2001: odisseia no espaço

Transcrição

2001: odisseia no espaço
Recuemos até ao final do ano de 1894. Na altura
o inventor William Dickson propôs-se a criar aquele
que seria o primeiro filme com som gravado ao vivo.
Concebido para testar o Kinetophone de Thomas
Edison, durante 17 segundos podemos ver Dickson
a tocar a melodia de uma ópera composta por Robert
Planquette em 1877, Les Cloches de Corneville. Ainda os
irmãos Lumière não tinham mostrado a uma plateia
parisiense a saída dos operários da fábrica Lumière,
em Lyon, naquele que é considerado o primeiro filme
da história do cinema, La Sortie de l’Usine Lumière à
Lyon, e já existia vontade de associar a música às
imagens em movimento.
Apesar de nos referirmos às primeiras décadas da
história do cinema como “cinema mudo”, os filmes
produzidos até finais dos anos 20 do século XX pouco
têm de silencioso, tendo-se desde sempre associado
a música à sétima arte. Não é, por isso, um acaso
que a história daquela que é considerada a primeira
longa-metragem sonora, O Cantor de Jazz (1927),
de Alan Crosland, esteja focada na música, mais precisamente no jazz. O mesmo aconteceu em Portugal
três anos depois, tendo Leitão de Barros recuperado
a lenda da fadista Severa naquele que foi o primeiro
filme sonoro produzido por cá.
Daí que esta edição dos Dias da Música proponha
diversos percursos sobre os diálogos que a sétima
arte e a música foram tecendo desde a sua génese.
A história do século XX está mesmo repleta de compositores que dedicaram grande parte da sua obra
à música para cinema. É impossível lembrar uma
obra como a trilogia O Padrinho ou filmes notáveis
de Federico Fellini e Luchino Visconti sem falar das
bandas sonoras de Nino Rota. E o que seriam os
filmes de Alfred Hitchcock sem as obras de Bernard
Herrmann? Outros clássicos como a série A Guerra
das Estrelas ou A Lista de Schindler não seriam certamente os mesmos sem a música composta por
John Williams. Em Portugal Bernardo Sassetti foi
já no início do século XXI uma das “vozes” mais ativas a compor para o cinema português e a sua obra
será também recordada no Centro Cultural de Belém.
Mas nem só destes (e muitos outros) compositores
vive este programa. Aliás, cineastas como Stanley
Kubrick ou Woody Allen privilegiaram obras maiores da história da música para darem cor e voz às
suas histórias. Daí que logo no concerto de abertura, pela Orquestra Sinfónica Metropolitana,
dirigida pelo maestro Pedro Amaral, seja recuperada a obra Assim Falava Zaratustra, de Richard
Strauss, imortalizada em 2001: Odisseia no Espaço
(1968), de Kubrick.
O papel que o jazz tem tido na sétima arte não
será esquecido, bem como a época de ouro dos
musicais de Hollywood ou até os diálogos entre a
canção pop e as imagens no grande ecrã. Por isso,
que se acendam as luzes e se ligue a câmara porque,
durante três dias no Centro Cultural de Belém, celebrar-se-á a música!
Apresentamos agora alguns dos destaques da edição
deste ano dos Dias da Música, conduzidos por uma
conversa com o jornalista Nuno Galopim, que será
responsável pela coordenação do Espaço Aqui Há
Conversas, onde a música e o cinema tomam a palavra.
Dias da
Música
2015
Luzes,
Câmara…
Música!
Preçário
Concerto de abertura e de encerramento: 10,50€
outros concertos no Grande Auditório: 9€ / Galerias 6€
Concerto oj.com: 4€
Pequeno Auditório, Sala Sophia de Mello Breyner,
Sala Almada Negreiros, Sala Fernando Pessoa,
Sala Luís de Freitas Branco: 7€
Sala Amália Rodrigues: 6€
Filmes Sala Aurélio Paz dos Reis: 3,20€ / 5€
Bilhete de Recinto: 4€
No festival não se aplicam descontos
e não se aceitam reservas de bilhetes.
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ou em www.ticketline.pt
N u m e r a ç ã o d os c o n c e r t os
Cada concerto apresenta uma referência: número + letra.
As letras representam o dia do concerto:
A > Sexta-feira, B > Sábado e C > Domingo.
Para facilitar a compra, indique
os concertos na bilheteira pela sua numeração.
H o r á r i os
Na sexta-feira as portas do Grande Auditório abrem
1 hora antes do início do Concerto de Abertura (A1).
Sábado e Domingo, as zonas de acesso à salas
de concerto, constituem o Recinto Dias da Música.
O acesso será reservado aos portadores de bilhetes
de concerto ou bilhetes de recinto. No sábado o recinto
abre às 13h e no domingo às 12h. Só há lugares
marcados no Grande Auditório. Nas restantes salas,
os lugares serão ocupados por ordem de chegada.
2001: Odisseia
no Espaço
e a banda
sonora
esquecida
concertos
A1 e B3
Assim Falava Zaratustra, de Richard Strauss, é outra das peças que é hoje
indissociável da obra de Stanley Kubrick, e que integra o programa
do concerto de abertura desta edição dos Dias da Música, pela Orquestra
Sinfónica Metropolitana, dirigida pelo maestro Pedro Amaral (A1).
Apesar de nos referirmos
às primeiras décadas da história
do cinema como “cinema mudo”,
os filmes produzidos até finais
dos anos 20 do século XX pouco
têm de silencioso, tendo-se desde
sempre associado a música
à sétima arte. (...) Daí que esta
edição dos Dias da Música
proponha diversos percursos
sobre os diálogos que a sétima arte
e a música foram tecendo desde
a sua génese. A história do século XX
está mesmo repleta de compositores
que dedicaram grande parte da sua
obra à música para cinema.
As Canções do Cinema Francês
concerto B25
A música para cinema não se resume
às produções de Hollywood. É isso que
Samuel Lercher Trio, acompanhado pela
voz de Vânia Fernandes, vai provar com
um concerto centrado nas canções
do cinema francês. O Fabuloso Destino
de Amélie (2001),o filme de Jean-Pierre Jeunet,
foi um dos grandes fenómenos do cinema
francês dos últimos 15 anos e isso deve-se
muito à música de Yann Tiersen.
Não serão esquecidas as canções que também
figuraram em clássicos como As Portas
da Noite (1946), Jules e Jim (1962)
e Os Chapéus de Chuva de Cherburgo
(1964), bem como o papel que a grande
Edith Piaf teve também na sétima arte.
Falar de 2001: Odisseia no Espaço (1968), a obra-prima de
Stanley Kubrick, é muito mais que falar só de um filme. Este
é mesmo um caso paradigmático no que diz respeito a um
diálogo profundo entre a sétima arte e algumas das grandes
obras da história da música. Quando se lembra, por exemplo,
a cena em que uma nave espacial parece “dançar” à volta de
uma estação orbital, está-se inevitavelmente a falar de
O Danúbio Azul, de Johann Strauss, ainda que esta composição tenha sido estreada em 1867 (B3).
Assim Falava Zaratustra, de Richard Strauss, é outra das peças
que é hoje indissociável da obra de Stanley Kubrick, e que
integra o programa do concerto de abertura desta edição dos
Dias da Música, pela Orquestra Sinfónica Metropolitana,
dirigida pelo maestro Pedro Amaral (A1).
