Livro Estudo Panorâmico da Bíblia

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Livro Estudo Panorâmico da Bíblia
Livro Estudo Panorâmico da Bíblia
Capitulo 02
Genesis
Gênesis
Gênesis apresenta Jesus Cristo,
Nosso Deus Criador
Gênesis é a sementeira da Palavra de Deus. O título Gênesis vem do grego e quer dizer “origem”.
A primeira palavra de Gênesis em hebraico é traduzida por “no princípio” – palavras que indicam
tanto o alcance como os limites do livro. Gênesis relata o começo de tudo, menos de Deus. Outra
coisa a notar é que ele fala só dos começos. Não fala do fim das coisas. Sobre suas verdades se
ergue toda a futura revelação de Deus ao homem.
Satanás parece ter uma inimizade especial para com o livro de Gênesis. Não é de estranhar que
o adversário dirija seus ataques contra ele. Gênesis o expõe como inimigo de Deus e enganados
da raça humana; prediz a sua destruição e descreve sua condenação (GN3). Sem Gênesis, nosso
conhecimento de um Deus criador seria lamentavelmente limitado; seríamos tristemente
ignorantes das origens do Universo.
Gênesis é o livro dos começos
1.O começo do mundo – Gênesis 1.1 – 25
2.O começo da raça humana – Gênesis 1.262.25
3.O começo do pedaço no mundo – Gênesis 3.1-7
4.O começo da promessa da redenção – Gênesis 3.8-24
5.O começo de uma vida familiar – Gênesis 4.1-15
6.O começo das nações de uma civilização humana – Gênesis 4.16 9.29
7.O começo das nações do mundo – Gênesis 10 e 11
8.O começo da raça hebraica – Gênesis 12-50
Adão começou com Deus e caiu com a desobediência (GN 3).
Abel começou com Deus pelo sangue do sacrifício (GN 4.4).
Noé começou com Deus por meio da arca (GN 6.8,14,22).
Abraão começou com Deus ao construir altares (GN 12.8).
Todos esses estabeleceram novos começos para a raça.
Não é de admitir que quando os homens, por causa da sua cegueira espiritual (EF 4.18), rejeitam
a revelação de Deus nesse registro incomparável de começos, adoram o acaso como o criador,
os animais como seus antepassados e a humanidade decaída como a flor da evolução natural!
Gênesis começa “com Deus, mas termina “num caixão”. É a história do fracasso humanos do
homem, mas Deus resolve todos os fracassos humanos, pois é um Salvador glorioso. Vemos que
“onde abundou o pecado, superabundou a graça” (RM5.20).
O registro de Gênesis cobre pelo menos dois mil anos. Não é inteiramente história; é uma
interpretação espiritual da História. Em dois capítulos, Deus apresenta a narrativa da criação do
mundo e do homem. Daí em diante, temos a história da redenção: Deus trazendo de volta para si
o que se havia perdido.
Já mencionamos as razões pelas quais Satanás ataca esse majestoso livro. Sua autoria mosaica,
sua exatidão cientifica e seu testemunho literal do pecado humano como deliberada
desobediência a Deus têm sido duramente atacados. A palavra de Deus, entretanto,
definitivamente declara que Gênesis é um dos oráculos vivos entregues a Moisés. Nosso Senhor
põe seu solo sobre sua verdade infalível e seu testemunho do Messias (JO 5.46,47).
Se negarmos Gênesis, teremos de negar um Criador divino, uma criação divina, um Redentor
divinamente prometido e uma Bíblia divinamente inspirada. Ao redor dessas páginas sagradas,
está a proteção do Espírito Santo de Deus que inspirou suas palavras. Se Gênesis fosse mais
claras. Muitas origens são registradas nos primeiros 11 capítulos: o Universo natural, a vida
humana, o pecado, a morte, a redenção, a civilização, as nações e as línguas.
