diario_5. - Escoteiros do Brasil
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diario_5. - Escoteiros do Brasil
5a Edição - Agosto 2014 ELABORAÇÃO E SELEÇÃO DE TEXTOS: Equipe Regional de Programa FOTOGRAFIAS: Arquivo EDIÇÃO: Danilo Duarte de Souza Janice Coutinho Vanessa Cristina Melo Randig DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO: Mariana Pamplona Santa Catarina UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO SANTA CATARINA Rua Álvaro Ramos, n° 183- Trindade CEP 88036-030 - Florianópolis - Santa Catarina (48) 3333-0446 - (48) 3333-0436 Neste número o trabalho aqui apresentado, traz mais uma oportunidade de compartilhar experiências vividas, destinado a vocês que estão trabalhando nos Grupos Escoteiros. Neste mês especial em que se comemora o dia Interamericano do Escotista, além de homenageá-los e parabenizá-los pelo exemplo que transmitem aos nossos queridos membros juvenis, mostramos mais um pouco do que os Escoteiros de Santa Catarina tem para compartilhar. Não queremos chefes que sejam somente chefes, mas buscamos, assim como vocês buscam para os jovens, trazer boas práticas e algumas informações úteis, para que cada um possa desempenhar seu papel junto à seção que atua ai no Grupo Escoteiro, da melhor maneira possível o papel de educador. Nosso interesse é ainda, que todos os adultos de nossa região escoteira participem deste periódico, enviando seus relatos, que podem ser: depoimentos, experiências vividas, atividades de sucesso, tudo desenvolvido junto as suas seções, lá no dia a dia das reuniões e que sejam um diferencial prático e útil a todos nós, pois somente com estes relatos poderemos agregar pequenas vírgulas na história de tantos jovens que passam por nossas vidas. Não deixem de participar! Para encerrar desejamos mais uma vez ótimas atividades, que neste mês duplamente agraciado, que comemoramos o dia do Chefe, e completamos 107 anos de existência, desfrutemos da espontaneidade dos bebês, da alegria das crianças, dos desafios dos adolescentes, possamos ajudar nas dúvidas dos jovens e acima de tudo sejamos ombros amigos entre nós adultos. Diretoria Regional CONCURSO DE CUPCAKE! Esta edição traz uma sugestão de atividade especial realizada pela alcateia Waiganga do Grupo Escoteiro Leão do Mar. Tudo começou porque os escotistas diagnosticaram que havia necessidade de incentivar a amizade e o companheirismo entre os membros das matilhas, favorecer a união maior entre os lobinhos. cupcake pode ser elaborado com alguns materiais que encontramos em lojas de festas A ideia do concurso de cupcake surgiu infantis. É só colocar a criatividade em ação das próprias crianças. Como os escotistas que teremos uma linda premiação as matilhas. acharam a ideia interessante incluíram no jogo democrático e claro ela foi escolhida. Lá foram os escotistas atrás de informações, necessidades, planejamento. Como o resultado foi muito positivo estão partilhando esta ideia com todas as alcateias através do Diário do Chefe. Siga as sugestões, faça as adaptações necessárias e “mãos a obra”, temos certeza que seus lobinhos e famílias vão se divertir muito. O projeto precisa envolver todas as crianças, por isso a divulgação e incentivo devem iniciar muito antes do dia do concurso. Cada alcateia tem sua forma de comunicação (facebook, watsap, email) utilize esta ferramenta para envolver e motivar a todos. Faça uma reunião previa com os pais explicando o projeto e colocando qual participação e contribuição você espera deles. Além das crianças as famílias Inicialmente precisamos fazer um bom também são elementos importantes, fazem planejamento, mas o que precisamos de parte de uma equipe, e isto precisa ficar claro material? Fornos, formas, utensílios de cozinha, para o sucesso do projeto. Facilite e propicie a ingredientes, crianças e famílias motivadas!!! comunicação entre todos. Podemos realizar esta atividade na própria Ao final da atividade percebemos que além sede do grupo, na casa de algum dos lobinhos ou da diversão e de uma tarde prazerosa para algum outro local que tenha as condições para a todos conquistamos não só a melhoria na realização da atividade. Os equipamentos podem amizade e companheirismo entre os lobinhos, ser emprestados pelos pais, que certamente mas entre as famílias que se sentiram parte estão envolvidos e motivados para a atividade. do grupo escoteiro e da vida de seus filhos na Os jurados podem ser convidados especiais, pessoas da comunidade que trabalhem com confeitaria ou amigos ligados a culinária. Também podemos convidar chefes de outras seções para participarem deste dia especial da alcateia. O premio? Um troféu que lembre alcateia. Vários itens de progressão podem ser avaliados e observados com a execução deste projeto, o mais evidente é o da especialidade de confeitaria. Segue então o regulamento que utilizamos no nosso concurso. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 4 CONCURSO DE CUPCAKE REGULAMENTO 1. Cada matilha participante produzirá 12 cupcakes do mesmo sabor. Massas a escolher: branca e de chocolate. 2. Cada matilha receberá a massa básica suficiente para a produção dos 12 cupcakes. 3. Cada matilha deverá contribuir com ingredientes para a produção dos Cupcakes que serão divididos coletivamente. (será feita uma lista de produtos para trazer no dia do concurso, e os itens para trazer serão sorteados e distribuídos entre os lobinhos) 4. Cada matilha poderá trazer para fazer seus Cupcakes ingredientes “secretos” que poderão ser utilizados apenas pela própria matilha. 5. Serão oferecidos ingredientes surpresa para elaboração do cupcake, que também deverão ser utilizados. 6. Os temas dos cupcakes devem abranger histórias ou personagens da Jangal.Também podem abranger as leis dos lobinhos. 