COMANDO DE PROXIMIDADE É APOSTA

Transcrição

COMANDO DE PROXIMIDADE É APOSTA
COMANDO DE PROXIMIDADE É APOSTA
Páginas 15 e 16
MAU TEMPO
PERNES
Aposta no socorro
Resposta pronta
A secção faz falta
Página 32
D irector : R ui R ama da S ilva
Página 5
Fotos: Carlos Barroso/ Lusa
SINES
Página 9
LOUROSA
A no : XXX
1,25€
Armando e Ricardo
querem voltar
ao ativo
E dição : 316
2013
de Janeiro Fotos: Marques Valentim
1.ª ENTREVISTA COM COMANDANTE NACIONAL DE SOCORRO
MALVEIRA
“Nada mudou depois do acidente”
Página 10
Passámos
a quadra
com os
bombeiros
Página 8
SETÚBAL
2
JANEIRO 2013
[email protected]
Santa Bárbara,
as tempestades e a bonança
final de cada ano é a oportunidade habitual
de balanços e votos. Sobre os balanços, falarei proximamente. Sobre os votos,
adianto-me já hoje, com o desejo de que, aparte
a crise e austeridade que nos bombeiros já conhecemos de sempre, o ano de 2013 permita fazer assentar a poeira.
Estou em crer que as palavras do ministro da
Administração Interna, Miguel Macedo, na posse
recente do comandante nacional de operações de
socorro, convergem no mesmo sentido.
Ao intervir na referida cerimónia, o ministro
apelou a todos os intervenientes na Protecção Civil para deixarem de lado “os interesses egoístas,
corporativos ou locais”. Saúdo a preocupação do
ministro que, aliás, vem ao encontro de preocupações de igual índole, anteriormente formuladas, e de modo reiterado, pelos bombeiros, pelas
federações e pela Liga.
Se queremos um sistema de protecção civil
uno, coeso, eficiente e eficaz, importa que se garantam a todo o momento as condições para esse
desiderato. A começar, como já disse, manifestando a vontade para que se reúnam também as
condições, e as oportunidades, para fazer assentar a poeira. E, permitir assim, distinguir e percepcionar melhor o horizonte, conhecer e avaliar
a nossa realidade, garantir claramente os meios
de que vamos dispondo, conhecer melhor os parceiros que estão ao nosso lado, a razão porque
são estes e não outros, em que é que são iguais
ou diferentes de nós e porquê.
Fazer assentar a poeira começa por obter respostas, muitas delas solicitadas a partir de perguntas feitas há muito tempo e que, por razões
diversas, nunca foram satisfeitas.
Pessoalmente, estou em crer que, ao contrário
do que alguns pensam, não é, nem de perto nem
de longe, a mera alteração de uma lei orgânica,
ou de legislação avulsa a ela associada, que vai
solucionar muitas questões de fundo que permanecem por satisfazer, por harmonizar, em suma,
por resolver. Ás leis cabe um papel. Mas não esgotam o que está para além disso, nomeadamente, a vontade dos homens.
Acredito que, ao apelar contra os interesses
egoístas, corporativos ou locais, o ministro queira
claramente mudar as coisas, nomeadamente, na
esfera de tudo o que tem a ver e se relaciona com
a Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC).
Por isso, contra aqueles que apontam que serão
os bombeiros os únicos visados com tais palavras
do ministro, e que estas possam também querer
adiar os reduzir a escala das mudanças a operar
na ANPC, professo a minha convicção de que
acredito que há vontade de mudar. Desde logo,
acredito, que haja vontade de repor a, há muito
perdida, proporcionalidade e representatividade
real dos diferentes agentes na estrutura do sistema e, em especial, dos bombeiros. Se, no passado, alguém falou em formigas e cigarras, esqueça.
É certo que, caso o ministro se tivesse explicado melhor, porventura, não daria azo a comentários maldosos e mal intencionados que, para já,
podem ter como reflexo o levantar de novo a poeira que já começaria a querer assentar.
No Sistema Nacional de Protecção Civil todos
são importantes. Contudo, nem todos são iguais.
Não entender assim, de facto, só acaba por alimentar os egoísmos, os interesses corporativos e
locais. E ajuda, como é sabido, a acentuar os desequilíbrios que, no passado, a vontade de uns, a
inércia ou a demissão de outros e a incompreensão para com muitos mais foi gerando.
Não aceitar nem praticar a descriminação positiva nesse domínio é iludir, até mesmo, faltar à
verdade dos factos.
Numa estrutura em que o que conta são os resultados, a operacionalidade, em primeira instância, é imperativo identificar e reconhecer afinal o
que cada um vale e o peso que deve ter legitimamente no Sistema. E, mesmo que alguns queiram
amenizar estatísticas, por exemplo, identificando
todos por igual como combatentes quando convém, ou trabalhando a informação de forma algo
bizarra ou desajustada, o que se continua a passar no terreno contraria e desmente, incontornavelmente, a realidade construída nos papéis.
Por isso, não poderei estar mais de acordo com
as palavras do ministro da Administração Interna. Com a sua intervenção, formulo ardentemente, será possível fazer assentar a poeira em 2013.
Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia
Foto: Jorge Coelho/LUSA
O
Assentar a poeira em 2013
D
iz o povo que “só nos lembramos de Santa Bárbara
quando há trovões, uma expressão que os bombeiros
usam para consumo próprio,
porque, na verdade, ilustra a
forma como as populações lidam com os soldados da paz,
cuja missão só é devidamente
valorizada em situações limite, nomeadamente no verão,
em época de incêndios.
Nos últimos dias, os bombeiros andaram nas “bocas do
mundo”, tiveram amplo espaço na imprensa e atenção especial nas rádios e televisões,
mais uma vez porque se colocaram na linha da frente no
socorro de pessoas e bens.
A violenta intempérie do último fim de semana, que tantos danos causou, não deu
tréguas aos bombeiros. Horas
depois, ainda o País se recompunha do “susto” e tentava
avaliar prejuízos enquanto
centenas de operacionais, entregavam-se a trabalhos de
apoio às populações, outros
são chamados ao teatro de
operações para socorrer as vítimas da violenta colisão de
comboios em Alfarelos. Por
essa altura, no Norte do País a
neve caía forte chamando os
operacionais de muitos, muitos quartéis a dar resposta às
mais variadas solicitações das
comunidades.
Depois de uma semana tão
exigente, os bombeiros de
Portugal podem orgulhar-se
da resposta musculada e inquestionável dada às mais
distintas solicitações, mas fica
a dúvida se quando vier a bonança os portugueses se vão
lembrar destes dias tempestade…
Sofia Ribeiro
CONTABILIFÉNIX
A
Empresa promove encontro nacional
Contabilifénix, empresa
participada pela Liga dos
Bombeiros Portugueses, promoveu um encontro de âmbito nacional com as associações humanitárias de bombeiros voluntários, no auditório
da Caixa Agrícola, na Vila de
Porto de Mós, onde a empresa
tem o seu Centro Operacional.
A abrir a sessão, José Ferreira, moderador e representante da Liga na gerência da
Contabilifénix deu as boas
vindas aos participantes. De seguida, António
Vala deu a conhecer a atividade da empresa e dos
três pilares que a suportam desde constituição:
“rigor, inovação e excelência”. No decurso da
apresentação, este responsável transmitiu a ideia
de que, esses pilares traduzem os valores que
cada associação deve assumir em matéria de
gestão.
Na ocasião, António Vala anunciou ainda o lançamento de um pacote de formação, destinada a
diretores, colaboradores administrativos, assalariados e bombeiros, na área do “Comportamento
e Comunicação Organizacional”, com módulos
como Gestão de Conflitos; Atendimento; Gestão
do Tempo; Psicossociologia do Trabalho, entre
N
outros. Frisou ser esta uma aposta muito importante no setor tendo em conta a lacuna de formação existente nessa área.
Depois foi a vez de António Mesquita abordar o
processo organizativo da contabilidade nas associações, a fiscalidade e o cumprimento das disposições legais para o setor em vigor desde janeiro
de 2012, as alterações ao Código do Trabalho e a
repercussão na elaboração dos salários, realçando os ajustes a efetuar pelos serviços administrativos. Posteriormente, apresentou o conteúdo do
Dec.lei nº.197/2012 de 24 de agosto, relativo ao
processo de faturação que entranto já entrou em
vigor no início do ano e que as Associações deverão implementar.
Ser bombeiro
– histórias na primeira pessoa
este primeiro Teatro de Operações de 2013, trago ao conhecimento dos leitores um projecto que pretendo concretizar
ao longo do ano que agora começa. Trata-se da edição de um
livro com a publicação de histórias relatadas ou escritas por
bombeiros, sobre situações que
tenham protagonizado no exercício da sua missão.
Para o referido efeito estou a
desenvolver contactos para garantir o patrocínio da edição,
cujos direitos pretendo oferecer
à nossa Liga dos Bombeiros
Portugueses.
Naturalmente que o sucesso
deste projecto depende da resposta que possa receber da
parte dos bombeiros (voluntários ou profissionais) que a ele
se quiserem associar, enviando-me a sua história ou contactando-me para eu providenciar
a recolha do seu relato oral.
Os textos devem ter um máximo de 3.000 caracteres e o
seu autor deve escolher um título para os mesmos.
Todos os textos devem ser-me remetidos para o mail/
[email protected]
Os motivos desta iniciativa
são fáceis de explicar.
Incomoda-me que a acção
dos Bombeiros Portugueses esteja a desaparecer do espaço
mediático, com honrosa excepção para este jornal que continua na primeira linha da divulgação da actividade dos nossos
“soldados da paz”.
Incomoda-me que estes homens e estas mulheres, que todos os dias são protagonistas de
actos de enorme dimensão humanista, estejam a ser ofuscados pela crise e pelas enormes
dificuldades que se apossaram
da sociedade portuguesa.
Incomoda-me que a esperan-
ça que representa para Portugal
a acção quotidiana destes cidadãos e cidadãs não seja suficientemente visível para o conjunto da comunidade nacional.
Assim sendo, quero contribuir para a promoção e dignificação da imagem pública dos
nossos bombeiros, trazendo à
estampa histórias na primeira
pessoa.
Fica o apelo para que colaborem neste projecto que gostaria
de ver assumido por todos os
que nele quiserem intervir.
Fico na expectativa da colaboração dos dirigentes e elementos de comando dos corpos
de bombeiros do país, na divulgação deste projecto junto dos
respectivos bombeiros.
Quanto a vós, bombeiros,
fico na expectativa das vossas
histórias!
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
3
JANEIRO 2013
ão há nada mais
forte que a determinação de um voluntário”, diz um ator no filme
“Pearl Harbour”, buscando assim explicação para, apesar
dos riscos graves bem evidentes, ter sido possível mobilizar
um grande número de homens
e mulheres para socorrer os
milhares de feridos registados
durante a Segunda Guerra
Mundial no ataque à grande
base militar norte-americana
então existente naquele ilha
do Pacífico.
Pelas circunstâncias e no
contexto que todos conhecemos, a nossa sociedade está a
passar por um tempo de mudança, um processo de transformação que pode estar a
condicionar ou vir a limitar
muitas coisas que antes fazíamos, incluindo o exercício do
voluntariado nas mais diversas
expressões. A crise e a austeridade que segue essa mudança, naturalmente, podem também contribuir para isso.
Cientes dessas transformações, seria lícito e lógico concluir que, face às dificuldades
e aos próprios constrangimentos, também pessoais, que a
situação vai gerando, a vontade dos cidadãos para o exercício do voluntariado iria diminuir. Porém, as escolas de infantes e cadetes a que aludi na
edição anterior são exemplo
do contrário. E o mesmo acontece também em muitas associações com percentagens significativas de novos recrutas.
Dir-me-ão que, no entanto,
há muitas associações de
bombeiros voluntários que
precisamente se queixam do
contrário, ou seja, de falta de
novos elementos.
O aparente antagonismo
entre, por um lado, a existên-
Foto: Marques Valentim
“N
Não há nada mais forte
cia de muitos elementos e, por
outro, o lamento da sua inexistência, acaba, não por demonstrar a falta de vontade
em aderir ao voluntariado mas
a disponibilidade para o fazer,
sempre estranha à vontade
dos próprios. A começar, desde logo, pela desertificação
das respetivas localidades,
concelhos ou regiões.
As associações de bombeiros nasceram das vontades locais, com as potencialidades e
fragilidades inerentes. E, ao
longo do tempo, foram evoluindo em função dessas mesmas vontades e capacidades,
incluindo a disponibilidade dos
moradores locais para alinharem nas suas fileiras. Mas,
quando o número destes vai
diminuindo, como aconteceu
no passado, e agora se vai re-
petindo num processo de desertificação contínuo, como é
que as associações de bombeiros poderão ser diferentes, garantindo a presença dos moradores que partiram? A crise
está nas associações ou, de
facto, na própria organização
social e na sua distribuição
territorial?
Apesar das queixas e lamentos sucessivos das associações, na prática, a questão
só tem sido abordada em circunstâncias episódicas. Veja-se o caso do combate aos incêndios florestais e a reiterada
falta de elementos para os
combater nalgumas zonas do
país. Não por que não queiram, ou não estejam disponíveis, mas por que simplesmente não estão lá. Importa
estudar este fenómeno com
rigor, sem reservas nem preconceitos. A crise não está
propriamente nas associações
de bombeiros mas nas próprias comunidades locais que
não têm podido, por si só, e
por razões mais ou menos conhecidas, garantir os meios
humanos para que a operacionalidade dos seus bombeiros
se mantenha. Isto, quando,
por exemplo, a escola ou o
centro de saúde já fecharam, a
rede de transportes públicos
ou o carteiro já não chegam lá
como acontecia antes.
As mudanças em curso, ou
sobre as quais se pretende
agora também lançar um debate, devem incluir, por que
diz respeito às próprias comunidades e às opções que têm
que tomar para a sua organização futura, o que se preten-
de dos bombeiros e das suas
associações.
As associações de bombeiros, sem dúvida, têm uma palavra a dizer, não se demitem
desse papel mas também não
dispensam um diálogo convergente e responsabilizador com
os restantes atores sociais e
políticos. Elas devem elencar
sem rebuço o que pretendem
continuar a fazer e com que
meios podem e aceitam fazê-lo. Eles devem deixar claro a
sua vontade e capacidade
para o satisfazer ou não.
Estamos perante a exigência de um novo contrato social, neste caso, entre bombeiros, comunidade e poderes
instituídos. Acordo onde a satisfação do direito que assiste
aos cidadãos para o exercício
ao voluntariado deve ficar
consagrada à luz das novas
necessidades da sociedade
mas também tendo em conta
as dificuldades e constrangimentos que a própria sociedade não tem sabido vencer e
anular para que tal seja possível.
“Não há nada mais forte que
a determinação de um voluntário”, diz-se no filme. Qualquer modelo social em que venhamos a funcionar no futuro
tem que ter isso forçosamente
em conta. Se não o fizer, definitivamente, não irá traduzir a
realidade que diz querer reavaliar e organizar. Ou então,
nem a celebração do Ano Europeu do Voluntariado em
2011, nem a própria avaliação
que os bombeiros fazem da
sua organização, terão servido
para alguma coisa.
4
JANEIRO 2013
FEDERAÇÃO DE BOMBEIROS DE PORTALEGRE DENUNCIA
presidente da Federação de
Bombeiros do Distrito de
Portalegre criticou, no início
deste mês, a nova política de
transporte de doentes de centros de saúde, acusando a Unidade Local de Saúde do Norte
Alentejano (ULSNA) de tratamento “desumano” dos pacientes. Em declarações públicas,
Francisco Louro afirmou que
“não há sentido humano da
parte de quem administra, há
simplesmente sentido económico”, situação que o levou a acusar a ULSNA e o Estado de tratarem as pessoas de uma forma
“cruel e desumana”.
Em causa está um despacho
da ULSNA enviado às corporações de bombeiros do distrito e
segundo o qual são “alterados
os procedimentos” para o transporte de doentes relativo às
transferências dos centros de
saúde para os hospitais de Portalegre e Elvas, a partir do dia
um de janeiro deste ano. “Assim, e no sentido de facilitar
todo o processo, solicita-se aos
bombeiros que, após a chegada
ao serviço de urgência do hospital, não aguardem pela alta
do doente”, estabelece o despacho, datado de 28 de dezembro.
“Isto é para evitar o pagamento das horas de espera. O
que vai acontecer é que, quando os doentes estiverem despachados, ou vão de táxi ou pedem uma ambulância para os ir
buscar e pagam o transporte”,
criticou Francisco Louro.
O presidente da Federação de
Bombeiros do Distrito de Portalegre disse temer, por isso, que
a medida venha a agravar também a situação económica das
corporações, uma vez que a dívida por parte dos particulares
aos bombeiros vai aumentar.
“O volume de dívidas por
parte dos particulares aos bombeiros vai aumentar. As pessoas
não têm dinheiro para pagar a
ambulância que vão chamar
para os levar a casa”, vaticinou.
Considerando
“vergonhoso”
este processo, Francisco Louro
referiu ainda esperar que as
macas que pertencem às corporações de bombeiros não fiquem retidas nos hospitais,
dado que, logo após a entrada
dos doentes nas urgências, os
Foto: Arquivo
O
“Política de transporte de doentes é desumana”
bombeiros terão que abandonar
esse espaço. “Habitualmente as
macas ficam retidas no hospital, o que é vergonhoso. O Hospital de Portalegre não tem ca-
pacidade de resposta e agora,
com esta medida, vamos ver no
futuro como é que isso vai
acontecer”, sublinhou. Manifestando o receio de que os doen-
tes fiquem “abandonados” logo
após a entrada no hospital,
Francisco Louro acusou a tutela
de tratar os pacientes como
“coisas” e como “objetos”.
O Jornal ‘Bombeiros de Portugal’ tentou uma reação da administração da ULSNA, a qual
se remeteu ao silêncio.
Patrícia Cerdeira
GUARDA
Presidente federativo anuncia saída
A
Federação de Bombeiros do
Distrito da Guarda realizou
a sua terceira gala anual no final do ano transato. Desta feita, o encontro decorreu no Palace Hotel Termas de S. Miguel,
em Fornos de Algodres e foi o
momento escolhido pelo presidente da federação, Gil Barrei-
ros, para anunciar a sua saída
em resultado da sua nomeação
para diretor clínico da Unidade
Local de Saúde da Guarda –
Cuidados de Saúde Primários.
Gil Barreiros referiu também
ter abdicado, pela mesma razão, de nova candidatura a presidente da direção dos Bombei-
ros Voluntários de Gouveia mas
que irá continuar como vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Esta terceira gala foi um encontro concorrido, à semelhança das duas anteriores edições,
que, segundo Gil Barreiros, “já
se aproximou daquilo que a fe-
deração sempre pretendeu fazer”.
No decurso da gala a Federação dos Bombeiros da Guarda
distinguiu os cinco comandantes
que recentemente deixaram o
quadro ativo, de Aguiar da Beira,
Gonçalo, Vila Nova de Foz Coa,
Vila Franca das Naves e São Ro-
mão. Foi também prestada homenagem a 23 elementos dos
vários corpos de bombeiros associativos do distrito, incluindo
Sérgio Rocha, dos Voluntários de
Famalicão da Serra, falecido em
2006 durante o combate a um
incêndio florestal. Foi também
homenageada a memória do
PORTO
Protocolo une federação e Bayer
A
Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto (FBDP) recebeu
da Bayer Portugal, nO âmbito de um protocolo que une as duas
instituições, 600 medidores de glicemia Contour XT e 600 dispositivos de punção Glucolet 2.
Ao abrigo deste acordo, cada associação do distrito recebeu um
conjunto de kits de medição de glicemia – máquina e caneta de
punção–, para cada ambulância do corpo de bombeiros.
“A FBDP congratula-se com mais este testemunho do reconhecimento que a missão dos bombeiros merece e, felizmente, vai tendo por parte da chamada “sociedade civil”, incluindo as empresas,
por contraste com o Estado”, disse, na ocasião, José Miranda, presidente da federação.
A cerimónia, que decorreu nas instalações da Autoridade Nacional de Proteção Civil do Porto, contou com a presença de João Raposo, em representação da Bayer, bem como do comandante operacional coronel José Teixeira Leite, comandantes e dirigentes dos
corpos de bombeiros e associações do distrito.
bombeiros do Sabugal, Sérgio
Hilário, acometido de doença súbita quando transportava um doente e posteriormente falecido
em dezembro último, bem como
a memória de Álvaro Melo, antigo presidente dos Voluntários de
Fornos de Algodres, vítima de
doença prolongada em 2011.
5
JANEIRO 2013
SINES
Associação investe 800 mil euros no socorro
A Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Sines investiu cerca de 800
mil euros na construção de uma “extensão”
do antigo quartel, destinada a albergar
apenas a área do socorro.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
N
a passada semana, muitos
operários ultimavam pormenores no interior do
novo e moderno equipamento da
zona industrial de Sines que
dentro de dias dará as boas vindas aos bombeiros da cidade.
Esta extensão do antigo quartel
construído há quase três décadas e a “rebentar” pelas costuras, destina-se a albergar os serviços de socorro e de urgência,
garantindo condições de trabalho aos operacionais dos Voluntários de Sines. No quartel-sede
funcionarão os restantes serviços.
Implantado num terreno com
cerca de cinco mil metros quadrados cedido pela Câmara Municipal de Sines, o novo edifício
desenvolve-se numa área de
1500 metros quadrados, bem
aproveitada, onde as questões
de operacionalidade não inviabilizaram algumas comodidades,
apesar das mais que óbvias limitações financeiras, conforme explicou ao nosso jornal o presidente da direção João Santa
Bárbara:
“A primeira preocupação foi o
dinheiro, uma obra que começa
e não termina, não traz beneficio
a ninguém. Depois de muitas
contas, tentamos fazer bem e
em bom com pouco dinheiro, de
modo a assegurar conforto e aos
nossos bombeiros”.
O toque de modernidade deste complexo surge não só pelos
materiais mas, também, pela
João Santa Bárbara: O homem sonha a obra nasce
paleta de cores fortes usada nos
vários gabinetes de apoio, nas
salas de formação, nas camaratas femininas e masculinas, nos
balneários e até na cozinha.
Apesar da qualidade de construção e do arrojo, o presidente da
direção fala de “pouco luxo”, mas
sublinha que este novo quartel
tem “a qualidade de outros equipamentos muito mais caros”.
A obra orçada em 800 mil euros poderá mesmo “ um pouco
mais barata”, provando que, ao
contrário do que muitas vezes
sucede pelo País, em Sines registou-se uma “derrapagem inversa”.
“Este é um equipamento voltado para o futuro, evoluído na
área da proteção civil, que permitirá uma resposta 100 por
cento eficaz no socorro e na urgência”, regista João Santa Bárbara.
Visivelmente satisfeito, com
o sentido de dever cumprido, o
presidente encara o futuro com
otimismo, agora que se começa
a escrever um novo capítulo na
história desta associação com
79 anos de existência. Para
além no novo quartel, a institui-
ção aguarda com particular expectativa a tomada de posse do
novo comandante. Vitor espírito
Santo, um conhecido e reconhecido operacional prepara-se
para abraçar, formalmente,
este projeto ao qual já se entrega há algum tempo com evidente proveito para instituição.
Nesta nova fase, os Voluntários de Sines contam com uma
espécie de mobilização geral, os
operacionais da casa estão motivados e são muitos os voluntários a aproximarem-se da instituição, inclusivamente crianças e jovens
“Temos por aqui muita gente
nova o que aliás já motivou o
comandante Vitor Espírito Santo a avançar com a criação de
uma escola cadete, onde já estão inscritos mais de uma dúzia
de miúdos”, revela, entusiasmado, o presidente.
A nova escola será, aliás,
apresentada por ocasião da
inauguração do novo quartel,
no dia 2 de fevereiro, numa
sessão que será presidida pelo
secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo
d’Ávila.
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6
JANEIRO 2013
O “Livro Branco” da LBP
Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista
Composto por 510 páginas,
“Bombeiros de Portugal – I” não
conheceu, ao longo dos anos,
continuidade e muito menos
qualquer reedição e/ou actualização.
Dado à estampa em 1979,
esteve para ser apresentado
por ocasião do XXIII Congresso
Nacional dos Bombeiros Portugueses, reunido no Estoril, entre 3 e 8 Outubro de 1978. Porventura, dificuldades de ordem
funcional, na compilação de dados, impediram que o objectivo
fosse atingido em tempo útil.
Assim leva a concluir uma circular remetida às associações/
corpos de bombeiros, datada do
mês de Maio, subscrita pelo secretário administrativo Manuel
Manta, consubstanciada num
questionário que serviu de suporte a parte da edição, aliás,
documento durante algum tempo disperso e que está agora
concentrado e preservado no
arquivo do NHPM.
Embora pouco acessível, a
publicação em apreço constitui
uma indispensável fonte de
pesquisa, por força dos vários
dados que apresenta, bem
como um ponto de partida para
diferentes estudos, quer no âmbito da vida interna da Confe-
deração, quer ao nível da evolução histórica das associações/
corpos de bombeiros e das próprias estruturas do Estado com
intervenção no domínio do serviço de incêndios.
Sobre o conteúdo
Importa ainda, nesta evocação, concentrar a atenção no
conteúdo do “Livro Branco”,
destacando os vários assuntos
nele contidos: O que são os
bombeiros; Breves apontamentos de história; Liga dos Bombeiros Portugueses – Organigrama e Constituição, Órgãos
Sociais, Comissões Nacionais;
Tutela Governamental – Serviço
Nacional de Bombeiros, Inspecções de Zona; Corpos de Bombeiros – Zona Norte; Zona Sul;
Calendário.
