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Fazendo negócios no exterior? Uma simples gafe
pode arruinar você
De Gary Stoller
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A globalização tornou negócios no exterior mais comuns do que nunca.
Mas, diariamente, negócios são colocados em risco ou perdidos quando os
parceiros estrangeiros são ofendidos por americanos não cientes dos
costumes, cultura ou modos dos países, dizem especialistas em etiqueta.
Eles cometem 'faux pas' (uma gafe ou lapso de etiqueta) ao viajarem, ao
se encontrarem com um estrangeiro aqui ou na comunicação por telefone
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"Os americanos são informais
demais em seus contatos com
seus pares no exterior e acabam
sendo vistos como impolidos ou
mesmo ofensivos", disse P.M.
Forni, um professor de literatura
e civilização italiana da
Universidade Johns Hopkins.
"Inocência, estupidez ou
arrogância fazem com que se
comportem em Chipre da
mesma forma que se
comportariam em Cleveland."
Políticos e celebridades não
estão imunes, gerando vídeos
de gafes para talk shows de fim
de noite. Em maio, o ator Mickey
Rooney causou rebuliço no
Reino Unido ao violar o
protocolo e beijar a mão da
Rainha Elizabeth na embaixada
britânica em Washington, D.C.
Em abril, Richard Gere beijou
repetidamente a atriz Shilpa
Shetty no rosto em um evento
de conscientização da Aids em
Nova Déli, Índia, um país onde
demonstrações públicas de
afeto costumam ser tabu. Um
tribunal indiano emitiu um
mandado de prisão contra ele e
manifestantes irados queimaram
imagens do ator. O mandado foi
posteriormente revogado.
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Gere beijou a atriz Shilpa Shetty em evento
contra a Aids em Nova Déli, Índia. Um
mandado de prisão emitido e bonecos com
sua imagem queimados
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O presidente Bush usou uma
imprecação enquanto
conversava com o primeiroministro britânico Tony Blair, em
um encontro de cúpula na
Alemanha no ano passado. Ele
também esfregou os ombros da
chanceler alemã Angela Merkel
enquanto falava com o primeiroMickey Rooney violou o protocolo do Reino
ministro italiano Romano Prodi.
Unido, ao beijar a mão da Rainha Elizabeth na
embaixada em Washington
Muitos europeus ficaram
ofendidos porque o encontro de
cúpula era uma ocasião formal e consideraram as ações como
depreciadoras.
ETIQUETA NO EXTERIOR
Argentina
É rude perguntar às
pessoas no que
trabalham. Espere até
que informem
Bahrein
Nunca exiba sinais de
impaciência,
considerada um insulto.
Se for oferecido chá,
aceite
Camboja
Nunca toque ou passe
algo sobre a cabeça de
um cambojano; ela é
considerada sagrada
Como na maioria das
culturas asiáticas, evite
Deslizes que complicam ainda
mais acordos já difíceis
Robert Burns, o proprietário
americano do CC Bloom's Hotel
em Phuket, Tailândia, disse que
insultou ou embaraçou
inadvertidamente os tailandeses
várias vezes. Durante suas
primeiras reuniões comerciais na
Tailândia há poucos anos, ele
começava os encontros falando de
negócios.
"Isto é errado", ele disse. "Eu
descobri rapidamente que estava
criando problemas ao falar de
negócios antes de almoçar e ao
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China
acenar ou apontar os
pauzinhos, colocá-los
verticalmente em uma
tigela de arroz ou
batucá-los na tigela;
estas ações são
consideradas
extremamente rudes
Cingapura
Se você planeja dar um
presente, sempre dê
para a empresa; um
presente para uma
pessoa é considerado
suborno
Egito
Mostrar a sola do pé ou
cruzar as pernas
enquanto estiver
sentado é um insulto.
Nunca uso o polegar
para cima, considerado
um gesto obsceno
Espanha
Sempre peça sua conta
quando jantar fora na
Espanha. É rude
aguardar pelo garçom
trazer sua conta
antecipadamente
Filipinas
Nunca se refira à
anfitriã de um evento
como "hostess", cuja
tradução é prostituta
França
Sempre permaneça
calmo, educado e cortês
durante encontros de
negócios;
nunca pareça
excessivamente
amistoso, porque isto
pode ser interpretado
como suspeito.
Nunca faça perguntas
pessoais
Grécia
Se precisar fazer sinal
para um táxi, abrir os
cinco dedos é
considerado um gesto
ofensivo se a palma da
mão estiver para fora;
mantenha-a para baixo
com os dedos fechados
Índia
Evite dar presentes
feitos de couro, porque
muitos hindus são
vegetarianos e
consideram as vacas
sagradas, tenha isto em
mente ao levar clientes
indianos a restaurantes.
