D5.1 “Toolkit” de formação para autoridades locais
Transcrição
D5.1 “Toolkit” de formação para autoridades locais
D5.1 “Toolkit” de formação para autoridades locais Kit de ferramentas de formação para as autarquias locai para ajudar os cidadãos em reequipamento de suas casas para eficiência energética A responsabilidade pelo conteúdo da presente publicação encontra-se com os autores. Não reflecte necessariamente a opinião da União Europeia. Nem a EACI nem a Comissão Europeia é responsável por qualquer uso que pode ser feito das informações nelas contidas. . 2 Indíce Módulo 1: Política e legislação ............................................................................................................ 10 1.1Política e legislação Drivers (Síntese histórica) .......................................................................... 10 1.2 Directivas da UE, planos nacionais e legislações ....................................................................... 12 1.2.1 Directiva do desempenho energético em edifícios (EPDB + reformulação) ...................... 13 1.2.2 Portugal - Implementação da EPBD em Portugal............................................................... 16 1.2.3 Directiva relativa aos serviços energéticos (DSE)............................................................... 18 1.2.4Portugal – Implementação da directiva relativa aos serviços energéticos ......................... 20 1.2.5 Planos nacionais de acção de eficiência energética (PNAEEs) ........................................... 21 1.2.6 Directiva relativa à energia renovável (DER) ...................................................................... 22 1.2.7Planos nacionais de acção de energia renovável (PNAERs) ................................................ 24 1.2.8 Portugal - O Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética –PNAEE ..................... 25 1.2.9 Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER) ........................................... 27 1.3.1 Portugal – Directiva Cogeração – Legislação...................................................................... 28 1.5 Programa de Eficiência Energética na Administração Pública- Eco AP ..................................... 31 1. 6 Sistema Nacional de Certificação Energética de Edifícios ........................................................ 32 1.7 A Diretiva Europeia de Energias Renováveis ............................................................................. 34 Módulo 2:Financiamento a remodelaçãodos edifícios existentes...................................................... 36 2.1 Introdução ................................................................................................................................. 36 2.1.1 Evolução histórica e uma visão global................................................................................ 36 2.1.2 Apresentação Europeia e algumas instalações de subsídios/apoio relevantes na UE ...... 38 2.1.3 O papel dos bancos de desenvolvimento,os governos nacionais e os bancos comerciais. ..................................................................................................................................................... 41 2.1.4. Os instrumentos financeiros ............................................................................................. 41 2.2.1 Os modelos tradicionais ..................................................................................................... 48 2.2.1.1 Subvenção estadual ........................................................................................................ 48 2.2.1.2 Subsidios locais................................................................................................................ 49 2.2.1.3 Hipoteca /ativos com base em empréstimos comerciais ............................................... 49 2.2.1.4 Modelo Tradicional Combinado ...................................................................................... 51 2.2.2 Modelos alternativos ......................................................................................................... 51 2.2.2.1 Subsídios através de empresas de utilidade pública – UP .............................................. 52 2.2.2.3 O Modelo ESCO em Portugal........................................................................................... 55 2.2.2.4 Bonús verdes municipais ................................................................................................. 57 2.2.2.5 Empréstimos comerciais subsidiados ............................................................................. 58 2.2.2.6 Fundo de garantia de empréstimo rotativo (FGER) ........................................................ 59 2.2.2.7 Modelo combinado alternativo ...................................................................................... 60 2.2.3 Trabalhar com bancos comerciais ...................................................................................... 60 Módulo 3: ............................................................................................................................................ 63 Tecnologias e execução dos projectos ................................................................................................ 63 3.1 Tecnologias económicas param reabilitação/adaptação .......................................................... 63 3.1.1 Isolamento de paredes, tectos e pavimentos .................................................................... 64 3.1.2 Substituição e isolamento de janelas e portas (isolantes em projecto) ............................ 70 1.3 Optimização de aquecimento, arrefecimento, iluminação e o uso de água ........................ 72 3.1.5 Custo ideais para combinações de diferentes tecnologias e a sua eficácia ....................... 87 3.2 Contratos de projeto e implementação .................................................................................... 90 3.2.1 Avaliação de energia do edifício ........................................................................................ 90 3.2.2 Projeto concursos e adjudicação de contratos .................................................................. 91 3.2.3 Contratantes....................................................................................................................... 92 3.2.4 Projeto implementação, comissões, manutenção e monitorização .................................. 93 Módulo 4: Envolvimento do cidadão .................................................................................................. 95 4.1 Como elaborar campanhas de conscientização do cidadão ..................................................... 95 4.1.1 Com quem trabalhar com campanhas e como usar diversos recursos para este fim ....... 96 4.1.2 Que mensagens, ferramentas e incentivos para aplicar .................................................... 97 4.2 Como projetar um plano de envolvimento de cidadão .......................................................... 109 4.3 Como projetar um plano de acção de mobilização de proprietários de propriedade ............ 114 4.4– Portugal -Comunicar a sustentabilidade ............................................................................... 129 Apêndice 1: Exemplos de boas práticas lançadas pelas autoridades locais - focado em proprietários134 5 Fig. 1-Número de certificados emitidos .............................................................................................. 18 Fig. 2– Nº de ceritificados emitidos por ano – Portugal ..................................................................... 18 Fig. 3 Potência Instalada em Cogeração ............................................................................................. 29 Fig. 4 O peso da Cogeração na indústria cogeração na indústria ....................................................... 29 Fig. 5 Cogeração na Indústria .............................................................................................................. 29 Fig. 6 Certificado de Desempenho Energético e QAI .......................................................................... 33 Fig. 7 - Evolução do sistema de certificação em Portugal ................................................................... 33 Fig. 8 – Edificio Solar XXI - “Edifício com necessidades quase nulas de energia ................................. 34 Fig. 9 Gráfico Directiva 2010/31/EU Evolução até 2020 ..................................................................... 35 Fig. 10 Conceito esqumético de uma ESCO......................................................................................... 56 Fig. 11 -Operação integrada de uma ESCO ......................................................................................... 56 Fig. 12Insulação ao nível do tecto ....................................................................................................... 64 Fig. 13 Isolamento de telhados planos................................................................................................ 65 Fig. 14– Isolamento injectado na cavidade ......................................................................................... 66 Fig. 15– Isolamento de diferentes tipos de parede ............................................................................ 68 Fig. 16 – Pisos de madeira suspensos ................................................................................................. 70 Fig. 17 Tiras de escova......................................................................................................................... 71 Fig. 18 – Pelicula reflexiva ................................................................................................................... 75 Fig. 19 – Acessórios para iluminação .................................................................................................. 76 Fig. 20 – Paineis fotovoltaicos ............................................................................................................. 78 Fig. 21 - Celula fotovoltaica ................................................................................................................. 81 Fig. 22 - Sistema de produção de energia fotovoltaica ....................................................................... 82 Fig. 23 Modelo de um plano de acção Local para mobilizar os proprietários para reabilitação habitação (PAL – Plano de Acção Local ). .......................................................................................... 114 Fig. 24 – Estratégia de comunicação ................................................................................................. 128 6 Tabela 1 Intervenções na Estrutura do Edificio .................................................................................. 64 Tabela 2 Comparação do consumo de energia entre lâmpadas fluorescentes compactas e tradicionais .......................................................................................................................................... 77 Tabela 3: Eficiência de diferentes tipos de painéis solares ................................................................. 79 Tabela 4 Tecnologias com tempo de reembolso mais rápido [1] ....................................................... 88 Tabela 5 Economia anual de energia [1] ............................................................................................. 89 Tabela 6 Tipos de ferramentas de compromisso do cidadão de acordo com o grau de envolvimento ............................................................................................................................................................. 99 Tabela 7 Partes interessadas principais interesses, motivações e capacidades para a matriz de mudança ............................................................................................................................................ 123 Tabela 8 Problemas e soluções de matriz de análise ........................................................................ 124 Tabela 9 Interesses secundários das partes interessadas, motivações e capacidades para a matriz de mudança ............................................................................................................................................ 125 Tabela 10 Quadro de registo simplificado ........................................................................................ 126 7 Introdução O “Trainrebuild” é o primeiro projeto de Energia Inteligente para a Europa que tem como objectivo capacitar tanto os proprietários e como as autoridades locais (AL) para a reabilitação energética eficiente das habitações, visando promover estratégia e práticas inovadoras para revolucionar o consumo energético dos edifícios existentes. Este manual é destinado às autoridades locais e, em particular, aos municípios signatários do “Pacto dos Autarcas”. Este documento deve ajudar, no âmbito de seus Planos de Ação de Energia Sustentável (PAES), para desenhar uma estratégia para mobilizar cidadãos e proprietários, públicos e privados, para reabilitar habitações. Muitas histórias de sucesso de reabilitação/adaptação demonstram as oportunidades para inovação, melhor qualidade de vida e economia de dinheiro. A inovação é sobre a forma como os proprietários estão a organizar-se e em parceria com as autarquias locais, bem como no design arquitectónico de interiores, nas tecnologias e instrumentos financeiros e na monitorização inteligente. As sessões de formação de Trainrebuild serão ou foram já realizados em 11 Estados-Membros sendo oportunidade para uma conversa interativa sobre a próxima geração de conceitos e como líderes de opinião e práticas pode juntar forças para acelerar o movimento de reabilitação de habitações na Europa. Isso incluirá sessões de formação para proprietários e sessões de formação para as autarquias locais. As sessões de formação para as autoridades locais terão lugar em cinco países, Bulgária, França, Hungria, Portugal e Roménia. Esse manual de formação para as autarquias locais contém quatro módulos dedicados à política e questões de legislação (módulo 1), financiamento energia eficiência reabilitação (módulo 2), tecnologias e execução dos projectos (módulo 3) e envolvimento dos cidadãos (módulo 4). Ele também inclui exemplos de boas práticas relacionadas com módulos de 2, 3 e 4. Esse manual de formação destina-se às autarquias locais e a representantes das autoridades locais que irão participar ou que participaram em sessões de formação ao nível nacional. No fim dessas sessões, eles serão solicitados para adaptar e dar início aos Planos de Mobilização de Propriedade e Cidadãos (inspirados pelo módulo 4) nas suas respectivas cidades. O manual também pode ser também usado como um documento de referência independente para os representantes de outras autoridades locais interessados em apoiar os cidadãos na reabilitação energética eficiente das suas habitações, bem como para quaisquer outras formações subsequentes. Este manual de formação visa atingir representantes de autoridades locais de toda a UE. Por isso, da versão em Inglês produziu-se mais cinco versões nacionais para países em que se realizarão as formações do Trainrebuild para as autoridades locais. As versões nacionais dos manuais incluem informações específicas adicionais do país e exemplos de boas práticas. As ferramentas de formação para os proprietários e para as autoridades locais são suportadas por uma Build-Up Training Community online, que seguirá os progressos na adaptação dos planos de acção locais. Trainrebuild deu também início ao Fórum Europeu de Formação, co-presidido pela 8 Comissão e o Sector privado. Isso oferece a todos aqueles que trabalham na área da formação em estratégias de reabilitação a oportunidade de compartilhar experiências e desenvolver um efeito de escala para ajudar a UE a cumprir as suas metas ambiciosas de poupança energética e de energias renováveis." 9 Módulo 1: Política e legislação 1.1Política e legislação Drivers (Síntese histórica) É evidente que a mudança climática induzida pela mão humana está a acontecer. O acelerado processo de degelo, o aumento da temperatura média e do nível do mar, a abundância de condições meteorológicas extremas como temperatura elevada, ondas de calor, tempestades, inundações e a maior precipitação são todos os efeitos, os sintomas das alterações climáticas. Há pouco tempo para reverter o imutável. Com o clima atualmente existente, e o gasto de energia elevado, medidas e políticas de desenvolvimento económico, o nível de emissão de gases de efeito estufa aumentará no mundo inteiro. Mas, com medidas de mitigação fortes e eficientes, novas tecnologias disponíveis, incentivos para remover barreiras, ainda temos a possibilidade de reduzir as emissões globais abaixo dos níveis atuais até 2030. As emissões globais devem atingir o seu pico em 2020 e ser reduzidas em 50% o nível do pré industrial (1990), em 2050. Se nós não fazemos isso no momento é muito provável que nós excederá a possibilidade de que nossa natureza de vida e a humanidade será capazes de se adaptar de forma natura, pois ol o clima mudou. The UNFCCC - United Nations Framework Convention on Climate Change é um Tratado internacional que 1992 juntou vários países que decidiram tomar ações contra o aquecimento global, reduzindo as emissões de GEE, especialmente nos países industrializados (anexo I) países estes que são considerados na maior parte responsáveis para o nível actual das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Anexo I. Era esperado os países reduzirem as suas emissões de gases de efeito estufa ao nível de 1990 até 2000. Em 1995 tornou-se óbvio que as disposições contidas na Convenção para a redução das emissões não são suficientes, e há necessidade de uma acção global mais restritiva. Como consequência, após negociações de dois anos, em 1997 o protocolo de Quioto foi adoptado, mas entrou em vigor somente em 2005 devido ao processo de ratificação complexa. O protocolo de Quioto define legalmente metas de redução de emissões para os países desenvolvidos (anexo I). Esta Convenção encoraja só (anexo I) os países a reduzirem as suas emissões de gases de efeito estufa, o protocolo obriga os países desenvolvidos a reduzirem as suas emissões. O Primeiro período de compromisso do protocolo foi definido para o período 2008-2012. O segundo período de compromisso, rumo ao futuro na luta contra a mudança climática está ainda em fase de negociação, mas até o final de 2012 um quadro internacional tem de ser ratificado e pode confirmar todas as partes (desenvolvidos e países em desenvolvimento) para os objectivos de redução de emissão indicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A Convenção-quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima é um Tratado ambiental internacional com o objectivo de alcançar a "estabilização das concentrações de gases com efeito 10 de estufa na atmosfera a um nível que evite uma interferência antropogénica perigosa no sistema climático". A Energia é o mecanismo mais forte de um país ou continente, conduz o desenvolvimento económico e por isso influencia um alto grau do bem-estar de uma civilização. Apesar do rápido esgotamento dos combustíveis fósseis, eles são quem ainda domina o mercado de energia em todo o mundo (80% da produção mundial de energia), porém combinando a produção energética com outro tipo diferente dos recursos energéticos, como as energias renováveis está a aumentar. A União Europeia produz actualmente 48% das suas necessidades de energia, mas a produção de recursos energéticos primários tende a diminuir conforme as entregas de matérias-primas estão a tornar-se esgotadas, e os produtores consideram a exploração dos nossos recursos limitados não econômica. A dependência da EU na importação de combustíveis fósseis está a aumentar para todos os tipos de combustíveis, atualmente é superior a 50% e espera-se aumentar até 70% até 2030. A dependência do petróleo já está próximo de 85%, para as importações de carvão e deverá aumentar até 90% e em gás natural até 80%. Os principais importadores são poucos, os EstadosMembros como a Rússia, Noruega, África do Sul, EUA, Argélia etc., que obrigam a UE a lidar com a diversificação das rotas e recursos com uma prioridade estratégica. A UE está na vanguarda da tomada de ações. Em 2000, a Comissão Europeia lançou o programa europeu para a as alterações climáticas (PEAC) para identificar medidas o custo efectivo para se reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Para o primeiro passo importante do PEAC- Programa Europeu de Alterações Climáticas, em 2005, a UE lançou a emissão regime comércio de licenças de emissão (RCLE-UE) onde os limites foram fixados para grandes centrais eléctricas e fábricas de energia intensivo (10.500 todos países da União Europeia) sobre a quantidade que eles podem emitir de CO2. O ETS (Sistema de Emissões de Comércio) é um instrumento de mercado com base nas quotas de emissão onde as emissões que não utilizadas podem ser vendidas por sociedades menos às sociedades que tenham emitido mais do que era permitido pelo seu plano nacional de atribuição. Para reforçar mais o RCLE-UE, as emissões da aviação, transporte rodoviário concordaram em serem incluídas. A captura de carbono e armazenamento (CCS) de fundos de desenvolvimento e adaptação de tecnologia também fazem parte das medidas ECCP. Outras medidas do PEAC- Programa Europeu de Alterações Climáticas estão pretendem: Melhorar a eficiência do combustível de automóveis, Melhoria da eficiência energética dos edifícios, Aumento da utilização das fontes de energia renováveis, Redução das emissões de metano de aterros sanitários. 11 Um grande passo da estratégia energética e climática da UE é o clima e o pacote energético adoptado em 2008, onde foi acordado que será a EU a: Diminuir os gases de efeito estufa em pelo menos 20% dos níveis de 1990 (de 30% se outros países desenvolvidos concordam em fazer o mesmo), Aumentar a eficiência energética (EE) em 20% até 2020, Aumentar a quota de energias renováveis no consumo de energia para uma média de 20% até 2020 em toda a UE, 10% dos combustíveis para transportes devem provenir de biocombustíveis até 2020. 1.2 Directivas da UE, planos nacionais e legislações A luta contra a mudança climática é uma prioridade fundamental da Comissão Europeia. A Comissão propõe estratégias e diretivas/leis para adopção em toda a Europa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a segurança energética. Existem várias leis principais de EE/directivas também para as energias renováveis transpostas pela CE –Comissão Europeia e para a legislação nacional. Estas são: Directiva de Eco-design 2005/32/CE Regulamento Stand by e Modo Off 2008/1275/CE Rotolagem produtos biocidas no mercado 2009/107/CE Regulamento escritório/ iluminação na rua 2009/245/CE Regulamento agregado de iluminação 2009/244/CE Regulamento fontes de alimentação externa 2009/278/CE Directiva da rotulagem 2003/66/CE Directiva cogeração 2004/8/CE Directiva 2006/32/CE sobre a eficiência na utilização final de energia e dos serviços energéticos Directivos edifícios 2010/31/CE e desempenho energético 2002/91/CE Directiva fontes de energia renováveis 2009/28/CE 12 1.2.1 Directiva do desempenho energético em edifícios (EPDB + reformulação) É amplamente conhecido que os edifícios mais antigos são provenientes de energia intensiva; na UE e são responsáveis por cerca de 40% do consumo de energia da UE e 36% das emissões de CO2 dos países da UE. A EPDB e sua aplicação adequada é crucial para alcançar os objectivos da UE - 20% de redução de emissões de gases de efeito estufa e aumento de 20% da EE – Eficiência Energética. Além de atingirem estas metas, a EPDB é importante para melhorar a nossa segurança energética. e a criação de postos de trabalho especialmente no sector da construção. Os edifícios em toda a Europa são muito diferentes, uma vez que sua construção depende de políticas climáticas nacionais, culturais, existentes, do desenvolvimento económico, materiais de construção disponíveis etc. e a abordagem comum para aumentar a EE dos edifícios novos e existentes prevista pela CE é muito desafiadora. Os quatro pontos principais da EPDB são: 1. A introdução de uma metodologia integrada para medir o desempenho energético dos edifícios; 2. definição e aplicação de normas de desempenho mínimo de energia em edifícios novos e edifícios renovados/reabilitdos com mais de 1.000 m2 e actualizar regularmente estas normas; 3. introdução de um sistema de certificação energética e de aconselhamento para edifícios novos e existentes e edifícios públicos, onde os certificados devem ser exibidos em local visível; 4. procedimento regular a um exame e apreciação das caldeiras, sistemas de aquecimento, e de arrefecimento. Além disso, de acordo com a EPDB Directiva do Desempenho Energético dos Edificios – os certificados de energia devem ser disponibilizados quando os edifícios são construídos, vendidos ou arrendados. O regulamento do consumo de água quente e calor deve ser disponibilizado em cada casa. A directiva refere-se a edifícios de habitação e do sector terciário maior que 1.000 m2, no entanto não cobre alguns tipos de edifícios como edifícios históricos e zonas industriais. As partes principais da Directiva deveriam ter sido implementadas até 2006, mas vários países solicitaram uma data posterior a devido à falta de peritos nacionais para fazer as certificações de energia. O novo prazo foi definido para Janeiro de 2009. Baseado na EPDB várias actividades relevantes para as autoridades locais podem ser identificadas. As principais são as que se seguem, mas devido a circunstâncias nacionais e à Directiva do Desempenho Energéticode Edificios para a transposição nacional, as leis bem como as funções listadas e as responsabilidades das autoridades locais podem variar. 13 para impor a implementação a Directiva do Desempenho Energéticode Edificios - a nível local, de acordo com as legislações nacionais, para definir o quadro local administrativo necessário a nível se as legislações nacionais, e as políticas que a regulem, para desenvolver os regulamentos locais se necessário para uma melhor aplicação do processo de certificação, avaliação, aos requisitos de desempenho mínimo de energia, etc., para fornecer o acesso a certificadores independentes acreditados a nível local, para impor a certificação quando ocorre uma mudança de propriedade, para desenvolver estratégias energéticas e planos de acção que, entre outros, definam metas de EE- Eficiência Energética, cronogramas e apoiar mecanismos para atingir esses objectivos, para informar o público e aumentar a conscientização sobre as práticas EE - Eficiência Energética e oportunidades de investimento, cooperar com empresas de serviços energéticos – ESCO´S para estabelecer as PPP - Parcerias Público Privadass para fornecer suporte (não necessariamente financeiro) em auditorias energéticas, e isolamento, para colocar em locais visíveis certificados de energia em edifícios públicos, para compartilhar suas boas práticas no cenário nacional e internacional. Durante a transposição e a aplicação da EPDB Directiva do Desempenho Energético dos Edificios, a CE a Comunidade Euroepia tornou-se consciente de que algumas das disposições e requisitos constantes da EPDB - Directiva do Desempenho Energético de Edificios devem ser anuladas e os requisitos de desempenho energético devem ser reforçados. Para conseguir isso, uma nova versão do EPDB, a reformulação de EPDB foi adoptada em Maio de 2010. Pontos principais da directiva e diferenças comparadas à EPDB são as seguintes: A partir de 31 de Dezembro de 2020 todas as novas construções terão que consumir energia quase zero e a energia consumida em grande medida terá que ser proveniente de FER. – Fontes de Energia Renováveis Os edifícios públicos devem ser exemplares, tornando-se próximos da energia quase zero a partir de 31 de Dezembro de 2018; O limiar em 1000 m2 para importantes obras de renovação foi excluído e este entrará em vigor quando foram implementadas as normas nacionais; Os Estados-Membros são obrigados a elaborar planos nacionais para aumentar o número de edifícios quase zero em energia. Eles devem também, em meados do ano de 2011, elaborar uma lista de incentivos financeiros e outros para a transição, tais como assistência técnica, subsídios, regimes de empréstimo, e empréstimos com juros baixos. 14 O método de cálculo harmonizado para requisitos de desempenho energético mínimo é definido na directiva, Estados Membros tem que justificar se a diferença entre os actuais requisitos e custo ideal forem acima de de 15%. O mais detalhado e rigoroso procedimento para a emissão dos certificados de desempenho energético será necessário nos Estados-Membros, e deverá ser introduzido um sistema de controlo para verificar a exactidão dos certificados. Os Estados Membros terão de assegurar que os certificados de desempenho energético são emitidos para quaisquer edifícios construídos, vendidos ou arrendados e também para edifícios onde mais de 500 m2 sejam ocupados por uma autoridade pública. Cinco anos depois de a legislação produzir efeitos, este limite será reduzido para 250 m2. O EPC Conselho Europeu de Pagamentos deve conter informações sobre como melhorar o custo efetivo do edifício, pode incluir informações sobre financiamento e possibilidades relativas ao tempo de retorno, estimativas de custos-benefícios. Os Estados Membros têm que reforçar a qualidade da inspeção de caldeiras, calor e sistemas de corrente alternada. A inspecção pode ser efectuada por peritos independentes, qualificados, credenciados. Os relatórios de inspeção podem incluir recomendações de eficiência de energia. Os Estados Membros podem definir metas para estimular os investimentos de EE – Eficiencia Energética para transformar seu “stock” de edifícios em edifícios quase zero em energia Os Estados Membros podem sancionar o não cumprimento. A reformulação destina-se a esclarecer, reforçar e alargar o âmbito da actual EPDB - Directiva do Desempenho Energético dos Edificios, bem como reduzir as grandes diferenças entre as práticas dos Estados-Membros no sector da construção. Em geral, as suas disposições cobrem as necessidades de energia para o espaço, aquecimento da água, refrigeração, ventilação e iluminação de edifícios novos e existentes, residenciais e não residenciais. A reformulação não exigirá mais dos Estados Membros, mais do que é economicamente viável (custo ideal e de baixo custo). No entanto, os Estados Membros podem definir objectivos mais ambiciosos. A Legislação por si só não pode alcançar o pleno potencial de poupança de energia dos edifícios. A reformulação reconhece que as leis precisam de ser acompanhados por esforços para alterar comportamentos e atitudes para utilização de energia em edifícios. A reformulação da transposição da EPDB- Directiva do Desempenho Energético dos Edificios deve ser eficaz para certos artigos até Julho de 2012 e continuamente de Janeiro a Julho de 2013. 15 1.2.2 Portugal - Implementação da EPBD em Portugal A Directiva Europeia 2002/91/CE foi transposta para o Direito Nacional Português de 4 de Abril de 2006 através de um pacote legislativo composto por três Decretos-lei: O Decreto-Lei n.º 78/2006 de 4 de Abril, Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) que transpõe parcialmente para a ordem jurídica a Directiva nº 2002/97/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 2002, relativa ao desempenho energético dos edifícios. O Decreto-Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril, Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos Edifícios (RSECE). O Decreto-Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril, Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE). O cronograma de execução da EPBD em Portugal passou por três fases: A 1 de Julho de 2007: aplicação do SCE a edifícios novos com uma área total de mais de 1000 m2, registados para construção (quando solicitada a autorização de construção) depois desta data. A 1 Julho de 2008: aplicação do SCE a pequenos edifícios novos, independentemente da área, sendo registados para construção (quando solicitada a licença de construção) depois desta data. A 1 Janeiro de 2009: a exigência de uma certificação energética de todos os edifícios entra em vigor. Todos os edifícios, de habitação ou comércio, que sejam vendidos ou arrendados depois de Janeiro de 2009 devem ter um Certificado de Eficiência Energética, que inclua informação sobre o nível de eficiência do edifício. Os trabalhos de revisão da legislação devido à reformulação da directiva já estão em curso, estando a sua conclusão prevista para o início de 2011. O Sistema Nacional de Certificação Energética compreende a aplicação integral da EPBD, o que significa que todos os edifícios estão incluídos: edifícios novos, renovações principais, edifícios públicos e todos os edifícios vendidos ou arrendados. Actualmente, todos os processos de licenciamento, venda e arrendamento que ocorrem em Portugal são abrangidos por esta certificação. Este é provavelmente o resultado do grande esforço de disseminação que a ADENE, Agência Nacional para a Energia, tem vindo a fazer junto de todos os actores-chave do mercado. A certificação faz parte de qualquer processo de transação de uma casa, quer seja de venda ou aluguer. De momento, todos os serviços municipais têm efectivamente incluído o certificado na lista de documentos exigidos nos processos de licenciamento. Além disso, os promotores estão cada vez mais conscientes da necessidade de cumprir os requisitos de desempenho energético. A ADENE é responsável pelo desenvolvimento e manutenção de um portal web onde são registados 16 todos os certificados, antes de serem emitidos pelo perito qualificado. Esta base de dados dos edifícios certificados será útil para monitorizar o progresso do processo de certificação dos edifícios em Portugal, como por exemplo, no número de certificados emitidos. A base de dados constitui ainda um instrumento importante para as revisões técnicas periódicas previstas na legislação relativamente à certificação, assim como para monitorizar o impacto da certificação nos edifícios. Lições aprendidas: É reconhecido a nível Europeu que Portugal está a implementar com sucesso a legislação sobre desempenho energético dos edifícios, em especial, a exigência de Certificação Energética (em conformidade com o artigo 7 º da directiva em vigor, ou artigo 10 º da proposta de reformulação). Em Novembro de 2009, o CEEEE - Conselho Europeu Económico de Eficiência Energética identificou Portugal e a Irlanda como dois casos de sucesso do Sistema de Certifição Energética (SCE). Apesar do sucesso inquestionável da aplicação do SCE, em Portugal, ainda há espaço para melhorias, especialmente no que diz respeito ao controlo de qualidade e de inspecção do trabalho realizado pelos peritos qualificados. Assim como, na divulgação entre a população das vantagens do SCE tornando-os participantes activos no processo pelo qual estão a pagar. O SCE só terá o impacto desejado se o consumidor agir e investir em medidas de eficiência energética. Para continuar a apoiar a realização deste objectivo os mecanismos de apoio adequados têm de promover a implementação das medidas de eficiência (incentivos de financiamento, deduções fiscais, empréstimos a juros baixos, o acesso fácil ao crédito, etc). A legislação é bem estruturada e o sistema está a mexer. Agora é o momento para o aperfeiçoar. Situação actual: Em termos de número de certificados emitidos, a implementação da directiva em Portugal tem sido um grande sucesso. Até ao final de Setembro de 2009, a ADENE, entidade gestora do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios, tinha emitido cerca de 150 mil certificados. De acordo com a ADENE, a EPDB veio modificar os requisitos de desempenho dos edifícios em Portugal, influenciando significativamente o parque edificado. No entanto não existem estimativas sobre o impacto que a directiva teve no consumo de energia dos edifícios. Apesar do sucesso inquestionável que tem sido a implementação da EPBD em Portugal, quer em número de certificados quer em número de peritos qualificados, há ainda muito a fazer, especialmente no que diz respeito à inspecção e controlo do trabalho dos peritos qualificados e à promoção da mudança de comportamentos dos consumidores. Actualmente as pessoas não entendem o significado por detrás do certificado energético, que é obrigado pagar, desconhecendo o impacto que as medidas de melhoramento sugeridas podem trazer quando 17 implementadas. Apesar das inúmeras iniciativas de disseminação levadas a cabo pela ADENE, a sensibilização da população para as vantagens da certificação energética, com a oferta de acções de formação, acções de sensibilização aos proprietários e auditorias energéticas, é um passo fundamental para optimizar o impacto da certificação, transformando os consumidores em participantes activos e interessados em implementar os melhoramentos sugeridos no certificado. Para maximizar o efeito da certificação energética e contribuir para a crescente melhoria da eficiência energética dos edifícios de habitação, são ainda necessários mecanismos de apoio adequados, ou reforçar os existentes, como sejam: incentivos financeiros, dedução nos impostos, taxas de juro reduzidas, fácil acesso ao crédito, etc., com vista a ajudar os consumidores a implementar as sugestões de melhoramento nas suas habitações. A renovação energética de edifícios existentes não só reduz o consumo de energia, como também melhora as condições prevalecentes de conforto térmico interior e as condições ambientais nas áreas urbanas Fig. 1-Número de certificados emitidos Fig. 2– Nº de ceritificados emitidos por ano – Portugal Fonte: http://www.casacertificada.pt/documentacao 1.2.3 Directiva relativa aos serviços energéticos (DSE) A DSE directiva relativa aos serviços energéticos - visa contribuir para a segurança de do aprovisionamento energético na União Europeia, para a redução do consumo de energia primária e reduções das emissões globais de GEE, para tornar a utilização final da energia mais econômica e eficiente. O objectivo das directivas é desenvolver um mercado de serviços energéticos, também programas e medidas que visem a eficiência energética aos consumidores finais. A directiva não tem como alvo, especifico qualquer tecnologia como as várias directivas de eficiência energética, mas sim os principais intervinientes alvo, instituições e agentes do mercado. Por causa do importante papel que autoridades locais têm no jogo de mercado da ESD - Directiva relativa aos serviços energéticos, estas também deveriam englobar outros níveis tais como: governação, condução de atividades EE- Eficiência Energética mostrando exemplos brilhantes, 18 deviam informar, formar, influenciar as partes interessadas a nível local no sentido de aumentar EEEficiência Energética em edifícios. O objectivo da directiva é utilizar a energia final da de um modo mais econômico e eficiente de modo a: estabelecer metas indicativas, incentivos e quadros institucionais, financeiros e jurídicos necessários para eliminar as barreiras do mercado e imperfeições que impedem uma utilização final eficiente de energia, criar de condições para o desenvolvimento e a promoção de um mercado de serviços energéticos para a execução de programas de poupança de energia e outras medidas destinadas a melhorar a eficiência na utilização final de energia. De acordo com ESD, os Estados - Membros devem definir metas a atingir de 9% durante 2008-2016, e metas intermedias para 2010 de poupança de energia mínima. De acordo com isso, os Estados Membros tem de se preparar para os planos nacionais de acção para a eficiência energética (PNAEEs) em 2007, 2011 e 2014 em que novas políticas e medidas para atingir a metas de poupança de energia devem ser descritas para os sectores de financiamento necessários atribuídos a essas medidas. Devem ser tomadas medidas também em relação à medição, faturação, promoção de serviços energéticos, bem como obrigações para o setor público. O sector público deverá ser o líder demostrando exemplos de sucesso, deverão adoptar medidas que melhorem a EE, informem o sector público e de negócio sobre as medidas, e promoverem o intercâmbio de boas práticas. As autoridades locais devem iniciar o uso de diferentes regimes de financiamento disponíveis, tais como a terceira parte de financiamento ou contratos de desempenho energético. Elas devem incorporar a EE nos seus contratos públicos, investindo em produtos equipamentos e veículos eficientes. As empresas de energia representam um outro sector importante da directiva. Os EstadosMembros devem colocar as obrigações de eficiência de energia em distribuidores de energia, operadores de sistemas de energia e os operadores das redes de distribuição nas empresas, embora há um número de opções que possam utilizar, que vão desde o envolvimento de distribuidores de energia e/ou as empresas de venda de actividades de eficiência energética, de modo a que os distribuidores de energia e/ou fornecedores contribuam para os fundos para a eficiência energética. 