Andando na Verdade - comunidade espírita

Transcrição

Andando na Verdade - comunidade espírita
Andando
na
Verdade
3 João 4
Santificados no
proceder e no pensamento
... 1
ì A Serviço do Rei
A consciência . . . . . . . . . . . . . . . . .
O santuário eterno . . . . . . . . . . . . .
O campo de batalha do coração . . .
“Deus quer que eu seja feliz” . . . . . .
4
5
6
7
í A Família
Deus odeia o divórcio . . . . . . . . . . 10
O destruidor de lares . . . . . . . . . . . 11
Os deveres da esposa . . . . . . . . . . 12
î Na Casa de Deus
Adoração aceitável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Jesus usou m étodos carnais para atrair as multidões? . . . . . . . . 16
ï Escrito para o Nosso Ensino
Pedindo demais desta vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
“Se os pecadores querem seduzir-te” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
ð O Poder de Deus para a Salvação
Jesus Cristo é Superior!
...............
Alguém se interessa por você . . . . . . . . . . . .
O pastor e suas ovelhas . . . . . . . . . . . . . . . .
Vislumbre da vida além
...............
A necessidade do batismo nas águas . . . . . .
Serpentes e pombas . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Palavras cruzadas: Os primeiros seis selos . .
Apocalipse 4-5 (Palavras cruzadas: respostas)
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47
ñ Desafios e Dúvidas
Deus entregou tais homens . . . . . . . . . .
As crenças básicas do Islã . . . . . . . . . . .
Com o alcançar outros com o evangelho?
Veja m ás notícias como boas notícias . .
Armagedom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O que isso significa? . . . . . . . . . . . . . . .
“Buscai e achareis” . . . . . . . . . . . . . . . .
Distribuição Gratuita
Ano 6 • Número 4
—
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Venda Proibida
Outubro - Dezembro 2004
O que está pensando?
O comportamento digno de pessoas santificadas começa
nos pensamentos voltados a Deus. Para fazer as coisas
certas, precisamos pensar nas coisas puras, justas e boas.
A consciência treinada pela palavra de Deus é de grande
valor na batalha contra o pecado. Não devemos
negligenciar este presente que Deus nos deu para a nossa
própria proteção.
Estamos em guerra. O diabo quer nos vencer, mas Deus
quer nos salvar. Ambos lutam para dominar os nossos
pensamentos, e nós decidimos quem vai vencer. Se o diabo
vencer a batalha pelo nosso coração, nós perderemos
terrivelmente. Se permitirmos que Deus domine os nossos
corações, seremos vencedores eternos!
Nas páginas que seguem
nesta revista, você será
desafiado a compreender
e aceitar a vontade de
Deus. Aceite o desafio.
Procure pensar e andar na
verdade.
Andando na Verdade é publicada
trimestralmente e distribuída gratuitamente a pessoas interessadas no
estudo da palavra de Deus. Alguns
dos artigos foram traduzidos por
Arthur Nogueira Campos, Heather
Allan da Silva e Megan Allan e usados
com permissão de seus autores e
redatores. Os autores retêm os
direitos ao próprio trabalho.
Redator:
Dennis Allan, C.P. 60804,
São Paulo, SP, 05786-970.
E-mail: [email protected]
Estudos Bíblicos na Internet:
www.estudosdabiblia.net
(2:11). Moramos aqui, mas não devemos ser guiados ou controlados pelos
costumes mundanos. Com o herdeiros de Deus e “povo de propriedade
exclusiva de Deus” (2:9). Outros textos reforçam os mesmos fatos. Paulo disse
que a nossa pátria está nos céus (Filipenses 3:20), e Jesus disse que seus
discípulos estão no mundo, mas não são do mundo (João 17:14-18).
Santificados no
Proceder e no Pensamento
A
censura mais forte dirigida por Jesus aos religiosos de
sua época os acusava de serem hipócritas.
Apresentaram uma fachada de religiosidade, mas eram,
por dentro, corruptos e podres (leia Mateus 23). É lamentável a falta de santidade
evidente nos dias de hoje, mesmo entre aqueles que se consideram cristãos,
servos do Senhor. É possível uma pessoa, ou até um a igreja, estar
doutrinariamente corretíssima e ainda não demonstrar a santidade que Deus
pede. Podemos abordar a questão da santificação de praticamente todos os
livros da Bíblia. Um livro que apresenta um ensinamento muito prático é a
primeira carta de Pedro. Este livro mostra a ligação fundamental entre a nossa
comunhão com Deus santo e a nossa própria santificação.
Sabendo que somos cidadãos de outro país com um Rei muito superior a
quaisquer governantes humanos, seria fácil para os cristãos se acharem acima
dos outros homens e isentos de regras hum anas. Uma boa parte do livro de 1
Pedro combate tais noções, mostrando a importância de procedimento e
pensamento dignos de santos. Considere alguns pontos importantes:
! Temos o exemplo de Cristo e de seu procedimento neste mundo (2:21-25).
! Devemos demonstrar a submissão em vários relacionamentos humanos:
•
A Santificação no Proceder
•
•
O
•
•
princípio é bem explicado no primeiro capítulo: “Com o filhos da
obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis
anteriormente na vossa ignorânica; pelo contrário, segundo é
santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos
em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos,
porque eu sou santo” (1:14-16).
! Devemos demonstrar a pureza (4:1-3). Os cristãos simplesmente não
participam da imundícia que domina as vidas de muitos descrentes.
! Devemos nos comportar com humildade (5:5-7). O verdadeiro caminho à
O Proceder dos Peregrinos
exaltação não é pela auto-exaltação, e sim, pelo serviço humilde.
A
o mesmo tempo que Pedro nos chama à santificação, ele trata da realidade
da nossa existência terrestre. Vivemos no meio de uma sociedade perversa
e corrupta. Como manter a santidade neste ambiente? A resposta de Pedro
envolve a nossa perspectiva e auto-imagem. O padrão pelo qual medim os e
decidimos o nosso comportamento não deve ser a sociedade ou a cultura
humana. Usando a situação de pessoas deslocadas dos seus lares (1:1), ele
desenvolve o tema do comportamento de forasteiros e peregrinos aqui na terra.
Estamos aqui de passagem, como estrangeiros
residentes em outro país que não são cidadãos
Todas as citações neste
dele. Em term os práticos, ele diz: “Amados,
artigo que não incluem
exorto-vos, como peregrinos e forasteiros
o nome do livro são de
que sois, a vos absterdes das paixões
1 Pedro.
carnais, que fazem guerra contra a alma”
Andando na Verdade
Todos em relação às autoridades do governo (2:13-17; cf. Romanos 13:17).
Servos em relação ao seu senhor, mesmo se ele for cruel (2:18-20).
Mulheres em relação ao seu marido, mesmo quando ele for descrente
(3:1-6).
Homens em relação às necessidades de sua mulher (3:7).
Todos em relação aos seus irmãos (3:8-9; 4:8-10; 1:22).
1
! Devemos resistir ao diabo (5:8-9). A batalha não é fácil, mas os fiéis e
perseverantes têm a garantia da vitória final.
Procedimento Puro Exige Pensamento Puro
A
nossa santificação exige a determinação de fazer o que é certo,
independente das influências negativas que nos cercam (4:1). Há um
vínculo óbvio entre o pensamento e o procedimento. No m undo, as pessoas
fazem a vontade dos seus próprios pensamentos carnais e egoístas (Efésios 2:3).
O pecado e a maldade procedem de um coração corrupto e podre (Mateus
15:19). Não é assim que devemos agir. Pessoas santificadas tomam a decisão
de mudar os seus pensamentos (Efésios 4:17). Apesar da ênfase sensual,
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m aterial e terrestre da maioria das pessoas – até de muitos religiosos – nós
precisamos olhar para cima e pensar nas coisas lá do alto (Colossenses 3:1-6).
É lamentável observar a ênfase terrestre e mundana de muitos dos apelos feitos
hoje, usando o nome do Senhor. Jesus Cristo não é uma máquina de vendas
que recebe uma ficha (oração) e entrega um pedido (bênção m aterial). Ele é o
Senhor santo e puro, e ele nos chama a olharmos para os céus para sermos um
povo santificado.
Três versículos bíblicos são especialmente úteis na nossa busca de santidade no
pensamento e, conseqüentemente, no procedimento. Reflita bem nestas
mensagens:
ì “Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva!
Até quando hospedarás contigo os maus pensamentos?” (Jeremias 4:14).
Para se livrar da malícia e alcançar a salvação, é imprescindível uma limpeza do
coração, tirando toda a maldade. A figura de hospedar os maus pensamentos
bem ilustra o problema que precisamos resolver. Quando deixamos um quarto
no coração vazio e preparado para a permanência dos maus pensamentos,
nunca ficaremos livres da maldade. Precisamos fazer uma limpeza total!
í Paulo explicou que a batalha do cristão é espiritual, e não carnal. O propósito
dela é levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Coríntios
10:5). O maior desafio do discipulado é aprender pensar com o Deus,
submetendo todos os nossos pensamentos à vontade dele. Não é um exercício
de raciocínio onde procuramos compreender e analisar os propósitos e as razões
de Deus para aceitar e obedecer o que faz sentido para nós. É um exercício de
vontade onde submetemos a nossa vontade à dele em absolutamente tudo.
î “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo
o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja
isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8).
Este versículo não descreve a maioria das cenas nas novelas
que passam na televisão. Muitas coisas na Internet não se
encaixam aqui. O conteúdo de muitas músicas, revistas e
conversas do dia-a-dia não passa neste teste. O que deve ocupar o nosso
pensamento são as coisas boas que demonstram a grandeza e a santidade do
Senhor.
Quer ser santificado? Lave o coração e pense nas coisas boas que vêm do alto!
–Dennis Allan
São Paulo, SP
Andando na Verdade
3
Î A Serviço do Rei
!S Vivendo como Seguidores de Cristo
A consciência
A
consciência revela o que cada homem acredita que “deve” ser (Atos 23:1,24;
24:16; 26:9-11). É indicativo de seu sentimento interno sobre o moral correto,
do ideal nobre pelo qual sente que deve lutar. É o seu estímulo em direção à
sua concepção de alturas morais, e seus freios contra fazer o que acredita ser
errado. A consciência não é o padrão final da verdade, porque isso deve vir de
Deus através da revelação; mas a consciência para Deus diz a atitude do indivíduo
em relação a Deus. É por isso que o homem tem que fazer o que ele
verdadeiramente acredita que Deus quer que ele faça (Romanos 14).
Enquanto alguém tenta fazer o que acredita que Deus quer que faça, ì ele pode
ter um conceito errôneo do que Deus deseja (que era o caso de Saulo, ao
perseguir os cristãos), ou í ele pode, por causa da fraqueza da carne, agir de
modo contrário às suas intenções boas (Romanos 7:22 em diante). Neste caso,
ele fica infeliz por causa de sua consciência – humilhado diante de Deus, e
reconhecedor da sua necessidade do perdão em Cristo. Somos todos criaturas
imperfeitas, e devemos, às vezes, sentir esta aflição.
Mas e aqueles que participam, aceitam e apóiam aquilo que é contrário à palavra
de Deus ou que não tem nenhuma autorização divina? Podem não saber que é
errado e podem estar agindo com boa consciência diante de Deus. Neste caso,
informações adicionais sobre a palavra de Deus seriam bem aceitas. Porque
querem verdadeiramente fazer sua vontade, abrirão sua Bíblias com alegria,
investigarão e mudarão sua conduta para encaixar-se na evidência. Desta
maneira eles mantêm uma boa consciência diante de Deus (1 Pedro 3:21).
Entretanto, infelizmente, nós devemos reconhecer que há aqueles que não têm
tal caráter nobre (Atos 17:11). Ficam irritados se sua prática for questionada.
Amam o elogio dos homens mais do que o elogio de Deus (João 12:42-43). Se
sua consciência para Deus continuar a funcionar, conduzem a uma vida infeliz,
lutando com si, oprimidos com os sentimentos de culpa. Indesejável – sim, mas
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ainda há esperança enquanto a batalha acontece. Como é terrivelmente triste ver
alguém cuja consciência está cauterizada (1 Timóteo 4:2), e que pode rejeitar
Deus sem receio algum.
–por Robert Turner
Traga-nos, o Senhor Deus, no último despertar à casa e o portão do céu,
Para entrar por aquele portão e viver naquela casa,
Onde não haverá escuridão nem brilho forte, mas uma luz equilibrada
Nem barulho nem silêncio, mas uma música equilibrada;
Nem medos nem esperança, mas uma possessão equilibrada;
Nem fins nem inícios, mas uma eternidade equilibrada;
Nas habitações de sua majestade e sua glória, um mundo sem fim.
(John Donne)
–por Gary Henry
O santuário eterno
“Então, ouvi um a voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os
mortos, que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para
que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acom panham ”
(Apocalipse 14:13)
N
o final de um a estrada, podem os ir a um lugar eterno de descanso
e beleza e força. A solitude e a segurança pelos quais ansiamos são
coisas que podem ser totalmente realizadas. O que é verdadeiro em tempo
será ainda mais verdadeiro na eternidade: “Há um lugar de descanso calmo,
próximo do coração de Deus” (Cleland B. McAfee). É para ser um lugar de
“santuário” no sentido mais verdadeiro da palavra.
Uma das pinturas de Dalhart Windberg se chama Santuário Eterno. Uma cópia
dessa pintura primeiro chamou a minha atenção no corredor do hospital onde
minha mãe estava morrendo. Puxou-me imediatamente para um mundo que era
forte e sereno. Mais tarde, uns amigos me deram um a cópia pequena para
pendurar na minha casa, e sempre tenho muita vontade de entrar na cena
mostrada. Quando estou cansado do mundo, consigo ouvir a queda d 'água
distante de Windberg. Posso sentir o cheiro das árvores frescas que protegem o
rio e sentir o calor carinhoso do campo por debaixo dos meus pés. Um desejo
profundo pelo santuário se mexe dentro de mim.
Na literatura, acho que não há maior santuário que Imladris ou Rivendell, na obra
de J. R. R. Tolkien. No mundo imaginado da Terra Média, onde o bem e o mal
estão em guerra, Rivendell é o refúgio dos elfos num vale inclinado e escondido
passando por meio dos brégios abaixo das Montanhas Místicas. Rivendell se
comunica comigo porque eu sei que representa a realidade. Conecta-me a uma
verdade que é maior que a minha própria vida.
