Boletim de Bolsa - Bolsa de Valores de Cabo Verde
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Boletim de Bolsa - Bolsa de Valores de Cabo Verde
ANO 2016 • N.º 025•Segunda-Feira • 11 de Abril• ANO 2016 Boletim de Bolsa Edição da Bolsa de Valores de Cabo Verde • Achada Santo António • C.P. 115/A • Telef.: 260 30 30 • Fax: 260 30 38 • E-mail: [email protected] SUMÁRIO • www.bvc.cv COMUNICADO AO MERCADO Documento Informativo de Oferta Particular emitida pela ASA, S.A. DOCUMENTO INFORMATIVO DE OFERTA PARTICULAR E DE REGISTO NA BOLSA DE VALORES DE CABO VERDE, DE 250.000 OBRIGAÇÕES ORDINÁRIAS, ESCRITURAIS, DE VALOR NOMINAL DE 1.000,00 ESCUDOS CADA, REPRESENTATIVAS DO EMPRÉSTIMO OBRIGACIONISTA DA ASA – EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA, SA. Cidade da Praia, 11 de Abril 2016. O PCA Manuel Lima. EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA, SA. Sede: Estrada Do Aeroporto, Espargos, Ilha Do Sal, República De Cabo Verde Capital Social: 5.500.000.000$00 Matriculada na Conservatória do Registo do Sal, Secção do Registo Comercial, Sob O N.º 653 Contribuinte N.º 200166972 (Entidade Emitente) DOCUMENTO INFORMATIVO DE OFERTA PARTICULAR E DE REGISTO NA BOLSA DE VALORES DE CABO VERDE, DE 250.000 OBRIGAÇÕES ORDINÁRIAS, ESCRITURAIS, DE VALOR NOMINAL DE 1.000,00 ESCUDOS CADA, REPRESENTATIVAS DO EMPRÉSTIMO OBRIGACIONISTA DA ASA - EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA, SA. O Presente Documento Informativo de Oferta Particular e de Registo na Central de Liquidação e Custódia da BVC foi objeto de aprovação pela Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), sob o número BVC_CP 001/2016. BANCO LIQUIDATÁRIO Banco Cabo-verdiano de Negócios, S.A. Sede Social na Avenida Amílcar Cabral, n.º 97, Praia. Matriculado na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 533/1997/11/19. Praia, Março de 2016 CONTEÚDO NOTA INTRODUTÓRIA ________________________________________________________________________4 CAPÍTULO 1 – SUMÁRIO ______________________________________________________________________6 CAPÍTULO 2 – RESPONSÁVEIS PELA INFORMAÇÃO ________________________________________________13 CAPÍTULO 3 – REVISORES OFICIAIS DE CONTAS E AUDITORES DO EMITENTE __________________________14 CAPÍTULO 4 – HISTORIAL E PANORÂMICA GERAL DAS ATIVIDADES DO EMITENTE ______________________14 CAPÍTULO 5 – EVOLUÇÃO RECENTE DAS ATIVIDADES DO EMITENTE _________________________________15 CAPÍTULO 6 – INFORMAÇÕES FINANCEIRAS DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E ECONÓMICA DO EMITENTE _____16 6.1 ANÁLISE DA SITUAÇÃO ECONÓMICA ____________________________________________________________16 6.1.1 Resultados Líquidos e EBITDA ________________________________________________________16 6.1.2 Vendas e Prestações de Serviços ______________________________________________________17 6.1.2 Estrutura de custos _________________________________________________________________18 6.2 ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL _________________________________________________18 CAPÍTULO 7 – ESTRUTURA ORGANIZATIVA DO EMITENTE__________________________________________19 CAPÍTULO 8 – ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO, DE DIREÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DO EMITENTE ____________19 CAPÍTULO 9 – ORGANIZAÇÃO INTERNA VOLTADA PARA SEGURANÇA ________________________________20 9.1 SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL (SECURITY) _______________________________________________________20 9.2 SEGURANÇA OPERACIONAL (SAFETY) ___________________________________________________________21 9.3 RESPOSTA A EMERGÊNCIAS (RE) E FORMAÇÃO ____________________________________________________21 CAPÍTULO 10 – PRINCIPAIS ACIONISTAS DO EMITENTE ____________________________________________22 CAPÍTULO 11 – VISÃO E VALORES DA EMITENTE__________________________________________________22 CAPÍTULO 12 – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ÀS ATIVIDADES DA EMITENTE _______________________________23 CAPÍTULO 13 – CONDIÇÕES DE OBRIGAÇÕES ____________________________________________________23 13.1 MONTANTE E DIVISA DAS OBRIGAÇÕES _________________________________________________________23 13.2 CATEGORIA, FORMA DE REPRESENTAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E CÓDIGOS ___________________________________24 13.3 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À OFERTA E ÀS OBRIGAÇÕES ________________________________________________24 13.4 DIREITOS DE PREFERÊNCIA _________________________________________________________________24 12.5 DIREITOS ATRIBUÍDOS ____________________________________________________________________24 13.6 GARANTIAS DAS OBRIGAÇÕES _______________________________________________________________24 13.8 PAGAMENTOS DE JUROS E OUTRAS REMUNERAÇÕES ________________________________________________25 13.8.1 Datas de pagamento ______________________________________________________________25 13.8.2 Taxa de juro _____________________________________________________________________25 13.8.3 Processamento de pagamentos______________________________________________________25 13.8.4 Pagamentos em Dias Úteis _________________________________________________________25 13.9 AMORTIZAÇÕES E REEMBOLSO ANTECIPADO _____________________________________________________25 13.10 REGIME DE TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES ____________________________________________________26 13.11 LOCAL DE PUBLICAÇÃO ___________________________________________________________________26 13.12 ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO ________________________________________________________________26 CAPÍTULO 14 – TERMOS E CONDIÇÕES DA OFERTA _______________________________________________26 14.1 PREÇO DAS OBRIGAÇÕES __________________________________________________________________26 14.2 DELIBERAÇÕES, AUTORIZAÇÕES E APROVAÇÕES DA OFERTA ___________________________________________26 14.3 CALENDÁRIO DA OFERTA E PROCESSO DE SUBSCRIÇÃO _______________________________________________27 CAPÍTULO 15 - INFORMAÇÕES DE NATUREZA FISCAL ______________________________________________27 CAPÍTULO 16 - DEFINIÇÕES ___________________________________________________________________27 Página 2 de 29 CAPÍTULO 17 – ASSINATURAS_________________________________________________________________29 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1. EVOLUÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO VS EBITDA ...............................................................................................17 FIGURA 2. EVOLUÇÃO DO RENDIBILIDADE ........................................................................................................................17 FIGURA 3. EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS .............................................................................................................18 LISTA DE TABELAS TABELA 1. EVOLUÇÃO TRÁFEGO AÉREO ...........................................................................................................................15 TABELA 2. EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DE CUSTOS .............................................................................................................18 TABELA 3. EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DE CAPITAL.............................................................................................................19 Página 3 de 29 NOTA INTRODUTÓRIA A elaboração do presente Documento Informativo pretende disponibilizar aos investidores qualificados um conjunto vasto de informações, de forma a assegurar os necessários níveis de transparência e clareza na divulgação das características da operação, e deve ser lido em conjugação com todos os elementos de informação que no mesmo sejam incorporados através de remissão para outros documentos, os quais, para todos os efeitos, se consideram como fazendo parte integrante deste Documento Informativo. No que diz respeito à informação contida no Documento Informativo, as entidades que a seguir se indicam – no âmbito da responsabilidade que lhes é atribuída nos termos do disposto no nº 1 do artigo 191º do Cód. MVM – são responsáveis pela veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informação nela contida à data da sua publicação. Nos termos do referido artigo, são responsáveis pelo conteúdo da informação contida no Documento Informativo, a EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA, SA (os “ASA” ou o “Emitente”), os titulares do órgão de administração, os titulares do órgão de fiscalização do Emitente, as sociedades de auditores e contabilistas, os contabilistas certificados e outras pessoas que tenham certificado ou, de qualquer outro modo, apreciados os documentos de prestação de contas em que o presente Documento Informativo se baseia. Nos termos do disposto do n.