Em foco
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09.08.06 18:31 Page 26 EM FOCO POR SUSANA ESTEVES Software nacional aposta na especialização GettyImages/ImageOne Os mercados verticais são apontados pelas produtoras de software nacionais como o melhor alvo para potenciarem os seus negócios e competirem com as empresas internacionais m mercado em crescimento, com uma oferta vasta e diversificada,povoado por clientes cada vez mais conhecedores das tecnologias e como tal mais exigentes. Esta é mais ou menos a forma comum como as empresas nacionais de software traçam o perfil do mercado nacional nesta área. Segundo os vários players contactados pela Vdi,os principais produtores de software conseguem responder às necessidades das empresas e às exigências do mercado.Estes concordaram ainda que o sector U 26 ■ Vdi Julho/Agosto 2006 é cada vez mais competitivo,mas negaram que esta fosse uma das principais barreiras à expansão do mesmo. Pelo contrário, o mercado mais agressivo origina uma oferta mais diversificada e obriga a que os produtores de software necessitem de inovar constantemente, «não podendo descorar as questões relacionadas com os processos,porque é ai que se centra a gestão dos negócios dos seus clientes»,ressalvou Rui Beirão,directorgeral da Logiciel. Nem mesmo o panorama da economia nacional é ameaçador para o sector. Como exemplificou Nuno Mata Mouros, director da Advantis Solutions, «a área da gestão da localização de viaturas assistiu,em 2005,à apresentação de novas ofertas com características diferentes, capazes de responder às solicitações mais exigentes da procura. Nesse ano a procura cresceu bastante com os aumentos verificados nos custos dos combustíveis,o que obriga a uma melhor racionalização das frotas». No mesmo contexto, Luís Oliveira, director geral da In4Tools quis acrescentar que «os decisores das empresas encaram agora o investimento em software de gestão como um passo estratégico rumo à competitividade e eficácia operacional, sendo mais criteriosos no levantamento de necessidades e na escolha das soluções».Esta é uma tendência que, segundo o mesmo, elevou o grau de confiança entre fornecedores e clientes, contribuiu para uma "selecção natural" das melhores soluções e estimulou o investimento empresarial em modernização informática. Ainda assim, o mercado das soluções de gestão continua a ser encaixado em perspectivas estratégicas diferentes, dentro do panorama empresarial português. Como enumerou em jeito mais crítico, Mário Oliveira, administrador da Roff, existem companhias que enquadram esta oferta como um investimento para optimizar o funcionamento da organização e a sua produtividade, bem como para garantir a qualidade de serviços e produtos. No entanto, existem outras que reconhecem as soluções de gestão como um custo necessário para obedecer a requisitos legais, sejam estes fiscais, de rastreabilidade, qualidade ou outros. «A experiência da Roff demonstra-nos que está a despontar um conjunto de PMEs,que classificamos como sofisticadas,que reconhece a importância dos sistemas de informação.Estas têm conseguido impor-se no mercado usando as vantagens competitivas decorrentes da organização,automatização e controlo que estas soluções proporcionam»,indicou. Ainda assim,este mesmo responsável lembrou que a oferta se encontra actualmente muito dispersa,existindo um conjunto muito elevado de empresas demasiado pequenas para garantir suporte consistente após a implementação, o que para a área de sistemas de gestão é uma componente essencial. Em termos de ofertas actuais, o mercado está dividido entre as opções multinacionais e das empresas de software nacional, com todas as vantagens e desvantagens que isso implica. «As aplicações de gestão feitas em Portugal,idealizadas para responder especificamente às necessidades das empresas portuguesas,estão a ganhar terreno importante face às soluções das multinacionais, que se pautam por serem demasiado genéricas para o nosso mercado», quis destacar Eduarda Azevedo,directora de marketing da PHC. A partilhar de uma opinião completamente contrária está Victor Dias director de marketing da ISRetail.Segundo este executivo,apesar de existir actualmente uma oferta razoável de produtos portugueses na área do software de gestão, quando a questão são as soluções de gestão específicas para