Não é inevitável, certamente, que eu chegarei no eterno santuário do lar de Deus.
Se chegar, será a conseqüência das escolhas certas a respeito de Deus que eu
estou fazendo agora. Eu sei que nem todas as estradas levam ao portão do céu.
Há apenas uma que leva, e coloco os meus pés neste caminho quando por fé eu
corajosamente me submeto àquilo que eu sei da verdade de Deus.
Andando na Verdade
5
O campo de batalha do coração humano
“Se procerderes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia,
procerderes mal, eis o pecado jaz a porta; o seu desejo será contra ti,
mas a ti cumpre dominá-lo” (Gênesis 4:7).
N
o antigo conflito entre o certo e o errado, são os próprios corações
que estão sendo arriscados. O tentador procura nos destruir nos
enganando e levando a nossa vontade para longe de Deus. E ao ponto que
deixamos os nossos corações virarem contra Deus, deixamos o mal ganhar m ais
uma triste vitória. Temos nos tornado mais um nome na longa lista de vítimas de
Satanás.
Os nossos corações estão sendo atacados por todos os lados. Não há uma única
dim ensão do nosso pensamento em que não somos desafiados pelo mal e
enfrentados com escolhas cruciais. No nosso intelecto, a escolha é entre a
verdade e o engano. Nos nossos carinhos, temos que decidir entre o am or e o
ódio. Na nossa vontade, as únicas alternativas são a nossa obediência a Deus ou
não. A não ser que determinamos não deixar acontecer, ter os pensamentos
errados, e até o coração errado, fará com que sejamos vencidos em cada uma
destas coisas e apagará todas as coisas boas para o qual fomos criados para
aproveitar.
Estas verdades nos deixam mais sérios, certamente. Tem os uma necessidade
óbvia por humildade e vigilância em tudo que tem a ver com o nosso bem-estar
espiritual. Mas também é possível que tenhamos coragem e esperança.
Esforçando-se a fortalecer a coragem de seu jovem amigo Timóteo, Paulo
escreveu: “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de
poder, de amor e de moderação” (2 Timóteo 1:7). Nós estamos enrolados
numa luta cósmica, mas o Criador deste cosmos é muito maior em força e
6
2004:4
sabedoria do que todas as forças do mal juntas. O Rei de direito reina de seu
trono!
Sejamos lembrados deste fato: o diabo tem o poder somente de nos tentar, não
o poder de nos obrigar. E Deus, que nos deu a liberdade de escolher, não irá nos
obrigar. Ao invés disto, honrando a nossa liberdade, ele nos exorta a resistir o
engano do diabo e segurar a verdade. Deus nos convida a encontrar nele aquilo
que é a vida real. O assunto básico é fácil de entender e perigoso de esquecer.
Moisés capturou-o nas suas palavras históricas a Israel: “Os céus e a terra
tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte,
a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua
descendência” (Deuteronômio 30:19).
O diabo luta com Deus, e o campo de batalha é o coração humano.
(Feodor Dostoevski)
–por Gary Henry
“Acho que Deus quer que eu seja feliz”
O
antes; elas não haviam se falado desde o aborto. Seu filho tinha acabado de se
formar do colegial. Nenhum dos seus filhos jamais havia obedecido o evangelho.
A amargura e o desânimo tomaram conta do seu coração. A igreja da qual fazia
parte era pequena e estava envelhecendo. Ela não estava feliz. Seus amigos do
trabalho convidaram-na para ir na igreja deles. Ela foi. Ela encontrou pessoas da
sua idade nas mesmas circunstâncias que ela. Tornaram-se amigos. A igreja
pequena e envelhecida com eçava a ficar menor e mais envelhecida. Quando
abordaram a mulher sobre sua troca da verdade de Deus por uma mentira, ela
reconheceu que sua igreja nova fazia algumas coisas com as quais ela não se
sentia a vontade, mas disse: “Eu acho que Deus quer que eu seja feliz”.
A frase “acho que Deus quer que eu seja feliz” já foi usada por muitos para
justificar sua imoralidade e suas apostasias. A lógica baseia-se numa definição
egocêntrica da felicidade e da suposição que Deus quer esse tipo de felicidade
para nós. Esta lógica ignora ou é cega a toda a infelicidade no seu caminho. O
homem divorcia para ser feliz, mas deixa para trás uma família infeliz. A menina
comete fornicação para ser feliz e aumenta sua infelicidade. Ela aborta para ser
feliz e priva seu filho da vida, da liberdade e da felicidade. A mãe abandona sua
fé para ser feliz. Tudo isso acontece porque as pessoas supõem que Deus quer
que sejam felizes.
homem foi embora, deixando para trás seu casamento e seus dois filhos.
Um ano depois encontrou uma outra mulher que lhe fazia sentir-se “vivo”.
Seu primeiro casamento fora uma luta desde o começo, e só tinha
piorado. Ele não era feliz; nem ela. Ele sempre tinha visto divórcio como algo
errado, mas sua situação era única. Quando questionado de uma perspectiva
bíblica sobre seus planos de casar de novo, reconheceu que não teve nenhum
direito, mas disse: “Acho que Deus quer que eu seja feliz”
Você consegue imaginar? Eva observa o potencial da fruta proibida em fazê-la
feliz e raciocina: “Eu sei o que Deus falou ‘não comerás’ mas acho que Deus quer
que eu seja feliz” (Gênesis 3:6). Nós devemos considerar que os limites de Deus
são estabelecidos para nossa felicidade.
A menina tinha apenas dezesseis anos. Veio de uma família com pais separados.
Seu pai tinha divorciado sua mãe dez anos antes. Apesar de ser popular na
escola, ela ainda lutava com insegurança. Ela desejava a atenção que os
meninos a deram. Ela sabia que a fornicação era errada, mas sua situação era
única. Ela estava só e ficar com “ele” fazia-a se sentir feliz e segura. Quando
questionada de uma perspectiva bíblica sobre sua intimidade imoral, ela
reconheceu que não estava certa, mas disse: “Eu acho que Deus quer que eu
seja feliz”. Ela nunca imaginou que ficaria grávida após apenas uma vez. Ela
estava com medo. Um bebê mudaria todos seus planos para o futuro. Ficou
deprim ida. Foi à clínica e derramou seu coração a um conselheiro. Não poderia
pensar num aborto. Deus não gostaria daquilo. O conselheiro disse: “Eu acho
que Deus quer que você seja feliz”.
Demas pode ter raciocinado: “Eu sei que devo permanecer e trabalhar com
Paulo, mas eu acho que Deus quer eu eu seja feliz” (2 Timóteo 4:10). O mesmo
pensamento pode nos afetar se nossa felicidade pessoal for determinada pelos
acontecimentos e circunstâncias neste mundo atual. Muitos raciocinam e
desculpam-se do serviço espiritual sacrificial porque, no fundo, acham que Deus
quer que sejam felizes!
A mulher, divorciada há dezesseis anos, tinha tido uma vida dura. Seu "ex" havia
casado de novo e estava feliz. Sua filha mais velha havia saído de casa cinco anos
As pessoas estão procurando a felicidade em todos os lugares errados. A maioria
recorda a conclusão de Salomão: “Teme a Deus e guarda os seus
Andando na Verdade
8
7
Acabe não poderia ser feliz a não ser que tivesse uma determinada vinha. “Eu sei
que Deus disse ‘não matarás’ mas eu acho que Deus quer que eu seja feliz.”
Acabe e Jezabel levaram em consideração a felicidade de Nabote (1 Reis 21:4-7)?
Na nossa fartura tornamo-nos obcecados com a importância de ser feliz.
Salom ão fez isso tudo e concluiu que é vaidade (Eclesiastes 2:1-11). George
Bernard Shaw brincou: “O segredo de ser miserável é ter o tempo livre para
incomodar-se sobre a questão de ser feliz ou não.” Certamente, para muitos a
busca da “felicidade” só trouxe uma miséria maior.
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mandamentos; porque isto é o dever de todo homem ” (Eclesiastes 12:13),
mas não percebe que essa conclusão também é a chave a felicidade verdadeira
e duradoura.“Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR!” (Salmo
144:15) e cuja esperança está nele (Salmo 146:5). Temer o Senhor e andar nos
seus caminhos traz a felicidade a tudo, desde o alimento que você come à família
com quem você compartilha o mesmo (Salmo 128:1-4). A bênção vem àqueles
que honram, obedecem e confiam no Senhor Deus (Provérbios 16:20; 28:14;
29:18). Não é a busca à felicidade que traz a felicidade mas a busca à vontade
de Deus.
Os modelos exemplares da fé não são encontrados buscando a felicidade. Que
tipo do exemplo Jó seria se tivesse simplesmente desistido da fé para ser m ais
feliz? É sua resistência com a infelicidade extrema que o torna notável (Tiago
5:10-11). E se Maria tivesse decidido que seria mais feliz se abortasse seu Filho?
No fim, Maria encontrou sua felicidade em poder servir à vontade de Deus (Lucas
1:38).
Se Jesus tivesse decidido que seria mais feliz no céu nós estaríamos perdidos!
Nós somos chamados para imitarmos a atitude sem egoísmo de Jesus
(Filipenses 2:5-8). Quando um homem divorcia sua esposa para a felicidade
pessoal, não está valorizando os outros mais do que ele mesmo (versículo 3).
Quando uma mulher aborta seu filho para conseguir a felicidade, está cuidando
dos seus próprios interesses e não dos interesses de seu bebê (versículo 4). Essas
atitudes não refletem a mente de Cristo
Deus não nos chamou à felicidade como nós definimos a felicidade. Pelo
contrário, nós fomos chamados para sofrer, se for preciso, para a causa de Cristo
(1 Pedro 2:19-21). É melhor sofrer por fazer o bem do que por fazer o mal em
um esforço mal orientado de ser feliz (3:17). Não há nenhum valor em sofrer
como um malfeitor, contudo se algum sofrer como cristão não há vergonha
nisso, mas é uma ocasião para regozijar e ficar contente (4:12-16).
Deus quer que você seja feliz? Com certeza! No entanto, as escrituras que te
informam que Deus quer a sua felicidade eterna também dizem que ele odeia o
divórcio (Malaquias 2:16), que nós devemos fugir da fornicação (1 Coríntios
6:18), que esse Deus odeia as mãos que vertem o sangue inocente (Provérbios
6:17), que nós devemos ser fiéis até a morte (Apocalipse 2:10).
Nenhuma parte da palavra de Deus pode ser ignorada ou comprometida para
garantir a felicidade que Deus oferece. Sim, Deus quer que sejamos felizes, e é
por isso que nós devemos odiar o que ele odeia e amar o que ele ama. Jesus
disse, “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”
(João 13:17). Se você não tiver a felicidade que Deus oferece, então ou você não
conhece as coisas de Deus ou não está as praticando.
–por Andy Diestelkamp
Andando na Verdade
9
Ï A Família
Servindo a Cristo no Lar
Deus odeia o divórcio
“V
ou me divorciar, mas não pretendo me casar de novo.” Ouvimos estas
palavras com cada vez mais freqüência. Geralmente quem diz isso está
pensando que Deus dá o direito de divorciar, mas condena o segundo
casamento. Entretanto, a verdade é que o divórcio em si é pecaminoso a não
ser que seja por causa de relações sexuais ilícitas.
Considere Mateus 19:3-6. A pergunta originalmente feita a Jesus pelo fariseus
não era a respeito de casar de novo, m as a respeito do divórcio: “É lícito ao
marido repudiar a sua m ulher por qualquer motivo?” A resposta de Jesus
àquela pergunta: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.
Foi somente após mais perguntas que Jesus discutiu o problema de casar de
novo e do adultério.
Considere Malaquias 2:16. “Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que
odeia o repúdio”. Mesmo sob a antiga aliança Deus não aprovava o divórcio
indiscriminado. É provável que as “lágrimas” do versículo 13 que "cobriam o
altar" e que causaram o Senhor a recusar sua oferta, eram as lágrimas daqueles
que tinham sido deixados injustamente.
Considere Mateus 5:32. “Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em
caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera”. Observe
as palavras, “a expõe”. Este escritor entende que esse versículo ensine que
aquele que se divorciar de sua esposa a coloca numa posição de tentação a
cometer o adultério, e com partilha da culpa quando ela comete adultério. Por
outro lado, se a deixar por causa de relações sexuais ilícitas, deixa-a
legitimamente, e não compartilha de nenhuma culpa em qualquer adultério que
ela possa vir a cometer.
Considere 1 Coríntios 7:10. “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o
Senhor, que a mulher não se separe do marido”. Observe a palavra
10
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“ordeno”. O versículo seguinte (7:11) não nega nem anula esta ordem, mas
simplesmente reconhece que alguém pode desobedecer a ordem do Senhor
(nesse caso ele está pecando – 1 João 3:4), e ele cita as opções se desobedecer.
O Senhor não somente ordena que o marido e a esposa vivam juntos, mas os
ordena que satisfaçam as necessidades físicas um do outro (1 Coríntios 7:3-5)
e que amem um ao outro (Efésios 5:25; Tito 2:4-5).
Se um cônjuge num casamento falhar nesse sentido, o outro deve ainda ser
obediente a Deus, procurando ser a pessoa fiel que Deus queria que fosse no
relacionamento do casamento. O pensamento sobre o divórcio ou a separação
nunca deve passar pela cabeça a não ser que relações sexuais ilícitas ocorrerem.
Nós não estamos sugerindo que o divórcio em si é “adultério”, mas estamos
dizendo que o divórcio por qualquer motivo sem ser relações sexuais ilícitas é
pecado. O s cristãos não devem ser influenciados pelos padrões soltos que
prevalecem no mundo em que vivem.
–por Bill Hall
O destruidor de lares
E
mbora raramente identificado, o pecado do egoísmo é o culpado
responsável por quase todos os problemas, tristezas, miséria e divisões que
ocorrem no lar. Uma das marcas dos “tempos difíceis” sobre a qual Paulo
profetizou era que os homens seriam egoístas (2 Timóteo 3:1-2). E, como é triste
quando os maridos e as esposas subordinarão as necessidades da família às
preferências pessoais, pensando nos termos do egoísmo: O que eu quero, o que
eu gosto, meus direitos, meus interesses, e minha felicidade. Pensar de tal modo
é praticamente a garantia de tempos difíceis no lar. Mas poucas pessoas vêem
o egoísmo como um problema pessoal.