Decorrente da análise a tal
conteúdo, oferece-nos apontar
algumas curiosidades históricas, decerto surpreendentes
para as novas gerações, como é
o caso de, no ano de 1978,
existirem, apenas, duas inspecções (a Inspecção de Incêndios
da Zona Norte e a Inspecção de
Incêndios da Zona Sul) e outros
tantos inspectores, por inerência, os comandantes dos Bata-
Dirigentes da LBP com o Presidente da República, General Ramalho
Eanes – Congresso do Estoril, 1978
lhões de Sapadores Bombeiros
do Porto e de Lisboa, respectivamente, o tenente-coronel Álvaro Maia Gonçalves e o tenente-coronel Fernando Teixeira
Coelho.
Em Portugal, abrangendo o
continente, as regiões autónomas e o território de Macau,
existiam 400 corporações, termo na época vulgar mas, nos
nossos dias, cada vez mais em
desuso no léxico do sector.
Por sua vez, os corpos activos compunham-se de 16240
elementos, na sua esmagadora
maioria voluntários, dispondo
para serviço, entre outros
meios, de 1294 viaturas de fogo
e 1002 ambulâncias, números
apurados a partir das páginas
reservadas à apresentação individual das associações/corpos
de bombeiros do país.
Entretanto, no Ministério da
Administração Interna, o Conselho Coordenador do recém-criado Serviço Nacional de
Bombeiros (SNB), em regime
de instalação gradual, incumbido de orientar e coordenar as
actividades e serviços de socorro, preparava o futuro de modo
a convertê-lo numa nova realidade, o que veio a verificar-se
nos anos subsequentes, sob o
forte impulso da Liga dos Bombeiros Portugueses e das suas
Federações Distritais, com inequívocas vantagens na modernização e operacionalidade dos
corpos de bombeiros.
Faleceu o comandante Beleza Ferraz
aleceu recentemente o comandante do Quadro de
Honra (QH) dos Bombeiros
Voluntários Barcelinhos, e pai
do atual comandante, José
António Machado Maciel Beleza Ferraz com 81 anos de idade e quase meio século de atividade nos bombeiros.
Natural de Barcelinhos e
pertencendo a uma família
que sempre serviu os seus
bombeiros, o comandante Beleza Ferraz conviveu e viveu
desde muito novo a atividade
dos voluntários experimentando ainda criança o peso de
uma farda. Aliás, desfilava
como mascote nos dias de
festa ou de maior solenidade.
Com tais raízes será fácil
concluir que não lhe foi indiferente o apelo que foi sentindo
para o exercício do voluntariado nos bombeiros. Assim, a
partir de 1964 iniciou o seu
percurso, sempre nos Voluntários de Barcelinhos, eleito
ininterruptamente como vice-presidente da direção até
2000.
Apesar das razões de saúde
que o atormentavam não quis
deixar os bombeiros e, assim,
entre 2001 e 2008 assumiu
funções na assembleia-geral
da instituição, até 2003 como
segundo secretário e depois
como vice-presidente. Em
2009 foi então eleito membro
do conselho superior.
A par da sua missão de diri-
gente, o comandante Ferraz,
“não sendo homem de virara
a cara aceitou a interinidade
do comando do corpo de bombeiros em junho de 1971 e
posteriormente, em janeiro de
73, foi definitivamente nomeado comandante. Manteve-se
naquele cargo até agosto de
De resto, foi também em
1978, curiosamente no Congresso do Estoril, onde o “Livro
Branco” deveria ter sido apresentado, conforme já referido,
que foram tomadas as posições
de força mais determinantes de
sempre tendentes à institucionalização do SNB. Daí resultou,
primeiro, o Decreto-Lei n.º
388/78 e, pouco tempo depois,
a Lei n.º 10/79, diplomas substituídos pelo célebre Decreto-Lei n.º 418/80, elevado à condição de Lei Orgânica do Serviço Nacional de Bombeiros.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
Site do NHPM da LBP:
www.lbpmemoria.wix.com/
nucleomuseologico
ALCOCHETE
BARCELINHOS
F
Foto: Arquivo LBP/NHPM
H
á 35 anos, em plena época
de reestruturação da Liga
dos Bombeiros Portugueses (LBP) e, por consequência,
de todo o universo nela representado, era dado o arranque ao
processo de elaboração do livro
“Bombeiros de Portugal – I”, versando “Dados de Carácter Geral”, com coordenação de textos
de Vítor José Melícias Lopes, presidente do então Conselho Administrativo e Técnico (CAT).
Mais conhecido por “Livro
Branco”, a sua edição, sem precedentes, teve o apoio financeiro do Governo Civil de Lisboa.
“(…) preencher uma gravíssima lacuna em matéria de divulgação do que é o fenómeno e a
realidade Bombeiros em Portugal” foi, entre outras, a motivação do CAT, ao assumir a iniciativa.
Supomos que, hoje, o “Livro
Branco” da LBP deverá ter quase o carácter de raridade bibliográfica, não sendo fácil a sua
identificação nas estantes das
bibliotecas, exceptuando as de
natureza estatal e as de alguns
coleccionadores da temática. O
próprio Núcleo de História e Património Museológico (NHPM)
dispõe, somente, repare-se, de
dois exemplares.
1992, data em que passou ao
QH “por direito próprio e por
ser da mais elementar justiça.”
Ao longo dos 48 anos de
serviço nos bombeiros e, em
particular, nos Voluntários de
Barcelinhos, o comandante
Beleza Ferraz viu reconhecido
por diversas vezes o intenso e
profícuo trabalho desenvolvido. A atribuição do crachá de
ouro da Liga dos Bombeiros
Portugueses é uma das provas
disso.
À Família do comandante
Ferraz, ao seu filho, comandante dos Voluntários de Barcelinhos, ao corpo ativo e dirigentes da instituição endereçamos sentidos pêsames.
A
Faleceu Chefe
António D’Aguiar
ntónio Pereira D’ Aguiar,
chefe do quadro de honra
da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Alcochete faleceu vítima de doença
súbita no passado dia 30 de dezembro.
Foi em fevereiro de 1965 com
apenas 17 anos e como cadete,
que ingressou no seio desta família onde sempre se dedicou à
associação e ao lema “vida por
vida” ao longo dos 47 anos de
serviço, sendo relembrado pelos colegas no momento da
despedida como “um homem
ao serviço do bem comum”.
A passagem ao quadro de
honra em 2002, não limitou o
chefe Aguiar de continuar a impulsionar a vida ativa do corpo
de bombeiros, sendo por isso
agraciado em 2010 com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses e um dos
principais impulsionadores da
recente reativação da fanfarra.
Sérgio Santos
7
JANEIRO 2013
FORMAÇÃO EM EMERGÊNCIA MÉDICA
INEM dá início à descentralização
O
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é “a primeira entidade hospitalar acreditada pelo Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM) para dar formação na
área da emergência médica”. Acreditado para dar
“formação em suporte de vida avançada”, o CHUC
passa a poder fazer formação certificada nas
“competências necessárias à correta abordagem
de uma vítima em paragem cardiorrespiratória”,
sublinha o INEM.
A acreditação atribuída “representa o reconhecimento externo de que a entidade tem todas as
condições para dar formação em determinadas
áreas da emergência médica pré-hospitalar”, podendo dar formação aos seus próprios profissionais e no exterior, lê-se num anota tornada pública. O processo para a acreditação de uma entidade pressupõe “o cumprimento de um conjunto
alargado de requisitos”, desde instalações a recursos materiais e humanos.
“A formação e o ensino são uma opção estratégica do CHUC”, referiu José Martins Nunes, presidente do conselho de administração desta insti-
tuição, que congrega oito hospitais: dois centrais
(Hospital dos Covões e Hospitais da Universidade), um pediátrico, três psiquiátricos (Sobral Cid,
Arnês e Lorvão) e duas maternidades (Daniel de
Matos e Bissaya Barreto).
“O CHUC tem vindo a constituir-se como parceiro de entidades externas” para a formação, no
âmbito das suas preocupações com o ensino e a
formação, salientou Martins Nunes.
O INEM passou a ter competência para, ao
abrigo da nova lei orgânica (de fevereiro de
2012), “acreditar entidades externas para procederem à realização de ações de formação”, o que
lhe permite “aumentar a capacidade formativa
existente no país”.
Além do CHUC, “outras unidades de saúde iniciaram já procedimentos com vista à obtenção de
acreditação”, revela o INEM.
O certificado de entidade acreditada para dar
formação na área da emergência médica foi entregue ao CHUC no passado dia sete de janeiro,
na sede do INEM, em Lisboa.
Patrícia Cerdeira
INEM: VIA VERDE DO AVC
Mais de três mil doentes encaminhados
E
m 2012, foram 3042 os
casos de Acidente Vascular Cerebral encaminhados para a Via Verde do AVC,
números que se traduzem, segundo o Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM)
num “melhor tratamento” a
mais de 14.000 pacientes e
representam um aumento de
160 situações face ao ano anterior. Os distritos de Porto e
Lisboa foram onde estes encaminhamentos tiveram maior
incidência, com 720 e 629 casos, respetivamente, seguindo-se Braga (264) e Setúbal
(252). Na grande maioria dos
casos (2097 situações), os meios de socorro
chegaram ao local em menos de 20 minutos.
Os Hospitais de São José (271), Braga
(242), São João (230) e Santa
Maria (178) foram os que receberam o
maior número de casos encaminhados pela Via
Verde do AVC.
As estatísticas do INEM indicam que, na
maioria dos casos, foi preciso passar entre 30
minutos a uma hora desde o início dos sintomas para que fosse dado o alerta para o 112.
O Instituto alertou que “as primeiras três horas, após o início dos sintomas de AVC, são
essenciais para o socorro da vítima, pois é esta
a janela temporal que permite que a instituição
dos principais tratamentos seja eficaz”. Para
melhorar esta situação, “é essencial que a população saiba quais os sinais de alerta da doença e como utilizar o 112”.
Através do Número Europeu de Emergência,
o INEM coordena a assistência e encaminha as
vítimas de AVC para os hospitais adequados
através da Via
ASSEMBLEIA GERAL DA ENB FAZ BALANÇO DE 2012
Verde, permitindo “um tratamento mais rápido e eficaz”. Falta de força num braço, boca
ao lado ou dificuldade em falar são sinais de
alarme que podem indicar a ocorrência de um
AVC. “Se estes sinais forem reconhecidos a
tempo, ligar 112 é a forma mais adequada de
o doente ser tratado, pois a rápida atuação
médica especializada é vital para o sucesso do
tratamento e posterior recuperação do doente”, sublinha o INEM.
De referir que estão definidos um conjunto
de critérios clínicos para a admissão nesta Via
Verde: idade, tempo de evolução dos sintomas
e não ter sequelas de AVC anterior. O Acidente
Vascular Cerebral continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo
também a principal causa de morbilidade e de
potenciais anos de vida perdidos no conjunto
das doenças cardiovasculares.
Segundo os especialistas, por hora, morrem
dois portugueses devido a esta doença que
pode ser prevenida e tratada.
Patrícia Cerdeira
MAI
A
Medalhas para duas associações
s Associações Humanitárias
de Bombeiros Voluntários
de Coja e Penamacor estão a
comemorar, respetivamente, o
50.º e o 75.º aniversário. Assinalando essas efemérides, o
ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, conce-
deu-lhes a medalha de mérito
de proteção e socorro, grau
prata e distintivo azul.
Em fundamento para a atribuição, expresso nos Despachos n.º 811/2013 e 812/2013,
o MAI defende “o exemplar percurso da sua existência ao ser-
viço da comunidade e da proteção e socorro de populações
com uma atuação sempre caracterizada pelo heroísmo, pela
abnegação e pela solidariedade
para com o próximo” realizado
pelas duas associações de bombeiros.
R
Liga quer mais formação
ealizou-se no passado dia 23
de janeiro mais uma Assembleia Geral da Escola Nacional
de Bombeiros (ENB) onde a formação foi o grande tema em
análise. De referir que, depois
de ter recusado a validação das
contas, a Liga dos Bombeiros
Portugueses comprometeu-se a
validar o exercício relativo a
2012 e o plano de atividades
para este ano, perante a promessa de que serão tratadas a
curto prazo algumas das questões que a Confederação tem
vindo a denunciar. Jaime Marta
Soares, presidente da LBP, recebeu a garantia de que direção
da ENB e a Autoridade Nacional
de Proteção Civil se preparam
para “encontrar uma nova solução” para os funcionários da
ANPC que estão ligados à Escola (operadores e FEB) através
de um vínculo laboral que mais
não é do que “uma barriga de
aluguer” na opinião da LBP. Jaime Marta Soares volta a dizer
que a formação dos bombeiros
está “posta em causa”, já que
mais de 80 por cento do orçamento da ENB “serve para pagar ordenados”.
Nesta reunião magna, a ENB
deu a conhecer os resultados da
formação referentes aos meses
de janeiro a novembro, números
que demonstram bem, denúncia
LBP, “a situação de paralisação”
formativa que se vive na ENB.
Faltando ainda apurar os números de dezembro, a Escola informa que nos Centros de Formação, Unidades Locais de Formação (ULF) e Corpos de Bombeiros contabilizam-se 1372 ações
para 16.677 bombeiros.
Ao contrário da análise da
LBP, a ENB sublinha que “são
números extremamente satisfatórios” porque foram alcançados num ano de profundas mudanças no paradigma formativo
dos bombeiros voluntários portugueses, nomeadamente nos
procedimentos de inscrição e
validação e na “formação de
acesso” maioritariamente ministrada nas ULF”.
PC
8
JANEIRO 2013
MALVEIRA E SETÚBAL
Natal e ano novo no quartel
Família Martinho
Azevias, filhós, peru, bacalhau e passas
são iguarias obrigatórias nas mesas
portuguesas na quadra natalícia, quando
família e amigos se juntam para reforçar
laços de amizade e renovar votos de união.
Uma equipa de reportagem do jornal
Bombeiros de Portugal (BP) visitou
os quartéis dos Voluntários da Malveira
e de Setúbal e viveu com os operacionais
de serviço as noites de consoada
e de ano novo.
Texto e fotos: Sérgio Santos
Convívio em Setúbal
Consoada na Malveira
A
mesa, decorada a rigor e
repleta de todas as iguarias típicas da época instalada no parque de viaturas do
quartel já aguardava para ceia
de Natal os 15 elementos do piquete da “brigada B” dos Bombeiros Voluntários da Malveira,
enquanto os bombeiros Tiago
Correia e David Pereira confecionavam o jantar com a ajuda
dos restantes camaradas. Foi
este o ambiente, quase, caseiro
que o BP encontrou, ao início da
noite de 24 de dezembro, mas
que se tornou ainda mais acolhedor com a chegada das mu-
Quartel de Setúbal recebe festejos
lheres e dos filhos dos bombeiros.
Quando as famílias são compostas por bombeiros tudo parece mais fácil no dia-a-dia
mas, também, nestas ocasiões
especiais, que o digam os Martinho, os Silva e os Rodrigues…
A família Martinho junta no
quartel sete elementos, “duas
casas” como nos revelou subchefe Carlos Martinho, enquanto
olhava a irmã e o cunhado, também bombeiros, que jogavam
matraquilhos com os filhos.
Já os Silva contribuem para
os Voluntários da Malveira com
três operacionais: o Nelson, o
Paulo e o Dário que aproveitavam o serão para ver televisão
e jogar no computador, enquanto os irmãos Rodrigues, o
Nuno e a Ana, se juntavam aos
restantes convivas como que
procurando o calor do lar que,
nesta noite, dispensaram com o
firme e genuíno propósito de
servir a comunidade.
Junto à árvore de Natal, coloridos embrulhos captavam a
atenção dos mais novos que
não esconderam ansiedade
quando, finalmente, lhes foi
Clã Silva
permitido abrir os cobiçados
presentes.
A este episódio mais “agitado”, seguiu-se uma noite que a
equipa de serviço garante ter
sido tranquila: “Apenas um
transporte, uma súbita e um
acidente rodoviário”.
Nesta ceia especial, marcaram presença os operacionais
Carlos, Diamantino, Fátima,
Sónia, João e Afonso Martinho,
Nádia Santos, Nelson, Paulo e
Dário Silva, Nuno e Ana Rodrigues, Tiago Correia, David Pereira, Andreia Almeida, José Pires e Mónica Carvalho.
No dia 31 de dezembro, o
nosso jornal voltou ao quartel
de bombeiros, desta feita à
casa dos Voluntários de Setúbal, onde a já tradicional a receção ao novo ano sempre mobiliza muitas pessoas. As ruas
estavam repletas de homens
mulheres e crianças prontos
para festejar a chegada de
2013.
Tendo em conta que “estas
noites são sempre complicadas”, conforme nos disse subchefe Arnaldo Vasques, nada é
descurado, o que obriga as vá-
Fogo de artifício reúne bombeiros e comunidade
rias equipas a estarem de prontidão. Mas, ainda assim, a tradição festiva cumpriu-se.
Poucos minutos antes da
meia-noite os bombeiros ocuparam o seu lugar no interior
dos veículos para, pontualmente, anunciarem a chegada do
novo ano com ruído das sirenes
e o colorido das luzes, como
que abrindo o espetáculo de
fogo de artificio que se seguiu,
deixando todos de olhar colados
ao céu.
Para os operacionais de serviço trocar o conforto de casa
ou a animação de uma ou outra
festa por uma noite ao serviço
do socorro e proteção da população é a decisão óbvia de quem
se norteia pelo lema “vida por
vida”.
Numa noite que afinal se revelou tranquila, os Voluntários
de Setúbal puderam saborear
os doces e salgados que enchiam a mesa preparada a rigor
para a festa, e afinal, saudar de
forma diferente a chegada de
novo ano que se deseja repleto
de sucessos profissionais e pessoais para todos.
Sérgio Santos
9
JANEIRO 2013
PERNES
Associação desativa posto avançado
Sem alternativas, perante o lamento das
populações, os Bombeiros Voluntários
Pernes, foram forçados a desativar o posto
avançado de Amiais de Baixo, depois de
cinco anos de funcionamento.
A associação garante que o socorro àquela
área não está em causa, ainda assim fala da
importância estratégica e de prevenção
daquele posto, nomeadamente, no verão.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
H
á cinco anos, desde julho
de 2007, que a Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Pernes dispunha de um posto
avançado em Amiais de Baixo,
um serviço há muito reclamado pela população. Na época, a
Câmara Municipal de Santarém apoiou a instalação, mas
há já algum tempo que as despesas daquele equipamento
eram suportadas, na íntegra,
pelos Bombeiros de Pernes.
Em declarações ao Jornal
Bombeiros de Portugal, o comandante Francisco Viegas
Santos esclarece que o protocolo firmado com a autarquia
estabelecia “a colocação naquela área de uma viatura e
um grupo de operacionais, 24
horas por dia”, com o intuito
de “garantir à povoação serviços mínimos”. Esse dispositivo
era, contudo, ampliado no verão, com a disponibilização de
uma outra equipa de cinco elementos para combate a incêndios florestais, um reforço que
se justificava tendo em conta
que aquele território “apresenta sérios riscos”, até porque
está inserido no Parque Natural da Serra de Aire Candeeiros.
Apesar da importância estratégica do posto de Amiais
de Baixo, o comandante Francisco Viegas Santos afiança
que “a associação não tinha
possibilidades de continuas a
suportar os encargos, até porque nos últimos dois anos assumiu todas as despesas”.
“Com muita pena do coman-
Quartel de Pernes recebeu obras de ampliação
Comando e direção lamentam encerramento do posto de Amiais
do e da direção não podemos
manter esta estrutura, que nos
custava cerca de quatro mil
euros mensais”, diz-nos o comandante.
Este “afastamento” não coloca, contudo, em risco pessoas e bens. Os voluntários de
Pernes estão devidamente
preparados e apetrechados
para garantir a eficácia no socorro. Ainda assim, mercê de
um enorme esforço financeiro,
o responsável operacional do
corpo de bombeiros afiança
que, sempre que se justifique,
haverá um investimento na
proximidade, designadamente
“nos dias de maior risco de incêndio ou por ocasião das
grandes festas Amiais de Bai-
xo, que movimentam milhares
de pessoas”.
“Estamos sempre atentos,
essa é aliás nossa missão”, garante, o comandante que revela
outras preocupações, nomeadamente, com o futuro da instituição, inevitavelmente tocada
pela crise.
Receosos direção e comando
falam da complexidade de manter a atual estrutura profissional, mas o comandante acredita
Secção de proximidade fechou portas
“ser possível escapar aos despedimentos”.
“Toda a estrutura foi pensada
para o serviço que tínhamos,
com uma quebra na ordem dos
50 por cento no número de serviços de transportes, tudo mudou”, revela o nosso interlocutor.
Ainda assim, com os olhos
postos no futuro, a ainda jovem
associação prepara-se para dar
resposta a crescentes desafios,
adaptando-se a novas realidades e exigências, nomeadamente a nível de instalações. O
quartel-sede recebeu, recentemente, obras de ampliação ao
abrigo do Quadro de Referência
Estratégica Nacional (QREN). A
intervenção contemplou a ampliação das camaratas femininas e masculinas e do parque
de viaturas e a criação de novos
gabinetes, áreas de formação e
também arranjos exteriores.
10
JANEIRO 2013
LOUROSA
Bombeiros sonham regressar ao ativo
Prossegue o longo e penoso processo de
recuperação de Armando Sousa e Ricardo
Silva, os bombeiros de Lourosa vítimas de
um aparatoso acidente em setembro do ano
passado, quando seguiam para um incêndio
na freguesia de Canedo.
Depois de meses marcados por cirurgias e
tratamentos, os operacionais dizem
acreditar que o pior já passou e, por isso
mesmo, sonham com o regresso ao quartel
dos Voluntários de Lourosa “o mais
depressa possível”.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
N
o dia 22 de setembro de
2012, o bombeiro de 1.ª
Ricardo Silva e o oficial-bombeiro Armando Sousa preparavam-se para cumprir mais
uma missão, mas um violento
acidente interrompeu-lhes o desígnio e mudou-lhes para sempre
a vida.
Hoje, quando lhes pedimos
para recordar esse fatídico dia
conseguem relatar cada pormenor com um sorriso franco, porque embora as evidentes limitações físicas, sobretudo no caso
de Ricardo, fazem questão de
desdramatizar até porque, dizem
confiantes, “o pior já passou”.
Um incêndio na freguesia de
Canedo não dava tréguas aos
bombeiros e o comandante dos
Voluntários de Lourosa solicitou a
presença dos dois operacionais
no teatro de operações. Esta era
só mais uma intervenção da preenchida folha de serviço destes
bombeiros, que garantem que
apesar da urgência circulavam a
velocidade reduzida, mas “na estrada principal de Canedo o carro
começa a fugir e o jipe tombou e
bateu”.
Não conseguem encontrar justificação para o despiste, sabem
apenas que apesar do violento
embate nunca perderam a consciência.
Armando conta aos jornalistas
que “Ricardo estava agitado” sabia que “era necessário ativar o
socorro, mas as pessoas que assistiram ao acidente gritavam e
não faziam nada”. Um homem
assoma-se da viatura, Armando
pede-lhe o telemóvel e, ironicamente, é a vítima a solicitar à
central dos Bombeiros de Lourosa os meios que achou mais indicados. O oficial-bombeiro pediu
ainda à central que tocasse a sirene, pois “sabia que o incêndio
estava a mobilizar muitos meios”.
O socorro não tardou mas a
operação de resgate demorou
mais de uma hora, envolveu muitos meios dos Voluntários de
Lourosa de outros corpos de
bombeiros da região.
Ricardo diz-nos, agora, não
conseguir ainda descrever o que
sentiu na ocasião, um turbilhão
de emoções, pensamentos avulsos, mas sempre a consciência
plena da gravidade das lesões.
“Eu não sentia as pernas,
apercebi-me, obviamente, da
gravidade da situação”, garante
Ricardo.
Quatro meses após o acidente,
os bombeiros não esquecem o
trabalho exemplar dos operacionais que os socorreram, que conseguiram gerir os níveis de ansiedade, a preocupação natural de
quem vê um dos seus numa situação tão grave.
A operação de socorro foi
bem-sucedida, tanto como a etapa que se seguiu, pois muito embora a gravidade das lesões estes
Comandante acompanha recuperação de Ricardo e Armando
O despiste causou a destruição do veículo
homens não desistem de lutar,
não esmorecem ainda que confrontados com um complexo e
penoso processo de recuperação,
marcado por cirurgias e muitos
tratamentos.
“Esta é uma longa e difícil batalha que estou a travar, mas sei
que posso vencer. A longo prazo,
tudo é recuperável” diz-nos Armando, que com coragem e determinação minimiza a severidade das lesões ortopédicas e neurológicas, as quatro cirurgias a
que foi sujeito e as outras tantas
já previstas, a dependência temporária de uma cadeira de rodas
e, obviamente, dos pais que têm
O
sido o pilar deste jovem, que
apesar dos pesares consegue
exibir o sorriso contagiante.
Ricardo Silva, ainda a cumprir
sessões de fisioterapia, caminha
apoiado nas canadianas e já só
sonha poder regressar ao quartel
“lá para o verão”, muito embora
o processo de recuperação tenha
sofrido um revés com complicações associadas à lesão de um
dos membros inferiores. Ainda
assim, prefere não dar muita
atenção às cautelas dos médicos
e sublinhar que “tudo vai correr
bem”.
A paixão pela causa e pelas
coisas dos bombeiros une estes
dois jovens, não obstante o facto
de terem trilhado caminhos diferentes na carreira. Ricardo é
profissional do corpo de bombeiros de Lourosa onde ingressou
aos 14 anos por influência do padrinho, enquanto Armando cumpre a sua missão como voluntário, e embora licenciado em Proteção Civil, trabalha na área do
desenho de cablagens para automóveis, numa empresa da região.
