Relatório e Contas - Standard Bank

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Relatório e Contas - Standard Bank
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
TÍTULO DO SEPARADOR
Angola
Relatório e Contas
2012
1
INTRODUÇÃO6
1. Mensagem do Presidente da Comissão Executiva (CEO) 8
2. O Grupo Standard Bank
9
3. Principais Indicadores da Actividade
10
4. Estrutura Accionista e Órgãos Sociais
11
5. Governo da Sociedade12
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
14
6. Conjuntura Macroeconómica Global
7. Conjuntura Macroeconómica em Angola
16
18
SÍNTESE DA ACTIVIDADE22
8. Marcos Históricos do Banco
24
9. Marketing e Comunicação
25
10. Principais Segmentos de Negócio
28
11. Rede de Distribuição31
12. Qualidade de Atendimento ao Cliente
32
13. Recursos Humanos33
14. Gestão de Riscos36
15. Compliance43
ANÁLISE FINANCEIRA44
16. Análise de Balanço46
17. Análise de Resultados
48
18. Fundos Próprios49
19. Proposta de Aplicação de Resultados
49
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS
50
RELATÓRIO DE AUDITORIA82
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL 86
Introdução
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
INTRODUÇÃO
01
Mensagem do Presidente
O Standard Bank de Angola (SBA) faz parte
do Standard Bank Group, o maior Banco em
África que conta com 150 anos de existência.
O Standard Bank Group tem uma das maiores
redes bancárias do continente, presente
em 18 países e com mais de 6.500 pontos
de representação em África e presença nas
principais praças financeiras mundiais. Esta
rede permite ligações globais, apoiadas por
conhecimentos profundos dos países onde
opera.
O exercício de 2012 foi apenas o segundo
ano completo de actividade do SBA em Angola. Não obstante,
o Banco já se tornou uma referência no Sistema Financeiro
Angolano.
O Banco pretende oferecer um conjunto vasto de soluções
inovadoras e um serviço de qualidade centrado no Cliente. Deste
modo, o modelo organizacional de negócios do SBA assenta
na segmentação da base de Clientes a fim de melhorar a visão
sobre as necessidades individualizadas dos Clientes, a alteração
das suas actividades e desempenhos ao longo do tempo, e a
forma como o Banco poderá responder a essas necessidades
e mudanças de uma forma eficiente e acrescentando valor aos
seus Clientes.
O SBA encara o capital humano como um dos principais
factores críticos de sucesso do negócio. A qualidade do serviço
ao Cliente resulta de um investimento significativo em capital
humano Angolano, onde mais de 60% dos colaboradores têm
licenciatura concluída e outros 22% estão neste momento a
terminar os seus estudos superiores. Através de um processo
de selecção rigoroso e uma forte aposta na formação interna e
externa dos seus colaboradores, o Banco tem dotado a sua rede
comercial e os seus serviços centrais com jovens profissionais
Angolanos com qualificações adequadas às exigências dos
seus Clientes: em final de 2012, o SBA contava já com 352
colaboradores, o que representa um crescimento de 112% face
ao ano anterior.
O SBA tem vindo a desenvolver um
significativo programa de expansão de modo
a aumentar a sua presença no mercado
Angolano. Com o objectivo de oferecer um
crescente acesso aos serviços bancários,
o programa de alargamento da sua rede
comercial em Angola resultou na abertura de
12 novas agências em 2012 e o objectivo é
terminar 2013 com um total de 27 agências
distribuídas por todo o país.
A estratégia de apoiar a economia Angolana
é consubstanciada na assinatura de protocolos
institucionais como o Angola Investe, no apoio ao Governo
Angolano na montagem de operações de grande dimensão ou
na concessão de crédito a pequenas, médias e grandes empresas
Angolanas ou multinacionais com actividade económica local.
Em resultado do crescimento e expansão do SBA em 2012,
o volume de Recursos de Clientes quase duplicou e o Crédito
concedido aumentou para AOA 9.528 milhões. Embora com
uma quota de mercado ainda pouco significativa, o Banco tem
em curso um programa de crescimento acelerado, sustentado
por políticas de gestão de risco rigorosas e eficazes.
O Banco pretende manter indicadores de solidez fortes,
tendo para isso efectuado em 2012 um novo aumento do
seu Capital Social no montante de AOA 4.931 milhões (USD
50 milhões). Com este aumento de capital ocorreu também
a entrada de um novo accionista Angolano na estrutura do
Banco, a AAA Activos, Lda., que irá permitir reforçar os laços
institucionais no país.
O crescimento do SBA no mercado Angolano não poderia ter
sido possível sem o esforço e dedicação dos nossos colaboradores
bem como o apoio dos nossos Clientes, instituições do Governo
da República de Angola e ao Banco Nacional de Angola, aos
quais endereço o nosso agradecimento.
Pedro Pinto Coelho
(Presidente da Comissão Executiva)
8
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31 de Dezembro 2012
INTRODUÇÃO
02
O Grupo Standard Bank
O Grupo Standard Bank tem 150 anos de história na África
do Sul tendo iniciado a sua expansão para o resto de África
no início dos anos 90. Actualmente opera em 18 países do
continente Africano, incluindo a África do Sul, bem como
noutras economias emergentes estratégicas.
A estratégia do Grupo é construir uma Instituição Financeira
líder em África, maximizando todas as suas vantagens
competitivas. O Grupo está focado em acrescentar valor aos seus
accionistas de forma sustentada, respondendo às necessidades
dos seus Clientes através de um serviço de excelência e da
oferta de operações inovadoras em países seleccionados do
continente Africano. O Grupo pretende ainda ser a ponte entre
as novas economias emergentes e os mercados Africanos, e
ligar os mercados emergentes entre eles, utilizando para isso
toda a sua experiência no sector. Para o Grupo e em todos os
mercados onde opera, tal como em Angola, o factor crítico
de sucesso são as pessoas, empenhadas nesta estratégia,
independentemente da sua localização.
O Grupo em resumo
•O Grupo Standard Bank é o maior em África em termos
de total de Capitalização Bolsista, Activos, Capitais
Próprios e Resultados
•A história do grupo remonta a 1862
•O Grupo está presente em 18 países do continente
•O Grupo tem 1.222 agências e 7.945 ATMs no continente
Africano
•O Grupo emprega mais de 52.000 pessoas
2012
Resultados USD 1769 milhões
(2011: USD 1672 milhões)
Resultados por acção 111 cêntimos
(2011: 105 cêntimos)
ROE 14,2%
(2011: 14,3%)
Activo líquido por acção 836 cêntimos
(2011: 794 cêntimos)
Tier I
11,7%
(2011: 12,0%)
Rácio de crédito em 1,08%
incumprimento (2011: 0,87%)
Fitch rating BBB
9
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INTRODUÇÃO
03
Principais Indicadores da Actividade
2012
AOA
2011
AOA
Var %
2012
USD
2011
USD
Var %
Margem Financeira
1.698.563
652.494
160%
17.804
6.954
156%
Produto Bancário
4.201.742
1.984.906
112%
44.041
21.155
108%
Resultado Líquido
(982.618)
(743.694)
32%
(10.299)
(7.926)
30%
Total do Activo
61.977.008
33.677.294
84%
649.768
353.451
83%
Aplicações de Liquidez
14.514.987
4.751.870
205%
151.472
49.872
204%
Títulos e Valores Mobiliários
14.123.603
18.163.108
-22%
147.388
190.626
-23%
Crédito Bruto
9.881.866
579.523
1605%
103.123
6.082
1595%
Crédito Líquido
9.527.811
565.950
1584%
99.428
5.940
1574%
52.022.327
26.673.203
95%
542.883
279.941
94%
-
1.478.251
-100%
-
15.515
-100%
Total do Passivo
54.537.396
30.340.083
80%
569.130
318.426
79%
Fundos Próprios
7.439.612
3.337.211
123%
77.638
35.025
122%
Rácio de Solvabilidade Regulamentar
21,01%
47,44%
-56%
Rácio de Conversão
18,31%
2,12%
763%
Nº de Balcões
15
3
400%
Nº de ATMs
23
3
667%
Nº de POS
59
40
48%
Nº de Cartões de Débito
14.204
450
3056%
Nº de Clientes
10.264
1.955
425%
352
166
112%
Valores expressos em milhares (excepto dados estatísticos)
Depósitos
Captações de Liquidez
Título de célula
Nº de Funcionários
10
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INTRODUÇÃO
04
Estrutura Accionista e Órgãos Sociais
Estrutura Accionista
Accionistas % Capital
Standard Bank Group Limited
AAA Activos, Lda.
51%
49%
Orgãos Sociais
Mesa da Assembleia Geral
Auditores Externos
PricewaterhouseCoopers
Presidente
Aníbal Correia
Secretário
Natacha Sofia da Silva Barradas
Conselho Fiscal
Presidente
Lara Santos Wyness
Conselho de Administração
Presidente
Dominic Bruynseels
Vogais
Pedro Nuno Munhão Pinto Coelho
António Caroto Coutinho
Ivo Manuel Neto de São Vicente
Carlos Manuel de São Vicente
Vogal
Octávio Castelo Paulo
Vogal
Alberto Manuel Freitas Silva
Comissão Executiva
Presidente
Pedro Nuno Munhão Pinto Coelho
Vogais
António Caroto Coutinho
Ivo Manuel Neto de São Vicente
11
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INTRODUÇÃO
05
Governo da Sociedade
Um modelo de governo societário transparente e a sua
divulgação completa e actualizada é cada vez mais uma
informação que acrescenta valor aos accionistas, entidades
reguladoras e ao mercado em geral.
O Grupo Standard Bank cumpre os princípios do Código
de Conduta e Práticas Corporativas (Código King), cujos
princípios definem as normas e as práticas de governação
corporativa do Banco e são determinantes na forma como o
Conselho de Administração de cada subsidiária do Standard
Bank orienta e lidera a organização. As entidades subsidiárias
do Grupo guiam-se por estes princípios quando definem os
seus quadros de governação, para além de cumprirem os
regulamentos locais aplicáveis.
Em 2012, o Banco deu início ao processo de criação de
um Comité de Auditoria do Conselho de Administração, o
qual entrará em funções já no início de 2013. Este órgão
terá como função primária supervisionar a actividade da
Comissão Executiva e consequentemente da gestão do
Banco em termos de assegurar a salvaguarda dos activos
do Banco, a avaliação da eficácia do sistema de controlo
interno do Banco, o cumprimento da legislação a que o
Banco está sujeito, bem como de todo o normativo dos
órgãos de supervisão. Para isso serão realizadas reuniões
com periodicidade mínima trimestral, em que para além dos
3 membros da Comissão Executiva, serão convidados os
Directores de Auditoria Interna, Risco, Compliance, Legal,
Finance, os auditores externos e o CEO do Banco.
Durante 2012, o SBA concentrou-se em definir um
modelo de governo societário com uma estrutura e princípios
bem definidos, de modo a reflectir o compromisso claro com
as melhores práticas internacionais e as linhas orientadoras
do Grupo, e o cumprimento dos requisitos regulamentares
em Angola. O objectivo é estabelecer uma linha clara de
distribuição de responsabilidades no interior da hierarquia e
na existência de processos de monitorização, fiscalização e
de Compliance, tanto interna como externa.
Comissão Executiva
O Conselho de Administração delega a gestão corrente
do Banco numa Comissão Executiva, composta por 3
membros eleitos por mandatos de 4 anos, com possibilidade
de reeleição. A Comissão Executiva compreende todos os
poderes de gestão necessários ou convenientes para o
exercício da actividade bancária nos termos e com a extensão
com que a mesma é configurada no regimento deste órgão
e na lei.
ESTRUTURA DO GOVERNO SOCIETÁRIO
Comité de Risco de Crédito
do Conselho de Administração
O objectivo deste Comité é assegurar a existência efectiva
de uma estrutura de gestão de risco de crédito adequada,
avaliando, monitorizando e controlando o risco de crédito,
incluindo o risco-país. Este Comité recomenda ao Conselho
de Administração os membros e responsabilidades para o
Comité de Gestão de Risco de Crédito, com a definição clara
de mandatos e delegação de responsabilidades, seguindo
as linhas orientadoras do Grupo Standard Bank. Isto inclui
a delegação de poderes para aprovação das operações de
crédito.
Assembleia Geral – Membros da Mesa
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um
Presidente e um Secretário. Os membros da Mesa – que
podem ser accionistas ou não – são eleitos por períodos de
quatro anos, sendo permitida a sua reeleição.
Conselho de Administração
O Conselho de Administração, composto por 5
administradores nomeados em Assembleia Geral por 4 anos,
é o órgão decisório máximo do Banco e pertencem-lhe as
responsabilidades últimas em matéria de governação. Os
administradores têm acesso irrestrito à equipa de gestão
e às informações sobre o Banco, bem como aos recursos
necessários para desempenharem as suas responsabilidades.
12
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31 de Dezembro 2012
INTRODUÇÃO
Comité de Gestão de Risco de Crédito
O Comité Gestão de Risco de Crédito corresponde à
função de tomada de decisão ao nível de gestão de risco de
crédito, com delegação de poderes bem definida, conforme
determinado pelo Conselho de Administração, através do
Comité de Risco de Crédito do Conselho de Administração.
O objectivo deste Comité é estabelecer e definir os princípios
para a aceitação de risco de crédito e ao quadro geral para
a gestão consistente e uniformizada de identificação,
avaliação, gestão e comunicação de risco de crédito.
Comité de Activos e Passivos (ALCO)
O objectivo deste Comité é a análise da evolução do balanço
do Banco, quer em termos de saldos de crédito e recursos de
Clientes, quer de margens, facultando à Comissão Executiva
os elementos necessários para a definição de objectivos
estratégicos em matéria de crescimento da actividade
creditícia e de captação de recursos de Clientes, estratégia
de financiamento (gestão do “mismatch” do balanço) e de
preços/margens.
Comité de Gestão de Risco Operacional e Compliance
O objectivo deste Comité é monitorizar o risco operacional
do Banco, em conformidade com a política de gestão de
risco definida pelo Grupo, incluindo o risco da informação
e continuidade de negócio. Deve garantir a definição da
estratégia, modelos operacionais e planos, bem como
estruturas de gestão, padrões e políticas, para garantir
uma abordagem coerente para a identificação, avaliação,
monitorização e comunicação de risco operacional.
Fiscalização
Actualmente a função de fiscalização interna do
SBA está a cargo do Conselho Fiscal, composto por 3
membros nomeados para um mandato de 4 anos, e será
atribuída também à Comissão de Auditoria do Conselho de
Administração.
A fiscalização externa do Banco é exercida pela empresa
de Auditoria PricewaterhouseCoopers bem como pelas
autoridades de supervisão a que está sujeito no exercício da
sua actividade em Angola.
13
Enquadramento
Macroeconómico
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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
06
Conjuntura Macroeconómica Mundial
A economia mundial desacelerou em 2012, com uma
redução da taxa de crescimento do PIB de 3,9% em 2011 para
3,2% em 2012. No entanto, as diferentes regiões tiveram
desempenhos muito diferentes. Nos países avançados,
os Estados Unidos e o Japão aceleraram, enquanto a
Europa entrou em recessão devido à persistência da crise
da dívida. Nos países em desenvolvimento, o crescimento
diminuiu na maioria das regiões, com a excepção do Médio
Oriente e Norte de África, devido em parte aos esforços de
reconstrução de alguns países após a Primavera Árabe. Na
sequência desta desaceleração mundial, o crescimento do
comércio internacional também diminuiu significativamente,
de 5,9% em 2011 para 2,8% em 2012.
Economias desenvolvidas continuam
dependentes de políticas expansionistas
Em 2012, o crescimento do PIB dos Estados Unidos
subiu para 2,2% após 1,8% em 2011. Esta recuperação foi
fortemente influenciada pelas políticas macroeconómicas,
nomeadamente da Reserva Federal Americana, que apoiou
a economia através de duas novas operações quantitativas:
a operação Twist, que consiste na troca de títulos de
maturidades curtas detidos pela Reserva Federal por títulos
de maturidades mais longas de forma a reduzir as taxas de
juro nas maturidades mais longas, e a operação QE3, que
consiste na compra de títulos garantidos por hipotecas,
aumentando a procura e reduzindo os juros sobre esses
títulos. Estima-se que estas medidas tenham tido um impacto
mensal no balanço da Reserva Federal de cerca de USD
85.000 milhões, o que representa um estímulo quantitativo
significativo para a economia americana. Este estímulo não
impediu que a economia estagnasse nos Estados Unidos no
final de 2012, em parte devido às condições atmosféricas
muito adversas que varreram o país. No entanto, os dados
de confiança e de actividade económica apontam para uma
recuperação económica no primeiro trimestre de 2013.
Na União Europeia, a economia entrou em recessão, com
uma queda do PIB de 0,3% relativamente a 2011, devido
a uma contracção significativa no segundo semestre. Esta
queda foi provocada pela intensificação da crise em Itália
e Espanha e por um alargamento da crise de dívida dos
16
países periféricos para os países do centro, tais como a
Alemanha e a França, que registaram contracções no PIB
no quarto trimestre. Com a política orçamental fortemente
condicionada pela desconfiança dos mercados relativamente
à dívida pública, o BCE anunciou uma série de medidas
para apoiar a economia. Em Julho, reduziu a sua taxa de
refinanciamento para 0,75%, um novo mínimo histórico. Das
restantes medidas, destaca-se a política Outright Monetary
Transactions (Transacções Monetárias Definitivas), que
consiste na compra de obrigações do Tesouro dos países
que recorreram a um Programa de Assistência Europeu mas
que já se encontrem a emitir dívida pública nos mercados
internacionais. A Irlanda e Portugal poderão beneficiar
desta medida em 2013. Outras medidas implementadas
em 2012 incluem a projecção de um Mecanismo Único
de Supervisão para os maiores bancos da UE, sob a alçada
do BCE, o que deverá aumentar a confiança dos mercados
relativamente ao sector bancário Europeu. Estas medidas do
BCE permitiram uma melhoria significativa nas condições de
financiamento da economia, sobretudo na segunda metade
do ano, com as taxas de juro das obrigações europeias a
descerem significativamente durante o ano de 2012, o que
demonstra a maior confiança dos investidores relativamente
à sustentabilidade da dívida soberana de vários países
Europeus.
No Japão, o PIB subiu 1,9% em 2012 após uma recessão
de 0,5% em 2011, na sequência do acidente de Fukushima.
Tal como nos restantes países avançados, o desempenho no
quarto trimestre decepcionou, com uma ligeira queda.
Países em desenvolvimento
A China foi marcada em 2012 pela incerteza relativamente
à mudança dos seus líderes de topo, que só terminou no
final do ano, quando se tornou óbvio que Li Keqiang seria
o sucessor do Primeiro Ministro Wen Jiabao. No plano
económico, a China sofreu um arrefecimento importante,
com uma desaceleração do PIB de 9,5% em 2011 para
7,8% em 2012, devido ao impacto do arrefecimento
mundial nas exportações Chinesas e à desaceleração do
investimento, nomeadamente em construção. Ainda assim,
este desempenho foi mais favorável do que era esperado
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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
pela maioria dos analistas, em parte graças à recuperação
inesperada no quarto trimestre de 2012, que se deve
fundamentalmente ao aumento do investimento em infraestruturas por parte do Governo.
Os dados disponíveis para o Brasil até ao terceiro trimestre
apontam para uma desaceleração do PIB de 2,7% em 2011
para 0,7% em 2012. Com efeito, a dependência do Brasil
das exportações de matérias-primas torna-o vulnerável ao
arrefecimento mundial. Em 2012, o Banco do Brasil teve
uma política expansionista, com uma redução significativa
da taxa de referência Selic de 11% no final de 2011 para
7,25% no final de 2012. No entanto, ao mesmo tempo que
a economia desacelerou, a inflação, que tinha diminuído
para menos de 5% na primeira metade do ano, voltou a subir
possivelmente devido a políticas orçamentais e monetárias
expansionistas.
Na Índia, o PIB deverá ter desacelerado em 2012. Os dados
até ao terceiro trimestre apontam para um crescimento de
4,1% após 7% em 2011. O arrefecimento deve-se em
grande parte à redução do investimento. A política monetária
foi expansionista em 2012 para contrariar o arrefecimento.