Como H.W. Beecher disse, “O egoísmo é aquele vício detestável que ninguém
perdoará nos outros, e ninguém está sem ele dentro de si." É nossa inclinação
a nos verm os como as vítimas do egoísmo em vez de culpados. Como uma
esposa infeliz sobre a qual li recentemente foi ouvida dizendo, "Meu marido não
mostra nenhum interesse no que eu faço. Tudo que importa a ele é o que ele faz
naquele lugar - seja lá onde é - que ele trabalha!" Tal atitude pode descrever-nos
m ais do que nós queremos admitir. Como o povo de Deus, nós não som os
ignorantes a respeito dos dispositivos de Satanás (2 Coríntios 2:11), de como o
pecado é enganoso, nem de seu poder cegante. Por isso, por mais remoto e
improvável que possa parecer, nós devemos ver a possibilidade de egoísmo nas
Andando na Verdade
11
nossas próprias vidas! Como o filho pródigo, cada um de nós deve cair em si
para superar a si mesmo (Lucas 15:17). Como Paulo disse, "Examinai-vos a
vós mesmos..." (2 Coríntios 13:5), teste seus motivos com honestidade
absoluta pois ninguém pode lidar com um problema que não admita que tenha.
Negar a si mesmo é uma das primeiras lições a ser aprendida pelo seguidor de
Cristo (Mateus 16:24). Nada é m ais fundamental para a obediência e justiça.
Sem isso, nenhum homem pode verdadeiramente amar sua esposa como Cristo
amou a igreja (Efésios 5:25). Como o amor de Cristo sacrificou a si mesmo para
a igreja, assim deve ser o amor do marido para sua esposa. É um amor que dá
sem egoísmo. Sem isso, as esposas não podem ser submissas a seus maridos,
assim com ao Senhor (versículo 22). O mesmo espírito que leva à submissão ao
Senhor deve levar à submissão entre o marido e a esposa. Ser o que o Senhor
quer que eu seja significa ser o que devo ser com meu cônjuge. O egoísmo,
então, é um pecado contra o homem e Deus – e, muitas vezes, contra os filhos.
Conseqüentemente, criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor
(Efésios 6:4) envolve negar a si. Por exem plo, criar os filhos para o céu leva
tempo. O egoísmo rouba esse tempo precioso de muitos filhos – sob um
pseudônimo, para ter certeza. Ocupado demais, cansado demais, para falar e
responder perguntas, para ler a Bíblia, para orar com eles, para levá-los aos
cultos. Mas, talvez o que seja pior são aqueles filhos que sofrem porque os pais
egoístas dividem o lar em vez de negar a si. É quase impensável que alguns
negociariam uma família boa pelo prazer próprio; por uma garrafa, por um
amante, pelos "bons tempos". No entanto, continua a acontecer, até em alguns
que alegam ser cristãos. Dessas formas, e de outras até ainda mais sutil, o
egoísmo é um grande destruidor de lares. Que Deus possa nos ajudar a removêlo das nossas vidas.
–por Dan S. Shipley
Os deveres da esposa
Seja uma auxiliadora para seu m arido
(Gênesis 2:18). Esta é a finalidade pela
qual você foi criada. Nunca se esqueça
disso. Nenhum cônjuge deve servir a si
mesmo de maneira egoísta, mas deve servir
ao outro. Isto é principalmente verdadeiro
para você como esposa. “Porque o
homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do hom em . Porque
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tam bém o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a m ulher,
por causa do hom em ” (1 Coríntios 11:8-9).
Seja subm issa ao seu m arido em tudo, assim com o a igreja é subm issa
a Cristo (Efésios 5:22-24; Colossenses 3:18; 1 Pedro 3:1-6). Nós não
precisamos procurar saber se isso ainda é apropriado ou se está ultrapassado.
Os movimentos de libertação feminina podem levantar-se e cair, mas a Bíblia
ainda diz: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio
marido” (1 Pedro 3:1).
Seja uma boa dona de casa (Tito 2:4-5; 1 Timóteo 5:14). O mundo nunca
voltará a Deus até que, de algum modo, colocarmos as donas de casas de volta
nos lares em vez de se dedicarem às carreiras. A mão que balança o berço
governa o mundo.
Tenha um espírito m anso e tranqüilo (1 Pedro 3:4). Talvez há mulheres hoje
que gostariam mais que pensassem nelas como “pessoas” e não “mulheres”. Ao
protestar e queixar-se são barulhentas, tumultuosas e conseqüentemente
disonrosas. É honorável ser uma mulher (1 Pedro 3:7), e ter "um espírito
manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus" (1 Pedro 3:4).
Conceda ao seu m arido o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Em uma
base igual, ambos os partidos são obrigados, entre outras coisas, a satisfazer os
desejos sexuais do outro.
Não prive seu m arido de seu corpo, porque pertence a ele (1 Coríntios
7:4-5). Não cumprir suas obrigações conjugais com seu marido é roubar o que
lhe é devido.
! Não prive seu marido de seu corpo, porque pertence a ele (1 Coríntios 7:45). Não cumprir suas obrigações conjugais com seu marido é roubar o que
lhe é devido.
Definindo o que Paulo disse. Meus comentários eram apenas para definir
literalmente o que Paulo disse. Vamos examinar a frase, "conceda ... o que lhe
é devido”. Qualquer dicionário mostrará que "conceder" significa "dispor para
que (alguém) faça uso de (um direito seu)”. Isso implica que a outra pessoa tem
direito de “usar” aquilo, assim tornando “obrigado” que o outro permita.
Também, na frase, "não priveis um ao outro", "privar" significa "Impedir(-se)
de ter a posse ou gozo de alguma coisa ou de algum bem, abster-se de”. Ou
seja, não “pagar” é "roubar" o que é "devido" o outro cônjuge.
Não Seja Egoísta! Paulo está incentivando a consideração sem egoísmo para
o outro cônjuge. Deve haver um consentimento de ambos os cônjuges, sobre ter
ou não relações sexuais. Se não houver sexo, deve haver consentimento
(versículo 5). Do mesmo modo, se o sexo ocorrer, deve haver consentimento.
Nenhum cônjuge deve reter o sexo do outro de maneira egoísta. Por outro lado,
cada cônjuge precisa levar em consideração o outro e não abusar dessa
passagem para própria satisfação egoísta. O ponto: "Não seja egoísta, de
nenhuma das duas maneiras!"
–por Andrew Mitchell
Estude a Bíblia por Correspondência
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“O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do
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Abuso de 1 Coríntios 7:3-5
Fale para seus amigos e parentes. Eles podem
Abusando daquilo que Paulo disse. Há duas maneiras que alguns abusam
daquilo que Paulo disse: ì não obedecendo o mandamento, í distorcendo o
que ele disse para justificar o sexo forçado. O primeiro é desobediência total. O
segundo é repugnante e desatencioso. Ambos são pecaminosos! Para refrescar
sua memória, aqui estão os deveres que eu mencionei com esta passagem:
! Conceda ao seu marido o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Em uma
base igual, ambos os partidos são obrigados, entre outras coisas, a satisfazer
as necessidades e os desejos sexuais do outro.
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ser tão terrível sobre oferecer fogo e incenso ao Senhor? Não é este o papel dos
sacerdotes, oferecer sacrifícios?
Ð Na Casa de Deus
O autor Moisés informa-nos que estes dois homens estavam oferecendo “fogo
estranho”, que o Senhor não havia ordenado (Levítico 10:1). Claramente, o
Senhor não aceitou este fogo, independente do quanto eram sinceros,
entusiasmados ou bem intencionados no que possam ter feito. O Senhor disse
a Arão através de Moisés que aqueles que chegam a ele tem que ver a sua
santidade. O Senhor deve ser glorificado perante o povo por aqueles que
chegam a ele (10:3).
A Igreja no Plano do Senhor
Adoração aceitável
U
ma boa parte do livro de Êxodo é composta por instruções sobre a
construção do tabernáculo, seus móveis e as construções resultantes. Foi
ordenado a Moisés, “Vê, pois, que tudo faças segundo o modelo que
te foi mostrado no monte” (Êxodo 25:40; veja também 25:9; 26:30). Desde
as cortinas da tenda até os móveis de dentro, instruções específicas foram dadas
sobre como tudo deveria ser feito. Quando o tabernáculo foi montado por
Moisés, uma nuvem o cobriu e a glória do Senhor o encheu (Êxodo 40:33-35).
Era uma época emocionante para o povo de Israel.
Instruções detalhadas foram dadas sobre o processo elaborado para consagrar
Arão e seus filhos como sacerdotes (Êxodo 29). Arão e seus filhos foram lavados
com água e vestidos com roupas especiais feitas para eles. Foram ungidos com
óleo e sacrifícios foram oferecidos. Sangue foi colocado na ponta de suas orelhas
direitas, no dedão das suas mãos direitas e dos seus pés direitos. Durante sete
dias Arão e seus filhos ficaram na porta do tabernáculo (Levítico 8).
No oitavo dia, ofereceram holocaustos no altar no pátio do tabernáculo e no final
dos holocaustos, a glória do Senhor apareceu ao povo e fogo veio do Senhor e
consum iu o que estava sobre o altar, causando uma grande impressão no povo
(Levítico 9:23-24).
Até este ponto, tudo foi feito de acordo com as instruções do Senhor.
Infelizmente, dois dos filhos de Arão, Nadabe e Abiú, decidiram, por algum
motivo, colocar fogo nos seus incensários e incenso no fogo que era um
holocausto ao Senhor. Fogo veio do Senhor novamente, mas desta vez matou
estes dois homens (Levítico 10:1-2).
Não é pouca coisa ignorar as instruções do Senhor sobre a adoração ou sobre
qualquer coisa! Deus não é glorificado quando eu o adoro de acordo com meus
próprios desejos. Nadabe e Abiú aprenderam tarde demais que Deus não aceita
adoração qualquer que lhe oferece. Nossa adoração deve ser de acordo com o
“padrão” que ele tem revelado na sua palavra.
–por Allen Dvorak
Jesus usou métodos
carnais para atrair as multidões?
M
uitos grupos religiosos usam uma variedade de apelações carnais para
atrair pessoas às suas reuniões. Por exemplo, fazem jantares ou dão
sorvete, têm jogos ou eventos divertidos, etc. Q uando é pedido que
justifiquem estas atividades, geralmente citarão os episódios onde Jesus
alimentou as multidões. Alguns dizem, “Se você alimentar primeiro o corpo,
depois terá a chance de alimentar a alma”. Vamos ver se sua referência às
atividades de Jesus realmente apóia suas práticas.
Houve duas vezes diferentes em que Jesus alim entou, de maneira miraculosa,
multidões enormes com quantidades pequenas de comida. Uma vez havia 5.000
homens, mais as mulheres e crianças (Mateus 14:15-21; Marcos 6:30-44; Lucas
9:10-17; João 6:1-14). Em uma outra ocasião havia 4.000 hom ens, mais as
mulheres e crianças (Mateus 15:32-38; Marcos 8:1-9).
Que castigo severo! Nadabe e Abiú não eram culpados de idolatria ou feitiçaria.
Não eram culpados de imoralidade sexual ou violência, nem mesmo de
assassinato. Todavia, morreram rapidamente na mão do Senhor. O que poderia
Nestas duas ocasiões, as pessoas tinham seguido Jesus para ouvir seu ensino
maravilhoso e para ver seus milagres surpreendentes. Nunca houve uma
promessa de comida para atraí-los. Na verdade, os dois acontecimentos
mostraram as pessoas seguindo por longas distâncias e por muito tempo antes
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de receberem comida. Por exemplo, em Mateus 15:32 nós lemos: “E,
chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta
gente, porque há três dias que perm anece comigo e não tem o que
comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo
caminho.” Você viu? As pessoas não foram seduzidas a seguir devido a uma
oferta de comida. A comida veio m ais tarde, como um ato de compaixão. As
pessoas não foram esperando receber comida.
Nós temos uma referência onde Jesus suspeitou que as pessoas, de fato, foram
com o desejo de receber comida (João 6:22 em diante). Nessa ocasião ele não
as alimentou!
Aqueles que usariam o exemplo de Jesus alimentando as multidões para
justificar suas práticas carnais hoje em dia estão simplesmente errados!
–por Greg Gwin
Por que oferecer estes estudos bíblicos?
Num m undo no qual m uitas igrejas e m uitos pastores fazem com ércio da
palavra de Deus, algum as pessoas acham estranho encontrar literatura
com o esta revista disponível totalm ente grátis. Por que oferecer estudos
com o estes? Com o pode ser de graça? As respostas são sim ples.
Pessoas que apreciam a salvação e que vivem gratas pelo resgate feito
por m eio do sangue de Cristo reconhecem um a dívida que nunca serão
capazes de pagar. Paulo entendeu a m esm a dívida quando disse: “Pois
sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a
ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar
o evangelho também a vós outros....” (Rom anos 1:14-15).
Obviam ente, custa dinheiro preparar, im prim ir e enviar estudos com o
estes. Pessoas convertidas a Cristo com a vontade de divulgar a palavra
pura do Senhor pagam estas despesas, voluntariam ente, para lhe oferecer
esta oportunidade. Por isso, estas publicações não são vendidas, e não
solicitam os doações dos leitores. Se você reconhece o valor destas
m ensagens, com partilhe as m esm as com seus parentes e am igos.
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Estudos da Bíblia – C.P. 60804 – São Paulo – SP – 05786-970
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Ñ Para o Nosso Ensino
Lições Valiosas do Antigo Testamento
Pedindo demais desta vida
“Sei que nada há melhor para o hom em do que regozijar-se e levar vida
regalada; e tam bém que é dom de Deus que possa o homem comer,
beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho” (Eclesiastes 3:12-13).
E
m Eclesiastes Qohelet, ou o Pregador, está compartilhando as suas
observações sobre a vida. Ele não está expressando uma visão divina por si;
mas sim, está dando sua avaliação do ponto de vista da experiência
humana. Ele diz, “Apliquei o coração a esquadrinhar e a informar-me
com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu.... Aplicando-me
a conhecer a sabedoria e a ver o trabalho que há sobre a terra – pois
nem de dia nem de noite vê o homem sono nos seus olhos” (Eclesiastes
1:13; 8:16).
