controladoras_disco
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ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia INDICE INDICE.............................................................................................................2 1. BREVE INTRODUÇÃO................................................................................4 2. MFM RLL / ST-506/412 ...............................................................................6 3. ESDI ..........................................................................................................10 3. IDE / IDE ....................................................................................................11 4. IDE ATA I ...................................................................................................12 5. IDE ATA-2 (ENHANCED IDE) ...................................................................15 6. ATAPI (ATA PACKET INTERFACE)..........................................................19 7. INTERFACES E DISPOSITIVOS SCSI .....................................................20 8. SCSI VERSOS IDE....................................................................................20 9. OS DIVERSOS TIPOS DE SCSI ...............................................................24 10. Conectores SCSI .....................................................................................29 11.SCSI DIFERENCIAL.................................................................................31 11.1. SE, OU SINGLE ENDED. .....................................................................31 11.2. HVD, OU DIFERENCIAL DE ALTA VOLTAGEM..................................31 11.3. LVD, OU DIFERENCIAL DE BAIXA VOLTAGEM.................................32 12. SCSI ID ....................................................................................................36 13. TERMINADORES SCSI...........................................................................38 14. USO SIMULTANEO DOS CABOS INTERNOS E EXTERNOS ...............41 15. MISTURANDO DISPOSITIVOS DE 8 E 16 BITS ....................................45 15.1. CONVERSOR DE 16 PARA 8 BITS EXTERNO ...................................49 15.2. CONVERSOR DE 16 BITS PARA 8 BITS INTERNO. ..........................50 15.3. CONVERSORES DE BARRAMENTO INTERNO PARA EXTERNO ....52 16. PLACAS SCSI COM MÚLTIPLOS CANAIS.............................................53 A FOTOS ......................................................................................................55 António Lopes Paulo Matos 2 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia B TABELAS ..................................................................................................56 C ILUSTRAÇÕES .........................................................................................57 D.BIBIOGRAFIA ............................................................................................58 António Lopes Paulo Matos 3 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 1. BREVE INTRODUÇÃO O primeiro objectivo e trabalho de uma interface de disco rígido, que também chamamos muitas vezes de controladora de disco rígido, é transmitir e receber, transferir, dados do e para o drive de disco rígido. É a forma de incorporação do disco no sistema do computador, conexão com o barramento, principio do controlador… Ao tentar definir controladora ou interface, para mais facilmente poder ordenar o trabalho cheguei à lamentável conclusão que das dezenas de dicionários de informática que existem pela “net” poucos falam de interface, e não me lembro de ter visto nenhum com explicações para controladora (de disco). Sinto-me qual comentador do “National Geografic”, a fazer os comentários sobre aqueles rios da Amazónia, dos quais dificilmente se consegue dizer aqui acaba o rio, e aqui começa o mar. Onde acaba a controladora e começa o interface? Sempre ouvi chamar controladora (possivelmente os mais novos não saberão do que estou a falar…), a umas placas que se colocavam numa slot de 8 ou de 16 bits, e onde se ligava o cabo flexível dos discos, também conhecidas por placas multifunções, em virtude de também servirem de controladoras para rato, teclado e impressora, por exemplo. De acordo com o que consegui apurar, apesar de todos os defeitos da Internet, a melhor explicação para interface é a que, incrivelmente, encontrei na Internet. ‘ O interface é a ligação entre o mecanismo da unidade de disco e o barramento (bus) de sistema. O interface define a forma em como os sinais passam entre o barramento de sistema e o disco duro. No caso do disco, o António Lopes Paulo Matos 4 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia interface chama-se controladora ou placa controladora, e encarrega-se não só de transmitir e transformar a informação que parte e chega do disco, mas também de seleccionar a unidade a que se quer aceder, do formato, e de todas as ordens de baixo nível em geral. A controladora por vezes encontrase incluída na plca principal. [1] .Podemos considerar que existem (ou existiam) basicamente 5 padrões de controladoras, MFM, RLL, IDE, EIDE, e SCSI, cujos nomes se confundem muito facilmente com interfaces de discos rígidos. Em termos de interfaces podemos distinguir a ST-506/412, IDE, ATA (várias versões), ESDI, e SCSI. Constatei que há quem considere as duas primeiras interfaces as verdadeiras controladoras de disco rígido, pois partir da IDE, a controladora de disco rígido ficou integrada com outras controladoras, como é o caso da placa de multi I/O, que controla também os discos flexíveis, as portas série e paralelas. Infelizmente a informação que circula na Internet e que à partida nos devia merecer alguma confiança, ou é confusa, ou muitas vezes contraditória, tornando desta forma um pequeno trabalho sobre controladoras um autentico pesadelo do qual não nos vemos acordar. Lamentável é também que os fabricantes não disponibilizem informação dos produtos que fabricaram, nomeadamente a Seagate. Valeu-me a ajuda de algumas firmas que reparam discos, e têm publicidade alojada na Internet, pois possuem uma panóplia de marcas e modelos com indicação de alguns dados sobres estes. António Lopes Paulo Matos 5 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 2. MFM RLL / ST-506/412 São padrões antigos, fora de uso, princípios da codificação. Tempos houve em que a escolha de discos era muito simples…qualquer coisa desde que fosse ST 506/412. O ST 506/412 foi um interface desenvolvido pela Seagate em1980, que usava um método de codificação para armazenar dados. Este sistema foi criado para poder suportar os seus discos de 5 Mb cujo modelo era o ST506, e o modelo ST412 de 10 Mb estando hoje em dia obsoleta e não se encontrando em sistemas novos. É um interface a nível de dispositivo; O primeiro interface utilizado em PC’s que proporcionava um valor máximo de transferência de 1 Mbyte por segundo, mais propriamente 625K /s com codificação MFM, e 984K/s com codificação RLL. Foram os dias áureos do MFM (Modified Frequency Modulation). Porém muitos construtores não estavam contentes com os 17 sectors/track que estes providenciavam. Em oposição ao MFM, é projectado o RLL (Run Lenght Limited), que utilizava grupos de 16 bits em vez do bit individual, para fazer uma espécie de compactação dos dados, o qual utilizando o mesmo espaço físico, conseguia meter por vezes cerca de mais 50% de informação no mesmo disco. Só em 1991 é que o RLL ultrapassou o MFM, pois começou a sentir-se cada vez mais a necessidade de dispositivos com maior capacidade de armazenamento, colocando-se então de lado a questão do RLL ser mais caro que o MFM. Os discos eram de tamanho 5 ¼", que podiam armazenar até 110 Mb utilizando um controlador RLL, ou 68 Mb se MFM. Havia contudo também de 3.½”, e com capacidades até 66 Mb se utilizado um controlador RLL e com 40MB se fosse MFM. António Lopes Paulo Matos 6 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Ilustração 1 – Cablagem de um disco da série de interfaces ST- 505/412 Estes discos normalmente utilizavam dois cabos flexíveis ou fitas, mais um de energia que vulgarmente chamamos de cabo de alimentação. Um dos cabos flexiveis possuía uma ficha com 34 pinos e era o cabo do controlador (control cable) o outro com ficha de 20 pinos era o cabo de dados (data cable), o de alimentação de quatro cabos de energia. Estes cabos eram iguais para os discos e para as disquetes. Podendo até utilizar-se um só cabo para ligar dois discos e dois drives de disquetes, mas nestes casos os cabos do controlador posuiam os fios 25 a 29 trocados, e os cabos de dados tinham que ser António Lopes Paulo Matos 7 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia independentes para cada disco. Podemos ver os desenhos da figura 1 (que não foi traduzido propositadamente) e a foto 1 onde estão os cabos de controlador do disco e do drive de disquetes. Como nos discos actuais o pino 1 é referenciado por um fio de cor normalmente vermelha. Foto 1 – Fitas de controlador dos ST506/412 As diversas fotografias que se vão seguir dizem respeito a um disco Seagate ST - 125 – 1, com capacidade de 21 Mb, com tamanho de 3 ½”, utilizando um interface MFM e um controlador