Oficio SCIH 18-2009: FLUXO DE ATENDIMENTO PARA CASOS
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Oficio SCIH 18-2009: FLUXO DE ATENDIMENTO PARA CASOS
Oficio SCIH 18-2009: FLUXO DE ATENDIMENTO PARA CASOS SUSPEITOS DE INFLUENZA A H1N1 (GRIPE SUÍNA) 1. SERVIÇO DE RECEPÇÃO o Após identificação realizada pelo funcionário da recepção (conforme cartaz informativo), o paciente suspeito deverá permanecer com máscara cirúrgica, e ser encaminhado ao consultório devendo o médico examiná-lo imediatamente, para confirmar ou afastar a suspeita. o Os profissionais que realizarem assistência direta ao paciente deverão utilizar equipamentos de proteção individual adequada (máscara N95, avental descartável e luva) para o atendimento ao caso suspeito. o Restringir o número de profissionais em assistência ao paciente. 2. IDENTIFICAÇÃO DOS CASOS 2.1 CASOS LEVES o Após consulta e avaliação o paciente receberá alta, com orientações para uso de sintomáticos e quarentena, com atestado médico de 7 (sete) dias a partir da data dos primeiros sintomas, devendo procurar novamente pelo serviço, se não houver melhora, ou se houver qualquer sinal de complicação. Obs.: em caso de crianças deverão permanecer em quarentena por 14 dias. 2.2 CASOS LEVES COM RISCO DE COMPLICAÇÃO Fatores de risco para complicação: o IDADE: menor que 2 anos ou mais de 60 anos o IMUNOSSUPRESSÃO: câncer, AIDS, uso de imunossupressores. o CONDIÇÕES CRÔNICAS: pneumopatias, cardiopatias, diabetes, doença renal crônica, hemoglobinopatias. o GESTAÇÃO Para atendimento destes casos mesmo com quadro clinico leve entrar em contato com o CVE para avaliar indicação de tratamento e coleta de exames. 2.3 CASOS GRAVES (DOENÇA RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE) o Deverão seguir o protocolo de internação os pacientes que apresentarem quadro de insuficiência respiratória e/ou sinais de gravidade: Definição: Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse E dispnéia, acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais. Sinais e sintomas que devem ser observados: • Aumento da freqüência respiratória (> 25 irpm) • Hipotensão em relação a pressão arterial habitual do paciente • Em crianças além dos itens acima, observar também: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas listadas abaixo: - Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; - Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação. Conduta: o Estes pacientes deverão ser internados em leito de isolamento de contato e respiratório (gotículas), em quarto privativo, que deverá ficar sinalizado com as placas e permanecer com a porta fechada (preferencialmente o quarto 23 da Clinica Cirúrgica); o A máscara N95 deverá ser utilizada pelo profissional somente em procedimentos com risco de formação de aerossóis (entubação, coleta de material de nasofaringe, aspiração...). o Entrar em contato com o CVE para discussão do caso com o médico de plantão e as devidas orientações quanto à indicação de tratamento e coleta de exame. o Para o transporte de paciente pelo hospital, é obrigatório o uso de máscara cirúrgica pelo mesmo. Não há indicação de uso de máscaras pelos profissionais de saúde, exceto o profissional que realizar assistência direta do paciente; 3. MEDICAÇÃO O medicamento Oseltamivir somente será fornecido para o paciente internado que estiver com até 48 horas de sintomas, mediante orientação do plantão médico no CVE, onde deverá ser retirado com apresentação da receita médica. 4. COLETA DE EXAMES A coleta de amostra de secreção respiratória está indicada para os seguintes casos, sob orientação do CVE: o Casos de doença respiratória aguda grave; o Paciente com gripe que possua risco de complicação; o Em amostras de casos de surtos de síndrome gripal em comunidades fechadas; As amostras devem ser coletadas preferencialmente até o 3º dia após o inicio dos sintomas e no máximo até o 7º dia. Técnica para coleta: o Preferencialmente, utilizar a técnica de aspirado de nasofaringe com frasco coletor de secreção, pois a amostra obtida por essa técnica pode concentrar maior número de células. o Na impossibilidade de utilizar a técnica de aspirado de nasofaringe, poderá ser utilizada a técnica de Swab combinado de nasofaringe e orofaringe, exclusivamente com swab de rayon. Não deverá ser utilizado swab de algodão, pois o mesmo interfere nas metodologias moleculares utilizadas. o As amostras de secreção respiratória coletadas devem ser mantidas em temperatura adequada de refrigeração (4 a 8º) e encaminhadas em caixa térmica ao Instituto Adolfo Lutz no mesmo dia da coleta. Reforçamos que todos os casos suspeitos de Influenza A H1N1 deverão ser atendidos pela equipe do Pronto Socorro e este atendimento deve ser priorizado e realizado de forma eficiente e rápida. Os casos graves deverão ser encaminhados para os hospitais de referência via central de vagas. Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE): Tel.: 0800-555466 Av. Dr. Arnaldo, 351 São Paulo. Instituto Adolfo Lutz (IAL): Av. Dr. Arnaldo, 355 Setor de Virologia De segunda a sexta-feira das 8 as 17h Sábado, domingo e feriado das 8h as 14h. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Vigilância Epidemiológica