- Vectra Construtora

Edição 16 | 2016
Vectra
Duas décadas em
constante construção
Sem crise
Os sonhos e
inovações de
Roberto Alcântara
Recife
total
Das belezas naturais ao
legado artístico-cultural
de Francisco Brennand
editorial
Tudo novo de novo
Esta edição marca um novo momento para a Living Vectra. Apesar da crise de confiança que
abala o país, a revista galga novos espaços e formas de interagir com a sociedade. Atenta aos
desafios da informação impressa, busca mais parceiros-anunciantes para manter seu projeto
de comunicação por Londrina. Tenta empreender e tem suas inspirações. Destacamos quatro
delas nas próximas páginas: grandes empreendedores e suas obras.
Manoel Luiz Alves Nunes e a Vectra.
Com mais de 40 anos de engenharia, o empresário conta como levou a Vectra Construtora
ao patamar de prestígio e solidez atual. Destacamos um especial sobre a trajetória de duas
décadas da empresa, que, além de empreendimentos imobiliários únicos, protagoniza no
mecenato cultural.
Francisco Brennand e sua Oficina.
O artista, que completou 89 anos em junho, presentou a Living Vectra com uma entrevista
exclusiva em meio às esculturas de seu mundo particular. Assim, nosso turismo cultural em
Recife ganhou contornos ainda mais sofisticados e tornou-se leitura mais que obrigatória.
Roberto Alcântara e a Angelus.
Quem sonharia em exportar produtos de Londrina para mais de
80 países e ser reconhecido internacionalmente pela capacidade de inovação?
O dentista Roberto Alcântara sonhou e caminha, a passos largos, para
fazer de sua indústria de materiais odontológicos um marca global.
Paulinho Moska e suas canções.
O cantor e compositor carioca participou de recente edição do projeto Vectra ConstruSom.
Muito solícito, correspondeu às expectativas do público londrinense com o show Violoz.
Prova em sua arte que é possível ser coerente e atual, inteligente e legal, apaixonado e moral.
Aliás, é uma música de Moska que intitula este editorial. Nela, o compositor insiste
numa retórica que é a ideia de renovação da vida. Tudo pode ser diferente, mesmo que
pareça igual. Assim, a Living Vectra insiste em alguns de seus propósitos para continuar
surpreendendo com conteúdos inéditos e de qualidade. E renovamos nossos conceitos para
manter a tradição. Boa leitura!
Fábio Mansano
Revista Living Vectra
Editor-chefe
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| 2016
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Este selo indica que o papel utilizado
nesta publicação foi produzido com
madeiras de florestas certificadas FSC®
(Forest Stewardship Council) e de outras
fontes controladas.
expediente
Edição 16 | Junho - 2016
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Jornalista responsável: Fábio Mansano – MTB 5375
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ÍNDICE
Hall 12
Vectra Construtora comemora 20 anos de
trabalho e conquistas, de olho no futuro
38
Porta-retrato 20
Biblioteca
O repórter fotográfico Gilberto Abelha eterniza
o espírito do Natal em praça da cidade
A história do Prefeito Milton
de Menezes, que veio de Minas
Gerais para cuidar de Londrina
com amor de pai para filha
Sala de estar 22
Casal de funcionários públicos projeta e alcança
uma vida de sossego no Ed. Parc Güell
Estúdio 28
As jovens arquitetas Laís e Vanessa, do
Arquibox, ensinam como utilizar pontos de cor
Moldura 30
UniFil e Vectra somam forças em concurso
voltado para a reflexão do espaço urbano local
Mobília 34
Escritório londrinense Designo Design busca
soluções práticas e acessíveis em móveis
Janela 42
O sonho de ser doutor que transformou Roberto
Alcântara em sinônimo de empreendedorismo
Área de serviço 80
Pais e administradores de condomínios precisam
estar atentos à segurança dos playgrounds
50
Área de lazer
Recife e redondezas apresentam muitas
curiosidades históricas e culturais, para
além das lindas paisagens naturais
Quintal 82
Identificação eletrônica de animais de
estimação torna-se acessível e cresce no Brasil
Álbum 86
Confira lances dos eventos gastronômicos da Vectra Store, da entrega
do Palhano Square Garden e do show de Moska no Vectra ConstruSom
Espaço gourmet 94
Os chefs Pablo Lussich e Ana Paula Lopes destacam
os sabores e curiosidades da Catalunha
Home theater 100
O talento de Fabiano Petroni, lapidado em Londrina,
é protagonista em filmes de Holywood
Home theater 100
O talento de Fabiano Petroni, lapidado em Londrina,
é protagonista em filmes de Holywood
City-tour 108
Reduto bastante conhecido dos amantes de salgados,
Bar Lorena mantém tradição de 46 anos
Home office 112
Living Vectra lança novo aplicativo para smartphones
e tablets e rompe barreiras geográficas
Papel de parede 114
Desafio da Guerra de Ilustrações tenta levantar
voo no Aeroporto José Richa, sem o ILS
Alto-falante
O cantor, compositor, ator e
apresentador Paulinho Moska mostra
no Vectra ConstruSom porque é
considerado completo
104
74
Estante
Entrega do Palhano Square
Garden, na Avenida Ayrton
Senna, completa o mais moderno
complexo empresarial de Londrina
hall
12|
12
| Living Vectra
Trinômio de
sucesso: solidez,
valores éticos e
inovação
Vectra Construtora completa duas décadas com
atuação de destaque no Paraná e Mato Grosso do
Sul e crescimento acima da média do setor
Por Fábio Mansano
Fotos Fábio Pitrez
Living Vectra | 13
A Vectra atua na incorporação e na
construção de empreendimentos horizontais
e verticais, tanto residenciais quanto
comerciais, desde junho de 1996. Seu ímpeto
jovem traduz-se, ano após ano, em projetos
inovadores e em índices de crescimento
constantes, diferenciando-a como uma das
mais sólidas empresas do setor no Norte do
Paraná. Sempre atenta aos temas relevantes
da construção civil, goza do respeito dos
profissionais da área e prima pela parceria
e pela troca de experiências com outros
construtores.
com expressivo sucesso de ocupação (Vale
das Araucárias, Vale do Arvoredo e Santana
Residence). A qualidade e a valorização
dos lotes, como a registrada no Recanto do
Salto, propiciaram à Vectra entregar ainda os
primeiros empreendimentos horizontais de
Ibiporã e das sul-matogrossenses Dourados
e Três Lagoas.
Os valores institucionais da Vectra
(empreendedorismo, ética, inovação,
comprometimento e valorização das
pessoas) remontam à força dos primeiros
colonizadores de Londrina. Filho de
pioneiros, o engenheiro civil Manoel Luiz
Alves Nunes, fundador e diretor-presidente
da empresa, orgulha-se de integrar um
dos setores mais pujantes da cidade onde
nasceu. Com 41 anos de experiência,
também se destacou nas construtoras
Brasília (engenheiro-chefe) e Quadra
(cofundador).
A marca do pioneirismo está igualmente
presente nas ações da Vectra. A empresa
abriu portas ao desenvolver seus
loteamentos fechados, alcançando
credibilidade e reconhecimento do mercado,
Os edifícios Palazzo Veronesi e Palazzo di Cesare
registram algumas características marcantes nos
projetos da construtora: localização diferenciada,
projeto inovador, preocupação estética e integração
com a região onde estão inseridos. Não à toa
se destacam entre os empreendimentos mais
comentados da cidade.
A Vectra executou alguns dos primeiros loteamentos
fechados de Londrina. Também foi pioneira em firmar
parceria com o empreendedor Jorge Badin na região Sul
da cidade, após o Catuaí Shopping, para a construção do
Santana Residence. Os empreendimentos horizontais da
empresa registram altas taxas de ocupação.
14| Living Vectra
Já os empreendimentos verticais da
construtora são reconhecidos pela
singularidade estética das fachadas e
pelo elevado padrão de acabamento dos
espaços, tornando-se referências. Itens
como medidores individuais e lajes técnicas
para condicionadores de ar são comuns em
obras da construtora há vários anos. O foco
atual da Vectra está na sustentabilidade dos
projetos, sendo a primeira construtora de
Londrina a pleitear a certificação verde Leed
em uma de suas torres (Palhano Premium).
O crescimento sustentável do negócio não
está unicamente ligado à rentabilidade
e às características dos projetos. Buscase como ideal aliar a excelência dos
imóveis ao desenvolvimento da região
onde estes são executados. Seja na
Palhano ou em qualquer outra gleba,
prevalece a busca constante da empresa
pelo aprimoramento dos processos,
tendo em vista a perenidade de seus
relacionamentos e a melhoria da
qualidade de vida nas comunidades em
que se insere.
Essa mesma filosofia norteia as ações
de comunicação da empresa, tanto na
apresentação de novos empreendimentos
quanto em projetos culturais (Vectra
ConstruSom e Coral Infantil Crystal Vectra,
por exemplo). É a experiência que os
clientes do grupo têm ao visitar a Vectra
Store e a VC Home Store, suas centrais de
relacionamento e apartamentos decorados
às margens do Lago Igapó. A clareza das
informações e a transparência dos objetivos
transformaram ideias como a revista
institucional Living Vectra em sucessos de
público e crítica. São novas páginas de uma
história com muito ainda a se construir.
O Palhano Premium integra juntamente com
o Palhano Square Garden um dos complexos
empresariais mais modernos do Paraná. Nos
primeiros pavimentos, ambos dispõem de lojas,
estruturas de apoio e uma grande quantidade
de vagas privativas e rotativas. Seus projetos
modernos destacam salas comerciais com sacada.
Uma das características mais elogiadas
nos empreendimentos da construtora
é a preocupação com a qualidade e a
durabilidade dos materiais de acabamento
(madeiras, granitos, mármores, esquadrias,
etc). Esses diferenciais podem ser observados
pelos clientes nas unidades decoradas em
exposição em suas centrais.
Living Vectra | 15
A Vectra Store é a principal central de
relacionamento da construtora. Localizada às
margens do Lago Igapó, reúne as unidades
decoradas e os lançamentos das linhas
premium. Apresenta estrutura completa para
os visitantes, com estacionamento, salas de
atendimento, cinema 3D, brinquedoteca e
espaço gourmet.
A VC Home Store está localizada ao lado da Vectra Store, na rua Bento
Munhoz da Rocha Neto. Concentra todos os empreendimentos das
linhas de entrada do grupo: os apartamentos mais econômicos e os
loteamentos, como o Gleba Esperança. Também dispõe dos recursos
necessários para um bom atendimento aos clientes.
16| Living Vectra
A voz da experiência
O engenheiro civil Manoel Luiz Alves Nunes, diretor-presidente do Grupo Vectra, faz questão de
acompanhar todas as obras de perto. Com mais de quatro décadas de atuação em Londrina, é
certamente um dos recordistas em anotações de responsabilidade técnica (ARTs) para a execução
de edifícios, com mais de 100. Confira a seguir uma entrevista com o fundador sobre os vinte anos
da empresa e sua participação no setor.
Living Vectra – Como começou a história da
Vectra?
Manoel Luiz Alves Nunes – A Vectra está com
20 anos no registro, mas essa história começou
um pouco antes, em 1975. Eu fazia engenharia e estava um pouco desestimulado no curso,
porque eu sempre tive um espírito prático e não
estava percebendo muito a aplicação da teoria.
Aí resolvi estagiar e escolhi a maior empresa de
Londrina na construção de edifícios, a Construtora Brasília. Iniciei o trabalho com levantamentos
quantitativos, mas, logo na sequência, o pessoal
viu que eu era bastante interessado e passei a fazer o controle de produção. Fazia a leitura da capacidade de trabalho dos funcionários. Isso ajudou muito no conhecimento de orçamento. Logo
me deram algumas obras pequenas para tocar.
Devo ter executado umas trinta e poucas obras lá
e, de madrugada, mais de 600 orçamentos.
Living Vectra | 17
LV – Então decidiu empreender por conta
própria?
MLAN – Em 1986, eu e um colega da Brasília
tivemos a oportunidade de abrir a Quadra. Foi
uma decisão bem pensada e apoiada. Começamos com obras de administração e acabamos
indo muito bem. Foram dez anos muito bons.
Depois, em 1996, a gente resolveu abrir a sociedade e cada sócio foi tocar os seus projetos.
E este é, propriamente, o início da história da
Vectra.
LV – Aí...
MLAN – Naquele primeiro momento, eu estava
muito satisfeito com os loteamentos e achei que
continuaria neste ramo por muito tempo. Mas
começaram a surgir também oportunidades na
área de edifícios, principalmente por administração, como o Palazzo Veronesi e o Palazzo di
Cesare. Até que o pessoal da Raul Fulgêncio nos
fez um convite para sermos uma das âncoras do
portfólio deles. O primeiro terreno da parceria
foi na rua Santos, onde fizemos o “Santos 1250”.
Então, entramos de vez nessa fase de desenvolvimento mais forte e tivemos um grande crescimento.
LV – É possível quantificar esse crescimento?
MLAN – Passamos para números gigantescos.
Falávamos em cinco obras de cinco mil metros
quadrados cada. Nos últimos dois anos, a gente
não tem diminuído de 240 mil metros em construções simultâneas. Então, o volume multiplicou por dez e tivemos que nos reestruturar para
crescer, enfrentando a dificuldade de mão-de-obra em todos os setores. Mas, mesmo assim,
eu acho que hoje podemos fazer um balanço
vitorioso desse processo.
LV – Os ciclos da economia interferem muito
no setor?
MLAN – De maneira geral, sempre tivemos uma
política conservadora na empresa. E a gente
sempre se deu um melhor em mercados mais
estreitos, mais difíceis, pela solidez da forma que
a gente trabalha. Tem empresa da construção
civil, por exemplo, vivendo crise há três anos. A
gente só começou a sentir uma desaceleração
do mercado em 2015. Hoje, eu chego à conclusão que o momento atual para construir está
muito melhor. A negociação de compras está
mais coerente, a contratação de mão-de-obra
de qualidade melhorou. Nós estamos numa fase
interessante nessa área.
