Raízes no.036 – Abril
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Raízes no.036 – Abril
tzivia From: Sent: To: Subject: Shavei Israel [[email protected]] 13:18 2010 מאי27 יום חמישי [email protected] Raizes 036 Raםzes Ediחדo n°. 35 Abril / Maio 2010 Iyar - 5770 O Elefante Sionista na Sala Por: Michael Freund A Menor בSםmbolo de Dinamismo e Otimismo Por: Rabino Eliahu Birnbaum I Congresso Nacional de Bnei Anussim do Brasil Opiniדo - Ainda sobre o I Congresso de Bnei Anussim Por: David Salgado Por: Luciano Bueno De Aboio e de Ferro Por: Manoel Moura Afinal de quem י Jerusalיm? Por: Claudia Boffa O Elefante Sionista na Sala Por: Michael Freund - Traduחדo: David Salgado Os judeus ao redor do mundo, recentemente comemoraram o 62° aniversבrio do grande momento em que o Estado Judeu renasceu na Terra de Israel, com toda a pompa e a cerimפnia que este significativo dia merece. Em toda a Amיrica do Norte, Federaחץes e Centros Comunitבrios judaicos organizaram conferךncias e celebraחץes, movimentos juvenis realizaram eventos especiais e sinagogas realizaram oraחץes festivas de agradecimento em lembranחa a essa importante data. Os participantes agitaram bandeiras azuis e brancas com orgulho e comeram falafel, enquanto que expressavam seu amor e admiraחדo, mesmo que a distגncia, pelo 1 Shabat Shalom! histףrico evento conhecido como a Independךncia do Estado de Israel. E assim, evidentemente, יcomo deve ser. O retorno do povo judeu a nossa terra e a restauraחדo da soberania judaica sדo dois grandes milagres da era moderna, e י natural que os judeus da Diבspora acreditam ser adequado celebrar estes eventos. Como o rabino Ben Tzion Uziel, Grande Rabino Sefaradi de Israel entre os anos 1948 e 1954 escreveu em seu testamento: “nossa geraחדo recebeu um grande privilיgio com a revelaחדo da mדo divina, de forma oculta, a favor de Seu povo escolhido, reunindo as diבsporas e trazendo-as a sua pבtria at יnos tornamos um povo vivendo em sua terra”. De fato, se isso nדo for meritףrio de celebrar, entדo o que devemos celebrar? Porיm, mais alיm de tudo o que aconteceu em lugares como Nova York, Toronto e Los Angeles, existiu algo que faltou nas agendas. E isso, estranhamente, foi a Aliב. ֹ, pode-se dizer, o elefante sionista da sala, um doloroso tema do qual os judeus da diבspora se encontram conscientes porיm poucos querem tratar, j בque traz muitas perguntas sobre seu futuro, que os incomodam. Enquanto que a Ali בdos Estados Unidos tem aumentado, em parte graחas ao grande trabalho da organizaחדo Nefesh by Nefesh, as poucas milhares de almas valentes que tem decidido vir sדo apenas uma pequena fraחדo das comunidades canadenses e americanas. Seguramente existem muitas razץes para isso, e יfבcil acusב-los de falta de sionismo e educaחדo judaica ou de possuir prioridades incorretas. Porיm eu quero me dirigir a outra questדo totalmente diferente, o que eu vejo como a grande fonte de frustraחדo e fracasso quando se trata de alentar aos judeus a fazer ali י, בo silךncio dos rabinos. De certo, os rabinos comunitבrios estדo cheios de ocupaחץes. Tentando manter ativos e motivados os seus membros comunitבrios, fato que representa um grande desafio para muitos na sociedade liberal do ocidente. Porיm, como lםderes comunitבrios e educadores de suas comunidades, os rabinos da diבspora podem e devem realizar mais para promover a Aliב, especialmente entre os que se encontram mais comprometidos e sדo mais observantes. Organizaחדo Shavei Israel King George 58, 4°. andar Heichal Shlomo Jerusalיm 94262, Israel Tel: +972-2-6256230 Fax: +972-2-6256233 ֹ hora de nossas longas e intensas oraחץes por Tsion, em nossas rezas diבrias e do Shabat, sejam trazidas a um concreto plano de aחדo para os judeus da Amיrica do Norte e aqui יonde os rabinos podem fazer a diferenחa. Realizando alguns simples passos, os rabinos podem ajudar a aumentar a consciךncia a respeito da Ali בe de um nתmero mais expressivo de judeus