º 2 do artigo 191.º do Cód. MVM, as pessoas ou entidades responsáveis pela informação contida no Documento Informativo não poderão ser responsabilizadas caso provarem que o destinatário tinha ou devia ter conhecimento da deficiência de conteúdo do Documento Informativo à data da emissão da sua declaração contratual ou em momento em que a respetiva revogação ainda era possível. O Documento Informativo refere-se à Oferta Particular (“Oferta”) de obrigações com o valor global máximo de 250.000.000$ ECV, designadas de Série C, no montante de 250.000.000$ cada, associadas a uma taxa de juro fixa de 5% ao ano com vencimento de 7 (sete anos), emitidas pela ASA, SA e designada “Obrigações Série C 5% ASA 2016/2023”. O pagamento de juros relativo às Obrigações será efetuado semestral e postecipadamente e amortização será efetuada ao par, no fim e de uma só vez, isto é na data de pagamento do 14º cupão . A Emissão é representada por valores mobiliários escriturais, nominativos, inscritos em contas abertas em nome dos respetivos titulares junto de intermediários financeiros legalmente habilitados, nos termos do disposto no Código do Mercado dos Valores Mobiliários e demais legislação e regulamentação em vigor. As Obrigações serão integradas na Central de Liquidação e Custódia (“CLC”) gerida pela Bolsa de Valores de Cabo Verde, S.A. (“BVC”). Na posse de todas as informações e documentos necessários à correta apreciação do pedido e, designadamente, a avaliar da integral satisfação dos requisitos de Integração na Central legalmente estabelecidos, o Conselho de Administração da BVC decide sobre o pedido de Integração na Central no prazo de cinco dias úteis, devendo fundamentar adequadamente a sua decisão quando esta seja no sentido do indeferimento do pedido. Qualquer decisão de investimento deverá basear-se na informação do Documento Informativo no seu conjunto e ser efetuada após avaliação independente da condição económica, da situação Página 4 de 29 financeira e dos demais elementos relativos ao Emitente. Nenhuma decisão de investimento deverá ser tomada sem prévia análise, pelo potencial investidor e pelos seus eventuais consultores, do Documento Informativo no seu conjunto, mesmo que a informação relevante seja prestada mediante a remissão para outra parte do Documento Informativo ou para outros documentos incorporados no mesmo. Os documentos que constituem o Documento Informativo de Colocação Privada e Registo na Central de Liquidação e Custódia, encontram-se disponíveis sob a forma eletrónica na web site da Bolsa de Valores com o endereço www.bvc.cv, e na web site da Emitente com o endereço www.asa.cv De ainda realçar que a publicação do Documento Informativo por qualquer das formas previstas deve ter lugar até 8 (oito) antes do início das transações. Declarações relativas ao futuro Todas as declarações constantes deste Documento Informativo, com exceção das que respeitam a factos históricos, constituem declarações relativas ao futuro, designadamente as declarações sobre a situação financeira, receitas e rendibilidade (incluindo quaisquer projeções ou previsões financeiras ou operacionais), estratégia empresarial, perspetivas, planos e objetivos de gestão para operações futuras da ASA, S.A. Estas declarações são muitas vezes, embora nem sempre, expressas através do uso de palavras ou frases como “é provável”, “espera-se”, “acredita-se”, “prevê-se”, “antecipa-se”, “estima-se”, “pretende-se”, “planeia-se”, “procura-se”, “pode-se” e “perspetiva-se” ou outras expressões semelhantes. Estas declarações ou quaisquer outras projeções contidas neste Documento Informativo envolvem fatores de risco, conhecidos e desconhecidos, que poderão determinar uma diferença significativa entre os resultados efetivos da ASA, SA e os que resultam, expressa ou tacitamente, de tais declarações relativas ao futuro, as quais se baseiam em convicções, pressupostos, estimativas, projeções e expectativas presentes. Não é possível avaliar o impacto de cada um desses fatores na atividade da ASA, SA nem em que medida esses fatores ou conjunto de fatores podem dar lugar a uma divergência significativa entre os resultados efetivos da ASA, SA e os que, expressa ou tacitamente, resultam das declarações relativas ao futuro. Estas declarações reportam-se apenas à data em que são produzidas, podendo no futuro surgir novos fatores que à data do presente documento não são previsíveis. Tendo em consideração o acima exposto, os potenciais investidores deverão ponderar cuidadosamente as declarações relativas ao futuro previamente à tomada de qualquer decisão de investimento no âmbito da Oferta. Tipo de Oferta Ao abrigo do disposto na alínea a) do Artigo 185º do Cód. MVM, a Oferta é particular de subscrição em Cabo verde e destina-se a investidores qualificados, nos termos do disposto na Página 5 de 29 alínea a), do nº 1 e do nº 2 do Artigo 2º do Regulamento da AGMVM nº 1/2015 (Investidores Qualificados e Não Qualificados), ou seja, às seguintes entidades: OBRIGAÇÃO ASA C: TAXA FIXA 5 % 2016-2023 Investidor Subscrição INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 125.000.000,00 BANCO CABO-VERDIANO DE NEGÓCIOS 125.000.000,00 Total 250.000.000,00 Informação obtida junto de terceiros O Emitente confirma que a informação obtida junto de terceiros, incluída no Documento Informativo, foi rigorosamente reproduzida e que, tanto quanto é do seu conhecimento e até onde se pode verificar com base em documentos publicados pelos terceiros em causa, não foram omissos quaisquer factos que possa tornar a informação menos rigorosa ou suscetível de induzir em erro. CAPÍTULO 1 – Sumário Os sumários são constituídos por requisitos de divulgação denominados “Elementos”. Estes elementos são numerados em secções de A - E (A.1 - E.7). O presente Sumário contém todos os Elementos que devem ser incluídos num sumário para o tipo de valores mobiliários e emitente em causa. A numeração dos Elementos poderá não ser sequencial, uma vez que há elementos cuja inclusão não é, neste caso, exigível. Ainda que determinado Elemento deva ser inserido no Sumário tendo em conta o tipo de valores mobiliários e emitente em causa, poderá não existir informação relevante a incluir sobre tal Elemento. Neste caso, será incluída uma breve descrição do Elemento com a menção “Não Aplicável”. Secção A — Introdução e Alertas A.1 Advertências O presente Sumário deve ser entendido como uma introdução ao Documento Informativo. Qualquer decisão de investimento nas Obrigações deve basear-se numa análise do Documento Informativo no seu conjunto, pelo Página 6 de 29 investidor. Só pode ser assacada responsabilidade civil às pessoas que tenham apresentado o Sumário, incluindo qualquer tradução do mesmo, e apenas quando o Sumário for enganador, inexato ou incoerente quando lido em conjunto com as outras partes do Documento Informativo ou não fornecer, quando lido em conjunto com as outras partes do Documento Informativo, as informações fundamentais para ajudar os investidores a decidirem se devem investir nestas Obrigações. A.2 Autorização para ofertas subsequentes Não Aplicável. O Emitente não irá utilizar o Documento Informativo