“Sempre fui maluco pelos
bombeiros, pelas fardas, pelos
carros, pelas luzes” revela Armando que com apenas 16 anos
foi oferecer os seus préstimos
aos Voluntários de Lourosa e lá
concretizou um sonho de menino
que o realiza enquanto homem.
Esta entrega - ou esta “doença” segundo a sua própria definição - justificam a forma clara
como revela que “nada mudou
depois do acidente”, tanto que
para o jovem de 25 anos a prioridade é regressar ao teatro de
operações, voltar a salvar vidas.
Desejo partilhado por Ricardo
que, apesar dos vários acidentes sofridos ao serviço dos bombeiros, nunca lhe passou pela
cabeça “desistir” da profissão
que com muito orgulho escolheu.
Preocupações e alertas
acidente destes dois bombeiros traz, uma vez mais, para a ordem do dia a importância do Fundo de Proteção Social do Bombeiro, que nesta como noutras situações surge como uma resposta eficaz. Contudo, este caso torna evidente a debilidades de
um país que não salvaguarda os voluntários, quem o defende é o comandante José Carlos Baptista que se mostra preocupado com
esta situação.
O responsável operacional dos Bombeiros de Lourosa denuncia que neste caso os seus homens tiveram tratamento diferente:
“O Ricardo, profissional da associação, beneficia de um seguro de acidentes de trabalho podendo dispor de todo o tipo de tratamentos, enquanto o voluntário Armando é protegido por um seguro de acidentes pessoais, ou seja tem que avançar com o pagamento dos tratamentos só depois é ressarcido”, com a agravante de que a cobertura é, necessariamente, muito diminuta.
“Esta situação deve ser repensada, temos que dar melhores condições aos nossos homens”, pois, nestas circunstâncias, os voluntários começam a pensar se vale a pena andar aqui… não tem garantia nenhuma”, argumenta, defendendo ainda que os homens
e mulheres que “prestam este serviço ao Estado devem, no mínimo, beneficiar de um seguro de acidentes de trabalho”.
“Defendo que os bombeiros voluntários devem gozar de um seguro diferente, que pelo menos funcione de forma similar aos que
salvaguardam os profissionais”, diz chamando a atenção para as situações mais complicadas como a de Armando.
“Já apresentei a questão na mesa de encontro de comandos do distrito, a situação está a ser analisada devidamente fundamentada, para que possamos debater a questão com Liga dos Bombeiros Portugueses”, antecipa José Carlos Baptista.
11
JANEIRO 2013
O
MADEIRA
ABRANTES
Governo Regional atribui 1,7 milhões
Autarquia admite substituir municipais
Conselho do Governo da
Madeira decidiu recentemente proceder à celebração de contratos-programa
com as seis associações de
bombeiros voluntários da região num total anual de 1,7 milhões de euros.
Os contratos-programa contemplam as associações de
bombeiros voluntários, Madeirenses, Calheta, Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Santana,
São Vicente e Porto Moniz e do
Porto Santo.
A decisão baseia-se no regulamento de financiamento das
associações em vigor desde
2004.
As corporações vão receber
uma comparticipação mensal
que varia entre os 700 mil e os
81 mil euros. Os contratos-programa têm a duração de 12
meses, entre 1 de janeiro e 31
de dezembro do ano em curso.
Os Bombeiros Voluntários
Madeirenses são os que vão receber a maior fatia (mais de
728 mil euros), auferindo as
Governo Regional beneficia as seis associações de bombeiros voluntários
restantes valores entre os 145
mil (Santana) e os 209 mil (Câmara de Lobos), enquanto a associação da ilha do Porto Santo
vai dispor de 81 mil euros.
O Governo Regional da Madeira justifica a decisão tomada
com a importância da ação destas corporações de voluntários
na proteção de vidas e bens nos
diversos concelhos da região,
cujas receitas próprias se “manifestam insuficientes para fazer face às despesas inerentes
à sua atividade humanitária, de
mérito e relevância socialmente
reconhecidos”.
Na sequência da decisão de
apoiar os bombeiros voluntários
regionais, o Governo da Madeira realça o esforço que estas
associações fazem para cumprir
os seus objetivos, “considerando a importância de que se reveste o associativismo e o voluntariado dos bombeiros e o
papel primordial que lhes é atribuído no âmbito da Proteção Civil, sendo do interesse público a
viabilização das suas ações”.
CÂMARA DE MONÇÃO APOIA BOMBEIROS
A
Socorro às populações está garantido
Câmara Municipal de Monção decidiu atribuir
cerca de 84 mil euros à atividade dos bombeiros voluntários do concelho, corporação que
há mais de um ano se debate com uma grave
crise financeira. Segundo o município, o apoio à
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção prevê 70 mil euros para a atividade regular de auxílio e socorro à população.
Estão ainda previstos mais 14.420 euros para
comparticipar a aquisição de um tanque cisterna pesado, de posicionamento tático, com capacidade para transportar 8 mil litros de água,
para combate a incêndios e abastecimento às
populações. No final do ano, as dificuldades financeiras da corporação obrigaram à realização
de mais de uma dezena de peditórios, por todo
o concelho, como forma de angariar a verba necessária para pagar os subsídios de Natal aos
mais de 20 elementos contratados a tempo inteiro. A autarquia de Monção justifica este plano
de apoio, renovado anualmente, com a necessidade de “assegurar maior capacidade preventi-
va e interventiva” nas respostas a casos de
emergência.
Além deste subsídio, a autarquia assegura
apoiar a corporação com vário equipamento tendo disponibilizado, nos últimos anos, ajudas específicas para a construção do novo quartel, central telefónica, corpo ativo e veículos de emergência médica e combate a incêndios.
A atual direção dos bombeiros foi eleita em junho de 2012, depois de um vazio diretivo que se
prologou durante mais de cinco meses, em função da difícil situação financeira da instituição.
“No início do ano a situação era muito má. Hoje é
‘só’ má”, reconheceu, o presidente da associação,
Jorge Almeida.
Entretanto, com dois contratos anuais, os
bombeiros estão assegurar o transporte de alunos portadores de deficiência, para as escolas do
concelho e para a Associação de Pais e Amigos do
Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), o que representa um encaixe global de 32 mil euros.
PC
MANTEIGAS
C
Bombeiros suspendem serviços
erca de 40 bombeiros dos voluntários de Manteigas suspenderam os serviços, no passado dia 13
de janeiro, devido a divergências com a atual direção. Descontentes, os bombeiros entregaram uma
carta ao comandante interino na qual informaram
que “iriam deixar de fazer serviços”. Segundo Francisco Gomes, porta-voz do grupo, “foi uma carta
simples onde os bombeiros denunciam que não há
condições”. O responsável disse que os elementos
que entregaram o documento pediram a inatividade
“durante o período de um ano”, mas podem regressar ao corpo ativo a qualquer momento, desde que
presidente da direção, Manuel Rabaça, se demita.
Os bombeiros dizem que “têm sido perseguidos “ e
que no quartel “há falta de material” para intervir no
dia a dia. Com a indisponibilidade de cerca de 40
bombeiros, a Associação Humanitária de Manteigas,
que possui cerca de 60 elementos no corpo ativo, vai
contar com “pouco mais de dez” elementos para assegurar o serviço diário. Francisco Gomes reconheceu que os elementos que ficam em funções “não
vão conseguir” assegurar o serviço “durante 24 horas” e o socorro às populações e aos visitantes da
Serra da Estrela pode ficar comprometido. Instando
a comentar a situação, o comandante interino, Francisco Tacanho, apenas confirmou a receção da carta.
Já o presidente dos Bombeiros Voluntários de Manteigas, Manuel Rabaça, declinou prestar qualquer
declaração sobre o assunto.
Preocupado com a situação, António Fonseca,
Comandante Distrital da Guarda garantiu no entanto que o socorro na Serra da Estrela “não está em
causa”. “Temos meios suficientes para intervir na
Serra da Estrela”, assegurou, lembrando que “ainda
existem cinco corporações de bombeiros, a GNR
(subagrupamento de montanha) e a Força Especial
de Bombeiros, que têm veículos, equipamento individual e formação para intervir” na serra.
O presidente da Câmara Municipal de Manteigas
também já demonstrou a sua preocupação, Esmeraldo Carvalhinho, receia que a prestação de socorro no concelho seja posta em causa, e por isso defende que comando e direção dos voluntários resolvam as divergências o mais rápido possível. Esmeraldo Carvalhinho enaltece o facto da atual direção
dos voluntários ter sido re-eleita com legitimidade e
apela ao bom senso dos bombeiros.
PC
A
Câmara Municipal de Abrantes anunciou este mês a intenção de “extinguir num futuro
próximo” os seus Bombeiros
Municipais, tendo optado por
“incentivar e apoiar” a criação
de uma Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários, que
ficará a gerir o atual corpo de
bombeiros. A centenária instituição, uma corporação mista
composta por cerca de 100
bombeiros, dos quais 23 profissionais, custa aos cofres da autarquia mais de um milhão de
euros por ano. A nova solução é
enquadrada no âmbito da criação do denominado Agrupamento de Bombeiros do Médio
Tejo Norte, que fundirá as corExtinção dos municipais em prol dos voluntários
porações de Abrantes, Constância, Mação e Sardoal. “A câmara municipal assu- tários, “ o problema fica resolvido de vez”. Entremiria todos os custos com vencimentos, viaturas tanto, a Associação Nacional de Bombeiros Proe combustíveis, mas caberia à associação huma- fissionais e o Sindicato Nacional de Bombeiros
nitária a gestão de todo o corpo de bombeiros, Profissionais já reuniram com a presidente da aualicerçada num grupo de cidadãos e em parcerias tarquia e segundo Fernando Curto, presidente da
com empresas de relevo da região”, esclareceu a ANBP, “houve abertura por parte da edilidade em
presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquer- estudar uma proposta de acordo coletivo de traque, em reunião de executivo. A ideia caiu que balho que satisfaça as partes envolvidas, no âmnem uma ‘bomba’ na corporação, onde a autarca bito do necessário enquadramento legal, e, como
garante existirem “guerras internas e algumas tal, não há necessidade da realização de manifeschantagens” por causa dos turnos e da impossibi- tações ou de outras formas de luta”, sublinhou. A
lidade de os bombeiros profissionais receberem presidente da Câmara Municipal de Abrantes dishoras extraordinárias de forma regular. Maria do se entretanto estar “recetiva” a analisar a proCéu Albuquerque disse ainda que a autarquia posta que a ANBP e o SNBP vão apresentar nos
“não tem condições para contratar mais profissio- próximos dias, um documento que “visa melhorar
nais” e que a questão dos turnos “não tem sus- as condições de trabalho dos seus associados”,
tentabilidade técnica e legal”, observando que, considerou.
com a criação de um corpo de bombeiros volunPC
12
JANEIRO 2013
ANGRA DO HEROÍSMO
Viver a história
e encarar o futuro
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira (Açores) tem no passado,
na sua longa história, o capital, a experiência
e o conhecimento que lhe permitem investir no presente e projetar
o futuro.
O piquete de serviço
Texto e fotos: Sérgio Santos
Renovação da frota é aposta futura
O
jornal Bombeiros de Portugal (BP) esteve nos
Açores onde revisitou os
primórdios e conheceu o dia-a-dia dos Bombeiros de Angra do
Heroísmo, uma instituição cuja
história começa a ser contada
em 1820 quando os primeiros
equipamentos de extinção de
incêndios chegam à cidade manobrados por militares que se
encontravam aquartelados no
Castelo de São João Batista.
A 20 de Março de 1882 um
grupo de cidadãos terceirenses
juntou-se então, para criar o
Real Corpo de Bombeiros Voluntários, que em 1902, por razões políticas, acabou por ser
extinto.
Entre muitas dificuldades valeu a insistência das populações
e da autarquia para que 23 de
junho de 1902 surgisse um corpo municipal de bombeiros voluntários que passados vinte
anos, mais precisamente a 21
de março de 1922, deu lugar à
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Angra
do Heroísmo.
O primeiro quartel é instalado na Praça da Restauração,
bem próximo das pessoas, o
que demonstra que esta associação sempre quis ser “um dos
pilares da população terceirense”.
Factos relevantes refletem-se
nos inúmeros louvores, menções honrosas e diplomas de
mérito, que segundo a associação são testemunho do mérito
do trabalho dos homens e mulheres que ao longo dos tempos
tem defendido o lema “Vida por
Vida”.
A história desta instituição
encontra-se viva e bem preservada, num amplo e renovado
museu, onde o visitante fica
“preso” à história de cada uma
das peças em exposição, dos
vários registos, do acervo fotográfico, bem como dos equipamentos de combate a incên-
dios, salvamento marítimo e do
vestuário das várias épocas.
As “coqueluches” deste espaço são, no entanto, uma motobomba METZ dos anos de 1930
e 40, uma viatura Ford Pierce e
ainda um Dodge “velhinho”, totalmente recuperado o ano passado.
Do passado ao presente ao
percorrer o quartel a nossa
equipa de reportagem encontrou no departamento de extintores o bombeiro de 2.ª Quartini Massimo, um italiano que
numa visita à ilha que se apaixonou pela atual companheira
decidiu ficar e, também, concretizar o sonho de ser bombeiro. Hoje, Quartini é um técnico
credenciado do departamento
de controlo, carregamento e
manutenção de extintores, um
serviço que a associação presta
à comunidade, respondendo às
necessidades da cidade e obtendo as sempre fundamentais
receitas para a associação.
Presidente da direção
Os Voluntários de Angra do
Heroismo foram sabendo ajustar-se às solicitações e exigências das populações a nível associativo e operacional, conforme explicou aos jornalistas o
adjunto de comando Jorge Silva. Atualmente, os operacionais
terceirenses dispõem de uma
frota de 18 veículos na sua
maioria vocacionado para o
combate a incêndios, desencarceramento e emergência pré-hospitalar. A estatística da associação dá conta de um elevado número de serviços na área
da emergência e transporte de
Quartini Massimo um italiano nos Açores
doentes, mas também de acidentes rodoviários e muitos incêndios.
Num concelho com uma área
de 239 quilómetros, repartidos
por 19 freguesias onde habitam
cerca de 35 400 habitantes, são
inúmeros os riscos a que cerca
de 70 operacionais tentam dar
eficaz resposta com formação
que lhes garante preparação. O
corpo de bombeiros dispõe de
várias equipas especializadas,
nomeadamente a de salvamento em grande ângulo, mas,
também, mergulhadores e nadadores salvadores.
Com o quartel-sede bem próximo do centro da cidade, foi na
freguesia dos Altares que, estrategicamente, foi instalado
um destacamento de proximidade às populações da zona
nordeste da ilha.
Dirigentes e operacionais
querem continuar a trilhar o caminho do desenvolvimento e do
crescimento e assim sendo
mostram-se determinados a investir na formação e na renovação de algumas viaturas garantindo, assim, uma resposta de
qualidade às populações que
servem.
COIMBRA
“A
proximar a instituição dos cidadãos”
é o grande desafio da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de
Coimbra com a abertura de uma loja no
mercado municipal da cidade, referiu o presidente da direção João Silva.
As necessidades de uma associação com
123 anos de existência levam a que haja
necessidade de sensibilizar a comunidade e
Loja aproxima comunidade à associação
garantir visibilidade conseguindo assim angariar mais associados e ultrapassar as
grandes dificuldades que instituição tem
vindo a atravessar.
Na inauguração do espaço cedido pela
autarquia de Coimbra, o vereador José
Belo sublinhou a importância da instituição
que “muito honra Coimbra”, lamentando a
falta de apoios da sociedade civil aos seus
bombeiros. Para despertar consciências e
sublinhar a ação desta a associação a loja
dá a conhecer vários factos históricos e
disponibiliza fichas de sensibilização de riscos, propostas de associado ao mesmo
tempo que um enfermeiro voluntário procede à medição da tensão arterial entre
outras avaliações.
Sérgio Santos
Loja aproxima comunidade dos seus bombeiros
13
JANEIRO 2013
PRAIA DA VITÓRIA
Grupo de Amigos da Praia funda associação
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Praia da
Vitória, na ilha Terceira comemorou, recentemente, 28.º
aniversário, ocasião propícia para o jornal Bombeiros de Portugal
(BP) visitar a instituição e dar a conhecer o trabalho desenvolvido
nesta cidade açoriana.
Texto e fotos: Sérgio Santos
A
história dos Voluntários da
Praia da Vitória começa a
ser escrita entres 1982 e
1984, quando se tornam óbvias
as movimentações para a constituição de um corpo de bombeiros
que pudesse servir com maior
proximidade a população praiense. Nesse desígnio ganha protagonismo Romeu Augusto Costa,
chefe dos bombeiros profissionais da Base das Lajes, que encetou contactos com autarquia
local. As respostas não eram animadoras, contudo com persistência e o apoio do Grupo de
Amigos da Praia a ambição ganhou força. Alvarino Pinheiro, o
presidente da agremiação, em
conjunto com os restantes membros, decidiu dar inicio aos projeto que esteve na origem da fundação da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Praia da Vitória, que veio a concretizar-se a 11 de outubro de
1984.
A comissão promotora, composta por 17 elementos, realizou
a primeira reunião que permitiu a
constituição dos primeiros órgãos sociais, cabendo a José
Goulart Fialho a presidência da
direção, a Alvarino Pinheiro a do
conselho fiscal, sendo a mesa da
assembleia geral presidida por
Sempre prontos
João Maria Rego. Nessa mesma
ocasião, Romeu Costa foi, oficialmente, nomeado responsável
pela estruturação do grupo operacional e mais tarde comandante, aliás, o primeiro comandante
dos Bombeiros da Praia da Vitória.
A vontade e empenho de alguns operacionais da base militar, mas também da sociedade
permitiu a aquisição da primeira
viatura. O veículo comprado ao
destacamento americano das Lajes contou com a comparticipação da autarquia. Em 1987 sido
os corpo de bombeiros recebe
outras duas viaturas, um auto
tanque pesado e um auto pronto-socorro médio.
A associação com bombeiros e
viaturas, não tinham porém onde
albergar a estrutura, que começou por funcionar em instalações
provisórias na esquadra da Polícia de Segurança Pública e, posteriormente, num barracão na
zona do Paul.
O desenvolvimento da região e
da própria associação fez crescer
as necessidades de um novo
quartel, e foi nessa nova infraestrutura, inaugurada a 20 de junho de 1990, que o “BP” foi conhecer a realidade dos Bombeiros da Praia da Vitória.
Num concelho composto por
11 freguesias e cerca de 23 mil
habitantes, numa área industrializada, com tráfego marítimo nomeadamente de matérias
perigosas, vias rodoviárias e a
proximidade do aeroporto da
ilha, são várias as preocupações dos responsáveis operacionais.
As ações de prevenção e de
sensibilização promovidas pela
proteção civil dos Açores e pelos corpos de bombeiros tem
sido fundamentais para a redução dos riscos, segundo defende o adjunto de comando João
Cunha, que acolheu a equipa de
reportagem do “BP”.
A ocorrência de incêndios urbanos na área desta unidade é
de pouca relevância, se for
comparada com o serviço de
transporte de doentes e as
emergências pré-hospitalares
que absorvem cerca de 90 por
cento dos serviços.
Para garantir uma resposta
eficaz à comunidade foi necessário ampliar as instalações,
obras concluídas em outubro de
2010 e que permitiram, entre
outras melhorias, criar um parque para albergar a frota da associação composta por 21 veículos, sendo seis de combate a
Hélder Lima o “barbeiro” de serviço
incêndios, sete ambulâncias,
seis de apoio e um barco.
Com esta intervenção foi ainda possível disponibilizar novos
espaços que possibilitaram devolver várias atividades, importantes para os cofres da instituição, nomeadamente o carregamento de extintores, o transporte de água e o apoio
preventivo à trasfega de combustíveis nos portos marítimos.
Dos mais de 60 elementos que
compõem os quadros operacionais, o “BP” teve oportunidade de
conversar com o bombeiro de 1.º
Ramiro Santos, que tem como
O bombeiro de 1.ª Ramiro Santos
principal missão zelar pela conservação dos veículos da associação. Mecânico de profissão, este
soldado da paz, sente-se bem na
unidade relembrando que faz
“tudo o que for preciso aqui dentro”, demonstrando o espirito de
entreajuda existente no quartel.
Nos balneários encontrámos o
bombeiro de 1.ª Hélder Lima, nomeado “barbeiro de serviço” que
nos revelou ser bastante requisitado “cortar o cabelo aos camaradas”. Em tom irónico o adjunto
João Cunha elogiou a “boa vontade e técnica de corte” do autodidata dos cabelos.
CASCAIS
A
AMADORA
Site com nova apresentação
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais
remodelou o seu site e aproveitou o final do ano para lançá-lo
com novo formato. Todo o trabalho de remodelação, fruto do trabalho de uma pequena equipa interna coordenada pelo bombeiro
Rui Jacome.
O site desdobra-se em informação sobre a Associação, Bombeiros, Piscinas, Teatro Gil Vicente, Contactos e Conselhos Úteis.
No primeiro caso, Associação, dá conta das recentes eleições
para os órgãos sociais que irão gerir a instituição no biénio
2012/2014, constituídos na quase totalidade por dirigentes que
agora iniciam juntos o 11.º mandato consecutivo.
Em “Bombeiros” inclui-se também a informação operacional com
o registo de ocorrências em atualização permanente on-line, como
já acontecia na versão anterior do site.
No caso das “Piscinas” divulgam-se os horários e as principais
atividades ali desenvolvidas. Recorde-se que este complexo inaugurado em julho do ano transato, iniciou a atividade regular em
outubro último e já regista mais de 600 utentes.
Os objetivos de futuro estão
bem definidos e passam, entre
outros projetos, pela renovação dos equipamentos de proteção individual de todos operacionais. Entretanto, a associação trabalha na transformação de uma viatura antiga num
veículo de comunicações e na
melhoria do serviço de extintores, pequenos investimentos
que no entanto permitem à
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Praia
da Vitória continuar a dar mais
e melhor à comunidade que
servem.
Wi-fi no quartel
A
s tecnologias da informação e comunicação têm constituído uma preocupação da direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Amadora, que muito tem
investido nesta área.
Tendo em conta o interesse e a significativa utilização da
rede wi-fi gratuita colocada recentemente na área social, a
instituição decidiu alargar o acesso a conteúdos on-line a
todo o quartel, dando assim resposta aos anseios dos bombeiros e funcionários, provendo “a inclusão e a literacia digitais”.
14
JANEIRO 2013
OLIVEIRA DO BAIRRO
VIDAGO
Corpo ativo tem novo comando
Simbolismo na posse
Texto: Oriana Pataco/Jornal da Bairrada
F
oi já na qualidade de comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro que Marco
Maia “estreou”, com espumante, a nova viatura
de desencarceramento da corporação.
O Veículo de Socorro e Apoio Tático (VSAT),
abençoado pelo pároco Francisco Martins de Oliveira, “era há muito reclamado, essencial para uma
boa prestação de socorro”, frisou o presidente da
direção da associação, Rui Rocha, agradecendo “a
pessoas coletivas, individuais, entidades públicas e
privadas” que ajudaram à sua aquisição. Também
a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro contribuiu, com 25 mil euros, conforme afirmou, na cerimónia de tomada de posse do novo comandante, o
vice-presidente, Joaquim Santos.
O presidente da direção da anunciou, nesta
mesma ocasião que “foi adquirido recentemente,
um Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios
(VLCI), que chegará ao quartel em breve, e que é
também uma mais-valia importante para os
Bombeiros de Oliveira do Bairro”.
“Esta direção ficará para a história pelos atos e
não pelas palavras. Estamos a trabalhar sem pôr
em causa a saúde financeira da instituição”, disse
Rui Rocha.
O novo timoneiro. Marco Maia, “foi uma escolha fácil, lógica e, para muitos, esperada”, sublinhou o presidente da direção, destacando qualidades do agora comandante, “que sempre pautou a sua conduta [entre outras] pelo trabalho,
pela responsabilidade, pela lealdade”, qualidades
“imprescindíveis para quem vai assumir esta tarefa”. Dirigindo-se a Marco Maia, lembrou que
abraçará “uma exigente função, que não se compadece de horários, tibiezas nem estados de es-
A
pírito frágeis”. Ao comandante, “exige-se que
oriente, motive, dinamize, acredite e contribua
para um socorro eficaz. Mas”, frisou, “é necessário que todos partilhem os ideais de bem servir”.
Marco Maia reconheceu que a tarefa que vai
assumir “não é fácil”. “Hoje, a população exige
ser servida e bem servida e, por isso, os bombeiros têm de estar preparados para as dificuldades
que se nos colocam. À população de Oliveira do
Bairro, assumo, juntamente com este comando,
o compromisso de zelar pela vossa segurança. É
para vocês e por vocês que nos esforçamos.”
Marco Maia foi, depois, muito elogiado, quer
pelo vice-presidente da Federação de Bombeiros
do distrito de Aveiro, Miguel Sá, quer pelo adjunto do Comandante Operacional Distrital, Pinheiro
Duarte, ambos deixando também uma palavra de
apreço ao comandante cessante, António Gomes.
“O comandante Gomes vai ser sempre o nosso
comandante - obrigado pelo trabalho que fez até
aqui”, frisou Manuel Silvestre, presidente da assembleia geral da associação. Quanto ao novo
comandante, agradeceu “sinceramente o facto de
ter aceitado esta missão. É uma pessoa que conhecemos, uma pessoa estimada e espero que
tenha todos os êxitos que a profissão exige”. Manuel Silvestre fez ainda uma referência à nova
viatura: “afinal, o D. Sebastião existe e veio para
cá”.
