Calendário 2006 - Fórum Downforce

Transcrição

Calendário 2006 - Fórum Downforce
G U I A
D F
W R C
2 0 0 6
WRC
Crise no
Mundial
de Rali?
Carlos
Martinez
Gomes
Editorial
O
Mundial de Rali da FIA - ou simplesmente WRC - é, sem dúvida
alguma, uma das categorias mais fantásticas do automobilismo.
Seus pilotos realizam, a cada prova, uma grande demonstração
de arrojo e perícia, sempre proporcionando belíssimas imagens.
É uma categoria cuja popularidade aumenta a cada dia, e, para ajudar um pouco nesse crescimento, resolvemos escrever este Guia para a
Temporada 2006, com o intuito de ajudar quem ainda não teve o prazer
de acompanhar o WRC a passar a fazê-lo a partir deste ano.
Mostraremos um pouco da história do campeonato, os seus maiores
vencedores, os perfis das equipes e pilotos participantes deste ano e os
palcos que serão utilizados nesta temporada.
Esperamos que vocês gostem.
para saber mais ...
WRC na TV
www.axn.com.br
O AXN é quem transmite para o Brasil os programas do Mundial de Rali, e está disponível
em pacotes de TV por assinatura. O canal exibe três programas diferentes:
World Rally Magazine: programa de meia hora
de duração com as últimas notícias e um preview da próxima etapa, com entrevistas e matérias diversas. Geralmente são exibidos dois programas em seqüência, totalizando uma hora.
World Rally Championship: este programa é
um compacto de uma hora de duração da última etapa disputada. A qualidade é altíssima
em todos os aspectos. Informação precisa e
abundante, fotografia excelente e entrevistas
com os pilotos e co-pilotos são as principais
atrações. Obrigatório.
Shakedown: é um programa de variedades
com uma hora de duração. O apresentador Neil
interage com a cultura local, visita pontos turíticos, participa de eventos promocionais com
pilotos e co-pilotos e ainda marca presença
nos estágios, dando um pouco da visão dos
torcedores e citando os principais acontecimentos da etapa.
O WRC é atração do AXN toda sexta-feira, às 21h. Há
reprises no sábado (13h) e na segunda-feira (15h).
Na internet
A quem quiser acompanhar o WRC em 2006,
segue a dica de websites:
www.wrc.com (site oficial)
www.wrclive.com
www.motorsport.com
Nos dois primeiros endereços é possível um acompanhamento quase em tempo real de forma gratuita (quem se dispuser a pagar poderá inclusive
acompanhar em tempo real). O motorsport figura
na lista por ser uma excelente fonte de fotos.
Na seção específica deste guia com os detalhes
de cada etapa é possível ver o endereço oficial
de cada uma delas.
No fórum Downforce
http://www.downforce.com.br/forum/viewtopic.php?t=14465
Neste tópico é possível acompanhar a prétemporada, com notícias e comentários. Além
disso, em cada etapa um tópico será criado
com a mesma finalidade.
índice
Todos os Campeões .............................................................. 4
Regulamento 2006 .............................................................. 7
Equipes e Pilotos
KRONOS TOTAL CITROEN WRT ..................................... 10
BP-FORD WORLD RALLY TEAM ..................................... 12
SUBARU WORLD RALLY TEAM ...................................... 14
OMV PEUGEOT NORWAY ............................................. 16
STOBART VK M-SPORT FORD RALLY TEAM ................... 18
RED BULL SKODA TEAM .............................................. 20
Quem Deve Aparecer ................................................... 22
Calendário 2006
Montecarlo ................................................................. 25
Suécia ........................................................................ 26
México ....................................................................... 27
Espanha ..................................................................... 28
França ........................................................................ 29
Argentina ................................................................... 30
Itália .......................................................................... 31
Grécia ........................................................................ 32
Alemanha .................................................................... 33
Finlândia ..................................................................... 34
Japão ......................................................................... 35
Chipre ........................................................................ 36
Turquia ....................................................................... 37
Austrália .................................................................... 38
Nova Zelândia ............................................................. 39
Grã-Bretanha .............................................................. 40
3
Editor
Carlos Martinez Gomes
Projeto Gráfico / Diagramação
Dox
Colaboradores
Carlos Martinez Gomes / Mario Junior
Todas as imagens e logotipos contidos neste
material foram encontradas na internet e
pertencem aos seus respectivos donos.
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Todos os Campeões
O campeonato de pilotos é disputado
desde 1977, e consagrou até hoje 18 campeões
diferentes. O primeiro deles foi o italiano Sandro
Munari, pilotando um Lancia. Neste ano de 2006
pelo menos 3 campeões estarão na disputa pelo
título: Sebastien Loeb, Marcus Gronholm e Petter
Solberg. Há a chance de um quarto campeão
mundial - Colin Mcrae - entrar na disputa,
mas ainda não há qualquer confirmação neste
sentido. O mundial de construtores é um pouco
mais antigo e teve início em 1973, e a grande
vencedora é a italiana Lancia.
Atual tricampeã, a Citroen deixa o WRC nesta temporada,
mas anuncia retorno em 2007. A França venceu em 2005
seu sexto título consecutivo, totalizando 9 mundais, só que
ainda está atrás da Itália, que possui 13 troféus.
A Lancia (abaixo) foi responsável por 10 destes títulos.
Sebastien Loeb: o francês pode ser o atual
bi-campeão da categoria, mas vai ter que suar
para alcançar o feito de...
...Tommi Makinen (à direita na foto), finlandês tetra-campeão
do WRC dentre os anos de 1996 e 1999, sempre pela Mitsubishi.
À esquerda, Solberg, campeão de 2003 pela Subaru. Makinen
divide o recorde de títulos da categoria com seu compatriota Juha
Kankkunen. A finlândia domina amplamente a contagem de títulos
com 14 conquistas.
Todos os Campeões
5
Pilotos Campeões
Ano
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
1984
1983
1982
1981
1980
1979
1978
1977
Piloto
Sébastien Loeb (FRA)
Sébastien Loeb (FRA)
Petter Solberg (NOR)
Marcus Gronholm (FIN)
Richard Burns (GBR)
Marcus Gronholm (FIN)
Tommi Makinen (FIN)
Tommi Makinen (FIN)
Tommi Makinen (FIN)
Tommi Makinen (FIN)
Colin Mcrae (GBR)
Didier Auriol (FRA)
Juha Kankkunen (FIN)
Carlos Sainz (ESP)
Juha Kankkunen (FIN)
Carlos Sainz (ESP)
Massimo Biasion (ITA)
Massimo Biasion (ITA)
Juha Kankkunen (FIN)
Juha Kankkunen (FIN)
Timo Salonen (FIN)
Stig Blomqvist (SUE)
Hannu Mikkola (FIN)
Walter Rohrl (ALE)
Ari Vatanen (FIN)
Walter Rohrl (ALE)
Bjorn Waldegaard (SUE)
Markku Alen (FIN)
Sandro Munari (ITA)
Construtores Campeões
Equipe
Citroën (FRA)
Citroën (FRA)
Subaru (JAP)
Peugeot (FRA)
Subaru (JAP)
Peugeot (FRA)
Mitsubishi (JAP)
Mitsubishi (JAP)
Mitsubishi (JAP)
Mitsubishi (JAP)
Subaru (JAP)
Toyota (JAP)
Toyota (JAP)
Toyota (JAP)
Lancia (ITA)
Toyota (JAP)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Peugeot (FRA)
Peugeot (FRA)
Audi (ALE)
Audi (ALE)
Opel (ALE)
Ford (EUA)
Fiat (ITA)
Ford (EUA)
Fiat-Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Ano
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
1984
1983
1982
1981
1980
1979
1978
1977
1976
1975
1974
1973
Construtor
Citroën (FRA)
Citroën (FRA)
Citroën (FRA)
Peugeot (FRA)
Peugeot (FRA)
Peugeot (FRA)
Toyota (JAP)
Mitsubishi (JAP )
Subaru (JAP)
Subaru (JAP)
Subaru (JAP)
Toyota (JAP)
Toyota (JAP)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Peugeot (FRA)
Peugeot (FRA)
Audi (ALE)
Lancia (ITA)
Audi (ALE)
Talbot (GBR)
Fiat (ITA)
Ford (EUA)
Fiat (ITA)
Fiat (ITA)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Lancia (ITA)
Alpine Renault (FRA)
Carro
Xsara Wrc
Xsara Wrc
Xsara Wrc
206 Wrc
206 Wrc
206 Wrc
Corolla Wrc
Lancer Evolution Carisma Wrc
Impreza Wrc
Impreza
Impreza
Celica 4wd
Celica 4wd
Delta Integrale
Delta Integrale
Delta Integrale
Delta Integrale
Delta Integrale
Delta 4wd
205 Turbo 16
205 Turbo 16
Quattro
Rally 037
Quattro
Sunbeam Lotus
131 Abarth
Escort Rs
131 Abarth
131 Abarth
Stratos
Stratos
Stratos
Alpine A110
Todos os Campeões
Os 20 maiores vencedores do WRC
Ao todo, 66 pilotos já tiveram a glória de
subir no ponto mais alto do pódio no WRC.
O último a entrar neste seleto grupo foi o
belga François Duval, vencedor da última etapa
de 2005.
Mostraremos aqui a lista dos 20 maiores
vencedores, encabeçada pelo espanhol Carlos
Sainz.
6
O recordista: com o primeiro lugar na Argentina em 2004
o espanhol Carlos Sainz chegou a 26 vitórias em mundiais
de rali e se isolou na liderança do ranking. Mas seu
recorde sofrerá ameaça direta em 2006 por parte de ...
... Sebastien Loeb,
que venceu 10
provas em 2005
e pulou para 20
conquistas, ...
Os 20 Maiores Vencedores
Posição
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Piloto
Carlos Sainz (ESP)
Colin Mcrae (GBR)
Tommi Makinen (FIN)
Juha Kankkunen (FIN)
Didier Auriol (FRA)
Sébastien Loeb (FRA)
Markku Alen (FIN)
Marcus Gronholm (FIN)
Hannu Mikola (FIN)
Massimo Biasion (ITA)
Bjorn Waldegaard (SUE)
Walter Rohrl (ALE)
Petter Solberg (NOR)
Stig Blomqvist (SUE)
Timo Salonen (FIN)
Richard Burns (GBR)
Ari Vatanen (FIN)
Bernard Darniche (FRA)
Gilles Panizzi (FRA)
Sandro Munari (ITA)
Vitórias
26
25
24
23
20
20
19
18
18
17
16
14
13
11
11
10
10
7
7
7
... de Marcus
Gronholm, que já
faturou 18 e está
motivado pela
mudança para a
Ford ...
... e pelo vice-líder
do ranking Colin
Mcrae, com 25
vitórias. Não se
sabe, porém, se o
britânico correrá
em 2006.
Carlos
Martinez
Gomes
Regulamento 2006
Calendário
Mundial de Pilotos
O mundial de 2006 será composto por 16
provas. Algumas delas foram reajustadas de
suas datas habituais para que os custos fossem
reduzidos. Confira a lista.