Mas se hoje as imagens de 2001: Odisseia no Espaço estão
profundamente ligadas às composições dos já referidos
Johann Strauss e Richard Strauss, mas também de Ligeti e
Khachaturian, quando há quase 50 anos Stanley Kubrick se
encontrava a trabalhar neste marcante filme a história era
bem diferente. O jornalista Nuno Galopim recorda que na
altura foi mesmo requisitado um compositor para escrever
música inédita para a longa-metragem: “Como qualquer
filme de grande dimensão, os estúdios MGM queriam uma
banda sonora original e então foi chamado o compositor
Alex North. Ao fim de ter aproximadamente 40 minutos de
música composta e gravada, Alex North envia-a a Kubrick
para a ouvir, que então lhe disse que tinha o suficiente e
já não precisava de mais. No entanto, desde o início que
Kubrick tinha vontade de usar algumas peças musicais no
filme e certamente já deveria ter utilizado o modelo que
voltou a usar noutros filmes. No final, a banda sonora de
Alex North acabou absolutamente ignorada pelo realizador
na montagem final do 2001. E diz-se que o compositor só
soube dessa opção na noite de estreia”.
Nem um compasso, nem uma nota composta por North se ouve
em 2001: Odisseia no Espaço. Durante anos a fio a música que
deveria ter acompanhado a história delineada por Stanley Kubrick
manteve-se fechada na gaveta, esquecida. Apenas 25 anos depois do filme ter estreado originalmente é que a música de Alex
North viu a luz do dia, numa nova gravação pela National Phillarmonic Orchestra, dirigida por Jerry Goldsmith, e editada em CD
pela Varèse Sarabande. Já em 2007, a gravação original que Alex
North mostrou a Kubrick foi também lançada, mas numa edição
limitada a três mil cópias. Nuno Galopim salienta que, caso o realizador tivesse optado pela música de North, 2001: Odisseia no
Espaço “teria sido um filme completamente diferente”.
Stanley Kubrick não foi, de todo, o único realizador na história
do cinema a apropriar-se de obras de grandes compositores
para também elas terem um papel particular no carácter
sugestivo das imagens, mas tem em Terrence Malick um
herdeiro direto nessa forma de pensar a relação da música com
o cinema, como o prova A Árvore da Vida (2011) que dá um
relevo às obras de Henryk Górecki ou de Hector Berlioz só comparável ao trabalho de Kubrick.
Como os clássicos
têm sido apropriados
pelo cinema
os
grandes
pares
concertos
B6 B17 B22 B27 B30
C5 C20 C25
O compositor Herrmann será recuperado no CCB
nestes Dias da Música pelo Alis Ubbo Ensemble (B17)
e pelo pianista Stéphan Oliva (B30 e C25).
Em ambos os casos a música que o compositor fez para
o incontornável Psico de Hitchcock (1960) voltará ao palco.
As guitarras vão
ao encontro dos clássicos
concerto b27
No segundo dia da música também se farão
ouvir as guitarras. É essa a proposta do
Quarteto Parnaso, formação constituída
por Augusto Pacheco, Carlos David, Gonçalo
Morais e Paulo Andrade que vão interpretar
à guitarra composições que John Williams
fez para filmes como A Lista de Schindler,
A Guerra das Estrelas ou O Caçador,
mas também o 2.º andamento da 7.ª Sinfonia
de Beethoven ou Rise, canção que Eddie
Vedder escreveu para o filme O Lado
Selvagem (2007). Nesta atuação
o Quarteto Parnaso vai ainda apresentar
Intersecções, composição de Ricardo Ribeiro,
neste dia em estreia com projeção de vídeo.
Cartoons para dois pianos
concerto C16
Desde sempre que o cinema de animação
encontrou na música uma forma de envolver
miúdos e graúdos no seu universo fantástico.
O que seria de um clássico da Disney como
Fantasia (1940) sem a Dança das Horas
da ópera La Gioconda, de Amilcare
Ponchielli? E como esquecer a presença
da Rapsódia Húngara no.2 de Franz Liszt
num filme como Quem Tramou Roger
Rabbit (1988)? Estas são algumas das obras
que os pianistas Artur Pizarro e Rinaldo Zhok
vão interpretar no concerto Cartoons
para dois Pianos.
Há seis anos o pianista Bernardo Sassetti revelou em entrevista
que era ainda adolescente quando, na Cinemateca Portuguesa,
compreendeu a dimensão que a música pode ter no cinema.
Corria então o ano de 1982 e decorria na época um ciclo dedicado à obra de Alfred Hitchcock. “Foi nesse ciclo que comecei
a aperceber-me da importância da música no cinema”, revelou
Sassetti em entrevista. E a verdade é que o génio de Hitchcock
foi também iluminado pelas composições de um outro génio
que teve ao seu lado durante sete dos seus filmes, Bernard Herrmann.
Os Dias da Música não poderiam, por isso, esquecer a obra
deste compositor que, antes de ter iniciado a sua colaboração
com Hitchcock já tinha trabalhado com outro nome maior do
cinema: Orson Welles.
Herrmann será recuperado no CCB nestes Dias da Música pelo
Alis Ubbo Ensemble (B17) e pelo pianista Stéphan Oliva (B30
e C25). Em ambos os casos a música que o compositor fez para
o incontornável Psico (1960) voltará ao palco. Segundo o jornalista Nuno Galopim, “a ideia de criar ansiedade nalgum cinema
de terror e em thrillers é muito herdeira do que Herrmann fez
no Psycho e a música de John Williams para O Tubarão (1975) é
exemplo claro dessa descendência”.
John Williams, que se mantém unido à obra de Steven
Spielberg, é outro caso paradigmático que estará presente
no CCB. A música que compôs para A Lista de Schindler
(1993) será interpretada pela dupla Carlos Damas e Jill
Lawson (B22) e pelo Quarteto Parnaso (B27). Mas uma
das composições mais emblemáticas de Williams foi para a
saga Guerra das Estrelas (1977), de George Lucas, cuja
marcha imperial integra o programa do Concerto de Encerramento (C5), pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida
pelo maestro João Paulo Santos.
Na verdade, desde os primórdios da história do cinema que os
compositores têm também eles sentido o ímpeto de escrever música inédita para o grande ecrã. Se andarmos atrás no tempo perto
de um século podemos dar de caras com um filme como Entr’act
(1924), obra surrealista do francês René Clair. Na altura o cineasta
desafiou o compositor Erik Satie a compor a obra Cinéma para
a sua banda sonora, ilustrando também a boémia parisiense do
início do século XX. Nos Dias da Música a pianista Joana Gama
recuperará esta peça no seu recital (C20). Mas antes de Satie já
outros compositores tinham experimentado fazer de raiz música
inédita que tinha como objetivo final o seu diálogo com a sétima
arte. Recorde-se, por exemplo, a música de Camille Saint Saëns no
filme L’Assassinat du Duc de Guise (1908), de Charles le Bargy e
André Calmettes, ou a banda sonora de Manilo Mazza para Cabiria
(1914), filme de pioneiro italiano Giovanni Pastrone.
