timor Lorosae
FEV
4
Americo Canine
Curitiba
Antonio Costa
Sao Paulo
Antonio Ferreira
Schwelm
Antonio Fonseca
Paris
Antonio Pereira
Charenton Le Pont
Antonio Trindade
Laval
Carlos Fontes
Hericourt
Carlos Roque
London
Correia Reis
Clichy Sous Bois
Diamantino Ferreira
La Varenne
Ferreira Jose
Selestat
Francisco Carapinha
Sao Vicente
Gracelina Pereira
Dijon
Gravanita Carlos
Montreal
Joao Banza
Leicester
Jonathan Pellet
Les Pontins
Jose Castro
Yvre L'eveque-sarthe
Luis Alipio
Sannois
Manuel Souza
Rio De Janeiro
Margarida Campos
Rio De Janeiro
Mario Silva
Rio De Janeiro
Pereira Alfredo
Dusseldorf
Ricardo Fiuza
Belo Horizonte
Rocha Manuel
Yverdon-les-bains
Rosangela Nogueira
Rio De Janeiro
Ruivaco Jose
Vaulx-en-velin
Vieira Manuel
Escaldaes-engordany
FEV
5
Brasil
França
França
Andorra
Timor Lorosae
Brasil
Brasil
Alemanha
Brasil
Suíça
Brasil
França
Andorra
Dia de Santa Águeda
U.S.A.
Brasil
Brasil
Brasil
Alemanha
França
França
Canadá
França
Inglaterra
França
França
França
Cabo Verde
França
Canadá
França
Manuel Medeiros
Manteca Ca
Marco Teixeira
Bale
Brasil
Brasil
França
Brasil
FEV Coroação da Rainha
6
Brasil
Suíça
Suíça
França
Nelson Couto
Rio De Janeiro
Paulo Oliveira
Berck Plage
Virgina Fernandes
Andarai - Rj
França
Inglaterra
Brasil
Maria Freitas
Les Avenieres
Motel Raposo
Sao Paulo
Brasil
Antonio Horto
Overath
Alemanha
Antonio Pereira
Santos
Brasil
Antonio Santos
Montmorency
França
Avelino Conceicao
Houilles
França
Carlos Cunha
St. Maurice Sur Moselle
França
Claudia Silva
Rio De Janeiro
Brasil
Diogo Cunha
Arruffens
Suíça
Fernanda Angelina
Geneve
Suíça
Fernandes
St. Brelade
Jersey C.I
Horacio Santos
Triesen
Liechtenstein
Jaime Bento
Brasil
Rio De Janeiro
Joao Mauricio
Aarwangen
Suíça
Joaquim Goncalves
Rio De Janeiro
Brasil
Jorge Santos
Vigneux S-seine
França
Jose Dias
Villars Les Dombes
França
Jose Leitao
Aubergenville
França
Jose Santos
Lavey-village
Suíça
Ladislau Ferreira
Wiltz
Luxemburgo
Laurentino Catarino
Rio De Janeiro
Brasil
Manuel Castanho
Rio De Janeiro
Brasil
Início da Guerra
Colonial Portuguesa
Agricola Gouvea
Rio De Janeiro
Alberto Cruz
Luzern
Amelia Souza
Rio De Janeiro
Jose Figueiredo
Rio De Janeiro
Jose Ovar
Paris
Jose Rodrigues
Paris
Lima, Antonio
Santa Coloma
Lisia Goncalves
Dili
Luciane Rodrigues
Rio De Janeiro
“O Emigrante/ Mundo Português” dá os parabéns a todos os seus leitores que festejam nesta data o seu aniversário. Para que fique para a história e para que esta continue a ser a página de sucesso que tem sido até aqui, envie-nos
a sua data de nascimento e passará a fazer parte desta grande família que é “O Emigrante/Mundo Português”.
Andorra
Suíça
Isabel II do Reino
Unido
Adelia Reis
Recife
Albano Vilao
Badbergen
Alves Horacio
Clermont Ferrand
Amandio Mendes
Londrina
Ana Noce
Rio De Janeiro
Antonio Alves
Vaucresson
Antonio Pires
Montevideo
Antonio Santos
Minusio
Arlindo Veloso
Kelowna
Augusta Campos
Rio De Janeiro
Carlos Alves
Champigny Sur Marne
Carlos Pinto
Cormeilles-en-parisis
Carlos Santos
Somerville
Dra Carvalho
Praia
Dra MartinsDra
Dra Martins
Oliveirinha
Brasil
Alemanha
França
Brasil
Brasil
França
Uruguai
Suíça
Canadá
Brasil
França
França
U.S.A.
