galileia
Transcrição
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Nas pegadas de Jesus… GALILEIA “No [tempo] futuro cobrirá de glória o caminho do mar, do outro lado do Jordão, a Galileia dos gentios. (Is 8, 9) O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles.” (Is 9, 1) Da “Galileia das nações” sairia, um dia, uma “luz para o mundo”. Do deserto, Jesus foi para a Galileia. Nesse momento, o centro de acção de Jesus mudou de Nazaré – o local da sua infância – para Cafarnaum, uma pequena cidade portuária ao norte do Mar da Galileia, e que ficou a ser conhecida como “a sua cidade”. Começa, então, o Ministério de Jesus, que durou 3 anos. O nome “Galileia” deriva da palavra hebraica “galil”, que significa “circulo”. Geograficamente, divide-se em duas áreas bastante diferentes. A Alta Galileia é a região montanhosa, a norte e a oeste, que forma uma fronteira natural com o Líbano, e, em alguns pontos, eleva-se a mais de mil metros acima do nível do mar. A Baixa Galileia, ao redor do Lago, fica a 180 metros abaixo do nível do mar e incluía algumas áreas férteis que produziam cereais. A maior parte do ministério de Jesus teve lugar na Baixa Galileia. O Lago / Mar da Galileia está no centro desta região. É um lago de água doce, abastecido pela neve derretida do monte Hermon, trazida pelo corrente do rio Jordão. Esta bela “ilha marítima” era cercada por numerosos portos e era o centro de uma movimentada indústria pesqueira. Visto de cima, o lago tem a forma de uma harpa: 26 km no sentido norte-sul e 14,5 km no sentido este-oeste. De facto, um dos seus antigos nomes, Yam Kinneret (Mar de Kinneret), poderá estar associado precisamente à sua forma: a palavra “kinnor” é o hebraico para “harpa”. Os evangelistas referiam-se a ele como Lago de Genesaré, Mar da Galileia ou, ainda, Mar de Tiberíades. A 3 km ao sul de Tiberíades, as águas deixam o lago e continuam pela segunda parte do Rio Jordão, na direcção do muito diferente e salgado Mar Morto. O Mar da Galileia, ao contrário, fervilha de vida. O lago está cercado, ao longo de muitas das suas praias, por montes bastante íngremes, pelo que geralmente está protegido dos ventos e das tempestades. Ao encontrar-se a cerca de 210 metros abaixo do nível do Mediterrâneo, a região pode tornar-se muito quente e abafada nos meses de Verão. Noutras épocas do ano, contudo, é um local ameno e agradável. Ao redor do lago há uma grande variedade de paisagens; a leste situa-se a faixa árida das montanhas de Gaulanitis. A norte, onde as águas do Rio Jordão passavam por um pequeno lago (o lago Semeconitis), havia uma área inóspita e pantanosa, que foi sendo gradualmente assoreada pelo Jordão; a noroeste (por trás de Cafarnaum), há alguns montes mais baixos, formados pela rocha basáltica negra e a fértil planície de Genesaré; a oeste ficam as grandes escarpas do monte Arbel, que, naquele tempo, bloqueavam o acesso por terra à cidade de Tiberíades. O Antigo Testamento refere-se a esta região em poucas ocasiões. Ela surge repentinamente no séc. VIII a. C., quando Isaías profetiza que Deus “cobrirá de glória a Galileia dos gentios”. Mateus vê o ministério de Jesus nesta região como o cumprimento dessa profecia (Mt. 4, 13-16). A observação de Isaías de que a Galileia era “dos gentios” lembra que, desde as invasões assírias desse período, quando muitos israelitas foram deportados e substituídos, na região, por gente estrangeira, a população da Galileia foi sempre composta por uma mistura de judeus e não-judeus. Ao contrário do que aconteceu na Samaria, no período posterior ao Exílio, grande parte da população judia regressa à Galileia e, na época de Jesus, os judeus provavelmente constituíam a maioria da população. Mesmo assim, era um “território