Macrorregião Norte - Atenção Básica do RS

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Macrorregião Norte - Atenção Básica do RS
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
OFICINA TERAPÊUTICA: ARTESANATO EM TECIDO
Paula BetineliTremarin1
Fabiana MafessôniHoppe2
Marinete Polli3
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Camargo.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Unidade Básica de Saúde e Estratégia de Saúde
da Família – ESF, Equipe de Saúde Mental, Centro de Referência de Assistência Social –
CRAS.
Qual foi a experiência desenvolvida? Oficina Terapêutica.
Sobre o que foi? Artesanato em Tecido visando trabalhos manuais, que estimulam a
criatividade, expressão individual, atenção e concentração, proporcionando sentimento de
produtividade, sendo um espaço de diversidade, das diferentes formas de viver e se
expressar.
Como funciona(ou) a experiência? Grupo aberto, heterogêneo, encontros semanais, com
duração de 3 horas,coordenado por psicóloga e assistente social e desenvolvido por
oficineira de artes, destinado à pessoas da comunidade que possuem interesse em comum,
podendo acolher pessoas em sofrimento psíquico e/ou que usam drogas, mas não se
limitando a elas. Desenvolvendo atividades que estimulam a convivência e a criação, com
foco na promoção à saúde, a partir da participação e do protagonismo de cada sujeito,
proporcionando a troca de experiências, vivências e sentimentos.
Desafios para o desenvolvimento? Espaço físico dentro da Unidade Básica de Saúde.
Quais as novidades desta experiência? Melhora da auto estima e autonomia dos usuários,
bem como a diminuição do uso de medicamentos anti depressivos, sendo que muitos
encontram uma forma de geração de renda a partir das produções realizadas na oficina,
reconhecimento familiar e social que contribuem assim para melhor qualidade de vida.
Outras observações: É uma característica da oficina a adesão maior pelo público feminino.
1
Psicóloga, coordenadora, Camargo, Brasil.
2
Assistente Social, coordenadora, Camargo, Brasil.
3
Professora de artes, oficineira, Camargo, Brasil. Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
OFICINAS TERAPÊUTICAS “A ARTE QUE CURA”
KelyBresolin4
Marli Pereira da Luz5
Francieli Luchese Hoffmann da Silva6
Local de experiência: Ibiraiaras – RS
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: ESF/Atenção Básica/NAAB – Saúde Mental
Qual foi a experiência desenvolvida?
A Oficina Terapêutica “A arte que cura” iniciada em agosto de 2013 tem o objetivo de
promover a saúde por meio do artesanato. Inicialmente foi constituída por um grupo de
mulheres que realizava rodas de conversa acompanhadas pela psicóloga da atenção básica,
sendo após aberto para inclusão de novas participantes encaminhadas pelo serviço de saúde
mental, equipe da atenção básica e NAAB. Tendo em vista o alto grau de benefícios gerados
por esta atividade de artesanato, novos grupos foram criados, sendo que atualmente o
município conta com duas oficinas terapêuticas para adultos e duas para crianças.
Os encontros são desenvolvidos por uma oficineira artesã e acompanhados pela psicóloga.
Nos grupos de adultos (mulheres), devido a ter sido constituído inicialmente com rodas de
conversa, foi sugerido pelas participantes que este momento permanecesse como parte
integrante das atividades das oficinas terapêuticas, sendo que uma vez por mês é realizada a
roda de conversa.
O espaço da oficina terapêutica supera o objetivo inicial do artesanato: aumentou-se o
vínculo entre os usuários que sugeriram a criação de momentos de confraternização e
integração com outros grupos da atenção básica e a participação em eventos da sociedade,
promovendo assim, a interação e a socialização.
4
psicóloga, Atenção Básica, Ibiraiaras, Brasil.
psicóloga, NAAB, Ibiraiaras, Brasil.
6
Artesã, Oficineira, Ibiraiaras, Brasil.
5
Os usuários têm participado de forma efetiva aos encontros semanais. Constantemente
expressam satisfação, desejo de continuidade e o sentimento de crescimento pessoal e
pertencimento ao grupo.
Há relatos frequentes de benefícios após o início das atividades, desde a criação de laços
afetivos através do convívio social até a diminuição de sintomas depressivos e ansiosos. No
tocante às crianças observa-se uma maior capacidade de disciplina e limites, bem como um
aumento na capacidade de convívio social.
Tendo em vista o exposto, pode-se inferir que este trabalho tem melhorado a qualidade de
vida dos participantes.
Sobre o que foi?As oficinas terapêuticas são desenvolvidas através do aprendizado de
diversas modalidades de artesanato como: decoupage, pintura, colagem, biscuit, costura,
entre outros, conforme demanda e sugestões dos participantes, utilizando sempre material
reciclável( pet, latas, vidros) Além do artesanato, nas oficinas de adultos são realizadas as
rodas de conversa mensalmente, onde as participantes podem expor seus conflitos e
momentos positivos vivenciados durante o período.
Como funciona(ou) a experiência?As oficinas terapêuticas de adultos, em número de duas,
funcionam em caráter permanente, sendo uma realizada semanalmente às terças-feiras e
outra quinzenalmente às segundas-feiras, ambas com duração de duas horas. Já as oficinas
terapêuticas de crianças acontecem em circuitos de oito encontros semanais com duração de
duas horas, sendo sempre disponibilizados dois grupos, um no turno da manhã e outro no
turno da tarde.
Desafios para o desenvolvimento?Devidoa grande demanda que se beneficiaria da
participação das atividades das Oficinas Terapêuticas, torna-se um desafio à forma de
seleção dos participantes.
Quais as novidades desta experiência? Ampliação do convívio social entre os participantes;
troca de experiências através das rodas de conversa; interação entre os participantes das
oficinas terapêuticas com outros grupos da Atenção Básica e mesmo da comunidade (por ex.
confraternização com o Grupo de Gestantes; confecção de mimos para os grupos da atenção
básica e outros como no Dia da Mulher e encontros regionais); melhoramento da qualidade
de vida dos participantes.
Eixo Temático: ATENÇÃO BÁSICA
PROJETO ARTE E VIDA
Mônica Copatti
CintyaSasso
Diogo Basso
Franciele Perin
NilvanaPicoloto
Vanusa dos Santos Zenere
Local da experiência: Sananduva
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Atenção Básica, Hospital, Setor de Psicologia,
Saúde Mental, Secretaria de Saúde e Assistência Social.
Qual foi a experiência desenvolvida? A inclusão social através da arte oportunizando maior
qualidade de vida;autonomia e sociabilidade dos pacientes com transtornos mentais graves;
proporcionar serviço humanizado e especializado, assistidos por profissionais qualificados
que garantam a escuta, o vínculo e potencializem singularidades, biografias, as raízes
culturais e as redes de pertencimento; priorizar um ambiente acolhedor onde o usuário possa
estimular a criatividade através de atividades artísticas, culturais e de lazer, tais como
pintura de telas e artesanatos em madeira, confecção de bijouterias, teatro e atividades físicas
(ginástica, caminhadas, alongamentos, dança); disponibilizar novas formas de atenção a esta
população, práticas estas em consonância com a lógica antimanicomial; permitir o bem-estar
mental, físico e social de Usuários com transtornos mentais.
Sobre o que foi? Atividades artísticas, atenção e apoio psicológico e inclusão social.
Como funciona a experiência? O projeto “Arte e Vida” atualmente é uma parceria da
Secretaria da Saúde e Assistência Social. As ações desenvolvidas compreendem oficinas de
artesanato como decoupage, pintura de quadro e tecido, artesanatos, entre outros trabalhos
manuais. O desenvolvimento das atividades é assistido por oficineira a qual possui nível
médio de escolaridade e que está cedida cinco horas semanais para o projeto. A freqüência
de realização da oficina é de duas vezes/semana nas segundas e sextas-feiras, no período
vespertino. O início está previsto para as 13 horas e trinta minutos, terminando às 16 horas.
Para viabilizar a participação dos Usuários, é disponibilizado transporte aos mesmos. O
público-alvo compreende dois grupos de Usuários. Um deles, de pessoas com transtorno
mental grave, e outro de pessoas com transtorno depressivo crônico e/ou transtorno afetivo
bipolar. O Projeto conta com a participação de cerca de vinte pessoas que foram
encaminhadas pelas Equipes de Saúde da Família e pela Secretaria de Assistência Social do
município de Sananduva.
Desafios para o desenvolvimento? Podemos citar três desafios de estruturação do projeto
que são: 1 – a manutenção da equipe profissional necessária; 2 – a aquisição de material
necessário para as atividades dos grupos e alimentação; 3 – motivação dos participantes e
ampliação da participação.
Quais as novidades desta experiência? Consideramos que é um Projeto que tem a pretensão
de atender uma demanda de pessoas que necessitam de um espaço terapêutico e acolhedor a
fim de auxiliá-los e promoção de Saúde Mental. O município de Sananduva, atualmente, não
possui um CAPS, e portanto, este projeto vêm suprir a necessidade deste serviço.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
DESPERTAR: OFICINA TERAPÊUTICA NA PROMOÇÃO DE
SAÚDE
CassianaSpadaVincenzi
Aline Franciele Morigi
Local de Experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Mormaço.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Saúde Mental
Qual foi a experiência desenvolvida? Oficina Terapêutica na Atenção Básica Tipo II.
Sobre o que foi? Trata-se de uma experiência que passou a ser desenvolvida a partir da
adesão do município ao Incentivo Financeiro Estadual para a implementação de atividades
educativas em Saúde Mental, no caso a modalidade Oficina Terapêutica, tipo II, em
conformidade com a Política Estadual de Atenção Integral em Saúde Mental e de Atenção
Básica.
Como funciona(ou) a experiência? A oficina é realizada com um grupo demulheres adultas,
residentes no município, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, associada aos
conhecimentos demúltiplas áreas: música, artes, psicologia e sáude geral, a qual está sendo
orientada
pela
psicóloga
CassianaSpadaVincenzie
pela
professora
de
artes
e
música/especialização em musicoterapia Aline Franciele Morigi.
A frequência do grupo é semanal com duração de duas horas cada encontro, no qual são
utilizados instrumentos musicais, artísticos e de áudio para o trabalho, assim como materiais
alternativos para a confecção de instrumentos ou atividades artísticas.Através da interação
entre as integrantes são trabalhados: o canto, a improvisação, a execução deinstrumentos
sonoros, os jogos musicais, a dança em roda, a manipulação e a execução de trabalhos
artísticos e a audição de músicas mortas; desempenho de exercício de técnica vocal com o
propósito de aquecimento da voz de forma a trabalhar principalmente a respiração e o
relaxamento; contemplação de sons e imaginação do que estes remetem; canto terapia, nesse
âmbito o instrumento é a voz utilizando-se de canções que proporcionam prazer e exploram
a expressão do indivíduo e os movimentos corporais; técnicas de dinâmicas de grupo;
utilização demúsicas folclóricas, brincadeiras de roda e jogos cantados; espaço para a
confecção de materiais alternativos que utilizam poucos esforços como chocalho, triângulo e
clave; utilização de música morta: discos, fitas, CDs ou rádio; iniciação a aulas práticas de
flauta doce: instrumento que auxilia no controle da ansiedade.
Desafios para o desenvolvimento? Pretende-se que a Oficina Terapêutica, que está sendo
desenvolvida, seja um espaço onde o usuário de Atenção Básica possa repensar o processo
saúde x doença inerente a todos sem o crivo do diagnóstico estabelecido, ou seja, um espaço
de diálogo entre a clínica e a vida das pessoas, de modo que as atividades artísticas, em
especiala música, possam subsidiar a promoção em saúde. Tendo em vista algumas
pesquisas,amúsica é considerada uma das mais suaves, eficazes e poderosas maneiras de
prevenir e tratar doenças.Acredita-se também, que o desenvolvimento da modalidade de
Oficina Terapêutica, como um projeto em Saúde Mental na rede pública do município,tornese uma alternativa tanto para a equipe repensar os padrões tradicionais da prática clínica,
quanto para a populaçãosentir-se inserida em um processo na busca por uma melhor
qualidade de vida.
Quais as novidades desta experiência? O reconhecimento através da adesão do grupo
(mulheres adultas) na busca pela promoção de qualidade de vida através da Oficina
Terapêutica invés de tratamentos tradicionais entre eles: medicamentos, exames, consultas,
entre outros.
Outras observações: A prática artística conduz ao equilíbrio e a harmonia, elementos que são
fundamentais em uma sociedade doente e guiada por condutas consideradas dissonantes ao
sentido da existência humana, onde há uma deficiência no cultivo de si e de suas relações
com os demais.A linguagem artística, por ser considerada pré-verbal, possui uma
aproximação maior das experiências internas dos indivíduos, ainda não traduzidas em
palavras.
Já a música, segundo Barcellos (1992, p. 9) é utilizada como terapia a trinta mil anos, sendo
ainda hoje utilizada como cura em inúmeras tribos e outras sociedades não tecnológicas
como Ásia, África, Austrália, América, Oceania e Europa.
Segundo Maria de Lourdes Sekeff (2002), a música é uma forma de comportamento, onde é
possível enfatizar conquistas psicológicas no seu uso e recursos. A música não é considerada
somente uma combinação de sons, mas uma forma de expressão, comunicação, gratificação,
que reflete na plenitude do ser humano. É uma via que proporciona expressão dos
sentimentos, uma forma de comunicação que embora seja uma arte sem palavras, possui
uma linguagem própria e abstrata, podendo entrar na mente e no corpo humano, permitindo
há muitos demonstrar suas aflições, em forma de catarse, de modo a minimizar a
introspecção de pensamentos negativos, o que podem desencadear em doenças. Neste
contexto, ela contribui para o exercício do conhecimento e de sentimentos, que se encontram
fora do pensamento e da linguagem, assumindo uma dimensão biológica e cultural. A
música remete a recordações de lembranças, ativa a memória, se fazendo uma eficaz
prevenção em doenças como Alzheimer. Ela pode ainda estabelecer relações interpessoais no
indivíduo, conquista da autoestima, emprego de ritmos de maneira a organizar seu
comportamento e atender a nível psicossocial criando comunicação como os sujeitos e os
integrando.
Segundo teóricos mencionados na obra de Maria de Lourdes Sekeff (2002), como Alvin ,
Benenzon, Gaston, Ruud, Langer, Howard e Lewis, Evans, Lecourt, Willians, Gardner,
Mezan, Khalsa e outros, a música exerce sobre o ser humano: Ação psicofisiológica no
indivíduo ao experimentar reações sensoriais, hormonais, fisiomotoras e psicológicas; ação
na atividade motora, pois mexe com a respiração, circulação, digestão, induzindo a reações
positivas ou negativas, onde os estímulos rítmicos aumentam o rendimento corporal,
atuando no córtex cerebral, com possibilidade de baixar o limiar em relação a dor,
permitindo experiências que envolvem fantasias e realidade, estimulam a criatividade, a
memória e a várias regiões do cérebro, assim como o equilíbrio, a sensibilidade, favorecendo
na expurgação de sentimentos e emoções não verbalizados. E assim, a música, bem como os
processos artísticos utilizados em terapia, podem auxiliar na construção de um diálogo com
a realidade, dando significado a condição de indivíduo.
Referências Bibliográficas
Barcellos, Lia Rejane Mendes. Cadernos de Musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 1992.
GALETTI, Maria Cecília. Oficina em Saúde Mental: Instrumento Terapêutico ou Intercessor
Clínico. Goiânia: Ed. Da UCG, 2004.
PELEGRINI, Martha Regueira Fonseca. O abuso de Medicamentos Psicotrópicos na
Contemporaneidade. Revista Psicologia Ciência e Profissão, 2003, p. 38-43.
SEKEFF, Maria de Lourdes. Da música: seus usos e recursos. São Paulo: UNESP - Universidade
Estadual Paulista, 2002. p.90-126.
Eixo: CICLOS VITAIS
MELHORIA DA ADESÃO AO TRATAMENTO DE CRÔNICOS
Talita Marafon7
Sinara Vasconcelos8
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Tapera
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Farmácias da ESF Bem Viver Centro e da
ESF Dona Borja
Qual foi a experiência desenvolvida? Confecção de caixas em madeira para serem
fornecidas a pacientes crônicos, com dificuldade de adesão ao tratamento medicamentoso.
Sobre o que foi? Foram verificados pacientes crônicos, descompensados, com várias
internações hospitalares, falta de acompanhamento de familiares (cuidador), que não
aderiam ao tratamento medicamentoso (esqueciam de administrar as medicações, não
compreendiam sobre como e quando tomar os medicamentos, acreditavam que a quantidade
de medicação era excessiva e tinham medo das reações adversas). Para tais pacientes foram
fornecidas caixas em madeira com divisórias que permitem aos pacientes seguir os dias da
semana e os horários em que devem administrar as medicações.
Como funciona a experiência? Os pacientes identificados com problemas na
administração dos medicamentos receberam a caixa com divisórias para dias da semana e
horários, a fim de que pudessem fazer uso das medicações corretamente. A cada semana, o
paciente leva a caixa até a farmácia para que a atendente preencha as divisórias com os
fármacos conforme a prescrição médica.
Desafios para o desenvolvimento? O maior desafio é responsabilizar os pacientes a
ponto de que eles tragam as caixas para reposição todas as semanas, tão logo acabem os seus
medicamentos.
Quais as novidades desta experiência? Comparando os resultados iniciais com o pósintervenção observou-se melhora no quadro geral do paciente, além de itens como redução
da pressão arterial e dos níveis de glicemia.
7
Técnica em Farmácia, Auxiliar de serviços da saúde, Tapera, Brasil.
8
Auxiliar de serviços da saúde, Tapera, Brasil. Outras observações: A implementação das caixas de medicamento foi realizada pela
Farmacêutica Silvana Giacobbo, como parte de seu projeto de Pós-Graduação e foi mantida e
ampliada para outras ESFs graças à percepção dos resultados positivos.
Eixo Temático: CICLOS VITAIS
PROJETO SANANDUVA ATIVA
Vanusa dos Santos Zenere¹
Omar Contri A²
Karine Zen A³
Local da experiência: Sananduva
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Estratégias de Saúde da Família
Qual foi a experiência desenvolvida? Grupos nas comunidades do interior e bairros da
cidade com o objetivo de estimular a prática regular de atividade física e hábitos mais
saudáveis, a fim de diminuir o risco e complicações de saúde, melhorando a qualidade de
vida dos sananduvenses.
Sobre o que foi? Atividade física e alimentação saudável.
Como funciona a experiência? O Projeto Sananduva Ativa conta com o envolvimento de
profissionais de diversas áreas, destacando o profissional de educação física. As ações
baseiam-se na realização de grupos de usuários do sistema único de saúde nas comunidades
do interior e bairros da cidade. Conforme a disponibilidade dos envolvidos com o projeto
estes grupos acontecem semanal ou quinzenal, tem duração de aproximadamente uma hora,
as atividades são organizadas e coordenadas pelo educador físico, junto com os
participantes, dentre estas atividades citamos o alongamento, dinâmicas, jogos, caminhadas,
atividades aeróbicas e músicas. Os demais profissionais participam eventualmente dos
grupos aplicando e atualizando a ficha de avaliação, realizando anamnese, verificação de
sinais vitais, consulta de enfermagem, encaminhamentos e solicitação de exames necessários,
e educação em saúde, através de palestras, demonstrações, dinâmicas e outros. Toda a
população pode participar.
Desafios para o desenvolvimento? Podemos citar três desafios de estruturação do projeto
que são: 1 - a manutenção da equipe profissional necessária, há uma grande rotatividade dos
professores de educação física, este fato dificulta o vínculo e gera paralisações nos trabalhos
que desmotiva os participantes; 2 - o entrosamento dos profissionais, principalmente o
educador físico com a equipe de ESF; 3 - a aquisição de material necessário para as
atividades dos grupos; e mais quatro desafios com relação a participação que são: 1 - a
inclusão dos usuários do sexo masculino nos grupos; 2 - a adaptação das atividades do
Projeto com as diversidades dos participantes (faixa etária, sexo, problemas de saúde e
outras particularidades) 3 – abertura de novos grupos e 4 – ampliação da participação.
Quais as novidades desta experiência? Consideramos este Projeto inovador, pois contribui
para o protagonismo dos sujeitos, as aulas são coordenadas pelo educador físico, porém o
conteúdo é discutido e sugerido por todos, por exemplo, se os participantes solicitarem uma
aula de dança o professor se adapta e assim por diante, outro ponto relevante e desafiador é
a inclusão de diversidades, todas as pessoas podem fazer parte dos grupos, independente de
sexo, idade, problemas de saúde e outras particularidades, algo que nos chama a atenção é a
participação das pessoas, todos se envolvem com o projetocom muito entusiasmo, buscando
o benefício da promoção da saúde e prevenção de doenças, O projeto além de estimular a
prática de atividade física regular, o controle de doenças associadas ao sobrepeso,
alimentação errônea e sedentarismo, cria fortes vínculos, ciclos de amizades, possibilidades
de apresentações em eventos e trabalha a saúde mental, pois se torna uma forma de lazer,
descontração e motivação.
Outras Observações: No momento temos 20 grupos existentes, ou seja, 20 locais sendo
beneficiados, totalizando aproximadamente 370 participantes.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
CURSO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE ACIDENTES TÓXICOS POR
ANIMAIS PEÇONHENTOS E PLANTAS TÓXICAS
Celina Adams Silveira 1
Kátia Rosana Lima de Moura da Silva 2
Alberto Nicolella3
Maria da Graça Boucinha Marques 4
Maria Gorete Rossoni5
ErnoHarzheim6
Local de experiência: Rio Grande do Sul
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Programa Nacional de Telessaúde Núcleo do Rio Grande do Sul.
Qual foi a experiência? Desenvolvimento de um curso à distância para agentes
comunitários de saúde.
Sobre o que foi? Animais Peçonhentos e Plantas Tóxicas.
Como funciona (ou) a experiência?Os cursos foram divididos em módulos. Antes do
1º módulo e após o último são disponibilizados respectivamente, o pré e o pós-teste,
com a finalidade de verificar o conhecimento prévio sobre o conteúdo e o que
acrescentado após o término do curso. Cada módulo tem a duração de uma semana,
onde os alunos podem acessar as aulas quantas vezes forem necessárias. No final de
cada módulo há atividades complementares e um teste.
Desafios para o desenvolvimento?Transformar os conteúdos numa linguagem de
fácil assimilação que desperte o interesse pelo assunto e a vontade de aplicar os
conhecimentos nas suas realidades locais, ampliando as perspectivas de trabalho
com novas possibilidades de abordagens.
Quais as novidades desta experiência? Utilização do ensino à distância para
capacitação sobre Animais Peçonhentos e Plantas Tóxicas na Atenção Básica de
Saúde.
1
Fisioterapeuta, Técnica do TelessaúdeRS – UFRGS, Porto Alegre, Brasil.
2Bióloga,
Técnica do Núcleo de Toxinas Naturais (CIT/RS), Porto Alegre , Brasil.
3Veterinário
, Diretor do Centro de Informação Toxicológica (CIT/RS), Porto Alegre , Brasil.
4 Veterinária,
5Bióloga,
6
Técnica do Núcleo de Toxinas Naturais (CIT/RS), Porto Alegre , Brasil.
Técnica do Núcleo de Toxinas Naturais (CIT/RS), Porto Alegre , Brasil.
Médico, Coordenador do TelessaúdeRS – UFRGS, Porto Alegre , Brasil.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM AGENTES
COMUNITÁRIAS DE SAÚDE: DISPOSITIVOS DE APOIO
MATRICIAL EM SAÚDE MENTAL
Carla Oliveira Mello9
CelianaBelarmino10
Fabiana Schneider11
DianeteMorigiHendger12
Mateus Augusto PellensBaldissera13
Shaieli Dutra14
Local de experiênciaMarau, RS Brasil
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Estratégia Saúde da Familia (ESF)
Qual foi a experiência desenvolvida?Os Agentes Comunitários de Saude (ACS) são
profissionais da ESF que atuam como elo entre a equipe de saúde e a população. Os ACS,
por serem residentes na comunidade e por trabalharem no território, se destacam pelo
contato maior com as famílias.No que se refere à atenção à saúde mental, ressalta-se a
importância da atuação dos Agentes Comunitários de Saúde no processo de construção do
vínculo e da confiança necessários ao atendimento à saúde mental. A metodologia do
matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde, num processo de
construção compartilhada. No processo de integração da saúde mental à atenção primária na
realidade
brasileira,
esse
novo
modelo
tem
sido
o
norteador
das
experiências
implementadas, ao longo dos últimos anos no que tange as práticas em saúde mental na
atenção básica.
9
Psicóloga, residente, Marau, Brasil.
10
Agente Comunitária de Saúde, Marau, Brasil.
11
Psicóloga, Marau, Brasil.
12
Agente Comunitária de Saúde, Marau, Brasil.
13
Psicólogo, residente, Marau, Brasil
14
Agente Comunitária de Saúde, Marau, Brasil. Sobre o que foi?Apoio matricial em saúde mental para agentes comunitários em saúde
(ACS)
Como funciona(ou) a experiência?O grupo acontece semanalmente, com duração de uma
hora e meia. Reúnem-se as ACS com a psicóloga e os residentes de psicologia da ESF Santa
Rita para discutir assuntos relativos à prática dos ACS na atenção básica e suas articulações
com o cuidado em saúde mental. Nos encontros são trabalhadas temáticas referentes à
atenção à saúde mental, assim como discussão de casos acompanhados pelas ACS no
território de atuação. Nesse sentido, os encontros têm como proposta a troca de experiências
e um apoio técnico em saúde mental, visando o aperfeiçoamento e instrumentalização das
ACS no que tange o cuidado em saúde mental.