da diבspora. Isto poderia incluir estabelecer um Conselho Rabםnico de Aliב, o qual coordenaria programas centrados na imigraחדo para Israel com iniciativas nas sinagogas americanas. Reunindo-se nesse dito fףrum, os rabinos estariam enviando uma importante mensagem aos seus correligionבrios, ressaltando a centralidade da Ali בe colocando-a 2 Visite nosso site www.shavei.org Nדo tenha dתvida em contatar-nos: na agenda judaica nacional. Tambיm serviria como um םmpeto e recordatףrio para os rabinos, que devem abordar este tema. Sinagogas ao redor do paםs deveriam dedicar shabatot anuais ao tema Aliב. O melhor momento para isso יna perash בde Lech Lech בno livro de Bereshit, quando nosso patriarca Abraham se converte no primeiro judeu a mudar-se para Israel. Esta poderia ser a forma de lanחar os discursos, discussץes e painיis da histףria, teologia e ideologia que se encontram por trבs do retorno a Tsion. Sinagogas podem por sua vez, erigir uma parede em honra pela Aliב, ressaltando aos membros da comunidade que tiveram a valentia de mudar-se. Isto fomentaria o respeito comunitבrio e a admiraחדo e projetaria um sentido de aspiraחדo e propףsito para os jovens. ֹ ףbvio que seria necessבrio escrever material em inglךs, sobre as razץes religiosas e sionistas pelas quais deve-se fazer aliב, e poder fortalecer os laחos entre os imigrantes e as comunidades. Isso fortalecer בa ideia da Ali בna mente de mais judeus, e brindarב maior legitimaחדo a ideia de considerב-la uma opחדo real. Os rabinos tem um rol central para que isto aconteחa, e seria muito bom se eles aprendessem do exemplo de Rabi Zeira. Um dos amoraitas, Rabi Zeira, nasceu na Babilפnia porיm desejava mudar-se אTerra de Israel. Antes de sua Aliב, passou cem dias jejuando para esquecer a metodologia de estudo que havia aprendido no exםlio e assim poder comeחar novamente na Terra de Israel (Tratado de Berachot 57a). E quando chegou ao rio Jordדo, Rabi Zeira estava tדo ansioso para entrar em Eretz Israel que cruzou as בguas sem se preocupar em molhar a roupa. Quando um transeunte se aproximou dele rindo, Rabi Zeira lhe respondeu: “Por que deveria ser paciente, quando estou realizando uma bךnחדo que foi designada a Moshe e Aharon? (Talmud Ierushalmi, Tratado de Shvuot – Promessas - 35). Talvez, se tivessemos um nםvel similar de ansiedade entre os rabinos da Amיrica do Norte e do Ocidente. Entretanto, sיculos depois, a bךnחדo da qual falou Rabi Zeira ainda se encontra aqui, nos esperando a todos, na terra de Israel. Retornar A Menor ב- Sםmbolo de Dinamismo e Otimismo Por: Rabino Eliahu Birnbaum - Traduחדo: David Salgado A Menor( בcandelabro) יum dos utensםlios mais importantes que havia no Tabernבculo no deserto e no Templo Sagrado de Jerusalיm. Foi construםda de uma s ףpeחa de ouro puro e adornada com gravuras e flores que lhe outorgavam um aspecto belo e imponente. A Menor בdo Tabernבculo tinha sete braחos. O braחo central era a parte 3 [email protected] fundamental da Menor בe delo saiam trךs braחos para cada lado. Cada braחo estava decorado com copas em forma de flores de amךndoas. Quando a Menor בestava acesa, as trךs velas dos lados estavam dirigidas a vela do meio. A vela central simboliza o princםpio fundamental, a luz central. O azeite para a Menor בera de grande pureza e estava destilado especialmente para servir a tal propףsito. ֹ necessבrio assinalar que enquanto a Menor בdo Tabernבculo possuםa sete braחos, a Menor בde Chanucב, a que estas habituados em nossos dias, possui oito braחos, em lembranחa do milagre de Chanucב, quando a Menorב ardeu durante oito dias com um recipiente de azeite que era suficiente apenas para um dia. A menor בera o תnico utensםlio do Tabernבculo e do Templo que estava construםdo totalmente em ouro. O ouro, o metal precioso, nדo sofre mudanחas diante das condiחץes ambientais, o tempo e o clima; nדo oxida nem se deteriora. O material do qual est בconstruםda a Menor בsimboliza o princםpio