O restante do livro, a partir do capítulo 12, trata do começo da raça hebraica, primeiro na sua
formação por meio de Abraão, depois no seu desenvolvimento subsequente e em sua história
mediante as figuras importantes de Isaque, Jacó e José. Essa grande nação hebraica foi fundada
com um propósito definido: por meio dela, todos os homens seriam abençoados. Deus prometeu
ao crente Abraão que seus descendentes:
1. Herdariam as terra de Canaã (GN 12.1-3);
2. Tornar-se-iam uma grande nação;
3. Por meio deles, todas as nações seriam abençoadas.
Deus repetiu essas promessas a Isaque e a Jacó (GN 26.1-5; 28.13-15).
Sete grandes nomes e mensagens são:
Curve-se com Abel com Abel junto à cruz do Cordeiro imolado.
Acerte o passo com Enoque e ande com Deus.
Confie em Deus e lance-se com Noé às águas de Deus.
Avance com Abraão pela fé.
Cave poços com Isaque e lance mão dos recursos divinos.
Suba escadas com Jacó e veja Deus.
Seja verdadeiro como José e viva com Deus.
Não quer o leitor ter um novo começo e renovar o amor a seu Salvador?
Gênesis responde às grandes perguntas da alma:
1.
2.
3.
4.
5.
A eternidade de Deus
De onde veio o homem?
Como surgiu o pecado?
Como pode o homem pecador voltar para Deus (o sacrifício de Abel)?
Como pode o homem agradar a Deus (a fé de Abraão)?
6. Como podemos lutar com Deus e com os homens (a submissão de Jacó)?
Há três palavras que podem dar o esboço do Gênesis:
1.Geração – No princípio, criou Deus... (GN 1.1)
2.Degeneração – Mas a serpente... (GN 12.1)
3.Regeneração – Ora, o Senhor... (GN 12.1)
Gênesis é o registro do fracasso humano, primeiro num ambiente ideal (Éden), depois sob o
domínio da consciência (da Queda até o Dilúvio), e finalmente sob o governo patriarcal (de Noé a
José). Em cada caso, porém, Deus suspirou a necessidade do homem com as maravilhosas
promessas de graça soberana. É apropriado, portanto, que o primeiro livro da Bíblia nos mostre a
queda do homem, resolvida pela salvação de Deus, em todas as circunstâncias.
Alusões ao Messias
Lembremo-nos de que Jesus Cristo é o centro da Bíblia. Encontramo-lo em cada página, e em
Gênesis vemo-lo em tipo e profecia.
Semente da mulher .........................................Gênesis 3.15
Peles de animais ..........................................Gênesis 3.21
Abel e seu sacrifício de sangue ...................Gênesis 4.4
A entrada na arca da segurança ..................Gênesis 7.1,7
A oferta de Isaque .......................................Gênesis 22
José erguido da cisterna ao torno ...........Gênesis 37.28; 41.41-44
PERÍODO PATRIARCAL
A época dos patriarcas é o fundamento de toda a história. Inclui o período de Adão a Moisés. Por
causa do fracasso humano durante esse período primitivo, Deus chamou um indivíduo. Ele deixou
de lado a raça e convocou Abraão, que iria tornar-se o pai da nação hebraica. Essa fase inicia-se
em Gênesis 12.
Há cinco patriarcas: Abraão, Isaque, Jacó, José e Jó, pois cronologicamente o livro de Jó deve
ser colocado depois de Gênesis e antes de Êxodo. Jó certamente viveu antes de Moisés, e lemos
a respeito de Moisés em Êxodo2. Deus fez uma aliança com Abraão, conhecida como “aliança
abraâmica”. Familiarize-se com essa aliança (GN 12.1-3); do contrário, todo o estudo do povo
escolhido 9na verdade, de todo o AT) terá muito pouca significação. Deus repetiu essa aliança ao
filho de Abraão, Isaque, e de novo a seu neto, Jacó (GN 26.1-5; 28.13-15). Depois disso, não a
repetiu a ninguém mais.