Para o campeonato de 2006 será novamente utilizado o sistema de pontuação de 2005,
que é o mesmo da F1:
OBS: Entre parênteses há a indicação que
na etapa haverá também uma prova válida pelo
Production WRC (P-WRC) ou pelo Junior WRC
(J-WRC)
20-22/01
03-05/02
03-05/03
24-26/03
07-09/04
28-30/04
18-21/05
02-04/06
11-13/08
18-20/08
01-03/09
22-24/09
13-15/10
27-29/10
17-19/11
01-03/12
Mônaco, Monte Carlo (P-WRC)
Suécia (J-WRC)
México (P-WRC)
Espanha, Catalunha (J-WRC)
França, Córsega (J-WRC)
Argentina (P-WRC) (-JRWC)
Itália, Sardenha (J-WRC)
Grécia, Acrópolis (P-WRC)
Alemanha (J-WRC)
Finlândia (J-WRC)
Japão (P-WRC)
Chipre (P-WRC)
Turquia (J-WRC)
Austrália (P-WRC)
Nova Zelândia (P-WRC)
Grã-Bretanha (J-WRC)
O melhor da última temporada: o rali da Grécia foi eleito
o melhor de 2005. Estas imagens do Estádio Olímpico
de Atenas abarrotado para acompanhar uma das
superespeciais ali realizadas demonstram bem o porquê.
Vencedor
2° colocado
3° colocado
4° colocado
5° colocado
6° colocado
7° colocado
8° colocado
10 pontos
08 pontos
06 pontos
05 pontos
04 pontos
03 pontos
02 pontos
01 ponto
Qualquer piloto inscrito no WRC sempre
poderá marcar pontos válidos para o mundial
de pilotos e tentar sagrar-se campeão, ainda que
pilote por equipes privadas ou que não tenha
sido nomeado pela equipe para marcar pontos
para o mundial de construtores em uma etapa.
Não há uso do sistema de descartes.
Mundial de Construtores
A pontuação do mundial de construtores
é a mesma do mundial de pilotos, mas aqui
há uma regra diferente quanto à distribuição:
Regulamento 2006
apenas as equipes que estiverem inscritas
como M1 ou M2 - mais detalhes sobre isso logo
mais adiante - marcam pontos válidos para este
campeonato. As demais equipes privadas não
disputam este título. Além disso, as equipes
que eventualmente corram com 3 carros em
uma etapa têm que escolher - antes do início do
rali - apenas 2 carros que poderão marcar pontos para o campeonato de construtores. Todavia, conforme dito anteriormente, estes pilotos
marcarão pontos normalmente para a disputa
do mundial de pilotos, independentemente de
qualquer coisa.
Como funciona na prática?
Se um determinado rali tiver o seguinte
resultado:
1° colocado
2° colocado
3° colocado
4° colocado
5° colocado
6° colocado
7° colocado
8° colocado
9° colocado
10° colocado
Piloto A (equipe X, M1)
Piloto B (equipe privada)
Piloto C (equipe X, M1, 3° carro
não-escolhido para os pontos)
Piloto D (equipe X, M1)
Piloto E (equipe Y, M2)
Piloto F (equipe Y, M2)
Piloto G (equipe Z, M1)
Piloto H (equipe K, M2)
Piloto I (equipe K, M2)
Piloto J (equipe Z, M1)
Como ficaria o resultado?
Para o mundial de pilotos, é irrelevante a
equipe ou sua condição. Cada piloto irá marcar
pontos normalmente, conforme sua posição de
chegada. Neste caso, seriam distribuídos pontos
normalmente do primeiro ao oitavo colocado
(do piloto A ao H).
Para o campeonato de construtores, entretanto, seria diferente. Os pilotos B (que corre por
equipe privada) e C (não nomeado pela equipe
para marcar pontos) seriam desconsiderados
da tabela, ou seja, seria como se ambos não
existissem. Dessa forma, a título de exemplo, a
equipe do piloto I marcaria mais 2 pontos para
o mundial de construtores e a do piloto J mais 1
ponto, ainda que nenhum dos dois marque pontos para o mundial de pilotos (porque ficaram
fora dos oito primeiros).
Uma última observação que só vale para
as equipes M2: uma equipe só poderá pontos
para o mundial de construtores se entrar com
ao menos dois carros em uma prova. Como estas não são obrigadas a correr em todas as provas, pode existir etapas nas quais só um piloto
participe. No caso não marcará pontos para os
construtores, ainda que marque pontos válidos
para o mundial de pilotos. Além disso, a equipe
só marcará pontos para as provas nas quais ela
se comprometeu no ato de inscrição.
As regras para 2006
As equipes (M1? M2?)
Para o ano de 2006, há uma novidade nas
regras: agora é permitido que equipes outrora
consideradas privadas disputem o campeonato
pra valer.
Agora há dois tipos de pedido de inscrição
junto à FIA: Manufacturer 1 (M1) e Manufac-
8
turer 2 (M2). A primeira opção é a utilizada
pelos times oficiais de fábrica e pelas equipes
particulares que optem correr sob as mesmas
condições rígidas que se exige das montadoras
oficiais. A M2 possui um regulamento técnico
mais flexível, mas também oferece algumas
limitações.
Ambos os tipos de equipe - M1 e M2 - disputarão, porém, o campeonato de construtores.
Haverá 6 times disputando o título nesta temporada, sendo que 3 inscritos como M1 (Kronos,
Ford e Subaru) e as outras 3 como M2 (OMV,
M-Sport e Red Bull).
Confira agora quais as diferenças entre
elas:
Manufacturer 1
•
Poderá usar 2 ou 3 carros, sendo que apenas dois podem marcar pontos contando para
o campeonato de construtores em cada etapa;
•
Terá que nomear antecipadamente seu
primeiro piloto obrigatoriamente, e, salvo motivo de força maior, este nome não poderá ser
mudado durante o campeonato;
•
Terá que usar os carros completamente
dentro das regras de 2006;
•
Deve se comprometer a participar de todas
as provas do mundial;
•
A durabilidade de suas peças são vinculadas a cada prova;
•
Poderão alinhar seu terceiro carro em conformidade com as regras previstas para a Manufacturer 2 (este carro nunca marcará pontos
para o mundial de construtores).
Regulamento 2006
Manufacturer 2
•
Não poderá usar carros de 2006 ou mesmo
peças homologadas após 2 de Janeiro de 2006;
•
Não poderá ter como pilotos alguém que
tenha ficado entre os 6 primeiros na tabela de
classificação em algum dos últimos 5 campeonatos;
•
Só precisa se comprometer a participar de
10 provas;
•
Suas peças só precisam durar 2 etapas consecutivas, não sendo vinculadas a uma etapa
em específico.
Todas as equipes não inscritas como M1 ou
M2 serão consideradas privadas, e não poderão
disputar o mundial de construtores.
As regras para redução de custos
Limite de motores
A FIA instituiu diversas regras visando
a redução de custos na categoria. A exemplo
do que ocorre na F1, por exemplo, um motor
deverá durar mais de uma prova. Veja como
funcionará:
Equipes M1: Haverá 8 pares de ralis nos
quais o mesmo motor deve ser usado.
1. Monte Carlo e Suécia
2. México e Argentina
3. Espanha e França
4. Itália e Grécia
5. Alemanha e Finlândia
6. Japão e Grã-Bretanha
7. Chipre e Turquia
8. Austrália e Nova Zelândia
Equipes M2: seus motores devem durar
2 provas consecutivas, não há vinculação de
pares de rali.
O chassi e o motor serão selados conjuntamente, não podendo ser separados um do outro.
Se o selo estiver rompido no começo da segunda corrida de um destes pares, haverá uma
penalidade de 60 segundos no evento seguinte.
OBS: Foi veiculado na imprensa que em alguns dos ralis esta regra não seria usada, mas
não é isso que está escrito no regulamento mais
recente da FIA à época que este guia foi escrito.
O grande problema é que, por exemplo, entre o
par de provas do México e da Argentina serão
realizados os ralis da Espanha e da França. Só
que como o motor não pode ser separado do
chassi, os carros ficariam sem uso durante mui-
9
to tempo entre uma prova e outra, o que pode
ser prejudicial para as equipes M1, sujeitas a
esta regra de vinculação às etapas.
Limite de peças sobressalentes
Haverá também uma limitação da quantidade de peças sobressalentes que poderão ser
levadas para as seguintes etapas:
Monte Carlo e Suécia
Espanha e França
Itália e Grécia
Alemanha e Finlândia
Austrália e Nova Zelândia
Limitação do número de chassis
Cada equipe poderá usar apenas 8 chassis
para cada um de seus 2 carros durante o ano.
Dois chassis extras poderão ser autorizados
pela FIA em caso de completa destruição.
Limitação do câmbio
Nos seguintes pares de provas, haverá limitação no conjunto câmbio/diferencial:
Itália e Grécia
Chipre e Turquia
Austrália e Nova Zelândia
Para o primeiro rali de cada par, haverá
dois conjuntos de câmbio/diferencial para
cada carro. No segundo rali, somente um
conjunto.
Carlos
Martinez
Gomes
Equipes e Pilotos
Em 2005, a Kronos participou na condição
de time particular com apoio da empresa alemã
OMV e conseguiu ótimos resultados, incluindo-se aí 2 pódios. Este ano promete ser ainda
melhor, uma vez que terá um suporte bem mais
generoso: a Citröen transformará a equipe belga
numa semi-oficial, com apoio inclusive de Guy
Frenquelin, chefão da. A chefia, porém ficará
mesmo com Marc Van Dalen. Esta é a única
equipe Manufacturer 1 que não é oficialmente uma montadora. Isso significa
que o time terá que correr com
KRONOS
TOTAL
CITROEN
WRT (M1)
Carro
Citröen Xsara WRC
Pneus
BF Goodrich
Pilotos
01
Co-piloto
02
Co-piloto
02
Co-piloto
2005
Sebastien Loeb
Daniel Elena
Xavier Pons
Carlos del Barrio
Daniel Sordo
Marc Marti
Últimos Resultados
2004
2003
2002
Estreante
2001
seus carros totalmente adaptados para 2006,
além de se comprometer a correr em todas
as provas, o que não é pouca coisa. A Kronos
correrá com o Xsara adaptado às novas regras
e contará com os serviços do atual bicampeão
Sebastien Loeb e da promessa espanhola Xavier
Pons - que deverá dividir o segundo carro com
o também espanhol Dani Sordo, campeão do JWRC em
2005.
Equipes e Pilotos
11
Sebastien
Loeb
Xavier
Pons
FRA
26/02/1974
ESP
21/01/1980
Atual bicampeão do
mundo, Sebastien Loeb
tenta um novo desafio na carreira: tentar
defender seu título a
bordo de uma equipe
particular. Apesar de
todo mundo saber que a Kronos será uma quaseCitröen, o fato de não haver tanto investimento
como no ano passado pode ser um diferencial
importante, já que neste ano há diversas regras
novas. Mas depois do ano praticamente perfeito
do francês em 2005 quando conquistou o recorde de 10 vitórias na temporada, ninguém em
sã consciência o deixaria de fora da briga pelo
título. Para fechar o ano com chave de ouro, Loeb
sagrou-se ainda Campeão do ROC. Paralelamente
à disputa do mundial, Loeb ainda terá um outro
desafio: ajudar no desenvolvimento do C4, carro
a ser usado em 2007 pela Citröen.
Ralis
72
Retrospecto
Títulos
2
Vitórias
20
2004/2005
Pódios
37
Últimos Resultados
2005
2004
Campeão Campeão
127 pts. 118 pts.
2003
Vice
71 pts.
2002
10°
18 pts.
Daniel
Sordo
ESP
02/05/1983
Espanhol, X. Pons já
passou pelo J-W RC
e pelo P-W RC sem
grandes resultados.
Pilotou algumas provas
pela Kronos enquanto
esta ainda estava sob
a bandeira da OMV e foi mantido no time para
este ano, de forma até surpreendente. Terá
agora à sua disposição melhor estrutura de sua
carreira para mostrar serviço. Deve dividir o
carro com Daniel Sordo durante o ano. Esteve
muito próximo do primeiro pódio da carreira
correndo em casa no ano passado.