estבvel que nדo se modifica nem est בsujeito a influךncia alguma. Aaron o Cohen e depois seus filhos, os Cohanim Haguedolim (grandes sacerdotes), acendiam todas as manhדs as velas de azeite da Menorב. No momento do acendimento ordenavam e limpavam as velas, preparavam as mechas e retiravam as mechas queimadas do dia anterior. A Menor בdeveria estar acesa durante todas as horas do dia e da noite, todos os dias do ano. Na יpoca do Segundo Templo, a Menor בestava construםda de estanho. Quando a situaחדo econפmica melhorou, ela foi banhada em prata. Depois o corpo central da Menor בfoi banhado em ouro, em forma similar a Menorב do Primeiro Templo. Durante a destruiחדo do Templo, a Menor בfoi saqueada junto com os demais objetos sagrados, desconhecendo-se seu paradeiro. Com base na gravaחדo do Arco do Triunfo em Roma, no qual aparece com clareza a Menorב, existem os que sustentas a teoria de que ela foi levada para Roma. Outros, ao invיs disso, acreditam que os romanos nדo conseguiram levar a Menorב, pois esta foi escondida pelos judeus nas catacumbas abaixo do Templo, para evitar que os conquistadores a levassem. Podemos considerar que a Menor בde sete braחos do Templo que aparece na nossa parash בe em outras parashiot, era um instrumento ritual que tinha o תnico objetivo de cumprir com uma funחדo religiosa: entretanto, podemos contemplב-la de forma alegףrica, simbףlica. Em nosso caso, parece que este יo significado profundo da Menor בe dos demais utensםlios do Templo. A Menor בnדo era apenas um ornamento do Templo. A Menor בe sua luz possuםam um valor simbףlico que a Tor בbusca comunicar ao povo. A funחדo da Menor ב יa de dar luz atravיs de suas velas. Na Tor בe no judaםsmo a luz simboliza a sabedoria e a inteligךncia. O poder da vela יsua influךncia sobre o homem. A luz da vela penetra no homem atravיs dos olhos, porיm exerce sua influךncia tambיm sobre sua mente e sua alma. A luz da vela, com o fogo que sobe e desce, nדo יestבtica, mas muda constantemente de cor e de forma; est בem eterno movimento. Por isso o homem se deleita na contemplaחדo do fogo, que lhe recorda seu prףprio movimento interior, seu desejo de avanחar e mudar, obter resultados, elevar-se constantemente. 4 Existem aqueles que acreditam que a Menor בrepresenta o homem. As velas que estדo voltadas para o centro ensinam ao homem a contemplar o seu interior, rever seus prףprios atos. O judeu que contempla a Menor בde ouro aprende sobre o significado da vida saudבvel. A Menor בensina que o segredo da felicidade humana depende de sua possibilidade de pפr seu espםrito e seu corpo a serviחo de um objetivo superior e elevado, um objetivo altruםsta, que lhe outorgue a sua alma a uniדo e a paz. No marco de uma interpretaחדo alegףrica do Templo como representaחדo simbףlica de todo o universo, Filףn de Alexandria acredita que a Menorב representa o cיu, que irradia a luz. As sete velas representam os sete satיlites que existem no cיu, segundo a astronomia da antiguidade. As velas da Menor בderam origem a vבrios costumes e leis, como as velas do Shabat, a vela da recordaחדo (Yzkor – em memףria de um ente querido) e a luz eterna (Ner Tamid). As velas de Shabat foram escolhidas como sםmbolo deste dia e servem para diferenciar entre os seis dias da semana e o Shabat. A luz assinala o limite do tempo, entre o dia e a noite, e tambיm entre os seis dias da semana e o Shabat. A luz marca uma divisדo no passar do tempo e o correr dos dias. Os textos de nossos sבbios fazem especial referךncia as velas do Shabat, mas alיm da funחדo prבtica de iluminar a mesa al redor da qual se sentam os convidados no Shabat. Os sבbios consideram que as velas simbolizam aqueles valores que transcendem a percepחדo sensorial e simbolizam o mundo dos conceitos metafםsicos nas esferas do espםrito e do pensamento. A luz simboliza tambיm a presenחa da luz Divina no lar e no mundo hoje, mediante seu acendimento, simbolizamos sua existךncia. Assim