Esses são, portanto, os pais da aliança, e é por isso que lemos nas Escrituras: “Eu sou o Deus
dos teus pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó “(AT 7.32). Ele nunca acrescentou nenhum
outro. Deus fez a aliança com os três para que a comunicassem a outros. O que é a aliança (GN
12.1-3; 26.1-5; 28.13-15)?
DE FAMÍLIA A NAÇÃO
Uma boa parte da história de Gênesis é dedicada a José (GN 3748) Porque José é a ligação
entre a família e a nação. Até o tempo de José, era uma família, a família de Abraão, Isaque e
Jacó. Aproximadamente 70 pessoas constituíam a família de Jacó no final do livro. Mas ainda é
com uma família que Deus está lidando. Leia a respeito dessa família e da bênção que Deus
concedeu a cada um de seus filhos em Gênesis 49.
No momento em que viramos a página e encontramos no livro de Êxodo, encontramos uma
nação, e não uma família. Durante o longo período que vai desde o final de Gênesis ao princípio
de Êxodo, essa nação se desenvolveu. José é a ligação entre a família e a nação.
José é apresentado como ou caráter sem mancha – não que ele fosse isento de faltas; essas,
porém, não foram registradas. Ele era um homem de carne e osso como nós. Deus o honrou,
porque há pelo menos 130 paralelos entre a vida de José e a de Jesus. Ele é, portanto, o
patriarca messiânico, o patriarca que refletiu o próprio Cristo.
QUEM ESCREVEU GÊNESIS?
A posição bastante antiga de hebreus e cristãos é a de que Moisés, guiado pelo Espirito de Deus,
escreveu Gênesis. O livro termina 300 anos antes do nascimento de Moisés. Ele só poderia ter
recebido as informações mediante revelação direta de Deus ou por meio de registros históricos a
que teve acesso, transmitidos por seus antepassados (AM 3.7). Veja o que jesus disse sobre
Moisés (LC 24.27; JO 7.19).
Todos os anos, surgem provas, em escavações feitas no Egito e na Palestina, de escritos dos
dias de Moisés e da verdade histórica do que está registrado no Pentateuco. Moisés foi criado no
palácio de Faraó e “educado em toda a ciência dos egípcios” (AT 7.22), que incluía a profissão
literária. Moisés fez uso da escrita (ÊX 34.27; NM 17.2; DT 6.9; 24.1,3; JS 8.32).
QUEM ESCREVEU A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO USADA POR MOISÉS?
Sem dúvida, foi escrita bem antes, talvez por Abraão, ou Noé, ou Enoque. Quem sabe? A escrita
era comum antes dos dias de Abraão. Em Ur, como em todos as cidades importantes da
Babilônia, havia muitas bibliotecas com milhares de livros: dicionários, gramáticas, obras de
referências, enciclopédias, livros de matemática, astronomia, geografia, religião e política. Sem
dúvida, Abraão recebeu tradições ou registros de Sem sobre a história da Criação, da Queda do
homem e do Dilúvio. Ele viveu numa sociedade culta, com livros e bibliotecas. Certamente
registrou tudo o que aconteceu com ele e com as promessas que Deus lhe fez. Usou tábuas de
barro em escrita cuneiforme para serem guardadas nos anais do povo que se originaria dele.
A CRIAÇÃO (GN 1 E 2)
O livro inicia com estas palavras que o tempo não conseguiu macular: “No princípio, criou Deus os
céus e a terra”. Na simplicidade dessas palavras, temos a declaração da Bíblia quanto à origem
deste Universo material. Deus fez todas as coisas surgirem pela palavra do seu poder. Ele falou,
e os mundos foram formados (HB 11.3). As interpretações quanto ao método de Deus podem
diferir, mas a verdade do fato permanece.
