Untitled - observatório brasileiro de apl
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Untitled - observatório brasileiro de apl
Fazendo história... Elaboração, distribuição e informações: Ministério da Saúde Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 8º andar 70.058-900, Brasília/DF Tel. (61) 3410-4191 [email protected] www.saude.gov.br/fitoterapicos Organização: José Miguel do Nascimento Júnior Karen Sarmento Costa Katia Regina Torres Leonardo Augusto F. A. Pereira Benilson Beloti Barreto Leticia Mendes Ricardo Clarissa Giesel Heldwein Capa, projeto gráfico e diagramação: Gustavo Veiga e Lins Arranjos produtivos locais APL 2012 e 2013 Autoria dos textos Projeto Coordenador/Colaborador APL Betim APL Botucatu APL Brejo da Madre de Deus APL Ceará APL Diorama APL Distrito Federal APL Foz do Iguaçu APL Ipatinga APL Itapeva APL João Pessoa APL Petrópolis APL Poconé APL Santarém APL São Lourenço do Sul APL Toledo Neusa Aparecida de Almeida e Jaqueline Guimarães de Carvalho Cauê Trivellato, Cristiane Maria Cabral, Maria Cláudia de Freitas Vasconcelos Vicente, Gabriela Fernandes de Oliveira, Lin Chau Ming Maria Eliane Barreto da Silva Mary Anne Medeiros Bandeira Fernando Mendes de Gouveia, Polliana Garcia, Solange de Castro e Zenaide Pereira de Castro Nilton Luz Netto Júnior Christiane Magdalena Lopes Pereira Domitila Morais Gonçalves Francine Campolim Moraes Francisco Douglas Cabral Leite André Pombo e Felix Rosenberg Isanete Geraldini Costa Bieski, Mariete Alves da Silva e Domingos Tabajara de Oliveira Martins Frederico Galante Neves Caren Elisa Meyer da Cunha Denise Liell e Elenir Langner Neri RudeK APL Betim Cymbopogon citratus Selecionado por meio do Edital SCTIE/MS nº 1/2012, conforme as diretrizes da Política e do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, o projeto APL de Betim “Cultivando Saúde” tem como perspectiva garantir à população usuária do SUS Betim o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional. O projeto tem como parceiros da Secretaria Municipal de Saúde: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Meio Ambiente, Superintendência de Trabalho Emprego e Renda, EMATER, Laboratório Catedral, Universidade Federal de Viçosa, Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde – NGBS/Farmanguinhos/Fiocruz e Sindicato dos produtores rurais de Betim. O projeto possui os seguintes objetivos: • Promover a interação e a cooperação entre os agentes produtivos de toda a cadeia de plantas medicinais e fitoterápicos: agricultores, técnicos, farmácia pública, instituições de ensino e indústria; • Desenvolver a produção de plantas medicinais, com cultivo orgânico/agroecológico, considerando a agricultura familiar/urbana e periurbana, tendo o conhecimento tradicional e o científico como componentes desta cadeia produtiva; • Fortalecer a Farmácia Viva SUS-Betim, com a aquisição de equipamentos e insumos para o controle de qualidade, visando a excelência em qualidade na produção de fitoterápicos; • Garantir a produção e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicas no âmbito do SUS-Betim; • Promover a qualidade técnica dos profissionais envolvidos nas etapas de cultivo e beneficiamento de plantas medicinais; • Capacitar e fortalecer os agricultores do município para uma nova possibilidade de trabalho, com geração de renda e melhoria na qualidade de vida. O Arranjo Produtivo Local/Betim contemplou etapas relacionadas à área agrícola e à área farmacêutica. No que se refere à parte agrícola, foram contempladas as etapas: sensibilização e cadastros dos agricultores por meio de palestras e visitas à assentamentos e comunidades; seleção e preparo das áreas de cultivo, considerando a qualidade do solo e da água local, a preservação contra poluição e a facilidade de transporte do material coletado; seleção das espécies vegetais a serem cultivadas, levando-se em conta a adaptação edafoclimática, a facilidade na obtenção de mudas e sementes devidamente identificadas, a aceitação no mercado e as necessidades da Farmácia Viva de Betim; aquisição de insumos e equipamentos agrícolas; aquisição e instalação de sistema de irrigação. Orientação aos agricultores Os produtores recebem apoio no preparo do solo, incluindo aração, gradagem, correção da acidez, adubação e ferramentas para o plantio e manutenção do cultivo. Para segurança do trabalhador são fornecidos equipamentos de proteção individual – EPI’s e para sua orientação são realizadas visitas técnicas com engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas. Foram adquiridos equipamentos agrícolas, ferramentas, e mudas das espécies selecionadas, que já estão em processo de reprodução. Preparo de solo Foi estruturado o viveiro Pingo D’Água com a implantação de mudas de Calêndula (Calendula officinalis), Guaco (Mikania glomerata), Maracujá (Passiflora edulis), Cavalinha (Equisetum arvense), Melissa (Melissa officinalis), Alecrim (Rosmarinus officinalis), Erva baleeira (Cordia verbenaceae), Hibisco (Hibiscus sabdariffa), Capim cidreira (Cymbopogon citratus). Viveiro Pingo D´Água A área do Viveiro de produção de mudas destinadas à reprodução das matrizes é de aproximadamente 1000m2, cercada com mourões de madeira tratada, para impedir a entrada de animais, canteiros elevados e um sistema de irrigação apropriado às necessidades locais, segundo orientações técnicas. Foram implantadas três áreas de cultivo – Fazenda Campanário/Adequar, CAIC e Estância do Sereno com plantio das espécies selecionadas para cultivo no Arranjo Produtivo Local/Betim. Após a colheita o agricultor faz o pré-beneficiamento em sua propriedade e encaminha a produção para a Farmácia Viva e para a sede do APL , para realização das etapas de beneficiamento. Cerca de 60 agricultores foram cadastrados e qualificados com os cursos oferecidos pelo projeto: “Boas Práticas de Produção Orgânica de plantas medicinais, aromáticas e condimentares” e “ Beneficiamento e Secagem de Plantas Medicinais, Aromáticas e condimentares”. No que se refere à parte farmacêutica do projeto foram planejadas várias etapas, entre elas, a aquisição de: insumos de laboratório para o controle de qualidade fitoquímico (reagentes, vidrarias e demais insumos de laboratório); equipamentos para o controle de qualidade fitoquímico da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos (espectrofotômetro, ponto de fusão, pHmetro, viscosímetro, evaporador rotativo, balanças, refratômetro, microscópio óptico, carrinho para confecção de placas cromatográficas, cromatovisor, entre outros); equipamentos para a produção de insumos vegetais (moinho, percoladores, destiladores de óleos essenciais, entre outros). Espectrofotômetro Foram contratados auxiliares de laboratório e farmacêutico para darem suporte à execução do projeto. Foram oferecidos cursos de capacitação para os técnicos da Farmácia Viva – “Técnicas de produção de derivados de drogas vegetais – tinturas e extratos”; ”Técnicas de produção e controle de qualidade de óleos essenciais”; “Beneficiamento primário: colheita, seleção e secagem de plantas medicinais e armazenamento de drogas vegetais”. Os impactos positivos que a Farmácia Viva terá com a execução do projeto APL Betim poderão ser observados na redução da compra de insumos, gerando economia e maior qualidade, uma vez que será produzida a maior parte das tinturas e extratos glicólicos utilizados na manipulação dos fitoterápicos; da implantação da extração de óleos essenciais (Cordia verbenaceae, Mentha sp, Rosmarinus officinalis, Cymbopogon citratus, Cymbopogon nardus etc.) que serão padronizados como matérias-primas para produção de novos medicamentos fitoterápicos; qualificação técnica da equipe técnica; estruturação dos laboratórios de controle de qualidade e de produção de insumos; estruturação do setor de beneficiamento primário de plantas medicinais; ampliação dos produtos disponibilizados, com a introdução da dispensação da droga vegetal na forma de sachê. Treinamento de auxiliares de laboratório e farmacêuticos Curso sobre produção de tinturas Mentha crispa – Hortelã APL Botucatu Passiflora sp - Maracujá A Secretaria de Saúde de Botucatu foi contemplada pelo Edital SCTIE/MS nº 1/2012, em função de que o município de Botucatu reúne