diario_5. - Escoteiros do Brasil

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diario_5. - Escoteiros do Brasil
5a Edição - Agosto 2014
ELABORAÇÃO E SELEÇÃO DE TEXTOS:
Equipe Regional de Programa
FOTOGRAFIAS:
Arquivo
EDIÇÃO:
Danilo Duarte de Souza
Janice Coutinho
Vanessa Cristina Melo Randig
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO:
Mariana Pamplona
Santa Catarina
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL
REGIÃO SANTA CATARINA
Rua Álvaro Ramos, n° 183- Trindade
CEP 88036-030 - Florianópolis - Santa Catarina
(48) 3333-0446 - (48) 3333-0436
Neste número o trabalho aqui apresentado, traz mais uma
oportunidade de compartilhar experiências vividas, destinado a
vocês que estão trabalhando nos Grupos Escoteiros.
Neste mês especial em que se comemora o dia Interamericano
do Escotista, além de homenageá-los e parabenizá-los pelo
exemplo que transmitem aos nossos queridos membros juvenis,
mostramos mais um pouco do que os Escoteiros de Santa
Catarina tem para compartilhar. Não queremos chefes que sejam
somente chefes, mas buscamos, assim como vocês buscam para
os jovens, trazer boas práticas e algumas informações úteis,
para que cada um possa desempenhar seu papel junto à seção
que atua ai no Grupo Escoteiro, da melhor maneira possível o
papel de educador.
Nosso interesse é ainda, que todos os adultos de nossa região
escoteira participem deste periódico, enviando seus relatos,
que podem ser: depoimentos, experiências vividas, atividades
de sucesso, tudo desenvolvido junto as suas seções, lá no dia
a dia das reuniões e que sejam um diferencial prático e útil a
todos nós, pois somente com estes relatos poderemos agregar
pequenas vírgulas na história de tantos jovens que passam por
nossas vidas. Não deixem de participar!
Para encerrar desejamos mais uma vez ótimas atividades, que
neste mês duplamente agraciado, que comemoramos o dia do
Chefe, e completamos 107 anos de existência, desfrutemos da
espontaneidade dos bebês, da alegria das crianças, dos desafios
dos adolescentes, possamos ajudar nas dúvidas dos jovens e
acima de tudo sejamos ombros amigos entre nós adultos.
Diretoria Regional
CONCURSO
DE CUPCAKE!
Esta edição traz uma sugestão de
atividade especial realizada pela
alcateia Waiganga do Grupo Escoteiro
Leão do Mar. Tudo começou porque os
escotistas diagnosticaram que havia
necessidade de incentivar a amizade e
o companheirismo entre os membros
das matilhas, favorecer a união maior
entre os lobinhos.
cupcake pode ser elaborado com alguns
materiais que encontramos em lojas de festas
A ideia do concurso de cupcake surgiu
infantis. É só colocar a criatividade em ação
das próprias crianças. Como os escotistas
que teremos uma linda premiação as matilhas.
acharam a ideia interessante incluíram no jogo
democrático e claro ela foi escolhida. Lá foram os
escotistas atrás de informações, necessidades,
planejamento. Como o resultado foi muito
positivo estão partilhando esta ideia com todas
as alcateias através do Diário do Chefe. Siga as
sugestões, faça as adaptações necessárias e
“mãos a obra”, temos certeza que seus lobinhos
e famílias vão se divertir muito.
O projeto precisa envolver todas as crianças,
por isso a divulgação e incentivo devem iniciar
muito antes do dia do concurso. Cada alcateia
tem sua forma de comunicação (facebook,
watsap, email) utilize esta ferramenta para
envolver e motivar a todos. Faça uma reunião
previa com os pais explicando o projeto e
colocando qual participação e contribuição você
espera deles. Além das crianças as famílias
Inicialmente precisamos fazer um bom
também são elementos importantes, fazem
planejamento, mas o que precisamos de
parte de uma equipe, e isto precisa ficar claro
material? Fornos, formas, utensílios de cozinha,
para o sucesso do projeto. Facilite e propicie a
ingredientes, crianças e famílias motivadas!!!
comunicação entre todos.
Podemos realizar esta atividade na própria
Ao final da atividade percebemos que além
sede do grupo, na casa de algum dos lobinhos ou
da diversão e de uma tarde prazerosa para
algum outro local que tenha as condições para a
todos conquistamos não só a melhoria na
realização da atividade. Os equipamentos podem
amizade e companheirismo entre os lobinhos,
ser emprestados pelos pais, que certamente
mas entre as famílias que se sentiram parte
estão envolvidos e motivados para a atividade.
do grupo escoteiro e da vida de seus filhos na
Os jurados podem ser convidados especiais,
pessoas da comunidade que trabalhem com
confeitaria ou amigos ligados a culinária.
Também podemos convidar chefes de outras
seções para participarem deste dia especial
da alcateia. O premio? Um troféu que lembre
alcateia. Vários itens de progressão podem ser
avaliados e observados com a execução deste
projeto, o mais evidente é o da especialidade
de confeitaria.
Segue então o regulamento que utilizamos
no nosso concurso.
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CONCURSO DE CUPCAKE
REGULAMENTO
1. Cada matilha participante produzirá 12 cupcakes do mesmo sabor. Massas a escolher:
branca e de chocolate.
2. Cada matilha receberá a massa básica suficiente para a produção dos 12 cupcakes.
3. Cada matilha deverá contribuir com ingredientes para a produção dos Cupcakes que serão
divididos coletivamente. (será feita uma lista de produtos para trazer no dia do concurso, e os
itens para trazer serão sorteados e distribuídos entre os lobinhos)
4. Cada matilha poderá trazer para fazer seus Cupcakes ingredientes “secretos” que poderão
ser utilizados apenas pela própria matilha.
5. Serão oferecidos ingredientes surpresa para elaboração do cupcake, que também deverão
ser utilizados.
6. Os temas dos cupcakes devem abranger histórias ou personagens da Jangal.Também
podem abranger as leis dos lobinhos.
7. Ao apresentar os cupcakes aos jurados, os lobinhos devem explicar como elaboraram
o doce e relaciona-lo ao tema escolhido. Será permitido abrilhantarem a apresentação dos
cupcakes aos jurados com outros elementos, como fantasias, cartazes, etc.
8. O concurso se realizará na cozinha __________e utilizados os fornos e equipamentos ali
disponíveis. As equipes podem trazer utensílios e equipamentos que julgarem necessários e duas
mães ou pais poderão ser convidados para ajudar cada Matilha na preparação dos cupcakes.