O Pregador examina vários esforços humanos de descobrir a felicidade:
sensualidade, materialismo, longevidade, beleza, força, posteridade, sabedoria
e outros dons da vida terrestre, que o homem respeita. Sua análise: a satisfação
verdadeira não pode ser encontrada na experiência humana. “Tudo é vaidade
e correr atrás do vento” (Eclesiastes 1:2,14,17; 2:11,17,26; etc.).
A vida é arbitrária e impredizível demais para fornecer a felicidade genuína (cf.
Eclesiastes 7:15; 8:14). Nossa ignorância, com binada com o providência
insondável de Deus, faz-nos incapazes de determ inar eficazmente nosso próprio
caminho (cf. Eclesiastes 3:11; 6:12; 7:13-14,23-24; 8:17). Todos morrerão
eventualmente, nossas posses serão deixadas para os outros e nós seremos
esquecidos (Eclesiastes 2:14-16,20-23; 3:18-20; 9:5-6). Isso não é pessimismo;
é simplesmente como as coisas são.
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Nunca pretendeu-se que nós encontrássemos nossa felicidade final na terra. O
Pregador afirma que, para todo o mal e infortúnio que nos sucede nesta vida,
Deus tem fornecido uma fonte suficiente da bondade, satisfação e apreciação.
Assim sua exortação repetida: “Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e
beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se
afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe
deu; porque esta é a sua porção” (Eclesiastes 5:18; cf. 2:24-25; 3:12-13;
8:15).
Vamos parar de pedir mais da vida terrena do que ela pode nos dar. É construída
por Deus de tal maneira para servir de um lugar de provação, um momento de
crescimento, uma extensão de alegria e dificuldade. Aprenda a apreciar as coisas
simples de hoje e pare de fingir que a felicidade verdadeira está bem ali na frente.
Quando considerada corretamente, a vida apresenta felicidade razoável mas
estimula nosso apetite para o céu.
– por Jim Jonas
“Se os pecadores querem seduzir-te”
“Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Se
disserem: Vem conosco ... lança a tua sorte entre nós ... Filho meu, não
te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés”
(Provérbios 1:10,11a,14a,15).
O
escritor sábio de Provérbios encorajou seus leitores a não se juntarem aos
“pecadores”. Aqueles que sempre ficam com pecadores geralmente
acabam se tornando pecadores também e dividem o destino do pecador.
O perigo é real. O apóstolo Paulo avisou sobre as conseqüências de ficar com
amigos perversos. “Não vos enganeis: as más conversações corrompem
os bons costum es” (1 Coríntios 15:33). O escritor de Provérbios avisou, “Não
te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico, para
que não aprendas as suas veredas e, assim, enlaces a tua alma”
(22:24-25).
A Bíblia não ensina que devemos nos isolar do mundo. Não podemos ser o sal
e a luz do mundo sem algum tipo de contato com “pecadores” (Mateus 5:13-14).
Muitas vezes os cristãos começam com o alvo admirável de ensinar e influenciar
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seus colegas, mas às vezes são influenciados pelo mundo, pelos amigos e pelos
colegas, mais do que eles conseguem influenciar os pecadores. Por quê?
Ao mesmo tempo que queremos influenciar nossos companheiros, devemos
estar atentos à possibilidade de nós sermos influenciados. O poder dos nossos
amigos e conhecidos de nos influenciar depende de vários fatores. Por exemplo,
quanto mais gostamos deles e os respeitamos, maior será a influência que eles
têm sobre nós. Mais importante ainda, quanto mais fracas são as nossas
convicções a respeito de certo e errado, maior é a possibilidade de sermos
influenciados por outros que mantêm seus valores firmes. A quantidade de
tempo que passamos na companhia de outros e a natureza das nossas atividades
com eles também são fatores cruciais em determinar sua influência sobre nós.
Eu já vi um grande número de cristãos seduzidos pelo mundo, atraídos de volta
à vida de pecado pelos seus companheiros, as pessoas com quem trabalham ou
passam seu tempo livre. Também observei que quase todos estes cristãos têm
pelo menos uma coisa em comum. Quando são avisados sobre m udar seu
comportamento, quase todos negam que seus companheiros estavam tendo
alguém efeito neles! É um erro ser confiante demais sobre sua própria força
espiritual (1 Coríntios 10:12).
Há uma diferença crítica entre ter contato com pecadores e andar no caminho
deles. Até Jesus associava-se com pecadores e foi severamente criticado por isso
(Mateus 9:9-13), mas ele não se conformou com o comportamento pecaminoso
deles. O caminho da justiça de volta para o mundo geral segue o caminho de
concessão. A aceitação de colegas e evitar a crítica e escárnio tornam-se mais
importantes do que “ser verdadeiro” aos valores bíblicos (Romanos 12:1-2). As
convicções ficam mais fracas, o cristão começa a dar motivos de como alguns
pecados não são tão pecaminosos!
Quem são SEUS “companheiros”? Você está os influenciando a serem mais
como Cristo ... ou você começou a seguir o caminho deles?
–por Allen Dvorak
! Centenas de artigos sobre diversos assuntos bíblicos
! Estudos de livros com pletos, com o Salm os, Rom anos, Apocalipse e outros.
! Andando com Deus (leitura bíblica diária)
! O Que Está Escrito? (desde 1994)
! Andando na Verdade (desde 1999)
www.estudosdabiblia.net
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Ò O Poder de Deus
! É o Filho de Deus, superior aos profetas
Estudos no Novo Testamento
! É o herdeiro, superior aos ministros e
servos
! É o Criador do universo
! É a manifestação perfeita de Deus
! É o Rei eterno e perfeitamente justo,
sentado à direita do Pai
O livro de Hebreus (1)
! É superior aos anjos
Jesus Cristo é Superior!
! Merece adoração, pois é Deus
! É eterno
E
mbarcamos agora em uma das viagens m ais fascinantes no estudo da
Bíblia. A carta aos cristãos hebreus é um dos livros mais ricos do Novo
Testamento. O autor deste livro apresenta e defende um a série de temas
importantes, focalizando a superioridade de Jesus Cristo.
Durante o nosso estudo de Hebreus, veremos a posição exaltada de Jesus
destacada de várias maneiras. Considere na próxima página a lista de algumas
das afirmações deste livro sobre a grandeza de Cristo.
Hebreus nos convida a adorar o Senhor Jesus. Sua primazia e divindade são
motivos para todas as criaturas lhe darem louvor. Deus manda que os anjos
adorem a Jesus, e apresenta seu Filho de um modo que todos devem admirá-lo.
Jesus Cristo é Deus, como o salmista disse “acerca do Filho: O teu trono, ó
Deus, é para todo o sem pre” (1:8; compare Salmo 45:6).
! É o Senhor
! É o Autor da salvação
! Santifica os homens
Jesus
Cristo
! É a propiciação pelos pecados do povo
! É o Apóstolo de Deus
! Cumpriu a sua missão e entrou no
descanso de Deus, o Santo dos Santos
! Enfrentou as tentações, mas não pecou
!
Foi glorificado e nomeado
Sacerdote pelo próprio Pai
Sumo
! Mudou o sacerdócio e mudou a lei
! É Mediador e Fiador da nova (superior)
aliança
O livro destaca, também, a eficácia do único sacrifício perfeito pelos pecados –
o próprio Jesus Cristo. O autor mostra que os sacrifícios anteriores não
resolveram o problema do pecado, “porque é impossível que o sangue de
touros e de bodes rem ova pecados”
(10:4). O único sacrifício capaz de remover
As referências neste artigo que não
pecados é o próprio Cristo, que se ofereceu
incluem o nome do livro são de
“uma vez para sempre para tirar os
Hebreus.
pecados de m uitos” (9:28).
21
! É Sumo Sacerdote para sempre
! Estabeleceu e domina a casa de Deus
Esta carta enfatiza a posição de Jesus como nosso Sumo Sacerdote. Nesta
capacidade, ele entrou a nosso favor na presença do Pai, onde permanece até
hoje. Por meio dele, podemos nos aproximar do trono da graça com a confiança
e esperança, sabendo que ele vive para nos ajudar na caminhada para a
eternidade.
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! Venceu o diabo
! É o único sacrifício eficaz e perfeito
! É o Autor e Consumador da fé
! É o grande Pastor das ovelhas
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Jesus, como Rei eterno, Sumo Sacerdote para sempre e sacrifício perfeito, se
tornou Mediador de um a nova e superior aliança. Veremos nestes estudos que,
apesar das doutrinas contraditórias de algumas pessoas hoje, Jesus cumpriu o
Velho Testamento e introduziu o Novo Testamento, uma aliança superior que
oferece a salvação aos homens perdidos. Aquela lei, com seu sacerdócio inferior
e seus sacrifícios ineficazes, “nunca aperfeiçoou coisa algum a” (7:19). Mas
Jesus Cristo é o “Mediador de superior aliança instituída com base em
superiores promessas” (8:6).
Jesus, o grande Pastor, que podemos ser aperfeiçoados para agradar a Deus
(13:20-21).
Alguns fatos sobre o livro de Hebreus
O
! O autor não se identifica
Há várias especulações sobre a autoria do livro de Hebreus, mas não temos
inform ações suficientes para identificar o autor. O autor não se identificou
por nome no livro. Vários livros da Bíblia não incluem os nomes dos seus
autores, mas foram reconhecidos e circulados entre os servos de Deus desde
a antigüidade. O que importa para nós não é o nom e da pessoa que
escreveu, mas a mensagem do livro que vem do Senhor para nos instruir.
Hebreus é um livro prático
A
lém de seu grande valor em termos de doutrinas importantes sobre Jesus
e seu trabalho na redenção do homem, o livro de Hebreus contém muito
ensinamento prático e de fácil aplicação nas nossas vidas. Observe alguns
dos ensinamentos que são encontrados no decorrer deste livro:
! Como evitar desvios da fé
Uma das características desta epístola são os desvios sobre o perigo de
desviar. Várias vezes, o autor muda de assunto, deixando seus temas
principais, para avisar os leitores do perigo da apostasia. Ele adverte sobre
o risco de negligenciar a palavra que Jesus e os apóstolos revelaram (2:1-4).
Em outro trecho, fala do perigo de se tornar incrédulo e não alcançar o
descanso eterno (3:7-4:11). Em outras passagens, ele repreende os cristãos
que não cresciam como deviam e fala da conseqüência de voltar ao pecado
(5:11 - 6:12; 10:23-31). Os grandes exemplos da fé no capítulo 11 servem
para nos ajudar nas provações (12:1-3). Deus disciplina seus filhos amados
para ajudá-los a alcançar a paz e a santificação (12:4-17).
! Data aproximada do livro
Considerando as evidências internas, é provável que Hebreus tenha sido
escrito nos anos 60 d.C. Ele trata de uma questão que perturbava várias
igrejas já nas primeiras décadas depois da morte de Jesus – a relação entre
o evangelho de Cristo e a lei do Velho Testamento. Já havia passado tempo
suficiente para alguns dos primeiros discípulos terem m orrido (13:7). Os
próprios destinatários da carta já tinham algum tempo de conversão (10:3235; 5:12). Algumas referências indicam que o templo em Jerusalém ainda
existia quando o autor mandou esta carta – ele fala dos sacrifícios que ainda
estavam sendo oferecidos (10:1-3) e diz que o primeiro sistema estava
“prestes a desaparecer” (8:13). O templo foi destruído pelos romanos em
70 d.C. As saudações no final do livro citam o nome de Timóteo, dizendo
que ele foi posto em liberdade (13:23). Timóteo trabalhou com Paulo e com
outros cristãos a partir da segunda viagem de Paulo (Atos 16:1-3).
! Como cristãos devem se comportar
Muitas das cartas do Novo Testamento incluem, depois de seus
ensinamentos doutrinários, trechos de orientações práticas para os
discípulos de Cristo. O último capítulo de Hebreus apresenta, de m aneira
resumida, vários conselhos importantes. Este capítulo fala sobre relações
entre irmãos, frisando o amor fraternal e a hospitalidade (13:1-3). Fala sobre
a pureza do casamento em contraste com as relações ilícitas condenadas
pelo Senhor (13:4). Incentiva os servos de Deus a confiarem nele, evitando
a avareza e a confiança em coisas materiais (13:5-6). Para evitar doutrinas
falsas e não abandonar Cristo, ele oferece a ajuda de guias – exemplos dos
fiéis que já morreram (13:7) e a orientação de servos vivos (13:17). Mas os
guias ajudam somente quando eles nos mostram constantemente a
superioridade de Cristo, que se sacrificou por nós. Os sacrifícios do nosso
louvor e serviço são aceitos por causa do sacrifício dele (13:8-16). É por
Andando na Verdade
23
s próximos artigos desta série darão ênfase ao conteúdo da carta aos
Hebreus. Nesta introdução, observaremos alguns fatos gerais sobre o livro.
I
ndependente do nome do autor e da data de sua composição, o livro de
Hebreus permanece como uma mensagem rica e prática, valiosa para todas
as pessoas que querem agradar a Deus.
–por Dennis Allan
Alguém se interessa por você
E
nquanto Davi se encontrava em exílio voluntário de seu povo, escondendose, como um animal no deserto, de um Saul enlouquecido de ciúme, ele
compôs estas linhas lamentosas: “... pois não há quem me reconheça
... ninguém que por mim se interesse” (Salmo 142:4).
24
2004:4
A verdade é que Alguém se interessava, e se interessa. As pessoas que mais
freqüentemente se ajuntavam ansiosamente em volta de Jesus durante os seus
dias de ensinamento eram os rejeitados, aquele grande grupo de homens e
mulheres que conheciam bem seus próprios fracassos morais e espirituais e
eram forçados a sentirem-nos ainda mais agudamente por uma elite religiosa
que os via como inúteis e indignos. Jesus os tocava intensamente porque ele tão
obviamente valorizava e se interessava por eles mesmo quando os chamava para
arrependerem-se e seguirem-no.