a área logística o cenário é outro,até porque não existe uma oferta muito alargada de produtos. «Temos as empresas que trabalham com produtos estrangeiros, as que desenvolveram produtos para estender as funcionalidades de outros produtos mais generalistas (midleware) e as que desenvolveram produtos específicos para a área logística. Este último grupo é muito reduzido não existindo muitas empresas portuguesas que apostem no desenvolvimento de software específico para a logística e em especial para a área de gestão de armazéns.»,indicou,criticando ainda que «a procura deste tipo de soluções também não tem tido uma continuidade suficiente para estimular o mercado a criar produtos especializados». Neste caso, a procura existente parece vir maioritariamente das multinacionais ou dos grandes grupos,que tendencialmente preferem especificidade das necessidades deste sector, estando a aumentar a oferta de soluções "standard" no nosso mercado», salientou. Com uma perspectiva que contrasta com a maioria dos players contactados,Paulo Mota, sales & marketing da Arquiconsult,defende que de uma maneira geral,a procura neste mercado acompanha as tendências económicas de crescimento, encontrando-se por isso praticamente estagnado.«Não há grandes revoluções tecnológicas, não há grandes alterações legislativas e os ciclos de mudança de software são cada vez mais longos», sublinhou. No entanto, este último acaba por vir justificar a ideia de que a oferta «Não existem muitas empresas portuguesas que apostem no desenvolvimento de software específico para a logística e em especial para a área de gestão de armazéns» as empresas internacionais. Completando o posicionamento do responsável da ISRetail,Rui Nogueira,director de aplicações da Sage Adonix concordou que em relação às soluções para o mercado logístico,propriamente dito,ainda existe bastante margem de crescimento,sendo na sua essência um mercado para especialistas.Só actualmente se começa a generalizar a procura de soluções para diversos sectores de actividade.«Em relação à oferta, esta está bastante limitada pela inicial das multinacionais continua a castigar o negócio das produtoras de software nacionais. «Contrariando de uma forma clara os índices residuais de crescimento do mercado de software de gestão dos últimos 2 anos,a Microsoft Business Solutions,e em particular o seu ERP Microsoft Dynamics NAV, tem obtido crescimentos anuais significativamente superiores às do mercado», fez saber. Este responsável lembrou ainda que o panorama nacional continua a ser povoado por empresas que possuem novas necessidades GettyImages/ImageOne Em foco Julho/Agosto 2006 Vdi ■ 27 Em foco 09.08.06 18:31 Page 28 EM FOCO POR SUSANA ESTEVES funcionais, para as quais o software em uso na empresa não dá resposta, nomeadamente no que a processos de negócio específico diz respeito.Para além disto,continua a existir um parque de ferramentas tecnologicamente ultrapassadas que têm de ser substituídas,muitas delas soluções implementadas no terreno de fornecedores desinvestiram do nosso mercado ou simplesmente desapareceram. Com base neste contexto, Paulo Mota destaca que os elevados índices de crescimento associados ao Microsoft Dynamics NAV e por consequência da Arquiconsult, se justificam, não só devido «à capacidade de adaptação da ferramenta às necessidades concretas dos clientes,como pelo facto de existir o factor segurança que o investimento numa ferramenta Microsoft aporta na aquisição e no custo futuro de propriedade». GettyImages/ImageOne Barreiras A falta de capacidade de investimento das empresas nacionais continua a ser apontada como uma das principais barreiras à evolução ainda mais saudável deste sector, no entanto, as empresas que o trabalham acreditam que esta é uma tendência em vias de extinção, devido ao facto de cada vez mais as soluções que se encontram em cima da mesa poderem ser ajustadas não só às necessidades dos vários tipos de companhias,como às várias carteiras. «O nosso sistema para a área da logística,por exemplo, assenta sobre uma base de dados SQL Server e disponibiliza um conjunto de ferramentas que permite a implementação de soluções que garantem uma elevada flexibilidade», exemplificou Rui Beirão da Logiciel. Para além disto, a redução dos custos de comunicação e a disponibilização de aplicações Web acabaram por