Retrospecto
Pontos
340
Ralis
11
Títulos
-
2001
15°
6 pts.
2005
15°
7 pts.
2004
25°
3 pts.
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
Campeão do J-W RC
e m 2 0 0 5, a j o v e m
promessa espanhola
é pat r imôn io da
Citröen e é tido como
aposta para o futuro:
especula-se inclusive
que ele deve ser efetivado na equipe no retorno
of icial da montadora em 2007. Pilotará o
terceiro carro do time (como em Monte Carlo)
ou dividirá o segundo carro em outras provas
durante o ano. Deve fazer cerca de 8 etapas no
máximo, pois vai continuar a competir pelo JWRC, tentando defender seu título em 2006.
Retrospecto
Pontos
10
Ralis
Títulos
2001
n/a
2005
2004
Vitórias Pódios
Estreante
Últimos Resultados
2003
2002
Estreante
Pontos
2001
Equipes e Pilotos
BP-FORD
WORLD
RALLY
TEAM (M1)
Carro
Ford Focus RS WRC
Pneus
BF Goodrich
Pilotos
03
Marcus Gronholm
Co-piloto Timo Rautiainen
04
Mikko Hirvonen
Co-piloto Jarmo Lehtinen
P. Teste Roman Kresta
Co-piloto Jan Tomanek
Últimos Resultados
2005
2004
2003
2002
2001
3°
Vice
4°
Vice
Vice
104 pts. 143 pts. 93 pts. 104 pts. 86 pts.
Terceira colocada neste último campeonato, a Ford promete melhorar - e muito - seu
desempenho no mundial 2006. A equipe colocou o modelo adaptado para 2006 já na última
prova do mundial, na Austrália, e não fez feio:
andou num ótimo ritmo e chegou nos pontos.
Além disso, mostrou poucos problemas de confiabilidade, o que será crucial nesta temporada,
levando-se em conta as regras de durabilidade criadas para este campeonato. A equipe
resolveu também renovar a dupla de pilotos:
como primeiro piloto, ninguém menos que o
12
finlandês Marcus Gronholm, campeão em 2000
e 2002. Para fazer companhia a ele, trouxeram
o seu compatriota Mikko Hirvonen, que levou a
disputada vaga pelo ótimo desempenho no fim
do ano. O checo Roman Kresta, que pilotou para
equipe em 2005, foi contratado como piloto de
testes. Christian Loriaux, diretor técnico, crê
que o carro de 2006 é um grande avanço em
relação a 2005. Mesma opinião teve Gronholm
no seu primeiro contato com o carro. O chefão
Malcom Wilson prefere manter a cautela e acredita ser muito cedo para pensar em título.
Equipes e Pilotos
13
Marcus
Gronholm
Mikko
Hirvonen
FIN
05/02/1968
FIN
31/07/1980
Depois de temporadas
frustrantes a bordo do
307, que não lhe ofereceu confiabilidade
e desempenhos suficientes, o finlandês
campeão do mundo
em 2000 e 2002 irá pilotar pela Ford em 2006. A
equipe saiu na frente em matéria de desenvolvimento ao utilizar o modelo deste ano ainda no
final de 2005 e promete luta pelo título. Depois
de ter guiado o carro nos testes de inverno,
Marcus está confiante num bom desempenho
para este ano e crê que disputará o título.
Ralis
119
2005
3°
71 pts.
Retrospecto
Títulos
2
Vitórias
18
2000/2002
Pódios
38
Últimos Resultados
2004
5°
62 pts.
2003
6°
46 pts.
2002
Campeão
77 pts.
Roman
Kresta
RCH
24/04/1976
Depois de pilotar
pela Subaru em 2004,
Hirvonen fez algumas
provas pela Ford no
último campeonato e
parece ter agradado
ao time: foi escolhido
para ser companheiro de Gronholm, ganhando
a disputa por um dos cockpits mais disputados de 2006. O seu desempenho na penúltima
etapa de 2005, quando conseguiu o primeiro
pódio da carreira em após uma disputa eletrizante com Xavier Pons deve ter sido decisivo
para esta decisão. O finlandês foi elogiado pelo
chefe da equipe durante seus primeiros testes
com o modelo do próximo ano.
Retrospecto
Pontos
392
Ralis
39
Títulos
-
2001
4°
36 pts.
2005
10°
14 pts.
2004
7°
29 pts.
Vitórias
-
Pódios
1
Últimos Resultados
2003
15°
3 pts.
2002
n/a
Campeão por duas vezes em seu país em
2000 e 2001, o checo
Roman Kresta teve a
melhor oportunidade
da carreira no último
ano, quando foi piloto
da Ford oficial durante sua primeira temporada
completa no WRC. Não fez, porém, um campeonato regular durante o ano e terminou apenas
na oitava colocação no mundial de pilotos. Foi
mantido na equipe como piloto de testes para
2006. Pode vir a alinhar um terceiro carro da
equipe em alguma etapa ou substituir os pilotos
titulares caso seja necessário, mas não há nada
certo a esse respeito.
Retrospecto
Pontos
46
Ralis
36
Títulos
-
2001
n/a
2005
8°
29 pts.
2004
n/a
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
21°
1 pt.
2002
n/a
Pontos
30
2001
n/a
Equipes e Pilotos
SUBARU
WORLD
RALLY
TEAM (M1)
Carro
Subaru Impreza WRC 2006
Pneus
Pirelli
Pilotos
05
Petter Solberg
Co-piloto Phill Mills
06
Chris Atkinson
Co-piloto Glenn Macneal
06
Stephane Sarrazin
Co-piloto Stephane Prevot
Últimos Resultados
2005
2004
2003
2002
4°
3°
3°
3°
97 pts. 122 pts. 109 pts. 67 pts.
2001
4°
66 pts.
A equipe japonesa lançou, no fim do ano
passado, o novo modelo do seu Impreza que
disputará o campeonato de 2006. Como tem
sido de praxe, já pode ser considerado um dos
mais belos do mundial, com sua tradicional
pintura azul e amarela. Resta saber se voltará
a ser competitivo como fora em 2003, quando
conquistou o título de pilotos com Petter
Solberg. A equipe manteve sua dupla de pilotos,
composta pelo norueguês Petter Solberg e o
australiano Chris Atkinson – ou simplesmente
14
“Atko”. O terceiro carro da equipe ficará a cargo
do francês Stephane Sarrazin, especialista em
asfalto, que está escolhido pela equipe para
marcar pontos neste tipo de piso, incluindo-se
nesta lista a etapa de abertura do Mundial em
Monte Carlo.
Nos primeiros testes realizados com o
carro novo, Solberg mostrou-se confiante na luta
pelo título neste ano. Será a única das equipes
que disputam o mundial de construtores que
utilizará os pneus Pirelli.
Equipes e Pilotos
15
Petter
Solberg
Chris
Atkinson
NOR
18/11/1974
AUS
30/11/1979
Apesar de ter conseguido 3 vitórias e o
vice-campeonato em
2005, aquele não foi
um ano que possa
ser considerado como
bom para Solberg. O
norueguês se envolveu em muitos acidentes
durante a temporada, e teve a estranha gória
de conquistar a vitória no fatídico rali da GrãBretanha, além de ter sofrido com a pouca
competitividade do seu equipamento frente ao
Xsara. Após os primeiros testes, porém, Solberg
está confiante que pode vir a repetir o feito de
2003, quando sagrou-se campeão.
Retrospecto
Ralis
92
Títulos
1
2005
Vice
71 pts.
2004
Vice
82 pts.
2003
Vitórias
13
Pódios
28
Últimos Resultados
2003
Campeão
72 pts.
2002
Vice
37 pts.
Stephane
Sarrazin
FRA
30/11/1979
O jovem piloto australiano ganhou experiência em 2005 e chegou até a estar próximo de sua primeira
vitória na carreira, em
casa, na última etapa
do ano passado. Agora irá fazer uma temporada
completa pela Subaru e tem tudo para fazer seu
melhor ano no WRC.
Retrospecto
Pontos
281
Ralis
20
Títulos
-
2001
10°
11 pts.
2005
12°
13 pts.
2004
16°
4 pts.
Vitórias
-
Pódios
1
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
Especialista em asfalto, Sarrazin pilotará novamente pela
Subar u - como tem
feito nos últimos dois
anos - nas provas nesse tipo de piso. Já está
escalado para marcar pontos para a equipe em
Monte Carlo, abertura do mundial. A novidade
fica por conta da mudança de co-piloto: Denis
Giraudet não será mais seu parceiro. Stephane
Prevot, também francês, será seu novo co-piloto
para 2006. Prevot trabalhou com François Duval
durante o ano de 2005, e encerrou a parceria
com o belga após o rali do Chipre daquele ano.
Retrospecto
Pontos
17
Ralis
12
Títulos
-
2001
n/a
2005
17°
6 pts.
2004
11°
8 pts.
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
Pontos
14
2001
n/a
Equipes e Pilotos
OMV
PEUGEOT
NORWAY
(M2)
Carro
Peugeot 307 WRC
Pneus
BF Goodrich
Pilotos
07
Manfred Stohl
Co-piloto Ilka Minor
08
Henning Solberg
Co-piloto Cato Menkerud
2005
Últimos Resultados
2004
2003
2002
Estreante
2001
16
Equipes e Pilotos
Depois de experimentar uma parceria com
a equipe Kronos no último mundial utilizandose do Xsara, a empresa de combustíveis alemã
OMV agora investe num projeto em parceria
com uma outra equipe particular, a Bozian
Racing. Neste ano a OMV utilizará o Peugeot
307, o que pode transformar o desempenho do
time numa incógnita, já que este modelo não se
mostrou ser muito eficiente. Por estar inscrita
como M2, poderá lutar pela primeira vez pelo
título de construtores.
Entretanto, ao contrário do que ocorrerá
com a Kronos em relação à Citröen, não deverá
ter o mesmo suporte por parte da Peugeot.
Apesar de não poder contar com pilotos que
tenham ficado nas 6 primeiras posições em
algum dos últimos 5 mundiais, a OMV escolheu
bem: terá como pilotos o austríaco Manfred
Stohl (que conseguiu 2 pódios em 2005 correndo
pela própria OMV) e o norueguês Henning
Solberg. A equipe deve correr com layouts
diferentes em seus carros.
17
Manfred
Stohl
Henning
Solberg
AUT
07/07/1972
NOR
08/01/1973
O austríaco teve um
ótimo ano em 2005, e
por isso não foi surpresa a notícia de que
a OMV manteria seu
vínculo com ele. O fato
da equipe ser inscrita
como M2 limitava suas escolhas, e a opção por
Stohl foi, sem dúvida, muito acertada, além de
justa. Ele conseguiu 2 pódios durante o ano, coisa que um piloto de equipe particular não fazia
em anos. Estes resultados ele conseguiu ainda
um outro feito: levar uma mulher (sua co-piloto
Ilka Minor) ao pódio. Já é certo que correrá todas as 16 etapas deste ano.
Retrospecto
Ralis
90
Títulos
-
2005
9°
22 pts.
2004
18°
4 pts.
Vitórias
-
Pódios
2
Últimos Resultados
2003
19°
2 pts.
2002
n/a
Sempre correndo por
equ ipes pr ivadas,
Henning Solberg (irmão mais velho de
Petter Solberg, piloto
da Subaru) tenta agora
melhorar seu retrospecto como piloto da OMV. Ano passado fez
provas com carros privados da Ford, sendo que
em 2006 fará sua estréia pilotando um Peugeot.
Deve disputar 12 etapas durante o ano, incluindo na lista a abertura do mundial em Monte
Carlo. Seu carro terá como maior patrocinador
a Expekt.