Mercados Financeiros
Acções: 2012 foi um ano de incerteza para os mercados
financeiros. Nos Estados Unidos, os principais índices
bolsistas terminaram o ano com ganhos entre 2,5% e
2,8%. Apesar de a retoma económica ter tido um impacto
positivo nos índices bolsistas, a incerteza quanto à política
orçamental, devido ao risco de não ser possível evitar os
aumentos automáticos dos impostos no início de 2013,
preveniu maiores ganhos. Na Europa, os principais índices
terminaram o ano com subidas inferiores a 1%, devido à
persistente incerteza sobre a crise de dívida. Portugal foi
uma excepção, com uma subida de perto de 4%, devido à
percepção por parte dos investidores que a economia está
a seguir criteriosamente o Plano de Assistência Económica
e Financeira proposto pelo FMI, BCE e Comissão Europeia.
Taxas de juro: Os mercados Europeus registaram as
evoluções mais marcadas. Nos países periféricos, Portugal,
Grécia e Irlanda viram as taxas sobre as obrigações do Tesouro
no mercado secundário descerem de forma significativa em
2012. Portugal e Irlanda conseguiram estrear-se também
na emissão de novas obrigações, com bastante sucesso,
após dois anos de financiamento por parte do FMI e da UE.
Taxas de câmbio: em 2012, o euro subiu 2% face ao
dólar americano. No entanto esta variação esconde dois
períodos bem distintos. Entre o final de Fevereiro e o final
de Julho, o euro desvalorizou cerca de 10% face ao dólar
devido aos receios sobre a sobrevivência da moeda única.
Nos últimos cinco meses do ano, o euro valorizou 9%
devido à actuação do BCE, que devolveu a confiança aos
mercados internacionais. O renmibi valorizou 1% face ao
dólar americano em 2012, mas mantém-se relativamente
baixo face ao seu valor de equilíbrio, o que reflecte uma
política de apoio às exportações.
Crescimentos do PIB (em %)
Fonte: OECD, * dados até Q3 2012
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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
07
Conjuntura Macroeconómica em Angola
Principais eventos macroeconómicos
em Angola durante 2012
A economia Angola apresentou um crescimento de 7,9%
em 2012 face a um crescimento de 3,4% em 2011. Esta
aceleração ficou a dever-se essencialmente à recuperação
da produção de petróleo e ao aumento de novos projectos
e da recuperação de projectos em atraso. A produção de
petróleo aumentou para uma média de 1,75 milhões de
barris por dia face a uma produção de 1,69 milhões barris
por dia em 2011. Não obstante, os sectores não petrolíferos
também evidenciaram um forte crescimento, com destaque
para a agricultura, a construção e os transportes.
A consolidação fiscal e a estabilidade da taxa de câmbio
foram factores críticos para a estabilidade macroeconómica
do país. O BNA atingiu em 2012 o objectivo de uma taxa
de inflação de 10%, tendo apresentado uma redução para
9% em Dezembro, após um valor máximo de 11,5% em
Janeiro de 2012. A inflação média em 2012 foi de 10,3%
face a 13,5% em 2011. Os meios de pagamento (M3)
apresentaram um crescimento médio de 22% em 2012,
ligeiramente abaixo do crescimento médio de 22,4% em
2011. O BNA introduziu em Setembro de 2011 uma taxa de
juro básica como principal indicador da política monetária.
A taxa sofreu uma redução para 10,25% em Janeiro de
2012, não sofrendo qualquer alteração até ao final do ano.
A taxa de juro básica tem pouca influência nas condições
de liquidez. Neste sentido, a taxa de juro utilizada nas
operações do mercado monetário interbancário é a taxa de
juro Luibor. A taxa de juro overnight fixou-se nos 6,21% em
Dezembro de 2012 face a 6,39% em Janeiro, reflectindo
uma melhoria marginal nas condições de liquidez do sistema
bancário Angolano.
Nos 3 primeiros trimestres de 2012, a receita fiscal e
a despesa atingiram os AOA 3.100.000 milhões e AOA
2.400.000 milhões, respectivamente. Com base nas receitas
e despesas dos 3 primeiros trimestres de 2012, estimamos
que o superavit fiscal deverá atingir os 8,8% do PIB face
a 11,3% do PIB em 2011. O orçamento inicial para 2012
previa um superavit equivalente a 12% do PIB. No final de
2011 e início de 2012, foram implementadas em Angola
18
diversas reformas para melhorar a prestação de contas da
despesa pública. Foram desenvolvidos esforços para eliminar
progressivamente as operações parafiscais da Sonangol e
incorporá-los no resultado fiscal.
A taxa de câmbio USD/AOA apresentou uma variação
de 1,3% em 2012. Quer a balança de pagamentos quer o
superavit fiscal contribuíram para a acumulação de reservas
em moeda estrangeira, as quais permitiram a estabilidade
cambial verificada. A taxa de câmbio USD/AOA média
em 2012 foi de 95,4 face a 93,7 em 2011. Foi ainda
introduzida em Fevereiro de 2012 uma nova lei cambial
aplicável ao sector petrolífero e do gás natural. Esta lei exige
que o pagamento de impostos, bem como o pagamento a
fornecedores locais de bens e serviços ao sector petrolífero
e do gás natural, sejam efectuados na moeda nacional.
A implementação desta nova lei só estará concluída em
Outubro de 2013.
Produção e inflação
Tal como referido anteriormente, após uma taxa de
crescimento do PIB em Angola de 3,4% em 2011, o FMI
antecipa uma aceleração do PIB para 7,9% em 2012,
em contra-ciclo com a economia mundial. Com efeito,
a actividade económica Angolana ficou marcada pela
recuperação acentuada da produção de petróleo em 2012,
graças à resolução de problemas de extracção que surgiram
na segunda metade de 2011. Em 2012, o aumento na
produção de petróleo foi acompanhado por um esforço de
diversificação da economia por parte do Governo Angolano,
nomeadamente através de investimentos produtivos em
indústrias transformadoras que permitem ao país substituir
importações por produção local. Esses investimentos foram
acompanhados por outros investimentos na extracção de
gás natural, na produção de electricidade e de medidas de
apoio e fomento da agricultura. Antecipa-se que os sectores
não petrolíferos tenham crescido cerca de 9% em 2012.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
Juntamente com a estabilidade da taxa de câmbio, a descida
da inflação contribui para uma melhoria significativa das
condições macroeconómicas.
Evolução do PIB em Angola (em %)
Fonte: FMI, fontes nacionais, projecções do Standard Bank
Balança de mercadorias
Em 2012, o saldo da balança comercial de mercadorias de
Angola aproximava-se de USD 54 mil milhões, depois dos
USD 45,5 mil milhões verificados em 2011. As exportações
subiram 14,6% e as importações subiram 5,1%. Os produtos
petrolíferos representaram 98% do total de exportações,
seguidos pelos diamantes, com 1,4% do total. Camarão
congelado e sucata representam os principais produtos não
mineiros exportados, mas são apenas uma fracção do total
de exportações.
Produção de petróleo “crude” em Angola
Os principais destinos das exportações incluem a China,
E.U.A., Índia, Taiwan, Canadá, África do Sul, Portugal,
França, Países Baixos e Reino Unido. Quanto às importações,
Angola depende essencialmente de Portugal, seguido da
China, E.U.A., África do Sul, R.U. e França.
A economia continua crucialmente dependente das
importações de alimentos e produtos transformados, uma
vez que a dependência que o país tem do petróleo abafou
os restantes sectores.
Fonte: Bloomberg, IEA
O aumento da produção permitiu o aumento das reservas
de divisas para níveis historicamente elevados (excluindo
ouro, as reservas subiram para perto de USD 33 mil milhões
no final de 2012), o que deverá servir de suporte para a
economia no caso de queda dos preços do petróleo, se o
abrandamento mundial for mais intenso do que actualmente
previsto.
Ao mesmo tempo, a inflação desceu de forma significativa
durante o ano em resultado de uma política monetária
e cambial bem definida e coordenada pelo Governo em
conjunto com o BNA. Em Dezembro, a taxa de variação
do Índice de Preços no Consumidor (IPC) tinha atingido
9%, um ponto percentual abaixo do objectivo do Governo.
Sector bancário
O sector bancário continuou a crescer em 2012.
Antecipa-se que o sector continue em franca expansão
graças à entrada em vigor da nova lei cambial para o sector
petrolífero que obriga as companhias petrolíferas a pagar
aos seus fornecedores através de bancos angolanos.
Em Dezembro, a concessão de crédito aumentou 18,3%
em termos homólogos. O crédito ao sector privado deu o
maior contributo (aumento em termos homólogos de 15%),
com o crédito às empresas estatais e públicas a contribuir
1,2% e 1,4%, respectivamente. O peso do crédito ao sector
privado em relação ao total de crédito aumentou 2,7%, nos
últimos 12 meses, para 67,1% em Dezembro.
19
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
A quota de mercado do crédito em moeda nacional também
tem estado a aumentar. Em Dezembro de 2012, representava
59,9% de todo o crédito, um crescimento em relação à quota
de 52,8% verificada em Dezembro de 2011, devido ao esforço
das autoridades angolanas de promoção da utilização do
Kwanza. Em concreto, os bancos só podem conceder crédito em
dólares nos prazos de vencimento superiores a um ano, excepto
para as empresas que tenham receitas em dólares. Além do
mais, nos rácios de solvabilidade dos bancos, os empréstimos
em dólares sofrem uma penalização de 30% relativamente aos
empréstimos efectuados na moeda local.
A moeda nacional também está a conseguir uma maior
parcela dos depósitos, mas a um ritmo mais lento. Em Dezembro
último, os depósitos em Kwanza representavam 55,2% de
todos os depósitos, quando eram apenas 50,3% em Dezembro
de 2011. Os depósitos tiveram um crescimento homólogo de
1,1% em Dezembro de 2012.
O aumento do recurso à moeda nacional nas transacções
bancárias deverá permitir reduzir a vulnerabilidade da economia
às alterações na taxa de câmbio, contribuindo para a estabilidade
macroeconómica.
O rácio entre crédito e depósitos encontrou-se em
2012 abaixo dos 70%, um valor conservador em termos
internacionais (actualmente na zona euro este rácio é de
aproximadamente 130%) mas semelhante aos valores dos
países em desenvolvimento (por exemplo, no Gana é de 60%,
na Índia é de cerca de 75% e na África do Sul é de pouco mais
de 90%).
Evolução de Crédito e Depósitos
Fonte: BNA – Valores em milhares de milhões de Kwanzas.
Política monetária
O BNA manteve uma política de estabilidade do Kwanza face
ao dólar americano em 2012. A taxa de câmbio manteve-se
praticamente estável durante o ano, tendo registado uma variação
de apenas 0,5%. A taxa de câmbio no mercado primário terminou
o ano em 95,826 face ao dólar americano.
A taxa básica do BNA desceu 25 pontos base em 2012 e
terminou o ano em 10%.
No que diz respeito à estabilidade financeira, o BNA implementou
uma série de medidas, nomeadamente a revisão do enquadramento
regulamentar em conformidade com as normas internacionais
(Basileia III), a junção das actividades de inspecção directa (on site)
e indirecta (off site) numa única unidade e a criação de uma nova
unidade responsável pela análise de risco sistémico.
Apesar dos progressos importantes realizados, ainda existem
áreas com desafios estruturais importantes que têm merecido a
atenção do Governo. Entre outros, a dependência da economia dos
preços internacionais do petróleo, a necessidade do investimento
continuado em infra-estruturas e produção e transmissão de
energia de forma a responder às necessidades de uma população
em crescimento e a investimentos industriais estruturantes para a
criação de emprego, bem como para dar resposta às necessidades
alimentares, as quais ainda são maioritariamente satisfeitas através
de importações.
20
Síntese da Actividade
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
08
Marcos Históricos do Banco
Em 31 de Dezembro de 2012, o Standard Bank de Angola
completa apenas o seu segundo ano completo de actividade.
Não obstante, o SBA é já uma referência no sistema
financeiro angolano, tendo sido distinguido em 2012 com
dois prémios internacionais que reconheceram o SBA como
o melhor banco de investimento de Angola. Durante o ano
de 2012, o Banco ultrapassou o marco de USD 500 milhões
em depósitos de Clientes, os quais procurou canalizar para
o financiamento da economia Angolana tendo ultrapassado
os USD 100 milhões em crédito a Clientes, com um rácio de
conversão de 18%.
2011
• Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 3
agências abertas, 166 colaboradores e 1.955 Clientes.
2012
• Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 15
agências abertas, 352 colaboradores e 10.264 Clientes.
2010
• Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 45
colaboradores e 82 Clientes.
• Em 27 de Setembro, o SBA deu inicio à sua actividade.
• Em Outubro, o Capital Social do SBA foi aumentado para
AOA 9,530 milhões (USD 100 milhões). Este aumento
de capital foi subscrito por meio de novas entradas em
dinheiro, realizadas pelo Standard Bank Group Limited e
pela AAA Activos, Lda., tendo esta última passado a deter
49% do Capital Social do Banco. Este aumento de capital
foi um marco importante, não só em termos do reforço dos
Fundos Próprios do Banco, mas sobretudo pela entrada de
um accionista Angolano no capital do SBA, o que permitirá
o desenvolvimento de uma parceria estratégica.
• Durante 2012, o Standard Bank recebeu vários prémios e
distinções, dos quais se destacam:
• Melhor “Trade Finance Bank” da África Subsariana e
“Deal of the Year” para Angola;
• Melhor Banco de Angola em 2012 pela Revista
Global Banking & Finance Review;
• Melhor Banco Universal em Angola pela Revista
Capital Finance Internacional;
• Melhor Banco de Investimento em Angola pela EMEA
Finance Africa Awards 2012;
• Melhor Banco de Investimento em Angola pela Global
Finance Magazine.
24
• Abertura das três primeiras agências do Banco em Luanda.
• Em 11 de Agosto, foi efectuado um aumento do Capital
Social do Banco para AOA 4.599 milhões (USD 50
milhões), totalmente subscrito e realizado pelo Standard
Bank Group Limited, que manteve a sua participação de
99,99%.
• Em 30 de Março, o Banco foi constituído por escritura
pública, com um Capital Social de AOA 2.301 milhões
(USD 25,5 milhões).
• Em 9 de Março, o Banco obteve a autorização do Banco
Nacional de Angola para operar no mercado nacional.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
09
Marketing e Comunicação
Ao longo destes primeiros anos de actividade, a política
de Comunicação e Marketing do Banco teve como foco
o reconhecimento da marca Standard Bank em Angola,
destacando a sua experiência, credibilidade e presença
expressiva em África.
Da actividade desenvolvida em 2012, destaca-se a
criação do Site Institucional do Banco, projecto que teve
início e que praticamente ficou concluído durante este ano,
e a conclusão do projecto relativo ao Centro de Atendimento
ao Cliente (“Call Center”), o qual permite aos Clientes do
Standard Bank de Angola estar sempre em contacto com o
seu Banco.
O nosso Site Institucional
O ano de 2012 ficou também marcado pela campanha de
“outdoors” e publicidade na imprensa, com a nova imagem
do Banco reflectida em imagens de Angola:
O nosso Call Center
25
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
EVENTOS
Durante 2012, o Banco realizou várias campanhas de
comunicação e promoção da marca e participou em alguns
eventos sociais, culturais e desportivos, com destaque para os
seguintes:
Expo Huíla –15 -19 de Agosto
Esta exposição tem como objectivo promover e divulgar
as potencialidades económicas da região em questão e
proporcionar de igual modo a presença de vários produtores,
fabricantes e/ou de empresas que estimulem o desenvolvimento
e o intercâmbio tecnológico e
a concretização de negócios.
O SBA marcou presença
nesta feira reconhecendo a
importância da mesma para o
desenvolvimento do negócio
nesta província de Angola.
Patrocínio MAG Golf – 12 de Maio
A MAG (Mines Advisory Group) é uma organização internacional
de desminagem. Em Angola trabalha em zonas que sofreram com
a guerra, como é o caso da Província do Moxico. Com o objectivo
de angariarem fundos necessários ao desenvolvimento do seu
trabalho, a MAG organizou um torneio de golfe com o Patrocínio
de várias empresas, incluindo o
Standard Bank Angola. Com esta
acção contribuímos activamente
para que esta organização
conseguisse angariar fundos
para o desenvolvimento da sua
actividade em Angola.
Conferência Oil and Gas – 7 a 9 de Maio
O SBA foi um dos principais patrocinadores da conferência
internacional de Petróleo e Gás que teve lugar no Hotel Epic Sana
em Luanda. A conferência foi organizada pela APPA (African
Petroleum Producers Association) com o apoio do Ministério
dos Petróleos e da AME Trade, empresa internacional de gestão
de eventos do Reino Unido. O objectivo deste encontro foi
26
promover o desenvolvimento
da Indústria Petrolífera
Angolana. Num dos dias do
evento, o Standard Bank
Angola conduziu o painel de
discussão sobre “Os desafios
da nova lei cambial para o
sector petrolífero em Angola”.
WORKSHOPS
Combate à Fraude Bancária
e Branqueamento de Capitais – 21 Julho
No dia 21 de Julho de 2012, o SBA em colaboração com
a Polícia Económica de Angola, promoveu um Workshop de
sensibilização para o combate à fraude financeira. O evento
decorreu no HCTA em Talatona e contou com a presença de
vários colegas, entre eles o Eng. Pedro Pinto Coelho (CEO do
SBA) e o Comissário Dr. Alexandre Canelas (Director Nacional
da DNIIE).
ACÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
Nelson Mandela’s Day – 18 de Julho
Em homenagem ao 94º aniversário de Nelson Mandela, a
Embaixada da África do Sul
convidou várias empresas
Sul-Africanas que operam em
Angola para visitarem o Centro
de Acolhimento de Crianças
Arnaldo Janssen.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
Campanha 150 anos do Standard Bank O Standard Bank de Angola foi o grande vencedor do
concurso de construção de uma bandeira promovido pelo
grupo no âmbito dos 150 Anos
do Standard Bank. O SBA criou
a bandeira símbolo do Grupo
Standard Bank com os próprios
colaboradores do SBA. Com
esta vitória demonstramos o
compromisso e o espírito de
equipa em construir um Banco
diferente em Angola.
Ainda durante 2012, o Standard Bank de Angola ganhou
o prémio de melhor Banco de Investimento em Angola
atribuído pela Revista EMEA Finance reconhecendo a
liderança do SBA em operações relevantes de Banca de
Investimento em Angola.
PRÉMIOS
Como resultado da estratégia de Comunicação e
Marketing, o Banco recebeu em 2012 vários prémios e
distinções.
Em Londres, o Standard Bank de Angola foi premiado
como o Melhor Banco de Trade Finance na África Subsariana
e Deal of the Year para Angola. Este prémio deveu-se pelo
facto do Standard Bank de Angola ter estruturado uma
carta de crédito em moeda chinesa, o Yuan, para a empresa
de construção sino-angolana Huafeng – Construções e
Engenharia. O que se verificou pela primeira vez no mercado
financeiro do País.
O Standard Bank Angola foi ainda eleito o melhor Banco
de Angola em 2012 pela Revista Global Banking & Finance
Review. O prémio anual reconhece as empresas do sector
bancário e financeiro que se destacaram. O Banco foi
homenageado em reconhecimento do seu compromisso com
a qualidade, desempenho e o rápido crescimento junto da
economia angolana.
O Standard Bank de Angola ganhou o prémio de Melhor
Banco Universal em Angola pela Revista Capital Finance
Internacional. Os critérios para receber este prémio são o
crescimento das vendas, mas também a qualidade, inovação,
serviço, integridade e percepção do mercado.
27
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
10
Principais Segmentos de Negócio
O modelo organizacional de negócios do Standard
Bank de Angola encontra-se dividido em dois segmentos
principais: “Personal & Business Banking” (Particulares
e Pequenas e Médias Empresas (PME)) e “Corporate &
Investment Banking” (Banca de Investimento e Grandes
Empresas).