9. Haverá um júri composto de cinco pessoas, selecionadas pela chefia da alcateia. A apuração
se dará por meio de votação secreta, a ser realizada no dia do concurso. Os itens avaliados
receberão pontos de 1 a 5 e são eles:
* Criatividade na elaboração da decoração do Cupcake,
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*Aparência dos cupcakes,
*Sabor dos cupcakes,
* Combinação dos ingredientes do cupcake,
* Apresentação da matilha,
* Relação existente entre tema escolhido e cupcake.
* Organização e trabalho em equipe na elaboração do Cupcake.
10. Somente se sagrará vencedor uma matilha.
11. Cada matilha deverá obedecer às regras de tempo do concurso:
Tempo de 30 minutos para execução da massa, assar;
Tempo de 30 minutos para resfriar/elaborar recheio, caso houver;
Tempo de 30 minutos para finalização dos cupcakes;
Realizar em seguida a apresentação aos jurados (3 a 5 minutos), propiciar a degustação pelos
jurados e aguardar a divulgação do resultado.
12. Os cupcakes que sobrarem serão divididos entre todos os lobinhos, numa festinha.
ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES A RESPEITO DO REGULAMENTO:
1- Lembre que você deve adaptar o regulamento a sua alcateia e a sua realidade, este é só o
modelo que foi utilizado. Avalie a disponibilidade do seu contexto para formatar seu regulamento.
2- Foi dado a cada equipe/matilha (composta dos lobinhos e dois adultos) os ingredientes e a
receita para fazerem as massas.
3- Foi preparado antecipadamente chantilly branco e colorido e ganache de chocolate. Mas isto
pode ser feito no dia pelos lobinhos, ai os ingredientes devem ser trazidos e distribuídos às matilhas.
4- O “ingrediente secreto” é parte fundamental para diferenciar uma equipe da outra. Incentive
este detalhe.
5- O ingrediente “surpresa” pode ser suprimido se funcionar bem o “ingrediente secreto”.
6- Incentive a decoração com ligação ao mundo da alcateia. Você se surpreenderá com a
criatividade das equipes. (só um exemplo cupcake “flor vermelha” feita com pauzinhos de canela
e morango na decoração)
7- Importante enfatizar e estimular o quesito apresentação, a matilha colocará suas habilidades
e criatividade em ação.
8- Você pode ter critérios diferentes na avaliação bem como valores diferentes para cada item. É
importante que todos tenham claro os critérios de avaliação com antecedência para que possam
realmente se preparar.
9- Premiar apenas um por vezes é frustrante, então pense se não vale criar premiação
diferenciada de forma que todas as equipes recebam algum destaque. Ex. apresentação mais
criativa, ideia mais original, etc.
PARA RESUMIR UM PASSO A PASSO:
As crianças devem abraçar a ideia.
O regulamento deve ser claro e adaptado a realidade do que há disponível para a alcateia.
A divulgação e motivação para a data do evento deve iniciar vários encontros antes, assim será
criada expectativa e empolgação.
Ter certeza que no dia do evento todos os equipamentos e envolvidos estarão presentes. Alem
dos lobinhos e chefia, os ajudantes (pais e mães) e os jurados.
Tendo atenção a estes detalhes certamente sua alcateia terá uma excelente atividade e vai
desfrutar de um dia de muita alegria e divertimento. A vida da alcateia e famílias ficará mais
fortalecida.
Mãos a obra... vai lá e põe mais esta ideia em pratica !!!!
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Montando seu
Shack - parte I
Vamos iniciar aqui, uma série de artigos sobre como escolher os
equipamentos que comporão o shack de um radioamador.
Pretendemos aqui apenas dar uma pequena orientação aos iniciantes.
Se reunirmos numa sala 100 radioamadores, e lançarmos no ar a
pergunta: "QUE EQUIPAMENTO DEVO COMPRAR PARA INICIAR MINHAS
OPERAÇÕES COMO RADIOAMADOR?" é muito provável que teremos
100 respostas diferentes. Assim, o que vamos encontrar aqui é apenas
uma, entre várias abordagens e opiniões possíveis.
Neste primeiro artigo vamos abordar os Transceptores. Por uma questão de praticidade, não
vamos falar de Transmissores e Receptores de modo separado, até mesmo por que não é tão
comum um iniciante buscar este tipo de solução.
Quando escutamos a pergunta: "Que equipamento devo comprar?" a nossa resposta deveria ser:
"OK. Você é um radioamador, mas você quer um equipamento para que tipo de operação?
Qual a utilização que você pretende hoje? E no futuro, vislumbra algo? E, quanto está
disposto a gastar?".
Parece uma conversa óbvia, mas normalmente não é assim. Nos limitamos a indicar um ou dois
modelos e .... boa sorte ao novato.
Quando falamos em transceptores para o serviço de radioamador, podemos separar nossos
equipamentos em 3 tipos (na verdade esta classificação não existe e vamos usar aqui apenas para
facilitar e conduzir nosso raciocínio): Base, Móvel e Portátil.
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 8
Portátil
Quando falamos em uma
estação portátil, normalmente
estamos nos referindo ao
popular HT (handie-talk ATENÇÃO - não confundir com
características do equipamento. Normalmente, as
características mais importantes (depende muito
do tipo de operação) são a autonomia da bateria, o
peso e o volume do HT.
Móvel
os TALK-ABOUT da Motorola)...
Por móvel, vamos entender que são aqueles
É uma opção barata, e bastante
equipamento que serão instalados em carros,
útil quando se vai para uma
traillers, barcos, ou em nossos acampamentos.
caminhada, ou quando não
temos condições de operar
uma estação fixa ou em um carro, por exemplo.
É também uma espécia de "equipamento de
entrada", pois pelo seu custo e simplicidade,
muitos radioamadores iniciantes optam por
esse tipo de equipamento.
Até algum tempo, quando falávamos em
operações móveis, nos referíamos a VHF ou UHF.
Com o avanço da tecnologia (a miniaturização dos
componentes e a "digitalização") os equipamentos
que também cobrem as faixas (ou bandas) de HF, se
tornaram mais acessíveis e comuns. Equipamentos
"tudo-em-um" são muito comuns hoje.