7. Ao apresentar os cupcakes aos jurados, os lobinhos devem explicar como elaboraram o doce e relaciona-lo ao tema escolhido. Será permitido abrilhantarem a apresentação dos cupcakes aos jurados com outros elementos, como fantasias, cartazes, etc. 8. O concurso se realizará na cozinha __________e utilizados os fornos e equipamentos ali disponíveis. As equipes podem trazer utensílios e equipamentos que julgarem necessários e duas mães ou pais poderão ser convidados para ajudar cada Matilha na preparação dos cupcakes. 9. Haverá um júri composto de cinco pessoas, selecionadas pela chefia da alcateia. A apuração se dará por meio de votação secreta, a ser realizada no dia do concurso. Os itens avaliados receberão pontos de 1 a 5 e são eles: * Criatividade na elaboração da decoração do Cupcake, Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 5 *Aparência dos cupcakes, *Sabor dos cupcakes, * Combinação dos ingredientes do cupcake, * Apresentação da matilha, * Relação existente entre tema escolhido e cupcake. * Organização e trabalho em equipe na elaboração do Cupcake. 10. Somente se sagrará vencedor uma matilha. 11. Cada matilha deverá obedecer às regras de tempo do concurso: Tempo de 30 minutos para execução da massa, assar; Tempo de 30 minutos para resfriar/elaborar recheio, caso houver; Tempo de 30 minutos para finalização dos cupcakes; Realizar em seguida a apresentação aos jurados (3 a 5 minutos), propiciar a degustação pelos jurados e aguardar a divulgação do resultado. 12. Os cupcakes que sobrarem serão divididos entre todos os lobinhos, numa festinha. ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES A RESPEITO DO REGULAMENTO: 1- Lembre que você deve adaptar o regulamento a sua alcateia e a sua realidade, este é só o modelo que foi utilizado. Avalie a disponibilidade do seu contexto para formatar seu regulamento. 2- Foi dado a cada equipe/matilha (composta dos lobinhos e dois adultos) os ingredientes e a receita para fazerem as massas. 3- Foi preparado antecipadamente chantilly branco e colorido e ganache de chocolate. Mas isto pode ser feito no dia pelos lobinhos, ai os ingredientes devem ser trazidos e distribuídos às matilhas. 4- O “ingrediente secreto” é parte fundamental para diferenciar uma equipe da outra. Incentive este detalhe. 5- O ingrediente “surpresa” pode ser suprimido se funcionar bem o “ingrediente secreto”. 6- Incentive a decoração com ligação ao mundo da alcateia. Você se surpreenderá com a criatividade das equipes. (só um exemplo cupcake “flor vermelha” feita com pauzinhos de canela e morango na decoração) 7- Importante enfatizar e estimular o quesito apresentação, a matilha colocará suas habilidades e criatividade em ação. 8- Você pode ter critérios diferentes na avaliação bem como valores diferentes para cada item. É importante que todos tenham claro os critérios de avaliação com antecedência para que possam realmente se preparar. 9- Premiar apenas um por vezes é frustrante, então pense se não vale criar premiação diferenciada de forma que todas as equipes recebam algum destaque. Ex. apresentação mais criativa, ideia mais original, etc. PARA RESUMIR UM PASSO A PASSO: As crianças devem abraçar a ideia. O regulamento deve ser claro e adaptado a realidade do que há disponível para a alcateia. A divulgação e motivação para a data do evento deve iniciar vários encontros antes, assim será criada expectativa e empolgação. Ter certeza que no dia do evento todos os equipamentos e envolvidos estarão presentes. Alem dos lobinhos e chefia, os ajudantes (pais e mães) e os jurados. Tendo atenção a estes detalhes certamente sua alcateia terá uma excelente atividade e vai desfrutar de um dia de muita alegria e divertimento. A vida da alcateia e famílias ficará mais fortalecida. Mãos a obra... vai lá e põe mais esta ideia em pratica !!!! Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 7 Montando seu Shack - parte I Vamos iniciar aqui, uma série de artigos sobre como escolher os equipamentos que comporão o shack de um radioamador. Pretendemos aqui apenas dar uma pequena orientação aos iniciantes. Se reunirmos numa sala 100 radioamadores, e lançarmos no ar a pergunta: "QUE EQUIPAMENTO DEVO COMPRAR PARA INICIAR MINHAS OPERAÇÕES COMO RADIOAMADOR?" é muito provável que teremos 100 respostas diferentes. Assim, o que vamos encontrar aqui é apenas uma, entre várias abordagens e opiniões possíveis. Neste primeiro artigo vamos abordar os Transceptores. Por uma questão de praticidade, não vamos falar de Transmissores e Receptores de modo separado, até mesmo por que não é tão comum um iniciante buscar este tipo de solução. Quando escutamos a pergunta: "Que equipamento devo comprar?" a nossa resposta deveria ser: "OK. Você é um radioamador, mas você quer um equipamento para que tipo de operação? Qual a utilização que você pretende hoje? E no futuro, vislumbra algo? E, quanto está disposto a gastar?". Parece uma conversa óbvia, mas normalmente não é assim. Nos limitamos a indicar um ou dois modelos e .... boa sorte ao novato. Quando falamos em transceptores para o serviço de radioamador, podemos separar nossos equipamentos em 3 tipos (na verdade esta classificação não existe e vamos usar aqui apenas para facilitar e conduzir nosso raciocínio): Base, Móvel e Portátil. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 8 Portátil Quando falamos em uma estação portátil, normalmente estamos nos referindo ao popular HT (handie-talk ATENÇÃO - não confundir com características do equipamento. Normalmente, as características mais importantes (depende muito do tipo de operação) são a autonomia da bateria, o peso e o volume do HT. Móvel os TALK-ABOUT da Motorola)... Por móvel, vamos entender que são aqueles É uma opção barata, e bastante equipamento que serão instalados em carros, útil quando se vai para uma traillers, barcos, ou em nossos acampamentos. caminhada, ou quando não temos condições de operar uma estação fixa ou em um carro, por exemplo. É também uma espécia de "equipamento de entrada", pois pelo seu custo e simplicidade, muitos radioamadores iniciantes optam por esse tipo de equipamento. Até algum tempo, quando falávamos em operações móveis, nos referíamos a VHF ou UHF. Com o avanço da tecnologia (a