segmentos e entidades vinculadas aos estudos e pesquisas sobre as plantas medicinais e fitoterápicos que vão desde a universidade pública até empresas do setor alimentício, farmacêutico e de suplementos dietéticos. O projeto enfoca a atuação nos cinco segmentos, sendo estes, (I) produtores, (II) empresas, (III) universidade, (IV) profissionais da saúde e (V) população, se configurando conforme figura a seguir: De forma geral, apesar dos avanços, diversos gargalos foram identificados em todos os elos da cadeia, como a falta de: assistência técnica completa e integral aos agricultores, preços justos na relação de compra e venda entre os agricultores e as empresas primárias, informação dos profissionais componentes da rede do Sistema Único de Saúde sobre os medicamentos propostos no arranjo, até a falta de clareza da população sobre o efeito real do uso de plantas medicinais e derivados. Mesmo assim, em 30 meses de articulação e desenvolvimento do projeto no município, as interações estabelecidas entre cada segmento foram capazes de ampliar este mercado, sendo responsável pela produção de oito toneladas de plantas medicinais no último ano agrícola, ampliando a área cultivada no município de dois para doze hectares, correspondentes a dez agricultores, gerando a comercialização de 150 mil reais entre os agricultores e a empresa primária. Experimento Passiflora incarnata Em linhas gerais o programa foi implantado e desenvolvido de forma bem sucedida no município. No entanto, a continuidade das ações é fundamental para a consolidação das ações desenvolvidas, sendo necessário que uma segunda fase se inicie. Nesta nova etapa, será possível fortalecer as relações já existentes, assim como ampliar as conexões com novos parceiros em todos os elos, ou seja, novos agricultores, mais empresas processando a matéria-prima de formas diferentes, incentivando e capacitando pessoas do SUS a conhecer medicamentos eficientes, com qualidade, segurança e eficácia, ampliando o número de pacientes, consumidores e outras conexões. O projeto visa tanto uma ampliação quanto à abrangência de território, quanto o desenvolvimento de uma Farmácia Municipal, na perspectiva de uma Farmácia Viva. Vale ressaltar que é de fundamental importância que esta cadeia produtiva se desenvolva a nível local, pois nesta se trabalha com a agricultura familiar, de base orgânica, biodinâmica, natural e/ou agroecológica, além de empresas locais ou regionais, voltadas para a atenção em saúde da população local e/ou regional. Cynara scolymus - Alcachofra APL Brejo da Madre de Deus Horta de Brejo da Madre de Deus O projeto de Arranjo Produtivo Local de Brejo da Madre de Deus – PE foi contemplado pelo Edital SCTIE 01/2012, conforme as diretrizes da Política e do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, visando fortalecimento de toda cadeia produtiva do APL e o uso racional de fitoterápicos. Brejo da Madre de Deus fica localizada no agreste setentrional, a 200 km da cidade do Recife, e possui uma população de 47.972 mil habitantes. O Sistema Municipal de Saúde é composto por 13 unidades de Saúde da Família, 2 Policlínicas, 2 farmácias básicas e um hospital municipal. Atualmente, o Programa de Fitoterapia e Plantas Medicinais do município contempla uma pequena horta de plantas medicinais e uma Farmácia Viva onde são manipulados os medicamentos fitoterápicos tradicionais dispensados para a população do município mediante apresentação da prescrição médica. O programa é mantido com os recursos próprios da Secretaria Municipal de Saúde. Horta de Brejo da Madre de Deus Manipulação – filtração e envase de tintura O Projeto Arranjo Produtivo Local de Brejo da Madre de Deus conta com o apoio do Conselho Municipal de Saúde, do Secretário de Saúde, de vereadores e da população do munícipio. O projeto apresenta ainda algumas dificuldades de execução, mas tem como principais objetivos previstos: aumentar a área de cultivo; aumentar a produção dos remédios fitoterápicos tradicionais; fortalecer a Farmácia Viva municipal Alípio Magalhães Porto; realizar encontros regionais sobre empreendedorismo e experiência de cultivo de plantas medicinais e dispensação de fitoterápicos tradicionais (Produto tradicional fitoterápico) e capacitar os profissionais da saúde envolvidos com o projeto. Plectranthus barbatus - Falso boldo APL Ceará )Myracrodruon urundeuva Aroeira do Sertão O objetivo geral do projeto, selecionado por meio do Edital SCTIE/MS nº 1/2013, é estruturar e/ ou implementar Hortos de Plantas Medicinais Polos em Macrorregiões do Estado do Ceará e desenvolver os Arranjos Produtivos Locais de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no âmbito dos SUS. No Estado do Ceará, para o desenvolvimento dos trabalhos nesta área, existe um Horto Matriz – Horto de Plantas Medicinais Professor Francisco José de Abreu Matos do Projeto Farmácias Vivas da Universidade Federal do Ceará e um Horto Oficial – Horto de Plantas Medicinais do Núcleo de Fitoterápicos/COASF/SESA. Por meio de convênio entre esses dois hortos, os trabalhos são desenvolvidos de maneira integrada, e são oferecidas mudas certificadas de plantas medicinais e apoio técnico-científico. Para atingir o referido objetivo serão realizadas nove metas, as quais se encontram em andamento, com os seguintes resultados parciais: para a implantação e implementação dos Hortos Polos foram selecionados, até o momento, os municípios de Fortaleza, Maracanaú e Sobral. Estão em processo de seleção os municípios de Pacatuba, Itaitinga, Crato, Iguatu e Limoeiro do Norte e para os Arranjos Produtivos Locais as seguintes comunidades: Sertão Vivo (Sítio Aroeiras, Distrito de Guassucê, Orós); O Caminho, Bom Jardim e Quatro Varas (Município de Fortaleza); Horizonte (Município de Horizonte) e Sítio Wolpila (Município de Maracanaú). Foram produzidas 8.000 mudas (1.000/Chambá; 1.000/Alecrimpimenta; 1.000/Erva-cidreira; 500/Babosa; 500/Confrei e 4.000/Aroeirado-sertão), ressaltando que o aumento na produção de mudas deverá ocorrer após renovação das instalações dos viveiros e do sistema de irrigação nos Hortos Matriz e Oficial. (1) Lippia sidoides Cham.; (2) Aloe vera (L.) Burm. F.; (3) Justicia pectoralis var. stenophylla Leonard; (4) Mentha x villosa Huds; (5) Symphytum officinale L.; (6) Lippia alba (Mill.) N. E.Brown; (7) Mentha arvensis L.; (8) Plectranthus barbatus Andr.; (9) Momordica charantia L.; (10) Ageratum conyzoides L.; (11) Myracrodruon urundeuva Allemão (Aroeira do Sertão). Foram determinados os perfis cromatográficos dos marcadores químicos ativos e/ou analíticos, por Cromatografia em Camada Delgada das espécies: Lippia sidoides Cham.; Aloe vera (L.) Burm. F.; Justicia pectoralis var. stenophylla Leonard; Mentha x villosa Huds; Symphytum officinale L.; Lippia alba (Mill.) N. E.Brown; Mentha arvensis L.; Plectranthus barbatus Andr.; Momordica charantia L. e Ageratum conyzoides L. incluindo a padronização de beneficiamento primário de três destas espécies. Iniciou-se o estudo geofísico para perfuração dos poços profundos. Foram capacitados 75 agentes comunitários de saúde das seguintes localidades: 25 (Fortaleza); 25 (Maracanaú) e 25 (Bom Jardim) e 20 farmacêuticos do Município de Maracanaú. Foram elaborados materiais didático-pedagógicos: Álbum Seriado; Folder e Modelos de Procedimentos Operacionais Padrões: Segmento Agronômico e Farmacêutico. Foi organizado o I Seminário de Arranjos Produtivos Locais de Plantas Medicinais, realizado em 9 de dezembro de 2014, em Fortaleza e quanto à meta de aumentar a produção e divulgação de fitoterápicos, foi realizado o estudo de utilização de fitoterápicos no Posto de Saúde Escola Meireles, com registro de 100 pacientes acompanhados no uso da pomada de Confrei, com retorno fotografado. Para uma maior agilidade na execução deste projeto conseguiu-se aprovar junto ao Conselho Estadual de Saúde do Ceará, a transferência do recurso para a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura. Esses resultados parciais já demonstram que o presente projeto contribuirá para uma relação construtiva nessa área no Estado do Ceará, com interiorização das ações, fortalecimento e avanços importantes na área de Fitoterapia em Saúde Pública. Aloe sp – Babosa