Pela potência (tipicamente 5 W) e por serem
equipamento notadamente para VHF (alguns
também atuam em UHF, e raros - como o FT817D da YAESU - operam nas faixas de HF),
acabam por ter alcance LOCAL.
A escolha dependerá de muitos fatores.
Assim a existência ou não de um painel
que possa ser "separado" do corpo do
equipamento pode ser um fator importante.
As bandas atendidas e outros opcionais (como
As opções são variadas e uma consulta às
acopladores, antenas disponíveis) devem ser
boas casas do ramo (parece comercial antigo)
levados em consideração. É claro que todas
e a fóruns e listas radioamadores, ou mesmo
estas opções vão ditar "diretamente" o custo
uma conversa na reunião do seu clube, pode
de nossas escolhas. Assim, se a operação em
orientar melhor sobre QUAL MODELO escolher.
HF móvel não é primordial, ou interessante,
Se você que saber as características de um
a escolha de um equipamento que cubra as
modelo em particular, pode visitar o site RIGPIX
faixas de VHF ou de UHF pode ser bem mais
(RIG é como são conhecidos os equipamentos de
acessível. Os equipamentos desta categoria
radioamador, nos EUA) e buscando pelo modelo
podem ser utilizados, indistintivamente como
desejado,teremos a fotoe a descrição das principais
"Móveis" ou como "Base".
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 9
Base
Aqui é onde "o bicho pega".
Nesta classificação temos o maior número
de opções. Marcas e modelos, cada um com
características e opcionais que tentam suprir as
necessidades dos radioamadores, sejam elas
quais forem. Estes são os equipamento que
vamos encontrar no shack daquele nosso amigo
radioamador quando o visitarmos, ou em alguns
casos na sede do Grupo Escoteiro.devido aos
valores envolvidos, a escolha deve ser muito bem
pensada. Podemos separar os equipamentos
desta classificação em duas (sub)categorias: os
"entry-level" e os "high-end".
UHF, quando operando base, vai depender
da necessidade de operar estas faixas
simultaneamente, com a operação HF (o que
não é muito comum).
Iniciando-se com um equipamento destes
não significa uma obsolência próxima, uma
vez que podemos acopla-lo à um linear, por
exemplo, e já teremos mais potência de RF.
Outros opcionais poderão adicionar funções
e características interessantes, o que além
de garantir uma operabilidade ao longo do
tempo, nos proporciona adquirir cada item,
separadamente, reduzindo o impacto financeiro
de se instalar o shack. É interessante notar que
se estou habilitado como classe "C", tenho um
limite legal de operação em 100W, portanto a
aquisição de equipamentos de maior potência
não faz muito sentido (legalmente falando).
Já os equipamentos "high-end" são o sonho
de consumo de um rádioamador.
Os equipamentos "entry-level" são mais
simples, voltados "normalmente" para o
iniciante. Tem características bem similares
entre si, além de um custo bem acessível.
Normalmente
estes
equipamentos
tem
uma potência de RF de 100W, cobrem bem
as faixas de HF, VHF e UHF. Atualmente
quase todos dispõe de DSP (opcional ou "de
fábrica"). É bastante comum encontrar alguns
Aqui, literalmente, "o céu é o limite". Todas as
funcionalidades e facilidades estão disponíveis.
Se o custo não é problema, aqui certamente
acharemos a solução para ideal para cada
caso. Normalmente estes equipamentos
se restringem à faixa de HF, e tem o maior
número de filtros e opcionais disponíveis. O
que também exigira um maior conhecimento
do radioamador para que possa tirar proveito
de todo o investimento efetuado.Se você quer
se destacar em diplomas e concursos, falar
(com o mínimo de dificuldades) com o mundo
inteiro, essa é a sua praia.
equipamentos tipicamente "móveis" (apenas
para citar um exemplo, o ICOM IC-706mkIIG)
operando como "base". Também, quase todos
os equipamentos aqui operam na maioria dos
modos previstos ou autorizados.
Optar por um modelo com ou sem VHF ou
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Fabricantes
Muitos são os fabricantes. Uma pesquisa
pela internet vai mostrar isso. Mas "para
não errar" podemos limitar nosso leque em
3 fabricantes: YAESU, ICOM e KENWOOD. E
aqui não teremos erros, pois são fabricantes
consagrados e seus equipamentos são
relativamente fáceis de serem encontrados
no mercado brasileiro.
Considerações e
Conclusão
Indicar um rádio é bastante difícil, sem que
se conheça bem QUEM VAI OPERAR. Um
bom rádio para um, pode ser uma grande
frustração para outro radioamador. E isto
independe do valor.
De que adiante recomendar o melhor
rádio do mercado de vários milhares de
reais, quando se precisa apenas de um HT
(de poucas centenas de reais) para prover
segurança em uma escalada, onde não posso
carregar uma pesada e grande antena e nem
tenho disponibilidade de energia elétrica?
Ou recomendar aquele HT "tri-banda" com
dezenas de funcionalidades, se o meu uso
não acontece fora da faixa de VHF?
Para se ter segurança na aquisição de seu
rádio, vale pesquisar na internet, visitando
fóruns, sites de clubes e radioamadores,
sites de lojas, e por aí a fora. E claro,
solicite o auxílio da Equipe Regional de
Radioescotismo.
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ENTENDA O VÔO
ASAS, UM MILAGRE DA ENGENHARIA
Ao projetar uma asa, o objetivo foi e será
sempre o mesmo: criar uma aeronave capaz
de decolar e pousar com velocidades mais
baixas e, ao mesmo tempo, desenvolver
elevadas velocidades quando em voo de
cruzeiro. Cerca de aproximadamente dois
terços da sustentação de uma asa vêm
da sucção decorrente da passagem do ar
sobre a superfície superior curva. E para
maior sustentação, esse fluxo de ar em alta
velocidade deve acompanhar grande parte
do contorno curvo das asas, com um mínimo
de turbilhamento.
Para que uma asa tenha um bom
desempenho em todos os regimes de
velocidade existem recursos adicionais.
Mesmo os 250 a 350 quilometros por hora
na velocidade de uma decolagem não são
suficientes para desenvolver a sustentação
necessária para elevar um jato do solo. O
perfil “limpo” e harmonioso de uma asa,
ideal para as velocidades elevadas de
cruzeiro, não atende às condições de baixa
velocidade. É preciso que a asa tenha uma
curvatura e área extra representadas pelos
grandes flapes que cobrem cerca de três
quartos da sua envergadura.