destrancar algumas portas e potenciar bastante os negócios. «Resta agora uma queda no preço da componente de hardware destas soluções», frizou Nuno Mata Mouros. Mais específico, ao nível das soluções em si, o responsável da In4Tools defendeu que a este mercado falta ainda simplificar, facilitar a recolha,o processamento,o acesso e a partilha de informação. «As empresas têm de perder cada vez menos tempo em tarefas administrativas ou 28 ■ Vdi Julho/Agosto 2006 burocráticas para realizarem mais na sua área de negócio.As soluções informáticas para acrescentar valor, precisam responder a esta necessidade, ser cada vez menos complexas de operar incrementando,todavia, a eficácia operacional», disse. Luís Oliveira reconhece que a maior barreira a esta simplificação prende-se com as especificidades inerentes a cada negócio,muito dependentes de um mercado dinâmico, acabando por dar origem a soluções que procuram responder a muitas situações, tornando-se complexas de parametrizar e operar. A formação dos decisores das empresas, foi ainda outro factor barreira destacado por Mário Oliveira da Roof. «Essencialmente nas pequenas e médias empresas,são raros os gestores que estão convenientemente informados, ou mesmo formados, sobre as soluções de TI para a gestão», comentou.Este facto deve-se essencialmente, segundo o mesmo executivo, ao facto de os sistemas de informação,ao contrário de outras áreas,comportarem benefícios mais difíceis de medir e avaliar.Na maioria das vezes,o retorno do investimento só pode ser evidente quando comparadas empresas de idênticas características que possuam sistemas distintos. A aculturação dos gestores dessas companhias promovendo outras empresas de sucesso foi a solução apontada. «Existe efectivamente uma relação unívoca entre empresas portuguesas apontadas como casos de sucesso nacional e internacional e os seus sistemas de informação evoluídos. Fácil é então concluir que o investimento em sistemas de informação é factor essencial para a obtenção desse sucesso»,concluiu Mário Oliveira, destacando que por isto mesmo, parte do esforço de pré-venda da ROFF é direccionada para a gestão de topo, na divulgação destes indicadores. Relativamente à percepção custo/benefício,Paulo Mota referiu que este factor é ainda piorado pela «falta de soluções financeiras que ajudem os clientes na concretização do seu investimento em SI, embora nos últimos tempos tenha havido sinais animadores neste aspecto, inclusive com as linhas de financiamento promovidas pelas entidades estatais no âmbito da modernização tecnológica». Para além disto, e devido aos custos associados de implementação destas soluções, bastantes empresas do sector logístico (principalmente nos operadores logísticos) optaram pelo desenvolvimento interno de soluções e que hoje ainda proliferam. «Esta situação deveu-se à quase inexistência de soluções standard,normalmente,sem qualquer integração com os outros sistemas da empresa, pois os custos de integração seriam elevados.Como são soluções internas, as companhias tendem a ter alguma resistência à mudança e,normalmente,não reconhecem que estão a trabalhar com sistemas obsoletos e bastante fragmentados», lembrou Rui Nogueira da Adonix. A relativa reduzida dimensão deste segmento de mercado também ajuda. «Trata- as gamas. No caso da Logiciel,a solução para a área logística com maior procura diz respeito ao tratamento do controle de armazéns e stocks com controlo por data/prazo de validade, produto, lote, embalagem e data de entrada/produção. No entanto, no portfolio de produtos da empresa estão soluções de Controlo de Armazéns e Stocks, Controlo de «Ainda não é fácil a gestão do investimento necessário face aos benefícios esperados.» se de um segmento que tem andado um pouco adormecido, onde até à relativamente pouco tempo as empresas portuguesas eram de reduzida dimensão, pouco estruturadas não estando muito presente a necessidade de usarem instrumentos de gestão mais sofisticados», começou por dizer Victor Dias. Mas a entrada das multinacionais no sector dos operadores logísticos acabou por criar uma outra dinâmica. «De facto tem vindo a aumentar a procura de software para este sector,nomeadamente produtos para a gestão de armazéns. É curioso constatarmos como para a área de transportes têm aparecido produtos recentes desenvolvidos por empresa