Anos depois desta obra nascia uma outra parceria entre outros
dois mestres italianos, união que ainda nos nossos dias se mantém intacta na memória coletiva: a do cineasta Federico Fellini
com o compositor Nino Rota (que será homenageado pelo
Quinteto de Richard Galliano – B6). Diversas vezes o realizador
italiano afirmou que a música de Rota tinha um peso fulcral na
forma como queria conduzir os seus filmes e essa relação intrínseca é percetível em obras como La Strada, (1954), La Dolce Vita
(1960), 8 1/2 (1962), Satyricon (1969) ou Amarcord (1973). No
CCB, além de Richard Galliano, também o pianista Stéphan
Oliva (B30 e C25) e a Camerata Atlântica (B8 e C8) vão recuperar a mestria de Rota. “O Nino Rota trabalhou com vários realizadores, como Visconti ou Francis Ford Coppola, mas a relação
dele com Fellini foi tão vincada que quando muitas vezes se fala
numa marcha à Fellini, pensando no cinema, o som que estamos
a imaginar é o da música de Nino Rota”, lembra Nuno Galopim.
concertos
A1 B4 B10 B15 B21 C4 C17
Se desde o início da história do cinema os compositores se
têm dedicado a compor música original para os filmes, paralelamente muitos cineastas têm optado por recorrer a grandes
obras clássicas para também elas servirem de extensão à história que é contada no grande ecrã.
Um dos casos mais paradigmáticos será lembrado nesta edição
dos Dias da Música pelo ensemble Amarcord Wien (B15 e
C17), que nos seus concertos vão interpretar Adagietto da
Sinfonia no. 5 de Gustav Mahler. A música do compositor
austríaco ficou inevitavelmente associada às imagens do
filme A Morte em Veneza (1971), de Luchino Visconti.
“Numa altura em que a cultura queer não tinha a expressividade que tem hoje, inclusivamente com a visibilidade que
tem no espaço da música popular, aquela música acabou
por se tornar num hino de identificação”, reflete o jornalista
Nuno Galopim. Ou seja, através do cinema, uma peça composta muito antes acabou por ganhar um significado bem
diferente daquele que Mahler tinha concebido na origem.
Outro dos realizadores que na sua obra mais vezes recorreu
a grandes clássicos foi Stanley Kubrick que, por exemplo,
imortalizou a peça Assim Falava Zaratustra, de Richard
Strauss, em 2001: Odisseia no Espaço (2001), e que integra
o Concerto de Abertura (A1).
Noutro dos seus mais célebres filmes, Laranja Mecânica
(1971), Kubrick recuperou a Sinfonia n.º 9 de Beethoven e a
Abertura de Guilherme Tell de Rossini. Curiosamente, apesar
de se ter apropriado destes grandes compositores, o cineasta
desafiou Wendy Carlos a reinterpretar essas peças em sintetizadores. Nos Dias da Música a Nona de Beethoven será
interpretada pelo pianista Giovanni Belluci (numa transcrição
de Franz Liszt / B21), enquanto que a Abertura do Guilherme
Tell, de Gioacchino Rossini, será interpreta pela Orquestra
Gulbenkian, dirigida pelo maestro Pedro Neves (B4).
Para Nuno Galopim o Requiem de Mozart “entra no imaginário
popular em grande através de Amadeus”, o filme realizado
por Milos Forman, em 1984, sobre o compositor austríaco. No
CCB este Requiem integra o programa o concerto de domingo
no Grande Auditório pela Orquestra Metropolitana de Lisboa,
dirigida pelo maestro Leonardo García-Alarcón (C4).
Antes, a Orquestra de Câmara Portuguesa, dirigida pelo
maestro Pedro Carneiro (B10), vai centrar-se nas obras de
Mozart que foram apropriadas pelo realizador Sydney Pollack
no filme África Minha (1985).
Os grandes compositores e a sétima arte estarão assim unidos
durante três dias no CCB.
Sergei Prokofiev,
Dmitri Shostakovich
e o regime soviético
concertos
B5 B22
Estamos em 1938. O mundo está à beira do eclodir de uma
Segunda Guerra Mundial, sendo muitas as tensões vividas
na Europa. Depois de uma temporada no México, o cineasta
Sergei Eisenstein regressa à então União Soviética. Ainda que
a sua relação com o regime de Estaline tenha sido pontuada
por alguns confrontos, no seu regresso acabou por realizar
um filme que antecedeu a guerra, num momento em que já
se atravessava uma escalada de tensões. Em Alexandr Nevsky
(1938) o realizador celebra uma história de vitória dos russos
sobre os cavaleiros teutónicos, ou seja, da Rússia contra a
Alemanha.
Sendo este o primeiro filme em que Eisenstein utiliza o som,
na altura o compositor Sergei Prokofiev foi convocado a compor a banda sonora original, que foi depois retrabalhada para
se tornar numa cantata. “A música assinala ainda mais esse
heroísmo que o filme recorda e, por isso, naquele momento
houve um entendimento com o regime, que aproveitou aquela
música como uma forma de propaganda”, salienta o jornalista
Nuno Galopim.
Este ano nos Dias da Música a obra de Sergei Prokofiev será
interpretada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida
pelo maestro João Paulo Santos, e pelo Coro do Teatro
Nacional São Carlos (B5).
Nuno Galopim lembra como Prokofiev, mas também o compositor Dmitri Shostakovich, “eram nomes que funcionavam
no quadro de um regime que tinha para a música uma função
pré-determinada, ou seja, a música e as demais artes, na
União Soviética, tinham objetivos a cumprir e formas pelas
quais se deviam reger”.
Shostakovich será lembrado no CCB pela peça Romance,
retirada do filme The Gadfly (1955), de Aleksandr Faintsimmer, no concerto de Carlos Damas e Jill Lawson (B22).
O pianista e compositor russo, figura maior da música do século XX, chegou a viver momentos de tensão com o regime
soviético, tal como Prokofiev. “Foi várias vezes acusado de
querer fazer uma música que não se enquadrava naquilo que
fazia sentido ou que era desejado e, por isso, quando as suas
outras obras ‘contra-regime’ nem eram apresentadas, tendo
algumas delas sido mesmo vetadas, como forma de também
ganhar a sua vida acabou por fazer muitas bandas sonoras”,
lembra o jornalista que este ano programa nos Dias da Música
o Espaço Aqui Há Conversas.
No entanto, noutros momentos Shostakovich teve o apoio
do regime político de então, como aconteceu com a Sinfonia
n.º 7, que compôs em Leninegrado (hoje São Petersburgo)
quando a cidade sofre o cerco alemão e, por isso, quando foi
apresentada foi também utilizada como símbolo da resistência
da Rússia ao invasor e, por isso, utilizada como peça de propaganda.
Caso semelhante é o do compositor Victor Kissine, nascido
em 1953, em São Petersburgo, e que viveu na URSS até à
Perestroika, tendo encontrado no cinema uma forma de subsistência, uma vez que a sua música não se enquadrava nos
ditames do regime. Numa entrevista, dada em 2013 a Nuno
Galopim, recordou: “Os compositores podiam viver jogando
as regras do jogo, e havia quem o aceitasse. Não os podemos
julgar… Depois, e isso era o que acontecia com a maior parte
dos casos, havia aqueles que tentavam um equilíbrio entre as
suas demandas criativas pessoais e as condições totalitárias
que todos eram obrigados a aceitar, mesmo tendo uma vida
social que não procurava entrar no jogo”. O compositor, que
em 2013 lançou pela ECM o disco Between Two Waves, lembrou ainda: “Se o meu nome era um pouco reconhecido na
URSS foi porque fiz alguma música para cinema e sem usar
qualquer pseudónimo”.