para proceder à subsequente revenda dos valores mobiliários denominada “OBRIGAÇÃO ASA C: TAXA FIXA 5 % 2016-2023”. Secção B – Emitente B.1 B.2 Denominação jurídica e comercial do Emitente A Denominação jurídica e comercial do Emitente «EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA, SA» Endereço e forma jurídica do Emitente, legislação ao abrigo da qual o Emitente exerce a sua atividade e país em que está registado O Emitente é uma Sociedade Anónima, com Estrada Do Aeroporto, Espargos, Ilha Do Sal, República De Cabo Verde, com um capital social de 5.500.000.000$00 CVE, integralmente subscrito e realizado, está dividido em 550.000 ações, com valor nominal de 10.000$00 (dez mil escudos) cada. Informação financeira B.12 histórica fundamental selecionada A denominação comercial utilizada com maior frequência frequentemente é «ASA, S.A». Para efeitos do Documento Informativo a denominação utilizada, conforme as definições, é «ASA - Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea, S.A» ou simplesmente «ASA, SA» A ASA, S.A., regem-se pelas leis gerais aplicáveis às sociedades comerciais, em vigor em Cabo Verde, tem o Número de Identificação Fiscal (NIF) 200166972 e está Matriculada na Conservatória do Registo do Sal, Secção do Registo Comercial, Sob O N.º 653. As demonstrações financeiras consolidadas da ASA, S.A. relativas aos exercícios de 2011 a 2014 encontram-se auditadas. As Contas relativas a 2015, encontram-se em auditoria. Página 7 de 29 sobre o Emitente Quadro resumido dos Principais Indicadores 2011/2015: Rúbricas RL/(VND+PS) RL/Activo Vendas+PS CMVMC FSE Custos com Pessoal Outros Custos Oper Outros Proveitos Oper Amort do exerc Prov do exerc Margem Contribuição Margem Bruta Custos Fixos Custos Variáveis Ponto Crítico das VND 2011 16,39% 5,15% 5.149.180 1.546.397 1.546.397 1.179.827 122.982 113.558 978.419 16.160 3.602.783 3.602.783 3.343.628 1.159.798 4.778.789 2012 7,02% 2,04% 5.099.089 1.605.613 1.605.613 1.234.097 202.274 498.421 1.152.269 74.169 3.493.476 3.493.476 3.368.598 1.204.210 4.916.816 2013 2,61% 0,71% 4.825.890 1.637.697 1.637.697 1.242.282 361.224 84.969 1.189.732 38.992 3.188.193 3.188.193 3.975.534 1.228.273 6.017.668 2014 5,97% 1,60% 4.697.561 1.331.715 1.331.715 1.234.613 127.809 101.774 1.114.911 19.014 3.365.847 3.365.847 3.393.360 998.786 4.735.961 2015 30,57% 8,61% 4.722.053 1.265.237 1.265.237 1.231.712 104.353 456.798 1.102.302 94.786 3.456.816 3.456.816 3.025.282 948.928 4.132.573 Margem de segurança 7,2% 3,6% -24,7% -0,8% 12,5% Como se pode verificar ocorreram alterações significativas na posição financeira do Emitente no período coberto pelas informações financeiras históricas e isto deve-se essencialmente a uma redefinição da posição estratégica no mercado. B.14 Dependência do Emitente face a Outras entidades Não aplicável. A ASA, SA não pertencem e nenhum grupo empresarial. Contudo de notar que acionista Estado de Cabo Verde detém 100% do capital da Emitente. B.15 Descrição À luz dos seus Estatutos, a ASA, S.A. é uma sociedade Anónima de sumária das Capitais Públicos, que explora e desenvolve em moldes empresariais e principais em regime exclusivo o serviço público de apoio à aviação civil, a gestão atividades do do tráfego aéreo, garantindo os serviços de partida, sobrevoo e chegada Emitente de aeronaves, a gestão dos terminais de carga e correios, assegurando, para isso, as actividades e serviços inerentes às infra-estruturas aeronáuticas e de navegação aérea em todos os aeroportos e aeródromos de Cabo Verde e na Região de Informação de Voo Oceânica do Sal, designada por FIR Oceânica do Sal. B.16 Estrutura acionista Na presente data, a estrutura de acionistas da ASA, SA, é a seguinte: Acionistas Nº de Ações % Capital Estado de Cabo Verde 550.000 100% Total 550.000 100% Página 8 de 29 B.17 Notação de risco do Emitente Não aplicável. A ASA, SA não dispõe de notação de risco (rating), não tendo também sido solicitada notação de risco para as Obrigações objeto da presente emissão. Secção C – Valores Mobiliários C.1 Tipo e categoria dos valores mobiliários As Obrigações são valores mobiliários nominativos, escriturais, exclusivamente materializados pela sua inscrição em contas abertas em nome dos respetivos titulares, de acordo com as disposições legais em vigor. Às Obrigações são atribuídos o seguinte código ISIN CVASACOM0005. C.2 Moeda As Obrigações serão emitidas em CVE – Escudo Caboverdiano, moeda oficial de Cabo Verde. C.8 Direitos associados aos valores mobiliários As Obrigações constituem uma responsabilidade direta, incondicional e geral do Emitente, que empenhará toda a sua boa-fé no respetivo cumprimento. As Obrigações não terão qualquer direito de preferência relativamente a outros empréstimos presentes ou futuros não garantidos contraídos pelo Emitente, correndo pari passu com aqueles, sem preferência alguma de uns sobre os outros, em razão de prioridade da data de emissão, da moeda de pagamento ou outra. As receitas e o património geral do Emitente respondem integralmente pelo serviço da dívida do presente empréstimo obrigacionista. Os juros das Obrigações estão sujeitos a retenção na fonte de IUR à taxa em vigor, sendo esta liberatória para efeitos de IUR-PS (esta cláusula constitui um resumo do regime geral e não dispensa a consulta da legislação aplicável). A Entidade Emitente, obriga-se a reembolsar de imediato as obrigações, bem como a liquidar os respetivos juros devidos até à data em que se efetuar aquele reembolso, em qualquer das seguintes condições: Se pela análise das “Últimas Contas” da Entidade Emitente, o rácio da dívida total/ativo total líquido Página 9 de 29 ultrapassar 100%; Mora no pagamento de juros do presente empréstimo obrigacionista ou outros compromissos com incidência financeira, contraídos junto do sistema financeiro estrangeiro ou de Cabo Verde, ou ainda no pagamento de obrigações decorrentes de valores monetários ou mobiliários de qualquer natureza, bem como incumprimento de compromissos fiscais ou parafiscais; Interrupção pela Entidade Emitente, por qualquer forma, da sua atividade; Inobservância de qualquer das demais obrigações, previstas na Ficha Técnica. O empréstimo é regulado pela lei Cabo-verdiana. Para resolução de qualquer litígio emergente do presente empréstimo obrigacionista, é competente o foro da Comarca da Praia. C.9 Condições associadas aos valores mobiliários A taxa de juros dos cupões é fixa e igual a 5% ao ano (taxa anual nominal bruta, sujeita ao regime fiscal em vigor). Cada investidor poderá solicitar ao seu intermediário financeiro a simulação da rendibilidade líquida, após impostos, comissões e outros encargos. Os juros são calculados tendo por base meses de 30 (trinta) dias cada, num ano de 360 (trezentos e sessenta) dias. Os juros das Obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, com pagamento a 11 de Abril e a 11 de Outubro de cada ano até à data do último reembolso das Obrigações. O primeiro período de contagem de juros inicia-se a 11 de Abril de 2016 e o primeiro pagamento de juros ocorrerá a 11 de Outubro de 2016. As Obrigações Série C, ora emitidas, têm uma duração de 7 (sete) anos, sendo que a amortização será efetuada ao par, no fim e de uma só vez, isto é na data de pagamento do 14º cupão. C.10 Admissão à Não Aplicável. As Obrigações apenas serão integradas na negociação em Central de Liquidação e Custódia (“CLC”) gerida pela Bolsa de mercado Valores de Cabo Verde, S.A. (“BVC”). regulamentado Página 10 de 29 Secção D - Riscos D.2 Principais riscos O investimento em obrigações, incluindo as Obrigações do específicos do Emitente, envolve riscos. Deverá ter-se em consideração toda a Emitente informação contida no Documento Informativo e, em particular, os riscos que em seguida se descrevem, antes de ser tomada qualquer decisão de investimento. Qualquer dos riscos que se destacam no Documento Informativo poderá ter um efeito negativo na atividade, resultados operacionais, situação financeira, perspetivas futuras da ASA, SA, ou capacidade desta para atingir os seus