portuguesas,que souberam tirar partido das tecnologias de mobilidade e do aumento da concorrência entre as transportadoras», completou alertando para a escassez de conhecimento especializado na área logística,fundamental para a conceptualização de um produto orientado para o sector. Os produtos O PHC Enterprise, o PHC Advanced e o PHC Corporate são as três soluções base da empresa nacional, que tem registado um aumento da procura na ordem dos 10%, este ano. No entanto, esta dispõe também de um leque de mais de 40 módulos verticais, nos quais estão incluídas soluções como o PHC Clínica, o PHC Recursos Humanos,o PHC Interop,o PHC Projecto, o PHC Factoring, o Manufactor, entre outros. Em termos de soluções base, o PHC Advanced é a solução mais vendida no universo da companhia, tendo representado 44% do total de vendas no ano fiscal transacto. A gama PHC Enterprise (gama para as grandes empresas),contudo,foi a que registou o maior crescimento no ano fiscal passado,aumentando as vendas em 17%. A software house angariou mais de 1 500 clientes no ano passado em todas Armazéns e produtos; Gestão de Produtos e respectivas localizações; Controlo por Ponto de Encomenda; Controlo de produções/ entradas em armazém;Controlo de consumos/ saídas de armazém/ aviamentos;Movimentos de recepção em armazém,cargas/ expedição; Transferência entre armazéns/ posições;entre outras. A operar também na área da gestão de armazéns, a ISRetail destaca o WPMS como o produto mais procurado e indica que este é um sector em crescimento. «A vontade de investir neste tipo de soluções é grande, o que ainda não é fácil é a gestão do investimento necessário face aos benefícios esperados.A ideia do muito curto prazo ainda está muito presente no estilo de gestão, sendo difícil gerir a valorização das expectativas dos benefícios a médio prazo face ao valor do investimento inicial», disse Vítor Dias. Actualmente a logística é uma área global de investimento das empresas, na sua generalidade,porque sabem que a organização da sua cadeia de abastecimento é um factor determinante de diferenciação e de produtividade face à concorrência e à globalização do mercado.É neste mercado que se insere a globalidade da oferta da Sage Adonix. No entanto,a aposta da empresa para este ano está centrada na solução Geode GX (WMS) gestão avançada de armazéns, integrada com o ERP Adonix X3. «Estas constituem uma forte aposta para as Empresas que querem melhorar bastante a cadeia de abastecimento (SCE),cadeia logística ou somente os seus fluxos físicos transaccionais»,indicou Rui Nogueira. Em destaque esteve ainda as ofertas em termos de mobilidade para armazéns e expedição de mercadorias,como a Gateway RF ou as soluções RFID da companhia. Sem especificar produtos, Mário oliveira da Roff indicou que a procura de produtos está intimamente ligada ao estado actual de cada organização. «A generalidade das pequenas e médias empresas portuguesas ainda se encontra com necessidades básicas,ao nível dos ERP,e é nessa área que existe ainda um vasto mercado. Mas a implementação do ERP é apenas a entrada na evolução dos sistemas nas organizações,talvez a mais complexa e a que exige maior investimento»,referiu. Num patamar diferente estão os clientes mais antigos e evoluídos da Roff. «As necessidades passam para um nível operacional,para a automatização de armazéns e linhas de produção, automatização das ligações com parceiros de negócio, relacionamento com o cliente (CRM) ou serviços internos de self-service (como recursos humanos ou compras) »,destacou. Ao nível de decisão estratégica e de disponibilização de informação existe uma procura consolidada nas áreas analíticas de Business Intelligence e de planeamento de médio e longo prazo com ferramentas sofisticadas nas áreas GettyImages/ImageOne Julho/Agosto 2006 Vdi ■ 29 Em foco 09.08.06 18:31 Page 30 EM FOCO reais necessidades do mercado », complementou. A áreas de gestão de frotas é aqui coberta pela Advantis e pela In4Tools. No caso da primeira companhia, os produtos mais procurados são o Netfleet,que permite soluções de gestão de GPSs ou de outros periféricos como PDAs, PCs. Este produto permite controlar a localização de veículos,reforçando a sua organização para que alcance determinados objectivos operacionais como a optimização da gestão de equipas,racionalização da utilização