Na ocasião foram ainda promovidos a bombeiros de 2.ª Gisela Marques; Miguel Areias; Angie
Silva; Sérgio Machado; Ani Veloso; Sara Oliveira;
Wilson Pires; Marli Granjeia; Dmytro Romanovsky; Bruno Areias; Jorge Ferreira. De igual
modo, subiram à categoria de subchefes Rodrigo
Almeida e Paulo Ferreira e Bruno Almeida recebeu a promoção a oficial Bombeiro de 2.ª.
O
s Bombeiros Voluntários de
Vidago, Chaves, contam a
partir do passado dia 11 com
um novo comandante, Hélder
Machado Guerreiro, tenente-coronel de Infantaria, que
substituiu o anterior comandante, Fernando Cadete, retirado por ter atingido o limite de
idade.
Recorde-se que o ex-comandante Fernando Cadete e o presidente da direção, Francisco
Oliveira, foram recentemente
distinguidos pela Liga dos Bombeiros Portugueses com o crachá de ouro durante as comemorações do 45º aniversário da
associação.
Conforme se afirma no site
da instituição a esse propósito,
“parabéns ao empossado, com
votos de muito sucesso na sua
missão, honra ao homenagea-
do e um eterno agradecimento
pelo que soube fazer durante
os 45 anos da sua vida dedicados á causa dos bombeiros”.
O novo comandante dos
bombeiros voluntários de Vidago tomou posse numa cerimónia que foi por todos considerada como simples mas,
sem dúvida, simbólica e importante.
COJA
Quadro completo
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coja completou o quadro de comando
com a tomada de posse do adjunto Hugo Correia.
Foi na presença de familiares e amigos que o
corpo ativo realizou a ceia de natal antecipada pela
leitura do ato de posse do subchefe Hugo Renato
Silva Correia como adjunto de comando. Este operacional conta no seu currículo com uma vasta ex-
periência profissional no âmbito das atividades dos
bombeiros e proteção civil, sendo ainda funcionário
da associação.
O presidente da direção Jorge Matos Silva e o
comandante Paulo Tavares saudaram o empossado
desejando-lhe as maiores felicidades na nova função.
Sérgio Santos
MARCO DE CANAVEZES
OVAR
Corpo de bombeiros
tem nova estrutura
Futuro junta experiência e juventude
posse do novo comandante
dos Bombeiros Voluntários
de Marco de Canavezes, Sérgio
Silva, decorreu durante as comemorações recentes do 89.º
aniversário da instituição.
O novo comandante, de 38
anos de idade, é licenciado em
engenharia das ciências agrárias e está ligado aos Voluntários do Marco há 23 anos e a
uma família de bombeiros já
que seu avô, o pai e dois irmãos
seguiram o mesmo caminho.
Entretanto, Rui Vasconcelos
mantém-se como segundo comandante e o cargo de adjunto irá ser preenchido pelo bombeiro
de 1.ª José Jorge Nunes Saraiva após a respetiva formação na Escola Nacional de Bombeiros (ENB). José Saraiva vai ocupar o lugar
antes ocupado pelo novo comandante.
Sérgio Silva ingressou nos Bombeiros do Marco de Canavezes
em 1988 como cadete. Passou a aspirante em 92 e a bombeiro de
3.ª em 94. Foi promovido a 2.ª e a 1.ª, respetivamente, em 2002
e 2006, e a partir de 2007 ocupou o cargo de adjunto de comando.
Ao longo do tempo foi frequentado inúmeras ações de formação
tendo sido, inclusive, tornado formador em técnicas de salvamento
e desencarceramento e combate a incêndios urbanos e industriais.
Prosseguindo a formação, foi também promovido a oficial bombeiro de 2.ª, renovado em 2012 o desempenho como adjunto de
comando e no final do ano transato promovido então a comandante do corpo de bombeiros.
N
a sequência do ato eleitoral de 16 de
dezembro de 2012 tomou já posse o
novo elenco diretivo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ovar,
numa sessão que contou com a presença
autarcas, representantes das forças de segurança e proteção civil, bombeiros, associados e amigos da instituição.
A cerimónia marcou o início de um novo
ciclo na longa e rica história desta associação pois, segundo João da Silva Natária,
presidente da assembleia geral, a “nova direção junta antigos dirigentes e gente jovem com muita experiência profissional e
associativa, de forma a preparar o futuro
dos bombeiros”.
O presidente da direção, Dinocrato Formigal Costa, re-eleito para novo mandato
no cargo que ocupa desde 2001, afirmou
que o principal objetivo da equipa “é preparar o futuro e delegar nos novos elementos
toda uma experiência adquirida ao longo
dos anos”; sublinhando ainda que “o futuro
não se adivinha fácil”
“Temos de continuar a servir com empenho, dedicação e trabalho, mantendo uma
gestão rigorosa e contida dos recursos financeiros, cada vez mais escassos, com
base num conselho fiscal vigoroso”; disse
defendendo a manutenção da atual estrutura, de modo a assegurar a proteção de
vidas e bens e o socorro às populações. Refira-se que os Bombeiros de Ovar contam
com 88 operacionais e 33 viaturas.
Na ocasião, Dinocrato Formigal Costa revelou, com natural satisfação, que a câmara municipal “já garantiu o cumprimento do
protocolo com os valores idênticos de
2012”, deixando agradecimentos também
extensíveis à Junta de Freguesia de Ovar
“por todo o apoio logístico que lhe tem sido
dado à associação”.
Por fim, emocionado, elogiou as dezenas
de bombeiros que encheram o auditório referindo que “a sua ação é fundamental para
a continuidade desta instituição” com 116
anos de existência.
Na assembleia-geral o presidente João
da Silva Natária conta na equipa com Cláudia Fernanda S. Pires Formigal e Costa (vice-presidente) e Acácio Rodrigues Sousa
(secretário). Na presidência do conselho
fiscal está António Armando Lopes Batista
coadjuvado por José David Mendes Almeida
(vice-presidente) e Filipe Manuel Beltrão
Alves (secretário). Por sua vez, a direção de
Dinocrato Formigal e Costa integra Rafael
Gomes Amorim e Manuel Gaspar Valente
(vice-presidentes), José Augusto Ferreira
Almeida (tesoureiro), João Pereira Silva
Marques (secretario), José Marques Pires
(vice secretario) e Patrícia Anjos Peças Rosado (vogal).
15
JANEIRO 2013
BOMBEIRO DE MÉRITO 2012
Candidaturas
abertas até março
Foto: Marques Valentim
A
A
LAGARES DA BEIRA
TRAFARIA
Associação tem novos órgãos sociais
Equipa renova mandato
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagares da
Beira elegeu os novos órgãos sociais, que tomaram posse no final do passado mês de dezembro.
No ato eleitoral os associados sufragaram o projeto de uma equipa diretiva encabeçada por António Maceira Gonçalves,
que conta na assembleia geral com Amadeu Gonçalves Cura (presidente), Maria Elisabete Fonseca
Gonçalves Pires (vice-presidente), Clarisse Maria
Fonseca Gonçalves Pires (1.ª secretária) e Júlio
Costa Pereira (2.º secretário). Paro o conselho
fiscal foram eleitos Alexandre Manuel Abreu Her-
dade (presidente), Adélia
Helena Valentim Gonçalves (secretária) e António
Eugénio Alves Ferreira
(relator). O direção de
António Maceira Gonçalves integra José Álvaro
Ferreira Figueiredo (vice
presidente), Telmo Mateus
Esteves e Mário Francisco
Santos Pinto (vice-presidentes), Henrique Jorge
Sousa Ferreira (tesoureiro), Alberto Carlos Cadima Santos (secretário), Francisco José Pereira
Ferrão e Manuel Pereira Ferrão (vogais).
A cerimónia de tomada de posse dos órgãos
sociais da Associação realizou-se no passado dia
28 de Dezembro de 2012.
QUELUZ
A
Continuidade no próximo triénio
posse dos órgãos sociais da
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Queluz para o triénio 2013/2015
acaba de tomar posse em cerimónia que decorreu no salão
nobre da instituição.
Os órgãos eleitos apresentam-se como solução de continuidade relativamente ao mandato anterior. Ramiro Ramos
continuar a liderar a presidência
da direção acompanhado pelos
vices, Júlia Tavares e Gustavo
Estevens, por João Canhoto e
Manuel Alves, como tesoureiro
e tesoureiro adjunto, Luís Mairos e José Conceição Silva,
como secretário e secretário
adjunto, e os suplentes, Emílio
Correia, João Vinha, José Alexandre Costa, José Manuel Ferreira e Lígia Ribeirinho.
No conselho fiscal a presi-
dência é assegurada por Carlos
Diogo, a vice-presidência por
Virgílio Marrocos, pelo secretário – relator António Vilhena e
pelos suplentes, Francisco da
Silva, Ricardo Carvalho e Francisco Dinis.
Por fim, na assembleia – geral o presidente é Pedro Lemos,
acompanhado por Paula Alves
(vice) e os secretários, Amável
Tenera e Manuel Mateus.
AGUDA
M
s candidaturas ao Prémio Bombeiro de Mérito 2012 devem dar entrada na sede da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) até 8 de março do corrente ano, de acordo com o estabelecido no Regulamento. Os atos praticados por bombeiros passíveis de candidatura deverão ter ocorrido no decurso
de 2012.
Ao promover nova edição do Prémio a LBP conta também novamente com o apoio do Montepio Geral.
As candidaturas, devidamente fundamentadas, serão analisadas até final de março pela Comissão
de Nomeação e, em função da seleção feita, serão presentes até final de abril ao Júri Nacional do Prémio para decisão final.
Além de galardoar o Bombeiro de Mérito, o Prémio prevê Menções Honrosas para Câmara Municipal, Dirigente Associativo, Elemento do Quadro de Comando, Personalidade Empresarial ou Empresa
e Personalidade da Sociedade Portuguesa.
Presidente reconduzido
anuel Oliveira Guedes foi,
recentemente, reconduzido
no cargo de presidente da direção da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários da
Aguda.
Foram eleitos na Assembleia-Geral de 2 de Dezembro e no
dia 14 do mesmo mês tomaram
posse dos respectivos cargos,
Os novos órgãos sociais tomaram, entretanto, posse numa
cerimónia pública que decorreu
no salão nobre da instituição.
Manuel Oliveira Guedes que
assume a direção dos Bombeiros da Aguda pelo sexto mandato consecutivo conta com
uma equipa renovada que tem
como novos elementos, entre
outros, José Guilherme Saraiva
Oliveira Aguiar e António Júlio
Azenha Santos Costa.
Assim, na assembleia-geral,
o presente José Guilherme Saraiva Oliveira Aguiar conta com
Joaquim Florindo Lopes Santos.
(vice-presidente) e Carlos Manuel Maia Sousa Guedes da
Mesa: (secretário). No conselho
fiscal a equipa conta com Arménio Jaime Valverde Ferreira
Moura (presidente), Maria Helena Monteiro Oliveira Pontes (vice-presidente) e António Júlio
Azenha Santos Costa. Na dire-
ção, Manuel Oliveira Guedes
(presidente) é apoiado por Ernesto Silva Cardoso e António
Carlos Gomes Soares Dias (vice-presidentes), José Miguel
Silva Fernandes (secretário),
Manuel Fernandes Gomes (secretário adjunto), Alfredo Augusto Monteiro Oliveira Pontes
(tesoureiro), Augusto Fernando
Reis Manarte (tesoureiro adjunto), Gustavo Pinto Loureiro e
Diamantino Silva Leite (vogais).
O
s corpos sociais da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários da Trafaria para o
mandato 2012/2015 acabam de entrar em funções após as eleições realizadas em novembro
último.
Manuel Conceição continua a liderar a direção.
Acompanham-no, o vice-presidente Gilfredo Costa, o 1.º secretário Mário Rebelo, o secretário-adjunto Celestino Oliveiras, o tesoureiro José Pires, os vogais Viriato Carvalho e Armando Matos
e os suplentes José António Rosa e Júlio Rodrigues.
A assembleia-geral é presidida por António Manuel Matos tendo, como vice, Luís Filipe Hermenegildo, como 1.º secretário, Leontina Pinto e, como
suplentes, João Freitas e José Manuel Martins.
O conselho fiscal é presidido por Manuel José
Cardoso, acompanhado por Luís Manuel Dias
(vice), José Mendes (secretário-relator) e José
Serrano e Francisco Pereira (suplentes).
ANPC
O
José Codeço despede-se da LBP
tenente-coronel da Força Aérea, José Codeço, visitou recentemente a sede da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP),
em Lisboa, para se avistar com o
presidente do conselho executivo, comandante Jaime Marta Soares.
O até agora 2.º comandante
nacional de operações de socorro
da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) deslocou-se
à LBP para se despedir da estru-
tura confederada dos bombeiros
na sequência do seu pedido de
saída das anteriores funções,
para regressar ao ramo das forças armadas a que pertence.
Há muito que José Codeço tinha manifestado vontade de sair
da estrutura da ANPC. Saída que
agora se proporcionou, na sequência das alterações ali verificadas com a nomeação do novo
comandante nacional, José Manuel Moura.
VILA VERDE
A
Posse lança centenário
posse dos novos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Vila Verde assinala, não só o
arranque de um novo mandato,
mas também as comemorações
do centenário da instituição em
2013.
Carlos Braga continua a liderar a direção mas conta com
dois novos vice-presidentes, Nídio Silva e Jorge Pereira.
Na sua intervenção após o
ato de posse Carlos Braga elencou como prioridades para o
novo mandato, além das comemorações do centenário, a obtenção de novas viaturas, a
candidatura para o museu do
bombeiro e a criação de uma
IPSS ligada à infância.
A cerimónia de posse foi presidida pela vereadora Júlia Fernandes, em representação do
presidente da Câmara Municipal
de Vila Verde, e contou com a
presença do presidente da Assembleia Municipal, João Lobo,
do representante da Liga dos
Bombeiros Portugueses, Fer-
nando Vilaça, do provedor da
Misericórdia, do representante
da Federação de Bombeiros do
Distrito de Braga, do eurodeputado José Manuel Fernandes,
comandos e dirigentes de associações congéneres, associados
da instituição, anfitreados pelos
órgãos sociais, comando e corpo ativo.
16
JANEIRO 2013
JOSÉ MANUEL MOURA, COMAND
“É preciso mexer e te
José Manuel Moura é o novo Comandante Operacional Nacional da ANPC. Oriundo dos
bombeiros, o até aqui Comandante Distrital de Leiria aposta num “comando de
proximidade” com os agentes e cidadãos. Na primeira entrevista ao ‘Bombeiros de
Portugal’, José Manuel Moura deixa rasgados elogios aos bombeiros e restantes agentes
depois da situação extrema que o país viveu em matéria de ventos e chuvas fortes que
não nega “a resposta foi excelente” em matéria de socorro.
Entrevista: Patrícia Cerdeira
Fotos: Maques Valentim
Bombeiros de Portugal
(BP) – No último fim de semana o país enfrentou um
cenário atípico com ventos
devastadores que deixaram
um rasto de destruição.
Como respondeu o sistema?
José Manuel Moura (JMM)
– O sistema respondeu muito
bem. Com os dados e a informação de que dispúnhamos e
que apontavam para uma depressão muito centrada a norte
do país decidimos desde logo
ativar o Estado de Alerta Amarelo em todo o litoral, desde Setúbal a Viana do Castelo. Ainda
na quinta-feira, o Presidente da
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) convocou extraordinariamente o Centro de
Coordenação Operacional Nacional, tendo reunido na sexta-feira de manhã com a presença de todos os oficiais de ligação com assento permanente,
bem como todos os que considerámos importantes para dar
resposta ao episódio meteorológico em apreço (ciclo génese
explosiva): EDP, REN, PT, Refer,
entre outros. Neste CCON foi
determinado a passagem do
Estado de Alerta Especial para o
Nível Laranja.
Perante tudo isto o sistema
respondeu de forma excelente.
Tivemos 35 mil operacionais no
terreno e mais de 9500 ocor-
rências num período de 16 horas, um número recorde comparando com qualquer outro
evento ocorrido até hoje. Todas
as ações de socorro foram respondidas na hora, sendo que
uma situação como esta tem
sempre danos colaterais que levam algum tempo até estarem
restabelecidos que resulta da
vulnerabilidade das redes a um
episódio deste tipo. Tive oportunidade de agradecer a todos
os Comandantes Distritais o excelente trabalho realizado no
terreno por todos e também pelos elementos das salas de operações que foram testados ao
limite. Dos 22 feridos ligeiros,
seis são bombeiros mas felizmente todos as situações são
ligeiras.
BP – No distrito de Leiria,
que conhece bem, os bombeiros estiveram várias horas sem comunicações. A
rede SIRESP falhou aqui e
em vários outros pontos do
país. Calculo que estas vulnerabilidades o preocupem.
O que vai fazer?
JMM – Essa foi uma vulnerabilidade identificada e uma das
lições aprendidas deste episódio.
Temos que trabalhar no sentido das redundâncias poderem
cobrir estas falhas. Contudo,
quer a ROB (Rede Operacional
de Bombeiros) quer a REPC
(Rede Estratégica de Proteção
Civil) que ainda estão a funcionar conseguiram, na maior parte dos casos, cobrir as falhas
por redundância. O problema é
que as redes de telecomunicações (fixas e móveis) também
tiveram as suas falhas e todas
estas questões concorreram
para que em alguns locais as
comunicações tivessem representado um sério constrangimento.
BP – Mas em matéria de
socorro as comunicações
são determinantes…
JMM – É uma das variáveis
imprescindíveis e não podemos
descurá-la porque sem comunicações não podemos ter um
bom sistema de apoio à decisão. De qualquer forma, importa sublinhar que não houve nenhuma decisão operacional que
tivesse sido posta em causa devido a estas falhas. Identificada
que está esta questão, há que
reportá-la a quem de direito
para que sejam encontradas
soluções técnicas. É uma das
questões que temos em cima
da mesa.
BP – Tomou posse numa
altura em que são conhecidos os objetivos da tutela
para esta área, nomeadamente, diminuir o número
de responsáveis ao nível
distrital ao mesmo tempo
que se aposta numa gestão
operacional de caráter supra
distrital. De que forma é que
vai ser assumida por si?
JMM – Como sabe, está em
marcha a elaboração de uma
nova Lei Orgânica para a Autoridade, competência da tutela,
e é um processo que está a ser
superiormente conduzido pelo
presidente, contudo a minha
colaboração está centrada na
nova estrutura operacional. A
estrutura supra distrital a que
se refere, passa pela existência
de um patamar intermédio entre o nacional e os comandos
distritais, seja qual for o modelo
a definir.
A proposta está em estudo, e
a seu tempo a tutela se pronunciará, mas passará sempre pela
existência de um comandante
supra distrital com capacidade
de controlo direto. Ou seja, o
Comandante Nacional não tem
de estar permanentemente a
‘controlar’ os 18 comandos dis-
tritais sendo essa nova função
assumida por este patamar a
que corresponderá um agrupamento de distritos. Neste modelo haverá sempre uma dependência hierárquica e funcional.
BP – Serão cinco? Falou-se na eventualidade de serem apenas quatros por junção do Algarve ao Alentejo.
Já está decidido?
JMM – Ainda não estou em
condições de lhe confirmar isso.
O que lhe posso dizer é que a
minha visão sobre o modelo a
adotar é que o comando supra
distrital não tem de responder
necessariamente às atuais regiões tipo ou outra forma de organização administrativa.
BP – O tipo de risco poder
ser uma das variáveis?
JMM – Também mas não só.
Outra variante será o balanceamento de meios, o tipo de
meios, a capacidade exportadora dos meios, a tipologia e a
área do território. Todos estes
fatores se complementam para
se poder definir uma área territorial e a melhor solução na
resposta a esses mesmos riscos.
BP – Nos últimos dois
anos, e durante o verão, foi
implementado o sistema dos
agrupamentos. A ideia é
aplicar esta lógica aos 365
dias no ano?
JMM – Como sabe esses
agrupamentos foram criados
apenas para os incêndios florestais e sou suspeito porque
fui um dos coordenadores de
um dos 3 agrupamentos. Acho
que trouxeram ganhos sobretudo ao nível do balanceamento
dos meios que era uma das funções atribuídos ao coordenador
que nesta matéria tinha alguma
autonomia dentro da sua área
de jurisdição, libertando o comando nacional dessa tarefa.
O que se pede agora é uma
ação alargada a todas as missões de proteção e socorro.
BP – Ainda sobre os objetivos do Governo e agora no
que concerne à já anunciada
redução de meios humanos
na estrutura. O que pode dizer?
JMM – Atualmente a estrutura nacional e distrital é composta por 51 elementos. Terá de
haver aqui algum ajuste mas
ainda nada está definido.
Digo apenas que perante
aquela que é a nossa proposta
não há espaço para grandes
preocupações.
É importante que não se percam os ganhos conquistados e
este episódio de mau tempo
veio mostrar uma vez mais que
a estrutura está rotinada e
adaptada aos riscos e necessidades que cada área do território apresenta.
BP – Partilha da opinião
de que a estrutura tem gorduras’?
JMM – Não direi que são gorduras. Acho que temos margem
para fazer uma re-estruturação
sem dor.
BP – Defende a designação de comandante distrital
ou partilha da opinião de
que estes elementos são coordenadores ou até mesmo
diretores?
JMM – Para além das questões ligadas à própria legislação, defendo a designação de
comandante operacional distrital e percebe melhor quem já
teve de assumir essas funções.
Em muitas circunstâncias a
atual designação constituiu
uma mais-valia. Poderemos ter
sempre quem discorde e o contraditório é salutar mas penso
que os CODIS já têm hoje o reconhecimento das bases. Vamos ter a nova Lei Orgânica e
será o momento ideal para clarificar em todos os distritos algumas coisas que careçam de
alguma clarificação.
BP – Está a ‘arrumar a
casa’ aqui no CNOS. Há na
nova equipa uma aposta
mais operacional em detrimento de elementos de cariz
mais técnico?
JMM – Em rigor, dos cinco
elementos do comando só transitará um dos adjuntos nacionais. O segundo comandante
será uma nova pessoa, um militar, mas por não estar ainda nomeado não acrescentarei mais
nada. Mais importante do que
falar em nomes ou pessoas é a
alteração de paradigma. Entendo que não está de forma alguma em causa a competência
das pessoas que formavam a
equipa anterior até porque,
apesar de terem novas atribuições, continuam todas na estrutura. Esta função precisa de
ter vários técnicos em sede de
Estado-maior e são importantes
e determinantes mas entendo
que, sem prejuízo desse conhecimento, tenho de ter na estrutura pessoas que a cada momento possam assumir funções
operacionais e poder projetá-las em a teatro de operações
com maiores competências e
capacidades operacionais.
Por isso nomeei já um adjun-
17
JANEIRO 2013
DANTE OPERACIONAL NACIONAL
entar fazer diferente”
to que comigo trabalhou e conheço bem, e será nomeado
outro adjunto com as mesmas
características.
BP – Será outra pessoa
oriunda os bombeiros?
JMM – Ainda não tomei essa
decisão porque dependerá da
aprovação da Lei Orgânica. Tem
de ser uma pessoa com competências técnicas mas também
operacionais.
BP – Os bombeiros estão
de volta à estrutura mas o
CONAC lidera operações
multi agentes?
JMM – Tive já oportunidade
de dizer que não sou Comandante Nacional dos bombeiros
mas sim de operações de socorro no âmbito da Autoridade Nacional. Conheço integralmente
as minhas competências, alicerçadas no SIOPS, mas perdoem-me os vossos leitores, a minha origem está nos Bombeiros
e jamais a negarei, permito-me
até referir que julgo conhecer
bem as variáveis desta complexa equação, pelo que os corpos
de bombeiros encontrarão no
desempenho das minhas funções todo o apoio para o desiderato da vossa missão.
Tenho tido como máxima ao
longo da minha atividade na
proteção e socorro que Mais importante do que ter um bom comandante é ter um bom comando, pois é no somatório dos
diferentes saberes que se constitui um bom comando. Não tenho a presunção de achar que
sei tudo.
BP – E qual é a visão que
tem do principal agente, os
bombeiros?
JMM – Em muitas das ações
de socorro que se fazem pelo
país fora encontramos intervenções de excelência. Mesmo nos
casos em que ainda há uma
grande resistência à mudança,
encontramos gente com grandes conhecimentos e com uma
atitude de procura das melhores soluções e ferramentas de
apoio à decisão. A isto não é
certamente indiferente a nova
geração de licenciados, tam-
bém na área da proteção civil, e
temos de olhar para eles sem
resistências nem medos pois é
neste universo que iremos encontrar os futuros comandantes
nacionais e distritais.
BP – Há uma geração capaz de assumir grandes desafios?
JMM – Sim. Duas das pessoas que foram por mim propostas para serem nomeadas são
disso exemplo. Tenho uma
mente aberta quanto às novas
visões e perspetivas e procuro
mais do que pessoas, procuro
competências.
Lembra-se que fui candidato
ao conselho executivo da Liga
dos Bombeiros Portugueses em
2002 as pessoas olhavam para
mim como um jovem licenciado, novato, alguém que ninguém conhecia. Estas são as
barreiras a que temos de pôr
fim. O setor tem de abrir portas
também a esta nova faixa de
pessoas porque na verdade o
setor não tem muitos quadros e
não podemos tratar menos bem
aqueles que existem.
Temos que doutrinar o conhecimento. Não vale de nada
contar com um grupo de pessoas com grandes conhecimentos
se depois esse saber não é multiplicado.
BP – Quando tomou posse
afirmou que o seu objetivo
era apostar num comando
de proximidade. O que é isso
e como se faz?