No fundo, a história conjunto da música no cinema acaba
também por ter importantes implicações políticas que ainda
hoje merecem uma reflexão.
Quando o jazz
e a sétima arte
se encontram
concertos
A música
e o cinema
português
concertos
B9 e B28
Nesta edição dos Dias da Música o cinema português e a música
para ele composta não será esquecida. (...) O jornalista Nuno Galopim
salienta: “Durante algum tempo o cinema português juntou-se ao teatro
como uma fonte importante de criação de canções, que continuavam
a ter mais vida na rádio do que nos discos”.
Canções lendárias
no grande ecrã
concerto C11
É natural que quando se fala de música
no cinema se refira constantemente às grandes
obras orquestrais que têm dado novas cores
as histórias no grande ecrã. Mas a história
da sétima arte está repleta de canções que
ganharam novas vidas na sala de cinema.
O Grupo Vocal Olisipo vai precisamente
recuperar algumas dessas canções, como o
clássico Hallelujah, de Leonard Cohen, já
utilizado em filmes tão diversos como Shrek,
Os Edukadores, O Senhor da Guerra ou
o Banquete do Amor. Honey Pie, canção
que a dupla John Lennon/Paul McCartney
compôs para o emblemático White Album,
dos Beatles, fez parte da banda sonora do
filme América Louca (1978) e integra o
programa do grupo vocal, bem como outros
clássicos como Lullaby, de Billy Joel,
Over the Rainbow, de Harold Arlen,
When She Loved Me, de Randy Newman,
ou All I Ask For You, de Andrew Lloyd Webber.
Nesta edição dos Dias da Música o cinema português e a
música para ele composta não será esquecida. Atente-se ao
programa proposto pelo pianista Francisco Sassetti, pela
flautista Vera Morais e pelo contrabaixista Mário Franco,
dedicado especificamente às canções que entre os anos 1930
e 40 ilustravam os filmes da altura (B28).
O épico Camões (1946), de José Leitão de Barros, é uma
das obras que será lembrada por estes três músicos pelo
tema Endechas do Choupal, de Ruy Coelho, que foi um dinamizador da ópera portuguesa no século XX. Apesar de para
muitos ser um dado desconhecido, Camões foi o primeiro filme
português a ser exibido no Festival de Cinema de Cannes,
logo na sua primeira edição. Na altura o filme passou sem
legendas, sendo que na sala, ao lado dos espectadores e dos
críticos, encontrava-se um tradutor que ia explicando a trama
à plateia à medida que decorria a ação na tela.
No concerto serão assim lembrados fados e canções que se
celebrizaram nos primeiros filmes sonoros portugueses e que
também eles contribuíram para que se refira a esse período
como “os anos de ouro do cinema português”.
Afonso Correa Leite, Wenceslau Pinto ou Raul Ferrão
foram alguns dos compositores teatrais que encontraram no
cinema um importante veículo de promoção das suas canções, e
cuja obra será recuperada neste concerto. O jornalista Nuno
Galopim salienta: “Durante algum tempo o cinema português juntou-se ao teatro como uma fonte importante de
criação de canções, que continuavam a ter mais vida na rádio
do que nos discos”. A canção popular de cariz folclórico teve
uma importante expressão em vários destes filmes, sendo
que a própria composição orquestral de então procurou traduzir essa noção de portugalidade. “É muito característica a
sonoridade e a forma de compor música para o cinema português daquela altura”, refere o mesmo. Não é por isso de
admirar que neste concerto proposto por Francisco Sassetti, Vera
Morais e Mário Franco sejam recuperadas peças de compositores eruditos como Luís de Freitas Branco ou Frederico
de Freitas, compostas para os filmes Gado Bravo (1934) e
A Severa (1930), respetivamente.
Saltando para tempos mais recentes, não podia ser esquecido
o caso paradigmático do pianista Bernardo Sassetti, que foi
um dos mais ativos compositores para o cinema português.
A música que compôs há dez anos para Alice (2005), de Marco
Martins, será recuperada pelo pianista Mário Laginha (B9).
Para Nuno Galopim, Sassetti “tinha o conhecimento claro do
que as narrativas e as imagens exigiam ao compositor para
que a música nascesse a pensar no filme e não apenas como
uma mera associação, daí que a música que compôs para
cinema seja ainda tão marcante e importante”.
b7 B23 c9 C7 C19 C21
Se atentarmos ao facto do primeiro filme sonoro da história do
cinema, O Cantor de Jazz (1927), de Alan Crosland, se centrar
num homem (Jakie Rabinowitz, interpretado por Al Jolson)
que tem como ambição maior tornar-se um cantor de jazz,
então torna-se desde logo percetível como a história do cinema está também intimamente ligada a esta música. E, por isso,
serão vários os concertos nesta edição dos Dias da Música que
refletem esse diálogo entre o jazz e a sétima arte.
Indissociáveis dessa relação foram os espetáculos da Broadway.
A grande maioria dos standards que formam o Grande Cancioneiro Norte-Americano teve uma primeira vida nos musicais
e, muitos deles, depois de adaptados ao grande ecrã, ganharam
uma exposição e uma dimensão que suplantaram a sua origem.
Antes ainda de Elvis Presley entrar nos estúdios da Sun Records,
em 1954, nascendo nesse momento a cultura rock’n’roll, eram
as canções de jazz, os standards sobre os quais muitos jazzmen
improvisavam e criavam novos temas, que dominavam o gosto
popular. O jornalista Nuno Galopim lembra: “Antes da explosão
da cultura rock’n’roll, algumas das canções mais populares
nascem no teatro e, sobretudo, no cinema. Aliás, existem muitos
exemplos de adaptações de musicais de teatro ao cinema que
acabam mais conhecidos pelas versões em filme do que as originais em teatro. O West Side Story é um exemplo. As pessoas
conhecem melhor a adaptação ao cinema de Robert Wise,
mesmo tendo consciência que antes houve uma versão em
palco. O Música no Coração é um caso semelhante”.
Maria Viana, voz marcante do jazz nacional, vai nos Dias da Música revisitar standards de George Gershwin ou Cole Porter que
foram marcantes para o diálogo entre a Broadway e Hollywood (C7).
O já referido George Gershwin foi um dos mais ativos compositores de standards, sendo que em 1951 trabalhou com o realizador Vincent Minnelli compondo a música do filme musical
Um Americano em Paris, que moveu o grupo Couple Coffee
a criar para os Dias da Música um concerto focado somente
nesta obra (C21).
I Got Rhythm foi uma das canções de Gershwin que ganharam uma maior dimensão através deste filme e será também
interpretada no concerto da soprano Lara Martins e do pianista
João Paulo Santos (B23), que vão ainda recuperar clássicos que
ficaram celebrizados em filmes como Chapéu Alto (1935),
O Feiticeiro de Oz (1939), My Fair Lady (1964) ou Música
no Coração (1965).
Por sua vez, a cantora de jazz Cláudia Franco (C9) propõe um
concerto focado no universo de Judy Garland, caso paradigmático da relação da Broadway com o cinema.