Retrospecto
Pontos
33
Ralis
28
Títulos
-
2001
n/a
2005
14°
9 pts.
2004
21°
3 pts.
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
Pontos
12
2001
n/a
Equipes e Pilotos
STOBART
VK M-SPORT
FORD RALLY
TEAM (M2)
Carro
Ford Focus WRC 2004
Pneus
BF Goodrich
Pilotos
09
Matthew Wilson
Co-piloto Scott Martin
10
Peter Tsjoen
Co-piloto Bernd Casier
10
Kosti Katajamäki
Co-piloto Timo Alanne
2005
Últimos Resultados
2004
2003
2002
Estreante
2001
A Eddie Stobart Motorsports, praticamente
um time “B” da Ford, esteve sempre presente
nas provas do WRC como equipe particular e
terá a oportunidade de correr disputando pra
valer o mundial de construtores pela primeira
vez em sua história, graças às novas regras. O
time aposta em diversos jovens talentos para
guiar seus carros.
O primeiro piloto será o britânico Matthew
Wilson, filho de ninguém menos que Malcom
Wilson, chefão da equipe Ford oficial, de apenas
18
18 anos, que correrá todas as provas do ano.
O segundo carro será divido por vários
outros jovens pilotos durante o ano, dentre
eles o belga Peter Tsjoen, os finlandeses JariMatti Latvala e Kosti Katajamaki e o argentino
Luis-Perez Companc. William Stobart, chefe da
equipe, acredita que será um ano de experiência que pode ser proveitoso, graças ao apoio
dado pela Ford oficial, cujo investimento no
time permitirá o uso de durante carros durante
todo o ano.
Equipes e Pilotos
19
Matthew
Wilson
Peter
Tsjoen
GBR
29/01/1987
BEL
01/02/1974
Filho de Malcom
Wilson (chefe da
equipe Ford oficial),
Matthew andou pela
primeira vez no WRC
em 20 03, como copiloto do pai no rali da
Grã-Bretanha. Nos dois anos seguintes andou
novamente na mesma prova, só que em ambas
oportunidades já como piloto. Com apenas
18 anos, irá disputar sua primeira temporada
completa no WRC. Seu pai o considera uma
aposta de longo prazo, e o colocou na M-Sport
para que ele adquira experiência e se torne
competitivo o mais rapidamente possível. É
uma das esperanças dos britânicos de voltar a
ter um campeão.
Retrospecto
Ralis
2
Títulos
-
2005
n/a
2004
n/a
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
Kosti
Katajamäki
FIN
26/02/1977
Campeão belga em
algumas oportunidades, Tsjoen chegou
a fazer duas provas
pelo WRC a bordo de
um Toyota Corolla.
Terá uma boa oportunidade em 2006, mas ainda não será dessa
vez que fará uma temporada completa, já que o
segundo carro da M-Sport deve ter uma alta rotatividade. Está escalado para ser companheiro
de Matthew Wilson no rali de Monte Carlo, na
abertura do mundial.
Retrospecto
Pontos
-
Ralis
2
Títulos
-
2001
n/a
2005
n/a
2004
n/a
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
Piloto da Suzuki no
J-WRC em 2005, campeonato no qual foi
o qu i nto colocado,
Katajamäki - que já
foi campeão finlandês
de rali - vai fazer sua
estréia na categoria principal do WRC. Como
costuma acontecer com os pilotos finlandeses,
ele tem um forte padrinho: ninguém menos que
Marcus Gronholm, que, coincidência ou não,
estará também na Ford em 2006 - só que no
time principal. Já está escalado para correr na
Suécia, etapa que os escandinavos costumam
dominar. Fará 5 provas durante o ano.
Retrospecto
Pontos
-
Ralis
Títulos
2001
n/a
2005
2004
Vitórias Pódios
Estreante
Últimos Resultados
2003
2002
Estreante
Pontos
2001
Equipes e Pilotos
RED BULL
SKODA
TEAM
(M2)
Carro
Skoda Fabia WRC
Pneus
BF Goodrich
Pilotos
11
Andreas Aigner
Co-piloto Timo Gottschalk
12
Gilles Panizzi
Co-piloto Hervé Panizzi
12
Mattias Ekström
Co-piloto Stefan Bergman
2005
Últimos Resultados
2004
2003
2002
Estreante
2001
A Skoda, do grupo Volkswagen, deixou oficialmente o mundial de 2006, mas negociou com
diversas equipes a cessão de seus carros, e uma
delas foi uma das empresas que mais investe em
esporte no mundo: a Red Bull. A fabricante de
bebidas energéticas parece não conhecer limites
em seus investimentos: não satisfeita em montar uma equipe na Fórmula 1 em 2005, comprou
uma segunda equipe na categoria e agora vai estampar sua marca também no WRC com a difícil
missão de dar competitividade ao Skoda Fabia.
20
Colin Mcrae já provou em 2005, no entanto, que
isso não é uma tarefa tão impossível quanto parece. A equipe ficará sob o comando do austríaco
Raimund Baumschlager. Andreas Aigner, piloto
revelado pelo programa Red Bull Rally Junior,
é a aposta a longo prazo da equipe nesta nova
empreitada. Para auxiliar o processo de aprendizado dele e do time, a Red Bull contratou dois
conhecidos pilotos: o sueco Mattias Ekström e
o francês Gilles Panizzi. É possível que outros
pilotos venham a pilotar o segundo carro.
Equipes e Pilotos
21
Andreas
Aigner
Gilles
Panizzi
AUT
24/09/1984
FRA
19/09/1968
Aigner é mais um jovem piloto a alinhar
no W RC em 2 0 0 6 :
com apenas 21 anos,
o piloto do programa
Red Bull Rally Junior
participou este ano
de 4 provas pelo P-WRC, correndo com um
Mitsubishi Lancer Evo VIII. Terá agora a chance
de fazer sua primeira temporada pela categoria principal, competindo em 10 das 16 etapas.
Raimund Baumschlager acredita que o austríaco tem potencial para brigar com os medalhões
do mundial de rali nos próximos anos.
Retrospecto
Ralis
Títulos
2005
2004
Vitórias Pódios
Estreante
Últimos Resultados
2003
2002
Estreante
Mattias
Ekström
SUE
14/07/1978
O primeiro dos “órfãos” da Mitsubishi a
aparecer nesse guia, o
especialista em asfalto Gilles Panizzi - que
soma sete vitórias na
categoria - foi imediatamente chamado pela Red Bull para ajudar o
time em sua chegada como equipe oficial ao
WRC. Dada a limitação que as equipes M2 têm
na hora de contratar seus pilotos, sua escolha
foi um bom negócio para a equipe. Já está escalado para correr em Monte Carlo.
Retrospecto
Pontos
Ralis
70
Títulos
-
2001
2005
15°
7 pts.
2004
13°
6 pts.
Vitórias
7
Pódios
12
Últimos Resultados
2003
10°
27 pts.
2002
6°
31 pts.
Piloto da DTM - categoria pela qual foi
campeão em 2004 Ekström vai novamente disputar ao menos
uma prova pelo WRC
em 2005: já está designado para correr em casa,
na Suécia, única prova disputada sob a neve do
mundial. Foi campeão da Copa da Nações do
ROC em 2005, juntamente com o dinamarquês
Tom Kristensen - 7 vezes vencedor das 24 horas
de Le Mans.
Retrospecto
Pontos
134
Ralis
1
Títulos
-
2001
8°
22 pts.
2005
n/a
2004
n/a
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
Pontos
2001
n/a
Equipes e Pilotos
22
Quem Deve Aparecer
São os que podem aparecer durante o ano por equipes privadas ou até nas equipes M1 e M2
Jan
Kopecky
Toni
Gardemeister
Gianluigi
Galli
Co-piloto
Filip Schovanek
RCH
Co-piloto
Jakke Honkanen
FIN
Co-piloto
Giovanni Bernacchini
ITA
FIN
31/03/1975
RCH
28/01/1982
O jovem piloto checo
que estreou no WRC
pela Skoda em 2005
marcou 1 ponto na última etapa, na Austrália.
Tem seu nome ligado a uma equipe de seu país
que usará o Skoda Fabia. Não se sabe ainda, porém, quantas etapas fará durante o ano.
Retrospecto
Ralis
7
Títulos
-
2005
24°
1 pt
2004
n/a
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
O finlandês fez uma
temporada regular em
2005: se não foi brilhante, também não teve resultados que possam ser considerados como fracos. Sua regularidade lhe rendeu o quarto lugar na temporada,
o que não parece ter sido suficiente para a Ford,
que preferiu não renovar seu contrato. Já está
definido que correrá pela equipe Astra Racing
em Monte Carlo, pilotando um Peugeot 307. Seu
acerto com a Astra pode incluir mais nove provas durante o ano.
Retrospecto
Pontos
1
Ralis
88
Títulos
-
2001
n/a
2005
4°
58 pts.
2004
24°
3 pts.
Vitórias
-
Pódios
5
Últimos Resultados
2003
12°
9 pts.
2002
13°
3 pts.
ITA
13/01/1973
Pego de surpresa com
a repentina saída da
Mitsubishi do mundial,
Galli afirma que foi prejudicado por esta decisão,
pois teria recebido uma oferta da Ford e recusou
por confiar numa boa temporada da equipe japonesa em 2006. O italiano desfez a parceria com
Guido D’Amore e terá como co-piloto o compatriota
Giovanni Bernacchini. Correrá ao menos em Monte
Carlo e na Suécia em um Mitsubishi privado e pode
vir a participar de uma M2 ou alguma outra equipe
privada durante o ano.
Retrospecto
Pontos
88
Ralis
50
Títulos
-
2001
16°
5 pts.
2005
11°
14 pts.
2004
15°
5 pts.
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
17°
4 pts.
2002
9°
5 pts.
Pontos
73
2001
n/a
Equipes e Pilotos
23
Harri
Rovanperä
François
Duval
Colin
Mcrae
Co-piloto
Risto Pietiläinen
FIN
Co-piloto
Sven Smeets
BEL
Co-piloto
Nicky Grist
GBR
FIN
08/04/1968
BEL
18/11/1980
Bio: Mais um que ficou a pé depois da
saída da Mitsubishi.
Conseguiu vaga para correr na Suécia – prova
na qual ele conquistou sua única vitória na
carreira - em dos Lancers cedidos a equipes
privadas pelos japoneses. Não se sabe ainda
como será a participação do finlandês durante
o ano, uma vez que ele não poderá alinhar por
uma equipe M2, por ter ficado em 5° no mundial
de 2001. Pode vir a se beneficiar da nova política
da Mitsubishi de aumentar seu apoio a equipes
privadas.
Retrospecto
Ralis
104
Títulos
-
2005
7°
39 pts.
2004
8°
28 pts.
Vitórias
1
Pódios
15
Últimos Resultados
2003
11°
18 pts.
2002
7°
30 pts.
GBR
05/08/1968
Duval foi contratado
pela Citröen em 2005
como uma grande promessa. O que se viu foi um piloto muito rápido,
mas que se envolvia em acidentes. Devido a isso, o
espanhol Carlos Sainz foi chamado às pressas para
substituí-lo após mais um dos acidentes, e que
culminaram com a briga com seu ex-navegador
Stephane Prevot. Duval melhorou sua performance durante o resto do ano e conseguiu sua primeira
vitória no último rali, na Austrália. Duval não pode
assinar com equipes M2 por ter sido 6° colocado no
mundial nos últimos 2 anos. Seu co-piloto deverá
ser Sven Smeets, que já foi parceiro de Freddy Loix.