Tal foi o caso quando Jesus ensinou aquela bem conhecida trilogia de parábolas
concernentes às coisas perdidas que somente Lucas registra (Lucas 15). (Mateus
de fato coloca a história da ovelha perdida num discurso anterior sobre
humildade, Mateus 18:12-14). Grandes multidões tinham vindo ouvir Jesus
pregar, enquanto um grupinho de fariseus cada vez m ais antagonistas
resmungava seu desdém por “este hom em ” que “recebe pecadores e com e
com eles” (Lucas 15:2). Jesus fez uma pausa em seu ensinamento para
responder novamente a seus críticos que, em sua cegueira, continuavam
repetindo uma acusação que não somente o elogiava, como indiciava
severamente os acusadores.
Jesus pregava o evangelho do reino não como se fosse para aqueles que, como
imaginavam, tinham se tornado dignos dele, mas como uma porta aberta a
todos. A mensagem dos fariseus era uma mensagem de reforma de modo a ser
digno finalmente para um chamado ao reino. O evangelho de Jesus era para
pecadores como eram, prom etendo perdão e boas vindas a cada coração crente
e penitente. Realmente, como as duas primeiras parábolas confirmam, Jesus era
pior do que os fariseus o tinham descrito. Ele não somente recebia pecadores
mas continuava buscando-os!
Não há dúvida de que estas três parábolas sobre coisas perdidas e pessoas
perdidas sejam dirigidas principalmente aos ataques dos fariseus. Elas começam
muito enfaticamente como um apelo à natureza humana. Elas contêm o tipo de
argumento “o que você faria?” que o Senhor freqüentemente usava (Lucas 14:5).
O que qualquer pastor faria se perdesse uma ovelha? O que ele faria se a
achasse? E o que uma dona de casa faria se perdesse algum dinheiro? E o que
ela faria se o achasse? Tudo sobre estas ilustrações é tão natural que nem
precisa de explanação. Todas as pessoas, até mesmo os fariseus, sentem falta
de coisas perdidas e se regozijam grandemente quando são recuperadas, mesmo
coisas tão mundanas como uma ovelha ou uma moeda. Está implícito em seu
argumento: Certamente, um ser humano, ainda que degradado, vale tanto
quanto qualquer destas coisas!
Andando na Verdade
25
Interrogando ainda mais, Jesus está perguntando: “O que faríeis se perdêsseis
um filho? O que faríeis se o encontrásseis de novo? E, se estivésseis onde Deus
está e tivésseis perdido todos estes ‘filhos’ o que faríeis? E como vos sentiríeis se
eles voltassem ao lar novamente? Se não entendeis o que estou fazendo, tentai
entender-vos a vós mesmos!”
Esta foi a defesa parabólica de Jesus de sua preocupação com a recuperação
moral dos degradados e sua crença que isso era absolutamente possível e digno.
Para seus críticos, os coletores de impostos e pecadores eram somente
insignificantes pedacinhos de refugo humano sem esperança, para com os quais
eles eram indiferentes. Incoerentemente, estes seres humanos, feitos à imagem
de Deus, valiam menos para os fariseus do que uma ovelha comum ou um dia
de salário. Por elas não tinham interesse nem alegria. Estas parábolas dizem que
era o comportamento dos fariseus que não era natural, até mesmo sub-humano,
e não o do Senhor.
Na terceira e mais forte destas suas três parábolas, Jesus passa da defesa de seu
próprio amor incompreendido para a repreensão dos fariseus pela falta dele. Ele
lhes mostrou como deveriam ter sido; agora ele mostrar-lhes-á como eles são.
O foco da Parábola do Filho Pródigo não está no “pródigo”, mas no irmão mais
velho, que retrata de modo sombrio e trágico a atitude dos escribas egoístas.
Contudo mesmo nesta história de repreensão severa há amor e rogo àqueles a
quem ela é dirigida. É um convite à alegria, um convite a partilhar o amor dele
e do Pai pelos homens e mulheres perdidos de todas as qualidades; mas há uma
estrada dura e humilhante que eles precisam trilhar antes que estejam prontos
a recebê-la. E antes que acabe, eles ficarão assustados ao saberem que aqueles
que eles tanto tinham desprezado já tinham feito a jornada antes deles.
Nestas parábolas talvez mais do que em qualquer outra é revelado o trabalho e
o propósito reais do reino do céu. Perder este foco sobre o povo perdido, a
sincera busca para encontrá-lo, a alegria entusiástica pela volta deles, é perder
o Cristo que os ensinou.
–por Paul Earnhart
O pastor e suas ovelhas
P
astores e ovelhas eram uma parte tão familiar do mundo antigo que se
tornaram uma pronta metáfora para os escritores bíblicos. O terno cuidado
dos pastores com suas ovelhas levaram Davi e seus companheiros salmistas
a falar do Senhor como o pastor de Israel (Salmos 23; 80:1), e de Israel como
“as ovelhas do teu pasto” (Salmos 100:3; 95:7; 79:13; 78:52).
26
2004:4
Os profetas também, em suas visões messiânicas, viram Deus de modo
semelhante: “Como um pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus
braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que
am am entam, ele guiará mansam ente.” (Isaias 40:11); “Eu m esm o
apascentarei as minhas ovelhas, e as farei repousar, diz o Senhor
Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada
ligarei e a enferma fortalecerei...” (Ezequiel 34:15-16).
Escritores do Velho Testamento também fizeram uso efetivo da bem conhecida
disposição das ovelhas para se desgarrarem. De nossos caminhos pecaminosos
Isaías escreveu: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas”
(Isaías 53:6) e o mais longo dos salmos termina com este queixoso apelo: “Ando
errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo, pois não m e
esqueço dos teus mandamentos” (Salmo 119:176).
Em sua ilustração do pastor e das ovelhas (Lucas 15:3-7; Mateus 18:12-14),
Jesus estava não somente abordando seus ouvintes pela prática conhecida, mas
com uma metáfora bíblica conhecida. Não havia meio deles perderem a lição.
Jesus, como o fez seu Pai, via os homens como “aflitos e exaustos, com o
ovelhas sem pastor” (Mateus 9:35).
As ovelhas comumente se perdem devido a sua própria despreocupação.
Esquecendo tanto o rebanho como o pastor elas perambulam sem destino,
tendo na mente nada mais do que a próxima m oita de capim. Não há
pensamento em lobos ou profundos precipícios. Como isto espelha
acuradamente nossos modos ineptos! Não é que um dia tenhamos a idéia de ser
ímpios e então comecemos metodicamente a cumprir nossa ambição. Estamos
meramente tão preocupados com os desejos e circunstâncias presentes que nos
tornamos distraídos das conseqüências de nossas escolhas. Vidas vividas sem
propósito tornam -nos peões de nossas paixões e, seja de propósito ou não,
encontramo-nos antes que o saibamos, longe de Deus, miseráveis em nosso
desamparo e feridos. Tais ovelhas não representam os orgulhosos e os teimosos,
mas os infelizes, aqueles que são rápidos em admitir sua própria estupidez e
pecado mas, não obstante, são assim mesmo perdidos.
Mas o foco da parábola está no pastor. Argumentando do menor para o maior,
Jesus toma a atitude conhecida de um pastor para com uma ovelha perdida,
para justificar sua atitude para com as pessoas perdidas, e para expor o espírito
sem misericórdia de seus críticos. Ele tinha antes usado o mesmo tipo de
argumento, da atitude de um m édico para com o doente (Mateus 9:12). Os
fariseus sabiam que nenhum pastor verdadeiro jamais abandonaria uma ovelha
perdida ainda que o resto do seu rebanho estivesse seguro. Com pastores a
preocupação não era meramente econômica, mas sentimental. Eles ficariam
Andando na Verdade
27
freqüentemente ligados às ovelhas até o ponto de chamar cada uma delas por
seu próprio nome especial (2 Samuel 12:3; João 10:3).
Os fariseus também sabiam que o pastor, quando achasse sua ovelha, não a
esmurraria com raiva, mas carregaria a desgarrada, agora severamente
enfraquecida, gentilmente em seus ombros. Mais ainda, quando ele retornasse,
ele voltaria em franca alegria.
Com esta simples ilustração Jesus levantou uma questão implícita com seus
detratores: como poderiam eles ter tal compaixão por uma ovelha e tratar os
homens com tal arrogante e egoísta dureza. Eles não somente não tinham
buscado o pecador perdido, mas não se regozijariam com sua recuperação. E
com isto eles tinham mostrado dramaticamente como sua própria disposição
diferia da divina. Enquanto Deus se regozija, eles amuam. Enquanto o céu
perdoa, eles cospem seu desprezo. Enquanto o bom Pastor busca recuperar o
rebanho espalhado, eles vivem para devastá-lo. É um quadro sombrio.
Mas alguns podem ficar envergonhados pela observação conclusiva de Jesus que
“haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que
por noventa e nove justos (retos) que não necessitam de
arrependimento” (Lucas 15:7). Ele está sugerindo que Deus sente uma alegria
menor pelos justos do que pelo pecador recuperado? As duas coisas. A alegria
de recuperar o perdido é um tipo especial de alegria, uma alegria cheia de alívio,
mas isso nunca exclui como profundo, um deleite naquilo que nunca foi perdido.
E, o termo justo ou reto que Jesus usa aqui tem um toque irônico em si. Quem,
no mundo, seria tão justo que não precisasse de arrependimento? Infelizmente,
os fariseus pensavam que poderiam nos dizer. A verdade é que todas as ovelhas
desgarraram (Romanos 3:9, 10) e precisam da misericórdia daquele “grande
Pastor das ovelhas” que nos redime “pelo sangue da eterna aliança”
(Hebreus 13:20). Este grande Pastor “apascentará o seu rebanho; entre os
seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seu seio; as que
am am entam, ele guiará mansam ente” (Isaías 40:11).
–por Paul Earnhart
Momentos na vida de Cristo
Vislumbre da vida além
J
esus contou uma história em Lucas 16:19-31 sobre um rico mesquinho e um
mendigo justo que morreram. Jesus descreveu a vida deles após a morte.
Lázaro, o mendigo, estava no paraíso, no conforto do seio de Abraão. Mas
o rico ficou sendo atormentado pelo fogo contínuo. Ele pediu que Abraão
28
2004:4
enviasse a Lázaro para esfriar a sua língua, mas Abraão disse que era impossível,
por haver um abismo intransponível entre eles. Então pediu que Abraão deixasse
Lázaro voltar para avisar os irmãos dele, a fim de que não fossem também para
aquele lugar horrendo. Ele achava que, se Lázaro ressuscitasse, seus irmãos
creriam. Mas Abraão respondeu dizendo que, se eles não creram em Moisés e
nos profetas, não acreditariam se alguém ressurgisse de entre os mortos. Aliás,
não muito depois Jesus ressuscitou outro Lázaro e poucos acreditaram.
Em Atos 2:38, no entanto, Pedro não falou para seus ouvintes “esperarem” pelo
batismo; o batismo de Atos 2:38 foi ordenado. Por que Pedro ordenaria que
fossem batizados se o batismo de Atos 2:38 fosse o batismo com o Espírito
Santo? Certamente seus ouvintes não controlavam o Espírito Santo. Do que
adiantaria os apóstolos ordenarem que fossem batizados? O batismo de Atos
2:38 é um que eles podiam buscar e receber em obediência, em vez de um dado
a eles de acordo com a vontade do Espírito Santo.
Há lições nessa história: ì Seremos julgados pelo nosso procedimento em vida.
í O tormento do inferno é terrível. Às vezes se fala de experimentar o “inferno
na terra”, mas quem diz isso não tem a mínima idéia do que seja o inferno na
verdade. Alguns se recusam a obedecer a Cristo dizendo que, se os seus entes
queridos estão no inferno, querem unir-se a eles lá. Mas ninguém no inferno
deseja que mais alguém vá para lá. î Há um abism o intransponível entre o
paraíso e o tormento. Assim, ao morrer, o meu destino é selado. Desde a hora
em que morrer, serei consolado ou atormentado para sempre. ï Devemos ouvir
ao testemunho que a Palavra de Deus dá. Muitos acham que seria mais fácil crer
se pudessem presenciar um milagre ou uma ressurreição. Mas, de acordo com
Abraão, se não cremos na evidência das Escrituras, não creríamos se
observássemos um milagre ocorrer.
–por Gary Fisher
A natureza do batismo com o Espírito Santo foi novamente ilustrada em Atos 10
quando o Espírito Santo desceu sobre Cornélio e sua casa (versículos 44 e 47).
Eles não estavam buscando este batismo; foi administrado do céu. Depois,
Pedro ordenou que Cornélio e sua casa fossem batizados em nome do Senhor
– o batismo da grande comissão.
A necessidade do batismo nas águas
O
papel do batismo nas águas na salvação das pessoas é bem fácil de
entender. O apóstolo Pedro mandou que seus ouvintes no Dia de
Pentecostes fossem “batizados em nome de Jesus Cristo para
rem issão dos vossos pecados” (Atos 2:38). Como o batismo é “para a
rem issão dos pecados”, é absolutamente necessário para a salvação.
Alguns argumentariam, no entanto, que o batismo de Atos 2:38 na verdade é o
batismo com o Espírito Santo, não o batismo nas águas. Há diversas dificuldades
associadas com este ponto de vista.
Jesus prometeu aos seus apóstolos que ele lhes mandaria o Espírito Santo,
também descrito como “o Consolador” e “o Espírito da verdade”, depois
de subir ao céu. Após sua ressurreição, Jesus ordenou que os apóstolos ficassem
em Jerusalém para aguardarem esta promessa (Atos 1:4-5). Eles seriam
batizados com o Espírito Santo, batismo que aconteceu no Dia de Pentecostes,
que pôde ser visto quando falaram em línguas (2:1-4). O batismo com o Espírito
Santo não foi administrado por homens, ou seja, nenhum homem batizou outro
com o batism o com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo foi
prometido, não ordenado. Veio “direto do céu”.
Andando na Verdade
29
No dia de Pentecostes, os apóstolos estavam cumprindo a grande com issão
como fora dada a eles por Jesus. Ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mateus 28:19). Foi ordenado que os apóstolos batizassem
estes ouvintes, assim o batismo foi ordenado, não prometido. Faz sentido que
o batismo de Atos 2:38 seria o mesmo batismo que o da grande comissão.