JMM – Não é um comando
necessariamente físico pois não
me é possível ir a Évora e na
hora seguinte estar em Vila
Real. O que pretendo é sair de
Carnaxide sempre que tal me
for possível. Ainda agora neste
episódio de mau tempo, estive
em contato permanente com
todos os envolvidos, saber o
que precisavam e ajudá-los nas
melhores soluções.
É preciso que a estrutura sinta que tem o Comandante Nacional próximo deles. Sem
branquear seja o que for, sem
que sejam ultrapassadas hierarquias mas o mais próximo
possível para que se sintam
apoiados no seu processo diário.
A ANPC é muito do que se faz
em cada distrito pois são eles
os nossos ‘front office’.
BP – Foi CODIS durante
vários anos, como vê a participação das autarquias em
matéria de proteção civil?
Fazem o que podem ou podiam fazer mais?
JMM – A experiência que tenho enquanto Comandante Distrital de Leiria é muito boa.
Agora, esse é o tal trabalho de
‘sapa’ que tem de ser feito, a
comunicação, o conhecimento
dos players e falar diretamente
com os responsáveis, envolve-los num teatro de operações.
Por vezes quando visitava um
qualquer concelho recebia a
chamada de um autarca para lá
ir falar sobre as áreas da proteção e socorro, das preocupações desta área, pois os resultados conseguem-se á posteriori.
As reuniões com as comissões municipais de proteção civil, ou noutro formato, antes do
período critico, contactar de
perto com todos os que concorrem para a defesa da floresta
contra incêndios.
Este é um trabalho de continuidade que só dá frutos a médio e longo prazo e nesta matéria há ainda um caminho a percorrer pois é o nível municipal
que sofre o primeiro impacto
num qualquer sinistro.
Sabemos que há autarquias
que apostam muito e outras
que nem por isso mas há um
trabalho de aproximação que
tem e deve continuar a ser feito
na aproximação dos diferentes
patamares. Este será um dos
temas que estará permanentemente em cima da mesa.
BP – Está preparado para
as pressões dos autarcas no
verão? Como pretende lidar
com isto?
JMM – Essas pessoas também têm de lidar com a pressão
do Comandante Nacional.
BP – O que é que o Ministro da Administração Interna lhe pediu quando o convidou para este cargo?
JMM – (sorrisos). Quem me
convidou foi o Senhor General
Manuel Couto…
BP – Calculo que esteja já
a preparar o verão… Pelo
menos o dossiê dos meios
aéreos já deve estar em andamento. Vai haver novidades na DON 2 ou o modelo já
conhecido é no seu entender
bom e com capacidade de
resposta a esta problemática?
JMM – E calcula bem, pois o
trabalho já começou e o objetivo é ter esse dossiê fechado no
final de fevereiro.
Há ganhos conquistados ao
longo dos últimos anos que não
podemos perder. Para mim a
questão do paradigma do ataque inicial está bem conseguido
e o mérito é de quem o implementou.
A margem de manobra fica
nos cinco por cento de incêndios que fogem do ataque inicial e passam para o ataque
ampliado. Nesta matéria gostaria de encontrar uma alteração
de paradigma pois acho que é
preciso mexer e tentar fazer diferente.
BP – Mas a roda já está inventada?
JMM – Sim claro, mas penso
que temos mesmo de ter margem para evoluir nesta área.
Prometo que tudo farei mas
também não sei se será possível encontrar uma solução alternativa e exequível.
BP – O ano passado houve
locais do pais onde foi difícil
encontrar bombeiros disponíveis para as ECIN porque
dizem muitos, o valor pago
pelo Estado não compensa o
esforço. Vai sensibilizar a
tutela para esta questão?
JMM – Não me cabe a mim
enquanto Comandante Nacional
fazer qualquer anúncio nesse
âmbito, mas não deixaremos de
olhar para essa variável, sendo
certo que nunca considerei que
o valor das ECIN fosse um pagamento mas antes uma comparticipação. Sou dos que pensa que há muitos elementos
que estão no dispositivo por
gosto e vocação, sendo certo
que quanto maior for a comparticipação melhor.
BP – Há várias críticas às
alterações introduzidas na
NOP do Sistema de Gestão
de Operações. Os operacionais dizem que o documento
enferma de omissões ao nível dos diferentes setores
em que se divide um teatro
de operações já que deixaram de poder ser agrupados
em frentes o que permitia
um melhor controlo. Vai mexer nisto?
JMM – Essa NOP está em
processo de revisão.
BP – É já do conhecimento
geral que o Major-General
Manuel Couto, atual presidente da ANPC, é um homem prático e de bom relacionamento. Partilha dessa
opinião?
JMM – Não sei se a ANPC
tem um bom Comandante Nacional, mas sei que tem um excelente Presidente.
18
O
JANEIRO 2013
CASTELO BRANCO
AGUDA
Mais um parto em ambulância
Prenda especial em dia de Natal
s Bombeiros Voluntários de Castelo Branco
demonstraram mais uma vez recentemente a
sua capacidade para fazer face a situações delicadas. O acionamento partiu do CODU Coimbra
solicitando a intervenção do corpo de bombeiros
com a ambulância PEM para socorrer uma grávida em final de tempo com dor abdominal, na localidade Tinalhas, concelho de Castelo Branco.
Aos bombeiros Fábio Afonso (motorista e TAT) e
Hélder Campos (TAS) coube desempenhar com
êxito essa missão.
Quando os bombeiros chegaram ao local verificaram que a vitima já se encontrava á porta da
habitação, á espera da ambulância.
Quando a grávida caminhava para a ambulância, acompanhada pelos dois bombeiros socorristas, teve rotura da bolsa amniótica. Então foi colocada na maca da ambulância para ser examinada pelo socorrista Hélder, enquanto o motorista
Fábio tentava o contacto com o CODU Coimbra, a
fim de pedir ajuda diferenciada. A falta de rede
telemóvel no local dificultou esse contacto.
O bombeiro Hélder Campos verificou que a
grávida já tinha dilatação feita e já existia apresentação de coroa cefálica. Perante esse cenário,
a equipa optou por não iniciar o transporte e fazer o parto no local.
Enquanto o Hélder se preparava para auxiliar
no parto, o Fábio após sucessivas tentativas conseguiu entrar em contacto com o CODU Coimbra
através do rádio SIRESPE da ambulância. Segun-
do os próprios, “foi tudo muito rápido, pois quando se acabou de falar com o CODU, o bebé já tinha nascido”.
A principal preocupação do socorrista Helder
após o parto foi a desobstrução da via aérea do
bebé estimulando-o até ao primeiro choro, e
combater a hipotermia tapando-o com uma manta e aconchegando-o junto da mãe.
Alguns minutos depois, a VMER de Castelo
Branco chegou ao local e a sua equipa procedeu
então ao exame ao recém-nascido e à mãe.
De seguida, por indicação da médica da VMER
Castelo Branco, os dois bombeiros procederam
ao transporte da mãe e da menina recém-nascida
para o serviço de obstetrícia da Unidade Local
Saúde de Castelo Branco.
T
rês bombeiros dos Voluntários da Aguda, Carlos Sousa, Alexandra Nogueira e Vera Teixeira
tiveram uma prenda especial natalícia ao apoiarem uma parturiente que acabara de dar à luz
uma criança. O caso ocorreu precisamente em
pleno dia 25 de dezembro com a particularidade
da bombeira Alexandra Nogueira ser sobrinha da
parturiente, logo, prima do recém-nascido Martim e até possível futura madrinha do mesmo.
A parturiente e o marido, Celeste e Joaquim
Vidal, encontravam-se na sua residência em Arcozelo, Gaia, quando detetaram que o parto estava eminente. Joaquim, ex-bombeiro dos Voluntários de Valadares, pediu apoio através do CODU/
INEM e executou o parto enquanto esperava também a chegada dos bombeiros. Chegou, inclusive, a ligar para sua sobrinha e bombeira Alexandra a dar conta do ocorrido.
A equipa dos Voluntários da Aguda foi rápida
na chegada mas já só lhe coube estabilizar a mãe
e a criança e proceder à sua evacuação para o
hospital.
No final, os três bombeiros não escondiam a
sua satisfação pelo ocorrido e pela sua participação em pleno dia de Natal.
ESMORIZ
Acidentes, dramas humanos e inundações
CONDEIXA-A-NOVA
Fotos: BVCondeixa a Nova
Um morto em despiste de pesado
U
m violento despiste de uma viatura pesada
de mercadorias no IC3, ao quilómetro 2,8,
próximo de Condeixa-a-Nova, causou uma vítima mortal e um ferido ligeiro.
A complexidade dos trabalhados de socorro
devido à carga e posição do pesado levou à
intervenção de uma grua para apoiar os cerca
D
as ocorrências do mês de dezembro, os Voluntários de Esmoriz destacam o elevado número de acidentes de viação, embora sem feridos
de maior gravidade.
Preocupados com a comunidade, os bombeiros
destacam ainda casos de isolamento e abandono
de pessoas doentes ou incapacitadas, bem como
várias tentativa de suicídio pela ingestão de me-
dicamentos. Estas situações “numa época de boa
vontade como tantas vezes se afirma” deixaram
marcas nos operacionais chamados a socorrer
estes cidadãos mais vulneráveis.
Também no decorrer do mês passado a chuva
e os ventos fortes deram que fazer ao corpo de
bombeiros que foi chamado a intervir, por várias
vezes, em vários pontos do concelho.
RIBEIRA DE PENA
de 24 bombeiros e sete veículos dos Voluntários de Condeixa-a-Nova que intervieram nas
operações que contaram ainda com a intervenção da equipa da VMER do Centro Hospitalar de Coimbra e da Guarda Nacional Republicana.
Sérgio Santos
CONDEIXA-A-NOVA
Incêndio destrói oficina
U
Choque frontal na EN206
m homem morreu na sequência de um choque frontal entre um veículo pesado e
um automóvel na Estrada Nacional 206 (EN206), em Ribeira
de Pena, distrito de Vila Real.
O comandante dos bombeiros de Ribeira de Pena, António
Martins, referiu que a vítima, de
31 anos, era o condutor do veículo ligeiro
O alerta para o acidente foi
dado para uma zona perto de
Bustelo, tendo o choque ocorrido, segundo o responsável,
numa curva com visibilidade.
António Martins referiu que o
automóvel terá invadido a faixa
contrária, embatendo depois no
camião.
No local estiveram 12 bombeiros de Ribeira de Pena, com
quatro veículos, e a equipa da
Viatura Médica de Emergência e
Reanimação (VMER) de Vila
Real.
U
Fotos: BVCondeixa a Nova
REBORDOSA
m forte incêndio destruiu totalmente, no passado dia 26 de dezembro, numa oficina de
ferragens no lugar da Senhora das Dores, em
Condeixa-a-Nova.
Apesar da rápida intervenção dos 24 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova, apoiados por nove veículos, o combate
não foi facilitado devido à intensidade das chamas alimentadas por muitos materiais inflamáveis, conforme adiantou ao BP o comandante Fernando Gonçalves.
Sérgio Santos
P
Operacionais investem na prevenção
ela primeira vez, os Voluntários de Rebordosa,
em Paredes, implementaram um Plano de Prevenção Rodoviário durante a
quadra natalícia. O projeto
mobilizou várias equipas
que posicionadas nos designados “pontos negros” das estradas rebordosenses, podiam acorrer rapidamente a eventuais
acidentes.
“Considerando a época, que tradicionalmente
motiva o acréscimo do movimento nas estradas,
importava desenvolver os necessários mecanismos de prevenção, monitorização e resposta ade-
quados”, conforme explica
Paulo Ferreira, comandante substituto dos Bombeiros de Rebordosa.
“Este plano é um instrumento proativo de gestão
operacional, que permite
aumentar a capacidade e
rapidez da intervenção dos meios combinados de
socorro pré-hospitalar dos bombeiros”, sublinha
Paulo Ferreira.
No balanço desta operação que teve a duração
de cinco dias, os Bombeiros de Rebordosa registaram um acidente rodoviário, do qual resultou
um ferido ligeiro.
19
JANEIRO 2013
VILA NOVA DE GAIA
LEIRIA
Sapadores e voluntários avaliam resposta
Exercício em fábrica de resinas
O
grupo ACCOR realizou nos
seus hotéis em Vila Nova
de Gaia, nomeadamente no
Ibis, Mercure e Novotel, simulacros de incêndio para testar
os planos de segurança internos, que envolveram os sapadores da cidade, os Voluntários
de Coimbrões e a Proteção Civil
Municipal.
A evacuação e socorro decorreram de uma forma bastante organizada, a comunicação com os meios externos foi
eficaz os hotéis demonstraram
estar preparados e sensibilizados para este tipo de ações.
Entretanto, ação idêntica decorreu ainda no centro comercial Arrábida Shopping.
Também a Associação das
Creches de Santa Marinha – Os
Cartolinhas, realizou o exercício que visou testar o plano de
segurança e criar procedimentos de rotina numa situação de
emergência, nomeadamente
em caso de incêndio. Participaram neste simulacro 119 pessoas, entre as quais 90 crianças.
Dadas as características do
edifício com três pisos, de
construção bastante antiga, “estes exercícios
são essenciais, para, na possibilidade de uma
evacuação, não se instalar o pânico e a desorganização”.
m derrame num dos reatores, seguido de um incêndio e uma explosão serviu
de cenário para testar os planos de segurança internos e
externos da “Respol”, a maior
unidade industrial de fabrico
de resinas do mundo que se
localiza na ZICOFA em Leiria.
O exercício, complexo devido à matéria que a unidade
comporta, permitiu ainda
testar meios e respostas na
evacuação das instalações da
“Cercilei” e no combate a um
incêndio numa zona de pinhal
adjacente.
Neste teatro de operações
estiveram 43 bombeiros e 21
veículos dos Municipais de
Leiria e dos voluntários de
Leiria, Maceira e Ortigosa,
apoiados por equipas locais
da Cruz Vermelha Portuguesa, Guarda Nacional Republicana e Policia de Segurança
Pública entre outros serviços
camarários.
Estiveram ainda presentes
como observadores do exercício o presidente da autarquia leiriense, Raul Castro; o
2.º comandante distrital Carlos Guerra e o comandante
dos Voluntários de Leiria Almeida Santos.
Sérgio Santos
BARREIRO
AVEIRO
FISIPE recebe simulacro
Resgate em obra
s Voluntários do Sul Sueste
(Barreiro), no âmbito do
Plano de Emergência Interno da
FISIPE, realizaram um de simulacro tendo como cenário o derrame de Dimetilamina por colapso total do tanque de armazenamento, numa ação que
teve como objetivo “testar a
operacionalidade da empresa,
bem como a capacidade de resposta do corpo de bombeiros”.
O exercício que permitiu simular a formação de uma atmosfera tóxica, sem ignição,
mas com uma vítima, envolveu
o comandante em substituição,
um chefe, um subchefe e 11
Foto: FISIPE
O
Os Sapadores de Vila Nova de Gaia e os Bombeiros Voluntários de Coimbrões estiveram ainda
envolvidos num simulacro de incêndios no Teleférico de Gaia.
U
bombeiros, operacionais dos
Bombeiros do Sul e Sueste
apoiados por quatro viaturas.
Registe-se que a FISIPE tem
uma capacidade anual de pro-
dução de fibras sintéticas na ordem das 55 mil toneladas, funciona numa área de cerca de 20
ha e conta com 326 colaboradores.
O
s Voluntários de Aveiro-Velhos realizaram, recentemente, um exercício correspondendo assim a uma solici-
tação da empresa MRG, tendo
como cenário uma obra, na
Rua da Pega, onde um operário teria alegadamente caído a
FAFE
Secção testa operacionalidade
ESMORIZ
Preparação conjunta na base aérea
O
s bombeiros de Esmoriz e de Ovar e as equipas de Proteção e Intervenção da Base Aérea
de Maceda efetuaram um exercício “com um cenário aproximado à realidade desdobrado em alguns acontecimentos surpresa que visou testar
ainda melhor e mais fielmente a ação dos homens e a eficácia dos meios”.
Este tipo ação, já habitual, servindo naturalmente para treino mas também para observar
possíveis correções à atuação dos operacionais
ou mesmo do funcionamento de comunicações e
de ordens de comando.
Neste simulacro “tudo decorreu dentro do que
A
era esperado” conforme garante o adjunto de comando de Esmoriz, Óscar Alves.
um poço e ficado ferido, obrigando os bombeiros a recorrer
à técnica de resgate em altura.
colisão de duas viaturas ligeiras com um motociclo foi o cenário proposto à 4.ª secção dos
Voluntários de Fafe para mais um exercício, que
permitiu testar meios e a capacidade de resposta
dos operacionais.
O encenado acidente provocou o capotamento
de um dos veículos, deixou duas vítimas encarceradas e esteve na origem da projeção de um dos
ocupantes do motociclo para um ribeiro.
O simulacro mobilizou 13 operacionais, três
ambulâncias, o veículo de desencarceramento e
um veículo tático de apoio.
20
O
JANEIRO 2013
MIRA DE AIRE
ESMORIZ
Treino testa conhecimentos
Mais oito reforços
s exercícios práticos do corpo ativo dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire são uma
constante. Neste âmbito, os operacionais realizaram, recentemente, um treino operacional de desencarceramento, tendo como cenário o despiste
de uma viatura ligeira de passageiros. com o intuito.
A ação que visou “agilizar formas de atuação”
permitiu testar conhecimentos técnicos e práticos
conforme adiantou um dos responsáveis do corpo
de bombeiros.
Sérgio Santos
F
oram oito, os estagiários de
Esmoriz que finalizaram a
Escola de Bombeiros de 2012
com boas prestações, quer na
vertente teórica, quer nos
exames práticos.
“A felicidade dos bons resultados valeu o esforço dos
jovens e dos formadores”,
conforma sublinha fonte da associação.
Os bombeiros de 3.ª, depois do batismo da
praxe, já estão integrados nas
diversas equipas e prosseguem a sua formação.
Entretanto, um grupo de 12
homens esteve, durante e três
dias envolvido, numa Recertificação de Tripulante de Ambulância de Transporte.
Ainda que “com exigências
cada vez maiores” todos superaram “com bons
resultados” os desafios que lhe foram colocados.
FAFE
VIEIRA DO MINHO
Quartel investe em salvamento
em grande ângulo
R
Bombeiros procuram promoções
ealizaram-se no quartel dos Bombeiros Voluntários de Fafe concursos internos de promoção
a chefe e subchefe para os quadros de pessoal da
instituição.
As provas, teóricas e práticas, que testaram
cinco candidatos a chefes e sete candidatos a
subchefes, foram avaliadas por um júri composto
por Bento Marques, comandante dos Voluntários
de Guimarães, José Carvalho, comandante dos
Bombeiros de Viatodos, Fernando Marinho, 2.º
comandante do corpo de bombeiros de Celorico
de Basto,
MAFRA
C
hegou ao fim, no dia 6 de janeiro, o I Curso de
Salvamento em Grande Ângulo dos Bombeiros de Vieira do Minho, uma antiga aspiração que
se concretizou permitindo colmatar uma lacuna,
segundo disse ao nosso jornal fonte da instituição.
A equipa, constituída por 10 operacionais do
quartel-sede e da secção de Ruivães, está, agora,
devidamente habilitada para operações de salvamento e resgate e auto-salvamento, designadamente em túneis, escarpas ou em fachadas de
edifícios e infraestruturas de grande altura, em
zonas de montanha e noutros locais de risco
acrescido.
Esta ação resulta de uma parceria com a
CONSTRUSALAMONDE, ACE, que permitiu viabilizar investimentos na ordem dos 8 mil euros.
Também a Câmara Municipal de Vieira do Minho,
que desde a primeira hora, ciente da mais-valia
desta especificidade do socorro, foi decisiva no
processo.
A formação, ministrada pela Escola Nacional de
Bombeiros, teve como cenários o quartel de Viei-
N
uma cerimónia que decorreu no dia 4 de janeiro no salão nobre os Voluntários de Mafra
familiares e amigos mas também o comando do
corpo de bombeiros e os órgãos sociais testemunharam a promoção alguns bombeiros às catego-
O
ra do Minho, a Serra da Cabreira e o estaleiro da
“Empreitada de Construção do Reforço de Potência do Aproveitamento de Salamonde - Salamonde II”.
Novos elementos
ao serviço da comunidade
o dia 29 de dezembro os Voluntários de Ponte de Lima
receberam 15 novos elementos, que concluíram com aproveitamento a Formação Inicial
de Bombeiro que teve uma duração de 1 ano.
Na sessão marcaram presença vários elementos deste Corpo de Bombeiros, bem como os
formadores externos e dirigentes da associação.
rias de subchefe, bombeiro de 1.º e de 2.º, sendo-lhes reconhecido mérito na perseverança e
entrega à causa e também qualidades técnicas e
profissionais para servir melhor a comunidade.
Sérgio Santos
VENDAS NOVAS
PONTE DE LIMA
N
Fotos: BVMafra
Qualidades técnicas certificadas
Operacionais recebem divisas
salão nobre da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vendas Novas foi o
cenário escolhido para a cerimónia de promoção
de subchefes e bombeiro de 2.ª, a que assistiram
o Comandante Operacional Distrital de Évora e o
2.º Comandante Operacional, dirigentes associativos, bombeiros e familiares.
Após a imposição das divisas, o comandante
distrital destacou o significado da cerimónia, felicitou os operacionais, para depois sublinhar a importância do trabalho desenvolvido por estes homens e mulheres no apoio às populações.
Nesta sessão, foram promovidos ao posto de
subchefe Joaquim Manuel André Pereira e Anabela Maria Simões Gonçalves Guerreiro. Na ocasião,
o quartel deu, ainda, as boas-vindas os novos
bombeiros de 2.º Simone Patrícia dos Santos
Martins, Bruno Miguel Cardoso Busca, Tânia Carina Ferreira Pataco, Luís Miguel Baguinho Paixão,
Fábio Rui Gésero de Rosário, Luís Miguel Pinto
Rijo, Fernando José Rodrigues de Oliveira e Joaquim António Trigueirão Baila.
FAFE
Associação tem novos chefes e sub-chefes
T
eve início recentemente,
quartel dos Voluntários de
Fafe, mais um o Curso de Formação de Ingresso na Carreira de
Bombeiro. Após a seleção efetuada no final do ano transato, os
candidatos admitidos tiveram a
sua apresentação e conheceram
as instalações, que os vão acolher no decorrer de 2013.
21
JANEIRO 2013
CRUZ BRANCA VILA REAL
O primeiro turno no novo quartel
AGUDA
O
Operacionalidade
e responsabilidade
Corpo de Bombeiros da Aguda assistiu, no passado mês de
dezembro, à promoção de quatro operacionais ao posto de
subchefe e de 16 outros a bombeiro de 2.ª, numa cerimónia
testemunhada por dezenas de dirigentes, amigos, associados e
familiares
Com estes reforços, o comandante Olímpio Pereira defende
que será possível “aumentar a operacionalidade do Corpo de
Bombeiros” sublinhando, no entanto, o “acréscimo nas responsabilidades exigidas”.
PATAIAS
“Quadro mais homogéneo”
N
o final do mês passado o quartel dos Voluntários de Pataias,
dirigentes, operacionais e familiares assistiram à promoção de
cinco elementos a bombeiro de 1.ª.
O comandante dirigiu-se aos seus homens destacando “a responsabilidade, o dever de missão, a lealdade de princípios e o saber fazer, princípios que norteiam quem atinge este posto no quadro de pessoal de um corpo de bombeiros”.
Registe-se que em julho passado sete operacionais de Pataias
receberam do comandante as divisas de bombeiro de 2.ª.
Assim sendo, “com a promoção destes 12 elementos, o quadro
de pessoal dos Bombeiros de Pataias, tornou-se mais homogéneo
na distribuição dos seus elementos pelos diversos postos”.
A
mudança do Corpo de Bombeiros dos
Voluntários da Cruz Branca de Vila Real,
do quartel “Engenheiro Arantes e Oliveira”
para o quartel “Comandante Moraes Serrão”, efetivou-se no dia 27 de dezembro último.
Para cumprir o que estava estabelecido e
anunciado, foi necessário o empenhamento
de várias entidades ligadas às comunicações, designadamente a PT, empresa prestadora de serviços da PT, MEO, Minfo e Marietel. Foram efetuadas as ligações de forma a
instalar o telefone fixo, a internet. A central
telefónica definitiva será instalada proximamente, tal como outras aplicações de transmissão de dados.
A equipa de serviço noturno promoveu um
jantar de grupo no novo quartel e pernoitou
no entanto, sem registo de ocorrências.
A cerimónia de arrear a bandeira da Associação e hasteá-la no quartel “Comandante
Moraes Serrão”, foi efetuada no domingo, 30
de dezembro.
Foram dois momentos com grande significado para a vida da Associação de Bombeiros
da Cruz Branca e que ficarão registados na
sua própria história.
A formatura composta por três secções e
fanfarra, sob o comando do 2.º comandante
Ilídio Nunes formou em frente ao antigo
quartel, na Rua D. Margarida Chaves. A bandeira que durante 45 anos subiu ao mastro
foi arreada com muita emoção em especial
pelos bombeiros mais velhos.
O comandante e o presidente da direção
proferiram palavras de circunstância relacionadas com o ato.
Os subchefes José Coelho e Serafim Teixeira efectuaram a manobra de descida da
bandeira, sendo posteriormente entregue ao
comandante que a transportou ao peito até
ao VCOT.
Com os procedimentos normais, procedeu-se ao hastear das bandeiras, Nacional,
do Município e da Associação, no quartel “Comandante Moraes Serrão”.
Este é mais um fato da história dos Bombeiros da Cruz Branca.