ST 506. Foto 2 – Disco ST-125 visto por dentro Tanto pela foto 2 como pela 3 podemos observar que estes discos possuíam dois cabos flexíveis (flet cables) e que encaixavam no disco, não através de pinos, mas através de alhetas como podemos ver mais em pormenor na foto 4. António Lopes Paulo Matos 8 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 3 – Disco ST 125 visto por baixo Podemos também observar uma pequena peça amarela que é um terminador como os usados nos SCSI. Foto 4 – Pormenor das alhetas de ligação das fitas e do terminador. A placa controladora era de 8 bits, da qual mostramos a foto 5, não propriamente dito controladora, mas uma placa multifunções, onde podemos ver também o disco com as fitas. António Lopes Paulo Matos 9 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 5 – Controladora, fita e disco 3. ESDI A interface ESDI (Enhanced Small Device Interface) foi um avanço diante da ST, herdando ainda muitas características, inclusive nos cabos que eram iguais, apesar do controlo de dados e sinais serem diferentes. Como o seu antecessor este era um interface a nível de dispositivo, mas com um valor mais alto de transferência de dados (entre 1,25 e 2,5 Mbytes por segundo). Foi estabelecida como padrão em 1983, pela Maxtor Corporation. Também deixou de ser usado e é muito difícil de ser encontrado. Tanto o ESDI como o SCSI (de que falaremos mais à frente) utilizavam o RLL para obterem maiores capacidades de armazenamento e performances. Tal como o ST, estes interfaces foram usados basicamente em máquinas XT’s e 286. António Lopes Paulo Matos 10 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 3. IDE / IDE A Integrated Drive Electronics (IDE) é um termo aplicado a qualquer drive com uma interface controladora de disco integrada. Foi inicialmente chamada de interface ATA (AT Attachment), é um padrão ANSI e o termo IDE é o mais conhecido para essas controladoras integradas. Ao contrário das outras esta interface passou a ser a nível de dispositivo, cumprindo as normas ANSI de acoplamento dos AT’s y que usa uma variação sobre o barramento de expansão do AT (sendo por isso também chamados AT) para ligar a unidade de disco ao CPU, com um valor máximo de transferência de 4Mbytes por segundo. Ao princípio, IDE era o termo genérico para qualquer interface a nível de sistema. A especificação inicial está mal definida, é mais rápido que os interfaces ST506 e ESDI e com o desaparecimento dos computadores AT esta interface também desaparece, para deixar passagem para o SCSI e o SCSI-2 Essa controladora simplifica a instalação de um disco rígido por usar basicamente duas conexões: uma da comunicação de dados e outra para a alimentação de energia (corrente ou força). A placa controladora dos PCs até o 486DX2-66MHz vinha como uma placa separada e tinha de ser conectada à placa principal. Actualmente, essa controladora já faz parte integral da placa principal, facilitando a instalação e aumentando a performance do disco. Essas controladoras integradas conseguem desempenho melhor que uma placa conectada. Um conector da interface IDE possui 40 pinos, conectados por um cabo do tipo flexível (flat). Os pinos usados são somente os pinos de sinais requeridos pela controladora padrão do tipo XT ou AT, porque as controladoras no estilo AT usam somente a linha de interrupção 14. Não são necessárias mais linhas para controle da interface. António Lopes Paulo Matos 11 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Para a conexão de cada disco rígido da interface IDE, existe um cabo flexível de 40 pinos, de forma que o bus mais encontrado é o de 16 bits no padrão ATA. Uma das primeiras vantagens da IDE é o custo e a performance. Os drives IDE são os de mais alta performance comparados às interfaces anteriores, perdendo somente para a SCSI. No entanto, os drives IDE são diferentes para cada fabricante, de tal forma que variam a performance de acordo com o modelo. Existem modelos de alta velocidade e modelos de baixa velocidade. Isto é resultado da evolução dessa interface no decorrer do tempo. As interfaces IDE existem para diferentes tipos de barramento: XT IDE de 8 bits ISA ATA (AT Attachment ) IDE de 16 bits para ISA MCA IDE de 16 bits MCA (Micro Chanel Artquitcture, usado pela I.B.M – International Busines Machine) Popularmente, é a interface ATA de 16 bits ISA que está no mercado em peso. A CDC, Western Digital e a Compaq criaram a interface ATA do tipo IDE e estabeleceram o conector de 40 pinos. Os primeiros drives ATA IDE eram de 5 ¼" com 40MB. Através desse padrão, os comandos específicos de cada fabricante para a formatação de um disco rígido a nível físico também foram padronizados. É importante notar que somente a interface IDE encontrou um padrão na indústria, sendo que a especificação ATA foi introduzida em 1989 como um padrão ANSI. 4. IDE ATA I O padrão ATA-1 veio em 1994 e o padrão ATA-2 (chamado de Enhanced IDE) em 1995. E por último, o padrão ATA-3 é o mais rápido. Os sinais desses padrões são especificados nos 40 pinos, bem como as especificações dos cabos. António Lopes Paulo Matos 12 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Graças ao ATA, a conexão de dois drives de disco foi possível de maneira mais simplificada. E como fazer para um HD responder por vez, mesmo quando existam esses dois discos no mesmo cabo? As controladoras do disco deverão saber para qual disco vai a informação. Para tanto, chama-se o disco 0 de Master, e o disco 1 de Slave em uma interface IDE (primária ou secundária). Um drive de disco pode ser designado por Master ou Slave de acordo com os jumpers ou por uma linha especial chamada de Cable Select, que é a selecção por cabo. Quando um drive está instalado, a controladora responde a todos os comandos do sistema. Quando há dois drives, havendo logo duas controladoras, todos os comandos são recebidos por ambas controladoras, de forma que cada uma responde somente a comandos dirigidos a si mesma. Por isso, a definição de Master ou Slave permite esse controle. Uma das melhores características da ATA IDE é o conjunto de comandos avançados, de tal forma que os drives são fáceis de instalar, podendo-se dizer que um dos comandos mais importantes é o de identificação do próprio drive. Estes comandos fornecem os detalhes sobre o drive, permitindo dessa forma, qualquer programa e especialmente o BIOS de o poder encontrar, assim como conhecer exactamente os parâmetros de configuração do disco, que incluem o fabricante, número do modelo, parâmetros de operação e o número de série também. Antigamente o utilizador é que deveria entrar com todos os dados para informar qual disco estava a ser usado. Hoje, isto é automático e é feito por uma auto-detecção. Nota-se que o comando de identificação consegue prover toda a geometria do disco, o que é muito importante. Para tal, existem programas específicos que extraem essas informações do disco. Outros comandos importantes são a Múltipla Leitura e Múltipla Escrita. Esses comandos permitem a transferência de dados de sectores múltiplos e combinados com a capacidade de transferência em block mode (PIO – Parallel I/O), resultam em uma taxa de transferência altíssima. António Lopes Paulo Matos 13 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Existem outros comandos avançados, como o de formatação a baixo nível e o controle de defeitos. Os drives ATA IDE podem ser divididos em três categorias. Estas categorias podem ser divididas de acordo com as funções do disco, como o design, que afecta a formatação em baixo nível. Essas categorias são: Drives ATA IDE não inteligentes Drives ATA IDE inteligentes Drive ATA IDE inteligente de gravação em zonas. Os drives IDE não inteligentes requerem que a controladora responda exactamente de acordo com a original da ATA IDE, que foi fabricada pela Wester Digital, depois transformada pelo ANSI. Basicamente, as controladoras faziam pouco mais que as ST e ESDI e eram consideradas melhores, por serem IDE. Não foram considerados drives IDE inteligentes por não possuírem capacidades que os drives inteligentes possuem, como a resposta a qualquer comando avançado e o comando de identificação do drive. A formatação física destes drives ocorre da mesma maneira que no ST e ESDI, sendo que vinha de fábrica já pré-definido. A melhor forma de manusear estes drives é através de um programa de gestão de disco, como o Disk Manager. Os drives IDE inteligentes suportam os comandos avançados do padrão ATA. Eles podem ser configurados em dois modos: raw physical e translation mode. No modo raw physical, simplesmente entra-se com os parâmetros físicos do disco, que é a sua geometria (cilindros, sectores e cabeças), de tal forma que seja o tamanho real do disco. Para o translation mode, simplesmente entra-se com o número próximo do real suportado da geometria do disco. As diferenças entre os dois modos influenciam na formatação física do disco (em baixo nível). A preferência é o translation mode, de forma que esse modo preserva as configurações de fábrica e evita um remapeamento do disco. António Lopes Paulo Matos 14 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Os drives IDE inteligentes de gravação em zonas são os mais sofisticados, por combinarem inteligência (comandos) com a gravação em zonas. Com este método de gravação em zonas, o drive tem um número variável de sectores por trilha em muitas zonas através da superfície do drive. Pelo motivo de que o BIOS suporta somente um número fixo de sectores por todas as trilhas, estes drives precisam sempre rodar em translation mode. Portanto, não é possível alterar as definições de fábricas desses discos. No entanto, pode-se fazer uma formatação de baixo nível, utilizando um programa específico. 