Alguém acredita que o batismo da grande comissão é o batismo com o Espírito
Santo? No relato de Marcos, Jesus liga o batismo da grande comissão com a fé
e a salvação – “Quem crer e for batizado será salvo...” (16:16). O batismo
da grande comissão é colocado antes da salvação, e é uma condição para a
salvação. O batismo de Atos 2:38 é ligado à salvação da mesma forma; é “para
rem issão dos vossos pecados”.
– por Allen Dvorak
Serpentes e pombas
“Eis que eu vos envio como ovelhas para o m eio de lobos; sede,
portanto, prudentes com o as serpentes e símplices como as pombas”
(Mateus 10:16).
S
erpentes e pombas – duas criaturas com pouco em comum. E, no entanto,
no desenvolvimento do nosso caráter, devemos ser “como” elas são em
alguns aspectos. É um bom paradoxo, não é? Muito do caráter do cristão
é um paradoxo. Por exemplo:
Devemos controlar nossas línguas (Tiago 3:1-12) mas também ser ousados no
falar (Efésios 6:20). Não há virtude numa língua ousada que está descontrolada
nem numa língua que é tão controlada que nunca é ousada. Nossas línguas
30
2004:4
precisam de uma “ousadia controlada” para repreender o pecado tanto
publicamente (Gálatas 2:11-21) quanto particularmente (Mateus 18:15). Apesar
das conseqüências poderem ser desagradáveis (Marcos 6:16-18), devemos falar
ousadamente, e quando a situação requer, as nossas línguas ousadas devem ser
diretas (Mateus 23:15). O medo de dizer uma coisa errada não deve nos impedir
de dizer a coisa certa (Mateus 10:26-27). O silêncio nem sem pre reflete
sabedoria, às vezes simplesmente mostra a covardia.
A humildade de Paulo (1 Coríntios 15:9) e, ao mesmo tempo, sua confiança (2
Timóteo 4:7-8) exemplificam mais um paradoxo. A humildade não deve criar a
timidez mas a confiança também não deve levar à arrogância. A humildade irá
nos manter cientes das nossas próprias fraquezas mas nunca deve causar
hesitação em apontar pecados na vida de outros (1 Coríntios 5:1-13). Nós somos
humilhados pelo risco que corremos de errar em opiniões e entendimentos da
verdade, mas somos confiantes de que há certas coisas das quais temos certeza
que não podem ser comprometidas (Gálatas 2:5).
A virtude da longanimidade (Gálatas 5:22) tem de ser equilibrada pela
intolerância (Colossenses 2:4,8,16,18). A longanimidade é precisa conforme
tentamos progredir para a maturidade, m as a intolerância é precisa quando o
progresso não acontece e metas não são atingidas (1 Coríntios 3:1-3; Hebreus
5:11-14). É um a coisa sofrer junto com pecadores enquanto tentam vencer o
pecado, mas tolerar o pecado é completamente diferente (Apocalipse 2:15-16,
20-21).
Palavras Cruzadas
Os primeiros seis selos
4
5
6
8
9
10
11
12
14
13
15
16
17
18
19
20
Todas as respostas se encontram no capítulo 6 do Apocalipse, na versão Almeida Revista e
Atualizada, 2ª edição. Serão publicadas na próxima edição de Andando na Verdade.
Horizontais
O desenvolvimento de um caráter equilibrado porém paradoxal não vem
rapidamente (Hebreus 5:12 – "ao tempo decorrido") nem é fácil (1 Coríntios
9:25 – "se domina"), mas não há atalhos para chegar à maturidade.
–por David Smitherman
2.
4.
6.
7.
9.
11.
14.
15.
16.
Andando na Verdade
32
31
3
7
Com certeza devemos nos importar com o que os outros pensam de nós (Mateus
5:13-16) mas, ao mesmo tempo, nos importarmos pouco com a maneira que
nos avaliam (Gálatas 1:10). A virtude de viver para influenciar outros (Filipenses
2:12-16) pode tão facilmente tornar-se no vício de viver para agradar os outros
(Gálatas 2:11-21).
Alguns são propensos “pela natureza” a serem “como serpentes” ou “como
pombas” e o diabo usa as nossas “inclinações naturais” para causar um caráter
desequilibrado. Ele nos faria enfatizar o que é fácil e não enfatizar o que não é.
Como conseqüência nós, muitas vezes, vamos aos extremos: uma pessoa
falsamente sofisticada que acredita que pessoas “cultas” evitam falar ousado,
afirmações confiantes, intolerância de pecados e conduta que pode “ofender”
outras pessoas; ou um realista que é abusivo no falar, arrogante, intolerante e
despreocupado com o que outros podem pensar.
2
1
(Apocalipse 6)
Árvore que produz figos
Caíram pela terra
Tranqüilidade, calma, ausência de guerra
Tornou-se como sangue
O que João viu debaixo do altar
O primeiro cavaleiro saiu para ___
A arma de guerra do primeiro cavaleiro
Aquele que tem domínio total
Roupa
2004:4
18. Bebida feita de uvas
19. Número de seres viventes perto do trono de Deus
20. Uma moeda romana
Ó Desafios e Dúvidas
Verticais
1.
3.
5.
8.
10.
12.
13.
17.
Material feito de peles de animais sobre o que se escrevia
Arma de guerra do segundo cavaleiro
Óleo tirado de azeitonas
Onde as pessoas se esconderam da ira do Cordeiro
O nome do quarto cavaleiro
Instrumento para pesar; estava na mão do terceiro cavaleiro
Quem abriu os selos
Assento de Deus
–por Dennis Allan
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Apocalipse
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Respostas
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Andando na Verdade
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queles que conseguem lembrar dos anos 50 sabem que a sociedade tem
passado por uma transição moral radical. Liderado pelos meios de
comunicação de massa, agora há uma aceitação quase da maioria de
coisas que nem eram discutidas publicamente em 1950. Leia Romanos 1:24-32–
“Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas
concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o
seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em
mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador,
o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os
entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres
mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro,
contrário à natureza; semelhantemente, os homens também,
deixando o contato natural da mulher, se inflamaram
mutuamente em sua sensualidade, com etendo torpeza, homens
com homens, e recebendo, em si m esmos, a merecida punição
do seu erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de
Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental
reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de
toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de
inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo
difam adores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes,
soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes
aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem
misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que
são passíveis de morte os que tais coisas praticam , não
somente as fazem, mas tam bém aprovam os que assim
procedem.”
S
V R O
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33
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Deus entregou tais homens
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Crescendo em Conhecimento e Fé
34
2004:4
Chega um ponto quando a sociedade falha em fornecer uma fundação moral,
boa o suficiente para dar aos seus filhos uma chance de serem cidadãos justos.
Não é o suficiente abster-se de “tais coisas”, principalmente se aprovam os que
assim procedem. A única esperança da nossa sociedade é para os homens justos
em todo lugar tomarem um posição e falarem contra todas as formas de
imoralidade e injustiça. Se isso não acontecer, temos toda razão para acreditar
que Deus irá nos entregar. Se Romanos 1:24-32 não comunica isso, o que vai?
Aqueles do mundo freqüentemente reclamam sobre falhas morais de pessoas
religiosas. O mundo parece ter um entendimento muito bom do padrão que
Deus tem colocado pelo seu povo e a falha dos cristãos em manter aquele
padrão traz inevitavelmente a repreensão sobre nosso Senhor.
A imoralidade pode levantar suas idéias entre o povo de Deus. Mas se levantar,
o Senhor deu ao indivíduo errante e à igreja uma maneira de lidar com isso (1
Coríntios 5). Se cairmos no pecado devemos nos arrepender prontamente e
lembrar das palavras de Efésios 5:3 – “Mas a impudicícia e toda sorte de
impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém
a santos.”
Muitos que se chamam de cristãos agora proclamam com orgulho sua
participação em todos os tipos de perversões que nem eram conhecidas numa
sociedade educada há trinta anos. Não-participantes freqüentemente se
orgulham em sua liberalidade na aceitação daqueles que escolham estilos de
vida “alternativos” (Romanos 1:32). Sexo antes do casamento e adultério
raramente são denunciados fora da igreja, já que parecem ser pouca coisa em
comparação com esses outros atos de imoralidade “vulgar.”
Considere seriamente Romanos 1:24-32 e pergunte a si mesmo: Deus entregou
a nossa sociedade? Veja também 2 Pedro 2:9.
Nós entendemos o significado de seremos peregrinos e forasteiros (2 Pedro
2:11)? Pedro estava falando sobre a igreja quando disse, “Vós, porém , sois
raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
Não há espaço para ceder aqui (1 Coríntios 6:9-11). Como indivíduos, devemos
fugir da fornicação (1 Coríntios 6:18); e instituições religiosas que não ensinam
toda a palavra de Deus sobre assuntos morais claramente não estão em
comunhão com Deus (1 Coríntos 6:14 - 7:1).
Andando na Verdade
35
Os cristãos não podem alegar serem perfeitos (1 João 1:8); mas não pode haver
dúvida de que a igreja do Senhor é o único santuário de m oralidade neste
mundo de hoje. Os mundanos podem usar as exceções, mas é exatamente isso
que são – exceções aos modelos de honra e virtude.
Em contraste completo com as tendências deste mundo, “Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16).
–por David B. Brown
As crenças básicas do Islã
H
á 1.200 anos um movim ento religioso saiu do Deserto Árabe mudando
para sempre o curso da história humana. Seu líder impetuoso, Maomé, e
seu povo, os muçulmanos, agora invadem a vida religiosa ocidental de
uma maneira sem precedentes. O desafio que apresentam ao cristianismo do
Novo Testamento é muito real. Qualquer tipo de defesa que seja feita contra o
ensinamento islâmico deve ser baseado numa compreensão das crenças básicas
do islamismo. Este artigo explorará as doutrinas fundamentais da religião
muçulmana e as suas implicações ao cristianismo.
Os muçulmanos são ensinados a praticarem sua religião através dos cinco
“pilares” do islamismo. Estes cinco pilares fornecem um lugar excelente para
começar a estudar o islamismo. O primeiro pilar é recitar o credo “Não há outra
divindade além de Deus e Maomé é seu Mensageiro”. Os muçulmanos repetem
isso muitas vezes cada dia, acreditando que dizer isto na fé e sinceridade é o que
faz a pessoa ser um muçulmano. O segundo pilar é a oração diária. Os
muçulmanos devem orar cinco vezes por dia, virados para Meca, a cidade santa
na Arábia Saudita. O terceiro pilar é dar esmolas. Os muçulmanos se preocupam
muito com cuidar dos pobres. Porcentagens fixas da renda são dadas para
ajudar os pobres. O quarto pilar é jejuar durante o mês sagrado de Ramadã.
Ramadã é o nono mês do ano muçulmano e comemora o recebimento do
Alcorão por Maomé. Todos os muçulmanos fiéis jejuam do amanhecer ao
anoitecer durante este mês. Como o islamismo usa um calendário lunar, o
Ramadã cai em datas diferentes cada ano. O pilar final é a peregrinação a Meca.
Cada muçulmano adulto que é financeira e fisicamente apto deve viajar uma vez
a Meca durante sua vida, no mês de Dhul-Hijah. Vários rituais e ritos são feitos
durante o tempo em Meca.
36
2004:4
Examinando os cinco pilares do islamismo, acredito que podemos resumir o
islamismo à três crenças fundamentais. Primeiramente, no núcleo de tudo que
é muçulmano está a idéia de somente um Deus. Isto é refletido no primeiro pilar,
mas também em todas as outras coisas que o islamismo é e representa. Para os
muçulmanos, Deus é um ser soberano, todo-poderoso e único. No islamismo o
homem não deve conhecer Deus e ser mais como ele, mas aprender a vontade
de Deus e tornar-se mais obediente aos seus mandamentos. Associar qualquer
coisa ou qualquer um com Alá é incompreensível a um muçulmano e constitui
blasfêmia. Deus está absolutamente sozinho no lugar dado a ele pelo islamismo.
O Alcorão diz que “Ele é Deus; não há mais divindade além dele, conhecedor do
cognoscível e do incognoscível. Ele é o Clemente, o Misericordiosíssimo. Ele é
Deus; não há mais divindade além dele, Soberano, Augusto, Pacífico, Salvador,
Zeloso, Poderoso, Compulsor, Supremo! Glorificado seja Deus, de tudo quanto
lhe associam! Ele é Deus, Criador, Onifeitor, Form ador. Seus são os mais
sublimes atributos. Tudo quanto existe nos céus e na terra glorifica-O, porque é
o Poderoso, o Prudentíssimo (59:22-24). (Todas as citações do Alcorão são do
site: http://www.xr.pro.br/Livros/O_Corao.html).
Segundo, quase tão importante quanto a idéia de um Deus, é o conceito de
Maomé ser profeta de Alá. Os muçulmanos não adoram Maomé (adoração é
apenas para Alá) mas o reverenciam, glorificam e veneram de maneira que é
possível imaginar que seja divino. A literatura muçulmana transborda com
grandes contos de Maomé. Dizem que foi um professor religioso, um reformista
social, um administrador tremendo, um gênio militar, um marido e pai perfeito
e um amigo fiel. Um muçulmano escreveu “Nenhum outro homem na história
excedeu ou igualou-se a ele em qualquer um destes aspectos diferentes da vida.”
Uma examinação imparcial da história encontrará rapidamente que Maomé não
era tão perfeito nem tão brilhante quanto os muçulmanos querem acreditar. Ele
aprovou a poligamia, cruelmente exterminou seus inimigos, mudou a “lei divina”
sempre que o serviu (2:217; 66:2) e levou para si privilégios que nenhum outro
muçulmano poderia ter (33:50). Ele parece ter sido pouco mais do que um
cacique muito ambicioso que fundou uma religião porque precisava de algo para
juntar as várias tribos árabes guerreando, pois assim poderia lutar contra os
judeus e cristãos. Seu sucesso é incontestável. Sua grandeza é, no mínimo,
assunto a debater.
Terceiro, e bem ligado com as outras duas crenças principais, é a idéia de que
o Alcorão é a palavra absoluta de Deus. Os muçulmanos acreditam que o
Alcorão foi dado através do anjo Gabriel a Maomé quando ele tinha
aproximadamente quarenta anos. Supostamente Maomé memorizou-a e ditou-a
Andando na Verdade
37
a seus companheiros que então a anotaram. Na verdade o Alcorão foi coletado
de várias escritas depois que Maomé morreu. No entanto, o Alcorão é aceito
como a última palavra revelada de Deus, e suplanta e substitui todas as outras
revelações prévias de Deus (isto é, a Bíblia). Os muçulmanos são ensinados que
nenhuma das palavras de seus 114 capítulos foi mudada de qualquer maneira.