miniaturização dos componentes e a "digitalização") os equipamentos que também cobrem as faixas (ou bandas) de HF, se tornaram mais acessíveis e comuns. Equipamentos "tudo-em-um" são muito comuns hoje. Pela potência (tipicamente 5 W) e por serem equipamento notadamente para VHF (alguns também atuam em UHF, e raros - como o FT817D da YAESU - operam nas faixas de HF), acabam por ter alcance LOCAL. A escolha dependerá de muitos fatores. Assim a existência ou não de um painel que possa ser "separado" do corpo do equipamento pode ser um fator importante. As bandas atendidas e outros opcionais (como As opções são variadas e uma consulta às acopladores, antenas disponíveis) devem ser boas casas do ramo (parece comercial antigo) levados em consideração. É claro que todas e a fóruns e listas radioamadores, ou mesmo estas opções vão ditar "diretamente" o custo uma conversa na reunião do seu clube, pode de nossas escolhas. Assim, se a operação em orientar melhor sobre QUAL MODELO escolher. HF móvel não é primordial, ou interessante, Se você que saber as características de um a escolha de um equipamento que cubra as modelo em particular, pode visitar o site RIGPIX faixas de VHF ou de UHF pode ser bem mais (RIG é como são conhecidos os equipamentos de acessível. Os equipamentos desta categoria radioamador, nos EUA) e buscando pelo modelo podem ser utilizados, indistintivamente como desejado,teremos a fotoe a descrição das principais "Móveis" ou como "Base". Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 9 Base Aqui é onde "o bicho pega". Nesta classificação temos o maior número de opções. Marcas e modelos, cada um com características e opcionais que tentam suprir as necessidades dos radioamadores, sejam elas quais forem. Estes são os equipamento que vamos encontrar no shack daquele nosso amigo radioamador quando o visitarmos, ou em alguns casos na sede do Grupo Escoteiro.devido aos valores envolvidos, a escolha deve ser muito bem pensada. Podemos separar os equipamentos desta classificação em duas (sub)categorias: os "entry-level" e os "high-end". UHF, quando operando base, vai depender da necessidade de operar estas faixas simultaneamente, com a operação HF (o que não é muito comum). Iniciando-se com um equipamento destes não significa uma obsolência próxima, uma vez que podemos acopla-lo à um linear, por exemplo, e já teremos mais potência de RF. Outros opcionais poderão adicionar funções e características interessantes, o que além de garantir uma operabilidade ao longo do tempo, nos proporciona adquirir cada item, separadamente, reduzindo o impacto financeiro de se instalar o shack. É interessante notar que se estou habilitado como classe "C", tenho um limite legal de operação em 100W, portanto a aquisição de equipamentos de maior potência não faz muito sentido (legalmente falando). Já os equipamentos "high-end" são o sonho de consumo de um rádioamador. Os equipamentos "entry-level" são mais simples, voltados "normalmente" para o iniciante. Tem características bem similares entre si, além de um custo bem acessível. Normalmente estes equipamentos tem uma potência de RF de 100W, cobrem bem as faixas de HF, VHF e UHF. Atualmente quase todos dispõe de DSP (opcional ou "de fábrica"). É bastante comum encontrar alguns Aqui, literalmente, "o céu é o limite". Todas as funcionalidades e facilidades estão disponíveis. Se o custo não é problema, aqui certamente acharemos a solução para ideal para cada caso. Normalmente estes equipamentos se restringem à faixa de HF, e tem o maior número de filtros e opcionais disponíveis. O que também exigira um maior conhecimento do radioamador para que possa tirar proveito de todo o investimento efetuado.Se você quer se destacar em diplomas e concursos, falar (com o mínimo de dificuldades) com o mundo inteiro, essa é a sua praia. equipamentos tipicamente "móveis" (apenas para citar um exemplo, o ICOM IC-706mkIIG) operando como "base". Também, quase todos os equipamentos aqui operam na maioria dos modos previstos ou autorizados. Optar por um modelo com ou sem VHF ou Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 10 Fabricantes Muitos são os fabricantes. Uma pesquisa pela internet vai mostrar isso. Mas "para não errar" podemos limitar nosso leque em 3 fabricantes: YAESU, ICOM e KENWOOD. E aqui não teremos erros, pois são fabricantes consagrados e seus equipamentos são relativamente fáceis de serem encontrados no mercado brasileiro. Considerações e Conclusão Indicar um rádio é bastante difícil, sem que se conheça bem QUEM VAI OPERAR. Um bom rádio para um, pode ser uma grande frustração para outro radioamador. E isto independe do valor. De que adiante recomendar o melhor rádio do mercado de vários milhares de reais, quando se precisa apenas de um HT (de poucas centenas de reais) para prover segurança em uma escalada, onde não posso carregar uma pesada e grande antena e nem tenho disponibilidade de energia elétrica? Ou recomendar aquele HT "tri-banda" com dezenas de funcionalidades, se o meu uso não acontece fora da faixa de VHF? Para se ter segurança na aquisição de seu rádio, vale pesquisar na internet, visitando fóruns, sites de clubes e radioamadores, sites de lojas, e por aí a fora. E claro, solicite o auxílio da Equipe Regional de Radioescotismo. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 11 ENTENDA O VÔO ASAS, UM MILAGRE DA ENGENHARIA Ao projetar uma asa, o objetivo foi e será sempre o mesmo: criar uma aeronave capaz de decolar e pousar com velocidades mais baixas e, ao mesmo tempo, desenvolver elevadas velocidades quando em voo de cruzeiro. Cerca de aproximadamente dois terços da sustentação de uma asa vêm da sucção decorrente da passagem do ar sobre a superfície superior curva. E para maior sustentação, esse fluxo de ar em alta velocidade deve acompanhar grande parte do contorno curvo das asas, com um mínimo de turbilhamento. Para que uma asa tenha um bom desempenho em todos os regimes de velocidade existem recursos adicionais. Mesmo os 250 a 350 quilometros por hora na velocidade de uma decolagem não são suficientes para desenvolver a sustentação necessária para elevar um jato do solo. O perfil “limpo” e harmonioso de uma asa, ideal para as velocidades elevadas de cruzeiro, não atende às condições de baixa velocidade. É preciso que a asa tenha uma curvatura e área extra representadas pelos grandes flapes que cobrem cerca de três quartos da sua envergadura. Os flapes têm diversas posições intermediárias entre o recolhimento e sua extensão total. Na decolagem, se deslocam sobre trilhos para trás e para baixo aumentando em muito a área e a curvatura das asas. O resultado é um significativo aumento de sustentação exigido pelas velocidades mais baixas. No pouso, os flaps são comandados para a extensão total, o que provoca um aumento adicional na curvatura ainda um poderoso efeito de freio, auxiliando a desacelerar para o pouso. Há ainda os flaps de bordo e ataque, na parte da frente que são estendidos de uma só vez. Um capítulo à parte em aerodinâmica são os spoilers que, como diz o nome em inglês, “estragam” a sustentação ao interromper o fluxo ordenado dos filetes de ar. Os “spoilers” são placas que aparecem sobre as asas e podem ser comandadas a partir da cabine ou pelo piloto automático, para fazer correções de rolamento, mas são também utilizados como poderosos freios, quando abertos por igual em ambas as asas. Ao reduzir sensivelmente a sustentação das asas, permitem uma descida rápida, exigida muitas vezes no tráfego aéreo. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 12 Com efeito é ainda mais forte quando a aeronave toca no solo no pouso. O spoilers são totalmente estendidos, suprimindo ao máximo a sustentação das asas; dessa forma o peso da aeronave se transmite as rodas, permitindo uma frenagem positiva o mais cedo possível. como o das turbinas diminuem o esforço Em movimentos perfeitos, as asas oscilam, suas extremidades sobem e descem nitidamente, levando consigo as pesadas turbinas e suas estruturas de suporte: um verdadeiro tributo aos engenheiros de estruturas! Pois naquelas asas, que parecem tão finas e elegantes, que estão a grande maioria dos tanques de combustível. Um volume total de armazenagem que varia dos 20 litros (Boeing 737) aos quase 200 mil litros de combustível (Boeing 747). Com o peso adicional de cada turbina pendurada que vai de 2.400 quilos (Boeing 737) e 4.300 quilos (Boeing 747) até incríveis 7.500 quilos (Boeing com o Modelo 747, as extremidades das asas 777) – sem levar em consideração o peso das carenagens e estruturas de suporte. Dessa maneira o/a Prezado/a se sentira A surpresa é que tanto o peso do combustível sobre as asas, aliviando e simplificando sua estrutura. A explicação é simples: o esforço de sustentação tem a tendência de “dobrar” a asa para cima, formando um arco. O peso do combustível e o das turbinas se opõem a esse efeito. Nos ensaios que a Boeing fez foram curvadas por poderosos macacos hidráulicos até atingirem oito metros acima da posição normal. Agora, na próxima viagem aérea, repare melhor nas asas que o transportam entre as nuvens, procure identificar alguns dos componentes descritos, os flaps, os spoilers, e procure acompanhar seus movimentos. Repare também que a dobra na ponta das asas de alguns aviões tais como o MD11 e o Boeing 747-400 (winglets) reduz a resistência ao avanço. um passageiro interativo. Fonte: Revista ICARO Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 13 INSÍGNIAS DAS MODALIDADES • Meteorologia; • Radioamadorismo; • Aeromodelismo; Com o P.O.R. 2013, houve o incremento de mais uma insígnia para a conquista do tão almejado distintivo de Lis de Ouro, por parte dos jovens, sendo estas divididas pelas modalidades, assim como já acontecia no ramo Sênior, agora passa a fazer parte dos requisitos para conquistar o distintivo de Lis de Ouro, abaixo mostramos os meios e quais são os distintivos das modalidades, que os jovens batalharão para conseguir obter. • Planador; • Astronomia; • Técnica Aeronáutica; • História Aeroespacial; • Mecânica Aérea; • Navegação Aérea; • Observação Aérea; • Astronáutica; Cabe aqui uma ressalva muito importante, pois as insígnias são concedidas através da conquista das especialidades relacionadas a modalidade, conforme relação anexa a cada distintivo. A concessão é por parte da chefia, assim que o jovem escoteiro conquistar 3 especialidades das relacionadas a modalidade do seu grupo escoteiro, sendo que estas sejam no mínimo de nível 2, a chefia entregará o distintivo e certificado em um momento oportuno, dando preferência para que esteja toda a tropa reunida. O distintivo será pregado na manga direita 2 dedos acima da borda da manga, ficando centralizado na visão lateral. Abaixo seguem modalidades. os distintivos • Plastimodelismo. É um distintivo quadrado de tecido azul, dentro do qual está bordado uma hélice de três pás. Este distintivo deve ser colocado na manga direita da camisa e pode ser utilizado até o jovem substituí-lo pelo equivalente no Ramo Sênior, ou, caso isto não aconteça, até sua saída do Ramo Sênior. INSÍGNIA DA MODALIDADE DO MAR – GRUMETE – concedida pela Diretoria de Nível Local ao Escoteiro que possuir 3 especialidades relacionadas à Modalidade do Mar, pelo menos no Nível 2, dentre as seguintes: por INSÍGNIA DA MODALIDADE DO AR – AVIADOR – concedida pela Diretoria de Nível Local ao Escoteiro que possuir 3 especialidades relacionadas à Modalidade do Ar, pelo menos no Nível 2, dentre as seguintes: • Arte da Marinharia; • Aquariofilia; • Canoagem; • História Marítima; Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 14 • Marinharia; • Acampamento; • Mergulho Autônomo; • Pioneiria; • Mergulho Livre; • Rastreamento; • Mecânica de Motor de Popa; • Técnicas de Sapa; • Natação; • Culinária; • Pesca; • Excursões; • Vela; • História do Escotismo. • Meteorologia; • Oceanologia; • Reparos em Fibra; • Salvamento; • Sinalização. É um distintivo quadrado de tecido branco, dentro do qual estão bordados dois