APL Diorama Mikania glomerata - Guaco O Projeto Arranjo Produtivo Local de Fitoterápicos de Diorama foi apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde e selecionado pelo Edital SCTIE/MS nº 1/2012. Este projeto articula uma rede de parceiros para fortalecer a implementação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – PNPMF no Território do Médio Araguaia de Goiás visando a dispensação de fitoterápicos aos usuários do SUS. O APL Diorama tem como objetivos: • Desenvolver a produção de plantas medicinais e fitoterápicos com base na agricultura familiar e no conhecimento tradicional e científico como componentes da cadeia produtiva do Arranjo Produtivo Local de Fitoterápicos do Território do Médio Araguaia Goiano; • Promover a qualificação técnica dos profissionais de saúde e demais atores envolvidos na produção e uso de plantas medicinais e fitoterápicos; • Estabelecer parcerias com instituições de ensino e pesquisa com capacidade para dinamizar os processos locais de inovação em produção de conhecimento e tecnologias sociais; • Realizar a interlocução com gestores municipais, estaduais e federais, parceiros estratégicos para promover a articulação intersetorial, visando garantir o acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme estabelecido no PNPMF. Echinacea purpurea O projeto apresenta alguns resultados, ainda que parciais, considerando a dificuldade na utilização do recurso repassado pelo Ministério da Saúde à Secretaria Municipal de Saúde de Diorama. São eles: cultivo de plantas medicinais para atender ao projeto; visitas às Secretarias Municipais de Saúde (SMS) dos municípios vizinhos para apresentar o APL FITO e buscar parcerias; articulação e estabelecimento de parcerias com Instituições de Ensino e Pesquisa, como Instituto Federal Goiano – IF Goiano campus Iporá, Universidade Estadual de Goiás – UEG campus Iporá, Farmanguinhos/Fiocruz, Escola Livre do Cerrado – sede na Agrotec; aquisição parcial de equipamentos e materiais para execução do projeto; realização do Encontro de Agricultores Familiares em Diorama; realização do Curso de Capacitação em Cultivo Agroecológico de plantas medicinais; realização de Encontro de Secretários de Saúde, gestores, representantes dos conselhos municipais, representantes da Associação dos Municípios do Médio Araguaia (AMMA), comissão gestora local do projeto e parceiros como Embrapa, IF Goiano Campus Iporá e UEG Campus Iporá; início da adequação de estrutura e processos à legislação sanitária; reestruturação do banco de sementes; articulação com Secretaria Estadual de Tecnologia do Estado de Goiás; mobilização com articulador e representante da AMMA e mobilização com gestores, secretários de saúde e Conselhos Municipais de Saúde do território do médio Araguaia. Cultivo de mudas Coleta de Mikania glomerata – Guaco Visita a município parceiro Mikania glomerata – Guaco APL Distrito Federal Cordia verbenacea – Erva baleeira A Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal iniciou no ano de 1989 o seu Projeto de Fitoterapia como parte do Programa de Desenvolvimento de Terapias Não Convencionais no Sistema de Saúde (Portaria SES-DF Nº 13, de 14 de agosto de 1989). O Projeto foi criado com o objetivo de integrar a Fitoterapia, como opção terapêutica, nos programas existentes nos Centros de Saúde da rede pública do Distrito Federal. No ano de 1998 foi inaugurado o Laboratório de Manipulação de Medicamentos Fitoterápicos, inicialmente responsável pelo processamento vegetal e distribuição de drogas vegetais às Unidades de Saúde cadastradas. Em 1999 foi dado início à produção de fitoterápicos manipulados. A criação da Farmácia Viva no ano de 2010, em atendimento à Portaria GM/MS Nº 886, de 20 de abril de 2010, seguida da publicação, em 2011, do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1ª edição – FFFB I, possibilitaram a reavaliação da padronização das espécies vegetais e dos fitoterápicos. Neste sentido, foram considerados dois critérios: 1) possibilidade de cultivo e processamento próprios e 2) formulação farmacopeica constante do FFFB I. Farmácia Viva do DF Symphytum officinale (Confrei) Com relação ao primeiro critério, a Farmácia Viva da SES-DF, cultiva e processa sete espécies: Aloe vera (Babosa), Cordia verbenacea (Erva baleeira), Lippia sidoides (Alecrim-pimenta), Mikania glomerata/M. laevigata (Guaco), Plecthranthus barbatus (Boldo nacional), Symphytum officinale (Confrei) e Foeniculum vulgare (Funcho). Quanto ao segundo critério, as formulações, desenvolvidas com as espécies cultivadas pela Farmácia Viva, constam do FFFB I, sendo oito no total: gel de Babosa e de Erva baleeira, pomada de Confrei e de Erva baleeira, tintura e xarope de Guaco, tintura de Boldo nacional e tintura de Funcho. Colheita de Mikania glomerata – Guaco Considerando o início da manipulação de fitoterápicos no ano de 1999 e seu seguimento até o último ano de 2013, foram distribuídas cerca de 220.000 unidades de fitoterápicos manipulados às Unidades de Saúde cadastradas. Atualmente a Farmácia Viva possui abrangência de atendimento a 23 Unidades de Saúde da SES-DF, sendo 16 Unidades Básicas, quatro Hospitais, uma Estratégia Saúde da Família, uma Clínica da Família e uma Unidade Especializada e, assim, de 2011 a 2014 foram atendidas 29.347 prescrições de fitoterápicos. Fitoterápicos manipulados – Xarope de Guaco e Pomada de Erva baleeira Em 2013 o Núcleo de Farmácia Viva foi contemplado com o projeto de Arranjo Produtivo Local do MS intitulado: “Ampliação da Oferta de Plantas Medicinais e Fitoterápicos à Atenção Básica em Saúde e Promoção da Reintegração Social no Desenvolvimento da Cadeia Produtiva”. Para o projeto foram definidas as seguintes metas: a) Cultivo de mudas de Cymbopogon citratus para a distribuição de vasos aos usuários do SUS como planta medicinal in natura (em cultivo no horto da Papuda e do Núcleo de Farmácia Viva); b) Distribuição da Mikania glomerata/M. laevigata como droga vegetal em embalagens de 30g aos pacientes diabéticos atendidos pela SESDF (em cultivo no horto da Penitenciária da Papuda); c) curso de qualificação aos reeducandos sentenciados vinculados a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal – FUNAP (a ser realizado); d) curso de capacitação aos farmacêuticos em plantas medicinais in natura, drogas vegetais e fitoterápicos, finalizado em outubro de 2014. A partir da consciência de que as plantas, além de suas funções de equilíbrio ao meio ambiente, são curativas e paliativas, a Farmácia Viva da SES-DF valoriza a importância da diversidade vegetal brasileira e seu enorme potencial para gerar produtos inovadores e proporcionar benefícios sociais, além de cumprir com metas das políticas públicas brasileiras voltadas aos segmentos das plantas medicinais e fitoterápicos. Foeniculum vulgare – Funcho APL Foz do Iguaçu Erythrina sp - Mulungu Com o objetivo da implantação do Projeto de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no município de Foz do Iguaçu – APL Foz do Iguaçu, contemplado por meio do Edital SCTIE/MS nº 1/2012, a rede municipal de saúde, por meio da Equipe de Fitoterapia Municipal composta por cinco profissionais de saúde – médica, enfermeira, nutricionista, farmacêutica e odontóloga, vem executando as etapas e metas propostas inicialmente no projeto. O projeto prioriza as parcerias e promove a interação e cooperação entre elas – Itaipu Binacional, Sustentec, Laboratório Yanten e Cooperativa Gran Lago, fortalecendo os empreendimentos, cadeias e arranjos produtivos na consolidação da Fitoterapia na região e assegurando o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos com segurança eficácia e qualidade, na rede de saúde pública de Foz do Iguaçu. São realizados eventos, tais como reuniões, sensibilizações e seminário, de articulação técnica entre os parceiros e municípios da região para intercâmbio de experiências, onde são apresentados os resultados do projeto. 