O modelo de negócio adoptado privilegia o Cliente,
procurando construir relacionamentos de longo prazo
e oferecendo soluções de negócios inovadoras e
individualizadas para cada Cliente. Alinhando a sua
estratégia com a do Grupo e com as melhores práticas
na abordagem aos Clientes, o Standard Bank de Angola
adoptou uma estratégia centrada no Cliente procurando
soluções que vão ao encontro das suas exigências.
Este foco estratégico originou a segmentação da
base de Clientes a fim de melhorar a visão sobre as suas
necessidades, a alteração dos seus comportamentos
ao longo do tempo e a forma como o Banco poderá
responder a essas necessidades e mudanças, de modo
mais eficiente e ao mesmo tempo acrescentando valor
para os seus Clientes.
Personal & Business Banking (PBB)
O segmento de Particulares e Pequenas e Médias
Empresas do Standard Bank de Angola inclui três
direcções direccionadas para Particulares, PME’s e
“Private Banking”.
A Direcção de Particulares é responsável pela definição
da estratégia, formulação, alinhamento e implementação
de soluções para os Clientes Particulares do mercado
angolano. O relacionamento com estes Clientes é
liderado por gestores de contas, capazes de estruturar
as necessidades financeiras de cada Cliente, a fim de
avaliar correctamente quais os produtos e serviços
disponibilizados pelo Standard Bank de Angola mais
adequados à satisfação das necessidades e expectativas
dos Clientes.
28
Em 2012, o Banco atingiu os 6.784 Clientes
Particulares, não considerando os Clientes colaboradores
do Banco, com mais de 12.800 contas abertas. Este
crescimento resultou em grande parte dos protocolos
estabelecidos com as empresas para oferta de produtos
com condições vantajosas aos colaboradores dessas
entidades e domiciliação dos ordenados pagos.
Para 2013 o objectivo ao nível é continuar focados
nos protocolos com as empresas e aumentar a oferta de
produtos para os Clientes, nomeadamente cartões de
crédito e soluções em termos de poupanças, crédito à
habitação e outras formas de financiamento.
A Direcção de Pequenas e Médias Empresas tem como
objectivo oferecer soluções financeiras apropriadas
e eficazes para as empresas através de uma equipa
de gestores focados nos negócios e especialistas na
definição e estruturação de operações para cada negócio.
Para servir as necessidades financeiras destes Clientes, o
Standard Bank de Angola oferece uma gama diversificada
de produtos, que se destinam a responder às necessidades
de curto, médio e de longo prazo do Cliente, por meio do
comércio internacional, investimento e soluções próprias.
A nossa estratégia é servir a cadeia de valor dos Clientes,
desde o mais básico ao mais sofisticado serviço financeiro,
e manter elevados padrões de qualidade do serviço ao
Cliente mantendo sempre a eficiência de custos.
Em 2012, o Banco atingiu os 546 Clientes neste
segmento que conta com 1.177 contas abertas. Para
o próximo ano este segmento tem como principais
objectivos a definição de um modelo de colaboração
com o Ministério da Economia no âmbito do Programa
de Investimento de Angola e aumentar a capacidade da
oferta em termos de operações de Leasing.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
A Direcção de “Private Banking” oferece uma gama
completa de soluções de gestão de fortunas, quer para
Clientes privados como para Clientes institucionais. Este
segmento dispõe de soluções personalizadas, incluindo
serviços de gestão de activos, administração de fundos,
serviços bancários institucionais, serviços bancários
off-shore e serviços de Clientes Privados. Oferece
ainda serviços fiduciários para o estabelecimento de
veículos de investimentos e holdings de investimento.
A nossa presença em mercados desenvolvidos e
emergentes permite-nos diagnosticar e explorar as novas
oportunidades de negócio para os nossos Clientes e para
o Banco.
Em 31 de Dezembro de 2012, este segmento contava já
com 531 Clientes, com 1.080 contas abertas. O proveito
com comissões resultantes de operações contratadas
por esta Direcção tiveram um crescimento acentuado
durante 2012, devido em grande parte à actividade de
“Bankassurance” desenvolvida no âmbito desta Direcção.
Corporate & Investment Banking (CIB)
O segmento de Banca de Investimento e Grandes
Empresas do Standard Bank Angola está organizada
matricialmente com uma Direcção de Clientes Grandes
Empresas e três Direcções com equipas de produto
dedicadas a Grandes Empresas. As equipas de produto
consistem nas Direcções de Mercado de Capitais, de
Banca Transaccional e de Banca de Investimento.
A Direcção de Grandes Empresas tem a responsabilidade
de originar, acompanhar e fidelizar os Clientes Corporate
do Standard Bank utilizando para tal o conhecimento,
presença e credenciais de experiência do Grupo Standard
Bank.
A Direcção de Banca de Investimento disponibiliza
aos seus Clientes um serviço completo de soluções,
desde montagem e tomada firme de financiamentos
de longo prazo à estruturação de produtos complexos
e especializados. Os nossos produtos incluem:
Financiamento, Assessoria Financeira e Corporate
Finance, Leveraged and Acquisition Finance, Project
Finance, Dívida de Mercado de Capitais e Financiamento
Imobiliário, entre outros.
O Standard Bank dispõe de uma equipa de profissionais
especializados em sectores relevantes como Petróleo
e Gás, Indústria Mineira, Energia e Infra-Estruturas,
Telecomunicações e Media, Governo e Sector Público. Pelo
contínuo processo de aprofundamento do conhecimento
de todos os intervenientes na cadeia de valor dos mais
variados sectores, encontramo-nos aptos a desenvolver
e a oferecer soluções abrangentes e globais adaptadas às
necessidades individuais e específicas de cada transacção
e de cada Cliente. A presença internacional do Standard
Bank permite-nos coordenar e executar todos os serviços
bancários e necessidades de financiamento dos nossos
Clientes dentro do continente, bem como entre diferentes
continentes.
O ano de 2012 ficou marcado pela atribuição ao
Standard Bank de Angola de dois prémios internacionais
por duas reputadas publicações da área que reconheceram
o Standard Bank de Angola como o melhor banco de
investimento de Angola. Os prémios recebidos foram
o Best Investment Bank in Angola pela EMEA Finance
Africa Awards 2012 e o Best Investment Bank in Angola
pela Global Finance Magazine nos seus prémios anuais ao
sector bancário internacional.
Durante 2012 o Standard Bank Angola participou em
várias operações de grande dimensão com entidades
públicas e privadas em Angola, e completou 9 operações que
consistiram em 5 operações de crédito local, 3 operações
de crédito internacional e 1 operação de assessoria
financeira. A Direcção cresceu significativamente a
carteira de crédito face ao ano anterior, pretendendo
continuar a desenvolver a actividade para consolidar a
imagem de rigor, excelência de conhecimento e inovação
financeira no mercado Angolano.
29
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
A Direcção de Mercado de Capitais do Standard Bank de
Angola oferece aos seus Clientes actividades de Trading
bem como soluções de gestão de risco a exposições de
câmbios, taxas de juros, crédito e commodities, com o
foco nas estratégicas de investimento e de cobertura
de risco dos Clientes. O Standard Bank Angola está
numa posição única para fornecer serviços e produtos
de tesouraria com foco no Cliente, tanto em produtos
standardizados como produtos personalizados, apoiados
num sólido conhecimento de mercados emergentes, em
particular dos mercados africanos. Oferecemos produtos
de investimento e soluções estruturadas para os nossos
Clientes institucionais. Para os Clientes de retalho temos
uma ampla gama de produtos estruturados que geram
retornos pré-definidos ligados a um ou mais mercados
financeiros subjacentes.
Durante o ano de 2012, a Direcção de Mercado de
Capitais do Standard Bank Angola movimentou mais
de mil milhões de dólares em transacções no mercado
cambial, tendo participado activamente na dinamização
do mercado monetário interbancário e nos leilões de
títulos tanto do Banco Nacional de Angola como do
Ministério das Finanças.
A Direcção de Banca Transaccional oferece produtos da
banca transaccional que têm como objectivo acrescentar
valor à forma como os nossos Clientes lidam com o
ciclo de gestão de caixa dos seus respectivos negócios.
Cada vez mais os nossos Clientes têm feito uso da nossa
intermediação face aos desafios vividos pelos mesmos
durante a gestão de liquidez. De tal modo, esforçámo-nos
para introduzir continuamente soluções que permitam
tanto uma melhor gestão de liquidez assim como uma
circulação cada vez mais eficiente de fundos.
30
O ano de 2012 reconheceu a inovação da equipa de
Banca Transaccional através da primeira emissão de
uma Carta de Crédito em RMB (moeda Chinesa), o que
mereceu a atribuição de um prémio internacional pela
revista Global Trade Review como Deal of the Year 2012.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
11
Rede de Distribuição
Com o objectivo de oferecer uma qualidade de serviço
e um crescente acesso aos serviços bancários, o SBA tem
em curso um programa de alargamento da rede comercial
do país. Em 2012 foram abertas 12 novas agências e o
objectivo é terminar 2013 com um total de 27 agências
distribuídas por todo o país.
Em 31 de Dezembro de 2012 a distribuição das agências
do Banco era a seguinte:
Agências
Morada
Cidade
Nº de Telefone
Belas
Belas Business
Park
Luanda
+244 226 432 603
Torre
Ambiente
Largo do
Ambiente
Luanda
+244 226 432 566
Presidente
Largo 4 de
Fevereiro
Luanda
+244 226 432 594
Palanca
Estrada do Catete Luanda
+244 226 432 656
Ginga
Shopping
Estrada Camama
Viana
+244 226 432 611
Shoprite
Lubango
Avenida
Agostinho Neto
Lubango
+244 226 432 671
Shoprite
Lobito
Cruzamento entre Lobito
a Rua Cerveira
e a Av. Salvador
Correia
+244 226 432 612
Shoprite
Huambo
Av. João Paulo
Segundo
Huambo
+244 226 433 221
AAA - Viana
Rua Rainha
Nginga
Viana
+244 226 433 189
AAA - Lenine
Av. Lenine
Ingombota
Luanda
+244 226 433 149
AAA - Praia do Av. Dr. Agostinho Luanda
Bispo
Neto
+244 226 433 156
Maianga
Rua da Maianga
Luanda
+244 226 432 533
Rei
Katyavala
Rua Rei Katyavala Luanda
+244 226 432 584
AAA
Ondjiva
Cruzamento
entre a Rua Dr.
Agostinho Neto
e a Rua Angelina
Tavares Carina
Ondjiva
+244 226 433 211
AAA
Lubango
Bairro Comercial,
Av. do Mucufi
Lubango
+244 226 432 699
Outros meios de distribuição
O Banco tem investido ainda noutros meios de distribuição
como parte da sua estratégia de reforço da sua rede
comercial, nomeadamente através da instalação de ATM’s
e criação de um serviço de “Homebanking”.
Em 31 de Dezembro de 2012 o Banco tinha já 23 ATM’s
activos e 59 POS’s em funcionamento, concentrados
sobretudo em Luanda, mas o Banco tem o objectivo de
expandir a sua distribuição por todo o país.
31
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
12
Qualidade de Atendimento ao Cliente
O principal objectivo do Banco é a qualidade de
atendimento e dos serviços prestados aos Clientes,
garantindo assim que estes tenham uma experiência de
excelência junto do SBA.
Para além da gestão e controlo de reclamações, que
dá seguimento às solicitações dos Clientes, a área de
Qualidade de Atendimento faz uma análise detalhada de
todos os processos e procedimentos que geraram cada
reclamação, redesenhando-os sempre que necessário,
de modo a evitar que haja reincidência das ocorrências.
Adicionalmente, esta área, juntamente com a equipa
de Formação e Desenvolvimento de Talentos, definem
formações e acções de reciclagem de conhecimentos
dirigidas a todas as equipas da instituição.
O SBA realizou um inquérito de satisfação de Clientes
que apontou um índice de aprovação de 74% dos Clientes
que classificaram o Standard Bank como excelente,
obtendo uma pontuação 8,65 em 10 nos diversos tópicos
avaliados, sendo eles:
•Atendimento e Receptividade das Equipas;
•Apresentação e Postura das Equipas;
•Acessibilidade e Conhecimentos dos Gestores de
Relacionamento com os Clientes;
•Preçário, Produtos e Ofertas;
•Organização, Limpeza, Acessibilidade e Apresentação
das Agências.
Através deste inquérito foram ainda identificados pontos
de melhoria que necessitavam ser implementados, o que
possibilitou a optimização de processos prioritizando a
agilidade na entrega de produtos e serviços aos nossos
Clientes com maior qualidade e eficiência.
Outro factor relevante identificado e implementado
durante o ano de 2012 foi a importância da existência
de um Centro de Apoio ao Cliente com atendimento sete
dias por semana, vinte e quatro horas por dia, permitindo
ao Cliente contactar o Standard Bank de Angola sempre
que desejar.
32
No decorrer do ano de 2012 identificámos ainda
a necessidade da realização de um trabalho de Cliente
Mistério que nos permitirá uma avaliação mais precisa
em relação aos nossos profissionais. Este projecto será
implementado já em 2013.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
13
Recursos Humanos
A fim de construir uma instituição financeira sólida,
rentável e que seja um modelo de excelência, o
Standard Bank de Angola desenvolveu a capacidade de
atrair e reter talentos Angolanos. O SBA tem feito um
investimento significativo em capital humano, criando
equipas equilibradas, compostas principalmente por
jovens profissionais Angolanos.
O Banco tem implementado um processo de selecção
rigoroso, que observa os seguintes passos: análise
curricular da experiência e adequação à função; realização
de testes de aptidão recomendados para a função; e
entrevistas individuais com a Direcção de Recursos
Humanos e a Direcção da função que se pretende
preencher.
Com o crescimento continuado do negócio, o Standard
Bank de Angola tem vindo a criar mais postos de trabalho,
tendo proporcionado um recrutamento directo crescente
de pessoal nacional jovem. Em 31 de Dezembro de 2012
o quadro de pessoal do Banco era composto por 352
colaboradores.
Em 31 de Dezembro de 2012, a distribuição etária
dos efectivos do Banco comprova a aposta clara em
profissionais angolanos jovens:
A distribuição dos efectivos do Banco por nível de
escolaridade em 31 de Dezembro de 2012 demonstra o
investimento do Banco em profissionais com formação
superior (82% com licenciatura concluída ou em processo
de conclusão de um curso superior):
Apresentamos de seguida a evolução do número de
colaboradores:
Curso Médio
33
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
RECRUTAMENTO
O mercado de trabalho Angolano, pelas suas características
e especificidades, tem colocado alguns desafios ao
Banco, nomeadamente a escassez de recursos, grande
competitividade entre as empresas pelos recursos existentes,
risco permanente de saída de quadros qualificados dada a
riqueza de vagas em aberto no mercado, o que exige uma
estratégia de capital humano focada na formação e motivação
profissional de forma a reter os melhores quadros.
O compromisso com o projecto de Angolanização e a
escassez de quadros no mercado local incentivam o SBA a
participar em eventos de recrutamento dedicados a candidatos
de nacionalidade Angolana a residir no estrangeiro. O Banco
assumiu o compromisso de auxiliar a sua reintegração na
sociedade e mercado de trabalho Angolano através de acções
de suporte específico.
Seguem alguns dos eventos nos quais o SBA marcou
presença durante 2012:
• Elite Angolan Careers – Lisboa, Março 2012
• Elite Angolan Careers – Luanda, Junho 2012
• Elite Angolan Careers – Cape Town, Novembro 2012
• Global Career Company – Londres, Novembro 2012
Para além destes eventos, o Banco estabelece ainda
protocolos e relações próximas com as Universidades
nacionais, tendo participado nos seguintes eventos durante
o ano de 2012:
• Universidade Católica de Angola – Maio 2012
• Faculdade Lusíada de Angola – Maio 2012
• Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações
Internacionais CIS – Outubro 2012
• Universidade Católica de Angola – Dezembro 2012
FORMAÇÃO
Nr. Total de participações em formação 1259
Horas totais de formação 1574
Média de horas por pessoa 5.3
34
A prioridade do Banco é a participação activa na formação
dos seus colaboradores, com particular ênfase na evolução
da carreira pessoal, de modo a continuar a justificar o
reconhecimento como Banco de referência em Angola. Ainda
neste âmbito, o SBA continua a implementar uma cultura de
transferência de conhecimentos da sua equipa mais experiente
e com mais qualificações, para os colaboradores mais jovens.
O SBA acredita que a liderança assenta em valores sólidos
mas também, e fundamentalmente, num Capital Humano com
o potencial necessário para entregarmos a excelência de serviço
a que nos propusemos. Desta forma, e com o compromisso
permanente de identificar, atrair e seleccionar talento local
que possa contribuir para a missão e plano estratégicos, o
Banco procura sustentar esta estratégia com base na criação
de um ambiente de aprendizagem e oportunidades de
desenvolvimento constantes.
O SBA aposta fortemente em programas de formação e
desenvolvimento inovadores e alinhados com os objectivos e
necessidades de cada Departamento do Banco, estabelecendo
parcerias com instituições credíveis e reconhecidas e
desenhando programas de desenvolvimento com a dupla
vertente técnica e comportamental.
As principais iniciativas a nível do desenvolvimento do capital
humano do Banco foram:
Programa de Acolhimento para novos colaboradores
Programa de recorrência mensal que visa facilitar a integração
dos novos colaboradores dando-lhes uma visão geral da
história do Standard Bank a nível global e local, missão, valores,
estrutura organizacional, objectivos gerais de cada Direcção,
produtos e serviços e objectivos estratégicos do Banco.
Dá igualmente oportunidade aos novos colaboradores de
conhecerem os principais interlocutores de todas as Direcções
do Banco, facilitando desta forma a adaptação à cultura e
“modus operandi” do Banco.
Programas de Liderança
Programa de desenvolvimento de competências
comportamentais essenciais para o desempenho de excelência,
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
promove relações interpessoais positivas que contribuem para
o alcance dos objectivos individuais e de equipa e realça a
importância da comunicação como meio fundamental para o
sucesso das equipas e desenvolvimento individual.
Curso de Especialização em Negócio Bancário
Formação que visa facultar as bases de negócio bancário a
todos os novos colabores, tanto das áreas de negócio como das
áreas de suporte. Os conteúdos fundamentais são: Fundamentos
de gestão e organização de banca; Produtos bancários e meios
de pagamento; Mercados e produtos financeiros; Operações
de comércio internacional e Noções gerais de crédito. Foram
realizados 2 ciclos completos em 2012.
Formações Técnicas Específicas
Diversas formações realizadas pelo Banco direccionadas
às necessidades específicas de cada área, entre as quais
se destacam as formações relativas aos seguintes tópicos:
“Euromoney: Comprehensive Trade Finance”, Vendas de Banca
de Investimento e Grandes Empresas, Negócios de Cartões
Visa, Processos de Abertura de Contas, Legislação Bancária,
Produtos e Sistema de Pagamentos Bancários, Legislação
Laboral e Salesforce.
Programa de Integração e Mentoring para Estagiários
Programa de integração e acompanhamento para jovens
recém licenciados, com 12 meses de duração e rotatividade
por várias áreas do Banco de forma a permitir uma preparação
abrangente e genérica do negócio. O Estagiário tem um
mentor que o acompanha durante todo o período de estágio,
definindo objectivos e avaliando e alinhando o desempenho ao
longo do estágio. Se a avaliação final for positiva é oferecido
ao estagiário um posto efectivo no Banco numa das áreas que
integrou durante o período de estágio.
Deslocações a áreas de Excelência
do Standard Bank Group:
Viagens a diferentes geografias onde o Banco está presente
que permitem períodos de observação, exposição e partilha de
práticas de excelência existentes dentro do grupo.
Programas de Desenvolvimento
na Academia de Liderança do Grupo:
Destes programas destacam-se o “Foundation Leadership
Training”, o “Management Essentials Programme”, o “Team
Leader Programme” e o “Branch / Regional Management
Development Programme”.
