Projeto Adoção de Entidades - Fundação CEEE de Previdência
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Projeto Adoção de Entidades - Fundação CEEE de Previdência
fundação solidária Edição especial – Dezembro de 2013 Projeto Adoção de Entidades Presença na comunidade Expediente Fundação Solidária – Especial é uma publicação da Fundação CEEE de Seguridade Social – ELETROCEEE Rua dos Andradas, 702 Porto Alegre - RS CEP 90020-004 Telefone: (51) 3027 3100 Fax: (51) 3228 5325 www.fundacaoceee.com.br CONSELHO DELIBERATIVO 03 A parcela que faz a diferença Palavra do Coordenador do Programa Fundação Solidária, Claudiomar Gautério de Farias. Titulares Ricieri Dalla Valentina Junior (Presidente), João Carlos Lindau, Sandro Rocha Peres, Gerson Gonçalves da Silva, Jorge Eduardo Saraiva Bastos, Cláudio Grimaldi Pedron. Suplentes João Luis Martins Collar, Antônio Carlos Stavie, Josiane Cunha da Costa, Jorge Luiz da Silva Sinott, Clarita Maria Maraschin Coutinho, João Roberto de Azevedo. 04 CONSELHO FISCAL Fazendo mais do que previdência Apresentação do Programa Fundação Solidária e do Projeto Adoção de Entidades. Titulares 06 Antônio de Pádua Barbedo (Presidente), Cláudio Canalis Goulart, Alessandra Kozlowski, José Luis Ceratti. 07 Instituições adotadas Suplentes Evanir Júlio de Freitas, Rosmary Baldi Marques Liska, Rui Dick, Maria Cristina Soares Magalhães. DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Juarez Emilio Moehlecke Diretora Financeira: Janice Antonia Fortes Diretor de Seguridade: Claudiomar Gautério de Farias Diretor Administrativo: Manuel Antônio Ribeiro Valente COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÃO Magdarlise Dal Fiume Germany, Gerente de Relações Institucionais Editor e Jornalista Responsável Projeto adota novas entidades 08 Lar da Amizade Uma sementinha cheia de alegria 10 Casa dos Amigos de Santo Antônio Melhorias para atender com mais qualidade 12 Lar da Criança e do Adolescente Menino Jesus Esperança para quem está começando a vida 14 Associação Amparo Providência – Lar das Vovozinhas Gestão da qualidade que faz a diferença 16 Asilo de Mendigos de Pelotas Uma história em benefício dos necessitados 18 Lar Maria Carmem Amor e cuidado com o futuro Carlos Salamoni (9060 DRT / RS) Redação Ivan Carneiro Gomes (MTB 3834) Projeto gráfico e editoração Jean Carlos da Silva de Oliveira Tiragem: 16.500 exemplares. Custo Unitário dos Exemplares: R$ 0,68. Origem dos recursos financeiros: Plano de Seguros - Fundo Adoção de Entidades 2 20 Parceiros Institucionais 22 Exemplo de cidadania Palavra do presidente da Fundação CEEE, Juarez Emilio Moehlecke. Contracapa Prêmios consquistados pelo Programa Fundação Solidária PALAVRA DO COORDENADOR A parcela que faz a DIFERENÇA CLAUDIOMAR GAUTÉRIO DE FARIAS Diretor de Seguridade Fundação CEEE e Coordenador do Programa Fundação Solidária A opção em fazer um seguro de vida através da Fundação CEEE está mudando a vida de dezenas de entidades que abrigam idosos e crianças carentes no Rio Grande do Sul. Um percentual do que cada segurado paga pelo prêmio em sua apólice da Icatu Seguros é destinado a um fundo que já possibilitou, em 13 anos, repasses da ordem de R$ 2,5 milhões, beneficiando 32 entidades filantrópicas. Denominado “Projeto Adoção de Entidades” e gerenciado por um Comitê formado por colaboradores e dirigentes da entidade, tornouse o principal dos 11 projetos do Programa Fundação Solidária. O Diretor de Seguridade da Fundação CEEE e coordenador do Programa, Claudiomar Gautério de Farias, salienta que “muitas pessoas pagam sua apólice e nem se dão conta que estão ajudando entidades filantrópicas”. Os recursos do fundo foram possíveis graças à parceria da Fundação como estipulante da cota de seguros junto à Icatu Seguros e à corretora Amauri Bueno. O sonho virou realidade. Em abril de 2000, logo após realizar um programa de Qualidade Total inspirado no PGQP, surgiu o primeiro projeto da diretoria denominado Eletroparceria, embrião do Projeto Adoção de Entidades, criado em agosto de 2000. Isso permitiu, por dois anos, o pagamento mensal da conta de energia elétrica da SPAAN - Sociedade Portoalegrense de Auxílio aos Necessitados e, o aluguel de uma sala para o Instituto da Mama do Rio Grande do Sul. Em seguida veio o auxílio para a Sociedade Humanitária Padre Cacique de Porto Alegre e para o Movimento Assistencial de Pelotas (MAPEL). “Nossa maior motivação é ajudar os dirigentes das entidades a não desistirem, pois sabemos que as carências são muitas e as entidades dependem de doações”, esclarece o coordenador e um dos idealizadores do Projeto Adoção de Entidades, na condição de Diretor de Seguridade, cargo que ocupou, também, nos anos de 1999/2000. Ele acompanha com orgulho o programa, e diz que o sucesso se deve principalmente “à credibilidade da Fundação junto aos seus participantes”. Evolução A meta de despertar o espírito de solidariedade, incentivar o voluntariado e oportunizar melhores condições às entidades assistidas, norteou os 13 anos do Projeto. Focado em ajudar asilos de idosos carentes e abrigos de crianças em situação de vulnerabilidade, tem como coordenadoras operacionais as Assistentes Sociais Susana Seadi e Jacqueline Pinto. De 2002 em diante, as entidades foram selecionadas a cada dois anos através de cinco processos eleitorais, deflagrados entre os participantes da Fundação CEEE. Em 2013 houve mudança de critérios. Das 18 entidades inscritas nove foram escolhidas sem eleição: “percebemos que muitas entidades sem estrutura ficavam de fora e decidimos ajudá-las para romper um ciclo em favor das mais necessitadas”, informou Farias. Os resultados foram muito positivos, gerando muita alegria para as contempladas que recebem em média R$ 2 mil mensais, num período de até dois anos. Poucos imaginavam que um simples projeto de Qualidade Total, inspirado no PGQP, pudesse trazer tantos benefícios: “o novo padrão de qualidade despertou na diretoria da Fundação a necessidade de fazer um trabalho de cunho social”, diz Farias. Ele espera que os segurados se orgulhem da ação solidária que estão fazendo ao adquirirem um plano de seguro: “o que nos deixa felizes é saber que, em cada entidade, existem pessoas que trazem dentro de si o espírito da doação e da caridade, são seres humanos iluminados que merecem todo o amparo para continuarem ajudando aos mais necessitados”. 3 FUNDAÇÃO SOLIDÁRIA projeto adoção de entidades: fazendo mais do que previdência A responsabilidade social de um fundo de pensão é pagar benefícios para seus aposentados e pensionistas, administrando recursos financeiros que proporcionam mais qualidade de vida para seus assistidos. No entanto, uma entidade voltada para o bem-estar de seus participantes também pode estender sua vocação para outras pessoas, contribuindo, por meio de parcerias, na construção de um país com mais justiça social. Com essa filosofia, a Fundação CEEE criou, há 13 anos, o Programa Fundação Solidária. Um conjunto de ações de responsabilidade social dirigidas para os colaboradores da entidade, participantes e comunidade onde atua. O objetivo desse trabalho é estimular o exercício da cidadania por meio de ações educativas, despertar o espírito de solidariedade e incentivar o voluntariado. O Projeto Adoção de Entidades, que se constitui no expoente do Programa Fundação Solidária, faculta que as entidades adotadas recebam recursos financeiros por um período máximo de dois anos. Após, são substituídas por outras instituições escolhidas pelos participantes da Fundação CEEE por meio de eleições. A entidade buscou parcerias para viabilizar a proposta, já que não poderia custear essas ações com os recursos dos planos previdenciários. Assim, por meio de parcela dos prêmios pagos pelos segurados da Fundação CEEE nas apólices de seguro de vida em grupo, com