Desafios para o desenvolvimento?Apesar de muitos avanços nas discussões em relação
ao cuidado em saúde mental, ainda é um assunto muito temido pelas equipes de saúde,
havendo uma tendência de atribuir esse cuidado as profissionais da psicologia.
Quais as novidades desta experiência?Ampliar espaços de educação permanente em
saúde mental, visando potencializar cada vez mais as intervenções das ACS no cuidado em
saúde mental.
Referências Bibliográficas
Guia prático de matriciamento em saúde mental / Dulce Helena Chiaverini (Organizadora)
... [et al.]. [Brasília, DF]: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde
Coletiva, 2011. 236 p.; 13x18 cm.
Eixo Temático: Gestão
EXPERIMENTANDO EDUCAÇÃO PERMANENTE
Vanusa dos Santos Zenere¹
Local da experiência: Sananduva
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Profissionais das Unidades Básicas de Saúde
Qual foi a experiência desenvolvida? Uma tarde de atividades diferenciadas em cada
estratégia de saúde da família, nas reuniões de equipe, coordenada pela Enfermeira
Coordenadora das ESFs do Município abrangendo a educação permanente, saúde do
trabalhador e protagonismo.
Sobre o que foi? Reunião de equipe, escutar o outro, motivação e protagonismo.
Como funcionou a experiência? A experiência foi desenvolvida nas reuniões de equipes das
cinco UBS do Município, sendo quatro ESF e uma tradicional. A Enfermeira Coordenadora
das ESFs organizou uma reunião diferenciada dividida em cinco momentos:
1º - Formação de pequenos grupos de 3- 4 profissionais para leitura e discussão do texto
situação-problema: A Metamorfose Ambulante, discussão norteada pelas seguintes questões:
1-Os profissionais estavam implicados nesta reunião? Se não, porque?;2-Esta reunião foi
esclarecedora?; 3-Como você conduziria esta reunião, o que faria diferente? Terminando este
momento na discussão no grande grupo;
2º - Todos assistiram o vídeo Escutatória, após foi entregueo texto escutatória, lidono grande
grupo e discutido o texto X realidade vivenciada;
3º- Entrega, leitura e explicação do questionário sobre reunião de equipe e o texto
escutatória:1 – Qual a sua conclusão com respeito a escutar o outro (colega, paciente,
amigo...), você escuta o suficiente, faz o que o texto escutatória sugere?( ) Sim
( ) Não
Se não, o que pretende fazer para escutar mais? 2 – Você vem motivado para as reuniões de
equipe?(
) Sim
(
) Não3 – Você está implicado/comprometido com as reuniões de
equipe, se concentra, escuta, participa, colabora para que seja uma tarde agradável e
produtiva?( ) Sim
(
) Não4 – Cite pontos positivos das reuniões de equipe?5 – Cite
pontos negativos das reuniões de equipe?6 – Descreva como seria uma boa reunião de
equipe para você: 7 – Descreva sugestões para melhorar as nossas reuniões de equipe;
4º - Reflexão sobre coordenar e entrega do questionário: 1 – Quais as características
fundamentais para ser um bom coordenador das ESFs?2 – Se você fosse o coordenador das
ESFs por uma semana, quais seriam as tuas prioridades, principais ações?3 – Baseando-se no
contexto atual da saúde e na atuação da Coordenadora atual, Enfª Vanusa, o que você acha
que deveria continuar e o que seria importante incluir para melhorarmos a saúde no nosso
Município? ;
5º - Todos assistiram o Vídeo sobre motivação: o “Trem da Vida” –foi realizado as
combinações finais – data e forma de entrega dos questionários, terminando num grande
abraço.
Depois dos questionários entregues a coordenadora analisou e fez os resultados, estes
resultados foram apresentados e discutidos em uma reunião da CIES em Passo Fundo e
nortearam muitas ações da coordenação para 2014.
Desafios para o desenvolvimento? Houveram diversos comentários sobre esta tarde e
sugestões de que esta experiência deve continuar, o próximo passo, considerado desafio, é
organizar a tarde de retorno dos resultados e motivação de outras reflexões.
Quais as novidades desta experiência? Esta experiência tornou diferente uma das reuniões
que acontecem um turno por semana em cada UBS do Município, foi uma tarde onde os
profissionais se sentiram a vontade, sentaram no chão, se abraçaram e tiveram vários
momentos de reflexão sobre o trabalho, reuniões de equipe, escutar mais, participar do
processo de gestão e outros; outro ponto inovador foi a organização do trabalho da
coordenação baseado na opinião/sugestão dos demais profissionais – protagonismo e o
aumento do vínculo entre gestão e profissionais.
Outras Observações: Os resultados serão apresentados condensados em forma de gráficos e
listagem.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA AGENTES COMUNITÁRIAS DE
SAÚDE: FERRAMENTA PARA O FAZER SIGNIFICATIVO.
Elisângela Mara Zanelatto15
Edinadia Maria Dalberto16
Marilda Xavier17
Local de experiência: O cenário para o desenvolvimento da experiência foi o Município de
Marau, localizado na região norte do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipes de Saúde da Família do Município,
Secretaria Municipal de Saúde, NUMESC (Núcleo Municipal de Educação em Saúde
Coletiva), NASF (Núcleo Apoio a Saúde da Família), CAPS (Centro de Atenção Psicossocial),
Secretaria de Educação, Secretaria de Desenvolvimento Social, Promotoria de Justiça,
Programa de Residência Descentralizada (GHC).
Qual foi a experiência desenvolvida? A experiência desenvolvida se refere à criação e
desenvolvimento de um grupo voltado para a educação permanente das Agentes
Comunitárias de Saúde (ACS). Visto que a atualização constante e a construção de novas
aprendizagens a partir de suas vivências se mostra como um componente essencial para o
desenvolvimento de seu trabalho de forma significativa. Este que acontece junto às equipes
multiprofissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), desenvolvendo ações de cuidado e
proteção à saúde de indivíduos e grupos sociais em domicílios e coletividade, com interface
na assistência social, educação e meio ambiente, de forma ética, de acordo com as diretrizes
do Ministério da Saúde.
Como funciona(ou) a experiência? As atividades do Grupo iniciaram em março de 2012 e
estão se estendendo no decorrer de 2014, com a participação de todas as ACS das ESF que
compõem a rede municipal de saúde. Esta atividade é desenvolvida com um encontro
mensal de 4 horas, com atividades teóricas e dinâmicas de grupo, abordando as seguintes
temáticas: Sistema Único de Saúde, Atenção Primária em Saúde, Estratégia Saúde da Familia,
15
Psicóloga, Coordenadora NUMESC (Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva), Marau,
Brasil.
16
Enfermeira, Coordenadora da Ações em Saúde, Marau, Brasil.
17
Agente Comunitária de Saúde, Marau, Brasil. Controle Social, Linha do Tempo SUS, Políticas públicas de saúde, Sistemas de informações,
Vigilância em Saúde, O Processo de trabalho das equipes e O papel do ACS(ver outros
temas) trabalho intersetorial, Interlocuções do Poder Judiciário com a Saúde, importância do
NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) para o fortalecimento das equipes de trabalho,
Direitos da Pessoa Idosa.Os encontros são ministrados pelo Grupo Condutor das ACS, por
profissionais do Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva, outros profissionais da
rede e convidados. Dentre outras coisas, as Agentes participaram de uma atividade de
dispersão durante o ano que consistiu em uma pesquisa de campo para analisar e descrever
a realidade e o funcionamento de outra unidade de saúde e seu território, o qual foi
apresentado para as doze equipes de Estratégia Saúde da Família do município, CAPS e
Vigilância em saúde.
Desafios para o desenvolvimento: No decorrer do processo o maior desafio se deu na
constituição do próprio grupo, ou seja, fundamentar junto à gestão e aos demais
trabalhadores da área de saúde um espaço de educação permanente e sua importância para
um fazer diferenciado em saúde. Desafio este que é vivenciado ainda nos dias atuais, onde se
experiência constantes tensões entre as demandas dos usuários e da gestão.
Da mesma forma, a organização do local (espaço físico) e organização do melhor dia e
horário para o funcionamento do grupo se mostraram um grande desafio para o grupo das
ACS, as quais puderam realizar um movimento de democracia, de discussão de ideias e
tomada de decisões em grupo.
Quais as novidades? Todo o trabalho se dá em ato e no encontro entre um e outro foi
possível a troca de saberes, a produção de vida, as quais são possibilidades de crescer,
aprender e ensinar. Assim, nota-se que as profissionais que participam deste espaço de
formação se apropriam de ferramentas para tornar seu fazer mais significativo e se mostram
mais criticas em relação a visão do seu processo de trabalho.
Portanto, através deste processo foi possível proporcionar subsídios para o desenvolvimento
de ações de promoção da saúde, por meio de processos educativos em saúde que buscam o
acesso às ações e serviços de informações, de promoção social e de desenvolvimento da
cidadania.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE:
(Trans)formação de práticas e saberes
Rosane Lorenzetti1
Aline Scheffer de Menezes2
Claudia Maria Benvegnú3
Elis Carina Meneguzzi4
Local da experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, São Domingos do Sul
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipe da Estratégia Saúde da Família
e Atenção Básica.
Qual foi a experiência desenvolvida? Encontros grupais de Educação Permanente
em Saúde
Sobre o que foi? Educação Permanente em Saúde
Como funciona(ou) a experiência? Desde o ano de 2013, com o Programa de
Residência Integrada em Saúde Descentralizada do GHC (RIS-GHC), iniciou-se na
ESF de São Domingos do Sul espaços importantes de reflexão sobre as práticas
desenvolvidas na UBS e seus impactos para o trabalhador de saúde e a população
atendida. Até esse momento, os espaços de formação mantinham caráter educação
continuada, ou seja, palestrantes eram convidados para trabalhar sobre determinados
assuntos pré-estabelecidos. A Educação Permanente é a aprendizagem no trabalho,
onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao
trabalho. A educação permanente se baseia na aprendizagem significativa e na
possibilidade de transformar as práticas profissionais, sendo entendida como
aprendizagem-trabalho, ou seja, ela acontece no cotidiano das pessoas e das
organizações(POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE,
2009, p. 20). Com a inserção das residentes de psicologia e enfermagem na equipe e a
partir da necessidade curricular do Programa da RIS, a equipe foi convidada a pensar
sobre suas dificuldades em relação ao trabalho e a necessidade de espaços de
reflexão/discussão sobre a prática cotidiana na atenção à saúde. Desta forma, a
equipe organizou-se para o início dos encontros e decidiu-se, conjuntamente, que
esses aconteceriam após a reunião de equipe, mensalmente. No ano de 2013 foram
realizados cinco encontros, com temáticas que foram organizadas no primeiro deles.
No primeiro encontro, organizado pelas residentes e preceptoras da RIS, foi exposto
aos profissionais e gestão municipal o significado da Política da Educação
Permanente em Saúde e a sua diferenciação das atividades de capacitação realizadas
até então. Num segundo momento os profissionais e equipe organizadora foram
divididos em quatro grupos, os quais possuíam profissionais de diferentes áreas de
atuação. A primeira atividade de cada grupo foi elaborar uma planilha com os
principais problemas de saúde do município e destes escolher os três mais
significativos e recorrentes no cotidiano. A partir disso, realizada a explanação das
planilhas, determinaram-se os quatro assuntos mais recorrentes e de maior interesse
aos profissionais naquele momento: Trabalho em Equipe, Câncer, Depressão e
Dependência Química. Foi realizado um sorteio para definir o tema para cada grupo
e acordado que os encontros serão realizados mensalmente, para a exposição de um
tema a cada encontro. Portanto, cada grupo designado como facilitador foi o
responsável pela organização do encontro, permitindo que todos seus integrantes se
envolvessem no planejamento e condução do encontro. Durante os encontros, os
grupos tiveram a liberdade na escolha dos recursos visuais, gráficos e de dinâmica
geral. Ao término do último encontro, realizou-se uma avaliação verbal sobre a
viabilidade e a validade da implantação das ações de Educação Permanente em
Saúde. E aqui, percebeu-se a importância desta ação, através das colocações dos
profissionais envolvidos, como um momento de estreitamento das relações
profissionais, da valorização das diferentes áreas de atuação, do espaço
disponibilizado pela gestão para o intercâmbio de saberes e a desacomodação com os
saberes e as práticas vigentes na locorregião em questão (CECCIM e FERLA, 2005).
Desafios para o desenvolvimento? A partir da provocação da EPS em que todos os
saberes são essenciais e não possuem valoração diferentes, sentimos que alguns
profissionais, principalmente aqueles de nível médio, sentem-se desconfortáveis
frente a possibilidade de compartilhar seu saber, ou melhor, se julgam inferiores, em
função do cargo exercido dentro da equipe de saúde. Além disso, instituir os espaços
de formação na equipe significa compreender a necessidade de discutir a prática
cotidiana em nossa realidade. Isso se mostra desafiante, pois, ainda percebemos a
hipervalorização (tanto dos profissionais quanto dos usuários) da assistência clínica
ao paciente em detrimento aos momentos de formação.
Quais as novidades desta experiência?A principal delas é a instituição de um espaço
de formação que considera os saberes da própria equipe para a aquisição de novos
conhecimentos e práticas, evidenciando-se uma aprendizagem baseada em
problemas, que não é descolada do cotidiano e da nossa realidade local. Ainda, para
a concretização desses espaços de formação houve um entendimento por parte dos
gestores municipais sobre a relevância destes, o que possibilitou o andamento das
atividades. Outro aspecto positivo é que, mesmo sem a adesão ao NUMESC, a
equipe mostrou-se autônoma ao gerir seus espaços de EPS.
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde / Ministério da Saúde,
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da
Educação em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
CECCIM, Ricardo Burg; FERLA, Alcindo. Educação Permanente em Saúde: desafio
ambicioso e necessário. Interface – Comunic, Saúde, Educ. v. 9, n. 16, p. 161-168, set 2004
/fev 2005.
_____________________
1
Enfermeira, Enfermeira da ESF, São Domingos do Sul, Brasil.
2
Psicóloga, Residente, São Domingos do Sul, Brasil.
3
Psicóloga, Psicóloga e Coordenadora da ESF, São Domingos do Sul, Brasil
4
Farmacêutica-Bioquímica, Coordenadora da Saúde, São Domingos do Sul, Brasil.
Eixo temático: DIVERSIDADE E TRANSVERSALIDADE
ADOLESCÊNCIA E DIVERSIDADE: DESMISTIFICANDO
PRECONCEITOS
Denise Dal Ri Braun18
Local de experiência:
Brasil, Rio Grande do Sul, Carazinho.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação e 39ª Coordenadoria
Regional de Educação.
Qual foi a experiência desenvolvida?
Realização de palestras para alunos do ensino fundamental séries finais, ensino médio e
superior e formação de professores, abordando a sexualidade na adolescência, o
entendimento da homossexualidade, bullyinghomofóbico e respeito ao outro.
Sobre o que foi?
Este trabalho está sendo desenvolvido com o intuito de orientar alunos e professores, através
de palestras, visando minimizar o preconceito e auxiliar os professores para que tenham um
olhar diferenciado e não preconceituoso, preparando-os para lidar com as diversas situações
que envolvam esta temática na escola.
Como funcionou a experiência?
Primeiramente devemos entender o que significa bullyinghomofóbico, pois bullying se
caracteriza por atitudes agressivas, verbais ou físicas, a qualquer pessoa e homofobia referese ao preconceito e/ou discriminação aos homossexuais, sendo então o bullyinghomofóbico
um ato de homofobia.
Esta prática normalmente ocorre em âmbito escolar, devido ao não entendimento do que
significa homossexualidade, causando prejuízos ao desenvolvimento psicológico da criança
ou adolescente agredido, afetando sua autoestima e podendo desencadear inúmeros
problemas como: depressão, ansiedade, tentativas de suicídio, dentre outros e em alguns
casos levando a evasão escolar.
18
Enfermeira, Responsável pelo Ambulatório Municipal, Carazinho, Brasil.
Durante a adolescência inicia-se a descoberta da sexualidade, momento de dúvidas e não
aceitação, que se intensifica no homossexual, pelo fato de não saber lidar com o diferente,
tendo em vista que está crescendo em uma “sociedade hetero” onde lhe dizem que aquilo
que está sentindo por alguém do mesmo sexo, é imoral e pecaminoso. Afinal desde cedo,
iniciam--se os conflitos em seu íntimo, onde sozinhos enfrentam um caminho de dúvidas,
incertezas e medos, não podendo compartilhar todo este turbilhão de emoções, com sua
família, escola ou amigos pelo medo da rejeição e até mesmo do próprio bullying.
Como alternativa a este sofrimento, muitas vezes isolam-se, tornam-se ansiosos, depressivos,
reagem agressivamente como uma autodefesa, e em alguns casos atentam contra a própria
vida. Sendo importante a compreensão das famílias quanto a este assunto, para prevenção de
tragédias, pois muitos pais não percebem que estão levando seus filhos gays a quadros
depressivos, como citado acima.
Sendo assim, é de fundamental importância que a escola esteja atenta a qualquer forma de
preconceito e práticas de bullying, promovendo o respeito à diversidade sexual, tendo-se em
vista que este é o local onde a criança ou adolescente passa boa parte de sua vida e onde
forma laços sociais com elementos que não fazem parte de sua família. Com o intuito de
fornecer subsídios para o entendimento desta temática, mantenho um blog chamado Contra
o preconceito à homossexualidade, desde fevereiro de 2011 onde escrevo artigos e proponho
reflexões.
No Estado do Rio Grande do Sul, desde junho de 2011 foi implantado o Programa Rio
Grande Sem Homofobia com o objetivo de realizarem-se palestras aos professores e alunos,
sendo que em Carazinho a 39ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) promoveu o II
Encontro de Formação Continuada da Diversidade em 2012, onde participei como
palestrante. A partir deste evento, comecei a ser convidada frequentemente por diversas
escolas para falar sobre o tema deparando-me com a gravidade deste problema no âmbito
escolar.
Afinal, a diversidade sexual é um tema que deve ser abordado em casa, na escola e na
sociedade em geral com o intuito de acabar com a hegemonia heterossexual, mostrando que
a orientação sexual não é somente a heterossexualidade (atração afetiva e sexual por pessoas
do sexo oposto), mas também a homossexualidade (atração afetiva e sexual por pessoas do
mesmo sexo) e a bissexualidade (atração afetiva e sexual por pessoas de ambos os sexos).
Segundo Carrara (2009, p. 104), a orientação sexual não é algo que possa ser controlado, mas
um processo de descoberta que ocorre normalmente na adolescência quando se iniciam os
primeiros impulsos e paixões. Constatando-se assim, que a orientação sexual não é uma
opção, e sim uma questão de sentimento que aflora de nosso íntimo.
Se relembrarmos o passado veremos que desde nossa infância já achávamos bonito um
determinado gênero (masculino ou feminino), sem conotação sexual, apenas de sentimento,
demonstrando o que designa nossa orientação sexual.
A falta de abordagem deste tema na escola e em casa leva muitas vezes a ocorrência de
preconceito e atitudes hostis em relação a adolescentes e adultos que fogem a este padrão
heteronormativo, em que a heterossexualidade é normal e aceita ao contrário da homo e
bissexualidade, caracterizando assim o bullyinghomofóbico. “A melhor forma de
desconstruir o preconceito, e a consequente discriminação, é desvelá-lo” (JESUS 2008, p. 54).
Conforme Jesus (2008, p. 49) é de extrema relevância a abordagem desta temática em
reuniões de pais, formação de professores e palestras com alunos, para que assim
minimizem-se estas atitudes preconceituosas, tendo-se em vista que a escola é um local de
extrema importância para a socialização dos estudantes, afinal, é onde tem início o
aprendizado de sua cidadania.
Sendo assim, deve-se continuamente pensar em estratégias de combate à homofobia, tendose em vista que ela está presente no cotidiano: escola, rua, dentre outros locais, embora
muitas vezes a sociedade em geral prefira “fechar os olhos” a tomar uma atitude. Por isso, a
reflexão, a empatia (colocar-se no lugar do outro) e o debate sobre esta temática, focando no
entendimento do que é a homossexualidade certamente levará à diminuição deste
preconceito infundado e do bullyinghomofóbico.
Desafios para o desenvolvimento?
O desafio maior é enfrentar o preconceito que observo nos olhares e falas de alguns alunos e
até mesmo de professores. Porém é gratificante perceber que aos poucos estão
compreendendo melhor e criando um vínculo.
Quais as novidades desta experiência?
A possibilidade de poder orientar e esclarecer dúvidas dos ouvintes, fazendo-os refletir sobre
esta temática.
Desde o início do projeto em agosto/2012 palestrei para uma média de 1.200 pessoas.
Referências Bibliográficas:
CARRARA, Sérgio, et al (Org.). Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es
em gênero, sexualidade, orientação sexual e relações étnica-raciais. Caderno de atividades.
Rio de Janeiro: CEPESC, 2009.
JESUS, Beto de, et al (Org.). Diversidade sexual na escola: uma metodologia de trabalho com
adolescentes e jovens. São Paulo: ECOS – Comunicação em Sexualidade, 2008.
Eixo temático: GESTÃO
PRÊMIO VARIÁVEL DE QUALIDADE E INOVAÇÃO - PMAQ
Maria Lizete Orth 1
Marisa de Souza de Vargas 2
Lilian Radoika Gabriel Durigon 3
GelsiBatistellaKunzler 4
Local de experiência (País, Estado, Município): Brasil / RS / Tapera
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Secretaria Municipal de Saúde Tapera (funcionários do ESF e geral);
Qual foi a experiência desenvolvida?
Em janeiro de 2013, a Secretaria Municipal de Saúde de Tapera propõem o rateio de parte
(aproximadamente 54%) do valor do repasse financeiro do Ministério da Saúde ao Município
sempre que forem atingidas as metas e resultados previstos no § 2° do Art. 8º da Portaria
Ministerial 1654/2011, com pagamento em favor dos servidores lotados na Secretaria
Municipal de Saúde, sob a forma de incentivo devendo, o restante deste, ser aplicado para
melhorar a estrutura da Atenção Básica Municipal.
Como funciona(ou) a experiência?
- Apresentação da proposta aos funcionários;
- Aprovação da Lei Municipal nº 2825/2013;
- Elaboração de um regulamento através de Decreto Municipal nº 013/2013 como norteador
para os critérios de pagamento do incentivo;
- Efetivação dos pagamentos aos servidores
Desafios para o desenvolvimento?
- Formatação das tabelas de pagamento por categoria profissional e envolvimento nos
serviços de atenção à Saúde da Família;
- A aceitação de avaliações diferenciadas de cada equipe de saúde da família bem como o
entendimento do processo avaliativo utilizado como ferramenta pelo Governo Federal;
- A elaboração do regulamento que subsidiaria a efetivação do pagamento do incentivo aos
servidores;
- O gerenciamento do pagamento do incentivo frente aos atrasos dos repasses do Governo
Federal;
Quais as novidades desta experiência?
Através da proposta percebemos um comprometimento diferenciado dos servidores com o
serviço; a atenção aos aspectos inerentes a qualidade da assistência, bem como o
envolvimento de todos os profissionais atuantes no ESF direta ou indiretamente
apresentaram mudanças significativas; percebeu-se a otimização da prática de registros dos
atendimentos, visto da necessidade de apresentação destes frente às avaliações externas;
enfim, a proposta surge no fortalecimento das relações, na qualificação do trabalho em
equipe, no compromisso com as propostas da atenção básica e com as necessidades da
população atendida e traz, de forma marcante a implementação do planejamento do trabalho
refletindo na informação de dados epidemiológicos condizentes com a realidade de nosso
município.
1 Enfermeira, Secretária Municipal de Saúde, Tapera, Brasil.
2 Assistente Social, Diretora Municipal de Saúde, Tapera, Brasil.
3 Enfermeira, Coordenadora de Programas de Educação em Saúde, Tapera, Brasil.
4 Habilitação em Comércio, Chefe de Gabinete, Tapera, Brasil.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
GRUPO DE TERAPIA OCUPACIONAL DA UBS SANTO
ANDRÉ (GETÚLIO VARGAS/RS)
¹ Liziane Tonial Bernieri
2 Agentes
Comunitárias De Saúde
Local da experiência: Salão Comunitário do Bairro Santo André.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Agentes Comunitárias de Saúde da
UBS Santo André e Equipe de Saúde da Família.
Qual foi a experiência desenvolvida: grupo de terapia ocupacional, onde
desenvolvem diversas atividades integrativas, como jogos, palestras sobre diversos
assuntos, viagens, cursos, cuidados com a saúde mental, hipertensão e diabetes,
atividades físicas.
Sobre o que foi: como funciona(ou) a experiência: funciona com encontros
quinzenais.
Desafios para o desenvolvimento: ao início do curso eramos em poucas
participantes, o que nos deixou com pouca motivação, mas aos poucos com a
divulgação foram aparecendo mais integrantes o que nos deixa cada dia mais
satisfeitos.
Quais as novidades desta experiência: a novidade é a troca de experiências, pois a
diferença de idades é grande o que nos faz aprender mais com a troca de
conhecimentos, a disposição para frequentar o grupo e as novas idéias que nos
apresentam ao longo dos encontros.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
“UM PRESENTE DE NATAL”: TEATRO COM O GRUPO DE
TERAPIA OCUPACIONAL DA ESF PLANALTO
NadiaPaludo19
Loridane Tramontina Gasparin20
Joseane Camera21
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipe da Estratégia da Saúde da Família
Planalto.