A obra criadora de Deus foi progressiva:
1. O mundo da matéria (GN 1.3-19)
2. Os seres vivos (GN 1.20-25)
3. O homem, coroa da criação (GN 1.26,27)
Quem era o Deus mencionado tantas vezes nos primeiros 31 versículos de Gênesis? Leia João
1.1 e Hebreus 1.1. Aqui vemos aquele que nos redimiu por seu precioso sangue, nosso Salvador,
aparecendo como o Criador do Universo. Alguém afirmou que Deus Pai é o arquiteto, Deus Filho
é o construtor e Deus Espírito Santo é o embelezador. Encontramos o Espírito Santo em Gênesis
1.2.
No capítulo 1, temos o relato da criação em esboço; no capítulo 2, parte dele é pormenorizado.
Essas pormenores se referem à criação do homem, porque a Bíblia é a história da redenção do
homem.
Prestamos atenção: Deus criou o homem à sua imagem a fim de que possa ter comunhão com
ele. Mas o homem separou-se de Deus pelo pecado. Só quando o pecado é removido, podemos
de novo ter comunhão com Deus. É por isso que Jesus Cristo veio à terra, a fim de levar “ele
mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 PE 2.24). Leia em 1João 1 como o
pecado não só interrompe a comunhão com Deus, mas também impede a comunhão de uns com
os outros. Em 1João 1.9, encontramos o que se pode fazer para que a comunhão seja
restaurada.
A QUEDA (GN 3 e 4)
Adão e Eva, criados em estado de inocência, mas com o poder de escolha, foram provados sob
as mais favoráveis circunstâncias; dotados de mente clara e coração puro, com capacidade de
fazer o bem, receberam de Deus a própria presença e comunhão (GN 3.8).
Satanás, o autor do pecado, agindo por meio de uma serpente, tentou-os para que duvidassem
da palavra de Deus. Eles cederam à tentação e falharam na prova. Aqui o pecado entrou no
mundo. Satanás ainda influencia o homem para desobedecer a Deus. Os resultados do seu
pecado são apresentados em Gênesis 3. Separaram-se de Deus, a terra foi amaldiçoada e a
tristeza encheu-lhes o coração.
Em sua misericórdia, Deus prometeu aquele que iria redimir o homem do pecado (GN 3.15). A
semente da mulher (Jesus, nascido de uma viagem) veio para destruir as obras do diabo (1JO
3.8).
Gênesis 3.21 nos apresenta um quadro em miniatura de todo o plano de redenção do homem,
mediante sangue vertido por nosso substituto. As “vestimentas de pele” não podiam ser
alcançadas, a não ser pela morte de uma vítima inocente. O versículo lança luz sobre Hebreus
11.4. Não há como apagar o pecado senão pelo sangue.
Imediatamente depois da Queda, os homens começaram a oferecer sacrifícios ao Senhor. Sem
dúvida, esses sacrifícios foram ordenados por Deus. Tinham o propósito de manter diante do
homem o fato da sua queda e o sacrifício futuro. Pelo derramamento desse sangue é que ele
seria redimido do pecado e da morte (HB9.22). Dois dos filhos de Adão, Caim e Abel, trouxeram
seus sacrifícios ao Senhor. “Trouxe Caim do futuro da terra [...] Abel, por sua vez, trouxe das
primícias do seu rebanho” (GN 4.3,4). A oferta de Abel foi aceita, ao passo que a de Caim foi
rejeitada. Pelo conhecimento da Palavra, temos prova de que a oferta de Caim não foi aceita
porque não era típica do sacrifício que seria mais tarde oferecido no Calvário. Caim irouse contra
seu irmão e o matou.
A primeira escrita surgiu quando Deus pôs um “sinal” em Caim (GN 4.15). O sinal representava
uma ideia, e o povo sabia qual era. Essas marcas ou sinais eram usados para registrar ideias,
palavras ou combinação de palavras. Esse tipo de escrita foi descoberto em cidades préhistóricas da Babilônia. Bem antes de Deus dar a lei a Moisés (EX 20), encontramos várias
ordenanças bem definidas no livro de Gênesis. Desde o princípio, Deus havia instituído o dia de
descanso (GN 2.1-3) e o casamento (GN 2.24).