fronteiriço”. Comparada com Jerusalém (a sul), a Galileia era um lugar onde os judeus interagiam constantemente com os gentios. Algumas áreas eram predominantemente, se não exclusivamente, dos gentios: a chamada Decápole (que em grego significa “dez cidades”), situada a sudoeste do lago, e talvez a nova cidade de Tiberíades (construída por Herodes Antipas, em honra do imperador romano pagão, Tibério, e provocadoramente construída sobre um antigo cemitério judaico). Ao contrário de Jerusalém, a Galileia ficava numa importante rota comercial – a chamada via maris”, ou “o caminho do mar” –, que ligava os mercados da Mesopotâmia e de Damasco com o Mediterrâneo e o Egipto, e passava pela planície de Genesaré, ao longo da margem norte do lago, atravessando Cafarnaum. Como cidade fronteiriça, Cafarnaum será uma fonte de receitas e, para os cobradores de impostos, um refúgio. Provavelmente teria uma alfândega e uma pequena guarnição militar – daí a referência ao centurião romano que tinha ajudado os cidadãos pobres a construírem a sua sinagoga (Lc 7, 2-5). A mensagem e os temas de Jesus O ministério de Jesus ficou marcado por dois “elementos” que, à primeira vista, podem parecer contraditórios: Por um lado, havia a autoridade absoluta com que ensinava: “E maravilharam-se com o seu ensinamento, pois os ensinava como quem tem autoridade, e não como os Doutores da Lei.” (Mc 1, 22). Jesus falou directa e claramente sobre Deus, como alguém que sabia com exactidão daquilo que falava. E esta autoridade era acompanhada pelas suas acções: o seu poder impressionante sobre os grandes inimigos da vida humana – doenças, desastres, demónios e até a própria morte. Por outro lado, os Evangelhos dão ênfase à simplicidade essencial da forma como Jesus ensinava e o modo acessível para as pessoas comuns. O ensinamento de Jesus não lida com o abstracto, pelo contrário, está repleto de exemplos convincentes do quotidiano. A vida diária da Galileia deu a Jesus amplo “material” para se aproximar das pessoas. Contudo, esta forma muito “terrena” de Jesus ensinar, por vezes, levou o povo a concluir que a sua mensagem era “muito branda”. E pensavam em Jesus como um maravilhoso filósofo, que dizia verdades inocentes, apontando para uma realidade divina que fazia poucas exigências. A verdade era precisamente o contrário: Jesus estava a proclamar uma mensagem nova e radicas – o Reino de Deus. Por outras palavras, o Deus de Israel estava finalmente a tornar-se Rei! È lógico que muitos dos ouvintes de Jesus estavam ansiosos por isso; estavam dispostos a pegar em armas para realizar o Reino de Deus, se isso pusesse fim ao domínio dos Romanos pagãos. Trinta anos antes [do nascimento de Jesus], os Galileus tinham encetado uma rebelião contra Roma (dirigida por Judas, o Galileu), mas falharam de forma desastrosa. Trinta anos depois [da Morte e Ressurreição de Jesus], eles tentariam novamente e, dessa vez, como foi relatado depois pelo historiador Flávio Josefo, a derrota seria terrível. Foi nesta situação instável e difícil que surgiu Jesus. Trazia a mensagem certa – relativa ao Reino de Deus. Não admira, portanto, que as multidões O seguissem e quisessem fazer d’Ele o Rei. Contudo, as coisas processaram-se de modo errado e subversivo. Primeiro, Jesus fez notar que não havia razão para lutarem contra os Romanos, pois os “pacificadores” seriam abençoados por Deus. Os gentios, ao contrário do que acontecia na realidade israelita, seriam incluídos neste novo Reino. E algumas das velhas tradições de Israel – como o afastamento em relação aos gentios (mantendo o Shabat e as leis relativas à alimentação) – iriam tornar-se obsoletas. Segundo, o Rei deste Reino estava ali, no meio deles; Ele era aquele que os tinha ensinado “nas