a participação da Corretora Amauri Bueno Seguros e da Icatu Seguros, a Fundação obteve a fonte de custeio necessária para colocar o projeto em prática. Constitui-se, dessa forma, um fundo específico para essa finalidade, com 4 rentabilidade própria, que não interfere nos programas previdenciários, de investimentos e administrativo da Fundação. Para participar, as entidades candidatas devem ser sediadas no Estado do Rio Grande do Sul, devidamente registradas e reconhecidas segundo a legislação vigente. Isso garante a diversificação das instituições assistidas e a ampliação do público beneficiado. Para receber os recursos as entidades devem apresentar projetos de alocação dos mesmos, que serão acompanhados por equipe técnica especializada, composta de profissionais do Serviço Social da Fundação CEEE. O projeto também é administrado por um comitê formado por colaboradores da entidade. Os projetos devem promover melhorias nas instalações como, por exemplo, iluminação, sistemas hidráulicos e sanitários, recursos de acessibilidade (barras de apoio, pisos antiderrapante), ou, custear material de higiene, remuneração de profissionais (médicos, cuidadores, auxiliares de enfermagem), etc. O objetivo é que as instituições adotadas também desenvolvam programas que promovam a autonomia e a autoestima do asilado como Comitê Fundação Solidária: Susana Seadi, Celanira Silveira, Suzana Nunes, Fabrício Vedoy, Eliane Alcino, Márcio Zago, Jacqueline Pinto e Luiz Eduardo Motta Adoção de Entidades em números 32 entidades atendidas oficinas de música, artesanato, feiras, palestras motivacionais e programas educativos. O valor da verba mensal a ser doada para cada entidade é definido pelo Comitê Fundação Solidária, de acordo com o número de assistidos e as condições materiais da instituição. Os recursos são liberados após a aprovação do projeto avaliado pelo Serviço Social da Fundação CEEE que acompanha a execução das melhorias e atividades definidas pela entidade, conforme as especificações do cronograma apresentado. 46 adoções R$ 2,5 milhões doados O Fundo Adoção de Entidades é constituído com recursos do Plano de Seguros, independente dos programas previdenciários e de investimentos da Fundação CEEE. 5 Projeto adota Novas Entidades A Fundação CEEE realizou, no dia 13 de novembro, a cerimônia de assinatura de convênio com as novas instituições filantrópicas que participam do Projeto Adoção de Entidades. Ao todo, nove entidades passarão a receber os recursos do fundo, substituindo as instituições anteriores. As novas entidades passarão a receber, por até 24 meses, a verba de R$ 2 mil para execução de projetos para melhoria de suas instalações e cobertura de despesas. Cada uma recebeu um certificado de adesão ao Projeto que já beneficiou mais de 30 iniciativas ao longo dos seus 13 anos de existência. As instituições que completaram o ciclo de dois anos, agora em 2013, também participaram do evento. Cada uma fez uma breve exposição sobre como foram aplicados os recursos doados pelo Projeto Adoção de Entidades e ressaltaram a importância deste trabalho que contribui para melhorar as condições de atendimento aos asilados. Neste ano, A Fundação CEEE não realizou eleições entre os participantes para escolher as entidades adotadas. Por iniciativa do Diretor de Seguridade e Coordenador do Programa Fundação Solidária, Claudiomar Gautério de Farias, optou-se por Assista ao vídeo deste evento, com depoimentos dos dirigentes, no seu smartphone ou tablet com leitor de QRCODE ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades conceder os recursos para as instituições que não foram eleitas no processo realizado em 2011. Assim, entidades menos conhecidas do público e que, geralmente, não eram selecionadas, passarão a receber os recursos, num verdadeiro espírito de solidariedade e de responsabilidade social. “Sintome particularmente orgulhoso de poder estender o Adoção de Entidades às menos votadas. Elas precisam de mais solidariedade”, afirmou, Farias. Novas entidades (2014 - 2015) ASSOCIAÇÃO DE AUXÍLIO AOS NECESSITADOS - SANTA CRUZ DO SUL ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE CORONEL AUGUSTO CÉSAR LEVI - JAGUARÃO ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA PRÓ AMPARO DO MENOR - SANTA CRUZ DO SUL FUND. DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE - SÃO LEOPOLDO FUNDAÇÃO GERIÁTRICA JOSÉ E AUTA GOMES - BAGÉ LAR DA AMIZADE - PORTO ALEGRE LAR DO IDOSO - JOSÉ E ROSALINA KOEHLER – TAPERA VILA ITAGIBA - SANTA MARIA INSTITUTO RECRIAR - PORTO ALEGRE Fundação CEEE – Instrução de Trabalho nº 7.3.08.104/06 Projeto “3.2.2. O Projeto Adoção de Entidades terá fundo identificado, dentro do Plano de Seguros - PS, como Fundo Adoção de Entidades, com controle e contabilização específica e sujeito às fiscalizações e auditorias, na forma e período, que o Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Patrocinadoras entenderem convenientes. Esse fundo será constituído pelo resultado entre as receitas e despesas específicas, conforme origens descritas a seguir e destinações descritas no item 3.3.3. Origem de recursos: a) Retorno mensal, a partir de junho de 2007, do percentual 6 de 1,46% (hum vírgula quarenta e seis por cento) dos prêmios líquidos arrecadados de todas as apólices de seguros, divididos em iguais proporções de 0,365% (zero vírgula trezentos e sessenta e cinco por cento) entre: - Segurado; - Icatu Seguros S/A; - Amauri Bueno Corretora de Seguros Ltda; - Fundação CEEE, através de transferência de receita do Plano de Seguros – PS. A parcela da Seguradora e a parcela do Segurado, estão Instituições Adotadas no período de 2000 a 2013 2002 Lar da Amizade Abrigo para Cegos e Idosos Carentes (Porto Alegre) Asilo de Mendigos (Pelotas) Amparo Providência Lar das Vovozinhas (Santa Maria) Casa dos Amigos de Santo Antonio (Porto Alegre) Lar da Velhice São Francisco de Assis (Caxias do Sul) 2006 Asilo de Mendigos (Pelotas) Amparo Lar das Vovozinhas (Santa Maria) Sociedade São Vicente de Paulo (Bagé) Lar da Amizade para Cegos e Idosos (Porto Alegre) Casa dos Amigos de Santo Antonio (Porto Alegre) 2009 2011 Clínica Esperança (Porto Alegre) Asilo Padre Cacique (Porto Alegre) Asilo Vila Vicentina 02 (Porto Alegre) Asilo Luiza Catarina (Sto. Antônio da Patrulha) Asilo de Mendigos (Pelotas) SPAAN (Porto Alegre) Orfanato Maria Carmem (Rio Grande) Lar das Vovozinhas (Santa Maria) 2000 SPAAN (Porto Alegre) Sociedade Humanitária Padre Cacique (Porto Alegre) Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Porto Alegre) Movimento Assistencial de Pelotas- MAPEL (Pelotas) 2004 Abrigo José Pithan (Santa Maria) Asylo de Pobres (Rio Grande) Associação de Cegos Louis Braille (Porto Alegre) Centro de Reabilitação Vita (Porto Alegre) SPAAN (Porto Alegre) Asilo Nossa Senhora Medianeira (Gravataí) Asilo Padre Cacique (Porto Alegre) 2007 Asylo de Pobres (Rio Grande) Casa de Amparo aos Navegantes (Salto Jacuí) Abrigo Espírito José Pithan (Santa Maria) Associação de Cegos Louis Braille (Porto Alegre) Lar da Criança e do Adolescente Menino Jesus- LARCAMJE (Porto Alegre) Casa do Menino Jesus de Praga (Porto Alegre) ! Leia as reportagens sobre as entidades destacadas nas páginas seguintes 2013 Adoção de Entidades - Fundação Solidária Origem dos Recursos contempladas na fração de 0,73% do pró-labore a ser retido pela Fundação CEEE na quitação da fatura, conforme contratos de Seguro de Vida em Grupo Apólices no 93.103.790, no 93.103.791, no 93.103.792, no 93.103.793 e no 93.103.794 - termos aditivos no 001, datados de 10 de julho de 2007, alteradas para as Apólices nºs 93.103.616, 93.103.617, 93.103.618, 93.103.619, 93.103.539, 93.103.707 e 93.700.759, com vigência a partir de 01/06/2012 até 31/05/2017. A parcela da Corretora está de acordo com a correspondência datada de 10 de julho de 2007 e a parcela da Fundação CEEE foi definida em reunião de Diretoria Executiva, ata no 831, de 19 de julho de 2007, quando aprovado o RDS no 032/2007, emitido pela Gerência Financeira. b) Doações recebidas de outras fontes de recursos definidas especificamente para este Projeto, aprovadas previamente pela Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo da Fundação CEEE; c) A remuneração do saldo financeiro do Fundo Adoção de Entidades, proporcional a sua participação no programa de investimentos.” 