VILA NOVA DE GAIA
Formatura geral encerra formação conjunta
OLIVEIRA DE AZEMÉIS
Bombeiros e estudantes
trocam experiências
O
N
o âmbito do protocolo com a Escola Superior de Enfermagem
da Cruz Vermelha, o Corpo de Bombeiros de Oliveira de Azeméis ministrou um Curso de Abordagem Pré-hospitalar ao Politraumatizado, aos estudantes finalistas do curso de enfermagem.
Como complemento desta formação os futuros enfermeiros participram, ainda numa ação sensibilização em matéria de Técnicas
de Salvamento e Desencarceramento, enriquecida por componentes teóricas, mas também pela prática.
Em jeito de balanço, os Voluntários de Oliveira de Azeméis frisam “a importância deste protocolo de colaboração” e realçam “a
gratificante troca de experiências entre bombeiros e futuros enfermeiros, que permite estreitar laços e compreender melhor as aptidões e competências de cada um”.
s corpos voluntários do concelho de Vila
Nova de Gaia assinalaram a conclusão
do Plano de Formação Conjunta do ano de
2012, no quartel dos Bombeiros de Coimbrões.
Em formatura geral as seis associações
exibiram presente e futuro representados,
respetivamente, por três secções de operacionais e por outras tantas de cadetes e infantes.
O programa iniciou-se com guarda de
honra ao vereador da Proteção Civil e Bombeiros da Câmara Municipal de Vila Nova de
Gaia, que presidiu à sessão, seguida da entrega de diplomas aos participantes na formação conjunta.
A sessão teve como momento mais significativo a evocação do chefe Fernando Reis,
dos Voluntários da Aguda, que faleceu em
serviço no passado mês de Outubro. O clarim impôs silêncio, recolhimento e introspe-
ção e ao ecoar do nome do bombeiro as
forças em parada responderam “pronto”.
Na ocasião, foi ainda lido um texto de tributo ao chefe Reis, que muito emocionou os
presentes.
A sessão prosseguiu com a intervenção
de José Manuel Araújo, comandante dos
Bombeiros de Avintes, que em nome dos
voluntários do concelho, sublinhou a importância da formação dos operacionais, defendendo que “um bombeiro sem formação
é um bombeiro mal preparado e um bombeiro mal preparado é um bombeiro que
pode por em causa a vítima e comprometer
a sua equipa. Sem uma formação contínua
e constante aperfeiçoamento técnico não
existem bombeiros, existem pessoas fardadas a circular em viaturas vermelhas”.
O comandante dos Voluntários de Avintes falou, ainda, da importância destas
ações conjuntas que “permitem melhorar a
articulação entre corpos de bombeiros, aumentar o conhecimento mútuo e aproximar
os seus elementos, permitindo-lhes perceber que fazem parte de uma mesma equipa”.
A sessão ficou ainda marcada pelas intervenções do presidente da Federação de
Bombeiros do Distrito do Porto, do representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, do Comandante Distrital de Operações
de Socorro do Porto, do presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia e
do Vereador da Proteção Civil e Bombeiros
da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
A cerimónia terminou com o desfile das
forças em parada, com destaque para “o
garbo e o atavio dos cadetes e infantes”,
provando que estes jovens podem, sem sobressaltos, garantir nos respetivos corpos
de bombeiros “a substituição geracional,
imposta pela da lei vida,”
22
U
JANEIRO 2013
ALCOCHETE
AGUDA
Bombeiros sensibilizam comunidade
Quartel tem nova ala feminina
m simulacro de acidente realizado no passado
mês foi a forma encontrada pelos Bombeiros Voluntários de Alcochete para dar continuidade ao projeto de sensibilização e aproximação da comunidade.
Um despiste de uma viatura ligeira no centro da
vila do Samouco, do qual resultou uma vítima encarcerada mas com ferimentos ligeiros foi o desafio lançado aos 14 operacionais, que apoiados por quatro
veículos, participaram na ação.
Os populares puderam, nesta ocasião, ficar a co-
nhecer o funcionamento de alguns equipamentos de
desencarceramento e de emergência pré-hospitalar.
Sérgio Santos
VILA DE REI
A
Voluntários têm novo veículo
de combate a incêndios
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Vila de Rei dispõe de uma nova
viatura florestal de combate a
incêndios, investimento que
contou com o apoio da câmara
municipal.
O novo veículo, de marca
MAN, modelo TGM 13.290 4x4,
foi adquirida pelo preço de
133.348 euros, no âmbito de
uma candidatura ao Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro, que assegura
a comparticipação financeira
para a compra do veículo.
Para o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei e
responsável pelo pelouro da
Proteção Civil, Ricardo Aires,
“este novo veículo de combate
a incêndios que a autarquia se
prontificou a apoiar, é de extrema importância para a população vila-realense, contribuindo
para a sua segurança e para
D
epois de “anos de intensa
luta”, no passado mês de
dezembro, foi inaugurada a
nova ala feminina do quartel
dos Voluntários da Aguda.
Registe-se que as antigas
instalações não reuniam “o mínimo de condições aceitáveis
para quem diariamente presta
serviço à associação”, o que,
aliás, determinou a suspensão
no recrutamento de mulheres
para o corpo de bombeiros.
Finalmente, o quartel da
Aguda dispõe de uma área moderna, espaçosa, com todas as
comodidades para acolher o
corpo feminino.
Entre os amigos, associados
e convidados que testemunharam este importante momento
da rica e longa história da associação, destaque-se a presença
do bombeiro Diogo Matos, vítima de um grave acidente no
passado mês de outubro que
ainda em recuperação ao quis
deixar de se associar à festa,
conferindo-lhe ainda maior simbolismo.
Viatura substitui perdida em 2011
que se tente evitar ao máximo
o flagelo dos incêndios florestais.”
Emídio Mora, presidente da
direção da associação dos bombeiros, destaca que “é a primeira vez que Vila de Rei dispõe de
um carro com todas estas características e equipamentos.”
A nova viatura possui meca-
nismos de segurança passiva da
cabine, cablagens elétricas e de
ar comprimido, estrutura tubular de proteção e segurança,
cortina de proteção contra campos térmicos, para além de uma
bomba de alta e baixa pressão
com comando de paragem de
emergência e dispositivo complementar de emergência.
Associação recebe novos equipamentos
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Coimbra recebeu recentemente
15 novos equipamentos de proteção individual no âmbito de
um projeto de modernização do
corpo de bombeiros.
Este investimento na segurança dos voluntários da cidade
contou com o apoio financeiro
da câmara municipal de Coimbra, que na cerimónia se fez representar pelo edil João Paulo
Barbosa de Melo.
Sérgio Santos
Diogo Matos, o bombeiro vítima de um grave acidente no passado mês
de outubro também se associou à festa
CASTANHEIRA DE PERA
COIMBRA
A
O quartel dispõe de uma área moderna, espaçosa, com comodidade
para acolher o corpo feminino
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Castanheira de Pera aproveitou
a realização do tradicional convívio natalício para apresentar e
abençoar uma nova viatura de
combate a incêndios (VFCI),
subsidiada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC),
que substitui outra perdida em
outubro de 2011 consumida pelas chamas durante o combate
a um incêndio.
O dia começou com a formatura geral seguida de romagem
ao cemitério, missa solene, receção aos convidados, bênção
da viatura, almoço convívio e
visita às obras do quartel. Refira-se que, neste momento, os
Voluntários de Castanheira de
Pera mantêm-se em funcionamento em instalações provisórias na antiga escola primária.
23
JANEIRO 2013
VILA REAL
Construção do Centro de Formação e Instrução arranca este mês
Depois da ampliação e requalificação do quartel, cuja obra
foi inaugurada em julho de 2012, a Cruz Verde está prestes a dar
os primeiros passos na concretização de mais um sonho, com o
início da construção de raiz da sua “escola de bombeiros”.
Consciente das dificuldades financeiras previstas para o novo ano,
a direção da associação humanitária adianta que o projeto vai ser
concluído de forma faseada e renova o apelo para que os cidadãos
apoiem os bombeiros, inscrevendo-se enquanto associados ou
mesmo como voluntários
Texto: Maria Meireles/A Voz de Trás os Montes
A
té o final do mês deverão
ter início as obras de
construção do Centro de
Formação e Instrução da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Cruz Verde,
um projeto orçado em cerca de
450 mil euros e que vai permitir
à instituição vila-realense garantir um dos seus principais
objetivos, a “formação permanente do corpo ativo”.
Numa altura em que o projeto do novo centro de formação,
a construir de raiz junto às escolas Monsenhor Jerónimo do
Amaral e Morgado Mateus (num
terreno cedido pela Câmara
Municipal de Vila Real), já conta
com o estudo prévio aprovado e
em fase de apreciação, a associação espera que “até ao final
de janeiro ou início de fevereiro” as obras tenham início.
Segundo Carlos Moreira, presidente da direção, o centro de
formação é um sonho antigo,
cuja concretização tem sofrido
atrasos “devido a outros projetos que têm implicado alguns
compromissos
financeiros”,
como por exemplo as obras de
ampliação e requalificação do
quartel, concluídas em meados
de 2012, e a aquisição de uma
viatura de combate de incêndios urbanos, que foi batizada
no passado dia 1, no âmbito
das comemorações do 122.º
aniversário da instituição. No
entanto, como explicou o mesmo responsável, a escola de
bombeiros é também uma “ne-
cessidade urgente e vai avançar”.
O novo complexo será edificado de forma faseada, estando
planeado em primeiro lugar a
construção de um pavilhão para
guardar equipamentos, alguns
que se encontram atualmente
no quartel e muitos que estão
“espalhados em instalações de
particulares que por favor cedem algum espaço”.
No local onde nascerá o Centro de Formação e Instrução estão já localizados os quatro monoblocos que serviram de instalações provisórias aos bombeiros da corporação durante as
obras no quartel e que, devidamente integrados no futuro
complexo “servirão como salas
de formação”, segundo explicou
o dirigente associativo.
Finalmente, além de outras
infraestruturas de apoio, como
um parque de estacionamento,
o projeto prevê a construção de
raiz de um segundo edifício que
terá todas as condições neces-
sárias para ser uma ‘escola de
bombeiros’.
“O Centro de formação e instrução servirá sobretudo a Cruz
Verde, mas com certeza que
poderá ser utilizado por corpos
de bombeiros nossos vizinhos,
e não só, que necessitarem”,
disse Carlos Moreira, não avançando para já uma data para a
conclusão do projeto.
Relativamente a 2013, o presidente revela que “não será
um ano em grande”, tendo em
conta as dificuldades que se
avizinham, mas deixou a garantia que a associação tudo fará
para cumprir os seus objetivos:
honrar os compromissos assumidos, adquirir o equipamento
necessário e criar as condições
para a “formação permanente
do seu pessoal”.
“O objetivo é estarmos cada
vez melhor preparados para
prestar o socorro que nos é solicitado, e para isso temos que
estar sempre atualizados com
os meios e os equipamentos,
mas também com os meios humanos através da preparação
dos bombeiros”, adiantou o
mesmo responsável, reconhecendo ainda “todo o esforço que
tem sido” feito pelos soldados
da paz da Cruz Verde.
Campanha de angariação
de associados em curso
Face às crescentes dificuldades que assolam a economia do
país em geral, e as associações
de bombeiros, em particular, a
Cruz Verde tem feito uma gestão criteriosa dos seus fundos.
“Temos procurado gerir a
nossa casa em função das disponibilidades. É evidente que às
vezes se assumem compromissos em função das perspetivas
que se têm, de contratos ou
protocolos com outras entidades, e quando eles falham também nos colocam em dificuldades. Há algum tempo atrás tivemos algumas dificuldades em
receber o transporte de doentes
e isso causa-nos algumas complicações”, explicou Carlos Moreira.
O presidente da Cruz Verde
sublinhou que fazer uma “gestão equilibrada” de uma ‘casa’
com 19 assalariados, uma equipa a trabalhar a tempo inteiro
(protocolo com a Liga dos Bombeiros e o INEM) e uma Equipa
de Intervenção Permanente
(protocolo com a autarquia e a
Autoridade Nacional de Proteção Civil), todos com custos, só
são possíveis graças também
ao trabalho do corpo de voluntariado, que atualmente conta
com 128 elementos.
Apelando à sociedade vila-realense, em especial aos cidadãos residentes dentro da
sua área de intervenção, para
que apoiem a corporação, a
Cruz Verde avançou com uma
campanha de angariação de
associados que já chegou a
metade do seu território, tendo sido muito bem recebida
pelas freguesias por onde já
passou.
“Fizemos essa campanha e,
embora ainda não tenhamos
chegado a todas as freguesias,
tivemos uma grande aceitação
e conseguimos um número significativo de novos associados”,
revelou o mesmo responsável,
referindo que a associação pretende ainda atrair voluntários
para o corpo ativo. “O objetivo
é ter novos bombeiros, mais
voluntários oriundos das várias
povoações que fazem parte da
nossa área de atuação”, concluiu.
FERREIRA DO ZÊZERE
M
esmo em tempo de muita contenção, os Bombeiros de Ferreira
do Zêzere podem contar com alguns apoios nomeadamente da
empresa Rações Zêzere, SA, que recentemente entregou aos voluntários um donativo, que permite atenuar dificuldades e investir
na melhoria do serviço prestado às populações.
Em comunicado a direção da associação “enaltece e agradece
este nobre gesto, digno de ênfase”, sublinha a ação dos administradores e colaboradores e deseja “um futuro de prosperidade” à
empresa.
Foto: BVVagos Flash
Empresa apoia voluntários
VAGOS
O
Quartel recebe novo equipamento
s Voluntários de Vagos adquiriram, recentemente, uma tenda que visa garantir apoio operacional em vários cenários.
Sobre este equipamento, fonte da associação sublinha que há muito o corpo de
bombeiros o procurava comprar “mas os
valores eram altos e as possibilidades mí-
nimas, mas, como “quem procura encontra”, surgiu a possibilidade de adquirir
uma tenda usada”, que responde às necessidades dos operacionais.
24
JANEIRO 2013
SERNANCELHE
MINDE
Exemplos inspiradores
Novos capacetes
O
S
ernancelhe recebeu visita do
Ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo, que
inaugurou o novo quartel dos
bombeiros voluntário, um equipamento que segundo o presidente da câmara municipal,
José Mário de Almeida Cardoso,
reflete a forma como é gerido o
município assente “na descentralização de poderes e deveres, que embora tarde no modelo de organização do País, é,
neste caso, concretizada de forma espontânea”.
Lembrando que para construir o novo quartel “não foi
preciso recorrer ao crédito e
não houve o desvio de um cêntimo em relação ao projetado”,
José Mário Cardoso evidenciou
o sentido responsável e responsabilizador da associação humanitária como um exemplo da
forma de trabalhar em Sernancelhe.
Depois da inauguração oficial
do complexo, com o descerrar
da tradicional placa evocativa
do momento, seguiu-se uma visita às novas instalações e, por
fim, a sessão solene no salão
principal, onde o Ministro da
Administração Interna era
aguardado por centenas de
pessoas.
António Varela Roque, presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de
Sernancelhe, lembrou o percur-
so da instituição e a memória
de todos quantos dela fizeram
parte, garantindo que esta nova
casa está concluída, está paga,
graças ao contributo de toda a
comunidade, mas em especial à
autarquia, que ajudou a custear
esta empreitada com 447.802,
27 euros.
O presidente da Federação
dos Bombeiros de Viseu, Rebelo
Marinho, não escondeu satisfação por ver melhoradas as condições proporcionadas aos Voluntários Sernancelhe, exortando à missão do voluntariado,
para que cada quartel de bombeiros seja “uma oficina de cidadania, uma corporação geracional, com mais jovens, mais
qualificados”.
Por seu turno, o presidente
da Liga de Bombeiros, Jaime
Soares, confessou-se “muito feliz porque quem desenvolve atividade nesta área da proteção
civil em Portugal dá felicidade e
alegria aos seus responsáveis”.
“Não posso deixar passar o
momento sem felicitar a direção e o comando dos Bombeiros Voluntários de Sernancelhe,
que são a expressão do serviço
prestado ao povo e da salvaguarda das suas vidas e dos
seus haveres”, destacou Jaime
Soares.
O autarca José Mário Cardoso
agradeceu ao ministro da Administração Interna pela “solenidade que quis dar ao ato”. Endereçando uma palavra especial aos bombeiros, ao projetista, ao empreiteiro e a todos
quantos contribuíram para esta
obra, o presidente da câmara
lembrou ainda Miguel Giestal,
antigo governador civil, que incluiu o quartel dos Bombeiros
Voluntários de Sernancelhe na
lista de obras prioritárias.
“Registamos com satisfação
a inauguração deste edifício,
que tem duas singularidades:
conheço bem o País e este tipo
de arquitetura não é muito usual, mas os cidadãos de Sernancelhe podem orgulhar-se desta
bela obra; a segunda singularidade é de se ter concluído esta
obra e não se dever dinheiro
pela obra que se fez. É uma boa
lição para o País. E mais: de se
ter concluído a obra gastando
menos do que aquilo que estava orçamentado”, disse, na ocasião, Miguel Macedo, ministro
da Administração Interna.
“O ensinamento deste projeto é importante para todos nós.
Se eu tenho 100 não vou empenhar-me em 120. Se eu tenho
100, vamos gastar com critério
100, tentando ser criteriosos na
escolha das prioridades”, defendeu o governante.
“O exemplo da Câmara Municipal de Sernancelhe e dos Bombeiros são muito inspiradores
para este cabo das tormentas
que temos pela frente”, disse.
Neste dia de festa para os
Voluntários de Sernancelhe estiveram foi ainda apresentada e
inaugurada uma Viatura Urbana
de Combate a Incêndios (VUCI),
no valor de cerca de 200 mil euros, que vem colmatar uma lacuna quartel e é fruto da poupança conseguida com a boa
gestão da obra de construção
do quartel.
s Voluntários de Minde receberam, recentemente 12 capacetes
F1, equipamento adquirido mercê “do empenho e dedicação do
corpo ativo que realizou várias atividades culturais ao longo do ano
de 2012” que permitiram este investimento.
LOURES
Associação recebe
Fénix de Honra
PROENÇA-A-NOVA
Investimento permite colmatar falhas
P
O
s Bombeiros Voluntários de
Proença-a-Nova
adquiriram, no âmbito do Quadro de
Referência Estratégico Nacional
(QREN), uma viatura de combate a incêndios urbanos e industriais.
O veículo, considerado “uma
mais-valia para o distrito”, vem
“tornar mais eficientes as ações
dos bombeiros em incêndios urbanos e industriais”, conforme
defendeu na cerimónia de apresentação da viatura Francisco
Peraboa, segundo Comandante
Operacional Distrital de Castelo
Branco. Com o intuito de colmatar uma lacuna na região, a
Câmara Municipal e a Junta de
Freguesia de Proença-a-Nova
apoiaram este investimento
que, registe-se, teve um financiamento comunitário de 85 por
cento.
Esta viatura é também importante para o aeródromo local, cuja certificação depende
da existência de uma viatura
deste tipo, esclareceu João Paulo Catarino, presidente da autarquia.
Á procura de novas formas
de financiamento, a associação
dos Bombeiros de Proença a
Nova apresentou, nesta sessão,
o novo serviço de manutenção
e venda de extintores, que serve a própria instituição mas,
também, as empresas e instituições da região.
“Vamos continuar a investir
nesta área da segurança, pois
não está bem explorada nesta
zona”, explicou José Marques,
presidente da direção, acrescentando que esta aposta permitirá “colmatar algumas faltas
de tesouraria”.
or ocasião das comemorações do 125.º aniversário, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Loures foi distinguida, pela Liga dos Bombeiros Portugueses, com a Fénix de Honra.
“É com uma enorme honra e orgulho” que comandante Ângelo
Simões falou do corpo de bombeiros que conseguiu atingir os objetivos traçados para nas mais variadas vertentes, reconhecendo-lhe qualidades e conhecimentos técnicos. E assim sendo, em dia
de festa foram distinguidos vários bombeiros profissionais por dedicação e zelo à associação. Nesta sessão foram ainda várias as
promoções de operacionais a bombeiro de 2.ª.
O presidente da direção, Joaquim Rosado, defendeu “uma visão
inovadora” para a (re)organização dos corpos de bombeiros do
concelho, para que todos possam superar as dificuldades. Voltando-se para dentro o dirigente dirigiu agradecimentos e palavras de
incentivo a todos que têm trabalho em prol da instituição, nomeadamente o corpo ativo, mas também os elementos da banda e os
associados que nesta efeméride também foram agraciados.
Marcaram presença no encerramento das comemorações dos
125 anos da associação Carlos Teixeira, presidente da Câmara Municipal de Loures, Manuel Mateus Couto, presidente da Autoridade
Nacional de Proteção Civil, Rodeia Machado, vice-presidente da
LBP, o comandante distrital Elísio Oliveira e Rui Ferreira da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa entre outros representantes de associações congéneres do concelho.
Sérgio Santos
25
JANEIRO 2013
FIGUEIRA DA FOZ
Centenária encara futuro com otimismo
do
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz encerrou as comemorações do 130.º aniversário, no dia 19 de
dezembro, com a sessão solene que reuniu, no
renovado quartel, dezenas de bombeiros, dirigentes e muitos convidados.
Num encontro voltado para dentro, marcado
por vários momentos carregados de simbolismo
com a entrega de medalhas distinções e diplomas, teve como acontecimento maior a homenagem ao comandante João Paulo Moreira que assinala 25 anos ao serviço dos bombeiros de Portugal. A associação uniu-se assim num sentido tributo ao operacional de excelência que muito tem
feito pelos Voluntários da Figueira da Foz, conforme, fez questão de sublinhar Lídio Lopes o presidente da direção da instituição centenária.
O comandante, emocionado, partilhou a homenagem com a família e com “os gloriosos e bravos
bombeiros da Figueira da Foz”.
Refira-se que as comemorações decorreram
sob a égide da apresentação pública do requalificado quartel, após avultadas obras orçadas em
300 mil euros, integralmente custeadas pela as-
Fotos: Marques Valentim
A
sociação, que contemplaram, entre outras intervenções, a recuperação integral do parque principal de viaturas, a criação de uma nova área coberta de estacionamento, a requalificação da parada e das acessibilidades a nascente, a
construção de muros e reformulação da zona de
saída dos veículos.
Em dia de festa, a associação inaugurou, com
o apoio do benemérito António Baptista Teixeira e
Casino Figueira, um atrelado-tático com todas as
condições para dar apoio aos bombeiros em vários teatros de operações, mas também apetrechado para auxiliar as escola de infantes e cadetes em atividades no exterior do quartel ou para
acolher ações ou campanhas de sensibilização
desenvolvidas pela associação.
A sessão ficou, igualmente, marcada por uma
acesa “troca de argumentos” entre o presidente
da direção dos Voluntários da Figueira e o presidente da câmara municipal, que terminou com a
certeza de que alegada falta de apoio da autarquia não vai travar o crescimento desta associação que se prepara para, já no próximo mês de
abril, para avançar com a segunda fase da empreitada de requalificação do quartel-sede.
Na ocasião, Jaime Marta Soares, presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que começou por sublinhar a “empatia, carinho e amizade com que as instituições da figueira tratam
os seus bombeiros”, congratulou-se com a “garantia de futuro” consubstanciada nas três dezenas de crianças e jovens que integram a escola
de infantes e cadetes. Num plano mais institucio-
nal, Jaime Martas Soares acentuou a tónica nas
questões que preocupam o setor, afiançando que
“a Liga dos Bombeiros Portugueses está a trabalhar com intuito de levar por diante os seus objetivos e estratégias que são, afinal, a dos bombeiros portugueses”. Falou ainda dos “problemas
muito difíceis de ultrapassar com Ministério da
Saúde” e regozijou-se pelo “diálogo fácil” com o
ministro da Administração Interna. Terminou a
alocução, com um apelo à união defendendo que
“nenhum homem sozinho consegue ultrapassar
os seus objetivos”.
Muitas dezenas de pessoas marcaram presença na cerimónia abrilhantada pela Sociedade Filarmónica Figueirense, das quais se destacam o
edil João Ataíde, Jaime Marta Soares, o presidente da LBP e tenente coronel António Martins, à
data Comandante Operacional Distrital de Coimbra, António Simões da Cunha Santos, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de
Coimbra, entre autarcas, representantes de associações congéneres de muitos pontos do país,
dirigentes e bombeiros.
Sofia Ribeiro
DAFUNDO
PORTIMÃO
Encerramento das comemorações
A servir há 86 anos
O
jantar natalício da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Dafundo,
concelho de Oeiras, constituiu
também o momento escolhido
para o encerramento das comemorações do centenário da
instituição que se desenrolaram ao longo do ano transato.
Tratou-se de uma iniciativa
muito concorrida que contou
com bombeiros, dirigentes, familiares e amigos da associação.
No decorrer do jantar, o comando e a direção, procederam
à entrega de vários louvores e
lembranças.
Momento alto da reunião foi
a colocação da Fénix de Honra
da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) no estandarte da
associação. Essa missão coube
ao presidente da assembleia-geral, António Leitão, a convite do vice-presidente da LBP
presente, Rama da Silva.
Por proposta do presidente
da direção, Armando Soares, e
do comandante Carlos Jaime,
dirigida à LBP foram também
distinguidos com o crachá de
ouro da confederação, o 2.º co-
mandante do Quadro de Honra
(QH) Adelino Jesus Nunes e os
bombeiros de 1.ª do QH, Amílcar Nunes e Júlio Gomes de Jesus. Com a medalha de serviços distintos da LBP (MSD) foram também distinguidos com
o grau Cobre, os bombeiros de
2.ª Eduardo Paulo Rendilheiro,
Fernando Azevedo e João Miguel Sequeira, com o grau Prata, o adjunto de comando Rolando Lopes, os subchefes Vânia Mendes e Fernando Gonçalves, e com o grau Ouro, o
bombeiro de 1.ª supra QH Luís
Filipe Martins.