praças”. Jesus era o próprio Rei, o tão esperado Messias. Naturalmente, Jesus não podia dizer isto abertamente, seria mal interpretado; assim, falou por meio de parábolas e enigmas, apontando claramente para a verdade e só deixando algumas pessoas conhecerem o seu segredo, mas gradualmente. Quando o desafio da mensagem de Jesus começou a ser compreendido, afastou tantas pessoas quantas as que atraiu. E havia oposição e controvérsia contínuas, e não apenas por parte dos líderes religiosos que podiam detectar o carácter radical do ensinamento de Jesus. Então, as sombras escuras do que poderia suceder em Jerusalém podiam também ser percebidas na Galileia. A sua imagem sobre o Reino de Deus foi radical e exigente desde o início. E embora alguns pontos polémicos específicos fossem diferentes neste estado-fronteira, quando comparados com aqueles encontrados posteriormente na cidade capital, podemos perceber a continuidade que está subjacente à sua mensagem. Jesus estava a anunciar o nascimento de uma nova era, centrada n’Ele mesmo. A Galileia não era um local de calma idílica, mas um lugar de “tempestade latente”. A Galileia na actualidade (tomando como ponto de partida o Mar da Galileia, no sentido dos ponteiros do relógio) Tiberíades Barca do séc. I Magdala A moderna cidade de Tiberíades fica a 8 km da costa ocidental. A estação arqueológica da antiga Tiberíades (nas colinas ao sul da cidade moderna), inclui uma basílica, uns banhos públicos (termas), um teatro e um mercado. Um pouco adiante, no monte Berenice, existe uma igreja bizantina que, mais tarde, foi usada pelos Cruzados. Depois do séc. II, Tiberíades tornou-se um centro florescente do judaísmo rabínico. Fora da cidade estão os túmulos de alguns dos maiores rabinos, nomeadamente o grande Maimonides. A estrada, ao norte de Tiberíades, atravessa o outrora intransponível penhasco do Monte Argel. À direita encontram-se algumas ruínas que, provavelmente, marcam o local onde ficava a antiga cidade de Magdala (também conhecia por Tariqueia), a terra-natal de Maria Madalena. (O local encontra-se em fase de escavações). Um pouco adiante, no Kibbutz Nof Ginnosar, uma das salas exibe a chamada “barca de Jesus” – o casco de uma barca, provavelmente do séc. I, recuperada do fundo do Mar da Galileia, em 1986. Passando a planície de Genesaré e a moderna estação de captação de águas, começa-se a avistar a área onde Jesus iniciou o seu ministério: Cafarnaum. Grande parte da antiga cidade é agora propriedade dos Franciscanos, mas a igreja branca, com cúpula vermelha pertence à Igreja Ortodoxa Grega. Em Cafarnaum quase todas as habitações, de tamanho reduzido, foram construídas com rocha basáltica negra. A partir de meados do séc. I, uma sala duma destas casas parece ter sido aberta ao público, a julgar pelos artefactos encontrados no local. De facto, as paredes foram rebocadas com gesso por essa altura e, algumas delas, têm inscrições relativas a Jesus como Senhor e Messias. Isto é uma forte evidência de que a divisão era usada como lugar de veneração cristã – quase com certeza, porque se acreditava que a sala tivesse sido usada por Jesus, talvez em casa de Simão Pedro. No séc. IV, os cristãos construíram uma capela sobre a sala e, no séc. V, esta capela tornou-se uma igreja maior, octogonal, contendo mosaicos trabalhados (que foram destruídos no séc. VII). Embora tenha sido coberta recentemente por uma estrutura octogonal moderna, a sala original é visível, assim como as paredes da igreja posterior. Dado que a tradição remonta ao séc. I, é quase certo que este era o lugar onde Jesus ficou – a casa do apóstolo Pedro. A cerca de 35 metros, encontram-se as impressionantes ruínas de uma sinagoga. Sabemos que Jesus ensinava numa sinagoga em