Fechou com uma equipe privada para disputar o
rali de Monte Carlo, pilotando um Skoda.
Retrospecto
Pontos
178
Ralis
65
Títulos
-
2001
5°
36 pts.
2005
6°
47 pts.
2004
6°
53 pts.
Vitórias
1
Pódios
12
Últimos Resultados
2003
9°
30 pts.
2002
n/a
Segundo maior vencedor da história do
WRC, Mcrae é sempre
alvo de rumores acerca de seu retorno à categoria, mas o britânico prossegue sendo uma incógnita para 2006. Depois de ficar fora em 2004,
o campeão de 1995 retornou em duas provas em
2005 pela Skoda, e não fez feio: foi sétimo colocado correndo em casa, e esteve na disputa pela
vitória na última etapa do ano. O que dificulta
a vida de Mcrae é que a Red Bull, que praticamente sucedeu a Skoda, se inscreveu como M2,
classe de equipe pela qual ele não poderá pilotar em virtude das regras da FIA. Resta saber se
ele pode aparecer em equipes particulares ou
em alguma das M1.
Retrospecto
Pontos
130
Ralis
145
Títulos
1
2001
n/a
2005
22°
2 pts.
2004
n/a
1995
Vitórias
25
Pódios
42
Últimos Resultados
2003
7°
45 pts.
2002
4°
35 pts.
Pontos
626
2001
Vice
42 pts.
Equipes e Pilotos
24
Antony
Warmbold
Nicolas
Bernardi
Daniel
Carlsson
Co-piloto
Michael Orr
GBR
Co-piloto
Jean-Marc Fortin
BEL
Co-piloto
Mattias Andersson
SUE
ALE
28/07/1978
FRA
16/05/1977
Cor rendo
em
20 05 pela M-Spor t,
War mbold não
conseguiu resultados muito expressivos, e
teve como melhores resultados chegar em 7°
por três vezes. Corre desde 2001 por equipes
privadas, quase sempre pela Ford - exceção
feita ao ano de estréia, quando correu com um
Toyota em algumas provas. Chegou a ser copiloto do pai, Achim Warmbold, no rali da GrãBretanha em 2000. Uma última informação a
título de curiosidade: Achim Warmbold chegou
a ter como co-piloto o francês Jean Todt, hoje
chefe da equipe Ferrari.
Retrospecto
Ralis
46
Títulos
-
2005
18°
6 pts.
2004
25°
3 pts.
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
SUE
29/06/1976
Especialista em
asfalto, Nicolas
Ber nardi foi v icecampeão do J-WRC em 2004 e fez sua estréia
pela categoria principal em 2005, correndo
4 provas, sempre pilotando um Peugeot.
Andou em duas destas provas por uma equipe
particular (Équipe de France FFSA, que usava
um 206) e duas pela equipe oficial, tendo
marcado 4 pontos no total - exatamente nos
ralis disputados pela equipe oficial. Tem seu
nome ligado a equipes privadas que farão uso
do Peugeot 307 ou pode vir a andar em um
terceiro carro da OMV-Bozian Racing.
Retrospecto
Pontos
12
Ralis
4
Títulos
-
2001
n/a
2005
20°
4 pts.
2004
n/a
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
O sueco Daniel
Carlsson participou
do WRC pelo segundo
ano em 2005. Antes de começar na categoria
principal, fez duas temporadas no J-WRC
em 2002 e 2003, conseguindo como melhor
resultado a 3a colocação no geral em 2003.
Apesar de feito alg umas provas com um
Subaru Impreza no ano passado, possui forte
vínculo com a Peugeot e a Bozian Racing, na
qual andou a maioria das etapas na carreira.
Pode vir a participar desta equipe como apoio
ou oficialmente.
Retrospecto
Pontos
4
Ralis
21
Títulos
-
2001
n/a
2005
19°
5 pts.
2004
12°
6 pts.
Vitórias
-
Pódios
-
Últimos Resultados
2003
n/a
2002
n/a
Pontos
11
2001
n/a
Mario
Junior
Calendário 2006
1ª Etapa
Rallye
Automobile
Monte Carlo
20 a 22 de janeiro
www.acm.mc
O Rali de Mônaco é um dos eventos mais
antigos do rali. Desde 1911 tem mantido
a característrica de ser mais arriscado
do que a própria jogatina nos famosos
cassinos da região.
O clima e as condições das estradas asfaltadas
nas montanhas ao norte do principado são imprevisíveis, mas o inverno rigoroso inevitavelmente
deixa alguns trechos com camadas de gelo e eventualmente até com neve. Assim, a escolha de pneus é
crucial. Slicks, slicks sulcados (até
mesmo à mão, antes dos estágios)
ou pneus especiais com cravos
para condições mistas são as opções que podem levar ao sucesso
ou ao fracasso.
David Lapworth, chefe da equipe Subaru, explica com bom humor
que “o rally pode começar com asfalto bastante sujo;
então a chuva pode deixar a pista molhada, enlameada; durante a noite o frio congela a pista e complica
os estágios da manhã seguinte; logo que o sol nasce
os estágios voltam a ficar molhados; então secam; aí
ficam sujos; e se tudo correr bem ficam limpos com
a passagem dos carros, mas também pode nevar,
ou acontecer qualquer uma dessas coisas de forma
desordenada”.
Assim, um bom resultado depende da habilidade
do piloto de explorar ao máximo o conjunto quando
os pneus e as condições de pista combinam e de
manter um ritmo competitivo quando a situação não
é a ideal, sempre com o risco de encontrar um trecho
congelado ou neve quando menos se espera.
Os estágios são estreitos e sinuosos através dos
íngremes caminhos ao sul dos Alpes, mas há trechos velozes que testam a aplicação dos pilotos,
já que apresentam paredões de um lado da pista e
enromes penhascos de outro.
O setup é muito parecido com o usado em outros
rallies em asfalto. Os carros são rebaixados para
reduzir a altura do centro de gravidade e os pneus
geralmente são largos e slicks. A
suspensão não é tão dura, pois é
necessária alguma maleabilidade para aumentar a aderência no
asfalto molhado ou mesmo congelado, que pode surgir a qualquer
momento durante os estágios.
Fãs do mundo todo viajam todo
ano para acompanhar a etapa com suas buzinas de
ar e muita disposição para encarar o frio nas montanhas. Alguns até se exaltam demais e acabam jogando neve na pista, o que de certa forma já é algo esperado por todos os pilotos - mesmo que se zanguem
quando são vitimados, como aconteceu com Solberg
e Gronholm em 2005. A presença de vários pilotos e
personalidades do automobilismo que moram em
Mônaco é uma certeza, já que o centro de operações é
montado próximo ao famoso Túnel do circuito de rua
de Monte-Carlo que é utilizado pela Fórmula 1.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Sebastian Loeb (Citroen Xsara)
Sebastian Loeb (Citroen Xsara)
Sebastian Loeb (Citroen Xsara)
Tommi Makinen (Subaru Impreza)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Carlos Sainz (Toyota Corolla)
Piero Liatti (Subaru Impreza)
Patrick Bernardini (Ford Escort RS)
Calendário 2006
2ª Etapa
Uddeholm
Swedish
Rally
3 a 5 de fevereiro
www.swerally.se
Atualmente, o Rali da Suécia é o único da
temporada que é disputado na neve, mas
estuda-se a realização de um outro rali na
vizinha Noruega, na mesma época e com
condições semelhantes.
O Rali da Suécia é um evento ímpar no WRC,
sendo atualmente o único disputado puramente na
neve. As temperaturas podem cair a -30ºC e é um
tormento para mecânicos, pilotos e co-pilotos. A
neve exige pneus especiais, com cravos de metal
que ajudam a manter o carro no percurso. As estradas geralmente têm nas suas laterais enormes
bancos de neve que são usados pelos pilotos como
apoio nas saídas de curvas - uma técnica perigosa
que pode render vários segundos por estágio ou então uma reação inesperada do carro e um provável
acidente.
Mesmo com pouca aderência, a combinação des-
tes pneus especiais com os bancos de neve e com
alguns trechos retilíneos fazem deste rali um dos
mais rápidos do ano, incluindo saltos e curvas de
raio longo que produzem algumas das mais belas
imagens da temporada.
Como em 2005, pode acontecer
do clima não ser tão rigoroso. Se
as estradas ficarem com o cascalho
congelado exposto, sem uma camada mais espessa de neve, os pneus
se deterioram muito rapidamente e
começam a perder os cravos, o que
pode ser notado pelas faíscas que
são geradas. Como os pilotos precisam percorrer dois ou três estágios
com o mesmo set de pneus, esta é
uma possibilidade que preocupa a
todos.
Os pilotos escandinavos são absolutamente favoritos nesta etapa, pois
conhecem os segredos das estradas
locais e estão acostumados com as
condições, já que inciaram suas carrreiras em campeoantos locais. Quem vence a etapa
da Suécia do WRC certamente é ou está se tornando
um piloto de ponta.
Contudo, em 2004 o francês Sebastien Loeb que-
26
brou este tabu, provando que é realmente diferenciado e que pode vencer em qualquer superfície.
Como não poderia deixar de ser, um rali na Escandinávia atrai milhares de espectadores que vão
conferir a ação de perto. O destaque desta etapa fica
por conta dos fãs totalmente insanos do norueguês
Petter Solberg, que não medem esforços para chegar
aos estágios, passando em meio às florestas e lagos
congelados com seus snow-mobiles ou mesmo à pé.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Harri Rovanpera (Peugeot 206)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Kenneth Eriksson (Subaru Impreza)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Calendário 2006
2ª Etapa
Corona
Rally
Mexico
3 a 5 de março
www.rallymexico.com
A estréia do rali do México em 2004
foi cercada de muita expectativa e
representou uma complementação
importante ao calendário, já que é a única
etapa disputada na América do Norte.
Esqueça totalmente do frio, do gelo e da neve.
Exatamente um mês após o rali da Suécia, as equipes atravessam o Atlântico e encontram no México
a primeira etapa do ano disputada em cascalho.
Muito calor, poeira e a conhecida hospitalidade dos
países da América Latina marcam este evento.
Os pilotos aprovam totalmente o Rali do México
por ser um dos mais bem organizados do ano, com
menores “road sections” (viajens entre um estágio e
outro) em relação aos outros ralis. Os estágios cuidadosamente alargados e compactados são um convite
irrecusável à velocidade e rapidamente caíram no
gosto dos pilotos.
A disposição dos estágios pelas montanhas ao
redor de Guanajuato e Lion cria um excelente espetáculo para os torcedores presentes, pois é possível
ver os carros descendo a montanha por um caminho
retilíneo, extremamente rápido, e depois conferir a
subida do outro lado.
Porém, nem tudo são rosas no rali do México.
A altitude tem seus efeitos negativos, pois o ar rarefeito faz com que os motores percam até 20% de
potência. Além disso, algumas pedras ao redor da
pista podem entrar no caminho dos pilotos com o
desenrolar dos estágios, o que pode gerar acidentes
em alta velocidade. Alguns solavancos nas mudanças bruscas de inclinação também podem vitimar
os mais desavisados ou desatentos às notas de navegação.
O setup do carro é composto basicamente de
pneus específicos para cascalho, que devem resistir
às altas temperaturas. A suspensão é ajustada de
acordo com cada grupo de estágios, dependendo de
suas características. Os estágios com estradas preparadas permitem uma altura menor e um pouco
mais de rigidez.
Como acontece em todos os ralis em cascalho
seco, os primeiros pilotos a entrar na estrada (seguindo a ordem de classificação do campeonato)
sofrem com a superfície escorregadia e acabam
“varrendo” os estágios para os próximos carros,
27
criando uma trajetória sem a camada superficial e
mais solta de cascalho na qual a aderência fica consideravelmente maior.