remos cruzados. Este distintivo deve ser colocado na manga direita da camisa e pode ser utilizado até o jovem substituí-lo pelo equivalente no Ramo Sênior, ou, caso isto não aconteça, até sua saída do Ramo Sênior. É um distintivo quadrado de tecido cáqui, dentro do qual está bordado o sinal de pista “acampamento nesta direção”. Este distintivo deve ser colocado na manga direita da camisa e pode ser utilizado até o jovem substituí-lo pelo equivalente no Ramo Sênior, ou, caso isto não aconteça, até sua saída do Ramo Sênior Fonte: POR 2013 INSÍGNIA DA MODALIDADE BÁSICA – EXPLORADOR - Concedida pela Diretoria de Nível Local ao Escoteiro que possuir 3 especialidades relacionadas à Modalidade Básica, pelo menos no Nível 2, dentre as seguintes: • Meteorologia; • Cartografia; • Sobrevivência; • Sinalização; Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 15 A IMPORTANCIA DO CTMAR E DA FORMAÇÃO mas também podem ser adaptadas as embarcações típicas daquela região. O Escaler é a embarcação típica dos escoteiros do Mar, digamos até que é a perfeita para nossa prática. Em um escaler se vivência plenamente o SISTEMA DE PATRULHAS DO MAR – EMBARCADO - se fazem grandes cruzeiros, A experiência que uma pessoa trás de fora do escotismo é muito útil e deve ser utilizada dentro de nossos grupos e nas atividades. Esta experiência é altamente engrandecedora em nossos Grupos de Escoteiros do Mar. pequenos adestramentos, troca de funções, bivaque embarcado, remadas e tudo se deve ao seu porte médio que permite guardar materiais da tropa como embarcar um número respectivo de pessoas. Com o material adequado o jovem é chamado a vivenciar o trabalho em equipe e a divisão de tarefas, assim como a hierarquia a bordo, pontos fundamentais do SISTEMA DE PATRULHAS DA MODALIDADE. Os Cursos do CTMAR são importantes tanto para quem não sabe nada de marinharia como para quem já é experiente. O trabalho em equipe, o VIVENCIAR DO SISTEMA DE PATRULHAS DA MODALIDADE DO MAR embarcado e preparativos, o desenvolver do método escoteiro em atividade são pontos que haverão nos cursos, necessariamente apruma o Chefe de Mar para a sua função. Participar fraternalmente em conjunto com os demais Chefes da Modalidade do Mar é necessário! Existem editados pelo Coordenador Nacional dos Escoteiros do Mar as orientações teóricas e práticas para os respectivos cursos: de Fique claro que não é uma exigência o grupo fazer suas atividades em escaler, afinal existem diversas outras embarcações de diferentes portes e que podem ser tão úteis como, e até de menor custo para a aquisição, manutenção e empréstimo. Existem muitos grupos que praticam sua modalidade constante em pequenas embarcações a vela e até caiaques e canoas, o que é perfeitamente aceitável a exemplo do Escotismo do Mar europeu. Mas por outro lado, não devemos confundir a utilização de embarcações improvisadas (balsas, catamarãs de tábuas etc), pois isso não é Escotismo do Mar. Outro fator a ser considerado é que os Veleiro (programa desenvolvido para atividades que sabem mais ajudam os que sabem de tropas do ramo sênior) e O CTMAR menos a aprender durante o curso com a para o publico adulto (pioneiros, chefes, vivência do CTMAR. Assim, fortalecemos a dirigentes, colaboradores do grupo, amigos FRATERNIDADE, pois todos passam, durante da modalidade, Clube da Flor de Lis e etc). os cursos, a se conhecer e trocar experiências. Em todos os cursos as atividades práticas de O contato também aproxima nossos Grupos remo, vela e as noções de motor, em escaler ou e por consequência as atividades conjuntas, baleeira (preferencialmente), são obrigatórias, surgirão e se manterão. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 16 Sempre há alguém que questiona o fato de que não existe motivo para perder tanto tempo fazendo o CTMAR, pois já sabe o bastante de marinharia, afinal passou a vida como membro juvenil dentro do grupo praticando as atividades de modalidade, é experiente navegador. Impera uma necessidade de recordarmos que possuir uma habilitação de Veleiro, Arrais, Mestre e Capitão, pode ser feito por qualquer um não necessitando ser um Escoteiro do Mar, porém, a vivência do dia a dia de nossas atividades somadas com as características nossa progressão de formação para Chefia de Mar, as carteiras e qualificações são sempre um ponto a ser somado aos nossos cursos. Estas são independentes dos cursos escoteiros e vem a acrescentar a nossa formação, segurança e legalização junto à capitania dos portos, afinal somos submetidos a sua regra e a sua policia. Normalmente nossos cursos chegam a preparar um leigo muito melhor do que um curso particular, tendo em vista que possuímos a parte prática na avaliação. É muito importante formalizarmos a transmissão de tradições e entendimentos para todos os que chegam, coroando ao final do curso com um bom coquetel, ou uma festa com entrega dos certificados e distintivos, do escotismo na Modalidade do Mar, a troca de experiências praticas e das tradições dos chefes do curso e alunos, são passadas durante a vivência do CTMAR, mesmo que a pessoa não perceba que está acontecendo, como é a maioria dos casos. Só com o simples contato entre os Chefes antigos e os novos, com a cultura de grupos diferentes, misturados em guarnições, perfaz com que as pessoas “abram seus horizontes” e vejam o quanto diferente são as realidades e culturas. Outro ponto mister se faz notar nas regras da convidados todos os instrutores, Marinha e os grupos com seus jovens. Dizem os antigos que das suas guarnições dos CTMAR saíram grandes círculos de amizade e pessoas que passaram a se conhecer e conviver com confiança por toda a vida. Ao primeiro lugar do curso, fica de prêmio o lenço do CTMAR todo branco, assinado pelos alunos e instrutores da turma, uma bela lembrança e uma estimada tradição. Em Sana Catarina já realizamos duas turmas de CTMAR, em 2010 na Escola de Aprendizes da Marinha de Florianópolis e em 2013 na Associação Náutica de Itajaí. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 17 DIAGNÓSTICO NO RAMO SÊNIOR É uma ferramenta de planejamento participativo, pois se preocupa em valorizar a opinião e os desejos dos jovens e suas patrulhas, no caso os beneficiários deste Programa, sem deixar de considerar mudanças previstas para o futuro, a execução de um programa de atividades e a avaliação dos resultados alcançados completam o Ciclo, todo ele realizado com participação proativa dos seniores e guias. A equipe de Escotistas e os jovens organizam tudo o que acontece na vida da Tropa, como as suas atividades e projetos, sejam de patrulha e ou da Tropa. E, como acontece com toda ferramenta, sua habilidade em aplicá-la irá melhorando à medida que é utilizada. 4 Desenvolvimento e avaliação de atividades acompanhamento da progressão pessoal 3 Um ciclo de programa tem 4 fases sucessivas: FASE 1. Diagnóstico de Tropa FASE 2. Proposta e seleção de atividades e projetos FASE 3. Organização e preparação de atividades e projetos FASE 4. Desenvolvimento e avaliação de atividades e projetos As fases de um ciclo estão articuladas umas com as outras, de maneira que cada uma delas seja continuação natural da anterior e se prolonga na seguinte, como na figura abaixo. Conclusão da avaliação pessoal, diagnóstico da Tropa e pré-seleção de atividades 1 AS SUCESSIVAS FASES DO UM CICLO DE PROGRAMA Organização, projeto e preparação de atividades Proposta e seleção de atividades 2 Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 18 A fase 4 ocupa a maior parte do tempo progressão – que atividades acha que realizou disponível em um ciclo e as fases 1, 2 e 3 não – e seus amigos analisam e ponderam, implicam uma interrupção nas atividades concordando ou não. Com o resultado dessa para que a Tropa se dedique exclusivamente análise cada jovem, nos próximos dias, “a planejar”. Elas não se desenvolvem como conversa com o escotista encarregado de atividades específicas, mas junto às outras acompanhar a progressão pessoal da patrulha, atividades que já estejam acontecendo na Tropa. para concluir a sua avaliação pessoal. Em um ano, se realizam de 2 a 3 ciclos. B – REUNE-SE A CORTE DE HONRA É variável a duração de um ciclo de programa, Logo após os Conselhos de Patrulha deve podendo chegar a 4 ou 6 meses. É a Corte ser marcada uma reunião da Corte de Honra, de Honra que determina a duração de cada especialmente para discutir o próximo Ciclo ciclo, de acordo com sua experiência, com de Programa, e para isso os monitores e a realidade da Tropa, com o calendário de submonitores usarão o que foi concluído nos atividades fixas e com o tipo de atividades e seus respectivos Conselhos de Patrulha. projetos selecionados pelos jovens, sendo este Nesta reunião, que pode ser ao longo da último fator o que mais influencia a duração de semana ou no logo no próximo sábado, deve um ciclo. acontecer o seguinte: Sugestão de Etapas para Montagem do Ciclo Como sugestão, segue uma sequência simples (mas que inclui todas as partes das fases 1, 2 e 3 acima descritas) e que pode ser aplicada em Tropas de qualquer tamanho. A – REÚNEM-SE OS CONSELHOS DE PATRULHA: Um pouco antes do final de um Ciclo de Programa oriente as patrulhas para que reúnam seus Conselhos de Patrulha, com o propósito de conversar sobre o ciclo que está • Elaborar o Diagnóstico da Tropa, ou seja, obter uma visão atual de como está a Tropa. Para isso os escotistas podem alimentar a discussão fazendo perguntas que envolvem diretamente a aplicação do Método Escoteiro, como por exemplo: “como está a vivência da Lei Escoteira nas patrulhas?”, ou “os membros das patrulhas estão aprendendo as técnicas?”, ou “ os cargos da patrulha estão distribuídos e funcionando?”, ou, ainda, “vocês estão satisfeitos com as atividades ao ar livre que fizemos?”. terminando. Neste Conselho de Patrulha, que Observação importante: Idealmente, os pode ser feito horas antes ou logo depois da escotistas da Tropa deverão também se reunir reunião da Tropa, deve acontecer o seguinte: para discutir estes mesmos assuntos antes da • Discussão sobre como anda a patrulha e a Tropa, sobre o que gostaram e o que não gostaram, e elaboração de sugestões de atividades (de patrulha e de Tropa) que gostariam de realizar no próximo ciclo. • Cada membro da patrulha fala sobre a sua Corte de Honra, para depois encaminharem as questões mais críticas à aplicação correta do programa e do Método Escoteiro, conforme a realidade de cada Tropa. Algumas questões básicas para os escotistas discutirem entre si, antes de orientarem a formação do diagnóstico da Corte de Honra: Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 19 • As atividades têm sido “DURAS”: desafiantes, úteis, recompensantes e atraentes? • A aplicação de todos os elementos do método escoteiro se reflete na vida das patrulhas e da Tropa? • Existe um equilíbrio entre atividades fixas e variáveis? • As atividades realizadas oferecem aos jovens oportunidades equilibradas de desenvolvimento em todas as áreas? • Etc.. Esse diagnóstico vai dizer onde a Tropa está, e então se deve escolher para onde se quer ir, ou, como a Tropa quer estar no futuro próximo. É assim que será definida a ênfase para o próximo Ciclo, que sinaliza o caminho a seguir. Uma observação importante: Na reunião de diagnóstico da Corte de Honra podem aparecer vários pontos importantes que merecem ser trabalhados, porém, a ênfase deve ser escolhida entre aquilo que diz respeito a toda a Tropa, ou seja, questões de aplicação do programa e do Método Escoteiro. Os pontos que mereçam uma ação corretiva ou de motivação, como a falta de preenchimento da ficha individual, necessidade de material de acampamento, ou a constante falha no uso do traje ou uniforme, por exemplo, devem ser trabalhadas diretamente e em paralelo, sem necessidade de ser a ênfase, por iniciativa dos escotistas. EXEMPLOS DE DIAGNÓSTICO E DA ÊNFASE CORRESPONDENTE Diagnóstico Ênfase Os jovens estão satisfeitos com as atividades da Tropa. Há equilíbrio entre atividades fixas e variáveis