Cafés Filosóficos: Conversas informais sobre Filosofia
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Cafés Filosóficos: Conversas informais sobre Filosofia
Disciplina - Filosofia - Cafés Filosóficos: Conversas informais sobre Filosofia Filosofia & Ciências Enviado por: [email protected] Postado em:28/02/2013 Soraia Barros O projeto iniciou-se em 2008 e o número de edições está perto das 150. "Cafés Filosóficos", uma ideia dinamizada por Tomás Magalhães Carneiro, tem como objetivo fomentar o "pensamento genuíno" através de uma discussão em grupo. As reuniões realizam-se em espaços públicos, a entrada é livre e o que menos importa é a bagagem filosófica que cada participante aporta. De acordo com Tomás Magalhães Carneiro, dinamizador do projeto, os encontros visam ser uma "pausa para pensar, conviver e discutir educadamente o universo da filosofia". Os "Cafés Filosóficos" são assim, conversas simples e informais sobre filosofia onde quem participa "não tem de ter necessariamente formação filosófica". Até porque, segundo Tomás Carneiro, "os filósofos normalmente sentem que não têm nada a aprender com as outras pessoas e essa é uma das grandes tragédias da filosofia, hoje em dia". Reavivar o espírito de diálogo e troca de ideias O conceito faz parte de um movimento internacional com origem em França, nos anos 80 do século passado, conhecido por "Novas Práticas Filosóficas". Em entrevista ao JPN, o promotor do projeto admite que o pressuposto destas "práticas filosóficas" é reavivar o espírito de diálogo e a troca de ideais. Segundo o Tomás Carneiro, os "Cafés Filosóficos" querem formar vários grupos informais de investigação na cidade do Porto, de modo a que Filosofia se torne prática. "A filosofia pode ser um exercício descomplexado de reflexão intelectual sem a carga de erudição e obscurantismo, muitas vezes associada à filosofia académica", refere o estudioso. Exercício de "apequenamento e engrandecimento" Ao JPN, o dinamizador dos "Cafés Filosóficos" admite que estas sessões já fazem parte da sua vida e da vida de muita gente: "Às vezes dou por mim a precisar de gente para pensar comigo e a ansiar pelo próximo Café Filosófico". Para Tomás, ir a um evento deste gênero pode ser um exercício de "apequenamento e de engrandecimento". Apequenamento porque, segundo o dinamizador, num Café Filosófico "não é o tom da nossa voz que importa mas a força das nossas ideias". "Assim sentimo-nos mais pequenos quando descobrimos que as nossas ideias não são tão fortes quanto as outras", garante. "Por outro lado, é engrandecedor conhecer outras vozes, outras ideias e perspectivas sobre a realidade", admite Tomás. O que se pretende com o projeto, em curso desde 2008, é o aumento do exercício do pensamento genuíno. Algo que se consegue através dos "contributos que surgem espontaneamente no calor da discussão e que nascem do interesse e do esforço intelectual dos participantes". Ao JPN, Tomás diz que um dos objetivos dos "Cafés Filosóficos" é envolver a comunidade acadêmica incluindo os estudantes Erasmus que visitam a Universidade do Porto. Para isso, está já em marcha "uma sessão em inglês que lhes é dedicada". Temas Aleatórios Os temas que se discutem são escolhidos aleatoriamente. "Algumas vezes a caminho do Café Filosófico penso no tema que me tem ocupado durante a semana e proponho-o aos participantes, outras vezes pergunto que tema querem discutir, outras vezes é proposto um exercício filosófico qualquer que faça sair ideias e argumentos", conta Tomás, ao JPN. Esta notícia foi publicada no site Jornalismo Porto Net em 28 de Fevereiro de 2013. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade da autora. http://filosofia.seed.pr.gov.br 30/9/2016 3:45:30 - 1