TRADUÇÃO AUTOMÁTICA: OS PROCESSOS DA TRADUÇÃO

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TRADUÇÃO AUTOMÁTICA: OS PROCESSOS DA TRADUÇÃO
ISSN 2237-7891
TRADUÇÃO AUTOMÁTICA:
OS PROCESSOS DA TRADUÇÃO MEDIADA
POR COMPUTADOR*
Sílvia Gusmão SALES, UESB#
[email protected]
Resumo. Este artigo descreve um projeto de pesquisa que consistiu no conceito de
tradução na visão teórica e do advento disponível na internet, a tradução automáti­
ca. No estabelecimento de uma metodologia de prática de exercícios de tradução
com o uso do dicionário e tradutor automático. Finalizando, diagnosticou os requisi­
tos necessários com os alunos do curso de Letras da Universidade Estadual do Su­
doeste da Bahia, como conhecimento prévio da estrutura da língua inglesa, o con­
texto da época e do autor. Estes recursos presentes, tradutores automáticos somados
ao conhecimento prévio, possibilitou a otimização do tempo no processo de tradu­
ção de textos em inglês.
Palavras-chave. Tradução automática. Conhecimento prévio. Otimização.
Abstract. This paper describes a project that consisted of translation conception in
the theoretical vision and the available advent in the Internet, the automatic transla­
*
#
Trabalho apresentado no XI Simpósio Nacional e I Simpüósio Internacional de Letras e Linguística
– Linguagem e Cultura: Intersecções ­ promovido pelo Instituto de Letras e Linguística da
Universidade Federal de Uberlândia, nos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2006.
Especialista em Tradução. Professora Auxiliar no Departamento de Ciências Humanas e Letras
(DCHL) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).
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tion. In the establishment of a practical methodology of exercises translated with
the dictionary and the automatic translator. Finishing, it diagnosised the neces­
sary requirements with the Letters Course students in the Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia, as previous structure knowledge of the English language
and the time and author context. These resources, automatic translators added
the previous knowledge made possible the optimization of the time in the
process of the English texts translation.
Keywords. Translations. Previews knowledge. Optimization.
1. Introdução
O objetivo deste artigo é apresentar o projeto de pesquisa, Tradução Au­
tomática: os processos da tradução mediada por computador no curso de Letras
da UESB, conceituando tradução na visão teórica de alguns estudiosos da área,
considerando o advento da internet como inovador das formas de tradução atu­
ais, abordando a história da tradução automática e seus avanços. Os dados que
serão apresentados ao longo deste artigo vem mostrar, que em momento algum
da História houve uma necessidade tão grande de superar as barreiras linguísti­
cas que dividem os povos como agora, pois num mundo mais globalizado faz­se
necessário que essas barreiras sejam superadas, para que o acesso às informa­
ções e transformações que as diversas áreas vêm sofrendo chegue ao conheci ­
mento de todos. Sendo assim, dispor de meios alternativos que poderão propor­
cionar a otimização do tempo no processo de tradução, para dar conta do ritmo
acelerado aos avanços tecnológicos que o homem vem impondo, e a produção de
conhecimentos nas suas áreas de atuação, poderá ser um dos meios para tornar
possível a quebra dessas barreiras.
Para que o resultado alcançasse os objetivos desta pesquisa, verificou­se
o tempo no processo de tradução, como também, foi considerado o nível de pro­
ficiência em inglês dos alunos participantes. Este nível foi avaliado, durante as
aulas de Língua Inglesa I e Literatura Norte­americana, ambas ministradas por
mim, pesquisadora, o que a possibilitou observar dois pontos principais quanto
ao nível de proficiência do aluno, que são: leitura e compreensão de textos em
inglês. Essa pesquisa mostra o uso do tradutor automático em textos de inglês,
por alunos do I e VII semestre do curso de Letras, da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia (UESB), considerando que este tradutor poderá ser ou não de
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Tradução automática
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grande ajuda para ganhar tempo durante o processo. Em nenhum momento foi
desconsiderada a tradução já desenvolvida pelos alunos. Logo, destacaram­se as
vantagens do tradutor automático, ampliando e enriquecendo o campo de conhe­
cimento de forma mais rápida, não esquecendo que na maioria das vezes o aluno
não dispõe de tempo suficiente para traduzir uma diversidade de material exis­
tente. Sendo assim, a possibilidade de ter acesso ao um maior número de materi ­
al em inglês em diversas áreas em pouco tempo, poderá fazer do tradutor auto­
mático uma boa ferramenta. Para o bom andamento deste trabalho, foi priorizada
a importância de se ter o conhecimento prévio da estrutura da língua inglesa,
como também do conteúdo dos textos a serem traduzidos, tendo em vista que se
o aluno não conhece a estrutura da língua, como ela funciona, quais são as regras
que a norteiam, etc., e não tem uma leitura do tema a ser traduzido, possivelmen­
te poderá ser uma barreira para que este possa se beneficiar dos recursos ofereci­
dos pelo tradutor automático.