LV – O perfil da economia de Londrina ajuda?
MLAN – Duas coisas que eu gosto de comentar:
18| Living Vectra
primeiro, critica-se muito Londrina porque não
tem indústria. Mas é uma cidade que também
não depende de nenhuma grande empresa ou
segmento muito forte que desequilibre a economia. Você vê cidades que fecham uma indústria
e tem um choque difícil de recuperar em 10, 15
anos. Além disso, nós temos uma influência
grande da agropecuária. Existem milhares de
pessoas que moram em Londrina, que não tem
um m2 de terra aqui, mas que recebem dividendos do país inteiro.
LV – Mas temos a indústria da construção civil...
MLAN – Eu vejo que ela não é tão respeitada
pela crítica. Mas se você considerar que entregamos de 20 a 30 edifícios por ano, e que cada
um emprega aproximadamente 30 pessoas em
sua administração, então a gente gera entre 600
e 900 vagas diretas todos os anos. Além dos milhares de trabalhadores nos canteiros de obra.
Não tem maior empregador ou multiplicador
de impostos. A gente gera ISS direto em todos
os trabalhos de construção, a gente gera IPTU.
Um terreno que gera R$ 10 mil de IPTU, quando
construímos um prédio ali passa a gerar R$ 300
mil de IPTU. Fora o ITBI que é cobrado quando a
gente transfere o terreno, quando a gente vende,
quando as pessoas revendem...
LV – Você destacaria algum dos empreendimentos entregues pela Vectra?
MLAN – Temos algumas obras marcantes. Eu
considero a execução do Parc Güell algo para
poucas empresas no Brasil. É uma coisa bonita
porque a gente fez um trabalho de arte com pessoas normais, com pedreiros normais. A gente
conseguiu que eles de adaptassem. Então, foi
uma surpresa muito grande para mim a capacidade de superação da equipe. E estamos repetindo esse processo no Casa Batlló. Quando as
pessoas conhecerem, visitarem, serão surpreendidas. Nós mesmos que projetamos até hoje ficamos surpresos com alguns itens.
LV – E entre os projetos do futuro?
MLAN – Um empreendimento diferente, que
a gente desenvolveu nos últimos 15 anos, é o
bairro Gleba Esperança. Na etapa final de aprovação, a gente decidiu fazer uma travessia no
Córrego Esperança e integrar a Zona Oeste de
Londrina a partir de uma avenida. Obra que a
Prefeitura jamais faria. Este é um empreendimento integrador, que vai ser muito importante
para a cidade. Ali é um vazio com grande potencial, então vai marcar muito. Além disso, e eu tive
a oportunidade de botar o nome do meu pai em
uma das avenidas.
porta-retrato
Tempo
de luz
Foto Gilberto Abelha
20| Living Vectra
Londrinense da gema, Gilberto Abelha acompanha
os fatos da cidade desde pequeno. Mas foi como
repórter fotográfico de jornais e da Coordenadoria
de Comunicação da UEL que viveu de perto
momentos marcantes das últimas décadas. Em
novembro de 2009, cobriu para o extinto JL o
lançamento das comemorações de Natal, e registrou
com precisão o momento mais iluminado da noite
na Praça Tomie Nakagawa.
Living Vectra | 21
sala de estar
Uma nova vida
por um objetivo:
o sossego
Buscar longe do movimento da
região central um lugar de paz
e tranquilidade. Um novo jeito
de viver e aproveitar a vida
Por Daniele Machado
Fotos Fábio Pitrez
Living Vectra | 23
Aconchego e tranquilidade eram o que eles mais queriam. Encontraram no empreendimento Parc Güell da
Vectra, o cantinho ideal para o sossego que buscavam.
O casal de funcionários públicos Oscar Faustino Moreira e Aparecida Rodrigues Moreira aguardou por quase
quatro anos até que tudo estivesse pronto para a “nova
vida”, como classificam a mudança. Moraram no centro
da cidade por muitos anos e sonhavam com um lugar
calmo, que proporcionasse a eles mais momentos de
lazer.
Já na ampla sala do apartamento, o clima aconchegante paira no ar. Difícil não se sentir em casa. Todo o
espaço e decoração traduzem a receptividade do casal,
que gosta de receber os amigos, filhos e netos no novo
apartamento.
Cida, como gosta de ser chamada, conta que tinha o
sonho de ter um apartamento com vista privilegiada.
Oscar sempre foi fã de espelhos. Os dois desejos foram
realizados. Da varanda gourmet do apartamento tem-se vista para o nascer do sol. E a parede lateral da sala
de estar é toda revestida por um espelho desenhado.
“Acordar bem cedo e tomar nosso café da manhã aqui
se tornou algo maravilhoso! Uma vista incrível!”, exclama dona Cida. “E os espelhos do Oscar estão por toda a
parte, não podiam faltar”, brinca.
Escolher o apartamento foi algo inusitado. A paixão
veio de forma arrebatadora quando tiveram contato
pela primeira vez com a apresentação em 3D do em-
24| Living Vectra
preendimento. “Quando vi o vídeo em 3D e a planta
não tive dúvidas. Era ele. Eu já queria trazer as malas! E
acertamos, pois está ficando tudo do jeito que a gente
sonhou. Ainda temos alguns detalhes para finalizar, mas
não nos arrependemos de nada”, afirma.
Cida se diverte ao contar como foi a primeira experiência no novo lar. “Quando estava quase tudo pronto aqui,
nós falamos: vamos dormir lá uma noite. Depois que
dormimos uma noite, nunca mais quisemos saber do
outro apartamento”.
A área de lazer, assim como todo o empreendimento,
foi inspirada nas obras de Antoni Gaudí, famoso arquiteto catalão. A preocupação estética e harmônica de
Gaudí foi referência para a construção dos detalhes. O
resultado é percebido e validado pelos proprietários,
que consideram o espaço diferenciado.
“Aqui tem tudo que a gente gosta. Eu, particularmente,
gostava de fazer caminhada no Zerão. Aqui tem tudo,
tem lugar pra caminhar, tem academia, piscina aquecida, isso facilita pra gente. É uma área de lazer realmente
diferenciada. Foi uma transformação da água pro vinho.
Eu não esperava que seria tão gostoso assim, que seríamos tão felizes”, conta Oscar, entre sorrisos.
Cida e Oscar Faustino em seu cantinho favorito: a sala de estar
“Estamos igual um casal recém casado. Em quase 50
anos de casamento, foi a nossa mudança mais prazerosa, parece que estamos começando a vida agora”, completa entusiasmado.
Com o toque da arquiteta Natália Montans, lustres e objetos de decoração dão
ao ambiente a amplitude que os proprietários buscavam
Living Vectra | 25
A suíte do casal
com elementos
espelhados, à
gosto de Oscar
O projeto de decoração do apartamento foi missão
para a arquiteta Natália Montans, mas nenhuma peça
foi colocada sem a aprovação prévia do casal. Papel de
parede, espelhos, lustres e objetos de decoração em
geral foram escolhidos com muita calma, tudo para formar o ambiente acolhedor e traduzir o jeito de ser de
Oscar e Cida.
“Ela sugeriu quase tudo, onde posicionar os lustres, as
peças, mas eu a acompanhava nas compras e foi uma
experiência muito gostosa”, conta Cida. Do apartamento todo, Oscar elege a sala como ambiente predileto. E
não poderia ser diferente, já que gosta do sossego que
o apartamento transmite. “Ficamos quase o dia todo
fora, então, quando chegamos em casa, a sala é nosso
cantinho preferido, gostamos demais de ficar aqui”.
Os dois têm o mesmo sentimento quanto ao empreendimento e a escolha que fizeram: “Este projeto da Vectra é realmente maravilhoso, eu nunca tinha visto algo
igual em toda minha vida. Estamos muito felizes com a
nova fase e queremos aproveitar tudo que o Parc Güell
oferece”, finalizam.
26| Living Vectra
estúdio
Por Daniele Machado Fotos Fábio Pitrez e divulgação
Dicas de decoração
Laís Sanada e Vanessa Bercini
Arquitetura moderna,
interiores limpos e
pontos de cores são
o forte das arquitetas
Laís Sanada e Vanessa
Bercini, que juntas tocam
o Escritório Arquibox
há três anos. Formadas
por Unifil e UEL,
respectivamente, elas
já haviam trabalhado
juntas quando decidiram
abrir o escritório e dar
vida às suas inspirações.
As arquitetas enfatizam
que a decoração sempre
está relacionada com a
personalidade do cliente.
“Ao mesmo tempo em que
a gente impõe um pouco
da nossa personalidade,
temos que estar atentas
à necessidade do cliente;
afinal, é ele quem vai
morar ou trabalhar
naquele ambiente”,
pontuam.
“Nossas dicas são
baseadas em elementos
informais, alegres e
despojados. Gostamos
de colocar pontos de
cores que deixam o
ambiente mais leve, sem
carregar de informação”,
complementam.
Os
revestimentos
plásticos são placas de
50x50 cm em alto relevo,
extremamente leves e compostas
de poliestireno de alto impacto. Sua
fácil instalação não exige mão de obra
qualificada, sendo fixadas diretamente
na parede e no teto. Já existe no
mercado uma grande variedade
de modelos com grande
durabilidade e baixo
custo.
O adesivo é um ótimo recurso para quem quer transformar seu
espaço com praticidade e sem gastar muito. Além da facilidade
de instalação, é possível reproduzir estampas personalizadas,
incorporando identidade ao ambiente. Apenas tome cuidado com
exageros e extravagâncias para evitar ambientes muito carregados.
28| Living Vectra
As cores
inusitadas nos móveis
deixam o ambiente cheio de
vida e personalidade. São opções
versáteis para decorar a casa, pois
combinam com os mais diferentes
estilos de cômodos. A dica para os
mais cautelosos é apostar em cores
e revestimentos neutros para as
paredes, mantendo um equilíbrio
entre todos os elementos
do espaço.
Também é possível abusar
das cores nas bancadas
de cozinhas e banheiros,
dando um toque mais
original e divertido para
estes ambientes. Alguns
exemplos são o Corian e o
Silestone: estes produtos
são fabricados com
materiais muito resistentes
e antibacterianos. Além de
diversas cores, também
possuem opções com efeito
translúcido, valorizando a
decoração.
Apesar da sua rusticidade, a base com raiz
de madeira é um diferencial na decoração
dos ambientes pela versatilidade,
compondo com qualquer estilo da
casa. Além da resistência e durabilidade,
cada peça é única: cada uma possui
características distintas de textura e forma,
como uma verdadeira peça de arte natural.
Com objetivo estético e funcional, aliado
ao conceito Móvel-Arte, as arquitetas
desenvolveram a Linha Kinder – Crox e
Bidie –, com móveis infantis inspirados nas
silhuetas de animais, sempre abusando
das cores e formas divertidas. As autoras
buscaram materiais alternativos de baixo
custo, empregando o OSB, um aglomerado
de madeira reflorestada e resinas industriais.
Living Vectra | 29
moldura
A teoria vista
na prática
30| Living Vectra
Por Daniele Machado
Fotos Fábio Pitrez
Ter a oportunidade de colocar em
prática o que se aprende na academia. É
o que o concurso idealizado pela Vectra
Construtora e pelo Centro Universitário
Filadélfia (UniFil) irá proporcionar
aos alunos do curso de Arquitetura e
Urbanismo.
A ideia é instigar os futuros profissionais
a desenvolverem projetos que
contribuam com a sociedade e
melhorem a qualidade de vida das
pessoas. Os alunos serão desafiados
a pensar soluções de mobilidade,
acessibilidade, estética, funcionalidade e
viabilidade para corrigir as inadequações
que os espaços públicos apresentam
cotidianamente.
Os detalhes do concurso serão
divulgados em breve, no início do
segundo semestre letivo. Mas, para o
coordenador do curso de Arquitetura
e Urbanismo da UniFil, Prof. Ivan Prado
Junior, já tem tudo para dar certo. “O
nosso curso prepara os alunos para
o mercado de trabalho, então essa
iniciativa amplia o contato desses
futuros profissionais com a realidade.
É uma forma de enxergarem os
problemas urbanos e encontrarem
possíveis soluções”, destaca.
Parceria entre Vectra e
UniFil lança concurso
para inspirar novos
talentos da arquitetura
e do urbanismo
O curso de Arquitetura da UniFil é
um dos mais tradicionais no Paraná,
com 36 anos de existência, sendo
reconhecido pelo MEC desde 1985. Os
trabalhos propostos pelos alunos serão
supervisionados pelo corpo docente
da instituição e desenvolvidos ao longo
das disciplinas do terceiro e quarto
bimestres de 2016.
O concurso dará certificação aos alunos
finalistas e uma premiação que ainda
está sendo definida em conjunto pelas
empresas. Mais valioso que o prêmio
é a chance de apresentar o projeto
em uma banca com a presença de
profissionais da área, inclusive por
representantes do poder público, já que
um dos objetivos da ideia é apresentar
trabalhos que possam ser aproveitados
posteriormente pela administração
municipal.
Living Vectra | 31
Projetos dos alunos serão avaliados
por comissão julgadora e premiados
pela Construtora. Ao lado,
Roberta Nunes Mansano, diretora
administrativa da Vectra
Os melhores projetos também serão
publicados na revista Living Vectra. O
coordenador do curso de Arquitetura e
Urbanismo da UniFil enfatiza a importância
de veículos de comunicação cederem
espaço para este tipo de projeto, que
apresente soluções para a cidade. E
garante: “os alunos entram com entusiasmo
e autoestima redobrados nesses desafios”.
A Vectra acredita que a parceria pode
gerar bons frutos para a sociedade e para
Londrina, unindo a criatividade dos futuros
arquitetos às necessidades urbanas. “Há
algum tempo queríamos desenvolver um
projeto nesse sentido, que desafiasse os
estudantes e desse a eles visibilidade no
mercado a partir de projetos possíveis de
implantação. Mesmo quando o objeto da
reflexão seja o espaço público. A UniFil não
só aceitou a parceria, mas está disposta
a pensar conosco a melhor maneira de
construir esse caminho”, salienta a diretoraadministrativa da construtora, Roberta
Nunes Mansano.