A lei do dízimo evidentemente era observada. Leia as palavras de Abraão em Gênesis 14.20 e as
palavras de Jacó em Gênesis 28.22. O homem precisava compreender desde o começo que
Deus o havia constituído mordomo de tudo quanto tinha.
A PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO
A civilização anterior ao Dilúvio é chamada antediluviana e pereceu sob o julgamento das águas.
Foi iniciada por Caim e terminou em destruição. A Bíblia ensina, e os arqueólogos confirmam, que
os homens que viveram antes do Dilúvio não eram selvagens; já tinham atingido um considerável
grau de civilização. Em Gênesis 4.17-22, é mencionado o seu progresso. Conquanto não se sabia
muita coisa sobre os antediluvianos, alguns dos lugares que habitaram foram descobertos, e
remanescentes das suas obras confirmam uma civilização como a Bíblia parece descrever.
Em três cidades, Ur, Quis e Fara, o depósito sedimentar deixado pelo Dilúvio foi descoberto pelo
professor Woolley, arqueólogo enviado pelo Museu Britânico e pela Universidade da Pensilvânia.
Debaixo dos depósitos diluvianos em Ur, ele encontrou camadas de detritos cheios de
instrumentos de pedra, cerâmicas e tijolos queimados. O mesmo se deu com as outras duas
cidades.
Abra a Bíblia em Gênesis 4.16-22 e veja o que diz da civilização deles:
1. Criadores de gado. “Ada deu à luz a Jabel: este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem
gado” (GN 4.21).
2. Músicos. “O nome de seu irmão era Jubal: este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta”
(GN 4.21).
3. Artífices e fabricantes. “Zilá, por sua vez, deu à luz a Tubalcaim; artífice de todo instrumento
cortante, de bronze e de berro” (GN 4.22).
4. Construtores. “E coabitou Caim com sua mulher; ela concedeu e deu à luz a Enoque. Caim
edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho” (GN 4.17).
A civilização que Caim fundou pode ter sido igual à da Grécia ou de Roma, mas o julgamento de
Deus estava sobre ela. Por quê/ (GN 6.5-7).
O DILÚVIO (GN 56)
A narrativa do Dilúvio na Bíblia é muito simples e direta. A história não é contada por ser
assustadora ou interessante, mas por ser um acontecimento na história da redenção. O mal tinha
crescido desenfreadamente, ameaçava destruir tudo o que havia de bom; só restava um homem,
o justo Noé. Deus enviou o Dilúvio para restaurar o bem na terra.
Adão e Eva haviam cedido a uma tentação externa, mas agora o problema dos homens era
interno. “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era
continuamente mau todo designo do seu coração” (GN 6.5). Deus iria separar o justo do ímpio e
agora estava dando o primeiro passo no sentido de uma nação escolhida. Depois da Queda,
Deus deu ao mundo um novo começo, mas logo a maldade do homem cresceu a ponto de restar
só um justo, Noé.
Deus fora longânimo e paciente com os homens, e seu Espirito Santo lutara com eles. Noé os
havia advertido por 120 anos enquanto construía a arca. Mesmo depois que Noé, sua esposa e
seus filhos com suas esposas entraram na arca de segurança, levando consigo dois de cada
espécie de animais imundos e 14 de cada espécie de animais limpos, houve um intervalo de sete
dias antes que começasse a chover, mas as misericórdias de Deus foram recusadas, e, como
resultado, os homens pereceram (GN 6 e 7). Noé e sua família foram salvos do Dilúvio pela arca
(um tipo perfeito de Cristo, nossa arca de segurança). Quando saiu, a primeira coisa que fez foi
erigir um altar e adorar a Deus (GN 8.20). Oito pessoas foram salvas do terrível juízo que se
bateu sobre a terra. Deus lhes entregou a terra purificada, com amplo poder de governa-la (GN
9.1-6), e deu-lhes novamente o domínio sobre todo ser vivente na terra, no céu e no mar. O
homem tinha a responsabilidade de governar o mundo para Deus. A maior responsabilidade dada
ao homem foi tirar a vida de quem tirasse a vida (GN 9.6).