Isto, obviamente, não é verdade. O islamismo nem mesmo possui o Alcorão
original. O Alcorão mais velho existente é datado aproximadamente 200 anos
após Maomé. Há diferentes códigos posteriores do Alcorão que existem que
contêm variantes textuais. O próprio Alcorão contém contradições (compare
7:54 e 32:4 a 41:9-12) e evidência de um teologia progressivamente em
mudança (veja 2:106 e 9:54). Os muçulmanos, no entanto, negarão veemente
qualquer problema com o Alcorão.
Quais são as ramificações de crenças islâmicas para os cristãos? Primeiramente,
se Alá for um, então Jesus não é divino. O Alcorão contém diversas passagens
que são muito explícitas em indicar que Jesus certamente não é Deus. “Ó
adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a
verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-som ente um mensageiro de
Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito.
Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e digais: Trindade! Abstende-vos
disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe
está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na
terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião” (4:171). Os muçulmanos
acreditam que Jesus era apenas um profeta de Deus (e mesmo assim um profeta
não tão grande quanto Maomé). Ele não foi crucificado, nem ressuscitou dos
mortos. Os muçulmanos amam citar os estudiosos da Bíblia liberais que negam
a divindade de Jesus, os milagres e a inspiração e integridade da Bíblia. Estes
apenas reforçam a idéia muçulmana de que Jesus não é Deus. Segundo, fé no
Alcorão significa que a Bíblia é insuficiente, com defeitos e incorreta. Todas as
citações da Bíblia que contradizem o ensino islâmico ou que ensinam que Jesus
é divino ou são explicados ou ditos que representam a “corrupção” na Bíblia. Os
muçulm anos alegam acreditar na Bíblia mas realmente não acreditam, e
geralmente sabem muito pouco sobre ela. Não parece perturbar nem incomodar
os muçulmanos a acreditarem que Deus permitiu que sua palavra fosse mudada
e alterada. Além disso, não concedem que se Deus perm itiu que aquilo
acontecesse com a Bíblia logicamente o mesmo poderia acontecer ao Alcorão.
Na verdade, seguir esta premissa consistentemente conduziria todos nós a
sermos mórmons – afinal eles alegam ter uma revelação ainda mais recente!
38
2004:4
Assim uma pessoa pode ver que o islamismo e o cristianismo estão para sempre
um contra o outro com o inimigos mortais. Maomé destruiria a fé em nosso
Salvador e no livro que nos fala sobre ele. Certamente nós devemos responder
à ameaça crescente do islamismo ou ver muitos perderem suas almas nesta
religião falsa. Parece para mim que o diálogo com os muçulmanos deve começar
estabelecendo a inspiração, a confiabilidade e a veracidade da Bíblia. Como
todos os grupos que aceitam e são guiados por “revelação” adicional nenhum
progresso pode ser feito até que a fé genuína na Bíblia esteja estabelecida. Não
é tão difícil mostrar aos muçulmanos que devem confiar na Bíblia. Seu Alcorão
ensina que Jesus era um profeta em quem devem acreditar (4:171; 5:78).
Maomé alegou que suas revelações poderiam ser verificadas pelos ensinamentos
do Novo Testamento (10:95). O Novo Testamento de 700 d.C. (tempo de
Maomé) é o mesm o que hoje (de fato, nós temos manuscritos de antes). Se
Maomé estava satisfeito com o Novo Testamento de seus dias os muçulmanos
também devem aceitá-lo. É o mesmo livro! Além disso, o Alcorão ensina que a
Bíblia é a “palavra de Alá” (6:115-116) e “não há nenhuma mudança das
palavras de Alá” (10:65). Então que muçulmano pode acreditar que a Bíblia foi
corrom pida ou mudada? Outras evidências para a veracidade da Bíblia,
particularmente a evidência dos manuscritos, podem facilmente ser obtidas de
qualquer m anual bom sobre a apologética. Recolha este tipo de material e
prepare-se para estabelecer a Bíblia como a única palavra de Deus. Somente
desta maneira podemos tornar tantos seguidores zelosos de um homem iludido
em seguidores do Cristo de Deus.
–por Mark Roberts
Os desafios na vida do novo cristão (22)
De que modo um novo cristão pode
alcançar outros com o evangelho?
“Q
uem, eu? Eu jamais conseguiria ensinar o evangelho a alguém.” Sem
dúvida, a idéia de ensinar outra pessoa pode apavorar a mente de um
novo convertido. Mas pare um pouco para pensar sobre onde estamos
e como chegamos aqui.
Pense no que despertou o seu interesse pelas questões espirituais. Foi uma
percepção dos seus pecados? Uma morte recente o teria chocado e feito
perceber a brevidade da vida, fazendo-o pensar no que virá depois desta vida?
Andando na Verdade
39
Ou será que você simplesmente ficou enjoado com o esgoto moral em que
vivemos? Você deve conhecer outra pessoa que sinta ou tenha experimentado
a mesma coisa. Este é o melhor momento para dizer-lhe que você encontrou a
resposta. Aliás, você descobriu a fonte das respostas para todas as perguntas
sobre a vida e o viver santo (2 Pedro 1:3).
Mas como você aprendeu essas respostas? Não foi por meio do estudo da
palavra de Deus? Independente das pessoas que ajudaram, o instrumento que
tocou o seu coração foi a palavra inspirada pelo Espírito (João 16:8). Deus não
depende da eloqüência humana para levar os hom ens a Jesus Cristo. Sua
palavra se encarrega disso (Isaías 55:11). Quando você começar a pensar em
atrair outras pessoas a conhecê-lo, lembre-se que tudo o que precisa fazer é pôlas em contato com a palavra. Quando ela chegar aos corações bons, Deus
cuidará da colheita (Lucas 8:15; 1 Coríntios 3:6). Há muitas ferramentas
eficientes à disposição para o plantio da sem ente do reino. Vídeos, apostilas
simples de aula, cursos por correspondência e folhetos podem ser todos eles
usados para apresentar a Bíblia às pessoas. Peça que os presbíteros ou os
pregadores lhe mostrem o que está disponível. Depois ponha em funcionamento
o recurso que você acabou de descobrir. Comece amanhã, dando um folheto,
uma fita cassete ou um CD a alguém que precisa aprender o evangelho.
Embora as publicações existentes possam ajudar às vezes, o recurso mais valioso
para influenciar as outras pessoas é você mesmo. Você é uma nova criatura em
Cristo. O seu velho eu foi crucificado e você se levantou das águas do batismo,
o seu sepultamento, para andar em novidade de vida (Romanos 6:3-6). Toda a
visão da sua vida é diferente agora. Você não serve mais a Satanás, mas à justiça
(Romanos 6:17-18). E, lem bre-se, o justo deseja conduzir o seu próximo pela
vereda da justiça (Provérbios 12:26). Você deve se enxergar como um
instrumento nas mãos do Mestre (Romanos 6:13). Como seu seguidor, você é
uma luz para o mundo (Mateus 5:14). Agora, quando os seus amigos, vizinhos
e parentes o vêem, têm diante de si uma pessoa completamente diferente.
Nunca subestime a força da sua influência na vida das pessoas. Elas perceberão
mudanças radicais e norm almente farão algum comentário a respeito disso. Eis
uma oportunidade excelente para você plantar a semente do estudo bíblico no
futuro. Não tenha vergonha de dizer às pessoas o que você fez. Diga-lhes que
você aprendeu sobre o plano da salvação de Deus e se comprometeu a seguir
as instruções de sua palavra. Deixe que as pessoas saibam que você acredita em
Deus, que você aceita a Bíblia como a palavra dele e que você está disposto a
fazer a vontade dele. Essa é a essência do cristianismo.
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2004:4
Como novo cristão, provavelmente você está levando um novo grupo de pessoas
a ter algum contato com o viver cristão. Agora você tem a oportunidade de falar
com pessoas que outros cristãos talvez não conheçam. O bedecendo ao
evangelho, você acabou de abrir a porta para um novo grupo de pessoas para
estudar a Bíblia. Agora chegou a hora de ficar atento para essas “possibilidades”.
Não deixe passar as oportunidades de dizer coisas que façam as pessoas saber
que você pertence a Jesus. Ainda que você na verdade não esteja pronto para
dar um estudo bíblico nesse momento, consiga um “sim”, e leve com você um
cristão experiente para conduzir o estudo. Não só outra alma preciosa aprenderá
o evangelho, mas você aprenderá a ensinar os perdidos.
Por fim, não esqueça o papel da oração para alcançar os perdidos. Inclua os
perdidos nos seus pedidos de oração. Deixe que o Senhor saiba quanto você
deseja alcançá-los com o evangelho (Romanos 10:1; Efésios 6:18-19). Se você
fizer a sua parte, ele promete atender ao seu clamor (1 Pedro 3:12). Que o
Senhor o abençoe à m edida que continuar em seu caminho para o céu. Oro
para que você possa ajudar outras almas perdidas a encontrar o Salvador de que
tanto precisam.
–por Ken Dart
Veja más notícias como boas notícias
“F
oi-m e bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse
os teus decretos” (Salmos 119:71). Ninguém gosta da dor. Contudo
o salmista tinha uma atitude positiva de fé que o capacitou a lidar com
as circunstâncias dolorosas. Ele não disfarçou a realidade mas a viu de maneira
otimista e se mostrou bem positiva ao enfrentar seus problemas. As notícias más
de ter que agüentar o problema deram-lhe uma oportunidade para aprender a
verdade de Deus. Nós precisamos cultivar esta atitude nestas épocas difíceis. As
coisas que são difíceis de agüentar podem ser proveitosas para recordar.
A boa notícia da Bíblia é, apesar dos problemas deste mundo e das falhas do
homem, a verdade encorajadora que Deus pode trazer o bem do mal.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são cham ados segundo o seu propósito”
(Romanos 8:28). Se amarmos a Deus de modo supremo, teremos a confianção
que a vontade dele é levar seus filhos fiéis para o céu. Lá a alegria e êxtase
eternas esperam-nos. Todas as lágrimas e tristezas são esquecidas para sempre
(Apocalipse 21:3-7; 22:3-5)!
Andando na Verdade
41
ì A Realidade do Inferno Pode nos Despertar. Como o inferno pode ser
uma notícia boa? João Batista pregou sobre o julgamento final de Cristo: “A sua
pá, ele a tem na m ão, para limpar completamente a sua eira e recolher
o trigo no seu celeiro; porém queim ará a palha em fogo inextinguível.
Assim, pois, com muitas outras exortações anunciava o evangelho ao
povo” (Lucas 3:17-18). Os salvos são mantidos como o bom trigo. Os perdidos
são separados e punidos como a palha queimada e sem valor. A Bíblia ensina
claramente a realidade da punição horrível do inferno (Marcos 9:43-48). A má
notícia da realidade do inferno é parte do evangelho (a boa nova da salvação do
pecado)! Se não houvesse pecado, não poderia haver salvação (libertação do
pecado). Nós apreciamos verdadeiramente a graça salvadora de Deus na luz da
ira terrível da justiça de Deus! A convicção do pecado e o reconhecimento da ira
de Deus podem motivar a alma ainda sensível do perdido a buscar a misericórdia
de Deus em Cristo (Atos 2:36-38; 8:20-24). O homem tem que reconhecer que
há más notícias sem Cristo para que aprecie a boa notícia de Cristo.
í O Poder de Cristo Pode nos Ajudar.“Estas coisas vos tenho dito para
que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende
bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33). Jesus incentivou seus
discípulos desanimados, chateados com sua partida, com palavras da esperança
e do conforto. Jesus nosso Senhor é maior do que qualquer problema que nós
enfrentarmos. Podemos conseguir, porque ele conseguiu! O mundo encontra-se
na escuridão. Em vez de amaldiçoar a escuridão ou sentirmos pena de nós
mesmos, podemos ser uma luz aos outros do poder transformador do
evangelho (Filipenses 2:14-16). A verdade divina é mais forte do que o erro. O
declínio e a deterioração do mundo ao nosso redor são uma oportunidade ótima
para a luz de Cristo brilhar através de nós. Aquelas almas procurando ao nosso
redor, sobrecarregadas com os problemas da vida e a futilidade do pecado, irão
nos perguntar porque temos uma esperança tão edificante (1 Pedro 3:15). As
pessoas estariam mais interessadas no evangelho se nós fôssemos mais
interessantes. Os perdidos podem ser ganhos para Cristo!
î A Oportunidade para a Fé nos Fortalecer. “Meus irmãos, tende por
motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que
a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos
e íntegros, em nada deficientes” (Tiago 1:2-4). O profeta Tiago nos diz para
não reclamarmos sobre nossos problemas como uma maldição. Nós devemos
ver todas as sortes de problemas inquietantes que tentam nossa alma como uma
oportunidade de fortalecer nossa fé! Nós só ficamos mais fortes exercitando
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2004:4
nossos músculos da fé. Alguém chamou problemas de oportunidades
disfarçadas. Enfrentar corretamente nossas provações é simplesmente aplicar o
que dizemos, o que acreditamos. A má notícia da nossa tribulação é o controle
de qualidade de Deus. Ele tem uma finalidade positiva para nosso bem a longo
prazo. Testa a profundidade e a força de nossa fé. Deus permite que Satanás nos
tente. Seu alvo hostil é derrotar-nos. O alvo aprimorado de Deus para perm itir
nossa provação é para que possamos superá-las! Como respondemos aos
problemas nos diz algo sobre nós mesmos. Nossa reação é espelho de Deus para
a condição de nossa alma. Nós tornamo-nos melhores, m ais fortes e mais
próximos de Deus quando enfrentamos corretamente as provações. Se não
houvesse nenhuma provação, não poderia haver nenhum triunfo (Tiago 1:12)!
Com ajuda de Deus, a má notícia de provações do mundo podem transformar-se
em boas notícias do triunfo de Deus em qualquer crente. É provado que a fé é
genuína e Deus é glorificado!
E agora, já se sente melhor?