32| Living Vectra
mobília
Soluções
práticas e
Foto Fábio Pitrez
acessíveis
Apaixonados por design, profissionais mostram que
o simples tem valor, e que é possível unir criatividade e
rentabilidade em um mesmo produto
Por Daniele Machado Fotos Divulgação
34| Living Vectra
BERÇO MULTIFUN – transformado em conjunto de móveis para compor o quarto e acompanhar as fases de crescimento da criança
A criatividade está no DNA. Rentabilidade, funcionalidade, ergonomia, estética, processo de fabricação e
desempenho. É com estes princípios que, há 15 anos,
a família Nehring administra a Designo Design, escritório especializado em design de móveis, com propostas diferenciadas e soluções acessíveis ao consumidor.
Com sede em Londrina, a empresa surgiu em 2001,
quando o designer Rubens Ferreira resolveu apostar no talento dos filhos João Carlos Nehring e Plínio
Nehring Ferreira – respectivamente designer e diretor
comercial – juntamente com o olhar e a sensibilidade
da esposa, Ana Cristina Nehring Ferreira, artista plástica.
A praticidade e usabilidade dos produtos são as maiores preocupações dos designers, que desenvolvem
mobiliários a partir de pesquisas diretas com o consumidor final para diversas indústrias e grandes marcas,
como Rudnick, Tok & Stok e La Casa.
“A usabilidade e a prototipagem são apenas algumas
das tarefas realizadas pelo nosso time no desenvolvimento de novos produtos em todo e qualquer projeto. Não queremos apresentar apenas projetos, mas
sim que nosso produto seja de fato útil e durável, que
venda”, explica Ana Cristina.
O diferencial do grupo é o acompanhamento de cada
peça desde a criação até a entrega final. “Gostamos de
acompanhar essa produção porque, às vezes, quem
pega o projeto para desenvolver não consegue fazer
a leitura correta do desenho. Às vezes, deixa de seguir,
por exemplo, uma curva que pode ser justamente a
estética principal da peça”, comenta o designer Rubens Nehring.
Apesar de o foco maior ser a criação de móveis, o
escritório desenvolve também embalagens. E, para
Rubens, essa atividade contribui no processo criativo mobiliário. “O fato de trabalharmos muitos anos
no desenvolvimento de embalagens também nos
deu experiência para a indústria moveleira, porque
essa criação gera a necessidade de sermos ágeis,
além do contato maior com o consumidor, que
acarreta na sensibilidade para entender o que ele
gosta e precisa”.
Antes de idealizar o escritório, Rubens e Cristina haviam
trabalhado em uma loja de decoração. “Essa cultura de
conhecermos primeiro o cliente final vem do nosso
passado. Nós iniciamos com uma loja de decoração,
então sabemos da importância de ouvir o nosso cliente e entender o que ele quer e precisa”, pontua Cristina.
O escritório veio mais tarde, atendendo empresas
da região com projetos de mobília interna e externa.
“Tínhamos muita vontade de fazer design para a indústria e, com o passar dos anos, fomos ampliando e
abrindo o leque para expor as nossas criações em outras regiões. Hoje, atendemos indústrias no Nordeste,
Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. Abrimos novas fronteiras”, avalia João Nehring.
“Deste modo, aumentamos a competitividade dos
nossos clientes e, consequentemente, criamos tendências, paixões e desejos. Acreditamos que o Design
deve gerar novos negócios, que tragam inovação e
lucro para ambas as partes”, complementa.
A equipe da Designo Design ainda conta com a designer Thays Chaves Lauriano e Artur de Menezes Fernandes, estudante de design.
Living Vectra | 35
BERÇO MULTIFUN
Multifun veio da sua principal
característica, ser multifuncional.
Além de berço, o móvel vai se
transformar em um conjunto
de móveis para criança,
(como mostra foto na página
anterior), acompanhando o seu
desenvolvimento e estendendo
seu uso por muito mais tempo,
sempre de forma divertida e lúdica.
Foi lançado pela Ideia Kids 2014.
LINHA PALETA
A Linha Paleta confere ao ambiente um clima
descolado, com sua forma lúdica e jovem.
É composta por pés em madeira pinus de
reflorestamento e assento em MDF com
acabamento em laca fosca, disponível em
diversas cores. Lançado este ano pela Máxima.
CADEIRA VICTÓRIA
De desenho simples e elegante, inspirado na arquitetura
e em símbolos da cidade de Nova Iorque, foi desenvolvida
especialmente para o Battery Park, localizado em
Manhattan. A cadeira Victória, assinada pelo escritório
londrinense, é desenvolvida em alumínio e madeira,
empalhável e muito resistente para ambientes externos.
Esta criação foi finalista no concurso “The Battery
Conservancy”, na mesma cidade americana.
SOFÁ X
O sofá X, assinado pela Designo
Design, oferece um visual único
graças ao equilíbrio dos braços
e da estrutura. A combinação
de madeira, espumas, tecidos e
acabamento garantem o conforto
do sofá. A peça foi lançada durante
a ABIMAD 2016 pela ArteFama.
36| Living Vectra
biblioteca
O
homem
que amava
Londrina
Milton Menezes
(1914-1997)
veio para caçar
macucos e acabou
se apaixonando
pela cidade.
Prefeito por duas
vezes, entrou
para a história
pelo caminho da
honradez e do
dinamismo
Por Paulo Briguet Fotos Arquivo Museu
Histórico de Londrina
O mineiro Milton Menezes veio a Londrina para caçar
macucos, mas o seu coração é que acabou sendo alvejado. Desde que pôs os pés na terra vermelha – em
6 de maio de 1938 –, o jovem advogado apaixonou-se
pela cidade e resolveu ficar. Naqueles primeiros dias,
recém-formado pela Faculdade de Direito de São Paulo, Dr. Milton chegou a ser nomeado promotor público
em Andrelândia (MG), mas rejeitou o cargo. Só queria
saber de Londrina. Ao convidar o amigo para uma singela caçada, o escrevente de cartório Mário Miranda
ainda não sabia, mas estava trazendo para Londrina
um dos mais importantes homens públicos da cidade.
Milton Menezes foi prefeito de Londrina por dois mandatos: 1951-1955 e 1959-1963. Começou sua vida
pública candidatando-se a vereador, durante a gestão
de Hugo Cabral, primeiro prefeito eleito após o fim
do Estado Novo. Numa época em que vereador era
um cargo não-remunerado, Dr. Milton foi presidente
da Câmara por quatro anos seguidos. No último ano,
1950, até que tentou desistir, mas não deixaram: Hugo
Cabral mandou buscá-lo de avião em Taubaté, onde
descansava na casa de familiares, para reassumir a chefia do Legislativo.
O mineiro de Cambuí, aos 37 anos de idade, foi visto
como candidato natural à sucessão de Hugo Cabral,
pela UDN. Mas a campanha não foi fácil, não. Sem ter
por onde atacar Menezes, os adversários apegaram-se
a uma foto em que ele aparecia ao lado de políticos
comunistas, durante um encontro fortuito em um restaurante da cidade. Arranjaram até uma ficha no Dops
para Dr. Milton. Circularam panfletos em que ele, um
convicto conservador lacerdista e católico fervoroso, aparecia quebrando crucifixos e era apresentado
como perigoso subversivo.
Mas não teve jeito. Chamar Milton Menezes de comunista era um absurdo muito grande. O próprio governador Bento Munhoz da Rocha, que era de outro partido, cuidou de desmentir as invencionices eleitorais.
Dr. Milton foi eleito, tomou posse em 12 de dezembro
de 1951 e rapidamente começou a fazer história, com
uma administração marcada pelo rigor com as contas
públicas.
Rigor que às vezes provocava cenas pitorescas. Suas
filhas, Maria Salete e Ana Rosa, contam que um dia
um amigo dono de chácara lhe presenteou com uma
muda de jabuticabeira. Deixou a muda no gabinete de
Dr. Milton, que estava em outro local. Um funcionário
viu a jabuticabeira e resolveu fazer uma gentileza, levando a muda no caminhão da Prefeitura até a casa
de Dr. Milton. Quando o prefeito chegou em casa, viu
a jabuticabeira e soube que havia sido trazida no caminhão da Prefeitura, não teve dúvida: calculou o valor do frete e a quantidade de combustível gasta no
transporte – pagou tudo do próprio bolso na coletoria.
NOS MÍNIMOS DETALHES
Mineiro típico, Dr. Milton era conhecido pelo cuidado com os detalhes. “Ele costumava dizer que é importante cuidar das coisas pequenas para não falhar
nas grandes”, recorda Salete. À secretária, mandava
reutilizar envelopes de correspondências recebidas.
Numa visita a uma escola em reformas, recolheu todos os pregos que estavam no chão e entregou-os,
em silêncio, ao mestre de obras. No dia 12 de cada
mês, fazia uma longa e detalhada prestação de contas da Prefeitura em um programa na Rádio Londrina. Falava sobre estradas, escolas, bueiros, pontes,
dinheiro recebido e dinheiro aplicado. Transparência absoluta.
Comemoração
do dia da
Independência
em LondrinaPraça Marechal
Floriano Peixoto
em 1962
Living Vectra | 39
Maquete da Estação de tratamento de Esgoto
Transmissão do prefeito Milton R. de Menezes para o Prefeito Antonio Fernandes
Sobrinho - 1955- Na foto Dr. Oswaldo Palhares e Adriano José Valente
40| Living Vectra
Fotos Paulo Briguet
As filhas de
Milton Menezes:
Maria Salete e
Ana Rosa
Esse estilo de governar valeu à cidade um título inesquecível. Em 1955, Londrina foi escolhida
pelo Ibam (Instituto Brasileiro de Administração
Municipal) como um dos cinco municípios mais
bem administrados do país. Dr. Milton foi até o
Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, e recebeu
a honraria das mãos do presidente Juscelino Kubitschek. Reza a lenda que um dos membros do
Ibam chegou a duvidar que a Prefeitura de Londrina gastasse apenas 4% dos orçamentos das
obras realizadas com pagamento de pessoal. Mas
Dr. Milton, mineiro precavido, desfez qualquer
dúvida ao apresentar os minuciosos documentos
que carregava na pasta.
Entre as muitas realizações de seus dois mandatos,
destacam-se a criação dos serviços de água e tratamento de esgoto de Londrina; a Estação Rodoviária
(hoje Museu de Arte); a Casa da Criança (hoje Secretaria de Cultura); e a implementação da Lei 133,
elaborada pelo ex-prefeito paulistano Prestes Maia,
que deu forma à paisagem urbana da cidade. Nas
duas ocasiões em que passou o cargo aos sucessores (Antonio Fernandes Sobrinho e seu grande
amigo José Hosken de Novaes), as finanças do município estavam equilibradas.
AMIGOS DA VIDA INTEIRA
Com o sucesso de seus dois mandatos, era natural
que Milton Menezes fosse cortejado pelos partidos
para alçar voos mais altos. Mas ele não quis ser candidato a governador. De 1959 até 1971, trabalhou
como advogado e professor fundador da Faculdade
de Direito de Londrina, onde dava aulas de Direito
Administrativo. Cuidou da família – Dona Salete, a
grande companheira de todas as horas, e os filhos
Gabriel, Maria Salete e Ana Rosa – e cultivou amizades que duraram a vida inteira, como a do médico
Justiniano Clímaco da Silva e a do servidor público
Joaquim Diogo da Silva. Clímaco, o “Doutor Preto”,
era seu irmão negro, no dizer das filhas Ana Rosa e
Salete. Um homem da mais elevada cultura, fluente
em latim e alemão, companheiro de longas conversas noite adentro. Joaquim, conhecido como Seu
Nenê, foi o primeiro carteiro de Londrina e o primeiro funcionário aposentado da Prefeitura. “Até a morte de meu pai, em 1997, eles se viam quase todos os
dias”, conta Ana Rosa.
Após um breve período em que assumiu o cargo de
senador (era suplente), em 1968, Dr. Milton voltou à
vida pública ocupando o cargo de chefe da Casa Civil do governador Parigot de Souza, de 1971 a 1973.
Sempre que havia um tempinho livre, ele vestia suas
roupas de caçador de macucos e pedia ao motorista que o levasse a algum matinho nas redondezas
de Curitiba, onde passava momentos em contato
com a natureza. Certa vez, o recepcionista do hotel
pensou que fosse o motorista, e não aquele senhor
com roupas de matuto, o verdadeiro chefe da Casa
Civil do Paraná.
Dr. Milton poderia ter se candidatado a governador,
se quisesse. Mas não queria: sua vida era Londrina.
“Meu pai era um municipalista convicto”, diz Salete
Menezes. “Ele dizia que a cidade é tudo, pois aqui as
pessoas nascem, crescem e vivem”. Ela acredita que
o pai acompanhou o desenvolvimento de Londrina
da mesma forma que acompanhou a trajetória dos
filhos. “Eu diria que meu pai teve um filho mais velho, o Gabriel, e três filhas: Maria Salete, Ana Rosa...
e Londrina.”
Living Vectra | 41
janela
Um
sonho
em
expansão
42| Living Vectra
Um garoto com ânsia de pesquisa e determinação por um
sonho: estudar e ser doutor. Há 21 anos o dentista Roberto
Alcântara está à frente de uma empresa londrinense que
exporta para mais de 80 países
Por Daniele Machado
Fotos Fábio Pitrez
“Impossível é o que ainda não foi
tentado”. É com este lema que o dentista
e empreendedor Roberto Alcântara,
presidente da Angelus Indústria de
Produtos Odontológicos, deu vida e tornou
real o seu sonho de menino: “ser doutor”.