Qual foi a experiência desenvolvida? Elaboração de uma peça teatral pela psicóloga e ACS
juntamente com as participantes do Grupo de Terapia Ocupacional apresentada à
comunidade como parte da comemoração à chegada do Natal no ano de 2012.
Sobre o que foi? O enredo da peça teatral tratou a respeito de dificuldades de comunicação,
conflitos, distanciamento e incompreensão entre membros familiares. Intitulada como “Um
Presente de Natal” a peça buscou proporcionar uma reflexão sobre o significado do Natal,
tratando também sobre o consumismo que envolve essa data.
Como funciona(ou) a experiência? A iniciativa foi das ACS que intencionavam envolver
ativamente as usuárias do serviço de saúde, na intenção de valorizar potencialidades das
participantes do grupo. A psicóloga colaborou na concretização da proposta, desde a
elaboração do texto, ensaios e apresentação para a comunidade. Os ensaios aconteceram em
quatro semanas consecutivas na Unidade de Saúde nos turnos que o grupo se reunia.
Durante os ensaios as participantes aproveitavam para discutir os temas abordados no
teatro. Inseriu-se na peça uma personagem que tocava violão, aproveitando e valorizando o
talento de uma das participantes. A apresentação, seguida de uma confraternização
organizada pelos próprios usuários, foi realizada no salão comunitário do bairro, devido ao
elevado número de participantes.
19
Psicóloga, Marau, Brasil.
20
Agente Comunitária de Saúde, Marau, Brasil.
21
Agente Comunitária de Saúde, Marau, Brasil. Desafios para o desenvolvimento?Introduzir uma atividade diferente a um grupo que
habitualmente reunia--se para o artesanato, estimular espaços de discussão sobre
determinados temas e construir um trabalho coletivo entre equipe e usuários, de forma que
os últimos participassem ativamente, mostrou-se uma experiência positiva.
Quais as novidades desta experiência?A fácil aceitação e empenho das participantes para o
desenvolvimento desse trabalho confirmou o vínculo construído entre a equipe e a
comunidade. Percebeu-se o fortalecimento da auto estima das pessoas que participaram da
atividade.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
“MEDICALIZAÇÃO DO SOFRIMENTO”: TEATRO ABORDANDO
O TEMA NA SEMANA DE SAÚDE MENTAL
LoridaneLuiza Tramontina Gasparin22
Joseane Aparecida Camera23
Elisângela Zanelatto24
NadiaPaludo25
Deisi Antunes 26
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: ESFs Planalto e Central III
Qual foi a experiência desenvolvida? Teatro realizado em parceria entre as Estratégias de
Saúde da Família Central III e Planalto, no município de Marau- RS como parte integrante da
I Semana de Saúde Mental. O teatro foi apresentado aos profissionais de saúde e usuários de
doze equipes de Estratégias de Saúde da Família, no auditório da Casa de Cultura,
localizado em área central do município, como parte de um dia intenso de atividades de
palestras sobre saúde mental. As equipes Central III e Planalto funcionam em unidade mista
e desenvolvem diversos trabalhos em conjunto, entre os quais capacitações desenvolvidas
pelas psicólogas das unidades com as Agentes Comunitárias de Saúde de suas respectivas
áreas.
Sobre o que foi? O tema principal abordou a Medicalização do Sofrimento, apontando o
alcoolismo, tabagismo, sexualidade, hiperatividade infantil, separação conjugal, depressão
com ideações suicidas, hipertensão e diabetes, enfatizando a banalização no uso de
medicamentos como forma de enfrentamento a todas essas situações geradoras de
sofrimento.
Como funcionou a experiência? A peça teatral foi planejada e construída em conjunto pelas
psicólogas e ACS e baseadas em situações observadas no cotidiano de trabalho junto às
22
Agente Comunitária de Saúde, Marau - RS, Brasil.
23
Agente Comunitária de Saúde, Marau - RS, Brasil.
24
Psicóloga, Marau - RS, Brasil.
25
Psicóloga, Marau - RS, Brasil.
26
Enfermeira, Residente Saúde da Família e Comunidade/GHC, Marau - RS, Brasil. famílias atendidas. A iniciativa partiu da psicóloga da ESF Central III que, conhecendo
trabalhos semelhantes desenvolvidos pela ESF Planalto, lançou o desafio desse teatro para as
duas equipes. A iniciativa teve apoio dos demais profissionais das equipes diretamente
envolvidas e da gestão da Secretaria Municipal de Saúde. Foram necessários diversos
momentos das agendas das profissionais para o desenvolvimento da atividade, desde a
construção dos textos até os ensaios, uma vez que se encarou como um desafio maior que
outros trabalhos de semelhante forma. A experiência foi entendida como positiva devido à
satisfação manifestada por colegas de trabalho, gestores e usuários, que elogiaram a
atividade. Houve manifestação de apoio de gestores da área de saúde pela continuidade
desse tipo de trabalho.
Desafios para o desenvolvimento?Optou-se por utilizar humor na peça para que a atividade
proporcionasse descontração ao público, de forma responsável, sem deixar de tratar com
seriedade os temas propostos. Reservar horários nas agendas dos profissionais, dedicando o
tempo que esse tipo de atividade exige, apesar de toda a demanda de atendimentos
existentes nas unidades.
Quais as novidades desta experiência? A aceitação da atividade serviu como motivação à
continuidade de desenvolvimento de trabalhos semelhantes pelas equipes, despertando o
desejo manifesto de outros profissionais das equipes, como enfermeiras, técnicas em
enfermagem, auxiliares administrativos, médicas, dentista e auxiliar de saúde bucal a
participarem da construção de novas peças de teatro, que além de descontração serviriam de
disparadores de rodas de conversa com a população.
Eixo temático: GESTÃO
INOVAÇÃO NA FORMAÇÃO MÉDICA
Carolina Klaesene
Amanda Tamara de Souza
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Água Santa
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Unidade Básica de Saúde (UBS) do Município de Água Santa assim como comunidades
indígenas e escolas locais. Na UBS ênfase em trabalho com agentes comunitárias de saúde e
conselho municipal de saúde.
Qual foi a experiência desenvolvida?
Vivência de um ano no Sistema Único de Saúde (SUS) com desenvolvimento de diagnóstico
das comunidades incluindo as comunidades indígenas e projetos de intervenção com
agentes comunitárias, comunidade indígena e conselho municipal de saúde focando e
avaliando dentro do município as políticas em saúde preconizadas pelo estado do Rio
Grande do Sul.
Sobre o que foi?
A vivência na UBS do Município de Água Santa foi primeiramente sobre tudo que envolve a
gestão do SUS nesses locais incluindo criação de um forte vínculo entre UBS/Estudantes. Em
segundo plano foi sobre a montagem de diagnostico da comunidade incluindo as
comunidades indígenas e uma forte parceria com as agentes comunitárias de saúde. E em
terceiro Plano foi sobre a realização de projetos de intervenção em grupos que identificou-se
desmotivação na realização de suas tarefas.
Como funcionou a experiência?
Em setembro de 2013 começou essa maravilhosa experiência que mudou nossos
pensamentos e objetivos dentro da medicina e fortificou muito em nossa vida acadêmica o
real significado de cada parte do tripé de sustentação do SUS: Equidade, Universalidade,
Integralidade. Ao chegar a UBS de Água Santa nossa primeira função foi observar da
maneira mais atenta possível o funcionamento da gestão em saúde e tudo que ela envolve
dentro desse local. Fomos apresentados a praticamente todas as manobras de gestão dentro
do Sistema, agendamento de consultas, SISREG, elaboração do Plano Municipal em Saúde,
Pactuação realizada juntamente ao conselho, solicitação de exames, uso de materiais, gestão
da farmácia, atendimento dos técnicos, negociações, elaboração de projetos, reuniões de
equipe, enfim, a primeira semana foi intensiva na absorção de conhecimentos na parte da
gestão em saúde. Logo após a semana intensiva e a criação de um forte vínculo com a
equipe, se começou a montagem do diagnóstico da comunidade local para criação de um
Mapa. Vários foram os encontros com as agentes comunitárias de saúde para obtenção dos
dados obtidos pela ficha A que elas desenvolvem, assim como pesquisas no portal
DATASUS para obtenção de mais dados sobre o Município. Nesse primeiro semestre
também montamos o diagnóstico de comunidades do acampamento indígena Faxinal, onde
assim como na comunidade de Água Santa foi possível detectar os principais problemas
em/de saúde.
No segundo semestre, após a criação do vínculo e obtenção do conhecimento sobre a
realidade e as dificuldades locais chegou a hora de montarmos projetos de intervenção que
contribuíssem na melhoria da UBS. Após muitos debates se chegou a conclusão que as áreas
que mereciam nossa atenção eram: conselho municipal em saúde; acampamento indígena;
agentes comunitárias de saúde. No primeiro, o conselho municipal em saúde, foi identificado
um pequeno desconhecimento da importantíssima função desse órgão dentro de uma UBS
pelos seus membros. Nosso projeto nessa área foi montar apresentações que resumissem os
dados do município e as políticas e ações que o estado preconiza que caberiam a UBS local.
No acampamento indígena o projeto foi focado na amenização dos dados, e após encontros
com a comunidade tentou-se junto a prefeitura municipal pequenas estratégias que
melhorassem a qualidade de vida, como instalação de caixa de água, coleta de lixo mais
freqüente. Com as agentes comunitárias percebemos que elas sentiam-se nada valorizadas e
como elas mesmas relataram sentiam-se “o fim da linha do sistema”, realizamos vários
encontros com elas, onde as ouvimos e após criamos uma apresentação com dados e diversos
slides sobre motivação, porém o mais importante desses encontros foi a criação do Diário de
Campo onde as orientamos como relatar corretamente o que escutam nas casas visitadas. E,
sem dúvidas o mais gratificante foi na apresentação de despedida da UBS, ouvir da
enfermeira responsável pelas agentes que elas melhoraram em muito o rendimento após
nosso projeto de intervenção. Portanto, esse ano de vivência foi fundamental na nossa
formação médica.
Desafios para o desenvolvimento:
Água Santa é um município que reflete o interior do Rio Grande do Sul, cidade pequena que
muito se depende da política e o que acaba travando em muito a participação de
trabalhadores em projetos.
Quais as novidades dessa experiência?
Formação médica diferenciada, onde aprendemos desde o primeiro semestre a importância
da equipe multiprofissional, onde aprendemos sobre o Sistema único de Saúde brasileiro e
nos apaixonamos por ele com a vontade imensa de contribuir na sua melhora. A quebra do
ser médico atrás da mesa e fechado dentro do consultório da UBS, aprendemos a ser
participativos, aprendemos a ser fundamental na gestão da saúde e principalmente
aprendemos que podemos fazer muito mais que prescrever receitas.
1- Carolina Klaesener: acadêmica medicina Universidade Federal da Fronteira Sul
2- Amanda Tamara de Souza: acadêmica medicina Universidade Federal da Fronteira
Sul
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
IMERSÃO E SAÚDE COLETIVA NA UFFS – PASSO FUNDO
Júlia Goettems Passos27
Karla Munike Magri Cortez Heep28
Isaac Lener Lages Soares29
Isabel Cristina HilgertGenz30
Letícia Tatiane Mädke31
VanderléiaLaodete Pulga32
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Passo Fundo.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Estratégia de Saúde da Família (ESF) Santa
Marta, Centro de Atenção Psicossocial - álcool e drogas (CAPS-AD), Hospital São Vicente de
Paulo (HSVP).
Qual foi a experiência desenvolvida?
Visita e contato com os profissionais das três unidades acima citadas, além de ciclo de
palestras e roda de conversa sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as Vivências e Estágios
na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS), suas aplicabilidades e o funcionamento
da rede de saúde Federal, Estadual e Municipal.
Sobre o que foi?
Foi uma semana intensiva de aproximação dos alunos do curso de Medicina da primeira fase
ao Sistema Único de Saúde, com aprofundamento sobre a base conceitual, a importância do
Território Vivo para a formação médica e as diferentes ferramentas para sistematizar o
conhecimento.
Como funciona (ou) a experiência?
Por intermédio da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus de Passo Fundo,
que em sua matriz curricular busca uma aproximação a partir da primeira fase do curso,
efetivou-se um convênio com a ESF Santa Marta, o CAPS-AD e o HSVP, para que os alunos
27 28 29 30 31 32 Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Professora da Disciplina de Saúde Coletiva no curso de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. conhecessem a estrutura dos locais, as atividades realizadas, as equipes de atuação e o
funcionamento do SUS.
Além de uma fundamentação teórica, por meio de palestras, que proporcionou uma base a
tudo o que seria visto e estimulou o pensamento crítico sobre o sistema de saúde.
Desafios para o desenvolvimento?
O maior desafio foi a integração entre os discentes, o corpo docente, os palestrantes
convidados, os profissionais das unidades visitadas e a comunidade em geral. Não obstante,
observou-se que os contrapontos foram superados, proporcionando uma semana de muito
aprendizado, conforme o objetivo proposto.
Acrescenta-se a importância do conhecimento e da aplicabilidade ideal do SUS, contrastando
com o atual retrato em que se encontra o sistema. Com isso, há a intenção de mostrar os
desafios que ainda ocorrem para a completa implantação das suas diretrizes e, desta forma,
garantir a totalidade, a equidade, a humanização e a igualdade no atendimento a população.
Quais as novidades desta experiência?
Constatou-se que no decorrer das décadas, as Instituições Médicas de Ensino Superior
priorizavam a formação médica especializada, oferecendo pouco enfoque na atuação do
profissional na Medicina básica. Sendo esta uma das bases da qualidade de vida da
população.
Em virtude disso, com uma nova proposta de formação, a UFFS proporciona ao aluno, desde
o inicio da graduação, o conhecimento do sistema de saúde brasileiro. Com isso, objetiva
despertar o interesse na Atenção Básica e uma formação médica generalista, entregando à
sociedade profissionais aptos a garantir o fortalecimento dessa base por meio da promoção e
prevenção na saúde.
Outras observações: a capacitação dos profissionais convidados proporcionou uma boa troca
de conhecimentos, uma vez que os debates favoreceram a formação crítica sobre a realidade
e como se pode interferir de maneira positiva na construção da saúde pública, aplicando o
que foi proposto.
Além disso, como fechamento da semana, houve uma integração entre os alunos da primeira
e terceira fases, onde estes relataram um feedback das vivências que eles participaram no
último ano na ESF Santa Marta. Isso auxiliará na montagem de um plano de ação futuro na
comunidade, que venha a suprir algumas carências locais.
Eixo temático: Atenção Básica
IMERSÃO E SAÚDE COLETIVA NA UFFS – PASSO FUNDO
Júlia Goettems Passos33
Karla Munike Magri Cortez Heep34
Isaac Lener Lages Soares35
Isabel Cristina HilgertGenz36
Letícia Mädke37
VanderléiaLaodete Pulga38
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Passo Fundo.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Estratégia de Saúde da Família (ESF) Santa
Marta, Centro de Atenção Psicossocial - álcool e drogas (CAPS-AD), Hospital São Vicente de
Paulo (HSVP).
Qual foi a experiência desenvolvida?
Visita e contato com os profissionais das três unidades acima citadas, além de ciclo de
palestras e roda de conversa sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as Vivências e Estágios
na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS), suas aplicabilidades e o funcionamento
da rede de saúde Federal, Estadual e Municipal.
Sobre o que foi?
Foi uma semana intensiva de aproximação dos alunos do curso de Medicina da primeira fase
ao Sistema Único de Saúde, com aprofundamento sobre a base conceitual, a importância do
Território Vivo para a formação médica e as diferentes ferramentas para sistematizar o
conhecimento.
Como funciona (ou) a experiência?
Por intermédio da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Câmpus de Passo Fundo,
que em sua matriz curricular busca uma aproximação a partir da primeira fase do curso,
efetivou-se um convênio com a Prefeitura de Passo Fundo, o CAPS-AD e o HSVP, para que
33 34 35 36 37 38 Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Estudante de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. Professora da Disciplina de Saúde Coletiva no curso de Medicina da UFFS, Passo Fundo, Brasil. os alunos conhecessem a estrutura dos locais, as atividades realizadas, as equipes de atuação
e o funcionamento do SUS.
Além de uma fundamentação teórica, por meio de palestras, que proporcionou uma base a
tudo o que seria visto e estimulou o pensamento crítico sobre o sistema de saúde.
Desafios para o desenvolvimento?
O maior desafio foi a integração entre os discentes, o corpo docente, os palestrantes
convidados, os profissionais das unidades visitadas e a comunidade em geral. Não obstante,
observou-se que os contrapontos foram superados, proporcionando uma semana de muito
aprendizado, conforme o objetivo proposto.
Acrescenta-se a importância do conhecimento e da aplicabilidade ideal do SUS, contrastando
com o atual retrato em que se encontra o sistema. Com isso, há a intenção de mostrar os
desafios que ainda ocorrem para a completa implantação das suas diretrizes e, desta forma,
garantir a totalidade, a equidade, a humanização e a igualdade no atendimento a população.
Quais as novidades desta experiência?
Constatou-se que no decorrer das décadas, as Instituições Médicas de Ensino Superior
priorizavam a formação médica especializada, oferecendo pouco enfoque na atuação do
profissional na Medicina básica. Sendo esta uma das bases da qualidade de vida da
população.
Em virtude disso, com uma nova proposta de formação, a UFFS proporciona ao aluno, desde
o inicio da graduação, o conhecimento do sistema de saúde brasileiro. Com isso, objetiva
despertar o interesse na Atenção Básica e uma formação médica generalista, entregando a
sociedade profissionais aptos a garantir o fortalecimento dessa base por meio da promoção e
prevenção na saúde.
Outras observações: a capacitação dos profissionais convidados proporcionou uma boa troca
de conhecimentos, uma vez que os debates favoreceram a formação crítica sobre a realidade
e como pode-se interferir de maneira positiva na construção da saúde pública, aplicando o
que foi proposto.
Além disso, como fechamento da semana, houve uma integração entre os alunos da primeira
e terceira fases, onde estes relataram um feedback das vivências que eles participaram no
último ano na ESF Santa Marta. Isso auxiliará na montagem de um plano de ação futuro na
comunidade, que venha a suprir algumas carências locais.
Eixo temático: Atenção Básica
GRUPO DE APOIO A PORTADORES DE CÂNCER “SEM MEDO DE
SER FELIZ”.
Elisângela Mara Zanelatto39
Edinadia Maria Dalberto40
Adriane Deliberal41
Local de experiência: O cenário para o desenvolvimento da experiência foi o Município de
Marau, localizado na região norte do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipes de Saúde da Família do Município,
Secretaria Municipal de Saúde, NUMESC (Núcleo Municipal de Educação em Saúde
Coletiva), NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família).
Qual foi a experiência desenvolvida?
Assim como a descoberta de qualquer doença ou vivência de situação difícil e dolorosa como
a do câncer, vários elementos podem afetar o emocional e modo de pensar de uma pessoa.
Desta maneira, o que nota-se são reações num primeiro momento de negação, ou seja,
dificuldade para aceitar a realidade que esta sendo apresentada. A qual pode vir
acompanhada por sentimentos de raiva, culpa, ressentimento, revolta e medo. Nesta fase,
para muitas pessoas torna-se frequente o uso de indagações como: “Porque isto esta
acontecendo comigo?” “Será que eu mereço isto?” “Será um castigo?”. Estes sentimentos
surgem alicerçados na fantasia criada a respeito do câncer bem como pelo temor que muitos
pacientes tem em relação a mutilações e desfigurações que os tratamentos podem
provocar. Do mesmo modo, sintomas como ansiedade e estados depressivos podem
acompanhar este período. Mas é importante ressaltar que todos estes sintomas estão
relacionados aos traços de personalidade de cada pessoa, ou seja, se estes já existem na
vivencia ou se a mesma já apresenta uma predisponibilidade para desenvolver os mesmos,
assim como também estão relacionadas ao momento, a fase de vida que cada um está
vivendo e a forma como a doença e o modo de enfrentamento da mesma foi repassado.
39
Psicóloga, Coordenadora NUMESC (Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva), Marau, Brasil. Enfermeira, Coordenadora da Ações em Saúde, Marau, Brasil. 41
Biomédica, participante do grupo, Marau, Brasil. 40
Aliado a estas considerações, observa-se que no município de Marau está ocorrendo uma
alta na incidência usuários que procuram o Sistema Único de Saúde pelo diagnóstico do
câncer. De acordo com um levantamento realizado junto ao setor de encaminhamentos da
Secretaria Municipal de Saúde, no ano de 2013, houve o diagnóstico de 71 casos e no ano de
2014, no período de janeiro a maio, detectou-se 61 novos casos. Estes se referem a Neoplasia
de Cólon, Próstata, Linfonodos, Esôfago e Mama. Outro elemento fundamental para a
criação do Grupo se refere a importância da formação de um espalho de apoio para os
usuários do sistema e portadores de câncer, bem como para os seus familiares.
Dentro dessa perspectiva, deu-se início ao Grupo de Apoio a Portadores de Câncer do
Município o qual foi idealizado por usuários que estão passando pela doença do câncer.
Com esse intuito, as mesmas procuraram junto a Secretaria de Saúde a formação de uma
parceria para a realização desse trabalho.
Como funciona (ou) a experiência?
Certamente, a vivencia em grupo permite a criação de um espaço de fortalecimento dos
sujeitos que se encontram na mesma situação, ou seja, a descoberta da doença e o
enfrentamento da mesma através do tratamento. Sendo assim, o grupo representa um lugar
de vida, de reflexão e busca de informações, esclarecimentos de dúvidas sobre a doença,
sintomas relacionados ao tratamento, efeitos da medicação, importância de alimentação
adequada entre outros aspectos que fomentam indagações nos pacientes.
Esta ação contou com a inauguração de um espaço público a partir de agosto de 2013 e
vem se desenvolvendo com encontros mensais abertos à toda população, especialmente a
portadores de câncer e seus familiares. Nesse espaço, busca-se esclarecer dúvidas a respeito
da doença e do próprio tratamento, bem como possibilitar o fortalecimento dos próprios
participantes. Nesses momentos de encontro de um e outro é que acontecem as verdadeiras
trocas: de alegria, ansiedades, angústias, medos e especialmente de esperanças.
Os encontros são coordenados pelas usuárias portadoras e por profissionais da Secretaria
Municipal de Saúde, NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família ), NUMESC (Núcleo
Municipal de Educação em Saúde Coletiva), integrantes da RIS (Residência Integrada em
Saúde) e demais profissionais de outras instituições convidados.
Destaca-se que o Grupo com o Apoio da Secretaria Municipal de Saúde realiza campanha de
prevenção, tais como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, com o objetivo de sensibilizar a
população para a importância do autocuidado e do diagnóstico precoce para a realização do
tratamento adequado, o que se mostra fator importante para a melhora.
Contudo, nota-se que o grande desejo da criação do grupo é também estar podendo
possibilitar um espaço para desmistificar o Câncer, ou seja, poder possibilitar informações
para diminuir o preconceito e o estigma que esta doença ainda carrega consigo e que é
repassado aos pacientes, especialmente a ideia de morte e estagnação da vida. Quando ao
contrário desta ideia, muitas pessoas descobrem nesta hora o poder e a força que tem dentro
de si, e enfrentam com coragem e alegria este momento, e isto permite resultados positivos
no tratamento. Assim, o grupo representa um espaço de incentivo, de possibilidades de
transformar a dor e o sofrimento em superação e Vida.
Desafios para o desenvolvimento?
O principal desafio do Grupo é desmistificar os preconceitos que existem à cerca do Câncer,
especialmente à vinculação que se faz dela com a Morte. Além disso, manter a participação
dos portadores, familiares e demais colaboradores, torna-se um constante desafio para o
grupo.
Quais as novidades desta experiência?
Nota-se que a criação deste grupo mostra a inauguração de um espaço a nível municipal que
busca dar um novo olhar ao cuidado destes usuários podendo ofertar para os mesmos
momentos de reflexão e troca a respeito da vida, fortalecendo-a.
Eixo temático: Atenção Básica
ESPAÇO DE ESCUTA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: UMA
EXPERIÊNCIA DE ACOLHIMENTO EM PSICOLOGIA
Mateus Augusto PellensBaldissera42
Carla Oliveira Mello43
Fabiana Schneider44
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Estratégia Saúde da Família (ESF).
Qual foi a experiência desenvolvida? No setor da saúde a palavra acolhimento é empregada
de vários sentidos, revelando-se através de múltiplas definições e significados. Entretanto, a
busca pela definição correta ou verdadeira de acolhimento não é o mais importante, mas sim
a clareza e explicitação da noção de acolhimento que é assumida, assim como as suas
perspectivas e intencionalidades. Sendo assim, o Ministério da Saúde de forma geral define o
acolhimento como “uma prática presente em todas as relações de cuidado, nos encontros
reais entre trabalhadores de saúde e usuários, nos atos de receber e escutar as pessoas,
podendo acontecer de formas variadas” (BRASIL, 2011 p.19). Ao mesmo tempo, sendo uma
das mais relevantes diretrizes da Política Nacional de Humanização, o acolhimento deve ser
entendido como uma ferramenta tecnológica de intervenção, atuante na qualificação da
escuta, na construção de vínculo e na garantia do acesso aos serviços com responsabilização e
resolutividade. Atribuído com uma ação técnico/assistencial, tem como foco a análise do
processo de trabalho em saúde, prevendo mudanças na relação entre profissional e usuário
no sentido de reconhecer este como sujeito ativo no seu processo de produção de saúde.