Charles Marston, famoso arqueólogo, supera todos os grandes detetives da ficção moderna. Em
sua busca, ele já desenterrou milhares de testemunhas de pedra e cerâmica. A verdade das
Escrituras fica demonstrada quando ele punha a pá ou a pena. Marston, muitas vezes chamado
“arqueólogo com um propósito”, tem silenciado os críticos da Bíblia. O registro de muitas pessoas
que os cientistas dizem ser só nomes bíblicos foram desenterrados.
Marston declara que a cena dos acontecimentos registrados nos primeiros capítulos de Gênesis
parece ter sido próxima do rio Eufrates. A terra ao redor é chamada Sinear, ou Caldéia, ou
Mesopotâmia. Nós a conhecemos por Babilônia, hoje chamada Iraque. É uma terra de desertos
áridos através da qual o grande Eufrates desce até o golfo Pérsico. Mas os desertos estão cheios
de ruínas de cidades antigas e antigos canais de irrigação. A areia submergiu tudo, mas as
escavações têm revelado ruínas de uma vasta civilização que existia em 5000 a.C. São os
indícios de uma era, pouco tempo atrás quase esquecida, marcada por dois grandes povos – os
sumérios e os semitas. Os semitas derivam seu nome de Sem, o filho mais velho de Noé, e a raça
hebraica, da qual descende Abraão, foi uma ramificação desse povo.
Descobertas arqueológicas na Mesopotâmia trazem indícios do Dilúvio, tanto nos escritos
cuneiforme como nos próprios depósitos. As bibliotecas cuneiformes parecem ter dados
narrativas minuciosas e referências a essa catástrofe. Foi achado também um prisma de barro no
qual estão inscritos os nomes dos reis que governaram antes do Dilúvio. A expedição do
dr.Langdon encontrou evidências do Dilúvio em Quis, perto da antiga Babilônia. As descobertas
dos depósitos feitas pelo dr.Woolley realizaram-se enquanto escavavam Ur dos Caldeus, bem
mais para o sul, a meia distância entre Bagdá e o golfo Pérsico. As escavações em Quis
revelaram duas camadas distintas do Dilúvio, uma delas seis metros abaixo da outra. O
dr.Langdon liga os depósitos de Ur à camada mais baixa de Quis e menciona o fato de os
escribas babilônios e assírios frequentemente se referirem à era “anterior ao Dilúvio”. Um rei fala
de si mesmo como alguém que “gostava de ler os escritos da era anterior ao Dilúvio”.
BABEL (GN 10 e 11)
Depois do Dilúvio, o mundo teve um novo começo. Mas, em vez de os homens se espalharam e
repovoarem a terra, como Deus havia ordenado, construíram a grande torre de Babel, rebelandose contra ele. Julgavam que poderiam estabelecer um império mundial independente de Deus,
por isso foram castigados com a confusão das línguas e assim, se espalharam. A raça humana foi
então dividida em nações que falavam diferentes línguas, de acordo com os três filhos de Noé:
Sem, Cam e Jafé. Os descendentes de Sem se localizaram na Arábia e para o Oriente; os de
Cam se estabeleceram na África; os de Jafé, na Europa.
Josefo, grande
historiador judeu, declara que a torre de Babel foi construída porque o povo não quis submeter-se
a Deus.
Quando lemos a história em Gênesis11.1-9, entendemos que o povo estava em oposição a Deus.