Um dos realizadores que ao longo da sua obra mais vezes
recorreu ao jazz para ilustrar a história que contava em imagens foi Woody Allen, chamando várias vezes à atenção da
cultura de jazz nova-iorquina através da música que escolhia
para os seus filmes. Em A Rosa Púrpura do Cairo (1985) recuperou o standard Cheek to Cheek, de Irving Berlin. Antes, em
Manhattan (1979), decidiu voltar a standards de Gershwin como
Embraceable You ou Oh, Lady be Good. E estas são algumas das
canções que o projeto Syrinx: XXII vai apresentar no concerto
Woody Allen: O Eclético (C19).
A edição deste ano dos Dias da Música vai ainda contar com
a presença da Big Band Júnior, dirigida pelo maestro Claus
Nymark e com Mário Laginha (B7) como convidado, que a
partir de uma homenagem aos comediantes Laurel & Hardy,
com o tema Bucha e Estica, partem para composições de
Duke Ellington, Ray Henderon ou Vince Guaraldi, que deram
também novos sons a uma importante fase da história do cinema
norte-americano.
As bandas
sonoras
alternativas
No final do ano passado o canal britânico BBC Three transmitiu
o filme Drive – Risco Duplo (2011), de Nicolas Winding Refn,
mas com toda uma nova banda sonora. A música composta
originalmente por Cliff Martinez ou as canções de artistas
como Chromatics, Desire ou College foram substituídas por
uma mão cheia de novos temas que integraram um projeto
com curadoria do radialista Zane Lowe, que desafiou nomes
como The 1975, Laura Mvula, Jon Hopkins, Foals ou CHVRCHES a
comporem novas canções tendo em mente o filme estilizado
do cineasta dinamarquês, protagonizado por Ryan Gosling.
Este caso inóspito está longe de ser uma excepção no que diz
respeito à história da música em diálogo com o cinema. Basta
recordar O Homem da Câmara de Filmar (1929), de Dziga
Vertov, marco incontornável na história do cinema mudo,
que tem sido um dos filmes que mais vezes tem sido recuperado com toda uma nova banda sonora. Aliás, a propósito
da Capital Europeia da Cultura de 2001, no Porto, o grupo
britânico The Cinematic Orchestra foi convidado a criar uma
nova banda sonora para O Homem da Câmara de Filmar,
que foi interpretada à medida que o filme ia sendo exibido
na cerimónia de abertura. Em 2003 essas novas composições
foram editadas em CD pela Ninja Tune.
Também a propósito da Capital Europeia da Cultura 2001
a banda portuguesa Clã foi desafiada a criar uma nova banda
sonora para outro clássico do cinema mudo, Nosferatu (1922),
de F. W. Murnau.
Sensivelmente na mesma altura, o compositor Michael
Nyman (representado nesta edição dos Dias da Música no
programa que será apresentado pela pianista Joana Gama
– C20, com as suas composições para o filme O Piano, de
Jane Campion) estreou no Royal Festival Hall, em Londres, a
música inédita que escreveu para as imagens de Dziga Vertov.
O filme chegou inclusivamente a ser reeditado em DVD com
a nova música de Nyman.
Também o coletivo In the Nursery (que têm trabalhado regularmente na área do cinema) se propôs ao mesmo desafio levado
a cabo pela Cinema Orchestra e por Michael Nyman, tendo
criado uma banda sonora inédita para o filme soviético no final
da década de 1990, que antes de ter sido editada em CD foi
estreada ao vivo no Bradford International Film Festival.
Outro filme emblemático da história do cinema mudo, Metropolis (1927), de Fritz Lang, também tem sido apropriado por
novos artistas. 57 anos depois da sua estreia, Giorgio Moroder,
um dos “pais” do disco, criou uma banda sonora elecrónica
e pop para o filme e que, como recorda o jornalista Nuno
Galopim, “chocou na altura algumas opiniões”. O produtor
de techno Jeff Mills fez o mesmo há 15 anos.
Já em 2011 estreou-se no Festival de Cannes (e em Portugal no
Festa do Cinema Francês) uma nova versão da Viagem à Lua,
realizado por Georges Méliès em 1902, restaurada e a cores.
Para a ocasião a dupla francesa Air criou uma nova banda sonora
que, como escreveu na altura o crítico de cinema João Lopes,
“joga muito bem com o gosto experimental de Méliès, gerando,
à distância de 109 anos, uma insólita cumplicidade artística”.
Philip Glass, que tem sido um dos mais ativos compositores
para cinema (e que no CCB será também recuperado por
Joana Gama), compôs nos anos 1990 música inédita para
Drácula (1931), de Tod Browning, interpretada na altura pelo
Kronos Quartet. Nuno Galopim lembra que Glass “estreitou
ainda mais esse tipo de relação da música com imagens pré
-existentes numa das três óperas que fez inspiradas nas imagens de Jean Cocteau, La Belle et la Bête, uma ópera pensada
para ser tocada em sincronia com as imagens”.
Casos que provam como a profunda relação da música com
o cinema vai além dos objetivos inicialmente traçados pelos
próprios cineastas.
CONCERTOS
23 abril quinta-feira
Concerto Pré-Inaugural
Dias da Música no Indie Lisboa
no cinema são jorge às 21h30
Concerto Alis Ubbo Ensemble
+ Filme “Around the World in 50 Concerts” (2014)
de Heddy Honigmann
24 abril Sexta-feira
mini-dias da música
CONCERTOS DE ESCOLAS, PARA ESCOLAS
E1 GA 12H45
OJ.com
Peter Benoit Poema Sinfónico para Flauta e Orquestra, op. 43a
/ Rimsky-Korsakov Scheherazade, op. 35
Ernst Schelle direção / Beatriz da Silva Baião flauta
Concerto de Abertura
A1 GA 21H30
R. Strauss Assim falou Zaratustra, op. 30
S. Rachmaninov Concerto para Piano n.º 2, op. 18
R. Strauss Suíte da ópera O Cavaleiro da Rosa, op. 59
Orquestra Sinfónica Metropolitana
Pedro Amaral direção musical / Anna Fedorova piano
25 abril Sábado
B1
GA 14h
W. A. Mozart Uma Pequena Música Nocturna;
Concerto para 2 Pianos
Orquestra de Câmara Portuguesa
Pedro Carneiro direção musical
Artur Pizarro piano / Rinaldo Zhok piano
B2
GA 16h
Aaron Copland Billy the Kid, ballet-suite
Darius Milhaud O Boi no Telhado
Dmitri Schostakovitch Gallop da Suite op. 31A,
Hypothetically Murdered
Orquestra Académica Metropolitana
Jean-Marc Burfin direção musical
B12
SLFB 14H
W. A. Mozart Gran Partita, Serenata n.º 10 KV 361
(Versão para Quinteto de C. Schwenke)
DSCH-Schostakovich Ensemble
Filipe Pinto-Ribeiro piano e direção artística
Pascal Moraguès clarinete / Jack Liebeck violino
Isabel Charisius viola / Justus Grimm violoncelo
B13
SLFB 16H
Franz Schubert Trio com piano no. 2
– 2º Andamento / Quarteto a Morte e a Donzela