Vindo de Paranavaí no ano de 1989 para
cursar Odontologia, Roberto nunca se deixou
abater pelas dificuldades. Para ajudar na
manutenção de seus estudos e mais tarde
de seu consultório, ele desenvolvia produtos
artesanais para uso próprio: pinos, moldes,
abridores de boca e itens do dia a dia de um
consultório odontológico. A curiosidade e
interesse por pesquisas científicas o levavam
a pensar e buscar soluções que facilitassem
a sua rotina como dentista. Não pensava
em deixar o consultório, tão pouco em ser
um empresário. Sua dedicação era voltada a
clinicar.
Até que o destino resolveu mudar o
percurso das coisas. Foi a partir de um
gesto de amizade que Roberto teve os seus
produtos reconhecidos. “Foi um acidente
de percurso. Uma amiga minha de São
Paulo, na época, havia sofrido um acidente
e passava por dificuldades financeiras. Eu,
como forma de ajudá-la, confeccionava
meus produtos, colocava em caixinhas e
entregava pra ela oferecer nos consultórios
a fim de fazer um caixinha. O dinheiro da
venda era todo dela”, conta.
Roberto Alcântara na década de 90 confeccionando os primeiros produtos em seu consultório
Living Vectra | 43
MTA-Fillapex: Cimento obturador indicado
para tratamentos específicos de perfurações
da raiz do dente. Uma inovação na área
odontológica
Em pouco tempo, enxergou a
oportunidade. Viu que os produtos eram
bem aceitos e tinham um diferencial: a
produção artesanal criteriosa. “Em três
meses, ela estava faturando mais com
a venda dos produtos do que eu no
consultório”, relata.
Decidiu vender o carro, abrir uma empresa
e convidou esta amiga para ser sua
gerente. A partir daí, o negócio começou
a ganhar vida e crescer ao longo dos anos.
Hoje, a Angelus atua em todo o território
nacional e está presente em mais de 80
países, tendo 51% de seu faturamento
proveniente do mercado externo. Suas
bases comerciais estão no Chile, Estados
Unidos e Japão.
Desde a fundação da empresa, em 20 de
setembro de 1994, o foco de negócios
sempre foi a busca por soluções em
Odontologia com base científica e
tecnológica. Tendo a inovação como
meta, a empresa investiu grande parte
dos seus recursos nas áreas de pesquisa e
desenvolvimento e cresceu num estreito
relacionamento com os setores acadêmico,
técnico e científico.
“Acreditamos que, além da sustentabilidade
do negócio, o trabalho responsável
de profissionais motivados melhora
a qualidade de vida das pessoas
e comunidades com as quais nos
relacionamos. Temos profissionais
qualificados em nosso time e isso faz toda
diferença”, garante.
Luva jacarezinho: produto criado pela
Ângelus para diminuir a ansiedade das
crianças, causada pelo medo da agulha no
ato da anestesia
44| Living Vectra
Recentemente lançada, a linha odontopediátrica rendeu a Roberto Alcântara
o prêmio Bom Exemplo 2015. Um
“jacarezinho” que inibe a aparência
assustadora da carpule, objeto utilizado
pelos dentistas para aplicação anestésica.
Além deste, vários outros produtos da
linha “Angie”, que visam tornar a ida
ao dentista menos traumática para as
crianças, estão em fase de lançamento. São
produtos coloridos, vibrantes e cheios de
imaginação.
Outra inovação é um cimento medicinal
capaz de preencher perfurações de raiz
causadas em tratamentos de canais. “Até
pouco tempo, o tratamento para estes
casos era traumático, o dente era dado
como condenado e o dentista tinha que
extrair”, explica Roberto.
Alguns dos troféus recebidos ao longo dos 20 anos da Ângelus
Living Vectra | 45
O MTA-Fillapex veio para mudar esta
realidade. Revolucionário, ele soluciona
100% dos casos. E o modo de fabricar
este produto milagroso é ainda mais
impressionante: à base de cimento de
construção. Após seis anos de pesquisa
com Mestres e Doutores, intercalando
fracassos e sucessos, e com apoio da Finep
(Financiadora de Estudos e Projetos), hoje o
produto é aprovado e certificado nos EUA
e Japão.
“Provamos mais uma vez que é possível
que uma empresa nacional, em parceria
com pesquisadores brasileiros, participe
do seleto time dos grandes nomes da
odontologia global”, acrescenta.
Hoje, com 100 funcionários e tendo a
esposa de Roberto, Sônia Madi Alcântara
– também dentista – como diretora
administrativa e financeira, a empresa
acumula as principais certificações
exigidas no mercado norte-americano e
pela comunidade europeia e conquistou
premiações como UKAS (Canadá) e JPALQMS (Japão).
E é assim que a Angelus, nascida de
uma pequena produção caseira, segue
depositando energia para transformar
desafios em novos projetos. Perante a
crise geral de confiança instalada no
país, Roberto tranquilamente afirma
que é possível manter o controle no
mercado, desde que haja boa vontade,
garra e determinação para superar essas
dificuldades momentâneas.
“Nossa meta futura é que sejamos
reconhecidos mundialmente como
uma empresa inovadora, onde 40% do
faturamento anual seja decorrente de
novos produtos”, projeta Roberto.
Provamos mais uma vez que é possível que uma empresa nacional, em parceria com pesquisadores
brasileiros, participe do seleto time dos grandes nomes da odontologia global, diz Roberto
46| Living Vectra
O mundo continua
a avançar, e nós
também!
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uma engenharia inteligente para oferecer cada vez mais
produtos e serviços inovadores. O sistema Gen2
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E s t e i r a s
R o l a n t e s
área de lazer
Recife:
uma incursão
pela Veneza
Brasileira
50| Living Vectra
Rica em história, cultura e belezas
naturais, a capital pernambucana
mostra porque é um dos lugares
mais exuberantes e atrativos de
todo o Brasil
Por Felipe Brandão
Fotos Fábio Pitrez
Poucas cidades do país tem o encanto e a magia de Recife. Sua
paisagem cortada por rios, canais e pontes faz jus à alcunha de
“Veneza brasileira” pela qual é conhecida. O turismo explode por
lá especialmente em período de Carnaval (a festa em Recife é
considerada uma das melhores do Brasil), durante as festas de São
João, em junho, e também na virada do ano – mas permanece
intenso durante todo o ano. Também pudera: a presença vasta
de construções históricas, igrejas antigas e museus mantém o
interesse turístico sempre em alta.
Mas a riqueza cultural de Recife não se restringe ao aspecto
material. A cidade transborda manifestações artísticas presentes na
religião, na dança, na música, no teatro – é, em suma, uma cidade
que vive e respira cultura em cada canto, cada aspecto.
Um dos principais cartões-postais de Recife é a Praia de Boa
Viagem. A praia possui uma extensão de aproximadamente 7
km na zona sul da cidade, onde é circundada por uma faixa de
condomínios de alto nível e alguns hotéis. A maior parte do
terreno da praia é composta por uma barreira de recifes naturais
(os tais que dão nome à cidade) – e que, nas marés baixas,
formam pequenas piscinas naturais entre suas águas mornas e
esverdeadas.
Boa parte da história e cultura que marcam a cidade de Recife
estão preservadas no seu centro histórico, sobretudo no bairro
conhecido do Recife Antigo – onde boa parte das construções
históricas são preservadas em sua arquitetura original, algumas
intactas, outras restauradas. Essa é a essência do Recife Antigo: ele
preserva em suas construções boa parte da capital tradicional e
histórica que muitos só conhecem de ouvir falar.
A Praça do Marco Zero, é, como o próprio nome sugere, o lugar
onde Recife começou. Sempre movimentado, o local chama
a atenção por duas presenças imponentes: a do Centro de
Artesanato de Pernambuco, conhecido pela presença marcante do
que há de mais tradicional na produção de manufaturas locais; e o
Parque de Esculturas Francisco Brennand, um conjunto de colunas
localizadas do outro lado da Bacia do Pina.
área de lazer
O Parque das
Esculturas Francisco
Brennand homenageia
os cinco séculos de
história do Brasil
No solo as
marcas das
linhas de bondes
que percorriam
a capital até
meados do
século XX
A Feira de Bom Jesus
oferece o que há de
mais tradicional no
artesanato recifense
A Ponte da Boa Vista, construída em 1640 por
encomenda de Maurício de Nassau
52| Living Vectra
A sombrinha do
frevo é destaque
nas ruas de Recife
O museu Embaixada de Pernambuco
homenageia o frevo em ícones e
apresentações artísticas
A suntuosa e impressionante
arquitetura da Basílica Nossa
Senhora da Penha
O bar Teatro
Mamulengo
apresenta todas as
semanas o tradicional
espetáculo com
bonecos
Living Vectra | 53
área de lazer
O Paço do Frevo abriga
oficinas, pesquisas e exposições
a respeito do ritmo pernambucano
que já é considerado patrimônio
da humanidade
Sombrinha
adaptada para a
dança no Carnaval
de 1940
54| Living Vectra
RITMO QUE CONTAGIA
A pegada cultural recifense ganha contornos mais
coloridos bem próximo dali, no Paço do Frevo, um
museu dedicado ao estudo e à preservação deste ritmo
genuinamente pernambucano que já é considerado
patrimônio imaterial da humanidade. O local, fundado
por iniciativa da Prefeitura de Recife, conta com uma
programação variada que inclui exposições, cursos e
oficinas culturais.
Existem nos corredores do Paço do Frevo exposições
itinerantes e permanentes – como, por exemplo, a
mostra fotográfica de 365 imagens sequenciais a que
narram o dia a dia do Carnaval recifense, mostrando que
os profissionais envolvidos na preparação desta festa que
é um verdadeiro símbolo da cidade não se dedicam a
essa tarefa tão somente nos poucos dias do festejo, mas
durante o ano inteiro. Com forte presença de turistas,
o espaço conta com monitores especializados, que
oferecem visitas guiadas em inglês e em português, e
abre todos os dias, exceto às segundas-feiras – nos dias
úteis, das 9h às 17h; aos finais de semana, das 14h às
18h. A entrada custa apenas R$ 8, exceto às terças-feiras,
quando todas as visitas são gratuitas.
Os amantes do genuíno artesanato recifense vão ficar
verdadeiramente encantados com a Feira do Bom Jesus,
que acontece todos os domingos no mesmo bairro.
Barro, madeira, tecidos, biscuit e bijuterias são algumas
das matérias-primas usadas para confeccionar as peças
encontradas nas barracas, instaladas todos os domingos,
das 14h às 20h, ao redor da Praça do Arsenal da Marinha.
A estrutura do Mercado São José é de inspiração e origem francesa
PALADAR E HISTÓRIA
Poucos espaços são tão tradicionais em Recife como o Mercado São José. A construção datada de 1875
possui uma área coberta de 3.500 m² e abriga barracas de vendas de todos os tipos de produtos: peixes,
carnes, charque, crustáceos, verduras, frutas, lembrancinhas, salgados, frios, laticínios, ervas medicinais e
bebidas, além de belos artesanatos.
O mercado possui estrutura toda em ferro, importada da França e inspirada na arquitetura do mercado
de Grenelle, em Paris. Devido a seu tradicionalismo e valor histórico, já foi tombado como Patrimônio
Histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) – nada mais justo para um
espaço dessa magnitude, que contabiliza 141 anos de existência e é reconhecidamente o maior mercado
da América Latina. As instalações passaram por uma reforma profunda em 1989, após o incêndio que
destruiu parte de sua estrutura – obra que levou quase um ano para ser concluída.
Cabe destacar ainda a presença de um Centro de Atendimento ao Turista dentro do mercado, onde
profissionais capacitados em mais de um idioma oferecem orientações e informações aos muitos turistas
que passam por ali.
Living Vectra | 55
área de lazer
Da França para
Pernambuco
Numa outra ala da cidade, mais especificamente
na Zona Norte, as atrações gastronômicas
adquirem novos contornos através de
restaurantes refinados como o Ponte Nova, de
propriedade do reconhecido chef de cozinha
Joca Pontes, que tem se destacado no cenário
local ao combinar ingredientes típicos da
culinária pernambucana em receitas de base
europeia.
Não é casual a identificação de Pontes com
a culinária da França, onde residiu por três
anos, de 2000 a 2003, e obteve o cobiçado
diploma da Escola Superior de Cozinha Francesa
(Ferrandi). Sem medo de inventar, ele tem feito
da união inusitada dos paladares parisiense e
recifense a grande atração de seu restaurante.
“Meus restaurantes têm um pouco dessa
pegada francesa, por causa da minha formação.
Minha base técnica é a comida francesa,
mas em contraponto eu trabalho muito com
ingredientes regionais. Esse é o nosso objetivo:
construir uma cozinha autoral, pernambucana e
brasileira”, resume o chef.
Um dos exemplos é o ovo molê, uma versão
abrasileirada – ou melhor, pernambucanizada
– do ovo molet francês. “Trata-se de um ovo
caipira, cozido com casca, a clara dura e a
gema mole. Ele vem sobre um pirão de queijo,
açafrão da terra, bacon grelhado e uma farofa de
pão integral. É delicioso”, descreve Joca. Outra
inspiradíssima criação sua é o chamado baiãotrês-chique, uma “adaptação” do famoso baiãode-dois. “A receita substitui o tradicional feijão
por outros ingredientes interessantes, como
arroz vermelho, charque, uva passa, uva de São
Francisco, farofa integral e camarões grelhados, o
que confere um sabor diferenciado.” E o esforço
de Joca está mais que compensado: o Ponte
Nova já foi inclusive listado entre os 50 melhores
restaurantes do Brasil, segundo levantamento do
sempre influente Guia Quatro Rodas.
Além do Ponte Nova, Joca possui outros dois
restaurantes em Recife: o Villa Cozinha de Bistrô,
um restaurante de ambiente descontraído cujo
paladar remete às “brasseries” parisienses, e o
Bersi, uma creperia com serviço de restaurante
que já possui três unidades em toda a cidade.
56| Living Vectra
O Restaurante
Ponte Nova é
sucesso desde
2003 na capital
pernambucana.