Vale salientar neste artigo, que estamos num novo milênio, em que há
necessidade de que façamos bom uso das ferramentas que o mundo da informáti­
ca está nos oferecendo, nos capacitando para respondermos de forma cada vez
melhor à demanda e ocuparmos uma posição firme e sólida no mercado de traba­
lho. Logo, com todo esse crescimento tecnológico, a tradução não poderia ficar
de fora, pois a sua evolução deve também ao crescente avanço da internet no de­
correr dos anos.
2. Conceito de tradução
De acordo com Moran Costas (2000a) “aprender é passar da incer­
teza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e as novas
sínteses”. O processo da tradução é um caminho de incertezas conduzido
a uma certeza que chegará as novas descobertas e a novas sínteses, ou
seja, descobrir o outro através do perceber e compreender o que o escritor
quer falar e transmitir em outro idioma. Para isso, faz­se necessário ao tra­
dutor mergulhar nas multi significações que as palavras, frases e períodos
possuem, absorvendo a essência do que está sendo traduzido. Esta não é
uma tarefa simples e fácil, mas para aquele que é dotado das armas neces­
sárias como: conhecer, entender a estrutura do idioma, tem o conhecimen­
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to do assunto de que se trata o material traduzido, somado ao auxílio do
tradutor automático terá a oportunidade de verificar como funciona esse
programa.
Para Moran Costas (2000b) “A construção do conhecimento a par­
tir do processamento multimídico é mais livre, menos rígido, com cone­
xões mais abertas...”. Ao considerar tal visão percebe­se que o traduzir
através do processo multimídico significa permitir ao tradutor viajar a um
mundo amplo da tecnologia, que oferece recursos que poderão viabilizar
seu trabalho de forma mais rápida.
De acordo com Ronai (1981, p. 28) “o tradutor deve conhecer a
língua estrangeira o bastante para desconfiar cada vez que a compreensão
insuficiente de uma palavra ou de um trecho obscurece o sentido do con­
junto”. Isto implica num conhecimento prévio da estrutura do idioma tra­
duzido, bem como também segundo Ronai (1981, p. 30),
Um bom profissional tentará familiarizar­se igualmente, na medida do
possível, com os costumes, a história, a geografia, o folclore, as instituições
do país de cuja língua traduz, além de se munir da indispensável cultura
geral.
Como em toda área de estudo e pesquisa, o tradutor é compelido a
buscar o crescimento profissional e aperfeiçoar­se naquilo que escolheu,
sendo assim, é importante conhecer a história, vida e cultura de quem e do
que está sendo traduzido.
O estudo da estrutura de uma língua pode conduzir a um universo
das palavras, que se aglomeram ordenadamente formando frases, transfor­
mando­se em períodos que compõem um texto. Jacques Derrida, filósofo
francês de origem judaica, elaborou o conceito de desconstrução, tratan­
do­se de uma crítica de pressupostos dos conceitos filosóficos. Vale sali­
entar que tal noção de desconstrução aparece primeiramente na introdu­
ção à tradução de 1962. Assim como, é importante o estudo da estrutura
da língua, como ela é formada no processo de tradução, Derrida (1972)
vem apresentar através do Desconstrutivismo, que através da composição
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dos elementos da escrita é possível descobrir partes do texto que estão en­
cobertos, possibilitando uma leitura mais detalhada. Nem todos aplaudem
este conceito de desconstrução, mas há seguidores como Arrojo no Brasil.
Segundo, Arrojo (1992, p. 26),
Nas mãos de Derrida, a desconstrução se torna uma poderosa arma, um
instrumento de capacidade inesgotável, que serve para perfurar um texto até
as suas entranhas e explorá­las a fim de desenterrar aquele “ponto cego” que
o autor nunca viu e nem quis ver, e que o texto procura, na medida do
possível, acobertar para que ninguém o veja.