Quem vai conferir o rali do México de perto não
se arrepende, pois a cidade de Leon é uma das mais
modernas do país e ainda oferece muitos locais tradicionais que produzem sua própria tequila, com o
clima festivo e hospitaleiro dos mexicanos.
2005
2004
Últimos vencedores
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Markko Martin (Ford Focus)
Calendário 2006
4ª Etapa
Rallye de
Catalunya
Costa Daurada
24 a 26 de março
www.rallyracc.com
O Rali da Espanha é o principal rali em
esfalto da temporada, sendo o que mais
se aproxima das características das
competições em circuitos fechados.
A etapa espanhola do mundial passa em 2006
para o início da primavera do hemisfério norte ,
mas as condições não devem ser muito diferentes
das encontradas até então. Sendo um evento predominantemente disputado em largas e lisas estradas
asfaltadas, uma técnica apurada de pilotagem é
extremamente importante para aproveitar tais condições e explorar ao máximo o conjunto.
Mesmo assim, existem partes mais lentas e téc-
nicas que permitem aos pilotos uma maior agressividade, cortando as curvas no apex, reduzindo
a trajetória e ganhando tempo. Os co-pilotos são
ainda mais importantes nestes momentos, pois
dão instruções claras de quais curvas cortar ou não
e quais os riscos envolvidos. Mas como os estágios
são percorridos duas vezes, a sujeira jogada na pista
pode ser traiçoeira na
repassagem.
O ajuste do carro é
clássico: o mais baixo possível e bastante
duro para ganhar em
agilidade. Pneus slicks
são a pedida pr incipal, mas o composto
precisa ser adequado à
temperatura e à abrasividade do asfalto. Pode
ser necessário fazer alguns sulcos à mão, em
caso de chuva.
Os fãs espanhóis, multiplicados pela carreira
vitoriosa de Carlos
Sainz, comparecem
todo ano em grande
número aos estágios
com suas bandeiras e um enor me
entusiasmo, dev idamente exibidos
quando os pilotos
passam a toda velocidade a poucos metros de distância. A
presença do público
do WRC na Espanha
é tão grande que no
último ano um dos
estágios nas redon-
28
dezas da cidade de Salou foi cancelado por questões
de segurança.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Markko Martin (Ford Focus)
Gilles Panizzi (Peugeot 206)
Gilles Panizzi (Peugeot 206)
Didier Auriol (Peugeot 206)
Colin McRae (Ford Focus)
Philippe Buglaski (Citroen Xsara)
Didier Auriol (Toyota Corolla)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Colin McRae (Subaru Impreza)
Calendário 2006
5ª etapa
Rallye de
France
Tour de Corse
7 a 9 de abril
www.rallyedefrance.com
O Rali da França é o terceiro dos quatro
ralis disputados em asfalto durante
a temporada, antecedendo uma longa
sequência de ralis disputados em
cascalho.
Disputado na montanhosa ilha da Córsega, ao sul
da França, este rali é considerado o mais técnico e
difícil do ano. O traçado extremamente sinuoso e a
velocidade proporcionada pela aderência do asfalto
representam um desafio para a durabilidade dos
pneus e para a resistência física de pilotos e co-pilotos, que são submetidos a forças laterais de mais
de 3G.
Os estágios ao redor da capital Ajaccio mostram
o porquê do evento ser
conhecido como o rali
das dez mil curvas. Com
uma curva seguida de outra, não há um segundo
sequer de tranquilidade
para pilotos e co-pilotos. Seja na sequência de
hairpins nas montanas,
seja nas estreitas e sinuosas ruas dos vilarejos, é
fundamental que o piloto
tenha o máximo de concentração na trajetória
e nas notas de navegação. Hesitar aqui significa
perder muito em competitividade, principalmente
diante dos pilotos locais que conhecem os segredos
das rotas.
Além de proporcionar muito desgaste nos pneus,
alguns trechos das estradas da Córsega ficam sujos
de terra ou cascalho, principalmente em alguns
setores mais deteriorados, o que significa uma
mudança constante nos níveis de aderência e um
desafio adicional para os pilotos. É bastante comum
os pilotos cortarem caminho pela terra ao lado das
estradas, mas o risco de bater em uma pedra é grande e a sujeira jogada na pista se volta contra eles
mesmos na repassagem.
O clima é bastante imprevisível. Olhando para o
céu no porto de Ajaccio, onde é montado o centro de
operações do rali, a dúvida surge na cabeça de todos
enquanto de um lado o sol brilha e do outro, perto
das montanhas, as nuvens densas se aglomeram.
As equipes mandam seus meteorologistas para vários estágios com horas de antecedência para tirar
a temperatura do asfalto e observar as condições.
Mesmo com todo este esforço, a escolha de pneus
continua sendo uma loteria, já que o tempo nublado
das montanhas pode rapidamente se transformar
29
em chuva ou abrir brechas para o calor do sol.
O setup comumente usado no asfalto pode ser
levemente alterado de acordo com os estágios, já
que pode ser necessário mais altura para cortar as
curvas ou então um ajuste mais mole para os trechos mais sujos.
A cultura local é bastante característica e, de certa forma, independente da França. Com um idioma
próprio, os locais cantam suas músicas tradicionais
e oferecem especiarias aos visitantes, sobretudo
queijos, peixe, temperos fortes e vinho.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Markko Martin (Ford Focus)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Gilles Panizzi (Peugeot 206)
Jesus Puras (Citroen Xsara)
Gilles Panizzi (Peugeot 206)
Philippe Bugalski (Citroen Xsara)
Colin McRae (Subaru Impreza)
Colin McRae (Subaru Impreza)
Philippe Bugalski (Renault Megane)
Calendário 2006
6ª etapa
Rally
Argentina
28 a 30 de abril
www.rallyargentina.com
A etapa que representa a América do
Sul também foi antecipada no calendário
e pode ter menos do frio e da chuva
tradicionais do inverno argentino.
Disputado no tradicional cascalho, o rali da Argentina é um dos pontos altos da temporada. Ao redor da Villa Carlos Paz, uma pequena porém agitada
cidade perto de Cordoba, os estágios se espalham
pelas montanhas e vales. A maioria dos trechos é de
muita velocidade, mas o terreno é bastante acidentado e não raramente os carros fecham os estágios
com danos na carenagem.
As características do terreno geram vários saltos
e alguns córregos que cruzam os estágios, sendo
que o volume de ág ua
varia com a chuva que
geralmente marca presença. Se os saltos não
são tão dramáticos, os
watersplashes - como são
denominados os córregos
- são uma grande preocupação, pois nunca se sabe
ao certo a sua profundidade e qual é a velocidade e trajetória adequadas.
Não raramente pilotos
e co-pilotos encontram
situações diferentes das descritas nas notas de
nevagação previamente preparadas e acabam passando por apuros. Quando isto acontece, o impacto
pode ser maior que o esperado e ocorrem danos no
carro, que podem ir de um paralama perdido ou um
capô estufado até mesmo um problema mais sério
de suspensão. O motor também é devidademente
preparado com um mecanismo acionado pelo co-piloto que previne a entrada de água nas câmaras de
combustão, mas nada garante que o carro sobreviva
à agressividade imposta
pelos pilotos. Finalmente,
assim como no México,
o ar rarefeito da altitude
faz os motores perderem
potência.
Se por um lado o rali
da Argentina é complicado para as equipes, por
outro lado representa um
prato cheio para os argentinos fanáticos por velocidade que se aglomeram
ao lado da pista, principalmente nos saltos e watersplashes. Eles cantam
30
euforicamente enquanto o
estágio é percorrido pelos
carros do WRC. Dizer que
o clima é parecido com
o do “La Bombonera” em
dia de Boca X River não é
nenhum exagero. Como
não poderia deixar de ser,
a festa é abastecida com
muita cerveja e com o tradicional churrasco argentino, preparado ali mesmo
ao lado dos estágios.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Carlos Sainz (Citroen Xsara)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Carlos Sainz (Ford Focus)
Colin McRae (Ford Focus)
Richard Burns (Subaru Impreza)
Juha Kankkunen (Subaru Impreza)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Calendário 2006
7ª etapa
Supermag
Rally Italia
Sardinia
setores velozes e com saltos. A única trajetória
possível é o centro da pista, pois não há mais que
dois palmos livres de cada lado antes da imponente
presença de enormes rochas. Mesmo em muitas
19 a 21 de maio
www.rallyitalia-sardinia.com
De volta à Europa, o WRC enfrenta o
clima quente do Mediterrâneo, na ilha de
Sardenha.
Após a estréia em 2004, o Rali da Itália em Sardenha passou por algumas modificações em 2005,
ganhando estágios mais velozes. Contudo, a receita
básica permaneceu inalterada. Com uma superfície
bastante arenosa, os estágios próximos ao litoral
de Porto Cerve continuam com a característica que
marcou este rali em 2004: pistas extremamente
estreitas.
A combinação presente na maioria dos estágios
de areia escorregadia e estradas estreitas impõe
um grande desafio aos pilotos, principalmente nos
31
quanto os carros descem as montanhas, se aproximando do litoral. Contudo, às vezes a nuvem é
tão grande que, com a ausência de vento, os dois
minutos que separam a largada de cada carro não
são suficientes para dissipá-la, o que gera problemas
de visibilidade.
Ninguém no WRC nega que gostaria de aproveitar o calor nas belas praias da ilha ao invés de
cozinhar dentro dos carros. Na verdade este é um
consenso geral, já que os turistas presentes na ilha
não comparecem tanto aos estágios, preferindo observar o parque de serviço montado em um distrito
industrial.
2005
2004
das curvas, não há espaço para o carro ser colocado de lado, como normalmente é feito, o que exige
uma abordagem bastante diferente mas não menos
agressiva. As imagens on-board deste rali são realmente intrigantes.
O terreno bastante característico deste rali é
um tormento para os primeiros pilotos na pista,
que precisam encarar a
areia fofa da superfície.
A desvantagem se torna
ainda maior pois a camada logo abaixo, mais
compacta e com mais
aderência , fica à disposição dos rivais que vem na
sequência.
A enorme nuvem de
poeira que se forma gera
belas imagnes aéreas en-
Últimos vencedores
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Calendário 2006
8ª etapa
Acropolis
Rally of
Greece
2 a 4 de junho
www.acropolisrally.gr
O Rali da Grécia foi eleito o melhor de
2005, graças ao enorme sucesso da
superespecial disputada no Estádio
Olímpico de Atenas. Em 2006 o estádio
será o centro de operações do rali.
O tradicionalíssimo rali da Grécia tem características que mexem com a cabeça dos pilotos e dos chefes
de equipe. A abordagem mais correta é pensar estágio por estágio e se preocupar em chegar até o final.
Tamanha cautela se justifica: a combinação de estradas sem preparação, de cascalho bruto e pedregulhos
enormes, aliadas ao calor intenso e à velocidade proporcionada pelas retas e curvas longas fazem desta
etapa uma das mais hostis da temporada.
Não é à toa que a lista de vencedores deste
rali parece uma relação
dos maiores nomes da
história do WRC. Apenas para citar alguns
nomes, A r i Vatenen,
Juha Kankkunen e Carlos Sainz venceram na
Grécia, assim como Colin McRae e também a
estrela maior do WRC
contemporâneo, Sebastien Loeb.
O desafio é enorme
para os pilotos assim como também é para as
equipes e seus carros. As molas devem ter a tensão
correta para os impactos em alta velocidade com as
pedras, mas é necessário um compromisso para que
o carro não fique instável nos trechos mais lisos e
arenosos. O protetor do cárter também precisa ser
reforçado e a consequente redistribuição de peso
demanda um ajuste diferenciado da suspensão.
