01 - Leia esta tirinha. - Colégio da Polícia Militar de Goiás

Transcrição

01 - Leia esta tirinha. - Colégio da Polícia Militar de Goiás
SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR
COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR UNIDADE POLIVALENTE MODELO VASCO DOS REIS
SÉRIE/ANO: 3º
TURMA(S): A, B, C, D, E, F, e G
DATA:
____ / ____ / 2016
DISCIPLINA: GRAMÁTICA
PROFESSOR (A): GILMARA MACHADO
ALUNO (A):_____________________________________________________________________________ Nº_______
Leitura e interpretação de textos – Lista 1
Valor: 1,5
01 - Leia esta tirinha.
(Folha de S. Paulo, 14/02/2012)
No segundo e terceiro quadrinhos da tirinha, há um jogo de palavras com as expressões “algum lugar” e
“lugarcomum”, cujo objetivo é
a)
b)
c)
d)
e)
revelar que a linguagem presente nas redes sociais é repleta de trocadilhos.
incentivar as interações mediadas por computadores entre os internautas para discutirem opiniões.
evidenciar que a internet substituiu as mídias convencionais como formadora de opiniões.
satirizar a banalidade das discussões realizadas em populares sites de relacionamento.
denunciar que as interações sociais promovidas pelos sites de relacionamento são efêmeras.
TEXTO: 1 - Comum à questão: 2
Tratava-se de uma orientação pedagógica que acreditava no papel da instrução como base prévia das
transformações sociais. Ela preconizava uma educação rigorosamente leiga em classes mistas, sem
religião, com predomínio da ciência apelando para a iniciativa do aluno e criando para ele condições
atraentes de aprendizado, com o fim de formar cidadãos independentes não submetidos aos preconceitos.
Ao mesmo tempo, Ferrer pregava a organização sindical dos professores e a sua solidariedade com o
movimento operário, como consequência lógica do pressuposto segundo o qual a instrução leiga e
científica leva necessariamente a desejar a transformação da sociedade.
(Antonio Cândido, Teresina etc...)
02 -Depreende-se do texto que:
a)
b)
c)
d)
e)
a finalidade de qualquer educação é o esclarecimento em assuntos sexuais em classes mistas.
o alvo de uma pedagogia revolucionária consistiria em transformar todo aluno em operário.
o objetivo primeiro desse tipo de instrução era formar quadros militantes para o movimento sindical.
o intuito desse sistema de ensino era buscar conciliar o aprendizado com uma postura favorável à mudança social.
a preocupação maior dessa atitude educacional voltava-se para uma ética leiga e liberal, mas anticientifíca.
TEXTO: 3 - Comum à questão: 3
Lentes da história
O que aconteceu com o sonho do fim da segregação racial que, há 50 anos, Martin Luther King anunciava para 250 mil
pessoas na Marcha sobre Washington? Ele está perto de materializar-se ou continua uma esperança para o futuro?
A resposta depende dos óculos que vestimos. Se apanharmos a lente dos séculos e milênios, a "longue durée" de que falam os
historiadores, há motivos para regozijo. A instituição da escravidão, especialmente cruel com os negros, foi abolida de todas
as legislações do planeta. É verdade que, na Mauritânia, isso ocorreu apenas em 1981, mas o fato é que essa chaga que
acompanhava a humanidade desde o surgimento da agricultura, 11 mil anos atrás, se tornou universalmente ilegal.
Apenas 50 anos atrás, vários Estados americanos tinham leis (Jim Crow laws) que proibiam negros até de frequentar os
mesmos espaços que brancos. Na África do Sul, a segregação "de jure" chegou até os anos 90. Hoje, disposições dessa
natureza são não só impensáveis como despertam vívida repulsa moral.
Em 2008, numa espécie de clímax, o negro Barack Obama foi eleito presidente dos EUA, o que levou alguns analistas a falar
em era pós-racial.
Basta, porém, apanhar a lente das décadas e passear pelos principais indicadores demográficos para verificar que eles ainda
carregam as marcas do racismo. Negros continuam significativamente mais pobres e menos instruídos que a média do país.
São mandados para a cadeia num ritmo seis vezes maior que o dos brancos. As Jim Crow laws foram declaradas nulas, mas
alguns Estados mantêm regras que, na prática, reduzem a participação de negros em eleições.