como as velas do Shabat representam a entrada do Shabat e a santificaחדo do dia, tambיm acendemos a vela de Havdal( בSeparaחדo) na saםda do Shabat. Ela diferencia entre o santo e o profano, entre a luz e a escuridדo, entre Israel e os demais povos (segundo a prףpria bךnחדo). Depois do falecimento de uma pessoa alguns costumam acender duas velas e colocב-las prףximo a cabeחa do morto. Existem aqueles que deixam uma vela acessa durante todo o primeiro ano do luto, e outros o fazem apenas durante os sete dias apףs o falecimento. Todos acendem uma vela no dia do aniversבrio de morte. A luz de recordaחדo simboliza a relaחדo que existe entre a pessoa que faleceu e seus parentes. A luz nos lembra que o morte nדo foi esquecido, e sua lembranחa permanece em nosso coraחדo e nos acompanha. Em lembranחa da Menor בque ardia constantemente no Templo, acostumamos deixar uma luz acesa permanentemente ao lado da arca no Beit Hakenesset (Sinagoga). A Menorב, o sםmbolo religioso mais importante na histףria do povo judeu, constitui hoje o sםmbolo nacional do povo que voltou a sua terra. Uma das razץes das quais a Menor ב יo sםmbolo do Estado de Israel, foi criar um antagonismo em relaחדo a menor בque aparece no arco de Tito. Lב, a menor בsimboliza a derrota e a humilhaחדo dos judeus perante outros povos. Entretanto, a Menor בcomo sםmbolo do Estado de Israel representa a libertaחדo, a independךncia, o orgulho judaico. 5 Sobre o significado da Menor בe a luz da vela, podemos aprender de um conto chassםdico que descreve a aחדo da vela: Um Rabino pediu a um aluno seu que baixasse ao sףtדo para buscar-lhe um livro. O discםpulo foi ao sףtדo, porיm a total escuridדo que reinava a םo impediu de cumprir com o pedido de seu rabino. Retornou ao rabino e lhe disse: “Tudo est בescuro e nדo pude encontrar o livro”. O rabino lhe contestou: “Qual יo problema? Pega um cajado e vai novamente ao sףtדo, golpeie a escuridדo e entדo poderבs espantב-la e encontrarבs o que buscas”. Retornou o aluno novamente ao sףtדo fazendo o que lhe disse seu rabino e mesmo assim, mais uma vez nדo conseguiu cumprir com seu objetivo. Voltou ao seu rabino e lhe disse: “Nדo consegui espantar a escuridדo”. Entדo lhe disse o rabino: “Toma essa pequena vela, acenda-a e a pequena luz espantar בa escuridדo. Nדo יpossםvel espantar a escuridדo, o mal, a negaחדo, sem acendermos uma pequena luz que espante a escuridדo e ilumine um grande salדo”. O povo de Israel compreende que a Menor בnדo constitui apenas um objeto de culto, mas יtambיm um meio de recordaחדo. O homem a contempla e acende suas velas para acender a menor בde sua vida que entדo lhe outorgar בa luz de seu sustento. [email protected] Retornar I Congresso Nacional de Bnei Anussim do Brasil Por: David Salgado Como vem acontecendo nos תltimos quatro anos, estive no Brasil para a abertura da Exposiחדo itinerante da Shavei Israel “Criptojudeus – A Chama que a Inquisiחדo Nunca Conseguiu Apagar”. Este ano nossa exposiחדo foi realizada em Fortaleza-CE e Macapב-AP. Exposiחדo אparte, o que queremos destacar mesmo יum evento marcante e de suma importגncia para os Beni Anussim de todo o Brasil e porque nדo dizer do mundo todo. Refiro-me ao I Congresso Nacional de Bnei Anussim do Brasil realizado em FortalezaCE, um marco na histףria do judaismo nacional brasileiro e do marranismo especificamente. Ocorrido entre os dias 05 e 06 de maio no Hotel Marina Park, o marcante evento teve a organizaחדo encabeחada pela mais nova instituiחדo que nasce para juntar-se as outras inתmeras existentes, que lutam em prol dos Bnei Anussim por todo o paםs, refiro-me a Organizaחדo Raםzes do Brasil - Fortaleza-CE, Fundada por Sagiv Simona, israelense, casado com Patricia, cearense de origem judaica, Raםzes do Brasil יuma instituiחדo que busca unificar os Beni Anussim e reconhecer a identidade histףrica e religiosa dos marranos no paםs. Foi ele, Sagiv, quem nos contatou; a princםpio, para a contratar nossa