Mas os pneus são o grande problema: um composto
muito macio rapidamente
sucumbe à temperatura e
às pedras, se desgastando
e perdendo aderência;
se o composto for muito
duro, a menor aderência
proporciona giro em falso
das rodas e - adivinhem
só - o desgaste é alto. Assim, os pneus ficam ainda
mais frágeis e a probabilidade de furos ou rasgos
aumenta muito.
A localidade histórica
deste rali também faz
com que ele seja diferen-
32
ciado dos demais. Em
2006, o Estádio Olímpico
de Atenas será o centro
de operações do rali,
aproveitando o sucesso estrondoso da superespecial lá disputada
no último ano. Foi um
destes acontecimentos
que palavras não podem
explicar muito bem, e
neste ano o público deve
comparecer novamente
em peso para conferir
de perto as equipes trabalhando nos seus carros entre um grupo e outro
de estágios.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Markko Martin (Ford Focus)
Colin McRae (Ford Focus)
Colin McRae (Ford Focus)
Colin McRae (Ford Focus)
Richard Burns (Subaru Impreza)
Colin McRae (Subaru Impreza)
Carlos Sainz (Ford Escort)
Colin McRae (Subaru Impreza)
Calendário 2006
9ª etapa
OMV ADAC
Rallye
Deutschland
técnica com o freio de mão sendo usada, seguida
pelo som alto e grave dos motores com mais de 300
cavalos de potência. Algumas curvas de raio curto
também quebram estas retas, e a visão encoberta
11 a 13 de agosto
www.omv-adac-rallye.com
O Rali da Alemnha estreou em 2002 e
até agora conheceu apenas um vencedor.
Sebastien Loeb, claro.
O etapa alemã do WRC é a última da temporada
de 2006 em superfície selada. Sim, selada, pois seria
simplista demais dizer que é um rali disputado no
asfalto. Os primeiros estágios são disputados em estradas asfaltadas nas montanhas de Mosel, repletas
de videiras. Por serem utilizadas na colheita, estas
estradas ficam bastante escorregadias devido às
uvas esmagadas em sua superfície. Mesmo assim, as
longas retas proporcionam muita velocidade e um
espetáculo incrível nos hairpins, nos quais o público
se aglomera para ver freiadas bruscas e a famosa
33
gios são mais parecidos com os vistos nos outros
ralis em asfalto, mas o desafio não é menor. Pelo
contrário, a chuva sempre é uma ameaça nesse rali
e pode complicar ainda mais as coisas.
A cultura local é bastante jovem, graças à universidade de Mosel. As casas são pintadas com cores
alegres e a arquitetura também é descontraída. A
combinação dessa atmosfera amigável com a famosa e bastante presente cerveja alemã traz muita
descontração entre os pilotos, gerando algumas
imagens, digamos, inesperadas.
2005
2004
2003
2002
pelas videiras ou muros de contenção podem enganar os mais otimistas. O cenário é deslumbrante
e há dúvidas se sentimos mais pena pelo piloto ou
pelas videiras quando algo dá errado.
O segundo dia é marcado por estágios na zona
militar de Baumholder.
A superfície varia entre
asfalto, concreto e paralelepípedos, trazendo constantes mudanças nos níveis de aderência. Alguns
trechos são cercados de
pequenos - e perigosos
- blocos de concreto nas
laterais, que já causaram
vários acidentes sérios.
Em 2005 alguns estágios
foram modificados e 2006
pode trazer mais mudanças.
No domingo os está-
Últimos vencedores
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Calendário 2006
10ª etapa
Neste
Rally
Finland
18 a 21 de agosto
www.nesterallyfinland.fi
Voar baixo, definitivamente, não é força
de expressão no rali da Finlândia, o país
natal do rali!
Cinco milhões de habitantes. Um milhão de
espectadores presentes nos estágios. Bem-vindo à
Finlândia!
O tamanho do público no Grande Prêmio da
Finlândia - como ficou conhecido este rali - reflete
a sua grandeza, tradição e importância. O país do
rali sedia a sua etapa na região central, próximo a
Jyväskylä, cidade natal de vários finlandeses campeões. Por entre os vários lagos existentes no local
- daí o tradicional nome Thousand Lakes - existem várias estradas de cascalho fino, compactado
e úmido, que proporcionam bastante aderência.
Os estágios são velocíssimos, largos e preparados
de maneira que os saltos - e que saltos! - sejam a
principal atração desta etapa. É o evento favorito de
equipes, pilotos e fãs.
A aerodinâmica é cada vez mais importante no
WRC, visando melhor desempenho nas curvas longas e rápidas, redução de arrasto e melhor equilíbrio
aerodinâmico. Os aerofólios traseiros geralmente
têm vários elementos verticais que seguram mais a
traseira do carro nas curvas, enquanto a dianteira
do carro é desenhada para reduzir arrasto e melhorar a entrada de ar para o radiador. Já o equilíbrio, a
harmonia da pressão aerodinâmica exercida sobre
o carro é um dos fatores mais importantes, talvez o
mais importante de todos. Na edição de 2005 do rali
da Finlândia, Petter Solberg escapou da pista com
seu Subaru Impreza e perdeu o aerofólio traseiro, a
uns 300 metros de um enorme salto. Phill Mills, seu
navegador, avisou sobre o “big jump” logo adiante.
Solberg tomou a trajetória adequada, pisou fundo
e... Por muito pouco não acontece um dos piores
acidentes da história recente do WRC. Enquanto o
carro estava no ar, a falta de pressão aerodinâmica
na traseira fez com que ela se levantasse, apontando
a dianteira contra o solo. Felizmente, o carro voltou
para o chão antes que uma capotagem fosse inevitável, caindo sobre o radiador. O carro puxou rapidamente para a vala ao lado da pista, mas Solberg
retomou o controle e quase que milagrosamente ele
e Phill Mills escaparam ilesos.
Mesmo - e principalmente - quando tudo corre
bem, há quem odeie o espetáculo proporcionado
pelos saltos. Os co-pilotos sofrem bastante, pois
a aterrisagem nem sempre é uniforme, o impacto
sempre é forte e, por não terem o apoio do volante,
geralmente machucam as costas, perdem o fôlego e
passam alguns minutos tentando voltar a respirar
normalmente ou parar de gemer de dor. As imagens
on-board não deixam dúvidas quanto ao drama vivido pelos co-pilotos nos
saltos.
Os saltos também não
são apenas questão de
pisar fundo e voar. É necessário dosar perfeitamente a velocidade para
não p erder temp o na
aterrisagem e também
saber tomar a melhor
trajetór ia para pousar
no lugar correto da pista,
dependendo do traçado
adiante. Assim sendo,
as notas de navegação
tem uma impor tância
34
fundamental e muitas informações precisam ser
passadas rapidamente por causa da alta velocidade.
O resultado é uma comunicação que usa e abusa
da linguagem própria que os navegadores usam,
bastante sintetizada e clara.
Um rali tão diferenciado não poderia deixar de
beneficiar os pilotos da Escandinávia, acostumados
desde sempre com estas condições. Através das últimas décadas, apenas três pilotos não-escandinavos
conseguiram vencer esta etapa. Tudo isto faz deste
rali um evento especialíssimo, o qual todo piloto do
WRC sonha em vencer.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Marcus Gronholm (Peugeot 307)
Marcus Gronholm (Peugeot 307)
Markko Martin (Ford Focus)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Juha Kankkunen (Subaru Impreza)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Calendário 2006
11ª etapa
Rally
Japan
1 a 3 de setembro
www.rallyjapan.jp
Com tantas montadoras japonesas tendo
marcado presença no WRC, já era hora
do país do sol nascente sediar uma etapa,
e está sendo um sucesso.
O Rali do Japão é bastante recente no WRC.
Estreou em 2004 e, apenas com duas edições disputadas, já se tornou um dos mais importantes e
aguardados da temporada. A tradição vitoriosa das
montadoras japonesas (Suzuki, Mazda, Toyota, Mitsubishi e Subaru) no WRC criou uma legião de fãs do
esporte que sempre marcam presença, seja nas arquibancadas das superespeciais, seja nos estágios.
Esta etapa é disputada na ilha de Hokkaido, ao
norte do arquipélago, mais precisamente na região
de Tokachi, com o centro
de operações na cidade de
Obihiro. Os estágios, em
sua maioria, são estradas que cortam as densas
florestas da região, tendo
uma superfície de de terra
e cascalho fofo e úmido.
Os grandes trechos retilíneos na floresta geram setores com alta média horária, sendo que a sensação de velocidade é ainda
maior devido às árvores
em volta e à pista estreita.
Na verdade, a vegetação
rasteira nas bordas acaba
encobrindo parte da pista. Assim, apostar na sorte e
cortar as curvas pode significar muito tempo ganho
ou o fim do rali, se alguma pedra ou vala profunda
estiver ao lado da pista.
Já os setores fora da floresta têm um aspecto bastante diferente. Com uma camada superficial bastante profunda de cascalho bruto e seco, estes estágios invertem a “regra” de
que os primeiros pilotos
levam desvantagem com
uma superfície menos
firme. Acontece que os
primeiros carros começam a cavar enormes valas na estrada, e como
a camada de cascalho é
profunda, a aderência
não se modifica. A cada
carro que passa as valas
ficam mais profundas,
até chegar num ponto
que o assoalho começa a
bater na parte não cavada
35
pelos pneus, criando uma
trajetória quase que obrigatória para os demais
pilotos. Sair desta linha,
mesmo que na tentativa
de melhorar o traçado,
representa tempo perdido
por causa da instabilidade
gerada.
Assim, o parque de serviço é um dos mais agitados da temporada, com
equipes e pilotos quebrando a cabeça para modificar totalmente o ajuste da
suspensão e a para escolher os pneus mais adequados entre um grupo e outro de estágios. Como se
isso tudo não bastasse, a exposição da ilha ao Oceano Pacífico traz sempre a possibilidade de chuva,
que em certas circunstâncias pode ser torrencial.
Por fim, a variedade de condições não se limita à
superfície e ao clima, mas também ao tamanho dos
estágios. Encontra-se de tudo no Rali do Japão: superespeciais com menos de 2km, estágios curtos com
10km ou menos, estágios médios em torno de 20km
e até mesmo um estágio-monstro com 50km!
A recepção dos fãs japoneses é algo único. Mesmo não sendo fanáticos insanos como os argentinos,
suecos e finlandeses, os japoneses comparecem em
peso com suas famílias, trazendo consigo bandeiras,
bonés, camisetas e tudo o que for relacionado ao
WRC. Demonstram muita admiração e respeito pelos pilotos e co-pilotos, muito conhecimento sobre o
esporte e, à sua maneira, demonstram o entusiasmo
e a alegria proporcionada pelo rali.
2005
2004
Últimos vencedores
Marcus Gronholm (Peugeot 307)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Calendário 2006
12ª etapa
Cyprus
Rally
média de velocidade do ano.
As pedras que cobrem os estágios impõem um
teste rigoroso para suspensões e pneus. Além do
terreno ser muito irregular, as pedras pontiagudas
não são misericordiosas com os pneus, principal-
22 a 24 de setembro
www.cyprusrally.org.cy
vo adicional, mas logo perceberão que também para
eles será um evento de resistência. A topografia
irregular e o calor tornam o espetáculo complicado
também para os espectadores, mas alguns ainda se
aventuram e conseguem encontrar boas arquibancadas naturais.