Ensemble Darcos
B14
SLFB 18H
Giovanni Pierluigi da Palestrina Agnus Dei /
William Byrd Domine Secundum Actum Meum;
Cibavit eos / Gregorio Allegri Miserere
W. A. Mozart Ave verum* / A. Bruckner Ave Maria;
Os Justi; Virga Jesse / Gabriel Fauré Cantique de Jean Racine*
Huelgas Ensemble
Paul van Nevel direção musical
* Participação do Ensemble Darcos
B15
SLFB 20H
Bon Voyage
Carlos Gardel Cuando tu no estas / A. Piazzolla Milonga
del Angel; Muerte del Angel / Erik Satie Gymnopedie 1;
Gymnopedie 2 / Franz Lehar Der Graf von Luxemburg /
Gustav Mahler Adagietto da Sinfonia no. 5
Amarcord Wien
Sebastien Gurtler violino / Tommaso Huber violoncelo /
Michael Williams contrabaixo / Gerhard Muthspiel acordeão
B16
SLFB 22H
A Sombra e a Luz nas Canções
com Ricardo Ribeiro
Ricardo Ribeiro voz
João Paulo Esteves da Silva piano
B17
SAN 14H
Tommaso Albinoni Adagio para cordas
Bernard Herrmann Suite Psycho / Josef Haydn Quarteto
de Cordas op. 76 n.º 3, Imperador: Excertos Gustav
Mahler Adagietto da Sinfonia n.º 5
Alis Ubbo Ensemble
B18
SAN 16H
Beethoven no Cinema: Immortal Beloved
Ludwig van Beethoven Sonata para piano n.º 8,
Patética; Sonata para piano n.º 23 Appassionata;
Bagatela em Lá menor Für Elise
Marta Menezes piano
B3
B19
Johann Strauss II O Danúbio Azul
Piotr Ilich Tchaikovsky Concerto para Violino
Claude Debussy Rêverie; Suite Bergamasque:
Clair de Lune; La Cathédral Engloutie
Frédéric Chopin Sonata n.º 2;
Nocturno em Mi bemol maior, op. 9 n.º2
Jill Lawson piano
GA 18h
O Concerto
Jovem Orquestra Portuguesa
Pedro Carneiro direção musical / Tamila Kharambura violino
B4
GA 20h
Gioacchino Rossini Abertura do Guilherme Tell
Ludwig van Beethoven Concerto para Piano n.º 3
SAN 18H
Debussy e Chopin no Cinema
B20
SAN 20H
Os anos dourados de Hollywood
B5
Erich Wolfgang Korngold Sonata para Violino
e Piano em Sol Maior, op.6 / John Williams Fantasia
sobre o tema Um Violino no Telhado
Bruno Monteiro violino / João Paulo Santos piano
Sergei Prokofiev Alexandre Nevsky
B21
Orquestra Gulbenkian
Pedro Neves direção musical / Artur Pizarro piano
GA 22h
Alexandre Nevsky
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfónica Portuguesa
João Paulo Santos direção musical
Larissa Savchenko contralto
B6
GA 00h15
Tributo a Nino Rota
Quinteto de Richard Galliano
Richard Galliano acordeão / Nicolas Folmer trompete
Gabriele Mirabassi clarinete / Sylvain Le Provost contrabaixo
Mattia Barbieri percussões
B7
PA 14H
Bucha e Estica
Big Band Júnior convida Mário Laginha
Duke Ellington, Ray Henderson,
Claus Nymark, João Godinho, Vince Guaraldi
e Mário Laginha
obras de
B8
PA 16H
Grandes Clássicos do Cinema
Temas de Zequinha
de Abreu, Richard Rodgers,
Luiz Bonfá, Ary Barroso, Maurice Jarre,
Ennio Morricone, Jacques Offenbach, entre outros
Camerata Atlântica
Ana Beatriz Manzanilla direção musical
Jed Barahal violoncelo / Christina Margotto piano
Abel Cardoso percussão / Arranjos de Frederico
Zimmermann Aranha
B9
PA 18H
Ennio Morricone, Ry Cooder, Ryuichi Sakamoto,
Bob Telson, Carlos Paredes e Bernardo Sassetti
Mário Laginha piano
B10
PA 20H
Mozart em África Minha
W. A. Mozart Divertimento, K. 136;
Concerto para Clarinete
Orquestra de Câmara Portuguesa
Pedro Carneiro direção musical
Pascal Moraguès clarinete
B11 PA 22H
Bach no Cinema - Bach goes to the movies
J. S. Bach Concerto para 2 Violinos, BWV 1043*;
Cantata BWV. 147; Sarabanda da Suite para Violoncelo Solo
n.º 5, BWV 1011**; Cantata BWV. 147
Voces Caelestes . Sérgio Fontão maestro
Ludovice Ensemble . Fernando Miguel Jalôto direção
musical / Joana Seara soprano / Nélia Gonçalves meio-soprano
/ Marco Alves dos Santos tenor / Hugo Oliveira barítono /
*Diana Vinagre violoncelo solo / ** Varoujan Donevan
& Luca Giardini violinos solo
SAN 22H
A Nona de Beethoven
Beethoven/Liszt Sinfonia n.º 9
Giovanni Bellucci piano
B22
SsMB 14H
O Violino no Cinema
John Williams Suite Schindler List / C. Debussy
A Rapariga com Cabelos de Linho / D. Shostakovich
Romance de Gadfly / Ennio Morricone Tema Cinema
Paradiso / Jules Massenet Meditação de Thaís /
Fritz Kreisler Liebeslied / Nigel Hess Suite de Ladies in Lavender
Carlos Damas violino / Jill Lawson piano
B23
SsMB 16H
Da Broadway a Hollywood
Polvo / Amapola / Farewell to Cheyenne /
Il vento, il grido / Tema do Filme: Lolita / Oboé de Gabriel /
The Ecstasy of Gold
Gonçalo Pescada acordeão, bandónion e accordina
Yan Mikirtumov piano
televisiva O
B27
SFP 14H
As Guitarras apropriam-se do Cinema
L. Beethoven 7.ª Sinfonia: 2.º andamento
Mikis Theodorakis Sirtaki / Ricardo Ribeiro
Intersecções* / John Williams Lista de Schindler /
Ennio Morricone Cinema Paradiso /
John Williams Marcha imperial, Cantina band,
Main Theme, Yoda’s Theme, Cavatina / Eddie Vedder Rise
Quarteto Parnaso
obras de Frederico
de Freitas, Luís de Freitas Branco,
Afonso Correia Leite, Wenceslau Pinto,
Cruz e Sousa, Raul Portela, Raul Ferrão,
Júlio Almada, Antonio Melo e Ruy Coelho
Vera Morais flauta / Mário Franco contrabaixo
Francisco Sassetti piano
B29
SFP 18H
Um Quinteto para o Cinema
Wolfgang Amadeus Mozart Quinteto K. Stadler
Quarteto Vintage
Iva Barbosa clarinete / João Moreira clarinete
José Gomes clarinete / Ricardo Alves clarinete
Enrique Perez Piquer clarinete
B30
SFP 20H
A música no «Film Noir»
obras de John
Lewis, Henry Mancini, David Raksin,
John Williams, Bernard Herrmann, Michel Legrand,
Antoine Duhamel, entre outros
Stéphan Oliva piano
PA 15H
Smile (You must believe in Spring)
Vinicius de Moraes e Henry Mancini
Maria Viana voz / George Esteves piano
Sandro Norton guitarra e direção musical
Paul Dwyer contrabaixo
C8
PA 17H
Grandes Clássicos do Cinema
Temas de Zequinha
de Abreu, Richard Rodgers,
Luiz Bonfá, A. Barroso, M. Jarre, E. Morricone, J.Offenbach,
G. Auric, C. Gardel/A. Lepera, Nino Rota, Dave Brubeck,
Ernest Gold e Henry Mancini **
Camerata Atlântica
Ana Beatriz Manzanilla direção
Jed Barahal violoncelo / Christina Margotto piano
Abel Cardoso percussão
C9
PA 19H
Melodias dos Anos de Ouro da MGM
J. S. Bach Partita n.º 6; Prelúdio Dó Maior, Mi menor
e Si menor; Variações Goldberg – 13.ª Variação;
Partita n.º1; Concerto Italiano; Fantasia Cromática
Pedro Burmester piano
Projeto estreado no âmbito do CINECOA, imagens cedidas pela
Cineteca de Bolonha (IT) , seleção e montagem de João Trabulo.