Da entrada à sobremesa:
ovo molê, baião-trêschique e tapioca nortenha
são algumas das delícias
preparada pelo chef Joca
O ambiente formal e elegante e a
gastronomia saborosa são a receita de
sucesso de Joca Pontes para o restaurante
área de lazer
Delícias exclusivas
O bolo de rolo da Casa
dos Frios é apreciado
em todo o país
E, se depois do prato principal vem
a sobremesa, a melhor pedida é sem
dúvida a Casa dos Frios. Inaugurado
em 1969, sob administração de dona
Fernanda Monteiro Dias, proprietária
desde a fundação, e de seu finado
marido, o português Ercínio Dias
Ferreira, o espaço era uma quitanda
de apenas 30 m² quando Fernanda
decidiu incrementar a receita
tradicional da terra do marido – o
bolo de rolo – e vendê-la no local.
O sucesso foi imediato e, hoje em
dia, quando se fala em bolo de
rolo na capital de Pernambuco, a
Casa dos Frios é parada obrigatória.
“As pessoas não apostavam que
fosse durar dois meses nosso
empreendimento. Hoje já são quase
50 anos de estrada”, resume dona
Fernanda, orgulhosa do negócio
familiar.
Hoje em dia, o produto já é
comercializado em diversas versões,
como a de torta (cheesecake),
bombom e casadinho (bolo de
rolo em camadas). Uma equipe,
treinada pela própria dona
Fernanda, encarrega-se de produzir
diariamente os bolos. Recentemente,
dona Fernanda criou também uma
versão diet de seu bolo de rolo, a
qual – ela garante – é tão saborosa
quanto a original.
Em 2013, foi inaugurado um serviço
de venda online dos produtos para
todo o Brasil, o qual encontra-se
interrompido momentaneamente
por questões de logística – mas logo
será retomado, conforme promete
a diretora da empresa, Isabel Dias. “A
procura pelo bolo é muito grande,
no Brasil inteiro. Porque é o tipo de
bolo que não se encontra da mesma
forma em outros estados, é algo
demarcadamente de Pernambuco”,
explica ela, filha de dona Fernanda
e um dos braços-direitos da mãe na
administração do negócio.
58| Living Vectra
A idealizadora
Fernanda
Dias e sua
filha, Isabel,
comemoram
o êxito do
negócio
familiar
Cheesecake
Bolo de
rolo em
versão
bombom
Casadinho
de bolo
de rolo
Bolos souza-leão e pé
de moleque também
estão incluídos entre as
especialidades da casa
Living Vectra | 59
área de lazer
Comer, rezar, nadar
Quase tão rica quanto a própria capital, Olinda é um show à parte quando se trata de turismo pela região
metropolitana de Recife. A pequena cidade vai muito além de seu conhecido Carnaval e enche os olhos de
visitantes nacionais e internacionais com sua impressionante riqueza histórica e arquitetônica, que engloba 22
igrejas e 11 capelas.
Um dos destaques é o Convento de São Francisco, construção datada de 1585 e tombada pela Unesco como
Patrimônio da Humanidade, tamanha sua importância. É o convento franciscano mais antigo da história do
Brasil e inclui em suas instalações a Igreja de Nossa Senhora das Neves e a Capela de São Roque, além de um
claustro (espaço para isolamento dos frades) e uma sacristia. Estes dois ambientes merecem especial atenção,
pela presença de painéis de azulejos portugueses que ilustram temas representativos da fé cristã.
Peças de
artesanato
em Olinda
despertam em
cheio o interesse
dos turistas
A suntuosa Capela
de São Roque
60| Living Vectra
Convento de São Francisco é uma das
relíquias históricas de Olinda
Capela do Convento
de São Francisco
Igreja de São Pedro Apóstolo
Igreja de São Bento
Igreja de Nossa Senhora das Neves
62| Living Vectra
área de lazer
A exuberante Praia
de Carneiros abriga
também as ruínas
do Forte de São
Francisco
A igreja Nossa
Senhora de Nazaré
ainda conta com
missas semanais
Ruínas do Convento das
Irmãs Carmelitas
Quando se fala no litoral nordestino,
automaticamente se pensa em praias.
Ao redor da capital, pontos exuberantes
como a praia de Calhetas são marcantes
e fazem a cabeça e a diversão dos
turistas e viajantes.
Localizada em uma península no Cabo
de Santo Agostinho, a 50 km de Recife,
o local é perfeito para desfrutar de
momentos de relaxamento e diversão
– os fãs de adrenalina vão adorar, por
exemplo, praticar tirolesa no local.
Sempre movimentado, o Bar do Arthur
abrange toda a principal enseada
da praia e foi pioneiro em explorar o
potencial comercial e turístico da região,
garantindo ao público visitante ótimas
opções de frutos do mar e outros
alimentos típicos dessa região.
O Bar do Arthur é a sensação dos
turistas que visitam Calhetas
Living Vectra | 63
As belezas
(e sabores)
da Praia de
Carneiros
A Praia de Carneiros é sem sombra de dúvida
uma das mais belas praias do Nordeste brasileiro.
Suas águas quentes e calmas localizam-se a cerca
de 110 km da capital pernambucana e oferecem
uma gama de diversão e cultura como poucos
lugares no Brasil. Ao redor de um dos trechos
mais belos da praia fica o Restaurante Bora Bora,
com um cardápio variado de bebidas, porções
e frutos do mar capaz de atender a todos os
paladares.
Carneiros também se destaca pela presença
de imponentes construções históricas, como a
Capela de São Benedito, construída no século
XVIII e até hoje comumente alugada para a
realização de cerimônias de casamento. Ou ainda
as ruínas do Convento das Irmãs Carmelitas,
cuja construção foi realizada entre 1692 e 1731,
próxima à igreja de Nossa Senhora de Nazaré,
com boa parte de sua estrutura original ainda
conservada e que conta ainda com a realização
semanal de missas, sempre aos sábados, às 19h.
64| Living Vectra
área de lazer
Peixe recheado e
camarão ao creme
de cachaça estão
entre as delícias
preparadas por
Lúcia Soares
A praia de Porto de Galinhas, localizada no município de
Ipojuca, destaca-se pela beleza de suas águas claras e mornas
formadas entre corais, e pelo imenso conjunto de recifes que
a compõe nas proximidades da orla. Considerada uma das
melhores praias do Brasil e frequentada por surfistas e turistas
de todo o mundo, chama a atenção tanta pela exuberância
natural como pela ampla rede de lazer oferecida aos que
vivem ali ou passam por lá.
Um dos mais badalados pontos de encontro do local é
o Restaurante Porto Mix, fundado e administrado pela
alagoana Lúcia Soares. Há apenas seis meses, a alagoana vem
conquistando seu espaço no litoral de Pernambuco através
de uma culinária original e saborosa.
Feliz com o sucesso, a proprietária gaba-se de ter planejado
desde o início cada detalhe para fazer do Porto Mix o êxito
de público que é hoje em dia. “Nossa ideia era montar um
lugar gostoso, onde o cliente pudesse ter acesso direto à
praia, em que pudesse se sentir à beira-mar dentro do próprio
estabelecimento. Hoje em dia não basta apenas agradar o
cliente, é preciso encantá-lo”, define.
O cardápio do Porto Mix, ela frisa, é um destaque à parte. “Um
de nossos pratos mais originais é o camarão ao creme de
cachaça, preparado com abacaxi regado a queijo catupiry e
coalho. É de inspiração francesa. Além de ser chique, o sabor é
espetacular”, gaba-se.
Para Lúcia, o segredo de seu sucesso é muito simples:
“Quando você faz as coisas com amor, não existe receita
melhor. A receita para qualquer tipo de trabalho é se
identificar com aquilo que você faz. Ter o seu tempo para se
dedicar aquilo com amor”, acredita.
Living Vectra | 65
área de lazer
Arte,
uma missão
de vida
66| Living Vectra
Living Vectra | 67
Quem entra pela primeira vez na Oficina de Francisco
Brennand tem a impressão de estar diante não de obras
específicas, de uma exposição, mas sim de algo maior:
uma imensa obra em constante construção e renovação.
Isso é bem verdade: o próprio Brennand considera a
oficina como um todo sua grande obra – uma obra que
ele não considera finalizada, mas sempre em permanente
construção. “Precisaria de pelo menos mais uma vida para
completar tudo isso. E ainda assim não estou seguro de
que conseguiria”, costuma afirmar o artista de 89 anos,
gracejando – mas falando muito sério.
As características
marcantes
da obra de
Brennand estão
impressas por
todo o espaço.
O escultor tem uma explicação curiosa de como resolveu
se dedicar às artes: “Em 1959, eu estava em São Paulo à
espera da inauguração da Bienal e, nesse ínterim, conheci
o maestro Carlo Prina, e o cartão de visita que recebi dele
dizia: ‘Carlo Prina, ex-passageiro do Paquete Arlanza’. Ele
deu uma importância muito grande a essa embarcação
porque o trouxe da Europa pro Brasil. Já eu viajei pra
Europa através do Navio Alcântara, um transatlântico da
Marinha Real Inglesa, que me levou do Rio para Cherburgo,
depois para Paris de trem. Essa viagem para mim foi
capital – a minha história foi ter viajado do Navio Alcântara,
O Templo do Ovo
Primordial é a
representação cabal
do anseio do artista
pela eternidade.
porque ele me levou a Paris e me definiu. Depois de estar
em Paris, eu não podia fugir mais do estigma de ser artista.
Deveria colocar no meu cartão de visita: ‘ex-passageiro do
Navio Alcântara’.”
Brennand faz questão de frisar que considera o pintor
pernambucano Cícero Dias, com quem conviveu no
final dos anos 1940, seu grande impulsionador para
que fosse até Paris e fizesse a viagem que mudou sua
vida. “Considero-me artista não desde o momento em
que comecei a desenhar e a pintar, mas desde que essa
experiência em Paris pôs à prova as minhas convicções
pessoais como artista. Por haver participado do SalãoMuseu de Pernambucano ao lado de vários outros pintores
e até professores da Escola de Belas Artes – e saído de
lá com o primeiro lugar –, é claro que eu podia nesse
momento, em 1947, aos meus 20 anos, me considerar um
pintor. Dali em diante, porém, os prêmios que ganhei me
levaram até Paris e a partir daí não houve mais volta: eu
tinha que ser pintor ou artista de qualquer forma. E lá vivi
algum tempo, no período heroico da França pós-Guerra”,
recorda-se.
“Precisaria de ao
menos mais uma
vida para terminar
minha obra”,
afirma o escultor.
A Oficina Brennand, localizada no bairro da Várzea, Zona
Oeste de Recife, foi construída em 1917 por Ricardo de
Almeida Brennand, pai do artista, para abrigar uma olaria,
de onde ele tirou por anos o sustento de sua família. Em
1945, o negócio foi fechado e Francisco viu a oportunidade
de transformar aquela construção que fora palco das
Living Vectra | 69
Uma pequena
amostra da
infinidade de
peças cerâmicas
produzidas por
Brennand – e
expostas em sua
oficina
70| Living Vectra
Living Vectra | 71
lembranças e do imaginário de sua infância na obra
de arte de toda a sua vida. “Em um passeio casual
por aqui, eu achei um absurdo que este conjunto
fantástico estivesse em abandono. Pedi a meu pai que
me deixasse reconstruir tudo isso. Não tinha esperança
nenhuma, esperava que ele negasse. Mas, para surpresa
minha, não sei se ele queria se ver livre de mim logo
porque era o começo da noite... Ele me respondeu:
só não mando você começar isso hoje porque está
escuro. Mas comece amanhã. E eu saí encantado com
essa resposta”, relata, emocionado. “Gostava deste
espaço porque havia sido muito importante para mim
e meus irmãos, que brincávamos aqui na infância, e
porque considerava isso um lugar misterioso. Porque
se observarmos, todas as luzes da fábrica estão acesas,
mas se a apagarmos ela fica escura, tenebrosa, além
dos fornos, que são lugares misteriosos, porque são
grutas... Isso nos encantava, nos deixava fascinados.”
Há quem rotule a obra cerâmica de Brennand como
erótica, pornográfica até. Mas enxergá-la assim,
simplesmente, é raso demais: por trás das formas
fálicas, seios e genitálias femininas, existe a marca de
um anseio, uma inquietação que permeia sua visão
sobre o mundo e os mistérios que este lhe (nos)
oculta: a eternidade. O Templo do Ovo Primordial,
localizado no pátio central do complexo, ostenta um
ovo pendurado por um cabo de aço, protegido pelos
chamados pássaros Roca, figuras míticas da lenda de
Simbad, e de alguma forma ilustra o início desse ciclo
que nunca termina. “Tenho o ovo como um elemento
fundamental da expressão do meu trabalho. É um
símbolo, o emblema da eternidade, imortalidade.
Coitada da forma que não couber dentro de um ovo,
eu costumava dizer. Do ovo podem nascer os pássaros
– as criaturas mais inocentes –, mas também podem
nascer as cobras, as serpentes, que são o símbolo do
mal intrínseco”, filosofa Francisco. Já na pinacoteca de
Brennand – exposta em um longo espaço batizado de
Accademia –, o apelo erótico é ainda mais veemente: a
fêmea essencialmente reprodutora retratada em suas
esculturas dá lugar à figura da mulher enaltecida em
toda a sua sensualidade.
Uma profunda atmosfera de religiosidade permeia o
espaço de seu ateliê, não só no canto gregoriano que
entoa diariamente por todo o local, mas sobretudo nos
símbolos de diversas religiões que ele sincretiza em sua
produção artística. O arco de Oxóssi, uma referência ao
orixá reverenciado no candomblé e na umbanda, é o
símbolo oficial da galeria, impresso diversas vezes ao
longo de sua arquitetura e também presente em muitas
de suas obras específicas. “Dentro de um conjunto
aparentemente pagão, eram necessários alguns
elementos religiosos cristãos. O pátio no centro do qual
construí o Templo do Ovo Primordial, por exemplo,
reúne uma série de referências ao cristianismo: Adão e
Eva, Caim e Abel... Tudo isso formando uma espécie de
mitologia pessoal”, explica o próprio Brennand.