19 1.2.4Portugal – Implementação da directiva relativa aos serviços energéticos Esta directiva relativa à eficiência de energia e aos serviços energéticos (DSE) é uma junção bemvinda à família das directivas europeias com o uso de energia, e é muitas vezes referida como a Directiva de serviços de energia e, por vezes, como a Directiva de eficiência energética. Em Portugal, a implementação de DSE é a responsabilidade do Ministério da economia, inovação e desenvolvimento. O Decreto-lei que transpõea a DSE nacional foi publicado em novembro de 2009 e a plano nacional de ação da ficiência enérgica português - em maio de 2008. Portugal implementou os seus requisitos PNAEE e DSE. No entanto, a transposição formal ocorreu somente em novembro passado e ainda estamos a aguardar a publicação de alguns regulamentos mais complementares e o fundo de eficiência energética: Estas são as principais medidas em fase de implementação: Em 2008, o Governo Português instituiu um novo imposto sobre equipamento de iluminação ineficiente. O imposto destina-se a compensar os custos ambientais relacionados ao uso ineficiente de energia neste tipo de equipamento e promover o uso de iluminação mais eficiente e econômica. A legislação relativa à eficiência energética do edifício que integralmente foi transposta na Directiva 2002/91/CE relativa ao desempenho energético dos edifícios foi publicada em 2006, mas o sistema nacional de energia e qualidade do ar interior e certificação dos edifícios; O SGCIE (sistema de produção e consumo de energia intensiva) foi criado pelo Decreto-Lei 71/2008, em vigor desde junho de 2008 e compreende a modificação de impostos sobre o petróleo e produtos energéticos (ISP) aplicados aos combustíveis industriais, que estabelece um mecanismo de incentivo para a redução de gases de efeito estufa; e a definição de um novo RGCE – Regulamento Geral do Consumo de Energia - indústria; Legislação para a micropordução de electricidade a partir de fontes de energia renováveis (DL 118-A/2010, 25 de outubro) promove a micro geração em residências individuais "Renováveis na Hora" e cria um regime de licenciamento simplificado para os pequenos produtores de energias renováveis (máx. 3,68 kW para família individual e 11,04 kW para condomínios), permitindo a ligação de uma rede de distribuição de locais de baixa tensão. As aplicações podem ser realizadas on-line; Nota: Incentivo de Micro geração (DL 118A/2010), de modo a forçar a aplicação de paineis solar térmico mesmo se eles são desnecessários. 20 Em maio de 2009, o Governo Português lançou um programa para promover a utilização de energias renováveis no sector residencial. A introdução de incentivos directos para a aquisição de sistemas solares térmicos é uma forma de reduzir os custos dos sistemas solares térmicos, contribuindo assim para superar o alto investimento inicial, associado à sua aquisição. A EDP Distribuição, (empresa do grupo EDP que opera nas áreas de geração, abastecimento e distribuição de energia elétrica e de abastecimento e distribuição de gás em Portugal), com parceiros nacionais, industriais e científicos tem um projecto-piloto em curso chamado InovGrid para instalar medidores inteligentes de eletricidade. O quadro de referência estratégico nacional constitui o enquadramento para a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal para o período 20072013. Em 2009, foram 2 propostas para financiamento de projetos dentro de nosso PNAEE, para a criação das ESCO e outro para projetos de eficiência energética na indústria. O PNAEE, a área do setor público inclui um conjunto de medidas, ou seja, a certificação energética dos edifícios públicos e a introdução de critérios de eficiência energética na aquisição de equipamentos, que estão incluídos no anexo VI da DSE, de acordo com o artigo 5. A Agência Nacional de compras públicas, EPE, é a entidade responsável para a operacionalização dessas medidas. 1.2.5 Planos nacionais de acção de eficiência energética (PNAEEs) Em consonância com a DSE, de acordo com os Art., todos os Estados-Membros devem preparar planos nacionais de acção para eficiência energetica (PANEEs) em 2007, 2011, 2014 e apresentar todos estes documentos à Comissão Europeia nos prazos definidos. Nos 1os PNAEE Junho de 2007, todos os Estados- Membros tinham que definir uma meta indicativa de mínima 9%, de eficiência energetica nacional para atingir até 2016 e uma meta de poupança intermediária nacional a alcançar até 2010. De acordo com o Directiva relativa aos serviços energéticos, estas referências indicativas nacionais devem ser calculadas com base nos consumos de energia interior final de todos os países de acordo com os consumidores finais que estejam incluídos nos objectivos da directiva. Os PNAEEs devem mostrar como Estados Membros pretendem atingir as suas metas indicativas nacionais, estratégias, medidas concretas e acções que tencionam apresentar com o fim de atingir os seus objectivos. Em consonância com Directiva relativa aos serviços energéticos deve ser dada especial atenção para o papel exemplar do sector público, campanhas de sensibilização, mudanças de comportamento dos consumidores finais e condições do mercado de serviços energéticos. Os primeiros PNAEE devem fornecer uma ampla gama de políticas e medidas intermedias e finais de energia, de modo a alcançar as poupanças nacionais, apoiadas por estratégias abrangentes e planos de acção, com um quadro institucional e financeiro. No entanto os vários Estados mostram 21 que existem graves lacunas entre as políticas e medidas, ferramentas financeiras descritas para atingir os objectivos intermédios e finais, e os compromissos de poupança de energia. O negócio como abordagem usual, a acção rápida e medidas fragmentadas, a dupla contagem, indicam que as avaliações quantitativas de alcançar as metas nacionais não são ainda realistas. Em relação à poupança sectorial, o sector da construção esteve em destaque, entre todos os Estados-Membros e têm sido enumeradas várias medidas relacionadas com as remodelações de eficiência energética, especialmente para o sector da habitação. Ao lado deste sector, quase todos os - Estados Membros no sector terciário foram alvo de diferentes medidas, os transportes e outros sectores de actividade, mas só algumas no sector agrícola. Alguns Estados-Membros têm enumerado medidas que vão além dos objectivos da Directiva relativa aos serviços energéticos como a directiva da cogeração, biomassa para aquecimento urbano, transportes internacionais, etc. O papel do sector público estava exemplarmente coberto pelos vários PNAEEs, mas como foi comunicado, nem sempre foi claramente descrito. A maioria dos PNAEEs contêm os contratos públicos de eficiência energética, mas novamente não é sempre claro como medem a ligação para os requisitos constantes do anexo VI da Directiva relativa aos serviços energéticos DSE. As várias medidas relacionadas com a divulgação de informação, de sensibilização, a mudança de comportamento é coberta em todos os PNAEEs e, também estão disponíveis vários exemplos de boas práticas orientadas para o sector público e as empresas. Os segundos PNAEE foram comunicados à Comissão no decurso de 2011 exceto o polaco. O relatório de análise da UE será realizado no início de 2012. 1.2.6 Directiva relativa à energia renovável (DER) A DER estabelece um quadro comum para a utilização de fontes de energia renováveis a fim de limitar as emissões de gases de efeito estufa e contribuir para os transportes não poluentes. Define objectivos juridicamente vinculativos e individuais para todas os Estados Membros na partilha de FER – Fontes de Energia Reovável no consumo bruto de energia final para alcançar o objectivo da UE global de 20% da energia, proveniente de fontes renováveis até 2020 e uma quota de 10% de energias renováveis limpas especificamente no sector dos transportes a nível nacional Aprender com as lições da Directiva 2001/77/CE energias renováveis e a fraca implementação da Directiva 2003/30/CE dos biocombustíveis leva à União Europeia a definir obrigações mais rigorosas no sentido dos Estados-Membros superarem a meta global de 20%. Em conformidade 22 com o presente, os Estados –Membros tem que introduzir efetivamente medidas destinadas a assegurar que a quota de energia proveniente de fontes renováveis para atingir ou superar as metas nacionais e individuais. A CE – Comunidade Euroepia vai ser capaz de instaurar procedimentos por infracção, se um Estado-Membro não tomar "medidas adequadas" para permitir que sua trajetória provisória de reunião. A DER solicita também aos Estados Membros a enviarem para a Comissão, os Planos de Acção Nacionais para a Energia Renovável (PANER) até 30 de Junho, que descrevem como os Estados – Membros chegarão aos objectivos destinados ao aproveitamento através fontes de energia renovável acordados para a produção de electricidade, aquecimento e transporte. Ao lado da apresentação dos PAEEs- Planos de Acção Nacionais para a Energia Renovável há várias outras obrigações com os quais os Estados Membros devem estar em conformidade com: Os Estados- Membros têm que simplificar os procedimentos administrativos, as autoridades com responsabilidades administrativas nacionais, e a autorização, para a certificação e processos de licenciamento. Os Estados Membros têm também que ter a certeza de que o processo de autorização dos projetos/investimento das Fontes de Energia Renovável FER são proporcionais, transparentes e necessárias. Os Estados Membros devem chegar a um acordo sobre a transferência de estatística/ percentagem de um determinado montante de energias renováveis entre si. Eles também podem colaborar em qualquer tipo de projecto comum relacionado com a produção de energias renováveis, mesmo que envolvam operadores privados, mas eles têm que reportar à Comissão Euroepia sobre quaisquer projectos conjuntos entre Estados Membros e projectos com "países terceiros". Os Estados-Membros podem aderir voluntariamente ou parcialmente, coordenar seus regimes nacionais de apoio para se ajudarem uns aos outros e alcançarem as metas. Em tais casos, uma certa quantidade de energia proveniente de RES – Fontes de Energia Renovável produzida nos Estados Membros pode ser a crescentada para se atingirem as metas nacionais e globais dos outros Estados-Membros participantes. Este tipo de cooperação também tem obrigações ao nível de comunicação. Os Estados – Membros tem que definir especificações técnicas relacionados com o equipamento de energias renováveis, fornecimento de informações e orientações para os intervenientes mais relevantes, no apoio a medidas e sistemas de certificação, etc. Os Estados – Membros têm que criar sistemas que garantam a origem das Fontes de Energia Renováve- FER- e que permitam ter certeza que a dupla contagem não ocorre. Os Estados –Membros têm que realizar os passos necessários para a melhoria da infraestruturas para acumular mais produção de electricidade proveniente de fontes renováveis. Os operadores de sistemas de transmissão e os operadores das redes de distribuição têm de garantir a transmissão e distribuição a partir das Fontes de Energia Renováve- RES e fornecer o acesso prioritário ou garantir o acesso à rede. 23 Em Janeiro de 2017 a quota resultante de biocombustíveis e biolíquidos na poupança de emissões deve ser aumentada para 50%.A produção deve basear-se em critérios de sustentabilidade. A DSE cobre também obrigações dos Estados-Membros relacionadas com o sector da construção civil. Estas obrigações são: Por volta de 31 de dezembro de 2014, os Estados-Membros têm que definir "se é necessário", níveis mínimos de energia proveniente de RES - Fontes de Energia Renováveis (aquecimento urbano, arrefecimento incluído) em edifícios novos e edifícios existentes que sejam sujeitos a importantes obras de renovação. Os Estados-Membros têm que garantir que, após 1 de Janeiro de 2012, os novos edifícios públicos desempenham um papel exemplar na utilização das FER – Fontes de Energia Renováveis (aplicável também aos edifícios públicos existentes, passando por importantes obras de renovação/reabilitação). Os Estados-Membros têm que "promover" o uso de renováveis de aquecimento e refrigeração de sistemas, bem como sistemas que levam a uma redução "significativa" no consumo de energia através dos códigos do edifício. Os Estados-Membros têm que incentivar tecnologias de conversão de biomassa pelo menos 85% eficiência para aplicações comerciais e residenciais, e 70% para aplicações industriais. Os Estados-Membros têm que promover o uso de bombas de calor que satisfaçam os requisitos mínimos de eco-rotulagem. 1.2.7Planos nacionais de acção de energia renovável (PNAERs) Em consonância com a DSE, todos os Estados-Membros tinham que apresentar à Comissão Europeia até 30 de Junho de 2010 os seus ação planos nacionais de energias renováveis (PNAER), que estabelecem como cada Estado-membro pretende atingir sua meta nacional até 2020 em três sectores, respectivamente: de transporte, electricidade, aquecimento e arrefecimento, e como irão superar barreiras relacionadas com procedimentos administrativos e ligação à rede. Um relatório deve ser apresentado até ao final de 2011, e nos dois anos seguintes as informações sobre sua quota-parte das energias renováveis, apoiar regimes e progresso no combate administrativo e barreiras à rede. Com base nestes pontos, os Estados-Membros relatam à Comissão Euroepia, que publicará um relatório de análise no ano seguinte. 24 No caso de um Estado Membro não poder seguir a trajetória nacional, a meta indicativa definida no anexo I parte B, têm de apresentar um plano nacional de acção de energia renovável - PNAER alterado em que as " medidas indicativas” claramente descritas sejam adequadas e ajustadas para se juntarem a trajectória 1.2.8 Portugal - O Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética –PNAEE O (PNAEE), aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 80/2008, de 20 de Maio, descreve as medidas destinadas a promover uma utilização racional da energia Quase um terço da energia é consumido nos edifícios Gráfico 1- Energia final consumida em Portugal Ilustração 1 Operacionalização progressiva dos12 programas previstos no Plano 25 Potencial para dinamizar a reabilitação urbana O Parque residencial de 5,5 milhões de fogos, dos quais menos de 2/3 estão em bom estado de conservação Ilustração 2 Fonte: INE Census 2001 (Parque e perfil de conservação) / INE 2005 (Parque) 26 1.2.9 Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER) No âmbito da Directiva 2009/28/CE, de 23 de Abril de 2009, relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis (Directiva FER), Portugal elaborou o seu Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER) para o horizonte de 2020. O PNAER fixa os objectivos de Portugal relativos à quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia em 2020, tendo em consideração a energia consumida nos sectores dos transportes, da electricidade e do aquecimento e arrefecimento em 2020, identificando as medidas e acções previstas em cada um desses sectores. Estabelece igualmente o compromisso nacional relativo à quota de energia proveniente de fontes renováveis consumida no sector dos transportes nos termos previstos no n.º 4 do artigo 3.º da Directiva FER. 1.3 Directiva cogeração (CHP) A Cogeração é uma parte importante do caminho de eficiência de energia dos Estados Membros e contribui substancialmente para a redução de emissões de CO2. A produção de calor e de electricidade com a mesma tecnologia contribui para a poupança de energia, e segurança no abastecimento. A Directiva cogeração visa promover e facilitar a instalação e funcionamento de instalações de cogeração. A curto prazo, a directiva deve consolidar as instalações de cogeração existentes e simultaneamente promover a instalação de novas plantas. De futuro, a cogeração deve criar o enquadramento necessário para a cogeração de elevada eficiência e para a redução das emissões de CO2. Principais disposições da Directiva: A CE fixou valores de referência para efeciencia e harmonizou a produção de calor e electricidade, que foram revistos em Fevereiro de 2011 e serão revistos a cada 4 anos para estarem em sintonia com a evolução tecnológica; O valor de referência da alta eficiência, dentro de 6 meses a contar da sua adopção, os Estados Membros têm que introduzir a origem e garantia de mecanismos para a electricidade produzida, Os Estados Membros têm que ter certeza que são compatíveis com os regimes de apoio à cogeração, e isso tem de ser apresentado no seu relatório de progresso nacional; Os Estados Membros têm que ter certeza que a electricidade CHP tem acesso à rede e os preços das tarifas de electricidade são justos; Até fevereiro de 2007 os Estados Membros tinham que preparar um relatório sobre o potencial nacional da cogeração de alta eficiência. Três em quatro anos um relatório actualizado tem de ser preparado para uma solicitação que é feita pela CE. Na sequência do acima mencionada, a CE irá preparar um relatório de análise (2008 e em cada quatro anos) para mapear o progresso e perceber o potencial nacional. 27 1.3.1 Portugal – Directiva Cogeração – Legislação Lei nº 19/2010 de 23 de Agosto - altera a redacção dos artigos 4º, 5º, 6º e 18º do DL nº 23/2010; Decreto-Lei nº 23/2010 de 25 de Março - revoga o DL 538/99 e transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva 2004/8/CE; Directiva 2004/8/CE do Parlamento e do Conselho Europeu relativa à promoção da cogeração com base na procura de calor útil no mercado interno de energia e que altera a Directiva 92/42/CEE; Decreto-Lei nº 313/2001 de 10 de Dezembro - altera o DL 538/99 e revê as normas relativas às condições de exploração e à diferenciação do tarifário aplicável no fornecimento de energia eléctrica ao SEP função do combustível utilizado; Portarias nº 57, 58, 59 e 60 de 15 de Janeiro - Estabelecem quatro tarifários distintos aplicáveis a toda a energia eléctrica fornecida ao SEP, função do combustível e potência de ligação. Regime Geral • A electricidade e o calor são remunerados de acordo com as regras de mercado; • Prémio de participação de mercado para instalações de cogeração com capacidade instalada 100 MWe; • Estabelecimento de contratos bilaterais de fornecimento de energia a clientes ou comercializadores. Regime Especial (P < 100 MWe) • Fornecimento de energia eléctrica ao comercializador de último recurso (CUR); • A electricidade é remunerada de acordo com uma tarifa de referência (Portaria em falta) que se baseia: - Potência eléctrica instalada; - Tecnologia de cogeração; - Fonte de energia primária. • Prémio de eficiência energética. 28 Fig. 3 Potência Instalada em Cogeração Fig. 4 O peso da Cogeração na indústria cogeração na indústria Fig. 5 Cogeração na Indústria 29 A Cogeração permite: • A produção de energia eléctrica com a melhor eficiência possível; • Instalação de centrais de cogeração de pequena e média potência junto dos consumidores de energia térmica, contrariamente às grandes centrais de produção de energia eléctrica onde não existem consumidores para as enormes quantidades de energia térmica. Vantagens para o Sector Energético • O potencial de melhoria dos rendimentos de conversão só existe do lado da produção de electricidade; • Não faz qualquer sentido solicitar a um consumidor de calor que implemente um projecto de cogeração com base no argumento de que é necessário melhorar a eficiência da produção de energia térmica (que é a única energia útil que normalmente produz); • No caso do consumidor de calor optar pela instalação de uma central de cogeração, está na realidade a melhorar a eficiência da produção de electricidade (energia útil que normalmente não produz). Em Junho de 2011, a CE propôs um novo conjunto de medidas destinadas a aumentar a eficiência de energia dos EUs para atingirem a meta de 20%. A nova directiva solicita aos Estados Membros 30 que estabeleçam medidas para o uso de energia com mais eficiência em toda a cadeia de produção de energia. Principais disposições propostas: Obrigação legal de estabelecer regimes de poupança de energia em todos os EstadosMembros; O sector público deve dar o exemplo, aplicar normas de elevada eficiência energética na compra de imóveis, produtos e serviços, também na renovação de edifícios públicos; Auditorias obrigatórias e regulares de energia devem ser introduzidas para as grandes empresas; Para o sector nacional do abastecimento energético, os Estados - Membros devem adoptar planos para o aquecimento e arrefecimento e desenvolver e o potencial para a produção em alta eficiência e eficiência em aquecimento e arrefecimento urbano, e todas as plantas de cogeração existentes e as novas tenham os valores de alta eficiência; Os Estados - Membros devem estabelecer um inventário de eficiência energética para instalações de empresas de combustíveis e refinação de óleo mineral e gás, bem como os conjuntos de requisitos de prioridades garantidas no acesso à rede. Os Estados – Membros devem eliminar os obstáculos do mercado para eficiência energética no sector da habitação, devem agir de acordo com o promoção deserviços de energia , reforçar a certificação, terem ações sensibilização. A CE vai aferir em 2014, se a UE atinge a meta de 20%, apresenta o relatório de avaliação ao Conselho e ao Parlamento e, se necessário irá propor objectivos nacionais obrigatórios. Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética 1.5 Programa de Eficiência Energética na Administração Pública- Eco AP O Proograma ECO.AP visa promover a eficiência energética na Administração Pública e tem como objetivo permitir ao Estado a redução da fatura energética em 30% até 2020, nos respectivos serviços e organismos públicos, com a consequente redução de emissões de CO2. As economias energéticas serão potenciadas por contratos a realizar entre o Estado e as Empresas de Serviços Energéticos, especialistas em eficiência, previstas no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética. No âmbito do Plano Novas Energias – ENE 2020, foi criado o Programa de Eficiência Energética na Administração Pública, Eco.AP, com o objectivo de aumentar em 20% a eficiência energética nos serviços públicos, equipamentos e organismos da Administração pública, no horizonte de 2020. Lançado através da Resolução do Conselho de Ministros de 9 de Dezembro de 2010, a Eco.AP é um programa evolutivo, com a ambição de promover uma gestão racional dos serviços energéticos, nomeadamente através da contratação de empresas de serviços energéticos (ESE). Benefícios do Eco.AP: Redução da factura energética nos serviços e organismos públicos; Redução da emissão de gases com efeitos de estufa; 31 Estímulo da economia através da criação do quadro legal das empresas de serviços energéticos (ESE) e da contratação pública de gestão de serviços energéticos; Contribuição para a concretização dos objectivos estabelecidos no Programa Nacional para as Alterações climáticas (PNAC). O programa Eco.AP passa ainda pela: 1. criação da figura do gestor local de energia responsável pela dinamização e verificação das medidas comportamentais de eficiência energética em cada serviço ou organismo da Administração Pública; 2. implementação do barómetro da eficiência energética destinado a divulgar os consumos energéticos de todos os edifícios e serviços; 3. selecção em cada Ministério dos organismos ou serviços que representam os maiores consumos de energia a fim de iniciarem os procedimentos de contratação tendentes a aumentar a eficiência energética e a redução do consumo em 2011; 4. intervenção em todos os edifícios e serviços até 2013. 1. 6 Sistema Nacional de Certificação Energética de Edifícios O Decreto-lei nº 78/2006 de 4 de Abril aprova o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) e transpõe parcialmente para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2002/91/CE, do Parlamento Europeu, de 16 de Dezembro, relativa ao desempenho energético dos edifícios. O SCE é um dos três pilares sobre os quais assenta a nova legislação relativa à qualidade térmica dos edifícios em Portugal e que se pretende venha a proporcionar economias significativas de energia para o país em geral e para os utilizadores dos edifícios, em particular. Em conjunto com os regulamentos técnicos aplicáveis aos edifícios de habitação (RCCTE, DL 80/2006) e aos edifícios de serviços (RSECE, DL 79/2006), o SCE define regras e métodos para verificação da aplicação efectiva destes regulamentos às novas edificações, bem como, numa fase posterior aos imóveis já construídos. 32 Fig. 6 Certificado de Desempenho Energético e QAI • Identificação da fracção; • Etiqueta de Desempenho Energético - 9 classes + (de A a G); • Emissões de CO2 da fracção; • Desagregação necessidades de energia (aquecimento, arrefecimento e águas quentes) 2 (necessidades energia em kWh/m .ano). Fig. 7 - Evolução do sistema de certificação em Portugal Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (RSECE) 33 O Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (RSECE) veio definir um conjunto de requisitos aplicáveis a edifícios de serviços e de habitação dotados sistemas de climatização, os quais, para além dos aspectos relacionados com a envolvente e da limitação dos consumos energéticos, abrange também a eficiência e manutenção dos sistemas de climatização dos edifícios, impondo a realização de auditorias energéticas periódicas aos edifícios de serviços. Neste regulamento, a qualidade interior surge também com requisitos relativamente aos caudais mínimos do ar interior por tipo de actividade e a concentrações máximas dos principais poluentes (edifícios existentes). Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) O Decreto-Lei 80/2006, de 4 de Abril, Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) estabelece requisitos de qualidade para os novos edifícios de habitação e de pequenos edifícios de serviços sem sistemas de climatização, nomeadamente ao nível das características da envolvente, limitando as perdas térmicas e controlando os ganhos solares excessivos. Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos para climatização e produção de águas quentes, num claro incentivo à utilização de sistemas eficientes e de fontes energéticas com menor impacte em termos de energia primária. Esta legislação impõe a instalação de painéis solares térmicos e valoriza a utilização de outras fontes de energia renovável. 1.7 A Diretiva Europeia de Energias Renováveis Directiva 2010/31/EU “Nearly Zero Energy Buildings – NZEB”Artigo 2ª da Directiva 2010/31/EU “Edifício com necessidades quase nulas de energia”, um edifício com um desempenho energético muito elevado. As necessidades de energia quase nulas ou muito pequenas deverão ser cobertas em grande medida por energia proveniente de fontes renováveis, incluindo energia proveniente de fontes renováveis produzida no local ou nas proximidades; Fig. 8 – Edificio Solar XXI - “Edifício com necessidades quase nulas de energia 34 Fig. 9 Gráfico Directiva 2010/31/EU Evolução até 2020 35 Módulo 2:Financiamento a remodelaçãodos edifícios existentes 2.1 Introdução A reabilitação em todo o “stock” de edifícios existente na Europa parece ser um desafio poderoso, sobretudo se tivermos consideração os vários conhecimentos que se reúnem numa constelação. Entre esses elementos, o financiamento parece ser a montanha impossível que todos nós lutamos para alcançar. Primeiro que tudo à que comprrender o nível básico e, em seguida, aumentar nosso conhecimento útil para um grau onde nós realmente podemos implementá-lo. Entre os vários intervenientes envolvidos no desenvolvimento, fornecimento e utilização do financiamento para adaptação a posteriori, as autoridades locais desempenham um papel especial. Devido ao seu tamanho e posição na "cadeia alimentar", elas podem atuar como uma ponte entre aqueles que podem fornecer o financiamento (Estado, bancos comerciais, indústrias e empresas) e aquelas que precisam de reabilitar/ adaptar as suas casas e bens (Proprietários da Terra). Na região da CEE – Comunidade Económica Europeia este papel é de elevada importância uma vez que a grande maioria dos edifícios pertencentes a indivíduos (na Hungria por exemplo isso equivale a quase 96% das ações de todo edifício). Este módulo tem a intenção de fornecer uma introdução passo a passo para “saberem como" pode ser utilizado por profissionais que trabalhem para as autoridades locais de modo a desenvolverem novas formas de financiar as remodelações facilitadas pelas autoridades locais (AL) propriamente ditas. Ou seja, é necessário que as AL se tornem catalisadoras para financiarem, e facilitem a ligação entre fornecedores e consumidores finais. Um catalisador que pode projetar formas sustentáveis e acessíveis para o financiamento de um mercado que está nas mãos de um meio em grande parte ligado às famílias de baixa rendimento. As AL podem considerar as necessidades locais relevantes ao implementar estes modelos tornando-os financeiramente mais eficientes. Compreender, planear e implementar. 2.1.1 Evolução histórica e uma visão global De acordo com o relatório " Eficiência Energética e o Sector Financeiro" encomendado pelo UNEP Programa das Nações Unidas para o Ambiente em 2009 antes da reunião do clima em Copenhaga (CQNUAC CoP 15), as instituições financeiras do sector público continuam a ser a força motriz por trás do desenvolvimento de regimes de financiamento e ferramentas para investimentos em EE. – Eficiencia Energética Este envolvimento varia de instituição para instituição em todo o mundo, e não é limitado aos países em desenvolvimento. O mesmo relatório encontrou no sector privado as instituições 36 financeiras (bancos comerciais) "muito interessadas" embora parece falhar no que é chamado por alguns a "mina próxima do empréstimo" a obter ao nível de escala e a oportunidade necessária para fazer atividades de eficiência energéticas específicas e comercialmente atraentes financeiramente. O relatório concluiu que, em relação ao seu potencial, havia poucas evidências de atividades dedicadas pelas instituições financeiras ao sector privado nesta área. Assim, integração da EE – Eficiência Energética e o investimentos FER - Fontes de Energia Renováveis está ainda longe de ser uma realidade, embora o relatório também mencionou vários esquemas inovadores e ferramentas desenvolvidas por diferentes empresas e agências que podem ser um potencial para seguir. Embora durante os últimos 20 anos a eficiência energética (EE) e as fontes de energia renováveis (FER) tornaram-se - num tema cada vez mais importante, a razão por trás desta mudança foi lenta e ainda a tem sido devido ao preço que se tem de pagar pelo combustível e energia pelos utilizadores finais, e não pela pela consciencialização da pegada global. ambiental Para os governos os problemas relacionados à segurança e a energia / pobreza de combustível foram importantes temas de debate. Manter o fornecimento estável e os preços baixos parece ser uma regra de ouro política. Infelizmente no passado a maioria dos governos tentou resolver este dilema disseminado/comprando o combustível barato (quando disponível) e incentivando os utilizadores finais para consumir cada vez mais e desenvollvendo um ritmo insustentável. Tem sido apenas recentemente (últimos 2-3 décadas) que alguns começaram a pensar o contrário, a exploração da queima de combustíveis fosseis poderia procurar fontes alternativas de energia, e em vez de se consumir mais, e mais eficientemente do que nós precisamos poderiamos diminuir a pressão sobre o estado da exploração/importar mais e mais combustível. Infelizmente de acordo com a Rede Global da Pegada Ecológica já consumimos mais como uma comunidade global e esperamos que o nosso consumo de recursos naturais passe para os 200% da capacidade da vida na terra até 2050, pois serão necessárias duas Terras para sustentar o estilo de vida de consumo dos nossos dias. Os recursos naturais incluem, entre outros, extração de matéria-prima, combustível, energia e água, ou seja, pois os investimentos em EE e FER parecem não ser suficientes; temos de avançar para uma economia baseada na produção e consumo sustentáveis. Esta visão integrada inclui o ciclo de vida do edifício no caso do ambiente construído. É importante observar que, durante o ciclo de vida de um edifício em torno de 15% (+ /-5%) de energia é consumida durante a demolição, construção e fabrico de material, o restante (cerca de 85%) do consumo está relacionado com o espaço e água, refrigeração, eletricidade e aparelhos de aquecimento. O ambiente construído é o único sector mais importante quando se trata da mitigação das alterações climáticas, e de acordo com o UNEP - Programa para o Ambiente bdas Nações Unidas somosresponsáveis por mais de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa em todo o mundo. O aumento da procura de espaço para moradias e escritórios resulta de um aumento no consumo de energia – especialmente em mercados emergentes, e em resposta ao crescimento da população e/ou ao aumento do poder de compra da classe média. 37 De acordo com o IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas o CO2 , as emissões do sector da construção aumentarão de quase 9 mil milhões de toneladas em 2004 para possivelmente valores entre 12 bilhiões e bilhiões de 16 tons, dependendo do cenário de crescimento (baixas VS altas) até 2030. De acordo com várias pesquisas feitas pelos 3CSEP Center for Climate Change and Sustainable Energy Policy na Universidade Central Europeia do sector de habitação, a habitação tem o CO2 mais elevado, e o potencial de redução de consumo de energia de todos os sectores, este ponto de vista também é compatível com a avaliação feita pelo IPCC (2007), que afirmou que que, até 2030, em comparação com a linha de base, uma redução de 30% no consumo de energia pode ser alcançado no ambiente construído a um custo negativo, sendo o maior em relação a todos os sectores. Baseado no protocolo de Quioto ligada à Convenção-quadro das Nações Unidas sobre as alterações climáticas (UNFCCC) foram desenvolvidos vários mecanismos de financiamento de carbono flexível chamados. Sendo os mais importantes os seguintes: Mecanismo de desenvolvimento limpo, (MDL) http://UNFCCC.int/kyoto_protocol/mechanisEstados Membros/clean_development_mechanism/IteEstados - Membros/2718.php http://UNFCCC.int/kyoto_protocol/mechanisEstados- Membros/joint_implementation/IteEstados Membros/1674.php Regime de Investimento Verde (RIV) no âmbito do comércio internacional de emissões. O RIV tem sido utilizado com êxito pela República Checa e a Hungria para produzir receitas que foram então utilizadas para subsidiar a renovação do parque habitacional existente. As duas regras básicas do RIV são os seguintes: sob o RIV numa parte do protocolo deseja-se que o desenvolvimento da economia não se esgote na cota de gases de efeito estufa, pode-se vender o excesso das unidades de cota atribuidas (UCA) de GEE Gases de Efeito de Estufa para outra parte. Os rendimentos das vendas das UCA devem ser canalizadas para o desenvolvimento e implementação de projectos que devem resultar em reduções de emissões de gases de efeito de estufa ("ecologização" rígida ) ou edifício até ao quadro necessário (soft "ecologização"). Os casos da República Checa e a Hungria são exemplos claros de quão forte é a ligação entre a estratégia global para diminuir as emissões de GEE e os investimentos locais em EE. 2.1.2 Apresentação Europeia e algumas instalações de subsídios/apoio relevantes na UE Embora a Europa tenha sido e continua a ser um líder na promoção da EE e investimentos nas FER numa vasta gama de sectores, incluindo o sector da construção e de acordo com a Agência Europeia do ambiente, as emissões totais de GEE foram reduzidas entre 1990 e 2010 para 15,5%, esta redução é principalmente devido à reestruturação dos países de Leste no início da década de 90. Para esta tendência continuar, a União Europeia, e os seus Estados-Membros e as autoridades regionais e locais devem reforçar a sua contribuição e fomentar o seu potêncial. 