5. IDE ATA-2 (ENHANCED IDE) A interface ATA-2 é uma extensão da ATA original, que adiciona recursos a fim de aumentar a performance, através de características como PIO e modo DMA. Também inclui comandos de auto detecção do drive, sendo totalmente Plug and Play. A ATA-2 é chamada também de Enhanced IDE (EIDE), que é tecnicamente da Western Digital. Os padrões Fast ATA e Fast ATA-2 são similares e inspirados na tecnologia da Seagate, que também passou para a Quantum. Nota-se aqui que esses três fabricantes praticamente dominam o mercado. De fato, os melhores discos são os da Western Digital, Seagate e Quantum. Enfim, existem três áreas onde a ATA-2 (EIDE) implementou a mais da ATA (IDE) original: Mais capacidade física Maior taxa de transferência Um canal IDE secundário onde pode-se ligar quatro discos em vez de dois. ATAPI (ATA Program Interface). A ATA-2 permite o aumento da capacidade física do disco rígido sobre a ATA original, isto é feito através de um BIOS avançado, que permite aceder a mais que 504MB de disco rígido. Este limite de 504MB é determinado pela geometria do disco, um drive IDE, e o programa do BIOS avançado contorna António Lopes Paulo Matos 15 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia esse problema de geometria comunicando-se com o drive de disco, Isto é, o chamado translation mode. O drive tem sua geometria disfarçada, a fim de operar com toda a capacidade possível. Por exemplo, se o drive tem 2000 cilindros e 10 cabeças, o translation mode faz com que pareça ter 1000 cilindros e 20 cabeças. De fato, o BIOS é avançado a ponto de habilitar mais que 1024 cilindros no programa de setup. Para isso, há configurações especiais que desempenham o BIOS translation mode. Todos os BIOS de 1995 até hoje devem ter esse suporte. Vejamos os padrões existentes: CHS Padrão (Cylinder Head Sector) – há somente uma forma de transformação interna para o drive. O drive real e sua geometria física são completamente indivisíveis com os drives ATA de hoje. Os cilindros, cabeças e sectores impressos na etiqueta do fabricante para uso do BIOS são puramente a geometria lógica e não representam os parâmetros físicos actuais. Estes drives têm um limite de endereçamento pelo CHS de 16 cabeças e 1024 cilindros, que são 504MB de disco. Em vez de CHS, chama-se de modo Normal no BIOS, uma vez que é o suporte básico da IDE. Os discos que tiverem, então, essa geometria, não necessitam de qualquer transformação nos seus parâmetros, isto é, drives com menos de 504MB. No Extended CHS, a transformação da geometria lógica é usada para se comunicar entre o drive e o BIOS, enquanto que é usado uma transformação para comunicação entre o BIOS e o resto. Assim, existem dois passos para a transformação, enquanto que no CHS padrão há somente um passo. Estes drives ainda têm os parâmetros alterados internamente, que excedem a limitação de 1024 cilindros do BIOS padrão. Neste caso, os cilindros são divididos por dois e as cabeças são multiplicadas por dois, de forma que a barreira de 504MB é rompida. Este padrão é também conhecido como Large ou ECHS no BIOS. Para comunicação com o drive, existe, então, uma comunicação que transforma a geometria do disco. Este padrão é usado com drives que tem mais de 1024 cilindros e que não suportam o modo LBA, portanto, a geometria já passa a ser lógica. António Lopes Paulo Matos 16 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Existe porém um pequeno problema em potencial nesta conversão. Não existe uma padronização nas fórmulas usadas para implementar esta conversão. Os BIOS de dois computadores diferentes, mesmo indicando que usam LBA, podem usar métodos diferentes. Isto significa que ao retirarmos o disco rígido de um PC e o colocarmos em outro, é possível que o método de conversão do BIOS do segundo PC seja diferente do primeiro. Neste caso, não será possível aceder aos seus dados. Este problema pode ocorrer quando os computadores usam BIOS de fabricantes diferentes, já que cada fabricante de BIOS procura empregar fórmulas iguais para a conversão do em todas as suas versões de BIOS. Em PCs antigos, mesmo equipados com placas de CPU Pentium (até aproximadamente meados de 1994), não existia a função LBA implantada no BIOS. Para que o LBA pudesse ser empregado, os fabricantes de disco rígidos forneciam uma disquete com um software que era instalado no disco e activava a função LBA. Esta activação era feita logo no início do processo de boot, antes mesmo da carga do sistema operacional. Exemplos de software que implementam este recurso são o EZ-Drive e o Disk Manager. Ao comprar um disco rígido para instalar em um computador moderno, que possua LBA no seu BIOS, este software não deve ser usado. Devemos fazer a instalação normal, usando o comando Auto Detect Hard Disk do CMOS Setup, e ativar a função LBA. O disco funcionará perfeitamente. Actualmente, os discos rígidos IDE são todos com suporte a LBA. Capacidades acima dos 504MB sempre exigem esse suporte. Nota-se que não se pode fazer funcionar um disco com LBA num BIOS que não o suporte, a não ser que haja um programa como o Disk Manager que saneie este problema antes do sistema operacional funcionar. A maior transferência de dados do ATA-2 é a principal parte das especificações para esta interface e uma das razões para ter sido feita. Para isto, foram programados modos de entrada e saída de dados, que chamamos António Lopes Paulo Matos 17 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia de PIO Mode (Parallel I/O). Existem basicamente 5 modos de PIO, sendo cada modo mais rápido de acordo com o número que o especifica. O padrão ATA-3 que nesta altura já se encontra no mercado exigiu um novo tipo de cabo flexível (flat), devido à taxa de transferência. Com o PIO Mode até 2, usa-se o barramento ISA de 16 bits. Com o PIO Mode 3 e 4, é necessário ter a interface IDE conectada a uma placa VLB ou PCI. Por isso, a interface IDE integrada é melhor. As placas principais de hoje possuem duas interfaces IDE com ATA-2, de forma que a interface primária roda na velocidade do bus do PCI, e a secundária geralmente funciona no bus ISA, e portanto, suporta somente o PIO Mode 2 ou menor. Quando se usa o comando de identificação do drive, a controladora retorna, entre outras coisas, informações sobre o PIO Mode e o DMA Mode que usa. Isto é feito sempre que o BIOS detecta o disco pelo setup. E se por acaso for seleccionado um modo de transferência mais rápido do que o suportado, certamente haverá perda de dados. Os drives ATA-2 também realizam a função de Block Mode, que significa que eles usam múltiplos comandos de Leitura/Escrita e reduzem muito o número de interrupções enviadas ao processador local. Isto também contribui para uma maior taxa de transferência. Nas transferências em modo DMA, embora não usados na maioria dos sistemas operacionais e BIOS, a interface ATA-2 traz esse suporte. As transferências em modo DMA significam que os dados são transferidos directamente entre o drive e a memória sem usar o processador como um intermediário, que é uma oposição ao PIO. Há dois modos distintos de acesso DMA: DMA e busmastering DMA. O DMA alivia a placa principal do sistema para a gestão das operações de transferências para e da memória. Para o busmastering DMA, tudo isto é feito pela lógica da própria placa de interface. Assim, existe uma considerável complexidade e maior preço numa interface que suporte busmatering DMA. António Lopes Paulo Matos 18 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 6. ATAPI (ATA PACKET INTERFACE) Este padrão foi desenvolvido para dispositivos como um CD-ROM e outros que são conectados a interface IDE e que não são discos rígidos. Uma das vantagens é o baixo custo dessa interface. Com a interface ATAPI, os drives de CD-ROM e de fita conseguem um desempenho melhor que conectados em placas adaptadoras, uma vez que usam a interface local da IDE. PIO – Mode Tempo por Taxa de ciclo (ns) transferência Padrão Interface (MB/s) 0 600 3,3 ATA ISA 16 bits 1 383 5,2 ATA ISA 16 bits 2 240 8,3 ATA 2 VLBus / PCI 3 180 11,1 ATA 2 VLBus / PCI 4 120 16,6 ATA 2 VLBus / PCI 5 20 ATA 3 S ATA Tabela 1 – De comparações de tempo e transferência de dados Apesar de usarem a Ultra DMA 33 interface de disco rígido, não significa que sejam um disco rígido, isto significa que sempre é necessário ter um drive específico para fazer o CD-ROM ou drive de fita funcionar. Pode-se até realizar o boot do sistema por um CD-ROM, de acordo com a versão do BIOS. Mas o drive sempre é requerido. António Lopes Paulo Matos 19 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 7. INTERFACES E DISPOSITIVOS SCSI Discos rígidos SCSI são usados principalmente em servidores, mas também em PCs de altíssimo desempenho, por exemplo os utilizados em digitalização de vídeo. Interfaces SCSI também podem controlar unidades de fita magnética, discos ópticos, scanners e outros inúmeros dispositivos. Muito antes do aparecimento das primeiras interfaces IDE, em 1990, já eram comuns as interfaces e dispositivos SCSI. Este tipo de interface permite a conexão de diversos dispositivos, como discos rígidos, drives de CD-ROM, discos ópticos, unidades de fita magnética, scanners, etc. Apesar das interfaces e dispositivos IDE apresentarem diversas vantagens, existem muitos casos em que a adopção do padrão SCSI é mais vantajosa. SCSI é pronunciado como scâzi, e significa Small Computer System Interface (interface de sistema para pequenos computadores). O termo “pequeno” não se refere a computadores portáteis, mas aos computadores pessoais e minicomputadores. Nos anos 80, quando o padrão SCSI foi criado, grandes computadores eram os de grande porte, aqueles que ocupavam salas inteiras. 