Cabo Verde
Portugal
Fatima Mendes
Rio De Janeiro
Brasil
Joao Soares
Bonn
Alemanha
Joaquim Silva
Beaufort
Luxemburgo
Jose Cardoso
Strasbourg
França
Jose Ferreira
Rio De Janeiro
Brasil
Luis Amaral
Sao Paulo
Brasil
Manuel Jorge
Creux-de-genthod
Suíça
Manuel Loureiro
Hamburg
Alemanha
Manuel Rodrigues
Frankfurt
Alemanha
Manuel Silva
St. Fons
França
Maria Lourenco
Rio De Janeiro
Brasil
Mario Costa
Liverdyen-brie-tournan
França
Micael Teixeira
Payerne
Suíça
Paulo Lourenco
Saint-blaise
Suíça
Paulo Valente
London
Inglaterra
Rodrigues Augusto
Andorra La Vella
Andorra
Rogerio Viegas
Heilbronn
Alemanha
FEV
7
Nascimento do rei
português D. Afonso
IV
Amaury Gomes
Recife
Antonio Cunha
Montigny Les Cormeilles
Valentim Sampaio
Paris
Bandeira Fernando
Koln
David Cabral
East Providence
David Tavares
Louvres
Francisco Lopes
Schonaich
Ilda Figueiredo
Rio De Janeiro
Jaime Macedo
Sao Paulo
Joao Lopes
La Courneuve
Jorge Santos
Tours
Jose Ferreira
Diemelstadt
Jose Miranda
Rio De Janeiro
Jose Ribeiro
Suresnes
Julio Marques
Santos
Lourenco Jose
St Pierre Du Perray
Manuel Pereira
Niteroi
Marciano Rodrigues
Rio De Janeiro
Maria Bastos
Albergaria-a-velha
Maria Deniau
St. Gemmes-sur-loire
Maria Santos
Rio De Janeiro
Rutilene Silva
Lubeck
Silva Piedade
London
Tomas Matos
Champigny Sur Marne
FEV
8
Brasil
França
França
Alemanha
U.S.A.
França
Alemanha
Brasil
Brasil
França
França
Alemanha
Brasil
França
Brasil
França
Brasil
Brasil
Portugal
França
Brasil
Alemanha
Inglaterra
França
Navio escola Sagres
é incorporado na
Marinha portuguesa
A Baptista
Livry Gargan
Alessandra Cardoso
Macae
Antero Baltazar
Rubi
Antonio Viana
Escaldaes-engordany
Armindo Domingos
Sevres
Augusto Fernandes
Rio De Janeiro
Dominique Moura
Paris
Eduardo Marques
Velizy
Filomena Linhares
Mery S/ Oise
Jose Julio
Rio De Janeiro
Julio Carita
Antony
França
Brasil
Espanha
Andorra
França
Brasil
França
Luis Vieiro
Rio De Janeiro
Manoel Baeta
Rio De Janeiro
Manuel Loureiro
L'hay Les Roses
Nathalino Dias
Champigny Sur Marne
Romina Romao
Villa Elisa-buenos Aires
Serafim Frias
Rio De Janeiro
FEV
9
Brasil
Brasil
França
França
Argentina
Brasil
Dia de Santa Apolónia
Andreia Alves
Chur
Antonio Almeida
Souffelweyersheim
Antonio Costa
Saint Meme Les Carrieres
Antonio Machado
Rio De Janeiro
Antonio Silva
Orly
Aurora Lopes
Rio De Janeiro
Da Jose
Agen
Diamantino Costa
Baucau
Timor
Dias Aires
Crissier
Domingos Trindade
.
Dr Anjos
Rio De Janeiro
Dr Goncalves
Lisboa
Elias Laudo
Thunder Bay
Fernando Reino
Contrexeville
Francisco Barbosa
Rio De Janeiro
Guilherme Simoes
Rio De Janeiro
Joaquim Gaspar
Bondy
Jorge Mota
Rio De Janeiro
Jose Casimiro
Ecully
Jose Pedrosa
Sao Paulo
Luis Almeida
Rio De Janeiro
Manuel Dias
Ehrwald
Mario Figueiredo
Sao Paulo
Marques Pereira
Cormeilles En Vexin
Nuno Pereira
Blaustein
Stephanie Jacinto
Branson
Urbano Guedes
Rio De Janeiro
Valdemar Pereira
Tours
Suíça
França
França
Brasil
França
Brasil
França
Lorosae
Suíça
Angola
Brasil
Portugal
Canadá
França
Brasil
Brasil
França
Brasil
França
Brasil
Brasil
Áustria
Brasil
França
Suíça
Brasil
França
França
França
Brasil
França
FEV
10
Lançado o semanário
português “O Diabo”
Agostinho Canhao
Fresnes
França
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Madeira
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Válidos nos voos diretos e específicos à partida de Lisboa e Porto, operados pela TAP, para compras
com cartão de débito (adicional para compras com cartão de crédito) e reservas em www.flytap.com
até 7 de fevereiro de 2016. Viagens de 25 de janeiro de 2016 a 30 de novembro de 2016 (as promoções
terão menor disponibilidade ou não estarão ativas nos períodos de 5 a 10 de fevereiro de 2016, de 18
de março a 13 de abril de 2016, nos feriados de junho e de 27 de junho a 18 de setembro de 2016).
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BOM FIM DE SEMANA
5 DE FEVEREIRO DE 2016
Idas & Vindas de Vasco Callixto
O Grande Hotel do Porto data de 1880,
e naturalmente, tem sofrido sucessivas
adaptações ao longo de mais de um
século de existência. Mas o passando
continua alipresente, mantendo-se todo
o “charme do tempo” dos nossos avós.