(BRASIL, 2010). Entende-se que o acolhimento “não é um espaço ou um local, mas uma
postura ética” (BRASIL, 2009 p. 23). Assim, ele não deve ser confundido com uma triagem,
visto que não se resume a uma etapa do processo, mas sim como uma ação que deve estar
incorporada em todos os locais e momentos do serviço de saúde. (BRASIL, 2009). Dentro
42
Psicólogo, residente do Programa de Residência Integrada em Saúde/GHC, Marau/RS, Brasil.
Psicóloga, residente do Programa de Residência Integrada em Saúde/GHC, Marau/RS, Brasil.
44
Psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde, preceptora do Programa de Residência Integrada em Saúde,
Marau/RS, Brasil. 43
desta proposta, o serviço de psicologia da ESF Santa Rita (juntamente com o ingresso da
turma do Programa de Residência Integrada em Saúde – ênfase em Saúde da Família e
Comunidade do Grupo Hospitalar Conceição de Porto Alegre, que prevê na agenda de
atividades do residente um turno de acolhimento) criou o serviço de acolhimento nesta ESF a
fim de qualificar o acesso ao serviço.
Sobre o que foi? Experiência de acolhimento em saúde mental na ESF Santa Rita.
Como funciona (ou) a experiência? De forma geral, observa-se que os agendamentos para
atendimentos com profissionais da psicologia na atenção básica acontecem por “lista de
espera” e, muitas vezes, fica-se na dependência de encaminhamento médico. O que acaba
gerando um tempo extremamente longo para que o usuário seja chamado e também porque
as demandas psíquicas, com o tempo, se esvaem/deslocam-se; quer dizer, quando um sujeito
pede por atendimento existe algo de seu próprio desejo que precisa ser escutado nesta
ocasião. Deste modo, criou-se, na ESF Santa Rita, na cidade de Marau/RS, o chamado “turno
de acolhimento da psicologia”, onde os profissionais desta área – e aqui se incluem os dois
residentes do GHC que desenvolvem suas práticas nesta ESF – disponibilizam um turno
semanal para tal escuta. Assim, qualquer membro da equipe pode indicar aos usuários (em
que se observa demanda para psicologia) o espaço de acolhimento, além de que podemos
receber usuários por livre demanda. Para a organização do trabalho foi criado um protocolo
de registros, que é composto por dados gerais do paciente, informações sobre tratamentos
anteriores, uso de medicamentos, histórico de transtorno mental na família, espaço para
desenho do genograma e o encaminhamento efetuado – que pode ser para psicoterapia
individual, grupos terapêuticos, avaliação psiquiátrica, entre outros; importante frisar que
caso haja necessidade, o usuário pode ser chamado para nova sessão, além de que seu caso
pode ser discutido com os profissionais da psicologia para um encaminhamento mais
adequado. O uso deste protocolo nos dá a possibilidade de registro epidemiológico em saúde
mental.
Desafios para o desenvolvimento?
Ampliar a oferta de possibilidades de encaminhamentos pós-acolhimento para grupos
àqueles que não possuem perfil para psicoterapia individual.
Quais as novidades desta experiência? O acolhimento funciona como um “facilitador” do
acesso, favorecendo o vínculo com o usuário e contribuindo para o tempo de utilização do
serviço e para a frequência de procura de atendimento. Assim, a estratégia do acolhimento
aparece como uma ferramenta para a efetivação dos princípios da Universalidade,
Integralidade e Equidade, uma vez que a partir de uma escuta qualificado e de uma relação
de vínculo com usuário pode-se identificar as necessidades e riscos desse usuário,
proporcionando os encaminhamentos mais adequados a essas necessidades (SCHOLZE et al.,
2006). Em síntese, FRANCO & MEHRY (1999) afirmaram que a ideia básica do acolhimento é
propor a oferta de respostas positivas ao problema de saúde apresentando pelo usuário
assegurando acesso universal, resolutividade e atendimento humanizado. Na ESF Santa Rita
foi possível observar que com a criação deste espaço aumentou-se a compreensão da função
do psicólogo na equipe, pois possibilitou a discussão de o que é preciso escutar para que este
encaminhamento seja feito. Além disso, se percebeu que houve uma diminuição de
demandas desnecessárias, pois cremos que ao inverter o lugar do usuário que antes ficava na
espera para o que o psicólogo o chamasse o torna ativo em seu próprio tratamento, já que se
quebra a queixa tão frequente no serviço público de que o agendamento é demorado, quer
dizer, implicamos o usuário para que procure o atendimento quando sinta de fato
necessidade, afinal este espaço está disponível semanalmente.
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Acolhimento à demanda espontânea / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 56 p.
(Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume I).
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política
Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de
Humanização. – 2. ed. 5. reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.44 p.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de
Humanização da Atenção e Gestão do SUS. O HumanizaSUS na atenção básica / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e
Gestão do SUS. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 40 p.
FRANCO, T. B.; BUENO, W. S.; MERHY, E. E. O acolhimento e os processos de trabalho em
saúde: o caso Betim-MG. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, abr./jun.,
1999.
SCHOLZE, Alessandro da Silva; ÁVILA, Laila Henrique de; SILVA, Manuela Menezes da;
DACOREGGIO, Simone. A implantação do acolhimento no processo de trabalho de equipes
de saúde da família. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.1, p.7-12, 2006.
Eixo Temático: Atenção Básica
GRUPO VIVER E APRENDER
Rosane Maria Dalla Santa¹
Vanusa dos Santos Zenere A²
Rosemar Portella Whillem A³
Omar Contri A4
Local da experiência: Sananduva
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:Estratégia de Saúde da Família São José
Operário
Qual foi a experiência desenvolvida?Grupos de terapia alternativa nas comunidades do
interior pertencentes a uma micro área da UBS São José Operário.
Sobre o que foi?Artesanato e Saúde Mental.
Como funciona a experiência?São realizadas reuniões mensais em cinco comunidades do
interior pertencentes a micro área 08 da UBS São José Operário, as atividades são
organizadas e coordenadas pela Agente Comunitária de Saúde com apoio da equipe da ESF,
Secretaria da Saúde. As participantes se reúnem para fazer artesanato e enquanto
confeccionam o mesmo fazem momentos de reflexão sobre vivencias passadas, trocando
experiências, trabalhando a saúde mental. As produções são divididas no grupo e ao
finalizar cada encontro são feitas combinações sobre o próximo, como: marcação da data e o
que será trabalhado no próximo encontro, bem como material necessário.
Desafios para o desenvolvimento?Participação das pessoas - as participantes resistem aos
primeiros convites, devido a acomodação e achar que não conseguem trabalhar o que é
proposto.
Quais as novidades desta experiência? É a única experiência no Município organizada e
coordenada por uma Agente Comunitária de Saúde; ela trabalha de uma forma diferenciada
a Saúde Mental das participantes, através dos artesanatos e troca de experiências.
Outras Observações:no momento os 05 grupos existentes contemplam aproximadamente 60
participantes. As produções já participaram de exposições em Encontros no Município e
algumas participantes se beneficiam deste aprendizado para aumentar a renda familiar.
Eixo Temático: Atenção Básica
CAMPANHA DE VACINAÇÃO - PORTA À PORTA
Paula Lamperth Vargas45
Evani Ferri, Sérgio Raffaelli, Matias Ruppel, Ionara Silva, Jandira Parizotto, Maira dos
Santos, Marlei Nunes 46
Clair Weber Gabriel47
Local da experiência: Município de Vista Gaúcha - RS
Pontos de rede/equipe de saúde envolvidos: Atenção Básica, Equipe de Saúde da Família e
Equipe dos Agentes Comunitários de Saúde
Qual foi a experiência desenvolvida:Conforme cronograma no Programa Nacional de
Imunizações anualmente acontecem campanhas de vacinação, onde pretendemos descrever
que nas campanhas anuais contra a Poliomielite, tentamos facilitar o acesso às vacinas, indo
nas residências das crianças. As atividades são desenvolvidas pela enfermeira, técnica de
enfermagem e agentes comunitários de saúde.
Sobre o que foi: Campanha de Vacinação realizada junto às residências das crianças
Como funciona a experiência: Todo ano durante as campanhas de vacinação
Desafios para o desenvolvimento:Engajamento da equipe para desenvolver as atividades
Quais as novidades desta experiência:Inserção facilitada da população ao serviço de saúde.
45
Enfermeira, Vista Gaúcha -­‐ RS Agente Comunitário(a) de Saúde, Vista Gaúcha -­‐ RS 47
Técnica de Enfermagem, Vista Gaúcha -­‐ RS 46
Eixo temático: Ciclos Vitais
VISITAS DOMICILIARES REALIZADAS A PUÉRPERAS E RECÉMNASCIDOS
Rose Trevisol Generoso da Silva48
Andressa Maciel49
Claudete Adriana Moretti50
Cassiela Roman51
Fabiana Schneider52
Leila Juliana Antunes Riggo53
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Estratégia Saúde da Família (ESF) e Programa de Residência Integrada em Saúde vinculada
ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC).
Qual foi a experiência desenvolvida?
O Ministério da Saúde recomenda uma visita domiciliar na primeira semana de alta do bebê
(BRASIL, 2006). Os objetivos da visita puerperal são: avaliar o estado de saúde geral da mãe e
do bebê, o vínculo entre a família, redes de apoio e o aleitamento materno; orientar o
planejamento familiar e identificar situações de vulnerabilidade.
Sobre o que foi?
Visita domiciliar a puérpera e recém-nascido na primeira semana de vida.
Como funciona (ou) a experiência?
Os nascimentos ocorridos na instituição hospitalar do município são informados
telefonicamente para a ESF de referência. A partir disso, ocorre o agendamento da visita
48
Residente de Enfermagem, Marau, Brasil. Acadêmica de Enfermagem,Marau, Brasil. 50
Residente de Enfermagem, Marau, Brasil. 51
Residente de Farmácia, Marau, Brasil. 52
Psicóloga, Marau, Brasil. 53
Enfermeira, Marau, Brasil. 49
domiciliar através de telefonema. A visita puerperal ocorre até sete dias após nascimento do
bebê.
As visitas são realizadas sempre em duplas, sendo um residente e um profissional da
unidade. As duplas na medida do possível devem ser compostas por núcleos diferentes, isto
é, um profissional da psicologia, enfermagem e farmácia.
Nessa visita são abordados assuntos relativos ao cuidado da puérpera e do recém-nascido,
além do agendamento da consulta médica puerperal e de puericultura.
Desafios para o desenvolvimento?
Realizar visita puerperal dentro do prazo estipulado pelo Ministério da Saúde.
Conciliar a visita puerperal com a agenda da unidade de saúde, tendo em vista a
imprevisibilidade do nascimento e redirecionamento dos profissionais.
Quais as novidades desta experiência?
A visita domiciliar a puérpera começou a ser realizada a partir da implantação do campo de
residência integrada no município, em especial na Estratégia Saúde da Família Santa Rita.
Destacamos que apenas essa ESF consegue realizar essa atividade em Marau/RS.
A partir dessas visitas foi possível identificar situações de dificuldades relacionadas aos
cuidados
com
recém-nascido:
aleitamento
materno
exclusivo,
coto
umbilical,
e
desenvolvimento da maternagem.
Referências BibliográficasBRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico: pré-natal e
puerpério atenção qualificada e humanizada. Brasília: 2006, 161p.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
GRUPO DE GESTANTES: UM OLHAR MULTIDISCIPLINAR
Elaine Nara Soares Müller54
Denise Dal Ri Braun55
Dulcinéia Fátima Donida56
Mari de Moura57
Tainara de Souza58
Local de experiência:
Brasil, Rio Grande do Sul, Carazinho.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Primeira Infância Melhor e Estratégia de Saúde da Família.
Qual foi a experiência desenvolvida?
Realização de grupos com gestantes visando à orientação, a troca de experiências e o vínculo
familiar. Oportunizando uma intervenção multidisciplinar.
Sobre o que foi?
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de aumentar o vínculo com a família e
principalmente mãe/bebê, garantir momentos para a gestante esclarecer suas dúvidas,
qualificando assim o pré-natal, bem como minimizar a ansiedade e insegurança durante a
gestação.
Como funcionou a experiência?
Em nosso município possuímos 2 (dois) CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) e
12 (doze) Unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Tendo-se em vista o relato dos
ESFs quanto ao pequeno número de participantes nos grupos de gestantes apesar do alto
índice por Unidade, o programa Primeira Infância Melhor (PIM) através de seus visitadores
e representante do Grupo Técnico Municipal (GTM) da Saúde, iniciou em maio de 2013 um
54
Enfermeira, Visitadora do PIM, Carazinho, Brasil.
55
Enfermeira, Responsável pelo Ambulatório Municipal e GTM do PIM, Carazinho, Brasil. Visitadora do PIM, Carazinho, Brasil. 57
Visitadora do PIM, Carazinho, Brasil. 58
Monitora do PIM, Carazinho, Brasil. 56
trabalho em conjunto com 01 CRAS e 06 ESFs de áreas pertencentes a ele, organizando o
primeiro grupo de gestantes. Tendo como objetivo abranger um número maior de gestantes,
incluindo também as gestantes atendidas pelos visitadores do PIM.
Observa-se que a gestação é um período de mudanças (físicas e emocionais), que geram
angústias, dúvidas, medo e curiosidades, deixando por vezes os sentimentos e as emoções de
forma confusa (RIO GRANDE DO SUL, 2013). Sendo de extrema importância ocorrer
momentos onde as gestantes e seus familiares possam participar para minimizar esta
ansiedade e trocar experiências, enquadrando-se assim os grupos de gestantes.
Sendo assim, organizamos 7 (sete) encontros multidisciplinares que contaram com a
participação de Psicóloga, Fisioterapeuta, Nutricionista, GTM da Saúde, Visitadores e
Monitora do PIM e profissionais dos ESFs: Odontóloga e Enfermeiras. Os encontros foram
realizados semanalmente, tendo como local o CRAS – Floresta e sendo apresentados os
assuntos a seguir: períodos gestacionais (alterações fisiológicas e emocionais); a importância
do pré-natal; aspectos psicológicos na gravidez; cuidados com a saúde bucal (da gestante e
do bebê); preparativos para o parto; orientações posturais e curso gratuito de Shantala
(massagem para bebês); fortalecimento do vínculo mãe/bebê/família; orientações quanto à
higiene corporal e bucal do bebê; técnica do banho; vacinação; esclarecimento sobre os testes
do bebê (orelhinha, olhinho, pezinho e coraçãozinho); prevenção de dermatites; técnica da
amamentação (pega correta); a importância do aleitamento materno; orientações em casos de
ingurgitamento mamário; importância das consultas de puericultura (avaliação do
crescimento e desenvolvimento); referência de atendimentos médicos;manejo da cólica e
orientação quanto à introdução da alimentação complementar saudável. Finalizando o
último encontro com a realização de uma visita por parte das gestantes e acompanhantes à
maternidade do Hospital Comunitário de Carazinho (HCC), uma confraternização com
sorteio de brindes e entrega de folders confeccionados pela GTM da Saúde, com orientações
sobre a introdução da alimentação complementar, os primeiros cuidados com o bebê,
vacinas, consulta de puerpério e rotina de consultas de puericultura.
O segundo grupo ocorreu em setembro de 2013 com a participação do outro CRAS e 06 ESFs
de áreas pertencentes a ele. Foram realizados 8 (oito) encontros multidisciplinares realizados
semanalmente no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, e que contaram com a
participação de Fisioterapeuta, Psicóloga, Nutricionista, GTM da Saúde, Visitadores e
Monitora do PIM, Terapeuta Motivacional e profissionais dos ESFs: Médica, Odontólogo e
Enfermeiras. Os temas abordados foram os mesmos do primeiro grupo, com acréscimo da
palestra da terapeuta que abordou a educação intrauterina através das boas palavras.
A avaliação por parte destes grupos de gestantes foi muito positiva, pois relataram que os
encontros foram produtivos e importantes para seu aprendizado, assim como a troca de
experiências, tendo-se em vista que 3 (três) das gestantes já eram mães. Observamos também
que houve uma divulgação por parte das mesmas que participaram no 1º encontro, devido a
sua motivação e entusiasmo, tendo-se em vista a abordagem diferenciada. Houve a formação
de um forte vínculo com todas as participantes culminando com a realização de um Encontro
com mães e bebês que ocorreu em abril de 2014. Neste dia contamos a participação de uma
Terapeuta Motivacional que orientou sobre a importância do diálogo em família, da
imposição de limites, a importância de cuidar de sua saúde mental, para que possam educar
seus filhos da melhor forma possível. Assim como, questionamos em relação à experiência
de ser mãe e as dificuldades encontradas. Sendo que ao final entregamos uma lembrança
com a foto dos bebês e uma mensagem, confeccionada pela equipe do PIM.
Desafios para o desenvolvimento?
Apesar do grande número de gestantes em cada ESF, da ampla divulgação do Curso de
Gestantes através da entrega de convites nas Unidades de Saúde e pelos Visitadores do PIM,
concluímos o primeiro grupo com 06 participantes e o segundo com 04 gestantes. Sendo que
isso possa estar relacionado com a falta de adesão nos grupos dos ESFs.
Quais as novidades desta experiência?
Acreditamos que um diferencial tenha sido a continuidade do vínculo e a abordagem
holística através do olhar sobre o fisiológico e o emocional deste importante ciclo vital que é
a gestação, tendo isto sido possível devido à participação de uma equipe multidisciplinar.
Sem contar que esta experiência foi importante porque conseguimos enquanto visitadores ter
um adicional devido ao compartilhamento de informações de profissionais de várias áreas e
troca de experiências das gestantes participantes. Levando este conhecimento até as famílias
atendidas pelo Programa Primeira Infância Melhor.
Referências Bibliográficas:
RIO GRANDE DO SUL, Secretaria da Saúde. Programa Primeira Infância Melhor. Guia da
Gestante para o visitador. Porto Alegre: Companhia Rio-grandense de Artes Gráfica
(CORAG), 2013.
Eixo temático: CICLOS VITAIS
CURSO DE GESTANTE: “BEM ME QUERER”
Giovana Casagrande Sandagorda59
Antônio Augusto Iponema Costa60
ThaíseFederizzi61
NadiaPaludo62
Erika PressiFrancischetto63
Local de experiência: Brasil, RS, Marau
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipe ESF Jardim do Sol, NASF, Grupo de
Terapia Ocupacional e Hospital Cristo Redentor.
Qual foi a experiência desenvolvida? Realização de cursos semestrais para Gestantes e seus
companheiros com diversificadas temáticas desenvolvidas por uma equipe multiprofissional,
seguindo orientações do Programa Rede Cegonha.
Sobre o que foi?
1º encontro: Concepção e evolução da gestação; Desenvolvimento embrionário e fetal;
Alterações físicas na gestação; Sintomas e desconfortos na gestação; Importância do pré-natal.
2º encontro: As emoções da gestação e do puerpério; Tipos de partos e anestesias;
Aleitamento materno e desenvolvimento infantil; Cuidados dentários da gestante e do bebê;
Puerpério e planejamento familiar.
3º encontro: Vacinas; Banhos; Cólicas; Teste do pezinho e da orelhinha; Cuidados com o
umbigo; O que colocar na mala e levar para a maternidade; Vestimentas adequadas ao bebê.
4º encontro: Visita à maternidade do Hospital Cristo Redentor; Confraternização; Entrega dos
Certificados e brindes confeccionados pelo Grupo de Terapia Ocupacional da ESF Jardim do
Sol.
Como funciona(ou) a experiência? O curso é realizado a cada semestre na própria unidade
59
Enfermeira, Marau, Brasil. Cirurgião-­‐dentista, Marau, Brasil. 61
Médica, Marau, Brasil 62
Psicóloga, Marau, Brasil. 63
Estagiária de Psicologia, Marau, Brasil. 60
de saúde, sendo oferecido a todas as gestantes e seus companheiros. As gestantes são
convidadas nas consultas de pré-natal, assim como, é realizada uma busca-ativa pelas
agentes comunitárias de saúde a fim de informar e convidar à participação no curso. Este
acontece em quatro encontros consecutivos durante a semana com duração de duas horas.
Desafios para o desenvolvimento? Motivar as gestantes a participarem. Adequação de um
horário para que a maioria das gestantes que trabalham possa comparecer. Liberação por
partes das empresas e empregadores, para que as gestantes possam frequentar o curso.
Quais as novidades desta experiência? Aproximação com a comunidade, bem como, a
disponibilidade do Hospital Cristo Redentor em apoiar à visita das gestantes e seus
companheiros
centros
obstétricos
e
maternidades.
O
Curso
conta
com
equipe
multidisciplinar para ministrar o curso como: médico, dentista, enfermeira, psicóloga,
estagiária de psicologia, ACS’se demais membros da equipe.Também conta com apoio dos
profissionais de NASF(nutricionista, farmacêutica,
fisioterapeuta, médico pediatra),
utilização de materiais audiovisuais e malaSemina-educativa contendo modelo pélvico, bebê
com placenta e demais materiais para ilustrar o tema, adquiridos pela própria unidade de
saúde, com verbas do PMAQ.
Eixo temático:Atenção Básica
CURSO DE GESTANTES
INÍCIO DE UMA NOVA VIDA
Vanessa TrentiniMagnan64
Paula BetiniliTremarin A65
Ana Inês Bonato Bernardi B 66
Fabiana Lira C 67
Viviane Pagnussat D68
Denise Zanusso E 69
Local de experiência : Brasil, Rio Grande do Sul, Camargo.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Unidade Básica de Saúde, Estratégia da Saúde
da Família, Primeira Infância Melhor, Agentes Comunitários de Saúde, Hospital Geral Cristo
Redentor de Marau.
Qual foi a experiência desenvolvida? Curso de Gestantes
Sobre o que foi? Este projeto possui caráter preventivo no sentido de orientar as gestantes e
suas famílias através de um curso, no qual são desenvolvidos temas referentes a gestação,
parto, cuidados com a mulher com o recém-nascido e desenvolvimento infantil.
Como funciona a experiência? A Secretaria Municipal de Saúde elaborou o Projeto Curso de
Gestantes “Início de Uma Nova Vida”, que visa acolher as gestantes e suas famílias neste
momento transitivo de suas vidas, para que possam trocar experiências e receber orientações
e conhecimentos referentes ao período pré-natal, puerpério e desenvolvimento infantil.
Tem por objetivo garantir atendimento diferenciado e de qualidade as gestantes e suas
famílias visando à integralidade do cuidado.
Os objetivos específicos são fortalecer os vínculos entre as gestantes e os profissionais que
64
Enfermeira, Coordenadora, Camargo, Brasil. Psicóloga, Coordenadora, Camargo, Brasil. 66
Visitadora do PIM, Colaboradora, Camargo, Brasil. 67
Visitadora do PIM, Colaboradora, Camargo, Brasil. 68
Visitadora do PIM, Colaboradora, Camargo, Brasil. 69
Agente Comunitária de Saúde, Colaboradora, Camargo, Brasil. 65
atuam no Serviço Público de Saúde, estabelecendo uma relação de confiança que garantirá o
sucesso da evolução da gestação até a chegada do novo ser.
O curso prevê a realização de treze encontros, com duração de 1h30min sendo realizados
dois cursos por ano. A cada encontro os profissionais entregam material informativo às
gestantes, para que as mesmas possam compartilhar com a família as informações repassadas
no curso. Sendo que o convite é estendido a toda a família, tendo encontros direcionados aos
pais e as vovós.
O curso é coordenado pela Enfermeira e Psicóloga tendo a colaboração e participação dos
visitadores do PIM, ACS, ginecologista, pediatra, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudióloga,
assistente social, cirurgião dentista. Sendo abordados os seguintes assuntos:
- 40 semanas para uma nova vida;
- Concepção e evolução;
- Pré-natal, sexualidade da gestante;
- Gravidez vencendo medos;
- Alterações hormonais e psicológicas;
- Kit do bebê;
- Mamãe e bebê bem alimentados;
- Presença que faz a diferença (participação do pai);
- Planejamento familiar;
- Mantenha-se saudável, cuide de sua postura;
- Estimulação da linguagem;
- Depressão pós-parto;
- Parto seguro e direitos da gestante;
- Parto: cuidados com a mãe;
- Cuidados com o recém-nascido;
- Saúde bucal da gestante e do bebê;
- Mamãe e vovó compartilhando saberes (participação da vovó);
- Narrando o mundo para o seu filho;
- Importância da Estimulação desde a gestação;
- Amamentação uma troca de amor;
-Higiene do bebê;
- Vacinação: para que serve?;
- Desenvolvimento da criança;
- Visita a maternidade de referência.
Desafios para o desenvolvimento? Compreensão por parte das gestantes sobre a
importância de realizar uma preparação durante esse novo momento, para que esse período
transcorra de forma saudável;garantindo um bom desenvolvimento para a criança.
Quais as novidades desta experiência? As gestantes que tem uma boa participação e adesão
a esse projeto demonstram maior segurança etranqüilidade no transcorrer de todo o processo
que envolve desde a gestação até o desenvolvimento da criança.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
ABRINDO AS PORTAS DO CORAÇÃO MATERNO
Mari de Moura70
Adriana de Oliveira²
Denise Dal Ri Braun³
Sandra Cristina Marins
Tainara de Souza
Local de experiência:
Brasil, Rio Grande do Sul, Carazinho.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Primeira Infância Melhor e Presídio Estadual de Carazinho (PECAR)
Qual foi a experiência desenvolvida?
Realização de visita individual troca de experiências e aumento do vínculo familiar com uma
gestante que estava em regime de reclusão por tráfico de drogas.
Sobre o que foi?
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de aumentar o vínculo entre mãe e bebê,
qualificar o pré-natal garantir momentos para a gestante esclarecer suas dúvidas, e assim
minimizar a ansiedade e insegurança durante a gestação.