8. SCSI VERSOS IDE Assim como o padrão IDE sofreu avanços ao longo dos anos, o mesmo ocorreu com o padrão SCSI. Os principais avanços são ligados ao desempenho, como por exemplo, a taxa de transferência de dados. No que diz respeito aos discos rígidos, os modelos SCSI estão sempre um passo à frente dos modelos IDE. Por mais avançado, rápido e de maior capacidade que sejam os modelos IDE, sempre poderemos encontrar modelos SCSI ainda mais velozes e de maior capacidade. Por exemplo, quando os discos IDE com mais de 50 GB começaram a se tornar comuns, já existiam discos SCSI na faixa dos 200 GB. António Lopes Paulo Matos 20 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Se necessitarmos de instalar dispositivos SCSI em certas situações estratégicas, por exemplo, computadores que vão trabalhar como servidores devem utilizar preferencialmente discos SCSI, e não IDE. Os discos SCSI são mais adequados a ambientes de multitarefa intensiva, ao contrário dos modelos IDE, mais adequados para PCs de uso pessoal. Outro tipo de conexão também usado pelos periféricos actuais é a interface paralela. Podemos encontrar vários dispositivos que podem ser conectados à interface paralela: discos ópticos, gravadores de CD-R, scanners, câmaras digitais, etc. A porta paralela é uma alternativa de baixo custo, adequada para computadores de uso pessoal. Para uso profissional, a conexão SCSI também é a mais indicada. Oferece maior taxa de transferência e é isenta de problemas de compatibilidade. A conexão USB é uma outra alternativa para conexões entre PCs e dispositivos diversos, porém não se propõe a concorrer com o SCSI em termos de desempenho. Já o Firewire, este sim, tem características de transferência no mesmo nível das obtidas pelas interfaces SCSI. Em termos de discos e meios de armazenamento, os dois padrões mais usados são mesmo o SCSI e o IDE. A tabela que se segue apresenta algumas características desses dispositivos. SCSI IDE Taxa de transferência Até 320 MB/s Até 133 MB/s Número de 15 2 Placa de Embutida na placa de expansão CPU dispositivos Interface Tabela 2 – Características de dispositivos SCSI e IDE António Lopes Paulo Matos 21 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Assim como ocorre com o padrão IDE, existem várias modalidades de transferências nos barramentos SCSI. Dependendo da interface e do dispositivo são usadas taxas de 5, 10, 20, 40, 80, 160 ou 320 MB/s. O modo IDE mais veloz é o Ultra DMA 6 (133 MB/s), apesar de actualmente (finais de 2003) já existir no mercado um novo interface que é o S.ATA que pode fornecer taxas de transmissão a começar em 150 MB/s. Uma única interface SCSI-2 ou SCSI-3 pode controlar até 15 dispositivos SCSI. As interfaces SCSI-1, mais simples, permitem conectar até 7 dispositivos. As interfaces IDE podem controlar apenas dois dispositivos (Master e Slave). Com as duas interfaces IDE presentes nas placas de CPU é possível conectar no máximo 4 dispositivos IDE. Se for necessário conectar mais de 15 dispositivos, podemos instalar duas interfaces SCSI, ou então uma placa de interface SCSI de duplo canal, aumentando o número de conexões para 30. Foto 6 - Placa de interface SCSI. Apesar de inferior no que diz respeito à taxa de transferência e ao número de conexões, a simplicidade e o baixo custo são as vantagens das interfaces IDE. Para instalar dispositivos IDE não é necessário adquirir uma placa de expansão, como ocorre com o padrão SCSI. Duas interfaces IDE já estão presentes na placa de CPU, o que torna o custo da sua utilização bastante baixo. António Lopes Paulo Matos 22 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Discos rígidos SCSI são mais inteligentes que os modelos IDE. Um disco SCSI pode receber diversas solicitações de acesso, em várias partes da sua superfície magnética. Esses discos podem receber e manter pendentes comandos de leitura ao mesmo tempo em que realizam outros acessos. Ao terminar um acesso, obtém da fila de acessos pendentes, aquele que resulta no mais curto movimento com as cabeças de leitura e gravação. Desta forma os acessos são feitos em uma ordem mais inteligente, resultando em maior desempenho global. Discos IDE não possuem este recurso. Executam um comando de leitura ou gravação de cada vez. Os discos SCSI são portanto os mais indicados para uso em servidores, nos quais o número de solicitações de acesso é muito maior. Digamos ainda que seja necessário instalar um disco rígido de 500 GB, e que os discos IDE de maior capacidade disponível no mercado sejam os de 128 GB. Uma solução seria instalar 4 discos IDE de 128 GB, mas o uso de um só disco SCSI de 500 GB é mais vantajoso. Além do maior desempenho (uma interface IDE não pode receber dados de dois discos rígidos ao mesmo tempo), será também menor o nível de aquecimento e menor o espaço ocupado. Certos periféricos não estão disponíveis no padrão IDE, sendo então obrigatório o uso de modelos SCSI. Podemos citar discos ópticos e unidades de fita magnética. Como são de uso muito restrito, os modelos mais avançados desses periféricos não estão disponíveis no padrão IDE, sendo então necessário utilizar interfaces SCSI. Existe ainda uma situação pouco comum nos dias actuais, pela qual podemos passar. Certos dispositivos são dotados de interfaces SCSI, e acompanhados de uma interface SCSI simplificada. Esta característica foi muito comum nos scanners, até a adopção da conexão paralela. ZIP Drives, JAZ Drives, drives de CD-R no padrão SCSI, acompanhados de uma interface SCSI simplificada, também foram muito comuns até a adopção em maior escala das interfaces IDE e paralela. Você pode precisar instalar ou resolver problemas de funcionamento nesses dispositivos. António Lopes Paulo Matos 23 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 7 – Placa SCSI simplificada para periféricos que não exige alta velocidade Podemos então destacar algumas situações nas quais o padrão SCSI é recomendado, ao invés do IDE: Quando é preciso conectar um elevado número de dispositivos Quando é preciso trabalhar com taxas de transferências maiores Em servidores, os discos SCSI são mais eficientes que os discos IDE Para instalar discos de altíssima capacidade, não disponível nos modelos IDE Para instalar periféricos que não estão disponíveis no padrão IDE Quando um periférico é acompanhado de uma interface SCSI 9. OS DIVERSOS TIPOS DE SCSI O padrão SCSI (ou melhor, “os padrões”) deixa o utilizador confuso com o grande número de termos empregados. Poderemos encontrar nomes como: • SCSI-1, SCSI-2, SCSI-3 • Fast SCSI, Wide SCSI, Fast Wide SCSI António Lopes Paulo Matos 24 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia • Ultra SCSI, Wide Ultra SCSI • Ultra2 SCSI, Wide Ultra2 SCSI • Ultra3 SCSI, Wide Ultra3 SCSI • Fast-20, Fast-40, Fast-80 • Ultra160, Ultra320 Os nomes estão relacionados com o clock utilizado pelo barramento (5, 10, 20, 40 ou 80 MHz, com single data rate ou double data rate) e com o número de bits usados (8 ou 16 bits). A seguinte tabela mostra os nomes recebidos em cada modalidade de comunicação: Clock Transferências em 8 bits Transferências em 16 bits Padrão Taxa Padrão Taxa 5 MHz SCSI-1 5 MB/s Wide SCSI 10 MB/s 10 MHz (Fast) Fast SCSI 10 MB/s Fast Wide 20 MB/s SCSI 20 MHz (Fast-20) Ultra SCSI 40 MHz (Fast-40) 80 MHz (Fast-80) 160 MHz 20 MB/s Ultra SCSI 40 MB/s Ultra2 SCSI 40 MB/s Ultra2 SCSI 80 MB/s - - Ultra3 SCSI 160 MB/s (Fast- - - Ultra4 SCSI 320 MB/s 160) Tabela 3 - Os nomes recebidos em cada modalidade de comunicação: A maioria desses padrões é compatível com os padrões anteriores. Por exemplo, placas de interface Ultra2 SCSI podem controlar dispositivos Ultra2 António Lopes Paulo Matos 25 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia SCSI, Ultra SCSI, Fast SCSI, SCSI-1, etc. As interfaces são vendidas de acordo com o máximo clock utilizado. Encontramos então placas dos tipos: • SCSI-1 • SCSI-2 (Fast, Wide, Fast Wide) • Ultra SCSI • Ultra2 SCSI • Ultra3 SCSI • Ultra4 SCSI Existe ainda as classificações SCSI-1, SCSI-2 e SCSI-3, que consistem no seguinte: Padrão Modos utilizados SCSI-1 SCSI-1, com 8 bits e 5 MHz SCSI-2 8 ou 16 bits, até 10 MHz: Fast SCSI, Wide SCSI, Fast Wide SCSI SCSI-3 8 ou 16 bits e clocks de 20 MHz e