Cafarnaum, e este poderia ser o lugar. Mas a sinagoga do séc. I, custeada por um centurião romano, teria sido mais modesta. O edifício que se vê, construído com pedra calcária, data do séc. III ou IV. A sua proximidade da Igreja construída sobre a casa de Pedro sugere uma rivalidade entre as comunidades judia e cristã durante esse período (a Galileia era uma zona predominantemente judia, mas as autoridades do império bizantino eram cristãs). Escavações posteriores, deixaram a descoberto, num nível inferior, paredes dum edifício antigo, construído com a pedra basáltica negra, típica da Galileia, o que faz crer que a sinagoga de pedra calcária poderá ter sido construída sobre uma sinagoga antiga, essa sim, a sinagoga do tempo de Jesus. A cerca de 2 km, a oeste de Cafarnaum, há dois lugares perto da margem do Mar da Galileia, numa área conhecida como Tabgha (uma corrupção da palavra grega “heptapegon”, que se refere às “sete fontes” encontradas na região). Esta é a área onde os cristãos celebram uma série de passagens do Evangelho. A Capela da Primazia (ou Primado) de Pedro, recorda a passagem que só se encontra no Evangelho de João (Jo 21): depois da Ressurreição, Jesus apareceu na margem do lago e preparou o pequenoalmoço para os discípulos, que regressavam da pesca. Depois de terem comido, Jesus, por três vezes, pergunta a Simão Pedro: “Tu amas-Me?”. Pedro, que O tinha negado três vezes na noite em que Jesus fora preso, confirma três vezes o seu amor a Jesus. Uma estátua moderna retrata o encontro entre Pedro e Jesus. E faz, também, memória dum outro episódio, ocorrido no início do ministério, quando aportando à margem com a rede cheia de peixe, Pedro diz a Jesus: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.” (Lc 5, 18). Muitas características do lugar datam provavelmente de séculos posteriores à passagem de Jesus: as seis pedras em formato de coração, na areia, que mais tarde foram associadas aos tronos prometidos por Jesus aos seus discípulos (Lc 22, 30) (cada metade representando um discípulo); e os degraus escavados na pedra abaixo da igreja, que se associam à passagem de Jesus por eles. A pedra achatada do lado oeste da actual capela, é associada à pedra à qual Jesus colocou o pão antes de o servir aos discípulos, e está assinalada com a inscrição em latim “Mensa Christi”. “a mesa de Cristo”. Perto dali foi construída uma igreja maior para comemorar o “milagre da alimentação. Este segundo local em Tabgha, conhecido como a Igreja da Multiplicação dos Pães e dos Peixes, fica a cerca de 180 metros a oeste da Capela do Primado de Pedro. Entra-se no grande pátio duma construção bizantina, terminada em 1982, projectada para reproduzir com a maior fidelidade possível o átrio e a basílica que foram construídos precisamente ali, por volta do ano 480. O interior desta igreja dá uma boa ideia do estilo “amplo” das igrejas bizantinas do período entre os séc. IV e VI: uma nave e dois corredores laterais encontram-se numa abside arredondada, no extremo este; e a mesa da comunhão ficaria visível para todos, com apenas uma pequena divisória a separar o Santuário da nave. Nesta igreja, são visíveis alguns mosaicos originais, incluindo o famoso mosaico dos pães e dos peixes, aos pés da Pedra da Multiplicação (o suposto local onde Jesus fez o milagre que alimentou as 5.000 pessoas), assim como outros que representam os pássaros e plantas ao redor do lago. Há também evidências da igreja, mais pequena, construída durante o séc. IV. A localização do Sermão da Montanha não pode ser garantida, havendo poucos resquícios duma igreja do séc. IV e um mosteiro, um pouco mais afastados da estrada. Em 1938, foi construída uma nova igreja, a Basílica das Bem-Aventuranças, ou das Beatitudes, mais