Programa de Mobilidade Internacional
de quadros Angolanos:
O objectivo deste programa é o de permitir que quadros
do painel de talento angolano possam passar períodos de 12
a 24 meses em “expatriação” de maneira a optimizar as suas
competências e experiência para que no regresso possam
assumir postos de maior responsabilidade. Actualmente temos
1 colaboradora Angolana a beneficiar do programa e o objectivo
é ter mais 5 até final de 2013, nomeadamente da Direcção de
Mercado de Capitais, da Direcção de Banca de Particulares e
Empresas, e da Direcção de Banca de Grandes Empresas e de
Investimento.
A visão do Banco para 2013 é dar continuidade ao forte
investimento na formação do seu capital humano, promovendo
em especial os seguintes aspectos:
• Manter o foco em programas de formação inovadores,
alinhados com os objectivos das diferentes áreas;
• Apoiar um Mestrado Executivo em Gestão Bancária a fim de
reconhecer e reter talento;
• Implementar os programas do Standard Bank Group em
Vendas e Crédito para os segmentos de PBB e CIB;
• Implementar um programa do Standard Bank Group focado
na Qualidade de serviço para todas as áreas;
• Desenvolver e implementar um programa de acolhimento
específico por área;
• Manter a parceria de apoio no projecto “Accelerated Growth
Program” no que diz respeito ao tema: “Pessoas”;
• Desenvolver uma liderança capaz, alinhada às práticas e
exigências do Standard Bank Group, promovendo uma
formação em liderança estratégica para directores e
diferentes programas de liderança e gestão de equipas para
gestores e “team leaders” identificados com talento.
35
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
14
Gestão de Riscos
O Standard Bank Group dispõe de uma estrutura
organizativa que, assente em princípios de uma gestão
de riscos avançada, preserva a independência da função,
mantendo a proximidade às áreas de negócio de onde
originam os riscos.
De acordo com a estrutura do Grupo, o Presidente da
Comissão Executiva é responsável pelo Sistema de Gestão
de Riscos do Banco, garantindo um desenho adequado e a
operacionalidade dos controlos, com base nos requisitos e
orientações do Grupo. O Presidente da Comissão Executiva
é apoiado nesta responsabilidade pelo “Chief Risk Officer
(CRO)”, que é um órgão independente responsável pela
Função de Gestão de Riscos do Banco, tendo como
principais objectivos o acompanhamento e avaliação do
Sistema de Gestão de Riscos, e o aconselhamento ao
Conselho de Administração em matéria de Risco. Esta função
é responsável essencialmente pelos Riscos de Crédito,
Mercados, Taxa de Juro, Cambial, Liquidez, Operacional,
Estratégico, Reputacional, Cumprimento e Sistemas de
Informação. Para garantir a independência desta função, o
CRO reporta ao Presidente da Comissão Executiva do Banco
e ao CRO do Standard Bank Group.
A política de gestão de riscos no SBA tem por objectivo
gerir e controlar activamente a exposição à incerteza e está
alinhada com os objectivos globais do Standard Bank Group.
Neste sentido, o Banco tem vindo a dotar-se de elementos
tanto qualitativos (estrutura, sistemas e procedimentos),
como quantitativos (metodologias e ferramentas)
considerados necessários para maior eficácia.
O Standard Bank de Angola serve-se da gestão de riscos
como instrumento que permite a optimização do uso do
capital e a selecção das melhores oportunidades de negócio,
optimizando a relação entre o Risco/Retorno para melhor
responder às necessidades dos nossos accionistas. No SBA
isto é possível através da adopção dos modelos, metodologias
e melhores práticas de gestão de riscos concebidos pelo
Grupo.
36
Definições das principais categorias
de Riscos de acordo com o Comité de Basileia
Risco de Crédito
O Risco de Crédito é a possibilidade de perda de valor
do activo do SBA, em consequência do incumprimento
das obrigações contratuais, por motivos de insolvência ou
incapacidade de particulares ou empresas de honrar os seus
compromissos para com o Banco.
Risco de Mercado
Possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da
flutuação nos valores de mercado de posições detidas
por uma instituição financeira, bem como da sua margem
financeira, incluindo os riscos das operações sujeitas à
variação cambial, das taxas de juros, dos preços de acções e
dos preços de mercadorias (commodities).
Risco Liquidez
Possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre
activos negociáveis e passivos exigíveis – “desfasamentos”
entre pagamentos e recebimentos – que possam afectar a
capacidade de pagamento da instituição, levando-se em
consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação
dos seus direitos e obrigações.
Risco Operacional
Possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de
falha, deficiência ou inadequação de processos internos,
pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco
legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos
assinados pela instituição, bem como a sanções em resultado
do incumprimento de disposições legais e a indemnizações
por danos a terceiros decorrentes das actividades
desenvolvidas pela instituição.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
Estrutura de Gestão de Riscos do Grupo
Standard Bank
Group Board
Mangement
Board
Committees
Committees
Group Executive
Group Audit
Committee
Committee
Group Risk &
Capital
Management
Group Credit
Committee
Committee
SBSA Large
Exposure
Credit
Committee
Group Risk
Oversight
Committee
Intragroup
Exposure
Committee
Group Risk
Compliance
Committee
Group Capital
Management
Committee
Group Asset &
Liability
Committee
Group Operational
Risk
Committee
Group Country
Risk
Management
Committee
Global Personal &
Business Banking
Credit Committee
Global Corporate
& Investment
Banking Credit
Committee
37
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
Modelo de Gestão de Riscos no SBA
O Standard Bank de Angola adoptou como modelo três
linhas de actuação. A responsabilidade pela gestão de
risco dentro de cada linha de defesa encontra-se no nível
funcional e dos comités. As Linhas de reportes garantem a
segregação de funções e independência do modelo. As três
linhas de actuação são descritas de seguida:
Primeira
linha de
actuação
Segunda
linha de
actuação
Descrição
Responsabilidades
Gestão das
Unidades de
Negócio e de
Suporte
O principal responsável pela gestão de risco do
Banco.
Apreciação, avaliação e mensuração de riscos é
um processo contínuo que está integrado nas
actividades quotidianas do negócio. Este processo
inclui a implementação de estrutura de gestão
do grupo de risco, identificação de problemas
e tomada de medidas correctivas sempre que
necessário. A Gestão de unidade de negócios
também é responsável por informar os órgãos de
de gestão dentro do grupo.
Grupo e unidade
de negócio com
funções de gestão
de risco que são
adequadamente
independentes
da gestão de
negócios
As funções de gestão de risco do grupo são
primariamente responsáveis pela definição da
estrutura do grupo de gestão de risco e políticas,
proporcionando a supervisão e informação
independente para a gestão executiva através da
Comissão de Supervisão de Risco do Standard
Bank Group, e para o Conselho de Administração
através do comité de crédito, do risco, e do
Comité de Gestão de Capital.
As funções de gestão de risco das unidades
de negócios visam implementar o modelo
de gestão de risco do grupo, e política nas
unidades de negócio, aprovar os riscos dentro de
mandatos específicos e fornecer uma visão geral
independente da eficácia da gestão de risco pela
primeira linha de defesa.
No que respeita à segunda linha de actuação, ela é
composta por quatro funções definidas de seguida:
Finanças
Responsável pela Gestão da tesouraria e de capital (TCM),
Gestão do capital, Risco de liquidez, Carteira bancária, Risco
de taxa de juros, Risco de negócio, Gestão da carteira de
crédito, Gestão fiscal e Controlo financeiro.
Gestão de Riscos
Responsável pela Gestão do Risco de crédito e país, Risco
de Mercado, Risco Operacional incluindo Continuidade
dos Negócios, Confidencialidade, Gestão de Coberturas
(Garantias, seguros) e Gestão Integrada de Riscos.
Área Jurídica
Responsável pela Gestão prudencial por região e
transaccional por tipos de produtos.
Governação
Responsável pela prevenção de fraude, Sustentabilidade,
Compliance, Segurança física e Segurança no trabalho e saúde.
Cada uma destas quatro funções tem recursos tanto a
nível central como ao nível das linhas de negócio.Os recursos
centrais coordenam as actividades dentro de uma função em
todas as linhas de negócios e pessoas jurídicas. Os recursos
destinados às linhas de negócio suportam a gestão de
negócio para garantir que os riscos são geridos de forma
eficaz e o mais próximo da fonte de risco possível.
Critérios adoptados de Gestão dos Riscos no SBA
Terceira
linha de
actuação
38
Função de
Auditoria Interna
Fornece uma avaliação independente da
adequação e eficácia do quadro global de
gestão de risco e estruturas de gestão de risco
e relatórios para o Conselho de Administração
através do Comité de Auditoria.
Gestão do Risco de Crédito
A Gestão do Risco de Crédito no Standard Bank Group
fundamenta-se numa abordagem global que abrange cada
uma das fases do processo: análise, autorização, seguimento
e, se for o caso, recuperação.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
A Gestão do Risco de Crédito no Standard Bank Group
baseia-se ainda nas normas, políticas, procedimentos,
metodologias, ferramentas e sistemas, que constituem um
suporte básico para uma gestão eficiente.
Com o objectivo de poder assegurar uma adequada gestão
do risco, o modelo definido de gestão do risco de crédito,
suportado numa organização matricial, está integrado
na estrutura geral de controlo do Standard Bank Group e
envolve todos os níveis que intervêm na tomada de decisões
de risco mediante a atribuição de funções e utilização de
procedimentos, circuitos de decisão e ferramentas que
delimitam claramente as responsabilidades.
Um dos principais pilares na gestão rigorosa do risco
de crédito é a correcta avaliação de risco dos clientes e
das operações em todo o processo desde a concessão,
seguimento e recuperação de crédito. Esta avaliação é
baseada em procedimentos de análise bem definidos e
atribuição de um rating de crédito.
Considerando a carteira de crédito ainda recente do Banco,
o acompanhamento do risco de crédito e a sua correcta
valorização no balanço do Banco tem sido efectuado apenas
com base no normativo do BNA (Aviso n.º 3/2012, de 28
de Março). No entanto, o objectivo futuro é complementar
esta análise com a implementação do modelo de imparidade
preconizado pelo Grupo, assim que o histórico das operações
do Banco seja suficiente para uma avaliação adequada.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a exposição máxima
ao risco de crédito correspondia ao valor líquido das operações
em balanço. Considerando que as operações contratadas têm
no máximo dois anos, o nível de incumprimento verificado é
ainda pouco expressivo, não existindo nem operações abatidas
ao activo nem operações reestruturadas.
Gestão do Risco de Mercado
O departamento de Market Risk é o responsável pela
integridade dos dados e por garantir que essa integridade
pode ser provada.
Os conteúdos dos pacotes diários são elaborados
pela área de Market Risk e incluem todos os riscos do
mercado relevantes analisados pela unidade de negócio,
incluindo determinadas exposições a sensibilidades de risco
prospectivas, Value-at-Risk normal e Value-at-Risk sob
stress, incluindo comentários sobre as alterações; atribuição
pela unidade de negócio dos lucros e perdas, incluindo
comentário; e a agregação de riscos idênticos de múltiplas
unidades de negócio e por entidade que permita uma
agregação das entidades.
Os princípios da gestão dos riscos do mercado são necessários
para quantificar, monitorizar e controlar a exposição ao risco
do mercado. Os princípios de gestão são os seguintes:
• Identificação;
• Medição;
• Especificação da apetência pelo risco sob a forma de
limites e alarmes. A distinção entre um limite e um alarme
é a seguinte:
Limites:
Servem para controlar o perfil de risco do Banco e para
garantir que o negócio opera dentro da apetência de
risco do Banco. O CGAP ou uma parte autorizada pelo
CGAP aprova os limites definidos. O incumprimento dos
limites é remetido para a parte autorizada a definir o
limite e exige a tomada imediata de acções correctivas
sob a forma de alargamento ou redução do risco.
Alarmes:
Os alarmes são utilizados para monitorização; alertam
a gestão quando são excedidas tolerâncias. O CGAP ou
uma parte autorizada pelo CGAP aprova os alarmes. O
incumprimento dos alarmes é remetido para a parte
autorizada a definir o alarme.
• Backtesting;
• Validação do modelo;
• Validação dos preços e política de reconhecimento de
proveitos. As unidades de negócio aprovam periodicamente
as posições e contas de resultados.
39
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
Gestão do Risco Cambial
O risco cambial surge como consequência de variações nas
taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições
abertas” nessas mesmas moedas.
No SBA, a gestão do risco cambial é da responsabilidade
da Direcção de Mercado de Capitais, para a qual são
transferidas, em tempo real, todas as posições originadas
nas restantes áreas de negócio. Estão definidos e são
diariamente controlados, os limites para posições abertas.
Gestão do Risco Taxa de Juro
O Risco de Taxa de Juro diz respeito ao impacto que
movimentos nas taxas de juro têm nos resultados e no valor
patrimonial do Banco. Este risco deriva dos diferentes prazos
de vencimento ou de reapreciação dos activos, passivos e
posições fora de balanço da entidade (risco de reapreciação),
face a alterações na inclinação da curva de taxas de juro
(risco de curva), face a variações na relação entre as curvas
de mercado que afectam as distintas actividades bancárias
(risco de base).
O Risco de Taxa de Juro corresponde ao risco do valor
actual dos cash-flows futuros de um instrumento financeiro
sofrer flutuações em virtude de alterações nas taxas de juro
de mercado.
A exposição do Banco a movimentos nas taxas de juro
constitui um risco inerente ao desenvolvimento da actividade
bancária, sendo em simultâneo uma oportunidade para a
criação de valor económico. Neste sentido, o Risco de Taxa
de Juro deve ser gerido de modo a não ser excessivo face
aos Fundos Próprios do Banco, mantendo uma relação
estável em relação ao resultado esperado.
Gestão do Risco de Liquidez
No SBA cabe ao Comité de Activos e Passivos (ALCO) o
estabelecimento das linhas orientadoras da Gestão do Risco
de Liquidez, para que exista uma adequada gestão dos
recebimentos e pagamentos no tempo.
O Banco baseia a Gestão do Risco de Liquidez no rácio
de Liquidez, usando a metodologia de identificação para
40
cumprimento dos requisitos de informação do BNA para
risco de liquidez, e recorre à informação da Base de Dados
Financeira (T24) e à informação disponibilizada pela
Direcção de Mercado de Capitais na aplicação “Calypso”.
O Banco efectua ainda reportes periódicos para o Grupo,
demonstrando a sua posição e cumprimento de limites,
acções de mitigação em caso de necessidade, entre outras
informações.
Em 2012, a captação de recursos colmatou as
necessidades de liquidez do Banco, que com uma carteira
de crédito pouco expressiva, apresenta disponibilidades e
aplicações de liquidez com um grande peso no Balanço do
Banco, representando 28% e 23%, respectivamente.
Gestão de Risco Operacional
O Standard Bank Group tem uma preocupação crescente
com a mitigação do risco operacional, efectuando um
investimento contínuo para aplicação das melhores práticas
internacionais.
A gestão do risco operacional no SBA preconiza a política
seguida pelo Grupo e assenta actualmente em três pilares:
• Política de Gestão de Incidentes;
• Indicadores-chave de risco operacional (“KRI”);
• Sistema de controlo e avaliação de operacionalidade.
A Política de Gestão de Incidentes envolve a
identificação, registo, investigação, quantificação
e reporte dos incidentes de risco operacional e a
subsequente implementação de medidas correctivas.
De acordo com esta política, os incidentes identificados
por qualquer membro do SBA devem ser reportados em
48 horas, existindo uma consciencialização de todos
os colaboradores para o nível de exposição a perdas
financeiras e não financeiras que o Banco tem de gerir.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
Em consequência da identificação e captura dos incidentes
operacionais, o Banco deve analisar e procurar melhorar os
procedimentos e controlos internos, bem como procurar
quantificar as perdas com base nos modelos do Grupo.
A implementação de indicadores-chave de risco
operacional é obrigatória em todo o Grupo e é essencial para
uma gestão do risco operacional numa base continuada.
Estes indicadores permitem a definição de um perfil de risco
e uma adequação das práticas de gestão de risco operacional
ao nível do Grupo.
De forma a identificar, avaliar e mitigar o risco
operacional, o Standard Bank Group preconiza uma
metodologia de identificação de riscos e controlos e
avaliação de operacionalidade. Com base nesta metodologia
são analisados os processos de negócio para identificar os
riscos envolvidos, bem como as actividades de controlo
necessárias à mitigação desses riscos. Periodicamente, deve
ser avaliada a operacionalidade das actividades de controlo
identificadas. Esta avaliação é efectuada de acordo com
um conjunto de passos e escalas de avaliação definidas
globalmente para todo o Grupo.
Todas estas políticas e directrizes encontram-se
formalmente definidas e divulgadas no SBA criando um
ambiente e um sistema de controlo adequado.
em Angola adoptando as melhores práticas de gestão de
crédito e a implementação de ferramentas avançadas.
Foram realizados progressos significativos na padronização
e melhoria de políticas de crédito, procedimentos e medidas
de todo o grupo. O grupo implementou uma série de modelos
internos para medir perfis de exposição e para o cálculo de
crédito (Credit Valuation Adjustment), permitindo assim ser
mais eficaz na avaliação de crédito, gestão e preços.
Risco-país
O sector bancário desenvolveu-se fortemente nos
últimos três anos e tende a expandir fortemente nos
próximos 10 anos, grande parte deste crescimento está
associado a indústria petrolífera e elevação dos índices de
desenvolvimento humano.
A estabilidade política durante o ano de 2012 e
manutenção da estabilidade económica dos principais
indicadores (juro, inflação, desemprego e câmbio) devem
garantir a continuidade das notas atribuídas em 2012 pelas
principais agências de rating. Apenas uma queda drástica
dos preços do petróleo pode comprometer essas avaliações.
Outro factor que contribuiu positivamente para a
economia foi o facto de Angola ter reforçado a gestão
macroeconómica e monetária, em coordenação com o FMI
no âmbito do Acordo Stand-by.
O ano de 2012 em resumo
Risco de crédito
A procura de crédito em Angola continua a crescer a
um ritmo acelerado, devido ao aumento da confiança no
ambiente económico, particularmente em Luanda. No
entanto, a volatilidade do mercado internacional é um factor
ponderador dos investimentos a longo prazo.
A carteira de crédito possui um perfil altamente
conservador alinhado as estratégias de negócio, através de
um crescimento sustentável e consciente. Como resultado
de fundamentos de melhoria contínua, o Standard Bank foca
os seus esforços em toda a África e solidifica a sua presença
Risco de mercado
O risco de mercado das operações de taxa de câmbio e
juro permanece dentro dos limites aprovados, com um
resultado positivo, que é o reflexo do modelo de negócio de
operações ao cliente e não especulativa.
Foi implementada durante 2012 a monitorização de um
conjunto de exposições de risco de crédito em operações
de mercado, que permite gerir melhor as exposições de
contraparte em operações de mercado. Adicionalmente,
houve uma melhoria significativa na monitorização realizada
por essa área através da automatização de grande parte dos
seus relatórios de análise.
41
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
Risco operacional
Visando uma melhor gestão de risco operacional desde
Dezembro de 2011, foi aprovado pelo GRCMC (Group Risk
and Capital Management Committee) a utilização do modelo
AMA (Advanced Measurement Approach). Este novo
modelo procura responder aos critérios de qualificação da
AMA em Basileia II. Os aspectos qualitativos deste modelo
são padrões mínimos para todas as operações do grupo e os
elementos quantitativos estão a ser implementados em linha
com a adopção da entidade bancária legal pertinente para
fins de alocação de capital.
Um modelo quantitativo interno foi desenvolvido para
cálculo de requisitos de capital de risco operacional. Esse
modelo passou com sucesso um processo de validação
externa independente.
Em Dezembro de 2011, o grupo apresentou um pedido
para a South Africa Reserve Bank usar a AMA para o cálculo
do risco operacional dos requisitos de capital regulamentar.
Esta aplicação será adoptada em todo o grupo.
Apesar do Standard Bank em Angola não ser obrigado pelo
Regulador a seguir modelos adoptados internacionalmente
(Basic Indicator Approach, Standardized Approach e
Advanced Measurement Approach), o Standard Bank segue
esses modelos e políticas em todas as suas subsidiárias.
Como parte integrante do processo de gestão de perdas,
o SBA permaneceu dentro dos limites aceitáveis de perdas
definidos pelo Grupo, não havendo registo de eventos
significativos ou de fraudes durante o período.