38 O sector da construção é responsável por 40% do consumo de energia da UE, e 36% de suas emissões de CO2 durante o ciclo de vida do edifício. Assim, este sector representa um grande potencial de poupança tanto financeiro, como a nível das emissões de gases de efeito estufa. De modo a promover a redução do lema do chamado 20-20-20, o objectivo foi adoptado de maneira e de forma à redução de 20% das emissões de gases de efeito estufa aumentarem a EE e as FER em 20%. De acordo com um estudo feito pela Universidade Central Europeia (CEU) e também de acordo com as estimativas da Comissão Europeia (CE), este objectivo não vai ser alcançado se o mercado não for mais desenvolvido, e apenas cerca de 11% será alcançado até 2020. Para fazer avançar estes objetivos o subsídio de vários programas e entidades de apoio foram desenvolvidas a nível da UE. Algumas das mais relevantes para as AL são o Fundo Europeu Desenvolvimento Regional (FEDER), o Grupo de Apoio Europeu ao Investimento em Sustenabilidade em Cidades (JESSICA),o programa Energia Inteligente (IEE) e o Mecanismo Local de Assistência Técnica Europeia de Energia (ELENA). Cerca de 2% do orçamento atribuído a cada país através do FEDER no grupo dos 12, da UE podem ser gastos com a EE – Eficiência Energética e a remodelação das áreas comuns de um edifício desde 2007. Infelizmente, em média um terço desta percentagem foi efectivamente gasta em habitação desde então. Os fundos FEDER são canalizados através da rede das Agências dedicadas ao desenvolvimento nacional e regional, assim, depende muito das prioridades fixadas pelas agências e, por sua vez estas dependem das prioridades governamentais. As AL são um elo de comunicação com ambas as entidades - agências de desenvolvimento na região, bem como com o governo. Elas podem influenciá-los a utilizar a percentagem atribuída apara reabilitação/adaptação . Desde 2009 os 4% do orçamento FEDER podem ser gastos para o mesmo objetivo em todos os EstadosMembros (no caso da UE 12, isto representa no total 6 %). Foi dada prioridade à habitação social e cooperativa, baixa renda e comunidades marginalizadas. Na região da CEE, a habitação social e cooperativa é praticamente inexistente (apenas uma pequena percentagem do stock de edifícios existentes) a criação de um parque habitacional social e cooperativo pode ser direcionado por um lado pela baixa renda das famílias que podem ser apoiadas. Ao contrário dos aopios e subsídios que podem ser usados somente para assistência técnica etc. o fundo como o FEDER pode ser usado para financiar os custos directos da remodelação de projecto. No Reino Unido por exemplo estes fundos foram utilizados pela habitação social, por empresas para remodelar certos edifícios colocando-os visitáveis como "casos de estudo" para sensibilização da comunidade. Muitas vezes estas "montras " são habitadas pelos inquilinos da sociedade que organizam os chamados "dias abertos" para as pessoas poderem visitar o edifício adaptado/reabilitado e ver de perto as melhorias, bem como falar com o inquilino sobre sua experiência. Cada projeto desenvolvido tem que fornecer e corresponder ao financiamento que pode variar bastante de projecto para projeto. A alocação de financiamento do FEDER que pode ser gasto em habitação deverá ser aumentada no próximo período (2013-2020). Para mais informações contacte a sua agência de desenvolvimento regional. A CE juntamente com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Conselho e do Banco de Desenvolvimento Europeu (BDE) também lançou o programa JESSICA que permite que os EstadosMembros utilizarem algumas das suas alocações de fundos estruturais (FE) em fundos rotativos 39 para ajudar a reciclar recursos financeiros de forma a acelerar os investimentos em áreas urbanas. Um Estado-Membro ou região pode canalizar parte dos apoios de FE no chamado " fundo urbano de desenvolvimento" à qual as Instituições Internacionais de Financiamento (IIF) / bancos de desenvolvimento podem acrescentar as suas contribuições. Outros investidores também podem participar, incluindo autoridades locais (AL) que podem fornecer terras e edifícios não só pelo financiamento directo. O Fundo de Desenvolvimento Urbano então criado pode ser para investir em capital próprio ou para dar garantias de empréstimos ou empréstimos para projetos de EE que fazem parte do chamado " plano integrado de desenvolvimento urbano sustentável". O BEI é capaz de fornecer assistência para AL. O programa IEE pode ser de grande utilidade para AL, pois estas são como beneficiárias de conhecimentos e melhores projectos de de práticas de transferência (como o atual projeto de Trainrebuild) ou como os parceiros nestes projectos. O programa abrange até 75% dos custos elegíveis do projecto, mas os projectos têm de ser propostos pelo menos com 3 parceiros independentes de 3 diferentes países elegíveis. O investimento em `hardware’, ou investigação ou projectos de desenvolvimento tecnológico, não são despesas elegíveis e o conhecimento desenvolvido, partilhado e divulgado deve ser transferível para outros países/regiões. Os projetos devem também ter um elemento inovador, e um valor acrescentado ao nosso conhecimento partilhado. É uma prioridade desenvolver formas inovadoras para enfrentar os obstáculos não tecnológicos que se interpõem entre EE e a integração das FER. Para um projeto IEE bem sucedido, um consórcio multisetorial de decisores é desejável, um coordenador que seja pro- ativo, e também cooperativo com parceiros que possam ter uma formação muito diversificada devido a diferenças culturais ou profissionais. Desde o lançamento dos projectos IEE, com base em propostas, que este programa é altamente competitivo; uma AL deseja aceder a fundos do presente programa, portanto, deve ter uma capacidade técnica interna bastante desenvolvida (peritos específicos, proposta escrita, competências linguísticas, redes, trabalhando num grande consórcio, coordenação do projeto ou workpackage, a emissão de relatórios etc. e uma boa parceria de cooperação com outras organizações ambientais ou acadêmicas, profissionais de consultoria. O banco de dados dos projetos finalizados do IEE devem ser consultados antes de ser escrita uma nova proposta. Além do mecanismo de assistência técnica do ELENA que as AL se podem candidatar, que é financiado pela CE através do IEE e gerido pelo BEI e pelo grupo KfW (banco alemão de desenvolvimento de propriedade); a sua missão é aumentar a capacidade técnica das AL para desenvolver programas de EE e FER. Este recurso é especialmente útil para as AL sejam de médio ou pequena dimensão e ou têm uma capacidade técnica interna de uma semana para desenvolver programas EE e FER maiores e mais abrangentes. A partir de 2011, 14 projetos estão em andamento. O ELENA pode ser usado por AL de modo a receberem apoio para desenvolver e implementar programas cujo destino a seja remodelação dos edifícios ou a melhoria do aquecimento urbano entre outros. O BEI é capaz de fornecer mais apoio. 40 2.1.3 O papel dos bancos de desenvolvimento,os governos nacionais e os bancos comerciais. Atualmente, não há nenhuma exigência para um indivíduo alcançar uma renovação térmica. Da mesma forma, se for o caso, não há obrigação de instalação de dispositivos para a produção de energias renováveis na habitação. C / Pobreza de combustível e da eficiência energética das habitações Cerca de 3,4 milhões de famílias pagam mais do que 10% dos seus recursos para pagar as suas facturas de energia. Destas famílias, 87% estão hospedadas no parque habitacional privado, 62% são proprietários de habitações, 55% vivem em comunidades rurais ou abaixo de 20 000 habitantes, e 55% têm mais de 60 anos. O compromisso nacional contra a pobreza de combustível, lançado a 26 de Janeiro de 2010 no Pacto Verde, destina-se a habitação para reabilitação, 300.000 casas modestas em situações de pobreza de combustível elevada, particularmente nas zonas rurais. O orçamento suplementar de 9 de Março de 2010 lançou um investimento para o futuro. O governo decidiu alocar 500 milhões de euros para a renovação da energia térmica de residências particulares e de proprietários com os rendimentos mais baixos. Esta medida vai financiar a adaptação/reabilitação de 300.000 unidades do calor de proprietários pertencentes a classes sociais mais baixas. Esta medida vai principalmente melhorarar o desempenho energético global destas habitações particulares renovadas, mas também servirá para financiar a instalação de sistemas de energia renováveis. 2.1.4. Os instrumentos financeiros A / Desenvolvimento de Taxa de Crédito Sustentável Esta medida, que incentiva a ampla divulgação de infra-estruturas de energia sustentável pode contribuir para atingir os objectivos ambiciosos da França em termos de poupanças energéticas e energias renováveis Faz parte da estratégia colocar em prática para reduzir por 4 % das nossas emissões de gases com efeito de estufa até 2050. Com equipamento de produção específica de energia proveniente de uma fonte renovável, são elegíveis: aparelhos abastecidos de aquecimento por madeira ou outra biomassa, equipamento ou abastecimento de água quente funcionando com energia solar, hidráulica, bombas de calor, proporcionando aquecimento ou produção de água quente, com excepção das bombas de calor, aquecimento do ar / ar, equipamento de produção de 41 energia a partir de energia solar, vento, água ou biomassa. Criado em 2005, o crédito fiscal foi originalmente concebido até 2009. Foi prorrogado para 2012. Beneficiários O benefício do crédito fiscal é concedido a indivíduos que paguem as despesas de capital da sua residência principal. O benefício fiscal aplica-se igualmente aos contribuintes proprietários, inquilinos ou ocupantes sem nenhum custo para sua residência principal. São necessáros certos equipamentos, condição para a habitação ser considerada elegível. Desde 1 de Janeiro de 2009, o âmbito de aplicação do crédito fiscal foi estendido para os senhorios desde que se comprometam a ficar com a habitação num período mínimo de cinco anos. O máximo de despesas elegível é fixado em € 8.000 para uma única pessoa, e depósito de € 16 000 para casais em conjunto, mais 400 € para cada dependente Especificações técnicas O crédito fiscal para o desenvolvimento sustentável tem como alvo uma gama de excelentes produtos. Estão em causa: dispositivos para controlar o aquecimento, programação de aquecimento, os materiais de isolamento térmico, meios de produção de água quente e aquecimento por fontes de energia renováveis e produção de energia renovável. B / Eco Empréstimos O Eco-empréstimo irá melhorar a rentabilidade dos projectos para reduzir o consumo de energia ou incorporar dispositivos de energias renováveis. Os eco - empréstimos a custo zero serão destinados a proprietários, senhorios, sociedades civis que não estão sujeitas a imposto de renda, e pelo menos a um parceiro que é um indivíduo. A habitação deve ser concluída antes de 1 de Janeiro de 1990 e ser habitada como residência principal. Todos os indivíduos podem beneficiar de projetos nas suas residências principais, incluindo aluguer de habitações de condomínios No caso de condomínios, o eco-empréstimo pode financiar a obra em sectores públicos e unidades de habitação. O consentimento de um máximo 42 adiantamento reembolsável a uma casa pelo banco é fixado em € 30 000 por unidade. O período de reembolso vária de 3 a 10 anos e até aos 15 anos sobre uma proposta pelo banco que é parceiro. O eco-empréstimo é combinado com outros mecanismos de apoio, incluindo os certificados de poupança de energia e empréstimo sem juros concedidos para as operações de compra e renovação/adaptação. Os eco-empréstimos também vêm complementar a gama de instrumentos financeiros que já existem, de incentivos para renovações no edifícado, o crédito fiscal como "desenvolvimento sustentável" e o “libreto” para o desenvolvimento sustentável. Com esta medida transitória, até o final de 2010 e testada, é possível beneficiar um crédito de imposto cumulativo para o desenvolvimento de empréstimos e de interesse ecológico sustentável. Passos O eco-empréstimo funciona através de um acordo assinado entre o Ministério da Energia, ADEME e uma rede de bancos parceiros. O estado compensa a falta de juros cobrados pelo banco através da concessão de um crédito de imposto. Condições para a concessão O eco-empréstimo utilizado para financiar o trabalho sobre a economia de energia e os potenciais custos resultantes deste trabalho para tornar a habitação energeticamente mais eficiente, mais confortável emitindo assim menos emissões de gases com efeito de estufa. Ele cobre: o custo do fornecimento e instalação de equipamentos, produtos e estruturas necessárias para a realização dos trabalhos elegíveis; o custo de remoção e configuração do resgate de livros, produtos e equipamentos existentes, os custos de assessoria de projetos e estudos relacionados com o trabalho, o custo do cliente seguro eventualmente adquirido pelo mutuário, o custo do trabalho desenvolvido indissociavelmente ligado ao trabalho elegível. Para tirar proveito do eco-empréstimo, deve ser: criado um "grupo de trabalho" de execução que consiste em pelo menos duas ações significativas para melhorar o desempenho energético da habitação. O trabalho, realizado por profissionais, deve ser escolhido em pelo menos dois dos seguintes procedimentos: 43 desempenho do isolamento do telhado, desempenho do isolamento das paredes exteriores, desempenho do isolamento de janelas e portas para o exterior instalação ou substituição de aquecimento, ou desempenho de produção de água quente, instalação de um aquecimento utilizando fontes de energia renovável, trabalhos de instalação de equipamento de água de quente a partir de produção de fonte de energia renovável; ou um nível de "desempenho energético global" mínimo de habitação (como parte de um estudo de energia conduzido por uma empresa de consultoria) ou implementar reabilitação dos sistemas de dispositivos de esgotos que não consomem energia. A abordagem global térmica da habitação é para reduzir o consumo teórico do edifício para passar abaixo dos seguintes limiares: consumo de kWhep inferior a 150 / m ². ano se habitação consumo antes do trabalho, mais de 180 kWhep / m ². ano consumo de menos de 80 kWhep / m ². ano, se a casa é utilizada, antes da construção, kWhep inferior a 180 / m ². ano. c / outras taxas excepcionais e acelerada ou depreciação Ao mesmo tempo com o crédito fiscal, é possível beneficiar sob certas condições das isenções fiscais e descontos específicos. Assim, os proprietários de sistemas fotovoltaicos com uma capacidade de menos de 3 kW estão isentos de processos fiscais relacionados à venda de electricidade particularmente produzida, não pagam imposto sobre o rendimento proveniente da venda de electricidade. Finalmente, o código de imposto proporciona que os equipamentos para a produção de energia renovável possam ter um saldo decrescente ou pendente a mais de 12 meses. A propriedade é desvalorizada durante 12 meses mais rapidamente do que é justificado através do desgaste economico, que pode ser deduzido nas anuidades de investimento maior do o saldo decrescente. A lista dos equipamentos envolvidos é determinada pelo código de imposto: bombas de calor geotérmica ou ar / água com um coeficiente de desempenho maior ou igual a 3; turbina de condensação para produzir electricidade através do vapor, principalmente provenientes da incineração de resíduos industriais ou condensação de domésticos; 44 equipamento para a recuperação de energia solar para pré-aquecimento fluido, a preparação de água da caldeira, água quente e armazenamento para ligação à rede, armazenamento e produção de electricidade, equipamento para utilização de água, vento ou energia geotérmica, o seu armazenamento e ligação com a rede ou com o calor. D / certificados brancos Especificamente, o dispositivo deve alcançar economias de energia para os consumidores. O CEE Crédito de Eficiencia Energetica é a evidência, aprovada pelas autoridades, uma medida para economizar energia (ou substituir uma fonte renovável de combustíveis fósseis) foi executada. Os principais intervenientes neste sistema são "forçados". Na verdade, são lhes impostos metas para alcançar economias de energia ao longo de um período definido. Os certificados devem incentivar os consumidores (indivíduos, governos locais, público, etc.) a fazerem poupanças de energia. O objectivo das iniciativas é muito aberto: pode ser uma fonte de informação, incentivos financeiros para realizar obras de renovação/adaptação de energia. Por razões de capacidade de produção, foi criada uma lista de ações, chamada de "operações padrão": entre outras coisas, encontramos a substituição de uma caldeira antiga para uma caldeira de condensação, substituição da janela por equipamentos mais eficientes, isolamento de parede, etc. Para cada uma detsas ações, um pacote de poupança de energia (em kWh cumac) foi calculado. Para fornecedores que desejam executar ações que não estãejam incluídas na lista (operações não-padrão), podem ser oferecidas"operações especiais". E / O financiamento por terceiros • • • • • • • Vários tipos de ferramentas já estão sa ser preparadas para encorajar e apoiar os proprietários de habitações para renovar/reabilitar as suas casas: Investimento do proprietário Apoio ao público direto e indireto: Incentivos fiscais (por exemplo crédito fiscal, isenção de taxas ficas para edifícios existentes.) Subsídios directos das autoridades locais ou do Estado Empréstimos com juros bonificados (ex: Eco PTZ, prestações a custo zero para indivíduos, Eco Habitação Social) Instrumentos mercado (ex: certificados brancos para economia de energia, mercados de CO2) 45 O reforço de determinados dispositivos ou mobilização e segurança na poupança de energia, o investimento de terceiros e o cliente deve alcançar ambiciosas poupanças de energia devido a obras de renovação/reabilitação. Os mecanismos de mobilização das futura poupança de energia para financiar uma parte da renovação com grande interesse para ser menos consumidora de fundos públicos. a) Desempenho energia pelos contratantes Um termo genérico para um contrato imobiliário de serviços e / ou serviços incluindo desempenho energético garantido, fornecido pelo fornecedor ao cliente, principal contratado para a operação. O caso específico de condomínios Grenelle 2, em França tem forte interesse em conseguir poupanças de energia em condomínios. Esta região propôs-se no princípio dos contratos de desempenho energético: o administrador escolhe um fornecedor de serviços de eficiência energética (após várias ofertas competitivas), que irá comprometer-se a colocar o dinheiro do condomínio. O contrato de desempenho energético deve permitir uma economia de energia suficiente para cobrir os investimentos dos proprietários bem como as despesas incorridas pelo requerente. Para o administrador, a vantagem é que o investimento será zero, porque o contrato por exemplo pode exigir que o fornecedor seja pago de acordo com a poupança de energia realizada dentro do condomínio. b) terceiros financiamento para renovação/reabilitação energética de uma habitação O terceiro financiamento é um mecanismo financeiro para o proprietário de um edifício financiar a renovação/reabilitação de um terço dessa parte. Este, é pago então durante um período definido como um contrato de "aluguer/arrendamento ". Na propriedade a adaptação térmica, é o princípio de é que economias de energia conseguidas após o trabalho, beneficiam o ocupante do edifício, e assim pode ser a principal fonte de renda que o investidor paga a terceiros. Este mecanismo permite que um proprietário de uma habitação possa renovar a sua habitação sem avançar com grandes somas de dinheiro. O terceiro mecanismo de financiamento deve estabelecer um compromisso contratual de modo a garantir o desempenho de energia para proteger o proprietário do edifício. O caso da região de Ile-de-France: SEM energia positiva A Ile-de-France marcou o Plano Regional para as Alterações Climáticas adoptado em Junho de 2001 , com a origem à criação de um operador de energia pública, SEM Energias POSIT'IF. 46 Este operador destina-se a reduzir a vulnerabilidade da população em energia, uma vez que a Ilede-France agora é 98% dependente de energias não renováveis (fósseis e físseis). Duas das casas que foram construídas antes dos primeiros regulamentos térmicos e 300.000 famílias já vivem na pobreza de combustível. A criação da semana aguarda, portanto, grandes expectativas das autoridades locais e da região de Paris em duas questões principais: -Começar a renovação/reabilitação de edifícios negligenciados, especialmente condomínios, do parque imobiliário pertencentes às autoridades locais e aos pequenos senhorios sociais; -Apoiar o desenvolvimento das energias renováveis na Ile-de-France. Na verdade, o POSIT'IF Sem Energias visa complementar e transmitir estruturas e mecanismos de resposta no local. Não se pretende substituir o existente, mas intervir onde os atores precisem de apoio, coordenação específica para conseguirem fundos e proteger o seu envolvimento no ponto de vista jurídico, técnico e financeiro. Energias POSIT'IF, destina-se assim, a reforçar o controlo público de projectos de eficiência energética e energias renováveis, condição necessária para estes projectos serem movidos por objectivos ambientais e objectivos sociais contribuindo para o desenvolvimento sustentável na região de Paris. Estudos preliminares realizados por região, e por Depósito, e Remessa têm descoberto as possibilidades de intervenção do SEM Energias POSIT'IF tendo estas duas missões: consultoria especializada e assistência ao proprietário sobre as transacções de investimento no financiamento de terceiros (no sector da construção) e equidade (no campo das energias renováveis). Foi estimado que o capital inicial de energias POSIT'IF seria até 5,63 milhões de euros, e iria apoiar técnica e financeiramente a execução de um volume de projeto entre 40 e 70 milhões de euros (dependendo do cenário). A região pretende envolver até 4 milhões de euros e visa envolver pelo menos uma dúzia de autoridades locais, associações de autoridades locais, e instituições financeiras e de seguros. Este é um nível de participação do público entre 75% e 85% do capital. 2.2 Noções básicas sobre modelos de financiamento tradicionais e alternativos e como desenvolver regimes de financiamento locais As autoridades locais podem desenvolver ou apoiar no desenvolvimento de ferramentas de financiamento, que podem ser utilizadas para a construção de um “stock” existente de reabilitação. 47 Existem bons exemplos tanto no Leste, bem como na Europa Ocidental. Os diferentes modos de financiamento têm ambos vantagens e desvantagens e necessitam de ponderar cuidadosamente a necessidade relevante local antes de decidir qual esquema a utilizar. Um dos pontos mais importantes a considerar é o efeito de alavanca que o modelo pode atingir. Que é: quantas as entidades financeiras que podem ser mobilizadas a partir do sector comercial e privado através do regime. O segundo factor no caso de um regime de apoio ao empréstimo/empréstimo, é a acessibilidade ao mesmo. É preciso considerar quanto o proprietário da habitação será capaz de pagar. No caso de um subsídio, as questões a considerar são os custos para as AL bem como o seu valor acrescentado. É preciso considerar onde um subsídio pode juntar valor ao projeto e onde faz sentido auxiliar o agregado familiar em função de um contexto social e econômico. O retorno sobre o projeto/tecnologia ou mix de tecnologia também é algo a considerar. 2.2.1 Os modelos tradicionais Os equemas tradicionais são amplamente distribuídos e usados na Europa. A principal diferença entre estes e o tipo mais inovador de financiamento é que eles têm de construir já infra-estruturas de plano de fundo que as torna muito atraentes para as autoridades e aos bancos comerciais. Em relação ao financiamento inovador, os bancos e as autoridades já tem capacidade interna para usar esses métodos. É de referir que estes regimes parecem ser incapazes de cobrir um grande segmento do mercado de remodelação. Há várias razões para essa falha que serão detalhadas abaixo. 2.2.1.1 Subvenção estadual Os projectos financiados até agora de auxílio ao Estado são apenas o pico do iceberg se o objetivo é remodelar o “stock” de edifícios inteiros até 2050. A razão para essa falha é a falta de fundos públicos para cobrir estes custos e a variabilidade na intensidade do programa e regularidade. O montante atribuído ao ano, geralmente varia, e em tempos economicamente difíceis muitas vezes, ascende a zero. Muitas vezes o programa funciona por alguns anos e, em seguida, entra na sua pausa ou ano de fecho ou um/dois anos de pausa entre anos ativos. Estes programas também destinam-se a tipos edifícios específicos (muitas vezes multi edifícios residenciais), enquanto outros recebem pouco, ou nenhum apoio. Os subsídios estatais muitas vezes oferecem-se como um apoio social para famílias de classe médio até famílias com baixas rendas (além de seu papel como incentivos para impulsionar o mercado de remodelação/reabilitação), mas neste caso não há nenhuma evidência que as famílias que beneficiem destes programas são apenas famílias realmente de média e de baixas rendas, desde que o plano de fundo econômico das famílias não é investigado. Se uma determinada família poderia pagar para cobrir a necessidade de investimento de fundos próprios, ou os próprios ou fundos + empréstimos para subsídios que recebem, tem de ser considerado um "investimento a fundo perdido". 48 2.2.1.2 Subsidios locais Uma autoridade local (AL) também pode subsidiar a renovação/reabilitação dos edifícios de habitações privadas. Na Hungria, por exemplo o tipo mais comum de projeto parcialmente financiado por subsídios locais é a renovação das fachadas do edifício. Estes tipos de subsídios para os próprios investidores não têm a ver com investimentos de EE. Mas este tipo de apoio são um bom exemplo que as AL podem independentemente da existência de mecanismos de apoio do Estado utilizar pelo seu próprio regime de subsídios. Na CEE atualmente as AL na sua maioria fornecem subsídios e apoios para investimentos de EE e fazêm-nos em simulâneo com os programas existentes do Estado, e muitas vezes dependem desses programas. A incoerência dos programas a nível nacional deve incentivá-los a tornarem-se mais independentes, e a criar e implementar estratégias de remodelação nos seus próprios territórios. Subsidiar parte da necessidade de investimento é um dos mecanismos que eles podem empregar dedicar-se. Ao criar um regime local têm em conta diversas necessidades locais, como o tipo de possibilidades de melhoria, tempo de retorno, que tipo de tecnologia deve ser utilizada, e as garantias que são necessárias da parte do executor do projeto. Elas podem utilizar este tipo de regime de apoio para capacitar as comunidades locais, não só as famílias, mas também a cadeia de abastecimento local, as pequenas e médias empresas, e as ONG. Elas podem cobrir no âmbito do programa tipos de edifícios e famílias não contempladas nos programas nacionais (se houver alguns). Elas podem dar especial atenção a estas famílias que não podem pagar para renovar/reabilitar as habitações ou não podem pagar para ter um empréstimo. Os subsídios são mais úteis quando cobrem apenas parte das famílias que não podem pagar os empréstimos mais baratos. As AL devem ser capazes de discriminar entre famílias desafiadas com base na sua renda já que a maioria das famílias socialmente e economicamente já fazem parte do banco de dados social local. 2.2.1.3 Hipoteca /ativos com base em empréstimos comerciais Este tipo de ferramenta de financiamento é amplamente utilizada por bancos comerciais em toda a Europa. Ela é utilizada tanto para a compra de novas construções, bem como para a reabilitação/adaptação ou uma parte adicional construída no edifício já existente. As taxas de juro também variam consideravelmente de país para país, e nos bancos em questão. Uma vez que é um empréstimo comercial o preço é geralmente tão elevado como taxa de juros de 8-a 10%. A vantagem desta ferramenta de financiamento é que ela é amplamente utilizada e a capacidade interna dos bancos está bem desenvolvida para responder às necessidades do mercado. Outra vantagem é que a maioria dos financiadores considera um investimento seguro desde que a propriedade esteja lá para garantir o empréstimo, e em caso de incumprimento o banco pode vender o imóvel e ainda ganhar novamente o seu investimento. 49 A desvantagem resulta claramente. Durante a crise do crédito hipotecário, devido à saturação do mercado estas propriedades poderiam não ser vendidas a um bom preço ou pior ainda, se não for suficiente rápido para cobrir os problemas da liquidez do banco. Para o proprietário, que coloca um crédito hipotecário na sua casa à "disposição do banco e se a propriedade é rapidamente vendida ou leiloada num mau mercado pode ter uma enorme perda. Assim, a utilização deste tipo de crédito para a adaptação de EE de uma habitação geralmente é limitado por vários fatores. Este tipo de empréstimo pode ser usado por qualquer proprietário, público ou privado em que uma propriedade tem um valor real para o banco de acordo com a metodologia de avaliação do valor do banco específico em questão e está disposta a "entregar" parte de sua propriedade para o banco, para a celebração de um contrato de empréstimo. O proprietário deve também estar consciente do preço que tem de pagar pelo empréstimo, assim, o investimento que utiliza para o empréstimo deverá abranger o interesse que o mesmo tem, de forma a sentir-se bem para poder pagá-lo. Este tipo de contrato também requer que o utilizador do empréstimo pague os juros mensais ao banco. Em caso de não pagamento por um mês, ou durante alguns meses dependendo do contrato, o banco pode rescindir o contrato e pode leiloar a propriedade por um preço muito abaixo do valor de mercado da propriedade. As AL também podem ter cesso a este tipo de empréstimo até um certo limite para renovar/reabilitar os edifícios que estão na sua posse Os bancos comerciais financiam mais investimentos EE e FER na habitação através dos seus esquemas - tipo de hipoteca. Este tipo de empréstimo é limitada na Europa Ocidental pelo facto de que muitas das habitações não pertencem aos inquilinos em questão e, claro, são feitas "estimativas de valor" da propriedade no caso de um proprietário. Embora, este tipo de empréstimos de hipoteca são ainda amplamente utilizados ainda nestes países, o seu uso diminuiu drasticamente após a crise de crédito e a seguinte recessão (uma crise de confiança). No Leste, ao contrário dos países ocidentais este tipo de empréstimo é menos vezes utilizado. Um dos principais motivos é a falta de vontade de "pôr em causa a habitação". Outra razão importante é que são necessários "fundos próprios" como segurança adicional e os limites impostos pelos regulamentos de banco. Hipoteca "Verde": Um bom exemplo é o regime dos Países Baixos. Se a habitação responde ás as regras da sustentabilidade como um novo ou recondicionado critério, uma redução de 1% de juros é concedida na taxa de juros que têm de pagar pelo empréstimo de hipoteca, o contrato de empréstimo é de 10 anos e o montante máximo de empréstimo para uma hipoteca verde é 34.000 euros. Este regime tem sido criticado por várias Organizações Não Governamentais ONG e pelas partes interessadas por não fornecerem um incentivo adequado e por ser usado como um rótulo 50 de" lavagem verde de dinheiro" pelos bancos, e a diferença entre este tipo e o esquema de hipoteca tradicional é muito pequena. 2.2.1.4 Modelo Tradicional Combinado O romeno " programa nacional plurianual para a reabilitação térmica dos blocos de apartamentos" é um bom exemplo deste modelo. O programa apoia a implementação do projeto, fornecendo apoio estatal de 50%, 30% de subsídios/auxílio local (ou em casos especiais de 50%), o restante 20% pode ser coberto pela poupança da associação de proprietários de habitações ou pelo acesso a um empréstimo de um banco comercial. Vários outros países executam programas de trabalho semelhantes. A principal diferença é a percentagem que é coberta pelas partes interessadas. A força deste tipo de programa é óbvia. Há muitos partidos que assumem a responsabilidade para que os riscos sejam partilhados entre as partes interessadas. Este tipo de modelo exige menos que qualquer um dos próprios fundos, ou os custos iniciais do proprietário. E os bancos ficam mais satisfeitos apenas se co-financiar em em vez de financirem ma totalidade o projeto. A fraqueza é clara e evidenciada como mencionado no escrito anteriormente; depende do programa de execução estado. E como todos os programas de auxílio /subsidios são úteis somente quando o agregado familiar em questão tem realmente um rendimento baixo. 2.2.2 Modelos alternativos Os esquemas eco são amplamente menos difundidos em comparação com os financiamentos do tipo "business as usual". Eles envolvem várias partes interessadas, ou fundos especiais como facilitadores. A necessidade de ferramentas de financiamento alternativas ou inovadoras surgiram principalmente por causa da incapacidade dos regimes anteriores para suportar o mercado, ou porque os regimes anteriores limitam-se apenas a uma determinada parte do mercado. Este tipo de financiamento é muitas vezes facilitado a nível internacional por vários bancos de desenvolvimento que trabalham com bancos comerciais locais. Se este for o caso, então o financiamento está disponível enquanto o programa está em execução (como no caso de HEECP na Hungria). Nste tipo de financiamento também é utilizado por alguns os programas governamentais de diferentes países. Na Roménia os bons exemplos são os empréstimos subsidiados e garantidos e são utilizados para cobrir os restantes custos de 20% sobre o projeto, em que o governo e as AL cobrem os restantes 80%. Conforme mencionado anteriormente, se o facilitador é o Estado, o financiamento está disponível apenas no que respeita ao programa que está a ser executado. A AL 51 pode tornar-se um facilitador semelhante e desenvolver sistemas semelhantes para suas próprias necessidades locais. Podem atuar como impulsionadores, bem como facilitadores. Ao fazerem isso, podem ajudar a mobilizar financiamentos de bancos comerciais locais que podem ser usados pelos proprietários para reformar/adaptar a sua propriedade. Podem mobilizar financiamentos provenientes de empresas de serviços de fornecimento e de energia. 2.2.2.1 Subsídios através de empresas de utilidade pública – UP Os uilizadores de companhias estão interessados e o cobrador interessado em ajudar os clientes a tornarem-se mais eficientes energeticamente Eles estão cada vez mais interessados, em ajudar as famílias enfrentem mais problemas em pagar as contas mensais devido aos elevados preços da energia e os baixos rendimentos. Os atrasos de pagamento afectam negativamente o fluxo de caixa do utilizador em questão. Se têm um mercado mais "controlado" podem calcular os riscos com mais precisão. Estão também interessados nesta possibilidade porque podem anexar os custos da renovação/reabilitação para as contas mensais, "garantias" de um cliente base. Por outro lado,estão interessados desde melhorias que resultam EE em edifícios e a reduzir os consumos de energia e combustível pois significa também menos renda. Estão mais interessados em encontrar novos clientes em vez de investir em "antigos". As AL podem facilitar o seu interesse de diferentes formas, subsidiar parte da necessidade de investimento, ou através da oferta de incentivos fiscais. A AL e a empresa em causa pode configurar os critérios em conjunto, tecnológicos, ou de outros, exigir auditorias energéticas, etc. A empresa pode usar os próprios fundos ou utilizar empréstimos comerciais para fornecer financiamento para as famílias. Este tipo de regime é limitado pela regra "pagar de acordo com aquilo que poupa" desde que qualquer investimento não tenha retorno durante o tempo de vida da própria medida com o custo da melhoria da execução dos trabalhos, não exceda a poupança, guardam e adiciona somente os sintomas em questão de pobreza do combustível da habitação. Este tipo de regime é amplamente utilizado nos Estados Unidos onde vários distribuidores de electricidade e de gás estão envolvidos na remodelação das habitações existentes. Existem três tipos de investimentos que apoiam. As chamadas intervenções em toda a casa, “pacotes” de eficiência e medidas únicas. O tipo de remodelação depende amplamente da habitação e do proprietário em questão. Somente a intervenção de toda a habitação requer uma "avaliação de energia em casa" (auditoria energética) na eficiência em “pacotes”, a avaliação é semelhante, mas não exige a avaliação. Nos Estados Unidos estas empresas fornecem um orçamento substancial a este tipo de reabilitação/adaptação todos os anos. Alguns exemplos de 2011: Serviço Publico no Arizona, 24 milhões $ Empresa de serviço público no Colorado $10 milhões $ Companhia “Power Nevada” 13,4 milhões $ (Utah) Mountain Power 15,2 $ 52 Os utilizadores são grandes emissores de gases de efeito estufa e é da responsabilidade do Estado e das AL nos termos da legislação incentivar estas empresas a promover activamente a EE e FER no sector residencial. As regulamentações nacionais e locais podem ser introduzidas para garantir a sua implementação. A AL pode apoiar o investimento com subsídios complementares no caso de habitações com baixo rendimento. Todas as auditorias energéticas de remodelação EE e tecnologia mix credenciadas pelos instaladores de empresas /construção são muito importantes para garantir, tanto quanto é possível que o projeto vai poupar o suficiente para pagar os custos adicionais. Os custos podem ser recuperados pelo consumidor através de suas contas. Além do financiamento, os consumidores conscientes podem participar juntamente com AL e as ONGs locais nas campanhas de mudança de comportamentos. As desvantagens deste regime prendem-se com questões como: a necessidade de uma legislação nacional progressista (As AL podem influenciar isso até um certo grau), o fluxo de caixa do consumidor, disponibilização de fundos próprios e os limites dos empréstimos que uma empresa se pode candidatar e o preço que vai obter. No caso do investimento não estar em conformidade com a regra "pagar de acordo com o que poupa" para complementar o aumento do preço de energia e combustível, a família terá de pagar pelo custo do investimento na fatura mensal, tornando-se um problema grave para para famílias de baixo e médio rendimento. Uma desvantagem secundária que pode acontecer é a acreditação do processo das empresas instaladoras/ de construção em que as PME (Pequenas Médias Empresas) locais podem acabar no lado perdedor enfrentando os fornecedores que conquistam o mercado. Uma terceira desvantagem são os riscos apresentados pelo comportamento dos proprietários/inquilinos que podem minar o regime de "pagar de acordo com auilo que poupa". Embora não seja provável, mas a redução do preço de energia e combustível (mesmo que temporariamente) pode comprometer todo o projeto ou pelo menos atrasar o tempo de retorno. 2.2.2.2 Terceiros financiamento - ESCO O modelo ESCO em muitos aspectos é muito semelhante ao regime acima em que uma empresa de proeficiência é a fonte de financiamento que traz a melhoria da eficiência energética ao edifício. A principal diferença entre os dois é o elemento de gestão do risco no modelo ESCO. Uma empresa de poupança de energia é geralmente um negócio comercial outras vezes uma parceria pública privada. A sua missão é fornecer uma variada e abrangente gama de soluções de energia incluindo projetos e implementação dos mesmos a fim de se atingir uma poupança de energia, gestãode energia, terceirização de infra-estruturas de energia, fornecimento de energia e abastecimento de energia e partilha de riscos. O dever mais importante de uma ESCO após realizar em profundidade auditoria energética é projetar e implementar a atualização da EE, é manter o sistema para garantir que a economia de energia do projeto aspira durante toda a vigência do contrato (que é normalmente, desde o período de retorno, embora possa ser prolongado). No caso da poupança de energia não existir, o ESCO tem de pagar os custos. 