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Portimão
comemorou recentemente o seu 86.º aniversário. O programa
comemorativo começou com a formatura geral do corpo de bombeiros com içar das bandeiras no quartel. Seguiu-se a romagem ao
talhão dos bombeiros no cemitério municipal.
A missa de sufrágio por bombeiros, dirigentes e associados falecidos decorreu depois na igreja da Quinta do Amparo. No final decorreu uma sessão solene no quartel-sede.
26
JANEIRO 2013
VILA REAL
AMADORA
Cruz Branca tem novo quartel
“Imaginação, criatividade e iniciativa”
A
A
passagem do 116.º aniversário da Associação
Humanitária de Bombeiros Voluntários da
Cruz Branca – Vila Real ficou particularmente assinalada com a inauguração do seu novo quartel,
um sonho antigo e que agora foi possível concretizar ao lado do nó de saída norte do IP4.
A cerimónia de inauguração contou com a presença do secretário de Estado Silva Peneda, do
presidente do conselho executivo da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, do presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Manuel Martins, do presidente
da Federação Distrital de Bombeiros de Vila Real,
Fernando Queiroga, bem como outros autarca e
dirigentes associativos.
A realização do sonho resultou da candidatura
ao Quadro de Referência Estratégico Nacional
(QREN) no valor de 1,25 milhões de euros, comparticipada em 85 por cento.
Segundo o comandante Álvaro Ribeiro, porém, “o custo total da obra seria muito superior” se não fossem os apoios dos próprios
bombeiros e amigos da instituição bem como
dos funcionários municipais.
Para Álvaro Ribeiro, a concretização do novo
quartel corresponde a “uma viragem de 180
graus na comodidade dos bombeiros mas também na componente operacional”. Nesse sentido, destaca a nova parada e também a torre
de treinos, fruto da adaptação de um poste de
muita alta tensão cedido pela REN.
A nova infraestrutura totalmente operacional resolveu também um problema relativo às
deficientes condições com que as bombeiras
do corpo ativo funcionavam no antigo quartel.
No final da cerimónia decorreu uma demonstração de vários exercícios na torre de
treinos.
s comemorações do 108.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Amadora tiveram como momento mais
alto o tributo a soldados da paz e a associados.
“Imaginação, criatividade e iniciativa” foram
palavras escolhidas pelo comandante Mário Conde, para se referir à gestão diária de um corpo de
bombeiros com uma intensa atividade operacional, com dificuldades financeiras só ultrapassadas com a colaboração, empenho e entrega de
todos, nomeadamente do corpo ativo, a quem
deixou inúmeros agradecimentos e muitos elogios.
O apreço pela ação dos operacionais ficou expresso com a entrega de várias medalhas da associação e da Liga dos Bombeiros Portugueses.
No decorrer da cerimónia o quartel deu ainda as
boas vindas a 10 novos elementos, recentemente
promovidos a bombeiros de 3.ª.
“Com colaboração e espírito de missão saberemos encontrar soluções” foi assim que o vereador
da proteção civil da Amadora, Eduardo Rosa sublinhou as relações de amizade e cordialidade
que unem as duas instituições. à amizade da autarquia para com a direção e comando desta instituição. A partilha de ideias com objetivos comuns na defesa das pessoas do concelho, tem
permitido dotar os bombeiros de melhores condições, conforme fez questão de sublinhar a presidente da direção Voluntários da Amadora, que
publicamente agradeceu o apoio da autarquia e
das juntas de freguesia do concelho.
Os associados com 50 e 25 anos de quotização
foram agraciados com diplomas e emblemas.
Marcaram presença, ainda, presença nas cerimónias o 2º comandante distrital André Fernandes (ANPC); Rui Ferreira da Federação dos Bombeiros do distrito de Lisboa e em representação
da Liga dos Bombeiros Portugueses; dirigentes e
comandos de associações congéneres dos concelhos de Sintra e Oeiras.
Sérgio Santos
TÁBUA
Ouro para bombeiros e dirigentes
BRASFEMES
A
No decorrer da sessão solene, o presidente da direção
Bruno Santos e o comandante
Acácio Monteiro destacaram o
trabalho de equipa e a boa ligação existente entre o comando
e direção como fatores de sucesso que muito contribuem
para o crescimento e a estabilidade da associação. Contudo,
para garantir o futuro e as exigentes respostas operacionais,
comando e direção defenderam
a criação de uma equipa de intervenção permanente no corpo
de bombeiros. A requalificação
e ampliado do quartel foi outros
dos desejos manifestados pelos
responsáveis da instituição.
Marcaram presença nesta
sessão, entre outras individualidades, o presidente da Câmara
Municipal de Coimbra João Barbosa de Melo, o 2.º comandante distrital Paulo Palrilha (ANPC)
e pelo comandante António Simões, presidente da Federação
dos Bombeiros do Distrito de
Coimbra.
Sérgio Santos
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Tábua comemorou o 77.º aniversário premiando com “ouro” bombeiros e a
dirigentes.
Foram muitas as distinções honoríficas entregues aos elementos do comando e corpo ativo,
destacando-se a imposição do Crachá de Ouro
da Liga dos Bombeiros Portugueses ao adjunto
de comando Vítor Gomes e ainda as muitas medalhas de assiduidade grau ouro, sinal que nesta associação homens e mulheres se encontram
firmes ao longo dos tempos na defesa das suas
comunidades. Também o presidente da assembleia geral Arlindo Cunha e Amílcar Marques diretor da associação, como a Maria Luísa Cortês,
colaboradora da instituição foram agraciados
com o mesmo galardão de ouro.
A vitalidade da associação revelou-se com a
incorporação no corpo ativo dos quinze elementos, promovidos nesta sessão à categoria de
bombeiro de 3.ª. Outros soldados da paz viram
o seu esforço e mérito reconhecidos, com a progressão na carreira, dispondo agora corpo ativo
de novos bombeiros de 2,º e mais um subchefe.
“Nesta casa trabalha-se muito voluntariamente”, disse o comandante António Oliveira
em jeito de elogio a todos os bombeiros, dirigentes e funcionários que, diariamente, dão o
seu melhor pela estabilidade da associação. Palavras de agradecimento foram também dirigi-
Fotos: BVTábua
programa comemorativo do
73.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Brasfemes
teve como momentos maiores a
inauguração de cinco veículos e
a distinção de alguns soldados
da paz.
A formatura acolheu as entidades convidadas numa festa
que sublinhou o trabalho de
quem “tudo faz prol dos bombeiros”. O reconhecimento pela
dedicação de anos traduziu-se
na distinção de vários bombeiros com medalhas da Liga dos
Bombeiros Portugueses e da
associação. A instituição aniversariante agraciou também, a
título póstumo o dirigente Homero Figueiredo e o chefe Sílvio
Batista e ainda, em jeito de
agradecimento, a Cimpor, a autarquia de Coimbra e a junta de
freguesia de Brasfemes e ainda.
Á inauguração e bênção de
cinco novas viaturas, duas de
combate a incêndios florestais,
uma de desencarceramento,
uma de apoio aos mergulhadores e uma ambulância de transporte foi um dos pontos altos da
cerimónia seguiu-se um grandioso desfile apeado dos bombeiros, academia e fanfarra que
se fizeram acompanhar pelos
23 veículos operacionais da corporação.
Fotos: BVBrasfemes
O
Aniversário com mais cinco veículos
das ao presidente da direção Mário Loureiro
pela determinação e persistência que permitiram que nesta efeméride fosse inaugurado um
novo veículo urbano de combate a incêndios
(VUCI), adquirido com apoio de fundos comunitários do QREN.
O presidente Mário Loureiro enalteceu a boa
relação entre comando e direção que tem facilitado o trabalho “em prol do desenvolvimento da
missão”. O dirigente aproveitou a ocasião para
falar do projeto da requalificação do quartel, que
poderá avançar no âmbito de apoios estatais.
A cerimónia terminou com um almoço que
reuniu a família dos bombeiros de Tábua, no
qual também marcaram presença a vice-presidente da câmara municipal de Tábua, Ana Neves, o 2.º comandante distrital Paulo Palrilha
(ANPC), o comandante António Simões, presidente da Federação dos Bombeiros Distrito de
Coimbra, também em representação da Liga
dos Bombeiros Portugueses e, ainda, representantes da Guarda Nacional Republicana e das
associações congéneres do distrito.
Sérgio Santos
27
JANEIRO 2013
BARREIRO
Festa com Fénix de Honra e novo comando
A
s comemorações do 119.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Sul e
Sueste (Barreiro) tiveram como ponto alto a
apresentação na nova estrutura de comando. Em
dia de festa, familiares e amigos dos Voluntários
Sul e Sueste, bem como os restantes convidados
testemunharam a tomada de posse do comandante Acácio Coelho e ainda de Caetano Beja (2.º
comandante) e Bruno Loureiro (adjunto de comando).
Uma imponente formatura do corpo ativo recebeu as entidades convidadas que assistiram à imposição das insígnias aos seis novos tripulantes
de ambulância de socorro (TAS) depois de concluíram com sucesso esta etapa de extrema im-
portância para a consolidação da prestação de
socorro no âmbito da emergência pré-hospitalar.
Houve ainda a promoção de cinco estagiários à
categoria de bombeiro de 3.ª que juraram dedicar-se e servir voluntariamente o lema “vida por
vida”.
Nesta associação centenária, onde os marcos
históricos estão bem presentes e assentam nos
feitos dos homens e mulheres que ao longo dos
tempos tem ali prestado serviço são reconhecidos, a Liga dos Bombeiros Portugueses distinguiu
a instituição com a Fénix de Honra, imposta no
estandarte pelo vice-presidente desta confederação Rodeia Machado e pelo presidente da câmara
municipal do Barreiro Carlos Humberto Carvalho.
Na sua alocução, o presidente da direção Eduardo Correia mostrou-se satisfeito pela determinação dos Bombeiros de Sul e Sueste que sempre
souberam “lutar e encontrar meios para continuarem a desempenhar a sua nobre missão”. Com
“orgulho no passado e confiança no futuro”, este
responsável destaca que o projeto proposto pela
associação e corpo de bombeiros será virado para
o futuro, enaltecendo o trabalho de equipa que
tem vindo a dar frutos no âmbito do desenvolvimento da instituição e da formação multidisciplinar dos operacionais.
Nesta efeméride estiveram ainda presentes o
comandante distrital Dinis Jesus (ANPC); o comandante Rui Laranjeira secretário técnico da Federa-
ção dos Bombeiros do Distrito de Setúbal e representantes da Policia de Segurança Publica, Marinha
Portuguesa e associações congéneres do distrito.
Sérgio Santos
CACILHAS
Fotos: Marques Valentim
Homenagens e promoções no 122.º aniversário
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Cacilhas comemorou no último
fim-de-semana o seu 122.º aniversário e o centenário da assistência e socorro aos banhistas da Costa da Caparica.
Durante a sessão solene, a
presidente da Câmara Municipal
de Almada, Maria Emília de
Sousa, anunciou que este ano
volta a ser possível apoiar cada
uma das três associações de
bombeiros do concelho com
cem mil euros para investimento. Aparte, como disse, dos restantes apoios, nomeadamente
à manutenção dos piquetes.
A sessão comemorativa ficou
marcada com a prestação de diversas homenagens e promoções de bombeiros.
Por proposta da direção e do
comando da instituição a Liga
dos Bombeiros Portugueses
(LBP) atribuiu o crachá de ouro
a José Manuel Maia, presidente
da Assembleia Municipal de Almada e antigo deputado e vice-presidente da Assembleia da
República.
A proposta “constitui uma
manifestação pública de gratidão, reconhecimento e admiração pelo apoio que esta autarca
sempre dispensou à causa dos
bombeiros portugueses em geral, e dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas em particular”.
José Manuel Maia recebeu a
distinção das mãos do presidente da mesa dos congressos
da LBP, Duarte Caldeira, e do
vice-presidente do conselho
executivo, Rama da Silva.
Duarte Caldeira, por seu turno, foi homenageado pelos Voluntários de Cacilhas com a medalha de agradecimento da instituição.
A presidente da Câmara Municipal de Almada foi também
distinguida pela Associação
com o colar de serviços distin-
tos, a mais alta condecoração
da instituição. No agradecimento, Maria Emília de Sousa, fez
um balanço da colaboração mútua desenvolvida entre a autarquia e os bombeiros na sequência da qual todos os apoios dados ganham lógica e valia.
Anunciou ainda que esta seria a
última vez que se dirigia aos
presentes num aniversário dos
Voluntários de Cacilhas dado
estar impedida de candidatar-
-se para novo mandato por imperativo legal.
Durante a sessão decorreu a
cerimónia de geminação da Associação de Cacilhas com a dos
Bombeiros do Dafundo e foram
homenageadas as onze juntas
de freguesia do concelho com a
medalha de agradecimento e o
casal Carlos e Beatriz Machado
pela oferta recente à instituição
de uma loja no centro comercial
Caparica-Oceano.
No domínio das promoções,
realizou a graduação de 12
bombeiros em 2.ª, 4 a 1.ª, 9 a
subchefes, incluindo um elemento feminino, e a promoção
de outro bombeiro a oficial de
2.ª.
A mesa da sessão foi composta pelos autarcas já referidos, pelo presidente da assembleia-geral da instituição
e presidente da Reviver Mais,
Lourenço Baptista, pelo vice-
-presidente da LBP, Rama da
Silva, pelo presidente da Federação de Bombeiros do Distrito
de Setúbal, Eduardo Correia,
pelo 2.º comandante distrital de socorro, Rui Costa, pelo
presidente da Junta de Freguesia de Cacilhas, Carlos Leal, e
pelo presidente dos Voluntários
de Cacilhas, comandante do QH
Clemente Mitra, e pelo comandante do corpo de bombeiros,
Miguel Silva.
MERCEANA
A
Foto: BVMerceana
A
“Entrega e persistência” merecem reconhecimento
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários da
Merceana comemorou o 32.º aniversário com uma justa homenagem ao corpo ativo.
O programa contemplou a romagem ao cemitério, seguida da
missa solene na igreja local e a
sessão solene.
Nas suas intervenções, o pre-
sidente da direção Manuel Mira e
o comandante Rodolfo Batista foram unânimes nos agradecimentos ao corpo ativo, enaltecendo a
rápida resposta nas várias intervenções, bem como para todas
as atividades da associação em
que estes homens e mulheres
marcam sempre presença.
Essa “entrega e persistência” de
vários operacionais ao longo dos
anos mereceu o reconhecimento
da direção e comando e a entrega
de medalhas da associação mas
também da Liga dos Bombeiros
Portugueses. Na mesma ocasião,
nove elementos receberam a promoção a bombeiro de 2.ª.
Os Voluntários da Merceana
encerraram as comemorações
com um almoço convívio que
juntou toda a família dos Bombeiros Voluntários da Merceana,
mas também o presidente da câmara municipal de Alenquer, Jorge Mendes Riso e representantes
de associações recreativas e da
Guarda Nacional Republicana,
entre outras individualidades.
Sérgio Santos
28
JANEIRO 2013
FANHÕES
BOAS FESTAS
Convívio em família
Novo ano, novos desafios
D
irigentes bombeiros, músicos e familiares reuniram-se
num jantar de Natal no quartel
dos Voluntários de Fanhões.
Depois do repasto, a orquestra
juvenil da associação brindou
os convivas com as tradicionais
músicas da época e de seguida
os mais pequenos receberam os
desejados presentes, Este convívio visou fomentar os laços da
família associativa dos Voluntários de Fanhões.
F
Foto: Sérgio Santos
BARCARENA
A
Inaugurados quatro veículos
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Barcarena realizou a sua festa de natal, presenteando os operacionais com quatro novas viaturas.
Foi em família que soldados da paz, reunidos num almoço
convívio assistiram à inauguração e bênção de dois veículos de
apoio (VOPE), uma ambulância de transporte múltiplo (ABTM)
e um veículo de equipamento e assistência (VETA), equipamentos que vem permitir “uma primeira intervenção em locais
de acesso limitado”, segundo salienta fonte da instituição.
A sessão ficou ainda marcada pela promoção de quatro elementos a bombeiros de 1.ª. e pelas intervenções do presidente da direção Alexandre Araújo e do comandante Carlos Gomes dos Santos, que salientaram “a entrega e zelo dos Voluntários de Barcarena nas atividades de socorro”.
A festa terminou com o Pai Natal a entregar prendas aos
filhos dos bombeiros.
Sérgio Santos
Foto: BVBarcarena
oram muitas as associações e corpos de
bombeiros, dirigentes associativos e operacionais,
bombeiros e muitas outras entidades e individualidades que fizeram chegar à redação do jornal
Bombeiros de Portugal os
tradicionais votos da
época, que esta equipa
muito agradece e, obviamente, retribui.
Em tempos de muitas
dificuldades, de tantas
incertezas, importa talvez apelar à união, à solidariedade e
ao voluntariado, bandeiras que, aliás, os bombeiros de Portugal se orgulham de empunhar todos os dias em todas as
suas missões. Assim, sendo este novo ano de 2013 só pode
ser encarado como mais um desafio para quem soube, sempre, com pouco fazer muito, apenas com o intuito de cumprir
exemplarmente a missão de proteger, socorrer e salvar o
seu semelhante.
Assim, resta-nos desejar êxitos profissionais e pessoais a
todos os que nas mais distintas funções lutam, diariamente,
não só pela continuidade das associações humanitárias e
corpos de bombeiros mas sobretudo pela adaptação a novas
realidades e reptos que exigem meios humanos e técnicos,
formação e profissionalismo.
Cumpre-nos, assim, agradecer os votos e mensagens dos
comandos, direções e corpos ativos dos bombeiros de Águas
de Moura, Albergaria-a-Velha, Almada, Amarante, Mistos de
Amora, Anadia, Aveiro-Velhos, Beja, Bucelas, Carvalhos, Canha, Cernache do Bonjardim, Coimbra, Municipais de Coruche, Entroncamento, Espinhenses, Estoril, Fafe, Municipais
da Figueira da Foz, Fornos de Algodres, direção, Fronteira,
Golegã, Lordelo, Loriga, Loures, Marco de Canaveses, Marvão, Melo, Moscavide-Portela, Óbidos, Odivelas, Oeiras, comando Pombal, Proença-a-Nova, Progresso Barcarenense,
Samora Correia, Santa Cruz da Trapa, Santarém, Sesimbra,
Sousel, Sul e Sul e Sueste, Municipais de Tavira, Tondela,
Vagos e Vila Real e Cruz Verde. Da mesma forma muito
agradecemos as missivas do Grupo de Salvamento em Grande Ângulo do Corpo de Bombeiros Voluntários de Angra do
Heroísmo, da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viana
do Castelo, da Juvebombeiro dos Bombeiros Voluntários de
Caneças, da Associação dos Bombeiros Ultramarinos (NABUL), do Núcleo dos Antigos Bombeiros Ultramarinos (NUCBOMB), da Association Portugaise des Pompiers au Portugal.
Unidade e Canina de Resgate Busca e Salvamento (França)
e da Comissão Instaladora da Liga dos Amigos dos Bombeiros da Lousã.
A título indivudal, também foram os amigos que nesta
quadra fizeram questão de saudar esta equipa nomeadamente o comandante Gomes da Costa, Artur Cardoso, comandante dos Bombeiros de Fontes, comandante António
Nunes Vieira, delegado na Madeira da Associação dos Bombeiros Ultramarinos, Carlos Bucha, presidente da Associação
Humanitária dos Bombeiros de Montemor-o-Novo, José Augusto de Carvalho, presidente da Escola Nacional de Bombeiros, Luís Brandão Coelho, presidente da Federação dos
Bombeiros dos Distrito de Viana do Castelo, comandante
Manuel José Barrote, presidente do NUCBOMB.
Felicitações ainda a Mário David deputado do Parlamento
Europeu e vice-presidente do Partindo Popular Europeu, Anselmo Silva, chefe António Vieira, Carlos Alberto Tiago, Carlos Hupsel de Oliveira, Emanuel José Roriz Barcelos, Inês
Valentim, João Cardoso, João Horta, Marco Martins, Nuno
Miguel Leitão, Paulo Alves, Preciosa Patacho, Rui Silva, Sérgio Santos, Tiago Santos e Valdemar Silva
Com apreço registamos também as felicitações do jornal
O Interior, Portal Portugalis, blogue Safeplace52, Fórum &
Cidadania, Bombeiros para Sempre, Gabinete de Comunicação de Águas do Ribatejo EM SA, Associação Portuguesa de
Imprensa, Câmara Municipal de Borba, Serviço de Proteção
Civil da Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere, Câmara
Municipal de Paredes de Coura, Gabinete de Comunicação da
Câmara Municipal de Porto de Mós, Cáritas Portuguesa, Cenertec – Centro de Energia e Tecnologia, CIE – Comunicação
e Imprensa Especializada Lda, Consulfogo Lda, Eaton, Eventos Motor, Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores,
GCI, Helen Doron Portugal, direção do Hotel Senhora do
Castelo, IForma, José Cardia Arquitetos, Lda., Lusitânia –
grupo Montepio, Marina do Tejo, Móveis Batista, Projecto.
Detalhe relações Públicas de Publicações Europa América,
Softconcept, Tecla Lisboa e Universidade Lusófona do Porto.
CANEÇAS
Fotos: BVCaneças
Solidariedade marca a festa
O
espírito de solidariedade e entrega
marcou, uma vez mais, a festa de natal
dos Voluntários de Caneças.
As dificuldades financeiras que a associação atravessa não impediram que os filhos
dos recebessem as prendas, num animado
lanche convívio.
Para que a tradição se cumprisse valeu a
colaboração de alguns voluntários, da população da vila de Caneças e de outras lo-
calidades que doaram bens alimentares e
outros para que se concretizasse este momento de reunião da família dos Bombeiros
Voluntários de Caneças.
Sérgio Santos
PAMPILHOSA
Associação em plena atividade
O
s Voluntários da Pampilhosa assinalaram a quadra natalícia com um conjunto de atividades que envolveu não só os
bombeiros, os seus familiares mas também
a comunidade em geral, nomeadamente as
crianças da vila.
Assim, cumprindo uma tradição já antiga
os mais pequenos acorreram em grande
número ao quartel para usufruírem de um
empolgante e inesquecível passeio nos
“carros dos bombeiros”.
Mais tarde a grande família dos bombei-
ros reuniu-se numa cerimónia que visou
homenagear os operacionais e dirigentes
da instituição, com a entrega de medalhas
de assiduidade e de dedicação.
Finda a cerimónia bombeiros e familiares
juntaram-se para o tradicional jantar de Natal.
29
JANEIRO 2013
PENELA
Instituição vive a quadra
Programa cheio
Natal foi vivido intensamente no quartel de Esmoriz. Embora sempre prontos, os
bombeiros não deixaram de
cumprir a tradição.
A árvore decorada a preceito,
o presépio, as iluminações e um
enorme Pai Natal assinalaram a quadra, tendo a Festa dos Filhos
dos Bombeiros constituído um dos momentos vividos com alegria
por esta grande família. Entre muitas brincadeiras, atividades diversas e o convívio entre pais e filhos se fez uma tarde agradável
à qual se associou o Pai Natal com a distribuição de lembranças aos
mais pequenos.
No sábado, dia 22, a reunião familiar foi mais alargada. Desde o
início da tarde, bombeiros, dirigentes, elementos da fanfarra e do
Quadro de Honra juntaram-se para a “entrega das consoadas”, ao
que seguiu a ceia e a troca de presentes.
Na noite de 24, os operacionais de serviço foram brindados com
o tradicional jantar de consoada numa noite em que o serviço deu
tréguas aos soldados da paz.
Na passagem de ano, a associação de Esmoriz assinalou a chegada do novo ano, como sempre, com o toque festivo da sirene e
fogo-de-artifício.
Foto: BMSeixal
O
ESMORIZ
SEIXAL
A
História inspira
os mais novos
festa de natal da Associação dos Bombeiros Mistos do Seixal foi
diferente do habitual, marcada pela apresentação de uma peça
de teatro retratando a história da instituição.
Ao corpo de infantes e cadetes que conta somente com três meses de existência, e já com 30 elementos coube a realização da
encenação, que deixou convidados e bombeiros satisfeitos.
Sérgio Santos
A
Pai Natal visita o quartel
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira realizou já habitual festa
de Natal que, desta feita, teve como momento alto a
apresentação da 3.ª edição do jornal Bombeiral, que
homenageou a figura. coronel António Martins, pelo
desempenho e dedicação enquanto comandante distrital, funções que, recorde-se, cessou no passado 29
de dezembro.
Neste mesmo dia, todos os elementos do corpo ativo receberam equipamento de proteção individual.
“Nunca pensei isto algum dia ser possível”, disse
na ocasião o comandante António Tavares referindo-se ao avultado investimento, só possível graças à
colaboração de do município de Oliveira do Hospital e
da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, mas também de
todos os bombeiros que no verão dispensaram de um
dia de ECINs para colaborarem nesta aquisição.
Neste âmbito, o comandante disse esperar, durante o ano de 2013, poder ainda “adquirir botas para
incêndios urbanos e industriais, o único equipamento
em falta”.
A associação comprou ainda novos armários para a
colocação dos fardamentos dos bombeiros.
Registe-se que esta festa, que culminou com a visita do Pai Natal ao quartel dos Voluntários de Lagares da Beira, contou com a presença dos presidentes
da câmara e da assembleia municipal de Oliveira do
Hospital, da Junta de Freguesia de Lagares da Beira,
o vice-presidente da federação do distrito de Coimbra, comandante distrital, entre outras entidades.