e todas as áreas de desenvolvimento são atendidas. Manter a atratividade e incrementar a variedade de atividades. A vida das patrulhas é pouco intensa, há falta de comprometimento e interesse dos seniores e guias. Fortalecer o espírito de patrulha, suas tradições, seus encargos, incrementar o torneio interpatrulhas e melhorar a formação dos Monitores e submonitores. Ampliar a participação dos jovens nas decisões da Tropa. Há falta de interessa pela conquista de especialidades. Estimular a criação de Equipes de interesse voltadas para o tema de Especialidades que despertem maior interesse dos jovens. Os pais não apoiam as atividades da Tropa. Estabelecer vínculos com as famílias dos jovens. A Tropa possui três patrulhas e deseja abrir a quarta. Desenvolver campanhas planejadas para entrada de novos membros afim de possibilitar a abertura da nova patrulha. O material de atividades aventureiras da Tropa se encontra em estado precário. Revistar todo o material de atividades financeiras, recuperando o que for possível dentro dos limites de segurança e elaborar campanhas financeiras para afquirir novos equipamentos. As atividades de montanhismo realizadas no Ciclo passado foram consideradas muito duras e os jovens querem se aprofundar neste tema em um próximo Ciclo. Incluir neste Ciclo pelo menos uma excursão e um Acampamento Volante. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 20 • Uma vez que já existe uma ênfase, na Corte (exemplo: aniversário do Grupo Escoteiro, de Honra são acolhidas sugestões de atividades acampamentos da tropa, excursões ao ar livre, variáveis para o próximo ciclo, que atendam atividades regionais, etc..). este interesse. Nesta discussão já se faz uma pré-seleção daquilo que a Corte de Honra acha melhor, ficando com quatro ou cinco sugestões para apreciação da Assembleia de Tropa. Somente são pré-selecionadas atividades variáveis, excepcionalmente alguns aspectos das atividades fixas, como por exemplo, o lugar no qual irá se acampar ou a definição de um projeto de longa duração, como a - São consideradas todas as atividades selecionadas, sejam de patrulha ou de Tropa. É provável que a articulação de todas as atividades necessite adiar ou modificar algumas atividades selecionadas; neste caso, é preciso considerar as prioridades estabelecidas no processo de seleção. As alterações devem ser aprovadas pela Assembleia da Tropa. definição da próxima Aventura Sênior da Tropa. - Em seguida, trabalhe com as atividades É recomendável pré-selecionar o dobro de variáveis, levando em conta que muitas delas quantidade de atividades que se consideram são realizadas de maneira simultânea e viáveis para serem realizadas durante o ciclo. que, durante as atividades fixas (reuniões, Isso aumenta a possibilidade de opções e acampamentos) promove o surgimento de outras ideias. atividades variáveis. Comece pelas de maior • Considerando as atividades variáveis da se desenvolvem várias duração. Tropa e as atividades fixas, mais aquilo que - Sem afetar a ênfase fixada, é conveniente está no calendário anual do Grupo Escoteiro, incluir atividades variáveis que permitam e também as atividades de patrulha, será aos jovens avançar em todas as áreas de montada a proposta de calendário para o desenvolvimento. próximo ciclo, reservando as datas disponíveis para as atividades que serão decididas na Assembleia de Tropa. Na montagem do calendário é conveniente considerar certos critérios: - As atividades devem ser coerentes com a ênfase fixada e contribuir para a conquista - Não é necessário incluir no calendário a variedade das atividades fixas de curta duração (jogos, canções, etc...). - Considere o tempo necessário para se projetar e preparar uma atividade. - Logo que comecem os projetos, de competências em todas as áreas de considerando que se tenha escolhido como desenvolvimento, mesmo quando a ênfase prioritário um projeto de longa duração, não é privilegia uma ou várias áreas. recomendável realizar ao mesmo tempo outro - As atividades devem ser variadas e deve-se evitar repetir atividades realizadas recentemente. - Comece colocando no calendário as diferentes atividades fixas, tendo em mãos o calendário nacional, regional e de grupo projeto. - Sem que se deixe de fazer atividades, é preciso estimar um tempo, ao final do ciclo de programa, para a conclusão do processo de avaliação da progressão pessoal dos jovens. - O calendário deve ser flexível, permitindo Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 21 redistribuir ou substituir atividades diante de situações imprevistas, porém, esta não deve ser uma prática constante. • A Corte de Honra deve apresentar, então o diagnóstico, a ênfase, a proposta de calendário com as atividades pré-selecionadas à Assembleia de Tropa. C – A ASSEMBLÉIA DA TROPA DECIDE. A Assembleia de Tropa é então convocada para, escolher quais, dentre as atividades variáveis sugeridas devem ser realizadas. De maneira participativa, serão escolhidas uma ou duas atividades variáveis para o próximo Ciclo de Programa. Em uma Assembleia de Tropa (todos da tropa), acontece o seguinte: • O presidente da Corte de Honra e os demais monitores e submonitores apresentam a ênfase fixada pelo Corte de Honra, explicando sua fundamentação. • Divulgam a proposta de calendário com as atividades e projetos pré-selecionados, incluindo a duração estimada de cada um. • Motivam uma troca de opiniões sobre as diversas ideias de atividades que estão em discussão: as propostas pelo Corte de Honra e outras que podem surgir no momento, como resultado da análise da ênfase fixada. • Neste debate a Assembleia elege as atividades que deseja realizar, numa ordem de prioridade de acordo com as referências. A troca de ideias se encerra com uma decisão sobre as atividades que a Tropa realizará no próximo ciclo, e se for o caso, indicando as equipes de interesse que propõem criar. que se expresse a vontade da maioria. Através da Assembleia de Tropa, os jovens apresentam suas ideias, defendem