É um caso clássico de copo meio cheio e meio vazio. Do ponto de vista da "longue durée", estamos bem. Dá até para acreditar
em progresso moral da humanidade. Só que não vivemos na escala dos milênios, mas na das décadas, na qual a segregação
teima em continuar existindo.
(Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo, 28/08/2013)
03 - Dentre as alternativas a seguir, identifique aquela que apresenta uma afirmação compatível com a tese defendida pelo autor
nesse artigo de opinião.
a) Apesar de inúmeros avanços, o antigo sentimento de intolerância entre brancos e negros se fortaleceu nas últimas décadas.
b) Uma profunda cegueira atinge aqueles que não querem enxergar um fato que é incontestável: o racismo continua vivo e
explícito.
c) É necessário mobilizar as massas, à semelhança do que aconteceu na Marcha sobre Washington, para lutar pela conquista
dos direitos civis.
d) Ainda que recentemente as práticas discriminatórias sejam menos visíveis no mundo inteiro, é inegável que o caminho
para igualdade racial ainda não terminou.
e) O sonho de igualdade racial, idealizado por Martin Luther King, não avançou, nem para os norteamericanos, nem para os
cidadãos de outros países.
TEXTO: 4 - Comum à questão: 4
Sempre desconfiei
Sempre desconfiei de narrativas de sonhos. Se já nos é difícil recordar o que vimos despertos e de olhos bem abertos,
imagine-se o que não será das coisas que vimos dormindo e de olhos fechados... Com esse pouco que nos resta, fazemos
reconstituições suspeitamente lógicas e pomos enredo, sem querer, nas ocasionais variações de um calidoscópio. Me lembro de
que, quando menino, minha gente acusava-me de inventar os sonhos. O que me deixava indignado.
Hoje creio que ambas as partes tínhamos razão.
Por outro lado, o que mais espantoso há nos sonhos é que não nos espantamos de nada. Sonhas, por exemplo, que estás
a conversar com o tio Juca. De repente, te lembras de que ele já morreu. E daí? A conversa continua.
Com toda a naturalidade.
Já imaginaste que bom se pudesses manter essa imperturbável serenidade na vida propriamente dita?
(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo. São Paulo: Globo,1995)
04 - (IBMEC-2014) Infere-se que a principal justificativa para a expressão contida no título e no primeiro período do texto é:
a)
b)
c)
d)
e)
Na reconstituição dos sonhos, a mente reorganiza de maneira coerente o que se consegue lembrar.
Habitualmente, os sonhos apenas refletem a incoerência dos fatos naturais da vida.
Tal como na montagem de um quadro com peças soltas e sem sentido, os sonhos são ilógicos.
Os adultos não encaram com seriedade os sonhos das crianças, mesmo quando esses são coerentes.
Sendo incapaz de recordar os sonhos, a mente humana inventa histórias fantasiosas.
TEXTO:5 - Comum às questões: 5 e 6
Considere o poema de Raul de Leoni (1895-1926).
A alma das cousas somos nós...
Dentro do eterno giro universal
Das cousas, tudo vai e volta à alma da gente,
Mas, se nesse vaivém tudo parece igual
Nada mais, na verdade,
05 Nunca mais se repete exatamente...
Sim, as cousas são sempre as mesmas na corrente
Que no-las leva e traz, num círculo fatal;
O que varia é o espírito que as sente
Que é imperceptivelmente desigual,
10 Que sempre as vive diferentemente,
E, assim, a vida é sempre inédita, afinal...
Estado de alma em fuga pelas horas,
Tons esquivos e trêmulos, nuanças
Suscetíveis, sutis, que fogem no Íris
15 Da sensibilidade furta-cor...
E a nossa alma é a expressão fugitiva das cousas
E a vida somos nós, que sempre somos outros!...
Homem inquieto e vão que não repousas!
Para e escuta:
20 Se as cousas têm espírito, nós somos
Esse espírito efêmero das cousas,
Variando, instante a instante, intimamente,
E eternamente,
25 Dentro da indiferença do Universo!...
(Luz mediterrânea, 1965.)