Fotos: BVPenela
LAGARES DA BEIRA
O
tradicional convívio de Natal da família dos Bombeiros de Penela contou com a distribuição de alguns presentes especiais a
bombeiros e associados.
A festa teve início com a instituição reunida em assembleia geral
durante a qual alguns associados foram distinguidos como “sócios
de mérito” e outro como “associado benemérito”, sessão seguida
da aprovação do plano de atividades e orçamento para o ano de
2013 e da eleição dos órgãos sociais para o biénio 2013/2014.
De seguida, numa imponente formatura, foram apresentados os
24 elementos que se candidatam à formação de instrução inicial na
carreira de bombeiro voluntário com objetivo de integrar este corpo de bombeiros, bem como nove bombeiros de 3.º e os 11 elementos promovidos à categoria de bombeiro de 2.ª.
O momento de confraternização desta enorme família teve lugar
no salão da associação onde, as mesas colocadas pelos próprios
bombeiros, estiveram a concurso, iniciativa que segundo o comandante Raul Vasconcelos visou estimular a interação entre os homens e mulheres da instituição, num espírito de competição saudável que acabou por resultar numa animada festa repleta de muitos momentos de boa disposição.
Sérgio Santos
SETÚBAL
Festividades juntam jovens
CELORICO DE BASTO
S
Família reunida ao jantar
endo o Natal a festa da família, os Bombeiros Celoricenses juntaram-se para celebrar a quadra, em família e, assim, fomentar
a união nesta associação.
Fundada a 15 de agosto de 1926, as direções e comandos da
instituição sempre mostraram que é nestes momentos que “se
consolidam ainda mais os laços de quem trabalha todos os dias
pelo bem-estar da população”.
O presidente da direção dos Celoricenses, Fernando Freitas,
mostrou-se satisfeito pelo ano que terminou e agradeceu o esforço
de todos para atingir os objetivos pretendidos.
“Este foi um ano de realizações, primeiro teremos, já no início do
próximo ano, um quartel com todas as condições para acolher os
nossos bombeiros e depois noto que o gosto pela prática do voluntariado e pela associação em si é cada vez maior com o ingresso de
mais 22 voluntários para o corpo ativo, por isso, só me posso dar
por satisfeito” salientou.
Na mesma ordem de ideias o comandante António Marinho Gomes falou de corpo de bombeiros cada vez mais preparado, com
operacionais multifacetados e com conhecimentos diferenciados
capazes de assegurar um socorro exemplar.
No jantar, que reuniu cerca de 140 convivas, os filhos dos bombeiros e dos diretores foram mimados com um presente oferecido
simbolicamente pelo “bombeiro Pai Natal”.
O
jantar de Natal da Juvebombeiro do Distrito de Setúbal reuniu
mais de meia centena de operacionais de vários quartéis dos
distritos de Setúbal, Beja e Lisboa.
Foi em ambiente de festa que os jovens partilharam experiências, ideias e conhecimentos para que, no ano de 2013, seja dada
continuidade à promoção e desenvolvimento das atividades da juvebombeiro no distrito.
Para o recém-nomeado coordenador distrital Nuno Delicado os
objetivos passam pela realização de “um conjunto de atividades
que permitam aumentar os núcleos da juvebombeiro ativos e fomentar o ingresso de mais jovens nas fileiras dos bombeiros do
distrito”, referindo-se ainda ao excecional apoio e empenho da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, que neste convívio
foi representada por Vítor Espirito Santo, responsável nesta área.
Sérgio Santos
30
JANEIRO 2013
AVEIRO
Associação cumpre tradição
em janeiro de 1993
A
tradicional Festa de Natal que todos os
anos junta a família dos Bombeiros Velhos realizou-se no dia 15 de dezembro. A
tarde foi decicada aos mais novos que puderam divertir-se nos insufláveis e em mui-
tas outras atividades, até à ansiada chegada do Pai Natal com as prendas. Mais uma
vez, a Escola Profissional de Aveiro (EPA)
disponibilizou alguns dos seus elementos
para fazer a animação nesta festa.
À noite o bacalhau cozido fez cumprir a
tradição.
No salão estiveram em exposição os lençóis natalícios elaborados pelas secções do
corpo de bombeiros.
MINDE
O
Prendas para miúdos e graúdos
s Voluntários de Minde assinalaram a quadra reunindo
bombeiros, elementos da direção e respetivas famílias, num
animado e são convívio, que
contemplou a distribuição de
presentes mais pequenos e a
entrega de um cabaz de natal a
cada elemento do corpo ativo.
Em dia de festa os Voluntários de Minde assistiram promoção de bombeiro de 2.ª e de subchefes, operacionais que após a
prestação de provas viram o seu empenho e dedicação premiados.
Neste encontro de família foram ainda entregues medalhas de assiduidade de cinco, dez, quinze e vinte anos de serviço à causa.
ANIVERSÁRIOS
FAFE
2 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Cascais . . . . . . . . . . . . . . . 127
Bombeiros Voluntários S. Pedro do Sul . . . . . . . . . . . . 88
Bombeiros Voluntários de Valpaços . . . . . . . . . . . . . . . 77
Bombeiros Voluntários de Aljustrel . . . . . . . . . . . . . . . 64
3 de fevereiro
Um dia cheio de atividades
Bombeiros Voluntários Flavienses . . . . . . . . . . . . . . . 124
Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Cerveira . . . . . . 78
6 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia . . . . . . . . . . 87
7 de fevereiro
O
s Voluntários de Fafe reuniram-se na
festa da família. Dirigentes, bombeiros
de todos os quadros e seus familiares assinalaram a quadra num animado convívio.
Um jogo de futebol entre solteiros e casados, marcou o início da festa que prosseguiu com o lauto almoço. Já ao inicio da
tarde, os mais novos receberam a visita do
Palhaço Xombita e divertiram-se à grande
no parque de insufláveis. Num programa
diversificado, os convivas tiveram ainda a
oportunidade de mostrar os dotes vocais no
karaoke.
O Pai Natal chegou, mais tarde, num
Dodge, a “joia da coroa” do museu automóvel dos Bombeiros de Fafe, oferecendo à
pequenada um delicioso lanche e distribuindo prendas.
O encontro contemplou ainda a promoção de um estagiário a bombeiro de 3.ª e a
entrega de galões de subchefe do Quadro
de Honra ao bombeiro Amaro dos Santos.
Entretanto, cumpriu-se uma vez mais a
tradição e o Grupo de Cavaquinhos dos
Bombeiros Voluntários de Fafe voltou a entoar os “cantares dos reis”, primeiro no
quartel e depois num périplo por várias instituições e casas particulares do concelho.
Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho . . . . . . . . . . 73
15 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Crestuma . . . . . . . . . . . . . . 18
21 de fevereiro
Bombeiros Sapadores de Setúbal . . . . . . . . . . . . . . . 227
Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho . . . . . . . . 81
24 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Penacova . . . . . . . . . . . . . . .83
Bombeiros Voluntários de Fronteira . . . . . . . . . . . . . . . 18
26 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Vila Franca do Campo . . . . . . 25
28 de fevereiro
Foto: Almeirinense
com o apoio dos bombeiros, de várias casas comerciais da cidade e
com os espetáculos realizados no
cine teatro local conseguiu reunir
perto de três toneladas de alimentos.
A entrega dos géneros recolhida
pelos futuros bombeiros foi feita no
quartel, na presença dos jovens infantes e cadetes que participaram na
iniciativa, elementos da direção da
associação humanitária, o comandante do corpo de bombeiros e vários elementos do Executivo da Junta
de Freguesia.
Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto . . . . . . . . . 89
Bombeiros Voluntários de Baltar . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
12 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de São Mamede de Infesta . . . . 95
20 de fevereiro
Infantes e cadetes solidários
s Bombeiros Voluntários de Almeirim, através da sua escola de
infantes e cadetes, entregaram à
Junta de Freguesia de Almeirim 756
quilos de alimentos recolhidos durante um fim de semana de dezembro num dos hipermercados da cidade.
Perto de 70 famílias locais, identificadas pela junta de freguesia local
foram assim contempladas com os
mais de 1200 artigos recolhidos.
Desde que iniciou a campanha “Almeirim Ajuda”, aquela autarquia,
Bombeiros Voluntários de Sernancelhe . . . . . . . . . . . . 55
10 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Vialonga . . . . . . . . . . . . . . . 36
18 de fevereiro
ALMEIRIM
O
Bombeiros Voluntários Celoricenses . . . . . . . . . . . . . . .76
8 de fevereiro
Bombeiros Voluntários de Melo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Fonte: Base de Dados LBP
31
JANEIRO 2013
Heitor Gama, um bombeiro sem farda
S
er bombeiro faz parte do
imaginário de qualquer
criança, mesmo antes de
aprender a ler, fazer contas e de
desenhar. Nas brincadeiras, os
mais novos gostam de se imaginar como bombeiros. Para
cada missão fardam-se a rigor
e entram pelo quartel adentro
aos primeiros toques da sirene.
E de lá saem no pronto-socorro,
empolgados para conseguirem
salvar vidas em perigo. Se for
necessário tanto combatem o
mais pequenino como combatem o maior e o mais temível
incêndio, arriscando mesmo a
sua vida.
As crianças vestem a farda
de bombeiro como se vestisse a
farda de um dos seus heróis.
Nunca pensam numa qualquer
recompensa ou receber uma
medalha. Apenas querem imitar os verdadeiros bombeiros e,
seguindo os seus exemplos,
crescerem como homens altruístas, corajosos e generosos.
Quem não ouviu da boca de
uma criança esta frase: “Quando eu for grande… quero ser
bombeiro!”.
C
Como todas as crianças, o
Heitor Gama deve ter sonhado
ser bombeiro. Mas, se nunca
sonhou ser bombeiro, deve ter
ouvido ao avô materno algumas
histórias relacionadas com os
bombeiros, a coragem, altruísmo e a sua abnegação. E, com
esse seu avô que foi um antigo
diretor da associação, deve ter
presenciado os aprumados desfiles dos bombeiros, ao som estridente de um fanfarra, em direção ao Jardim do Cruzeiro,
onde paravam e, perfilhados
em continência, colocavam um
ramo de flores diante da estátua ao Comandante Afonso Soares.
Mas, o Heitor Gama guarda
do tempo da sua infância um
desenho numa folha A4 que
traça com fiel rigor os aspetos
de uma cerimónia em que os
bombeiros homenagearam o
seu avô, a título póstumo, pela
sua dedicação à causa ao voluntariado.
Não conhecia, aquela sua
preciosidade a preciosidade infantil, com um traço rudimentar
e inocente, mas cheio de ternu-
ra e generosidade, que muito
me sensibilizou quando mo
mostrou-se. Olhando para as figurinhas por aí retratadas, recordei a cerimónia de homenagem e de gratidão ao seu avô
Heitor Gama, que aconteceu no
Largo da Igreja Matriz, no dia
28 de novembro de 1999, no
119.º aniversário da associação.
O desenho para mim estava
perfeito, fazia-me recordar sem
a ajuda de nenhuma fotografia
para comparar, o rosto tímido
da criança de nove anos, debruçada sob o carro de fogo nos
braços do comandante Manuel
Gouveia, ansiosa de destapar
uma placa de metal gravada
com o nome do avô. Bastou-me
olhar para o desenho para compreender que as simpáticas figurinhas que saiam do seu desenho, se identificam com pessoas que ali compareceram
para testemunhar o aconteci-
mento. A começar pelo próprio,
em que se autorretratou, acompanhado pelo seu pai e a avó,
que seguiam com atenção o
que ali faziam o velho comandante, os bombeiros de machado em punho e, por fim, o senhor padre a benzer a o carro
com a água benta.
Mais tarde, reparei que naquele faltava a presença de
uma figurinha, do presidente da
direção…! Melhor dito, faltava a
minha pessoa. Mas, não estranhei que tivesse passado despercebido. O mais certo, era
que não soubesse que também
existiam “bombeiros sem farda”.
Ora, o seu avô tinha sido um
grande “bombeiro sem farda”,
um diretor zeloso, dedicado, rigoroso em tudo o que fazia que,
durante muitos anos, serviu,
mesmo com sacrifício para a
sua vida pessoal, uma causa de
interesse público. Não tive a
Quem quer ser bombeiro?
aros colegas bombeiros e leitores do jornal
Bombeiros de Portugal:
Decerto o título deste artigo, sugere um concurso conhecido por todos nós. Muito irão pensar
o porquê da escolha. Confesso que, eu próprio
tive alguma dificuldade em escolher o título.
No mundo atual em que vivemos, materialista
com imensa tecnologia à nossa disposição, como
todos sabemos, desde os computadores, a televisão, os telemóveis, os ipads, as playstations,
etc., veio trazer uma competitividade desmedida
aos bombeiros, nomeadamente ao seu voluntariado. Assim, os jovens de hoje preferem utilizar
essas tecnologias, do que enveredarem pelo voluntariado, no sentido de ajudarem o próximo,
serem solidários com as pessoas ou mesmo trazerem esperança aos necessitados. É muito mais
cómodos sentarem-se diante de um LCD para verem um concurso, uma telenovela ou mesmo as
atuações do Cristiano Ronaldo e do Leonel Messi.
Se assim é, onde param os sonhos de todas as
crianças pequenas que dizem quando forem
grandes querem ser bombeiros?
Será que esses sonhos perderam-se ao longo
dos anos de crescimento?
Será que os pais dessas crianças não incutiram
ou não estimularam os seus filhos para serem
bombeiros?
Será que afinal foi apenas um sonho?
Será que afinal os bombeiros têm tarefas diferentes e mais difíceis do que as crianças imaginavam?
Será que os bombeiros não são um bom exemplo para a sociedade?
As respostas podem parecer simples, mas não
são.
Os conceitos de solidariedade, esperança e hu-
manismo estão sempre presentes nas atuações
dos bombeiros; excluímos assim a pergunta dos
exemplos dos bombeiros.
Então, as questões são outras.
Se a sociedade adulta não reconhece as atuações dos bombeiros, salvo as exceções na qual
são os necessitados.
Se a sociedade adulta não reconhece que os
bombeiros trabalham muitas vezes arduamente,
a troco do nada ou do quase nada em termos
monetários.
Se a sociedade adulta não reconhece que os
bombeiros são os vigilantes diurnos e noturnos
das vidas de cada um.
Se a sociedade adulta não reconhece que os
bombeiros também têm família.
Se a sociedade adulta não reconhece que os
bombeiros também têm sentimentos.
Se a sociedade adulta não reconhece tudo isto,
como pode uma criança reconhecer tais coisas?
As boas maneiras, a educação e os sentimentos iniciam-se no berço e crescem nos lares das
pessoas. O retrato dos bons exemplos, passam
de pais para filhos e de amigos para amigos.
Pois caros amigos e leitores, o problema é que
cada dia é mais difícil, encontrarmos jovens que
queiram ingressar nos bombeiros, logicamente
devido a tudo o que acabei de escrever. Sendo
assim, será muito difícil manter as associações de
bombeiros voluntários abertas, a não ser que
acreditemos no milagre na transformação da sociedade ou então que surja do nada um ator
como Dev Patel a encarnar o personagem de Jamal Malik Othaman.
Luís Picanço
(Comandante do Corpo dos Bombeiros
Voluntários de Angra do Heroísmo)
C
sorte de conhecer o senhor Heitor Gama, antigo funcionário
administrativo da Casa do Douro, mas coube a mim fazer-lhe
a devida e merecida homenagem. Que hoje ainda o recorda,
elogia-o como um cidadão
exemplar e um abnegado diretor que, em tempos de grandes
dificuldades, muito se dedicou à
vida da associação e do seu
Corpo de Bombeiros.
No verão passado, o jovem
Heitor Gama entrou, mais uma
vez, no majestoso Quartel Delfim Ferreira para representar,
num palco improvisado, com os
alunos da Universidade Sénior
da Régua, a belíssima e inteligente peça de teatro “D. Antónia - Uma Mulher Fora do Seu
Tempo”. Como não podia deixar
de ser, lembrou-se que o avô tinha ali sido também um bombeiro sem farda, um diretor que
muito contribuíra para que
qualquer missão dos soldados
da paz fosse bem desempenhada.
Desta vez, envergando a velha farda que pertenceu ao primeiro Comandante Manuel Maria de Magalhães compreendeu
que os voluntários, que usem
ou não uma farda, são necessários para apagar todos os fogos… ou para socorrer em qualquer tragédia da vida.
Sem que tenha seguido o
exemplo do seu avô, o Heitor
Gama pelo teatro conseguiu ser
um bombeiro. Talvez, um dia
mais tarde, ao se lembrar da
farda que usou, possa ainda dizer:
“Quando eu for grande… não
quero esquecer-me de que fui
criança e … um bombeiro da
Régua”. E assim, nunca esquecerá o exemplo cívico do seu
avô, o bom cidadão reguense
Heitor Gama, um bombeiro sem
farda.
José Alfredo Almeida
Só depende de nós!
omo gostamos muito de Fabula, aqui vai
uma:
Era uma vez um Zé Bombeiro que vivia na
sua casa no meio da floresta. Todos os dias,
durante as tardes, limpava, tratava e, sobretudo, mimava a floresta com todo o carinho do
mundo, até que... uma bela manhã, aguçado
pela preguiça, deixou-se dormir....quando acordou tinha a floresta em chamas e a sua casa em
perigo!
Chamou por ajuda e os meios possíveis e
imaginários vieram em seu auxílio. Quando o
combate terminou e olhou em sua volta, não
pode deixar de chorar.
Os seus colegas e amigos bombeiros perguntaram-lhe:
– Porque choras se tu e a tua casa estão a
salvo?
Ao que o Zé respondeu:
– De que me serve ter uma casa no meio da
floresta... se a floresta já não existe? De que
me serve ser bombeiro se... Nada resta para
salvar?
Caros amigos e companheiros bombeiros,
esta é a história dos nossos dias. Durante mais
de 600 anos, mais precisamente desde agosto
de 1395, fomos criados com o intuito de defender e promover o auxílio em situações de catástrofe. Tarefas que, quase sempre desempenhamos com espírito de sacrifício, coragem e amor
ao próximo.
Contra todas as adversidades lutamos pelos
nossos direitos e fazendo impor os nossos valores mais nobres, como o voluntariado e o dar
sem esperar receber nada em troca. No entanto,
nos últimos anos, fomos como o Zé da Floresta,
deixamo-nos dormir, caindo no sono da burocracia e confiando no mito da ajuda divina (Estado)
sem qualquer sacrifício pela nossa parte. Basta
estar quietinho, calmo e tranquilo, que todos os
anos o “pai estado” nos dá um presente.
Esta letargia, amigos, tem que acabar! Temos de despertar!
Pela primeira vez na nossa história, temos ao
nosso dispor, os meios humanos, tecnológicos e
mecânicos, para salvar um Povo. Podemos vir a
ser um exemplo de coragem para o Mundo. Só
depende de nós.
Se tivermos coragem para lutar por aqueles
que são o resultado da nossa criação
Estamos a esquecer que, o povo somos todos
nós. Somos nós que estamos a ser vítimas do
sistema em que vivemos! Não podemos deixar
que nos ludibriem com números e com promessas vãs. Hoje, somos necessários para o funcionamento do sistema, mas amanhã, podem deixar de contar com os 450 corpos de bombeiros
voluntários do País. Para que isso não aconteça,
temos que estar do lado de quem nos protege,
de quem nos auxilia, de quem esta ao nosso
lado quando chegamos a casa... dos nossos
pais, filhos e avós...
Mais que bombeiros de um País, de um distrito, de uma localidade, somos...Bombeiros de
Portugal!
Não dependemos de ninguém, não temos lobbies, nem sindicatos. Só defendemos uma
causa: Salvar Vidas! Vida por Vida!!
Vamos deixar queimar a floresta?
Nuno Carqueijeiro
32
JANEIRO 2013
MAU TEMPO E ACIDENTE FERROVIÁRIO
Milhares
de bombeiros
na resposta pronta
M
ilhares de bombeiros responderam com prontidão e
eficácia às perto dez mil ocorrências resultantes do mau tempo que assolou o País entre 18 e
20 do corrente. Só assim foi
possível, em tempo recorde,
acautelar a segurança e o bem-estar dos cidadãos, desobstruir
vias rodoviárias, avaliar e reduzir riscos causados por estrutu-
ras colapsadas ou apenas atingidas mas cuja situação precária poderia vir a causar novos
danos.
A interrupção do fornecimento de energia elétrica por muito
tempo viria a provocar novo
tipo de intervenção dos bombeiros, neste caso no fornecimento de água às populações
em muitas zonas onde esse ser-
viço dependente sempre da eletricidade.
Com os fortes nevões que depois se fizeram sentir os bombeiros, mais uma vez, intervieram também na desobstrução
de vias e até no fornecimento de
alimentação a populações isoladas e que, em circunstâncias
normais seriam entregues por
instituições de solidariedade.
RESPOSTA PRONTA AO MAU TEMPO
O
Liga salienta esforço
Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses salienta a prontidão,
competência e profissionalismo, dedicação e
abnegação demonstradas pelos milhares de
bombeiros portugueses envolvidos no socorro
às vítimas e no debelar dos estragos causados
pelo mau tempo que assolou o País no último
fim de semana.
A actuação de todos os bombeiros, profissionais ou voluntários, foi bem demonstrativo
da capacidade de resposta e do empenho das
suas estruturas e na coordenação dos seus
comandos nas quase dez mil intervenções realizadas em apenas 24 horas.
É de salientar o esforço de todos os bombeiros na salvaguarda da vida humana e dos haveres hipotecando, sem hesitações, todo o
seu saber em benefício do rápido restabelecimento dos danos causados e do bem-estar
das populações atingidas.
Lisboa, 22 de Janeiro de 2013
Presidente do Conselho Executivo
Jaime Marta Soares
Comandante
Mais de centena e meia de
bombeiros, elementos do INEM
e da GNR com meia centena de
ambulâncias, outras viaturas de
socorro e um helicóptero constituíram a resposta pronta ao embate de uma composição do Inter-Cidades Lisboa-Porto na tra-
seira do Regional Entroncamento-Coimbra cujo balanço final
ficou em 21 feridos ligeiros, 14
dos quais conduzidos ao hospital e alvo de alta pouco depois.
O acidente ocorrido perto da
estação de Alfarelos, na localidade de Granja do Ulmeiro,
Soure, foi socorrido pelos Bombeiros Voluntários de Soure,
Condeixa, Montemor-o-Velho,
Brasfemes e Sapadores de
Coimbra. A PSP também colaborou ao estabelecer dentro da cidade de Coimbra um corredor
em direção aos hospitais.
LOUVOR/REPREENSÃO
Aos milhares de bombeiros
que, sem hesitações, trocaram
o descanso e o bem-estar das
suas casas para lutar contra a
adversidade causada pelo mau
tempo que assolou o País no
último fim de semana.
Aos cidadãos que, continuando a dar como adquirido que
os bombeiros estão sempre
disponíveis para acudir a tudo
e a todos, não cuidam de lhes
garantir os apoios suficientes
para isso
A Crónica
do bombeiro Manel
A
quilo com que se compram os
melões volta a ser preciso depois
destas grandes confusões do temporal. A meio das operações muitas comunicações foram-se abaixo aí pelo
país, e cá na casa as motosserra e
outras ferramentas precisam de ir ao
mecânico e não se sabe quanto irá
custar. Sem falar no gasoil que gastámos mais do que é normal e outras
coisas do género. Sem falar nos almoços e jantares que, quando foi
possível, fomos comer aqui ao Zé do
Pipo cá da terra. Isto quando houve
algum intervalo para comer porque a
maior parte das vezes nem um naco
de broa metemos à boca tais eram os
Como é
pedidos e os problemas com que nas
aldeias e nos lugares as pessoas estavam a sofrer.
Andámos a cortar árvores, a ajudar a compor telhados e cercas, retirar tapumes, postes, a ajudar a salvar o possível e a por de lado o que já
estava perdido.
Atenção, que nisto de contas o
nosso trabalho nem conta. O nosso
trabalho é dado. Mas o material que
usamos, que vamos tentando manter
em boas condições apesar de ser velhinho, como é?
Agora dizem-me que o Ministério
da Administração Interna, a Liga e as
câmaras vão conversar sobre como
podem pagar de outra modo aos
bombeiros para o futuro. Falam-me
num apoio chamado PPC que, dizem,
não diz a bota com a perdigota, ou
seja, é um apoio que era suposta ajudar mais mas que afinal não é bem
assim.
Naquilo em que agora vão conversar tenham em conta coisas como
aquelas de que aqui falo. No mundo
mudou muita coisa. Antes, tínhamos
aqui muitas fábricas que nos ajudavam, compunham coisas, davam-nos
outras e quando era preciso nunca
batíamos à porta de muitos em vão.
Agora, muitos desses metem dó e o
que se aguentam já não têm nada
que sobre. Vivíamos assim e como de
maneira ou de outra íamos safando a
coisa o Estado andou distraído. Mas
hoje os apoios acabaram e as coisas
ainda por cima estão mais caras. Por
isso, isto tem que levar outro caminho. Connosco podem contar. Mas
quanto ao resto, amigos, como é?
Lá por Carnaxide o novo chefe está
a por ordem na casa. É isso que me
continuam a dizer. Isto não foi o novo
chefe que decidiu, já veio de trás,
mas não deixa de fazer cocabichinhos
cá no Norte. Um adjunto de um CDOS
de cá ao mesmo tempo está a fazer
de segundo de outro. Não há gente
ou andam a guardar lugares?
O que se está agora a passar no
país faz lembrar aquele dentista que
mandava o doente tirar a dentadura
postiça e depois o mandava mastigar
à mesma. O doente queixava-se que
não conseguia mas o médico dizia
que era mesmo assim.
[email protected]
FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia
Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses –
Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83
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