53 Há muitas vantagens para este regime, especialmente quando se trata de edifícios públicos. O mais importante além da gestão de risco e e a poupança é a garantia já mencionada é que, após a cessação do contrato, o valor adicional fica com o proprietário da habitação. A principal desvantagem é a seguinte questão que é o cerne deste do regime. A empresa tem de assumir a responsabilidade por não conseguir alcançar a poupança desejada que se destina a cobrir as despesas de retorno e muito mais. Esta desvantagem é dupla. Primeiro limita o número de empresas estáveis e que têm a capacidade interna para entrar neste mercado e assumir essa responsabilidade; em segundo lugar, limita o tipo de construção que pode ser reabilitada. Principalmente as de "baixo rendimento" são as preferidas. As habitações da propriedade privada também podem ser incluídas neste tipo de contrato, mas as limitações advêm da segurança tecnológica imposta pelo projeto e o comportamento do proprietário/ locatário. Uma desvantagem secundária pode surgir do lado do banco, uma vez que os bancos geralmente exigem garantias adicionais para reduzir o preço dos empréstimos que fornecem às empresas de serviços energéticos. Uma autoridade local (AL) pode ajudar qualquer um na criação de uma ESCO encorajando as empresas adequadas para se tornarem numa (há obviamente necessidade de uma legislação nacional adequada), ou podem- se tornar accionistas nessas empresas através de um contrato PPPParceria Público- Privada. Outra opção, é quando uma AL facilita a transferência de empréstimo de um banco comercial para as empresas de serviços energéticos, através de um fundo de garantia (o modelo a ser discutido em detalhe abaixo nas próximas páginas) Uma ESCO utiliza geralmente empréstimos, uma garantia por detrás do empréstimo facilitando o acesso ao financiamento, e reduzindo assim o risco. Se uma AL se torna co-proprietário de uma ESCO, o aspecto mais importante para se sustentar é o facto que cada projecto financiado e implementado pelo ESCO deve respeitar a regra de "pagar de acordo com aquilo que poupa" e ir mais além, se pretende fazer lucro e permanecer competitiva no mercado. De forma a realizar isto, a melhor tecnologia, a menor custo e a maior eficácia deve ser uma condição. A utilização de um edifício: partes como: janelas e portas, temperatura interior, etc deve ser adequada para garantir a poupança. Como mencionado antes deste limite, o número de projectos assim financiados de alguns edifícios, pode não oferecer suficiente ou custo oportunidade efectiva para remodelação ou o proprietário/inquilino podem não concordar com um edifício rigoroso a nível de regulamentos, ou o banco pode achar demasiado arriscado o projeto. As empresas de serviços energéticos podem ser utilizadas pelo consumidor em questão para a manutenção de infra-estruturas de energia. Podem fornecer energia, ou até mesmo ser produtoras de energia. Muitas vezes é necessário perceber através das empresas activas na área de serviços no território em questão, como podem ser úteis e também concorrentes. Uma ESCO pode ter sido anteriormente uma empresa de serviços, e ainda pode funcionar como uma empresa de utilidade nos seus contratos"normais" mas ao mesmo tempo, funcionando como uma ESCO através de seus "contratos de desempenho energético". Há exemplos passados como no caso da Hungria em que as empresas se tornam ESCOs dedicadas ao aquecimento urbano. Para uma empresa de utilidade se tornar uma ESCO-deve aumentar a sua capacidade interna para 54 assimilar os conhecimentos especiais relacionadas com a EE e FER. Para uma AL investir numa empresa também deve compreender este contexto tecnológico específico. Este terceiro modelo de financiamento tem muitas vantagens para um proprietário de propriedade (público ou privado), sendo o mais importante pelo facto de não haver custos iniciais necessários para implementar o projeto. Para a economia local, o facto de que o financiamento é mobilizado para EE do sector privado, e para um portfólio de empresas que bancos comerciais podem financiar. 2.2.2.3 O Modelo ESCO em Portugal O processo de serviço da ESCO é feito normalmente através da utilização de um contrato de desempenho energético (EPC) ou de um acordo de economia partilhada. A ESCO define-se como uma actividade de negócio que fornece soluções de projecto e implementação de: Redução de consumo de energia; Conservação de energia; Outsourcing de infra-estruturas de energia; Produção de energia; Distribuição de energia; Gestão de risco. As ESCO oferecem qualquer um dos seguintes serviços: projectos de financiamento, design e instalação, serviços de formação, localização de equipamentos, manutenção e verificação, e por último a auditoria. MODELO ESCO - Energy Services COmpanies Um projecto proposto por uma ESCO (ou projecto ESCO) tem sempre como principal objectivo a redução de consumos energéticos de um local através de medidas que conduzem ao aumento da eficiência energética. Neste caso concreto, temos também a possibilidade de produzir energia eléctrica com vista à injecção da mesma, na rede eléctrica local. A baseline estabelece quais são os consumos (em watts) que conseguimos economizar em determinado local. A baseline para aplicação deste modelo de negócios e de viabilização/implementação das medidas pode e deve ser definida através da auditoria. Primeiro passo tanto do modelo ESCO como da CE. 55 Fig. 10 Conceito esqumético de uma ESCO Fonte: http://www.ccdr-alg.pt Fig. 11 -Operação integrada de uma ESCO 56 Fonte: http://www.ccdr-alg.pt APESE – APESE- Associação Portuguesa de Empresas de Serviços de Energia, é uma associação empresarial sem fins lucrativos, que nasceu em Abril de 2011, por iniciativa de 7 empresas: A lista de entidades credenciadas de empresas de serviços energéticos – ESE em Portugal encontrase na DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia em: http://www.dgeg.pt/ 2.2.2.4 Bonús verdes municipais O tamanho do município tem que ser suficientemente grande para atrair a atenção dos investidores, para financiar empreendimentos. A emissão de um bónus requer financiamentos elevados visto que os trabalhos preparatórios tendem a ser um processo demorado que inclui análise e previsão de recursos financeiros do município. O município também devem possuir um rating do crédito de uma Agência internacional, enquanto se trabalha sobre a definição de parâmetros da emissão e das obrigações. Um relatório de investimento é também necessário (um plano de negócios para proteger os investidores, por exemplo, uma avaliação das economias de energia estimadas em material e com expressão monetária, avaliação dos custos dos equipamentos e da construção necessária e montagem, cálculos de análise, risco de fluxo de caixa, e sensibilidade de projeto, etc.) Um exemplo bem-sucedido da emissão de bonús para financiar investimentos em EE (embora este caso seja de iluminação pública) por uma AL é o caso da cidade de Varna, na Bulgária em 2002 que emitiu obrigações gerais e que aplicou 3 milhões de euros a uma taxa de juros de 9%, mais baixa do que a dada pleos bancos comerciais que ofereciam (12-14%) O reembolso das obrigações foi realizado durante um período de 3 anos, principalmente como receita da emissão do bonus através da poupança. O tempo de retorno do projeto foi inferior a 3 anos, um bom exemplo de uma harmonização entre a data de vencimento das obrigações, e a economia financeira conseguida pelo investimento em EE. 57 O rating de crédito da cidade em questão é de extrema importância. Sem uma classificação forte dos investidores, estes não podem ser atraídos. Assim, este é um grande ponto fraco deste regime. As AL também devem ter ou adquirir maior capacidade interna ou devem contratar peritos financeiros para desenvolver todo o projeto. No caso em que o projeto não é suficientemente atractivo quem perde são as AL. 2.2.2.5 Empréstimos comerciais subsidiados O KfW é um bom exemplo de como subsídiar o sector residencial e os interesses dos empréstimos utilizados para investimentos em EE e FER De acordo com estes é possível conseguir um nível de alavancagem de 1:16 por este regime. Em comparação com outras ferramentas inovadoras, estes regimes são aqueles que rapidamente são utilizados em diferentes países europeus dependendo do orçamento das AL, existem bons exemplos da Hungria. A experiência da Alemanha e da Hungria servem para provar que este regime é um das mais bemsucedidas quando se trata do sector residencial. O esquema pode ser desenvolvido e implementado por vários intervenientes: governos, bancos de desenvolvimento internacionais para as AL ou ,mesmo entidades de caridade Devido à sua elevada e forte alavanca a proporção é mais atraente e sustentável do que os regimes de subsidios por conta própria, especialmente, em tempos economicamente rigorosos, devido ao seu efeito benéfico no bolso do consumidor final, é mais atraentes e mais sustentável também para as famílias. Naturalmente quando se trata daquelas famílias que possuem um rendimento muito baixo, são necessários subsídios menores para serem capazes de pagar até mesmo nos retornos mensais Se a AL decide subsídiar os interesses num produto de empréstimo específico, deve ter especial cuidado para garantir que o empréstimo será investido em melhorias de EE, de acordo com critérios rigorosos. Este esquema é atraente para os bancos, pois "garante" a renda do empréstimo. Enquanto o lucro de proprietários, e os seus investimentos em EE e FER Ele também permite a mistura mais "cara" na aplicação de tecnologia que poderá ter profundas reduções das emissões de gases de efeito estufa, mais do que os esquemas de "pagar de acordo com aquilo que poupa". Finalmente, o objetivo é ir além da redução acessível 30-60% actualmente (dependendo da renda) este tipo de regime é promissor. As AL também podem angariar fundos para subsidiar as taxas de juro. Este tipo de regime não ajuda por defeito, nem atrasa o processo de aquisição pelo banco comercial da propriedade. Assim, não há" risco" no projeto. A decisão de quanto à taxa de juro deve ser subsidiada, pode basear-se no objectivo que a AL ambicionam. Se se tentar encorajar remodelações mais eficientes podem os subsídios gradualmente para o empréstimo dependerem dos resultados alcançados pelo projeto. Por exemplo em um empréstimo comercial com juros de 10% pode cada vez mais, subsidiar mais de estes 10%, dependendo do de desempenho da auditoria energética, e do certificado energético. Quanto maiores forem os resultados alcançados após a remodelação/ adaptação, maior parte dos 58 juros é coberta. Este tipo de regime pode ser significativamente melhorado, assim como o modelo ESCO por um fundo de garantia apresentado abaixo. 2.2.2.6 Fundo de garantia de empréstimo rotativo (FGER) Um dos principais desafios que enfrenta um banco comercial é o medo que as pessoas não cumpram e não serem capazes de pagar seus empréstimos e assim não pagam os cheques mensais ao banco. Muitas vezes este tipo de receio é irrealista. O programa húngaro de financiamento de eficiencia energética (PHFEE) operado pela IFC revelou-se passado 14 anos em que os bancos consideram este mercado irrealista e arriscado, portanto, eles não estão dispostos a financiar muitas vezes projetos ou se o fazem, precisam de garantias adicionais especialmente hipotecas ou ativos com base em numerários. Os bancos comerciais podem fornecer como garantia, a garantia da perda, enquanto uma AL pode encorajar los aos empréstimos com destino ao setor residencial. Este tipo de produto de empréstimo pode ser utilizado em paralelo com outros tipos de financiamentos disponíveis e subsidiados. A alavancagem média deste regime é de 1:20, e a longo prazo este rácio pode aumentar drasticamente (1:50) devido à natureza do regime de rotatividade. De acordo com a experiência do PHFEE os padrões sobre estes empréstimos são próximos de zero e até mesmo onde não há um padrão, o proprietário é reembolsado no final do empréstimo e garante adicionar o que foi utilizado pelo banco comercial para cobrir sua primeira perda durante o período padrão. O fundo de garantia emite cartas de garantia num portofolio, assim, divide o risco. Os projectos em portofolio devem ser todos os elegíveis de acordo com critérios rigorosos instituídos pelas AL e pelos bancos comerciais em conjunto. Este modelo pode ser desenvolvido pelas AL utilizando fundos próprios para constituir um fundo de garantia ou utilizandofundos provenientes de outras fontes (entidades de caridade, programas internacionais, etc.) Com base em critérios definidos pelas AL em conjunto e com os bancos comerciais podem ser criados produtos de empréstimo no banco que precisam de ser normalizados para reduzir os custos. O procedimento da elegibilidade também precisa de ser normalizados ao nível da garantia de fundos. Ao contrário como qualquer outro regime, onde havia uma transferência de fundo da AL (todos os regimes de subsidios), com este regime, a AL pode realmente ganhar a verba que é depositado no fundo de garantia. No caso de que o banco não usa a garantia para cobrir sua primeira perda, o fundo pode ganhar juros. Mesmo que a garantia seja utilizada, em última análise, será paga novamente ao banco. A grande vantagem que este regime possui para famílias sociais é que a aquisição é atrasada ao banco comercial, um atraso que pode desempenhar um papel crucial para a capacidade do agregado familiar para pagar novamente. Uma vez que os fundos de garantia, em última análise, que são gastos não podem ser reutilizados novamente para o mesmo fim. Com o tempo, se o esquema for 59 bem-sucedido na área geográfica específica, a AL podem decidir envolver outros doadores do fundo de garantia, aumentar a sua dimensão. Assim, como as bonificações de juros a empréstimos, empréstimos com garantia podem ser utilizados para alcançar padrões eco mais elevados durante a realização de obras para além do limite "pagar de acordo com o que poupa". 2.2.2.7 Modelo combinado alternativo Os regimes acima podem ser usados em conjugação para permitir uma utilização eficiente do financiamento disponível, para facilitar o financiamento comercial (PHFEE), torna os projetos mais rentáveis, permitindo uma maior redução de emissões de gases de efeito estufa (AL podem subsidiar os juros do empréstimo) e também um apoio às famílias de baixos rendimentos (apoios estatais). Com este modelo a AL podem tornar-se ativas na promoção de um inovador financiamento ao usar apenas uma pequena quantidade de dinheiro em relação à dádiva de subsídios directos. Ao mesmo tempo, complementando os existentes (se houver) aos programas do Estado. 2.2.3 Trabalhar com bancos comerciais Aspectos a focar Os bancos tendem a ser conservadores, isto é, tendem a ficar com as coisas que conhecem. Ir para um negócio com esta atitude, é tanto positiva como negativa. É positiava desde que protega o banco dos“ obstaculos “desconfortáveis e perigosos e menos conhecidos. Simultaneamente, neutraliza o efeito do banco para financiar "novos" segmentos de mercado Se se quiser trabalhar com os bancos comerciais deve-se compreender este tipo de mentalidade. Aos bancos, falta-lhes muitas vezes a capacidade interna para desenvolver este tipo de financiamentos alternativos. A AL pode optar por contratar peritos financeiros para desenvolver o modelo de financiamento em conjunto com bancos. Estes exigem garantias adicionais. Muitas vezes um banco não estaria disposto a emprestar sem garantia hipoteca/ativos com base. Subsidiar os juros de um empréstimo e/ou oferecendo uma garantia de empréstimo que pode ser utilizada como um argumento, pelo menos, no caso de edifícios multi-residentiais para rejeitar a necessidade da hipoteca que pode ser um grande obstáculo no financiamento EE e FER em edifícios. Os bancos podem ser persuadidos por bom negócio. Os bancos como todas as empresas estão interessados em novos mercados e novos lucros. Eles existem para entender que há uma grande seção do mercado residencial que pode não ter acesso aos empréstimos tradicionais, mas ainda pode trazer um bom lucro nos quais podem -se interessar. 60 Os bancos podem bloquear os interessados na introdução de alternativas e promoção e tornarem—se mais acessíveis ao financiamento desde que ganhem mais que os tradicionais. Este é um argumento que é difícil de contrapor. Mas podemso sempres voltar para nosso argumento anterior e dizer: que, embora seja verdade que eles ganham mais nos produtos de empréstimo mais caros, há um grande limite para o tamanho do mercado que pode financiar com esses produtos. Paciência e perseverança é a chave para o sucesso. Um deve calcular para o futuro e entender que projetar um novo modelo de financiamento localmente pode levar bastante tempo ainda que seja com especialistas que tenha experiência na construção de modelos similares. Convencer os bancos a aumentar o financiamento necessário para um novo modelo, pode também levar tempo. A abertura de novos nichos de mercado destes regimes atractivos, a experiência com os modelos mais inovadores que destinam-se a novos nichos de mercado é geral, uma vez que eles são mais baratos, são mais sustentáveis a longo prazo (a atual crise econômica demonstrou o quão perigosos e caros são os empréstimos e podem ser os maus investimentos como podem ser a massa padronizada para acabar com um banco) existem menos padrões, portanto, é vital que o banco tenha clientes a longo prazo. Trabalhando com bancos depende do êxito da agenda de reabilitação. Compreender a tarefa à chave é o mais importante para todas as AL. É mais barato aprender-se com os erros e sucessos dos outros, do que repetir tudo por conta própria. 61 2.2.4 Portugal: Programas disponíveis para reabilitação 62 Módulo 3: Tecnologias e execução dos projectos 3.1 Tecnologias económicas param reabilitação/adaptação Esta primeira parte do módulo 3 apresenta informações resumidas sobre tecnologias econômicas de reabilitação para a melhoria da eficiência energética em edifícios. Esta informação é resumida no Trainrebuild e é trabalhada no capítulo 4” Notas de orientação para os proprietários dos imóveis que pretendem reabilitar”. Para obter informações detalhadas sobre questões específicas, por favor, consulte este documento. As tecnologias de eficiência energética para edifícios podem ser divididas em quatro domínios principais: Melhoraria da estrutura do edificio (isolamento e calafetagem ); Aquecimento, climatização e arrefecimente; Iluminação, e Uso de água Custos significativos podem ser alcançados se agirmos e introduzirmos medidas que melhorem a estrutura de um edifício. Estas medidas são extremamente rentáveis e devem ser consideradas como uma das primeiras ações a serem aplicadas. Os Isolamentos podem reduzir as perdas de aquecimento até 35% (Carbon Trust, 2011). Algumas intervenções principais que podem ser aplicadas na estrutura construtiva são descritas na tabela abaixo. 63 Tabela 1 Intervenções na Estrutura do Edificio Fonte: EST CE 309 3.1.1 Isolamento de paredes, tectos e pavimentos Quando isolar é importante obter aconselhamento profissional de como colocar um isolamento em determinados locais, pois pode criar condensação, como pode levar à podridão e infecção fúngica. Durante as atividades de melhoria e manutenção é necessário inspecionar as áreas húmidas, para moldar e tomar as medidas necessárias para eliminar a causa. (Carbon Trust, CTV 014) Isolamento de Lofts (sótão) As habitações com telhado inclinado e um espaço do sotão podem ter isolamento instalado entre as vigas existentes do tecto ou entre as vigas, dependendo se existe ou é susceptível de ser, um quarto no sótão. Uma “colcha” de isolamento ou placas rígidas podem ser utilizadas como pode optar por um isolamento novo de folhas , se instalado corretamente e acompanhar os térmicos códigos apropriados e normas, pode minimizar a quantidade de espaço ocupado. Se não houver tanques de água e espaço de canalização dentro do espaço do sotão, existe a necessidade de serem devidamente isolados, e normalmente isto envolve manter a área sob o tanque da claraboia. Onde passam os cabos e outros serviços deve-se obter aconselhamento de isolamento, deve-se dar especial atenção à proteção, especialmente ao posicionamento para evitar o sobreaquecimento. (EST, CE83) Fig. 12Insulação ao nível do tecto 64 Isolamento de telhados planos Para habitações com telhados planos, é mais comum e mais rentável instalar o isolamento acima do telhado, no convés. O isolamento pode ser posicionado abaixo da membrana à prova de intempéries ou numa construção de um deck no telhado quente, ou acima da membrana impermeável num pavimento quente invertido. É mais económico adicionar isolamento quando se substitui as coberturas. Uma barreira de vapor deve sempre ser colocada de lado de forma a qa manter qualquer isolamento para evitar que a humidade condensada na superfície fria acima de isolamento causando assim problemas. (Carbon Trust, CTV014) Fig. 13 Isolamento de telhados planos Isolante( oco) da cavidade das paredes Para habitações com paredes exteriores com cavidade, a introdução do isolamento de paredes ocas pode reduzir a perda de calor até 35% (Carbon Trust, 2011). O processo para instalar o isolamento de paredes ocas, deve ser realizado por empreiteiros especialistas, e é relativamente simples de realizar e com uma interrupção mínima dos ocupantes. A habitação deve ser verificada antes das obras para avaliar a adequação da parede. Quaisquer defeitos ou problemas de humidade devem ser registados antes do início da obra. O trabalho envolve furos de injeção perfurados através de juntas de argamassa de acordo com o modelo aprovado de perfuração. As barreiras da cavidade são instaladas para evitar o preenchimento inserindo as cavidades das propriedades adjacentes. O isolamento é injectado na cavidade, muro (EST CE 309). O enchimento de cavidades fornece um ambiente mais confortável para os ocupantes, reduz a correntes de ar, bem como o risco de condensação. Em edifícios onde a penetração de chuva é um problema,o isolamento da cavidade deve ser evitada. De acordo com a experiência da Grã - Bretanha, o tempo de retorno para os custos de isolamento é cerca de dois 65 anos (EST, CE83). Após o isolamento do sotão, o isolamento das paredes da cavidade é a medida de mais económica. Fig. 14– Isolamento injectado na cavidade Fonte : Energy Savings Trust CE83 Isolamento de paredes sólidas As paredes sólidas podem ser isoladas internamente ou externamente. Uma parede de tijolo sólida convencional com 220 mm com gesso interno terá um valor u de 2.1W / m2K. Uma parede sólida com as melhores práticas de isolamento economiza cerca £ 300 por ano em custos de aquecimento. (EST, CE83). Esta solução particular pode não ser rentável como um projeto autónomo, mas quando incluído num grande projecto de reabilitação, ou de substituição, pode contribuir para um período de retorno relativamente curto. Ambas as opções oferecem vantagens e desvantagens e a decisão final muitas vezes depende do objectivo do trabalho a planear. Por exemplo, se as paredes estão a ser reparadas, faz sentido claramente juntar o isolamento exterior enquanto isto esta a ser realizado, e o trabalho pode ser realizado enquanto as habitações estão ocupadas, embora possa causar alguma perturbação. Por outro lado, se o trabalho grande está a ser realizado no interior da habitação (que tem de ser vago por este processo) o isolamento interno pode ser a melhor opção. (CE309 EST) 66 Isolamento exterior de paredes sólidas Uma das abordagens mais comuns para o isolamento exterior de uma parede externa é o uso de placas de isolamento com moldagem especial. O uso de isolamento exterior e moldagem, reduz a condensação e e pode tamponar o edifício do movimento, reduzindo e potencialmente eliminando a necessidade de juntas de expansão. A escolha de sistemas será afetado por uma série de fatores, incluindo a aparência, código e normas da autoridade local, requisitos e credenciação dos produtos nomeadamente fabricantes e soluções de planeamento. Quando assumidos como uma atividade separada, o isolamento exterior não é rentável, mas quando está incorporado dentro de outras atividades necessárias, como a substituição de moldes ou outra parede, em seguida, termina o custo marginal adicional do isolamento, as obras faz grande sentido comercial e o período de retorno é melhorado. A concepção e instalação de sistemas de isolamento de paredes externas é um trabalho de especialista. Use um sistema de isolamento com certificados de qualidade para todos os componentes. O lado positivo do isolamento exterior de paredes sólidas inclui: Pode ser aplicada enquanto os ocupantes permanecem na residência. A ponte térmica é evitada, salvo no caso de projeções, como varandas. Pode alterar a aparência externa drasticamente. Pode ser usado para revitalizar e modernizar uma habitação e assim prolongar o seu período útil de vida, Pode ser rentável onde as paredes externas exigem correções. Os danos de impacto podem ser vulneráveis. As áreas vulneráveis precisam de proteção. As soleiras e varandins de águas pluviais geralmente exigem trabalho. Por outro lado, isolamento de paredes externas sólidas é geralmente mais caro do que o isolamento interno, paredes sólidas e isolamento de paredes (oco) de cavidade. Isolamento interno das paredes externas A acumulação do isolamento na face interna de paredes externas sólidas é mais barato que isolamento externo, mas a perturbação no trabalho de construção e para os ocupantes pode restringir isso quando existem projetos de grande remodelação interna. O isolamento interno pode ser fixado com ripas e coberta com placas de gesso ou incorporado numa única placa de 'composição' (consistindo num isolamento e gesso cartonado junto). É importante incorporar uma camada de controlo de vapor no lado quente do isolamento para evitar a condensação entre a parede e o isolamento. Ao aplicar isolamento interno, deve ser tomado em consideração os aspectos mais pesados tais como: radiadores, que podem exigir suporte adicional. Ao colocar-se serviços tais como estruturas elétricas e tubagens, a penetração de camada de isolamento deve ser minimizada para manter as propriedades isolantes do material (Carbon Trust, CTV014). É mais rentável incluir o isolamento de paredes internas num regime completo de remodelação ou modernização. É uma falsa economia 67 instalar novas tubagens, fiação e um sistema de aquecimento central sem isolante para a habitação ao mesmo tempo. Fig. 15– Isolamento de diferentes tipos de parede Fonte : Carbon Trust CTV014 Os principais tipos de sistemas de isolamento interno são: Isolação aplicada directamente. Isolamento interno com studwork. Em ambas as abordagens, o número de penetrações através da camada de isolamento deve ser mantido no mínimo para reduzir a perda de ar. (EST, CE83) Adequação do isolamento interno (EST, CE83): É mais barato do que o isolamento exterior. A aparência de parede externa é mantida. Superfície de parede interna aquece mais rapidamente. É mais fácil de instalar e manter quando comparado com o revestimento externo. Pode deixar pontes térmicas. A fixação de aspçectos pesados pode ser difícil. O tamanho do quarto reduzido pode ser um aspecto crítico em pequenas habitações Os rodapés, cornijas, limiares de portas e acessórios eléctricos precisam de adaptações Pode ser prejudicial para os ocupantes. 68 Isolamento de pisos Pisos sólidos concretos Quando a palavra é pisos sólidos, a opção é simples, apenas se instala o isolamento a um novo pavimento no topo. No entanto deve-se adoptar cuidadosamente, sobretudo nas escadas e limites da porta. Uma camada de 60 mm de isolamentos de espuma fenólica, poliuretano pode alcançar resultados melhores. Onde a laje betonilha ou piso térreo está a ser substituído há uma oportunidade para incorporar o isolamento. O fim do nível de piso deve coincidir com o nível anterior, se possível de modo a evitar alturas deseiguais ou excessivas às portas ou escadas. O isolamento pode ser acrescentado acima ou abaixo da laje. (CE83 EST) Pisos de madeira suspensos Adicionar o isolamento entre vigas, onde não há acesso para a parte inferior do piso de madeira suspenso, é uma medida económica a qualquer momento. Em áreas onde não há acesso, o isolante entre as vigas só pode ser efectuado ao nível superior. Para se fazer isso, o revestimento deve ser levantado por isso, só vale a pena a renovação do andar se fizer faz parte de uma renovação/reabilitação planeada. Lã mineral ou isolamento de espuma rígida pode ser uutilizado. Para garantir o isolamento ideal, deve -se ter em conta Colar os erros de desvios para evitar a infiltração de ar Manter a ventilação abaixo do piso inferior Coloque os cabos elétricos revestidos em PVC na conduta, ou proteja do contacto direto com isolamento de poliestireno expandido Evite colocar as condutas de aquecimento abaixo de isolamento. Se não conseguir,certifique-se de tubos são isolados. (Carbon Trust, CTV014) A perda de calor através de pisos expostos depende de: tamanho e forma; tipo de piso; e a condutividade do solo abaixo dela. A perda de calor é maior em torno das bordas do piso, portanto é importante a forma. As perdas seriam diferente entre, digamos, um terraço médio e uma habitação com um terraço final. Especificando um valor de u comum para ambos resultaria em espessuras de isolamento diferentes e níveis de piso finalizado. Isto não é prático. É mais fácil especificar um valor de R que um valor de U. (EST, CE83) 69 Fig. 16 – Pisos de madeira suspensos Fonte: EST CE83 3.1.2 Substituição e isolamento de janelas e portas (isolantes em projecto) Substituição de janelas e portas A substituição de janelas e portas pode ter um impacto significativo sobre a perda de calor de uma habitação. O maior impacto sente-se através da redução das perdas de calor por infiltração e da minimização das correntes de ar. As substituições de janelas devem sempre ser instaladas por um instalador respeitável e seladas em volta das extermeidades (para reduzir a perda de correntes de ar e ar na junção parede aos rodapés/envolvente). A substituição de janelas em edifícios historicos, só deve ser realizada após consulta com a autoridade local oficial do edifício de conservação. Os envidraçados secundários é uma boa opção onde desempenho térmico deve ser melhorado e o caracterexistente da habitação deve ser mantido. Vedação de portas e janelas o isolamento de janelas e portas existentes mal isoladas é barato e simples de instalar. Esta medida pode melhorar muito o nível de conforto, bem como reduzperdas de calor. O isolamento de portas e janelas pode ser muito eficaz. As tiras de espuma autocolante são baratas, mas se se deteriorarem com o tempo, é necessário serem substituídas As tiras de metal e plástico como 70 escovas e limpadores, embora tenham um custo mais elevado, são mais -eficazes e vão durar mais tempo. O tamanho da faixa deve ser apropriado para o tamanho de abertura (Carbon Trust, CTV014). Os espaços vazios em torno das extremedidades das portas podem ser preenchidos com tiras semelhantes ás recomendadas para as janelas e outros buracos que poderiam causar a entrada de ar frio para a habitação devem ser abordados incluindo orifícios e caixas de correio. Fig. 17 Tiras de escova Revestimento Os pisos de madeira podem ter falhas entre as placas e entre os rodapés e essas falhas podem aumentar e diminuir, como a mudança de temperatura. Consequentemente qualquer enchimento usado para colmatar os espaços vazios precisam de ser flexíveis e incluir selantes com base de silicone Escotilhas de Loft (Sotão) Escotilhas Lofts para habitações, com uma escotilha podem ser colada à prova usando uma faixa de isolamento parecida àquelas que sãousadas em portas e janelas. Outros buracos As tubagens através das paredes, pavimentos e tectos precisam de ser preenchidas com selantes flexíveis, ou com espuma de expansão. Outros espaços vazios e fissuras podem ser preenchidas com argamassa, ou outros selantes no entanto as fissuras podem indicar outros problemas subjacentes que precisam de ser análisadas por um profissional. (EST, 2011). 71 1.3 Optimização de aquecimento, arrefecimento, iluminação e o uso de água No mercado interno para habitações, as tecnologias para vários tipos de aquecimento, ventilação e arrefecimento podem ser muitas e variadas. Para habitações com 'aquecimento,' o sistema geralmente envolve uma fonte de aquecimento central, uma caldeira ou aquecimento urbano principal, que aquece a água, e que por sua vez é distribuída através de tubagens para painéis radiantes, radiadores, que irradiam o calor para a sala. As caldeiras podem ser alimentadas por combustíveis fósseis, gás, petróleo, eletricidade, carvão ou fontes renováveis, solares, biomassa. As oportunidades para adaptação/ reabilitação podem envolver a substituição das fontes de aquecimento (com tecnologias mais eficientes), mecanismos de controlo e alternância de combustível. As substituições dos sistemas em grande escala, podem criar oportunidades para a introdução do piso radiante. Aquecimento Caldeiras de condensação A substituição de uma caldeira ineficiente (por exemplo, uma de 15 anos com classificação G- por uma caldeira nova com classificação A-: a caldeira e um conjunto completo de controle, para aquecimento de condensação, pode poupar um quarto da factura de aquecimento e até 1.200 kg de CO2ano. Se sua caldeira é inferior a 15 anos de idade, então é provável que seja mais eficiente, então vai economizar menos se a substituír. (ETS, 2011-1) Normalmente, uma caldeira de condensação é 12% mais eficiente que uma caldeira de não condensação, pois capta muito mais calor utilizável a partir de seu combustível. Utiliza o "calor latente" que é liberado do combustível queimado e transforma-o em vapor de água. O permutador de calor permite que a maior quantidade de calor possível seja transferida para o queimador da caldeira - e seja possível que uma menor quantidade de calor seja perdida através da combustão de gases. Existem dois tipos de caldeira de condensação: 'Sistema' ou 'vento aberto' e 'combinada (ou combi). Ambos os tipos fornecem água quente para os sistemas de aquecimento e considerando que o sistema ou a extração é aberta, as caldeiras de condensação requerem um tanque de água quente onde água quente é aquecida e armazenada, a combinada ou caldeiras combi de condensação não. Caldeira de condensação sistema ou “vento aberto”: Pode armazenar água quente num tanque separado, assim grandes quantidades de água quente estão disponíveis se vários pontos/torneiras estão a ser utilizadas ao mesmo tempo Ideal se gostar de armários arejados 72 Substituição de caldeira poderá ser mais simples se substituir uma e não o sistema todo. Nem todos os sistemas de aquecimento doméstico são compatíveis com uma caldeira combinada. Combinada/ caldeira de condensação Combi: Aquece água para as torneiras quando liga a torneira, assim não precisa de definir um temporizador para aquecer a água antes que ela possa ser usada. Não há necessidade de ter um tanque de água quente separado, assim pode ser poupado espaço Sem perda de calor num tanque de água quente, pois só aquece a água sob necessidade É ideal se não usar muita água quente cada dia. Uma combi caldeira de condensação pode não ser adequada quando: A casa tem da rede com baixa pressão A casa tem várias casas de banho ou chuveiro (que não são elétricas). Consulte um profissional e um instalador qualificado para determinar a caldeira mais adequada para a habitação. Cogeração (CHP) Esta tecnologia produz calor e energia num único equipamento, e pode ser considerada um meio para produzir a própria energia. Co-geração de calor e electricidade: A micro - geração é o termo dado aos equipamentos domésticos e de pequena escala. Os sistemas são geralmente alimentados por gás embora alguns sistemas possam usar GPL (Gás de Petróleo Liquefeito), óleos ou biocombustíveis. Não são tão eficientes quanto os maiores itens de planta, com a saída principal de um sistema de micro geração, sendo o calor a produzir uma electricidade significativa, a uma taxa típica de cerca de 6:1 para uso doméstico. Os sistemas de micro geração são comparáveis em tamanho e forma a uma caldeira comum, moderna, no mercado interno, e podem ser penduradas na parede como a maioria das caldeiras, ou permanente ao chão. Os custos de manutenção são estimados para serem semelhante a uma caldeira padrão – embora seja mecessário um especialista Equipamentos de gestão de aquecimento Os controlos de aquecimento permitem que os ocupantes mantenham uma temperatura confortável apropriada às suas necessidades, tendo em conta factores externos incluindo ocupação e temperaturas sazonais. Os equipamentos de controle permitirão os sistemas de aquecimento e arrefecimento ligados e desligados quando são necessários e essenciais para manter as contas de combustível e as emissões de CO2 reduzidas. Ao selecionar o tipo de equipamentos de controlo para o aquecimento das habitações, há várias questões a considerar: o sistema deve incorporar um termostato que permite que os ocupantes 73 definam uma temperatura confortável e mudar o aquecimento para o modo desligado quando a temperatura é alcançada. Um controlo de tempo permitirá que o aquecimento seja desligado quando a habitação não estiver ocupada ou quando não é necessária. Um termostato programável na sala irá combinar o controlo de tempo e temperatura e permite definir diferentes temperaturas para diferentes momentos do dia. É possível um equipamento de controlo conjunto na zona se corretamente se garantir um superaquecimento, que não ocorre em partes da casa que estão desocupadas ou necessitam de reduzir temperaturas. As zonas separadas são normalmente definidas para fornecer temperaturas mais baixas nos quartos, mas também podem ser utilizadas para aproveitar 'ganhos solares passivos' nos quartos com janelas, ou com flexibilidade para acomodar padrões de uso específico, como um escritório em casa, ou um apartamento antigo.Nas divisões muitas vezes são instaladas válvulas termostáticas e radiadores, mas também podem ser aplicados circuitos de aquecimento separado em cada com o próprio termostato programado e termostato no quarto (ou termostato programável quarto.) Aquecimento radiante O piso radiante pode ser objecto de reabilitação em edifícios residenciais, mas para ser uma parte rentável, precisam ser incorporado como parte de um projeto de remodelação / reabilitação maior. O piso radiante actual, pode ter sistemas de aquecimento elétricos ou utilizar água quente passando através de canos no piso inferior. O aquecimento radiante permitirá que a temperatura do mesmo possa ser alcançado numa sala com temperaturas de água bastante baixas, porque a área da superfície radiante global, o chão, é maior do que a dos radiadores. Sistemas de recuperação de calor Além de caldeiras de condensação que possuem o calor latente dos gases de combustão, outros sistemas de recuperação de calor estão disponíveis para oferecer uma estrutura de energia eficiente. As habitações com sótão são susceptíveis para instalar um sistema de recuperação do calor proveniente do ar, que caso contrário poderia desaparecer. Isto está estreitamente ligado à ventilação, e é frequentemente incorporado em ventiladores de recuperação de calor num quarto único ou recuperação calor por ventilação mecânica em toda a casa (MVHR). Consulte a secção abaixo sobre sistemas de ventilação. Recuperação de gases por combustão Na maioria das situações nacionais de recuperação de gases provenientes da combustãoestes são incorporados em caldeiras de condensação, embora a instalação de caldeira nos blocos maiores das habitações, pode ser objeto de reabilitação mais que um sistema de serviço de recuperação de gás de combustão . Ventilação Sistemas de ventilação na casa inteira 74 A recuperação de calor passivo tem melhorado muito nos últimos anos e promete ser a melhor solução para problemas de ventilação e de humidade. Agora pode-se recuperar 90% do calor do escape de ar, simplesmente usando 2 pequenos ares condicionados de baixa potência. Estes ares condicionados podem consumir tão pouco como 50watts, que é somente a potência de uma lâmpada. É muito difícil alcançar a simplicidade e a eficiência energética de tais sistemas passivos (bombas sem calor). Os desenhos de «Casa passiva» em que a energia é muito reduzida usam uma combinação de recuperação de calor passivo, e uma bomba de calor: é apropriado quando a necessidade de calor é muito baixa. Se nenhum sistema de recuperação de ventilação for utilizado e, em seguida, a casa deve ser estanque, caso contrário, muito ar é perdido através de ventilação natural para tornar estes sistemas de energia muito eficiente. As bombas de de recuperação calor torrnam ar em ar quente dentro de um edifício. Estes sistemas podem ajudar os edifícios com problemas de humidade. No entanto, o consumo de electricidade das bombas de calor pode ser considerável. Estes sistemas são comuns em países como a Suécia onde os aquecimentos eléctricos são mais comums, em parte devido à rede que tem uma grande entrada de produção de electricidade mais limpa através de dos imputs da mini hidrica. Construir novas habitações, através destes sistemas pode funcionar se forbem desenvolvidos, mas existe sempre o perigo que se fore mal instalados o aumento da necessidade sobre os sistemas de aquecimento de habitaçoes,, ex aumento da exigência de ventilação e carga da caldeira sobe. Arrefecimento Sombreamento solar O sombreamento externo é o caminho mais eficaz de reduzir o brilho e calor do sol através das janelas expostas. Instalar sombras no exterior de um edifício pode impedir o sol penetrar directamente de Verão na divisão, reduzindo o brilho e calor desconfortável. O sombreamento pode ser angulado para permitir que o sol de Inverno entre na divisão, maximizando a utilização da luz natural e, assim ganhos de calor solar nesta época do ano. Outra opção, se for caso disso, está em plantar árvores de folha caduca e arbustos nas proximidades. Esta medida pode ser particularmente eficaz pois a folhagem pode fornecer sombreamento durante o Verão, enquanto os ramos nus deixam máximar o calor e permitem ganhos com a luz solar no Inverno.). A adaptação de um janela de filtro solar reflexiva pode traduzirr altos níveis de calor solar infravermelho, que pode consequentemente melhorar o clima interior, e o conforto do ocupante. Deve-se considerar a cor e a aparência do filtro do ponto de vista estético e também a luz do filtro vai bloquear e isso poderá aumentar a necessidade de iluminação artificial interna. Fig. 18 – Pelicula reflexiva 75 Fonte: (Carbon Trust, CTV014 Iluminação Iluminação consome 20% de toda a eletricidade produzida e as lâmpadas incandescentes continuam a ser o tipo mais comum de iluminação apesar de serem menos eficientes. (BSRIA, BG3 2005). A iluminação eficiente pode reduzir o consumo de energia sem perda de aptidões e deve maximizar a luz natural, evitar desnecessariamente a elevada iluminação e incorporar o arranjo mais eficiente, controlos e lâmpadas. (CIBSE, 2004). Ao considerarmos renivação da iluminação, consideramos cada uma das opções em termos de energia poupada que irá acumular os vários recursos que foram introduzidos Fig. 19 – Acessórios para iluminação Lâmpadas eficientes (lâmpadas) As lâmpadas convertem eletricidade em luz e são classificados pelo poder que usam, em watts, embora a potência nem sempre corresponde ao nível de saída de luz. A saída de luz é medida em lúmens e é afetada pela eficácia da lâmpada. Por exemplo, a lâmpada fluorescente compacta de 13 watts produzirá tanta luz como uma lâmpada incandescente de 60W. As reduções de mais de 75% no consumo de energia são possíveis ao substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas. 76 Tabela 2 Comparação do consumo de energia entre lâmpadas fluorescentes compactas e tradicionais Fonte: EST EC352 A figura acima traduz a poupança de energia quando a iluminação LED é introduzida. O desenvolvimento de iluminação Light Emitting Diode (LED) reduziu drasticamente a energia que é consumida em iluminação, e cada vez mais está a ser utilizada como recurso à iluminação. Uso de água Aquecimento de água A água quente na maioria das habitações é produzida por uma caldeira, ou por sistemas solares de água quente, ou aquecedores elétricos instantâneos. No caso de água quente, esta é produzidautilizando o calor de um esquema de aquecimento urbano e terá uma unidade de troca de calor que transfere o calor do aquecimento urbano para o abastecimento doméstico. No caso das habitações,possuem tanques de armazenamento de água quente, e precisam de ser devidamente isolados. O uso de aquecedores de água quente elétricos instantâneos pode aumentar significativamente o consumo de eletricidade de uma habitação e só deve ser considerada se não há nenhuma outra possibilidades para a produção de água quente. Dispositivos de poupança de água Há um número de maneiras de reduzir o uso de água dentro de uma casa, mas a escolha da solução ideal dependerá da casa, da ocupação, do nº de s e padrões de consuo etc. Os WCs gastam cerca de 30% de toda água potável que utilizamos nas habitações (EST, 2011). Existem oportunidades para substituir os WCs existentes por outros com um baixo volume ou cisterna de dual flush . O dual flush é um mecanismo que poderá ser objecto de reabilitação de cisternas existentes sem a necessidade de substituir completamente a unidade de WC. As bacias e pias de cozinha podem ser equipadas com torneiras de baixo fluxo apesar de haver uma cuidadosa consideração ao uso de uma torneira especial e as consequências de trocar para uma de baixo fluxo. Pode ser uma opção instalar uma dupla torneira até o fluxo ser reduzido, mas o fluxo total é permitido além desse ponto. Estas torneiras são chamadas torneiras do clique. A instalação destes tipos de torneiras pode ser afetada pela taxa de fluxo de água global. As torneiras e chuveiros podem ser equipados com redutores de fluxo que reduzem o volume de água que passa através deles. Estes equipamentos podem ser acrescentados sem ser necessário substituir as torneiras, bacias ou chuveiros. 