Adicionalmente, para fazer face ao risco operacional a que
está sujeita a sua actividade, o Standard Bank de Angola
possui seguros que cobrem suas instalações e equipamentos,
valores custodiados na sua rede de agências, bem como
seguros de acidentes de trabalho, visando a mitigação das
suas exposições e garantia da sua continuidade.
42
Controle do crime financeiro
Nos últimos anos, os bancos têm enfrentado um aumento
dos níveis de crime financeiro, devido ao desenvolvimento de
técnicas de fraude cada vez mais sofisticadas. Com o aumento
da tentativa de crimes financeiros, os bancos perceberam
que um sistema bancário seguro é um factor de diferenciação
face aos seus competidores. O grupo continuou a considerar
crime financeiro de forma holística, incorporando todos os
tipos de crime financeiro (incluindo lavagem de dinheiro e
ameaças de segurança física) na sua avaliação de risco.
A abordagem do grupo global para o crime financeiro foi
reforçada pela criação de uma estrutura holística, bem como
de políticas consistentes, padrões e metodologias.
A política de anti-fraude foi actualizada para considerar
todos os elementos de crime financeiro e foi aprovado um
novo grupo de políticas anti-crime financeiro. Foi ainda
implementada uma política para orientar e padronizar as
actividades de segurança física.
Casos de crime financeiro ou conduta anti-ética podem
ser relatados através de uma administração independente de
canal de denúncia (Hotline), disponível a todos os funcionários
e clientes. A facilidade está disponível em todas as geografias
em que o Grupo opera, sem custos para estes e em sigílio total.
A legislação na totalidade do grupo, respeitante à lavagem
de dinheiro e ao controle do financiamento do terrorismo,
impõe requisitos significativos em termos de identificação de
clientes, manutenção de registos e formação, bem como para
detectar, prevenir e denunciar o branqueamento de capitais e
o financiamento do terrorismo.
O Banco está a implementar as melhores práticas e lições
aprendidas, a fim de melhorar a detecção e comunicação nesta
área, como lavagem de dinheiro e combate ao financiamento
do terrorismo em todas as operações
O SBA está comprometido com a formação contínua e
consciencialização de funcionários e clientes sobre crimes
financeiros relacionados com o sistema bancário em Angola.
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
SÍNTESE DA ACTIVIDADE
15
Sustentabilidade
As mudanças na legislação ambiental na África do Sul
e em todo o mundo continua a colocar pressão sobre
os empréstimos do Banco e actividades operacionais,
agravados por expectativas crescentes de organizações de
financiamento e outras partes interessadas em torno de
riscos ambientais e sociais.
Gestão Integrada de riscos
O apetite pelo risco e actividades de teste de stress foram
aprimorados para oferecer melhor avaliação de cenários de
risco potencial e de impacto associado. Este, por sua vez,
permitiu decisões mais informadas sobre as actividades de
mitigação de risco.
Capital e gestão de liquidez
O SBA manteve a sua forte posição de capital, atendendo
ou superando todos os índices-alvo.
As posições de liquidez também foram mantidas dentro
dos limites aprovados. Colchões de liquidez apropriados
garantem a aversão ao risco global em curso e volatilidade
do mercado internacional.
As implicações da proposta de liquidez de Basileia III e
estrutura de capital continuam a ser avaliados.
No decorrer dos anos de 2012 e de 2013, o Standard
Bank Group terá implementado com sucesso um novo
sistema de gestão de liquidez do qual o SBA irá beneficiar.
Compliance
A Função de Compliance do Banco foi criada desde o
início de actividade do SBA em 2010. Esta Função tem
como objectivo assegurar, em conjunto com as demais áreas
do Banco, a adequação, consolidação e funcionamento
do sistema de controlo interno do Banco, com o intuito
de mitigar os riscos de acordo com a complexidade dos
negócios, bem como disseminar a cultura de controlos para
assegurar o cumprimento de Leis e Regulamentos existentes
no Banco.
Até Março de 2012, a Função de Compliance do SBA
estava integrada no Departamento Legal que tinha a
designação “Compliance & Legal”. Em 31 de Dezembro de
2012, o Compliance integrava e reportava directamente à
Direcção de Governance.
A actuação do Compliance consubstancia-se (não
limitado) no que se segue:
• Monitorizar o cumprimento de políticas, sistemas e
processos definidos no âmbito do sistema de prevenção
de branqueamento de capitais e do financiamento do
terrorismo, garantindo o cumprimento da Lei 34/2011
de 12 de Dezembro e do Aviso 22/2012 de 26 de Maio,
emitido pelo BNA. Ainda enquadrada nesta legislação, é
prestada informação à Unidade de Informação Financeira
do BNA, sempre que adequado ou solicitado;
• Conformidade com leis, normas e políticas internas;
• Adequar as normas externas com as normas internas;
• Participar na aprovação de novos produtos;
• Papel consultivo para a área de negócios;
• Reportar o risco de Compliance ao Conselho de
Administração;
• Disseminar os padrões éticos;
• Fortalecer a cultura de controlo interno.
43
Análise Financeira
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
ANÁLISE FINANCEIRA
17
Análise de Balanço
Milhares de USD
2012
2011
Var %
Disponibilidades
181.579
72.974
149%
Aplicações de liquidez
151.472
49.872
204%
Títulos e valores mobiliários
147.388
190.626
-23%
Créditos no Sistema de pagamentos
13.596
-
100%
Créditos
99.428
5.940
1.574%
Outros valores
27.399
25.856
6%
Imobilizações
25.906 8.183
217%
TOTAL DO ACTIVO
646.768
353.451
83%
Depósitos
542.883
279.941
94%
Captações para liquidez
-
15.515 -100%
Obrigações no sistema de pagamentos
3.293
625
427%
Operações cambiais
15
-
100%
Outras obrigações
22.654
18.439
23%
Provisões para responsabilidades prováveis
285
3.906
-93%
TOTAL DO PASSIVO
569.130
318.426
79%
ACTIVO
PASSIVO
FUNDOS PRÓPRIOS
Capital Social
100.000
50.000 Reservas
(12.063)
(7.049)
71%
Resultado líquido do exercício
(10.299)
(7.926)
30%
TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS
77.638
35.025
122%
646.768
353.451
83%
TOTAL DO PASSIVO + FUNDOS PRÓPRIOS
46
100%
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
ANÁLISE FINANCEIRA
Em 31 de Dezembro de 2012, o activo líquido total do
Banco ascendia a USD 647 milhões, traduzindo um aumento
significativo de 83% face ao exercício anterior
O crescimento verificado no activo reflecte essencialmente
o crescimento das rubricas de Disponibilidades, Aplicações
de Liquidez e Créditos. O aumento das rubricas
Disponibilidades e Aplicações de Liquidez, num valor
total de USD 210 milhões, deve-se ao aumento favorável
dos recursos captados de Clientes, parte dos quais estão
em processo de serem aplicados na concessão de Crédito
a Clientes. Este excesso de liquidez, verificado em 31 de
Dezembro de 2012, também se deve ao vencimento de
obrigações do tesouro no montante de USD 75 milhões que
atingiram a maturidade em Novembro de 2012.
O Crédito a Clientes apresenta em 2012 um crescimento
de 1.574% face a uma base reduzida de 2011. A carteira
de crédito em 31 de Dezembro de 2012 é composta
maioritariamente por operações contratadas com empresas,
que representam cerca de 72% do total. No entanto, foram
as operações com particulares que apresentaram o maior
crescimento, embora representando apenas 28% do total.
A carteira de crédito do SBA é composta maioritariamente
por facilidades em moeda nacional.
Neste aumento destaca-se o crescimento dos depósitos de
Clientes, resultado de um esforço continuado do Banco na
captação de recursos, em especial de empresas. Deste modo,
os depósitos verificaram um aumento de 94% relativamente
a uma base de USD 280 milhões em 2011.
Embora, em termos absolutos, o crescimento dos depósitos
em moeda estrangeira tenha sido superior em valor, mais USD
142 milhões do que em 2011, o crescimento dos depósitos
em moeda nacional foi muito superior em termos percentuais,
apresentando um crescimento de 145% face a 2011.
Esta captação de depósitos em USD deve-se ao facto
do Standard Bank de Angola ser visto como o Banco
preferencial para muitas das empresas multinacionais do
sector do petróleo e do gás natural.
O total do Passivo também apresenta um crescimento
significativo atingindo USD 569 milhões no final de 2012,
o que representa um aumento de 79% face ao ano anterior.
47
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
ANÁLISE FINANCEIRA
17
Análise de Resultados
Milhares de USD
Margem Financeira
Resultados de Negociações e Ajustes ao Valor Justo
2011
Var %
17.804
6.954
156%
-
100%
952
Resultados de Operações Cambiais
14.507
5.325
172%
Resultados de Prestação de Serviços Financeiros
10.778
8.876
21%
Produto Bancário
44.041
21.155
Gastos Administrativos
54.793
35.438
55%
Amortizações
2.582
1.562
65%
Resultado Operacionais
(13.334)
(15.845)
-16%
(3.569)
(145)
2.361%
(16.903)
(15.989)
6%
6.604
8.063
-18%
Provisões
Resultados antes de impostos Impostos sobre resultados
Resultados Liquídos
O produto bancário do Banco em 2012 atingiu os USD
44 milhões, evidenciando um crescimento de 108%. No
entanto, o exercício de 2012 foi apenas o segundo ano
completo de actividade do Banco, tendo-se mantido o
foco no investimento, de modo a dar continuidade ao
plano de crescimento acelerado que tem em curso. Neste
sentido, os gastos administrativos continuam a ser uma
rubrica com peso relevante nos resultados do Banco, a
qual teve um crescimento de 55% em 2012, cifrando-se
nos USD 55 milhões.
No final do exercício de 2012, a perda líquida fixou-se em
USD 10 milhões, o que representa um aumento no prejuízo
líquido de 30% em relação a 2011, tendo como principal
factor os custos operacionais em resultado da clara fase de
investimento em que o Banco se encontra.
48
2012
(10.299)
(7.926)
108%
30%
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
ANÁLISE FINANCEIRA
18
Fundos Próprios
O capital social aumentou no decurso do ano de 2012
de USD 50 milhões para USD 100 milhões. Este aumento
influenciou positivamente a liquidez e permitiu ainda elevar
o limite regulamentar do Banco.
Com este aumento de capital ocorreu também a entrada
de um novo accionista Angolano na estrutura do Banco,
a AAA – Activos, Lda., que irá permitir reforçar os laços
institucionais no país.
O rácio de solvabilidade regulamentar, no final de 2012,
foi de 22%, acima do limite de solvabilidade exigido pelo
Banco Nacional de Angola (≥ 10%).
19
Proposta de aplicação de resultados
Em conformidade com as suas obrigações estatutárias, o
Conselho de Administração apresentará à Assembleia Geral a
proposta de transferir as perdas líquidas de 2012 (no montante
de AOA 982.617.314) para Resultados Transitados.
Pelo Standard Bank de Angola, S.A.
Pedro Pinto Coelho
(Presidente da Comissão Executiva)
49
Demonstrações
Financeiras
Dezembro 2012
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Balanços patrimoniais em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Milhares de AOA
Milhares de USD
(Valores não auditados)
ACTIVO
Notas
2012
2011
2012
2011
DISPONIBILIDADES
4
17.399.988
6.953.060
181.579
72.974
APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ
5
14.514.987
4.751.870
151.473
49.872
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
5
9.013.943
4.987
94.066
52
Operações de Compra de Títulos de Terceiros com Acordo de Revenda 5
5.501.044
4.746.883
57.407
49.820
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
6
14.123.603
18.163.108
147.388
190.626
Mantidos para Negociação
6
1.984.837
-
20.713
Disponíveis para Venda
6
12.138.766
18.163.108
126.675
190.626
CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS
8
1.302.825
-
13.596
CRÉDITOS
7
9.527.811
565.950
99.428
5.940
Créditos
7
9.881.866
579.523
103.123
6.082
(-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
7
(354.055)
(13.573)
(3.695)
(142)
OUTROS VALORES
8
2.625.571
2.463.685
27.399
25.856
IMOBILIZAÇÕES
2.482.223
779.621
25.906
8.183
Imobilizações Financeiras
9
44.290
44.290
462
465
Imobilizações Corpóreas
10
1.365.956
437.242
14.257
4.589
Imobilizações Incorpóreas
10
1.071.977
298.089
11.187
3.129
TOTAL ACTIVO
61.977.008 33.677.294 646.769 353.451
Milhares de AOA
Milhares de USD
(Valores não auditados)
PASSIVO
Notas
2012
2011
2012
2011
DEPÓSITOS
11
52.022.327
26.673.203
542.883
279.941
Depósitos à Ordem
11
44.989.317
15.108.271
469.490
158.565
Depósitos a Prazo
11
5.032.428
11.564.932
52.516
121.376
Outros Depósitos
11
2.000.582
-
20.877
CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ
12
-
1.478.251
-
15.515
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
12
-
1.478.251
-
15.515
OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS
13
315.528
59.583
3.293
625
OPERAÇÕES CAMBIAIS
13
1.438
-
15
OUTRAS OBRIGAÇÕES
13
2.170.835
1.756.878
22.654
18.439
PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS
14
27.268
372.168
285
3.906
TOTAL PASSIVO
54.537.396
30.340.083
569.130
318.426
FUNDOS PRÓPRIOS
15
7.439.612
3.337.211
77.638
35.025
CAPITAL SOCIAL
15
9.530.007
4.598.597
100.000
50.000
RESERVAS E FUNDOS
15
52.030
52.030
562
562
RESULTADOS POTENCIAIS
15
63.145
(90.464)
493
(2.419)
RESULTADOS TRANSITADOS
15
(1.222.952)
(479.258)
(13.118)
(5.192)
RESULTADOS LÍQUIDOS
(982.618)
(743.694)
(10.299)
(7.926)
TOTAL FUNDOS PRÓPRIOS
7.439.612
3.337.211
77.638
35.025
TOTAL PASSIVO + FUNDOS PRÓPRIOS
61.977.008
33.677.294
646.768
353.451
As Notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
52
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Demonstrações dos Resultados para os exercícios de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Milhares de AOA
Notas
2012
2011
Margem Financeira
1.698.563
Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos
18
2.125.657
Proveitos de Aplicações de Liquidez
18
915.648
Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários
18
695.510
Proveitos de Créditos
18
514.499
(-) Custos de Instrumentos Financeiros Passivos
18
(427.094)
Custos de Depósitos
18
427.416
Custos de Captações para Liquidez
18
(322)
Resultados de Negociações e Ajustes ao Valor Justo
90.785
Resultados de Operações Cambiais
1.384.071
Resultados de Prestação de Serviços Financeiros
19
1.028.323
652.494
984.932
294.531
517.904
172.497
17.804
22.280
9.597
7.290
5.393
6.954
10.497
3.139
5.520
1.838
(332.438)
331.334
1.104
(4.477)
4.480
(3)
(3.543)
3.531
12
-
499.593
832.819
952
14.507
10.778
5.325
8.876
(3.569)
(145)
40.472
21.011
(57.376)
(28.591)
(26.202)
-
(2.582)
(37.000)
(21.368)
(14.070)
(1.562)
-
-
(16.903)
(15.989)
(16.903)
(15.989)
6.604
8.063
(10.299)
(7.926)
(-) Provisões para Crédito de Liquidação
Duvidosa e Prestações de Garantias
14
(340.482)
(13.573)
RESULTADO DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
3.861.260
1.971.333
(-) Custos Administrativos e de Comercialização (5.473.942)
(3.471.527)
Pessoal
20
(2.727.777)
(2.004.874)
Fornecimentos de Terceiros
21
(2.499.837)
(1.320.104)
Impostos e Taxas Não Incidentes sobre o Resultado
-
(3)
Depreciações e Amortizações
10
(246.328)
(146.546)
(-) Provisões sobre Outros Valores e Responsabilidades Prováveis14
-
-
RESULTADO OPERACIONAL (1.612.682)
(1.500.194)
RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E OUTROS ENCARGOS
(1.612.682)
(1.500.194)
(-) ENCARGOS SOBRE O RESULTADO CORRENTE
22
630.064
756.500
RESULTADO DO EXERCÍCIO
(982.618)
Milhares de USD
(Valores não auditados)
2012
2011
(743.694)
As Notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
53
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Demonstrações de Mutações nos Fundos Próprios para os exercícios de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Milhares de AOA
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS
RESULTADOS
POTENCIAIS
RESULTADOS
TRANSITADOS
SALDOS EM 31-12-2010
2.300.840
52.030
(1.594)
-
Recebimentos por Aumentos de Capital
2.297.757
-
-
-
Variações do justo valor dos Títulos Disponíveis para Venda
-
-
(88.870)
-
Apropriação do Resultado Líquido de 2010
-
-
-
(479.258)
Resultado do exercício de 2011
-
-
-
-
SALDOS EM 31-12-2011
4.598.597
52.030
(90.464)
(479.258)
Recebimentos por Aumentos de Capital
4.931.410
-
-
-
Variações do justo valor dos Títulos Disponíveis para Venda
-
-
153.609
-
Apropriação do Resultado Líquido de 2011
-
-
-
(743.694)
Resultado do exercício de 2012
-
-
-
-
SALDOS EM 31-12-2012
9.530.007
52.030
63.145
(1.222.952)
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS
Milhares de USD (Valores não auditados)
RESULTADOS
POTENCIAIS
RESULTADOS
TRANSITADOS
SALDOS EM 31-12-2010
25.500
562
(664)
-
Recebimentos por Aumentos de Capital
24.500
-
-
-
Variações do justo valor dos Títulos Disponíveis para Venda
-
-
(947)
-
Apropriação do Resultado Líquido de 2010
-
-
-
(5.192)
Resultado do exercício de 2011
-
-
-
Variação Cambial
-
- (808)
-
SALDOS EM 31-12-2011
50.000
562
(2.419)
(5.192)
Recebimentos por Aumentos de Capital
50.000
-
-
-
Variações do justo valor dos Títulos Disponíveis para Venda
-
-
5.036
-
Apropriação do Resultado Líquido de 2011
-
-
-
(7.926)
Resultado do exercício de 2012
-
-
-
Variação Cambial
-
- (2.124)
-
SALDOS EM 31-12-2012
100.000
562
493
(13.118)
RESULTADOS
DO EXERCÍCIO
(479.258)
-
-
479.258
(743.694)
(743.694)
-
-
743.694
(982.618)
(982.618)
RESULTADOS
DO EXERCÍCIO
(5.192)
- -
5.192
(7.926)
- (7.926)
-
-
7.926
(10.299)
- (10.299)
TOTAIS
1.872.018
2.297.757
(88.870)
- (743.694) 3.337.211
4.931.410 153.609
- (982.618) 7.439.612
TOTAIS
20.206
24.500 (947)
-
(7.926)
(808) 35.025
50.000 5.036 - (10.299) (2.124)
77.638
As Notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
54
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Demonstrações de Fluxos de Caixa para os exercícios de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Milhares de AOA
2012
2011
Milhares de USD
(Valores não auditados)
2012
2011
Fluxo de Caixa da Margem Financeira 1.344.785
674.748
14.095
7.192
Recebimentos de Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos
1.854.362
915.263
19.437
9.755
Recebimentos de Proveitos de Aplicações de Liquidez
829.220
293.401
8.692
3.127
Recebimentos de Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários
681.675
457.419
7.145
4.875
Recebimentos de Proveitos de Créditos
343.467
164.443
3.600
1.753
(-) Pagamentos de Custos de Instrumentos Financeiros Passivos
(509.577)
(240.515)
(5.341)
(2.563)
Pagamentos de Custos de Depósitos
(509.899)
(239.562)
(5.345)
(2.553)
Pagamentos de Custos de Captações para Liquidez
322
(953)
3
(10)
90.785
-
952
-
Fluxo de Caixa dos Resultados de Operações Cambiais 1.385.509
499.593
14.522
5.325
Fluxo de Caixa dos Resultados de Prestação de Serviços Financeiros
1.028.323
832.819
10.778
8.876
FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
3.849.402
2.007.160
40.348
21.392
(-) Pagamentos de Custos Administrativos e de Comercialização
-
(2.999.657)
-
(31.971)
Fluxo de Caixa da Liquidação de Operações no Sistema de Pagamentos
(1.046.880)
59.583
(10.973)
635
Fluxo de Caixa de Outros Custos e Proveitos Operacionais
(4.690.379)
(353.382)
(49.163)
(3.766)
Fluxos de Caixa dos Resultados de Negociações e Ajustes ao Justo Valor RECEB. E PAGA. DE OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS
(5.737.259)
(3.293.456)
(60.135)
(35.102)
FLUXO DE CAIXA DAS OPERAÇÕES
(1.887.857)
(1.286.296)
(19.788)
(13.709)
Fluxo de Caixa dos Investimentos em Aplicações de Liquidez
(9.676.689)
(4.520.757)
(101.427)
(48.183)
Fluxo de Caixa dos Investimentos em Títulos e Valores Mobiliários Activos
4.206.949
(16.826.472)
44.095
(179.338)
Fluxo de Caixa dos Investimentos em Créditos
(9.131.311)
(571.469)
(95.711)
(6.091)
FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (14.601.051)
(21.918.697)
(153.042)
(233.611)
Fluxo de Caixa dos Investimentos em Imobilizações
(1.948.930)
(401.816)
(20.428)
(4.283)
FLUXO DE CAIXA DAS IMOBILIZAÇÕES
(1.948.930)
(401.816)
(20.428)
(4.283)
FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS(16.549.981)(22.320.513) (173.470)(237.894)
Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Depósitos
25.431.607
26.484.570
266.563
Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Captações para Liquidez
(1.478.251)
1.384.644
(15.494)
282.275
14.758
FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
23.953.356
27.869.214
251.069
297.032
Recebimentos por Aumentos de Capital
4.931.410
2.297.757
51.689
24.490
FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS COM FUNDOS PRÓPRIOS 4.931.410
2.297.757
51.689
24.490
FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS COM OUTRAS OBRIGAÇÕES
FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS
-
-
-
-
28.884.766
30.166.971
302.758
321.522
6.560.162
109.500
69.919
VARIAÇÕES EM DISPONIBILIDADES 10.446.928
SALDO EM DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO PERÍODO
6.953.060
392.898
72.974
3.055
SALDO EM DISPONIBILIDADES AO FINAL DO PERÍODO
17.399.988
6.953.060
181.579
72.974
As Notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
55
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
1. NOTA INTRODUTÓRIA
O Standard Bank Angola, S.A. (doravante também
designado por “Banco” ou “SBA”), é um Banco de capitais
privados com sede em Talatona, Luanda. O Banco foi
autorizado a operar pelo Banco Nacional de Angola em 9 de
Março de 2010, tendo iniciado a sua actividade operacional
em 27 de Setembro de 2010.