superiores Tabela 4 – As classificações SCSI-1, SCSI-2 e SCSI-3 O SCSI-3 não é um padrão fechado, pois encontra-se em processo de evolução. Enquanto o padrão não é especificado, os fabricantes de placas e periféricos SCSI criaram seus próprios padrões, como Ultra, Ultra2, Ultra3 e Ultra4. António Lopes Paulo Matos 26 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Antes de se comprar uma interface SCSI devemos pensar no tipo de dispositivo que pretendemos instalar. Se o objectivo é apenas colocar em funcionamento um scanner SCSI cuja interface original foi danificada, não há necessidade de comprar placas Ultra SCSI ou superiores. A vantagem em ter uma placa rápida é que no futuro poderão ser instalados periféricos SCSI mais velozes. Se a possibilidade da aquisição de novos periféricos SCSI é remota, é melhor optar por uma interface mais simples, como SCSI-2 ou SCSI-1. Uma outra opção é comprar adaptadores de porta paralela ou USB para SCSI, dispensando assim a placa controladora e aproveitando as interfaces já existentes no PC. Foto 8 - Adaptador USB/SCSI Um motivo que nos pode levar a comprar placas de interface SCSI mais rápidas é a necessidade de instalação de discos rígidos velozes. Em servidores nos quais são instalados discos de alta capacidade, é grande a possibilidade da instalação a curto ou médio prazo de um disco rígido que utilize as elevadas taxas de transferência oferecidas pelos padrões Ultra SCSI e superiores. A tabela a seguir mostra as características de alguns modelos de discos SCSI produzidos pela Seagate, com capacidades de até 50 GB. São apresentadas ainda algumas características relativas ao desempenho, como a velocidade de rotação (RPM), o tempo de acesso e a taxa de transferência. De notar que a Seagate só produz modelos Ultra SCSI com capacidades de até 18 GB. Capacidades superiores a esta requerem o uso do padrão Ultra2 António Lopes Paulo Matos 27 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia SCSI. Este é portanto um critério para a decisão de compra de uma interface Ultra2 SCSI, ao invés de uma Ultra SCSI. Padrão Capacidade Modelo RPM T. acesso Taxa Transf. Ultra SCSI 18.2 GB ST118273W 7200 7.6/8.3 ms 190 MB/s Ultra-2 SCSI 18.2 GB ST118273LW 7200 7.6/8.3 ms 190 MB/s Ultra-2 SCSI 36.4 GB ST136475LW 7200 7.6/8.4 ms 240 MB/s Ultra-2 SCSI 50.1 GB ST150176LW 7184 7.4/8.2 ms 264 MB/s Ultra-2 SCSI 18.2 GB ST118202LW 10025 5.7/6.5 ms 231 MB/s Ultra-2 SCSI 18.2 GB ST318203LW 10016 5.2/6 ms 308 MB/s Ultra-2 SCSI 36.4 GB ST136403LW 10000 5.7/6.5 ms 308 MB/s Ultra-2 SCSI 9.1 GB ST39102LW 5.2/6 ms 231 MB/s 10025 Tabela 5 - Características de alguns modelos de discos SCSI produzidos pela Seagate O barramento SCSI permite a mistura de dispositivos de tipos diferentes. Por exemplo, em uma placa Ultra2 SCSI podemos conectar dispositivos de 8 e 16 bits, SCSI-1, Fast SCSI, Ultra SCSI e Ultra2 SCSI. Entretanto, dependendo do modelo da interface, poderá ocorrer queda de desempenho com esta mistura. Para evitar este problema, algumas placas de interface apresentam conectores separados para dispositivos Ultra SCSI (e inferiores) e para dispositivos Ultra2 SCSI. Este é o caso da placa Adaptec AHA2940U2W. No caso desta placa, para que não ocorra perda de desempenho, devemos ligar os dispositivos Ultra2 SCSI em um dos dois conectores Ultra2 SCSI existentes na placa. Dispositivos Ultra SCSI e inferiores devem ser ligados em um dos conectores Ultra SCSI. António Lopes Paulo Matos 28 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Ilustração 2 - Conectores de uma placa Adaptec Ultra2 SCSI. 10. Conectores SCSI Os cabos e conectores usados por interfaces e dispositivos SCSI formam uma pequena miscelânea. Existem conectores internos e externos, de 8 e de 16 bits, com vários formatos. Ilustração 3 - Uma placa SCSI e seus conectores Em geral as placas de interface SCSI possuem um conector externo e dois internos, como a mostrada na ilustração 2. Entre os conectores internos, um é de maior velocidade que o outro. Podemos ter por exemplo, um de 8 (50 pinos) e um de 16 bits (68 pinos). O conector externo em geral é do mesmo tipo que o interno mais veloz. António Lopes Paulo Matos 29 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Conector Aplicação Centronics-50 Conector SCSI externo de 8 bits, usado em placas de interface antigas. HPDB50 Conector SCSI externo de 8 bits, usado em placas de interface mais recentes. IDC50 Conector SCSI interno de 50 pinos. Usado em placas SCSI novas e antigas, dedicado à ligação de dispositivos que operam com 8 bits. DB-25 Usado por interfaces SCSI dos computadores Apple e MACs. Muitas placas de interface SCSI simplificadas que acompanham scanners também usam este conector. HPDB68 Conector SCSI de 68 pinos, 16 bits. Usado nas conexões internas e externas com placas SCSI-2 e SCSI-3. António Lopes Paulo Matos 30 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia SCA-80 Novo conector SCSI de 80 pinos, ainda pouco utilizado. Tabela 6 – Conectores SCSI 11.SCSI DIFERENCIAL Para possibilitar os aumentos nas taxas de transferência do barramento SCSI, novos níveis de sinais eléctricos foram adoptados. Podemos encontrar dispositivos SCSI compatíveis com 3 tipos de níveis eléctricos: 11.1. SE, OU SINGLE ENDED. Esses sinais digitais possuem características eléctricos equivalentes aos de outros tipos de interface, como paralela, IDE, etc. Cada um dos bits é transferido através de uma tensão na faixa de 2,4 a 3,5 volts para representar o bit 1, e de cerca de 0,2 volts para indicar o bit 0. 11.2. HVD, OU DIFERENCIAL DE ALTA VOLTAGEM. A transmissão no modo diferencial tem como maior vantagem a imunidade a ruídos e interferências. Ao invés de cada bit ser transmitido por um único fio, são usados dois fios, com tensões iguais e de sinais contrários (por exemplo, +2 volts e -2 volts). O receptor desses dois sinais calculará a sua diferença, que neste exemplo será de (+2) – (-2) = 4 volts. Se ocorrer a indução de ruídos ou interferências ao longo do cabo, a perturbação eléctrica ocorrerá com intensidades iguais em ambos os fios. O fio que transmite o sinal positivo passará a ter, por exemplo, 2+p, e o fio negativo passará a ter –2+p (onde p é a intensidade da perturbação eléctrica captada pelos fios). O receptor desses dois sinais receberá então o valor (+2+p) – (-2+p) = 4 volts. Como vemos, o António Lopes Paulo Matos 31 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia uso da amplificação diferencial resulta no cancelamento de quaisquer perturbações eléctricas sofridas ao longo do cabo. Dispositivos SCSI mais velozes operam em modo diferencial. 11.3. LVD, OU DIFERENCIAL DE BAIXA VOLTAGEM. Utiliza o mesmo processo do HVD, porém com tensões menores, o que reduz o consumo de corrente e possibilita a simplificação dos circuitos das interfaces e dispositivos SCSI. Este tipo de sinal eléctrico passou a ser usado no padrão Ultra2 SCSI. Outra vantagem dos modos LVD e HVD é o uso de cabos de maior comprimento. Cabos curtos em geral são suficientes para conectar dispositivos que estão localizados dentro de um mesmo gabinete, mas para ligações entre gabinetes diferentes é necessário usar cabos mais longos. O comprimento do cabo depende do modo eléctrico usado pelo barramento (SE, LVD e HVD) e do número de dispositivos conectados. De um modo geral, quanto mais dispositivos estão conectados, maior será o consumo de corrente, e mais curto precisará ser o cabo. A tabela que se segue mostra os comprimentos máximos para cabos SCSI em diversas conexões. Padrão Clock Comprimento máximo do cabo Dispositivos SE LVD HVD SCSI-1 5 MHz 6m - 25 m 8 Fast SCSI 10 MHz 3 m - 25 m 8 Fast Wide SCSI 10 MHz 3 m - 25 m 16 Ultra SCSI 20 MHz 1,5 m - 25 m 8 Ultra SCSI 20 MHz 3 m - 25 m 4 António Lopes Paulo Matos 32 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Ultra Wide SCSI 20 MHz - - 25 m 16 Ultra Wide SCSI 20 MHz 1,5m - 25 m 8 Ultra Wide SCSI 20 MHz 3 m - 25 m 4 Ultra2 SCSI 40 MHz - 12 m 25 m 8 Ultra2 Wide SCSI 40 MHz - 12 m 25 m 16 Ultra3 SCSI 80 MHz - 12 m - 16 Ultra4 SCSI 160 12 m - 16 - MHz Tabela 7 -Comprimentos máximos para cabos SCSI Observe os comprimentos dos cabos no modo SE. Quanto maior é o clock do barramento SCSI, menor precisa ser o comprimento. Para 5 MHz o cabo SE pode ter até 6 metros. A 10 MHz o tamanho máximo passa a ser 3 metros, e a 20 MHz cai para 1,5 metro. Para 40 MHz não é mais utilizado o modo SE. Observe entretanto que com menos dispositivos, o cabo pode ser mais longo. O modo Ultra Wide permite conectar até 16 dispositivos, porém para usar o cabo de 1,5 m no modo SE é preciso ligar no máximo 8 dispositivos (incluindo a interface). Se ligarmos apenas 4 dispositivos, o cabo poderá ter até 3 metros. O modo HVD permite conexões mais longas, com até 25 metros. Note que o modo SE não é mais usado a partir do Ultra2 SCSI, e o modo HVD não é mais usado a partir do Ultra3 SCSI. O modo LVD, introduzido a partir do Ultra2 SCSI, permite conexões a até 12 metros, e será o padrão nos próximos anos. Antes do padrão Ultra2 SCSI existiam apenas dispositivos SE e HVD. Não é permitido fazer a mistura desses dispositivos. Dentro de um barramento SCSI, ou todos os dispositivos são SE, ou todos são HVD. A mistura só é