Um dos pontos significativos em uma tradução é que o processo
de percepção e compreensão alcance a língua alvo, de maneira prática e
rápida.
Para Ronai (1981, p. 31) “a tradução é o melhor, talvez, o único
exercício realmente eficaz para nos fazer penetrar na intimidade dum
grande espírito”. Este ofício de traduzir muitas vezes discriminado pro­
porciona ao tradutor a visualização dos sentimentos mais profundos do
autor ao contemplar a possibilidade de penetrar em tal sentimento. Logo
por que não utilizar o tradutor automático para facilitar o trabalho de alu­
nos na tradução de textos em inglês?
2.1 O advento da internet inovando as formas de tradução
No presente século falar da internet significa viajar num mundo
sem fronteiras onde o imaginário torna­se real. Sua história tem seus pri­
meiros registros comprovados através de memorandos escritos por J.C.R.
Licklider, do Massachussets Institute of Technology (MIT) em agosto de
1962, onde o mesmo discutia o conceito da “Rede Galáxia”. A visão de
Licklider era computador interconectado globalmente, possibilitando para
todos o acesso a dados e programas de qualquer parte do mundo, de for­
ma rápida. Durante o período em que esteve trabalhando neste projeto
convenceu seus futuros sucessores Ivan Sutherland, Bob Taylor e Lawren­
ce G. Roberts o quanto o conceito de redes computadorizadas é importan­
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te. A forte convicção de Licklider do valor deste conceito tem sido com­
provada ao longo dos anos.
O primeiro trabalho sobre a teoria de trocas de pacotes foi publica­
do em julho de 1961 por Leonard Kleinrock, do Massachussets Institute
of Technology (MIT), alguns anos depois o primeiro livro sobre o assunto
em 1964. Mais tarde Kleinrock consegue da possibilidade teórica das co­
municações usando pacotes de computadores, resultando posteriormente
um dos grandes avanços nesta área, que foi fazer os computadores se con­
versarem. O feito de Roberts e Thomas Merrill concretizou­se em 1965
com a conexão de um computador TX­2 em Massachussets com um Q­32
na Califórnia com uma linha discada de baixa velocidade, criando assim o
primeiro computador de rede do mundo, comprovando que computadores
poderiam trabalhar juntos, rodando programas e recuperando dados quan­
do necessário em máquinas ultrapassadas, mas que o circuito do sistema
telefônico era totalmente inadequado tornar realidade o intento. A convic­
ção de Kleinrock a respeito da necessidade de trocas de pacotes foi com­
provada.
Em 1966, Roberts iniciou seu trabalho no DARPA1 com a finalida­
de de desenvolver o conceito das redes computadorizadas e elaborou seu
plano para a ARPAnet2 que foi publicado em 1967. Nesta conferência
houve oportunidade de apresentação de trabalhos, bem como a socializa­
ção de conhecimento e conceitos, como o de Donald Davies e Roger
Scantlebury, da NPL­Nuclear Physics Laboratory.
Após um breve relato dos momentos iniciais da internet ainda num
estágio embrionário. Vale mencionar, que ela nasceu há cerca de 40 anos
como uma rede, cujo objetivo era preservar a segurança militar dos Esta­
dos Unidos. Esta seria criada com uma estrutura de comunicação descen­
tralizada para proteger em caso de ataque nuclear os núcleos onde se ar­
mazenava a informação. Através da rede denominada ARPAnet, a infor­
1
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Department of Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA).
Advanced Research Projects Agency Network (ARPANET) rede de computadores criada pela
Advanced Research Projects Agency (ARPA). Net é abreviatura de Network (rede em inglês).
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mação estava em toda parte e em parte alguma, tornando sua destruição
impossível.
Na sua trajetória até o uso militar, a rede passou a ser utilizada por
centros de pesquisa, tornando­se durante a década de 90, no principal ca­
nal de informação que emprega no mundo quase 500 milhões de pessoas.
A utilidade original da internet para a qual havia sido criada foi posta à
prova no dia do ataque terrorista, seu uso superou as expectativas da mí­
dia, principalmente nos Estados Unidos. A internet competiu com as ca­
deias de televisão que transmitiam ao vivo o drama americano. Os inter­
nautas3 conectados maciçamente em questão de minutos saturaram seus
servidores.