1º Encontro de sensibilização para profissionais da saúde – arranjo produtivo local de plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito do SUS Equipe de Fitoterapia – nutricionista, médica, farmacêutica, odontóloga e enfermeira Foram realizadas campanhas na comunidade sobre o uso de plantas medicinais com distribuição de material informativo como panfletos, cartilhas e cartazes no preparo da implantação da terapêutica fitoterápica aos usuários do SUS. Grupo de hipertensão recebendo orientações da nutricionista Folder com orientações distribuído aos usuários do SUS No município de Foz do Iguaçu já eram desenvolvidas atividades relativas ao uso de plantas medicinais por meio do projeto de Plantas Medicinais, da Itaipu Binacional, que se desenvolveu a partir da criação de seu Ervanário. E com a parceria da Secretaria de Saúde foi possível a distribuição de plantas medicinais (droga vegetal) para os grupos de Controle do Tabagismo, Emagrecimento e Odontologia, por meio de protocolos clínicos desenvolvidos pela equipe de Fitoterapia, com dispensação realizada pela assistência farmacêutica, propiciando assim seu uso racional. Pesagem e envase – Citrus aurantium – Laranja amarga Droga vegetal - Calendula officinalis – Calêndula Além disso, foi realizada também a Capacitação dos Profissionais de Saúde nas cinco categorias (médica, enfermagem, nutrição, farmacêutica e odontológica) com participação de sessenta profissionais ligados a Estratégia de Saúde de Família, com aulas teóricas e práticas para o treinamento da prescrição clínica em plantas medicinais e fitoterápicos, na Hipertensão Arterial, no Diabetes e na Saúde Mental, onde cada profissional tornou-se apto à prescrição de acordo com seu conselho de classe, com distribuição de apostilas e certificados para os participantes. Estão sendo elaborados protocolos clínicos de atendimento para finalização do projeto e matriciamento dos profissionais já capacitados com o atendimento dos usuários do SUS, portadores das doenças acima citadas. Concomitantemente foram licitados produtos fitoterápicos e plantas medicinais para dispensação nas farmácias municipais, disponibilizando aos pacientes do SUS, o acesso seguro e racional a plantas medicinais e fitoterápicos. Capacitação de profissionais de saúde Plantago major – Tanchagem Maytenus ilicifolia – Espinheirasanta APL Ipatinga Calendula officinalis Calêndula A Prefeitura de Ipatinga implantou o projeto Farmácia Verde no ano de 1995 com o objetivo de ofertar uma nova opção terapêutica na rede pública de saúde. Desde então vem desenvolvendo ações para promover o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos pela população. Em 2013, por meio do Edital SCTIE/MS nº 1/2013, o município foi contemplado com o projeto “Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS de Ipatinga - MG” com o propósito de fortalecer o serviço. Assim, ainda em 2013, a Comissão Técnica de Práticas Integrativas e Complementares – CTPIC da Secretaria Municipal de Saúde estabeleceu a Relação Municipal de Medicamentos Fitoterápicos – REMUFI, contendo 22 produtos fitoterápicos divididos em três formas farmacêuticas – tintura, creme e sabão líquido. O recurso do APL assegurará a aquisição de matéria-prima e equipamentos novos para que a Farmácia Verde possa continuar produzindo os medicamentos constantes na REMUFI. Parte desses materiais já foram adquiridos como os insumos farmacêuticos e as embalagens empregados na manipulação, além dos uniformes dos funcionários. Foram adquiridos também materiais de mídia, informática e mobiliário para aperfeiçoar as atividades desenvolvidas. Está garantido também recurso para a capacitação de colaboradores atuantes na produção do medicamento bem como treinamento para a prescrição e dispensação dos fitoterápicos pelos profissionais de saúde promovendo o uso correto de plantas medicinais e fitoterápicos. Dentre as ações propostas, projetos de pesquisa e extensão serão desenvolvidos com instituições parceiras para garantir a qualidade dos produtos bem como avaliar o uso dos fitoterápicos pela população. A Farmácia Verde atualmente produz medicamentos para 20 Unidades de Saúde e para a Policlínica do município. Somente nos 1º e 2º quadrimestre de 2014 foram distribuídos 8.135 frascos de tinturas de 30 mL e 458 potes de cremes de 30g. Nesse mesmo período, foram atendidos quase 600 pacientes com a distribuição de ervas frescas para a produção de chá medicinal. A equipe participou de diversos cursos e ações de divulgação na mídia, recebeu visitas de escolas, de instituições e de outros municípios, esteve presente em diversos eventos, entre eles, a 15ª Conferência Municipal de Saúde de Ipatinga, para a qual contribuiu com o relato da experiência de Ipatinga, para o fortalecimento das Práticas Integrativas e Complementares no estado de Minas Gerais. Fitoterápicos manipulados – Tintura de Tanchagem e Creme de Erva-de-bicho Visita de Escola à Farmácia Viva de Ipatinga APL Itapeva O Projeto do APL Fito Itapeva busca fortalecer o desenvolvimento tecnológico em fitoterápicos e fomentar o fornecimento de plantas medicinais de interesse do SUS no município. Contemplado pelo Edital SCTIE/MS nº 1/2012, o projeto envolve diretamente a Secretaria Municipal de Saúde – gestora direta do projeto, a COOPLANTAS – cooperativa de mulheres assentadas de reforma agrária do MST –, a Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), a ONG Giramundo Mutuando e o Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS/Farmanguinhos/Fiocruz). Além destes parceiros, diversas outras instituições tem apoiado o projeto por meio de ações como assessoria técnica e metodológica. O projeto apresenta, de forma efetiva, os seguintes resultados na área agrícola: análise da qualidade da água e do solo; elaboração de um documento contendo o levantamento botânico das espécies de interesse local, com confecção de exsicatas e georreferenciamento das matrizes; realização de cursos voltados para a qualificação das agricultoras em métodos agroecológicos de produção; discussão e assessoria técnica para a estruturação da área de produção de medicinais com base em modelos agroecológicos. Capacitação de agricultoras Aloe sp - Babosa Área de cultivo Foi realizado na Câmara Municipal de Itapeva, em 2013, o I Seminário de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, contando com mais de 170 pessoas, com destaque para a presença de diversos prescritores, agricultores e políticos da região, além de representantes do DAF/SCTIE/MS. Palestra no I Seminário de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Outros resultados alcançados: assessoria à gestão do projeto; curso para prescritores em plantas medicinais e fitoterápicos, com forte procura por profissionais da região. Dentre as atividades previstas ou em andamento, destacam-se: instalação de equipamentos de irrigação na área de produção, previsto para execução em três fases, sendo duas já concluídas; análise química da produção das espécies medicinais; levantamento de mercado; apoio à introdução das plantas medicinais produzidas no Sistema Único de Saúde local; além de apoio aos gestores da Cooperativa COOPLANTAS para continuidade do projeto. Capacitação de profissionais de saúde Os resultados do projeto vão além de suas ações diretas. A partir deste, outros projetos já estão em andamento e/ou em discussão, dentre eles, projeto de recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APP), representando uma ação que fortalece a visão de sustentabilidade socioambiental em uma área cuja presença de monocultivos e uso de agrotóxicos se dá de forma intensiva. Outras ações, não previstas no projeto, estão em andamento, como apoio a reestruturação dos viveiros e matrizeiros da Cooperativa. Destacam-se, também, as formas de inserção da produção nos mercados – hoje existe a venda direta em feiras e comércios locais, porém o APL vem buscando se articular com parceiros, no sentido de ampliar sua capacidade de escoamento da produção. Além disso, está em elaboração no setor jurídico da Prefeitura de Itapeva um projeto de Lei que visa instituir o Programa Municipal de Práticas Integrativas e Complementares – PMPIC e o Programa Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – PMPMF, visando assegurar a aquisição das plantas medicinais para dispensação no SUS local. Questões legais e burocráticas entravam a estruturação de mecanismos de compra da produção por parte da Secretaria de Saúde, bem como de beneficiamento e dispensação dos fitoterápicos no SUS