objetivos. As Obrigações constituem uma responsabilidade direta, incondicional e geral do Emitente, que empenhará toda a sua boa-fé no respetivo cumprimento. As Obrigações são obrigações comuns do Emitente, a que corresponderá um tratamento “pari passu” com todas as outras obrigações de pagamento presentes e futuras do Emitente não especialmente garantidas, sem prejuízo dos privilégios que resultem da lei. A ordem pela qual os fatores de risco são a seguir apresentados, não constitui qualquer indicação relativamente à probabilidade da sua ocorrência ou à sua importância. São constituídas provisões no balanço sempre que a Sociedade tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição, razoavelmente estimável de recursos incorporando benefícios económicos, venha a ser exigido para liquidar a obrigação. Riscos relativos à ASA, SA e às suas atividades: Risco taxa de juro O risco de taxa de juro decorre da incerteza inerente à evolução das taxas de juro. A ASA, SA. possuem apenas um empréstimo obrigacionista a taxas variáveis. Todavia, acreditando na estabilidade das políticas macroeconómicas, pouco provável que as taxas de juros ativas ou passivas venham a sofrer grandes flutuações afetando negativamente nas atividades da emitente. Risco de crédito Página 11 de 29 O risco de crédito está associada a incapacidade da empresa em honrar os seus compromissos perante credores, os ASA, SA, em particular, tem um risco de crédito relativo e insignificante visto que a maioria dos empréstimos têm subjacente a Carta Conforto do Governo de Cabo Verde. Risco Cambial A ASA, está sujeito ao risco cambial até então, justificado, pelo facto, de algumas Operações financeiras serem efetuadas em moeda estrangeira. Risco Liquidez O risco de liquidez está associado à variação do preço de um ativo como consequência da sua transação. A liquidez dos títulos é garantida por transações no mercado secundário aos credores, dada a qualidade das informações financeiras da emitente. Considerando que as Obrigações serão integradas na CLC, os investidores poderão, livremente, transacionar as Obrigações no mercado de balcão. Secção E – Oferta E.2.b Motivos da oferta, afetação das receitas e montante líquido estimado das receitas A Emissão das Obrigações destina-se a reforçar a estrutura financeira da ASA, SA. O valor bruto do encaixe da operação será de 250.000.000$00 (duzentos e cinquenta milhões de ECV). O montante líquido da operação corresponderá ao valor bruto do encaixe deduzido das eventuais despesas e comissões associadas e das despesas obrigatórias, que serão suportadas pela ASA, SA. Página 12 de 29 E.3 Termos e condições da oferta A Oferta configura-se numa Oferta Particular de subscrição dirigida a investidores previamente identificados. As Obrigações Séries C são nominativas e escriturais, exclusivamente materializadas pela inscrição em contas abertas em nome dos respetivos titulares, de acordo com as disposições legais em vigor, às quais foram atribuídas o código ISIN: CVASACOM0005. A entidade responsável pela manutenção dos registos é a Central de Liquidação e Custódia, sob gestão da Bolsa de Valores de Cabo Verde, SA com sede no Lg. da Europa nº 16, CX Postal 115/A, Achada santo António, Cidade da Praia. A Oferta Particular não está sujeita a um período da subscrição. As ordens podem ser dadas através de Carta de Confirmação ou Boletim de Subscrição Particular dirigidas à Emitente até às 15h00 do dia 11 de Abril de 2016. E.7 Despesas estimadas cobradas ao investidor pelo Emitente A ASA, SA, na qualidade de Emitente, não cobrará quaisquer despesas aos subscritores. CAPÍTULO 2 – Responsáveis pela Informação A forma e conteúdo do Documento Informativo obedecem ao preceituado no Código Mercado de Valores Mobiliários cabo-verdiano, ao disposto no Regulamento da AGMVM nº7/2013 e a demais legislação e regulamentação aplicáveis. No que diz respeito à informação contida no Documento Informativo, as entidades que a seguir se indicam – no âmbito da responsabilidade que lhes é atribuída nos termos do disposto no nº 1 do art.º 191 do Cod.MVM – são responsáveis pela veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informação nele contido à data da sua publicação. Nos termos do referido artigo, são responsáveis pelo conteúdo da informação contida no Documento Informativo, a ASA, S.A., os titulares do órgão de administração, os titulares do órgão de fiscalização do Emitente, as sociedades de auditores e contabilistas, os contabilistas certificados e outras pessoas que tenham certificado ou, de qualquer outro modo, apreciados os documentos de prestação de contas em que o presente Documento Informativo se baseia. Nos termos do disposto do n.º 2 do art.º 191º do Cod.MVM, as pessoas ou entidades responsáveis pela informação contida no Documento Informativo, não poderão ser responsabilizadas caso provarem que o destinatário tinha ou devia Página 13 de 29 ter conhecimento da deficiência de conteúdo do Documento Informativo à data da emissão da sua declaração contratual ou em momento em que a respetiva revogação ainda era possível. CAPÍTULO 3 – Revisores oficiais de contas e Auditores do Emitente AUDITOR INDEPENDENTE PWC – PricewaterHouseCoopers & Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Associados Lda. CAPÍTULO 4 – Historial e Panorâmica geral das atividades do Emitente A 17 de Fevereiro de 1984, foi criada a asa – E.P., Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea, que passou a designar-se por asa – S.A., a partir de Junho de 2001, quando passou a Sociedade Anónima e a reger-se pelo código das empresas comerciais, mantendo-se, no entanto, a titularidade de todos os direitos e obrigações de que era detentora a asa – E.P. Trinta e dois anos depois da sua criação e dos progressos conseguidos a vários níveis, a asa encontra-se numa fase importante do seu ciclo de vida que se caracteriza por uma firme e continuada aposta no desenvolvimento tecnológico, na modernização das infraestruturas e na capacitação dos recursos humanos, por forma a dotar-se de instrumentos de gestão compatíveis com os desafios da atualidade, permitindo-lhe a competitividade, o dinamismo para acompanhar as mudanças no sistema dos transportes aéreos a nível mundial. A Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea, abreviadamente designada ASA, é uma empresa pública sob a forma de sociedade anónima, com um capital social de 5.500.000.000$00 (cinco mil e quinhentos milhões de escudos), representado por 550.000 (quinhentos e cinquenta mil) ações de valor nominal 10.000$00 (dez mil escudos) cada, detidas na sua globalidade pelo Estado de Cabo Verde. A ASA tem por missão a prestação dos serviços de apoio à aviação civil, garantindo a gestão e segurança do tráfego aéreo bem como a gestão dos aeroportos de Cabo Verde. A atividade da ASA está portanto centrada em dois ramos fulcrais que são os serviços de Navegação Aérea e a Gestão Aeroportuária. A sua sede encontra-se na ilha do Sal, mas conta com sucursais nas ilhas de Santiago, São Vicente, Boa Vista, São Nicolau, Fogo e Maio. Os serviços de Navegação Aérea são prestados a partir do Centro Oceânico de Controlo na Ilha do Sal e a rede aeroportuária gerida engloba quatro aeroportos internacionais situados nas ilhas de Sal (AIAC – Aeroporto Internacional Amílcar Cabral), Santiago (AIPNM – Aeroporto Internacional da Praia Nelson Mandela), São Vicente (AICE – Aeroporto Internacional Cesária Évora) e Boa Vista (AIAP – Aeroporto Internacional Aristides Pereira), mais três aeródromos ativos nas ilhas de São Nicolau (ADSN – Aeródromo de São Nicolau), Fogo (uADSF – Aeródromo de São Filipe) e Maio (ADM – Aeródromo do Maio). Página 14 de 29 CAPÍTULO 5 – Evolução recente das atividades do Emitente Em termos globais, durante o exercício económico de 2014 a ASA registou um volume de atividade correspondente ao processamento de 41.735 sobrevoos, 1.798.000 passageiros, 28.163 aeronaves, 3.323.358 kg de carga e 335.340 kg de correios. Tabela 1. Evolução tráfego aéreo Em 2014, a FIR Oceânica do Sal processou