7 LAR DA AMIZADE Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone ou tablet com leitor de QRCODE ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades Uma sementinha cheia de alegria Alegria e entusiasmo não faltam no Lar da Amizade de Ipanema em Porto Alegre. Fundado em junho de 1983 por Dona Adolfina Quaresma da Silva, 75 anos, a casa destina-se a abrigar idosos e pessoas com deficiências leves. Uma história de bondade, perseverança e consciência social transformou a vida de mais de 600 pessoas carentes nas últimas três décadas. Atualmente, o Lar abriga 40 pessoas, incluindo uma sem identidade. Deficiente visual desde os 19 anos vítima de um glaucoma, dona Adolfina ouviu histórias tristes de outros deficientes quando lecionou Braille no Instituto Santa Luzia e decidiu abrir sua própria casa na Avenida Eduardo Prado, 349, para abrigo temporário dos desvalidos sociais. A ampliação do prédio em área de 810 metros quadrados recebeu ajuda da ONG alemã Cristoffel Blinden Mission (CBM). Em 2013 Dona Adolfina comemorou com sua equipe os 30 anos de atividades da casa com invejável disposição de uma adolescente: “quem faz a felicidade dos outros, é feliz também”. Atenciosa ao extremo com visitantes, não cansa de minimizar a importância do seu trabalho: “não é nada, apenas uma sementinha”. Rindo muito com seus grandes óculos escuros agradeceu à Fundação CEEE “por mais este terceiro apoio, que veio bem na hora”. Reformas Adotada nos períodos de 2002 /2004 e 2007/2009 e de 2014/2015, os recursos repassados contribuíram para executar mais de 15 benfeitorias, incluindo cobertura da passarela da frente para evitar a chuva, reforma da sala de estar, novos utensílios para cozinha, 8 até a contratação de uma psicóloga e aumento de carga horária da Assistente Social. Com economias, Dona Adolfina conseguiu comprar dois terrenos de 12X25 metros quadrados na praia do Quintão em 2002, onde construiu uma casa que vem ampliando para receber pensionistas no verão. Ela lembra com gratidão da equipe dos Engenheiros Solidários com Vinícius Galliazzi e Pedro Bittencourt que contribuíram para execução de projetos na casa. Sua paixão por pedalar a levou a pedir bicicletas adaptáveis (duas que andam fixas) para deficientes com acompanhante que fazem a alegria da casa. “O Lar proporciona a eles uma oportunidade de iniciar uma nova vida”. Para quem está triste com a vida, Adolfina aconselha: “procure um lar para ajudar, peça forças a Deus que você ficará mais feliz”. Trabalho sério Em visita de inspeção, a pedagoga Ruth D’Amorim, 63 anos, foi a primeira a validar a dedicação e qualidade no atendimento do Lar . Há nove anos trabalhando como Referência do Idoso na Proteção Social de Alta Complexidade da FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania), ela resumiu: “com a energia de uma menina, amor e cuidado, Dona Adolfina tem uma equipe técnica que faz um trabalho sério de muita qualidade”. Idoso precisa de amor, respeito, espaço limpo e organizado como exige o Estatuto. Elogiando a parceria da Fundação nas melhorias da instituição, Ruth mostra-se feliz com os resultados. Lembrou que a equipe da FASC encontrou um senhor sem nenhuma identidade, em situação de extrema vulnerabilidade, jogado Olinda Camargo (E) e Adolfina Quaresma (D): Idealismo e Dedicação em um terreno do bairro Cruzeiro do Sul: “aqui conseguimos um lar para ele”, pois trata-se de uma das cinco instituições que têm parceria com a FASC em troca de um auxílio mensal na folha de pagamento. Bailes e Encontros Uma intensa programação faz o grande diferencial no Lar da Amizade: bailes e animados encontros com familiares buscam dar o reforço psicológico para iniciarem uma nova vida. O Lar formou um time de futebol ‘Leão da Zona Sul’, além de oficinas de artesanato em madeira e tapeçaria, incluindo um conjunto musical “Traficantes do Som”. Dia 29 de Junho/2013 foi realizada uma grande festa para comemorar os 30 anos de fundação, com muitas fotos em exposição no painel de entrada. Para a dedicada administradora Olinda Camargo da Silva, 64 anos e desde 2002 na casa, o trabalho revigora: “aqui ninguém deixa de veranear; fazemos rodízio para acomodar até 15 pessoas na praia do Quintão”. Em Ipanema, a casa conta com internet e um site desenvolvido em parceria com a Procempa, o que contribuiu inclusive para receber uma ajuda em euros da Itália. Além da FASC, a instituição tem parceria com o Banco de Alimentos e a Parceiros Voluntários. Os moradores fazem frequentes passeios com Van, andam em bicicleta dupla no pátio do supermercado Big em frente e são bem abastecidos com cestas básicas doadas pela comunidade: “quando há necessidade, pedimos recursos para transporte, manutenção e reforma”. Por seus serviços, o Lar da Amizade ganhou da Prefeitura em 2013 a “Medalha e Diploma da cidade de Porto Alegre”. SERVIÇO: Não sei se vou querer voltar para casa, aqui é maravilhosamente bom”, comentou Alvorinda da Silva Russo, de 83 anos há poucos meses na casa para onde veio por indicação do seu filho. Afirmando ser bem tratada “tudo muito bem limpinho, são pessoas boas” elogiou a ajuda da Fundação porque “eles merecem”. Geolar da Silva Castro, de 79 anos, está desde maio/2013, trabalhou na indústria de calçados, gosta do Lar, mas não vê a hora de retornar ao seu ofício. Laudi Lopes, de 84 anos gosta de bailes e de uma boa conversa: “acho maravilhoso o que esta casa nos oferece, principalmente na comida; além de serem amigos, lidam comigo como sendo um velhinho mesmo”. Terezinha da Silva Gomes, 78 anos diz que toda a equipe é muito boa e atenta, dona Adolfina “é uma mãe” e conclui: “estou num paraíso”. “O Lar proporciona a eles uma oportunidade de iniciar uma nova vida. Procure um lar para ajudar, peça forças a Deus que você ficará mais feliz”. Adolfina Quaresma Presidente LAR DA AMIZADE PARA IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS LEVES (PORTO ALEGRE) Endereço: Av. Eduardo Prado, 349 /Ipanema-Porto Alegre/RS CEP 91.751-000 Fones: 51 3248 7130/ 32485294 Email: [email protected] http://ong.portoweb.com.br/ lardaamizade/ Fundação: 29 de junho de 1983; Doações: Banrisul Ag 0036 C/C 060084760-6. O QUE O PROJETO ADOÇÃO DE ENTIDADES PROPORCIONOU CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS: uma psicóloga e aumento da carga horária da Assistente de 12h para 20h semanais. INTERNO: troca de piso da sala de estar; compra de um aparelho de surdez para um interno; compra de utensílios de cozinha; conserto de geladeira, máquinas de lavar e secar; ampliação da casa na Praia do Quintão; construção de mais um cômodo; colocação do piso da cozinha; adequações de armários nos quartos; cobertura do corredor interno primeira etapa; pagamento de serviços de terceiros; reforma da sede da entidade em parceira com a ONG Engenheiros Solidários. LAZER: transporte para passeios; cobertura e nova sala de TV. O QUE PRECISAM: Uma nova cobertura no passeio dos fundos; máquina de lavar semi-industrial; computador; Fisioterapeuta; serviço de lavajato; armários; manutenção da rede elétrica. 