por meio de Farmácias Vivas e/ou em programas de Saúde da Família. Destaca-se a urgência na resolução deste ponto a fim de garantir a sustentabilidade de mercado e do próprio projeto. Matricaria sp - Camomila Maytenus ilicifolia – Espinheirasanta APL João Pessoa Unidade Básica de Saúde Equilíbrio do Ser O projeto “Cultivando saúde – APL João Pessoa”, selecionado por meio do Edital SCTIE/MS nº 1/2013, visa fortalecer a atuação da Fitoterapia na rede pública de saúde do município de João Pessoa. Integra as ações dos agricultores familiares, profissionais da saúde, gestores do SUS, estudantes e professores universitários em uma rede de ação e de atenção à saúde. Busca estabelecer uma rede que garanta a produção das plantas medicinais, a elaboração do medicamento manipulado fitoterápico e a dispensação do mesmo na rede de atenção básica. Para a produção das plantas o APL João Pessoa conta com a parceria do Projeto Cinturão Verde que desenvolve a agricultura orgânica com produtores familiares na região da grande João Pessoa. Pelo recurso do APL será garantida a qualificação em agroecologia, o incentivo ao cooperativismo e a garantia de um kit de ferramentas a cada agricultor. A produção do medicamento manipulado será realizada na farmácia de manipulação do Centro de Práticas Integrativas Equilíbrio do Ser que está sendo estruturada com recursos recebidos do Ministério da Saúde para a estruturação do APL. Para isso, também, será realizada a qualificação dos profissionais que irão manipular os fitoterápicos. Para garantir a dispensação na rede de saúde serão adotadas duas linhas de intervenção: i) qualificação dos profissionais da rede em Fitoterapia e sensibilização por meio da estruturação do Horto escola do Equilíbrio do Ser e da criação de cinco hortos de plantas medicinais nas unidades de saúde, ii) criação de um projeto de extensão e pesquisa em plantas medicinais. Horto escola Equilíbrio do Ser – estruturação do horto e Oficina APL Petrópolis Calendula offiicinalis Calêndula Com o objetivo de alargar a visão das práticas integrativas de saúde e sua implementação no território, bem como integrar o agricultor familiar à cadeia produtiva de plantas medicinais para produção e disponibilização de matéria-prima vegetal beneficiada para o SUS, foi elaborado o projeto intitulado ”Estruturação de um Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais no Município de Petrópolis” que está estruturado sobre quatro alicerces principais: Estabelecimento da Trilha do Arboreto A Trilha se configura como uma exposição de longa duração, aberta à visitação, composta por um acervo de espécies vegetais, que tem função pedagógico-cultural e de fornecer matrizes primárias para o Projeto. Organização da produção local de plantas medicinais e identificação de potenciais agentes beneficiadores de matéria prima incluindo: a) Estudo Etno-histórico do cultivo e uso popular de plantas na Região; b) organização dos Agricultores: Com intuito de gerar um arranjo produtivo Visita à Trilha do Arboreto Organização da produção local de plantas medicinais e identificação de potenciais agentes beneficiadores de matéria-prima a) Estudo Etno-histórico do cultivo e uso popular de plantas na Região; b) Organização dos Agricultores. Com o intuito de gerar um arranjo produtivo de plantas medicinais embasado nos pilares do associativismo e cooperativismo, além das visitas aos agricultores familiares (10 visitas técnicas) e possíveis parceiros (12 empresas e o Sanatório Naval) foram reunidos atores interessados neste processo para participação do curso de gestão, hábitos e procedimentos associativos, realizado pelo SEBRAE, como forma de iniciar um processo de sensibilização e diálogo entre as partes interessadas. Capacitação de agricultores Qualificação de produtores e profissionais de saúde para produção ou prescrição de plantas medicinais a) Qualificação dos agricultores: Ao todo, foram realizados sete diferentes oficinas com a carga horária total de 44 h e com a presença de 288 participantes. b) Qualificação dos profissionais de saúde: Foram realizados três cursos, de igual conteúdo, com carga horária de 16h cada, para 108 profissionais de saúde vinculados à Secretaria Municipal de Saúde. c) Instalação de um Horto-escola de Plantas medicinais: Além da Trilha do Arboreto, o horto-escola é composto pela sala de beneficiamento primário, sala de botânica e semente, viveiro e casa de vegetação. Foram instaladas as divisórias para implantação da sala de beneficiamento. Um plano de adequação da estrutura à implantação e operacionalização da sala de beneficiamento está sendo desenvolvido, de forma a contemplar adequações para instalação elétrica e hidráulica, no piso, dentre outras necessárias para estar em conformidade com a legislação vigente. Capacitação de agricultores Capacitação de profissionais de saúde Área de beneficiamento Estabelecimento do processo de produção dispensação piloto de plantas medicinais no SUS e Devido à impossibilidade de implantação do Horto Municipal do Caititu, o Comitê Gestor do APL Petrópolis optou por distribuir a atividade de preservação e multiplicação das matrizes primárias do projeto entre três agricultores. Atualmente estão sendo cultivadas 315 matrizes em Secretário e no Vale do Jacó. O matrizeiro do Quilombo da Tapera encontra-se em fase de implantação. Foi realizada a transferência de 802 matrizes primárias do Palácio Itaboraí ao Horto do Quilombo da Tapera e realizado curso, pelo Ministério da Agricultura – MAPA, para manuseio do micro trator TC14. Estima-se que em breve as mudas já estejam adaptadas e plantadas. Serão produzidas cerca de 20.000 mudas a partir das matrizes primárias, que serão distribuídas e cultivadas pelos agricultores vinculados ao projeto, para posterior beneficiamento e distribuição no âmbito do SUS. Matrizeiro de Secretário, plantação de Guaco Matrizeiro do vale do Jacó, plantação de Calêndula APL Poconé Equisetum giganteum – Cavalinha A Prefeitura Municipal de Poconé/MT, por meio de parceria com a equipe do Programa Etno-Fitos da Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT, vem fomentando a implantação do Programa Farmácia Viva em Poconé, desde outubro/2010 com a aprovação e execução do Projeto intitulado “Levantamento etnofarmacológico de plantas medicinais do Distrito Nossa Senhora Aparecida do Chumbo, em Poconé – MT”, com recursos do Edital PPSUS (MS/CNPq/FAPEMAT/SES-MT) Nº 006/2009 de “Gestão Compartilhada em Saúde”. Isto só foi possível com a parceria da UFMT, do SESC Pantanal e do Instituto Federal de Educação de Cáceres (IFMT-Cáceres) e com o apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU), do Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP), da Fazenda do Cerrado e do Conselho Federal de Farmácia, com a participação ativa da comunidade local. Esse processo resultou na instituição, em 2013, de uma Comissão de Plantas Medicinais e Fitoterápicos multidisciplinar e interinstitucional (Portaria nº 132/2013), na aprovação da Lei Municipal do Programa de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde de Poconé e na implantação da Farmácia Viva (Lei Municipal nº 1.717/2013), na inclusão do referido Programa no Plano Plurianual (2014-2017) e na assinatura do Acordo de Cooperação TécnicoCientifica Multidisciplinar entre a Prefeitura Municipal de Poconé (PMP), a UFMT, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – Campus Cáceres/Núcleo Avançado do Pantanal – NAPAN (IFMT) e do SESC PANTANAL, e do apoio do Conselho Municipal de Saúde de Poconé, que serviram para fortalecer as ações do Programa e de motivador para a busca de recursos junto ao Ministério da Saúde, o que culminou na aprovação, por meio do Edital SCTIE/MS nº 1/2013, do Projeto “ARRANJO PRODUTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS EM POCONÉ, MATO GROSSO, BRASIL”. Baccharis sp – Carqueja Justicia pectoralis Cumaruzinho Esse projeto objetiva estruturar a política pública municipal de produção de plantas medicinais e estímulo à prescrição médica de fitoterápicos na atenção básica de saúde de Poconé, proporcionando vínculos de articulação, interação, cooperação e inovação entre as instituições locais por meio da organização do arranjo produtivo