Além do seu papel na comunicação de informar e conectar povos,
a internet passou a oferecer serviços de qualidade na área da tradução au­
tomática, disponibilizando tradutores automáticos como Globalink Power
Translator Pro4, Altavista e outros para todos os interessados gratuitamen­
te. A procura destes tradutores tem crescido, mas a única dificuldade é em
relação ao usuário. Ele precisa tomar conhecimento do que é necessário,
para que possa aproveitar de todos os recursos que o tradutor automático
tem a lhe oferecer.
2.2 A história da tradução automática
De acordo com Nirenburg, S (1987) durante a década de 40, a tra­
dução automática teria sido a primeira aplicação não numérica proposta
dentro da nova área da ciência da computação, resultando no desenvolvi­
mento de áreas como a Linguística Formal e a Inteligência Artificial. Para
Mateus, M. H. M. (1995) todos esses avanços na área foram impulsiona­
dos a princípio pela necessidade de se obter informações sigilosas (início
da Guerra Fria) e mais tarde, para se ter acesso à exposição de dados gera­
dos por centros informativos de pesquisa. O principal objetivo era promo­
3
4
Explorador do espaço cibernético (INTERNAUTA)
GLOBALINK The translation Company ©copyrigth 1997 Globalink, Inc. Disponível em:
<http://www.globalink.com/About_Us.htm>. Acessado em15 de novembro de 2005.
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ver a obtenção de informações científicas soviéticas à distância e da ma­
neira mais rápida possível.
Os pioneiros nesta área são o inglês Booth e o americano Warren
Weaver, que desenvolveram uma calculadora científica com dados sufici­
entes para realizar uma tradução palavra a palavra, sem se preocupar com
as questões lingüísticas como a sintaxe ou a ordem lexical. Logo, por
meio de uma lista de palavras­chave, uma pessoa teria uma ideia do con­
teúdo do texto traduzido. Anterior ao inglês Booth e ao americano Warren
Weaver, o cientista russo Smirnov­Trojanskij apresentou, em 1933, uma
máquina com capacidade de traduzir diversas línguas simultaneamente e à
distância, sendo considerado em 1939 pelos cientistas soviéticos como
ineficiente, foi também desconsiderado em 1944 pelo Instituto de Auto­
matização e Telemática da Academia das Ciências da URSS.
Dando continuidade as pesquisas na tentativa em aprimorar os mé­
todos de tradução automática já existentes em 1948, o inglês Richens
acrescentou ao programa desenvolvido por Booth e Weaver informações
com respeito à análise gramatical das desinências russas, proporcionando
ao leitor informações mais precisas sobre a função da palavra na sentença,
diminuindo assim, o uso do dicionário, consequentemente acelerando a
consulta automática.
Novas tentativas surgiram na década de 50, com trabalhos apresen­
tados em congressos. Vale mencionar o congresso de 1952 do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts, sobre os problemas da tradução automática.
Neste congresso alguns pontos foram discutidos e analisados como, a
frequência das palavras, equivalências linguísticas, memórias eletrônicas
e outros aspectos técnicos para depois passar­se à análise sintática e à
construção de programas de tradução. Outro ponto também discutido e
considerado importante foi o desenvolvimento de um programa que reali­
zasse a tradução em um único sentido entre duas línguas, sem a preocupa­
ção imediata com a produção de máquinas multilíngues. Também neste
momento foi cogitada a utilização de uma língua intermediária, neutra,
para se realizar a tradução entre duas línguas, técnica empregada até hoje.
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Tradução automática
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Depois de algumas tentativas da nova ciência da computação, sur­
giu o projeto que seria o primeiro sistema de tradução automática, o Geor­
getown Automatic Translation (GAT). Em 1954, na Universidade de Ge­
orgetown, é realizada a primeira experiência de tradução automática do
russo para o inglês com um computador. O vocabulário continha 250 pa­
lavras e seis regras sintáticas. O projeto começou em 1952 com sucesso, e
seu sistema entrou em operação em 1964, mesmo tendo sido abandonado
em meados dos anos 60, continuou sendo utilizado até meados dos anos
70. O objetivo deste sistema era detectar o conteúdo e o interesse de docu­
mentos estrangeiros, através de substituição de palavra por palavra. O sis­
tema era adaptado para cada texto diferente, e não era fundamentado em
uma teoria linguística, apresentando um resultado muito pobre. Apesar de
tudo isso, atingiu os seus objetivos pelo qual o sistema foi criado. Depois
que o projeto foi encerrado, muitos integrantes fundaram novos grupos de
pesquisa, desenvolvendo com sucesso um sistema que é utilizado até os
dias de hoje, é o caso de Peter Toma que logo depois desenvolveu o siste­
ma SYSTRAN5.