C10
B31
SFP 22H
A Música de Bach e os Filmes de Pasolini
B32*
SAR 14H
Conservatório Regional de Évora Eborae-Música / Conservatório de Música de S.José
da Guarda / Academia de Música José Atalaya
/ EPABI-Escola Profissional de Artes da Covilhã
/ Escola de Música Canto Firme de Tomar
Obras de Robert Schumann, Stanley Myers,
Carlos Paredes, Klaus Badelt, Hans Zimmer,
John Williams e Gordon Lewin
B33*
SAR 16H
Conservatório Regional de Setúbal
Escola Profissional da Serra da Estrela
Obras de Isaac Albéniz, Emir Kusturica
& The No Smoking Orchestra, Stanley Myers,
Nino Rota e Scott Joplin
B34*
SAR 18H
Escola de Música do Centro de Cultura Pedro
Álvares Cabral / Academia de Música José
Atalaya
Obras de Yann Tiersen e Michael Giacchino,
W.A. Mozart, Andrew Lloyd Webber e Scott Joplin
B35*
SAR 20H
Conservatório Regional de Palmela
/ Escola de Música do Centro de Cultura
Pedro Álvares Cabral / Conservatório Regional
da Covilhã / Conservatório de Música
de S. José da Guarda
Obras de Astor Piazzolla, Carlos Gardel,
Shigeru Umebayashi, Yann Tiersen, Ennio Morricone
SLFB 13H
Tous les matins du monde
M. Marais La Reveuse; Le Badinage, L’Arabesque;
Tombeau de M. de Sainte-Colombe / Anónimos
europeus do séc. XVI/Jehan Chardavoine Une jeune
fillette / Jean de Sainte-Colombe Les Pleurs, Concert
Le Retour/ F. Couperin Troisième Leçon de Ténèbres
du Mercredi
Ludovice Ensemble
Orlanda Velez Isidro & Mónica Monteiro sopranos
Sofia Diniz & Laura Frey violas de gamba
Josep Maria Martí tiorba
Fernando Miguel Jalôto cravo, órgão e direção musical
C11
SLFB 15H
Legends of the Silver Screen
Concerto comentado por Armando Possante
W. A. Mozart Abertura da Flauta Mágica /
L. Cohen Hallelujah / J. Lennon e P. McCartney Honey
Pie / Sarah McLachlan Angel / Billy Joel Lullaby /
Andrew Lloyd Webber All I ask of you /
R. Rodgres e L. Hart Blue Moon / Randy Newman
When she loved me / Harold Arlen Over the Rainbow
Grupo Vocal Olisipo
C12
SLFB 17H
A Opereta no Cinema
Franz Lehár Die lustige Witwe / Emmerich Kálmán
Die Zirkusprinzessin / Franz Lehár Der Graf von
Luxemburg / Emmerich Kálmán Gräfin Mariza
Franz Lehár Giuditta / Rudolf Sieczynski Wien,
du Stadt meiner Träume
Ana Paula Russo soprano / Rui dos Santos tenor
Nuno Vieira de Almeida piano
C13
Richard Wagner Prelúdio do I Acto de Lohengrin
Edward Elgar Concerto para Violoncelo
Yann Tiersen Comptine d’un autre été l’après-midi;
La valse D’Amélie; L’autre valse d’Amélie /
Medley 8 Femmes Mon amour, mon amie;
Message personnel; Papa t’es plus dans le coup /
Michel Legrand Je t’atendrai toute ma vie /
Boris Bassiak Le Tourbillon de la Vie /
Édith Piaf La Vie en Rose / Joseph Cosma Les Feuilles Mortes
Marcello Di Lisa direção musical / Paolo Perrone violino
Hugh Martin The boy next door; Trolley song /
Harry Warren/Mark Gordon If you feel like singing sing
/ Larry Shay/ Mark Fisher/Joe Goodwin When You’re
Smiling / Harold Arlen/E. Harburg Over the rainbow
/ Jerome Kern/Johnny Mercer I’m old fashioned /
George/Ira Gershwin Embraceable you /
James F. Hanley Zing! Went the strings of my heart
Claudia Franco voz / Rui Caetano piano
Afonso Pais de Sousa guitarra
João Custódio contrabaixo / Pedro Felgar bateria
Handel Lascia Ch’io Pianga, de Rinaldo /
Mozart Marten aller Arten, do Rapto do Serralho /
Donizetti Il Dolce Suono, da Lucia de Lammermoor /
Puccini Donde Lieta Usci, de La Bohème; Un Bel di Vedremo,
de Madama Butterfly / Verdi Caro Nome, de Rigoletto /
Bernstein Oh, What a Movie, de Trouble in Tahiti /
Verdi È Strano... Sempre Libera, da Traviatta /
Bizet Habanera, da Carmen
Alexandra Bernardo soprano (Vencedora do Concurso
SsMB 20H
As Canções do Cinema Francês
PA 13H
Vivaldi Quatro Estações
Concerto de’ Cavalieri
Música de George Gershwin, Cole Porter, Michel Legrand,
C2
B25
C6
C7
SFP 16H
O Cinema Português
B24
Bernardo Marques piano
João Paulo Santos direção musical
Giovanni Bellucci piano / Ilian Gârnet violino
Ana Ester Neves soprano / Mário Redondo barítono
B28
26 abril
internacional de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa)
Orquestra Sinfónica Portuguesa
*”Estreia da revisão com projeção de vídeo”
Irving Berlin Cheek to Cheek / Harold Arlen Somewhere
over the Rainbow / Herman Hupeld As time goes /
George Gershwin I got Rhythm; Summertime /
Richard Rodgers If I love you; Hello young lovers;
The Sound of Music Medley / Henry Mancini: Moon River /
Frederick Loewe I could have danced all night /
Leonard Bernstein West Side Story Medley
Lara Martins soprano / João Paulo Santos piano
SsMB 18H
Ópera para Cinema
Violino e Orquestra / Leonard Bernstein Três Episódios
C18 SsMB 13H
de Dança de On the Town / Stephen Soundheim Sweeney A Insustentavel Leveza do Ser
Todd: Excertos (versão portuguesa / João Lourenço
Leos Janacek No Nevoeiro; Por um Caminho Repleto – I Caderno
e Vera Sampayo de Lemos) / John Williams Marcha
Aida Sigharian Asl piano
Imperial e Tema da Guerra das Estrelas
Domingo
C1 GA 13h
SLFB 19H
Franz Schubert Quinteto A Truta
DSCH – Schostakovich Ensemble
Samuel Barber Adágio para Cordas
Igor Stravinsky A Sagração da Primavera
Filipe Pinto-Ribeiro piano e direção artística
Jack Liebeck violino / Isabel Charisius viola
Justus Grimm violoncelo