posições, aprendem a argumentar e a aceitar posições contrárias a sua, fazem opções, e desenvolvem muitas outras habilidades e atitudes que são próprias de um processo democrático de tomada de decisões. Desta maneira, a seleção de atividades, assim como todas as demais fases do ciclo de programa, resulta num grande debate, que se funde com todas as outras atividades que a Tropa realiza habitualmente. Vez por outra, pode-se aplicar um jogo democrático, mas o foco deve ser o debate com a participação ativa dos jovens. APROVADO O CALENDÁRIO (EM ASSEMBLÉIA DA TROPA), AS ATIVIDADES SÃO PROJETADAS E EXECUTADAS. DURANTE TODO O CICLO, AVALIAM-SE NATURALMENTE AS ATIVIDADES E A PROGRESSÃO PESSOAL DOS JOVENS. No que tange à execução, as patrulhas organizam suas atividades e a Corte de Honra organiza as atividades de tropa. O adulto cumpre o papel de motivador/ facilitador, mantém o calendário fresco na cabeça dos jovens, observa o interesse dos jovens e propõe ajustes na programação, corrige desvios e auxilia os monitores a realizar suas tarefas e cobrar as tarefas dos demais integrantes. Além disso, os escotistas estarão presentes nas atividades, garantindo que aconteçam dentro do que preconizam as normas da UEB. Importante: O debate na Assembleia de Tropa permite Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 22 PROJETOS, PROJETOS, PROJETOS. A palavra projeto está bem presente na vida dos clãs, mas pioneiros e mestres a encaram como um grande monstro. Para desmistificar este monstro, vamos apresentar uma ferramenta que facilita em muito a vida do pioneiro e dos mestres que acompanham os projetos. Para melhorar ainda mais, iremos incluir também algumas ideias ao alcance de todos. Já existe no Guia do Projeto Pioneiro uma explicação bastante clara sobre projetos. O que apresentamos a seguir é uma ferramenta que as empresas utilizam nos seus programas de qualidade total – os 5W e 2Hs – (explicado na figura abaixo) Esta ferramenta, utilizada na forma de planilha, apresenta todas as etapas e suas ligações, prazos e responsáveis. Facilitando assim a vida dos pioneiros que executam os projetos e dos mestres que acompanham o andamento dos trabalhos, ou melhor, todos os envolvidos (equipes de interesse) terão uma visão do que precisa ser feito e quando. Inicialmente os Mestres podem ter uma atitude mais próxima/direta, auxiliando na elaboração/ revisão do projeto, mas, com o desenvolvimento dos trabalhos, os Mestres participam como apoiadores/incentivadores. Como atualmente os jovens se distraem facilmente com tantas outras atividades, cabe aos Mestres sempre direcioná-los para a conclusão do projeto. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 23 Nome do Projeto: Meta: (que se quer atingir até que data): Responsável Geral: O que (What) Porque (Why) Como (How) Quando (When) Onde (Where) Quem (Who) Quanto Custa (How Much) Liste as ações estabelecidas Justifique a necessidade de executar a Descreva como a ação será executada Proponha prazos para a execução das ações Defina o local onde a ação será aplicada Defina os responsáveis pelas ações propostas Calcule o investimento necessário para executar a ação ação Para melhor compreensão, vamos a um exemplo: Nome do Projeto: Parquinho de Pneus usados Meta: (que se quer atingir até que data): montar um parquinho de pneus usados na sede do grupo até dezembro 2014 Responsável Geral: Maria Antonieta O que (What) Porque (Why) Como (How) Quando (When) Onde (Where) Quem (Who) Quanto Custa (How Much) 1 – Elaborar o projeto – desenho do parquinho Para aprovar junto a diretoria Levantando todas as ações e custos envolvidos – mapa do local e brinquedos a serem montados Mar/2014 Sede Maria Antonieta Sem custo 2 – Aprovar projeto junto a diretoria Para seguir os trâmites do grupo Apresentando a planilha do projeto 27/03/2014 Sede - reunião da diretoria do grupo Maria Antonieta e Mestra Sem custo 3 – Buscar grupo de interesse Para incentivar a participação de demais pioneiros Apresentando o projeto aprovado 10/04/2014 Sede – reunião do clã Maria Antonieta Sem custo Para executar o projeto Elaborando carta de doação para as borracharias e empresas de tintas – incluir desenho do parquinho 10/04/2014 Sede e empresa de tintas/ borracharias Maria Antonieta e pioneiro interessado Papel/ impressão 4– Conseguir os pneus e tintas É importante colocar todas as ações que envolvem o projeto e assim se terá noção de tudo o que precisa ser feito, com as datas sequenciais, facilitando o acompanhamento. A planilha pode ser exposta no clã, acrescentando-se uma coluna de realização no final e todos acompanham o que está sendo feito. Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 24 SEM IDEIAS PARA PROJETOS? Aqui vão algumas: • Supere o desperdício – veja o site http://www.terracycle.com.br/pt-BR/ • Arvore da promessa- a cada promessa no grupo escoteiro, plantar uma árvore. O pioneiro responsável está em contato com o Horto, para solicitar as árvores e com uma empresa de acrílico, para conseguir retalhos de acrílico, onde será pirografado a data da promessa, o nome da pessoa e o tipo de árvore. Este acrílico será fixado no chão ao lado da arvore. • Parquinho com pneus – modelo na planilha. • Lixeiras de garrafas pets – ver modelos na internet – disponibilizar para escolas e ONGS da cidade • PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DO GRUPO ESCOTEIRO - juntamente com o Diretor de Patrimonio, a equipe de interesse irá fazer um levantamento da necessidade de manutenções no grupo • REAPROVEITAMENTO DOS ANTIGOS UNIFORMES - sistema de doação/repasse para os novos • AQUECEDOR SOLAR COM PET E CAIXA LEITE – para banheiros do grupo • PLANTAÇÃO DE CITRONELLA – afastar mosquitos e borrachudos • REFLORESTAMENTO DE EUCALIPTO - para repor madeiras utilizadas nas atividades • INSIGNIA DA PAZ – estimular os jovens escoteiros do grupo escoteiro a tirar a insígnia Diário do Chefe | 5a Edição | Agosto 2014 | 25 Santa Catarina
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