local – APL, com a participação do governo, associações, laboratórios e instituições de ensino, pesquisa e extensão, conforme etapas propostas no Programa APL/2013. Os principais resultados parciais do Projeto APL, cujo período de execução é de 2013 a 2015, são: 1. Aprovação da Lei Orçamentária e Projeto Atividade na Câmara dos Vereadores em junho de 2014, que possibilitou a execução de diversas ações das etapas e metas propostas; 2. Contratação de sete membros da equipe técnica do Programa por meio de processo seletivo (farmacêutico, técnico agrícola, técnico de laboratório, auxiliar de escritório, auxiliar de serviços gerais, jardineiro), bem como dos consultores para as áreas técnicos-cientificas (pesquisador e agrônomo); 3. Elaboração do Projeto arquitetônico para a reforma do espaço físico da Farmácia Viva, como contrapartida do município, e encaminhamento para avaliação pela Vigilância Sanitária; 4. Aquisição das 10.000 mudas para o projeto; 5. Seleção das 10 famílias que fazem parte do projeto APL para cultivar as plantas medicinais; 6. Constituição da Associação de Agricultores Familiares em Plantas Medicinais, Condimentares e Aromáticas, com o nome de PLAMPANTANAL; 7. Distribuição de 2.850 mudas de plantas medicinais às famílias cadastradas no projeto APL; 8. Colheita, secagem e embalagem de 20 kg das espécies de plantas medicinais de Cordia verbenaceae (300 pacotes), Baccharis articulata (40 pacotes), Equisetum giganteum (200 pacotes), Justicia pectoralis (30 pacotes) e Lippia alba (160 pacotes) do Horto Matriz do Projeto, totalizando 600 pacotes de drogas vegetais contendo 30 g para dispensação da droga vegetal nos Programas de Saúde da Família. 9. Realização de três Cursos de Capacitação em Boas Práticas de Cultivo. 10. Visita técnica aos Programas Farmácia Viva de Brasília, Rio de Janeiro e Fortaleza. 11. Reunião com os médicos e enfermeiros das unidades de saúde para apresentar o projeto e as plantas medicinais selecionadas para produção de fitoterápicos, bem como definir a participação dos enfermeiros na prescrição. Lippia alba - Erva-cidreira APL Santarém O Projeto “APL FITO” é desenvolvido em Santarém pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e a KIRWANE – Desenvolvimento Integral, que é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), instituição sem fins lucrativos. O projeto tem o objetivo de auxiliar na organização de um pólo produtor de plantas medicinais, com os agricultores familiares do Programa de Assentamento Extrativista (PAE) da região do Eixo Forte na zona Rural de Santarém/PA, para que, devidamente beneficiadas, sirvam como insumos para a produção de fitoterápicos a serem distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde do SUS, bem como sejam comercializados em feiras locais como cosméticos preparados à base de plantas medicinais. Desta maneira, a busca por minimizar a necessidade da população local por medicamentos alopáticos sintéticos aponta o cultivo de plantas medicinais como uma opção de tratamento terapêutico de qualidade, além de emergir como possibilidade de geração de renda complementar e fonte de saúde para os envolvidos. Para cumprir seus objetivos, o projeto começou mobilizando todas as comunidades do Eixo Forte quando, de maneira participativa, foram apontadas as espécies a serem produzidas em três comunidades participantes. Em cada uma delas foi instalada uma unidade demonstrativa de produção comunitária para que houvesse capacitações em torno do tema. Mutirão de preparo da área de plantio na comunidade Ponta de Pedras Foram realizadas capacitações em boas práticas de cultivo orgânico, tratos culturais e colheita de plantas medicinais, beneficiamento da produção e organização comunitária, estimulando a comunidade local a se tornar produtora de espécies com potencial fitoterápico, para que seja possível integrarem o Arranjo Produtivo Local. Curso de capacitação com agricultores realizado em Alter do Chão A Kirwane – Desenvolvimento Integral realizou, em parceria com UFOPA, EMATER e com o médico do posto de saúde, cursos de capacitação para os agricultores do projeto em Alter do Chão e nas comunidades Ponta de Pedras e São Raimundo. Sob a abordagem da agrotecnologia – teoria e prática, do uso medicinal e de técnicas de plantio das espécies trabalhadas no projeto, o curso objetivou instruir os agricultores desde a identificação das espécies até o plantio adequado e o controle de pragas e doenças de forma orgânica, garantindo a qualidade do cultivo e da colheita e possibilitando seu uso para fins medicinais. Prática do curso de capacitação dos agricultores na comunidade de Pajuçara - Produção de Biofertilizantes Outra ação realizada pela Kirwane em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Santarém – SEMSA, a UFOPA e o Grupo Conquista de Ervas Medicinais – GCEM foi a capacitação de agricultores em colheita, secagem e beneficiamento das quatro espécies de plantas medicinais escolhidas para o projeto: Erva-cidreira, Gengibre, Babosa e Cumaruzinho. Além da parte teórica, o curso promoveu a primeira colheita do projeto na Comunidade São Raimundo. Com a participação de técnicos da instituição, comunitários e sob a orientação de professora da UFOPA foram colhidos, lavados e encaminhados para secagem, no LabBBEx –Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental da UFOPA, cerca de 36 Kg de Cumarizinho e Erva -cidreira. Prática do curso de capacitação dos agricultores na comunidade Ponta de Pedras - Plantio de Babosa A Kirwane e a professora da UFOPA organizaram uma aula prática de beneficiamento no Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental da Universidade, com a presença de agricultoras das comunidades Pajuçara, Ponta de Pedras e São Raimundo, além da participação de alunos do 5° período de Biotecnologia. O dia de atividades inclui o processo de maceração, a extração de óleo essencial, noções de higiene para manipulação, o controle de qualidade, a pesagem e o envase das drogas vegetais que serão disponibilizadas ao SUS. Além de promover a troca de saberes entre comunitários e alunos e quebrar as barreiras da universidade, foi possível envolver a comunidade em todas as etapas do projeto, desde o preparo da área e plantio ao beneficiamento e envase da produção. Área de cultivo do projeto na comunidade São Raimundo, no Eixo Forte A grande expectativa era ver o primeiro lote de droga vegetal, produzida pelo APL Fitoterápicos Santarém, disponível na rede pública de saúde, apresentando uma alternativa 100% orgânica aos 5.000 usuários da Unidade Básica de Saúde de Alter do Chão. Em abril de 2014 o projeto cumpriu com seu primeiro objetivo: entregar o produto final ao SUS. Após a implantação de três Unidades Demonstrativas de Produção Comunitária, a capacitação de mais de trinta agricultores produtores, o plantio orgânico de mais de 2.000 mudas de plantas medicinais, bem como a colheita, o processamento, o controle de qualidade e o envase de parte desse material, cerca de 15 quilos de droga vegetal produzidas à base de Justicia pectoralis Jacq. e Lippia alba (Mill.) NE Brown foram entregues à Unidade Básica de Saúde de Alter do Chão, para dispensação em casos indicados, diminuindo a dependência por medicamentos alopáticos sintéticos e proporcionando opção de tratamento terapêutico de qualidade aos pacientes da região. Recebimento do primeiro lote de drogas vegetais na Unidade Básica de Saúde Agricultoras capacitadas pelo projeto realizam feira de fitocosméticos em Alter do Chão/PA O projeto também promoveu em Alter do Chão a primeira feira de produtos confeccionados pelos agricultores contemplados pela proposta. A atividade marca o término desta primeira etapa do projeto e teve o intuito de mostrar a variedade do uso das plantas medicinais, fomentar a organização de uma cooperativa das agricultoras para a produção e comercialização de mais produtos – apresentando aos comunitários uma alternativa de renda – e prestar aos moradores da região, esclarecimentos a respeito das drogas vegetais disponíveis desde abril na Unidade Básica de Saúde de Alter do Chão. Entre os produtos: xampu de Babosa, sabonetes de Erva-cidreira, Argila, Barbatimão e Maracujá, banhos aromáticos, travesseiros