Piscar é visto como um
gesto sexual
Japão
Nunca escreve em um
cartão de visita ou o
coloque no bolso de
trás; Isto é
desrespeitoso; segure o
cartão com ambas as
mãos e leia-o
cuidadosamente. É
educado pedir desculpas
freqüentes nas
conversas
Malásia
Se receber um convite
de um associado de
negócios, responda por
escrito. Evite usar a
mão esquerda,
considerada impura
México
Se visitar a casa de um
associado de negócios,
não toque no assunto
de negócios a menos
que o associado o faça
República
Dominicana
Quando falar com
alguém, não manter um
bom contato com os
olhos pode ser
interpretado como falta
de interesse
Vietnã
Aperte a mão apenas de
alguém do mesmo sexo
que lhe oferecer a mão.
Contato público entre
homens e mulheres é
desaprovado
Dicas:
Sue Fox, autora de
'Business Etiquette for
Dummies'
dar início à conversa."
Terry Buchen, de Williamsburg,
Virgínia, disse que cometeu o erro
de fazer perguntas pessoais a um
escocês em sua primeira viagem a
negócios à Inglaterra em 1994.
Buchen perguntou ao homem
sobre sua esposa e filhos durante
uma conversa informal. "Ele disse
categoricamente que não era da
minha conta", lembrou o consultor
de campos de golfe. "Eu então lhe
perguntei sobre o tempo e não
conseguia fazer o sujeito parar de
falar a respeito."
"Os americanos freqüentemente
não percebem quão consternador
o fato de serem diretos pode ser
para pessoas de culturas
diferentes", disse David Solomons,
executivo-chefe da CultureSmart
Consulting, com sede em Londres.
A empresa tem uma série de guias
para viajantes e presta consultoria
para corporações.
A consultora de etiqueta Syndi
Seid, de San Francisco, disse que
uma cliente, uma empresa de
Seattle, perdeu um grande negócio
nos anos 90 porque não entendeu
a cultura de negócios de uma
empresa japonesa. Durante as
negociações, a empresa
americana, que Seid não
identificou, convidou os
representantes da empresa
japonesa a virem a Seattle, mas
por meses os representantes
tiveram dificuldades para obtenção
dos vistos. A impaciente empresa
americana enviou altos executivos
pra o Japão para fechar o negócio.
O tiro saiu pela culatra porque a
empresa japonesa estava animada
em visitar os Estados Unidos e foi
alienada pela falta de paciência
dos americanos em desenvolver
uma afinidade entre as empresas.
Seid disse que outra cliente não
identificada, uma empresa do Vale
do Silício, quase perdeu um
negócio há cinco anos quando um
alto executivo de uma empresa
francesa chegou à Califórnia em
um vôo no fim da tarde. A empresa
americana mandou uma limusine
pegá-lo às 19h30, mas nenhum
representante da empresa estava
presente. A empresa achou que o
francês preferiria descansar no
hotel após um longo vôo e
planejava pegá-lo na manhã
seguinte. Mas o francês se
ofendeu porque nenhum
representante da empresa o
recebeu no aeroporto.
"Os franceses jantam mais tarde
que às 19h30 e ele achou que
seria levado para jantar", lembrou
Seid. "Isto quase arruinou o
acordo."
Em muitas culturas, a família de
alguém define o indivíduo, disse
Terri Morrison, co-autora de um
livro de etiqueta para negócios,
'Kiss, Bow, or Shake Hands' ('beijo,
abraço ou aperto de mãos').
"Portanto, cometer um erro no
nome de uma pessoa é quase um
insulto pessoal."
Pegue o exemplo da prática
chinesa de colocar o sobrenome
primeiro. "Chamar o presidente chinês Hu Jintao de 'presidente Tao' é
consternador, como chamá-lo de presidente George, ou Bubba", ela disse.
Morrison disse que já viu executivos americanos olharem para cartões de
visita de clientes latino-americanos e não perceberem que o sobrenome
espanhol do pai é listado primeiro, seguido pelo da mãe. Por exemplo,
'señor Juan Antonio Martinez Garcia' deve ser tratado como 'senõr
Martinez', ela disse.
Ranjini Manian, que dirige uma empresa em Chennai, Índia, que ajuda
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estrangeiros a se adaptarem à cultura indiana, lembra de um cliente que
trabalhou para a Ford na Índia em meados dos anos 90. O cliente era
canhoto e usou sua mão esquerda para cortar a fita da inauguração de um
banco.
"A mão esquerda é considerada inauspiciosa na Índia e houve uma
consternação geral", disse Manian, autora de "Doing Business in India for
Dummies" (algo como 'Negociando na Índia, para iniciantes'). "A fita foi
reatada novamente e cortada de novo com a mão direita."
Manian lembrou de outra ocasião em que um americano no setor de
construção ofendeu um engenheiro indiano que trabalhava para ela na
Índia. O americano chamou o engenheiro estalando os dedos e curvando o
dedo indicador. Para um indiano, tal gesto é insultante e degradante. O
engenheiro, que também estava incomodado com o uso daquela palavra
de quatro letras no início daquela semana, pediu demissão.
"O chamado com o dedo indicador foi a última gota e o indiano me disse
que se sentiu tratado como um cão", disse Manian. "O americano ficou
pasmo quando lhe contei e mudou de tom durante o restante do projeto,
mas ele já tinha perdido um de seus melhores engenheiros indianos, que
ele tinha treinado por três meses para o projeto."