Exposiחדo, mas por sua prףpria iniciativa e idיia, finalmente, acabou por culminar com a realizaחדo do I 6 Congresso Nacional de Bnei Anussim do Brasil. Presenחas marcantes no Congresso foram do Vice-Gorvernador do Estado Professor Francisco Pinheiro, descendente de judeus sefaradim e quem apoiou o evento, inclusive foi um dos palestrantes convidados para o dia 05/05. O evento contou ainda com o patrocםnio do Banco Safra, Fundaחדo Ana Lima e do Governo do Estado do Cear בatravיs de sua Secretaria de Cultura de Fortaleza. Alיm do vice-governador, o Congresso contou com a ilustre presenחa da mundialmente reconhecida e famosa Professora, Dr× Anita Novinsky – Presidente do Laboratףrio de Estudos sobre a Intolerגncia – USP. Inתmeras pessoas de destaque do mundo judaico e anussim no Brasil al םetavam presentes: Rabino do Beit Chabad de Belיm, Disraeli Zagury que fechou o Congresso com brilhante palestra sobre a Conversדo ao Judaםsmo; Rabino Jacob de Oliveira, figura marcante na luta em prol do reconhecimento dos Anussim; o mיdico e ator do conhecido documentבrio “A Estrela Oculta do Sertדo”, Luciano de Olivera; Professora Eneida Beraldi Ribeiro do Grupo de Estudos sobre a Intolerגncia da USP coordenado pela Professora Anita Novinsky; Professor Marcos Silva, Coordenador do Grupo de Estudos do Marranismo da Universidade Federal de Sergipe; Sr. Feliciano Tavares do SICA – Sindicato Israelita das Comunidades Anoussitas; e outros. Foram marcantes e emocionantes os depoimentos dos in[umeros representantes de comunidades e grupos de Anussim por todo o paםs: Sr. Claudio Pinto, representante da Comunidade “ARON” do Cear ;בSr. Elias Kosmann e o jovem Roberto Cosme da Sociedade Israelita Sefaradi do Cear ב- SISEC – organizaחדo co-organizadora do Congresso; Dr. Alesssandro Magno de Oliveira e Joaquim Neto representantes da Comunidade Magen David de Campina Grande – Paraםba; Sr. Jos יNilton Portela representante da Comunidade Shavei Israel do Recife em Pernambuco; A Comunidade Beit Shemuel do Recife-PE liderada pelo Chazan Isaac Essoudry tambיm marcou sua presenחa; Sr. Manoel Moura, representante da Comunidade Israelita de Natal; Tiago da Rocha Sales, representante da Associaחדo Morash בBenei Ia’akob do Varjדo-DF; e outros Durante o Congresso na noite do primeiro dia (5/5) no Centro Cultural Dragדo do Mar, a Shavei e a Organizaחדo Raםzes do Brasil realizaram a abertura da Exposiחדo: “Criptojudeus: a chama que a Inquisiחדo nunca conseguiu apagar”, sobre a histףria dos Sefaradim pelo mundo com foco especial para a Penםnsula Ibיrica e principal foco no Brasil. Estדo de parabיns os organizadores, os participantes e todos os Bnei Anussim espalhados pelo paםs e o mundo. Um evento que vai marcar a histףria. Retornar Opiniדo - Ainda sobre o I Congreso de Bnei Anussim Por: Luciano Bueno Se partimos de uma realidade de dez anos atrבs e embasado no que vi, ouvi e nos relacionamentos interpessoais que realizei durante o Congresso, dentro da experiךncia de quase 10 anos que tenho neste assunto posso falar que a histףria est בmudando, se desenvolvendo leat leat, quase que imperceptםvel, houve avanחos sim e 7 retrocessos tambיm, mas no saldo que fica יbom, positivo. Pela primeira vez em nossa histףria h בuma instituiחדo judaica reconhecida tanto no Brasil como em Israel, a Shavei Israel tem o propףsito תnico de acompanhar de perto nossa luta, auxiliar de forma a recuperar e resgatar nossa vida judaica e se for o caso, preparar o retorno para nossa verdadeira casa, j בenviaram rabinos para nos auxiliar nessa guerra de Lech lech ב, sair para dentro de nףs mesmos, provocar uma mudanחa concreta e efetiva para retornarmos ao Derech Hashem definitivamente, tarefa nada fבcil, e isto provoca frustraחץes e atritos, vivemos num paםs que nדo prioriza a educaחדo de seus filhos de forma a reforחar uma pr יcondiחדo natural que favoreחa a disciplina nos estudos judaicos tדo necessבrios para uma completa teshuvב. Alיm