Os flapes têm diversas posições
intermediárias entre o recolhimento e sua
extensão total. Na decolagem, se deslocam
sobre trilhos para trás e para baixo
aumentando em muito a área e a curvatura
das asas. O resultado é um significativo
aumento de sustentação exigido pelas
velocidades mais baixas.
No pouso, os flaps são comandados para
a extensão total, o que provoca um aumento
adicional na curvatura ainda um poderoso efeito
de freio, auxiliando a desacelerar para o pouso.
Há ainda os flaps de bordo e ataque, na
parte da frente que são estendidos de uma
só vez. Um capítulo à parte em aerodinâmica
são os spoilers que, como diz o nome
em inglês, “estragam” a sustentação ao
interromper o fluxo ordenado dos filetes de
ar. Os “spoilers” são placas que aparecem
sobre as asas e podem ser comandadas a
partir da cabine ou pelo piloto automático,
para fazer correções de rolamento, mas são
também utilizados como poderosos freios,
quando abertos por igual em ambas as asas.
Ao reduzir sensivelmente a sustentação das
asas, permitem uma descida rápida, exigida
muitas vezes no tráfego aéreo.
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 12
Com efeito é ainda mais forte quando a
aeronave toca no solo no pouso. O spoilers
são totalmente estendidos, suprimindo
ao máximo a sustentação das asas; dessa
forma o peso da aeronave se transmite as
rodas, permitindo uma frenagem positiva o
mais cedo possível.
como o das turbinas diminuem o esforço
Em movimentos perfeitos, as asas oscilam,
suas extremidades sobem e descem
nitidamente, levando consigo as pesadas
turbinas e suas estruturas de suporte:
um verdadeiro tributo aos engenheiros de
estruturas! Pois naquelas asas, que parecem
tão finas e elegantes, que estão a grande
maioria dos tanques de combustível. Um
volume total de armazenagem que varia dos
20 litros (Boeing 737) aos quase 200 mil litros
de combustível (Boeing 747). Com o peso
adicional de cada turbina pendurada que vai
de 2.400 quilos (Boeing 737) e 4.300 quilos
(Boeing 747) até incríveis 7.500 quilos (Boeing
com o Modelo 747, as extremidades das asas
777) – sem levar em consideração o peso das
carenagens e estruturas de suporte.
Dessa maneira o/a Prezado/a se sentira
A surpresa é que tanto o peso do combustível
sobre as asas, aliviando e simplificando sua
estrutura. A explicação é simples: o esforço
de sustentação tem a tendência de “dobrar”
a asa para cima, formando um arco. O peso
do combustível e o das turbinas se opõem a
esse efeito. Nos ensaios que a Boeing fez
foram curvadas por poderosos macacos
hidráulicos até atingirem oito metros acima
da posição normal.
Agora, na próxima viagem aérea, repare
melhor nas asas que o transportam entre
as nuvens, procure identificar alguns dos
componentes descritos, os flaps, os spoilers,
e procure acompanhar seus movimentos.
Repare também que a dobra na ponta das
asas de alguns aviões tais como o MD11 e o Boeing 747-400 (winglets) reduz a
resistência ao avanço.
um passageiro interativo.
Fonte: Revista ICARO
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 13
INSÍGNIAS DAS
MODALIDADES
• Meteorologia;
• Radioamadorismo;
• Aeromodelismo;
Com o P.O.R. 2013, houve o
incremento de mais uma insígnia
para a conquista do tão almejado
distintivo de Lis de Ouro, por parte
dos jovens, sendo estas divididas
pelas modalidades, assim como já
acontecia no ramo Sênior, agora
passa a fazer parte dos requisitos
para conquistar o distintivo de
Lis de Ouro, abaixo mostramos os
meios e quais são os distintivos
das modalidades, que os jovens
batalharão para conseguir obter.
• Planador;
• Astronomia;
• Técnica Aeronáutica;
• História Aeroespacial;
• Mecânica Aérea;
• Navegação Aérea;
• Observação Aérea;
• Astronáutica;
Cabe aqui uma ressalva muito importante,
pois as insígnias são concedidas através da
conquista das especialidades relacionadas a
modalidade, conforme relação anexa a cada
distintivo.
A concessão é por parte da chefia, assim que
o jovem escoteiro conquistar 3 especialidades
das relacionadas a modalidade do seu grupo
escoteiro, sendo que estas sejam no mínimo
de nível 2, a chefia entregará o distintivo e
certificado em um momento oportuno, dando
preferência para que esteja toda a tropa reunida.
O distintivo será pregado na manga direita
2 dedos acima da borda da manga, ficando
centralizado na visão lateral.
Abaixo seguem
modalidades.
os
distintivos
• Plastimodelismo.
É um distintivo quadrado de tecido azul,
dentro do qual está bordado uma hélice de
três pás.
Este distintivo deve ser colocado na manga
direita da camisa e pode ser utilizado até o
jovem substituí-lo pelo equivalente no Ramo
Sênior, ou, caso isto não aconteça, até sua
saída do Ramo Sênior.
INSÍGNIA DA MODALIDADE DO MAR –
GRUMETE – concedida pela Diretoria de Nível
Local ao Escoteiro que possuir 3 especialidades
relacionadas à Modalidade do Mar, pelo menos
no Nível 2, dentre as seguintes:
por
INSÍGNIA DA MODALIDADE DO AR – AVIADOR
– concedida pela Diretoria de Nível Local
ao Escoteiro que possuir 3 especialidades
relacionadas à Modalidade do Ar, pelo menos
no Nível 2, dentre as seguintes:
• Arte da Marinharia;
• Aquariofilia;
• Canoagem;
• História Marítima;
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 14
• Marinharia;
• Acampamento;
• Mergulho Autônomo;
• Pioneiria;
• Mergulho Livre;
• Rastreamento;
• Mecânica de Motor de Popa;
• Técnicas de Sapa;
• Natação;
• Culinária;
• Pesca;
• Excursões;
• Vela;
• História do Escotismo.
• Meteorologia;
• Oceanologia;
• Reparos em Fibra;
• Salvamento;
• Sinalização.
É um distintivo quadrado de tecido branco,
dentro do qual estão bordados dois remos
cruzados.
Este distintivo deve ser colocado na manga
direita da camisa e pode ser utilizado até o
jovem substituí-lo pelo equivalente no Ramo
Sênior, ou, caso isto não aconteça, até sua
saída do Ramo Sênior.