Últimos vencedores
2005 Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
2004 Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
2003 Petter Solberg (Subaru Impreza)
2002 Marcus Gronholm (Peugeot 206)
2001 Colin McRae (Ford Focus)
2000 Carlos Sainz (Ford Focus)
O Rali do Chipre ficou marcado como
sendo o moedor de carros da temporada.
Mais uma vez, os carros, pilotos e co-pilotos do
WRC enfrentam condições muito difíceis, desta vez
no Chipre, uma ilha localizada no extremo leste do
Mar Mediterrâneo. A cidade turística de Limassol,
no litoral sul da ilha, é o centro de operações do rali.
Os estágios se espalham pelas montanhas ao norte
da cidade e, sem sombra de dúvidas, são as estradas
mais hostis da temporada para os carros.
Os estágios são absolutamente sinuosos e estreitos. A superfície é arenosa, mas predominam os
setores cobertos de pedras grandes e pontiagudas.
Estas características tornam este rali o com menor
36
mente quando já estão desgastados. Porém, a baixa
média de velocidade representa a maior dificuldade
para os carros, já que pode levar a um superaquecimento. As constantes mudanças de marcha também
ameaçam a confiabilidade do carro. Assim, este
rali é uma prova mais
de resistência do que de
velocidade. Piloto e copiloto também precisam
mostrar resistência para
manter o ritmo durante
os três dias, já que o calor, aliado às baixas velocidades, transformam o
carro num forno empoeirado em movimento.
Os t ur istas sempre
presentes em Limassol terão o rali como um atrati-
Calendário 2006
13ª Etapa
Rally of
Turkey
13 a 15 de outubro
www.wrcturkey.com
Esta etapa é outra adição recente ao
calendário e, a exemplo da Fórmula 1, foi
muito bem aceita e também representa
parte da integração da Turquia à
comunidade européia.
O Rali da Turquia estreiou em 2003 e é disputado nas montanhas de Kemer, no sudoeste do país.
Com 3 edições disputadas, ainda há muito o que
descobrir sobre esta etapa, já que a cada edição as
condições das estradas e o clima trazem alguma
novidade. Apesar de lembrar um pouco os outros
ralis do Mediterrâneo, a variedade de condições é
grande. Ao invés do solo arenoso da Sardenha, a
superfície deste rali é de terra, mas em muitas par-
tes as pedras lembram
as condições do Rali da
Grécia e até mesmo do
Rali do Chipre. A média de velocidade não
é baixa, o que ajuda no
resfriamento do carro.
O setup do carro e a
escolha de pneus são
cruciais para um bom
desempenho, mas conseguir achar a receita
mágica demanda muita
competência e um tanto
de sorte. Mesmo se o
ajuste ideal para um grupo de estágios for encontrado, a chuva pode surgir, mudar completamente
as características dos estágios e deixar todas as
equipes em igualdade de condições. Com pneus
para terra/cascalho quente e suspensão um pouco
mais alta por causa das pedras, pilotos e co-pilotos
enfrentaram estradas enlameadas, mas com uma
superfície uniforme e dura. Controlar o carro com o
setup e pneus errados foi coisa para poucos.
Assim, este rali é uma
mistura dos outros ralis
no Mediterrâneo e o calor
intenso pode dar lugar
para fortes chuvas, tornando-o ainda mais imprevisível. Geralmente as
condições não são as ideais para o setup e pneus
escolhidos, obr igando
os pilotos a se conterem
para não andar mais do
que podem. O histórico
da etapa mostra que erros
custam caro, geralmente
levando a um acidente ou
37
a alguma quebra.
A Turquia oferece
uma mescla interessante de sua cultura e
modo de vida com as
conveniências modernas da Europa, dada a
ocidentalização que está
acontecendo no país. A
hospitalidade dos habitantes é enorme e todos
entendem e admiram a
importância do evento
que sediam. O trânsito
e a densidade populacional atrapalham um pouco, mas são problemas
irrelevantes se comparados às qualidades encontradas, tanto do ponto de vista do rali como do ponto
de vista turístico.
2005
2004
2003
Últimos vencedores
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Carlos Sainz (Citroen Xsara)
Calendário 2006
14ª Etapa
Telstra
Rally
Australia
26 a 29 de outubro
www.rallyaustralia.com.au
O Rali da Austrália esconde muitas
surpresas por trás da inegável beleza de
seus estágios.
O continente da vez é a Oceania. A primeira parada é do lado oeste da Austrália, mais precisamente
em Perth, uma bela cidade litorânea. A terra e poeira vermelha, o cascalho escorregadio e os longos
trechos retilíneos pelas planícies ou por entre as
florestas caracterizam esta etapa.
A posição de entrada no estágio é um pouco mais
importante neste rali. O cascalho que cobre a terra
vermelha é bastante granulado e redondo, tornando
a pista muito escorregadia para os primeiros carros, como se estivessem correndo sobre bolinhas
de gude. Com a passagem
de alguns carros as condições melhoram muito, pois
é deixada uma trajetória
com a ter ra mais f irme
exposta.
Os longos trechos de
aceleração não são tão
tranquilos quanto podem
parecer, pois as freiadas
sempre são problemáticas
devido à falta de aderência.
As curvas de raio longo,
que são a maioria, ainda permitem que o piloto
contorne algum imprevisto. Mas perder o ponto
de freiada em algumas curvas de raio curto é uma
grande possibilidade, pois nos trechos descampados não há pontos de referência e a estrada se
confunde com a paisagem poucos metros adiante.
Já nos trechos que cortam as florestas essa situação
se agrava, pois as árvores ao redor não darão uma
segunda chance.
Uma situação ocasional no WRC é a presença de
animais nas estradas. Nada mais natural, na verdade. Mas, na Austrália,
a situação é muito mais
crítica. O maior problema
são os cangurus, que subitamente atravessam as
estradas e não deixam alternativas para os pilotos.
Esses incidentes são mais
comuns do que se imagina e os danos causados
pelos impactos com os
pequenos animais geralmente trazem diversos
abandonos.
A cidade de Perth tem
um belíssimo litoral e
38
uma vida noturna agitada,
que até o ano passado era
ideal para as festas de fim
de temporada, já que este
rali era o último do calendário. Mesmo assim, é impossível visitar o local e não se
divertir com o inglês “australianês” ou então deixar
de conhecer pessoalmente
os simpáticos cangurus e
coalas, que já viraram sinônimo de Austrália.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Francois Duval (Citroen Xsara)
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Richard Burns (Subaru Impreza)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Colin McRae (Subaru Impreza)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Calendário 2006
15ª Etapa
Propecia
Rally
New Zealand
17 a 19 de novembro
www.rallynz.org.nz
O WRC aproveita a passagem pela
Oceania e disputa sua penúltima etapa na
Nova Zelândia.
O Rali da Nova Zelândia é outro que teve sua data
mudada, passando da terceira para a décima-quinta
etapa da temporada. A mudança no clima, contudo,
não deve ser grande, sendo que a expectativa é de
calor moderado e alguma possibilidade de chuva. A
cidade litorânea de Auckland é o centro de operações do rali e localiza-se na ilha norte do arquipélago neozelandês.
Todos os ralis da temporada se destacam de alguma maneira, mas a Nova Zelândia oferece uma etapa tão exuberante quanto o seu território. As longas
retas e as curvas abertas proporcionam velocidades
extremas, o que torna este rali um dos preferidos
pelos pilotos. A superfície é coberta de granito solto,
o que reduz um pouco a aderência, mas isto é totalmente compensado pelas inclinações extremamente
pronunciadas em várias curvas, sendo esta uma
das marcas desse rali. É preciso ter uma trajetória
precisa nos trechos velozes e sinuosos, aproveitando-se das inclinações para pisar fundo e ir jogando
o carro de apex em apex. O tabalho da suspensão,
sobretudo das barras estabilizadoras, tem um papel fundamental no setup do carro e pode ser a
chave do sucesso ou do
fracasso, pois um ajuste
equivocado faz com que
as rodas internas percam
contato com o solo nas
inclinações enquanto o
pesso do carro cai sobre
o lado externo.
Alguns estágios são
realizados em vias próximas ao litoral e têm uma
superfície mais arenosa.
Ainda assim a natureza veloz do rali não se
altera. Aqui, a imagem
dominante é a do mar, ao
39
invés dos descampados que cercam as estradas de
granito. Um rali de muita velocidade, que demanda muita perícia e com um cenário que só a Nova
Zelândia tem. Um prato cheio para uma das etapas
que podem decidir o campeonato.
A cidade de Auckland oferece uma boa estrutura,
fazendo valer a pena tornar os dois ralis da Oceania
em um único programa apenas. As infinitas criações de ovelhas da região e o público local extremamente amigável fazem companhia aos turistas
nas arquibancadas naturais que a topografia cria
nos terrenos descampados, que permitem a visão
de longas partes dos estágios sem necessidade de
locomover-se muito.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Sebastien Loeb (Citroen Xsara)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Richard Burns (Subaru Impreza)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Tommi Makinen (Mitsubishi Lancer)
Carlos Sainz (Toyota Corolla)
Kenneth Eriksson (Subaru Impreza)
Richard Burns (Mitsubishi Lancer)
Calendário 2006
16ª Etapa
Wales
Rally of
Great Britain
1 a 3 de dezembro
www.walesrallygb.com
início, era um evento predominantemente nacional e que cortava longas distâncias por toda a ilha,
ficando conhecido como RAC Rally. Hoje, recebe o
campeonato mundial e se transformou num rali
compacto, com os estágios todos dentro de uma
área não muito grande, sendo excelente para os
A última etapa do calendário é o rali da
Grã-Bretanha, que volta a ser disputado
no inverno.
Mais uma mudança no calendário, talvez a melhor delas. Tradicionalmente, esta etapa fechava
a temporada, quase sempre com batalhas épicas
pelo título. Porém, as edições mais recentes foram
disputadas no fim do verão e as diferentes condições climáticas tiraram completamente os maiores
atrativos do rali. Certamente o erro foi percebido e
novamente o País de Gales recebe a última etapa,
sob o título de rali da Grã-Bretanha.
Este rali é um dos mais antigos e mostra bem
como o esporte evoluiu ao longo das décadas. No
espectadores. Estes, impulsionados pelos últimos
campeões ingleses, continuam fãs do esporte e
comparecem em peso.
A superfície muda o
tempo todo, var iando
entre terra, cascalho e
cascalho bruto. Porém, o
inverno rigoroso da ilha
traz a certeza de trechos
esburacados, chuva, muita lama e até mesmo gelo
entrando nessa mistura.
Assim, a natureza veloz
dos estágios pode ser diminuída, mas o desafio
não muda, isto se não fica
ainda maior.
A região metropolitana
de Cardiff é a base do rali,
40
oferecendo uma boa estrutura para o WRC e para
todos os que vão conferir a ação de perto. Em outro
exemplo de comodidade para os torcedores, o início
e o fim do rali são no Estádio Millenium, criando
um grande espetáculo para o público. Neste mesmo
estádio também é disputada uma superespecial,
que em 2005 foi a primeira etapa in-door da história do WRC, já que o estádio é coberto. Do estádio,
os carros partem para as montanhas, florestas e
lagos ao sul de Gales, onde o rali da Grã-Bretanha
impõe seus tradicionais desafios e freqüentemente
vira personagem da disputa dos títulos de pilotos e
construtores.
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Últimos vencedores
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Petter Solberg (Subaru Impreza)
Marcus Gronholm (Peugeot 206)
Richard Burns (Subaru Impreza)
Richard Burns (Subaru Impreza)
Richard Burns (Mitsubishi Carisma)
Colin McRae (Subaru Impreza)
Armin Schwarz (Toyota Celica)