da Shavei temos duas outras organizaחץes que iniciaram seus trabalhos neste mesmo objetivo, a SICA e a Raםzes do Brasil, e muito alיm das instituiחץes temos um de nףs que hoje יrabino e est בmais prףximo, trata-se de um talmudista de respeito e reconhecimento internacional especializado neste assunto, o Rabino Yaacov de Oliveira. Neste contexto, apesar dos mesmos problemas que enfrentamos e, apesar deles ainda continuarem existindo e isto, foi exaustivamente bem desabafado e discutido durante o Congresso nas palestras de vבrios representantes de associaחץes. Os problemas podem at יserem maiores do que discutimos, mas agora nדo temos muito mais do que reclamar, na verdade concordo com o que foi falado no Congresso em relaחדo aos anussim estarem nesta situaחדo atual, cinq enta e dois anos depois do renascimento de Israel, vimos vבrios irmדos voltarem para casa, e, entre nףs, temos senhores idosos de 70 ou 80 anos de idade, ou at יmais; cansados, mas ainda entusiastas da causa, sonham de olhos abertos em voltar para nossa ֹretz Israel. E agora pergunto: - qual o nosso problema? Por que ainda o Estado de Israel nדo nos reconhece? Por dois motivos principais, neste ponto concordo com o Rabino Yaacov de Oliveira: 1. Por nossa prףpria culpa, pela falta de uniדo. 2. Por falta de vontade dos rabinos e do prףprio estado de Israel. O que podemos fazer para melhorar agora? Vivermos em comunidade, como um yeshuv unido, nossos esforחos serדo compensados mais brevemente, devemos ainda, falarmos menos, estudar mais, educar nossos filhos, preparב-los para o futuro, somos a geraחדo do Mashiach, vamos fazer por merecer para estarmos vivos para a grande gueulב, o momento agora יde refazermos a uniדo sincera, com base na confianחa entre irmדos de alma e coraחדo, filhos de Avraham, Yitzchak e Yaacov e focarmos as realizaחץes concretas com datas marcadas, para nףs, nossos filhos e os filhos de nossos filhos, o tempo יeste. Luciano Navarro Orenstein Bueno 35 anos, casado, trךs filhos, יAdm. de Empresas – Especialista em Gestדo Empresarial pela FGV, Militante da causa Sefaradim hispano-potuguesa, ex-presidente da AMABRA-Associaחדo dos Marranos de Brasםlia. Retornar De Aboio e de Ferro Por: Manoel Moura 8 Nדo obstante a pregaחדo da morte - da histףria - e da nivelaחדo dos seres, mediante o avanחo do neo-liberalismo, da globalizaחדo e da tecnoligia que estabelece uma cultura ligeira e artificial, onde o todo e o nada estדo juntos, resumidos e reduzidos ao quadrado de luz fria da TV ou do bicho cibernיtico chamado computador. Os arquitetos afloram indiferentes a tudo isso. Afloram atravיs dos sentidos. O aboio י ouvido e o ferro יvisto e faz acordar, ou melhor faz reviver o que parecia ter morrido. Salve todos os aboiadores, violeiros, poetas e cantadores nas pessoas de Luiz Gonzaga, Elomar Figueira de Mello e salve tambיm todos os vaqueiros de mato fechado e ferradores de gados nas festas de apartaחדo na pessoa de Manoel de Higino da ribeira do Potengi de quem eu ouvi tantos relatos desses afazers que ele (meu pai) tanto gostava. Salve tambיm os que se preocuparam em registrar em livros a grafia dos ferros de ferrar gados, nas pessoas dos mestres: Ariano Suassuna, Oswaldo Lamartine de Faria, Virgםlio Maia e Luiz da Cגmara Cascudo que tambיm falou de aboio e de ferro. Alegres, tristes, saudosos ou contritos, os primeiros patriarcas do sertדo do Rio Grande do Norte aboiram, se verbalizando palavras em portuguךs ou em outro idioma incompreensםvel, isso nדo temos como afirmar, mas desconfiamos que o: ך ך ך פ פ פ do aboio reproduzido pelo gentio (vaqueirama) eram palavras de uma outra lםngua nדo conhecida pela maior parte da populaחדo, e por nדo entenderem a lםngua, e por acharem o canto, a mתsica, a melodia bonitas, passaram a imitar o som ouvido, apenas com entonaחץes monossilבbicas das vogais latinas (Luiz da Cגmara Cascudo aponta para o Oriente Mיdio como possםvel origem do aboio). Podemos