aromáticos, pomadas, cristais de Gengibre e velas de Citronela – todos a base de plantas medicinais, além de mudas certificadas e a distribuição de doses de chá de Erva-cidreira. A feira foi realizada pela Kirwane em parceria com a UFOPA e com o apoio do GCEM – Grupo Conquista de Ervas Medicinais e contou com a presença de comunitários de Ponta de Pedras, Pajuçara e São Raimundo, do médico da Unidade Básica de Saúde local, além da comunidade de Alter do Chão e turistas, que mostraram grande receptividade e entusiasmo com os produtos e o projeto. APL São Lourenço do Sul Salvia officinalis – Sálvia O projeto de Arranjo Produtivo Local de São Lourenço do Sul – RS foi contemplado pelo Edital SCTIE 01/2013, conforme as diretrizes da Política e do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, visando fortalecimento de toda cadeia produtiva do APL e o uso racional de fitoterápicos. Dentre os objetivos propostos pela coordenação do Projeto, está a produção de mudas e sementes padronizadas em dois hortos municipais, a partir de espécies com identificação botânica. Estas mudas e sementes serão distribuídas para agricultores participantes do APL, seja através das cooperativas ou grupos associados de agroecologia. Uma parte destinada para plantio em hortas de plantas medicinais em escolas, associações e demais entidades da sociedade civil interessadas. Hortas de plantas medicinais Boneco fitoterápico Droga vegetal de Mikania glomerata – Guaco As plantas cultivadas nas hortas de plantas medicinais serão destinadas ao beneficiamento e manipulação na Farmácia Viva do município, iniciando com o processo de secagem das plantas, obtendo como produto final, plantas já estabilizadas, secas e acondicionadas de forma correta. Em seguida poderão ser encaminhadas para moagem, manipulação e demais processos farmacotécnicos necessários. A partir deste ponto, já podem ser dispensadas como droga vegetal seca, caso seja a opção terapêutica indicada pelos prescritores. A Farmácia Viva municipal manipulará ainda as drogas vegetais secas ou frescas, obtendo os fitoterápicos propriamente ditos (xaropes, tinturas, cápsulas etc.). Parte das plantas que serão fornecidas para beneficiamento na Farmácia Viva do município será oriunda dos hortos municipais. A outra parte será proveniente da aquisição dos produtores, feita com recursos descentralizados da Assistência Farmacêutica, por processo licitatório. Espera-se que haja produção excedente de plantas medicinais pelos agricultores e, para este excedente, a prefeitura fornecerá o aporte necessário para que os produtores se organizem de modo a agregar valor ao produto e comecem a inserir no mercado, de modo escalonado, desde produtos artesanais tais como: travesseiros de plantas medicinais e aromáticas, por exemplo, até produtos resultantes de processos com maior complexidade tecnológica e industrial, como essências e óleos essenciais. Psidium guajava – Goiabeira APL Toledo Calendula officinalis – Calêndula O projeto “Implantação de Produtos e Serviços de Fitoterapia e Plantas Medicinais no Sistema Único de Saúde no Município de Toledo” visa à estruturação da cadeia produtiva de plantas medicinais na região considerando a complexidade de produtos e serviços envolvidos no uso destes recursos terapêuticos, por meio da consolidação da produção de matéria-prima, droga vegetal, extratos padronizados, fitoterápicos e implantação de atendimento com Fitoterapia no Sistema Único de Saúde do município de Toledo. A interação e a cooperação entre os agentes produtivos de toda cadeia de plantas medicinais e fitoterápicos; a produção de plantas medicinais para fins educativos; o incentivo à agricultura familiar; o fortalecimento de laboratórios públicos ou parcerias público-privadas visando à produção de fitoterápicos; a implementação de projetos que garantam a produção e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito do SUS; a qualificação técnica dos profissionais de saúde e demais envolvidos na produção e uso de plantas medicinais e fitoterápicos; a ampliação das opções terapêuticas ofertadas aos usuário do SUS e a adequação da farmácia de manipulação pública constituem os eixos norteadores deste trabalho. Para o desenvolvimento destes propósitos, o APL Toledo, em conjunto com os APLs de Pato Bragado e Foz do Iguaçu, organizou diversas reuniões integradas entre os três arranjos e os parceiros, visando o estabelecimento de atividades em conjunto, fortalecendo a região na prática e na troca de experiências, otimizando assim o recurso financeiro disponibilizado. A história do município com as plantas medicinais e a estrutura existente possibilitou o desenvolvimento das ações propostas. Houve dificuldades com relação à legislação de compras governamentais – licitação e às adequações de acordo com as normas da Vigilância Sanitária, as quais foram superadas por meio de discussão e definição de condutas com os referidos setores. O Município conseguiu desenvolver as capacitações propostas e ainda se encontra em processo de matriciamento das equipes de saúde. A qualificação dos profissionais de saúde é um eixo que necessita permanentemente de fomento e visa à ampliação da prescrição de produtos fitoterápicos. A construção de protocolos de atendimento está em fase de conclusão o que garantirá à equipe a segurança e comprometimento necessários ao trabalho. Também foi realizada a sensibilização e a capacitação de lideranças comunitárias, visando o uso racional das plantas e o resgate do saber popular. Matriciamento da equipe médica Sensibilização da comunidade O horto passou a produzir mudas, que são utilizadas em atividades educativas dos profissionais e de sensibilização da comunidade em espaços como as escolas, centros de idosos, de juventude, de referência e comunidade que são espaços vivos de promoção e divulgação deste trabalho. Sensibilização de estudantes nas escolas Horto de plantas medicinais A estruturação da Farmácia de Manipulação, por meio de equipamentos e matérias-primas permitiu a ampliação no elenco de produtos fitoterápicos manipulados a serem disponibilizados para os prescritores e para a população. Mobiliário, sistema de exaustão de ar e vidrarias adquiridas por meio do projeto Fitoterápicos manipulados sob prescrição Outro setor que está recebendo especial atenção do projeto é o Ambulatório de Feridas, onde está sendo realizado um estudo científico sobre a utilização de Calêndula nos procedimentos de rotina para tratamento de queimaduras de primeiro e segundo grau, para posterior implantação de um protocolo. É sabido que este trabalho se estenderá além do cronograma estabelecido para este projeto, porém, o Município assume a continuidade desta ação como importante proposta no desenvolvimento das ações da Política de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no município. Assistência Farmacêutica – AF 2013 Autoria dos textos ProjetoCoordenador/Colaborador AF Florianópolis Leila Nery dos Santos Souza AF Luzerna Erlo Lutz AF Maquiné Ivoni Dias AF Rio Branco Silvia Luciane Basso AF Terra Rica Thayze Gizelli Cordeiro e Vanessa Périco Teixeira AF Florianópolis Rosmarinus officinalis – Alecrim O projeto de Assistência farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos de Florianópolis/SC está baseado no desenvolvimento de capacitações para equipes multidisciplinares, visando o uso racional de fitoterápicos. Florianópolis adota a Estratégia de Saúde da Família – ESF como modelo de atenção à saúde, com cobertura de 85% da população. O desenvolvimento da Fitoterapia como recurso terapêutico é uma estratégia fundamental para a Secretaria Municipal de Saúde – SMS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, voltada para o cuidado continuado, humanizado e integral, consoante à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC. Ações no âmbito da assistência farmacêutica garantem o acesso seguro e uso racional de plantas medicinais, juntamente com a educação permanente em saúde, conforme a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, a PNPIC e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Capacitação de profissionais de saúde Como resultado efetivo, alguns Centros de Saúde vem desenvolvendo, por iniciativa dos profissionais, da