Quanto ao sistema SYSTRAN, o primeiro programa foi instalado
em 1970, opera (tradução russo­inglês na USAF FTD). Dentre alguns dos
usuários, pode­se destacar a NASA em 1974, e o EURATOM, que substi­
tuiu o GAT com o mesmo propósito de adquirir informações. Posterior­
mente, outras versões do sistema foram compradas e desenvolvidas. A
General Motors do Canadá utiliza a versão inglês­francês para traduzir
manuais variados.
Em dezembro de 1997, o Altavista™ serviço de busca na Internet,
passou a oferecer um serviço de tradução on-line de páginas na World
Wide Web através do sistema SYSTRAN, visando principalmente a aqui­
sição de informações.
O projeto Mechanical Translation and Analysis of Language (ME­
TAL) foi iniciado em 1961 com o propósito de realizar traduções do ale­
5
SYSTRAN é um software tradutor da SYSTRAN Language Translation Technologies.
Disponível em: < http://www.systransoft.com/index.html>. Acessado em: 15 de novembro de
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mão para o inglês. Sendo adotado o paradigma transformacional de
Chomsky, através de uma interlíngua sintática baseada em estruturas pro­
fundas. Entretanto, chegou­se à conclusão de que somente a lingüística
transformacional não era suficiente para suportar um sistema operacional,
sendo feitas outras adaptações. Em 1974 os fundos governamentais foram
interrompidos e o projeto cancelado, sendo retomado alguns anos depois
com novas verbas.
Em 1980, com a interrupção das verbas governamentais, a Sie­
mens passou a patrocinar o projeto, dedicando­se à tradução alemão­in­
glês na área de telecomunicações. Os testes publicados comprovam a qua­
lidade do sistema, traduzindo entre 45% e 85% com uma boa aceitação.
6
Segundo Slocum (1985) após um período de cerca de dez anos,
nos anos 80 foi despertado novos interesses pela tradução automática com
a criação da Comunidade Econômica Européia, a explosão da informati­
zação, o desenvolvimento e o estabelecimento de teorias no âmbito da lin­
guística formal, com grande investigação semântica, o processamento in­
formatizado de línguas naturais com base em gramáticas de análise e de
geração, possibilitando à abertura de novos horizontes a inteligência arti­
ficial, a linguística computacional e a tradução automática, recebe desta­
que e apoio por parte de um grande número de países, especialmente na
Europa. Consequentemente, o investimento da indústria privada também
abriu um novo horizonte para projetos de tradução automática e tradução
assistida por computador. Os Estados Unidos da América teve um posici­
onamento contrário ao dos países europeus até 1984.
Para Slocum, além de focar o desenvolvimento linguístico e tecno­
lógico, o ponto principal responsável pelo ressurgimento do interesse pela
tradução automática foi adaptação das expectativas para um contexto
mais realista, sabe­se que, quanto mais focalizada e especializada a área
de atuação de um tradutor, maior o grau de perfeição que ele tenderá a
atingir, isto vem mostrar indícios de que o conhecimento prévio da estru­
tura de uma língua e do contexto traduzido, de fato influenciará no resul­
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tado e na qualidade do texto traduzido. Segundo Slocum (apud ALFARO,
1998).
A meta deixou de ser a amplitude de áreas e línguas aliada à perfeição do
resultado final, passando­se a buscar principalmente sistemas que de fato
pudessem alcançar resultados práticos, representando um ganho efetivo em
tempo e dinheiro, que em momento algum a necessidade dos tradutores foi
questionada. Pelo contrário; desde a adaptação das expectativas com relação
à tradução automática, ela foi pensada como um auxílio aos tradutores
profissionais. (p.12)
3. Descrição metodológica
Esta pesquisa teve como objetivo verificar se o tradutor automático
pode auxiliar na otimização do tempo na tradução de textos em inglês, por
alunos do I e VII semestre do curso de Letras. No primeiro contato, entre
a pesquisadora e os alunos, houve uma conversa informal por dez minu­
tos, onde através de perguntas pode ver o grau de conhecimento dos alu­
nos quanto aos métodos de traduções existentes. A metodologia aplicada
nesta pesquisa foi dividida em duas etapas: pré­teste e intervenção. A pri­
meira etapa aconteceu com uma breve conversa entre alunos e pesquisa­
dora seguida do cumprimento do exercício de tradução com dicionário
feito pelos alunos neste encontro. Os alunos do I e VII semestre do curso
de Letras traduziram um parágrafo sobre a vida e obra dos autores nor­
te­americanos Stephen Crane e Herman Melville. Um parágrafo com dez
linhas e o outro com sete linhas. Para o cumprimento desta tarefa foi dado
aos alunos uma hora e quarenta minutos. Na segunda etapa, foram apre­
sentados aos alunos alguns tradutores automáticos disponíveis na Internet,
como Globalink Power Translator Pro e Altavista, depois foi solicitado
que traduzissem os mesmos textos sobre os autores norte­americanos
Stephen Crane e Herman Melville, usando desta vez o tradutor automáti­
co. O tempo dado para esta tarefa foi de cinquenta minutos. Num terceiro
encontro aconteceu o segundo momento da segunda etapa, os alunos es­
colheram um outro texto na internet sobre o mesmo tema, e em seguida
fizeram a tradução, de acordo com a orientação da pesquisadora. Neste
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momento, os alunos tiveram cinquenta minutos para escolher o texto e
traduzi­lo com o auxílio do tradutor automático, depois fazer as corre­
ções.