9 CASA DOS AMIGOS DE SANTO ANTONIO Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone ou tablet com leitor de QRCODE ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades Melhorias para atender com mais qualidade “Todos elogiam a mudança no visual da casa”, comenta feliz a Irmã Inês Veronese, 62 anos e presidente da Casa dos Amigos de Santo Antonio, ao relatar a importância do apoio financeiro da Fundação Solidária para mais de 20 benfeitorias feitas de 2007 a 2009 na instituição localizada no bairro Petrópolis, em Porto Alegre. Ligado à Fundação do Instituto Fransiscano Alcantarino, o pensionato fica num antigo prédio bem conservado de três andares, tem área de 1400 metros quadrados e foi inaugurado em 1946. A casa conta com uma estrutura exemplar de atendimento e acomodações impecáveis. Possui amplo refeitório, capela e pátio, abrigando 40 idosas na faixa dos 72 aos 98 anos. Instaladas em quartos privativos elas recebem os cuidados de duas enfermeiras e uma auxiliar de enfermagem. Outras quatro cuidadoras integram a equipe de 14 profissionais, incluindo duas cozinheiras, duas para a limpeza, uma nutricionista, um para manutenção, professor de educação física e psicóloga para atividades de grupo. Como instituição filantrópica denominada “Associação de Assistência Social”, desenvolve projetos em duas categorias: o atendimento a idosas sem recursos que contribuem com até 70% da sua aposentadoria e idosas que pagam uma mensalidade variável. “Todas tem o mesmo atendimento e existe até lista de espera”, garante Irmã Inês que deixa claro não receber nenhum recurso governamental: “recebemos doações do SESC e do Banco de Alimentos do RS, mas nos faltavam recursos financeiros para manutenção e melhorias que vieram com a 10 ajuda da Fundação CEEE”. Novo Astral “A ajuda da Fundação foi uma coisa muito boa: as pessoas dizem que a casa ficou bonita, muito arrumadinha e isso levanta o astral da gente”, reforça Irmã Inês já no terceiro mandato de comando da casa. A recepção “era feia demais”, o fogão antigo estava enferrujado; algumas portas dos quartos sem poder fechar. O levantamento de grades na passarela foi uma exigência da equipe de Vigilância Sanitária da Prefeitura para evitar possíveis quedas. A mesma euforia é compartilhada por Irmã Alvina Batista de Souza, há dez anos na Casa: “o auxílio mudou realmente o visual e foi uma alegria: o piso do refeitório era feio, grades da frente e passarelas precisando pintura”. Vinda do Interior de São Paulo e tendo residido na Bahia, o frio gaúcho foi seu maior tormento: “sai do forno e entrei na geladeira”. Trabalhou 30 anos em hospital e lembra que a rotina do pensionato é muito semelhante ao de um hospital. O prédio já funcionou como casa de geriatria abrigando até 80 idosos, mas diante das dificuldades foi transformado em pensionato. Além de todos os serviços de atendimento com refeições balanceadas por nutricionista, a Casa conta com um professor de educação física para os alongamentos necessários na terceira idade, uma psicóloga e uma equipe exclusiva para o controle da medicação: “consultas médicas e exames ficam por conta dos familiares”. Na parte recreativa são desenvolvidas atividades por grupos de jovens de paróquias, como São Manoel e Guadalupe, além de brincadeiras por estudantes de Artes Cênicas da Universidade Federal (UFRGS), como Raisa Rolim, de 23 anos: “desde 2011 nosso trabalho inclui música, atividades com palhaços e conversas que focam na memória”. Radiante com a experiência, o que mais lhe chama a atenção é a sinceridade das idosas. “É uma das virtudes mais bonitas do ser humano que se perde depois da infância: expressar com liberdade quando se está feliz ou não”. O que o Projeto Adoção de Entidades fez pela instituição PORTARIA: rebaixamento do teto, pintura, luminárias e troca de azulejos; REFEITÓRIO: piso e pintura; COZINHA: novo fogão industrial inox; SALA DE ESTAR: nova porta de alumínio; SEGUNDO ANDAR: toldo policarbonato e levantamento da grade de proteção; ELEVADOR : troca de retentor e pintura da Casa do elevador; PASSARELA: piso novo e grade; TELHADO: conserto e manutenção; QUARTOS: cinco novas portas de madeira; LAVABOS: torneiras temporizadoras para economia de água; ÁREA EXTERNA: cinco bancos externos e mesas com 8 bancos; CERCA EXTERNA: pintura da grade; SÓTÃO: eletrodutos para proteção da fiação elétrica. A casa acolhe idosas de 72 a 98 anos Sinto-me bem à vontade aqui; a casa é muito confortável, temos bastante recreação e o que mais gosto é de sentir-me protegida”, disse radiante Valquíria Rodrigues, de 83 anos que está há três anos no pensionato e percebeu as melhorias feitas. Noeli Willke, de 74 anos referendou as palavras da amiga e acrescentou: “as Irmãs são ‘mães’ em todos os sentidos, nem podes imaginar”. Natural de Caxias do Sul, mesmo quando vai visitar o filho, pensa logo em voltar ‘prá casa da gente’ pelo entrosamento com as amigas que tanto gosta. Na sua visão, é muito importante que as empresas ajudem, afirmando não ser fácil manter um pensionato com essa estrutura. Para Ema Garcia, de 79 anos, natural de Livramento, há um ano e meio na casa, “aqui temos ambientes muito bons e principalmente um atendimento à noite que não havia quando eu morava sozinha; não tenho o que me queixar e as melhorias ajudam, como os corrimãos dos corredores, importantes para mim que não tenho muito equilíbrio”. Zaida Gonçalves, com 86 anos e Dorvalina Buttelli, de 81 são as que apreciam auxiliar no refeitório e na cozinha: “é uma atividade que gosto de fazer”, diz Zaida, enquanto Dorvalina lembra que faz de tudo um pouco para “ocupar a cabeça”. O filho mais velho é Juiz e a filha mais nova Bibliotecária, tendo ela mesma escolhido, de livre vontade, ir para o pensionato: “gosto de tudo aqui”, concluiu sorrindo. SERVIÇO: CASA DOS AMIGOS DE SANTO ANTÔNIO (PORTO ALEGRE) Nome Oficial: Associação de Assistência Social dos Amigos de Santo Antônio. Ligada à Fundação do Instituto Franciscano Alcantarino. Inauguração: 1946. Endereço: Rua Carazinho, 667 – Petrópolis. Porto Alegre/RS. Cep. 90460-190. Fone: 51 3330 4911. Fax: 51 330 5897. Email: [email protected] Site referência da congregação: www.franciscanasalcantarinas.org. br Estrutura: 40 quartos – 14 atendentes – Área de 1400 m2. Capacidade: 40 idosos Equipe: 14 profissionais.lazer com equipes especializadas. O QUE PRECISAM: A entidade aceita doações e precisa: 1) Voluntários para serviços de manutenção, jardinagem e passeios com os idosos; 2) Instrutor de informática para interessadas em mexer com computador; 3) Transporte para deslocamentos e passeios. 4) Aparelho de som. 11 LARCAMJE Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone ou tablet com leitor de QRCODE ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades Esperança para quem está começando a vida Uma ação solidária casual para 26 crianças abandonadas pelos pais que estavam num casebre da Vila Bom Jesus em Porto Alegre mudou a vida da ex-bancária Ione Floriano da Silva, 55 anos. Chocada com a precariedade do local, onde crianças comiam no chão em situação promíscua com adultos, investiu R$ 20 mil da sua poupança. A partir de 2001 colocou ordem no ambiente, construiu banheiros e limpou todas as instalações: “dizer que fui fazer uma mesa de inocentes e acabei ficando cinco anos”, comenta. Formada em Educação Física, sua visão social era bem diferente da ‘dona do local’. Conflitos constantes sobre a gestão e a forma de tratar as crianças pesaram na sua saída. Em 2006, com coragem e reforço policial trouxe parte da turma criando o Lar da Criança e do Adolescente Menino Jesus (LARCAMJE) no Bairro Santa Tereza, hoje referência para o Juizado da Infância e Juventude. Em 12 anos de experiência conseguiu encaminhar 40 jovens para uma vida mais digna. Perseverante, embora confesse ‘estar quebrada’, fundou uma instituição exemplar em casa de alvenaria alugada por R$ 2.900, mensais que abriga 14 crianças e adolescentes na faixa dos três aos 16 anos. Conta com Assistente Social, Estagiária e Psicóloga, num total de 12 