77 Quando existem grandes empresas de remodelação, existem oportunidades, da instalação de tecnologias para captar água pluviais ou residuais (águas residuais provenientes de chuveiros/banhos e casa de banho e lavatórios para lavar banheiros. As águas da chuva também pode ser usadas para uso externo quando capturadas. Contadores de água A medição do consumo de água é importante para compreender a sua utilização, os custos, de modo ainformar e ajudar os habitantes na mudança comportamental. Instalar contares de água pode ser caro. E, no entanto, esses custos podem ser suportados ou subsidiados pela empresa fornecedora ou pelo município, bem como usar financeiamentos externos a nível nacional (no Reino Unido as empresas de fornecimento de água, são obrigadas a instalar medidores/contadores, se os clientes solicitarem). Os medidores eletrônicos ”contadores inteligentes” são equipamentos que medem o consumo e os habitantes têm acesso remoto e, podem fornecer informações muito precisas sobre padrões de utilização (EST CE 309). Para os proprietários e condomínos a instalação de contadores fornece transparência no consumo e, é considerado o método mais justo a pagar pela utilização da água. 3.1.4 Instalação de energias renováveis Fotovoltaicos Fig. 20 – Paineis fotovoltaicos A energia fotovoltaica (PV) designa-se por células solares combinadas em painéis que são produtores de electricidade a partir de sistemas renováveis. Os painéis podem ser montados a posteriori dos edifícios residenciais. Para maximizar o desempenho e retorno dos investimentos, devem ser instalados num ângulo ideal num suporte de tecto ou parede. Cada célula solar é feita de uma ou duas camadas de material semi conductora, como o silício. Quando a energia solar (fótons) alcança cada célula, cria um campo elétrico entre as camadas. Quanto mais forte for a luz do sol, mais eletricidade é produzida, mas o sistema solar fotovoltaico também pode gerar energia em condições ceu encoberto maioritariamente. A força de uma célula fotovoltaica é medida em quilowatt pico (kWp), que é a quantidade de energia que a célula produz a partir da luz solar direta (DECC, 2011). Inserida no campo da reabilitação a instalação do fotovoltaico para produção de electricidade constitui uma boa oportunidade para reduzir a dependência de combustíveis fósseis com base na energia. Há que considerar a exigência de energia, área disponível, localização, orientação, quando são determinados os cutos e as opções de tecnologia, particularmente como a instalação de aquecimento de água solar que pode oferecer uma opção mais eficiente de produção de energia renovável por m2 da área disponível. 78 A eficiência de um painel solar é definida de acordo com a percentagem da energia solar que incide na superfície e é convertido em energia eléctrica. A eficiência dos painéis variaM de acordo com o tipo e quandoa eficiência é superior a 20%´de comparando com a média que é de aproximadamente 10% (MacKay 2010). A eficiência máxima na teoria é de 31% (Shockley e Queisser, 1961). A eficiência média dos módulos solares tem melhorado alguns pontos percentuais por ano. Os módulos de silício cristalino são os mais eficientes, atingiram os 19,5% em 2010, com uma meta de eficiência de 23% até 2020, o que irá reduzir ainda mais os preços. Esse aumento na eficiência é visto em todas as tecnologias de fotovoltaico (EPIA, 2011). Tabela 3: Eficiência de diferentes tipos de painéis solares Fonte : EPIA Em determinados momentos os painéis fotovoltaicos podem produzir mais energia elétrica que pode ser utilizada pelo ocupante da habitação, por exemplo quando o ocupante não está em casa, existem oportunidades para a produção excedentária de electricidade, e esta pode ser ser utilizada por outra pessoa. A produção excedentária de electricidade pode ser exportada por um fio particular, ou à rede, embora isto exigirá um medidor de exportação. Custos dos sistemas fotovoltaico (específicos do país) No Reino Unido, o custo para a instalação de um sistena fotovoltaico com potência de 2.7kWp (assumindo que a eficiência média) custa aproximadamente £ 12.000 (com IVA a 5%). As redes de electricidade solar podem custar na região £ 4.000 para £ 5.000 por kWp instalado, mas devem reduzir os custos por kWp se o tamanho do sistema aumentar. No cálculo das despesas de capitais totais de uma instalação, é importante reconhecer a importância de economias de escala. Os custos aumentarão com os aumentos de produção total, 79 mas podem ser reduzidos os custos por kWp. Todos os custos que advêm da instalação devem ser incluídos no cálculo dos custos de capital. Pode-se incluir nos custos, mas não se deve limitar a : painéis, elevação, andaimes, fixação, cablagem, inversores, metros (consumo e exportação), enquadramento, reforço da estrutura do edifício. O uso de telhas solares pode custar mais do que painéis construídos num telhado, e os painéis convencionais são os mais caros em relação aos que são elevados, mas, precisa-se de reduzir reduzir os custos das reparações dos trabalhos realizados no telhado Cálculo de retorno de PV (Fotovoltaico) Ao calcular o retorno é importante incluir todos os custos associados à instalação e permanente manutenção, reparação dos painéis fotovoltaicos, bem como das receitas alcançadas. Os custos precisam de ser considerados relativamente à instalação, para obter o cálculo de retorno completo, deve – se incluir: painéis, instalação, andaimes, fixação, cabulagem, inversores, medidores (consumo e exportação),concepção e reforço onde for necessário.da estrutura do edifício Poupanças Os custos da produção à rede podem incluir o custo de oportunidade de não adquirir electricidade produzida a partir de fontes de combustíveis fósseis, os rendimentos recebidos do governo/electricidade para a exportação à rede, subsídios e incentivos, tais como o retorno de tarifas governo do Reino Unido A economia de energia e dinheiro pode ser considerável (EST, 2011) - cerca de 1,2 toneladas de CO2 por ano. No Reino Unido, um sistema 2.7 kWp pode produzir cerca de 50% das necessidades de electricidade anual do agregado familiar. Se o sistema for elegível para receber a tarifa Feed-In poderia criar uma poupança e rendimento de cerca de £ 1.100 por ano. Operação e Manutenção Um sistema fotovoltaico tem sido descrito (Fonte Solar, 2011) como tecnologias "Ajustar e Esquecer”". Uma vez instalado existe muito pouco na forma de manutenção. Não há peças móveis dentro do sistema de modo que os problemas possiveis são mínimos. Um certo número de painéis fotovoltaicos estão equipados com sistema de auto-limpeza do vidro, de modo que a água da chuva mentem-no limpo e a trabalhar de forma eficiente. Será necessário, no entanto, como em qualquer instalação elétrica, inspecionar periodicamente e testar os componentes e assegurar se a segurança elétrica é mantida. A manutenção é geralmente pequena - é preciso manter os painéis relativamente limpos e certificar-nos -se as árvores não começam a encobri-los.O Guia (PASolar, 2011) fornece orientação, passo a passo sobre os procedimentos de manutenção adequados para painéis fotovoltaicos. Certifique-se sempre que a manutenção é realizada por um engenheiro qualificado para realizar o trabalho. Para informações mais detalhadas consulte o Trainrebuild “Documento de Orientação para Modernização e Reabilitação de Edifícios. 80 Fornecedores e Instaladores As habilidades necessárias para instalar painéis fotovoltaicos são semelhantes às exigidas a outros sistemas elétricos, apesar de serem consideradas necessidades específicas no controlo etc e no trabalho necessário para a estrutura aceitar os painéis. Certifique-se que o instalador é devidamente qualificado e registrado com um sistema de certificação apropriada. Certificação Na Europa existe um esquema (QUALICERT) que está a ser desenvolvido de modo a fornecer uma certificação comum de qualidade e acreditação para instaladores de sistemas de energia renovável em pequena escala (EPIA, 2011). Até Dezembro de 2011, a QualiCert tem como objectivo contribuir para o desenvolvimento de um comum conjunto europeu "critérios chave para o sucesso" para os regimes de certificação ou qualificação equivalente para instaladores de fogões de biomassa integrada no edifício e caldeiras, sistemas de energia geotérmica superficial, bombas de calor, energia fotovoltaica e sistemas solares térmicos, para que possam ser reconhecíveis mutuamente. (QualiCert, 2011) Outras perguntas O regulamento local e a legislação estatal podem atrasar a capacidade dos proprietários instalarem os painéis fotovoltaicos numa habitação. Os regulamentos de planeamento podem permitir ou impedir instalações com base na visibilidade, tamanho, localização, etc. Energia solar térmica A energia solar térmica é um sistema de energia renovável para produção de água quente doméstica que origina água renovável aquecida utilizando painéis solares (conhecidos como "cobradores") montados num ângulo ideal do telhado (DECC).Os painéis solares domésticos de água quente estão disponíveis numa variedade de tipos e vários níveis de eficiência e custo. Os dois tipos básicos de painéis são o tipo mais comum: de dois painéis de sistemas plaforma plana e painéis de tubo evacuados. Os dois principais sistemas solares domésticos de água quente mais conhecidos são os termofixos e o sistema de circulação forçada e diferem pelo facto da água circular entre o coletor e o reservatório. Fig. 21 - Celula fotovoltaica Fonte : EPIA 81 Os sistemas termofixos usam a gravidade a circular no meio do aquecimento em torno do sistema. O meio é aquecido no coletor que então sobe ao topo dos tanques e arrefece e flui para a parte inferior do coletor. A água quente doméstica é então diretamente aproveitada do tanque ou indirectamente através de um permutador de calor no tanque. Este sistema não utiliza bombas que faz com que este sistema seja simples, robusto e com um custo muito efectivo. (ESTIF). A instalação deste tipo de sistema exige que o tanque seja localizado acima, ou ao lado do coletor, e isso, normalmente situa-se no telhado. Esta opção é comum em áreas sem gelo do Sul da Europa, mas também em áreas onde a geada é recorrente, o tanque deve ser instalado no telhado, as canalizações isolados e o fluido normalmente será como um agente anticongelante. Um típico sistema nacional tem uma área de coletor de 2-5 m 2 e um tanque de 100-200. litros Fig. 22 - Sistema de produção de energia fotovoltaica Fonte : EPIA Um sistema de tubos evacuados é capaz de produzir mais energia, mesmo quando a temperatura é abaixo de zero. Os tubos de vidro especialmente revestidos permitem que a energia proveniente do sol dissipe, mas os tubos de vácuo funcionam como um balão de garrafa térmica, impedindo que o calor fuja. Isto significa que podem ser até 20% mais eficiente do que um sistema de placa plana (SEGEN). Os coletores podem ser montados em telhados ou fachadas de imóveis residenciais com painéis simples ou múltiplos. A produção total será determinada pela área disponível, a sua orientação, o tipo de tecnologia e algum provável sombreamento. A saída de energia solar térmica refere-se à latitude, e a níveis da luz solar direta. A energia solar térmica pode fornecer até 70% de água de quente do que cada casa de dimensão média necessita, dependendo da quantidade de água quente utilizada, e níveis de eficiência energética do lugar. (DECC, 2011) Para que os sistemas solares térmicos sejam eficientes têm de ser combinados com uma instalação de armazenamento de calor que permite que a água quente seja usada quando necessária. Os sistemas bem isolados permitem que a água possa ser armazenada até duas semanas (ESTTP). Enquanto a energia solar térmica pode ser adaptada para um número de propriedades residenciais, 82 deve-se considerar a localização, orientação, custos de capital, tamanho do sistema, espaço para armazenar o calor, estrutura do edifício, tubagens e perfurações, acesso e manutenção. Por exemplo, para que a energia solar cobra o espaço total de aquecimento, e quente de uma habitação bem isolada na Europa Central, às necessidades de água da torneira, um armazenamento de calor de água, são típicamente cerca de 30 m a 3 a 85 °C será necessário, o equivalente a 10% do espaço utilizável de uma típica habitação. (ESTTP). A proporção do tamanho de armazenamento para a construção é melhor em edifícios maiores com muitas unidades residenciais. Custos de instalação e manutenção (específicos do país) Custos de instalação podem variar dependendo de uma série de factores: o tamanho, o tipo de coletor solar, o tipo de telhado e sistema de aquecimento convencional que já tem e onde está localizado o país. Mas em geral, um sistema solar de água quente no Reino Unido custa de aproximadamente £ 3.000 para £ 6.500. No cálculo das despesas de capitais totais, é importante reconhecer a importância de economias de escala.numa instalação O total instalado aumenta a capacidade de produção, mas pode reduzir o custo por kW. Todos os custos incorridos na instalação devem ser incluídos no cálculo dos custos de capital. Os custos podem incluir, mas não são limitados a: painéis, colocação, andaimes, fixação, bombas e controles, enquadrando, reforço da estrutura do edifício. Os custos de manutenção incluem limpeza e reparações. Poupança A poupança de cerca de 0,2 toneladas de CO2 (EST, 2011) por ano pode ser alcançada quando substituir a água quente alimentada a gás no aquecimentode um agregado familiar. Outros benefícios O sistema funciona durante todo o ano (junte uma caldeira / aquecedor de imersão pois serão necessários durante os meses de Inverno); Contas reduzidas - após o custo de instalação, água quente / aquecimento, serão reduzidos os custos; Coletores solares podem ser parte integrante do tecido do edifício; Fornece calor que pode ser armazenado quando não for necessário; Energia solar térmica pode ser elegível dependendo dos subsídios do país; Relativamente mais fácil e mais barato para instalar. Biomassa (incluindo a produção combinada de calor e energia) A biomassa refere-se ao combustível que é usado para criar o aquecimento para uma habitação. As instalações de biomassa podem ser uma boa solução em áreas rurais por causa da proximidade e preço da fonte de combustível, pela necessidade de espaço de armazenamento de combustível. Existem três tipos principais de biomassa - combustível utilizado para aquecimento doméstico –logs , madeira e pallets. 83 A queima de biomassa produz CO2, porém isso é compensado pelo CO2 que foi absorvido durante o crescimento da árvore ou da planta. Assim, o processo está perto de ser carbono neutro, com as emissões CO2 apenas a plantação associada com / colheita, processamento e transporte são facotres que se devem contar. Mesmo assim, as emissões provenientes representam uma redução de 90% das emissões em relação à queima de combustíveis fósseis (EST CE 309). Quando as caldeiras existentes devem- ser substituídas, existem oportunidades para introduzir um sistema de aquecimento alimentado por biomassa. Uma caldeira de biomassa pode facilmente ligada às canalizações existente de distribuição de aquecimento da habitação. Existem questões em torno do espaço acrescentado quando necessário para o armazenamento de blocos de madeira ou aglomerados de madeira com teor de humidade e valor calorífico. Existem dois principais tipos de sistemas disponíveis para introdução em imóveis residenciais de aquecimento. Um fogão a lenha pode ser instalado, num quarto individual ou uma caldeira que tenha ligação a sistemas de aquecimento central e água quente. Os fogões individuais podem produzir entre 5 e 11 kW de calor e são geralmente são alimentados por logs ou granulados. As caldeiras de biomassa, ligadas a um sistema de aquecimento central normalmente produzem 15kW ou mais, com aquecimento para blocos, condomínios e famílias significativamente maiores. Aa caldeiras de biomassa funcionam da mesma forma que o gás ou petróleo queimado pelas caldeiras. Um combustível é introduzido para a caldeira, é inflamado, e o calor produzido é autorizado a ser transferido para a sala, ou ele é assimilado, e circula em torno de um sistema de aquecimento central. O armazenamento é necessário para logs, blocos de madeiras e pellets. Para pellets e chips, o sistema pode incluir uma alimentação automática que fornece o combustível para a queima de acordo com o necessário. As caldeiras de sedimento são ideais para um sistema nacional de porte de caldeiras de chip, são as mais adequadas para edifícios maiores e para grupos de habitações através das redes de aquecimento em comunidades. Instalação de equipamento de biomassa Uma caldeira de biomassa pode ser instalada como um substituto directo de uma caldeira existente ou como parte de um projeto de reabilitação ligado à canalização de aquecimento central existente. No entanto, há desvantagens, especialmente no que respeita ao espaço de armazenamento necessário para o combustível, a remoção e eliminação de resíduos de cinzas e o potencial impacto sobre a qualidade do ar local uma vez que as emissões de NOx são maiores que o gás. As desvantagens da biomassa predem-se geralmente com o espaço de armazenamento necessário para o combustível, a remoção/eliminação de resíduos de cinzas, e o nível de emissões de NOx em relação ao gás. Outros factores a serem consideradas são: se a propriedade estiver numa área com códigos específicos e práticas relativas à qualidade do ar, como tal pode impede a instalação de caldeiras de biomassa, a mais barata das tecnologias de limpeza de gases de combustão são incluídas. Se uma chaminé existente está a ser utilizada para uma combustão nova, uma nova combustão pode ser necessária, e a licença de planeamento também 84 Eficiência do equipamento de biomassa O processo de combustão numa caldeira de biomassa pode ser muito ineficiente se não for adequadamente controlada. Na verdade, a queima de logs numa queima a céu aberto resulta em cerca de 85% do calor produzido e dispersado para para a atmosfera. O controlo da alimentação do ar, a selecção adequada de combustíveis secos e o uso de um aparelho eficiente são fatores críticos para alcançar a queima eficiente. As caldeiras e fornos modernos possuem eficiências na faixa de 80-90%. (EST CE 309) Custos Custos de instalação A pesquisa feita pelo Instituto de Mudanças Ambientais da Universidade de Oxford, no Reino Unido estabeleceu que o preço médio de um sistema instalado de caldeira alimentada por madeira nos primeiros dois anos (Abril de 2006 – 2008) do Programa de Baixo Carbono em Edificios (regime de dádiva) era de £ 8.900, - a alta variabilidade no preço, e nenhuma correlação entre o preço e a saída térmica da caldeira. Custos indicativos (Agosto de 2011): Fogões automatizados de pellets de madeira com um intervalo de 5-7kW de £ 2.000-£ 4.000 (incluindo instalação). A gama de caldeiras de madeira pellet de £ 5.000-£ 11.000 (incluindo instalação, combustão e comissão). As pellets de madeira têm um custo que ronda os £ 185 por tonelada (mais IVA (5%) e taxa de entrega). As tipicas caldeiras de queima de madeira custam £ 7.000-£ 12.500, dependendo do tipo de instalação. As caldeiras de biomassa deverão ser elegíveis para os Incentivos Renováveis de Calor , que deverão entrar em vigor em Outubro de 2012, para coincidir com o início do negócio verde. O custo do sistema depende do seu tipo, e tamanho. O custo da instalação de um fogão standart custa cerca de £ 3.000. Geralmente uma caldeira de madeira de tamanho doméstica no mercado interno pode custar entre £ 10.000 e £ 15.000 incluindo os custos de instalação, armazenamento de combustíveis, e combustão. A viabilidade geral do sistema pode ser calculada considerando todos os custos, especialmente quando comparada com uma alternativa, os custos de combustível serão afetados pelas economias de escala. Custos de operação Atualmente o mercado de combustíveis da madeira no Reino Unido é relativamente imaturo, e desaquado para o transporte de longa distância, e suporta uma variação considerável dos preços 85 de lugar para lugar. Em termos de custos contínuos, (de acordo com o centro de energia de biomassa a partir de Maio de 2011) os chips de madeira são a forma mais barata de aquecimento em 2.6 p por kWh produzido. Os chips de madeira são 3.9p por kWh, com gás natural 4.1 p, aquecimento óleo 5.6 p, GPL em 8.2 p e electricidade em 13 p por kWh. Os preços rondam os £ 185 por tonelada de pellets de madeira e £ 90 por ton de aparas de madeira. Estes números dependem da localização geográfica bem como os preços das pellets de madeira e chips que variam consideravelmente. Benefícios A queima de madeira produz carbono neutro - calor renovável. Embora a queima de biomassa de madeira ou outra liberte gases de efeito estufa, considera-se carbono zero pois a substituição vegetação irá absorver os gases. Em relação à madeira, enquanto uma nova árvore é plantada por cada uma que arde, como parte de uma silvicultura sustentável, não há emissões de carbono adicionadas ao total. É importante que os combustíveis sejam de um produtor certificado da biomassa sustentável. O sedimento automatizado para alimentar caldeiras de biomassa, ao contrário do já popular independente de fogões de madeira, será elegível para apoio financeiro como RHI (até porque eles são muito caros) e são elegíveis para efeitos de IVA que é reduzido para 5%. Fogões e queimadores de madeira não podem beneficiar de taxas reduzidas de IVA Outros benefícios incluem: Pode ser instalado em sistemas existentes; Uso de produzidão reduzido Pode ser utilizado numa variedade de tamanhos Designa-se ‘carbono limpo' qiando é produzido por uma fração de emissões de carbono dos combustíveis fósseis; Pode potencialmente ser produzido localmente, sem limites A biomassa doméstica oferece oportunidades de negócios locais, e apoia a economia rural; São criadas redes locais que podem minimizar os custos de transporte; Fornece um incentivo económico para a produção de zonas florestais que melhorem a biodiversidade. Manutenção Os requisitos de manutenção para os sistemas de caldeira de biomassa são maiores do que para os aparelhos a gás tradicional, mas não são onerosos. As caldeiras mais modernas são as de ”autolimpeza”, no entanto, alguma manutenção periódica pode ser exigida como despejar a bandeja de cinzas, e é recomendado que a combustão seja varrida uma vez por ano. Outra recomendação essencial é a gestão do abastecimento de combustível. (Gleeds, 2011) 86 Para evitar que cinzas sejam empurradas de queimador em queimador deve ser verificado diariamente o queimador, e qualquer resíduo removido. Os fogões de pellets requerem limpeza regular e, é aconselhável para permitir que o fogão arrefeça, após cada 50 kg de combustível, que for queimado para permitir um controlo mais intenso e limpeza. Os fogões de pellets também exigem um serviço por um fabricante anual para assegurar a boa continuidade de funcionamento dos seus componentes mecânicos. Ao efectuar as inspecções internas, ou de limpeza profunda é importante isolar o fogão do fornecimento de electricidade, e para llibertar a tensão em quaisquer componentes suspensas. Com “fogões madeira”, também é importante que o combustível seja de alta qualidade, e corresponda ás especificações do fabricante; pellets húmidas ou mal partidas devem ser removidas (centro de energia de biomassa, 2011) Fornecedores/Competências Tal como noutras tecnologias é importante usar produtos que correspondam as normas nacionais adequadas, e instaladores qualificados, competentes e certificados. Há muito pouca diferença entre caldeiras a gás e caldeiras de biomassa, mas as aptidões e competências dos instaladores devem ser verificadas. Outros tipos de energias renováveis As bombas de calor, turbinas éolicas e de água não serão apresentadas aqui , devido a seus custos mais elevados e menor custo-eficácia, mas as descrições mais detalhadas podem ser encontradas em Trainrebuild ” 4º pacote de trabalho” Notas de orientação para os proprietários de requalificação dos imóveis. 3.1.5 Custo ideais para combinações de diferentes tecnologias e a sua eficácia Ao calcular a viabilidade de qualquer intervenção durante obras de adaptação/ reabilitação, é importante considerar todos os custos e os benefícios para permitir uma comparação minuciosa Os custos incluem: os custos de construção, operação, manutenção, substituição e eliminação, bem como os apoios existentes, bonificações, reduções de impostos, direitos aduaneiros, direitos aduaneiros de exportação e 'aluguer de telhado' (no caso de isolamento por loft/ sotão). Custos de construção podem incluir: O design e consultoria em engenharia; Os trabalhos temporários; Instalação e, se for caso disso, comissões; Os materiais e equipamentos; A criação de projetos. Os custos de operação podem incluir: Custos de energia; 87 Custos de limpeza. Os custos de manutenção podem incluir: Reparos, substituição de componentes sem rotina e restruturações menores. Os custos de substituição incluem restauração (ou substituição) dos principais elementos ou sistemas originais - desempenho estético e funcional em várias fases da vida e a instalação. Cada vez mais há uma exigência para calcular as potenciais reduções de emissões de carbono em consequência da eficiência, e das tecnologias. Este cálculo envolve identificar as emissões de CO2, criadas a partir da produção de um kWh de energia comparável ao que está a ser substituído. O custo total por tonelada de CO2 equivalente é calculado dividindo o custo líquido total da tecnologia/intervenção (depois dos receitas terem sido levadas em conta) pela quantidade total de CO2 não emitido através da introdução da tecnologia/intervenção. O período de retorno é o comprimento de tempo necessário para um investimento se pagar a si mesmo; é determinado dividindo o investimento inicial por rendimentos da poupança energética. Para os cidadãos que podem utilizar empréstimos para implementação de medidas de recuperação de energia, a tabela a seguir mostra tecnologias com tempo de reembolso/retorno mais rápido. Tabela 4 Tecnologias com tempo de reembolso mais rápido [1] Reembolso em Medidas Anos s Iluminação 0.7 Tanque de água quente 1 Isolamento de tubagens 1 Isolamento do loft 3 Isolamento de piso [1] 4 Isolamento de paredes ocas [2] 4 Controlos de caldeira / TRVs [3] 5 Impermiabilização do esboco 8 Aumento do isolamento do loft 7 Isolamento de paredes sólidas 15 88 Mudança de caldeiras (condensação)5 15 1 Baseado nos custos UK de tecnologias e valores de CO2 são baseados em casas geminadas de 3 quartos Para os cidadãos com fundos próprios suficientes para investir em poupança de energia, a tabela a seguir mostra as medidas que criam maior poupança anual. Tabela 5 Economia anual de energia [1] Economia de Poupanças de Energia Anual Medidas Isolamento de paredes sólidas 400 (externas) Isolamento de paredes sólidas 380 (internas) Mudanças (condensação) de caldeira Sistemas fotovoltaicos 235 200 Bombas de calor através fontes da 190 terra Isolamento de Loft 150 Vidros duplos[2] 135 Isolamento de paredes ocas [2] 115 [2] Iluminação 60 Isolamento de piso 50 Sistemas solares térmicos 50 1 Baseado nos custos UK de tecnologias e valores de CO2 são baseados em casa geminada de 3 quartos 89 3.2 Contratos de projeto e implementação As funções da autoridade local na aquisição de projeto e sua implementação dependerá do tipo de edifício, ou de um conjunto e sobre a estrutura da habitação. Essas funções podem abranger o aconselhamento (juntamente com o apoio financeiro possível) para reabilitação/adaptação de habitações familiares individuais, para ser o promotor do projeto principal de um edifício ou de condomínio ou de um conjunto de edifícios, como os próprios prórprietarios. Para projectos de renovação em eficiência energética onde a autoridade local é um dos actores chave e/ou proprietário, a autoridade local deve formar um contrato de criação do projeto, e formar uma equipa constituida por especialistas em tecnologia e finanças, com experiência e conhecimentos suficientes em matéria de contratos de energia, eficiência dita verde. Idealmente esta equipa será formada no contexto de um programa a longo prazo que irá abranger uma gama de projectos de eficiência energética individual (que pode incluir não só residenciais, construção com eficiência energética, mas outros tipos de projetos de energia sustentável também). Os contratos ecológicos com seleção de tecnologias, produtos, materiais e serviços que minimizem os impactes ambientais., requerem uma avaliação do estado atual, e as características do edifício a ser renovado /reabilitado (avaliação em termos de energia dispensada na construção). É necessário com base nas informações recolhidas; uma avaliação e comparação dos custos e poupança de energia de acordo com as diferentes alternativas tecnológicas, produtos e materiais que poderiam ser utilizados para um projeto de remodelação/reabilitação específico. Com base nesta avaliação, é possível escolher a combinação ideal dos produtos, tecnologias e materiais a serem usados para um determinado edifício ou para um conjunto de edifícios. 3.2.1 Avaliação de energia do edifício Durante uma construção, a avaliação de energia, dos vários grupos e temas deve ser analisada. O primeiro grupo de questões inclui: o nível de eficiência energética, o isolamento e estanquidade das diferentes partes e elementos do edifício. É necessária uma auditoria energética do edifício, que idealmente incluam testes para verificar a estanquidade do edifício. Uma auditoria energética profissional pode ajudar a priorizar e selecionar isolamento e opções de reabilitação Em segundo lugar, os tipos de sistemas existentes, e a eficiência no aquecimento e ventilação (se houver) devem ser analisados em de acordo com os que podem ser usados, e se sim, quais, os tipos de modificações, e melhorias de eficiência que são necessários além das melhorias de isolamento, para tornar o investimento rentável. Isto deve ser realizado por profissionais de aquecimento e de climatização capazes de recomendar a melhor solução para um determinado edifício. Para a máxima eficiência energética após a reabilitação/adaptação, deve ser considerado um sistema de ventilação com recuperação de calor. O terceiro grupo de questões está relacionada com potenciais problemas de fugas de água e estrutura do edifício. Antes da renovação/ reabilitação energética, deve -se ter a certeza que não 90 existem tais problemas, ou que vão ser corrigidos antes ou durante a adaptação de energia. Caso contrário, as medidas de eficiência energética aplicadas podem ser severamente comprometidas, bem como os resultados e a incapacidade para pagar o investimento. Conhecendo os actuais níveis de eficiência energética e desempenho de CO2 e sabendo a disponibilidade e os preços das diferentes tecnologias de reabilitação, os produtos e materiais vão influenciar a decisão sobre os objectivos da eficiência energética, e a escolha da combinação final das tecnologias ajudará a alcançar os potenciais benefícios para os proprietários e utilizadores, garantindo assim o apoio ao projeto. Além disso, a equipa do projeto deve consultar os proprietários e utilizadores sobre suas necessidades no contexto da renovação de eficiência de energia. Os proprietários e utilizadores devem ser consultados sobre suas necessidades de aquecimento, arrefecimento, iluminação, e o uso do espaço em diferentes partes do edifício, em épocas diferentes, e diferentes horários do dia. A decisão inicial sobre os objectivos de eficiência energética e a mistura de tecnologia pode ser definida neste momento, mas também deve ser ajustada nas iterações durante as etapas subseqüentes de concursos e adjudicação de contratos. 