O Banco tem como objectivo o exercício da actividade
bancária nos termos permitidos por lei, que inclui a obtenção
de recursos de terceiros sob a forma de depósitos ou outros,
os quais aplica, juntamente com seus recursos próprios, na
concessão de empréstimos, depósitos no Banco Nacional
de Angola (BNA), aplicações em instituições de crédito,
aquisição de títulos e noutros activos, para os quais se
encontra devidamente autorizado. Presta ainda outros
serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em
moeda estrangeira.
Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco dispõe de quinze
balcões, doze dos quais inaugurados durante o exercício de
2012.
No que se refere à estrutura accionista e conforme
detalhado na Nota 15, o Banco é detido maioritariamente
pelo Standard Bank da África do Sul. Na Nota 17 encontramse detalhados os principais saldos e transacções com
accionistas e outras entidades do Grupo.
As demonstrações financeiras do Banco em 31 de
Dezembro de 2012 foram aprovadas pelo Conselho de
Administração em 22 de Abril de 2013, e estão pendentes
de aprovação pela Assembleia Geral. No entanto, o Conselho
de Administração do Banco admite que venham a ser
aprovadas sem alterações significativas.
56
2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO
DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1 Bases de apresentação
As demonstrações financeiras apresentadas neste relatório
foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, com base nos livros e registos contabilísticos
mantidos pelo Banco de acordo com os princípios
contabilísticos estabelecidos no Plano Contabilístico das
Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido
no Instrutivo nº 09/07 de 19 de Setembro, do Banco
Nacional de Angola (adiante igualmente designado por
“BNA”), e na Directiva n.º 04/DSI/2011, que estabelece
a obrigatoriedade de adopção das normas internacionais de
contabilidade IAS/IFRS em todas as matérias relacionadas
com procedimentos e critérios contabilísticos que não se
apresentem estabelecidos no CONTIF.
As demonstrações financeiras do Banco em 31 de
Dezembro de 2012 e 2011 encontram-se expressas em
milhares de Kwanzas Angolanos (AOA), conforme Aviso
nº 15/2007, art. 5º do BNA, tendo os activos e passivos
denominados em moeda estrangeira sido convertidos para
a moeda nacional, com base no câmbio médio indicativo
publicado pelo BNA na data do balanço.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os câmbios de AOA
face às divisas relevantes para a actividade do Banco eram
os seguintes:
USD
EUR
ZAR
2012
95,83
126,38
11,26
2011
95,28
123,14
11,69
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Adicionalmente, o Conselho de Administração divulga as
suas demonstrações financeiras em Dólares dos Estados
Unidos. As demonstrações financeiras expressas em AOA
foram convertidas para USD para efeitos de apresentação
através da utilização das seguintes taxas de câmbio:
b) pela diminuição ou extinção do valor económico de
um activo; ou c) pelo surgimento de um passivo, sem o
correspondente activo.
2.2.2.Proveitos com Serviços Prestados
Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos
1. Histórica: para as rubricas de capitais próprios e da seguinte forma: a) rendimentos de serviços e comissões
imobilizações financeiras;
que resultam de um acto significativo são reconhecidos em
2. De fecho: para a totalidade dos activos e passivos com resultados quando o acto significativo tiver sido concluído;
excepção das imobilizações financeiras;
b) rendimentos de serviços e comissões reconhecidos à
3. Média ponderada: para a demonstração de resultados medida que os serviços são prestados são reconhecidos em
de acordo com as seguintes taxas:
resultados no período a que se referem.
2012 2011
2.2.3.Operações em Moeda Estrangeira
Taxa de Encerramento
95,83
95,28
As operações de compra e venda de moeda estrangeira,
Taxa média Ponderada
95,41 93,83
quando liquidadas na data da sua contratação, são registadas
nas contas patrimoniais do Banco. Caso a liquidação seja
A diferença cambial resultante da conversão das posterior à data de contratação, as mesmas são adicionalmente
demonstrações financeiras foi incluída na rubrica de Balanço registadas em contas extrapatrimoniais.
“Resultados Potenciais”.
As operações em moeda estrangeira são registadas nas
2.2. Principais Políticas Contabilísticas
respectivas moedas, de acordo com os princípios do sistema
“multicurrency”, com base na taxa de câmbio de referência do
2.2.1. Especialização dos Exercícios
dia da operação, divulgada pelo BNA. Os proveitos e os custos
Os proveitos e custos são reconhecidos em função do não realizados decorrentes de operações activas e passivas
período de vigência das operações de acordo com o princípio indexadas à variação cambial, são registados nas contas
da especialização de exercícios, sendo registados à medida representativas do proveito ou custo da aplicação ou captação
que são gerados, independentemente do momento do seu efectuada.
pagamento ou recebimento.
As variações e diferenças de taxas relativos à compra e
Os proveitos são considerados realizados quando: a) nas venda de moedas estrangeiras a liquidar, ocorridas entre a data
transacções com terceiros, o pagamento for efectuado ou de contratação e de liquidação do contrato de câmbio, são
assumido firme compromisso de efectivá-lo; b) na extinção, contabilizadas na conta Resultados de Operações Cambiais, por
parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, contrapartida da conta patrimonial de Proveitos por Compra
sem o desaparecimento simultâneo de um activo de valor e Venda de Moedas Estrangeiras a Receber ou Custos por
igual ou maior; c) na geração natural de novos activos, Compra e Venda de Moedas Estrangeiras a Pagar, conforme
independentemente da intervenção de terceiros; ou d) no seja aplicável.
recebimento efectivo de doações e subvenções.
Os custos, por sua vez, são considerados incorridos
quando: a) deixar de existir o correspondente valor activo,
por transferência da sua propriedade para um terceiro;
57
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
2.2.4.Títulos e Valores Mobiliários
Atendendo às suas características e intenção aquando da sua
aquisição, os títulos e valores mobiliários adquiridos pelo Banco
são classificados numa das seguintes categorias:
a) Títulos para negociação
Nesta categoria são registados os títulos e valores mobiliários
adquiridos com o propósito de serem activa e frequentemente
negociados.
Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria
são registados inicialmente pelo valor efectivamente pago.
Posteriormente, são valorizados ao valor de mercado (justo
valor), sendo a respectiva valorização ou desvalorização
registada em contrapartida do resultado do exercício.
b) Títulos mantidos até o vencimento
Nesta categoria são registados os títulos e valores mobiliários
que o Banco tem a intenção e capacidade financeira para os
manter em carteira até à respectiva data de vencimento. Essa
capacidade financeira de manter comprovada com base em
projecção de fluxo de caixa, não considerando a possibilidade
de venda dos títulos antes do vencimento.
Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria
são registados pelo valor efectivamente pago, acrescido dos
rendimentos obtidos pela fluência do prazo até ao vencimento,
incluindo periodificação do juro e do prémio/desconto.
c) Títulos disponíveis para venda
Nesta categoria são registados os títulos adquiridos com
o propósito de serem eventualmente negociados e, por
consequência, não se enquadram nas demais categorias.
Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria
são registados inicialmente pelo valor efectivamente pago.
Posteriormente, são ajustados pelo valor de mercado, sendo
a respectiva valorização ou desvalorização registada em
contrapartida da conta de fundos próprios, pelo valor líquido
dos efeitos tributários, devendo ser transferidos para o resultado
do período somente no momento da sua venda definitiva.
58
A metodologia de apuramento do valor de mercado dos
títulos utilizada pelo Banco é estabelecida com base em
critérios consistentes e passíveis de verificação que levam
em consideração as taxas praticadas na sala de mercados,
correspondendo ao valor líquido provável de realização obtido,
mediante um modelo interno de valorização.
Rendimentos de títulos e valores mobiliários
Os rendimentos produzidos pelos títulos e valores
mobiliários, relativos a juros auferidos pela fluência do prazo
até ao vencimento ou dividendos declarados, são considerados
directamente no resultado do período, independentemente da
categoria em que tenham sido classificados.
As perdas de carácter permanente em títulos e valores
mobiliários são reconhecidas imediatamente no resultado
do período, observado que o valor ajustado decorrente do
reconhecimento das referidas perdas passa a constituir a nova
base de valor para efeito de apropriação de rendimentos.
Essas perdas não são revertidas em exercícios posteriores.
Operações de compra de títulos com acordo de revenda
Nos exercícios de 2012 e 2011, o Banco realizou operações de
compra de liquidez temporária no mercado interfinanceiro com
o Banco Nacional de Angola em que foram aplicados recursos
recebendo Obrigações do Tesouro em garantia. Estas operações
têm subjacente um acordo de revenda dos títulos numa data
futura, por um preço previamente estabelecido entre as partes.
Os títulos comprados com acordo de revenda não são
registados na carteira de títulos. Os fundos entregues são
registados, na data de liquidação, no activo na rubrica
“Aplicações de liquidez – Operações de Compra de Títulos de
Terceiros com Acordo de Revenda”, sendo periodizado o valor
de juros na mesma rubrica (Nota 5).
Os proveitos das operações de compra de títulos de terceiros
com acordos de revenda, corresponde à diferença entre o valor
da revenda e o valor da compra dos títulos. O reconhecimento
do proveito foi realizado conforme o princípio da especialização
em razão da fluência do prazo das operações na rubrica
“Proveitos de instrumentos financeiros activos” (Nota 18).
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Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
2.2.5.Operações de Crédito
Os créditos são activos financeiros e devem ser registados pelos
valores contratados, quando originados na própria instituição
financeira, com as respectivas actualizações previstas nos contratos.
Os juros associados a operações de crédito são periodizados
ao longo da vida das operações por contrapartida de rubricas
de resultados, independentemente do momento em que são
cobrados ou pagos.
As responsabilidades por garantias e avales são registadas
em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os
fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em
rubricas de resultados ao longo da vida das operações.
Provisões para crédito de liquidação
duvidosa e prestação de garantias
O regime descrito encontra-se em vigor desde Março de 2008,
em consequência do Aviso n.º 9/2007 de 12 de Setembro.
Com o Aviso n.º 4/2009 de 18 de Junho, o BNA introduz uma
alteração ao nível da classificação por arrastamento (art. 3º),
restringindo o seu âmbito a critérios objectivos.
Em 28 de Março, o BNA publicou o Aviso n.º 3/2012
que revoga o Aviso n.º 4/2009. Apesar deste Aviso manter
as regras de aprovisionamento, veio colocar restrições à
concessão de crédito em moeda estrangeira. Deste modo,
a metodologia de apuramento das provisões para crédito
concedido a Clientes, genericamente, mantém-se face ao
exercício anterior.
Nos termos do Aviso nº 3/2012, as operações de crédito
são classificadas por ordem crescente de risco, de acordo
com as seguintes classes:
Nível A: Risco nulo
Nível B: Risco muito reduzido
Nível C: Risco reduzido
Nível D: Risco moderado
Nível E: Risco elevado
Nível F: Risco muito elevado
Nível G: Risco de perda
A classificação de cada operação de crédito é revista, no
mínimo, anualmente, através de uma re-aferição/avaliação
dos critérios que determinaram a sua classificação inicial:
perfil económico e padrão comportamental do proponente/
Cliente, e eventuais garantias associadas, bem como o seu
tipo, qualidade e montante de cobertura.
A classificação de todos os créditos da carteira, ou
daqueles cujos devedores actuem em determinado sector da
actividade económica ou área geográfica, é revista sempre
que a Comissão Executiva entenda que existe risco de
alterações significativas na conjuntura económica afectarem
o risco das suas operações.
Não obstante, o Banco revê mensalmente a classificação de
cada crédito em função do atraso verificado no pagamento
de parcela do principal ou dos encargos, observando-se que
a classificação das operações de crédito a um mesmo Cliente,
para efeitos de constituição de provisões, é efectuada na
classe que apresentar maior risco.
O crédito é classificado nos níveis de risco em função
do tempo decorrido desde a data de entrada das
operações em incumprimento, sendo os níveis mínimos
de aprovisionamento calculados de acordo com o Aviso
nº4/2011 conforme descrevemos:
Níveis de Risco
% de Provisão
Tempo decorrido desde a entrada em
incumprimento
A
B
C
D
E
F
G
0%
1%
3%
10%
20%
50%
100%
até 15
dias
de 15 a
30 dias
de 30 a
60 dias
de 60 a
90 dias
de 90 a
150 dias
de 150 a
180 dias
mais de
180 dias
As operações de crédito sem incumprimento são
classificadas com base nos seguintes critérios definidos pelo
Banco:
Classe A: créditos com garantia de contas bancárias
cativas junto do SBA e / ou títulos do Estado (Obrigações e
Bilhetes do Tesouro, e Títulos do Banco Central), cujo total
das garantias recebidas seja igual ou superior ao valor das
responsabilidades;
59
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Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Classe B: créditos com garantia de contas bancárias
cativas junto do SBA e / ou títulos do Estado (Obrigações
e Bilhetes do Tesouro, e Títulos do Banco Central), cujo
total das garantias recebidas seja superior a 75% e inferior a
100% do valor das responsabilidades;
Classe C: restantes créditos incluindo operações com
outro tipo de garantias reais e operações apenas com
garantia pessoal.
As provisões para crédito concedido e as provisões para
garantias e avales prestados e créditos documentários
de importação não garantidos à data do balanço são
classificadas no activo a crédito, na rubrica Provisão para
créditos de liquidação duvidosa (Nota 7).
O Banco procede à anulação de juros, calculados sobre o
capital vencido, cujo vencimento tenha ocorrido há mais de
90 dias.
2.2.6.Imobilizações financeiras
Participações em Outras Sociedades
Nesta rubrica são consideradas as participações
em sociedades nas quais o Banco detém, directa ou
indirectamente, uma percentagem inferior a 10% do
respectivo capital votante.
Estes activos são registados pelo custo de aquisição,
deduzido de eventuais provisões para perdas.
2.2.7.Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas correspondem sobretudo a
equipamento informático, edifícios e terrenos e material de
transporte, e incluí os custos acessórios indispensáveis, ainda
que anteriores à escritura, tais como emolumentos notariais,
corretagens, impostos pagos na aquisição e outros.
As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de
aquisição, sendo permitida a sua reavaliação ao abrigo das
disposições legais aplicáveis.
60
A depreciação do imobilizado é calculada pelo método
das quotas constantes às taxas máximas fiscalmente aceites
como custo, de acordo com o Código do Imposto Industrial,
que correspondem aos seguintes anos de vida útil estimada:
Descrição
Anos de Vida útil
Edifícios e Terrenos
50
Equipamento:
- Mobiliário e material 10
- Equipamento informático
3
- Material de transporte 3
- Máquinas e ferramentas
6e7
2.2.8.Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas do Banco correspondem
essencialmente aos custos de aquisição e desenvolvimento
de software e às benfeitorias em imóveis de terceiros.
As Imobilizações Incorpóreas são registadas ao custo de
aquisição e são amortizadas linearmente ao longo de um
período de três anos, com excepção das benfeitorias em
imóveis de terceiros, que correspondem a obras em imóveis
arrendados, em que o prazo de amortização corresponde ao
do contrato de arrendamento.
Os gastos incorridos na fase da pesquisa para o
desenvolvimento de novos produtos não são reconhecidos
como activos intangíveis, mas directamente como custos do
exercício.
2.2.9.Operações Cambiais
Em 2012, o Banco contratou operações de compra e
venda de moeda estrangeira (Spot e Forwards Cambiais),
cujo valor de mercado foi registado na respectiva rubrica de
Balanço “Operações cambiais”.
As variações e diferenças de taxas sobre os valores
relativos a compra e venda de moedas estrangeiras a liquidar,
ocorridas entre a data de contratação e de liquidação do
contrato de câmbio, são reconhecidas na demonstração de
resultados.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
2.2.10. Impostos sobre lucros
O SBA encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto
Industrial, sendo considerado fiscalmente um contribuinte
do Grupo A. A tributação dos seus rendimentos é efectuada
nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 72º, da Lei nº
18/92, de 3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de
35%, na sequência da Lei nº 5/99, de 6 de Agosto.
Os impostos sobre lucros compreendem os impostos
correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros
são reconhecidos em resultados, excepto quando estão
relacionados com itens que são reconhecidos directamente
nos capitais próprios, caso em que são também registados
por contrapartida dos capitais próprios.
Os impostos correntes são os que se esperam que sejam
pagos com base na matéria colectável apurada, de acordo
com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto
acima referida.
Os impostos diferidos activos e passivos são registados
quando existe uma diferença temporária entre o valor de um
activo ou passivo e a sua base de tributação. O seu valor
corresponde ao valor do imposto a recuperar ou pagar em
períodos futuros. Os impostos diferidos activos e passivos
são calculados com base nas taxas fiscais em vigor para o
período em que se prevê que seja realizado o respectivo
activo ou passivo.
2.2.11. Provisões e Contingências
São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma
obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o
seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita
uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.
São reconhecidas contingências passivas em contas
extrapatrimoniais quando (i) o Banco tem uma possível
obrigação presente cuja existência será confirmada somente
pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros, que
não estejam sob o controlo da instituição, (ii) uma obrigação
presente que surge de eventos passados, mas que não é
reconhecida porque não é provável que a instituição tenha que
liquidar ou o valor da obrigação não pode ser mensurado com
suficiente segurança. As contingências passivas são reavaliadas
periodicamente para determinar se a avaliação anterior continua
válida. Se for provável que uma saída de recursos seja exigida para
um item anteriormente tratado como uma contingência passiva,
é reconhecida uma provisão nas demonstrações contabilísticas
do período no qual ocorre a mudança na estimativa de
probabilidade. As contingências passivas são apenas objecto de
divulgação.