Como funcionou a experiência?
Em nosso município possuímos um Presídio com alas masculinas e femininas com grande
número de detentos e detentas jovens na faixa etária de 18 a 30 anos. Em outubro de 2013, a
pedido da psicóloga do PECAR foi solicitado um trabalho de acompanhamento por parte do
PIM para uma gestante que não aceitava sua gestação.
Assim, iniciei encontros semanalmente em uma sala privada acompanhada de um agente
penitenciário. A primeira visita foi de reconhecimento pessoal, cadastro e informações gerais.
No inicio as visitas eram rejeitadas pela gestante, a qual também não aceitava a sua gestação.
Mas, aos poucos essa foi percebendo a importância da minha presença.
A gestante no primeiro encontro contou toda a sua história de vida em uma carta redigida
por mim a seu pedido, onde nesta trazia o motivo pela qual estava presa, sendo o mais grave
70
Visitadora do PIM, Carazinho, Brasil.
o tráfico de drogas. Relatou que possuía três filhos, os quais estavam morando com a avó e
pai. A gestante descreve que começou no tráfico de drogas ainda muito jovem e que já tinha
nascido um filho na prisão. O motivo por estar presa foi pela vida difícil, má amizades e
relacionamentos amorosos. Durante a sua atuação de tráfico, conseguiu comprar um carro e
um apartamento mobiliado, onde levava uma vida estável. Hoje ela tem visão que tudo foi
em vão, pois perdeu a liberdade, sua família, seus filhos, passear livremente. Também o pai
faleceu, durante o seu período prisional. A família sofria por causa da sua condição. A mãe
visitava quinzenalmente trazendo-lhe frutas e alimentos em geral, que no albergue ela tinha
local próprio para guardar seus pertences, o que não acontecia antes, pois os outros detentos
lhe tomavam o que era trazido pela mãe. Na prisão, alguns agentes eram compreensivos, e
outros lhe tratavam com rancor.
Em outro encontro notei sua receptividade maior, percebi que estava feliz e comentou
comigo sobre o bebê e a visita que recebeu dos outros filhos.
Trabalhei com atividades relacionadas à autoestima e aceitação da gestação. Destaco duas
atividades que fortaleceu o vínculo de mãe e filho. Uma delas foi à construção da caixa de
sentimentos com frases motivadoras, com frases motivadoras e leitura das mesmas. A outra
atividade foi à utilização de um espelho colado dentro de uma caixa de presente e era
perguntado a gestante o que ela via, essa atividade gerou muita emoção para ela e para as
demais detentas que ali estavam.
Sendo que após dois a gestante foi transferida para o Albergue que se localiza junto ao
presídio, local este onde os detentos aguardam a liberação para o regime semiaberto, e assim
as visitas deram continuidade sempre reforçando o vínculo entre mãe e filho.
Em novembro de 2013 a gestante recebeu uma proposta de emprego, passando para o
regime semi-aberto, onde somente retornava ao presídio a noite. Sendo assim, não houve a
possibilidade de continuar com as visitas.
Em contato com a psicóloga, esta informou que a gestante estava feliz e aceitando sua
gestação, mostrando a todos o seu ultrassom e as roupas de bebê que havia ganhado das
outras detentas. E assim percebi que houve uma grande evolução da mesma, atingindo o
objetivo do Programa Primeira Infância Melhor que é a formação do vínculo mãe e filho,
tanto quanto a retomada de sua vida social junto a comunidade, como pessoa digna de seus
direitos e deveres.
Desafios para o desenvolvimento?
O meu desafio maior foi trabalhar em um ambiente diferente do habitual onde atuo, e isso
me trouxe muita ansiedade e conflitos por ter assumido um compromisso sem ter a certeza
que poderia realizá-lo.
A principio senti um certo temor por todo contexto que cercava o ambiente, muitas
indagações surgiram como, por exemplo: se eu passaria por uma revista na ocasião das
visitas, se eu ficaria sozinha com a detenta e até mesmo a possibilidade de acontecer uma
rebelião.
No primeiro momento fui recebida pelo agente penitenciário que me conduziu até a sala da
psicóloga e assistente social, onde fui apresentada e tranqüilizada quanto às regras e a minha
segurança e também houve uma visita de reconhecimento do ambiente e dos funcionários.
Foi solicitado que eu não levasse telefone celular, tesouras e objetos pontiagudos,
preservando com a minha segurança e cumprimento de acordo com as regras do local.
Quais as novidades desta experiência?
Entendeu-se a proposta diferente do trabalho que é desenvolvido pelo PIM, sendo essa em
local diferente do habitual do objetivo do Programa Primeira Infância Melhor, também
reconheceu a mudança de conduta da pessoa que se encontrava em fragilidade emocional e
social, e antecipou o envolvimento emocional entre mãe e filho.
Conclui-se que o PIM na sua representação da visitadora, no trabalho com as gestantes
reconhece que elas passam por transformações físicas e emocionais, que os sentimentos e
emoções se misturam, e a visitadora tem um papel importante e essencial quando
proporciona o momento da importância da chegada de um novo ser.
Eixo temático: Atenção Básica
A DESCENTRALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA INTEGRADA EM
SAÚDE E A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA SANTA RITA
Carla Oliveira Mello71
Cassiela Roman 72
Claudete Adriana Moretti 73
Mateus Augusto PellensBaldissera74
Rose Trevisol Generoso da Silva75
Local de experiência:Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Estratégia Saúde da Família (ESF)
Qual foi a experiência desenvolvida?O Programa de Residência Integrada em Saúde (RIS)
tem como objetivo especializar profissionais das diferentes áreas da saúde, através da
formação em serviço, com a finalidade de atuar em equipe, de forma interdisciplinar, em
diferentes níveis de atenção e gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). A RIS é uma
modalidade de formação pós-graduada, com duração de dois anos, que se organiza como
formação multiprofissional em serviço em regime de dedicação exclusiva. A proposta da
descentralização da RIS visa proporcionar às cidades do interior do estado do Rio Grande do
Sul uma formação de profissionais para o SUS, em conformidade com as realidades de saúde
das cidades de pequeno porte, disseminando a formação de trabalhadores da saúde para
além os grandes centros urbanos.A integração entre instituição de ensino e serviço,
representadas pelo Grupo Hospitalar Conceição e a Secretaria Municipal de Saúde dos
municípios de Marau foi parte fundamental na medida em que viabilizou a experiência da
residência descentralizada na ESF Santa Rita.
Sobre o que foi?Inserção do Programa de Residência Integrada em Saúde na ESF Santa
71
Psicóloga, residente, Marau, Brasil. Farmacêutica, residente, Marau, Brasil. 73
Enfermeira, residente, Marau, Brasil. 74
Psicólogo, residente, Marau, Brasil. 75
Enfermeira, residente, Marau, Brasil. 72
Rita, Marau-RS.
Como funciona(ou) a experiência?A experiência da inclusão do Programa de Residência
na ESF Santa Rita iniciou com a formação de um membro desta equipe para desempenhar a
função de preceptoria, condição para receber residentes. Atualmente,A ESF Santa Rita conta
com uma turma de residentes compostas por três núcleos de formação que são: enfermagem,
psicologia e farmácia. A inserção de residentes na ESF iniciou no ano de 2013, com a inserção
de um residente de psicologia, um de enfermagem e um de farmácia. No ano de 2014, a
equipe da ESF Santa Rita recebe a sua segunda turma de residentes composta também por
um residente de cada núcleo de formação citado acima. Os residentes, conforme agenda de
trabalho, inseriram-se nas ações em saúde desenvolvidas pela equipe da ESF. Essas ações
consistem em: coordenação de grupos de educação em saúde, participação no Conselho Local
de Saúde, atendimento clínico, acolhimento, visitas domiciliares, fomentam espaços de
educação permanente em saúde, desenvolvem ações educativas de promoção e prevenção na
escola do território, entre outras. Para além dessas atividades, o residente em formação voltase para construção de competências e articulação de saberes em face às circunstâncias
encontradas no campo da prática, a fim de atuar de forma crítica, buscando-se integrar a
dimensão reflexiva às rotinas de desta equipe de saúde.
Desafios para o desenvolvimento?
A experimentação na prática da residência descentralizada é um processo em construção, no
sentido de composição de competências necessárias, muitas vezes por serem recentes
tambémincertas. O processo de viabilização de uma formação continua e de qualidade passa
pela reflexão e observação constante das ações, estar em formação implica numa análise
sobre os percursos, trabalho fundamental para a construção de uma nova identidade.
Quais as novidades desta experiência?
Cabe realçar que o processo da residência necessita deixar suas marcas, não apenas na
reflexão dos sujeitos, mas também nos espaços administrativos para que a mesma possa
amadurecer junto ao município.
Outras observações: Ao término deste ano, a equipe da ESF Santa Rita forma sua primeira
turma de residentes em parceria com o GHC. Contudo, a equipe inicia um processo de
construção do projeto de Residência próprio do município, visto que a parceria firmada com
o GHC tem seu término após a formação da terceira turma de residentes.
Referências Bibliográficas:
ESCOLA GHC. Manual do Residente. Porto Alegre: [s.n.], 2013.
Eixo temático: Gestão
ENCONTROS INTERMUNICIPAIS DO PIM
Lilian Radoika Gabriel Durigon 1
Eunice Picinin 2
DirceTeresinhaStaudtMocelin 3
Tammy Gadenz Schmitt 4
Aline Herberts5
Mariane Helena Hack Cardoso Fernandes 6
SigridKern 7
1. Local de experiência (País, Estado, Município): Brasil / RS / Tapera
2. Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
- Secretarias Municipais de Saúde, Educação e Ação Social de Tapera;
- Visitadores e GTM do PIM de Tapera, Campos Borges, Alto Alegre, Selbach, Colorado e
Ibirubá.
3. Qual foi a experiência desenvolvida?
No ano de 2012 Visitadores e GTM do PIM de Tapera mobilizou as equipes do PIM de
Campos Borges, Alto Alegre, Selbach, Colorado e Ibirubá para um processo de Educação
Permanente Regional, considerando que essa região apresenta características semelhantes
tanto no trabalho desenvolvido, quanto na população atendida; e a necessidade de abordar e
discutir temas pertinentes ao PIM, para qualificar as equipes.
4. Como funciona(ou) a experiência?
A equipe do PIM de Tapera sistematizou o primeiro encontro da seguinte forma:
- Início 8h e término 11h;
- 1º Momento: Acolhimento
- 2º Momento: Apresentação de uma temática por profissional qualificado
- 3º Momento: Troca de experiências pelos visitadores do PIM
- 4º Momento: Confraternização
No primeiro encontro foi definida a Programação Anual de acordo com as necessidades de
todos; bem como, onde e quando seriam os encontros. Ficou acordado que seriam seis
momentos anuais, para que cada município pudesse sediar e se responsabilizar pela
organização da capacitação. Cada município ficou responsável pela certificação da sua
equipe. No final de cada ano, a equipe do município que acolhe organiza uma avaliação e
estabelece com o grupo uma programação para o próximo ano.
5. Desafios para o desenvolvimento?
- Aproximar as equipes do PIM dos municípios envolvidos;
- Fortalecer o Programa PIM na região, buscando uma maior visibilidade;
- Favorecer a Educação Permanente abordando temas pertinentes a todos;
- Otimizar os recursos financeiros destinados a Educação Permanente;
- Aproximar e envolver a gestão municipal no Programa PIM.
6. Quais as novidades desta experiência?
A necessidade da Educação Permanente otimizou o desenvolvimento das potencialidades
das equipes de cada município, favorecendo o enfrentamento da demanda. Uma capacitação
apenas numa equipe teria um impacto menor do que o envolvimento de um grande grupo, o
qual oportuniza discussões mais ricas e amplas.
A troca de experiências possibilitou a análise crítica de conduta e manejo de cada
participante, a fim de buscar as mudanças necessárias, tanto individual quanto coletiva e de
gestão, considerado a metodologia do Programa.
1 Enfermeira, GTM-PIM, Tapera, Brasil.
2 Pedagoga, GTM-PIM, Tapera, Brasil.
3 Psicóloga, GTM-PIM, Tapera, Brasil.
4 Odontóloga, GTM-PIM, Tapera, Brasil
5 Visitadora do PIM, Tapera, Brasil.
6 Visitadora do PIM, Tapera, Brasil.
7 Visitadora do PIM, Tapera, Brasil.
Eixo Atenção Básica
PROJETO DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE
ÁGUA SANTA
Carina Andressa Dick
A inserção de estudantes de medicina na prática cotidiana do serviço de saúde do
município de Água Santa/RS viabilizou a realização de um diagnóstico de saúde da
comunidade no término do primeiro semestre de curso (2013/2). Com este
diagnóstico realizado com o apoio de profissionais atuantes da Unidade Básica de
Saúde local, ficaram evidentes algumas necessidades organizativas locais que
otimizariam o funcionamento dos processos de trabalho e gestão. Adiante disso,
organizou-se estratégias de intervenção pontuais através de um planejamento entre
estudantes e professores que foi ajustado e pactuado com a equipe de saúde do
município que viabilizou sua realização durante o segundo semestre do curso
(2014/1)
As atividades visaram atuações no Conselho Municipal de Saúde, nas reuniões das
Agentes de Saúde e encontros com a população de uma comunidade indígena
Kaingang do município. O objetivo do Projeto de Intervenção proposto foi a
proposição de estratégias de capacitação e orientação aos profissionais de saúde
envolvidos (Conselheiros Municipais de Saúde -CMS e Agentes Comunitárias de
Saúde - ACS) e à comunidade indígena no município de Água Santa, RS.
Após um sólido embasamento teórico dos estudantes em relação às temáticas que
seriam abordadas, traçamos a metodologia para executar as atividades planejadas.
Para abordar as Agentes Comunitárias de Saúde organizamos dois encontros, onde
através de diálogos e proposições tentamos auxiliar na consolidação de suas
atividades e cumprimento de seu papel como profissional de saúde fundamental na
articulação da comunidade com a UBS. Na primeira reunião foi realizada uma roda
de conversa com as ACS junto dos acadêmicos e docentes com o objetivo de conhecer
as dificuldades da rotina dos profissionais.Após esse primeiro encontro, foram
discutidas possibilidades para auxiliar nas questões levantadas, e dentre as propostas
sugeridas destacou-se a criação de um “Diário de Campo”, sendo ele um documento
complementar a ser preenchido após cada visita, onde a ACS poderia expressar suas
impressões de modo sigiloso, sem precisar do consentimento da família, podendo
assim retratar problemáticas que interferem nas condições de saúde ali observadas, e
repassar essas informações para o trabalhador responsável pelas ACSs que tomaria
as providências necessárias. A ideia da criação dessa ferramenta foi muito bem
recebida pelas ACS, que viram no instrumento um auxílio promotor de melhorias
nas suas atividades diárias.
Com o CMSforam realizados dois encontros. No primeiro, abordamos as políticas de
saúde que havíamos estudado e levantado dados locais até o momento no município,
que eram: Política de Saúde da Criança, do Adolescente, do Adulto e do Idoso. Em
um segundo encontro com os Conselheiros, fizemos a apresentação dos indicadores
de saúde e demandas levantadas em relação à saúde do trabalhador, saúde mental e
saúde transversal da população indígena. Após a apresentação desses indicadores de
saúde relacionados a essas populações levantamos a seguinte reflexão e discussão:
Como podemos melhorar a partir desses indicadores?
A discussão foi bastante produtiva, levantando como sugestões na saúde do
adolescente a necessidade de investimento na prevenção de DST’s e promoção de
saúde sexual através do fortalecimento do contato direto com esse público alvo nas
escolas. Para atender a melhorias na saúde do idoso, discutiu-se a possibilidade de
melhorar o atendimento domiciliar para a população que necessita. Também se
pensou em um maior investimento na qualificação da orientação dos familiares e
cuidadores do idoso, para que de forma conjunta consigam melhorar a qualidade de
vida dessa população. Também destacou-se o consenso sobre a falta de assistência
em relação à saúde mental no município, e a necessidade do fortalecimento de ações
em saúde destinadas aos trabalhadores, com ênfase nos trabalhadores rurais, além de
discussões e ações mais frequentes sobre a saúde indígena. Para
reflexão
final
deixamos o questionamento: “Qual o papel do Conselho Municipal de Saúde no
enfrentamento dessas realidades?”
Na atuação junto a comunidade Kaingang Faxinal, nossa primeira atividade
realizada foi apresentar o perfil epidemiológico construído para a comunidade e
juntamente com o grupo levantar necessidades de saúde e possíveis soluções.Como
soluções o grupo presente apresentou a diminuição do tempo da coleta do lixo e
distribuição de água- instalação de mais uma caixa de água, tonéis para coleta
provisória do lixo, transporte para a comunidade no período da manhã e fim de
tarde, visita de um médico da saúde da família a cada 15 dias, contratação de uma
agente de saúde da própria comunidade e construção de um espaço físico destinado
ao atendimento de saúde. Na
segunda
atividade
interventiva
realizada
na
comunidade Faxinal discutimos a possibilidade da comunidade escolher uma pessoa
para ser representante do grupo no Conselho Municipal de Saúde para levar até essa
entidade representativa as necessidades da comunidade.
Após a realização das atividades previstas refletimos sobre a importância de
capacitar o Conselho Municipal de Saúde e as Agentes Comunitárias de Saúde para a
plena realização de suas atividades a fim de maximizar os seus impactos positivos.
Também pontuamos sobre a necessidade de medidas de educação sanitária e
ambiental posteriores na comunidade indígena Faxinal, visando a diminuição dos
índices de doenças relacionadas a falta de saneamento básico que foram destacadas
durante as visitas. Como estudantes de medicina, sentimos o efeito benéfico e
construtivo que essas atividades proporcionaram a nossa formação profissional, e de
forma recíproca, como a presença e atuação de estudantes pode sensibilizar para a
reorientação e aprimoramento dos processos de trabalho em saúde.
Eixo temático:Gestão
FORMAÇÃO DO CONSELHO LOCAL DE SAÚDE: ESTRATÉGIA
SAÚDE DA FAMÍLIA SANTA RITA
Claudete Adriana Moretti76
Fabiana Schneider 77
Leila Juliana Antunes Riggo78
Mateus Augusto Pellens Baldissera79
Carla Oliveira Mello 80
Rose Trevisol Generoso da Silva81
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Estratégia Saúde da Família, Comunidade local,
gestores municipais de saúde.
Qual foi a experiência desenvolvida? Formação do Conselho Local de Saúde.
Sobre o que foi? Conselho Local de Saúde.
Como funciona (ou) a experiência?
A lei orgânica nº 8.142/90 resulta da democratização dos serviços de saúde e vem ao
encontro ao princípio de controle social do Sistema Único de Saúde (SUS).
O controle social ocorre com a participação da comunidade nas decisões de saúde,
especialmente aquelas relacionadas aos serviços públicos de saúde localizados em
determinado território.
Para promover esse momento de debate e trazer a tona questões sobre acesso e serviços
disponibilizados na Estratégia Saúde da Família Santa Rita, realizou-se uma reunião para
formar um Conselho Local de Saúde. Os convites foram impressos, distribuídos aos usuários
e afixados em locais de grande circulação de pessoas, como: escola, igreja e comércios.
76
Enfermeira Residente, Marau, Brasil. Psicóloga, Marau, Brasil. 78
Enfermeira,Marau, Brasil. 79
Psicólogo Residente,Marau, Brasil. 80
Psicóloga Residente, Marau, Brasil. 81
Enfermeira Residente, Marau, Brasil. 77
Nessa primeira reunião discutiram-se as formas de acesso, fichas médicas e sugestões dos
usuários sobre o atendimento. No primeiro encontro reuniram-se nove usuários, uma gestora
da atenção básica, os profissionais da equipe e dois profissionais de outra ESF.
Nas reuniões seguintes, realizadas nas primeiras segundas-feiras do mês, foram abordados
temas relativos ao Plano de Combate as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/AIDS),
instalação de câmeras de segurança, produtividade da ESF e serviços ofertados.
Desafios para o desenvolvimento?
Envolvimento/participação da comunidade.
Estruturação do Conselho Local.
Quais as novidades desta experiência?
As reuniões são abertas aos usuários da ESF Santa Rita, podem ser assistidas livremente com
direito à manifestação.É importante frisar sobre a importância das equipes assegurarem este
importante espaço aos usuários, afinal o serviço de saúde é ofertado às pessoas e as
demandas destas precisam ser escutadas, a fim de que as estratégias em saúde criadas pela
ESF sejam efetivas. Além disso, ao convocar osusuários para esta discussão os garantimos um
lugar, quer dizer, estes deixam de ser apenas usuários que usufruem do serviço, mas passam
a ser importantes atores políticos na construção da saúde do território em que estão adscritos.
Referências Bibliográficas: BRASIL. Ministério da Saúde. Lei 8142/90. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm>. Acesso em: 16 ago. 2014.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
ATENÇÃO ODONTOLÓGICA INTEGRAL À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA
Antônio Augusto Iponema Costa 82
Ivone Lunelli83
Local de experiência: Brasil, RS, Marau
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipe de Saúde Bucal da Estratégia de Saúde
da Família Jardim do Sol, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de
Marau/RS e Hospital Cristo Redentor.
Qual foi a experiência desenvolvida? Aequipe de saúde bucal representada pelo cirurgiãodentista e auxiliar em saúde bucal, desenvolvem há aproximadamente seis anos um cuidado
especializado voltado à pessoa com deficiência e seus familiares. Existe uma parceria
estabelecida com a APAE/Marau, na qual todo aluno que frequenta a instituição tem
prioridade no acesso aos atendimentos odontológicos na ESF Jardim do Sol. Os critérios para
atendimento prioritário são frequentar a APAE, assim como todas pessoas com deficiência
(intelectual/mental, física, auditiva, visual e múltipla) que residem no território adscrito à
ESF.
As pessoas com deficiência requerem um manejo odontológico diferenciado, exigindo dos
profissionais além de um conhecimento especializado, uma característica primordial
relacionada ao perfil profissional e empatia.
Os familiares recebem uma atenção especial na consulta, na qual, a equipe trata a respeito de
questões relacionadas ao luto, preconceito, estabelecimento de limites tanto em casa como na
unidade de saúde, hábitos de higiene e hábitos de vida diária. Além disso, são realizadas
atividades/palestras educativas e preventivas tanto para os alunos da APAE/Marau quanto
para os pais/responsáveis sobre cuidados odontológicos.
O cuidado odontológico acontece também através de visitas domiciliares, na qual a equipe de
saúde bucal desenvolve atividades na própria residência da pessoa com deficiência e seus
82
Cirurgião-­‐dentista, Marau, Brasil. Auxiliar em Saúde Bucal, Marau, Brasil. 83
familiares.
Sobre o que foi? O relato de experiência é uma descrição da abordagem integral das pessoas
com deficiência, mostrando desde o acesso facilitado às consultas odontológicas,
transcorrendo por uma atendimento diferenciado e não-traumático, visitas domiciliares e
quando necessário, encaminhado e realizado pela própria equipe de saúde bucal os
procedimentos sob anestesia geral.
Como funciona(ou) a experiência?A experiência está sendo de extrema importância para o
cuidado em saúde das pessoas com deficiência, uma vez que infelizmente em nosso país essa
clientela ainda encontrasse em situação de exclusão social. Dessa forma, a equipe de saúde
bucal, por possuir um cirurgião-dentista especialista nessa área de atuação (Odontologia para
Pacientes com Necessidades Especiais) e uma Auxiliar de Saúde Bucal capacitada (Curso de
Qualificação para o Atendimento Odontológico da Pessoa com Deficiência, promovido pelo
do Ministério da Saúde) tem-se estimulado o acesso às consultas desses pacientes juntamente
com seus familiares.
Os pacientes realizam seus tratamentos odontológicos na unidade de saúde, sendo que,
atualmente, no município a ESF Jardim do Sol tornou-se referência no atendimento de
pessoas com deficiência. Em aproximadamente seis anos de atendimento, apenas três
pacientes necessitaram ser encaminhados para procedimentos sob anestesia geral, pois o
trabalhado é baseado em aspectos comportamentais em concordância com os familiares.
São realizados uma busca-ativa das pessoas com deficiência pelas agentes comunitárias de
saúde no território adscrito, a fim de obter informações sobre a situação de saúde e quando
necessário, sugerir a visita domiciliar pela equipe de saúde bucal.
Semestralmente, os alunos da APAE/Marau e seus pais/responsáveis são convidados para
uma palestra sobre hábitos de higiene bucal com os profissionais da equipe de saúde bucal.
O sucesso do trabalho realizado é um somatório do conhecimento, experiência e motivação
para fazer a diferença. Para isso, o cuidado odontológico é fundamentado no estabelecimento
de vínculo entre a equipe de profissionais, pessoa com deficiência e seus familiares.
Desafios para o desenvolvimento? Existea necessidade de ampliação do espaço
físico/estrutural da unidade de saúde para proporcionar maior acessibilidade das pessoas
com deficiência. Assim como, os meios de transporte dos pacientes em dias chuvosos, pois
deixam de consultar por falta de veículo para deslocamento a ESF Jardim do Sol. Outro
desafio se deve à falta de levantamentos epidemiológicos que relatem o número de pessoas
com deficiência no território.
Quais as novidades desta experiência? Acesso prioritário ao atendimento odontológico
depessoas com deficiência e, quando necessário, o direito a procedimentos sob anestesia geral
no Hospital Cristo Redentor. Os alunos da APAE, independente se residem em Marau ou
outro município tem acesso facilitado à consulta odontológica.