3.2.2 Projeto concursos e adjudicação de contratos Possuir conhecimentos suficientes no estado actual dos edificios a serem reabilitados e ter inicialmente definidas as metas de eficiência de energia e as decisões sobre as tecnologias que devem ser aplicadas, pela equipa de aquisição e implementação do projeto que deve realizar uma pesquisa no mercado sobre as tecnologias disponíveis, produtos e materiais, bem como os diferentes designers,fornecedores e instaladores para identificar a gama de soluções que o mercado tem para oferecer, sem se decidir logo - por uma solução específica. Neste momento, a equipa do projeto deve também informar o mercado da sua intenção de aplicar um projeto de eficiência energética (ou um conjunto de projetos) para dar uma oportunidade justa a todos os designers, fornecedores e instaladores se prepararem para asfuturas propostas e para o mercado global responder às futuras necessidades. A tecnologia e requisitos funcionais e metas de desempenho devem ser comunicados claramente e antecipadamente. Esta informação deve ser comunicada ativamente, usando jornais oficiais, meios generalistas, revistas especializadas, feiras, redes de PME- Péquenas Medias Empresas, associações empresariais, câmaras de comércio e sindicatos, idealmente para além do território municipal. Existe um instrumento útil para preparar o mercado para as futuras propostas, é o anúncio de informação prévia (AIP) e o convite à manifestação de interesse (CMI) que pode ser publicado diretamente através dos canais de informação de mercado e publicado no site municipal. Também podem ser enviadas informações diretamente a todas as empresas relevantes previamente identificadas, respeitando embora os princípios da concorrência leal. A diferença entre a AIP e CMI, é que um CMI convida as empresas a declarar seu interesse no num concurso de futuro próximo e 91 em participar em actividades de consulta de mercado. Neste caso, devem ser descritas de forma clara informações sobre como as atividades de consulta de mercado são organizadas As oficinas de consulta também podem ser organizadas para as empresas interessadas a fim de explicar os requisitos da futura proposta mais detalhadamente e responder a quaisquer perguntas das empresas. Isto pode também incluir mais debates profundos sobre as possíveis soluções e de como ajudar a equipa de projeto a aperfeiçoar as decisões sobre os objectivos de eficiência energética e a mistura das tecnologias a serem aplicadas no projeto. O próximo passo é a seleção de um processo de concurso apropriado em determinado contexto, e desenvolver um conjunto de cadernos de encargos com base funcional ou contrato de desempenho com base em especificações. Neste processo é importante que a decisão seja refinada sobre a combinação de tecnologia com base nas possibilidades realistas do mercado (design, materiais e fornecedores de serviços), mas ao mesmo tempo permanecer flexível para licitantes, de maneira a propor soluções e misturas tecnológicas diferentes epara , se provar o que há-de ser mais adequado para o efeito. O caderno e requisitos de verificação deveser suficientemente preciso para ser entendido de igual forma por todos os participantes do concurso. Os critérios de adjudicação do concurso devem ser claros e concebidos de forma a incentivar o melhor desempenho possível de energia a custos acessíveis. Devem ser realizados os critérios de adjudicação se os documentos do concurso não estão a favor, de nenhuma das empresas. Como em todos os processos concursais, deve-se assegurque as sanções são incluídas no caso de grandes desvios de custos, e desempenhos previstos na proposta, e as provas das capacidades técnicas, financeiras e organizacionais dos licitantes são fornecidas pelos concorrentes. Em seguida, um concurso adequado deve ser selecionado para um determinado contexto. Deste kit de ferramentas de formação, discute-se a norma concurso sob a forma de um convite aberto ou restrito às propostas, que pode ser aplicado quando as decisões finais sobre metas de eficiência e o mix da tecnologia a aplicar já foi realizado ; e o procedimento de diálogo concorrencial pode ser usado no caso de projetos complexos onde é possível refinar mais as especificações através de discussões com vários potenciais contratantes que podem ser responsáveis pela concepção, fornecimento e ou instalação de diferentes tipos de tecnologias, produtos e materiais dentro do mesmo projeto. 3.2.3 Contratantes No tipo padrão de contratação, os proprietários do edifício suportam os custos de trabalho e de instalação de materiais e equipamentos, realizada por empresas de design, construção e instalação. No caso de contratos de desempenho energético, as empresas de serviços de energia (ESCOs) fornecem conhecimentos técnicos especializados durante as fases de planeamento e implementação de um projeto, e pode também ajudar a a calcular aspectos financeiros do projeto e minimizar o risco. O EPC é uma forma de implementação de eficiência energética em projetos, e reduz os custos operacionais com mínimos iniciais de despesas financeiras. As empresas de 92 serviços energéticos podem fornecer uma ampla gama de experiência em projetos, bem como a aquisição de recursos financeiros necessários para implementar o projeto. O pagamento baseia-se exclusivamente sobre as economias de energia alcançadas com as melhorias do edifício. A maioria dos técnicos, riscos financeiros e de manutenção é da responsabilidade da ESCO. Para saber mais detalhes sobre empresas ESCO estão disponíveis na seção seguinte. 3.2.4 Projeto implementação, comissões, manutenção e monitorização A colocação em serviço dos componentes do projeto, equipamentos e materiais devem assegurar que o equipamento especifico esteja instalado e em correto funcionamento e que os níveis de redução de energia específicos serão mantidos durante toda a vida do projeto, para atingir os objectivos de eficiência energética. As comissões durante as váris fases do projecto devem ser aceites : e garantem destinam-se a atingir os seguintes objectivos: Verificar se os equipamentos e materiais são instalados e montados de acordo com as recomendações do fabricante, padrões de mercado eespecificações no contrato; Verificar se a instalação dos equipamentos e materiais foram verificados por empreiteiros; Verificar o desempenho dos equipamentos; Verificar a integridade das operações e materiais de manutenção; Garantir que os proprietários, inquilinos e qualquer pessoal a ftrabalhar na construção são formados adequadamente sobre sistemas de operação e manutenção de equipamentos de construção. É delegado à equipa de gestão testar o equipamento instalado, fazendo ajustes se necessário e desenvolver os manuais de operação quando necessários. Além disso, durante as comissões, os proprietários, os ocupantes e os recursos humanos devem ser formados para serem capazes de realizar tarefas e manter corretamente.o equipamento instalado Durante o tempo de vida do projeto, a manutenção regular do equipamento instalado deve ser executada para assegurar que a energia poupança é alcançada ou aumentada, mesmo após o projecto de adaptação/requalificação ser concluído, e prolongar a vida útil do equipamento. A manutenção geralmente envolve uma série de tarefas. Em primeiro lugar é necessário analisar as recomendações do fabricante, e usá-las como base para se estabelecer um programa de manutenção. O programa de manutenção deve incluir um cronograma de atividades, e uma atribuição de responsabilidades, com base nas recomendações dos fabricantes para cada peça do equipamento instalado. 93 Além disso,o gestor do consumo (ou seja, poupança de energia) de energia regular deve analisar a poupança durante o tempo de vida do projeto, e os resultados devem ser comparados com os valores calculados durante as fases do projeto. As actividades de manutenção podem ser incluidas coumo uma maneira mais simples, que é a revisão das contas de serviços públicos. No entanto, isto fornece apenas informações financeiras e pode ser duvidoso devido ao aumento dos custos de energia. Sempre que possível, a monitorização deve envolver modos de leitura instalados em diferentes partes de um edifício e/ou de partes específicas de equipamentos instalados. 94 Módulo 4: Envolvimento do cidadão 4.1 Como elaborar campanhas de conscientização do cidadão As campanhas de sensibilização do cidadão são planeadas para fornecer ao público informações equilibradas e objectivas sobre um determinado conjunto de problemas e para ajudá-los a compreender os mesmos, alternativas e soluções possíveis numa determinada situação. As campanhas de sensibilização do cidadão são planeadas para atingir um público amplo, mas também podem conter elementos de anúncio para grupos específicos, como diferentes tipos de utilizadores de edifícios residenciais (proprietários, inquilinos, em apartamentos, condomínios ou habitações familiares). É melhor se uma campanha de sensibilização do cidadão for concebida e implementada no âmbito de uma política de continuidade/ planeamento / processo de tomada de decisão e/ou implementada num projeto do município especifico de eficiência energética. Uma campanha de sensibilização que trabalhe com os cidadãos irá fornecer um valor acrescentado para o plano ou projeto. Há várias etapas chaves para projetar e implementar uma campanha de sensibilização bemsucedida e de opinião pública. O primeiro passo é o processo preparatório da campanha. É necessário para descobrir e definir os principais problemas, recolher as informações sobre públicoalvo a quem se destina e sair o que os grupos-alvo sabem e não se conhece sobre as questões fundamentais: como se sentem os cidadãos sobre estas questões, como os problemas afetam as suas vidas diárias e se estão motivados e capazes (financeiramente e caso contrário) para implementar potenciais soluções. Também é importante saber quem faz parte destes grupos de confiança, os meios mais utilizados e, assim por diante. A segunda etapa é o design da campanha. O título da campanha, bem como mensagens-chave e ferramentas precisam ser selecionadas e simplificadas. Se possível, as mensagens principais devem ser testadas com grupos de foco antes do início da campanha. Exemplos de boas práticas já existentes precisam de ser identificadas e disponibilizadas (através de exposições e casas abertas) para demostração durante a campanha. A combinação e a sequência da aplicação dos diferentes instrumentos devem ser sistematizados em caminhos críticos (para mais, ver secção 4.2). As casas são meios de comunicação existentes no município / a região deve ser identificada para avaliar as possibilidades e os potenciais custos para divulgação de informações através destes meios de comunicação. 95 A próxima etapa é determinar os fundos necessários para a execução da campanha de sensibilização. Alguns destes fundos podem ser obtidos através da eficiência energética destinados pelos fundos municipais, actuais e futuros concedidos a nivel nacional ou caso contrário externamente financiados para projectos de eficiência energética, as contribuições de organizações que colaboraram no inquérito, bem como patrocínios. Em seguida, o potencial de coloboração e/ou organizações patrociniodoras devem ser identificadas e contactadas para uma potencial cooperação sobre a campanha. 4.1.1 Com quem trabalhar com campanhas e como usar diversos recursos para este fim As organizações mais adequadas para a cooperação em campanhas, bem como na concepção e execução dos planos de energia sustentável e projectos de sensibilização serião as entidades de energia local, regional e nacional / agências de eficiência energética, bem como peritos de relevantes instituições, universidades, escolas, hospitais, ONGs, habitações / associações de proprietários etc. No caso de não serem apresentados conflitos de interesses, as empresas envolvidas no no sector da distribuição de energia e empresas de eficiência energética (fornecedores de tecnologia, designers, instaladores, etc.) podem ser instituições envolvidas, bem como os que colaboraram e/ou patrocinam. Graças a estes acordos, os parceiros locais sentem-se mais empenhados em apoiar a implementação da campanha sensibilização de energia sustentável, no plano ou projeto. Estas organizações podem fornecer contribuições, como aplicação de medidas de eficiência energética, e tornam possível os dias de “casa aberta” para os cidadãos (por exemplo, escolas, hospitais, associações de proprietários de imóveis). As universidades podem oferecer estudantes para a pesquisa focada na avaliação de campanhas, planos, projetos, atividades propostas e medidas. Os fornecedores de tecnologias de energia sustentável (arquitectos, designers, construtores, instaladores etc.) podem fornecer contribuições como informar e/ou formar cidadãos quanto à aplicação e sobre os custos das tecnologias. Os fornecedores de energia podem contribuir com a venda de certificados brancos e as empresas de auditorias energéticas, auditoriasgratuítos ou subsidiadas para o parque habitacional social, os instaladores e as associações de consumidores que podem ajudar com medidas de redução da pobreza do combustível. As ONG especializadas em eficiência energética também podem oferecer formações para os recursos humanos do município e para os cidadãos, bem como a divulgação de informações através de diferentes meios de comunicação. As estações de TV, rádio e jornais locais e regionais podem estar interessados em fornecer tempo de antena livre para anúncios, ou pelo menos para fornecer artigos, entrevistas ou programas dedicados ao tema. 96 4.1.2 Que mensagens, ferramentas e incentivos para aplicar As mensagens devem ser simples e claras, e precisam se relacionar com as partes interessadas grupos reais e necessidades e interesses. As diferentes ferramentas precisam ser combinadas com tempo para obter os máximos efeitos possíveis. Os incentivos podem variar desde prêmios simbólicos até competições e Kits iniciais como descrito nesta seção, a incentivos financeiros descrito no módulo 2 de poupança de energia para cidadãos. Mensagens: As mensagens de sensibilização para cidadão baseiam-se em dois princípios: Proteção do ambiente e da contribuição para o desenvolvimento sustentável, com implicações directas positivas e indirectas na qualidade de vida dos cidadãos individuas ou grupos Orientar os ganhos directos dos cidadãos alcançados pelo comportamento de energia inteligente (imediato e a curto prazo) e por investimentos em eficiência energética (longo prazo), novamente com implicações individuais e família/agregado no nível de qualidade de vida os cidadãos. Exemplos de mensagens Economizar energia, poupar dinheiro e ajudar a proteger o clima; Mudar o mundo, pode começar em casa; Poupança de energia é gratificante, para si ,para a sua carteira e ambiente, Faça uma mudança hoje. Economize energia. Descubra as recompensas para si, para a sua casa, e para o planeta, Através da poupança de energia, economiza-se dinheiro, melhora- o conforto da casa e ajuda a proteger o ambiente, Junte-se àqueles que estão a fazer a diferença real. Quando trabalhamos juntos, as recompensas são grandes. Etc. As mensagens mais longas devem incluir exemplos concretos e/ou números que mostram o quanto realmente um indivíduo e um grupo social podem poupar em energia, CO2 e/ou dinheiro. Por exemplo: "Se todas as famílias no nosso município aplicassem as dez ações básicas definidas na 97 presente brochura, gostaríamos de poupar x euros em custos de energia anual (Y euros por agregado familiar médio) e impedir a emissão de gases do efeito estufa equivalentes a Z carros." As mensagens podem também juntar instruções específicas sobre o comportamento inteligente de energia com os benefícios económicos de tal comportamento, por exemplo: "se você substituir cinco lâmpadas usadas com mais frequência para mais eficientes, pode pouparaté 100 euros por ano em custos de energia. As lâmpadas eficientes usam 75 % menos energia e a última até 10 vezes mais que lâmpadas incandescentes". Ou: "Um agregado familiar médio gasta mais de 1.000 euros por ano em contas de energia. Um termostato programável, definido e utilizado adequadamente, pode salvar cerca de 150 euros por ano." A percepção mais frquente é que o comportamento de energia inteligente é difícil e/ou caro. As mensagens que incentivam as pessoas na mudança de comportamento são necessárias, tais como: "torne-se parte da solução para proteger o clima,dedicará menos tempo e esforço do que imagina. Pode começar a aplicar medidas simples, como mudar uma lâmpada comece a olhar para as classificações de energia na aquisição de novos produtos. Juntos, podemos todos fazer a diferença e proteger o nosso ambiente através de simples ações quotidianas." É importante abordar os interesses económicos dos cidadãos e e explicar os benefícios a curto e a longo prazo da introdução de medidas de eficiência energética em habitações, por exemplo: "usando menos energia para aquecimento, arrefecimento e aquecimento de água, um agregado familiar pode atingir cerca de 20% de economias em contas anuais. Durante os 10 anos que uma típica família vive numa casa, pode poupar milhares de euros no custo de manutenção." Os benefícios de qualidade de vida na introdução de medidas de eficiência energética em casas deve ser salientado, por exemplo: "em casas que foram objecto de reabilitação, o conforto é assegurado com temperaturas estáveis entre e em divisões; a qualidade do ar interior é reforçada através da redução de poeiras, pólen, bugs e humidade excessiva; e a durabilidade é melhorada através do isolamento e protecção da água, janelas protecção da luz solar prejudicial aos equipamentos de melhor qualidade." Os benefícios ambientais devem ser salientados, por exemplo: "A energia utilizada nas habitações, muitas vezes vem da queima de combustíveis fósseis em indústrias de energia. Utilizando menos energia para trabalhar, readaptamos casas acom essa energia e ajudamos a evitar a poluição do ar e consequentemente as alterações climáticas." A eficiencia energética deve ser promovida não só no contexto das habitações, mas também no trabalho e em edifícios públicos. Por exemplo: "os edifícios de trabalho, entretenimento, shoppings utilizam bilhões de euro sem electricidade e gás natural ao ano, e devemos educar os nossos filhos. Se a eficiência energética dos edifícios comerciais e industriais na Europa melhorou 10 por cento, gostaríamos de salvar bilhões de dinheiro dos contribuintes e reduzir os gases com efeito de estufa, comparativamente também as emissões de dezenas de milhões de veículos. A eficiencia energética em edifícios comerciais e públicos contribui para este objetivo." Ou: "Quando as luzes estão ligadas e o sistema aquecimento e arrefecimento funciona num prédio comercial desocupado, a energia é desperdiçada. Quando isso acontece, uma fábrica queima combustíveis fósseis para produzir esta energia desnecessariamente e emite os seus gases para o ambiente. Desligue as impressoras, 98 copiadoras e aparelhos de fax quando não estão a ser utilizados. Ajuste os termostatos para evitar o consumo de energia quando o escritório estiver fechado. Pergunte por lâmpadas eficientes no seus escritório e pontos de recepção de lâmpadas." Ferramentas: O Guia para o Pacto de Autarcas intitulado "Como para desenvolver um plano de acção de energia e sustentabilidade " (Guia PAES) lista os quatro grupos de ferramentas de compromisso do cidadão de acordo com o grau de envolvimento descrito na tabela seguinte: Tabela 6 Tipos de ferramentas de compromisso do cidadão de acordo com o grau de envolvimento Grau Envolvimento de Exemplos de ferramentas Informação Educação e Publicações (brochuras, folhetos, boletins informativos, etc.), meios de comunicação locais Forum (imprensa, rádio e TV - programas e anúncios), Estados cartazes, exposições, visitas a site, dispositivos de Membros energia a ser consumida, Informação Feedback e Linhas de telefone directas grátis, reuniões públicas e audições, questionários, inquéritos e entrevistas, Modelos computacionais exposições, questionários deliberativos Informação Consultadoria e Briefings para grupos alvo, reuniões bilaterais, grupos de discussão, workshops, reuniões bilaterais, Applicação GIS habitações abertas a exposição Envolvimento alargado de - Comités consultivos comunitários / placas / Task- Calculadora CO2 Forces, círculos de estudo planeamento, participativo / planeamento de verdade, júris de cidadão, Kits de poupança de energia, monitoração Websites inteligente, cidadania E-Participação Fonte: Adaptado do Guia para o “ Pacto dos Autarcas - os "Como desenvolver um PAES “ Algumas destas ferramentas (especialmenteTI) podem ser usadas em diferentes graus de envolvimento, dependendo de caso para caso, podem pertencer a mais de uma categoria. Por 99 exemplo, kits de poupança, contadores inteligentes, aplicações de GIS visuais e sites (ou qualquer combinação destas ferramentas) pode ser utilizada somente para informar os cidadãos sobre as actuais e principais questões, mas também pode ser utilizado para fornecer feedback, consultar e envolver os cidadãos extensivamente em economizar energia (tornando-os "pioneiros"), tornandoos como promotores de energia sustentável (ou "Campeões") outros cidadãos, bem como contribuem com ideias e opiniões para o planeamento energético sustentável e para a tomada de decisão. Um campanha bem concebida de consciência do cidadão irá combinar várias ferramentas que complementam-se umas às outras num determinado período de tempo. Tal concepção pode ser formalizada em campanhas de sensibilização e levar a plano ou plano de compromisso do cidadão. Informações e ferramentas para a educação: A informação, educação e ferramentas de feedback são bastante eficientes devido aos custos relativamente reduzidos, divulga-se para grande número da população e é de fácil aplicação e distribuição. Os exemplos incluem: Publicações (em impressos ou eletrónicamente ); Brochuras, folhetos, boletins informativos, relatórios; Material de ensino para vários grupos-alvo; Cartazes, anúncios em publico; Exposições, visitas a site. Publicações, cartazes e anúncios públicos: As publicações podem incluir fichas, brochuras, folhetos, boletins informativos, estudos, relatórios, documentos de debate, documentos opcionais e materiais de educação especial para grupos-alvo específicos. As fichas técnicas, brochuras e folhetos devem ser de uma ou duas páginas para promoção de materiais com mensagens simples e eficazes sobre eficiencia energética. Os cartazes são semelhantes às brochuras e os folhetos fornecem informações condensadas. As brochuras, folhetos e cartazes devem -se centrar sobre temas estritamente incluídos dento da eficiência energética, tais como: isolamento térmico de apartamentos e habitações, utilização de iluminação, utilização de equipamentos electrónicos e eletrodomésticos, uso inteligente de aquecimento e arrefecimento, bem como informações de como ter acesso aos mecanismos existentes de 100 financiamentos e de eficiência energética e empresas que prestam concepção, instalação e serviços de manutenção dos equipamentos e medidas de eficiência energética. Os cartazes mais pequenos podem ser colocados gratuitamente em todas as instituições públicas municipais, enquanto os cartazes maiores de outdoor (com mensagens mais gerais) podem ser instalados por um custo relativamente baixo na parte em propriedades municipais. Os estudos, relatórios e documentos podem ser preparados no contexto da sustentabilidade energética , relacionados com processos de decisão municipal (documentos de reflexão, papeis opcionais) ou como documentos autonómos (estudos, relatórios, materiais de educação) disponíveis para o público em websites destinados a formatos electrónicos. Os relatórios podem ser utilizados de forma a destacar a situação actual do país e do município sobre questões-chave, bem como para promover os resultados em períodos anteriores aos projetos e campanhas de eficiência energética. Os materiais de ensino orientado para diferentes faixas etárias de crianças em idade escolar devem ser escritos de forma atractiva e disponibilizados através das escolas utilizando a divulgação activa e por professores voluntários. Exposições, visitas ao site As exposições podem ser organizadas por um custo baixo nas instalações do município ou organizações parceiras , e podem com uma série de cartazes demonstrar informações sobre o comportamento, obter informações detalhadas sobre exemplos de boas práticas e medidas de eficiência energética. Podem ser sem ou ocasionalmente compostas por exemplos, durante eventos específicos, onde especialistas podem fornecer informações mais detalhadas e responder às perguntas dos cidadãos. As visitas aos edifícios onde foram implementadas medidas eficiência energética podem ser organizadas pelo município em momentos específicos, num período determinado da concepção do plano ou da campanha de comprisso dos cidadãos para a energia. Informações e ferramentas de feedback: As seguintes ferramentas fornecem não só a informação e educam, mas também feedbacks para o os cidadãos: Media local / regional (imprensa, rádio e TV); Comunicados de imprensa, artigos, desenhos animados, entrevistas, programas especiais e propagandas, Inquéritos e entrevistas; Reuniões e audiências públicas, 101 Linhas de telefone grátis. Inquéritos e entrevistas: Os inquéritos são utilizados para recolher informações, recolher opiniões e definir os perfis dos grupos e dos indivíduos envolvidos. Ao mesmo tempo, podem fornecer informações ao público e ajuda a centrar a atenção pública sobre questões de sustentabilidade energética. As entrevistas são utilizadas para recolher informações mais detalhadas de representantes do público em geral. As entrevistas permitem a cobertura de uma gama mais vasta e mais profunda de informações em relação a uma pesquisa, com a possibilidade de identificar novos problemas ou preocupações que não foram consideradas anteriormente Também podem ser realizadas entrevistas com os principais representantes de organizações específicas e grupos de interesse. Estes indivíduos têm conhecimento em primeira mão pois experimentam principalmente as questões de sustentabilidade energética. Eles podem oferecer os seus pontos de vista sobre problemas específicos, e questões sensíveis e potencial de oportunidades para resolvê-los. Reuniões e audiências públicas: As reuniões públicas são sessões abertas para qualquer pessoa com um interesse num plano concreto ou assunto relacionado com sustentabilidade energética. As reuniões públicas normalmente começam com uma visão geral da situação, do processo ou do plano de projecto e, em seguida, oferecem oportunidade para o público a expressar as suas preocupações ou fazer perguntas para os membros do painel. Nas reuniões públicas, o município tem geralmente dois papéis: o de proponente de uma determinada ideia ou plano de projecto e o de organizador do evento. Uma audiência pública é o evento mais formal onde os cidadãos podem fazer declarações que são formalmente registradas e acompanhadas de resumos escritos. Nos parágrafos seguintes fornecem-se conselhos para facilitar as reuniões. Este conselho é aplicável para os diferentes tipos de reuniões e grupos, não só no contexto da informação e feedback, mas também no contexto da consulta e participação dos cidadãos no planeamento e tomada de decisão (como elaborado nas duas seguintes seções As questões-chave devem ser enquadradas de forma compreensível para todos os participantes, e devem ser encorajadas e concentrar os interesses mútuos a trabalhar através de questões complexas. O facilitador deve-se manter enfatizando os benefícios de informados das consequências de não se chegar a um acordo. Os participantes devem ser incentivados a centrarem-se em objectivos comuns, a ouvir todos os lados da questão, e eles devem ser frequentemente solicitados para sugerir soluções, não apenas quando se trata de problemas. 102 Linhas de atendimento de telefone gratuito: As linhas de telefone gratuitao é a oportunidade anónima para o público expressar o seu feedback e ideias ou identificar novas questões. O telefone pode ser respondido por equipas específicas que abordam a questão directamente com o ouviente ou por uma mensagem automática que fornece a oportunidade para registrar os comentários dos cidadãos. Ferramentas de consulta e de participação: Fóruns: Os fóruns são complexos e a longo –prazo as ferramentas do cidadão consistem em elementos menores, descritos abaixo. Além de elementos de participação e consulta, os fóruns também podem conter elementos de participação alargada, descritos mais adiante. Um fórum de energia local deve ser um processo participativo (entre metade e dois anos de duração) organizado pelo municipio, que envolve os cidadãos e as organizações locais mais relevantes, na concepção e aplicação de medidas ao nível municipal e atividades de eficiência energética no próximo período. A concepção destas actividades e medidas é geralmente formalizada num plano de implementação (como o PAES no caso dos municípios membros do PdA). Um fórum é geralmente composto por um pequeno número e grupos de consultoria (veja abaixo) durante um determinado período de tempo, possivelmente em combinação com o uso de sites. Um fórum de energia local tem como missão envolver activamente os cidadãos e organizações relevantes na concepção de medidas e atividades de eficiência energética, melhorando assim a utilização financeira, humana e recursos no tempo, criar e compartilhar uma visão comum de sustentabilidade energética, que resulte num plano de implementação formal que conduzirá à implementação de actividades e medidas de uma forma coordenada. Deseja-se um projecto orientado para a organização de fóruns de energia local em determinados municípios nos países da UE (incluindo a Bulgária, França, Portugal e Roménia), comparando as experiências entre os diferentes municípios e fornecendo recomendações para optimizar os resultados. Eventos e grupos menores de consulta: 103 As sessões de informação-alvo: são preparadas para atingir grupos específicos ou indivíduos que podem beneficiar de apresentações feitos sob medidas, como ministros, funcionários municipais, mídia ou grupos de interesse específicos. Reuniões bilaterais: O município pode organizar reuniões com um único grupo de participantes para receber feedback desse grupo específico e discutir as áreas específicas de interesse. Pode ser útil se a questão em debate, for acompanhada por um elevado nível de conflito. Dessa forma, a comunidade pode prever quaisquer potenciais conflitos de interesses e tentar encontrar soluções possíveis para esses conflitos antes de organizar grupos de foco e oficinas. Grupos de foco: devem ser estruturados para representar um corte transversal nos diferentes tipos de partes interessadas afectadas por um problema comum. Os grupos de foco precisam de moderadores altamente qualificados capazes de explorar valores, interesses e preocupações dos participantes. Oficinas: grupos selecionados de cidadãos e/ou representantes de diferentes organizações são convidados a participar numa reunião para rever informações, definir questões, resolver problemas ou rever e comentar diferentes fases dos planos de projectos (que podem ser parte de um documento estratégico global). As oficinas devem tanto educar os participantes e contribuir para resolver um conjunto específico de problemas, como contribuir para a concepção dos planos de ação em particular. A maioria das oficinas usa o metódo da facilitação. Casas abertas: Os municípios que já implementaram projetos de requalificação de eficiência energética bemsucedidos devem usá-los como “exemplos ” para os cidadãos e representantes de organizações relevantes, aprenderem sobre medidas de eficiência energética, soluções de energia renovável e como implementá-las em casas e edifícios comerciais e públicos, tornando-os motivadso a adoptar medidas semelhantes nas próprias casas e outros tipos de edifícios. As informações sobre os dias de “casa aberta” devem ser activamente divulgados utilizando não só o site do município mas também websites de outras organizações envolvidas, bem como estações locais de rádio e TV, numa base regular (antecipadamente a todos os futuros dias de “casa aberta”). O site dedicado ao município (e/ou da agência da energia) pode ser útil, fornecendo assim respostas às perguntas mais frequentes e como ele de um contacto para mais informações. Os dias de “casa aberta” devem ser agendados regularmente (sendo de uma vez por mês ou para uma vez por ano, em função das possibilidades) em dias em que são convenientes para anfitriões e visitantes. Os visitantes devem ser capazes de conversar com proprietários de habitações, respresentantes de empresas construtoras e/ou instaladores, de modo a consultarem as medidas implementadas e tecnologias, e de modo a poderem fazer perguntas e obter feedback sobre a instalação e operação destas medidas, o seu custo, a energia e a economia que produzem. 104 É útil fazer folhetos disponíveis no site, que fornecem mais informações sobre medidas instaladas e tecnologias, todas as empresas disponíveis que fornecem essas tecnologias, e dispositivos desde a instalação até à manutenção. Os registos devem ser preenchidos pelos visitantes a fim de manter o controlo de visitas e a potencial de medidas a"adotar" na sustentabilidade energética. Também é útil manter um livro de comentários e feedback dos visitantes. Organizar os dias da “casa aberta” pode incorrer em determinados custos. Uma solução temporária seria cobrir esses custos num projeto de energia municipal sustentável. A longo prazo a solução pode ser ativada pela procura de patrocinadores para os dias da“casa aberta”. As questões de energia relacionadas com organizações públicas e privadas normalmente têm interesse em patrocinar tais eventos. As soluções adicionais incluem pequenas visitas a feiras e recrutar voluntários. Envolvimento alargado de ferramentas: O envolvimento mais alargado de ferramentas inclui instrumentos gerais de planeamento participativo e grupos menores e para maiores tais como: comités consultivos comunitários, conselhos, task force e painéis do cidadão / jurados. O envolvimento prolongado também pode incluir sustentabilidade energética relacionada com ferramentas de compromisso, como a distribuição de kits em combinação com as competições de monitoração inteligente entre cidadãos de acordo com comportamento eficientes poupança de energia A participação é um outro grupo de ferramentas de envolvimento potencialmente prolongado, tais como e-mail, sites, fóruns e aplicações GIS etc., conforme descrito abaixo. Painéis de cidadãos / jurados Os painéis de cidadãos (às vezes chamados de júris) incluem uma amostra aleatória de 12 para 24 pessoas que representam a comunidade. O resultado final do painel de cidadãos pode ser um conjunto de orientações, preferidas opções e recomendações para os decisores. É importante que os membros do júri sejam seleccionados aleatoriamente. Em primeiro lugar, o recrutamento dos potenciais membros painel começa com uma pesquisa telefónica que lhes pergunta sobre suas informações demográficas e suas opiniões e atitudes sobre as questões a discutir. Aqueles que indicam um interesse a estas perguntas são adicionados a um nível maior (por exemplo, mais de 100) dos potenciais membros do júri, do qual os membros do painel final devem ser selecionados aleatoriamente. Ao júri é dada uma tarefa para chegar a posições comuns e recomendações, sobre determinadas questãos ou grupos de perguntas. Os membros do primeiro painel têm oportunidade de ler materiais ligados a planos de fundo, ouvir apresentações de especialistas e fazer-lhes perguntas. O painel tem, em seguida, uma série de discussões em grupo (durante um período mais curto ou maior ao longo do tempo, durante uma semana até vários meses) para considerar seus pontos de 105 vista diferentes sobre as questões e para tentar chegar a um consenso sobre as melhores acções possíveis. O painel, em seguida, tem de apresentar as suas recomendações em audiência pública. Círculos de estudo Os círculos de estudo são, geralmente, um conjunto de pequenos grupos e diversos cidadãos (oito a 12 pessoas) várias vezes para discutir, várias questões diferentes de sustentabilidade energética da preocupação local de reunião. Os círculos de estudo podem ocorrer individualmente ou como parte de um fórum maior que outros tipos de grupos cumprem durante o mesmo período de tempo. Os círculos de estudo podem apresentar as suas conclusões e opções para as últimas fases de um fórum local mais amplo de energia. Os indivíduos são selecionados, recrutados e atribuídos para que cada círculo seja diversificado e representativo da comunidade. Uma vez que círculos de estudo se encontram várias vezes, os participantes podem construir relações de confiança e preocupações comuns. O processo do círculo de estudo deve criar um ambiente em que indivíduos possam ter conversas construtivas e respeitadoras. Desta forma, os facilitadores devem ser formados a fim de moderar as discussões e ajudar o grupo que estabelece regras comuns de jogo. Os participantes do círculo de estudo trocam os diferentes pontos de vista sobre um problema particular, analisam possíveis soluções e identificam abordagens preferidas. Essas abordagens mais tarde podem ser escritas através do trabalho mais tarde das task force estabelecida pela comunidade. Comunidade task force / placas / commités Uma task force (Comissão, Conselho, grupo etc.) é um grupo de voluntários da comunidade que se envolve na implementação de um plano de acção local relacionado com a energia ou um projeto específico de energia local. Este contrato pode abranger as questões , definir, recolher informações, criar recomendações, criar acções e medidas e/ou realmente implementar estas acções e medidas. Portanto, a função de uma task force pode abranger desde a a assessoria através da tomada de decisões, até à função de execução. Como nos casos acima, a diversidade do participante é muito importante em task forces. Além disso, as task forces devem incluir representantes de qualquer organização que será responsável por implementar qualquer uma das recomendações do grupo da task force. Uma task force pode identificar que determinada questão precisa de ser trabalhada.A longo prazo as task forces são necessárias alterações periódicas na sua composição, ou seja, deve-se afastar os membros existentes para novos membros aderirem em intervalos de tempo apropriados. Os novos 106 membros devem ser orientados e informados sobre as principais questões (tais como papéis de cada membro, responsabilidades e expectativas das task forces ) através do uso de material escrito e orientação dos actuais membros da task force. Kits, de poupança de energia inteligente monitoração e competições entre cidadãos kits de poupança de energia; contadores inteligentes; energia / calculadoras de CO2-poupança; competição entre cidadãos. Estas ferramentas conseguem obter melhores resultados quando combinados com os outros e outras ferramentas de participação electrónica. Kits de poupança de energia A caixa de poupança de energia é um exemplo na cidade de Zoetermeer (Países Baixos), aplicado em 2006 e 2007. Foi um kit de poupança de energia distribuída para mais de três mil famílias de renda mínima, que contém vários dispositivos de poupança de energia e são livres de serviços de instalação de carga, um folheto com dicas de poupança de energia e um acompanhamento no site com respostas para perguntas frequentes para mais informações e informações de contato. Este projeto foi uma cooperação entre diferentes departamentos municipais, empresas privadas e organizações. Concluiu-se que é mais viável para o município a investir, fornecendo caixas de poupança de energia a famílias com renda mínima de forma a compensá-los devido aos preços sempre crescentes de energia. Competição de Cidadãos: O projeto de “Vizinhos de energia” envolve municípios de 6 países da UE, com o objetivo de inspirar e incentivar as comunidades para alcançar poupanças de energia através de acções específicas e assim reduzir o consumo de energia. 