de frotas, etc. «As soluções mais procuradas têm como foco a A In4Tools responde a esta demanda do mercado com o 4Biz - Gestão de Frota. No entanto,Luís Oliveira salientou que as soluções que simplificam a relação com a tecnologia assegurando,em simultâneo,a criação de valor no processamento e gestão da informação da empresa estão a ter cada vez maior adesão, como é o caso dos produtos da linha 4DigitalPen - Nota de Encomenda Digital, Briefing Digital, Prova de Entrega Digital e Assistência Técnica Digital. GettyImages/ImageOne financeiras e da produção. Paulo Mota da Arquiconsult identificou 5 grandes grupos de soluções com maior procura. As duas primeiras dizem respeito à optimização da gestão de armazéns,à distribuição,ao retalho e aos processos de controlo e planeamento da produção.Aqui incluem-se ainda a gestão de recursos humanos e as soluções de CRM.As soluções ligadas ao conhecimento do negócio e à decisão, nomeadamente, de Business Inteligence e de Business Scoredcard, as aplicações de mobilidade e as soluções integradoras de sistemas - SOA,completam o "pacote".Para estas áreas,a Arquiconsult colocou na sua oferta soluções Microsoft Dynamics NAV, LS Retail, MS-CRM, Microsoft Dynamics Business Analytics, Microsoft Business Scoredcard manager, Microsoft Sharepoint, Biztalk e Outsystems. «Mais do que produtos hoje em dia o mercado preocupa-se em obter soluções», defendeu Paulo Mota. «A própria forma como a Arquiconsult se organiza internamente,por Indústria,permite chegar ao mercado com soluções verticais mais próximas das 30 ■ Vdi Julho/Agosto 2006 racionalização do uso das viaturas apoiado em métricas disponibilizadas pelos sistemas», explicou Nuno Mata Mouros. Outro tipo de solicitação cada vez mais frequente tem também a ver com a capacidade de gestão de equipas técnicas no terreno, nomeadamente com o objectivo de dotar o supervisor de equipa da capacidade de decisão com base num critério de proximidade geográfica. «Neste capítulo,temos já desenvolvidas integrações com aplicações de gestão de obras», respondeu. O segundo semestre A concorrência agressiva por parte das empresas estrangeiras, a economia nacional e alguns entraves anteriormente assinalados que existem ainda neste sector, prometem erguer alguns contratempos ao negócio das empresas nacionais que trabalham o mercado do software de gestão em Portugal.No entanto,este aspecto não está aparentemente a abalar o espírito positivo destes players que deixam antever para o final do ano resultados positivos. Rui Beirão da Logiciel, por exemplo, diz estimar um crescimento de 30% nas vendas de software e respectivos serviços de implementação.Um valor que irá ser suportado pelos «26 anos de experiência da Logiciel no mercado nacional e por uma boa prestação nos serviços de apoio pós-venda».No final,disse,«o pacote proposto (software+serviços) será muito aliciante para empresas e nós podermos oferecer produtos e serviços mais personalizados».Esta mesma fonte avançou ainda que a empresa vai apresentar ainda este ano novidades na área logística estão focalizadas nos módulos da área da produção. Para a segunda metade deste ano a Advantis promete,na pessoa do seu director Nuno Mata Mouros, um investimento reforçado no Netfleet sobre equipamentos do tipo PDA, «que permitem uma maior riqueza em termos de funcionalidades,nomeadamente dotar as equipas no terreno da capacidade de recolherem informação, receberem instruções de trabalho,ou utilizar aplicações complementares». Em 2006, companhia espera somar um crescimento na casa dos 20%, na facturação realizada. Com a promessa de uma maior proximidade com os parceiros, a In4Tools estabeleceu como objectivo duplicar os resultados líquidos obtidos o ano passado e atingir o volume de vendas de 1.000.000 euros, valor que irá representar um crescimento das vendas em cerca de 20%. A empresa está a lançar desde o início do ano vários produtos da linha de software 4DigitalPen à qual acrescentará novas soluções até ao fim do ano. Esta linha de software, que permite a gestão informática de processos baseados em papel e caneta, tem merecido especial interesse do mercado, segundo Luís Oliveira.