profissionais entre educadores e pessoal de serviços gerais com carteira assinada e atendimento 24 horas. É quase uma empresa, diz a ex-gerente administrativa do banco Itaú. A casa só recebe crianças vítimas de abandono através do Juizado da Infância e Juventude destacando-se por suas impecáveis instalações e atendimento. O cuidado integral das crianças e adolescentes em situação de risco surpreende: elas estão matriculadas na Escola La Salle, tem professor particular, estudam música e devem passar por média em 2013. Mas nem tudo é um mar de rosas: 12 quando iniciou, a casa “se desmanchava” e dona Ione não sabia como enfrentar tantos desafios: “até a família eu deixei no freezer para descongelar essas crianças”, lembrando que tem uma filha formada em Direito que casou com jogador de futebol e foi morar em Hong-Kong. Além disso, levou dez anos para conseguir o primeiro convênio com a FASC, pedindo a Deus: “não me deixe na miséria; eu quero o que há de melhor, tudo novo”. “Cartinha“ mudou tudo O apoio da Fundação CEEE consolidou sua fé: “nem sei como me acharam; um dia abri a correspondência e vi uma cartinha para me cadastrar”. Em seguida, o Lar foi selecionado para receber recursos mensais de R$ 2.000,00: “não acreditei quando me disseram que podia comprar o que fosse preciso”, diz emocionada. Adotada no período 2010/2011, a casa passou por transformações inimagináveis, num total de 33 novas benfeitorias: pintura externa no prédio; banheiros reformados, lastros para cama das crianças; novos armários; computadores para o espaço de informática; toldos para portas e janelas, eletrodomésticos, instrumentos musicais e um reforço de pessoal em regime de 20 horas, incluindo Assistente Social e Psicóloga. O maior desafio para dona Ione foi a adaptação estrutural da residência: “ninguém faz uma casa para ter 14 filhos”. Destacou o esforço para adaptar três dormitórios com armários embutidos, sala de jantar, área de serviço, cozinha e uma pequena casa para atividades recreativas. Primeiro Mundo “Este é um dos melhores abrigos que temos em Porto Alegre, com estrutura de Primeiro Mundo”, comenta Kênia Witechoski, de 32 anos, Assistente Social e contratada desde 2010 graças ao convênio com a Fundação. Seu papel foi organizar toda a documentação das crianças para garantir a busca de novos convênios como o que conseguiram com o FUNCRIANÇA, da Prefeitura de Porto Alegre. Para ela, a ajuda da Fundação “foi fundamental para fazer o projeto que viabilizou o convênio com a FASC”, que se arrastava há dez anos. O que mais chama atenção no Lar é o cuidado da criança como um todo – física, emocional e espiritual. Elas têm um professor de Música, o que permitiu melhoria até no rendimento escolar. Com vivência de dez anos na área, Kênia disse que muitas crianças não estão mais retornando ao lar de origem por absoluta desestruturação familiar: “há situações em que a mãe, o pai e o avô estão na prisão devido às drogas e problemas de saúde mental”. Há casos em que o pai abusa e é a criança quem sai de casa. Kênia conseguiu ótimos resultados atuando em parceria SERVIÇO: com a psicóloga Graciela Magda Lemos, também contratada via convênio e a assistente estagiária Viviani Cruz da Silva. Organização O que mais chama a atenção do visitante é a limpeza, conforto e organização da casa. O verdelaranja do Interior combina com os dormitórios de colchas multicoloridas e os armários personalizados com roupas dobradas de fácil manuseio. Dona Ione resume: “mostro que é preciso ser organizado porque sobra tempo para aprender”. Ela lembra que muitas pessoas se espantam ao ver crianças famintas da Etiópia na TV e depois vão ao restaurante jantar e dar risadas: “congelam nossas crianças para dar presentes só no Natal sem perceber que elas têm necessidades durante todo o ano”. Para oferecer esses benefícios o Lar consome recursos da ordem de R$ 30 mil mensais com pessoal contratado, refeições, manutenção e atendimento 24 horas. O próximo passo é adquirir uma Van com recursos do FUNCRIANÇA. LAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE MENINO JESUS – LARCAMJE (PORTO ALEGRE) ONG sem fins lucrativos. Período: 2010/2011. Endereço: Travessa Nadir, 11 – Bairro Santa Tereza/Porto Alegre/ RS Cep: 90880 260; Fone: 51 3024 7763 Email: [email protected] Como colaborar: informar-se pelo telefone e através do FUNCRIANÇA. Parceiros apoiadores: Fundação Solidária; Banco de Alimentos; Grupo Gerdau; Loja Ter-Ful Comércio de Couros; Roger Bortoluzzi/Advogado. O QUE O PROJETO ADOÇÃO DE ENTIDADES PROPORCIONOU Pintura da casa; reforma de banheiro; lastros de cama; uniformes para crianças; computadores para o espaço de informática; lavajato; instrumentos musicais; toldos para portas e janelas; computador e impressora para sala da psicóloga e assistente social; bancos para o pátio; eletrodomésticos. Aquisição de armários individuais; edredons e cobertores; baú para guardar brinquedos; tapetes; aspirador de pó; cadeira para a sala da assistente social e psicóloga; - máquina de costura; armário para os funcionários; bicicletas; fantasias para as crianças; construção do jardim; ventiladores; reforma da entrada principal da instituição; carrinho de bebê; restauração da área de serviço e troca do piso da cozinha; reforma do banheiro feminino; readaptação do portão de correr, entre outras. 13 LAR DAS VOVOZINHAS Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone ou tablet com leitor de QRCODE ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades Gestão da qualidade que faz a diferença “Somos todos anjos de uma asa só; precisamos uns dos outros para poder voar”. Seguindo este lema, o Lar das Vovozinhas - Associação de Amparo Providência de Santa Maria/RS -, fundado em outubro de 1946, em menos de uma década vem transformando-se em modelo de abrigo para idosos, abraçando os ideais do seu fundador, Diácono Constantino Cordiolli, falecido em 1992. Com capacidade para 200 idosas carentes e uma dezena em lista de espera, a instituição deixou para trás os precários casebres de madeira e foi construindo novos prédios de alvenaria que somam 10 mil metros quadrados de área no bairro Medianeira. O Lar possui 140 quartos distribuídos em quatro alas. Conta com enfermaria, padaria, refeitórios, capela, salão de festas e todos os serviços indispensáveis ao atendimento multidisciplinar de idosos. Desde 2006 tornou-se a única entidade filantrópica de idosos no Brasil certificada sem custos com a ISO9000 pela empresa norueguesa DNV- Det Norske Veritas. “Com o mapeamento dos processos, a ISO-9000 mudou para melhor nossa forma de gestão e qualificação dos serviços”, explica Sergio Renato Severo de Medeiros, coronel da reserva, 63 anos, desde 2006 na presidência da entidade. Ali atuam 90 profissionais, sendo 19 de nível superior e 20 bolsistas. Só a folha de pagamento consome R$ 115 mil de uma receita apertada de R$ 200 mil advinda de aposentadorias e doações de associados. Outros R$ 13 mil reais/mês são gastos 14 em medicamentos e R$ 10 mil em energia elétrica. Como parceira da empresa CVI–Refrigerantes (Coca-Cola) a entidade recebe há oito anos o “Certificado de Qualidade Fiscal”. Uma equipe composta por médico, dentista, nutricionista, enfermeiros, assistente social, farmacêuticos, psicólogo e relações públicas completam o quadro de profissionais da casa. Outros 30 voluntários permanentes (médicos e dentistas) e 150 voluntários eventuais estão envolvidos com o Lar. Mesmo com a gestão eficiente, faltam recursos para manutenção e melhorias, áreas que a Fundação CEEE vem conseguindo preencher com sucesso desde 2002: “foi uma excelente surpresa a ajuda que tivemos, pois permitiu, entre outras melhorias, comprar uma camionete Ford Courier zero km para transformá-la numa ambulância equipada”, comemora o presidente, com 15 anos de trabalho