107 A principal ferramenta utilizada é uma competição entre as equipas de proprietários. Uma equipa (o chamado bairro de energia) tem 8 a 12 famílias. Cada vizinhança aceita uma aposta oferecida por seu município: para ganhar a aposta e um prémio, a equipa tem de conseguir uma poupança de energia de pelo menos 8% dentro de seis meses em relação ao ano anterior. No período anterior, a poupança de energia média em todas as equipas combinadas foi de 10%, enquanto a equipa vencedora da Suécia alcançou poupanças de energia de 37%. A competição dos cidadãos e clima europeu é uma competição para as famílias em toda a Europa de modo a formarem equipas nacionais. Os proprietários das famílias têm que se registrar para um " conta poupança de energia " (SEC – Sustainable Energy Communities ) e regularmente inserir seus dados da conta de energia no SEC durante um ano. O ponto principal é que as famílias têm que atualizar o seu SEC pelo menos uma vez em dois meses para que haja conhecimento do consumo de energia e as alterações nos padrões de consumo. Os participantes recebem conselhos e instruções sobre as medidas de poupança de energia simples e complexas e são deste modo incentivadas a implementá-las regularmente.Os inquéritos aos participantes ajudam a melhorar a utilidade do SEC e fornecer informações valiosas sobre a eficácia das medidas de poupança individual de energia. Os participantes que conseguem atingir reduções de consumo de energia durante períodos de tempo, recebem pontos adicionais na competição. O sistema calcula a poupança de energia e reduções de emissões CO2 entre as equipas nacionais, fornece classificações da competição, e ajuda a determinar “ Campeões de energia ao ano a nível nacional "". Websites e E-participação Os Websites são tradicionalmente utilizados para a informar e dar feedback, cada vez mais estão também a ser utitilizados para consulta e envolvimento dos cidadãos. O Website pode incluir informações sobre aspectos, GIS e outras ferramentas de visualização, de poupança de energia / calculadoras de CO2, bem como informações disponiveis de EE / tecnologias provenientes de FER, arquitetos e designers de reabilitação, instaladores e outros prestadores de serviços. Um projeto bem concebido ou um website da campanha também pode fornecer links para outros projetos semelhantes ou campanhas e recursos de informação externas relevantes de acesso fácil a informações sobre todos os outros elementos de uma determinada campanha. A participação electrónica pode incluir uma variedade de técnicas individuais específicas, incluindo e-mail, prestação de informação no website, quadros de avisos, fóruns, bate-papos e grupos de notícias, grupos de diálogo, comunidades virtuais e redes sociais. Estas ferramentas só estão disponíveis para aqueles que têm acesso e conhecimento de como usar a internet, e, portanto, podem ser personalizados para grupos mais jovens da população. As ferramentas de participação electrónica são especialmente úteis quando as partes interessadas são distribuídas a ampla área 108 geográfica (por exemplo, em projetos/campanhas implementadas por vários municípios juntos), e informações é importante.quando abertas à partilha d Com as ferramentas de participação electrónica, os cidadãos podem ter acesso a materiais de plano de fundo e contacto com especialistas e outros cidadãos que oferecem sugestões e recomendações, discutem opções e identificam preferências. Os utilizadores podem ter acesso a ferramentas de participação electrónica e visualizam informações e contribuiem com as suas visões e opiniões a qualquer momento conveniente para eles É melhor se eles participarem e as ferramentas forem combinadas com ferramentas de informação e participação do cidadão tradicional. Por exemplo, os participantes podem ler notas de minutos de reuniões físicas num site ou boletim e têm a oportunidade de fornecer comentários adicionais ou feedbacks através de uma lista de discussão moderada. Os métodos de comunicação electrónica, tais como atualizações de e-mail e e-newsletters, são particularmente importantes para manter contato com os participantes dos eventos físicos e para partilharem informações e anúncios. 4.2 Como projetar um plano de envolvimento de cidadão Os municípios podem fazer um Plano de Compromisso de Cidadão (PCC) como um documento autónomo ou como uma seção ou um apêndice mais amplo sobre o clima e um documento de planeamento estratégico relacionado com a energia. O Plano de Sensibilização do Cidadão pode ser uma secção totalmente integrada dentro de um PAES, ou pode ser um documento separado (idealmente desenvolvido em paralelo e em sinergia com o PAES). No caso de Veszprem (Hungria), o PAES e o plano de compromisso de cidadão foram desenvolvidos em paralelo e em sinergia com a estratégia municipal do clima. O PAES e o PCC são documentos relacionados mas autónomos, integrados como anexos à estratégia climática. O procedimento de consulta pública foi sincronizar durante o desenvolvimento destes três documentos. Além disso, os municípios podem escolher ter apenas um plano que diz respeito a todos os aspectos de sustentabilidade energética, e/ou projectar planos mais específicos sobre questões específicas, tais como eficiência energética no sector da habitação. Isto dependerá de disponibilidade de fundos de um determinado município e necessidades específicas. De acordo com o Guia Orientador do PAES, o processo de preparação do PAES deve- esforçar-se para construir o suporte das partes interessadas, incluindo os cidadãos e proprietários, portanto devem ser envolvidos na preparação do PAES as suas opiniões e as agendas devem ser tidas em conta, e integradas num documento final. Quaisquer conflitos de interesses entre os diferentes interessados devem ser identificados (por oficinas separadas) tidas em conta e possíveis soluções (através de oficinas comuns posteriores) encontradas. O codigo do PAES recomenda a seguinte estrutura para PAES: 1 Resumo do PAES; 109 2 Estratégia global; 3 Inventário base de emissões e informações relacionadas, 4 Acções previstas e medidas para o horizonte do plano (2020). Se integrado no PAES, o plano de compromisso do cidadão (PCC) pode ser parte do capítulo 4 (medidas e acções planeadas). O PCC deve descrever como os cidadãos (incluindo proprietários) serão envolvidos na implementação e acompanhamento do PAES. Um ciclo de PCC consiste em quatro etapas principais: 1 Atividades de preparação; 2 Plano de projeto; 3 Plano de Implementação 4 Comentários. Atividades de preparação Durante as atividades de preparação, deve-se identificar as principais questões e problemas que precisam ser resolvidos e os objetivos que devem ser alcançados através do processo de envolvimento do cidadão. É também necessário determinar quais os grupos de cidadãos que precisam de estar envolvidos, e que tipos de informações precisam de ser trocadas com estes cidadãos. É também necessário determinar a composição da equipa do PCC. A definição de problemas, problemas e objectivos: é importante definir que temas e problemas estão endereçados ao envolvimento do cidadão. Queremos apenas sensibilizar os cidadãos sobre as questões de sustentabilidade energética na generalidade ou queremos concentrarmo-nos apenas sobre eficiência energética na habitação? Só queremos sensibilizar ou queremos motivar os cidadãos a aplicar ações concretas, tais como reabilitação/adaptação de apartamentos e casas pelos próprietários? Qual é a dimensão do efeito que queremos alcançar, ou seja, quantas remodelações queremos estimular em um determinado período de tempo? A definição dos grupos de cidadãos a serem envolvidos: quais as partes interessadas/público que deve ser incluído? Queremos incluir somente proprietários ou outros grupos que podem influenciar o comportamento dos proprietários também? Quais são os tipos existentes de proprietários? Quais são os tipos de propriedades existentes? Qual as partes interessadas/público pode fornecer as 110 necessárias informações? Qual o critério deve ser usado para selecionar os participantes? Por quanto tempo devem ser envolvidos? Formar a equipa do PCC: a equipa dos membros do PCC pode incluir membros de pessoal do município ou especialistas em compromissos dos cidadãos externos, dependendo das competências exigidas. A composição da equipa do projeto não tem de ser corrigida durante todo o desenvolvimento e implementação do PCC. A composição da equipa deve inserir tarefas diferentes e conjuntos de habilidades necessários em cada etapa do processo de compromisso. Deve-se ter em consideração ao selecionar os membros da equipa da PCC, as suas experiências e aptidões relevantes para as questões de energia sustentável, planeamento de problemas, bem como a contratação de cidadãos Plano de projeto O design do PCC detalhado deve incluir objectivos específicos, mais análise e criação de perfis de grupos de cidadão a serem envolvidos, ferramentas de compromisso de cidadão (ver ponto 4.1), cronograma, caminho crítico, orçamento, recursos, logística e dos membros da equipa com funções e responsabilidades. É necessário definir os objectivos para o processo de decisão e o desenvolvimento dos objectivos de apoio para o processo de consulta Deve ser determinado o perfil para cada grupo de participantes, incluindo as necessidades específicas, interesses e capacidades. A seleção dos participantes precisa de ser especificada, como serão selecionados, quais grupos que serão envolvidos, como e em que ponto. As características dos diferentes grupos devem ser especificadas, incluindo suas necessidades, valores, interesses, capacidades e limitações, bem como seus níveis de consciência e a vontade de mudança. Precisam de ser especificadas quais as técnicas de consulta que serão aplicadas para diferentes partes interessadas, a fim de responder às necessidades do processo e das partes interessadas, e em que formato serão trocadas informações com eles. Todos os intervenientes locais que podem ajudar na preparação de PAES - Planos de Acção de Energia e Sustentabilidade e projetos específicos que devem ser envolvidos. De acordo com a o Guia de Orientação – PAES, as partes interessadas no PAES incluem: Aqueles cujos interesses sejam afectados pelo problema; Aqueles cujas actividades afectam a questão; 111 Aqueles cujo participação/envolvimento é necessária para uma implementação bemsucedida. Estes três grupos de partes interessadas incluem os cidadãos e proprietários. O quarto grupo inclui os interessados que: possuam e/ou controlaram informações pertinentes, recursos e conhecimentos para a execução da implementação de projectos e medidas de eficiência energética. Os cidadãos e proprietários pertencem a este grupo também (principalmente por possuirem recursos e algumas das informações), mas este grupo também inclui organizações tais como departamentos municipais relevantes e companhias (tais como entidades de distribuição de energia municipal), agências de energia, empresas de produção e abastecimento de energia do setor privado e empresas de serviços energéticos, arquitectos, engenheiros, empresas de construção e instaladores, especialistas de eficiência energética e institutos, bem como ONG especializadas.em eficiência energética O caminho crítico deve incluir a cronologia dos passos e um mapa do processo. O caminho crítico deve conter as datas, locais, custos, responsabilidades de pessoal para as etapas-chave e saídas (exemplo do caso ilustrativo em que o envolvimento do cidadão é efectuado no contexto do processo de tomada de decisão municipal): Fase 1: criação de website; lançamento do livro discussão (impressos e eletrônico), período de comentários em papel e discussão ; primeiro fórum do evento (reunião pública / audiência); resumo e publicação dos comentários escritos na reunião; sessões de informação orientadas para departamentos municipais; sessões de informação orientadas para representantes de outras organizações chaves; análise de informações e de comentários; Data: papel timbrado às partes interessadas que participaram na fase I; preparação do documento de opções. 112 Fase 2: documento aprovado para revisão de cidadão; oficinas multi-stakeholder; reuniões bilaterais, grupos de discussão, entrega e instalação de kits de poupança de energia, período (s) dedicado para a competição dos cidadãos com comportamentos de eficiencia energéticaprêmios e resultados do concurso, casas abertas, linha direta e gratuita de telefone recolha e classificação de informações e de comentários. análise de informações e resultados da análise, informar os interessados sobre os resultados da análise de informações, preparação do projecto - documento do decisão. Fase 3: projecto documento de decisãolançado para revisão de cidadão; reuniões de comités consultivos comunitários, placas, task-forces, painéis do cidadão / jurados etc., casas abertas, linha direta e gratuita de telefone; recolha e classificação de informações e de comentários; análise de informações e resultados da análise; informar as partes interessadas nos resultados da análise de informações; decisões do município, edital e implementação; Comentários e agradecimentos dos cidadãos que se comprometem. 113 Implementação do plano A implementação do plano deve seguir o caminho crítico. O contrato previsto de ferramentas e actividades devem ser aplicadas sequencialmente. Devem ser fornecidos durante a execução do plano, os comentários periódicos entre cidadãos e representantes das principais organizações. Os comentários das partes interessadas devem ser combinadas com a avaliação e a monitorização interna. No caso de certas actividades não alcançarem os resultados desejados, podem ser necessárias modificações nas ferramentas e na sequência dea sua implementação. Comentários Durante e no final do processo de compromisso do cidadão, a equipa PCC precisa de fornecer feedback sobre todo o processo para os decisores e para os cidadãos. O feedback dos relatórios dos decisores às necessidades, incluir opiniões dos participantes, resumidas para os vários pontos de entrada, com informações importantes sobre opções, ações recomendadas, tipos de intervenientes envolvidos, nomeadamente pontos de entrada, as suas questões-chave e opções preferidas, assim como (no final) o quanto ficaram satisfeitos os cidadãos com o processo. Além dos relatórios de análise de informações listadas no caminho crítico, um relatório final dos cidadãos envolvidos precisam de expressar gratidão para com aqueles que fizeram parte no processo, processos de destaque, os resultados alcançados, com referências a e entradas específicas, e mostram como a tomada de decisões foi utilizada. Os relatórios especiais podem ser fornecidos a estes grupos de cidadãos que colaboraram e que investiram esforços especiais no processo. 4.3 Como projetar um plano de acção de mobilização de proprietários de propriedade Esta seção propõe um modelo que pode ser usado pelas autoridades locais para criar um plano de acção para a mobilização de proprietários para reabilitação/adaptação habitação. Fig. 23 Modelo de um plano de acção Local para mobilizar os proprietários para reabilitação habitação (PAL – Plano de Acção Local ). 114 Os objectivos deste modelo para facilitadores do Trainrebuild, estão a preparar a reunião de 2012 nos 11 Estados-Membros Os encontros para formação em 2012 de associações de proprietários de propriedade, e de autoridades locais, em particulares membros do “Pacto de Autarcas“ deverão ajudar os participantes a planear uma 'estratégia' para mobilizar os proprietários de propriedade. Para o sucesso deste modelo os participantes seriam introduzidos no projecto 'Plano de Acção Local PAL' . Os toolkits estão a ser produzidos pelo RICS e REC para as partes interessadas com informações complementares e sugestões. O plano de acção PAL, parte do toolkit REC, é concebido como uma parceria público-privada. A mobilização proprietários é, de facto, o objectivo comum e solicitam-se as sinergias entre as associações de proprietários de propriedade ou parceiros campeões e autoridades públicas. Isto requer cooperação entre diversos tipos de parceiros e de uma estratégia conjunta para ser fixada num plano com formas de medir e monitorar o progresso. 115 Espera-se que p os proprietários e autoridades públicaslaneiem com a intenção de fazer uso dos toolkits O Trainrebuild além de irem dar formações-pilotos em 2012 vão encontrar neste modelo de material as orientações de um PAL - plano de acção local. Tabela de conteúdo. 1 Porquê, e o que é um plano de acção de mobilização local PAML; 2 Como construir um grupo de apoio Local (GAL) para gerir o plano de ação após o evento de 2012; 3 O conteúdo PAML: criar um movimento, um caminho, uma vontade para a reabilitação; 4 O que deve incluir as atividades de PAML para 2012-2013 5 Como preparar a elaboração do plano de acção; 6 Consulta sobre o projecto PAML; 1. Porquê um plano de acção de mobilização local do cidadão Os planos de acção locais (PALs) deve contribuir para criar um "efeito cascata" para mobilizar a cadeia de valor; um efeito de' escala' em termos de iniciativas de reabilitação; Para atingir estes objectivos o PAL deverá prever para cada parceiro um roteiro concreto e uma gama de soluções com um foco particular em: a) principais razões para a resistência dos proprietários no sentido de adaptação: • complexidade dos trabalhos necessários para edifícios reabilitados; a falta de conhecimento sobre as melhores tecnologias disponíveis e custos reduzidos; a falta de informação sobre os regimes de financiamento disponíveis; (b) os municípios precisam de: 116 um pacote de serviços disponíveis para seus cidadãos; mais recursos; uma comunicação mais engenhosa; uma colaboração aperfeiçoada com organizações especializadas, como as agências de energia. Um PAL deve ser inserido – como parte do plano de acção do “Pacto dos Autarcas” - após o evento TRAINREBUILD de 2012 para que sua aplicação possa ser monitorada durante os anos seguintes. O horizonte de 2020 deve ser fixado para as metas. A composição, ao nível territorial abordado e o formato, diferem de acordo com o país e o tipo de parceiro. Pode ser simplesmente um 'PAL “plano de acção local' ou um ‘PAR - Plano de Ação Regional' ao invés de um 'PAL” - plano de acção local". 2. Construa um núcleo do Grupo de Apoio Local (GAL) para fornecer o plano de acção- PAL após o evento de 2012. Construa para o exterior a partir do que já existe. As histórias de sucesso para identificar e explorar como o efeito de 'escala' – evitam duplicar ou perturbar estruturas existentes que sejam eficazes. Em muitos casos um novo grupo será melhor, noutros pode ser melhor pararetrocedernas estruturas existentes. Recomenda-se um grupo de 10 pessoas no máximo. O objectivo da qualidade em detrimento da quantidade. Ir para um grupo de pessoas motivadas, em vez de um grande número de ouvintes passivos. Construa uma coligação de interessados. Crie um movimento Colocque proprietários na sua base de dados.Trabalhe com pioneiros de propriedade e proprietários e campeões dispostos a fazer lobby para mudanças. Conecte-os. Identifique e prepare o regresso dos campeões. A confiança adviem do trabalho com campeões. Envolva funcionários das autoridades locais dos município e o GAL, Envolva representantes de associações de proprietários de habitações, Envolva especialistas em formação e comunicação, Envolvem 'conselheiros' de poupança de energia, Envolva parceiros sociais (empresas de energia, profissionais de construção e sindicatos) 117 Sempre que existem mais pessoas que estão interessadas, pode ser organizado também. um fórum aberto maior Utilize a análise dos participantes (veja abaixo) para garantir a inclusão dos principais intervenientes locais. e dentificar os jogadores/decisores ao longo da cadeia de valor. As oficinas onde os participantes são tratados como iguais muitas vezes serão mais úteis do que reuniões formais dominadas pelos peritos com apresentações. É necessário um diálogo de igual para igual para construir a confiança. Identifique histórias de sucesso que terão merecido servir de exemplo para que os participantes explorarem como é importante o "efeito de 'escala'. O GAL deve prever algum tipo de revisão do PAL por todos os membros da rede de projeto durante o ciclo de vida do projeto. Participe em actividades de intercâmbio através de reuniões e contatos on-line com facilitadores de outros Estados-Membros. Não funciona se ficar na sua “área”! 3. Conteúdo PAL: criar um movimento, um caminho , uma vontade para a reabilitação/adaptação Actividades com metas As metas, os objectivos, as saídas e as atividades são os quatro principais elementos centrais de uma ação de PAL - planear e estabelecer de acordo com uma parte crucial do processo de planeamento da ação. Quatro passos importantes são geralmente necessários no desenvolvimento de umPAL: 3.1. Estabelecer uma meta Tendo em conta o tema do plano de acção, defina e torne explícito o objetivo geral (por exemplo: um aumento visível do número projetos de reabilitação nos próximos período de x anos em comparação com o período anterior de x anos). Uma meta é um resultado final observável e mensurável, com um ou mais objectivos, a realizar dentro de um período mais ou menos fixa. Um objetivo pode ser resumido na frase "sonho com um prazo". 3.2 Estabelecer objectivos Os objectivos serão mais limitados e mais específicos do que as metas (por exemplo: Y número de planos / habitações de proprietários numa determinada área num determinado período de tempo (X anos) vão entrar num projeto de adaptação/requalificação individual ou conjunto). Recomendase que o plano deva privilegiar o médio prazo (5 anos), mas pode torná-lo maior (ou menor ). 118 3.3. A criação de “outputs “ Estabeler quais os outputs necessários a atingir e os objectivos. Os outputs são os resultados mensuráveis dos projectos ou actividades (por exemplo: toneladas de z de CO2 poupadas devido a projetos de reabilitação nos próximos x anos). 3.4. A criação de actividades Estabelecer as atividades que são necessárias para alcançar e os outputs. Este é o lugar onde a incoerência pode facilmente fraquejar nos planos pois os parceiros tentam garantir que seus projetos sejam incluídos como atividades independentemente dos mesmos contribuirem para outputs criticos. O que é necessário é um processo iterativo que por vezes por negociação traga atividades apropriadas para a tabela de actividades excluindo aquelas que não contribuem para o objectivo. Uma tabela de actividades pode ser utilizada para fornecer uma visão sistemática das actividades a realizar. 4. O que deve incluir as atividades de PAL para 2012-2013 Programa de formação para profissionais da construção, Organização um balcão único para os proprietários de habitações de modo a terem acesso aos conselhos; Projeto e acompanhamento de uma campanha de cidadãos; Eventos de difusão local e partilha de iniciativas de vizinhança; Organizar visitas aos sites; Lançar um grupo PAL em finanças, e lobbies de bancos e revisão de incentivos financeiros; Promover concursos comums entre proprietários de habitações; Planear para criar um processo para cada habitação participar no PAL. O processo permanecerá com a habitação; saúde ambiental externa e deve ser parte do processo; criar e construir uma base dados on-line que pode ser usada por profissionais Solicitar certificados de qualidade como parte do plano de acção; Identificar as opções para formar profissionais de construção com condições para a certificação; 119 Para vários edifícios, culturais, recreativos criar coligações de futuras comunidades (marketing piloto em energia) de 20 proprietários privados no mínimo Ter uma seção dedicada aos edifícios residenciais (edifícios residenciais multi-familiares – condomínios) Explorar de acordo com as “aldeias de férias” para oferecer “casas de férias” para alojamento temporário durante a adaptação/reabilitação 5. Como preparar a elaboração do plano de acção. Encontrando e consultando a evidência que explica o que está a acontecer em relação à questão do que o projeto é lider, ajuda a garantir que sua mobilizaçãopara o plano de ação propriedade de proprietários (PAL) é baseada na realidade. 5.1 Estudo de base Adaptar o Kit de ferramentas e concluIr o toolkit como uma tarefa de fundo solicitada no guia. Desde o início que o PAL deve ser enraizado nos estudos de base do projeto, os quais são diretamente informados pelo conhecimento e inquérito local. Isto faz parte das evidencias base e deve ser discutido nos grupos de apoio locais (GAL), particularmente onde se refere à composição do GAL ou faz propostas para o GAL Análise de necessidades de formação: identificação das competências e necessidades relacionadas a (I) legislação nacional e europeia relevante; (ii) tecnologias e abordagens à reabilitação (iii) incentivos financeiros; (iv) capacidade de comunicação; (v) custos de reabilitação e seu pay-back (vi) terceiros financiamento; (vii) matérias adicionais relevantes para sua situação específica 120 avaliação das competências disponíveis no mercado de trabalho, nomeadamente relacionadas com: (i) perceber a capacidade da estrutura do edifício (ii) tecnologias de reabilitação/adaptação; (iii) tecnologia de energia renovável, (iv) tecnologia de poupança de energia; (v) aquecimento de alta qualidade com energias renováveis; (vi) como obter a melhor qualidade dos equipamentos e permanecer dentro do orçamento; (vii) regulamento térmico; (viii) construção e legislação urbana; (ix) lei de condomínio; (x) certificação energética; (xi) incentivos financeiros. avaliação dos défices de competências e escassez; (i) profissionais da construção; (ii) consultores de poupança de energia; (iii) associações de proprietários propriedade; (iv) agências locais e bancos. 5.1.1. Mapeamento da diretiva Identifiique o que agências já estão a realizar para resolverem o problema. Mapeie esta ação em formato adequado (planilha, tabela, mapa geográfico). O mapeamento da diretiva deve identificar todas as ações pertinentes das partes interessadas existentes e relevantes. Também é útil mapear o nível de cobertura fornecido pelas acções existentes. O mapeamento das iniciativas em curso é particularmente importante no que respeita: 121 programas de formação no local: o que, quem, avaliação, não está cobrir as necessidades?; pacotes de serviços relevantes já disponibilizados para proprietários ; 5.1.2. Identificar o que está a funcionar e o que não está 5.1.3. Gravar sistematicamente com parceiros que acções actuais estão a alcançar Se possível fornecer valores com taxa de reabilitação/adaptação; Identificar falhas e mecanismos financeiros bem-sucedidos; Se possível identificar os custos e benefícios das diferentes abordagens. 5.2. Análise de stakeholders. Determinar se as pessoas certas estão no grupo de apoio Local (GAP) e estão envolvidas no PAL. É provável que tal análise forme parte do estudo base do projeto. Na preparação e desenvolvimento da volta será muito importante para identificar a natureza e os interesses das partes interessadas. Isto pode ser realizado utilizando uma versão em branco da tabela abaixo, de preferência num ambiente descontraído. Os interessados são todos aqueles com um interesse (ou 'jogo') no PAL. Isto inclui beneficiarios, intermediários, vencedores e perdedores e, aqueles envolvidos ou excluídos no processo de tomada de decisão. Como as partes interessadas têm interesses diferentes, é útil definir qual é o seu envolvimento no projeto e como diferem os seus interesses. Em particular, pode ser importante identificar (e maximizar o apoio de) aqueles que são susceptíveis de apoio ao plano, bem como identificar (e tentar minimizar a resistência do, ou seja, trazer ao de cima) aqueles que podem ser mais propensos a bloqueá-la. As partes interessadas são muitas vezes divididas em dois grupos: I. Principais interessados: neste caso, os proprietários, privados e públicos; II. Partes interessadas secundárias: neste caso, aqueles com um papel de intermediário, incluindo agências de distribuição, decisores políticos e profissionais da construção. 122 Às vezes, o número de interessados é limitada pela definição de alguns membros de cada grupo como os principais interessados, caso contrário os números de potenciais interessados podem ser ilimitadas. Ao analisar sistematicamente as partes interessadas é possível ver se existem vozes ausentes. A omissão do grupo de clientes (proprietários) é talvez a voz mais frequentemente ausente. Não deve ser, obviamente, o caso aqui! É importante avaliar se necessário, desenvolver ou adaptar a capacidade das diferentes partes interessadas a participarem plenamente no processo. A análise de problemas é utilizada para entender o que está a causar problemas particulares e os efeitos desses problemas. O melhor é feito em sessões facilitadas envolvendo todas as partes interessadas. 5.2.1 A análise do interesse das partes interessadas 5.2.1.1 Principais interessados O envolvimento dos interessados nesta fase irá alargar o caminho que o problema é percepcionado e garante que os problemas não sejam apenas pontos de vista da agência. É particularmente importante envolver os consumidores ou beneficiários (os principais interessados - proprietários) na análise de problemas. O Plano de Acção – PA deve incluir uma descrição clara da natureza e dimensão dos problemas relativos aos proprietários convincentes para reabilitação - adaptação. Uma nova e abrangente compreensão da situação existente, e os problemas existentes é essencial para permitir as soluções certas a serem encontradas Tabela 7 Partes interessadas principais interesses, motivações e capacidades para a matriz de mudança Interesses proprietários de Interesses e como afectados pela questão Capacidade e motivação começar mudança Ações possíveis para a serem direccionadas para stakeholders Habitação individual 123 Edifícios residenciais multi- Habitações sociais Uma técnica bem-sucedida para trabalhar com problemas é configurá-los numa árvore de problemas. Esta é uma simples representação gráfica dos problemas, habitações e efeitos (antes de se estabelecer num só). Nas reuniões das partes interessadas para as pessoas compreenderem os problemas, é necessário ter evidências. Isto pode ser fornecido através de estatísticas e estudos já disponíveis ou através de pesquisa especialmente encomendadas. Para a análise dos problemas e soluções possíveis de debate de ideias, a tabela a seguir pode ser utilizada Tabela 8 Problemas e soluções de matriz de análise Problemas Soluções Fontes Idade de proprietários de propriedade Receita dos proprietários de propriedade Edifícios (maioria) residenciais Técnicos 5.2.1.2 Partes interessadas secundárias No plano de acção local - PAL é necessário reconhecer que os problemas enfrentados pelas cidades são complexos, difíceis de tratar e interligados. As soluções simples são susceptíveis de funcionar e abordagens tipo 'business as usual' por agências existentes precisam de ser desafiadas. Há muitas maneiras diferentes de ver o mesmo problema e, dependendo do ponto de vista, diferentes soluções serão implementadas. A idéia é delinear e elaborar opções possíveis entre as diferentes opções. 124 Tabela 9 Interesses secundários das partes interessadas, motivações e capacidades para a matriz de mudança Partes interessadas Interesses e como secundárias são afectados assunto Capacidade e motivação pelo começar a mudança Ações possíveis para a serem direccionadas para stakeholders Tomada de decisão municipal Profissionais construção de Financeira Outra 5.3. Análise do quadro lógico Análise do quadro lógico é uma maneira de testar a lógica interna de um plano de acção. É amplamente utilizado pela União Europeia, agências de financiamento internacional e organismos nacionais, porque todas as inconsistências podem ser rapidamente identificdas. Todas as componentes principais do plano são alimentadas numa única matriz chamada quadro lógico, ou 'quadro de registo'. Na alimentação de informações para a tabela de quadro registo ficará claro: se as atividades vão conseguir os resultados desejados; se os outputs atingirão os objectivos desejados; se os objectivos atingirão o objetivo desejado; como será avaliado o êxito e quais suposições que foram feitas. 125 Uma vez que se identificam as inconsistências no plano podem ser rectificadas e o quadro revisto em conformidade. Por este motivo, é importante utilizar uma ferramenta antes do final do processo para que sejam realizadas as adaptações necessárias. Os quadros de registro são úteis no desenvolvimento de planos de acção que são coerentes com os seus objectivos. Mas a abordagem pode ser assustadora de utilizar para um grupo que não é formado Os facilitadores experientes podem ser essenciais. O quadro lógico (quadro de registro) pode ser usado para final verificação da lógica do plano de acção e a sua coerência. Tabela 10 Quadro de registo simplificado Intervenção lógica Indicadores verificação e meios de Suposições Objectivo geral Plano da acção objective Outputs Tarefas 6. Consulta sobre o projecto PAL A consultoria sobre um plano de projecto garante que as partes interessadas suportam totalmente o seu conteúdo e têm a oportunidade de proceder às alterações finais antes que o plano seja público. Uma grande variedade de métodos está disponível. Embora o desenvolvimento do PAL deve ter o envolvimento, a entrada dos diferentes grupos locais, do grupo de apoio local (GAL) deve-se verificar novamente se o projecto final do plano conta com eles antes de encerramento e/ou torna-se público Isto pode ajudar a garantir que o plano não foi «detido» por interesses particulares e surgirão potenciais problemas de vozes ocultas que poderiam perturbar o seu lançamento e execução. Sempre que possível, durante todo o processo de desenvolvimento, o plano de acção deve ser mantido flexível para permitir atualizações e alterações. 126 Para produzir um resumo do plano de ação destinada ao público em geral em linguagem não técnica (ver conteúdo de amostra no ponto 6.2). Isto tornará mais fácil para as pessoas entenderem o projeto e estarem entusiasmadas Ter um plano de projecto revisto por todos os membros da rede de projeto (parceiros do projecto e GAL, bem como parceiros locais); perguntar a outros parceiros e GAL para também comentaremno. 6.1 Métodos de consulta útil para revisão um plano de projecto Edição participativa do projecto como uma exposição, um relatório de simulação ou um registo em pdf e incentivar as pessoas a adicionarem os seus comentários. Fórum público e casa aberta. Apresente o projecto para um fórum público com exposições interativas e sessões descontraídas. Crie on-line uma versão web do do plano do projecto de ação com mecanismos de feedback. Fazer uso da comunidade Build_Up e promover o site para todas as partes interessadas. 6.2 Amostra sumária para um plano de acção Versão simplificada ou visão geral para uma audiência: 1. Introdução - o que acontece e porquê; 2. Problemas - o que são ; 3. Objetivo geral – iniciativas; 4. Objectivos – iniciativas; 5. Actividades propostas - o que, por quem; 6. Cronologia temporal - quando vão acontecer coisas; 7. Financiamento - quem irá pagar o quê; 8. Indicadores - para provar o sucesso. 127 O ambiente descontraído. Os participantes numa casa aberta devem gravar os comentários sobre um projecto com plano de ação. 7. Lancamento do plano de acção local - PAL Um lançamento público sinaliza para a comunidade exterior que o plano de acção foi acordado a um alto nível e pelos seus stakeholders. O PAL ajudará a uma publicidade segura e interesse público e normalmente assumirá um formato de recepção para os interessados, os políticos e os mídia organizados pelo grupo de apoio local. 7.1. Decidir sobre o nível de perfil obrigatório Alguns planos de acção podem não beneficiar de divulgação. Sobretudo é importante que o plano completo seja assinado externamente ao mais alto nível dos parceiros envolvidos, com um evento para receber este acordo e o próprio plano. 7.2. Decidir sobre o seu horizonte temporal Pode ser útil vincular o lançamento com algumas outras actividades ou iniciativas políticas. Pode ser eficaz evidenciar vários parceiros do PAL simultaneamente. 7.3. Organizar o lançamento da estratégia de comunicação Encorajar todas as partes interessadas a participar e organizar o seu lançamento, activando as redes de comunicação exterior Produzir um comunicado de imprensa, convidar, TV e rádio e documentar para publicá-lo na web. Fig. 24 – Estratégia de comunicação 128 7.4. Celebrar A produção de um plano bem pensado de decisores e compradores, a política e apoio financeiro é uma conquista muito importante Parabéns! O Planeamento de um evento de lançamento do plano de acção é também uma boa oportunidade para fixar detalhes de implementação, indicadores para medir o progresso, acompanhamento e avaliação. 4.4– Portugal -Comunicar a sustentabilidade A Sustentabilidade* pode hoje ser encarada como: • A capacidade de uma Empresa/Organização/Pessoa atuar de maneira economicamente sólida (garantido a justa remuneração de sócios, acionistas e colaboradores, mantendo a sua viabilidade económica a longo prazo) • Assumindo sua responsabilidade sócio-ambiental • Contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais equilibrada e capaz de usar de maneira racional os recursos naturais disponíveis. 129 Públicos Prioritários; • Um dos públicos mais recetivos à comunicação das temáticas relacionadas com a sustentabilidade são: Crianças: – Geração que herda e acomoda os valores que vão vigorar no Mundo – Mais sensíveis a questões solidárias; – Constituem-se como um público influenciador dos adultos – Públicos já identificados com uma causa: – Maior recetividade a temas com os quais já se identificam. Por exemplo: “Amigos do Ambiente” estão mais sensíveis a temas relacionados com a preservação da flora, “Amigos dos animais” estão mais sensíveis a temas relacionados com a preservação da fauna – Entidades/organizações com práticas de Responsabilidade Social Corporativa e respetivos colaboradores, familiares, comunidades envolventes e ONG´s Conquistar novos públicos – o Desafio • O discurso da sustentabilidade já é adotado por muitas organizações, associando sua imagem a uma postura económica, social e ambientalmente responsável. • Para levar este discurso aos seus diversos stakeholders as organizações têm enfrentado o desafio de repensar seu sistema de comunicação Pistas para alcançar o sucesso – A Mensagem Mostrar o que as pessoas têm a ganhar nas experiências concretas das suas vidas, a nível económico, pessoal, familiar, qualidade de vida, ou seja, declinar os grandes princípios para situações concretas que tocam a cada um de nós. Além dos benefícios reais (sociais, económicos e ambientais) devem estar presentes os benefícios emocionais. A referência ao mundo melhor para os nossos filhos é um exemplo de uma alusão à vertente emocional comummente utilizada. 130 Encontrar ganchos de comunicação. À semelhança do que acontece em outras áreas da comunicação, também na comunicação da sustentabilidade devem encontrar-se temas com os quais as pessoas/media se sintam identificados e estejam na agenda mediática ou na agenda pública. Só prestamos verdadeiramente atenção aos temas com os quais já nos sentimos minimamente identificados. É através deste gancho “inicial” que poderemos veicular um “novo conteúdo” Motivar para ação não é reprovar um comportamento. o Tom da Comunicação não deve ser moralizador, mas sim alegre, jovial e divertido, ou seja, não deve haver uma reprovação de um comportamento, mas sim a motivação para uma ação Pistas para alcançar o sucesso – A Mensagem • Exemplo: “Momentos verdes e saudáveis” o caso da PT • Meta: Reduzir o consumo de energia e ao mesmo tempo promover a prática de uma atividade saudável Objetivo: Motivar os colaboradores usarem mais as escadas, em detrimento dos elevadores Resultados: Redução de 30% no consumo de energia dos elevadores, 3 meses após o lançamento da campanha. Exemplo: “Momentos verdes e saudáveis”. O caso da PT Ações: Espelho deformador de Imagem dentro do Elevador Mensagem: O uso das Escadas melhora a sua imagem Escadas virtuais desenhadas no fundo dos Elevadores Mensagem: Por favor use as outras escadas 131 Tapete de Relva artificial no chão dos Elevadores Mensagem: Não pise a Relva, use as escadas O Foco da Mensagem: • Na comunicação da sustentabilidade o foco está na atuação da empresa e não na empresa ou nos seus produtos (a não ser que os próprios produtos sejam promotores de um estilo de vida mais sustentável, ainda assim, o foco está no benefício desse produto para a sustentabilidade) • Quando os média são o nosso alvo da nossa comunicação - Tornar a comunicação relevante: • Dar dados, dizer quantas pessoas beneficia determinada ação e explicar como beneficia • Denunciar o que está mal, dizer quantas pessoas prejudica determinada ação e explicar como as prejudica • Inovar no formato da comunicação. É preferível contar uma história com pessoas reais do que enviar o Comunicado de Imprensa sem conteúdo relevante. • Se anteriormente as empresas se preocupavam em levar sua mensagem apenas a potenciais clientes ou públicos decisores hoje passam a ter novos destinatários • Estes públicos, mais próximos, fisicamente ou afetivamente, da organização, ou seja, do emissor requerem uma comunicação bidirecional (como é recomendado pela GRI) a fim de estarem engajados com a atuação da empresa como se pretende. Pistas para alcançar o sucesso – Os Meios A comunicação interativa e bidirecional, bem como a especificidade das temáticas, requer novos mecanismos de comunicação para a promoção dos diferenciais competitivos. • Sites e Microsites dedicados à temática; • Comunicação para Órgãos de Comunicação Social especializados, bem como para Blogues e Fóruns que servem de Fonte aos Órgãos de Comunicação Social generalistas; • Criação de Relatórios de Sustentabilidade; • Criação de Fóruns e Grupos de Interesse; 132 • Utilização das Redes Sociais online. A comunicação da sustentabilidade coloca novos desafios ao emissor. O principal é: • Estabelecer uma verdadeira interação com o destinatário da sua mensagem, atendendo aos seus anseios e expetativas. • Defraudar as expetativas dos seus públicos nesta temática específica, tem o potencial de devastação da Notoriedade de uma empresa/organização/pessoa. • A Comunicação deve reforçar e destacar os aspetos positivos de uma organização, mas deve ser real. É aí que reside a sua mais-valia. 