Tiago Pinto-Ribeiro contrabaixo
Pedro Carneiro direção musical
C14
Jovem Orquestra Portuguesa
GA 15h
Hillary and Jacky e o Grande Ditador
Orquestra Gulbenkian
Pedro Neves direção musical / Pavel Gomziakov violoncelo
C3
GA 17h
Farinelli Il Castrato
G. F. Handel Cara sposa / Johann Adolf Hasse Son qual
nave ch’agitata / G. F. Handel Abertura de Rinaldo;
Concerto Grosso, Op. 3/3 / G. B. Pergolesi Salve Regina /
Riccardo Broscchi Qual guerriero in campo armato
Concerto de’ Cavalieri
Marcello Di Lisa direção musical
Vivica Genaux meio-soprano
C4
GA 19h
Wolfgang Amadeus Mozart Requiem
Anna Samuil soprano / Cátia Moreso meio-soprano /
Bruno Ribeiro tenor / João de Oliveira baixo
Voces Caelestes / Sérgio Fontão direção musical
Orquestra Metropolitana de Lisboa
SAN 13H
Cinema para dois pianos
Leonard Bernstein Danças Sinfónicas do West Side Story /
George Gershwin Um Americano em Paris
Artur Pizarro piano / Rinaldo Zhok piano
C15
SAN 15H
Concerto Improviso
Variações sobre O Padrinho, Casablanca, La Strada, Amélie
António Victorino D’Almeida piano
Luiz Avellar piano / Paulo Jorge Ferreira acordeão
C16
SAN 17H
Cartoons para dois pianos
Camille Saint-Saëns Dança Macabra, op. 40 /
Paul Dukas O Aprendiz de Feiticeiro /
R. Strauss Valsas do Cavaleiro da Rosa (transcrição de Otto Singer) /
Amilcare Ponchielli Dança das Horas da ópera
La Gioconda (transcrição de Rinaldo Zhok) / Franz Liszt Rapsódia
Húngara n.º 2 (transcrição de Richard Kleinmichel)
Artur Pizarro piano / Rinaldo Zhok piano
C17
SAN 19H
Bon Voyage
Samuel Lercher Trio
Leonardo Garcia-Alarcón direção musical
Vânia Fernandes voz
Concerto de Encerramento
c5 GA 21H30
Carlos Gardel Cuando tu no estas / A. Piazzolla Milonga
del Angel; Muerte del Angel / Erik Satie Gymnopedie 1;
Gymnopedie 2 / Franz Lehar Der Graf von Luxemburg /
Gustav Mahler Adagietto da Sinfonia n.º 5
Erich W. Korngold O Gavião dos Mares
(arr. J. Brubacker) / Richard Addinsell Concerto de Varsóvia
/ Georges Bizet/Franz Waxman Fantasia Carmen para
Sebastien Gurtler violino / Tommaso Huber violoncelo
Michael Williams contrabaixo Gerhard Muthspiel acordeão
B26
SsMB 22H
Ennio Morricone
Marcha em Lá / Playing Love, Mozart Reencarnado
Tema do Filme O Amor da Minha Vida / Tema da Série
Amarcord Wien
C19
SsMB 15H
Woody Allen: O Eclético
I. Berlin Cheek to Cheek / E.Satie Gymnopédie N.º 1 /
F.Mendelssohn Excertos de Um Sonho de uma Noite
de Verão / S.Prokofiev Amor das Três Laranjas: Marcha /
J.S.Bach Largo do Concerto em Fá menor, BWV 1056 /
G.Gershwin Embraceable You / W.Hudson Moonglow;
Oh, Lady be Good
Syrinx: XXII Katharine Rawdon flautas / António
Carrilho flautas de bisel e Eagle Recorder / Raj Bhimani piano
C20
SsMB 17H
Paisagens sonoras
Erik Satie Cinéma / John Cage In a landscape
António Pinho Vargas O movimento parado
das árvores; Casa de granito no Minho
Michael Nyman Big my Secret; The heart asks pleasure first
Philip Glass Mad Rush
Joana Gama piano
C21
SsMB 19H
Um Americano em Paris
Temas de George
Gershwin
Couple Coffee
Luanda Cozetti voz / Norton Daiello baixo
Alexandre Frazão bateria / Eduardo Jordão piano
C22
SFP 13H
Samuel Barber Adágio para Cordas / Arvo Pärt Spiegel im
Spiegel / Luigi Boccherini Quinteto op. 11, n.º 5
Ensemble Darcos
Com participação especial de Paulo Gaio Lima violoncelo
C23
SFP 15H
Música ao vivo de Carlos Bica
e João Paulo Esteves da Silva
para The Navigator, de Buster Keaton e Donald Crisp
João Paulo Esteves da Silva piano
Carlos Bica contrabaixo
C24
SFP 17H
Para lá do Cinema I
Sérgio Azevedo Metamorfoses on Gershwin´s themes
André Previn Trio com Piano n.º 2
Leonard Bernstein Trio com Piano
Trio Bel’Art
C25
SFP 19H
A música no «Film Noir»
obras de John
Lewis, Henry Mancini, David Raksin,
John Williams, Bernard Herrmann, Michel Legrand,
Antoine Duhamel, entre outros
Stephan Oliva piano
C26* SAR 15H
Academia de Música de Lagos
Conservatório de Portimão Joly Braga Santos
Academia de Música de Óbidos
/ Conservatório Regional Silva Marques
Obras para piano de Isaak Dunayevsky,
Frédèric Chopin, Michael Nyman, Claude-Michel
Schonberg, John Williams
C27* SAR 17H
Conservatório Regional de Palmela /
Fórum Cultural de Gulpilhares
Obras de Jacob ter Velduhuis Cole Porter, Harold Arlen,
B. Andersson/ B. Ulvaeus, Leonard Cohen, John Kander,
Calvin Carter/James Hudson e Carole King
c28* sar 19h
Conservatório de Música do Choral Phydellius
/ Conservatório de Portimão Joly Braga Santos
/ Academia de Música de Paços de Brandão
Obras de Ennio Morricone, Vangelis, Astor Piazzolla,
Klaus Badelt, Hans Zimmer, John Williams,
Andrew Lloyd Webber, B. Andersson, B. Ulvaeus
*
Projetar o Futuro com Arte Uma iniciativa da ANQEP
- Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional
E AINDA
coreto
espaço música livre
aqui há conversas
concertos e oficinas
para os mais novos
venda de livros e cd
espaço cinema
Mercado do CCB
edição especial
babysitting
CÓCEGAS NOS PÉS
toda a programação
www.ccb.pt
LINHA DIAS DA MÚSICA
213 612 627
(DAS 11H ÀS 20H)
legenda das salas:
ga grande auditório
pa pequeno auditório
SLFB sala luís de freitas branco
SAN sala almada negreiros
SsMB sala sophia de mello breyner
sfp sala fernando pessoa
SAR sala amália rodrigues
os concertos
c3 e c6 têm o apoio