É um distintivo quadrado de tecido cáqui,
dentro do qual está bordado o sinal de pista
“acampamento nesta direção”.
Este distintivo deve ser colocado na manga
direita da camisa e pode ser utilizado até o
jovem substituí-lo pelo equivalente no Ramo
Sênior, ou, caso isto não aconteça, até sua
saída do Ramo Sênior
Fonte: POR 2013
INSÍGNIA DA MODALIDADE BÁSICA –
EXPLORADOR - Concedida pela Diretoria
de Nível Local ao Escoteiro que possuir 3
especialidades relacionadas à Modalidade
Básica, pelo menos no Nível 2, dentre as
seguintes:
• Meteorologia;
• Cartografia;
• Sobrevivência;
• Sinalização;
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 15
A IMPORTANCIA
DO CTMAR E
DA FORMAÇÃO
mas também podem ser adaptadas as
embarcações típicas daquela região.
O Escaler é a embarcação típica dos escoteiros
do Mar, digamos até que é a perfeita para nossa
prática. Em um escaler se vivência plenamente
o SISTEMA DE PATRULHAS DO MAR –
EMBARCADO - se fazem grandes cruzeiros,
A experiência que uma pessoa
trás de fora do escotismo é muito
útil e deve ser utilizada dentro de
nossos grupos e nas atividades.
Esta experiência é altamente
engrandecedora em nossos Grupos
de Escoteiros do Mar.
pequenos adestramentos, troca de funções,
bivaque embarcado, remadas e tudo se deve ao
seu porte médio que permite guardar materiais
da tropa como embarcar um número respectivo
de pessoas. Com o material adequado o jovem
é chamado a vivenciar o trabalho em equipe e
a divisão de tarefas, assim como a hierarquia
a bordo, pontos fundamentais do SISTEMA DE
PATRULHAS DA MODALIDADE.
Os Cursos do CTMAR são importantes tanto
para quem não sabe nada de marinharia
como para quem já é experiente. O trabalho
em equipe, o VIVENCIAR DO SISTEMA DE
PATRULHAS DA MODALIDADE DO MAR
embarcado e preparativos, o desenvolver do
método escoteiro em atividade são pontos que
haverão nos cursos, necessariamente apruma
o Chefe de Mar para a sua função. Participar
fraternalmente em conjunto com os demais
Chefes da Modalidade do Mar é necessário!
Existem editados pelo Coordenador Nacional
dos Escoteiros do Mar as orientações teóricas
e práticas para os respectivos cursos: de
Fique claro que não é uma exigência o grupo
fazer suas atividades em escaler, afinal existem
diversas outras embarcações de diferentes
portes e que podem ser tão úteis como, e até
de menor custo para a aquisição, manutenção
e empréstimo. Existem muitos grupos que
praticam sua modalidade constante em
pequenas embarcações a vela e até caiaques
e canoas, o que é perfeitamente aceitável
a exemplo do Escotismo do Mar europeu.
Mas por outro lado, não devemos confundir
a utilização de embarcações improvisadas
(balsas, catamarãs de tábuas etc), pois isso
não é Escotismo do Mar.
Outro fator a ser considerado é que os
Veleiro (programa desenvolvido para atividades
que sabem mais ajudam os que sabem
de tropas do ramo sênior) e O CTMAR
menos a aprender durante o curso com a
para o publico adulto (pioneiros, chefes,
vivência do CTMAR. Assim, fortalecemos a
dirigentes, colaboradores do grupo, amigos
FRATERNIDADE, pois todos passam, durante
da modalidade, Clube da Flor de Lis e etc).
os cursos, a se conhecer e trocar experiências.
Em todos os cursos as atividades práticas de
O contato também aproxima nossos Grupos
remo, vela e as noções de motor, em escaler ou
e por consequência as atividades conjuntas,
baleeira (preferencialmente), são obrigatórias,
surgirão e se manterão.
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 16
Sempre há alguém que questiona o fato de
que não existe motivo para perder tanto tempo
fazendo o CTMAR, pois já sabe o bastante de
marinharia, afinal passou a vida como membro
juvenil dentro do grupo praticando as atividades
de modalidade, é experiente navegador.
Impera uma necessidade de recordarmos
que possuir uma habilitação de Veleiro, Arrais,
Mestre e Capitão, pode ser feito por qualquer
um não necessitando ser um Escoteiro do
Mar, porém, a vivência do dia a dia de nossas
atividades somadas com as características
nossa progressão de formação para Chefia de
Mar, as carteiras e qualificações são sempre
um ponto a ser somado aos nossos cursos.
Estas são independentes dos cursos escoteiros
e vem a acrescentar a nossa formação,
segurança e legalização junto à capitania dos
portos, afinal somos submetidos a sua regra e
a sua policia.
Normalmente nossos cursos chegam a
preparar um leigo muito melhor do que um
curso particular, tendo em vista que possuímos
a parte prática na avaliação.
É muito importante formalizarmos a
transmissão de tradições e entendimentos
para todos os que chegam, coroando ao final
do curso com um bom coquetel, ou uma festa
com entrega dos certificados e distintivos,
do escotismo na Modalidade do Mar, a troca
de experiências praticas e das tradições dos
chefes do curso e alunos, são passadas durante
a vivência do CTMAR, mesmo que a pessoa
não perceba que está acontecendo, como é a
maioria dos casos. Só com o simples contato
entre os Chefes antigos e os novos, com a
cultura de grupos diferentes, misturados em
guarnições, perfaz com que as pessoas “abram
seus horizontes” e vejam o quanto diferente
são as realidades e culturas.
Outro ponto mister se faz notar nas regras da
convidados todos os instrutores, Marinha e os
grupos com seus jovens.
Dizem os antigos que das suas guarnições dos
CTMAR saíram grandes círculos de amizade
e pessoas que passaram a se conhecer e
conviver com confiança por toda a vida. Ao
primeiro lugar do curso, fica de prêmio o lenço
do CTMAR todo branco, assinado pelos alunos
e instrutores da turma, uma bela lembrança e
uma estimada tradição.
Em Sana Catarina já realizamos duas turmas
de CTMAR, em 2010 na Escola de Aprendizes
da Marinha de Florianópolis e em 2013 na
Associação Náutica de Itajaí.