permitida através do uso de conversores. António Lopes Paulo Matos 33 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Devido à sua incompatibilidade com dispositivos SE, os dispositivos SCSI HVD foram pouco utilizados. O padrão LVD é mais flexível, e com ele, o HVD tornou-se obsoleto. Placas Ultra2 SCSI e superiores permitem instalar, no mesmo barramento, dispositivos SE e LVD. Durante a inicialização, a interface identifica cada um dos dispositivos instalados. Se todos forem do tipo LVD, o barramento funcionará em modo LVD. Se pelo menos um dos dispositivos for SE, tanto o barramento SCSI como os demais dispositivos LVD passarão automaticamente a trabalhar no modo SE. Desta forma o comprimento máximo permitido para o cabo é reduzido de 12 m para 1,5 m. A outra desvantagem nesta mistura é que não poderão ser feitas transferências a 40 MHz. O clock será automaticamente reduzido para 20 MHz, resultando na taxa de transferência máxima de 40 MB/s, no modo Ultra Wide. Se é realmente necessário trabalhar em modo Ultra2 ou Ultra2 Wide, não devemos instalar no barramento, dispositivos SE. Em geral podemos escolher entre os discos rígidos, diversas opções de interface. Veja por exemplo os discos da família Barracuda 18, produzidos pela Seagate, apresentados na tabela abaixo. Padrão Capacidade Modelo Ultra SCSI 18.2 GB ST118273WD Ultra SCSI 18.2 GB ST118273W Ultra SCSI 18.2 GB ST118273WC Ultra SCSI 18.2 GB ST118273N Ultra-2 18.2 GB ST118273LW 18.2 GB ST118273LC SCSI Ultra-2 SCSI Tabela 8 - Diversas opções de interface António Lopes Paulo Matos 34 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Entre os modelos de 18,2 GB encontramos opções para Ultra SCSI e Ultra-2 SCSI. O mesmo disco é fabricado com as opções de interface WD, W, WC, N, LW e LC. O significado das siglas é definido pelo fabricante como: W 68 pinos, Wide, HVD D W 68 pinos, Wide, SE W 80 pinos, Wide, SE C N 50 pinos, 8 bits, SE LW 68 pinos, Wide, LVD LC 80 pinos, Wide, LVD Tabela 9 - Oções de interface Para modelos até Ultra SCSI, é melhor escolher as versões SE, desde que o cabo utilizado não precise ser longo, ou modelos HVD quando o cabo precisar ser mais longo que o permitido pelo padrão SE. Para modelos Ultra2 e superiores, a preferência recai sobre o padrão LVD, já que o padrão SE não permite trabalhar com clock de 40 MHz ou superior. Quanto aos demais dispositivos ligados ao barramento SCSI, devem ter a interface escolhida de modo a não prejudicar o funcionamento de dispositivos Ultra2 SCSI. Se um servidor possui discos rígidos capazes de trabalhar com velocidades mais altas, (40 MB/s, 80 MB/s ou superiores), não devemos prejudicar o seu desempenho instalando no mesmo barramento, dispositivos SE que reduzem o clock para 20 MHz. Neste caso é sensato fazer a instalação desses dispositivos em uma segunda interface SCSI, ou então usar uma interface SCSI de duplo canal. António Lopes Paulo Matos 35 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 12. SCSI ID Cada dispositivo SCSI deve ter um número identificador. Este número é chamado de SCSI ID. Placas controladoras SCSI-1 permitem até 8 dispositivos, numerados de 0 até 7. O número 7 é reservado para a placa de interface, portanto podem ser ligados na placa um máximo de 7 dispositivos SCSI. Já as placas com barramento SCSI de 16 bits permitem a ligação de até 16 dispositivos. Um deles é a própria placa, que deve obrigatoriamente receber o número 7. Podem ser portanto ligados até 15 dispositivos. Os dispositivos SCSI de 8 bits só operam com os números 0 a 7. Já os de 16 bits operam com os números de 0 até 15. Em qualquer caso, o número 7 deve ser sempre reservado para a placa controladora. Mesmo usando uma placa controladora SCSI com barramento de 16 bits, não podemos usar mais que 7 dispositivos SCSI de 8 bits, já que esses dispositivos só podem assumir os números de 0 a 6. Com dispositivos SCSI de 16 bits não existe tal restrição. Podemos, por exemplo, conectar 10 dispositivos SCSI de 16 bits e 5 de 8 bits, ou qualquer outra combinação, desde que: A placa controladora assuma o SCSI ID = 7 O número total de dispositivos não seja superior a 15 O número total de dispositivos de 8 bits não seja superior a 7 Cada dispositivo deve ter um SCSI ID diferente Normalmente o SCSI ID é seleccionado através de jumpers ou micro chaves. Na ilustração 3 podemos ver as instruções para a configuração de uma certa unidade de fita SCSI. Observe que existem 3 jumpers para indicar o SCSI ID. António Lopes Paulo Matos 36 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Ilustração 4 – Configuração SCSI ID através de jumpers. Nos scanners de mesa SCSI é muito comum o uso de chaves rotativas para seleccionar o SCSI ID, como podemos ver no exemplo da ilustração4. Nesta ilustração, apesar da chave rotativa ter números de 0 até 9, só podemos usar os números de 0 a 6. Ilustração 5 - Configuração de SCSI ID por chave rotativa. Na ilustração 5 vemos as instruções para a configuração do SCSI ID de um disco rígido, extraídas do seu manual. Note que os jumpers permitem António Lopes Paulo Matos 37 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia escolher valores entre 0 e 15. Entretanto devemos usar preferencialmente os valores 0 e 1. Esses valores farão com que o disco rígido seja reconhecido pelo BIOS SCSI. Os discos ficarão activos assim que o computador for ligado. Para que sejam instalados mais de 2 discos rígidos SCSI, é preciso instalar um driver que acompanha a placa controladora SCSI. O Windows possui drivers nativos para vários modelos de controladoras SCSI. Ilustração 6 - Configuração do SCSI ID de um disco rígido SCSI. 13. TERMINADORES SCSI Um dos diversos aspectos que devem ser considerados na instalação de dispositivos SCSI é a terminação. Trata-se de um grupo de resistências no dispositivo conectado à extremidade do cabo. A terminação é necessária para garantir uma boa propagação dos sinais digitais ao longo do cabo, evitando interferências e outros problemas de ordem eléctrica. A regra geral é que os dispositivos conectados nas extremidades devem ficar COM as resistências de terminação, enquanto os localizados no meio do cabo devem ficar SEM as resistências de terminação. Normalmente os dispositivos SCSI são fornecidos com as resistências de terminação instaladas e configurados. Neste caso devemos retirar ou então desinstalar as resistências dos dispositivos ligados a conectores que não estejam nas extremidades. Em certos dispositivos, a desinstalação consiste em simplesmente retirar essas António Lopes Paulo Matos 38 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia resistências. Em outros, os resistências são soldadas, e sua desinstalação é feita através de jumpers ou micro chaves. A ilustração 6 mostra o aspecto dessas resistências Ilustração 7 - Resistências terminais ou terminadores A regra de instalação de terminadores é válida tanto para dispositivos internos como para externos. Na ilustração 7 podemos ver uma instalação em que só existem dispositivos internos (Ex: um disco rígido SCSI interno e uma unidade de fita SCSI interna). Neste caso a placa controladora SCSI deve ter sua terminação instalada, o dispositivo da extremidade do cabo deve ter a terminação instalada, e o que está ligado ao meio do cabo deve ter a terminação desinstalada. Ilustração 8 - Configurando os terminadores em dispositivos internos António Lopes Paulo Matos 39 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Já na ilustração 8 vemos uma situação na qual são usados apenas dispositivos externos. A terminação deve ficar habilitada tanto na placa controladora como no dispositivo localizado na extremidade do cabo, ficando os demais com a terminação desinstalada. Ilustração 9 - O último dispositivo SCSI externo deve ter o terminador ativado. Quando usamos dispositivos internos e externos simultaneamente, a placa controladora SCSI é considerada como ligada ao “meio” do cabo. É como se o cabo tivesse duas seções, sendo uma interna e outra externa. Neste caso, apenas os dispositivos SCSI ligados nas extremidades de ambos os cabos devem ter as terminações habilitadas. Os demais dispositivos, e também a placa controladora SCSI devem ficar com suas terminações desinstaladas. Podemos ver esta situação na ilustração 9. Ilustração 10 - Placa ligada a dispositivos internos e externos António Lopes Paulo Matos 40 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Note que a sequência de dispositivos SCSI ao longo do cabo deve formar uma cadeia linear. Na figura 13 vemos esta cadeia esquematizada, mostrando as ligações de dispositivos internos e externos. Os dois dispositivos localizados nas extremidades (um deles pode ser a própria placa de interface SCSI, quando apenas um cabo é utilizado) devem ter sempre os terminadores activados, e os demais devem ter os terminadores desactivados. 