voluntário. Melhorias visíveis Dirigida de 1991 a 2006 pelas Irmãs da Congregação Filhas de Santa Maria da Divina Providência, o Lar das Vovozinhas passou por reforma nos seus estatutos, mas manteve o vínculo religioso com as Irmãs que atuam como coordenadoras. Também formou parcerias com diferentes instituições, como o Banco de Alimentos e a Parceiros Voluntários. Das mais de dez benfeitorias feitas com recursos da Fundação Solidária, destacam- se ainda a compra de duas novas máquinas para a lavanderia, troca de pisos dos quartos, reforma dos banheiros e construção de um poço artesiano, que fez reduzir a conta mensal de água de R$ 4 mil para R$ 400,00. O próximo desafio é construir novo pavilhão de Enfermaria a um custo estimado de R$ 800 mil, com recursos que estão sendo pleiteados junto a organismos da Recursos do Adoção de Alemanha. Entidades contribuíram para a compra de uma Nova Gestão ambulância. Ganhar a certificação exigiu dois anos de intensos trabalhos e o esforço de todos para cumprir metas: “fomos obrigados a dispensar antigos funcionários com altos custos indenizatórios”, diz o presidente Sergio Medeiros, ao explicar as novas exigências da padronização. Os indicadores de resultados logo apareceram pela organização, hierarquia e definição de rotinas. Agora tudo é catalogado de forma a evitar perdas tanto em alimentos como remédios: “saímos de um patamar amador para um profissional, onde há formulário para todas as rotinas”. Mudou também a imagem da instituição junto à comunidade. Com uma profissional de Relações Públicas e um novo site foram feitas divulgações gratuitas nos meios de comunicação mostrando a profissionalização do antigo Lar e o novo tratamento dado às vovozinhas. “A Fundação nos garantiu avanços que não tínhamos condições de bancar por falta de recursos”, concluiu o presidente do Lar das Vovozinhas. DEPOIMENTOS PROFISSIONAIS Aurora da Silva Damm, 47 anos, responsável pelo setor de Estoque/Almoxarifado confirma melhoria na estrutura. O trabalho profissional e humano é o que mais lhe chama a atenção. Seu desafio é conseguir bons produtos a preços reduzidos, pois “a economia é levada em consideração”. Sua maior satisfação é proporcionar bem-estar e deixar “felizes” as vovozinhas. Cleonilda Machado Costa, 47 anos, no Lar há 16 anos e responsável pelo setor de lavanderia acredita que “manter as doações é o maior desafio”. O que mais chama a atenção é a carência das assistidas e o carinho com que tratam os que convivem com elas. Disse que a profissionalização permitiu melhor atendimento às idosas: “minha maior gratificação é poder ajudá-las com uma palavra amiga e uma roupa cuidada com carinho, limpa e cheirosa”. DEPOIMENTOS ASILADAS Valda da Silva, 76 anos, está há sete anos no Lar. Gosta de tudo o que a casa oferece “graças a Deus”. Caminha, faz tricô e acorda diariamente às 6 horas da manhã. Catarina Lucielo, de 86 anos e natural de Jaguari diz não fazer nenhuma atividade, mas gosta muito do Lar. Geneci Marques de 76 anos está há 20 anos na casa e diz gostar de “ajudar as Irmãs na copa” e sempre fazer alguma atividade. SERVIÇO: LAR DAS VOVOZINHAS - ASSOCIAÇÃO AMPARO PROVIDÊNCIA (SANTA MARIA) Adotada nos períodos: 2002/2004; 2007/2009 ; 2011/2013 Local: Av. Hélvio Basso, 1250. Bairro Medianeira. Santa Maria/RS. CEP 97070-805. Fone: (55) 2103 2626 . Capacidade: 200 idosas. Fundação: 1946. Estrutura: 10 mil m² construídos/ 4 prédios/90 profissionais. Email: [email protected] Equipe: 14 profissionais de lazer com equipes especializadas. BENFEITORIAS Construção de rampa do prédio da enfermaria; troca de cobertura da ala 1; troca de estrutura existente por telhas novas; troca de piso dos quartos; reforma geral dos banheiros; piso no pátio central de circulação; poço artesiano que permitiu reduzir os gastos na conta mensal; reforma das lavanderias com duas novas máquinas; novo motor na câmara fria de armazenagem de alimentos; uma camionete Ford Courier zero km que foi transformada em ambulância, substituindo uma antiga Kombi. COMO AJUDAR As doações de alimentos e roupas podem ser encaminhadas no horário comercial. Doação em dinheiro através do Banrisul, agência 0353, conta 0600587000 ou Banco do Brasil, agência 0126-0, conta 6204-9. 15 ASILO DE MENDIGOS DE PELOTAS Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone ou tablet com leitor de QRCODE ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades Uma história em benefício dos necessitados Eram tempos de monarquia no Brasil quando uma campanha por donativos feita pelo jornalista Antonio Joaquim Dias no Correio Mercantil de Pelotas trouxe alento aos mendigos da cidade. Em 23 de setembro de 1882 foi fundado o Asilo de Mendigos de Pelotas (AMPEL). Os recursos arrecadados tornaram possível a compra de um terreno que pertencia ao Barão de Santa Tecla e construir a primeira casa para receber 11 desabrigados. Como instituição filantrópica com 130 anos de existência, é uma dos mais antigos asilos do país, abrigando 97 idosos em outubro/2013. Cheia de vitalidade como primeira mulher na presidência da casa desde 2000, dona Beatriz Xavier, 85 anos e natural de Porto Alegre, orgulha-se em manter a tradição e o zelo que herdou do marido, o médico João Pacheco Xavier, com uma vida dedicada à instituição. Construída em área de cinco mil metros quadrados frente à praça Don Antonio Záttera, o Asilo tem um majestoso “Salão de Honra” com cadeiras torneadas e dois pianos alemães. Ali, Barões, Baronesas e Viscondes deixaram suas fotos na galeria dos primeiros contribuintes. Seguindo tendências da realeza, uma carruagem construída na fábrica de Luiz Schröder fazia a coleta de donativos até a década de 1940: “Hoje não há mais mendigos; todo o idoso tem uma aposentadoria e pode contribuir por Lei com 70% dos seus rendimentos”, comemora Beatriz. Em regime de filantropia, a casa não recebe nenhuma ajuda governamental. No entanto, manter de pé um prédio histórico dessas proporções exige recursos adicionais. 16 Para Beatriz, “foi uma coisa maravilhosa o que a Fundação fez nos ajudando desde 2002”. Com os repasses mensais, foi possível executar mais de 20 reformas e benfeitorias, com destaque para uma central termoelétrica para a cozinha, um novo equipamento para monitorar residentes, um modesto elevador para o transporte de roupas ao piso superior, três exautores, dois freezers, pinturas internas, conserto de parte do telhado de um pavilhão e luminárias de emergência. A convivência com as freiras da União Franciscana como dirigentes durou até o ano 2000: “elas estavam muito idosas e foram para a sede da Ordem em Santa Maria”, diz a presidente. Entre os principais valores do Asilo, destacam-se a busca pelo convívio alegre com ênfase na amizade, no amor, e no respeito às crenças de cada um. Tudo contabilizado Com pavilhões masculinos e femininos, o Asilo tem 20 quartos de imensas portas e janelas, amplos corredores, salão, três refeitórios, capela, pátio e jardim. O esforço pela manutenção é um enorme desafio, resume José Domingues de 48 anos, responsável pelos Serviços Gerais desde 1998: “sempre aparece goteira em algum lugar e a mão de obra está muito difícil”. O Asilo é ‘Inventariado’ pela Prefeitura, o que significa a obrigação de manter seu estado original sem a contrapartida de recursos. Equipes de pedreiros, pintores e eletricistas são chamadas com frequência para manter o casarão de pé. Felizmente donativos em alimentação e roupas não faltam, mas a despesa é grande: são 52 funcionários na folha de pagamento, incluindo auxiliar de secretaria, nutricionista, cozinheiros, médico, técnicos de enfermagem e duas auxiliares para o atendimento 24 horas. Paulo Xavier, de 66 anos, “parente de Beatriz só na vontade de ajudar” é tesoureiro e membro do Conselho Fiscal: “tudo é contabilizado e o trabalho tão