2.2.12. Reserva de actualização
monetária dos fundos próprios
Nos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do Banco
Nacional de Angola sobre actualização monetária, o qual
revogou o Aviso nº 10/2007, de 12 de Setembro, as instituições
financeiras devem, em caso de existência de inflação, considerar
mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da
moeda nacional, com base no Índice de Preços ao Consumidor.
O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido
mensalmente, a débito na demonstração de resultados, por
contrapartida da reserva de actualização monetária dos fundos
próprios.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as demonstrações
financeiras do Banco não consideraram os efeitos da modificação
no poder de compra da moeda nacional, no valor contabilístico
das contas de Imobilizações e dos Fundos Próprios, uma vez
que Angola deixou de ser considerada uma economia hiperinflacionária.
3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS
À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As contas do Banco integram estimativas realizadas em
condições de incertezas contudo, não foram criadas reservas
ocultas ou provisões excessivas ou, ainda, uma quantificação
inadequada de activos e proveitos ou de passivos e custos.
61
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31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese que resulte
em menor património líquido, quando se apresentarem opções
igualmente válidas diante dos demais princípios contabilísticos.
Determina a adopção do menor valor para os componentes do
activo e maior para os do passivo, sempre que se apresentarem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o património líquido.
Na elaboração das demonstrações financeiras, o Banco
efectuou estimativas e utilizou pressupostos que afectam as
quantias relatadas dos activos e passivos. Estas estimativas e
pressupostos são apreciados regularmente e baseiam-se em
diversos factores incluindo expectativas acerca de eventos
futuros que se consideram razoáveis nas circunstâncias.
Utilizaram-se estimativas e pressupostos nomeadamente nas
áreas significativas de Outras Provisões e Impostos Correntes
e Diferidos e Modelo de Valorização de Títulos e Valores
Mobiliários.
4.DISPONIBILIDADES
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica
apresenta a seguinte composição:
As disponibilidades no Banco Central dizem respeito a
reservas obrigatórias não remuneradas que visam cumprir
o disposto no instrutivo nº 2/2011, de 28 de Abril, do
BNA, que estabelece que as reservas obrigatórias devem ser
constituídas em moeda nacional e em moeda estrangeira,
em função da respectiva denominação dos passivos que
constituem a sua base de incidência, devendo ser mantidas
durante todo o período a que se referem.
De acordo com este instrutivo, a exigibilidade para a base
de incidência em moeda nacional é de 20%, exceptuando os
depósitos do Governo Local, em que se aplica uma taxa de 50%
e do Governo Central, em que se aplica uma taxa de 100%.
Relativamente às reservas em moeda estrangeira, a
exigibilidade para a base de incidência é de 15%, exceptuando
os depósitos do Governo Local, em que se aplica uma taxa de
0% e do Governo Central, em que se aplica uma taxa de 100%.
As disponibilidades em Instituições Financeiras
correspondem a depósitos à ordem não remunerados,
denominados em moeda estrangeira e domiciliados em
instituições de crédito fora do país.
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Valores em tesouraria
3.167.089
523.351
33.050
5.493
Valores em tesouraria MN
2.290.591
343.577
23.904
3.606
Valores em tesouraria ME
876.498
179.774
9.147
1.887
Disponibilidades no Banco Central
8.684.742
4.444.122
90.630
46.642
Depósitos à ordem em MN
3.816.704
1.378.672
39.830
14.469
Depósitos à ordem em ME
4.868.038
3.065.450
50.801
32.173
Disponibilidades em Instuições Financeiras
5.548.157
1.985.587
57.898
20.839
Disponibilidades
17.399.988
6.953.060
181.579
72.974
62
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
5. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta
a seguinte composição:
Milhares de AOA
2012
2011
Milhares de USD
2012
2011
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro - ME
Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro
USD
8.624.511
-
90.002
-
SEK
382.434
-
3.991
-
EUR
5.162
4.987
54
52
Proveitos a receber
1.836
-
19
9.013.943
4.987
94.066
52
Operações de Compra de Títulos de terceiros com Acordo de Revenda - MN
BNA
3.500.049
4.746.880
36.525
49.820
Outras Instituições de Crédito Nacionais
1.916.400
-
19.999
-
Proveitos a receber
84.595
3
882
-
5.501.044
4.746.883
57.406
49.820
Aplicações de Liquidez
14.514.987
4.751.870
151.472
49.872
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as operações de
compra de títulos de terceiros com acordo de revenda com o
BNA, venciam juros à taxa média anual de 4,19% e 4,88%,
respectivamente, e tinham prazo de vencimento “Entre um
e três meses” e “Até um mês”, respectivamente. Os títulos
subjacentes a estas operações encontram-se registados em
rubricas extrapatrimoniais (Nota 16).
Em 31 de Dezembro de 2012, as operações de compra de
títulos de terceiros com acordo de revenda com outras instituições
financeiras nacionais correspondem a dois empréstimos
adquiridos em mercado secundário, com vencimento inferior a
três meses e uma taxa de remuneração de 6,22%.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as operações no
Mercado Monetário Interfinanceiro apresentavam o seguinte
detalhe por prazos residuais de vencimento:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011 2012
Até um mês
7.090.545
-
73.994
2011
-
Entre um e três meses
1.921.562
4.987
20.053
52
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro - ME 9.012.107
4.987
94.047
52
63
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as operações
no Mercado Monetário Interfinanceiro venciam juros às
seguintes taxas médias anuais:
Em Dólares dos Estados Unidos
Em Coroas Suecas
Em Euros
2012
0,36%
0,95%
0,21%
2011
n.a.
n.a.
0,78%
6. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica
apresenta a seguinte composição por categorias:
Valor
Juros
Ajuste do
Milhares de AOA Moeda
nominal
corridos
Desconto
justo valor
Total
2011
Mantidos para negociação
Obrigações do Tesouro - ME
USD
1.935.832
50.731
(1.726)
1.984.837
-
Títulos disponíveis para venda
Obrigações do Tesouro - ME (Nota 15)
USD
7.186.500
84.803
(679.854)
97.146
6.688.595
13.318.852
Bilhetes do Tesouro - MN
AOA
5.415.725
34.446
-
5.450.171
374.698
Títulos do Banco Central - MN
AOA
-
-
-
-
4.469.558
Títulos e Valores Mobiliários
14.538.057
169.980
(679.854)
95.420
14.123.603
18.163.108
Valor
Juros
Ajuste do
Milhares de USD (Valores não auditados)
Moeda
nominal
corridos
Desconto
justo valor
Total
2011
Mantidos para negociação
Obrigações do Tesouro - ME
USD
20.202
529
-
(18)
20.713
Títulos disponíveis para venda
Obrigações do Tesouro - ME
USD
74.995
885
(7.095)
1.014
69.799
139.784
Bilhetes do Tesouro - MN
AOA
56.516
359
-
56.876
3.933
Títulos do Banco Central - MN
AOA
-
-
-
-
46.909
Títulos e Valores Mobiliários
151.713
1.774
(7.095)
996
147.388
190.626
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os títulos que
compõem a carteira do Banco são na sua totalidade, títulos
emitidos pelo BNA ou pelo Tesouro Angolano, com o nível
de risco A - Nulo. Esta política de investimento, centrada na
rentabilidade e baixo risco, encontra-se em conformidade
com os padrões de investimento do sistema bancário
angolano.
64
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os títulos e valores
mobiliários apresentavam a seguinte distribuição, de acordo
com os prazos residuais de vencimento:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Até três meses
5.562.313
4.309.925
58.046
45.234
De três a seis meses
2.085.355
495.099
21.762
5.196
De seis meses a um ano
-
7.123.257
-
74.760
Mais de um ano
6.475.935
6.234.827
67.580
65.436
14.123.603
18.163.108
147.388
190.626
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a remuneração
média dos títulos e valores mobiliários era como se segue:
2012
Mantidos para negociação
Obrigações do Tesouro - ME
7,12%
Títulos Disponíveis para venda
Obrigações do Tesouro - ME
3,42%
Bilhetes do Tesouro - MN
4,66%
Títulos do Banco Central - MN
n.a.
2011
n.a.
7,30%
5,67%
6,89%
65
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
7. CRÉDITO
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica
apresenta a seguinte composição:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Empréstimos
Empresas 4.964.798
364.746
51.811
3.828
Particulares
2.502.965
116.856
26.120
1.226
7.467.763
481.602
77.931
5.055
Crédito em Conta Corrente
Empresas 365.045
95.274
3.809
1.000
Particulares
-
1.502
-
16
365.045
96.776
3.809
1.016
Descobertos
Empresas 1.562.275
-
16.303
-
Particulares
43.768
-
457
-
1.606.043
-
16.760
-
Leasing
Empresas 48.603
-
507
-
Particulares
45.676
-
477
-
94.279
- 984
-
Crédito à Habitação
164.428
-
1.716
-
Capital e juros vencidos
12.131
-
127
-
Juros a receber
172.177
1.145
1.797
12
Total de Crédito Bruto
9.881.866
579.523
103.123
6.082
Provisões (Nota 14)
(354.055)
(13.573)
(3.695)
(142)
Total de Crédito
9.527.811
565.950
99.428
5.940
Em 31 de Dezembro de 2012, o crédito concedido a
Clientes vencia juros, a uma taxa média anual de 14,3% para
o crédito concedido em moeda nacional e de 14,9% para o
crédito concedido em moeda estrangeira.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o crédito concedido a
Clientes apresentava a seguinte composição por moeda:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Em Kwanzas
7.570.350
123.067
79.001
1.292
Em Dólares dos Estados Unidos
2.311.516
456.456
24.122
4.791
9.881.866
579.523
103.123
6.082
66
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o prazo residual do
crédito concedido a Clientes, apresenta a seguinte composição:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Até três meses
9.039.663
96.825
94.334
1.016
De três a seis meses
-
-
-
-
De seis meses a um ano
195.135
4.003
2.036
42
De um a cinco anos
611.326
473.077
6.380
4.965
Mais de cinco anos
35.742
5.618
373
59
9.881.866
579.523
103.123
6.082
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o crédito concedido
a Clientes apresentava a seguinte composição por sector de
actividade:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Particulares
2.796.714
90.896
29.185
954
Construção
2.640.677
3.449
27.557
36
Comércio por grosso e de retalho
1.907.809
95.274
19.909
1.000
Comunicações
930.794
-
9.713
-
Sector petrolífero e de gás
902.042
-
9.413
-
Indústrias transformadoras
384.876
8
4.016
0
Sector financeiro
73.908
381.175
771
4.001
Outras empresas de serviços
49.982
-
522
-
Outros
195.064
8.721
2.036
92
9.881.866
579.523
103.123
6.082
2012
Milhares de AOA
Milhares de USD
Taxa de
Crédito
Crédito
Crédito
Provisão
Crédito
Provisão
Provisão
vincendo
vencido
total
Constituída
total
Constituída
(Nota 14) (Nota 14)
Nível A - Nulo
0%
520.962
520.962
5.437
-
Nível B - Muito Reduzido
1%
889.381
889.381
8.894
9.281
93
Nível C - Reduzido
3%
8.450.814
5.888
8.456.702
253.702
88.251
2.648
Nível D - Moderado
10%
54
-
54
5
1
0
Nível E - Elevado
20%
8.521
425
8.946
1.789
93
19
Nível F - Muito Elevado
50%
-
-
-
-
-
Nível G - Risco de perda
100%
3
5.818
5.821
5.821
61
61
9.869.735
12.131
9.881.866
270.211
103.123
2.820
Provisão para a Prestação de Garantias
83.844
875
354.055
3.695
2011
Milhares de AOA
Milhares de USD
Taxa de
Crédito
Crédito
Crédito
Provisão
Crédito
Provisão
Provisão
vincendo
vencido
total
Constituida
total
Constituida
(Nota 14)
(Nota 14)
Nível A - Nulo
0%
- -
-
-
Nível B - Muito Reduzido
1%
190.631
190.631
1.906
2.001
20
Nível C - Reduzido
3%
388.892
388.892
11.667
4.082
122
579.523
579.523
13.573
6.082
142
67
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Tal como referido na Nota Introdutória, o SBA iniciou
actividade em Setembro de 2010, pelo que a carteira de
crédito é ainda muito recente, apresentando um reduzido
nível de incumprimento e, consequentemente, encontrandose concentrada nos níveis de risco mais baixos. Neste sentido,
não existem ainda operações de crédito renegociadas nem
operações abatidas ao activo.
Da análise da evolução do nível de risco dos tomadores
de crédito, verificamos que do total dos créditos em 31 de
Dezembro de 2011, no montante de AOA 579.523 milhares,
83,22% foram liquidadas durante o exercício de 2012. As
movimentações entre os níveis de risco indicam também
que 0,32% não sofreram mudança de nível, nenhuma das
operações diminuiu de nível de risco e 16,45% migraram
para níveis de risco mais gravosos.
Durante os exercícios de 2012 e 2011, o Banco efectuou
um reforço das provisões para crédito de liquidação
duvidosa de AOA 256.638 milhares e AOA 13.573
milhares, respectivamente (Nota 14). Em 2012 o Banco
registou ainda uma provisão para a Prestação de garantias
no montante de AOA 83.844 milhares (Notas 14 e 16).
8. OUTRAS RUBRICAS DO ACTIVO
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas rubricas
apresentam a seguinte composição:
Milhares de AOA Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Créditos no sistema de pagamentos
Outros saldos pendentes de regularização
1.298.387
-
13.549
-
Operações activas a regularizar
4.035
-
42
-
Outros
403
-
4
-
1.302.825
-
13.596
0
Outros valores activos 1.631.9551.084.60417.030 11.383
Créditos fiscais por diferenças temporárias
1.631.955
1.084.604
17.030
11.383
Despesas com custo diferido
993.6161.379.08110.369 14.474
- Rendas e Alugueres
383.767
703.183
4.005
7.380
- Adiantamentos e antecipações Salariais
314.178
270.855
3.279
2.843
- LISA School Certificates
101.866
-
1.063
-
- Seguros de Saúde
36.769
-
384
-
- Seguros de viaturas
13.636
-
142
-
- Adiantamento para aquisição de imóveis
-
331.684
-
3.481
- Economato
126.625
-
1.321
-
- Outros
16.775
73.359
175
770
2.625.5712.463.68527.399 25.857
Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica de créditos fiscais
por diferenças temporárias inclui AOA 1.665.956 milhares
relativos ao imposto diferido activo, resultante dos benefícios
decorrentes do Artº23 ponto 1º da alínea d) da Lei nº 18/92,
de 3 de Julho, de acordo com o qual os prejuízos fiscais
apurados pelo Banco poderão ser deduzidos em exercícios
futuros (Nota 22).
68
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os créditos fiscais por
diferenças temporárias apresentaram o seguinte movimento:
2010
Capital próprio
Créditos fiscais por diferenças temporárias
Prejuízos fiscais reportáveis
279.393
Valorização de activos financeiros disponíveis para venda
858
47.853
280.251
47.853
Resultados
(Nota 22)
756.500
-
756.500
2011
Capital próprio
(Nota 15)
1.035.893
48.711
1.084.604
-
(82.712)
(82.712)
Resultados
(Nota 22)
630.064
-
630.064
2012
1.665.956
(34.001)
1.631.955
9. IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica inclui
apenas a participação do Banco no capital da EMIS - Empresa
Interbancaria de Servicos, S.A.R.L. (EMIS), a qual se encontra
valorizada pelo custo de aquisição uma vez que o Banco detém
uma participação inferior a 10% do capital votante.
A EMIS foi constituída em Angola com a função de gestão dos
meios electrónicos de pagamento e serviços complementares.
Adicionalmente, à data de emissão deste relatório ainda
não se encontravam disponíveis as contas desta participada,
referentes ao exercício de 2012.
Durante os exercícios de 2012 e 2011, esta entidade não
distribuiu dividendos.
10. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS,
CORPÓREAS E EM CURSO
Em 2012 e 2011, esta rubrica apresentou o seguinte
movimento:
Milhares de AOA - 2012
Valores
Líquidos
Milhares de AOA - 2012 2011
Aumentos
Abates
Imobilizações Corpóreas
Equip. Mobiliário e Material
23.535
156.783
(1.304)
Equip. Informático
363.707
62.006
Material de Transporte
15.854
30.187
Máquinas e Ferramentas
34.146
96.676
Imobilizações corpóreas em curso
-
755.252
Imobilizações Corpóreas
437.242
1.100.904
(1.304)
Imobilizações Incorpóreas
Benfeitorias em Imóveis de Terceiros
298.089
863.862
(20.510)
Imobilizações incorpóreas em curso
-
5.978
- Imobilizações Incorpóreas
298.089
869.840
(20.510)
Total
735.331
1.970.744
(21.814)
Transf.
- 3.695
3.695
(3.695)
(3.695)
-
Amort.
Exercício
(7.416)
(148.430)
(10.983)
(7.752)
(174.581)
(71.747)
(71.747)
(246.328)
Valores
Líquidos
2012
171.598
280.978
35.058
123.070
755.252
1.365.956
1.065.999
5.978
1.071.977
2.437.933
69
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Milhares de AOA - 2011
Valores
Líquidos
Milhares de AOA - 2011 2010
Aumentos
Imobilizações Corpóreas
Edifícios e Terrenos
28.522
-
Equip. Mobiliário e Material
4.170
21.258
Equip. Informático
393.814
92.861
Material de Transporte
8.634
13.289
Máquinas e Ferramentas
1.530
34.235
Outros
68.006
-
Imobilizações Corpóreas
504.676
161.643
Imobilizações Incorpóreas
Software
5.565
-
Benfeitorias em Imóveis de Terceiros
14.110
195.883
Imobilizações Incorpóreas
19.675
195.883
Total
524.351
357.526
Transf.
Amort.
Exercício
Valores
Líquidos
2011
(28.522)
-
5.565
-
-
(68.006)
(90.963)
(1.893)
(128.533)
(6.069)
(1.619)
-
(138.114)
-
23.535
363.707
15.854
34.146
-
437.242
(5.565)
96.528
90.963
-
-
(8.432)
(8.432)
(146.546)
-
298.089
298.089
735.331
Milhares de USD - 2012
Valores
Líquidos
Amort.
Milhares de USD - 2012 2011
Aumentos
Abates
Transf.
Exercício
Imobilizações Corpóreas
Equip. Mobiliário e Material
247
1.643
(14)
-
(78)
Equip. Informático
3.817
650
-
39
(1.556)
Material de Transporte
166
316
-
(115)
Máquinas e Ferramentas
358
1.013
-
-
(81)
Outros
-
-
-
-
-
Imobilizações corpóreas em curso
-
7.916
-
-
-
Imobilizações Corpóreas
4.589
11.539
(14)
39
(1.830)
Imobilizações Incorpóreas
Benfeitorias em Imóveis de Terceiros
3.129
9.055
(215)
(39)
(752)
Imobilizações incorpóreas em curso
-
63
-
-
-
Imobilizações Incorpóreas
3.129
9.117
(215)
(39)
(752)
Total
7.717
20.656
(229)
-
(2.582)
Milhares de USD - 2011
Valores
Líquidos
Milhares de USD - 2011 2010
Aumentos
Transf.
Imobilizações Corpóreas
Edifícios e Terrenos
308
-
(304)
Equip. Mobiliário e Material
45
227
-
Equip. Informático
4.251
990
59
Material de Transporte
93
142
-
Máquinas e Ferramentas
17
365
-
Outros
734
-
(725)
Imobilizações Corpóreas
5.448
1.723
(969)
Imobilizações Incorpóreas
Software
60
-
(59)
Benfeitorias em Imoveis de Terceiros
152
2.088
1.029
Imobilizações Incorpóreas
212
2.088
969
Total
5.660
3.811
- 70
Amort.