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72
| Living Vectra
estante
Um passo
à frente
74| Living Vectra
Modernidade e alto
padrão caracterizam
o novo complexo
empresarial de
Londrina, entregue pela
Vectra Construtora
Por Daniele Machado
Fotos Fábio Pitrez
Sofisticação, inovação, qualidade,
sustentabilidade e conforto são os pilares
do novo empreendimento da Vectra: o
Complexo Empresarial Palhano Saquare
Garden, localizado no ponto mais alto da
Avenida Ayrton Senna da Silva, a principal
e mais movimentada via da Gleba Palhano.
O edifício complementa o Palhano
Premium, conjunto já entregue e
localizado ao lado, que divide o princípio
de ser referência comercial não apenas no
bairro da Gleba, mas em toda cidade de
Londrina. Os dois prédios juntos somam
60 lojas, sendo 45 dessas alojadas no
Square Garden, que também conta com
uma ampla praça de alimentação.
Roberta Nunes Mansano, diretoraadministrativa da Vectra, considera
este momento de conclusão das obras
importante para comemorar com os
clientes e parceiros. “Após um longo ciclo
de 40 meses, o momento de entrega
é sempre muito feliz e oportuno para
confraternizar; mas, acima de tudo, para
perceber a satisfação dos nossos clientes
e dos profissionais que trabalharam desde
a concepção do projeto arquitetônico à
elaboração da decoração interna, para que
um resultado satisfatório fosse alcançado”,
declara.
As arquitetas Eliza Koyama e Márcia Ivale,
do escritório Architectural, estão à frente
de projetos com a marca Vectra desde a
fundação da empresa. Eliza fala de como o
Palhano Square Garden foi pensado e do
diferencial deste complexo empresarial.
“O mais importante nesse projeto foi
pensar a integração entre os ambientes,
como se fosse um ‘shopping meio aberto’,
com iluminação e ventilação naturais.
A concepção do empreendimento
foi fortalecida na arquitetura das salas
comerciais que foram pensadas para
que qualquer profissional possa utilizar o
espaço como seu ambiente de trabalho,
com conforto e funcionalidade”, explica.
Além das lojas com mix variado, os amplos
corredores e a arquitetura integrada ao
paisagismo foram inspirados nos centros
comerciais mais modernos e sofisticados
do mundo, como o Cidade Jardim, em São
Paulo, e o Bal Harbour Shops, em Miami.
A abertura das lojas está prevista para
o segundo semestre, oferecendo mais
opções de comércio e lazer para a região.
A arquiteta afirma que a parceria do
escritório com a construtora é ótima e
Living Vectra | 75
Hall de acesso e praça de
alimentação: arquitetura
e paisagismo sofisticados
projetados para atender
toda a demanda do
complexo
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76
| Living Vectra
sempre gera bons resultados. “No Palhano
Square Garden, especialmente, recebemos
alguns feedbacks muito positivos com
relação às salas e ao diferencial que elas
trazem: as sacadas. Ficou um espaço muito
bonito, com uma vista incrível”, completa.
Cléber Maurício de Souza, coordenador
de vendas da Vectra, conta que a
inspiração para esses projetos de tanto
sucesso foram os edifícios “Triple A”,
com arquitetura diferenciada e soluções
inovadoras. “Este empreendimento tem
grandes diferenciais, além da localização:
facilidade de estacionar, elevadores de alta
performance, piso elevado, o mix de lojas
e tudo o que um ‘Triple A’ deve ter”.
Souza comenta sobre os projetos
futuros da construtora para a região do
Palhano Square Garden: “na entrega de
um empreendimento, normalmente já
estamos trabalhando com as próximas
projeções. Na sequência, teremos um
empreendimento voltado à moradia ao
lado do Square. Serão estúdios e lofts –
ambientes conjugados para moradia e
trabalho no mesmo local – de um ou dois
quartos, para o conforto de quem opta por
esse estilo de vida”.
O atleta Rafael Rodrigues é um dos
clientes satisfeitos com o produto
entregue e com as perspectivas futuras.
Adquiriu uma unidade comercial no
Palhano Square Garden para investimento
e afirma que o empreendimento superou
suas expectativas.
“Eu comprei para investir, não moro em
Londrina. Mas tenho planos futuros de
vir pra cá. Há muito tempo eu pensava
em investir em um empreendimento e a
escolha pelo Square se deu pelo projeto
Living Vectra | 77
como um todo, pelos benefícios que ele
oferece, sendo diferenciado em Londrina;
o único neste padrão de complexo
empresarial. Também pela localização e,
claro, pela qualidade do trabalho que a
Vectra entrega”.
A noite da entrega “oficial” dos
empreendimentos para os clientes foi,
segundo Rafael, surpreendente. “Foi
somente na entrega que consegui ter a
dimensão exata de como ficou ótimo,
desde o saguão até as salas individuais.
Realmente, um investimento certeiro. Que
venham outros!”, completa.
Elevadores de
alta performance,
característicos
da arquitetura
diferenciada de
edifícios Triple A
78| Living Vectra
A DIFERENÇA
ENTRE O COMUM E O
EXTRAORDINÁRIO
Com tubo flexível revestido
de silicone, bica giratória com ângulo
de 360º, duas opções de jato,
acabamento cromado resistente
à corrosão e com Garantia Toda Vida,
o Monocomando para Cozinha DOC
é prático e confere personalidade
para seu ambiente, trazendo a dose
perfeita de ousadia e sofisticação.
docol.com.br
área de serviço
Diversão x segurança
Playgrounds merecem atenção e cuidados especiais para
que os momentos de lazer sejam sempre agradáveis
Por Daniele Machado Foto Fábio Pitrez
Ar puro, brincadeiras criativas, interação social, liberação de
energia. Tudo isso é importante para o crescimento saudável
das crianças. E cada vez mais os condomínios têm pensado e investido em espaços que atendam a necessidade das
crianças e dos pais. Os playgrounds devem ser arquitetados
com minúcia.
Não basta o playground ter regras de boa convivência, é comum ocorrerem acidentes nos parquinhos. Por isso, é importante atentar-se às regras de segurança. Além de orientar os
pequenos, é preciso observar diversas questões como, por
exemplo, se a criança está usando os equipamentos adequados para sua faixa etária.
Devem ser priorizados brinquedos com cantos arredondados,
que usem tintas atóxicas, preferencialmente coloridas, parafusos galvanizados (que não enferrujam) e embutidos, materiais
que não expõem a criança ao risco de cortes.
Augusto Becker, supervisor de desenvolvimento de produto da
Xalingo, salienta a importância de outros cuidados para manter
a segurança na hora da diversão. “Um aspecto muito importante diz respeito ao acompanhamento constante de um adulto
ou de uma pessoa responsável”.
80| Living Vectra
A gerente de marketing da empresa, Tamara Campos, reforça
que além de se atentar às regras de segurança, é preciso verificar as certificações dos brinquedos. E, claro, o mais importante
é brincar. “É fundamental que o playground seja atrativo para
as crianças. Sendo assim, as cores, o formato, os personagens,
a área livre e tudo o que há em volta precisam encantar os pequenos. O brinquedo precisa ser desafiador e trabalhar a capacidade cognitiva de acordo com cada faixa etária”.
Para que a diversão e a segurança sejam constantes, fique de
olho em mais estas dicas:
Os brinquedos devem ser instalados em pisos que absorvam
impacto, como borracha, grama ou areia. Em caso de quedas,
eles fazem a diferença;
Observe os limites de alturas e idades dos brinquedos. Se não
existir uma orientação explícita, procure se informar com os responsáveis. Vários acidentes acontecem com crianças pequenas
em brinquedos destinados a idades mais avançadas;
Os brinquedos que exigem mais cuidados são os escorregadores e balanços. Eles são os líderes de ocorrências de acidentes. Redobre a atenção com balanços que não têm encosto
nas cadeiras.
quintal
Identificação
eletrônica no
mundo pet
Desmitificando a utilização
de microchips em animais de
estimação, clínicas veterinárias estão
cada vez mais adeptas à tecnologia
Por Daniele Machado
Fotos Fábio Pitrez e divulgação
Microchip:
seguro, indolor
e tem tamanho
próximo a uma
ponta de lápis
82| Living Vectra
Injetor para o
microchip é
descartável e só
pode ser utilizado
por médicos
veterinários
Um dispositivo eletrônico, com tamanho
aproximado de um grão de arroz, capaz
de armazenar todos os dados de seu pet
através de um código numérico exclusivo e
inalterável. Os microchips atuam como um
RG do animal e não oferecem risco algum à
saúde dos bichinhos.
A identificação eletrônica é a maneira mais
eficaz e segura de cadastrar o proprietário
responsável pelo animal, de forma definitiva.
Aparelho leitor
do dispositivo
que identifica se
o animal possui a
identificação
“O dispositivo deve ser implantado através
de um injetor descartável e estéril, na nuca
do animal, entre as escápulas, no tecido
subcutâneo profundo. A aplicação é simples,
rápida e indolor. Não é preciso sedar o
cão ou gato, normalmente os animais não
reclamam e não existe sangramento no local
da aplicação”, explica Fabiana Zerbini, gerente
técnica da Virbac, companhia farmacêutica
veterinária. A aplicação só pode ser realizada
por médicos veterinários.
Living Vectra | 83
A identificação
é como um RG
do animal, cada
sequência de
números é única
Ela explica que depois de implantado, o
microchip não requer nenhum cuidado
especial ou manutenção, pois é revestido
com um material inerte, liso, biocompatível
e antimigratório. “É um material inofensivo
à saúde animal. Não há, praticamente,
possibilidade de desenvolver processo
alérgico ou de rejeição após o implante”.
microchip em todos os animais conveniados,
independente do tipo de plano contratado.
“É um benefício e uma segurança para o
nosso associado. Temos uma preocupação na
escolha da marca desses microchips também,
utilizando o produto que tem chance nula
de rejeição do animal”, explica Luciano Costa,
gestor de projetos da UniFil.
O microchip tem como vantagem a facilidade
de identificação do proprietário na hipótese
do animal encontrar-se perdido. Mas, para
isso, é preciso que o animal encontrado
seja levado a uma clínica veterinária que
possua a leitora do dispositivo. Só assim é
possível identificar se o animal possui ou
não o microchip e, então, conferir os dados
registrados para encontrar o dono.
Por ser um método de identificação de fácil
aplicação, oferecendo segurança, praticidade
e eficiência no controle, só no Canadá e
Estados Unidos, onde é obrigatório o uso
há muito tempo, mais de 15 milhões de
animais são registrados. No mundo todo,
este número passa de 50 milhões, já que na
Europa a implantação também é obrigatória.
Na América do Sul, há diversos projetos
de lei em estudo para adotar o microchip,
principalmente no Brasil.
Os dados cadastrados vão desde o nome
do animal, raça, nome do dono, endereço
e telefone a informações sobre vacinação,
data de nascimento ou adoção em alguns
casos. Criadores de cães e gatos já utilizam
o microchip por exigência de associações,
para assegurar a origem da raça e impedir
falsificações de pedigree.
Em Londrina, o plano de saúde UniFil Pet
– mais uma tendência neste mercado que
cresce ano a ano – adota a implantação de
84| Living Vectra
Há quase 10 anos, a Federação de Cinofilia
do Estado de São Paulo adotou o sistema,
sendo obrigatória por lei a implantação
do microchip nos animais que forem
comercializados, permutados ou doados. Seja
na regulação do mercado de pets, seja na
segurança dos donos de animais domésticos,
essa é uma inovação tecnológica que veio
para ficar.
álbum
Fotos Fábio Alcover
Artesanalmente saborosas
A Vectra Store foi cenário para uma degustação de
cervejas artesanais assinadas por Vinícius Munhoz,
leia-se Santo Prazer. Os rótulos servidos foram
harmonizados com mini-hambúrgueres criados por
Cláudia Tasca especialmente para a ocasião. O evento
foi patrocinado pela Vectra e BMW Euro Import.
Sandra e Fabrício Itoh
Vinícius Munhoz
Martins Filho e Juliana Galvão
Luciano Dutra e Tatiane Moreno
Guilherme Alves Nunes e Germano Façanha
Glauco Ramos, Ednéia Santa Rosa e Renan Costa
Beatriz Tamura e Eduardo Moura
Antônio Campanholi Jr., César Inocente e Fábio Zanluchi
86| Living Vectra
álbum
Fotos Fábio Alcover
Muito além do lugar comum
Clientes e parceiros foram recepcionados para a
entrega do Palhano Square Garden. O edifício,
localizado no alto da avenida Ayrton Senna, destacase pelos espaços bem planejados e pelas soluções
inovadoras. Além das salas comerciais com sacada,
apresenta um mix de 45 lojas nos pavimentos térreos.
Vítor e Sayonara Galão com Brazil Versoza
Vera Prando e Valéria Pita
Ricardo Tassi, Patrícia Reis e Andersen Vasconcelos de Melo
Regina e Manoel Alves Nunes
Paulo e Janete Tressoldi com Gastão Melo
Márcia Ivale e Eliza Koyama
Mayara e Ricardo Virgínio
Kléber e Ana Paula Kaagoe
Fábio e Roberta Mansano
88| Living Vectra
Frank e Luciana Hisatomi
Show
de fogos
de artifício
Dante
e Adriana
Guazzi
Cléber Souza e Marcelo Melhado
Cleuza e José Cândido
Cizo Gonçalves e Francisco Pita
Carlos Nozai e Gisela Kanashiro
Caco e Bruno Piacenti com Paula Piccinin de Medeiros
Ana Paula e Renata Sitta
Adílson Cerkuenik e Guilherme Alves Nunes
Adriano Torres e Aline Vitali
Living Vectra | 89
álbum
Fotos Fábio Alcover
Inspirações em Gaudí à mesa
A já tradicional aula show na Vectra Store ganhou
contornos catalães. Os chefes Pablo Lussich e Ana
Paula Lopes mesclaram as influências e os temperos de
Barcelona para o deleite dos convidados. O evento teve
patrocínio de Vectra, Art & Luz, Sandrin Planejados,
Buffet Planalto e Vinícola Salton.