menos 1.302 voos em relação ao ano 2013, o que corresponde a uma redução de 3,0%. Os 41.735 movimentos na FIR Oceânica do Sal correspondem a uma média de 114 sobrevoos por dia. As companhias aéreas que mais operações realizaram na FIR foram a TAP Air Portugal, a Ibéria, a Group Air France, a TAM Linhas Aéreas. O principal cliente da ASA a nível de faturação em 2014 passou a ser a TAP que em 2011 era a terceira. A Ibéria que tem sido o principal cliente da ASA, passou à segunda posição seguido do Group Air France. Em 2014 a ASA movimentou um total de 1.798.000 passageiros excluindo os em trânsito, mantendo assim praticamente estável em relação ao volume de passageiros processados no período homólogo anterior. No setor doméstico destacam-se aumentos em quase todos os aeroportos com exceção dos aeródromos de São Filipe no Fogo e da Preguiça em São Nicolau que registaram reduções de 11%, e 5,5% respetivamente. Essa redução explica-se em parte pela erupção vulcânica ocorrida na ilha do Fogo e pela irregularidade de voos domésticos da TACV. Por outro lado, verificam-se crescimentos no setor doméstico nos restantes aeroportos com exceção do AIAC que manteve praticamente o mesmo volume de passageiros domésticos transportados no período homólogo anterior. Assim, temos aumentos de 4,1% no AIPNM, 1,7% no AIAP, 2,2% no AICE e 7,8% no Maio. Esses aumentos resultam essencialmente da utilização do aparelho B737-800 nas ligações domésticas nos aeroportos internacionais e alguma promoção de viagens inter-ilhas. No setor internacional, verificamos aumentos de 2,9% no AIAC e de 2,8% no AICE justificados pela intensificação do tráfego nas rotas mais dinâmicas nomeadamente Portugal com a TAP, Inglaterra com a Thomson e França com a Tui bem como pela introdução de novas rotas de e para países nórdicos, a partir do aeroporto do Sal, como Arlanda na Suécia realizadas pela Thomas Cook. Em termos de quotas, o Aeroporto Internacional Amílcar Cabral lidera a movimentação de passageiros com 624.750 passageiros, seguido pelo Aeroporto Internacional da Praia Nelson Mandela com um total de 481.393 passageiros. De notar que estes dois aeroportos representam Página 15 de 29 62% do total dos passageiros transportados nos aeroportos e aeródromos de Cabo Verde em 2014. Relativamente aos outros aeroportos, temos o Aeroporto Internacional Aristides Pereira e o Aeroporto Internacional Cesária Évora com 22% e 11% dos passageiros transportados respetivamente. O movimento de passageiros nos aeródromos representa 5% do total, destacando-se o aeródromo do Fogo com 3% dos passageiros transportados em 2014. Em 2014, os aeroportos e aeródromos de Cabo Verde movimentaram 28.163 aeronaves, o que se traduz numa redução de 566 movimentos de aeronaves, cerca de 2% a menos em comparação com o período homólogo anterior. A redução de 2,6% verificada no setor doméstico é explicada basicamente pela redução de frota ATR da companhia nacional e a realização de grande parte dos voos internos utilizando o aparelho B737-800 afetando assim o número de frequências. A redução de 1,2% no setor internacional, 154 movimentos a menos em relação ao ano 2013, foi influenciada pela retoma turística no Magrebe e no Mashreq (Tunísia, Egipto, Marrocos, Argélia) reduzindo as operações internacionais adicionais introduzidas principalmente pela NEOS aquando da ocorrência da primavera árabe. Numa análise comparativa entre os aeroportos e aeródromos de Cabo verde, podemos observar que o Aeroporto Internacional Amílcar Cabral continua a ser o líder do ranking com 10.055 movimentos de aeronaves, seguindo-se o Aeroporto Internacional da Praia Nelson Mandela com 8.029 movimentos. Destaca-se também o aumento de 3,5% nas aeronaves movimentadas no Aeroporto Internacional Cesária Évora que se deve à intensificação de voos tendo como origem/destino os aeroportos do Sal (AIAC) e da Praia (AIPNM) e o aumento de 10,8% no Aeródromo do Maio devido a ligeira retoma dos voos domésticos pela companhia nacional. Relativamente ao movimento de carga, em 2014 registou-se um aumento de 8,2% no total dos aeroportos e aeródromos do País em comparação com 2013. Este aumento foi influenciado principalmente pelo crescimento de 22,5% registado no movimento de carga no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral. CAPÍTULO 6 – Informações financeiras da situação financeira e económica do Emitente 6.1 Análise da Situação Económica 6.1.1 Resultados Líquidos e EBITDA Os resultados líquidos (previsionais) da empresa em 2015 atingiram cerca de 1.443.510 CTS, depois de uma variação positiva de cerca e 4 vezes mais face a 2014 (280.630 CTS). Página 16 de 29 Figura 1. Evolução do Resultado Líquido Vs EBITDA O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) 3.117.174 mECV, um aumento de 54% quando comparado com o ano anterior, que se deve essencialmente à redução 18,4% nos outros gastos e perdas, ao aumento de mais de 100% da rubrica outros rendimentos e ganhos no valor de 355.025 mECV. Atendendo aos Resultados Líquidos e ao Volume de Negócios, denota-se que 2015, denota-se que a Rendibilidade da empresa foi de 31%, quando em 2014 foi de apenas 6%. Figura 2. Evolução do Rendibilidade 6.1.2 Vendas e Prestações de Serviços A empresa registou em 2015 um Volume de Negócios (Vendas + Prestação de Serviços) no montante de quatro milhões, setecentos e vinte e dois mil, cinquenta e três (4.722.053) mECV, após um ligeiro crescimento de 0.52% face a 2014. Página 17 de 29 Figura 3. Evolução do Volume de negócios 6.1.2 Estrutura de custos Os principais gastos do período (FST, Gasto com o Pessoal e Amortizações) cifraram-se em três milhões, quinhentos e noventa e nove, duzentos e cinquenta (3.599.250) mECV, registando-se assim uma redução de 2,2% comparativamente ao ano anterior. Tabela 2. Evolução da Estrutura de Custos Estrutura de Custos 2011 2012 2013 2014 2015 FSE 1.546.397 1.605.613 1.637.697 1.331.715 1.265.237 -5,0% Custo com o Pessoal 1.179.827 1.234.097 1.242.282 1.234.613 1.231.712 -0,2% 978.419 1.152.269 1.189.732 1.114.911 1.102.302 -1,1% 3.704.643 3.991.979 4.069.711 3.681.239 3.599.250 -2,2% 71,9% 78,3% 84,3% 78,4% 76,2% Amortiz. do Exercício total Peso no VN Var (14/15) Destaca-se ainda que o peso da estrutura de custos da empresa representa cerca de 76% do Volume de Negócios, confirmando-se a tendência da diminuição dos últimos 4 anos. 6.2 Análise da Situação Financeira e Patrimonial A empresa manteve uma estrutura de capital relativamente equilibrada, em que o ativo é financiado em cerca de 62% pelos Capitais Próprios. Denota-se nos últimos anos uma redução gradual do Passivo, sendo que em 2015 diminui em cerca de 25% face a 2014. Página 18 de 29 Tabela 3. Evolução da Estrutura de Capital Estrutura Patrimonial 2011 2012 2013 2014 2015 16.384.867 17.547.895 17.856.722 17.487.967 16.771.607 -4,1% Passivo 7.681.855 8.864.129 9.148.878 8.499.492 6.339.621 -25,4% Capital Próprio 8.703.012 8.683.766 8.707.844 8.988.475 10.431.986 16,1% 53,1% 49,5% 48,8% 51,4% 62,2% Ativo Capital Próprio/Ativo Var (14/15) CAPÍTULO 7 – Estrutura organizativa do Emitente O modelo organizacional da ASA é composto por órgãos de diferentes natureza, com competências e atribuições distintas, nomeadamente: i) órgãos de assessoria; ii) órgãos de suporte; e iii) órgãos operacionais. Natureza dos Órgãos Órgãos de assessoria: Garantem todo o apoio ao concelho de administração em termos de planeamento e execução das atividades e do desenvolvimento estratégico do negócio. Exemplos de atividades: Planeamento estratégico Apoio Jurídico Segurança Qualidade Ambiente Comunicações e relações externas Controlo de gestão Órgãos de suporte: Responsáveis pela coordenação e execução de atividades de suporte a toda a organização em termos de gestão administrativa, de recursos humanos, financeiros, informáticos e de manutenção. Exemplos de atividades: Recursos Humanos Comercial Financeiro Informático Manutenção Geral Órgãos Operacionais: Responsáveis pelo planeamento, coordenação e execução das atividades nucleares. Exemplo de atividades: Navegação aérea Gestão aeroportuária CAPÍTULO 8 – Órgãos de administração, de direção e de fiscalização do Emitente São órgãos sociais da empresa a Assembleia Geral, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, cujos membros exercem funções por mandatos de 3 anos renováveis, nos termos do Estatuto da ASA (Decreto Regulamentar nº 3/2011, de 4 de Junho). A Assembleia Geral é composta pelo presidente, Sr. António de Pina Tavares e pelo secretário Sr. José Custódio da Rocha Silva. Página 19 de 29 O Conselho de Administração é composto pelo presidente, Sr. Sandro de Brito, e por dois Administradores Srs. Jorge Pedro dos Santos Fonseca e Américo Faria Medina, sendo todos os membros administradores executivos. O Conselho Fiscal é composto pelo presidente Sr. José Carlos Tavares e por dois vogais, Sra. Carla Cruz e Sr. Anastácio Silva. CAPÍTULO 9 – Organização interna voltada para Segurança Os serviços prestados nos aeroportos e na navegação aérea baseiam-se na garantia e na melhoria das medidas de segurança – Safety e Security –, de forma equilibrada com o intuito de assegurar: 1. Que não ocorram acidentes e/ou incidentes durante as atividades operacionais; 2. A proteção dos passageiros, das tripulações, do pessoal em terra, da carga, do correio, das aeronaves e das instalações contra atos de interferência ilícita. Para o efeito, a ASA tem investido em recursos (capacitação de pessoal, equipamentos/materiais e procedimentos), de acordo com as Leis, Regulamentos e Diretivas Nacionais (Estado e da reguladora AAC) e normas e recomendações internacionais. Conseguiu-se assim, como resultado, a certificação dos aeroportos internacionais e a garantia da manutenção de níveis de segurança aceitáveis. O Plano de Negócios da empresa 2014-2018 integra como uma das politicas-chave o ‘Aperfeiçoamento dos Sistemas de Segurança’ que se traduz em manter os mais altos níveis de Segurança da Aviação Civil (Security) e de Segurança Operacional (Safety) e na melhoria contínua da prestação dos serviços nos aeroportos e na navegação aérea. Para dar resposta às orientações estratégicas definiu-se objetivos operacionais como garantia da implementação e melhoria das medidas preventivas e corretivas, que se desdobraram em atividades realizadas ao longo do ano as quais se apresentam no presente relatório. 9.1 Segurança da Aviação Civil (Security) Fez-se o acompanhamento da implementação das medidas de segurança e realizou-se atividades de monitorização e melhoria das medidas de segurança, onde se destacam as seguintes: 1. Balanço das Ocorrências Security; 2. Estatística Rastreio de Passageiros e suas Bagagens de Cabine nos Voos Domésticos; 3. Gestão da Produção de Cartões de Acesso; 4. Continuidade do processo de implementação do Sistema AVSEC nos Aeródromos; 5. Realização de Ações de Controlo de Qualidade (ACQ); 6. Gestão da disponibilidade e operacionalidade dos equipamentos AVSEC; 7. Início do Processo Security na Navegação Aérea. Para além de garantir a implementação eficaz e eficiente das medidas constantes dos Programas de Segurança dos Aeroportos e Aeródromos (denominados PSA’s), iniciou-se o processo de análise dos desvios para a implementação do Sistema de Gestão Segurança da Aviação Civil (SEMS). Página 20 de 29 9.2 Segurança Operacional (Safety) A segurança operacional é um dos pilares do ‘core business’ da ASA. O GSS estabeleceu como prioridade apoiar, monitorizar e cooperar com os aeroportos e aeródromos, a implementação eficaz e eficiente das medidas operacionais constantes no Manual de Operações do Aeroporto (denominados MOA) e estabelecer ferramentas para minimizar os riscos de segurança na área de movimento. Para tal, além de acompanhar as atividades operacionais nos aeroportos/aeródromos, estabeleceu também como prioridade a continuidade da implementação do Sistema de Gestão de Segurança Operacional (SMS) que permitirá estruturar os processos, efetuar uma gestão dos riscos durante as operações e efetivar a garantia de segurança na prestação dos nossos serviços. A implementação SMS, a nível corporativo, teve início em 2011 onde se definiu um plano faseado (a implementação SMS tem 4 fases) para o efeito. Em 2013 foi aceite e aprovado a implementação da Fase 1 e em 2014 teve-se por objetivo finalizar a fase 2 e iniciar a fase 3. Devido a mudanças na regulamentação internacional (ICAO) e consequente mudança a nível nacional (AAC) não se conseguiu consolidar o desígnio e concentrou-se na consolidação da implementação da fase 2, nomeadamente: 1. Revisão Documental; 2. Elaboração do Mapa de Perigos e Riscos dos aeroportos e aeródromos (Processo P-15 Gestão de Perigos e Riscos); 3. Balanço das ocorrências Safety; 4. Preparação dos Aeródromos para a Implementação SMS; 5. Estruturação do Sistema de Formação Safety; 6. Estruturação do Sistema de Auditorias Safety. 9.3 Resposta a Emergências (RE) e Formação O sistema de resposta a situações de emergência aeroportuária é o processo que visa planificar e preparar o aeroporto para lidar de forma eficaz com situações de emergência que possam ocorrer dentro do perímetro do aeroporto ou nas suas imediações. Com o intuito de se estabelecer em todos os aeroportos, de forma equilibrada, um sistema de resposta eficaz e capaz de minimizar os efeitos negativos de uma e manter a continuidade normal das operações, realizou-se as seguintes atividades: 1. Planificação e Acompanhamento da Realização de Exercícios de Resposta a Emergência nos Aeroportos Internacionais e Aeródromos; 2. Acompanhamento da atividade dos Coordenadores dos Planos de Emergência de cada aeroporto; 3. Elaboração de documentação de Gestão de Resposta a Emergência; 4. Consolidação do Sistema de Resposta a Emergência nos Aeródromos. Uma das principais bases para a prestação dos serviços de segurança no nível requerido é a capacitação os recursos humanos. O plano de Formação permitiu a concretização, em parte, dos objetivos da empresa e cumprimento de requisitos regulamentares, embora, por razões exógenas não tenha sido cumprido na sua totalidade. Página 21 de 29 CAPÍTULO 10 – Principais acionistas do Emitente A ASA, é uma empresa pública sob a forma de sociedade anónima, com um capital social de 5.500.000.000$00 (cinco mil e quinhentos milhões de escudos), representado por 550.000 (quinhentos e cinquenta mil) ações de valor nominal 10.000$00 (dez mil escudos) cada, detidas na sua globalidade pelo Estado de Cabo Verde. CAPÍTULO 11 – Visão e valores da Emitente A visão da ASA é ser uma entidade de referência nacional e internacional na gestão de aeroportos e serviços de tráfego aéreo, reconhecida pelos seus princípios de sustentabilidade e pela sua orientação para a prestação de um serviço de elevada qualidade e segurança para os seus clientes. A ASA expressa a sua cultura num conjunto de valores que caraterizam a sua atuação: Qualidade e Segurança – preocupação com o rigor e profissionalismo na execução dos procedimentos de trabalho e normas de segurança; Orientação para o Cliente – orientação da atividade em função das necessidades, expectativas e desafios do cliente interno e externo, alicerçada num relacionamento empático; Desenvolvimento dos Colaboradores – enfoque no desenvolvimento das competências dos colaboradores, identificando as necessidades de aperfeiçoamento técnico e comportamental e promovendo a sua melhoria; Ética e Responsabilidade Social – Postura de transparência, lealdade e confiança dentro da ASA e no relacionamento com o exterior, caraterizada por uma forte responsabilidade face aos colaboradores, à sociedade e às questões ambientais; Orientação para os Resultados – orientação da atividade no sentido de alcançar os objetivos a curto e longo prazo a que a ASA se propõe, através de uma utilização eficiente dos recursos. Para realizar a sua missão, e tendo como foco a sua visão, a empresa definiu seis pilares básicos bem como as diretrizes estratégicas que devem dirigir e nortear a sua atividade e desempenho: Segurança – manter os mais elevados níveis de segurança da aviação civil; Eficiência