comprovar que muitas rezas e cantos judaicos encaixam-se e podem perfeitamete ser entoados em aboio sem nenhuma dificuldade. Ouvi meu pai muitas vezes aboiar ao cair da tarde, sentado no batente de nossa casa em Sombra – Sדo Pedro-Rn, em sons monossilבbicos, terminando os seis versos com sete sםlabas, sempre com o – ך ך ך פ פ פsaudade! – Perguntamos: saudade de quך, de quem, de onde? De Cana דde Abraדo, de Espanha (que יSefarad), de Portugal ou das sinagogas do Pernambuco de Maurםcio de Nassau? Afirmar nדo podemos, negar tambיm nדo. E aboio, e ferro, e gado, e Santa Inquisiחדo, e perseguiחדo, e homens, e saudades, e mistיrios, e estףrias, foram a Histףria. Falemos agora de alguns ferros de ferrar gados: h בum qu ךde mistיrio nas primeiras marcas de ferrar, pelo menos יo que se percebe na linguagem dos que j בtrataram desse assunto. Eles (os ferros) eram sםmbolos, mas nדo eram letras latinas que identificassem os nomes dos seus proprietבrios. Uns apontam para as pinturas rupestres, outros as identificam com as runas. Apesar de nדo podermos afirmar de forma categףrica, suspeitamos e achamos mais provבvel que algumas daquelas marcas, tenham sido criadas por que conhecia, se nדo a lםngua hebraica, pelo menos seus caracteres. Essa nossa indagaחדo e identificaחדo de muitas letras hebraicas encontradas em vבrias marcas de ferrar gados aqui no Rio Grande do Norte. Observemos algumas marcas nas quais identificamos uma quantidade significativa de litras hebraicas, inclusive uma marca nova, levantando a hipףtese de sermos um daqueles patriarcas e como ficaria totalmente diferente do nosso nome em letra latinas. Assim entendemos que possivelmente, os que criaram essas marcas, tambיm aboiaram suas rezas em hebraico, eram judeus, marranos, cristדos novos ou melhor, 9 os Bnei Anussim – filhos dos forחados. Poesia de Manoel Moura declamada pelo prףprio no I CongressoNacional de Beni Anussim do Brasil O JUDEU Levantei as mדos e n`Ele cri Sem impor a ninguיm a minha crenחa Tem sido difםcil me compreenderem Talvez por isso tenha havido desavenחa. Andei pelo deserto, certo, certo, De encontrar a boa terra prometida Procurei manter a paz na terra Porיm me impuseram tanta guerra. Mas o Eterno me aprimora dia-a-dia E as tempestades que me sobrevךm Servem-me de base e de experiךncia Para o dia que breve eu sei que vem. E quando אterra prometida eu chegar Quero nela fincar fundas raםzes Porיm se isso nדo me acontecer Que os meus descendentes l בsejam felizes. Pois aquele que no Eterno espera 10 Nדo desespera nem que venha a morte Espera at יque o filho do filho do seu filho Tome posse da terra da boa sorte. Retornar Afinal, de quem יJerusalיm? Por: Claudia Boffa - Belo Horizonte/MG Introduחדo: Quero agora ressaltar a minha resposta ao importante e atual artigo publicado na ediחדo n÷ 35 (Raםzes), sob o tםtulo: "Sete Maneiras de Defender Jerusalיm", por Michael Freund. Encaminhei o mesmo para toda a minha lista de endereחos eletrפnicos, inclusive para outros estados brasileiros e para os EUA e estou relacionando endereחos de importantes contatos da mםdia brasileira para tambיm encaminhב-lo. Esta יuma tarefa que arde no meu coraחדo de jornalista judia. Ainda quero trabalhar mais efetivamente em prol do Sionismo e das principais causas Polםticas do Nosso Povo. A seguir encaminho artigo, com uma pequena pesquisa bםblica que justifica a Soberania judaica sobre Jerusalיm: Afinal, de quem יJERUSALֹM? Jerusalיm, o coraחדo e a alma do povo judeu e de todos os que crךem no Deus de Israel יa cidade mais citada nas Sagradas Escrituras e h בmuitas profecias a seu respeito, deixando-nos evidente que o Eterno Deus tem, por ela, um interesse todo especial. Biblicamente, um resumo do que nos est בregistrado sobre Jerusalיm יque: • O Eterno habita nela: “Desde Siדo seja bendito o Eterno, que habita em Jerusalיm” - Salmo 135:21. • O Eterno profetizou bךnחדos sobre aqueles que oram por Jerusalיm e a amam: “Orai pela paz de Jerusalיm; prosperem aqueles que te amam” - Salmo 122:6. • ֹ o Eterno quem a edifica: “O Eterno edifica Jerusalיm, congrega os dispersos de Israel” - Salmo 147:2. • Ela יaprazםvel ao Eterno: “Formosa יs, amada minha, como Tirza, aprazםvel como Jerusalיm, imponente como um exיrcito com bandeiras” – Cגnticos dos Cגnticos 6:4. • Dela vem a Palavra do Eterno: “Irדo muitos povos, e dirדo: Vinde, e subamos ao monte do Eterno, אcasa do Deus de Jacף, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Siדo sair בa lei, e de Jerusalיm a palavra do Eterno” – Isaםas 2:3. 