Como resultado, houve essa confusão de língua e a dispersão. As diferentes línguas tendem a
separar as pessoas e a restringir o progresso no comércio, nas artes e na civilização. O homem
procurou glorificar-se, mas o propósito divino é que ele glorifique só Deus. Ao lermos Gênesis 10
e 11, encontramos a base para a divisão das nações, de acordo com os três filhos de Noé – Sem,
Cam e Jafé. Descobrimos ainda o motivo para essa divisão. A maior parte dos descendentes de
Noé parece ter migrado da Armênia, onde a família de Noé deixou a arca, voltando para a planície
da Babilônia, onde construíram a torre.
O CHAMADO DE ABRAÃO (Gn 12-38)
Apesar da maldade do coração humano, Deus quis mostrar sua graça. Ele queria um povo
escolhido:
1. A quem pudesse confiar as Sagradas Escrituras;
2. Que fosse sua testemunha a outras nações;
3. Mediante o qual o Messias prometido pudesse vir.
Deus chamou Abraão para deixar seu lar na idólatra Ur dos Caldeuses, a fim de ir para uma
terra desconhecida onde Deus o faria pai de uma poderosa nação (GN 12.1-3; HB 11.8-19).
Assim começa a história de Israel, o povo escolhido de Deus.
Onde quer que Abraão passasse, erguia um altar a Deus, que o honrou, revelando-se a ele. Foi
chamado “amigo de Deus”. Deus fez uma aliança com ele pela qual seria o pai de uma grande
nação e por meio dele as nações da terra seriam abençoadas (GN 12.1-3). Seus descendentes
receberam um cuidado especial de Deus, que os tratou como a nenhum outro povo. Sempre se
fala dos judeus como o povo escolhido.
Por meio de Isaque, filho de Abraão, as promessas passaram para Jacó, o qual, apesar de suas
muitas faltas, deu valor a bênção da aliança de Deus. Ele tinha entusiasmado pelo plano de Deus
– fundar uma nação por meio da qual o mundo todo seria abençoado. Jacó, em suas
peregrinações, sofreu por causa do seu pecado, mas a disciplina de Deus fez dele um grande
homem. Seu nome foi mudado para Israel, um príncipe que lutou com Deus (GN 32.28). Esse é o
nome pelo qual a nação foi chamada – israelita. Seus 12 filhos se tornaram cabeças das 12 tribos
de Israel. Leia Gênesis 49.
DESCIDO PARA O EGITO (GN 39-50)
Isaque e Rebeca cometeram o erro de mostrar favoritismo para com dois folhos. Isaque favoreceu
o caçador, Esaú. Rebeca favoreceu o calmo Jacó. Este fez a mesma coisa em relação a José, o
que despertou a inveja dos outros filhos. José foi uma das personagens mais nobres do AT. Foi
por meio dele que a família de Jacó mudou-se para o Egito. A vida de José é uma das ilustrações
bíblicas mais perfeitas da providência de Deus. Foi vendido como escravo aos 17 anos. Aos 30,
tornou-se governador do Egito. Dez anos mais tarde, seu pai, Jacó, entrava no Egito.
Após a morte de Isaque e de José ter sido vendido ao Egito, Jacó, seus filhos e netos, no total de
70 pessoas, foram para aquela terra por causa de uma grande fome. Ali foram exaltados pelo
faraó. Quando ele soube que eram pastores, permitiu que habitassem na terra de Gósen, onde
cresceram em número, riqueza e influência, sob o governo dos “reis pastores”.
Deus sabia ser necessário que os israelitas deixassem Canaã até que tivessem a força suficiente
para tomar posse da terra. Deus queria salvaguardá-los de se misturarem e se casarem com
gente dos povos idólatras.
Leia as palavras de Jacó dirigidas aos 12 filhos antes de morrer 9GN 49). Vemos aí de novo a
promessa de Siló (v. 10), o soberano que estava por vir. Lembre-se: Cristo é chamado “o Leão da
tribo de Judá” (Ap 5.5). O livro de Gênesis termina em fracasso. As últimas palavras são “num
caixão no Egito”. Só a morte marca o caminho do pecado: “O salário do pecado é a morte” (RM
6.23). O povo precisava de um Salvador!