Económica e Viabilidade Financeira – garantir o equilíbrio financeiro da empresa, melhorar a rendibilidade dos aeroportos e da navegação aérea; Infraestruturas e Serviços – desenhar e executar um plano de investimentos em infraestruturas e serviços que permita adaptar a capacidade das infraestruturas à demanda do tráfego aéreo, aumentando a operacionalidade e qualidade dos serviços e potenciando a inovação tecnológica e otimização de processos; Qualidade, Ambiente e Segurança no Trabalho – implementar um sistema de gestão da qualidade que permita a otimização dos processos, a sustentabilidade ambiental e eficiência energética, incrementando os níveis de segurança no trabalho e prevenção de riscos laborais; Capital Humano – promover o desenvolvimento das pessoas, aumentando a sua motivação e compromisso com a empresa; Página 22 de 29 Marketing e comunicação institucional – reforçar a imagem corporativa e melhorar a comunicação interna. CAPÍTULO 12 – Legislação aplicável às atividades da emitente Decreto nº 68/90, de 18 de Agosto - Aprova o acordo relativo à segurança da aviação civil entre a República de Cabo Verde e os Estados Unidos da América. Decreto nº 149/90, de 22 de Dezembro - Aprova o acordo entre Cabo-Verde e o Reino dos Países Baixos referentes a serviços aéreos entre e além dos respectivos territórios. Resolução nº 71/V/97 de 31 de Dezembro - Aprova para adesão de Cabo Verde, a Convenção para Unificação de certas regras relativas a Transporte Aéreo Internacional. Decreto Regulamentar n.º 2/01, de 04 de Junho - Aprova os Estatutos do Instituto da Aeronáutica Civil. Decreto Regulamentar n.º3/01, de 04 de Junho Aprova os novos Estatutos da ASA, S.A. Decreto Regulamentar n.º1/01, de 20 de Agosto - Aprova o Código Aeronáutico de Cabo Verde. Decreto nº 4/2003, de 03 de Março - Aprova o Acordo de Transporte Aéreo entre Cabo Verde e EUA. Resolução n.º 18/2003, de 18 de Agosto - Publica a Convenção da Aviação Civil Internacional assinada em Chicago a 17 de Dezembro de 1994. Decreto-Lei nº 28/04, de 12 de Julho - Cria Agência de Aviação Civil e aprova os respectivos Estatutos. Resolução nº 108/VI/04, de 26 de Julho - Aprova, o Acordo sobre Transporte Aéreo entre República de Cabo Verde e República Portuguesa. Decreto-Lei nº14/2009, de 24 de Maio - Aprova o novo Programa nacional de Segurança da Aviação Civil- PNSAC. Decreto- Lei nº 31/09, de 07 de Setembro - Alteara o Decreto- Lei nº 28/ 2004, de 12 de Junho, que cria Agencia da Aviação Civil. Decreto. Legislativo nº 4/09, de 07 Setembro - Altera Decreto Legislativo nº 1/2001, de 20 de Agosto- Aprova Código Aeronáutico. CAPÍTULO 13 – Condições de Obrigações 13.1 Montante e divisa das Obrigações A Oferta Particular de obrigações da ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, S.A., totaliza um valor global máximo de 250.000.000$ ECV (duzentos e cinquenta milhões de escudos), representativa de uma série (Série C) associada a uma taxa de juro fixa de 5% ao ano com vencimentos de 7 (sete anos), emitidas pela ASA, SA e designada OBRIGAÇÃO ASA C: TAXA FIXA 5% 2016-2023. Página 23 de 29 13.2 Categoria, forma de representação das Obrigações e Códigos As Obrigações têm natureza ordinária e são valores mobiliários escriturais, nominativos, exclusivamente materializadas pela inscrição em contas abertas em nome dos respetivos titulares junto de intermediários financeiros legalmente habilitados, de acordo com as disposições legais em vigor. A entidade responsável pela manutenção dos registos é a Central de Liquidação e Custodia gerida pela Bolsa de Valores de Cabo Verde, SA com morada na Rua Largo da Europa nº 16, CP 115/A Achada Sto. António – Cabo Verde. As Obrigações ora emitidas pela ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, S.A., foram codificadas segundo o código ISIN: CVASACOM0005 (OBRIGAÇÃO ASA C: TAXA FIXA 5% 20162023) e serão subscritas por investidores qualificados, ao abrigo do nº 1 e 2 do Artigo 2º do Regulamento nº 01/2015 da AGMVM e emitidas através de subscrição direta e particular pela ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, S.A. 13.3 Legislação aplicável à Oferta e às Obrigações A Oferta e a emissão das Obrigações estão sujeitas ao disposto no Código dos Valores Mobiliários, no Código das Sociedades Comerciais e na demais legislação e regulamentação aplicável. Neste caso concreto as Obrigações serão criadas ao abrigo do disposto no Livro 2, Título IV, Capítulo IV do código das Empresas Comercias, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 3/99 de 29 de Março. O empréstimo é regulado pela Lei cabo-verdiana. Para dirimir qualquer questão emergente da presente emissão de Obrigações é competente o foro do Tribunal da Comarca da Praia com renúncia expressa a qualquer outro. 13.4 Direitos de preferência Não existem direitos especiais atribuídos às Obrigações ora emitidas. 12.5 Direitos atribuídos Não existem direitos especiais atribuídos às Obrigações senão os conferidos nos termos da lei geral, nomeadamente o direito a receber juros e o reembolso do capital. 13.6 Garantias das Obrigações A presente emissão de obrigações comporta as seguintes garantias: 1. A Emitente responde pelo serviço da dívida do presente empréstimo obrigacionista nos termos da lei, nas receitas e no património da Emitente. 2. Emitente obriga-se a consignar, mensalmente, parte das Receitas provenientes dos serviços aeroportuários, correspondente a 1/6 da prestação seguinte, remunerável à taxa em vigor no mercado, através de um Acordo Emitente e Banco Liquidatário. Página 24 de 29 3. A emitente sujeita-se a apresentar uma Ordem de Transferência, a favor de um Banco Liquidatário, para efeitos de pagamento dos juros, do reembolso principal e de eventuais comissões devidas pela emitente, aos respetivos beneficiários. 13.8 Pagamentos de juros e outras remunerações 13.8.1 Datas de pagamento A liquidação financeira dos Juros ocorrerá semestralmente, a contar data de subscrição, a partir da qual se inicia a contagem do primeiro período de juros relativos às obrigações ou seja calculados tendo por base meses de 30 dias, num ano de 360 dias e vencer-se-ão semestral e postecipadamente. 13.8.2 Taxa de juro As taxas de juro anuais nominais brutas aplicáveis a cada um dos períodos de juros, relativos às Obrigações Série C, serão fixas e iguais a 5% (cinco por cento) ao ano, com sujeição ao regime fiscal em vigor. 13.8.3 Processamento de pagamentos Em cada Data de Pagamento de Juros, serão movimentadas junto do Banco de Cabo Verde a débito a conta corrente do Intermediário financeiro pagador, indicado pela Entidade emitente e a crédito as contas correntes dos Intermediários Financeiros onde os Obrigacionistas possuem respetivas contas individualizadas, no saldo global de títulos detido por cada uma das referidas instituições junto da Central de Liquidação e Custódia. Após receção dos montantes devidos, os intermediários financeiros e o IF Pagador procederão à respetiva distribuição pelas contas de pagamento correntes, associadas às contas Individualizadas de cada um dos Obrigacionistas. 13.8.4 Pagamentos em Dias Úteis Se a data prevista para o pagamento de qualquer montante relativo às Obrigações não for um Dia Útil, o respetivo titular não terá direito ao pagamento até ao Dia Útil seguinte e não terá direito a receber juros adicionais ou qualquer outro pagamento em virtude do diferimento do pagamento em causa para o Dia Útil seguinte. 13.9 Amortizações e reembolso antecipado As Obrigações Série C têm um prazo de maturidade 7 anos a contar da data de subscrição, ocorrendo a respetiva data de vencimento passados exatamente 14 semestres (“Data de Vencimento”). A amortização será efetuada ao par, no fim e de uma só vez, isto é na data de pagamento do 14º cupão. A Emitente, fica com a opção de reembolso antecipado pelo valor nominal ou parcial da dívida outstanding ao fim do 1º ano, e a partir desta data, de seis em seis meses, mediante pagamento de um prémio de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) sobre o valor nominal das obrigações a amortizar. Página 25 de 29 13.10 Regime de transmissão das Obrigações Não existem restrições à livre transmissibilidade das Obrigações, pelo que as mesmas podem ser transacionadas no mercado de Balcão ou no mercado regulamento quando estiverem admitidas à negociação. 