14. USO SIMULTANEO DOS CABOS INTERNOS E EXTERNOS Ilustração 11 - Cadeia SCSI. Tudo o que foi explicado até agora sobre terminações parece muito simples, mas é válido apenas quando tanto a placa como os dispositivos operam com o mesmo número de bits. Quando usamos placas em uma mesma cadeia, dispositivos de 8 e de 16 bits, temos que levar em conta dois grupos de terminadores, sendo um para os primeiros 8 bits e outro para os 8 bits mais significativos (a metade superior dos 16 bits). Ao mesmo tempo surge uma complicação adicional em relação ao uso de conectores. Placas controladoras SCSI que possuem três ou mais conectores só permitem o uso de dois desses conectores, não podendo ser usados três ou mais António Lopes Paulo Matos 41 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia simultaneamente. Fica fácil entender a razão desta restrição quando observamos electricamente o que significa utilizar dois conectores, como mostra a figura 13. Quando são usados dois cabos, a placa está no interior da linha formada pelos cabos. Não é possível utilizar três cabos, pois desta forma não estaria sendo formada uma “linha”, e sim, um “Y”, o que não é permitido. Nas placas SCSI modernas, activação e desactivação das suas terminações é feita através de um utilitário gravado na sua ROM, juntamente com o BIOS SCSI. Trata-se de uma espécie de Setup que é activado na ocasião do boot. Para placas Adaptec, devemos teclar Control-A logo após a contagem de memória para activar este Setup. Entrará em acção o programa de configuração da placa, e nele encontraremos uma tela como a da ilustração 14 Ilustração 12 - Setup de uma placa SCSI Adaptec. Se observarmos com atenção este painel “Host Adapter SCSI Termination............. Low OFF/High ON “, as terminações da placa são divididas em dois grupos, chamados respectivamente de LOW e HIGH. Cada um desses grupos pode ser individualmente activado ou desactivado, bastando programá-los como ON ou OFF. A programação deve ser feita de acordo com o uso dos seus conectores: António Lopes Paulo Matos 42 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Conectores LOW HIGH Apenas o de 16 bits interno ON ON Apenas o de 16 bits externo ON ON Apenas o de 8 bits interno ON ON 16 bits interno e 16 bits externo OFF OFF 8 bits interno e 16 bits (int ou ext) OFF ON Tabela 10 – Configuração dos conectores LOW / HIGHT Quando é usado apenas um conector, significa que a placa está na extremidade da linha formada pelo cabo SCSI, portanto suas terminações devem ficar activadas. Isto justifica as três primeiras linhas da tabela. Quando são usados os dois conectores de 16 bits (interno e externo), significa que em cada um dos cabos (o interno e o externo) existe um dispositivo SCSI de 16 bits com a sua terminação activada. Portanto, a placa deve ter as suas terminações desactivadas (LOW=OFF e HIGH=OFF), como mostra a tabela. Finalmente, quando são usados dois cabos, sendo um de 8 e outro de 16 bits, a placa é considerada no meio para os 8 bits menos significativos (e portanto deve ser programada como LOW=OFF), mas é considerada na extremidade em relação aos 8 bits mais significativos (e portanto deve ser programada como HIGH=ON). É o que vemos na ilustração 12, a relação entre terminações LOW/HIGH da placa e o uso dos cabos. António Lopes Paulo Matos 43 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Ilustração 13 – Terminação da placa Os dispositivos SCSI externos normalmente possuem em sua parte traseira dois conectores. Isto facilita o encadeamento das ligações, como mostra a figura 16. O último dispositivo da cadeia deve ter o seu terminador activado. Muitas vezes este terminador já faz parte dos circuitos do dispositivo, bastando activá-lo através de chaves ou jumpers. Podemos também optar pelo uso de um terminador externo, como vemos no dispositivo da figura 16. Neste caso, ao invés de utilizar o terminador que faz parte do circuito do dispositivo, devemos deixá-lo desactivado e conectar o terminador externo no seu segundo conector SCSI. Este terminador é idêntico a um conector utilizado em cabos SCSI externos, excepto que não existe cabo, e em seu interior encontramos as resistências de terminação. António Lopes Paulo Matos 44 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Ilustração 14 - Uso de um terminador SCSI externo 15. MISTURANDO DISPOSITIVOS DE 8 E 16 BITS Muitas placas SCSI possuem conectores de 8 bits. Conectores internos de 8 bits (50 pinos) são comuns mesmo nas placas Ultra2 SCSI, mas os conectores externos de 8 bits já são considerados raros. Não seria possível desta forma conectar dispositivos externos de 8 bits quando o conector externo da placa é de 16 bits. Felizmente existem soluções de conectividade para todos os casos, graças ao uso de adaptadores e cabos especiais. Para conectar dispositivos SCSI externos é preciso adquirir um cabo apropriado. Verifique qual é o tipo de conector existente na parte traseira da placa de interface, e qual é usado pelo dispositivo SCSI. Nesses casos é preciso levar em conta não apenas o número de bits, mas o formato utilizado. Já vimos neste capítulo que os conectores SCSI mais usados são: António Lopes Paulo Matos 45 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Centronics-50: externo de 8 bits HPDB50: externo de 8 bits IDC50: interno de 8 bits HPDB68: interno ou externo de 16 bits Tabela 11 – Conectores mais usados Ilustração 15 - Principais conectores SCSI Mesmo quando os dispositivos não são do mesmo tipo que os conectores disponíveis na placa, podemos fazer a conexão através de cabos apropriados. Vejamos alguns exemplos: a) Dispositivo externo com conector DB-25, placa com conector externo HPDB50 - Para esta conexão devemos usar um cabo SCSI externo com um conector HPDB25 em uma extremidade e um conector DB-25 na outra. b) Dispositivo externo com conector DB-25, placa com conector externo HPDB68 - O cabo a ser usado para esta conexão possui um conector HPDB68 em uma extremidade e um conector DB-25 na outra. António Lopes Paulo Matos 46 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia c) Dispositivo externo com conector Centronics-50, placa com conector externo HPDB50 - Usamos um cabo com um conector HPDB50 em uma extremidade e um conector Centronics-50 na outra. d) Dispositivo externo com conector Centronics-50, placa com conector externo HPDB68 - O cabo a ser usado nesta conexão deve ter um conector Centronics-50 em uma extremidade e um conector HPDB68 na outra. Foto 9- Cabo HPDB68/CEN50. e) Dispositivo externo com conector HPDB50, placa com conector externo HPDB68 - Usamos um cabo com um conector HPDB50 em uma extremidade e um conector HPDB68 na outra. Observe que a passagem de HPDB68 para HPDB50 ou Centronics-50 é uma conversão de 16 para 8 bits. Este cabo elimina os 8 bits mais significativos do barramento SCSI. Como é o “fim da linha” para esses 8 bits, esses cabos possuem terminações para os bits eliminados. A figura 18 mostra o aspecto de um cabo SCSI externo, do tipo HPDB68/HPDB50. Observe como os conectores são de tamanhos diferentes. António Lopes Paulo Matos 47 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 10 - Cabo SCSI externo HPDB68/HPDB50 Podemos encontrar no mercado, cabos SCSI externos com praticamente todos os tipos de conectores, como HPDB25/HPDB25, HPDB68/HPDB68 HPDB68/CEN50, etc. Para conectar vários dispositivos SCSI externos usamos uma sucessão de cabos. No último dispositivo externo devemos usar um terminador, que pode ser interno, pertencente aos circuitos do próprio dispositivo ou então externo, como o mostrado na ilustração 16. Foto 11 - Terminador SCSI externo. António Lopes Paulo Matos 48 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Existem ainda certos cabos externos HPDB68/HPDB50, HPDB68/Centronics50 e HPDB68/DB25 que não possuem a terminação para o byte mais significativo. Esses cabos não devem ser usados. Use apenas se tiver certeza da existência da terminação. Em seu lugar você poderá usar conversores, como os mostrados na figura 21. Esses conversores possuem as terminações para os 8 bits mais significativos. Foto 12- Conversores SCSI de 16 para 8 bits A mistura de dispositivos internos de 8 e 16 bits também é possível. Quando não são usados dispositivos externos, a mistura é muito fácil, pois poderemos utilizar os dois conectores internos, um de 8 e outro de 16 bits. Quando existem dispositivos externos não podemos usar os dois conectores internos, pois a cadeia SCSI formaria um “Y”, o que não é permitido. Neste caso devemos usar adaptadores como os mostrados na figura 21. Existem conversores de 16 para 8 bits, internos ou externos: 15.1. CONVERSOR DE 16 PARA 8 BITS EXTERNO Este conversor possui de um lado, um conector HPDB68 e do outro um conector HPDB50. Observe que para que esta conversão funcione, o conversor precisa ter terminações nos 8 bits mais significativos, já que ele será o “fim da linha” para esses 8 bits. Antes de usar este conector, certifiqueAntónio Lopes Paulo Matos 49 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia se de que essas terminações estão presentes. Um conector que atende tal condição é o modelo ACK-68P-50P, fabricado pela Adaptec (figura 22). Foto 13 - Conversor externo de 16 para 8 bits (68 para 50 pinos). O uso deste conector é bastante simples. A partir do conector HPDB68 externo da placa de interface SCSI, usamos cabos com conectores de 68 pinos para ligar todos os periféricos SCSI externos de 16 bits. No último desses periféricos, usamos este conector, e daí em diante, utilizamos cabos com conectores de 50 pinos para encadear os