« São aplicações que resolvem com extrema simplicidade processos morosos, com elevados custos operacionais e pouco eficientes.Permitem,por exemplo, a um comercial recolher,no terreno,a nota de encomenda com papel e caneta e colocá-la em tempo real no sistema de gestão informático da empresa»,explicou. A Roof foi a única empresa que não avançou novidades para a segunda metade do ano. Como explicou Mário Oliveira, «as soluções que apresentamos encontram-se normalmente muito avançadas face às necessidades do mercado nacional».Por exemplo,«a tecnologia RFID faz parte da nossa oferta há já 3 anos. Não serão portanto as novidades nas áreas da integração de equipamentos da produção,a evolução nas componentes de RFID ou mesmo os desenvolvimentos na área de balanced scorecard que marcaram o negócio este ano», defendeu. Alterações só a nível estratégico.A empresa prepara-se para aumentar a equipa e abrir uma empresa subsidiária em Angola.A Roff fechou o ano de 2005 com uma facturação superior a 10,5 milhões de euros e com o título de maior VAR (Value Added Reseller) nacional da SAP. «O alargamento da nossa base de clientes é também essencial ao nosso crescimento e esse resulta do trabalho de pré-venda com ciclos longos que esperamos venham a dar frutos», disse Mário Oliveira. Segundo este último, o primeiro semestre é indicador de um crescimento acima dos 11 milhões de euros. Deixando as novidades e lançamentos para os últimos três meses de 2006,Paulo Mota da Arquiconsult não quis levantar muito o pano relativamente aos novos produtos a caminho, referindo apenas que se tratam de «novas soluções pensadas de raiz para novos mercados verticais e uma afirmação da nossa posição na Península Ibérica».A empresa prevê obter um crescimento nesta área de negócio entre os 70% e os 100%, atingindo este ano um valor de facturação na ordem dos 2 milhões de euros. «Quanto mais específico for o produto maior é o ganho de produtividade»,foi a máxima defendida por Eduarda Azevedo,da PHC.Por isto mesmo a empresa garante que irá continuar a apostar fortemente em sectores verticais,como o sector industrial,através do Manufactor,e na área de gestão de equipas e na área da Saúde. «Apresentámos a nova versão da gama PHC e lançámos vários novos módulos que estão a ter uma grande aceitação no mercado,como é o caso do PHC Team Control, que permite todo o tipo de GettyImages/ImageOne POR SUSANA ESTEVES planeamento, gestão, coordenação, monitorização, colaboração e controlo de projectos com optimização e organização do trabalho em equipa e do PHC Workflow, um novo módulo que possibilita automatizar os procedimentos internos de uma empresa,envolvendo todos os seus departamentos», enumerou a mesma responsável. Para este ano a PHC estima registar um crescimento de 10%, chegando a uma facturação de 8,9 milhões de euros. A ISRetail disponibilizou, no início de 2006, a versão 2006A do WPMS com um conjunto de novas funcionalidades. «Actualmente estamos em fase avançada de preparação da versão 2006B, que deverá ficar disponível entre Setembro e Outubro», indicou Vitor Dias. A empresa espera agora aumentar o leque de funcionalidades na área do aproveitamento de espaço em situação de manutenção de stock de vários proprietários, que é uma situação típica dos operadores logísticos. «A ideia é aumentar o número de variáveis/parâmetros que podem ser usados na contratação de serviços de armazenagem e distribuição», indicou o mesmo responsável. A próxima versão irá igualmente disponibilizar mais instrumentos de gestão e controlo global da operação, de modo a detectar atrasos face ao previsto e pontos de congestionamento. Em fase de lançamento das novas versões do Geode GX 142 (WMS), está a Sage Adonix.Esta versão apresenta uma tecnologia reformulada em relação à geração anterior, reforçando a aposta na tecnologia Web. «Completamos assim um ciclo de revisão da nossa oferta que estabelece a utilização da mesma fundação e tecnologia,obtendo uma integração e modularidade sem precedentes. Para a apresentação desta solução contamos com várias iniciativas e com a base instalada em Portugal, que conta com nomes importantes da logística, para a sua promoção», indicou Rui Nogueira. Relativamente a resultados, este executivos disse que espera que sejam moderados. «O Ano 2007 será então de consolidação e aí esperamos um acentuado crescimento no sector logístico. Para este ano estamos apenas a prever um crescimento de vendas das soluções WMS, de cerca de 20% », anunciou. Julho/Agosto 2006 Vdi ■ 31