11 • O Eterno reinar בsobre ela: “Entדo a lua se confundirב, e o sol se envergonharב, pois o Eterno dos exיrcitos reinar בno monte Siדo e em Jerusalיm; e perante os seus anciדos manifestar בa sua glףria” – Isaםas 24:23. • O Eterno יo seu protetor: “Como aves quando adejam, assim o Eterno dos exיrcitos proteger בa Jerusalיm; ele a proteger בe a livrarב, e, passando, a salvar– ”ב Isaםas 31:5. • O Eterno nos ordena a falar benignamente a seu respeito: “Falai benignamente a Jerusalיm, e bradai-lhe que j בa sua malםcia יacabada, que a sua iniq idade estב expiada e que j בrecebeu em dobro da mדo do Eterno, por todos os seus pecados” – Isaםas 40:2 • O Eterno יquem a consola e redime: “Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalיm; porque o Eterno consolou o seu povo, remiu a Jerusalיm” – Isaםas 52:9. • Ela habitar בem seguranחa: “Naqueles dias Jud בser בsalvo e Jerusalיm habitarב em seguranחa” – Jeremias 33:16. • H בum plano futuro para o povo de Israel na sua terra: “E h בde ser que todo aquele que invocar o nome do Eterno ser בsalvo; pois no monte Siדo e em Jerusalיm estarדo os que escaparem, como disse o Eterno, e entre os sobreviventes aqueles que o Eterno chamar” - Joel 2:32. • Nela ser בedificada a Casa do Eterno (o Terceiro Templo): “Portanto, o Eterno diz assim: Voltei-me, agora, para Jerusalיm com misericףrdia; nela ser בedificada a minha casa, diz o Senhor dos exיrcitos, e o cordel ser בestendido sobre Jerusalיm” Zacarias 1:16. • As naחץes buscarדo a Deus nela: “Assim virדo muitos povos, e poderosas naחץes, buscar em Jerusalיm o Eterno dos exיrcitos, e suplicar a bךnחדo do Eterno” Zacarias 8:22. • Os que se levantarem contra ela sofrerדo pragas: “Esta ser בa praga com que o Eterno ferir בtodos os povos que guerrearam contra Jerusalיm: apodrecer-se- בa sua carne, estando eles de pי.”- Zacarias 14:12. • Ela se tornar בlugar de adoraחדo e celebraחדo para todas as naחץes: “E se alguma das famםlias da terra nדo subir a Jerusalיm, para adorar o Rei, o Senhor dos Exיrcitos, nדo cair בsobre ela a chuva” - Zacarias 14:17. • Ela יa Cidade do Grande Rei, numa referךncia ao Reino Davםdico passado e futuro - Salmo 48:2: “De bela e alta situaחדo, alegria de toda terra יo monte Siדo aos lados do norte, a cidade do grande Rei”. Por tudo isso o que se conclui יque Jerusalיm pertence ao Eterno Deus de Israel. Portanto, a Ele cabe decidir o seu destino e quem a ela ser בentregue e quem governar בsobre ela. E o que o Eterno Criador nos afirma pelas Sagradas Escrituras יque Jerusalיm, bem como toda a Terra de Israel, foi dada aos judeus, que para ela devem retornar, nos tempos atuais, e nela habitar, e sobre ela ter soberania, para nunca mais serem de lב arrancados. (“Assim os plantarei na sua terra, e nדo serדo mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Eterno teu Deus” – Amףs 9:15). 12 Que outras naחץes virדo a Jerusalיm e at יhabitarדo nela, יcerto, e quanto a isso nדo h בnenhum problema. Aliבs, a Tor בinstrui os judeus a nדo s ףacolherem, mas a tratarem bem os peregrinos. E, efetivamente, j בem nossos dias h בcristדos, drusos, בrabes e palestinos ali habitando sem qualquer restriחדo, desde que nדo ameaחe a seguranחa da populaחדo. Mas o Governo de Jerusalיm pertence, legitimamente, a Israel e ninguיm pode alterar este Decreto Divino. Portanto, que Haja Paz e Seguranחa em Jerusalיm!!!! Retornar 13