Fábio Mansano e José Nicolás Mejía
Mariana e Isabela Dequêch
Ricardo, Carolina e Beatriz Montanheiro
Tânia e Marcos Tosato
Willian Girotto e Carla Voll
Bruno e Laurilma Bonalumi
Michelle Krieger, Leonardo Sturion e Maíra Garcia
Fábio Abdo e Antônio Amaral
90| Living Vectra
álbum
Fotos Fábio Alcover
O melhor zumbido de Moska
A série Vectra ConstruSom abriu seu 11° ano de
incentivo à música brasileira em grande estilo. O show
Violoz, com o cantor e compositor Paulinho Moska,
encantou os presentes no Teatro Marista. O carioca
relembrou, em quase duas horas de espetáculo, grandes
sucessos dos vinte anos de carreira solo.
Simone e Carlos Maístro
Paulinho Moska com Roberta e Fábio Mansano
Ossamu e Lourdes Kaminagakura
Oleide Lelis e Ana Paula Miqueletti
Liliane Nunes e Rui Leite
Hélion Lino Jr. e Cláudia Romariz
Dalmo e Marta Grossi
Beatriz e Ricardo da Guia Rosa
Ana Maria Tayama e Chris Brasil Jozzolino
92| Living Vectra
espaço gourmet
A
personalidade
da gastronomia
catalã
Inspirado na Linha Gaudí de empreendimentos
da Vectra, evento gourmet dá um toque de
sofisticação em noite de cores e sabores
Por Daniele Machado
Fotos Fábio Pitrez
94| Living Vectra
Foto Fábio Alcover
Foto Fábio Alcover
Aula show com os chefs da Escola Menu,
Pablo Lussich e Ana Paula Lopes
Living Vectra | 95
Um dos pratos servidos: mariscos salteados frescos
Um passeio pelos sabores da região da Catalunha.
Uma noite de terça-feira em maio recebeu o
toque especial e sofisticado dos chefs de cozinha
Pablo Lussich e Ana Paula Lopes, que conduziram
prestigiado evento gourmet realizado na Vectra Store.
azulejos utilizados por Gaudí”, conta o chef.
Com vasta experiência gastronômica e currículos
que acumulam mais de 15 anos de conhecimento
em culinárias regionais e internacionais, os chefs,
sócios-proprietários da Escola Menu de Londrina,
capricharam na aula show e deixaram os convidados
impressionados e distribuindo elogios. O cardápio
todo foi inspirado na região espanhola às margens
do Mediterrâneo, caracterizada pela diversidade de
produtos do mar e da montanha.
Graduado em Administração Hoteleira na
Universidade São Francisco em 2002, ele já trabalhou
em diversas cozinhas e restaurantes de hotéis, como
Luna Bistrô (cozinha francesa com toques regionais),
La Vecchia Cucina (internacional), La Pasta Gialla
(italiana) e Capital Burguer (hamburgueria), todos sob
o comando do renomado chef Sergio Arno. Possui
também experiência como chef em grandes centros
internacionais, incluindo Londres.
Pablo revela ser um apaixonado por mariscos e pratos
feitos com frutos do mar, então, quando surgiu a
oportunidade de trabalhar um cardápio diferenciado,
ficou empolgado.
Ana Paula Lopes também tem a gastronomia correndo
nas veias desde a infância. Trabalhava com os avós,
proprietários de um dos primeiros buffets de Londrina,
o Buffet Carvalho.
“Um dos pratos servidos foi algo bem rústico, feito
com mexilhões e muitos frutos do mar. De sobremesa
fizemos uma remontagem de duas receitas
tradicionais da Espanha, que é a Crema Catalana e
os Buñuelos, que são bolinhos fritos, e demos uma
repaginada, fazendo a versão assada, utilizando cristais
de açúcar colorido para fazer referência aos vitrais e
Graduou-se em Turismo e Hotelaria e fez pósgraduação em Gestão de Negócios em Turismo. Ana
Paula ainda é certificada no Curso de “Chef de Cuisine
Internacional” pela Scuola Alberghiera e di Ristorazione
de Serramazzoni, na Itália. Acumula em seu currículo
experiência como professora e chef de cozinha em
vários restaurantes na Inglaterra, Itália e Espanha.
96| Living Vectra
Sua paixão pela culinária começou bem cedo, aos 9
anos, quando ia para a cozinha e pedia para ajudar sua
mãe. Em pouco tempo já estava preparando sozinho
o almoço e o jantar da casa.
Inspirado em Gaudí: salada
com vegetais e um toque
espanhol de páprica picante
Combinação de polvo com lentilhas e beterraba
Living Vectra | 97
“Antes de tudo, tem que ter paixão por
cozinhar, ter o gosto por servir as pessoas e ter
orgulho da profissão. É isso que nós tentamos
passar em nossos cursos e nos eventos que
realizamos. Nos sentimos honrados pelo
convite e por poder mostrar o nosso trabalho
no evento gourmet organizado pela Vectra,
que nos deu total liberdade para criar o
cardápio”, afirma Ana Paula.
O encontro na Vectra Store acontece
duas vezes ao ano e é uma forma de
confraternização e valorização dos vários
aspectos da cultura gastronômica. A noite
temática espanhola foi regada à música e
dança flamenca, com uma apresentação
especial do Trio Sonora Mescla e da bailarina
e coreógrafa Ana Paula Minari.
Pela primeira vez, o evento teve a
participação da Sandrin Planejados e da
Vinícola Salton, além de outros parceiros
que já haviam marcado presença em outras
edições, como a Art & Luz Iluminação e o
Buffet Planalto.
Fábio Mansano, coordenador de
comunicação da construtora, conta que o
projeto surgiu por ocasião da inauguração
da Vectra Store, há seis anos, como
forma de aproveitar o espaço gourmet
ali existente. “Sempre trazíamos chefs
premiados, principalmente de São Paulo e
Curitiba. Este ano, conhecemos o Pablo e a
Ana Paula que, além de muito talentosos,
são daqui e estão investindo na cidade.
Acreditando, como a Vectra, no potencial
que Londrina tem”, declara.
Conheça alguns pratos típicos da Catalunha:
All-i-oli: emulsão feita de azeite de oliva e alho, que
se mistura no mortero (tipo de pilão) até formar uma
pasta cremosa. Esta acompanha carnes e peixes.
Alguns acrescentam gema de ovo ao preparo.
Arroz negro: arroz preparado com frutos do mar,
tingido com tinta de lula (sépia).
Creme catalão e creme brûlé: Crema catalana ou
creme catalão é um doce preparado com creme de
ovos, leite e, por cima, uma fina camada de açúcar,
canela e raspas de limão. É consumido gelado e com
a superfície queimada com o maçarico na hora de
servir.
Fideus a La Cazuela: macarrão bem fino preparado
com frutos do mar, butifarra, lombo, costela e
linguiça de porco.
Mel i mató: é um queijo fresco local, feito de leite
de vaca ou cabra, que se costuma consumir, desde a
Idade Média, com mel como sobremesa.
Pa Am tumàquet: símbolo do povo catalão, o pão
com tomate é consumido em todas as refeições.
Consiste em uma fatia de pão, no qual se esfrega
alho, depois tomate (um tomate específico, não
o utilizado em saladas); rega-se com azeite e uma
pitada de sal.
Panellets de Pinyons: biscoitos à base de marzipã,
amêndoas em pó, ovos, coberto de pinolis. Alguns
levam recheios variados como morango, pistache e
framboesa.
Sarsuela de peix i marisc: caldeirada refinada, feita
com diversos peixes de rocha e mariscos, preparado
com sofrito de picada.
Buñuelos: sobremesa repaginada pelos chefs para ganhar cores,
texturas e alturas remetendo às obras do arquiteto Gaudí
98| Living Vectra
Experiências
Sensoriais:
Ao entrar em contato
com diversos materiais,
os pequenos descobrem
formas e sensações.
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Vivências
Culturais:
A escola oferece um espaço
onde a criança pode
vivenciar, de acordo com
seu desenvolvimento, de forma
lúdica e criativa, experiências nas
quais ela se sinta valorizada e
aprenda a respeitar a diversidade
presente na cultura brasileira.
Atividades
Psicomotoras:
Atividades corporais e motoras
que possibilitam o conhecimento,
o domínio e a dissociação dos
movimentos corporais, pré-requisitos
essenciais na concretização
da alfabetização.
Brincadeiras
ao ar livre:
Um ambiente externo desafiador
com diferentes estímulos ao
desenvolvimento sensório-motor
da criança, possibilitando
descobertas e permitindo
a socialização.
M AT R ÍC U L A S
A B E R TA S
Escola Especializada
em Educacao Infantil
43
3039.1099
home theater
Coração
PéVermelho
100| Living Vectra
O brasileiro Fabiano Petroni relembra suas
raízes na cidade de Londrina e fala da
emoção de ter participado da criação visual
dos mais prestigiados títulos do cinema
americano recente
Por Felipe Brandão
Fotos Fábio Pitrez e Acervo pessoal
Perseverança é uma palavra que resume
bem a trajetória de Fabiano Petroni. Natural
de Santos e criado em Londrina, o rapaz
percorreu um longo caminho até chegar
ao seu cargo atual como diretor técnico
de animação na Weta Digital, empresa de
animação neo-zelandesa responsável pelos
efeitos visuais de alguns dos mais famosos
filmes de Hollywood.
Filho de uma família com poucos recursos,
Fabiano começou a manifestar desde
cedo o gosto pelos desenhos e arte em
geral. O mercado da produção audiovisual
despertou seu interesse em 1993, quando
assistiu no cinema ao longa “Jurassic
Park”, de Steven Spierlberg. “Até então eu
desejava ser um ilustrador de quadrinhos,
em empresas como Marvel, DC, o que já era
um sonho alto. Mas, depois de ver o filme,
li os créditos e percebi que todos aqueles
nomes eram empregos – os primeiros
empregos da indústria de efeitos visuais,
que começava a despontar naquela época”,
contou ele em entrevista exclusiva à Living,
durante passagem por Londrina.
Cada vez mais interessado pelo universo
das animações e das artes gráficas, Fabiano
começou a se aprofundar em seus estudos
e acabou despertando o interesse da
Inflammatio Entertainment, uma das
empresas apoiadas pela Incubadora
Internacional de Empresas de Base
Tecnológica da UEL (Intuel), dedicada ao
design de jogos, à qual se integrou como
estagiário em 2001. “Aprendi muito ali,
cresci muito, mas ardia dentro de mim o
sonho de trabalhar fora do Brasil. Mandava
currículos para toda sorte de empresas e
instituições, até que uma escola de animação na
Nova Zelândia me chamou para assumir o cargo
de assistente de tutor, custeando inclusive
minha passagem para lá. Minha família me
apoiou, e resolvi que era a hora de ir.”
A primeira chance de trabalhar diretamente
com animação se daria alguns anos depois,
quando a escola fechou e Fabiano conseguiu
uma vaga no estúdio Huhu, responsável pela
produção do desenho animado “Os Vegetais”.
A carreira nos bastidores de filmes live action
(com atores reais) se iniciaria apenas em 2012,
com o tão sonhado ingresso na Weta Digital.
“O emprego na Weta havia se tornado uma
obsessão para mim ao longo de 11 anos, desde
quando assisti ao primeiro “O Senhor dos Anéis”
e concluí que aquele era o tipo de coisa que
queria fazer.” E Fabiano foi realmente incansável
em busca dessa meta: “Enviei meu currículo 767
vezes para a empresa – sim, eu contei! Quando
surgiu a chance, mal pude acreditar”, detalha,
aos risos.
De lá para cá, Fabiano orgulha-se de haver
trabalhado nos efeitos visuais de mais de uma
dezena de títulos, que incluem “Homem de
Ferro 3”, “As Aventuras de Pi” , “Jogos Vorazes –
Em Chamas”, “Velozes e Furiosos 7” e o recente
“Mogli – O Menino Lobo”.
Um de seus maiores orgulhos, aliás, foi ter
participado do processo de recriação digital do
galã Paul Walker em “Velozes e Furiosos 7”, nas
cenas rodadas após a morte trágica do ator, em
um acidente de carro em 2013. Para continuar
as filmagens, a produção recorreu aos irmãos
de Paul, Cody e Caleb Walker, para um processo
inovador de reconstrução digital. “Recriamos
digitalmente o rosto do Paul Walker a partir dos
Living Vectra |101
Fabiano nos sets de filmagem de “O Hobbit”, um de seus principais trabalhos
dois irmãos dele. Nós os colocamos em
uma escala 3D e pedimos que fizessem
todo o tipo de expressões, as quais foram
isoladas e manipuladas no processo
gráfico. Houve várias tentativas anteriores
da construção de personagens reais dessa
forma, mas nenhuma com o acabamento
tão bom como neste caso.”
E a coisa não para por aí: Fabiano já está
envolvido no desenvolvimento de novos
títulos, como “Independence Day 2”, “O Bom
Gigante Amigo” e “Guardiões da Galáxia
2”, que chegam em breve às telonas.
Com tanto trabalho lá fora, será que ele
pensa em voltar a se radicar por aqui?
Nem em sonho. “Minha vida está na Nova
Zelândia. Mas sou apaixonado pelo Brasil e,
especialmente, por Londrina. Por questões
de trabalho, não tenho podido estar aqui
tanto quanto gostaria, mas mantenho, além
da família, um círculo de amigos que faço
questão de contatar até hoje, alguns dos
quais conheço há quase 30 anos.”
102 | Living Vectra
Vivendo no exterior há 17 anos, Petroni
lamenta que o Brasil não tenha um
mercado de efeitos visuais tão rico
como o que se encontra no exterior. Na
visão dele, existe por aqui um potencial
inexplorado para esse segmento. “O
grande problema, a meu ver, está na falta
de políticas públicas que impulsionem
o desenvolvimento desse mercado.