O que não fazer, e o que fazer, em jantares
Modos à mesa também colocam muitos viajantes americanos a negócios
em apuros, disseram especialistas em etiqueta. Nos Estados Unidos e no
Reino Unido, é habitual colocar as mãos no colo quando não estão sendo
usadas. Mas isto "demonstra maus modos" na França e em outros países,
onde as mãos e pulsos devem permanecer sobre a mesa, disse Tamiko
Zablith, uma consultora de etiqueta e protocolo na França e Inglaterra.
"Você também não deve deixar a mesa antes do término da refeição,
mesmo se precisar ir ao banheiro", ela disse.
Em algumas regiões da Ásia, é "sinal de prazer arrotar após a refeição" e
você "deve sugar o macarrão fazendo bastante barulho", disse Zablith. Os
viajantes a negócios devem pesquisar a etiqueta dos pauzinhos porque ela
varia entre os países asiáticos. Na China, por exemplo, as pessoas pegam
a tigela de arroz e usam os pauzinhos. Os coreanos não pegam a tigela de
arroz e geralmente usam uma colher.
Quando em um jantar no Oriente Médio, Norte da África ou outras terras
muçulmanas, sempre use a mão direita, porque a esquerda "é considera
impura e desrespeitosa", disse Zablith.
Outro alerta: "Nunca torça o nariz para um prato local", disse Morrison.
"Pode ser o item de maior prestígio no cardápio, que compraram a um
grande custo apenas para você."
Jerry Galiger, de Winston-Salem, Carolina do Norte, um viajante freqüente
a negócios, cometeu uma gafe sem dizer uma palavra. Durante sua
primeira reunião na França com sua empresa com sede no Reino Unido,
ele bebeu vinho tinto, depois passou para o branco.
"Pelas expressões do grupo, era possível imaginar que tinha me exposto",
disse Galiger, cuja empresa produz sistemas de armazenamento. "Eu
posteriormente descobri que você nunca toma um branco após um tinto,
porque não pode desfrutar do buquê do branco depois de beber um tinto."
Choques culturais não se limitam a indivíduos ou grupos de pessoas que
discutem ou negociam um acordo comercial. Toda uma empresa pode
sofrer com diferenças culturais. A aquisição por US$ 36 bilhões da Chrysler
americana pela Daimler-Benz alemã em 1998 foi marcada pelo "choque
cultural mais significativo no mundo dos negócios da recente memória",
disse Solomons. A meta da fusão era criar uma gigante automotiva
internacional, mas não aconteceu. Em maio, a Daimler-Chrysler vendeu o
grupo Chrysler, que apresentou um prejuízo de US$ 2 bilhões no primeiro
trimestre deste ano.
Apenas o choque cultural não explica plenamente o fracasso da DaimlerChrysler, mas foi um elemento aparentemente destrutivo desde o início.
Após a fusão, executivos alemães e americanos "gastaram muito tempo
brigando em torno do tamanho do novo cartão de visita da empresa", disse
Jeswald Salacuse, um professor da escola de direito e diplomacia da
Universidade Tufts. "Ele seguiria o tamanho pequeno do cartão americano
ou o maior, mais comum na Europa?"
A disputa simbolizou as profundas divisões que impediram a empresa de
se tornar uma unidade coesa. "Grande parte do desastre, como eles
reconheceram, foi causada pela falta básica de entendimento das
diferenças nacionais e, conseqüentemente, corporativo-culturais de cada
um", disse Solomons.
Muitas corporações previnem seus funcionários de botarem os pés pelas
mãos ao educá-los sobre as culturas, costumes e modos estrangeiros.
Mickey David, um empresário de Houston, disse que sempre estuda as
culturas e costumes do país antes de ir. Sua empresa de saúde oferece
cursos online e outras informações para os funcionários antes de visitarem
outros países. Susan Jacobsen, que trabalha para uma firma de direito de
Washington e planeja reuniões de negócios internacionais há 10 anos,
sugere o site www.executiveplanet.com. Ela disse que o site tem dicas
como: "Os franceses passarão ao inglês se verem que você está se
atrapalhando".
Tais recursos podem ser valiosos para não-viajantes, porque o mundo dos
negócios está confrontando uma "curva de aprendizado de etiqueta" para
novas tecnologias, disse Sue Fox, autora de "Business Etiquette for
Dummies". Os dispositivos eletrônicos que permitem comunicação
instantânea também abrem a porta para ofender pessoas em outros
países. "Comporte-se da mesma forma como se estivesse em uma
conversa face a face com eles", alerta Fox.
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2007/08/26/ult574u7716.jhtm
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O aprendizado dos costumes e cultura de um país estrangeiro "indica
respeito pelo outro lado, e respeito é importante no desenvolvimento de um
relacionamento de negócios", disse Salacuse da Tufts. "O fato de não ter
aprendido a história e os costumes coloca em dúvida a sinceridade de
quão comprometido você está em fazer negócios no país."
Tradução: George El Khouri Andolfato
Visite o site do The New York Times
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