gratificante que nem vejo o tempo passar”. Fiscal aposentado da Fazenda, ele considera seu maior desafio manter a situação contábil sólida herdada de administrações anteriores. Nem doações de roupas ou alimentos estão mais recebendo: “até abastecemos outros brechós com roupas, pois temos lavanderia e costureira que cuida de tudo”, informa Paulo. Festas de Natal, Páscoa e Carnaval são frequentes no Asilo, atraindo apoio da comunidade pelotense, com direito a desfiles de fantasia. Grupos tradicionalistas e Corais também fazem apresentações. O Asilo recebe acadêmicos de Fisioterapia e conta com auxílio do Banco de Alimentos, Mesa Brasil e Parceiros Voluntários. “Vamos atacando as necessidades na medida em que aparecem”, resume Beatriz. Ela alimenta o sonho de instalar um elevador para encaminhar idosos ao andar superior. A rotina da casa se resume em café as 7h30, almoço às 11h e jantar às 17h30. Asilo tem 130 anos de história e abriga 97 idosos Luciane Pinho, de 46 anos é auxiliar da secretaria há oito anos e diz que “adora trabalhar com idosos”. Natural de Porto Alegre e formada em Relações Públicas, o que lhe atrai ali é o bom relacionamento com a presidente e funcionários da casa. Para ela, “é gratificante conviver e trocar de experiências com os mais velhos”. Carla Helen de 36 anos, Técnica de Enfermagem, trabalha com idosos desde os 16. Orientada pela Atendente Geral Anna Casalinho trata de cada idosa com carinho e paciência: “eles sempre precisam de cuidados que é próprio da idade”. A moradora Heloisa Vieira não lembra a idade. Diz gostar de viver na casa e do tratamento recebido. Recentemente ‘casou’ com outro residente idoso, mas “cada um vive no seu quarto”. José Veira Peter, de 72 anos e natural de Porto Alegre está há 20 anos no Asilo: “acompanho desde o tempo das freiras, mas agora melhorou muito”. Ataltiba da Rocha, 74 anos, há dois anos na casa, faz trova de improviso ‘em mi maior’ e venceu concurso acompanhado do conjunto “Os Serranos”. Conseguiu até gravar um CD com ajuda de um amigo. “Foi uma coisa maravilhosa o que a Fundação fez nos ajudando desde 2002”. Beatriz Xavier Presidente SERVIÇO: ASILO DE MENDIGOS DE PELOTAS (AMPEL). Adotado nos períodos: (2002/2004 2007/2009 e 2011/2013). Fundação: setembro de 1882 Abrigados: 97. Local: Praça D Antônio Zattera, 338 Pelotas/ RS 96015-180 Fone: (53) 3222-4762 Email: [email protected] . Estrutura: 20 quartos em área de 5 mil m². O QUE O PROJETO ADOÇÃO DE ENTIDADES FEZ PELA INSTITUIÇÃO Central termoelétrica para a cozinha; equipamento para monitorar residentes; Elevador para transporte de roupas para o andar superior; aquecimento central para a cozinha. Dois coletores para roupas sujas; pintura em três enfermarias; 150 cadeiras e seis mesas em PVC; Portão de ferro e 12 grades nas janelas externas; Três exaustores para cozinha; 20 cubas – Rin para enfermaria; Reforma da área de lazer; Melhorias nos banheiros; dois freezers horizontais; corrimão nos corredores; carrinho para limpeza; revestimento de banheiro com cerâmica; piso de cerâmica nos quartos e pintura na parede; conserto do telhado de um pavilhão e luminárias de emergência. O QUE PRECISAM Recursos financeiros e humanos para dar continuidade à manutenção do prédio; elevador para o primeiro andar; máquina de costura. 17 LAR MARIA CARMEM Assista ao vídeo desta entidade no seu smartphone ou tablet com leitor de QRCODE ou acesse youtube.com/fundacaoceee/entidades Amor e cuidado com o futuro “Conseguimos fazer muita coisa que teria sido impossível sem os recursos da Fundação”, comemora Michelle Arrieche, de 33 anos, coordenadora do Lar Maria Carmem, entidade filantrópica situada em Rio Grande. Fundada em 1950 como Orfanato pela freira espanhola Maria Carmem González - falecida em 1976 - a casa construída em área de 500 metros quadrados possui dois pisos e mais de dez cômodos. Tem capacidade para acolher 30 crianças e jovens vítimas de abandono, violência doméstica e abuso sexual, principalmente pelo uso do crack. A maioria está na faixa dos zero aos cinco anos e muitas chegam com problemas respiratórios pelo vício da mãe. Junto com o presidente Marcel Arruda, de 30 anos e eleito em 2012, os dois dirigentes travam uma batalha diária para coordenar as atividades do Lar com uma equipe enxuta. Em outubro/2013 o Lar oferecia plena assistência e afeto a 14 bebês, seis crianças e quatro adolescentes em situação de risco. O maior desafio é fazer com que as crianças encaminhadas pelo Juizado por medida de proteção entendam que ali é um lar e não uma prisão. Muitos acreditavam que ser livre é viver na rua. Só em Rio Grande, aproximadamente 25 mil famílias vivem em situação de risco social segundo dados da Conferência Municipal de Assistência Social. Solteiro, Marcel Arruda trabalha na Polícia Federal, estuda Direito e aproveita suas tardes de folga para responder às demandas junto com 20 funcionárias, incluindo assistente social e psicóloga: “criar dois filhos já é complicado, imagina cuidar de 30”. Só a folha 18 de pagamento consome R$ 27 mil em recursos repassados pela Prefeitura de Rio Grande. Embora o Lar que funciona 24 horas tenha apoio do Mesa Brasil (alimentos), além de Projetos junto ao Conselho Municipal de Assistência Social e a Parceiros Voluntários, não há verbas para manutenção e reformas. Para Michelle “foi uma surpresa” ter sido selecionada pela Fundação para receber ajuda financeira. Isso permitiu o impossível: ampliar a área dos berçários, reformar banheiros, comprar máquina de lavar/secar, duas TVs de Plasma, um refrigerador, duas camas e até comprar equipamentos para a prevenção de incêndios. Nunca desistir Concluindo Pedagogia na FURG, a professora Michelle é casada e, apesar de não ter filhos, entende que cuidar de adolescentes indisciplinados exige um esforço incomum: “mostrar que o normal é ter horário e regras é o nosso trabalho diário”. A plena assistência pode durar até dois anos, com a criança e o jovem retornando à família original ou sendo encaminhados para adoção. Há dois anos, o investimento judicial é focado para que o bebê ou jovem possa retornar a um familiar responsável. Só em último caso é encaminhado para adoção. A motivação de Marcel e Michelle vem dos resultados já alcançados com diálogo franco e muito afeto: “eles representam para nós um livro que estudamos diariamente”, diz Michelle, para quem o importante é “nunca desistir”. Recursos proporcionaram a troca de mobiliário Assistente Social do Lar desde Abril/2013, Raquel Ramires, de 32 anos já tinha afinidade com as crianças graças a um estágio realizado antes de formada. Considerando “bem interessante” o trabalho ali realizado, ela lembra a importância do olhar: “as pessoas deveriam ver as crianças com o olhar de igualdade e não de pena”. Muitos se esquecem de oferecer “mãos, braços e olhos”. Marcel e Michelle coordenam a entidade que acolhe 30 crianças Tamires Martins, 20 anos começou como monitora e desde dezembro/2012 é responsável pelo RH e organização da secretaria. Entusiasta pela organização do Lar ela terminou o ensino médio e conseguiu a vaga por um anúncio de jornal. “Comecei a cuidar de um bebê e fui me envolvendo com as crianças”, conclui animada com a nova função. “Conseguimos fazer muita coisa que teria sido impossível sem os recursos da Fundação” Michelle Arrieche Coordenadora SERVIÇO: LAR MARIA CARMEM (RIO GRANDE) Fundação: 1950. Adotada no período de 2011 a 2013 Endereço: Rua Dr. Nascimento, 157 Rio Grande/RS. Cep. 96200-300 Presidente: Marcel Arruda Coordenadora: Michelle Ariecche. Fones: (53) 3232 8821 e 3204 1189 Email: lar.mariacarmem@gmail. com Horário de atendimento: De segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Estrutura: Área de 500 m², 20 funcionárias. Doações: (53) 3232 8821 e 3204 1189. O QUE O PROJETO ADOÇÃO DE ENTIDADES PROPORCIONOU À ENTIDADE Plano de Prevenção de Incêndios (lâmpadas de emergência, fitas de alerta, 10 extintores), reforma dos banheiros, refrigerador, máquina de lavar/secar; seis berços; poltrona, letreiro da entrada, duas TVs de plasma de 42 e 21 polegadas; pintura do berçário. O que precisam: Reestruturação da parte elétrica e hidráulica e um sistema de monitoramento; doação de fraldas. 