Volúvel e diverso,
05 - Uma leitura atenta do poema permite concluir que seu
título representa
06 - No último verso do poema, o eu lírico conclui que
a)
b)
c)
d)
e)
a) os espíritos mostram-se insensíveis ao volúvel Universo.
b) o Universo acompanha de perto a alma ou espírito.
c) o Universo é indiferente à relação entre o espírito e as
coisas.
d) a variação das coisas é indiferente ao espírito que as
sente.
e) as coisas têm espírito, mas o Universo não tem.
a negação dos argumentos defendidos pelo eu lírico.
confirmação do estado de alma disfórico do eu lírico.
a síntese das ideias desenvolvidas pelo eu lírico.
o reconhecimento da supremacia do homem no mundo.
uma afirmação prévia da incapacidade do homem.
TEXTO: 6 - Comum às questões: 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13
Texto 1
(GALVÃO, J. Folha de São Paulo, 5-06-2013, caderno opinião, p.2)
Texto 2
O fosso e a fossa
Apesar de ter passado por vários episódios de saúde, desde o sarampo da infância a múltiplas complicações do ofício de
viver, falar sobre medicina é temeridade e pretensão. Mas vamos lá. A crônica fica valendo como um depoimento pessoal,
testemunho de alguém que, com certo exagero, é obrigado a apelar para a classe médica na condição ambígua de paciente, ou
seja, dotado de pouca saúde e muita paciência.
A primeira e mais dramática constatação é a dicotomia entre a ciência e a prática, o lado conceitual e o operacional. No
primeiro, os avanços foram e continuam notáveis. Laboratórios, institutos de pesquisa, até mesmo governos de países
desenvolvidos em mentalidade e pecúnia investem no setor e os resultados – pelo menos aos olhos de um leigo—revelam-se
maravilhosos. Aplicando uma escala geométrica às pesquisas e descobertas, podemos suspeitar que um dia será descoberto o
elixir não apenas da longa vida, mas de toda a vida. Na parte operacional, contudo, a escala geométrica também funciona, mas
na contramão. Os serviços médicos ampliam progressivamente o fosso que os separam do progresso científico e tecnológico.
Para ficarmos no exemplo brasileiro, temos duas tenazes que nos rebaixam a níveis dos mais infames em termos de
atendimento clínico e hospitalar. Na iniciativa privada, a população de renda média para cima foi forçada a cair na arapuca dos
planos assistenciais, que só raramente funcionam, até mesmo em casos de medicina massiva, como partos, pequenas cirurgias,
exames de rotina etc. Nunca é demais lembrar que a maioria das queixas no Procon é relativa aos planos de saúde.
Pior mesmo é a medicina estatal. Não é à toa que, nas campanhas eleitorais, tanto o governo como a oposição admitem a
falência hospitalar.
(CONY, C.H. Folha de São Paulo, 07/05/2013, Caderno A, p.2.)
07 -) “Aplicando uma escala geométrica às pesquisas e
descobertas, podemos suspeitar que um dia será descoberto o
elixir não apenas da longa vida, mas de toda a vida.”
Depreende-se desse trecho
a)
b)
c)
d)
uma hipótese hiperbólica.
um rasgo de crítica irônica.
uma constatação categórica.
um gosto pela digressão metafórica.
08 - No texto 1, ao criticar as condições precárias dos serviços
públicos de saúde, o humorista realça
a)
b)
c)
d)
a substituição do silêncio pelo clamor.
o recurso da eutanásia em vez da assistência.
o entrave burocrático em lugar de ações efetivas.
a predominância da corrupção sobre a honestidade.
09 - A expressão extraída do texto 2 que melhor se identifica
com a charge de J. Galvão é
a)
b)
c)
d)
“arapuca dos planos assistenciais”.
“elixir não apenas da longa vida”.
“mentalidade e pecúnia”.
“falência hospitalar”.
12 - Assinale a exemplificação INCORRETA:
10 - Nos trechos da crônica, as palavras ou expressão grifadas
têm o mesmo sentido em:
a)
b)
c)
d)
“entre a ciência e a prática”.
“é temeridade e pretensão”.
“o lado conceitual e o operacional”.
“fica valendo como depoimento pessoal, testemunho”.