– por W. Frank Walton
Armagedom
E
u recebi o seguinte pedido: “Você conhece a teoria/crença de que a batalha
do Armagedom será lutada no Mt. Megido? Não consegui obter muita
informação sobre o lugar, Mt. Megido. Gostaria de receber qualquer
informação que você tenha.”
Resposta: Na verdade, Megido era o nome de uma cidade fortaleza antiga em
uma planície entre a cordilheira de montanhas do Monte Carmelo na fronteira
ocidental da Palestina e as colinas ao sudoeste do mar da Galiléia. A expressão
“Armagedom” ou “Har Mageddon” significa literalmente “colina de Megido”. O
m onte de Megido seria um dos montes nesse vale ou planície de Megido,
também conhecido como Esdraelom, ou Jezreel no Velho Testamento.
A batalha do Armagedom acabou. Apocalipse retratou Roma em símbolos
dramáticos que descrevem seus aspectos diferentes: A besta do mar (Roma
Imperial), a besta da terra (a idolatria religiosa de Roma), e a grande meretriz (a
im oralidade e a devassidão de Roma). O dragão (Satanás) usou Roma para
tentar destruir o reino de Cristo, sua igreja. Apesar de Roma ter matado cristãos,
o evangelho finalmente triunfou sobre Roma Imperial. O conflito espiritual entre
Andando na Verdade
43
Roma e Cristo é retratado como o clímax de uma grande batalha em Har
Mageddon.
Pelo uso do nome Armagedom, alguém com um conhecimento das Escrituras
pensaria em uma batalha decisiva por esse simbolismo. Essa área era conhecida
por suas batalhas decisivas. Gideão derrotou os midianitas lá. Débora derrotou
Sísera lá. Egito ganhou uma grande vitória lá, matando o rei Josias. De fato,
durante a Primeira Guerra Mundial, ao estudar estas batalhas na Bíblia, o general
Allenby planejou um ataque aos turcos através desta planície, surpreendendo e
derrotando-os. Então se você quisesse retratar um conflito decisivo, que
simbolismo melhor do que Har Mageddon, ou um na colina de Megido?
A batalha não era literal, assim como a besta com 7 cabeças não era literal, e
nem as rãs saíam literalmente de sua boca (Apocalipse 16:13-14); também não
havia uma meretriz literal sentada sobre a besta (Apocalipse 17:3). Fala-se do
clímax do conflito espiritual como se acontecesse em Armagedom (Apocalipse
16:16). Eu já disse que esta batalha está no passado, não no futuro. Afinal, Roma
caiu. O evangelho permaneceu. A batalha é descrita em Apocalipse 19:11-21.
Agora olhe os primeiros três versículos do Apocalipse. João estava tendo uma
visão das “coisas que em breve devem acontecer”. O tempo delas estava
“próximo.” Assim o livro era sobre as coisas que estavam a ponto de
acontecerem na perseguição dos cristãos naqueles dias. Mas foram assegurados
da vitória. Após a vitória, o reino de Cristo foi validado no mundo e Cristo
estenderia seu reino por “mil anos” (uma quantidade longa e indefinida). Após
aquele período o fim viria e o julgamento aconteceria, e o universo acabaria
(Apocalipse 20:10-12). Então até aquela vitória e a derrota da besta (Roma), o
livro estava tratando por seu próprio testemunho, das “coisas que em breve
devem acontecer” naquela época. Isso inclui tudo no livro até os 1.000 anos em
Apocalipse 20. Tudo no livro antes daquele capítulo estava para “em breve
acontecer” quando João escreveu.
A mensagem do Apocalipse não é sobre os Estados Unidos, a China, o mercado
comum europeu ou sobre qualquer outra nação de hoje. Há princípios no livro
sobre o que eventualmente acontecerá a toda a nação que persegue o povo de
Deus como Roma o perseguiu, mas as coisas que realmente discutiu estavam
para “em breve acontecer”. As pessoas têm jogado jogos teológicos
irresponsáveis com o livre do Apocalipse, ignorando o que o próprio livro diz
sobre si. Quase toda geração tenta encontrar o cumprimento do livro em sua
própria época, ou o que acham que está prestes a acontecer com eles. Isso é
tolice e é errado.
– por Dale Smelser
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2004:4
O que isso significa?
A
Bíblia está cheia de histórias surpreendentes de eventos estranhos. Os
eventos eram tão incomuns que em diversas ocasiões as pessoas que os
testemunharam se encontraram lutando com o significado e a significância
daquilo que tinha acontecido. Um evento assim aconteceu no dia de Pentecostes
após a ressurreição de Jesus. O Espírito Santo veio sobre os apóstolos, e eles
começaram a pregar nas línguas nativas dos seus ouvintes – idiomas que os
apóstolos não haviam aprendido. Este era um feito tão incomum que com razão
maravilhou aqueles que os ouviram. Lucas nos disse, “Todos, atônitos e
perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?” (Atos
2:12).
Podemos fazer a mesma pergunta — “Que quer isto dizer?” — sobre a Bíblia
como um todo. Qual é o significado deste livro antigo cheio de histórias
surpreendentes? Como devemos entendê-lo? É papo furado – como alguns que
estavam presentes no dia de Pentecostes acharam que era? É um mito? É
ficção? É profundo?
Alguém poderia argumentar que a pergunta do significado da Bíblia tem sido a
pergunta da raça humana por aproximadamente os últimos 1000 anos. Observe
as respostas possíveis para esta pergunta.
ì Não significa nada. Esta tem se tornado a conclusão de muitas pessoas no
mundo a respeito da Bíblia. Para muitas pessoas, a Bíblia não significa nada. Não
tem nenhum significado; é uma relíquia da antiga civilização romana. É
sim plesmente um texto antigo como o Ilíada de Homero, mas não se dirige à
mente ou aos interesses das pessoas de hoje. É um artefato curioso, algo sobre
o qual os historiadores podem criar teorias, mas não deve ser levado a sério.
Este argumento da idade da Bíblia é apresentado freqüentemente. A suposição
é que não é possível que algo velho seja relevante à nova era em que nós
vivemos. Os tempos mudaram, nos dizem, e a vida é diferente. Para tal maneira
de pensar faria o mesmo sentido dizer que nós devemos seguir a religião dos
egípcios antigos ou dos gregos antigos. Mas ninguém segue estas religiões,
porque nós fizemos avanços no nosso modo de pensar e de compreender o
mundo a nosso redor. Nós alimentamos perguntas que nem mesmo teriam
passado pela mente dos antigos, em parte porque nosso mundo é tão diferente
do deles. Assim, nos dizem que a Bíblia não é relevante a nós hoje em dia.
absolutamente verdadeiro, sua validez não é afetada pelo passar do tempo, pela
mudança das culturas, etc. Enquanto a maneira que as pessoas expressam uma
verdade possa mudar com a m udança de cultura, a verdade própria continua a
mesma. 1 + 1 = 2 a milhares de anos. O fato que esta verdade é antiga, ou que
já foi expressada com outros símbolos no passado, não tem nenhum impacto na
validade.
Isto não prova que a Bíblia é significativa, mas demonstra que se não pode
desprezar a possibilidade da Bíblia ter um significado para nós hoje em dia
simplesmente por ela ser um livro antigo.
í Tem significados múltiplos. Este é o último ataque contra a Bíblia e é a
abordagem que está sendo advogada atualmente em nossa sociedade cada vez
mais pós-moderna. Pós-modernistas afirmam que nenhum texto tem um
significado próprio, isto é que um texto tem somente o significado que uma
sociedade ou uma cultura lhe dá. De acordo com tal vista mundana, o
significado e a verdade não estão num texto. Em vez disso estão na sociedade;
a sociedade em que vivemos cria ou dita o que é a verdade para aquela
sociedade. Então os textos são lidos de maneira que refletem o que a sociedade
já decretou como verdade. Em tais sistemas a verdade é relativa à sociedade.
Uma sociedade pode ler o m esmo texto (tal como a Bíblia) de maneira diferente
de uma outra sociedade.
Não há, conseqüentemente, uma verdade absoluta em tal maneira de pensar.
Esta é exatamente a abordagem que está sendo tomada nas centenas de cursos
de religião nas faculdades em todo lugar. A Bíblia não é lida para descobrir o que
significa. Em vez disso a Bíblia é apresentada como algo que pode significar o
que quer que um grupo particular diz significar para ele.
É claro que um texto que possa significar diversas coisas diferentes – até mesmo
coisas opostas – também não significa nada. Por isso, esta abordagem à Bíblia
é igual à abordagem nº 1, que vimos anteriormente. Chega à mesma conclusão
em que nega que a Bíblia tenha qualquer significado inerente que deve chamar
nossa atenção hoje. É diferente somente no sentido que os pós-modernistas
dizem que, se a Bíblia significa alguma coisa, significa o que nós determinamos
em nossa sociedade.
Este argumento não faz uma distinção crucial entre a verdade de um documento
e o contexto cultural no qual essa verdade é expressada. Se algo for
É interessante ver que esta também é a m esm a abordagem básica da Bíblia
usada em denominações, principalmente entre aqueles que se chamam de
evangélicos. O movimento evangélico advoga que muitas igrejas diferentes
chamadas de cristãs estão todas proclamando “a verdade”, no entanto aquelas
várias igrejas ensinam doutrinas que se contradizem – tudo da mesma Bíblia! O
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problema com a religião das denominações é que está afirmando, de sua
maneira, que a Bíblia realmente não significa nada em si, que a Bíblia não tem
um significado inerente. A visão de muitas denominações – de um vínculo de
irm andade que atravessa as linhas da doutrina – pratica a idéia de que a Bíblia
tem significados múltiplos e, conseqüentemente, nenhum significado.
î É a verdade de Deus. Há somente uma m aneira de fazer sentido do que a
Bíblia diz e significa: entendê-la pelo que diz. A Bíblia afirma ser a verdade de
Deus entregue uma vez para sem pre por meio de Jesus. Como tal tem um
significado inerente. As manipulações fantasiosas da Bíblia para prom over as
preferências ou os objetivos de uma pessoa ou de uma sociedade não mudam
isso. A Bíblia significa o que significa se nós aceitarmos ou não, se nós somos
honestos com ela ou não, se nós o lemos precisamente ou não. Sim, foi escrita
num contexto cultural que não existe há muito tempo, mas isso não afeta a
verdade do que nos diz.
No entanto, isso não é a maneira mais popular de ler a Bíblia, porque quando
lemos a Bíblia desta maneira corta completamente nossas vidas e nossos
corações (Hebreus 4:12) e nos condena por pecar contra Deus. Isto produz um
sentido da culpa, que possa ser tão incômodo que muitas pessoas prefeririam
encontrar uma maneira de desacreditar e ignorar a Bíblia do que levá-la a sério.
Isso não quer dizer que todos que ainda não levam a Bíblia a sério fazem isso por
motivos egoístas e maus. Mas pode ser que o medo de enfrentar a verdade faz
com que muitos não levem a Bíblia a sério.
Se a Bíblia tem um significado inerente (que no fim é algo que você decide
aceitar e acreditar), então cabe a nós ler e estudá-la com cuidado para encontrar
e compreender esse significado.
–por David McClister
ì A batalha inicial é com sua vontade própria. Se você realmente quer a
verdade, você pode achá-la (João 7:17). O desejo do Espírito Santo é que “não
vos torneis insensatos, mas procurai com preender qual a vontade do
Senhor” (Efésios 5:17). Mas primeiro você tem que decidir que seu desejo é
saber. Então você estará pronto para começar a busca. Um “coração bom e
honesto" é a primeira coisa que precisa.
í Você deve ter uma atitude boa e respeitável em relação à verdade.
Procurá-la será uma perda do seu tempo se você não pretende aceitar a verdade
– o que quer que seja. É preciso am ar a verdade e acreditar nela para evitar a
condenação de Deus (leia, sem falta, 2 Tessalonicenses 2:10-12).
î Tenha certeza de que sua fonte da informação é de confiança. A palavra
revelada de Deus é a única fonte infalível da verdade religiosa. Os escritores da
Bíblia foram inspirados por Deus. Por isso, não podiam errar naquilo que falavam
pela orientação do Espírito Santo. As Escrituras são dadas por Deus, e são
perfeitas e todo-suficiente como um guia para o homem em sua busca pelo
perdão e na esperança da vida eterna (2 Timóteo 3:16-17).
ï Reconheça que não se encontra dentro de seu poder m udar aquilo
que a palavra de Deus ensina. Seja satisfeito com o que você encontra na
Bíblia. É possível para pais errarem. Lembre-se, também, que mesmo homens
que são chamados de “pregadores” ou “rabinos” não têm nenhum a
autoridade para obrigar você a praticar nenhuma tradição ou mandamento dos
homens. São apenas homens – e nada mais. Mas, o autor da Bíblia é Deus. O
Espírito Santo simplesmente revelou à humanidade o que estava na mente de
Deus. A Bíblia por si só torna conhecida a vontade de Deus para você. Fique
longe, então, de qualquer disposição de impedir esta revelação divina. É perfeita;
você não é.
ð Não perm ita que qualquer um atrapalhe sua obediência à verdade.
“Buscai e achareis”
uitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 João 4:1-2).
As pessoas não devem ser cegadas à existência do erro, mas devem
procurar a verdade. Jesus prometeu que “a verdade vos libertará”
(João 8:32). A verdade é o único antídoto para o erro. Esta verdade é acessível
a todos os homens. No entanto há determinadas considerações básicas que são
essenciais para quem busca a verdade com sinceridade. Vamos observar
algumas delas.
“M
Andando na Verdade
47
Uma alma (a sua) é valiosa demais. O evangelho de Cristo é o poder de Deus
para salvar (Romanos 1:16-17). Sua preocupação deve ser: “O que Cristo me
ensina a fazer para remissão dos pecados?” Leia cuidadosamente estas
passagens: Marcos 16:15-16; Atos 2:38; Romanos 10:10; Atos 22:16; Romanos
6:3-4. As exigências simples de Jesus são fé, arrependim ento, confissão e
im ersão para a remissão dos pecados.
Acredite na verdade, obedeça-a para ter sua alma purificada (1 Pedro 1:22).
Não deixe ninguém te persuadir a não obedecer o Autor da salvação eterna.
Hebreus 5:8-9. Todos que procuram a salvação desta m aneira a encontrarão.
A verdade vos libertará.
–por Barney Keith
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2004:4
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