19 20 PALAVRA DOS PARCEIROS magazine template Seguridade e Inclusão SOCIAL Seguro de vida é, conceitualmente, um processo de mutualismo organizado. É a sociedade se organizando para proteger a própria sociedade. O processo do seguro cria um caminho para que a sociedade inteira contribua para a defesa de um indivíduo em caso de infortúnio. Mas ao olhar para o lado vemos que existem pessoas que não podem se engajar nesse processo, pois simplesmente não estão inclusas socialmente. Mas aqueles que estão se defendendo através do seguro podem alcançar essas outras pessoas. Fazer parte do Projeto Adoção de Entidades é um privilégio para a Icatu Seguros, pois, da mesma forma que a Fundação CEEE e a Amauri Bueno Corretora de Seguros, ela não é origem, mas o meio. As três partes citadas admitem ser menos remuneradas pela sua atividade para que parte dos recursos seja destinada às entidades de ação social. Um fato importante é que a gestão da Fundação é brilhante, pois ela não arbitra, ela faculta aos próprios participantes escolherem quais entidades deverão ser agraciadas. O projeto, como um todo, em termos econômico-financeiros, é muito racional e, socialmente perfeito. Esse é o estado da graça, além da sociedade estar se protegendo, está resguardando aqueles mais desprovidos. Com isso foi criado um ambiente em que o participante tem exatamente o mesmo custo e, ainda, consegue ser o grande provedor de uma ação tão importante. Quando as pessoas aderem a projetos que tenham uma conotação social, acabam automaticamente se engajando. Além disso, quando falamos em contribuição social existem dois ativos que podem ser alocados: dinheiro e tempo. Qual deles é mais importante? Impossível dizer, pois os dois têm valores equânimes e, a falta de qualquer um inviabiliza que o outro tenha a devida potencialidade. Por isso é fantástico o que a Fundação CEEE consegue através da conjunção entre ela, a corretora, a seguradora e o participante. O mérito está em todos, já que cada um tem seu papel. CÉSAR SAUT Vice-Presidente Sul Icatu Seguros PALAVRA DOS PARCEIROS Responsabilidade social das EMPRESAS Numa análise fria, poderíamos dizer que essa responsabilidade não seria das Empresas, que todos os cidadãos merecem viver com dignidade e, que o papel de proporcionar-lhes esse status é do poder público, que retira parcela significativa da renda das Empresas, a título de impostos, com essa finalidade. conhecer as necessidades e fiscalizar os recursos a elas destinados. Mas não param por aí, fazem algo muito mais importante, levam palavras de carinho para esses abrigados, tão carentes de afeto e amor, completando, assim, o objetivo do maravilhoso e bem sucedido Projeto Fundação Solidária. Mas essa análise fria não se sustenta no momento que pensamos em fraternidade, em solidariedade, não podemos ficar de braços cruzados achando que as pessoas merecem uma condição de vida melhor, mas que isso não é da nossa competência e, sim, do Estado. O seguro de vida, em nossa opinião, é um instrumento de proteção social que com uma pequena parcela mensal o contratante protege o que lhe é mais caro, que é a sua família, e, se esse seguro for gerido por pessoas fraternas, que se preocupem com o bem estar daqueles que por quaisquer razões não tiveram oportunidades ou não foram previdentes, ainda podem estar contribuindo para a criação de mais projetos da magnitude do Fundação Solidária”. É justamente por essa razão que quando fomos convidados a participar, de pronto aceitamos, não poderíamos ficar de fora de um projeto tão eficiente e inteligente, que arrecada recursos, entrega para as entidades e fiscaliza a sua utilização, além do belo e competente trabalho desenvolvido pelas assistentes sociais que visitam essas entidades para AMAURI FLORES BUENO Presidente Amauri Bueno Corretora de Seguros PALAVRA DO PRESIDENTE Exemplo de CIDADANIA JUAREZ EMILIO MOEHLECKE Presidente Fundação CEEE Administrando com sua equipe o que denomina como “um programa vencedor de Responsabilidade Social”, o presidente da Fundação CEEE, Juarez Emilio Moehlecke, considera “importante para a alma das pessoas” saber que a instituição promove ações efetivas de solidariedade em todo o Rio Grande do Sul através do Programa “Fundação Solidária”. Em 13 anos de atuação o “Projeto Adoção de Entidades”, um dos 11 projetos do Programa, beneficiou 32 entidades filantrópicas, totalizando 46 adoções, considerando as entidades que foram adotadas mais de uma vez, sendo 20 adoções em Porto Alegre e 26 no Interior. Com duração de dois anos, cada entidade selecionada recebe R$ 48 mil ao longo de 24 meses para aplicar em melhorias em suas bases. Desde o ano 2000, cerca de R$ 2,5 milhões foram aplicados em asilos, orfanatos e lares de idosos, com a Fundação CEEE atuando como gestora do Fundo Adoção de Entidades especialmente criado para esse fim: “é importante destacar que os recursos não saem do fundo previdenciário das aposentadorias”, frisou o presidente da Fundação que detém um patrimônio de R$ 5,47 bilhões. “A ideia genial”, segundo Moehlecke, veio com a fórmula de captação desses recursos ao ser criado o Fundo Adoção de Entidades, atualmente com R$ 400 mil em caixa para o biênio 2014/2015. Parte dos recursos vem de um percentual repassado pela Icatu Seguros, outro da Amauri Bueno Corretora, uma terceira parte vem do prêmio que os segurados pagam pelo seu seguro de vida e, a quarta parte, do percentual que a Fundação 22 CEEE recebe na condição de “estipulante” pela gestão desses seguros. Por isso, quanto maior o número de participantes nos prêmios de seguro, maior será a cota do Fundo Adoção de Entidades para repasse de recursos às entidades. Melhoria da imagem – Para o presidente Juarez Moehlecke, o “Fundação Solidária” também impacta na imagem da Fundação CEEE: “percebemos que os dirigentes das entidades beneficiadas são muito agradecidos pelos recursos que recebem e isso traz reflexos positivos para a imagem da Fundação e, até para o Grupo CEEE”. Como a Fundação leva o mesmo nome da histórica Companhia Estadual de Energia Elétrica, os ganhos de imagem seguem nas duas direções. O processo deste final de ano para adoção de mais nove instituições do biênio 2014/2015, conteve uma outra surpresa que encantou o presidente: foram selecionadas nove entidades que não tinham sido eleitas no biênio anterior: “foi sensacional a ideia de suspender a eleição e acolher entidades que precisam de ajuda até para colocar a documentação em dia”, comemorou Moehlecke. Neste sétimo ciclo do “Projeto Adoção de Entidades” que começa em 2014, o presidente da Fundação CEEE acredita no avanço do programa: “um dos aspectos que mais chama a atenção das entidades é que honramos com o que nos comprometemos”. Saber que as entidades podem contar com recursos de R$ 2 mil reais num período de 24 meses e que serão acompanhados na sua aplicação, faz uma grande diferença. Para o presidente, “auxiliar entidades necessitadas é praticar a verdadeira cidadania”. Prêmios conquistados pelo Programa Fundação Solidária Troféu Voluntário do Ano 2001 - Pessoa Jurídica, concedido pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul. Prêmio Top Cidadania, ABRH-RS, em 2002 e 2003. Certificado de Responsabilidade Social, Assembleia Legislativa, nos anos de 2003, 2004 e 2005. Troféu de Responsabilidade Social, Assembleia Legislativa, em 2006. Prêmio Top de Marketing - Responsabilidade Social – ADVB/RS – 2011.