Outras observações: A equipe de saúde bucal da ESF Jardim do Sol tem como anseio a
construção de um centro de referência odontológico para a pessoa com deficiência, com um
local amplo, estruturado e de fácil acesso para as pessoas com deficiência. Além disso, a
compra de um aparelho de Laser de Baixa Intensidade para aplicação em pacientes
submetidos a tratamentos oncológicos que apresentem lesões bucais, situações que
comprometem a qualidade de vida dessas pessoas.
Eixo ATENÇÃO BÁSICA
ACOLHER É POSSÍVEL
VaniLunardi Di Fante, médica especialista em saúde da família, Tapera, Brasil.
Samantha Mattei, enfermeira especialista em saúde da família, Tapera, Brasil.
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Tapera.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipe de Saúde da Família
Qual foi a experiência desenvolvida?Implantação do acolhimento com classificação
de risco na Equipe de Saúde da Família Centro Bem Viver no ano de 2012.
Sobre o que foi? Introduzimos os conceitos do “acolhimento” para mudarmos a
maneira
de
atendimento
da
demanda
espontânea
em
nossa
unidade
de
saúde.Abolimos o critério de “fichas” e passamos a “ouvir” as pessoas que vinham a
nossa procura.
Como funciona(ou) a experiência?Diariamente eu e a colega enfermeira fazemos uma
escuta individualizada com as pessoas da demanda espontânea, anotamos a queixa
principal, tempo e outros aspectos relevantes. Após discutimos os casos para
decidirmos quais serão atendidos no dia, se podem ser agendados, se temos condições
de tratar/orientar sem consulta clínica ou encaminhamento para outros pontos da
rede. Sempre anotamos o número do prontuário família para eventuais consultas e
anotação do atendimento. Esta atividade é desenvolvida no momento da abertura da
unidade de saúde. Após, ao longo do horário de funcionamento da unidade o
acolhimento continua com as técnicas de enfermagem com avaliação da enfermeira e
se necessário encaminhamento para atendimento médico.
Desafios para o desenvolvimento?Inicialmente fizemos as orientações diariamente
com a comunidade por um ano, com reforço nas visitas domiciliares com as
ACS.Fomos consolidando o modelo ao longo deste tempo e a comunidade
compreendeu o funcionamento e após um ano fizemos a pesquisa que nos mostrou
uma satisfação considerável com esta maneira de acolher nossa população de
abrangência.
Quais as novidades desta experiência? Facilitação do acesso aos serviços, garantia da
escuta qualificada pela equipe com boa resolutividade, melhora do vínculo com a
comunidade, satisfação da clientela e da equipe pela melhor sistematização dos
trabalhos.
Outras observações: a implantação do acolhimento tornou-se possível pelo total
envolvimento da equipe, que compreendeu a necessidade da mudança do modelo
anterior e o perfil dos profissionais inseridos na Estratégia de Saúde da Família por
terem especialização na área.
Referências Bibliográficas: caderno de atenção básica número 28-acolhimento a
demanda espontânea 1 e 2
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
TEATRO EM FEIRAS DE SAÚDE PELO INTERIOR
NadiaPaludo84
Loridane Tramontina Gasparin85
Joseane Camera86
RejaneRodegheriColdebella87
Divane Lodi88
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipe da Estratégia da Saúde da Família
Planalto, NASF, Vigilância em Saúde, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Segurança e
Trânsito.
Qual foi a experiência desenvolvida?Elaboração e apresentação de uma peça de teatro
emFeira de Saúde em comunidades do interior do município como estímulo a rodas de
conversa com a população.A atividade foi desenvolvida pela psicóloga, agentes comunitárias
de saúde, técnica de enfermagem e médica da Estratégia de Saúde da Família. As feiras de
saúde acontecem anualmente, durante um dia inteiro. A experiência foi realizada nas
comunidades de São Caetano e São Francisco. Durante o dia a população do território
participou de atividades que compreenderam: coleta de exames laboratoriais, verificação da
pressão arterial, medida de peso, altura e circunferência abdominal, apresentações artísticas,
palestras e orientações sobre diversos temas de saúde, realizadas pela equipe da ESF, o
NASF, Vigilância em Saúde, Secretaria do Meio Ambiente, entre outros. Durante esse dia,
toda a equipe da ESF participou das atividades.
Sobre o que foi?A atividade do teatro abordou os temas como relacionamento familiar,
conjugalidade, parentalidade, trabalho, importância das amizades e apoio social.
Como funciona(ou) a experiência? Quinzenalmente a psicóloga realiza encontros de
capacitações com as Agentes Comunitárias de Saúde e, nesses encontros, conhecendo a
84
Psicóloga, Marau, Brasil. Agente Comunitária de Saúde, Marau, Brasil. 86
Agente Comunitária de Saúde, Marau, Brasil. 87
Técnica em Enfermagem, Marau, Brasil. 88
Médica, Marau, Brasil. 85
criatividade e talentos de algumas delas, lançou a proposta de elaboração de um teatro.
Houve fácil e rápida aceitação por parte das Agentes Comunitárias de Saúde. O roteiro e os
textos foram criados em conjunto com as mesmas, partindo de experiências observadas junto
às famílias do território. A médica e a técnica de enfermagem da equipe aderiram num
segundo momento à proposta.
Desafios para o desenvolvimento?A ideia de utilizar teatro para discutir com o público
alguns temas partiu do desejo da psicóloga por fazer algo mais dinâmico que uma tradicional
palestra. Entretanto a peça elaborada exigia personagens que excediam o número de
voluntários na equipe, o que desafiou outros colegas a se inserirem na atividade.
Quais as novidades desta experiência? A experiência foi gratificante para a equipe ao
perceber o quanto a atividade despertou a atenção do público, que se divertiu enquanto
assistia, bem como do quanto estimulou a participação do público no momento posterior de
debate. Após essa experiência, vários outros trabalhos semelhantes foram desenvolvidos,
com a participação cada vez maior de membros da equipe.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
REDUÇÃO DE DANOS NA ESF CONTADA A PARTIR DE UMA
PARÓDIA
Jane Pinheiro dos Santos89
Loridane Tramontina Gasparin90
Joseane Aparecida Camera
João Antero Trindade Pacheco91
Deisi Antunes 92
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: ESFs Planalto e Central III
Qual foi a experiência desenvolvida? Paródia criada pelas Agentes Comunitárias de Saúde
na unidade, como tarefa solicitada no Curso “Caminhos do Cuidado”, do qual eram
participantes. A tarefa pedia uma experiência em redução de danos vivenciada pela unidade.
A partir desta tarefa os ACS se reuniram para produzir uma paródia da música “Tordilho
Negro”. Esta paródia foi criada contando a história do Grupo de Homens que funciona na
unidade de saúde todas as sextas-feiras, com a participação dos ACS e também com o apoio
da psicóloga, desta forma reduzindo danos. Neste grupo os participantes deixam de estar em
bares e trocam o álcool pelo chá. O grupo é aberto para homens passarem à tarde na unidade.
Cabe ressaltar que estes usuários se sentem em casa na unidade. São realizadas diversas
atividades, entre as quais, jogos de baralho e trilha. Orientações são realizadas de forma
lúdica. Cada membro do grupo realiza as atividades que gosta, aqueles que não querem
participar dos jogos servem o chimarrão. Em determinado momento da tarde é servido pelos
ACS chá e lanche para os usuários. Este lanche é financiado na maioria das vezes pelos ACSs,
89
Agente Comunitária de Saúde, Marau - RS, Brasil.
2
Agente Comunitária de Saúde, Marau - RS, Brasil.
3
Agente Comunitária de Saúde, Marau - RS, Brasil.
4
Agente Comunitário de Saúde, Marau - RS, Brasil.
5
Enfermeira, Residente Saúde da Família e Comunidade/GHC, Marau - RS, Brasil.
e por alguns participantes.
Além disso, são realizados acolhimentos de acordo com a
demanda dos usuários. A letra da paródia foi baseada num caso real em que o vínculo
construído junto à equipe de saúde foi fundamental na recuperação de dependência química
do mesmo.
Sobre o que foi? Os temas principais da paródia são acolhimento e vínculo, mas também
foram abordados assuntos como: saúde mental, álcool e outras drogas, enfrentamento de
situações geradoras de sofrimento, redução de danos.
Como funcionou a experiência? A iniciativa partiu de uma ACS do ESF Planalto e teve o
envolvimento dos demais colegas da equipe. Esta paródia foi produzida em uma tarde a
partir de um rascunho da paródia trazido pela ACS e apresentado no Curso “Caminhos do
Cuidado” no dia seguinte. A experiência foi uma grata surpresa, devido à satisfação
manifestada no momento da apresentação. Neste dia havia várias pessoas de outros
municípios presentes que demostraram interesse pelo trabalho.
Desafios para o desenvolvimento?Utilizar a música para prender a atenção do público de
uma forma bem humorada, porém, tratando com seriedade os temas abordados. O maior
desafio foi cantar em público com pouco tempo para ensaiar e sem instrumentos musicais.
Quais as novidades desta experiência?A reação do público participante serviu como
motivação para desenvolvimento de outros trabalhos. Também se percebeu o potencial que
existe na equipe somente com o uso de tecnologias leves.
Eixo temático: ATENÇÃO BÁSICA
“CHAPEUZINHO VERMELHO NA CIDADE”: PREVENÇÃO À
VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO A PARTIR DE UM TEATRO COM
FANTOCHES
Vera Lúcia Boff93
Antônio Augusto Iponema Costa 94
NadiaPaludo95
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Marau.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: ESF Jardim do Sol, Vigilância em Saúde,
Secretaria Municipal de Educação e Escola Municipal de Educação Infantil Tio Luiz
Qual foi a experiência desenvolvida? Teatro com fantoches elaborado e apresentado na
Escola Municipal de Educação Infantil Tio Luiz, localizada em território de abrangência da
Estratégia de Saúde da Família Jardim do Sol, seguido de uma roda de conversa com as
crianças com o objetivo de prevenir a violência no trânsito.
Sobre o que foi? Prevenção à violência no trânsito (segurança para pedestres, transporte
seguro em veículos e malefícios do álcool e direção).
Como funciona(ou) a experiência? A iniciativa surgiu de uma proposta do Setor de
Vigilância em Saúde para que a equipe da ESF realizasse alguma atividade de prevenção à
violência no trânsito numa semana de intensas ações relacionadas ao tema no município. A
equipe optou por trabalhar com crianças utilizando de um teatro com fantoches, do qual
participou a psicóloga, a técnica em enfermagem, o cirurgião-dentista e uma Agente
Comunitária de Saúde. Os fantoches foram emprestados à equipe pela Secretaria Municipal
de Educação, que disponibilizava naquele momento somente dos personagens da estória de
Chapeuzinho Vermelho. Partindo desses personagens, os profissionais criaram a peça
“Chapeuzinho Vermelho na Cidade”, de forma a abordar o tema proposto.
93
Agente Comunitária de Saúde, Marau -­‐ RS, Brasil. Cirurgião-­‐dentista, Marau -­‐ RS, Brasil. 95
Psicóloga, Marau -­‐ RS, Brasil. 94
Desafios para o desenvolvimento? Utilizar a criatividade para construir de forma lúdica
algo que prendesse a atenção das crianças e transmitisse as orientações de segurança no
trânsito, adaptando-as à clássica estória infantil. Necessidade de aprender a manipular
fantoches, experiência inédita para os profissionais envolvidos. Fizeram-se necessários
horários extras ao trabalho para dar conta da realização da atividade.
Quais as novidades desta experiência? Experiência inédita e motivadora para a equipe ao
perceber o aproveitamento da atividade pelas crianças, que se envolveram ativamente,
interagindo com os profissionais durante a apresentação do teatro e durante a roda de
conversa sobre o tema proposto. Incentivo do grupo de professores e direção para que se
trabalhos semelhantes sejam desenvolvidos e ampliados para outras escolas de educação
infantil.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
EXPERIÊNCIAS DO PIM DE RONDA ALTA
Elaine Mazutti
Claudia Almeida
Elisete celler
Michele Menes
Graziele Dala Riva
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Ronda Alta.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Rádio Comunitária Navegantes de Ronda Alta, Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação ,
Secretaria de Assistência Social, representadas pelo Grupo Técnico Municipal,-GTMs, onde a
representante da saúde é a nutricionista Carla Agostini, da Educação Elenice Machado da
Silva e da Assistência Social a Assistente Social Joseana Alves dos Santos.
Qual foi a experiência desenvolvida?
Estímulos
de cuidados com os dentes junto as famílias e crianças PIM e pela rádio
Comunitária Navegantes informações sobre tudo o que envolva o universo infantil e as
famílias.
Sobre o que foi?
*Saúde Bucal no PIM
*Momento criança -PIM nas ondas do Rádio
Como funciona(ou) a experiência?
* O PIM de Ronda Alta além de trabalhar com os guia das famílias e guia das gestantes e
todo o material disponibilizado pelo PIM estadual, também trabalha com projetos , então
semanalmente a equipe de profissionais do PIM se encontra para planejar as modalidades de
atenção as famílias e crianças,
um destes projetos é saúde bucal , onde as visitadoras
organizaram historinhas e fantoches falando sobre o que a falta de higiene bucal pode
provocar nos dentes, qual a maneira correta de escovação, a importância de um adulto
auxiliar a criança neste processo de escovação e neste contexto a figura da mãe é muito
importante. Ao final do projeto foi disponibilizado as crianças kits de higiene bucal contendo
escova de dente, creme e fio dental.
*Pela rádio comunitária Navegantes semanalmente vai ao ar o programa Momento Criança
“O PIM contribuindo para o desenvolvimento do seu filho”. Onde é levado informações
sobre o universo infantil e a importância do vínculo
familiar para o desenvolvimento
saudável da criança, enfim informações que possam promover o Primeira Infância Melhor
em nosso município, visando sempre o bem estar da criança e suas famílias.
Desafios para o desenvolvimento?
Estimular as famílias a criar o hábito de higiene bucal nas crianças desde recém nascidos e
estar auxiliando os mesmos quando maiores.
Quais as novidades desta experiência?
*Distribuição do kit dental ao final do projeto.
*No programa do PIM rádio comunitária Navegantes semanalmente toda as sexta-feiras á
partir de 11hs e 10min o que nos deixou muito feliz foi a aceitação e a participação da
comunidade rondaltense, não só as famílias PIM mas todos gostam e acham muito valida as
informações passadas, todas elas são de cunho cientifico são pesquisadas em sites e com
profissionais da área da saúde.
Outras observações
O PIM na rádio e apresentado pela monitora do Primeira infância melhor de Ronda Alta
Eixo temático: Gestão
ACONCHEGO DA ALEGRIA:
VIVÊNCIA GRUPAL EM SAUDE MENTAL
Cristina Lunkes Lang 96
Eveline Carpes 97
Elise Crestina Stefanello 98
Ione Fatima Remonti Signor 99
Fernanda Duarte100
Local da experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Jaboticaba
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Secretaria Municipal de Saúde / NAAB/
Oficina Terapêutica.
Qual foi a experiência desenvolvida?
Este relato de experiência apresenta resultados decorrentes do projeto: “Aconchego da
Alegria” envolvendo Secretaria Municipal de Saúde/Núcleo de Apoio a Atenção Básica e
Oficinas Terapêuticas. Na qual, desenvolveu-se uma parceria importante entre os
profissionais da equipe resultando em acompanhamento diferenciado e aconchegante para
os integrantes de um grupo em Saúde Mental e conseqüentemente uma melhora significativa
no desenvolvimento dos participantes, sendo uma experiência exitosa no município.
Sobre o que foi?
A Atenção Básica fundamenta-se nos princípios do SUS¹ expressos na Constituição Federal
de 1988: “saúde como direito; integralidade da assistência; universalidade; eqüidade;
resolutividade; intersetorialidade; humanização do atendimento e participação social”.
Consiste em um nível de atenção que requer atuação marcante quanto à responsabilidade,
além da capacidade de resolutividade às questões apresentadas. É então, ponto estratégico
para a transformação e adoção de outras práticas no campo da saúde, sendo sua organização
96 97 98 99 100 Psicóloga, Jaboticaba, Brasil. Assistente Social, Jaboticaba, Brasil. Acompanhante Terapeutica, Jaboticaba, Brasil. Oficineira, Jaboticaba, Brasil. Enfermeira da ESF, Jaboticaba, Brasil. primordial para se avançar na direção de um sistema de saúde que objetiva a qualidade de
vida das pessoas.
Desta forma, é preciso desenvolver práticas que acolham, vinculem e que, na medida do
possível, possam resolver os problemas em seu âmbito de ação, propiciando a criação de
novos formatos de produção das ações de saúde, resultando um espaço animador e
catalisador dos sistemas integrados de serviços de saúde, assim, o NAAB procura fazer por
meio de visitas domiciliares, atendimentos individuais, bem como, inserção em grupos de
oficinas que são desenvolvidos na sede do mesmo. Dentre as ações grupais, o grupo
Aconchego da Alegria se destacou pela sua durabilidade e melhora significativa na Saúde
Mental das pessoas que integram o grupo.
Como funciona(ou) a experiência?
O grupo, hoje denominado “Aconchego da Alegria”, tem uma trajetória longa, iniciou-se por
volta do ano de 2004, nas dependências do Posto de Saúde sobre a coordenação da Psicóloga
e da Enfermeira da ESF, na época, o grupo desenvolvia atividades educativas e recebia
acompanhamento de profissionais da saúde quinzenalmente. Atualmente, as ações na área
de saúde mental foram ampliadas devido ao crescimento da demanda, surgindo outros
grupos e criando programas que pudessem atender as necessidades da comunidade.
Nessa perspectiva o município aderiu ao programa do Núcleo de Apoio a Atenção Básica
(NAAB) que tem ampliado o cuidado em Saúde Mental e implantado novas ações,
juntamente com as Oficinas Terapêuticas – modalidade educativa. De acordo, com a cartilha
da Política Nacional de Humanização, esses espaços de ampliação do cuidado proporcionam
um espaço de inclusão social abrangendo pessoas em sofrimentos psíquico, ou seja, espaço
de diversidade que tem potencial terapêutico.
Tem conhecimento de que a promoção da saúde na perspectiva da educação popular
contribui para que o sujeito se sinta protagonista de sua vida e condição social, estas
desenvolvem dispositivos que auxiliam na (re) inserção na sociedade².
Desta forma, no grupo Aconchego da Alegria são desenvolvidas atividades como oficinas de artesanato, desenvolvimento da capacidade de ajudar a si próprio; exercícios de relaxamento e alongamento, dentre outras ações em conjunto com os profissionais da saúde, sendo orientado semanalmente pela coordenação da Psicóloga e da Assistente Social do NAAB em conjunto com as Oficineiras Terapêuticas. A equipe elabora um plano de ação e desenvolve. Atualmente a comunidade do município vem tendo enorme interesse no grupo e nas oficinas, o que tem contribuído para que a equipe pense na possibilidade de criar mais um grupo que atenda a demanda principalmente de casos com Depressão e uso freqüente de medicamentos (requisitos para ser integrante do grupo). De acordo com a Política de Humanização da atenção e Gestão do SUS³ “Ao direcionar estratégias e métodos de articulação de ações, saberes e sujeitos, pode-­‐se efetivamente potencializar a garantia de atenção integral, resolutiva e humanizada.”
Desafios para o desenvolvimento?
Fica ainda, como desafio para o Município de Jaboticaba a integração entre os serviços da
equipe de referencia e da equipe de apoio: o papel da Equipe de Saúde da Família no
cuidado, com apoio das profissionais de psicologia e serviço social na discussão de caso e
formulação de PTS, visto que a construção de Projeto Terapêutico Singular é fundamental na
medida em que o sujeito participa de sua organização e a sua subjetividade é o centro de
todo o processo.
Quais as novidades desta experiência?
A experiência destaca-se pela sua importância uma vez que atua de forma decisiva na
ampliação de ofertas de serviços e cuidado em saúde mental na Atenção Básica, contando
com diferentes atores dos serviços de saúde e da rede intersetorial, por meio de práticas
educativas, reflexivas, de cultura, lazer e promoção em saúde.
Os serviços realizados sob a lógica humanizada podem ser denominados espaços de
produção de sujeitos sociais4, de produção de subjetividades, de espaços de convivência, de
sociabilidade, de solidariedade e de inclusão partindo da premissa que o trabalho deve ser
elaborado de acordo com o sujeito.
Ainda, os serviços de Saúde Mental cumprem seu papel na medida em que mantêm suas
portas abertas, acolhem os usuários em suas necessidades, quantas vezes forem necessárias,
até que se consiga produzir também mais autonomia e cidadania de direitos.
Referencias Bibliográficas:
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080.htm. Acesso em 20/08/2014.
MATEUS,
Mauro
Dinis.
Políticas
de
Saúde
http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/outraspublicacoes/politicas_de_saude_mental_site.pdf. Acesso em 21/08/2014.
Mental.
BRASIL. Ministério da Saúde. Redes de produção de saúde / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do
SUS. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 44 p. : il. color. – (Série B. Textos Básicos de
Saúde).
KINOSHITA
RT.
Em
busca
da
cidadania.
In:
Campos
organizadores.Contra a maré à beira mar. São Paulo: Hucitec; 1997
FCB,
Henriques
CMP,
eixo temático: atenção básica
GESTAÇÃO, HUMANIZAÇÃO E ALEITAMENTO MATERNO
Autor: Francieli F. Ferreira
Co-autor: Equipe de saúde indígena aldeia bananeiras
Local: Brasil, Rio Grande do Sul, Gramado dos Loureiros – área indígena
Equipe de saúde, lideranças indígenas.
Experiência envolvida: maior vínculo mãe filho após percebermos a dificuldade que a mãe
tinha em amamentar seu filho, que estava baixo peso com 1 mês de vida.
Funcionamento: nasceu RN masculino em abril deste ano, a mãe participou pouco das
consultas de pré natal e do grupo de gestantes na unidade de saúde que acontece 1x por mês.
Com 1 mês a criança apresentou baixo peso para idade, a equipe passou a fazer
acompanhamento diário através de visita domiciliar duas vezes ao dia e uma pesagem diária
quando trazíamos mãe e criança na unidade de saúde. Nessa visita na unidade era vista por
todos da equipe, orientação e higiene oral pela dentista, banho e cuidados pela equipe de
enfermagem, orientação de cuidado para mãe e para o bebê e a busca do entrosamento do
pai na questão do aleitamento materno exclusivo e cuidados com a criança, pois o pai vinha
junto na unidade e passávamos algumas orientações à ele. Tivemos nessa etapa, pouco
resultado, pois iniciamos o cuidado da criança com 3 Kg e em uma semana e meia de
atendimento ele estava com 3,250 Kg. Em reunião de equipe montamos nova estratégia: a
mãe começou ficar o dia todo na unidade de saúde, o marido trazendo a refeição do almoço
e o resto do dia a equipe forneceu alimentos, lanches, chás, frutas e também cuidados com a
criança, como banho, troca de fraldas e conversas com a mãe para melhor interagir com a
criança. Nos finais de semana os técnicos de enfermagem e agentes de saúde se revezavam
no cuidado domiciliar da criança.
Desafios: mãe tinha muito pouca iniciativa de cuidado, pouca iniciativa de amamentação e
interação com a criança.
Novidades: mãe aos poucos foi se mostrando mais afetuosa com o filho, maior desejo de
amamentar, melhor relação do pai com a criança e maior interação no cuidado, mãe
despertou um desejo de cuidado antes não visto e aproximação e maior vínculo equipefamília.
Foi um trabalho que durou mais de 1 mês de dedicação diária tanto equipe, quanto da
família a principal cuidadora nesse momento. Quando a criança tingiu 4Kg, em
acompanhamento com pediatra da equipe, a mãe trazia a criança na unidade dia sim dia não,
e o plano de cuidado foi até a criança atingir 5Kg com 2 e meio de vida, quando recebeu alta
da unidade. Hoje acompanhamos a criança mensalmente na pesagem do SISVAN e em
visitas domiciliares. Na última pesagem a criança apresentou 6,5 Kg.
Com esse cuidado mostramos que é de suma importância a interação e vínculo da equipe
com a comunidade à qual trabalhamos, que o trabalho de humanização e cuidado e
importante para obtermos resultados positivos em nosso trabalho. E que a promoção do
aleitamento materno ainda é o melhor caminho para a promover e manter a saúde da criança
e também a promoção do vínculo mãe e filho.
Eixo temático: Gestão
JUDICIALIZAÇÃO DO ACESSO A MEDICAMENTOS: DIREITO
INDIVIDUAL E JUSTIÇA SOCIAL
Patrícia Garmus de Souza Moretti 101
Roberto da Luz Júnior A102
Sobre o que foi? A pesquisa buscou discutir e refletir sobre o fenômeno da Judicialização da
Saúde problematizando aspectos referentes às políticas públicas de Assistência Farmacêutica
(AF) bem como seu financiamento e a crescente demanda judicial para acesso a
medicamentos por parte dos usuários do Sistema de Saúde no Rio Grande do Sul.
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Santa Maria.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Gestão da Assistência Farmacêutica
Qual foi a experiência desenvolvida? Trata-se de uma pesquisa realizada a partir de
consulta e análise nas bases de dados eletrônicas LILACS, SciELO, PubMed nos bancos de
teses da CAPES, sendo algumas localizadas no Portal Domínio Público através da consulta
pelos descritores de saúde: “Judicialização da Saúde” (Health Litigation), “Direito à Saúde”
(Right to Health) e SUS (Brazilian Health System).