133 Apêndice 1: Exemplos de boas práticas lançadas pelas autoridades locais - focado em proprietários O objectivo deste pequeno inquérito foi identificar as melhores práticas em termos de partilha de conhecimento focada em proprietários, começando com um pequeno inquérito de iniciativas lançadas pelas autoridades locais e facilitadas pelos ' conselheiros de poupança de energia ou 'eco-consultores. Através da investigação das práticas interessantes na Europa no domínio da energia reequipamento dos edifícios, parece que a maioria das regiões e as autoridades locais está a utilizar as abordagens para ser capaz de chegar a diferentes grupos-alvo. O sucesso das melhores práticas reside no facto de que: cada organização pública fez bem e claramente a pré-avaliação das necessidades e perfis dos grupos-alvo de modo a identificar maneiras de responder a estas necessidades as ações que são incorporadas numa forte estratégia regional e visonária com objectivos claros e metas; ele leva a criação de emprego e o desenvolvimento de uma economia local; a autoridade local desenvolve parcerias win-win em diferentes níveis para serem implementadas a ação oferece uma grande variedade de ferramentas que são fáceis de entender e fácil de usar; a autoridade local utiliza indicadores para medir a relação custos-benefícios do programa desde o início; ações não são o objecto –alvo mas a longo prazo, os programas; há uma boa visibilidade dos parceiros; os programas facilitam o acesso ao financiamento; os grupos-alvo como comunidades desfavorecidas são incluídas nos programas. Nos casos mais estudados, este aspecto da eficiência de energica e proteção do clima encontra-se na responsabilidade de cidades ou regiões, muitas vezes a implementação de diretrizes nacionais/federais ou leis, mas também muitas vezes além destas. Os países ou regiões que caminham em direção a proteção do clima geralmente colocam um plano de acção centralizado, com a multiplicação dos programas e acções paralelas e complementares: incentivos financeiros, programas, redes, certificação de edifícios, formação … destinadas os grupos-alvo respectivos interessados pela questão (proprietários, decisores locais, -profissionais de edifícios, …). Algumas cidades ou regiões apareceram n a Europa - ou exemplos em todo o mundo na defesa da proteção climática e da protecção do ambiente, através da promoção da eficiência energética dos edifícios e da eco-construção e muitas vezes revelam –que as opções são fáceis de implementar e economicamente viáveis. As ONG também desenvolvem iniciativas interessantes, na maioria das vezes ligadas a acções ou programas. As práticas recomendadas descritas em modelos anexados inclui o seguinte: 1. AMECASCAIS, Agência Municipal de Energia de Cascais (Portugal): A Energia de Cascais Agência foi fundada em 2007 e implementa vários projetos inovadores para promover as energias renováveis e eficiência energética no município. 2. 2.Service Facilitateur Bâtiment Durable (região de Bruxelas, Bélgica): serviço público destinado a construção de profissionais, fornece informações sobre eficiência energética em edifícios (novos e existentes) e eco-construção, através de um suporte técnico especializado, escritórios, entre outros serviços seminários e visitas à organização. 135 3. 3.Beam 21 (projecto europeu – energia inteligente Europa): projeto envolvendo 9 países e 50 municípios, desenvolve competencias através de programas de formação para decisores e funcionários municipais sobre eficiência energética e a proteção do clima, dividida em vários subtemas. 4. OPATB (França): Criação de uma rede de municípios exemplares na redução do consumo de energia, mas também mais participativos nos desenvolvimentos qualitativos urbanos. Convite à apresentação de projectos para as autarquias locais, para desenvolver projetos de remodelação específica no seu território. 5. Vert'Batim (região de Nancy, França): O plano de acção "Grenelle de l'Environnement" Nancy desenvolve as oportunidades de energia de reabilitação a posteriori e adaptações em matéria de energia, de criação de empregos e desenvolvimento de uma economia local que oferece ações 'limpas'de construção de postos de trabalho, bem como de formação e informação para a construção de proprietários de edifícios públicos, centros de formação e empreiteiros. 6. Energieinstitut Vorarlberg (Áustria): o instituto regional de eficiência energética, eco-construção e eco adaptação foi fundado em 1985 e centraliza informações e ações para a melhoria da eficiência energética nos edifícios. Várias ações estão a ser lideradas paralelamente, com o objectivo dos diferentes grupos-alvo e respondendo a questões específicas. 7. Bâtiments exemplaires (região de Bruxelas, Bélgica): apela anualmente a projectos para a construção ou reabilitação de 'Edifícios exemplares', de acordo com uma série de critérios específicos, incluindo a eficiência energética, mas também outros aspectos ambientais e aspectos de saúde. 8. Gut beraten starten (região de Hannover, Alemanha): helpdesk móvel, livre e neutra e informativa onde os proprietários do edifício residenciaapontam os edificios que pretendam renovar. O serviço foi desenvolvido por uma rede de parceiros conhecidos como o Klimaschutzregion Hannover. 9. Groundwork London (Reino Unido): Os serviços oferecidos para o setor de habitação são : o médico verde e médico de energia em casa, um serviço móvel, oferecendo informações sobre a melhoria ambiental e energética dos edifícios (casas e escritórios) e o serviço de mediação, oferecendo espaços de diálogo entre os proprietários do edifício e os locatários. 136 Nr. 1 2 3 4 5 6 7 Fonte Web-site Nome www.managenergy.net Effective Subregional Partnership working in the UK www.managenergy.net Hadyard Hill Community Energy Project, Scotland, UK www.managenergy.net Ostend, region for clean energy, Belgium www.managenergy.net Warm and Well, UK www.managenergy.net CAKES Calderdale & Kirklees Energy Savers, UK www.managenergy.net Warm and comfortable living – The Netherlands www.managenergy.net Saving Energy in Residential Housing, Spain Tipologia keywords Links notas boa prática edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/113 not only residential buildings boa prática edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/1258 not only residential buildings boa prática edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/1256 boa prática edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/225 boa prática edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/317 edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/377 edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/718 boa prática boa prática 137 8 9 10 11 12 www.managenergy.net www.managenergy.net www.managenergy.net www.fedarene.org www.managenergy.net Installation of ground source heat pumps in social housing homes, UK Target 2050: Countdown to a low carbon home, UK Clearinghouse Support – Paving the way for a better energy performance of building in the EU Refurbishment Social Housing boa prática edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/1098 boa prática edificios, cidadãos, eficiência energética edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/1253 boa prática caso de estudo 13 www.managenergy.net Solar collectors in Neslusa: Energy savings and the use of RES – a way towards sustainable development of towns and communities, Slovakia caso de estudo social housing homes 54 projects belong to public sector – 18 projects are in the residential sector (multifamily houses). http://www.fedarene.org/index.php?option=com_co ntent&view=article&id=296%3Arefurbishmentabruzzo&catid=64%3Abestpractices&lang=en&Itemid=15 boa prática Energy Neighbourhoods http://www.managenergy.net/resources/975 edificios, cidadãos, eficiencia energética http://www.managenergy.net/resources/1257 edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/119 reduce energy consumption through changes in behaviour 138 14 15 16 17 www.managenergy.net www.managenergy.net caso de estudo edificios, cidadãos, eficiência energética caso de estudo edificios, cidadãos, eficiência energética Healthy Homes, UK Regional Energy Performance Assessment counter – The Netherlands www.managenergy.net Information campaign about energy efficiency in private residential housing - "Do not throw away your money through the window" – Romania www.managenergy.net Energy Balance of Oeiras, Portugal caso de estudo caso de estudo 18 www.managenergy.net 19 www.managenergy.net http://www.managenergy.net/resources/366 http://www.managenergy.net/resources/389 edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/725 edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/946 http://www.managenergy.net/resources/918 EffCoBuild Energy Efficiency Communities establishing pilot communities for the building sector caso de estudo edificios, cidadãos, eficiência energética A sustainable LCEC approach for social housing – caso de estudo edificios, cidadãos, eficiência http://www.managenergy.net/resources/970 energy balance not only in the residential building social housing retrofitting programmes 139 20 21 22 23 24 25 www.managenergy.net Factor 4, France energética Stoppa onodan! Stop the unnecessary!, Sweden edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/985 caso de estudo edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/1068 caso de estudo edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/844 caso de estudo edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/963 caso de estudo edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/1090 edificios, cidadãos, eficiência energética http://www.managenergy.net/resources/962 www.managenergy.net Improvement of heating system in different types of buildings, Bulgaria www.managenergy.net Residential building refurbishment: innovative concepts and technologies – OPET Slovakia, Energy Centre Bratislava www.managenergy.net SHARE - Social Housing Action to Reduce Energy Consumption www.managenergy.net Home Energy Saving Campaign, Spain www.managenergy.net Eco n'Home Project caso de estudo caso de estudo taking into account only residential buildings social house 140 26 27 28 29 30 31 http://www.energycities.eu http://www.energycities.eu Energy Efficiency Refurbishment in a PrivatelyOwned, MultiDwelling, Residential Building – Sofia, Bulgaria Low energy standard in the refurbishment of residential buildings – Frankfurt am Main, Germany http://www.energycities.eu Vesterbro (Copenhagen DK) www.powerhouseeurope.e u Brogarden Housing Estate www.powerhouseeurope.e u Capitalization and support of ERDF Projects for Energy Efficiency in Rhone Alpes Region www.powerhouseeurope.e u ERDF Programme for Energy Efficiency in Housing in Aquitaine Region http://www.energy-cities.eu/db/sofia_564_en.pdf caso de estudo renovação residencial http://www.energycities.eu/db/frankfurt2_575_en.pdf caso de estudo renovação residencial caso de estudo renovação residencial caso de estudo renovação http://energycities.eu/IMG/pdf/Sustainable_Districts_ADEME1_Ve sterbro.pdf http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=58 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=107 caso de estudo renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=104 caso de estudo renovação 141 32 www.powerhouseeurope.e u Fasadrenovering av Orrholmen (Orrholmen Facade Renovation) www.powerhouseeurope.e u Generation Homes – REEMA homes www.powerhouseeurope.e u Generation Homes – Woodfields 35 www.powerhouseeurope.e u Ilot de Bourgogne 36 www.powerhouseeurope.e u Klimaat op Maat – Customised climate 37 www.powerhouseeurope.e u Lagenergihuset 38 www.powerhouseeurope.e u Neighbourhood Investment Unit 39 www.powerhouseeurope.e u Old Home SuperHome 33 34 40 www.powerhouseeurope.e u POLYCITY Energetic and Urban Regeneration of the Arquata district in the city http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=60 caso de estudo caso de estudo caso de estudo caso de estudo caso de estudo caso de estudo caso de estudo caso de estudo renovação renovação renovação renovação renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=21 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=22 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=108 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=32 renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=96 renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=17 renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=84 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=8 caso de estudo renovação 142 of Torino www.powerhouseeurope.e u Radomir 1 – Healtier and warmer dwellings 42 www.powerhouseeurope.e u Retrofit Reality 43 www.powerhouseeurope.e u Retrofitting of multi-apartment building Saha tee 2 41 44 45 46 47 48 www.powerhouseeurope.e u www.powerhouseeurope.e u Retrofitting of multi-apartment building Sterrenveld Retrofitting of multi-apartment building Sutiste tee 45 www.powerhouseeurope.e u Retrofitting of multi-apartment building Turu 12A www.powerhouseeurope.e u Retrofitting of Social Housing Ophis Puy de Dome www.powerhouseeurope.e u Senigallia – Quartiere Villa Aosta caso de estudo caso de estudo renovação renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=23 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=19 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=25 caso de estudo renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=66 caso de estudo renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=27 caso de estudo caso de estudo renovação renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=26 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=100 caso de estudo caso de estudo renovação renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=73 143 49 www.powerhouseeurope.e u Sint Antoniusplein 50 www.powerhouseeurope.e u Solar Water Heating Programme www.powerhouseeurope.e u Sustainable Management of Condominium Buildings in Bulgaria 51 52 www.powerhouseeurope.e u Upgrading a group of terraced houses at 'de Burd' 53 www.powerhouseeurope.e u Van Collenstraat 54 www.powerhouseeurope.e u Whitechapel Twenty Fifty 55 56 www.eceee.org www.euroace.org Eceee case study: Successfull building certificates in Portugal and Ireland Energy Efficiency in the Refurbishment of High-Rise Residential caso de estudo caso de estudo renovação renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=33 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=12 http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=10 caso de estudo renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=76 caso de estudo caso de estudo caso de estudo renovação renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=89 renovação http://www.powerhouseeurope.eu/nc/cases_resour ces/case_studies/single_view/?tx_phecasestudies_pi 3%5Bid%5D=20 http://www.eceee.org/buildings/docs/#eceee%20do cs caso de estudo relatórios e casos de estudo Projecto fontes e projectos http://www.euroace.org/Resources/Projects/HighRis e.aspx 144 Buildings 57 58 59 60 61 62 63 www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu RESINBUL Training course on renewable energy sources engineering in buildings SERVE Sustainable Energy for the Rural Village Environment www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu Clearing House Support www.buildup.eu Cool Roofs in Europe Initiatives and Example www.buildup.eu www.buildup.eu www.buildup.eu StuttgartSonnenberg: Reduction of CO2 Emissions in a Nursing Home curso de formação http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sho wbib&id=1102 http://www.fedarene.org/index.php?option=com_co ntent&view=article&id=186%3Aserve&Itemid=114&l ang=en&limitstart=1#content Projecto http://www.fedarene.org/index.php?option=com_co ntent&view=article&id=197%3Aclearsupport&Itemid =114&lang=en&Itemid=114 Projecto caso de estudo casos de destaque caso de estudo casos de destaque caso de estudo eficiência energética, tecnologias e materiais http://www.buildup.eu/it/cases/11210 http://www.buildup.eu/it/cases/6491 LichtAktiv Haus Energy retrofitting of INPS Headquarters, categoria: fontes renováveis palavra – chave – edifícios caso de estudo eficiência energética, tecnologias e http://www.buildup.eu/cases/13512 http://www.buildup.eu/cases/11663 145 Rome, Italy student's works 2010 64 65 66 67 70 71 www.buildup.eu www.buildup.eu www.buildup.eu www.eubuilders.org www.erec.org http://www.eeb.org A very energy efficient renovation of a house in Besancon (France) Heat pumps replace electrical heating Residential building renovation Shelter Coordinating the activity of professionals engaged in energy renovation of social housing Key issues for Renewable Heat in Europe K4RESH Cool Products, Warm Homes – A European manifesto for sustainable materiais caso de estudo eficiência energética, tecnologias e materiais http://www.buildup.eu/cases/8221 caso de estudo eficiência energética, tecnologias e materiais http://www.buildup.eu/cases/9271 caso de estudo eficiência energética, tecnologias e materiais http://www.buildup.eu/cases/8026 http://www.eubuilders.org/news.asp?ID=http://ww w.eubuilders.org/pro.asp?id=projects_6 Projecto - boa prática projecto finalizado caso de estudo renovação http://www.erec.org/projects/finalised-projects/k4res-h.html http://www.eeb.org/?LinkServID=4CAD96C6-B3D007CA-0E0E8BF13AC787A8&showMeta=0 146 heating and cooling of buildings Changing Perspectives – How the EU budget can shape a sustainable future caso de estudo renovação http://www.eeb.org/?LinkServID=7819455B-C1459353-9D77F0192D2A9BD2&showMeta=0 72 http://www.eeb.org 73 www.eurima.org Ga caso de estudo publicações http://www.eurima.org/ 74 www.eurima.org AimHigh – GoLow – Insulate caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Aim_High_Go_Low_Insulate.pdf www.eurima.org U-VALUES for better energy performance of buildings caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/ModuleXtender/Do cuments/88/documents/EURIMAEcofys_VII_leaflet_041207.pdf www.eurima.org Insulate Today. Save Tomorrow. It's time for action! caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Insulate_Today_Save_Tomorrow.pdf www.eurima.org Better buildings through energy efficiency: a roadmap for Europe caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/ModuleXtender/Do cuments/89/documents/EU_Roadmap_building_rep ort_020307.pdf 75 76 77 not only residential buildings 147 www.eurima.org Taking the next step towards energy efficient buildings Reccomendations for improving the Energy Performance of Building Directive (2002/91/EEC) caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/EPBD_Leaflet_01_Feb_05_FINAL.pdf 79 www.eurima.org Putting our house in order - The evidence for more action on energy efficiency in residential buildings caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/ModuleXtender/Do cuments/92/documents/putting_our_house_in_orde r_guide_0304_EN.pdf 80 www.eurima.org CO2 emissions, what can you do?... caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/co2_emissions.pdf 81 www.eurima.org Ecofys I - The Contribution of Mineral Wool and other Thermal Insulation Materials to Energy Saving and Climate Protection in Europe caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Brochure_ecofys_final.pdf 82 www.eurima.org caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/EU%20binding%20targets%20QA_13%2012%20 2010.pdf 78 An EU Binding Target for Energy Efficiency: what is at stake for 148 Europe's buildings? 83 84 85 www.eurima.org Fact Sheet: Buildings Envelope Components. The Need for Mandatory Energy Performance Requirements for Building Envelope Components in the Energy Performance of Buildings Directive (EPBD) Recast www.eurima.org Recast of the Energy Performance of Buildings Directive www.eurima.org 86 www.eurima.org 87 www.eurima.org Moving towards very low energy buildings by 2015 Eurima's Position on the recast of the EPBD Eurima calls on european heads of state to support ambitious caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Fact%20Sheet_Building%20Envelope%20Comp onent_04%2009%2009.pdf http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Eurima%20EPBD_background_paper_04_02_09 _FINAL.pdf caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Very_Low_Energy_Buildings_200608.pdf caso de estudo publicações caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/EPBD_Eurima_Position_Paper_170608.pdf caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Eurima_letter_Heads_of_State_Summit_22020 7.pdf 149 and binding greenhouse gas emission targets www.eurima.org Own Initiative Report of the European Parliament on the Energy Efficiency Action Plan (EEAP) caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/EP_Own_report_on_EEAP_FINAL__09_07_07.p df www.eurima.org White Certificates - Is there a case for better buildings? caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/white_certificates_ESD_070607.pdf www.eurima.org ESD Position Paper - Aiming Higher to Deliver More caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/ESD_Position_Paper_12_02_07.pdf www.eurima.org Eurima's Response to the Consultation Paper on the European Strategy for Sustainable, Competitive and Secure Energy case study publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Eurima_position_on_Energy_Policy_GP040906. pdf 92 www.eurima.org Capturing the potential from buildings is urgent and cost-effective caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Eurima_Comments_on_the_Green_Paper_on_E nergy_Efficiency_20_04_06.pdf 93 www.eurima.org caso de estudo publicações 88 89 90 91 Tap into the vast http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum 150 ents/e5_Tap_into_the_vast_potential.pdf potential! 94 95 96 97 www.eurima.org Tackling Climate Change - Why Demand Side Measures Supply Truly Costeffective Solutions caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/EIP_CEPS_Leaflet2007.pdf www.eurima.org Building Blueprint: Endorsement Schemes for Building Energy Efficiency Improvements in the EU25 caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Buildings_Blueprint_handout.pdf www.eurima.org TACKLING CLIMATE CHANGE COSTEFFECTIVELY Understanding what is truly costeffective caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/CEPS_EIP_Leaflet_-_Final.pdf www.eurima.org REVISITING EU POLICY OPTIONS FOR TACKLING CLIMATE CHANGE - A social CostBenefit Analysis of GHG Emissions Reduction Strategies caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/CEPS_ECN_Study_15_11_2006.pdf 151 98 www.eurima.org Insulation and Energy Efficiency: Protecting the Environment and Improving Lives 99 www.eurima.org Improving the Energy Efficiency of Buildings 100 www.eurima.org Sustainable Renovation of the exisisting Housing Stock http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Rotterdam.pdf 101 www.eurima.org The Lisbon Declaration on CO2 Reductions http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/lisbon1.pdf caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Insulation_and_Energy_Efficiency_Naima_Euri ma_Lx_11_2005.pdf caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Bowie.pdf www.eurec.be Research Priorities for Renewable Energy Technology by 2020 and beyond 103 www.eurec.be Research Priorities for the Renewable Energy Sector http://www.eurec.be/content/view/45/34/ 104 www.eurec.be RE-Thinking 2050 http://www.rethinking2050.eu/index.php?id=4 105 www.eurec.be 102 Renewable Energy Technology Roadmap 20% by caso de estudo publicações http://www.eurec.be/content/view/45/34/ http://www.erec.org/fileadmin/erec_docs/Documen ts/Publications/Renewable_Energy_Technology_Roa dmap.pdf 152 2020 caso de estudo projecto finalizado http://www.erec.org/projects/finalisedprojects/new4old.html caso de estudo projecto finalizado http://www.erec.org/projects/finalisedprojects/res2020.html 106 www.erec.org New4Old 107 www.erec.org RES 2020 www.erec.org Creating Markets for Renewable Energy Technolgies - EU RES Technology Marketing Compains (RESTMAC) caso de estudo projecto finalizado 108 http://www.erec.org/projects/finalisedprojects/restmac.html 109 www.erec.org Energy 4 Cohesion (E4C) caso de estudo projecto finalizado http://www.erec.org/projects/finalisedprojects/energy4cohesion.html 110 www.erec.org Sustainable Communities caso de estudo projecto finalizado http://www.erec.org/projects/finalisedprojects/sustainable-communities.html 111 www.erec.org Campaign for Take-Off impact Assesement caso de estudo projecto finalizado 112 113 www.erec.org www.erec.org Promotion & Market Simulation of RES in EU & Candidate Countries (RES in the EU & CC) Smart-e buildings - Yes We Can Enable the Building Sector to http://www.erec.org/projects/finalised-projects/ctoimpact-assessment.html http://www.erec.org/projects/finalised-projects/resin-eu-cc.html caso de estudo projecto finalizado caso de estudo projecto a decorrer http://www.erec.org/projects/ongoingprojects/smart-e-buildings.html 153 Contribute to Reachinh the 3x20 Objectives 114 115 116 117 118 www.erec.org www.erec.org www.erec.org www.erec.org www.erec.org Common Quality Certification & Accreditation for Installer of SmallScale Renewable Energy System Renewable Energy Policy Action Paving the Way towards 2020 Thematic Network on ICT solutions to enable Smart Distributed Generation Energy Union The European Intelligent Energy Promotion Tour (Energy Union) Excellence in Energy for the Tourism Industry Accomodation sector: SME hotels (EETI) http://www.erec.org/projects/ongoingprojects/qualicert.html caso de estudo caso de estudo projecto a decorrer projecto a decorrer http://www.erec.org/projects/ongoingprojects/repap2020.html http://www.erec.org/projects/ongoing-projects/ictthematic-network.html caso de estudo caso de estudo projecto a decorrer projecto a decorrer http://www.erec.org/projects/ongoingprojects/energy-union.html http://www.erec.org/projects/ongoingprojects/eeti.html caso de estudo projecto a decorrer 154 119 120 121 122 123 124 www2.ademe.fr www2.ademe.fr www2.ademe.fr www2.ademe.fr www2.ademe.fr www2.ademe.fr Energy efficiency in buildings Design Manual for energy efficient and comfortable rural houses Heilongjiang China (Chinese) Energy efficiency and sustainable development in the Chinese construction sector - 10 years of French-Chinese cooperation Strategic orientation for Research and Development 2007-2010 Energy efficiency in the European Union: overview of policies and good practice Research and development: success stories caso de estudo ADEME em ação Tópico edificios http://www2.ademe.fr/servlet/KBaseShow?sort=1&cid=96&m=3&catid=17778 http://www2.ademe.fr/servlet/KBaseShow?catid=17 618&m=3&cid=96&sort=-1&p1=00&p2=02&p1=00 caso de estudo –pulicações edificios new buildings http://www2.ademe.fr/servlet/KBaseShow?catid=17 618&m=3&cid=96&sort=-1&p1=00&p2=02&p1=00 caso de estudo pulicações edificios caso de estudo pulicações edificios caso de estudo pulicações edificios caso de estudo pulicações edificios new buildings http://www2.ademe.fr/servlet/KBaseShow?catid=17 618&m=3&cid=96&sort=-1&p1=00&p2=02&p1=00 http://www2.ademe.fr/servlet/KBaseShow?catid=17 618&m=3&cid=96&sort=-1&p1=00&p2=02&p1=00 http://www2.ademe.fr/servlet/KBaseShow?catid=17 618&m=3&cid=96&sort=-1&p1=00&p2=02&p1=00 155 125 126 127 128 129 130 www.ceetb.eu www.ceetb.eu www.ceetb.eu www.ceetb.eu www.eceee.org www.eceee.org Time to move forward: Energy Performance of Buildings Directive CEETB strategic paper on Regular Inspection and Maintenance of Technical Building Equipment GCI-UICP Reference model: Qualification of HVAC and sanitary contractors in Europe Joint declaration on renewable heating and cooling Steering through the maze #1 Your eceee guide to the recast of the Energy Performance of Buildings Directive (EPBD) Steering through the maze #2 Your guide to zero http://www.ceetb.eu/en/13_strategy-papers.htm# caso de estudo documentos estratégicos http://www.ceetb.eu/en/13_strategy-papers.htm# caso de estudo documentos estratégicos http://www.ceetb.eu/en/13_strategy-papers.htm# caso de estudo documentos estratégicos caso de estudo documentos estratégicos http://www.ceetb.eu/en/13_strategy-papers.htm# http://www.eceee.org/buildings/docs/#eceee%20do cs Guia relatório e casos de estudo Guia relatório e caos de estudo http://www.eceee.org/buildings/docs/#eceee%20do cs 156 energy buildings 131 132 133 134 135 www.eceee.org www.eceee.org www.eceee.org www.eceee.org www.euroace.org Steering through the maze #3 Your guide to Frequently Asked Questions on the Recast of the Energy Performance of Buildings Directive Eceee report on Major renovation - definition in monetary terEstados Membros Eceee report on Understanding the economics of renovation http://www.eceee.org/buildings/docs/#eceee%20do cs Guia http://www.eceee.org/buildings/docs/#eceee%20do cs relatório relatório e casos de estudo Relatório relatório e casos de estudo Rod Janssen: The economics of the renovaion of buildings: a view from eceee RENOVATE EUROPE relatório e casos de estudo http://www.eceee.org/buildings/docs/#eceee%20do cs http://www.eceee.org/buildings/docs/#eceee%20do cs apresentação relatório e casos de estudo campanha fontes – projectos http://www.euroace.org/Resources/Projects/Renova teEurope.aspx 157 136 137 138 139 140 141 www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu TAREB - Low energy architecture training course Low energy system for heating and cooling of buildings RENEASE - Good practice guide for developers of sustainable social housing www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu Your guide to renewable energy in the home www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu ELREN Renewable Energy Network Training Manual www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu PURE - Technical and economic solutions for integration of photovoltaics (PV) into buildings http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch Manual categoria: energias renováveis – palavra chave – edificios http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch livro guia categoria: energias renováveis – palavra chave – edificios http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch livro guia categoria: energias renováveis – palavra chave – edificios linhas de orientação categoria: energias renováveis – palavra chave – edificios http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch livro guia categoria: energias renováveis – palavra chave – formação sistema de suporte decisão livro guia, ferramenta de planeamento categoria: energias renováveis – palavra chave tecnologias/apli cações http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch 158 142 143 144 145 146 www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu COOLREGION Sustainable cooling helps fight global warming edificios ,formação em arrefecimento www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu ROSH-Training material to inform tenants of energy saving retrofitting measures medidas de mudança de comportamento , edificios ,formação www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu TREES-Training package - tools for renovated energy efficient social housing www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu TREES-Training package - case studies of renovated energy efficient social housing www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu Intelligent Metering Training manual for local authorities energy savings from intelligent metering and behavioural change edificios, formação em aquecimento palavra chave – formação palavra chave – formação palavra chave – formação http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch edificios,formação em aquecimento palavra chave – formação http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch edificios, monitorização, formação palavra chave – formação 159 147 148 149 150 151 www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu European Support Instruments for RES-H and Policy Recommendation s on How to Develop Them sensibilização, aquecimento SENTRO Inventory of building practice, barriers and solutions for market introduction of alternative energy systeEstados Membros in new buildings edificios, avaliação, planeamento EFFCOBUILD Database of best practice of energy efficiency measures in the building sector sensibilização edificios, consumo de energia ENPER EXIST Roadmap for energy efficiency measures/policies in the existing building sector edificiosconsumo de energiaplaneament o EUROCONTRACT Guidance on comprehensive refurbishment of buildings with categoria energias renováveis http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch Edifícios cosumo de energia, ,contratos públicos categoria energias renováveis http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch palavra chaveedificios http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch palavra chaveedificios palavra chaveedificios http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch 160 energy performance contracting 152 153 154 155 www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu EUROCONTRACT Comprehensive refurbishment of buildings with energy performance contracting Edificios, contractos, consumos de energia EEBD - Learning material on the implementation of the EPBD Directive in all EU Member States sensibilização, edificios, consumo de energia www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu EI - Education Guidebook on energy intelligent retrofitting in social housing sensibilização, edificios, consumo de energia www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu EI - Education Best practice examples (in policy and strategy) of intelligent retrofitting of social housing www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch palavra chaveedificios http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch palavra chaveedificios palavra chaveedificios http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch sensibilização, edificios, consumo de energia palavra chaveedificios 161 156 157 158 159 160 EI- Education Best practice examples (in technology and environment) of intelligent energy retrofitting for social housing sensibilização, edificios, consumo de energia palavra chaveedificios www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu ACCESS Guidelines and recommendations on Financing schemes for small-scale biomass and solar heating Senssibilização, financiamento, contratos públicos, tecnologias e aplicações Categoria energias renováveis , palavra-chave – tecnologias/apli caçoes www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu BioHousingCatalogue of biomass products/equipm ent [webtool] Calor, contratos públicos, tecnologias, aplicaçõesh energies renováveis , palavra-chave – tecnologias/apli caçoes http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu PURE - European and national legislation Electricidade, planeamento, tecnologias/aplicaç ões energies renováveis , palavra-chave – tecnologias/apli caçoes http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu PURE - Summary of photovoltaics (PV) best practices in the urban environment at European level Edificios, planeamento, tecnologias /aplicações energies renováveis , palavra-chave – tecnologias/apli caçoes www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch 162 www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu SOLARGE: Solar heat for large buildings guidelines and practical examples for apartment buildings, hotels and business 162 www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu Enthuse Planners and renewable energy guide 163 www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu 161 164 165 www.eurima.org Edificios, aquecimento, tecnologias /aplicações energies renováveis , palavra-chave – tecnologias/apli caçoes Sensibilização, planeamento, tecnologias/aplicaç ões energies renováveis , palavra-chave – tecnologias/apli caçoes BioHousingTraining materials on biohousing Aquecimento, tecnologias/aplicaç ões, formação palavra – chave formação TREES-Training package techniques for renovated energy efficient social housing Edificios, tecnologias, aplicações, formação Eurima views on the European Commission's consultation paper on VAT reduced rate http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch palavra – chave formação http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/Eurima_reply_Consultation_paper_on_VAT_red uction_09May2008.pdf caso de estudo publicações 163 166 167 168 www.eurima.org www.eurima.org www.ec.europa.eu; http://www.iee-library.eu Eurima Response to the European Commission Consultation Green Paper on Marked-Based Instruments for Environment and Related Policy Purposes EURIMA's Response to EC Paper - "Cohesion Policy and Cities: the Urban Contribution to Growth and Jobs in the Regions" K4RES-H Quantification of energy delivery for financial incentives http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/eurima_response_commission_consultation_26 -7-07.pdf caso de estudo publicações http://www.eurima.org/uploads/Documents/docum ents/eurima_reponse_to_the_ec_paper_170206.pdf caso de estudo publicações Consumo de energia, aquecimento, tecnologias /aplicações consumo de energia,aquecimen to . energias renováveis , palavra-chave – tecnologias/apli cações http://www.ieelibrary.eu/index.php?option=com_jombib&task=sear ch 164 Links: consultados http://www.epbd-ca.org/Medias/Pdf/country_reports_14-04-2011/Portugal.pdf www.esd-ca.eu/content/download/16846/24682/file/Portugal.pdf http://www.adene.pt/pt-pt/NavegacaoDeTopo/EnergiaNoEstado/EcoAP/Paginas/EcoAp.aspx http://www.renewable.pt/pt/ABLE/Paginas/ECOAP.aspx http://www.ccdr-alg.pt/ccdr/parameters/ccdralg/files/File/upload//PO_Algarve_21/Orientacoes_Tecnicas_e_de_Gestao/Referencial_Empresas_Servicos_Energia.pdf 165