3.1 Descrição do ambiente e instrumentos de coleta
Os dados foram coletados durante a terceira unidade do semestre
do ano letivo de dois mil e cinco. O ambiente selecionado para ser feita a
coleta desta pesquisa foi a UESB, campus Vitória da Conquista, onde os
encontros com os alunos aconteceram no Centro de Aprendizagem Autô­
noma de Línguas Estrangeiras – CAALE, onde após uma conversa infor­
mal foi realizado um pré­teste, constituído de exercício proposto para ava­
liar o conhecimento dos alunos quanto à tradução de textos em inglês. O
pré­teste foi elaborado com dois parágrafos em inglês. O primeiro pará­
grafo sobre o autor americano Stephen Crane, o segundo sobre Herman
Melville. Foi dado aos alunos uma hora e quarenta minutos para traduzir
com o auxílio de dicionários. Essa atividade teve uma duração média de
uma hora e trinta minutos. Na segunda etapa houve a intervenção com
dois momentos. O primeiro durou aproximadamente quarenta minutos.
Os alunos tiveram um contanto inicial com alguns tradutores automáticos
que se encontram disponíveis na internet, como Globalink Power Translator Pro e Altavista com o objetivo de observar o conhecimento deles em
relação ao uso dos mesmos. Em seguida, ocorreu a realização do mesmo
exercício do pré­teste, sendo que neste momento os alunos não usaram o
dicionário, escolheram um tradutor automático para execução da tarefa
proposta e digitaram um dos parágrafos para que a tarefa fosse cumprida
em cinquenta minutos. No segundo momento houve a continuidade da in­
tervenção, os alunos foram orientados a acessarem a internet, pesquisa­
rem sobre um autor norte­americano, escolherem um texto e traduzi­lo
com o auxílio do tradutor automático. Depois deveriam fazer leitura e cor­
reções necessárias, seguindo o texto original em inglês, durante cinqüenta
minutos. Os textos em inglês do pré­teste e da intervenção compõem o
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material que conduziu esta pesquisa (material encontrado no apêndice e
anexos deste trabalho).
3.2 Descrição dos sujeitos
Para este trabalho de pesquisa foram selecionados dois alunos re­
gulares um do I e outro do VII semestre do Curso de Letras com Dupla
Habilitação em Português e Inglês. A escolha de alunos do I e do VII se­
mestre do Curso de Letras deve­se ao fato de serem alunos da pesquisado­
ra e porque os mesmos estão matriculados em semestres diferentes, onde
o conteúdo da disciplina de língua inglesa estudado é diferente. Os sujei­
tos possuem idade entre 20 e 23 anos. Ambos possuem o mesmo nível de
proficiência em relação à língua inglesa, como também já estudam a lín­
gua inglesa há cinco anos em cursos livres. O nível de proficiência dos
dois foi avaliado através das provas de I e II unidade, assim como pela
observação do desempenho deles durante as aulas das disciplinas Língua
Inglesa I e Literatura Norte­americana, ministradas pela pesquisadora.
Após observar o desempenho de seus alunos, a pesquisadora concluiu que
ambos possuíam o mesmo nível de proficiência.