Como funciona(ou) a experiência? A partir da pesquisa foi observado: Em se tratando do
Rio Grande do Sul, em 2011 o estado despontou como campeão nacional das ações judiciais
no campo da saúde com 113 mil processos em tramitação, mais da metade dos processos
envolvendo medicamentos ou tratamento médico. Apenas no campo de medicamentos, dos
R$ 316 milhões gastos este ano (2014) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), R$ 192
milhões (64%) foram via judicial. Estados como o Paraná, com população numérica
semelhante, somou apenas 2.609 ações. São Paulo, com seus 41 milhões de habitantes, teve
44,6 mil ações — menos da metade do Rio Grande do Sul. O governo do RS recebe por mês
cerca de 5,6 mil pedidos de tratamentos, medicamentos ou cirurgias via administrativa e
cerca de 2 mil através de processos judiciais sendo que os gastos com a judicialização de
medicamentos, na SES do RS, são crescentes: R$ 141 milhões em 2011, R$ 127 milhões em
101 Fisioterapeuta, Especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde, Mestranda PPGDCH-­‐UFSM, Brasil. 102 Professor Adjunto do PPG-­‐Administração Pública-­‐UFSM, Santa Maria, Brasil. 2012 e R$ 192 milhões até outubro de 2013. Um salto de 36% em dois anos. Em recente debate
no Rio de Janeiro, promovido pela Escola de Magistratura, houve a sugestão de que o
crescimento do número e do valor das ações judiciais vem diminuindo ou, no mínimo
parando de crescer. Entretanto, tomando como índice apenas o Ministério da Saúde e
levando em conta o valor dos dispêndios com ações judiciais apenas para a compra de
medicamentos, verifica-se que há aumento nos valores absolutos de dispêndios porém há
diminuição gradativa em percentual. O que vem ocorrendo é a dimuniução em porcentagem
do crescimento desses dispêndios. Observa-se que entre 2005 e 2006 houve um crescimento
de 211%, de 2006 para 2007 o crescimento foi de 128%, de 2007 a 2008 o crescimento foi de
200%, de 2008 a 2009, 211%. Observa-se que no decorrer de três anos (2009 à 2012) houve um
crescimento menor de dispêndios (somente 77%) e entre 2012 e meados de 2013, houve um
crescimento de apenas 12%. Este aumento no gasto, parcialmente pode ser decorrente do
aumento no valor dos medicamentos, dando margem a interpretação de estabilização ou
diminuição quanto ao crescimento dos dispêndios com medicamentos.
Desafios para o desenvolvimento? Constata-se que a fonte de dados disponíveis no site
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul ficou restrita às ementas das decisões
disponíveis na internet, e, tendo em vista que não é possivel refinar automaticamente os
dados da consulta com o para identificar a quantidade de processos judiciais contra agente
público para aquisição de medicamentos e, desta forma, conhecer o perfil desses mandados
judiciais, os dados ficaram restritos aos estudos metodológicos já citados. Vale ressaltar que
durante a pesquisa, foi solicitado tais dados junto ao TJ RS. Foi contestado que os dados
necessários para a pesquisa existiam mas que não estavam tabulados e que para conseguilos, deveria ser solicitado via Ministério Público (MP). No próprio site do Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul, foi realizada a solicitação pelos dados, porém,decorreram
mais de quarenta dias e não houve resposta do MP.
Quais as novidades desta experiência? Apesar de algumas limitações do estudo, é possível
apontar medidas a serem adotadas pelos gestores municipais e de serviços de saúde, bem
como pelos profissionais do sistema de justiça para a melhoria do acesso aos serviços tais
como: fornecimento de medicamentos que possuam melhores evidências disponíveis sobre
eficácia e segurança, quanto a sua indicação terapêutica; ao recorrer de ordem judicial
liminar fazê-lo com embasamento técnico adequado, ressaltando a segurança do usuário; a
construção de indicadores de monitoramento, mais padronizados, das ações judiciais de
medicamentos, desta forma, será possível acompanhar e comparar a situação dos mandados
judiciais em vários locais do país; a sistematização das informações sobre a demanda judicial
facilitando a discussão nos âmbitos dos serviços de saúde; o aprimoramento de bancos de
dados das Secretarias Estaduais de Saúde; o fomento de espaços institucionais formais de
diálogo que melhore a elaboração de políticas públicas eficazes; intensificação de
interlocução do gestor com as instâncias do sistema de justiça (Judiciário, Procuradorias
Estaduais e Municipais, Ministério Público, Defensoria Pública) exigindo, no momento do
ajuizamento da ação judicial, documento médico com indicação de diagnóstico, nome
genérico na prescrição, condição patológica do usuário-reivindicante e o tipo de tratamento
que visa atender. Também é recomendável que a decisão judicial proferida seja reproduzida
na íntegra nas bases de dados informatizadas dos Tribunais de Justiça, fazendo constar, em
especial, os medicamentos concedidos, tendo em vista que os estudos apontam que poucas
decisões liminares consignam os medicamentos solicitados e os deferidos. A partir desses
fatores considerados, é importante compreender e desenvolver instrumentos operacionais
que criem mecanismos de constante atualização de informações sobre a demanda judicial,
que possam ser compartilhadas entre os diversos atores e setores envolvidos na garantia do
direito à assistência farmacêutica, que viabilize e facilite o acesso às informações e análises,
de forma a ampliar a possibilidade de ações éticas, jurídicas e técnicas desses agentes do
estado no planejamento, realização e monitoramento de suas ações. Por fim, garantir que
essas informações e análises sejam disponibilizadas em uma linguagem compreendida por
diversos agentes, com formações de diversos campos de conhecimento estimulando, desta
forma, ações inovadoras. A regulação do mercado pela ANS deve organizar o mercado na
perspectiva do interesse público, impedindo a mercantilização da saúde de tal modo que a
judicialização seja uma exceção. Concluindo, pode-se afirmar que, a partir do conhecimento
destes elementos principais, é possível formular estratégias e ações potencialmente mais
efetivas para a melhoria do acesso à saúde e, também, para a redução da demanda judicial.
Outras observações: Recomentada-se recorrer novamente ao MP para obter as informações
sobre a quantidade exata de processos impenetrados no Tribunal de Justiça do RS, dados que
já existem no banco de dados do TJ-RS. Desta forma, será possível delinear o condutor da
ação, o tempo e a duração do processo, o diagnóstico médico principal, produtos solicitados,
prescrição pelo nome genérico, registro na ANVISA, se os medicamentos solicitados estão
padronizados pelo SUS além de demonstrar qual é a maior prevalência de tratamento de
doenças.
Eixo: ATENÇÃO
BÁSICA
SAÚDE EM CENA
Joseane Alves dos santos
Elaine Mazutti
Ieda Nascimento
JoiceMacoski
Dr . José Alberto
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Ronda Alta.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Rádio Comunitária Navegantes de Ronda Alta, Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação,
Secretaria de Assistência Social.
Servidores Municipais
Qual foi a experiência desenvolvida?
Teatro nas comunidades do município de Ronda Alta
Sobre o que foi?
Temas relacionados a saúde preventiva dos usuários do SUS.
Como funciona(ou) a experiência?
Os funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Ronda Alta organizaram um grupo de
teatro com o objetivo de levar informações de forma lúdica aos usuários dos serviços de
saúde desta secretaria. As apresentações deste grupo são realizadas nos encontros de
comunidades: Grupos de Hipertensos, Terceira Idade, Gestantes, Diabéticos, Comemorações
do PIM, abordando temas relacionados ao dia-a-dia destes usuários e também da rotina dos
profissionais de saúde em forma de teatro. Um dos integrantes desse grupo é o médico José
Alberto, profissional integrante do programa Mais Médicos e que atua em nossa cidade, além
de enfermeiras, psicólogas, assistentes sociais, monitora e visitadoras do PIM, agente
comunitária de saúde.
Desafios para o desenvolvimento?
Tempo para os servidores ensaiar as peças para serem apresentadas, ninguém ser ator ou
atriz.
Quais as novidades desta experiência?
A força de vontade que cada servidor tem em fazer o melhor trabalho, sendo que não tem
remuneração para ser artista, e o apoio de todas as comunidades
Eixo temático: Aenção Básica
GRUPO SAÚDE EM MOVIMENTO
Fátima Pretto Cazato 103
Carla Gasparetto Saggin 104
Marciano Formentini dos Santos 105
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Braga
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Profissionais da Atenção Básica do município
(enfermeira, psicóloga e fisioterapeuta).
Qual foi a experiência desenvolvida? Grupo Saúde em Movimento
Sobre o que foi? O Projeto Saúde em Movimento vem sido desenvolvido em Braga desde
2008. Ele surgiu a partir da observação de alguns indicadores relacionados ao sobrepeso e a
obesidade entre os hipertensos e diabéticos do município. A partir de então, iniciou-se um
trabalho que envolvia os profissionais nutricionista, enfermeira e psicóloga, com o intuito de
melhorar esses índices. Inicialmente, 32 pessoas recebiam orientações destes profissionais,
além de em educador físico, mas, à medida que o trabalho ia se consolidando, novas pessoas
iam aderindo às idéias, independentemente da idade ou de alguma patologia associada à
hipertensão e/ou diabetes.
103 104 105 Enfermeira, coordenadora do Grupo Saúde em Movimento, Braga, Brasil. Psicóloga, coordenadora do Grupo Saúde em Movimento, Braga, Brasil. Fisioterapeuta, coordenador do Grupo Saúde em Movimento, Braga, Brasil. Como funciona(ou) a experiência? Hoje o Grupo Saúde em Movimento é composto por mais
de 120 pessoas que se reúnem três vezes na semana, sob a orientação de um fisioterapeuta,
para realizar atividade física. São verificadas a pressão arterial e a freqüência cardíaca antes
dos exercícios e são proporcionados exames laboratoriais gratuitos, para que se observe a
condição clínica de cada participante. Eles também passam por avaliação antropométrica e
recebem os encaminhamentos necessários no controle de suas patologias, prioritariamente.
Para além do eixo atividade física, reeducação alimentar e auto-cuidado, o Grupo Saúde em
Movimento também se envolve em ações de caráter social no município, participando
ativamente de campanhas e projetos de âmbito local, como a revitalização do caminhódromo
onde são realizadas as caminhadas, o plantio de mudas de árvores nativas junto à estação de
tratamento do esgoto sanitário, campanhas de prevenção ao câncer de mama, Natal na praça,
entre outros. O Grupo é um projeto ligado à Secretaria Municipal de Saúde de Braga/RS.
Três profissionais estão diretamente envolvidos nas atividades propostas: enfermeira,
psicóloga e fisioterapeuta. O grupo dispõe de espaço próprio para a realização das
atividades, que acontecem três vezes na semana. Esse espaço compreende sala espelhada
com piso apropriado, cozinha com espaço para a implantação de oficinas ligadas à
alimentação saudável, além de banheiro e outras dependências. Há a disponibilidade de
materiais para ginástica. O espaço físico também compreende uma Academia ao Ar Livre em
anexo, com equipamentos de ginástica, que ficam à disposição de toda a comunidade. Nas
proximidades, ainda há o Caminhódromo Municipal Saúde em Movimento, cuja
revitalização contou com a participação ativa dos integrantes. Cada pessoa ligada ao grupo
plantou uma árvore (da espécie Cerejeira Japonesa) e tem uma placa de identificação com seu
nome.
Desafios para o desenvolvimento?O Projeto Saúde em Movimento tem a pretensão de
promover qualidade de vida a seus participantes, através da atividade física regular, da
aplicação de conhecimentos ligados à alimentação saudável e também do auto-cuidado. O
projeto se propõe ainda a despertar a consciência corporal, a construção de uma identidade
enquanto grupo, a interação social, a integração com a comunidade local e a participação
ativa e consciente nas ações de cidadania. O Grupo Saúde em Movimento, por já ser
considerado uma entidade no município, possui representatividade no Conselho Municipal
de Saúde.
Quais as novidades desta experiência?A experiência do Projeto Saúde em Movimento em
nosso município mostrou que é possível realizar ações de prevenção em saúde na Atenção
Básica. De forma sistemática foi possível observar que, a partir da atividade física, alguns
indicadores de saúde dos participantes apresentaram melhoras significativas: diminuição de
índices pressóricos, diminuição de índices glicêmicos, redução do número de consultas junto
à UBS pelos integrantes do grupo, maior socialização e entusiasmo ao participar de
atividades recreativas, redução de episódios depressivos, diminuição dos índices de
sobrepeso e obesidade, sentimento de pertencimento a um grupo, participação efetiva nos
eventos da comunidade.
Outras observações: Esta experiência já foi reconhecida regionalmente e também já
participou de duas mostras nacionais. A primeira delas foi no ano de 2008, ano de
surgimento do grupo, na II Mostra de Alimentação e Nutrição do SUS, em Brasília, onde o
projeto foi premiado como uma das dez experiências mais relevantes no país. Em 2014,
também em Brasília, na IV Mostra Nacional de Experiências na Atenção Básica/Saúde da
Família, o projeto recebeu seu reconehcimento ao ser selecionado pelo Laboratório de
Inovação no Manejo da Obesidade – ligado ao Ministério da Saúde – como uma das cinco
experiências exitosas no controle da obesidade. Também em 2014, este mesmo trabalho foi
selecionado pelo COSEMS/RS – Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RS para
participar da Mostra Brasil Aqui tem SUS, no ES, um evento organizado pelo CONASEMS –
Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde.
EIXO TEMÁTICO: Ciclos Vitais
TÍTULO: ENVELHECER COM QUALIDADE É PRECISO
Andréia Viviane Oliveira
Rosane Schafer
Lilia Nunes
Claudia Stevens
Lurdes Glincke.
Desejou-se promover a melhoria da qualidade de vida do Idoso, por meio de uma estrutura
Básica de Atenção a Saúde, voltada para o fortalecimento das competências individuais. Os
idosos esperam superar suas incapacidades, principalmente pela angústia em relação a perda
de autonomia e também pela necessidade de ocuparem-se, porém acham difícil o
enfrentamento de suas limitações e tendem a ficar desmotivados e deprimidos. Colocam
possibilidade de resolverem seus problemas com a “ajuda de Deus”. Na perspectiva de
priorizar a vida e a qualidade de vida, desmistificar que o envelhecimento é um processo
inexorável, entendendo que a saúde envolve todas as condições que permitam uma vida
digna e um consequente envelhecimento saudável, e este só acontece quando o Ser Humano
é tratado com dignidade. A experiência aconteceu no município de Três Passos/RS
desenvolvido pela equipe de atenção básica e equipe de saúde bucal da Unidade Centro.
Dentre as ações desenvolvidas pode-se citar as ações em odontologia com destaque para a
confecção de próteses, capacitação aos cuidadores de idosos, elaboração de metas para
atendimento ao idoso, consulta de Enfermagem ao Idoso, terapias alternativas (dança,
leituras, jogos e outros) e atividade física com acompanhamento de Profissional de Educação
Física.
EIXO TEMÁTICO: Atenção Básica
INCLUSÃO DA SAÚDE BUCAL NO PSE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA DA ESFDE PADRE GONZALES, TRÊS PASSOS,
RS.
Janaine Sari
Trata-se da inclusão da saúde bucal nas escolas da área de abrangência do ESF. Essa inclusão
foi focada na integralidade do cuidado, fazendo com que acontecessem as atividades clínicas,
educativas e preventivas. A preocupação foi levar os conhecimentos de uma forma divertida
não formal, foram utilizados vários recursos didáticos, a maioria deles confeccionados com
material reciclado e pela própria equipe de profissionais, além disso, foi organizado um
calendário de ações educativas e preventivas com o intuito de educar para a saúde bucal.
Essas atividades eram em sua maioria lúdicas e exigia dos estudantes uma postura próativa, fazendo com que participassem de cada ação, com o objetivo de aperfeiçoar o
autocuidado. Fazem parte do ESF Padre Gonzales quatro escolas, três municipais e uma
estadual, sendo que uma das escolas municipais é de educação infantil. Dentre as atividades
propostas podemos citar teatro de fantoches feitos manualmente, tiro ao alvo nas bactérias
da cárie, pescaria dos dentes, porta-escovas com garrafas PET, amigos e inimigos dos dentes
feitos manualmente com feltro, máscara dos dentes, paródias musicais e teatro da
“Chapeuzinho vermelho e o bafo do lobo mau”. Os resultados obtidos através da inclusão da
odontologia na escola foi o avanço nas condições de saúde bucal dos escolares, tendo como
ponto positivo o percentual de cárie entre os alunos diminuído.
EIXO TEMÁTICO: Atenção Básica
O USO DA CROTALÁRIA NO CONTROLE BIOLÓGICO DO
AEDES AEGYPTI, EM TRÊS PASSOS, RS.
Maria Adelaide Hertz
Sirlei Vincenzi
Fabiane Amaral
Neiva Becker
Lauri Kanitz
Maria Helena Krumenauer
O município de Três Passos entre 2010 a 2013 registrou 1.011 focos positivos para o Aedes
aegypti e, diante da complexidade dos fatores que favorecem a proliferação do vetor da
dengue, o poder público municipal, além do controle e profilaxia pelos métodos tradicionais
(mecânico e químico) promoveu ações intersetoriais entre as secretarias municipais de saúde,
meio ambiente e educação, coordenadas por equipe técnica multidisciplinar. Com o objetivo
de reduzir os focos do Aedes aegypti nesta cidade, aliou-se às ações convencionais de controle
da dengue com o cultivo da crotalária em toda zona urbana do município. A comunidade
relatou às agentes de controle de endemias que haviam plantado crotalária em seus jardins,
motivadas por membros da OASE/IECLB, e observaram a diminuição do mosquito
transmissor da dengue. A secretaria de meio ambiente descobriu que a flor da crotalária atrai
a libélula (Odonata sp.), que é inimigo natural do Aedes aegypti e que a floração
predominantemente ocorre nos meses de verão, coincidindo com o período de maior
reprodução dos mosquitos e das libélulas. Sendo assim, adquiriu sementes de crotalária,
substrato e embalagens para a produção de mudas. De forma pedagógica e interdisciplinar,
as mudas foram produzidas no viveiro municipal por alunos das escolas municipais que
fazem parte das Comissões de qualidade de vida, com a coordenação de técnicos e agentes
de endemias. Concomitante a este trabalho, nas visitas domiciliares, as agentes de controle
de endemias doavam sementes de crotalária aos moradores para o plantio em suas
propriedades. No dia 20 de novembro de 2013, Dia de Combate a Dengue, realizou-se
grande evento nas duas praças principais da cidade e nas unidades de saúde, com
distribuição das mudas da planta. Programas de rádio e material informativo foram
produzidos para orientar e motivar a comunidade no engajamento desta importantíssima
campanha.
EIXO TEMÁTICO: Ciclos Vitais
NOVEMBRO AZUL, MAR AZUL.
Silvana Teresa Neitzke
Luiz Augusto Bastos da Costa
Luis Carlos Biguelini.
A Feira ocorreu entre os dias 13 de novembro a 17 de novembro de 2013 no município de
Tenente Portela. Participou-se durante toda a Feira com faixas e distribuição de folders sobre
o novembro azul. Também contou-se com stand ornamentado com a temática, com a
participação da Associação de Diabéticos. Oportunizando o espaço foi realizado a verificação
de sinais vitais e prestado orientações. No início dos Shows da Garagem Elétrica, todas as
bandas e os anunciantes demonstravam o seu apoio ao Novembro Azul com falas e luzes
azuis. O grande destaque foi a ornamentação do espaço dos Shows com 5.000 balões azuis
de gás hélios distribuídos aos que visitavam a feira e que foram liberados no inicio do show
formando um belíssimo espetáculo no ar.
EIXO TEMÁTICO: Ciclos Vitais
HOMEM QUE É HOMEM SE CUIDA!
Silvana Teresa Neitzke.
Durante um ciclo de aperfeiçoamento com Agentes Comunitários de Saúde do Município de
Tenente Portela no ano de 2012, foi realizada uma conversação coordenada pela Equipe do
ESF 04, sobre a Saúde do Homem, demostrando dados comparativos dos cuidados com a
saúde deste público, a importância do Homem na família e sociedade, câncer de próstata e
outras patologias. Fornecido a todos os ACS um folder intitulado “Homem que é Homem se
cuida!”, a ser distribuído e discutido com todas as famílias do Município, no intuito de
aproximar a informação ao Homem e sua Família. Com este título do folder, tentamos lançar
uma provocação ao público masculino quanto ao cuidado com a saúde, lembrando-os que
também devem manter hábitos saudáveis, realizar seus exames preventivos e contar com as
Equipes de Estratégia de Saúde da Família no esclarecimento de suas dúvidas.
EIXO TEMÁTICO: Ciclos Vitais
MATEADA DA MELHOR IDADE
Odete Rodrigues Braga
Rosicler Fumagalli
Gustavo Renan Rodrigues Brunet
Rosane Gross
Glecir Monticelli
Projeto elaborado e coordenado pelo Estratégia de Saúde da Família III do município de
Tenente Portela, abrangendo toda a equipe da saúde, um trabalho multidisciplinar
envolvendo NASF, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Educação, Hospital Santo
Antônio. Foi desenvolvido um envolvimento do idoso, tratando de maneira lúdica os
problemas tanto de saúde, social, de relacionamento, familiar, prevenção, AIDS na terceira
idade. Feito um encontro anual onde procuramos juntar não só os órgãos públicos como as
entidades sociais, Rotary, APAE, sindicatos, comércio local e comunidade geral. Além de
brincadeiras , também realizado palestras com especialistas convidados, atividades físicas,
controle do peso corporal, diminuição da ansiedade e depressão, cultivo do bom humor,
caminhada, orientação sobre segurança domiciliar, matiné dançante, distribuição de lanches
e refrigerantes, sorteio de brindes, escolha do mais idoso, a mais bela idosa.
EIXO TEMÁTICO: Gestão
PROJETO VER-SUS: UM DISPOSITIVO PARA
APROXIMAÇÃO DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA
REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Luis Henrique Paloski
Iara Durante
Marilia Borba Candaten.
Foi desenvolvida uma vivência de estágio na realidade dos serviços do Sistema Único de
Saúde (SUS). Esse trabalho aconteceu por meio do Projeto VER-SUS/Brasil, que busca
oferecer aos estudantes universitários vivências e estágios na realidade do Sistema Único de
Saúde (SUS), o que possibilita a aproximação de acadêmicos com o funcionamento desse
serviço. Foi com este intuito que os alunos do curso de Psicologia da URI - Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus de Frederico Westphalen,
juntamente com acadêmicos do curso de Enfermagem desta mesma universidade e da
Universidade Federal de Santa Maria/RS, realizaram esta vivência em Janeiro de 2013, nos
municípios de abrangência da 19º Coordenadoria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.
Durante quinze dias, os mesmos conheceram a realidade do trabalho na saúde pública nos
seguintes municípios: Frederico Westphalen, Caiçara, Iraí, Planalto, Palmitinho, Tenente
Portela, Três Passos e Tiradentes do Sul. O VER-SUS/BRASIL proporciona ao estudante uma
interação com gestores, trabalhadores da saúde, usuários e instituições de Ensino Superior.
Uma interação que propicia o debate e o conhecimento sobre aspectos de gestão do sistema,
as estratégias de atenção, o exercício do controle social e os processos de educação na saúde.
EIXO TEMÁTICO: Ciclos Vitais
CAMPANHA DE VACINAÇÃO - PORTA À PORTA
Paula Lamperth Vargas
Evani Ferri
Sérgio Raffaelli
Matias Ruppe
Ionara Silva
Jandira Parizotto
Maira dos Santos
Marlei Nunes
Clair Weber Gabriel.
Conforme cronograma no Programa Nacional de Imunizações anualmente acontecem
campanhas de vacinação, onde
nas campanhas anuais contra a Poliomielite, tentamos
facilitar o acesso às vacinas, indo nas residências das crianças. As atividades são
desenvolvidas pela enfermeira, técnica de enfermagem e agentes comunitários de saúde do
município de Vista Gaúcha.
EIXO TEMÁTICO: Atenção Básica
FAZENDO A DIFERENÇA NA VISITA DOMICILIAR
Clair Weber Gabriel
Evani Ferri
Sérgio Rafaelli
Matias Ruppel
Ionara Silva
Jandira Parizotto
Maira dos Santos
Marlei Nunes
Paula Lamperth Vargas.
O trabalho aconteceu no município de Vista Gaúcha onde além de uma Visita Domiciliar
prevista para assistência e vigilância a saúde no domicilio criou-se como rotina a utilização
de um tema norteador de capacitação onde a equipe multiprofissional projeta esta atividade
baseadas nas necessidades individual/familiar, visando as atividades preventivas e de
promoção de saúde ao usuário buscando um trabalho de equipe efetivo, continuado e de
qualidade.
Uma das visitas foi realizada a uma família onde a idosa esta acamada e necessitando de
atenção 24 hs, foi realizado uma capacitação de Cuidador de Idoso à filha que estava sem
saber como agir frente as dificuldades.
EIXO TEMÁTICO: Atenção Básica
TECENDO REDE DE CUIDADO AO ESTUDANTE COM
PEDICULOSE: ESF, ESCOLA E FAMÍLIA
Adrieli Pivetta
A experiência ocorreu no município de Caiçara, interior norte do Rio Grande do Sul, onde
envolveram-se na ação a Estratégia Saúde da Família I (ESF I), através da Enfermeira e dos
Agentes Comunitários de Saúde (ACS), escolas municipais e estaduais localizadas na área de
abrangência e familiares/responsáveis dos estudantes com pediculose. É de rotina no
município realizar inspeções no início de cada ano letivo em todas as escolas municipais e
estaduais. Contudo, os profissionais de saúde sentiram a necessidade de envolver mais a
escola e também contar com a corresponsabilização da família neste processo. Logo, em
parceira com as escolas, os alunos com piolho receberam um termo de compromisso, que
acordava com os pais que em um prazo de trinta dias seria realizada nova inspeção e os
alunos já haveriam realizado tratamento, e não se encontrariam mais com pediculose,
considerando que o remédio encontrava-se a disposição na Unidade Básica de Saúde (UBS) e
a Enfermeira a disposição para orientações.