comunidade ou do Conselho Local de Saúde, a criação de hortos de plantas medicinais para fins didáticos e de orientação da população para uso racional das plantas medicinais. Como atividades previstas, a capacitação dos profissionais de saúde beneficiará a comunidade que já faz o uso das plantas no seu cotidiano, com as orientações adequadas, promovendo conhecimento e interação com estes profissionais. Professores darão a devida instrumentalização para o uso terapêutico de plantas medicinais e para o cultivo e manejo destas plantas, por meio de materiais didáticos e práticas nos hortos. Plantas medicinais para fins didáticos AF Luzerna Equisetum arvense - Cavalinha Luzerna é um município do meio oeste catarinense com uma população de aproximadamente 6.000 habitantes e cobertura de 100% de sua área, com a Estratégia de Saúde da Família – ESF. O Projeto do município de Luzerna busca fortalecer a Assistência Farmacêutica em Fitoterapia, com recursos para aquisição de equipamentos e mobiliários para estruturação de Farmácia de manipulação ou Farmácia Viva; aquisição de insumos; contratação de profissionais habilitados e capacitação dos mesmos. Efetivamente, Luzerna apresentou resultados mais voltados para a contratação de profissionais e capacitações, com reuniões com as equipes da Estratégia de Saúde da Família, a fim de capacitá-los sobre a importância dos fitoterápicos – modo de preparo e usos. Além disso, foi agendada uma reunião pública que contou com a participação de 70 pessoas e que originou um pequeno grupo para elaborar uma cartilha explicativa das plantas medicinais – 23 selecionadas pelo grupo, as quais serão inicialmente cultivadas. Dentre outras atividades já realizadas destacam-se: contratação do responsável pelo preparo do solo; gradeamento da área destinada ao plantio e início do preparo de canteiros. Um projeto de construção de uma Farmácia Viva já foi elaborado em conjunto com os engenheiros da Prefeitura. Reunião pública com interessados em plantas medicinais e profissionais de saúde Preparo da área de plantio AF Maquiné O Projeto da Secretaria Municipal de Saúde de Maquiné/RS busca fortalecer a Assistência Farmacêutica em Fitoterapia, com recursos para aquisição de equipamentos e mobiliários, para estruturação de Farmácia Viva; aquisição de insumos; contratação de profissionais habilitados e capacitação de equipes multidisciplinares, visando o uso racional de medicamentos fitoterápicos. O projeto apresenta de forma efetiva os seguintes resultados: realização de minicurso de fitoterapia para os profissionais de saúde e comunidade interessada, aquisição de computadores, impressoras, mobiliários, caixas e estrados plásticos, placas de identificação botânica para o horto medicinal e orientação sobre a correta identificação botânica das espécies. Capacitação de profissionais de saúde Horta do Clube de Mães Horta com plantas medicinais identificadas Quatro profissionais de saúde do município participaram do curso no Centro de Treinamento de Agricultores de Nova Petrópolis – CETANP. A farmacêutica responsável pelo projeto passou a integrar a Comissão de Práticas Integrativas e Complementares – PIC do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, o que oportunizou a divulgação do projeto de Fitoterapia de Maquiné para outros farmacêuticos interessados em implantar PIC em outros municípios do Rio Grande do Sul. Dentre as atividades previstas ou em andamento estão: aquisição dos fitoterápicos que serão dispensados à população; realização de oficinas de orientação sobre o preparo correto e a utilização racional de plantas medicinais e fitoterápicos nas diferentes comunidades locais; realização de oficina sobre óleos essenciais e a construção de um herbário público, onde os usuários poderão ter acesso às exsicatas para verificação de quais são as espécies medicinais. A iniciativa e o sucesso do projeto de Maquiné despertaram outros municípios a desenvolverem projetos de Fitoterapia em sua região. Curso no CETANP Comissão de Práticas Integrativas e Complementares do CRF/RS Alpinia sp – Colônia AF Rio Branco Copaifera paupera – Copaíba O uso terapêutico de plantas medicinais pela população do estado do Acre é muito antigo, oriundo das populações mais antigas permanecendo até os dias atuais devido à sua grande biodiversidade de flora. O Estado do Acre, por meio da Divisão em Tecnologia em Produtos Naturais – FUNTAC e do NGBS – Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde, vem estimulando ações que envolvem a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – PNPMF, fortalecendo a cadeia produtiva, destacando a área de manejo de espécies não madeireiras e controle de qualidade de matéria-prima. O Projeto da Secretaria do Municipal de Saúde de Rio Branco/AC – SEMSA, financiado pelo Ministério da Saúde em 2013, visa fortalecer a estruturação e o desenvolvimento tecnológico em fitoterápicos, por meio da estruturação de uma Farmácia Viva, e desenvolvimento de atividades de Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos, tendo como objetivo final a dispensação de drogas vegetais e medicamentos fitoterápicos de interesse do SUS no Município. A Farmácia Viva será implantada na Unidade de Saúde da Família Chico Mendes, no Bairro Altamira, complementando as atividades da cadeia produtiva de fitoterápicos já existentes no Estado. Esta unidade será reformada, como contrapartida do município, e na sua estrutura física serão incluídas as áreas de secagem, moagem e armazenamento de plantas. Além disso, na sua área externa, serão construídos 10 canteiros de plantas medicinais destinados ao cultivo das espécies selecionadas. A Secretaria Municipal de Agricultura – SAFRA, parceira do projeto, disponibilizará toda assistência técnica, insumos e maquinário para implantação e manutenção dos canteiros de plantas medicinais. O controle de qualidade da matéria-prima vegetal produzida será realizado no Laboratório de Produtos Naturais da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre – FUNTAC, que conta com equipamentos adequados para realização deste serviço, além de possuir parceria com a SEMSA. Já estão sendo desenvolvidos alguns fitoterápicos com a FUNTAC que possui protocolos de desenvolvimento e de testes de irritabilidade e estabilidade de produtos. Laboratório de controle de qualidade da FUNTAC Foi finalizado um diagnóstico na comunidade do bairro, com estatística das espécies medicinais utilizadas, do conceito e entendimento sobre Fitoterapia e sobre a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC. Na Unidade de Saúde do Bairro Altamira a comunidade usufruirá de atendimento médico, atendimento farmacêutico e dispensação de droga vegetal, de fitoterápico ou, ainda, do medicamento fitoterápico manipulado. Mauritia flexuosa - Buriti Geissospermum sericeum Quina Fitoterápicos desenvolvidos pela FUNTAC Carapa guaianesis – Andiroba Carapa guaianesis – Andiroba Punica granatum – Romã AF Terra Rica Rosmarinus officinalis - Alecrim O projeto de Apoio à Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos da Secretaria Municipal de Saúde de Terra Rica/PR está voltado para ações de capacitações das equipes de trabalho e da população, visando o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, resgatando o uso tradicional e popular e, ainda, possibilitando o acesso da população a uma opção de tratamento pelo uso correto de plantas medicinais. Dentre as atividades já realizadas está o projeto Bem Estar, realizado pela equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF de Terra Rica, que realiza o tratamento de pacientes com depressão. Neste projeto, foi avaliada a utilização de chás medicinais no tratamento de insônia, ansiedade, estresse e depressão, obtendo resultados muito positivos. Dentre as atividades previstas para o projeto está a implantação de um horto medicinal, com cultivo orgânico e agroecológico, visando não só o cultivo de 34 espécies de plantas medicinais, mas também a interação social de diversos grupos de pacientes: terceira idade, gestantes, diabéticos, hipertensos, obesos, depressão e outros. Amostra cultural em escola Rosmarinus officinalis – Alecrim Cultivo de Boldo
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