11 - O cronista, em linhas gerais, critica
a) a disparidade entre o progresso da ciência e os serviços
médicos.
b) a enorme distância que separa a medicina privada e a
pública.
c) a inviabilidade das pesquisas e descobertas científicas.
d) a ambiguidade envolvendo a classe médica estatal.
a) Ruptura do paralelismo semântico: “dotado de pouca
saúde e muita paciência”.
b) Ironia: “os avanços foram e continuam notáveis”.
c) Metalinguagem: “falar sobre medicina...”
d) Linguagem coloquial: “Mas vamos lá”.
13 - A crítica do cronista é mais contundente em:
a) “Laboratórios, institutos de pesquisa, até mesmo
governos de países desenvolvidos em mentalidade e pecúnia
investem no setor e os resultados (...) revelam-se
maravilhosos”.
b) “Para ficarmos no exemplo brasileiro, temos duas
tenazes que nos rebaixam a níveis dos mais infames em
termos de atendimento clínico e hospitalar”.
c) “A primeira e mais dramática constatação é a dicotomia
entre a ciência e a prática, o lado conceitual e o operacional”.
d) “Nunca é demais lembrar que a maioria das queixas no
Procon é relativa aos planos de saúde”.
TEXTO: 7 - Comum às questões: 14 e 15
Educar para quê?
1
A grande tarefa pedagógica do momento histórico 2 pelo qual estamos passando é a de capacitar os 3 cidadãos para criticarem
o consumismo e reaprenderem 4 as tarefas da cidadania, objetivos que não podem ser 5 5 alcançados separadamente.
Infelizmente, o próprio 6 Brasil sofreu com uma conivência do Estado, da 7 Educação e dos meios de informação no sentido de 8
colaborar com essa vertente consumista. É dessa forma 9 que a ideologia do consumo foi ficando cada vez mais 10 impregnada
na população em geral.
11
Ao discutir sobre a “doença” do comprar 12 desenfreado, Milton Santos nota que a primeira reação 13 da população pobre,
como qualquer outra, é a do 14 consumo e que isso é normal, mas que depois se 15 descobre que não basta consumir, ou que,
para consumir 16 de forma permanente, progressiva e digna, é necessário 17 ser cidadão.
18
Dessa forma, um grande dilema a ser desvendado 19 em nossa atualidade é a confusão entre quem é o 20 cidadão e quem é o
consumidor, pois a educação, a 21 moradia, a saúde, o lazer aparecem como conquistas 22 pessoais e não como direitos sociais.
Essa doença 23 cívica vai tomando um lugar sempre maior em cada 24 indivíduo, o lugar do cidadão vai ficando menor e até a 25
vontade de se tornar um cidadão por inteiro se reduz. 26 Talvez por isso, esses que são, na realidade, tidos como 27 bens
públicos, passem a não sê-lo, transitando do lugar 28 de “dever social” do Estado para o de bens de mercado.
VENÂNCIO, Adriana. Globalização e reorganização histórica. Revista Leituras da História. Portal Ciência e Vida. Disponível em: <http:// leiturasdahistoria.uol.com.br/
ESLH/Edicoes/51/globalizacao-ereorganizacao- historica-as-ideias-em-varias-areas-263551-1.asp>. Acesso em: 17 out. 2013.
14 - O questionamento presente no título do texto
15 - Para o articulista, o Estado, a Educação e a Mídia
a) permanece sem resposta até o final da abordagem, já que
o eixo temático não se limita às questões da educação.
b) convida o leitor a uma reflexão sobre o papel do
educador no processo de ensino e de aprendizagem da
cidadania.
c) explicita a necessidade de uma educação que tenha como
objetivo um reaprendizado da cidadania à medida que se
desconstroem os valores consumistas.
d) explicita a ironia do articulista em relação ao verdadeiro
papel da educação na sociedade contemporânea que não
apresenta valores voltados para projetos cidadãos.
e) revela a crítica do articulista à educação, como única
instituição a alimentar as engrenagens de uma sociedade
consumista em detrimento de valores cidadãos
a) devem estar a serviço da construção de uma sociedade
mais justa e equitativa.
b) impregnam na população a certeza de que, além de
consumista, é preciso ser cidadão.
c) reiteram os valores do consumismo, transformando os
direitos sociais em bens de mercado.
d) precisam se adequar à realidade social contemporânea,
defendendo os seus valores e objetivos.
e) são instituições que validam a construção da cidadania e,
paralelamente,
asseguram
os
bens
de
consumo