Exercício
Variação
Cambia
Valores
Líquidos
2012
(8)
(18)
(2)
(6)
(35)
(69)
1.791
2.932
366
1.284
-
7.882
14.255
(53)
(0)
(53)
(122)
11.124
62
11.187
25.441
Variação
Cambial
Valores
Líquidos
2011
-
(20)
(1.370)
(65)
(17)
-
(1.472)
(4)
(4)
(113)
(4)
(6)
(9)
(140)
-
247
3.817
166
358
-
4.589
-
(90)
(90)
(1.562)
(1)
(50)
(51)
(191)
-
3.129
3.129
7.717
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
11. DEPÓSITOS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica
apresenta a seguinte composição:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Em Moeda Nacional16.387.589 6.675.275171.014 70.058
Depósitos à Ordem 14.637.751
6.572.453
152.754
68.979
Depósitos a Prazo
1.749.838
102.822
18.261
1.079
Em Moeda Estrangeira33.624.867 19.906.156350.895208.919
Depósitos à Ordem 30.351.566
8.535.818
316.737
89.585
Depósitos a Prazo
3.273.301
11.370.338
34.159
119.334
Outros depósitos
2.000.582
-
20.877
-
Juros a pagar de depósitos a prazo
9.289
91.772
96
963
Total de Depósitos52.022.32726.673.203542.883279.941
Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Outros
depósitos” refere-se a montantes depositados por Clientes,
que se encontram cativos para garantia de cartas de crédito
emitidas.
Em 31 de Dezembro de 2012, os depósitos a prazo
venciam juros a uma taxa média anual de 2,72%, para
depósitos em moeda nacional e de 0,52%, para depósitos
em moeda estrangeira.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os depósitos,
excluindo os depósitos cativos, apresentavam a seguinte
distribuição por sector de actividade:
Actividades Mobiliárias, alugueres e serviços prestados
Indústrias Transformadoras
Sector Financeiro e Auxiliares
Construção
Comércio
Indústrias Extractivas
Turismo, Hotelaria e Restauração
Educação
Particulares
Transportes, Armazenagem e Comunicações
Saúde
Outros
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011 2012
2011
15.029.113
235.035
156.838
2.467
14.348.841 4.956.120
149.739
52.016
4.725.148
10.197.091
49.310
107.021
4.577.460
2.731.803
47.769
28.671
3.863.911
1.436.991
40.322
15.082
2.547.616 72.932
26.586
765
1.567.881
-
16.362
-
964.413 303.332
10.064
3.184
960.097 815.061
10.019
8.554
151.669 976.636
1.583
10.250
97.634
75.800
1.019
796
1.187.962 4.872.401
12.397
51.137
50.021.745 26.673.203522.007279.941
71
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os depósitos a
prazo apresentavam a seguinte distribuição por prazo
residual de maturidade:
Até três meses
De três a seis meses
De seis meses a um ano
Mais de um ano
2012
3.815.337
245.594
518.400
453.097
5.032.428
Milhares de AOA
2011
9.455.799
1.188.620
920.513
-
11.564.932
Milhares de USD
2012
2011
39.815
99.241
2.563
12.475
5.410
9.661
4.728
-
52.516
121.376
12. CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica
apresenta a seguinte composição:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Operações no mercado monetário interfinanceiro
A muito curto prazo
Captações em Instituições de Crédito Nacionais - MN
-
430.153
-
4.515
Captações em Instituições de Crédito no Estrangeiro - ME
-
1.048.098
-
11.000
Captações para liquidez
-
1.478.251
-
15.515
72
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
13. OUTRAS RUBRICAS DO PASSIVO
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas rubricas
apresentam a seguinte composição:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Obrigações no sistema de pagamentos
Compensação de cheques
163.766
59.583
1.709
625
Movimentos de cartões de crédito
147.504
-
1.539
-
Leasing - desembolsos e cobranças
3.869
-
40
-
Outros
389
-
4
-
315.528
59.583
3.293
625
Operações cambiais
1.438
-
15
-
Outras Obrigações
Saldos com entidades relacionadas
1.322.930
1.214.044
13.806
12.742
Obrigações com pessoal
465.733
-
4.860
Encargos fiscais a pagar - retidos de terceiros
40.729
31.122
425
327
Contribuição Segurança Social
15.999
9.153
167
96
Honorários a pagar
12.839
-
134
-
Credores por aquisições de bens e direitos
-
5.141
-
54
Fornecedores
-
268.325
-
2.816
Outros
312.604
229.093
3.262
2.404
2.170.8351.756.87822.654 18.439
Os saldos com entidades relacionadas respeitam a valores
pagos pelo Standard Bank da África do Sul, por conta do
SBA, para posterior reembolso por parte deste último.
Estes valores incluem essencialmente o valor dos activos
do escritório de representação do Standard Bank da África
do Sul em Angola que passaram para propriedade do SBA
quando este iniciou actividade, incluindo ainda custos
incorridos com pessoal cedido ao SBA.
O saldo da rubrica “Obrigações com pessoal” diz
respeito ao subsídio de férias dos colaboradores e ao
aprovisionamento do prémio anual de produtividade do
Banco, em 31 de Dezembro de 2012. Em 31 de Dezembro
de 2011, estes saldos estavam registados em Provisões para
responsabilidades prováveis (Nota 14).
73
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
14. PROVISÕES
O movimento nas provisões durante os exercícios findos
em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foi o seguinte:
Dotações
Dotações
Milhares de AOA
2010
líquidas
2011
Reclassificações
líquidas
2012
Provisão para Crédito (Nota 7)
Crédito de liquidação duvidosa
-
13.573
13.573
-
256.638
270.211
Prestação de garantias
-
-
-
-
83.844
83.844
-
13.573
13.573
-
340.482
354.055
Responsabilidades prováveis com pessoal
46.844
291.106
337.950
(337.950)
-
-
Responsabilidades prováveis
de natureza administrativa e de comercialização
-
46.844
46.844
34.218
325.324
338.897
34.218
372.168
385.741
(6.950)
(344.900)
(344.900)
-
-
340.482
27.268
27.268
381.323
Dotações
Variação
Dotações
Variação
Milhares de USD
2010
líquidas
cambial
2011
Reclassificações
líquidas
cambial
2012
Provisão para Crédito (Nota 7)
Crédito de liquidação duvidosa
-
145
(3)
142
-
2.690
2.820
2.820
Prestação de garantias
-
-
-
-
-
879
(1.957)
875
-
145
(3)
142
-
3.569
863
3.695
Responsabilidades prováveis com pessoal
506
Responsabilidades prováveis
de natureza administrativa
e de comercialização
-
506
506
3.041
-
3.547
(3.547)
-
-
-
359
3.400
3.545
-
-
(3)
359
3.906
4.048
(72)
(3.619)
(3.619)
-
-
3.569
(2)
(2)
861
285
285
3.980
Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica
“Responsabilidades prováveis com pessoal” dizia respeito ao
subsídio de férias dos colaboradores e ao aprovisionamento
do prémio anual de produtividade do Banco. Em 31 de
Dezembro de 2012, estes saldos estão registados em
Outras obrigações passivas.
Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica
“Responsabilidades prováveis de natureza administrativa e
de comercialização” incluía honorários a pagar a auditores.
Em 31 de Dezembro de 2012, esses valores foram
registados em Outras obrigações passivas.
74
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
15. FUNDOS PRÓPRIOS
Em 31 de Dezembro de 2012, o capital social do Banco
era composto por 1.000.000 acções com o valor nominal
de USD 100 (equivalente a AOA 9.530.007), integralmente
subscritas e realizadas pelos seguintes accionistas:
Número de acções
Standard Bank Group Limited
509.996
AAA Activos, Lda.
490.000
Outros accionistas
4
1.000.000
2012
Valor nominal
mAOA mUSD
4.860.265
51.000
4.669.703
49.000
39
-
9.530.007
100.000
%
51,00%
49,00%
0,00%
100%
2011
Valor nominal
mAOA mUSD
%
4.598.505 50.000
100,00%
-
-
-
92
0
0,00%
4.598.597
50.000
100%
De acordo com a autorização de 11 de Agosto 2011,
emitida pelo Banco Nacional de Angola, o Capital social do
Banco foi aumentado de AOA 2.300.840 milhares (USD
25.500 milhares) para AOA 4.598.597 milhares (USD
50.000 milhares).
Em Outubro de 2012, o Capital social do Banco foi
aumentado de AOA 4.598.597 milhares (USD 50.000
milhares) para AOA 9.530.007 milhares (USD 100.000
milhares). Este aumento de capital foi subscrito por meio
de novas entradas em dinheiro, subscrito e realizado pelo
Standard Bank Group Limited e pela AAA Activos, Lda.
Reservas e Fundos
O Capital para constituição do Banco foi recebido
previamente pelo escritório de representação, que fez a
sua aplicação em títulos do Tesouro Público de Angola. A
remuneração destes títulos foi reconhecida nesta rubrica no
momento da constituição do Banco, uma vez que não se
tratou de resultados da sua actividade.
Resultados transitados
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os resultados
transitados correspondem à apropriação dos resultados dos
exercícios anteriores, com o seguinte detalhe:
Resultado do exercício de 2010
Resultado do exercício de 2011
Total de Resultados Transitados
Milhares de AOA
2012
(479.258)
(743.694)
(1.222.952)
2011
(479.258)
-
(479.258)
2012
(5.192)
(7.926)
(13.118)
Milhares de USD
2011
(5.192)
-
(5.192)
75
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Resultados potenciais
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica
apresenta a seguinte composição:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Reservas de reavaliação dos títulos disponíveis para venda
Variação do valor de mercado (Nota 6)
97.146
(139.175)
1.018
(1.459)
Efeito fiscal (Nota 8)
(34.001)
48.711
(355)
508
Variação Cambial
-
-
(160)
(1.469)
Total de Resultados Potenciais
63.145
(90.464)
503
(2.419)
16. RUBRICAS EXTRA-PATRIMONIAIS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica
apresenta a seguinte composição:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Garantias e outros passivos eventuais
Garantias e avales prestados
1.854.114
2.572.109
19.349
26.995
Créditos documentários abertos
2.354.559
541.858
24.571
5.687
Títulos recebidos em garantia BNA (Nota 5)
3.473.365
4.739.972
36.247
49.747
Total de Extrapatrimoniais7.682.0387.853.94080.167 82.429
Em 2012, o Banco constituiu provisões para garantias
prestadas no montante de AOA 83.844 milhares (Nota 7
e Nota 14).
17. SALDOS E TRANSACÇÕES
COM ENTIDADES RELACIONADAS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os principais
saldos e transacções mantidos com entidades relacionadas
são os seguintes:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Activos
Disponibilidades
Standard Bank South Africa
67.523
27.252
705
286
Stanbic Ibtc Bank Plc
286
-
3
-
Aplicações de Liquidez Standard Bank Isle of Man
8.631.459
4.987
90.074
52
8.699.268
32.239
90.782
338
Passivos
Depósitos
AAA Activos, Lda
99.947
-
1.043
-
AAA Pensões, SARL
32.819
-
342
-
AAA Seguros, SA
181.748
-
1.897
-
Captações para Liquidez Standard Bank Isle of Man
-
1.048.098
-
11.000
Outras Rubricas do Passivo Standard Bank South Africa
1.322.930
1.214.044
13.806
12.742
1.637.444
2.262.142
17.088
23.742
76
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
18. MARGEM FINANCEIRA
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo desta
rubrica pode detalhar-se como segue:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Proveitos de instrumentos financeiros
De operações no mercado monetário interfinanceiro
882.738
256.155
9.252
2.730
De operações de compra de títulos com acordo de revenda
32.910
38.376
345
409
De títulos e valores mobiliários
695.510
517.904
7.290
5.520
De créditos
514.499
172.497
5.393
1.838
Proveitos de instrumentos financeiros2.125.657 984.932 22.280 10.497
Custos de instrumentos financeiros
De depósitos (427.094) (331.334) (4.477) (3.531)
De operações no mercado monetario interfinanceiro
-
(1.104)
-
(12)
Custos de instrumentos financeiros(427.094)(332.438)(4.477)(3.543)
Margem Financeira
1.698.563
652.494
17.804
6.954
19. RESULTADOS DE PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS FINANCEIROS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo desta
rubrica pode detalhar-se como segue:
Proveitos de Prestação de Serviços
Custos de Comissões, Corretagens e Custódias
Milhares de AOA
2012
2011
1.042.189
842.346
(13.866)
(9.527)
1.028.323
832.819
Milhares de USD
2012
10.924
(145)
10.778
2011
8.978
(102)
8.876
20. PESSOAL
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Custos indirectos
26.536
76.412
278
814
Custos directos
2.701.241
1.928.462
28.313
20.554
Salários e subsídios
1.826.993
1.181.301
19.150
12.590
Pensões e reformas
133.196
76.880
1.396
819
Bónus de performance
396.002
311.314
4.151
3.318
Outros
345.051
358.967
3.617
3.826
Total Custos com pessoal2.727.7772.004.874 28.591 21.368
77
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica Outros
custos directos inclui diversas despesas de colaboradores a
cargo do Banco, nomeadamente despesas de alojamento
no montante de AOA 205.098 milhares e AOA 195.389
milhares, respectivamente.
21. FORNECIMENTOS DE TERCEIROS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo desta
rubrica pode detalhar-se como segue:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Alugueres
672.690
155.399
7.051
1.656
Auditorias, Consultorias e Outros Serviços
438.670
321.838
4.598
3.430
Comunicações
413.121
112.463
4.330
1.199
Publicações, Publicidade e Propaganda
185.379
39.289
1.943
419
Transporte, Deslocações e Alojamentos
169.977
262.989
1.782
2.803
Segurança, Conservação e Reparação
164.519
96.340
1.724
1.027
Materiais diversos
81.661
31.334
856
334
Água e Energia
71.850
12.858
753
137
Encargos com Formação de pessoal
46.371
29.496
486
314
Seguros
28.302
10.971
297
117
Serviços de Informática
20.887
71.673
219
764
Outros
206.410
175.454
2.163
1.870
Fornecimentos de Terceiros2.499.8371.320.10426.20214.070
22. IMPOSTOS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo desta
rubrica pode detalhar-se como segue:
Milhares de AOA
Milhares de USD
2012
2011
2012
2011
Resultados antes de Impostos1.612.682 1.500.194 16.903 15.989
Benefícios Fiscais
1.012.510
649.056
10.613
6.812
Valores a acrescer
-
12.178
- 130
Prejuízo fiscal2.625.192 2.161.428 27.516 22.931
Taxa nominal de imposto
35%
35%
35%
35%
Imposto Apurado
918.817
756.500
9.631
8.026
Reversão de imposto diferido activo
(288.753)
-
(3.027)
-
630.064
756.500
6.604
8.026
O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de
Imposto Industrial, sendo considerado fiscalmente contribuinte
do Grupo A. A tributação dos seus rendimentos é efectuada
nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 72º, da Lei nº 18/92,
de 3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de 35%, na
sequência da Lei nº 5/99, de 6 de Agosto (alínea h) da Nota 3.
78
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
O valor referente a benefícios fiscais é respeitante aos juros
dos Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro emitidos
pelo Estado. Este montante encontra-se isento de Imposto
Industrial, conforme os Decretos Regulamentares números
51/03 e 52/03, de 8 de Julho. Assim, na determinação
do lucro tributável em 31 de Dezembro de 2012 e 2011,
tais proveitos encontram-se deduzidos ao resultado antes
de imposto.
O Banco decidiu registar Imposto Diferido Activo
relacionado com o prejuízo do período de actividade, uma
vez que é expectativa do Banco, com base no orçamento
para os próximos anos, que venha a gerar, nos próximos 3
anos lucro tributável suficiente para absorver os prejuízos
fiscais do exercício.
Está em curso, em Angola, uma reforma tributária que
abrangerá a tributação em sede de Imposto Industrial,
não tendo até à data sido emitido o novo Código. Neste
sentido, não é possível estimar, a esta data, o impacto que
as alterações legislativas poderão ter na recuperabilidade do
activo por imposto diferido registado pelo Banco.
Em 2012, o Banco efectuou a reversão do imposto
diferido activo relativo ao prejuízo fiscal de 2010, uma
vez que não é expectável que venha a gerar, em 2013,
um lucro tributável suficiente para absorver os referidos
prejuízos fiscais.
79
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
23. BALANCETE POR MOEDA
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o balanço por
moeda do Banco apresenta a seguinte estrutura:
2012
2011
ACTIVO
AOA
USD
Outros
Total
AOA
USD
Outros
Total
DISPONIBILIDADES
6.107.295 10.309.200
983.493 17.399.988 1.722.250 4.929.489
301.321 6.953.060
APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ
3.528.426 10.598.914
387.647 14.514.987 4.746.880
-
4.990 4.751.870
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
-
9.013.943
- 9.013.943
-
-
4.987
4.987
Operações de Compra de Títulos de Terceiros com Acordo de Revenda
3.528.426
1.584.971
387.647 5.501.044 4.746.880
-
3
4.746.883
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
5.547.318
8.576.285
- 14.123.603 4.705.078 13.458.030
- 18.163.108
Mantidos para Negociação
-
1.984.837
-
1.984.837
-
-
-
-
Disponíveis para Venda
5.547.318
6.591.448
- 12.138.766 4.705.078 13.458.030
- 18.163.108
CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS
4.438 1.298.387
- 1.302.825
-
-
-
-
CRÉDITOS
7.318.853
2.224.047
(15.089) 9.527.811
109.494
456.456
-
565.950
Créditos
7.570.350
2.311.516
-
9.881.866
123.067
456.456
-
579.523
(-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
(251.497)
(87.469)
(15.089)
(354.055)
(13.573)
-
-
(13.573)
OUTROS VALORES
2.625.571
-
- 2.625.571 2.304.716
-
158.969 2.463.685
IMOBILIZAÇÕES
2.482.223
-
- 2.482.223
716.036
61.095
2.490
779.621
Imobilizações Financeiras
44.290
-
-
44.290
44.290
-
-
44.290
Imobilizações Corpóreas
1.365.956
-
-
1.365.956
373.657
61.095
2.490
437.242
Imobilizações Incorpóreas
1.071.977
-
-
1.071.977
298.089
-
-
298.089
TOTAL ACTIVO
27.614.124 33.006.833 1.356.051 61.977.008 14.304.454 18.905.070 467.770 33.677.294
PASSIVO
AOA
USD
Outros
Total
AOA
USD
Outros
Total
DEPÓSITOS
17.905.119 32.909.101 1.208.107 52.022.327 6.675.280 19.763.649
234.274 26.673.203
Depósitos à Ordem
14.637.751 29.148.589 1.202.977 44.989.317 6.572.457 8.301.540
234.274 15.108.271
Depósitos a Prazo
1.756.132
3.271.166
5.130 5.032.428
102.823 11.462.109
- 11.564.932
Outros depósitos
1.511.236
489.346
- 2.000.582
-
-
-
-
CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ
-
-
-
-
430.153 1.048.098
- 1.478.251
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
-
-
-
-
430.153 1.048.098
-
1.478.251
OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS
149.850
165.678
-
315.528
59.583
-
-
59.583
OPERAÇÕES CAMBIAIS
1.438
-
-
1.438
-
-
-
-
OUTRAS OBRIGAÇÕES
847.904
- 1.322.931 2.170.835
157.055
425.815 1.174.008 1.756.878
PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS
27.268
-
-
27.268
177.765
194.403
-
372.168
TOTAL PASSIVO
18.931.579 33.074.779 2.531.038 54.537.396 7.499.836 21.431.965 1.408.282 30.340.083
Activo/(Passivo) líquido
8.682.545
(67.946) (1.174.987) 7.439.612 6.804.618 (2.526.895) (940.512) 3.337.211
80
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2012
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Valores em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD) , excepto quando expressamente indicado
24. EVENTOS SUBSEQUENTES
Não temos conhecimento de quaisquer factos ou
acontecimentos posteriores a 31 de Dezembro de 2012
que justifiquem ajustamentos ou divulgação adicional nas
Notas às demonstrações financeiras.
81
Relatório do Auditor
Independente
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE
84
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE
85
Parecer
do Conselho Fiscal
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
88
Standard Bank de Angola, S.A RELATÓRIO E CONTAS
31 de Dezembro 2012
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
89
Linha Standard Bank: 923190888
www.standardbank.co.ao