4. Apresentação e discussão de dados
Este trabalho de pesquisa apresentou os seguintes dados: primeiro
as alunas foram observadas e avaliadas durante o pré­teste, quanto ao
cumprimento da tarefa de traduzir dois textos sobre a vida e obra de auto­
res americanos (Stephen Crane e Herman Melville) com a utilização de
um dicionário. A intervenção aconteceu com dois momentos, abordagem
a respeito dos tradutores automáticos, como, seguido da tarefa de traduzir
os mesmos textos do pré­teste, mas desta vez com o auxílio do tradutor
automático. No segundo momento da intervenção as alunas navegaram na
internet, escolheram um tradutor automático e um texto sobre um autor
norte americana, traduziram e fizeram as correções necessárias.
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4.1 Pré-teste
No pré­teste havia dois textos sobre a vida e obra de autores ameri­
canos (Stephen Crane e Herman Melville). Durante a realização do mes­
mo, os alunos não se mostraram inseguros na execução da tarefa exigida.
A Aluna (A1) pareceu tranqüila durante a tradução dos parágrafos. Obser­
vou­se que a Aluna (A2) estava um pouco preocupada com o tempo para
cumprimento da tarefa. Este comportamento pode ser justificado, consi­
derando que somos indivíduos diferentes, podendo não apresentar com­
portamentos iguais, diante das situações as quais somos expostos. A pes­
quisadora considerou que a situação de traduzir textos em inglês usando
dicionário de inglês não proporcionaria a elevação do filtro afetivo dos
alunos, podendo ser uma tarefa familiar às duas alunas, desde o curso fun­
damental no colégio, então a pesquisadora deixou as alunas sozinhas na
sala para tentar abaixar o nível de stress e ansiedade (fatores negativos
que poderiam interferir na precisão da coleta dos dados). A aluna (A2)
apresentou ter dificuldade. Este tipo de problema aconteceu por tratar­se
de uma aluna que, embora tenha o conhecimento prévio da estrutura da
língua inglesa, nunca havia estudado a língua focando a tradução e nem
havia tido o contato com o tema do texto traduzido, preocupando­se so­
mente com o estudo da língua para comunicação e compreensão em in­
glês. Já a aluna (A1) está cursando o VII semestre do curso de Letras, não
apresentou dificuldade na tradução, pois além de ter o conhecimento pré­
vio da estrutura da língua inglesa, a mesma está estudando sobre autores
norte­americanos e suas obras na disciplina de Literatura Norte­america­
na, tendo conhecimento também do tema abordado nos textos traduzidos.
4.2 Intervenção
Durante a intervenção foram trabalhados dois textos, vida e obra
dos autores norte­americanos Stephen Crane e Herman Melville, que se
encontram no apêndice, como também mais dois textos escolhidos pelas
alunas sobre autores norte­americanos, os mesmos se encontram em ane­
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xo. Esta etapa aconteceu após o pré­teste com dois momentos, no primei­
ro os sujeitos foram conduzidos para uma outra sala do CAALE, onde
eles foram submetidos ao mesmo exercício do pré­teste de forma diferen­
te. Desta vez eles utilizaram o tradutor automático para traduzir o mesmo
texto após uma breve explicação a respeito do tradutor automático e sua
utilidade. A duração entre explicação sobre tradutores automáticos e cum­
primento da tarefa foi de quarenta minutos. Através desta troca de infor­
mações foi avaliado o conhecimento das alunas, em relação aos tradutores
disponíveis na internet, como Globalink Power Translator Pro e Altavis­
ta. Embora já conhecessem os tradutores não tinham a ideia como usá­los,
como ferramenta na otimização do tempo. As alunas não imaginavam o
quanto poderiam viabilizar todo o processo. Elas questionaram quando as
dificuldades que teriam ao corrigir o texto traduzido pelo tradutor, quanto
à consulta a gramática inglesa, o que fazer se a palavra em inglês não ti­
ver uma tradução em português, etc. Enfim, a possibilidade de ganhar
tempo na tradução, trouxe certa ansiedade para terminar o trabalho e ver o
resultado. Em princípio as alunas tiveram um pouco de dificuldade para
organizar as ideias, principalmente a aluna do I semestre, considerando
que embora a mesmo possua o conhecimento prévio da estrutura da lín­
gua inglesa, não tem o conhecimento do tema em questão, vida e obra de
autores norte­americanos. As alunas tiveram cinquenta minutos para o
cumprimento da tarefa. O texto traduzido pela aluna do I semestre com
sete linhas, e o texto traduzido pela aluna do VII semestre com dez linhas.