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 17
DIAGNÓSTICO
NO RAMO SÊNIOR
É uma ferramenta de planejamento
participativo, pois se preocupa em valorizar
a opinião e os desejos dos jovens e suas
patrulhas, no caso os beneficiários deste
Programa, sem deixar de considerar
mudanças previstas para o futuro, a execução
de um programa de atividades e a avaliação
dos resultados alcançados completam o Ciclo,
todo ele realizado com participação proativa
dos seniores e guias.
A equipe de Escotistas e os jovens organizam
tudo o que acontece na vida da Tropa, como as
suas atividades e projetos, sejam de patrulha
e ou da Tropa. E, como acontece com toda
ferramenta, sua habilidade em aplicá-la irá
melhorando à medida que é utilizada.
4
Desenvolvimento
e avaliação
de atividades
acompanhamento
da progressão
pessoal
3
Um ciclo de programa tem 4 fases sucessivas:
FASE 1. Diagnóstico de Tropa
FASE 2. Proposta e seleção de atividades
e projetos
FASE 3. Organização e preparação de
atividades e projetos
FASE 4. Desenvolvimento e avaliação
de atividades e projetos
As fases de um ciclo estão articuladas umas
com as outras, de maneira que cada uma
delas seja continuação natural da anterior e se
prolonga na seguinte, como na figura abaixo.
Conclusão da avaliação
pessoal, diagnóstico da
Tropa e pré-seleção de
atividades
1
AS
SUCESSIVAS
FASES DO
UM CICLO DE
PROGRAMA
Organização, projeto
e preparação de
atividades
Proposta e
seleção de
atividades
2
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 18
A fase 4 ocupa a maior parte do tempo
progressão – que atividades acha que realizou
disponível em um ciclo e as fases 1, 2 e 3 não
– e seus amigos analisam e ponderam,
implicam uma interrupção nas atividades
concordando ou não. Com o resultado dessa
para que a Tropa se dedique exclusivamente
análise cada jovem, nos próximos dias,
“a planejar”. Elas não se desenvolvem como
conversa com o escotista encarregado de
atividades específicas, mas junto às outras
acompanhar a progressão pessoal da patrulha,
atividades que já estejam acontecendo na Tropa.
para concluir a sua avaliação pessoal.
Em um ano, se realizam de 2 a 3 ciclos.
B – REUNE-SE A CORTE DE HONRA
É variável a duração de um ciclo de programa,
Logo após os Conselhos de Patrulha deve
podendo chegar a 4 ou 6 meses. É a Corte
ser marcada uma reunião da Corte de Honra,
de Honra que determina a duração de cada
especialmente para discutir o próximo Ciclo
ciclo, de acordo com sua experiência, com
de Programa, e para isso os monitores e
a realidade da Tropa, com o calendário de
submonitores usarão o que foi concluído nos
atividades fixas e com o tipo de atividades e
seus respectivos Conselhos de Patrulha.
projetos selecionados pelos jovens, sendo este
Nesta reunião, que pode ser ao longo da
último fator o que mais influencia a duração de
semana ou no logo no próximo sábado, deve
um ciclo.
acontecer o seguinte:
Sugestão de Etapas para Montagem do Ciclo
Como sugestão, segue uma sequência
simples (mas que inclui todas as partes das
fases 1, 2 e 3 acima descritas) e que pode ser
aplicada em Tropas de qualquer tamanho.
A – REÚNEM-SE OS CONSELHOS
DE PATRULHA:
Um pouco antes do final de um Ciclo de
Programa oriente as patrulhas para que
reúnam seus Conselhos de Patrulha, com o
propósito de conversar sobre o ciclo que está
• Elaborar o Diagnóstico da Tropa, ou seja,
obter uma visão atual de como está a Tropa.
Para isso os escotistas podem alimentar a
discussão fazendo perguntas que envolvem
diretamente
a
aplicação
do
Método
Escoteiro, como por exemplo: “como está
a vivência da Lei Escoteira nas patrulhas?”,
ou “os membros das patrulhas estão
aprendendo as técnicas?”, ou “ os cargos da
patrulha estão distribuídos e funcionando?”,
ou, ainda, “vocês estão satisfeitos com as
atividades ao ar livre que fizemos?”.
terminando. Neste Conselho de Patrulha, que
Observação importante: Idealmente, os
pode ser feito horas antes ou logo depois da
escotistas da Tropa deverão também se reunir
reunião da Tropa, deve acontecer o seguinte:
para discutir estes mesmos assuntos antes da
• Discussão sobre como anda a patrulha
e a Tropa, sobre o que gostaram e o que
não gostaram, e elaboração de sugestões
de atividades (de patrulha e de Tropa) que
gostariam de realizar no próximo ciclo.
• Cada membro da patrulha fala sobre a sua
Corte de Honra, para depois encaminharem
as questões mais críticas à aplicação correta
do programa e do Método Escoteiro, conforme
a realidade de cada Tropa. Algumas questões
básicas para os escotistas discutirem entre si,
antes de orientarem a formação do diagnóstico
da Corte de Honra:
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 19
• As atividades têm sido “DURAS”: desafiantes,
úteis, recompensantes e atraentes?
• A aplicação de todos os elementos do
método escoteiro se reflete na vida das
patrulhas e da Tropa?
• Existe um equilíbrio entre atividades fixas e
variáveis?
• As atividades realizadas oferecem
aos jovens oportunidades equilibradas de
desenvolvimento em todas as áreas?
• Etc..
Esse diagnóstico vai dizer onde a Tropa
está, e então se deve escolher para onde se
quer ir, ou, como a Tropa quer estar no futuro
próximo. É assim que será definida a ênfase
para o próximo Ciclo, que sinaliza o caminho
a seguir. Uma observação importante: Na
reunião de diagnóstico da Corte de Honra
podem aparecer vários pontos importantes
que merecem ser trabalhados, porém, a
ênfase deve ser escolhida entre aquilo que diz
respeito a toda a Tropa, ou seja, questões de
aplicação do programa e do Método Escoteiro.
Os pontos que mereçam uma ação corretiva ou
de motivação, como a falta de preenchimento
da ficha individual, necessidade de material
de acampamento, ou a constante falha no uso
do traje ou uniforme, por exemplo, devem ser
trabalhadas diretamente e em paralelo, sem
necessidade de ser a ênfase, por iniciativa dos
escotistas.
EXEMPLOS DE DIAGNÓSTICO E
DA ÊNFASE CORRESPONDENTE
Diagnóstico
Ênfase
Os jovens estão
satisfeitos com as
atividades da Tropa.