13.11 Local de publicação Todas as notificações relativas às Obrigações serão publicadas, no boletim Bolsa disponível no seu website (www.bvc.cv) ou por qualquer outra forma que se mostre de acordo com o previsto no Código do Mercado de Valores Mobiliários e regulamentos relativamente à divulgação de informação a investidores. 13.12 Admissão à negociação Não aplicável. CAPÍTULO 14 – Termos e condições da Oferta 14.1 Preço das Obrigações O preço de subscrição das OBRIGAÇÃO ASA C: TAXA FIXA 5% 2016-2023 a emitir no âmbito da Oferta Privada é de 1000$ (mil ECV) por Obrigação, sendo o pagamento efetuado integralmente no ato de subscrição. 14.2 Deliberações, autorizações e aprovações da oferta De acordo com a vontade expressa do Estado, devidamente representado pelo Sr. Sátiro Tavares Sanches, Diretor de Serviços das Participadas do Estado, nos termos do n.º1 do artigo 13º da Lei n.º 47/VII/2009, de 7 de Dezembro que estabelece o regime do Sector Empresarial do Estado, na qualidade de detentor de 100% do capital social da EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA, SA, com sede na Estrada do Aeroporto, Espargos, Ilha do Sal, Republica de Cabo Verde, com um Capital Social de 5.500.000.000 CVE (cinco mil e quinhentos milhões de escudos) e registada na Conservatória do Registo do Sal, Secção do Registo Comercial, sob o n.º 653 e Contribuinte n.º 200166972, ao abrigo do artigo 152º do Código das Empresas Comerciais, mediante deliberação unânime por escrito, na reunião da Assembleia realizada a 11 de Março de 2016, é aprovada a Emissão Obrigacionista através de Oferta Particular de obrigações da ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, S.A., totaliza um valor global máximo de 250.000.000$ ECV (duzentos e cinquenta milhões de escudos), representativa de uma série (Série C) associada a uma taxa de juro fixa de 5% ao ano com vencimentos de 7 (sete anos), emitidas pela ASA, SA e designada OBRIGAÇÃO ASA C: TAXA FIXA 5% 2016-2023, nos termos e condições previstas no presente Documento Informativo. Página 26 de 29 14.3 Calendário da Oferta e processo de subscrição Este é um calendário indicativo e está sujeito a alterações acordadas entre o Emitente e o Organizador e Coordenador Global: Data e hora 11 De Abril de 2016 às 8h00 11 De Abril de 2016 às 15h00 11 De Abril de 2016 às 15h30 Evento Data de início do período confirmação de subscrição Fim do período confirmação de subscrição Liquidação física e financeira da Emissão, CAPÍTULO 15 - Informações de natureza fiscal Os juros das obrigações cotadas em bolsa não incluídas no nº 1 do artigo 23º da Lei nº 26 VII de 2013 que aprova o Código dos Benefícios, são tributadas a 10% de acordo com o novo Código de Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Singulares (IRPS). Capítulo 16 - Definições Exceto se expressamente indicado de outro modo, os termos a seguir mencionados têm, no presente Documento Informativo, os significados aqui referidos: “AGMVM” A Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. “BVC” A Bolsa de Valores de Cabo Verde. “BCV” O Banco de Cabo Verde “CMVM” ou “Código de Mercado de Valores Mobiliários” Código do Mercado de Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Legislativo nº 1/2012, de 27 de Janeiro, republicado a 03 de Abril. “ECV” ou “CVE” Escudos cabo-verdianos, a moeda oficial de Cabo Verde. “Estatutos” Os Estatutos da ASA - EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA, SA. “ISIN” International Securities Identification Number. Estabelece uma codificação uniforme e internacionalmente aceite para os valores mobiliários de acordo com a ISO 6166. “MESC” Milhões de Escudos “Obrigações” de Distribuição. Designa as Obrigações subscritas no âmbito da presente Oferta Particular “Oferta” Oferta Particular de obrigações da ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, S.A., totaliza um valor global máximo de 250.000.000$ ECV (duzentos e cinquenta milhões de Página 27 de 29 escudos), representativa de uma série (Série C) associada a uma taxa de juro fixa de 5% ao ano com vencimentos de 7 (sete anos), emitidas pela ASA, SA e designada OBRIGAÇÃO ASA C: TAXA FIXA 5% 2016-2023. “Documento Informativo” O presente documento que respeita a Oferta Particular de obrigações da ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, S.A., totaliza um valor global máximo de 250.000.000$ ECV (duzentos e cinquenta milhões de escudos), representativa de uma série (Série C) associada a uma taxa de juro fixa de 5% ao ano com vencimentos de 7 (sete anos), emitidas pela ASA, SA e designada OBRIGAÇÃO ASA C: TAXA FIXA 5% 2016-2023. “Condições das Obrigações” significa os termos e condições aplicáveis às Obrigações constantes do Documento Informativo; “Regulamento dos Prospetos” significa o regulamento da AGMVM nº7/2013, artigo 6º nº 2, alterado pelo Regulamento da AGMVM nº1/2014, que remete ao Regulamento (CE) n.º 809/2004, da Comissão, de 29 de abril de 2004, que estabelece normas de aplicação da Diretiva 2003/71/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito à informação contida no Documento Informativos, bem como, os respetivos modelos, à inserção por remissão, à publicação dos referidos Documentos Informativos e divulgação de anúncios publicitários, conforme alterado; “SIFOX” significa o sistema de transações do mercado de capitais, que utiliza uma plataforma partilhada única com os intermediários financeiros; “Central de Liquidação e Custodia” significa o sistema centralizado de valores mobiliários escriturais gerido pela Bolsa de Valores de Cabo Verde através das quais se processa a constituição e a transferência dos valores mobiliários nele integrados e se assegura o controlo da quantidade dos valores mobiliários em circulação e dos direitos sobre eles constituídos; “Data de Pagamento de Juros” significa o dia/mês em cada ano, ou se esse dia não for um Dia Útil, o Dia Útil imediatamente seguinte; “Dia de Pagamento” um dia no qual os bancos comerciais e os mercados de câmbio procedam a pagamentos e estejam abertos ao negócio em geral em Cabo Verde; “Dia Útil” significa os dias que não sejam Sábado, Domingo e feriado, em que estejam abertos e a funcionar, a Central de Liquidação e Custodia, as instituições de crédito e os mercados cambiais e regulamentados envolvidos nas operações a realizar nos termos do Documento Informativo; “IRPC” significa o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas; “IRPS” significa o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares; “ASA, S.A.” ou “Emitente” significa a ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, S.A., Sede: Estrada Do Aeroporto, Espargos, Ilha Do Sal, República De Cabo Verde, Capital Social: 5.500.000.000$00, Matriculada na Conservatória do Registo do Sal, Secção do Registo Comercial, Sob O N.º 653, Contribuinte N.º 200166972, (Entidade Emitente). “Obrigacionista” significa cada titular das Obrigações; Página 28 de 29 CAPÍTULO 17 – Assinaturas PELA EMITENTE EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA, SA O Presidente do Conselho de Administração, Dr. Sandro Brito ____________________________________________ O Administrador Executivo, Dr. Jorge Fonseca ___________________________________________ PELOS SUBSCRITORES INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL O Presidente do Conselho de Administração, Dr. José Maria Veiga ___________________________________________ Administrador Executivo Dr. Elias Mendes Monteiro ___________________________________________ BANCO CABO-VERDIANO DE NEGÓCIOS, S. A. Presidente da Comissão Executiva Engº Fernando Belchior Rodrigues ___________________________________________ Administradora Executiva Dra. Ana Elizabeth Pires Carvalho Vicente ___________________________________________ Página 29 de 29