periféricos SCSI de 8 bits. 15.2. CONVERSOR DE 16 BITS PARA 8 BITS INTERNO. Se for necessário instalar dispositivos SCSI internos de 8 bits e o conector de 50 pinos não puder ser usado (para não formar um “Y”), podemos usar adaptadores internos de 16 para 8 bits, permitindo a ligação. Um conector apropriado é o Adaptec ACK-68P-50P-IU. Através desses adaptadores podemos conectar dispositivos de 8 bits (50 pinos) em conectores de 16 bits (68 pinos). A figura 19 mostra como esses conectores são empregados. Utilizamos o cabo SCSI interno de 68 pinos para ligar todos os dispositivos de 16 bits. O último dispositivo da cadeia deve ter os terminadores activados. Nos conectores nos quais queremos ligar António Lopes Paulo Matos 50 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia dispositivos de 8 bits, usamos o adaptador ACK-68P-50P-IU. Note que este adaptador não pode ser usado na extremidade do cabo, pois isto deixaria os 8 bits mais significativos do barramento SCSI sem terminação. Ilustração 16 - Ligando dispositivos SCSI de 8 bits em um cabo de 16 bits. Existem no mercado algumas placas SCSI que utilizam conectores de 80 pinos. Caso seja necessário, podemos ligar no cabo de 80 pinos, dispositivos SCSI de 8 ou 16 bits, usando adaptadores apropriados, como os mostrados na foto 9. Foto 14 - Adaptadores de 80 pinos para 68 e 50 pinos. António Lopes Paulo Matos 51 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 15.3. CONVERSORES DE BARRAMENTO INTERNO PARA EXTERNO A formação de um “Y” no barramento SCSI não é permitida. Não podemos portanto usar o cabo SCSI externo simultaneamente com os dois cabos SCSI internos. Quando é preciso utilizar os três cabos (por exemplo, um dispositivo SCSI externo, um interno de 8 bits e um interno de 16 bits) podemos ligar o dispositivo interno de 8 bits no cabo de 16 bits, usando adaptadores como o apresentado no item B. Uma outra forma de evitar a formação do “Y” é deixar sem uso o conector externo da placa e ligar a extremidade de um dos cabos internos em adaptadores. Um conector interno é ligado ao cabo SCSI interno. Um cabo flat liga este conector interno a outro conector externo, preso a uma lâmina de metal. Esta lâmina é fixada na parte traseira do gabinete do computador. Desta forma temos uma secção SCSI externa, formada pela continuação de um cabo interno. Existem conversores deste tipo com conexões de 50 e de 68 pinos. O adaptador da foto 10 é ainda mais versátil. É na verdade um cabo SCSI interno, contendo na sua extremidade, um conector externo para a continuação da cadeia SCSI. Foto 15 - Conversor de SCSI interno para externo. António Lopes Paulo Matos 52 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia 16. PLACAS SCSI COM MÚLTIPLOS CANAIS Controladoras SCSI já oferecem taxas de transferência bastante elevadas. Mais sofisticadas ainda são as placas equipadas com múltiplos canais. A foto 11 mostra uma placa SCSI de canal duplo. Observe que existem dois conectores externos de 16 bits, e dois externos também de 16 bits, além de um interno de 8 bits. Os dois canais operam de forma independente, e a taxa de transferência total é duas vezes mais elevada, já que pode aceder a dois dispositivos ao mesmo tempo. Observe que esta é uma placa PCI de 64 bits (veja o tamanho do seu conector PCI), já que os 133 MB/s oferecidos pelo barramento PCI de 32 bits e 33 MHz é uma taxa baixa para este tipo de aplicação. Foto 16 - Placa SCSI com 2 canais. Existem ainda as controladoras RAID, que permitem a conexão de vários discos em paralelo, funcionando como um único disco com taxa de transferência 4 vezes maior (é preciso que a placa tenha 4 canais, como a da figura 27). Também é possível criar sistemas redundantes, com operações simultâneas em dois discos. Desta forma, se um disco apresenta pane, os dados são preservados no outro disco. António Lopes Paulo Matos 53 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia Foto 17 - Controladora RAID SCSI. António Lopes Paulo Matos 54 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia A FOTOS Foto 1 – Fitas de controlador dos ST506/412 ..................................................8 Foto 2 – Disco ST-125 visto por dentro ...........................................................8 Foto 3 – Disco ST 125 visto por baixo .............................................................9 Foto 4 – Pormenor das alhetas de ligação das fitas e do terminador. .............9 Foto 5 – Controladora, fita e disco .................................................................10 Foto 6 - Placa de interface SCSI...................................................................22 Foto 7 – Placa SCSI simplificada para periféricos que não exige alta velocidade................................................................................................24 Foto 8 - Adaptador USB/SCSI ......................................................................27 Foto 9- Cabo HPDB68/CEN50.......................................................................47 Foto 10 - Cabo SCSI externo HPDB68/HPDB50 ...........................................48 Foto 11 - Terminador SCSI externo. ..............................................................48 Foto 12- Conversores SCSI de 16 para 8 bits ...............................................49 Foto 13 - Conversor externo de 16 para 8 bits (68 para 50 pinos).................50 Foto 14 - Adaptadores de 80 pinos para 68 e 50 pinos. ................................51 Foto 15 - Conversor de SCSI interno para externo........................................52 Foto 16 - Placa SCSI com 2 canais. ..............................................................53 Foto 17 - Controladora RAID SCSI. ...............................................................54 António Lopes Paulo Matos 55 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia B TABELAS Tabela 1 – De comparações de tempo e transferência de dados..................19 Tabela 2 – Características de dispositivos SCSI e IDE .................................21 Tabela 3 - Os nomes recebidos em cada modalidade de comunicação:.......25 Tabela 4 – As classificações SCSI-1, SCSI-2 e SCSI-3 ................................26 Tabela 5 - Características de alguns modelos de discos SCSI produzidos pela Seagate....................................................................................................28 Tabela 6 – Conectores SCSI .........................................................................31 Tabela 7 -Comprimentos máximos para cabos SCSI ....................................33 Tabela 8 - Diversas opções de interface........................................................34 Tabela 9 - Oções de interface.......................................................................35 Tabela 10 – Configuração dos conectores LOW / HIGHT .............................43 Tabela 11 – Conectores mais usados............................................................46 António Lopes Paulo Matos 56 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia C ILUSTRAÇÕES Ilustração 1 – Cablagem de um disco da série de interfaces ST- 505/412 ......7 Ilustração 2 - Conectores de uma placa Adaptec Ultra2 SCSI. .....................29 Ilustração 3 - Uma placa SCSI e seus conectores.........................................29 Ilustração 4 – Configuração SCSI ID através de jumpers..............................37 Ilustração 5 - Configuração de SCSI ID por chave rotativa............................37 Ilustração 6 - Configuração do SCSI ID de um disco rígido SCSI.................38 Ilustração 7 - Resistências terminais ou terminadores...................................39 Ilustração 8 - Configurando os terminadores em dispositivos internos ..........39 Ilustração 9 - O último dispositivo SCSI externo deve ter o terminador ativado. .................................................................................................................40 Ilustração 10 - Placa ligada a dispositivos internos e externos ......................40 Ilustração 11 - Cadeia SCSI. .........................................................................41 Ilustração 12 - Setup de uma placa SCSI Adaptec. .......................................42 Ilustração 13 – Terminação da placa .............................................................44 Ilustração 14 - Uso de um terminador SCSI externo......................................45 Ilustração 15 - Principais conectores SCSI ....................................................46 Ilustração 16 - Ligando dispositivos SCSI de 8 bits em um cabo de 16 bits. 51 António Lopes Paulo Matos 57 de 58 ISPGAYA – Instituto Superior Politécnico de Gaia D.BIBIOGRAFIA http://wired.hard.ru/data/co_ST506.shtml (Dez. 2003) http://marina.mfarris.com/theref/tech_talk/tech_talk_contents.html (Dez. 2003) Salvador Espinosa Aragon, http://www.ipn.mx/sitios_interes/sanlovdra/dduro.htm (Dez. 2003) http://www.inf.unisinos.br/~cbi/intr2.html (Dez. 2003) http://www.laercio.com.br/site2/artigos/hardware/hard-006/hard-006.htm (Dez. 2003) http://www.mfarris.com/hard/Jasmine.html (Dez. 2003) Paulo Matos, “Apontamentos Dispersos”, 2001 António Lopes Paulo Matos 58 de 58
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