Há equilíbrio
entre atividades
fixas e variáveis e
todas as áreas de
desenvolvimento são
atendidas.
Manter a atratividade e
incrementar a variedade
de atividades.
A vida das patrulhas é
pouco intensa, há falta
de comprometimento e
interesse dos seniores
e guias.
Fortalecer o espírito
de patrulha, suas
tradições, seus encargos,
incrementar o torneio
interpatrulhas e melhorar
a formação dos Monitores
e submonitores. Ampliar
a participação dos jovens
nas decisões da Tropa.
Há falta de interessa
pela conquista de
especialidades.
Estimular a criação de
Equipes de interesse
voltadas para o tema
de Especialidades
que despertem maior
interesse dos jovens.
Os pais não apoiam as
atividades da Tropa.
Estabelecer vínculos com
as famílias dos jovens.
A Tropa possui três
patrulhas e deseja abrir
a quarta.
Desenvolver campanhas
planejadas para entrada
de novos membros afim
de possibilitar a abertura
da nova patrulha.
O material de atividades
aventureiras da Tropa
se encontra em estado
precário.
Revistar todo o material
de atividades financeiras,
recuperando o que for
possível dentro dos
limites de segurança
e elaborar campanhas
financeiras para afquirir
novos equipamentos.
As atividades de
montanhismo
realizadas no Ciclo
passado foram
consideradas muito
duras e os jovens
querem se aprofundar
neste tema em um
próximo Ciclo.
Incluir neste Ciclo pelo
menos uma excursão
e um Acampamento
Volante.
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 20
• Uma vez que já existe uma ênfase, na Corte
(exemplo: aniversário do Grupo Escoteiro,
de Honra são acolhidas sugestões de atividades
acampamentos da tropa, excursões ao ar livre,
variáveis para o próximo ciclo, que atendam
atividades regionais, etc..).
este interesse. Nesta discussão já se faz uma
pré-seleção daquilo que a Corte de Honra acha
melhor, ficando com quatro ou cinco sugestões
para apreciação da Assembleia de Tropa.
Somente são pré-selecionadas atividades
variáveis, excepcionalmente alguns aspectos
das atividades fixas, como por exemplo, o
lugar no qual irá se acampar ou a definição
de um projeto de longa duração, como a
- São consideradas todas as atividades
selecionadas, sejam de patrulha ou de Tropa.
É provável que a articulação de todas as
atividades necessite adiar ou modificar algumas
atividades selecionadas; neste caso, é preciso
considerar as prioridades estabelecidas no
processo de seleção. As alterações devem ser
aprovadas pela Assembleia da Tropa.
definição da próxima Aventura Sênior da Tropa.
- Em seguida, trabalhe com as atividades
É recomendável pré-selecionar o dobro de
variáveis, levando em conta que muitas delas
quantidade de atividades que se consideram
são realizadas de maneira simultânea e
viáveis para serem realizadas durante o ciclo.
que, durante as atividades fixas (reuniões,
Isso aumenta a possibilidade de opções e
acampamentos)
promove o surgimento de outras ideias.
atividades variáveis. Comece pelas de maior
• Considerando as atividades variáveis da
se
desenvolvem
várias
duração.
Tropa e as atividades fixas, mais aquilo que
- Sem afetar a ênfase fixada, é conveniente
está no calendário anual do Grupo Escoteiro,
incluir atividades variáveis que permitam
e também as atividades de patrulha, será
aos jovens avançar em todas as áreas de
montada a proposta de calendário para o
desenvolvimento.
próximo ciclo, reservando as datas disponíveis
para as atividades que serão decididas na
Assembleia de Tropa. Na montagem do
calendário é conveniente considerar certos
critérios:
- As atividades devem ser coerentes com a
ênfase fixada e contribuir para a conquista
- Não é necessário incluir no calendário a
variedade das atividades fixas de curta duração
(jogos, canções, etc...).
- Considere o tempo necessário para se
projetar e preparar uma atividade.
-
Logo
que
comecem
os
projetos,
de competências em todas as áreas de
considerando que se tenha escolhido como
desenvolvimento, mesmo quando a ênfase
prioritário um projeto de longa duração, não é
privilegia uma ou várias áreas.
recomendável realizar ao mesmo tempo outro
- As atividades devem ser variadas e
deve-se evitar repetir atividades realizadas
recentemente.
- Comece colocando no calendário as
diferentes atividades fixas, tendo em mãos
o calendário nacional, regional e de grupo
projeto.
- Sem que se deixe de fazer atividades, é
preciso estimar um tempo, ao final do ciclo de
programa, para a conclusão do processo de
avaliação da progressão pessoal dos jovens.
- O calendário deve ser flexível, permitindo
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 21
redistribuir ou substituir atividades diante de
situações imprevistas, porém, esta não deve
ser uma prática constante.
• A Corte de Honra deve apresentar, então o
diagnóstico, a ênfase, a proposta de calendário
com as atividades pré-selecionadas à
Assembleia de Tropa.
C – A ASSEMBLÉIA DA TROPA DECIDE.
A Assembleia de Tropa é então convocada
para, escolher quais, dentre as atividades
variáveis sugeridas devem ser realizadas. De
maneira participativa, serão escolhidas uma
ou duas atividades variáveis para o próximo
Ciclo de Programa. Em uma Assembleia de
Tropa (todos da tropa), acontece o seguinte:
• O presidente da Corte de Honra e os demais
monitores e submonitores apresentam a
ênfase fixada pelo Corte de Honra, explicando
sua fundamentação.
• Divulgam a proposta de calendário com
as atividades e projetos pré-selecionados,
incluindo a duração estimada de cada um.
• Motivam uma troca de opiniões sobre as
diversas ideias de atividades que estão em
discussão: as propostas pelo Corte de Honra e
outras que podem surgir no momento, como
resultado da análise da ênfase fixada.
• Neste debate a Assembleia elege as
atividades que deseja realizar, numa ordem
de prioridade de acordo com as referências.
A troca de ideias se encerra com uma decisão
sobre as atividades que a Tropa realizará no
próximo ciclo, e se for o caso, indicando as
equipes de interesse que propõem criar.
que se expresse a vontade da maioria. Através
da Assembleia de Tropa, os jovens apresentam
suas ideias, defendem posições, aprendem
a argumentar e a aceitar posições contrárias
a sua, fazem opções, e desenvolvem muitas
outras habilidades e atitudes que são próprias
de um processo democrático de tomada
de decisões. Desta maneira, a seleção de
atividades, assim como todas as demais fases
do ciclo de programa, resulta num grande
debate, que se funde com todas as outras
atividades que a Tropa realiza habitualmente.