Cartoon da semana
Nova lei para acolhimento de refugiados na
Dinamarca a merecer severas críticas
Visitar Torres Novas e “encontrar” o
Alcaide Gil Pais e os “heróis de Diu”
Há pouco mais de duas décadas, fizera
uma última visita a Torres Novas e, ao tempo a dirigir a revista “Rodoviária”, de turismo, automobilismo e estradas, , consagrei a
capa e uma página central à histórica cidade das margens do Almonda. Voltei agora
a Torres Novas, não me foi difícil estacionar
na área central e voltei a apreciar demoradamente o notável painel que se apresenta
no paredão da rampa de acesso ao Castelo. Só para admirar este painel, vale a pena ir a
Torres Novas.
Painel de grandes dimensões, constituído
por 2300 azulejos, este belo cartaz histórico-turístico data de 1939 e é da autoria do consagrado artista Jorge Colaço(1868-1942),
que compareceu ao acto inaugural. Sob o
painel, também em azulejo, lê-se: “Valeu
mais com Gil Pais a obrigação da homena-
povoação em 1190.
Outro monumento, porém, voltei a encontrar em Torres Novas, mas em local diferente. Com efeito, o antigo Padrão Henriquino, que se situava também junto ao castelo,
foi transferido em 2003 para a parte baixa da cidade, erguendo-se agora no centro
de uma
ampla e moderna praça, junto à estação rodoviária. Sem dúvida, ficou melhor situado.
Obra do escultor Severo Portela Júnior(1898-1985), idêntica a outras que foram destinadas ao Ultramar, este Padrão
consagra, de igual modo, quatro naturais
da região, que se destacaram na defesa do
então território português de Diu, na Índia.
O propósito de homenagear estes “Heróis
de Diu” data dos anos vinte do século passado, mas o projecto não teve então segui-
MUNDO PORTUGUÊS
VASCO LOURENÇO | Presidente da Associação 25 de Abril
“O resultado das presidenciais é uma fraude. Foi a comunicação social que
fez o novo presidente e com ele andou ao colo durante uma campanha em
que ele não disse nada”
ANTÓNIO VITORINO| Ex.ministro socialista
“Espero que o sentida responsabilidade de Marcelo prevaleça sobre uma certa dimensão lúdica, que é o que lhe dá graça, mas se coaduna pouco com a
figura presidencial”
MIGUEL SOUSA TAVARES | Comentador político e escritor
“Marcelo Rebelo de Sousa? Só sei que vai ser melhor do que Cavaco. E só por
isso já vou dormir melhor”
LÁ VAI VENENO...
«Podíamos ter arranjado uma candidata
mais engraçadinha e com um discurso
mais populista, mas não somos capazes de
mudar»...
Jerónimo de Sousa O líder do PCP em entrevista à RTP. fez esta
declaração a mostrar a “azia” que por ali vai com o resultado de
Marisa Matias nas últimas presidenciais. Vamos ver como vai continuar esta guerra, porque guerra vamos ter com toda a certeza...
gem que a vida do filho”. Gil Pais era em
1373 o alcaide do castelo de Torres Novas,
quando os castelhanos invadiram Portugal e
puseram cerco à vila, impondo a rendição
da fortaleza, ao que o alcaide se opôs, resistindo mesmo ao estratagema do inimigo,
que, entretanto, nas cercanias, aprisionara
um jovem, seu filho, cuja vida salvariam, se
a rendição se concretizasse. Como tal não
aconteceu, o filho do alcaide , já morto, foi
apresentado à porta de armas ao heróico
defensor do castelo. E os castelhanos levantaram o cerco. Episódio semelhante verificou-se na mesma época, no norte do país, nos
arredores de Barcelos, quando o alcaide do
castelo de Faria igualmente resistiu às investidas do inimigo.
Presença histórica junto às muralhas do
castelo de Torres Novas, é a de D.Sancho I,
cujo busto representa um preito de gratidão
ao rei “Povoador”, por ter concedido foral à
mento. Após Torres Novas ter recebido em
1960 o Padrão Henriquino, não só foi colocada no monumento uma pedra que viera
de distantes paragens, como numa das suas
faces os “Heróis de Diu” foram finalmente
homenageados. A citada pedra está identificada: “Esta
pedra veio da Fortaleza de Diu - Índia Portuguesa”. E na face direita do Padrão lê-se:
Homenagem aos torrejanos Daniel de Arnide, Francisco de Gouveia, Miguel de Arnide e D.Pedro de Almeida, Heróis do 1º e 2º.
Cercos de Diu”. A homenagem foi prestada pela “Mocidade Portuguesa” e o Padrão
ostenta as datas de 1460(morte do Infante D.Henrique), 1538-1546(cercos de Diu)
e 1960 (Comemorações Henriquinas), nele
se lendo também “Por mares nunca d antes
navegados”. Daniel de Arnide, pai de Miguel de Arnide, seria originário de uma família genovesa.
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