Há oito nomes
mencionados em Gênesis que devem ser considerados nesta ordem: Deus, Adão, Satanás, Noé,
Abraão, Isaque, Jacó e José. Há seis lugares de suprema importância em conjunção com a
história de Gênesis: Éden, monte Ararate, Babel, Ur dos Caldeuses, Canaã (terra prometida) e
Egito.
FAMILIARIZE-SE COM O CONTEÚDO DE CADA LIVRO
Podemos resumir cada livro da Bíblia numa frase, da seguinte forma:
ANTIGO TESTAMENTO
Pentateuco
Em Gênesis, o mundo foi feito;
Êxodo, se narra a marcha;
Levítico contém a lei;
tribos são contadas;
a lei é repetida.
livros de Moisés
escritos mais antigos que temos.
em
em Númer os, as
em Deuteronômio,
Estes cinco
são os
Livros Históricos
Josué conta a entrada em Canaã;
em Juízes, o povo se rebela muitas vezes;
1 e 2Samuel falam de Davi;
1 e 2Reis falam de reis bons e maus;
e 2Crônicas repetem muitas dessas histórias;
Esdras conta a volta do cativeiro;
Neemias, a construção do muro de Jerusalém;
Ester salva seu povo da morte.
1
Livros Poéticos
Em Jó, lemos da sua paciência;
em Salmos, temos os louvores de Davi;
Provérbios nos ensina sabedoria;
Eclesiastes, a vaidade das coisas terrenas;
Cântico dos Cânticos tipifica o amor de Cristo.
Livros Proféticos
Isaías fala do Messias que viria;
jeremias é o livro dos ais;
pranteia a destruição de Jerusalém;
fala de mistérios;
prediz os reis antigos;
ao arrependimento;
Joel prediz os juízos de Deus;
Amós fala da ira;
Obadiasadverte Edom;
Jonas figura a ressurreição de Cristo;
Miquéias anuncia o seu nascimento;
Naum fala da ruína de Nínive;
Habacuque anuncia a opressão dos caldeus;
Sofonias é o livro de ameaças;
Ageu trata da reconstrução do templo;
conta de Cristo;
João Batista.
Lamentação
Ezequiel
Daniel
Oséias chama
Zacarias
Malaquias, de
NOVO TESTAMENTO
Mateus, Marcos, Lucas e João narram a história de Cristo;
Atos mostra do Espírito Santo;
Romanos apresenta a salvação pela graça;
Coríntios institui a igreja;
Gálatas fala da lei e da graça;
Efésios, da nossa vida “em Cristo”;
Filipenses, das alegrias do Cristo”;
Colossenses apresenta o Cristo exaltado;
Tessalonicenses descreve o fim;
Timóteo e Tito, encontramos
para os pastores;
amor de Paulo;
de Cristo;
expressa em obras;
João exorta ao amor cristão;
Em
orientações
Filemom mostra o
Hebreus, a superioridade
Tiago descreve a fé que se
Pedro incentiva à firmeza na fé;
Judas
mostra o destino dos maus;
céu.
Apocalipse descortina o
VITAMINAS ESPIRITUAIS / DOSES MÍNIMAS DIÁRIAS
Domingo: CRIAÇÃO Gênesis 1.1-5, 26-31; 2.7-22
Segunda: QUEDAGênesis 3.1-24
Terça: Dilúvio Gênesis 6.1-7; 7.7-24; 8.6-11-18-22; 9.1-16
Quarta: COMEÇO DAS LÍNGUAS Gênesis 11.1-9
Quinta: OCHAMADO DE ABRAÃO E A ALIANÇAGênesis 12.1-9; 13.14-18; 155.1-21; 17.4-8;
22.15-20; 26.1-5; 28.10-15
Sexta: A HISTÓRIA DE JOSÉ Gênesis 37.1-36; 42
Sábado: A BÊNÇÃO FINAL DE JACÓ Gênesis 49
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