Vez por outra, pode-se aplicar um jogo
democrático, mas o foco deve ser o debate com
a participação ativa dos jovens.
APROVADO O CALENDÁRIO (EM ASSEMBLÉIA
DA TROPA), AS ATIVIDADES SÃO PROJETADAS
E EXECUTADAS. DURANTE TODO O CICLO,
AVALIAM-SE NATURALMENTE AS ATIVIDADES
E A PROGRESSÃO PESSOAL DOS JOVENS.
No que tange à execução, as patrulhas
organizam suas atividades e a Corte de Honra
organiza as atividades de tropa.
O adulto cumpre o papel de motivador/
facilitador, mantém o calendário fresco na
cabeça dos jovens, observa o interesse dos
jovens e propõe ajustes na programação,
corrige desvios e auxilia os monitores a
realizar suas tarefas e cobrar as tarefas dos
demais integrantes. Além disso, os escotistas
estarão presentes nas atividades, garantindo
que aconteçam dentro do que preconizam as
normas da UEB.
Importante:
O debate na Assembleia de Tropa permite
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 22
PROJETOS,
PROJETOS,
PROJETOS.
A palavra projeto está bem
presente na vida dos clãs, mas
pioneiros e mestres a encaram
como um grande monstro.
Para desmistificar este monstro, vamos apresentar uma ferramenta que facilita em muito a
vida do pioneiro e dos mestres que acompanham os projetos. Para melhorar ainda mais, iremos
incluir também algumas ideias ao alcance de todos.
Já existe no Guia do Projeto Pioneiro uma explicação bastante clara sobre projetos. O que
apresentamos a seguir é uma ferramenta que as empresas utilizam nos seus programas de
qualidade total – os 5W e 2Hs – (explicado na figura abaixo)
Esta ferramenta, utilizada na forma de planilha, apresenta todas as etapas e suas ligações,
prazos e responsáveis. Facilitando assim a vida dos pioneiros que executam os projetos e dos
mestres que acompanham o andamento dos trabalhos, ou melhor, todos os envolvidos (equipes
de interesse) terão uma visão do que precisa ser feito e quando.
Inicialmente os Mestres podem ter uma atitude mais próxima/direta, auxiliando na elaboração/
revisão do projeto, mas, com o desenvolvimento dos trabalhos, os Mestres participam como
apoiadores/incentivadores. Como atualmente os jovens se distraem facilmente com tantas
outras atividades, cabe aos Mestres sempre direcioná-los para a conclusão do projeto.
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 23
Nome do Projeto:
Meta: (que se quer atingir até que data):
Responsável Geral:
O que (What)
Porque (Why)
Como (How)
Quando
(When)
Onde (Where)
Quem (Who)
Quanto Custa
(How Much)
Liste as ações
estabelecidas
Justifique a
necessidade
de executar a
Descreva
como a
ação será
executada
Proponha
prazos para a
execução das
ações
Defina o local
onde a ação
será aplicada
Defina os
responsáveis
pelas ações
propostas
Calcule o
investimento
necessário
para executar
a ação
ação
Para melhor compreensão, vamos a um exemplo:
Nome do Projeto: Parquinho de Pneus usados
Meta: (que se quer atingir até que data): montar um parquinho de pneus usados na sede do
grupo até dezembro 2014
Responsável Geral: Maria Antonieta
O que (What)
Porque (Why)
Como (How)
Quando
(When)
Onde (Where)
Quem (Who)
Quanto Custa
(How Much)
1 – Elaborar
o projeto –
desenho do
parquinho
Para aprovar
junto a diretoria
Levantando todas
as ações e custos
envolvidos – mapa do
local e brinquedos a
serem montados
Mar/2014
Sede
Maria
Antonieta
Sem custo
2 – Aprovar
projeto junto
a diretoria
Para seguir
os trâmites do
grupo
Apresentando a planilha
do projeto
27/03/2014
Sede - reunião
da diretoria do
grupo
Maria
Antonieta e
Mestra
Sem custo
3 – Buscar
grupo de
interesse
Para incentivar
a participação
de demais
pioneiros
Apresentando o projeto
aprovado
10/04/2014
Sede – reunião
do clã
Maria
Antonieta
Sem custo
Para executar o
projeto
Elaborando carta
de doação para
as borracharias e
empresas de tintas
– incluir desenho do
parquinho
10/04/2014
Sede e
empresa
de tintas/
borracharias
Maria
Antonieta
e pioneiro
interessado
Papel/
impressão
4–
Conseguir
os pneus e
tintas
É importante colocar todas as ações que envolvem o projeto e assim se terá noção de tudo o que
precisa ser feito, com as datas sequenciais, facilitando o acompanhamento.
A planilha pode ser exposta no clã, acrescentando-se uma coluna de realização no final e todos
acompanham o que está sendo feito.
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 24
SEM IDEIAS PARA PROJETOS?
Aqui vão algumas:
•
Supere o desperdício – veja o site http://www.terracycle.com.br/pt-BR/
•
Arvore da promessa- a cada promessa no grupo escoteiro, plantar uma árvore. O pioneiro
responsável está em contato com o Horto, para solicitar as árvores e com uma empresa
de acrílico, para conseguir retalhos de acrílico, onde será pirografado a data da promessa,
o nome da pessoa e o tipo de árvore. Este acrílico será fixado no chão ao lado da arvore.
• Parquinho com pneus – modelo na planilha.
• Lixeiras de garrafas pets – ver modelos na internet – disponibilizar para escolas e ONGS
da cidade
• PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DO GRUPO ESCOTEIRO - juntamente com o
Diretor de Patrimonio, a equipe de interesse irá fazer um levantamento da necessidade de
manutenções no grupo
• REAPROVEITAMENTO DOS ANTIGOS UNIFORMES - sistema de doação/repasse para os
novos
• AQUECEDOR SOLAR COM PET E CAIXA LEITE – para banheiros do grupo
• PLANTAÇÃO DE CITRONELLA – afastar mosquitos e borrachudos
• REFLORESTAMENTO DE EUCALIPTO - para repor madeiras utilizadas nas atividades
• INSIGNIA DA PAZ – estimular os jovens escoteiros do grupo escoteiro a tirar a insígnia
Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 25
Santa Catarina

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