Magna Leilane da Silva 1
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Magna Leilane da Silva 1
IMC DE ASPIRANTES A ÁRBITRO DE FUTEBOL DO ESTADO DO CEARÁ Magna Leilane da Silva*, Alberto Inácio da Silva#. *Programa de Pós-graduação da Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro - Portugal. [email protected], # Universidade Estadual de Ponta Grossa – Paraná – Brasil. Introdução: Pesquisas indicaram o decréscimo da prática da atividade física e a depreciação por uma alimentação saudável como estigmas desta nova era, responsabilizando-os direta ou indiretamente pelo aparecimento de diversas doenças degenerativas e pela limitação ou não de determinada proficiência em tarefas motoras. Nos últimos anos, os hábitos alimentares e o estilo de vida se modificaram nos ambientes familiares, escolares, esportivos e profissionais em várias partes do mundo, não sendo um privilégio dos países desenvolvidos. Essas modificações no estilo de vida potencializaram o aumento da ocorrência de sobrepeso e obesidade em todas as faixas etárias. Objetivo: Assim sendo, o objetivo deste estudo foi analisar Índice de Massa Corporal (IMC) de aspirantes a árbitros de futebol da Escola de árbitros Professor Alzir Brilhante EAAB/ FCF (Federação Cearense de Futebol). Métodos: Foram avaliados 25 aspirantes a árbitros com idade média de 23,0 ± 2,9 anos, peso de 75,8 ± 14,0 e estatura de 1,76 ± 0,06 metros, todos do sexo masculino. O índice de massa corporal foi determinado dividindo-se o peso (kg) pela altura (m) ao quadrado. Para o tratamento estatístico das informações, utilizou-se inicialmente a estatística descritiva para agrupar os resultados em valores de média e desvio padrão. Em função do reduzido número de aspirantes a árbitros adotou-se a conversão logarítmica para as variáveis não normalizadas de acordo com a curva de Gauss, a fim de utilização dos parâmetros estatísticos paramétricos. Foi utilizado o teste “t” para amostras independentes a fim de comparar os grupos com IMC dentro e fora do padrão de normalidade. Os dados foram considerados estatisticamente significantes quando a probabilidade da ocorrência de hipótese nula foi menor que 0,05. Sendo utilizado o pacote estatístico versão 7. Resultados: O valor médio do IMC dos árbitros avaliados foi de 24,3±3,0 kg/m2 (n=25) valor este dentro da normalidade, já que segundo ACSM (2003), um índice abaixo 25 kg/ m2 é considerado como normal. Contudo, uma análise mais detalhada destes dados permitiu constatar que apenas 56% dos árbitros se encontram com valores de IMC considerados dentro da normalidade, média de 22,1±1,7 kg/m2 (n=14), enquanto que 44% apresentam valores iguais ou superiores a 25 kg/m2 (média de 27,0±1,9 kg/m2), ou seja, 11 árbitros. A análise estatística entre os árbitros com IMC normal e acima mostrou haver uma diferença significativa entre estes dos grupos (p<0,0001). Conclusão: Vários estudos têm demonstrado que o valor do IMC encontrado em árbitros de futebol acima da normalidade, não é em decorrência de uma massa muscular avantajada, mas sim de um percentual de gordura corporal elevado (Da Silva e Nascimento, 2005; Da Silva, 2006; Da Silva e Rech, 2008). Como uma porcentagem elevada de árbitros apresentaram estar acima do peso seria conveniente aconselhá-los a entrar num programa de exercícios e aconselhamento nutricional, visando a melhorar sua condição física e sua performance durante o jogo.