avaliação dos ventrículos cerebrais laterais em cães pastores

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avaliação dos ventrículos cerebrais laterais em cães pastores
AVALIAÇÃO DOS VENTRÍCULOS CEREBRAIS LATERAIS EM CÃES
PASTORES ALEMÃES HÍGIDOS PELA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.
COMPUTED TOMOGRAPHY AVALIATION OF THE LATERAL BRAIN
VENTRICLES IN HEALTHY GERMAN SHEPHERD DOGS.
Doiche, D.P., Oliveira, F.A., Vulcano, L.C. Departamento de Reprodução Animal e
Radiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de
Botucatu, e-mail: [email protected]
A Tomografia Computadorizada (TC), juntamente com a Ressonância Magnética
(RM), possui grande importância na avaliação do sistema nervoso, pois são métodos
de diagnóstico por imagem não-invasivos e livres de sobreposições. A padronização
das dimensões ventriculares normais à TC é fundamental não só para o diagnóstico
de lesões ventriculares (dilatação, deformação, assimetria), mas nas doenças
parenquimais, como as neoplasias e granulomas, que podem não ser evidenciadas
após a administração de contraste; o que as torna difíceis de serem localizadas. O
presente experimento foi desenvolvido no Setor de Diagnóstico por Imagem da
FMVZ – UNESP - Campus de Botucatu. Foram utilizados 16 cães da raça Pastor
Alemão, de 2 a 5 anos, hígidos. Os animais foram anestesiados e posicionados em
decúbito ventral, a cabeça sobre um apoio acolchoado e os membros paralelos ao
crânio estendidos caudalmente. Realizados cortes axiais, começando da margem
caudal dos ossos etmoturbinados ao forâmen magno, de 3 mm de espessura por 3
mm de incremento, na região da fossa supratentorial e de 2 mm de espessura por 2
de incremento na região da fossa posterior para diminuir os artefatos de técnica
causados pela grande massa óssea presente na porção petrosa do osso temporal.
Utilizou-se a seguinte técnica; 160 mA e 120 Kvp nos cortes 2x2 e 150mA e 120Kvp
nos cortes 3x3, com filtro adequado para a visualização dos tecidos nervosos e outro
para os ósseos. Para mensuração dos ventrículos laterais foi determinado o ponto
mais ventral da parede ventricular, traçou-se uma reta paralela à fissura longitudinal
até o limite dorsal. A altura média e o desvio padrão encontrados para o ventrículo
esquerdo foi 0,42 ± 0,16 cm e de 0,38 ± 0,10 cm para o ventrículo direito.
Observaram-se ventrículos simétricos em 50% dos animais (8/16), assimetria
ventricular em 37,5% dos animais (6/16) e em 12,5% (2/16) os ventrículos eram
pouco visíveis e de difícil identificação. Metade dos animais avaliados apresentou
algum tipo de variação no aspecto ventricular, atentando para a alta incidência
dessas alterações em animais hígidos e a necessidade de uma avaliação cautelosa
a fim de evitar interpretações equivocadas e resultados falso-positivos sugestivos de
lesões ocupadoras de espaço, que mudam drasticamente o tratamento e
prognóstico desses pacientes.
Apoio: FAPESP

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