acima no monte, em comemoração do Sermão de Jesus. No interior da igreja os versos e símbolos relacionados com o Sermão estão inscritos em mosaicos no chão e em redor do altar. A cúpula da basílica foi construída no tradicional formato cristão – octogonal –, ladeada por oito vitrais, onde estão inscritas as oito Bênçãos de Jesus. À entrada da igreja, dois painéis expõem os ornamentos usados pelos Papas Paulo VI, em 1964, e João Paulo II, em 2000, aquando da celebrações litúrgicas no local, e que ambos fizeram questão de doar à Basílica. Do monte das Bem-Aventuranças tem-se uma vista panorâmica de todo o Lago Tiberíades e de muitos locais relacionados com o ministério de Jesus. Há um caminho que desce até à margem do lago, passando por alguns campos galileus. Visitar o Monte das Bem-Aventuranças é aproximarmo-nos um pouco mais dos ensinamentos de Jesus no seu contexto. A serenidade do lugar pode, porém, transmitir uma “falsa impressão”, sugerindo que as palavras de Jesus eram calmas e reconfortantes, quando, na verdade, eram radicais, exigentes, autoritárias, revolucionárias e contraculturais. Jesus estava a chamar Israel a um novo modo de vida: “Apenas alguns iriam encontrar a estrada que conduz à vida e aqueles que desobedecessem iriam ver as suas casas cair em ruína.” (Mt 7). Subindo para leste, chega-se a Betsaída. O local só começou a ser escavado em 1987 e ainda há pouco para se ver. Fica a cerca de 1,5 km da margem do lago e a uma altitude que nunca terá permitido o acesso por água, mesmo que o nível das águas fosse ligeiramente superior na Antiguidade. Apesar deste detalhe, foram descobertos vários artefactos de pesca numa divisão de uma casa escavada, sugerindo que Betsaída poderá ter sido uma cidade onde viviam pescadores, mesmo sem acesso directo às águas. Para os cristãos, o significado da cidade é grande: aqui Jesus curou um cego e esta era, também, a terra natal de Pedro, André e Filipe, antes de se mudarem para Cafarnaum. A distância entre a cidade e o lago pode ter sido um dos factores que influenciou, na altura, a decisão dos discípulos pescadores – em Cafarnaum eles estariam muito mais próximo do lago. A cidade foi destruída no séc. IV d. C. e a sua estação arqueológica, embora ainda com muito para descobrir, é considerada de valor inestimável. Poucos quilómetros a leste do lago, em Kursi, encontram-se as ruínas duma igreja e dum mosteiro bizantinos. O nome poderá ser uma corrupção de “Gergesa”, um nome que reflecte alguma confusão nos manuscritos bíblicos relacionados com o local de um dos milagres mais insólitos de Jesus: o exorcismo dum demónio chamado Legião e a incorporação dos espíritos numa vara de porcos que pastavam nas imediações e que, fugindo, se afogaram nas águas do lago. Nos Evangelhos, o nome do local varia entre Gadara (Mt 8, 28), Gergesa (Lc 8, 26) e Gerasa (Mc 5, 1). O certo é que o milagre se deu perto dum precipício (não necessariamente um despenhadeiro), não muito distante do lago e em território gentio (nenhum judeu criaria porcos!). Por isso, Kursi é uma localização provável e não fica longe da cidade gentia de Susita / Hipos. Os bizantinos identificaram o local num monte, um pouco mais a sul do mosteiro, como sendo o local exacto do milagre, marcado por um enorme rochedo. (adaptado do livro “Nas Pegadas de Jesus”, de Peter Walker) Navegar no Mar da Galileia é uma experiência que não se deve deixar de viver. Quando o barco chega ao meio do lago, os motores são desligados e sente-se a tranquilidade reinante. As passagens de Jesus a caminhar sobre as águas e a acalmar a tempestade são latentes aqui. “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” (Mc 4, 41) É este o momento em que é possível sentir-se “um pescador de Homens”!...