No segundo momento da intervenção, primeiro foi solicitado às
alunas que ligassem o computador e navegassem na internet a procura de
um dos tradutores automáticos apresentados anteriormente. Depois as alu­
nas foram orientadas a pesquisar a respeito de um autor americano do in­
teresse delas. Em seguida usassem o tradutor automático na tradução do
texto escolhido. O próximo passo foi fazer as correções necessárias no
texto traduzido pelo tradutor automático.
A aluna (A2) que está cursando o I semestre do curso de Letras
não apresentou dificuldade em relação à estrutura da língua inglesa por
conhecê­la, mas quanto ao conteúdo dos textos traduzidos observou­se
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que, por se tratar de algo novo, não foi possível valer­se dos benefícios do
tradutor automático em relação ao tempo. Isto não implicou no cumpri­
mento da tarefa pela aluna (A2). Quanto à aluna (A1) teve sucesso na exe­
cução da sua tarefa, devido ao seu conhecimento prévio da estrutura da
língua inglesa, como também do tema abordado nos textos, autores norte­
americanos.
5. Considerações finais
Neste trabalho foi mostrado que a falta de conhecimento prévio
tanto da estrutura de uma língua estrangeira como do tema abordado pode
ser fator de interferência na compreensão de mensagens. Através da expo­
sição de teorias e explicações, percebeu­se que, o conhecimento deste,
permitirá que possamos nos beneficiar das vantagens que a internet possa
proporcionar aos interessados pela tradução de textos em inglês. Obvia­
mente, não existe uma resposta definitiva para por fim a esta dúvida quan­
to ao funcionamento eficaz do tradutor, até porque os alunos possuem es­
tilos de aprendizagem diferente e o que pode ser eficaz para um, pode não
ser para outro. Durante todas as etapas deste trabalho, foi possível verifi­
car a hipótese de que, o conhecimento das vantagens do tradutor quanto
ao tempo, o conhecimento do tema a ser traduzido, mais o conhecimento
prévio da estrutura da língua inglesa, poderia permitir que o aluno alcan­
çasse os objetivos propostos inicialmente. Como também, a pesquisadora
comprovou a hipótese de que o aluno poderia não conhecer os diversos ti­
pos de tradutores automáticos e não se valer dos seus benefícios, encon­
trando­se despreparado para sua utilização, devido à falta de conhecimen­
to do tema sobre escritores norte­americanos, embora conhecesse a estru­
tura da língua inglesa.
Os resultados do pré­teste comprovaram também, que as alunas se­
guem modelos de tradução já utilizados ao longo dos anos, com a utiliza­
ção unicamente do dicionário. Entretanto, o período de intervenção e os
resultados demonstraram que o conhecimento prévio pode ser uma ferra­
menta eficaz para o aprendizado. O número de acertos da aluna (A1) do
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período posterior à intervenção não foi significativo, revelando que a alu­
na aprendeu sobre um dos recursos que a internet oferece aos interessados
na área de tradução, mas a sua aplicabilidade não teve sucesso, embora
conhecendo a estrutura do inglês, a falta de conhecimento do tema: vida e
obra de autores norte­americanos tornaram­se uma barreira no cumpri­
mento da sua tarefa quanto ao tempo. Já a aluna (A2) beneficiou­se do
tradutor automático na tradução dos textos sobre autores norte­america­
nos, porque além de ter o conhecimento prévio da estrutura da língua in­
glesa, também possui o conhecimento do tema abordado nos textos.
Apesar das lacunas deixadas nesta pesquisa. Apoiada na afirmação
de Ellis (1999) de que “um estudo tem mais utilidade pelos questiona­
mentos que levanta do que pelas respostas que fornece”, admito que esta
pesquisa possa ser um início para se buscar perguntas, respostas e solu­
ções para a utilização de software de tradução no curso de Letras da
UESB, bem como, somar à necessidade do aluno de aprender e estudar o
inglês de forma mais prazerosa e eficaz, percebendo que, assim como, as
demais áreas de estudo, a tradução de textos em inglês tem seguido de
perto os avanços e benefícios da tecnologia atual.
No final dos três encontros, foi possível cumprir os objetivos pro­
postos desta pesquisa, principalmente, despertar a consciência das alunas
para a importância da utilização do tradutor automático, como também,
reconhecer que o mesmo otimiza o tempo, viabilizando o trabalho do tra­
dutor nesta era informatizada.
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Recebido em 14/03/2010
Aprovado em 03/12/2011
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