Na Nova Zelândia e no Canadá, por
exemplo, existem incentivos fiscais
para empresas que produzem filmes.
Outro ponto está no fato de a produção
dramatúrgica brasileira, tanto de TV
como de cinema, ter um cunho mais
voltado ora para o documental, ora
para o melodrama, em detrimento do
realismo fantástico. Isso acaba sendo um
grande desperdício porque o folclore
brasileiro é rico em histórias incríveis,
que superam “O Senhor dos Anéis” em
dez por um – autores como Monteiro
Lobato que o digam”, analisa.
A instalação do tótem depende da aprovação do poder público.
Perspectiva ilustrativa. Matrícula Nº 80.655 (1º Ofício). CREA 10.428-D/PR. CRECI 3.468-J/PR.
LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA
NA ZONA SUL DE LONDRINA
LOTES
RESIDENCIAIS
LOTES
COMERCIAIS
LOTES EM
CONDOMÍNIO
FECHADO
Living Vectra |103
alto-falante
A voz dos
violões de
Paulinho
MOSKA
Uma mistura de sons e frequências que
une música e poesia e transforma o
palco em um cenário estonteante
Por Daniele Machado Fotos Fábio Pitrez
Living Vectra |105
um ‘voz e violão’; é quase um espetáculo teatral”,
complementa.
Ainda sobre o show e a performance pensada
para a turnê solo, ele avalia como sendo um
momento de solidão. Mas, ao mesmo tempo,
uma forma bonita de comemorar duas décadas
de carreira solo. Por mais de dez anos ele
integrou outras bandas, como a emblemática
Inimigos do Rei.
“Um amante da vida”. É assim que o cantor
e compositor Paulo Corrêa de Araújo, mais
conhecido por Paulinho Moska, se auto define.
Na mais recente edição do projeto cultural
Vectra ConstruSom, Moska traduziu todo esse
amor no palco do Teatro Marista, em Londrina: o
amor pela vida, pela música e por seus violões.
“O Violoz é um momento da vida de muita
solidão. Eu sinto saudade da banda, mas chegou
ao fim e eu queria continuar. Eu não diria que
é a experiência mais maravilhosa desses trinta
anos, mas é uma maneira muito bonita de
comemorar. Eu me perguntei ‘como fazer uma
síntese de tudo isso’? E veio a ideia: eu sozinho
cantando as canções que eu compus, com os
violões que eu mais gosto”.
Uma noite para ficar no coração dos que foram
prestigiar o show da turnê “Violoz”, nome
dado pela maneira peculiar com que o artista
apresenta a voz de seus instrumentos preferidos.
“A ideia do Violoz era juntar violão e voz numa
palavra só”, explica.
O resultado da soma da sua voz, dos cinco
violões e das canções escolhidas, é uma chuva
de poesia pelo palco. São muitos anos de
estrada e uma trajetória rica em experiências,
inclusive uma turnê recente pela América do Sul
e as gravações do programa Zoombido, pelo
Canal Brasil. Moska destaca à Living Vectra que
sua inspiração vem mesmo da vida.
São cinco violões. Para cada violão, um conto.
Ele os compara a mulheres e encena uma
pequena história a cada passagem pelo palco.
Um violão com cordas de nylon, outro com
cordas de aço, um ukulelê, um barítono e uma
guitarra unidos à voz e à interpretação teatral
de Paulinho Moska. Sim, ele também é ator por
formação e leva este dom para o palco. “O Violoz
foi montado como uma turnê solo que não é
“Já fui apaixonado por jazz, apaixonado por
rock, por MPB, apaixonado por samba, já fui
apaixonado por música eletrônica. Então,
cada hora uma coisa me pega. E eu sempre
muito intenso e profundo em cada uma delas.
Gosto um pouco de tudo, tudo me interessa.
A inspiração é isso, essa vida inconstante, essa
vida múltipla. Essa vida diversa. É isso que me faz
criar: saber que eu nunca dou conta, saber que
106 | Living Vectra
por isso. Eu deixo de ficar com meus amigos,
com meus filhos, com minha família, para levar
algo para as pessoas”.
A sensibilidade para compor o tornou um
músico requisitado por grandes vozes como
Marina Lima, que em 1995 abriu o álbum
“Abrigo” com “Admito que Perdi”. Depois, vieram
inúmeras outras gravações, por artistas como
Maria Bethânia (“Saudade”), Elba Ramalho
(“Relampiano”) e Ney Matogrosso (“O Último
Dia” e “Gotas do Tempo Puro”), por exemplo.
Também compôs “Muito Pouco” para Maria
Rita, “Soneto do Teu Corpo”, “Sem Dizer Adeus”
e “Namora Comigo” para Mart’nália. Lenine deu
voz à “Relampiano” e “Saudade”. Já Zélia Duncan
gravou “Carne e Osso”, “Não” e “Sinto Encanto”.
nunca basta. A gente compõe pra se conhecer, a
gente cria pra conhecer o mundo”.
Para Moska, o trabalho do artista tem a vida
como matéria prima. “São pessoas que escolhem
a vida como matéria prima do seu trabalho. Eu
acho que você colocar um pouco de arte no seu
trabalho, é se ligar à vida, menos formalmente e
mais essencialmente. A essência da vida é a arte
e a essência da arte é a vida”.
Moska defende projetos como o Vectra
ConstruSom e tantos outros projetos de
pequenas, médias e grandes empresas que têm
consciência da importância de proporcionar
cultura à população, mas também acredita que
“cultura” vai muito além disso.
“Cultura não é só o espetáculo de teatro, o
espetáculo de música que tem patrocínio.
Cultura é a biblioteca, são os centros culturais,
as atividades escolares. Cultura é o que você
tem no seu bairro. É um livro que você compra
e lê, é descobrir outros sentidos, se interessar
pelo homem. A cultura é a verdadeira vida. Nós
morremos, a cultura não; ela fica”.
Para cantar o amor
Sua história de amor com os violões começou
aos treze anos, quando aprendeu a tocar o
instrumento com o irmão mais velho. Desde
então, a música nunca mais saiu de sua vida.
“Viajo com um show para cantar o amor, para
decantar a vida, para cantar a criatividade.
Inspirar o outro para que ele também possa criar
é importante para mim, talvez mais importante
que a minha saúde, porque eu dou a minha vida
Em sua trajetória, um marco foi a parceria com
o compositor argentino Fito Páez, quando,
em 2015, gravou em português e espanhol o
álbum que recebeu o nome de “Loucura Total”.
Como canção favorita, ele elege a composição
“Tudo Novo de Novo”, que, segundo o próprio
cantor , fala de como ele enxerga a vida.
“Eu sou insistente numa retórica, eu escrevo
sempre sobre a mesma coisa, que é a ideia de
renovação, é o que é a vida. Você acorda e tudo
pode ser diferente, mesmo que pareça igual.
Nós vivemos no agora. Não existe passado e
futuro”, conclui.
city-tour
Sabor e
tradição
A fotografia de Jorge Fuziy ao
lado de Pelé e o banquinho alto:
duas relíquias mantidas até hoje
108 | Living Vectra
Há mais de 40 anos conquistando
paladares, o Bar Lorena é referência
quando o assunto é salgado
Por Daniele Machado
Fotos Fábio Pitrez
Um balcão, alguns banquinhos e um segredo: a
receita dos famosos bolinhos, considerados por
muitos os melhores da cidade. É o que encontramos no Bar Lorena, em Londrina, que há 46 anos
mantem tradição e sabor, surpreendendo quem
passa pela rua Quintino Bocaiúva e faz uma pausa.
Os mais requisitados são o bolinho de carne e o
bolinho de queijo, mas no Lorena encontramos
também a coxinha de frango, de massa leve e
tempero inigualável, a empada de palmito e o arrojado bolovo, um bolinho feito com a massa de
coxinha e um ovo cozido.
Os famosos
salgados e o
requisitado
bolinho de
carne, carrochefe da casa
110 | Living Vectra
Desde 1970, o bar é administrado pela família
Fuziy, que preservou o nome Lorena em homenagem aos antigos donos, moradores da Colônia
Lorena que já haviam batizado assim o estabelecimento. O patriarca, senhor Jorge Fuziy, falecido,
Suely e Aldo
Kihara, o casal
que atualmente
está à frente
no preparo dos
salgados e na
administração
do negócio
e Dona Harumi Fuziy, hoje com 77 anos, foram
os idealizadores da receita que faz tanto sucesso
e hoje é seguida pela filha, Suely Fuziy Kihara e o
genro, Aldo Kihara.
quíssimas vezes e ainda conserva alguns objetos
dos primeiros anos: destaque para os banquinhos
e o quadro na parede, uma fotografia do fundador
Jorge com Pelé.
Ambos decidiram abrir mão de suas profissões
para dar continuidade ao negócio da família. Ela
dentista, ele formado em Tecnologia da Informação, dedicam-se atualmente a manter a tradição
da família e guardar “a sete chaves” a receita que
agrada o paladar dos clientes há mais de quatro
décadas.
“As pessoas chegavam aqui, e ainda chegam,
perguntando da foto. Muitos acreditam ter
sido tirada no bar; perguntam se o Pelé esteve
aqui. E meu pai adorava contar essa história, de
como tinha sido o encontro dos dois”, relembra
a filha.
“O segredo não está apenas nos ingredientes e
tempero, mas no preparo. Por isso, fazemos questão de manter em família, garantindo a qualidade
do que servimos”, enfatiza Suely.
Não são apenas os bolinhos que mantém a tradição ao longo desses anos. “Alguns clientes que
vêm aqui contam que frequentavam o bar na
época do meu pai e, hoje, trazem seus filhos. Outros vinham quando criança com seus pais e continuam frequentando. Isso é muito gratificante pra
nós, essa fidelidade”, comenta.
O esposo Aldo ainda se recorda de histórias de
clientes que estudavam nas proximidades do bar
e durante os intervalos iam comer os bolinhos.
“Esses ex-alunos, hoje crescidos, ainda vêm aqui;
muitos trazem seus filhos também”.
Memória
Fazendo jus à tradição, o local foi reformado pou-
Já as paredes e o balcão mudaram. O que antes
era revestido por azulejos verdes, hoje é uma parede branca. O balcão colorido, antigo, deu lugar
a um outro, em formato de “U”, branco com apenas um detalhe em azul. A fachada ganhou um ar
mais moderno, sem perder a tradição. E o sistema
de controle de lançamento das vendas foi informatizado.
“Nós mudamos algumas coisas, mas não queríamos perder a tradição; então mantivemos os
mesmos banquinhos, uma forma de preservar a
memória”, complementa Aldo Kihara.
Como toda família oriental, eles prezam pela qualidade de vida e o tempo dedicado ao lazer. Por isso,
o Bar Lorena tem horários diferenciados de atendimento. Para provar as delícias da casa, somente
de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14 às
19h; ou aos sábados das 7h30 às 13h. O estabelecimento não aceita pagamentos em cartão, apenas
em dinheiro.
Living Vectra |111
home office
De bolso
e de bolsa
Living Vectra adere à maior plataforma de revistas
digitais do país e está disponível gratuitamente em
qualquer smartphone ou tablet
Por Fábio Mansano
Fotos Fábio Pitrez
Uma das características da publicação institucional da
Vectra que mais salta aos olhos dos leitores é a qualidade
gráfica de sua versão impressa. Os papeis e acabamentos
escolhidos valorizam ainda mais o conteúdo editorial,
formado por textos e fotografias de excelência.
Mas, como todo veículo de comunicação
contemporâneo, a revista está atenta ao crescente
número de pessoas que busca informação pelos
dispositivos eletrônicos móveis. Por isso, a Editora FAM,
a partir desta 16ª edição, disponibiliza todo o conteúdo
da Living Vectra em um novo aplicativo para tablets e
smartphones.
A ferramenta é desenvolvida pela empresa curitibana
Magtab, a maior plataforma de revistas digitais do
país com mais de mais de 900 títulos publicados para
centenas de editoras. O aplicativo, disponível nos sistemas
IOS e Android, é leve e de fácil utilização.
O novo aplicativo da revista Living Vectra permite que
o leitor faça o download dos 16 números já lançados e
emite mensagens aos usuários sobre atualizações e novas
edições. Baixar a novidade também é simples, bastando
digitar o nome Living Vectra na loja dedicada ao aparelho
escolhido.
A presença mais marcante da revista no mundo virtual
deve permitir uma maior interação dos leitores com
a equipe responsável por sua produção, tecendo
críticas e fazendo sugestões para as edições
seguintes. O novo aplicativo também possibilita
que reportagens sejam compartilhadas nas
redes sociais, aumentando o alcance do
conteúdo produzido.
112 | Living Vectra
A conquista de novos leitores on-line
deve impactar ainda a quantidade
de leitores que têm acesso à
Living Vectra. Fato que gera novas
oportunidades para as empresas
anunciantes, que colaboram com a
iniciativa da construtora de valorizar
as boas histórias de Londrina. Hoje
são 6.000 exemplares impressos,
além dos internautas que
acessam a publicação
diretamente pelo site www.
livingvectra.com.br.
Living Vectra |113
papel de parede
Desafio Guerra de Ilustrações
Sem ILS, sem Aeroporto Govenador José Richa
Artista: Ruy Osório Carvalho de Oliveira Técnica: Digital
114 | Living Vectra
SAC - 0800 400 6100
unimedlondrina.com.br
Com atividade física,
uma alimentação
equilibrada e o melhor
acompanhamento
médico, você pode
viver mais e melhor. Comece uma vida mais
saudável hoje mesmo.
O CHARME DO
ESTILO VINTAGE
COM TECNOLOGIA
HIGH END
MÓVEIS PARA QUARTOS
PRÊMIO
ARMÁRIOS PLANEJADOS PARA QUARTOS
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MÓVEIS PLANEJADOS PARA ESCRITÓRIOS
Pesquisa “Top of Mind CM” realizada pelo Datafolha sob encomenda da revista Casa e Mercado
AV MADRE LEÔNIA MILITO 1058 LONDRINA (43) 3356 8081
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