Assim, após a realização da inspeção, foi entregue à direção das escolas e relação dos alunos
com pediculose e solicitado que lhes fossem entregue o termo de compromisso, para que
trouxessem assinado por um responsável da família. Neste termo, consta que o aluno está
com pediculose, que a UBS dispõe de medicamentos para o tratamento e profissionais para
orientações, e que no prazo de trinta dias os alunos seriam novamente inspecionados, sendo
também responsabilidade da família a melhora do estudante.
Esta ação fez com que a procura por medicamentos na UBS aumentasse, assim como as
orientações aos pais sobre o problema, e consequentemente, a diminuição considerável do
problema nas escolas.
EIXO TEMÁTICO: Atenção Básica
GRUPOS DE HIPERDIA – MANTENDO A TRADIÇÃO
Paula Lamperth Vargas
Evani Ferri
Sérgio Raffaelli
Matias Ruppel
Ionara Silva
Jandira Parizotto
Maira dos Santos
Marlei Nunes
Clair Weber Gabriel
Fatia Dufat
Esta experiência ocorreu no município de Vista Gaúcha junto a Equipe de Saúde da Família
que possui quatro grupos de HIPERDIA, com encontros semanais, cada semana com um
grupo diferente. Atuam no grupo uma equipe multiprofissional composta por Enfermeira,
Técnica de Enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde, Médica, Fisioterapeuta,
Nutricionista, Psicóloga. Nos momentos de educação e promoção em saúde no grupo
acontece concomitantemente uma roda de chimarrão, preservando assim a tradição do Rio
Grande do Sul.
Eixo: DIVERSIDADE E TRANSVERSALIDADE
COMBATE AO TABAGISMO NAVEGANTES
Andressa Baratto 106
Marcia Fernandez 107
Edgar Santin 108
Cristiane De Oliveira Carvalho 109
Daiane Fatima Pansera110
Cleci Carvalho Duarte 111
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: UMA – ESF NAVEGANTES
Qual foi a experiência desenvolvida? Grupo permanente de tabagistas, mensal. adjuvante
ao protocolo inca.
Sobre o que foi? Combate ao tabagismo
Como funciona(ou) a experiência? Mantemos grupos de tabagismo conforme protocolo inca
e associamos uma reunião de seguimento mensal a todos os fumantes que quiserem ter
maior contato com informações do assunto; pacientes que recaíram; pacientes interessados
no assunto, que pretendem parar. Orientação, relatos, exibição de vídeos.
Desafios para o desenvolvimento? Dificuldade de acesso continuado e em quantidades
adequadas de materiais e remédios para maior combate.
Quais as novidades desta experiência? Chamar a atenção para a importância do combate
do tabagismo. Caracterizá-lo como doença e não só como hábito. Doença grave e cronica com
grupo fixo, igual hipertenso, diabético…etc… aumentar resultados do tratamento, mobilizar
as
pessoas
para
combater,
motivar
106
Enfermeira, Getúlio Vargas, Brasil.
107
Psicóloga, Getúlio Vargas, Brasil.
108
Médico, Getúlio Vargas, Brasil.
109
Técnica de enfermagem, Getúlio Vargas, Brasil.
110
Técnica de enfermagem, Getúlio Vargas, Brasil.
111
Técnica de enfermagem, Getúlio Vargas, Brasil.
a
parar
de
fumar.
Etc.
Eixo: CICLOS VITAIS
RESPIRAR PELO NARIZ É MELHOR
Anelize Montemezzo112
Luci Mara Marcon Carassa113
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Quatro Irmãos.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Fonoaudióloga e Auxiliar de Saúde Bucal da
Secretaria Municipal de Saúde e Alunos das séries de segundo ao sexto ano da Escola Municipal
de Ensino Fundamental Alberto Rossetto (Escola Rural) - Secretaria Municipal de Educação.
Qual foi a experiência desenvolvida? Verificar por meio de Aplicação de triagem através do
Folder Auto-Exame da Respiração e do Panfleto Como Você Respira Orientação à População,
fornecido pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) a prevalência de alunos com
Síndrome do Respirador Oral no município.
Sobre o que foi?A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, juntamente com o Departamento de
Motricidade Orofacial, instituiu o dia 14 de agosto como o Dia de Atenção à Respiração Oral,
sendo 2014 o primeiro ano de comemoração do "DIA DE ATENÇÃO À RESPIRAÇÃO ORAL”. Por
ocasião do lançamento da Campanha “Como você respira”, pela SBFa e pelo trabalho anualmente
realizado junto às escolas do município, onde se realiza Teste do Gole da Água (Ferreira, 1998)
para verificação do modo respiratório.
Como funciona (ou) a experiência? Objetivamos as ações conforme a faixa etária dos alunos. Em
todas as séries efetuamos atividades explicativas sobre o porquê da realização desta atividade, o
que é a respiração, qual a maneira correta de respirar e as consequências da respiração oral. Nas
séries de segundo e terceiro ano, foi distribuída uma letra para cada aluno da frase da Campanha
”Dia de Atenção à Respiração Oral”, onde as crianças deveriam usar E.V. A., massa de modelar,
lápis, canetinha tesoura e cola para decorar cada letra. Nas turmas de quarto, quinto e sexto ano,
utilizaram-se os materiais informativos sugeridos pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia:
Folder Auto-Exame da Respiração e panfleto Como Você Respira Orientação a População,
aplicados por meio de triagem.
112
Fonoaudióloga, Quatro Irmãos, Rio Grande do Sul, Brasil.
113
Auxiliar de Saúde Bucal, Quatro Irmãos, Rio Grande do Sul, Brasil.
Desafios para o desenvolvimento? Nosso maior desafio é a abrangência acima de 95 % dos alunos
matriculados no Ensino Fundamental que frequentam a Escola Municipal. Estão matriculados na
Escola Municipal 98 alunos, sendo que 71 frequentam a escola que se situa no interior no
município – escola rural – e 27 alunos do primeiro ano frequentam a escola na sede no município.
Participaram das atividades 65 alunos.
Quais as novidades desta experiência? Entre os anos de 2012 e 2013, usou-se como referência para
a triagem de respiração oral o Teste de Deglutição da Água (Ferreira, 1998), onde se deve
permanecer por 3 minutos com água na cavidade oral, e usando via aérea superior para respiração,
ou seja, respiração exclusivamente nasal. Em 2014, a SBFa instituiu o dia 14 de agosto como o Dia
de Atenção à Respiração Oral. Por esta ocasião, desenvolvemos as atividades citadas, cujas letras
formaram um cartaz com a frase da campanha que permanecerá exposto na escola até o final do
mês de setembro. A triagem será avaliada pela fonoaudióloga, os que caracterizam respiração oral
ou mista, passarão por posterior avaliação fonoaudiológica juntamente com o responsável, e caso
haja necessidade receberá encaminhamentos para médico otorrinolaringologista e/ou alergista e
cirurgião dentista; e permanecerão em fonoterapia. Devido a Síndrome do Respirador Oral ser
frequente, possuir etiologia variada e causar alterações em órgãos e sistemas interligados à função
respiratória, interferindo diretamente na capacidade vital do individuo. Contudo, esta Síndrome
tem influencia no desempenho escolar destas crianças, pois há alterações em nível respiratório,
estado de sono-vigília e alimentar. Estas questões levantadas então diretamente ligadas à
qualidade de vida, devido a sua complexidade, e torna-se um indicativo preocupante em saúde
pública.
Outras observações: As imagens foram autorizadas pelos pais ou responsáveis que se encontra na
Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Rosseto, pela a fonoaudióloga e a auxiliar de
saúde bucal da Secretaria de Saúde do município. A imagem anexada não apresenta nenhum
aluno.
Referências Bibliográficas: Ferreira LP. Temas em Fonoaudiologia – respiração: tipo, capacidade e
coordenação pneumo-fono-articulatória. São Paulo: Loyola; 1998.
Avaliação da qualidade de vida em pacientes respiradores orais. Cristiane Popoaski; Taise de
Freitas Marcelino; Thiago Mamôru Sakae; Larissa Martins Schmitz; Luiz Henrique Locks Correa.
Arquivos
Int.
Otorrinolaringol. vol.16 no.1 São
Paulo Feb./Mar. 2012.
http://dx.doi.org/10.
7162/S1809-48722012000100011
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
VISITA DOMICILIAR DE MOTO - NAVEGANTES
Daiane Pansera1
Andressa Baratto2
Edgar Santin3
Vanessa Vieira4
Cláudia Gostinski5
Local de experiência:
Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Um - ESF NAVEGANTES
Qual foi a experiência desenvolvida?
Visitas domiciliares da equipe de enfermagem com moto.
Sobre o que foi?
Facilitar e aumentar o acesso dos pacientes às visitas domiciliares da equipe de saúde.
Como funciona(ou) a experiência?
Pelo menos, um turno por semana a técnica de enfermagem responsável pelo setor da farmácia
realiza visitas domiciliares de moto, a mesma não possui carteira de habilitação B, porém tem
grande interesse em realizar visitas, assim sendo a Equipe de Saúde se organizou e a funcionária
acompanha e verifica em domicílio a adesão do paciente ao tratamento medicamentoso,
administração nos horários corretos, armazenamento ideal, inclusive levando até eles caixinhas
adesivadas com imagens (xícara, prato, lua) para facilitar o entendimento de pacientes não
alfabetizados ou com dificuldade de compreensão.
Desafios para o desenvolvimento?
Temos carro a disposição, mas algumas das funcionárias da unidade que demonstravam interesse
em participar mais das ações da equipe não tinham carteira de habilitação para carro. Pela
economia, agilidade, disponibilidade e por haver uma moto BIS disponível na prefeitura da
cidade, as técnicas de enfermagem da Unidade tiveram está ideia formidável. Aumentamos o
número de VDs e agora todas podem fazer visitas: com carro, com moto e quem não dirige nem
pilota, pode ir de carona. No início até os pacientes estranharam mais depois todos perceberam
que a ideia da Daiane foi ótima e contribuiu sobremaneira para o trabalho da ESF NAVEGANTES.
Ideia formidável e que é posta em prática pelo TIME NAVEGANTES.
Quais as novidades desta experiência?
No ESF NAVEGANTES pensamos sempre em inovação. O LIVRO e a LEITURA são guias mas os
caminhos somos nós do TIME que montamos conforme as nossas particularidades. Visita
domiciliar da equipe de enfermagem NAVEGANTES, qualificada, DE MOTO.
Outras observações: Observamos que os pacientes assim acompanhados, tomam a medicação de
maneira correta, mantém sua pressão e glicose em níveis controláveis, se sentem valorizados e
importantes. Ficam felizes em ter uma pessoa preocupada "até" em organizar seus remédios.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA E CICLOS VITAIS
SAÚDE/SUS NA ALDEIA TERRA INDÍGENA DO LIGEIRO
Edelvan José Girardi
Local de experiência: Brasil, RS, Charrua.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Secretaria Especial de Saúde Indígena - SESAI,
Missão Evangélica Caiuá, Secretaria Municipal de Saúde de Charrua.
Qual foi a experiência desenvolvida? Planejamento, desenvolvimento e acompanhamento de
ações visando à melhor qualidade no atendimento a pacientes indígenas.
Sobre o que foi? Atenção básica e ciclos vitais no desenvolvidos na integralidade de atenção à
saúde da criança, saúde na escola, saúde da mulher, saúde do idoso, bem como também a
implantação e desenvolvimento da reconstrução da cidadania pelo fato do uso abusivo de álcool,
entre outros.
Como funciona(ou) a experiência? Lembro-me como se fosse ontem, que iniciava meus estágios
no curso técnico de enfermagem: aplicação de vacinas, de repente um surto de H1N1 pelo mundo,
e eu fui chamado pela minha professora supervisora e até então coordenadora de vacinas na 11ª
coordenadoria de saúde de Erechim que lançou um desafio para eu ir até a reserva indígena do
ligeiro –Charrua ajudar a equipe na aplicação das vacinas.
No início fiquei meio assim, ir para uma comunidade indígena, nunca me imaginei cuidando de
indígenas meu sonho até aquele momento era de ir trabalhar num hospital. Enfim aceitei a
proposta da minha professora e fui. Quando cheguei lá era basicamente para aplicar vacinas, mas
comecei a ver a rotina da equipe que me inseriu em todo o trabalho, e acabei me apaixonando pela
comunidade e a partir de então eu só queria saber de que forma eu iria poder trabalhar na
comunidade junto daquela equipe maravilhosa, e foi ai que em 1 de junho de 2011 eu realizava
meu sonho de fazer parte da Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena do Ligeiro após chamada
do concurso público da prefeitura municipal de Charrua.
Desafios para o desenvolvimento? Após minha imersão na equipe fiquei responsável pela
farmácia da Unidade Básica de saúde. Com o passar dos dias fui acompanhando o trabalho e em
ritmo de descobrimento fui iniciando meu voo pelos outros setores da unidade e me inserindo de
todo o trabalho.
Após 3 anos continuo como responsável da farmácia, fui capacitado pela enfermeira da unidade na
realização de teste do pezinho, aplicação de vacinas e de outros serviços como aplicação de
vitamina A em crianças menores de 5 anos e nas puérperas, responsável pelos encaminhamentos
de pacientes para a APAE, e consultas psicológicas, tratamento de pacientes com fisioterapeutas,
agendamento de exames de imagens e cadastramento de pacientes no CadWeb.
Uma forma de que adotei na farmácia na hora de explicar a forma de administração dos
medicamentos e de que os mesmos não irão esquecer de como toma-los foi de fazer envelopes com
folhas de rascunho, e de fazer símbolos como sol, representando o amanhecer, o garfo
representando o almoço e a lua representando a noite, ideia essa que deu certo e quando acaba o
medicamento de uso continuo a maioria dos pacientes me trazem os envelopes para eu entregar
mais medicamentos e com isso já aproveitamos para fazer a verificação de peso e de pressão
arterial dos pacientes.
Quando se fala sobre trabalho com pacientes exclusivamente indígenas soa estranho para as
pessoas e muitas vezes somos descriminados pelo nosso trabalho, mas falam pelo fato de que não
conhecem essa realidade, pois não conhecem a nossa luta diária para que as coisas aconteçam, pois
trata-se de um povo humilde, que está civilizado, mas que tem uma cultura e devemos preservar,
um povo que muitas vezes não entende direto o português de que até palavras em kaingang com o
passar dos dias a gente aprende facilitando o trabalho para com eles, passando sempre uma
segurança a eles que podem confiar em nós e assim fortalecemos nosso vínculo com eles .
Hoje temos uma equipe que pode-se dizer grande mas tem dias que parece que precisamos do
dobro de pessoas para nos ajudar a dar conta do serviço e da demanda de pacientes que passam
por dia em nossa UBS. Somos em quatro técnicos de enfermagem, duas enfermeiras, um médico
vindo do programa mais médicos, um odontólogo, uma auxiliar em saúde bucal, cinco Agentes
Indígenas de Saúde (AIS), dois Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN), uma auxiliar de
serviços gerais e quatro motoristas indígenas, essa é a nossa equipe multidisciplinar, contamos
com outros profissionais do município como fisioterapeutas, psicólogos, nutricionista, fonodiologa
e ginecologista.
Hoje temos um cronograma que seguimos para conseguirmos atender a todos na aldeia criado
pela nossa tão querida Médica Daniella de Almeida Fernandes que nos deixou em março deste
ano, depois de 10 anos trabalhando na aldeia Terra Indígena do Ligeiro e foi trabalhar no Rio de
Janeiro com Índios Guaranis. Abaixo o cronograma:
•
Segunda-Feira de manhã: Coleta de exames laboratoriais e consultas em geral; e pela parte
da tarde: consultas em geral;
•
Terça-feira de manhã: Pré – Natal e urgências; e pela parte da tarde consultas em geral;
•
Quarta-feira pela parte da manhã: consultas em geral; e pela parte da tarde é realizado a
puericultura com bebes menores de um ano;
•
Quinta – feira o dia todo são realizadas consultas em geral;
•
Sexta-feira não temos médico na UBS, mas a EMSI é quem dá todo o suporte a comunidade;
•
As visitas domiciliares são realizadas pela equipe nos dias em que a unidade tem menos
demanda, sendo que não temos um cronograma especifico para visitas domiciliares.
Todos os meses é realizado também a pesagem e a verificação da altura para alimentação do
programa SISVAN nas crianças menores de cinco anos, bem como a administração de vitamina A,
seguindo a tabela abaixo:
Idade Dose
Frequência
Crianças: 6 – 11 meses
100.000 UI
Uma dose
Crianças: 12 – 59 meses
200.000 UI
Uma dose a cada 6 meses
Costumo dizer que trabalhar com pacientes indígenas é uma batalha constante, pois todos os dias
nos deparamos com situações que nos fazem chorar, nos fazem rir, nos fazem lutar para que nosso
povo tenha dias melhores, pois o pouco para nós é muitas vezes, o muito para eles, e fazer a
diferença é o nosso dever.
Foi pensando nisso e após várias mortes consequentes do uso abusivo de álcool que iniciamos no
ano passado um projeto sobre redução de danos, para de alguma forma fazer a diminuição do uso,
contamos com o apoio de vários profissionais que foram bem aceitos pela comunidade, realizamos
visitas domiciliares, reconhecimento de território com todos, nos reunimos com as mulheres para
conhecer mais da comunidade e da realidade em que elas vivem, encontros com jovens na escola
mas não tocamos no assunto redução do alcoolismo e sim iniciamos um trabalho com o nome de:
Todos unidos na Reconstrução da Cidadania, pois o alcoolismo é o ponto chave, mas queremos
também abordar outros assuntos, como violência doméstica, brigas, gravidez precoce, uso de
drogas, consumo de cigarro entre outros pontos.
Queríamos oferecer atividades aos jovens e as pessoas da comunidade, como oficinas, pratica de
esportes, mas nos deparamos com as dificuldades pelo fato do município não aderir ao NAAB
(Núcleo de Apoio à Atenção Básica), projeto esse que foi feito e apresentado para o prefeito mas o
mesmo jamais aderiu, ao NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), e as Oficinas terapêuticas.
Mesmo assim, conseguimos montar uma oficina em que aprendemos a fazer filtro dos sonhos,
onde várias mulheres aprenderam esta arte que pode ser mais uma fonte de renda com a venda
dos mesmos, sendo que essa oficina foi feita com uma colaboradora que se propôs em dar o curso
sem fins lucrativos, pois não contamos com nenhum recurso para pagar profissionais.
Outro projeto que conseguimos foi na busca de apoio do comércio local, e com o valor arrecadado
conseguimos comprar bolas de futebol, de vôlei, redes e distribuímos um kit em que continha 1
bola de futebol, 1 bola de vôlei, uma rede e uma bombinha para enchimento das bolas, foram
entregues em 2 setores da aldeia, onde tínhamos os responsáveis que cuidavam para não haver
danificação do material recebido e com isso promover o incentivo aos esportes.
Realizamos junto à comunidade o incentivo para a limpeza da aldeia, e o recolhimento de lixo, não
deu certo mas estamos tentando não desistimos até então, se conseguimos atingir pontos bons,
também esbarramos em outros que devemos lutar mais para conseguir bons resultados.
Com a escola estamos realizando rodas de conversa com as turmas do 7º ano e da 8º serie, sendo
que os assuntos foram escolhidos pelos próprios alunos, dentre os assuntos estão:
•
Cuidado com o corpo+ saúde bucal;
•
DSTs;
•
Alcoolismo;
•
Tabagismo;
•
Alimentação;
•
Sexualidade;
•
Gravidez na adolescência;
•
Planejamento familiar.
Essas conversas estão sendo realizadas de 15 em 15 dias tendo uma ótima aceitação dos alunos.
Outra atividade desenvolvida é o grupo das vovós da aldeia, onde a Assistente social do
município e equipe desenvolvem um trabalho todas as segundas – feira, pela parte da tarde,
trabalhos de pintura, crochê, escrita, conversas entre outras atividades, visando a integração e
descontração das mesmas.
O grupo de gestantes também foi organizado onde a nutricionista e equipe se reúnem uma vez por
mês para uma roda de conversas, sobre alimentação, e cuidados na gestação e após a gestação com
elas e com os bebes. Neste encontro é realizado a pesagem das gestantes e acompanhamento e
quando as mesmas ganham os bebes, ganham um presente (kit para os bebes), mas para receberem
o mesmo elas devem ter o máximo de participações possíveis, nas reuniões programadas.
A equipe multidisciplinar preocupado com o alto índice de eosinófilos apresentados dos exames
laboratoriais, tem feito campanhas em campo para administração de vermífugo em toda a aldeia
de seis em 6 meses, e realizando rodas de conversa para explicar sobre o consumo de alimentos e a
forma de evitar a contaminação.
Pensando no alto índice de obesidade na aldeia e de pacientes acima do peso, a equipe quer
promover uma mudança nos hábitos alimentares dos pacientes, mas sem mudar muito os pratos
típicos, mas pensando em dar exemplo, a equipe está fazendo um trabalho de reeducação
alimentar com a nutricionista do município, pois precisamos nos educar na alimentação para que
possamos auxiliar nossos pacientes num trabalho futuro.
Nosso próximo desafio será promover o outubro rosa e o novembro azul junto com o estado, tarefa
nada fácil pois é difícil muitas vezes atingir o público nas faixas etárias que é preconizado, mas
faremos de tudo para que o mesmo aconteça.
A nossa equipe é unida e luta pelo direito do índio, com nossa garra mostramos que nem tudo
precisa de dinheiro para que as coisas aconteçam, basta se pensar em meios alternativos.
Encerro meu relato com um provérbio indígena. “Somente quando for cortada a última árvore,
pescado o último peixe, poluído o último rio, que as pessoas vão perceber que não podem comer
dinheiro. ”
Provérbios Indígenas.
Eixo: CICLOS VITAIS
PRÉ-NATAL DO HOMEM NAVEGANTES
Edgar Santin 114
Andressa Baratto115
Fernando Luiz Chies116
Cristiane De Oliveira Carvalho117
Clediana Pinotti118
Graciele Possenti119
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: UMA – ESF NAVEGANTES
Qual foi a experiência desenvolvida? Disponibilidade de consulta agendada e orientada à atenção
da saúde do pai/homem com aproveitamento de oportunidade.
Sobre o que foi? Promoção/prevenção da saúde do homem
Como funciona(ou) a experiência? A toda a gestante que faz pré-natal em nosso município é
recomendado e ofertado que o pai compareça a pelo menos uma consulta de acompanhamento
pré-natal e ao futuro pai e oferecida consulta médica/enfermagem. Segue-se rotina de pré-natal,
promoção e prevenção em saúde com aproveitamento de oportunidade. Consulta ginecológica
para a mãe/pré-natal, pai acompanha o pré-natal, também recebe orientação e consulta médica e
odontologia. Casal mede pressão, peso, altura, IMC, circunferência abdominal e são aplicadas
práticas promotoras de saúde, orientação quanto aos valores normais e modos de alcançá-los.
Avaliação médica e orientação otimizada quando necessário.
Desafios para o desenvolvimento? Baixa adesão inicial dos pais às consultas de pré-natal. Alguns
por desinteresse, outros por quê trabalham e não comparecem. Outros por não entenderem a ideia
e acharem que por serem jovens não necessitam orientação e cuidados. Capacitação e compreensão
114
Médico, Médico, Getúlio Vargas, Brasil.
115
Enfermeira, Enfermeira / Administradora da ESF Navegantes, Getúlio Vargas, Brasil.
116
Odontologo, Odontologo, Getulio Vargas, Brasil.
117
Técnica de Enfermagem, Recepção/Secretáriado, Getúlio Vargas, Brasil.
118
Adminstradora Secretaria de Saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
119
Enfermeira, Coordenadora Municipal das ESFs , Getulio Vargas, Brasil.
da equipe de saúde quanto a importância de praticas promotoras e preventivas em saúde.
Reuniões de Orientação da equipe e seguimento de rotinas simples e eficazes.
Quais as novidades desta experiência? Pré-natal do homem, nunca lemos ou escutamos a
respeito. Achamos que a experiência toda é nova e apesar de não estarmos ainda com a situação
totalmente dominada, ainda temos, dificuldade de adesão.
Para melhorar a adesão
confeccionamos camisetas e folders específicos para o dia do pré-natal do Homem, e também
elaboramos o cartão de pré natal do homem o qual pretendemos entregar na primeira consulta em
que o pai acompanha a gestante, com o objetivo de melhorar a adesão dos pais e motiva-los a
participar conosco da nossa ideia.
Outras observações: Com o desenvolvimento da atividade, atentamos para a necessidade de
otimização da ideia, a confecção de materiais promocionais é útil como ferramenta de apoio e
melhorou significativamente a adesão ao pré-natal do homem.
Referências Bibliográficas: Ideia da secretária de saúde da cidade de Getúlio Vargas, apoiada e
posta em prática pela unidade de saúde navegantes.
Eixo: GESTÃO
TURNO INTELIGENTE NAVEGANTES
Edgar Santin 120
Andressa Barratto 121
Fernando Luiz Chies 122
Claudia Regina Biesek 123
Simone Araújo Musso 124
Cristiane De Oliveira Carvalho 125
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: UMA- ESF NAVEGANTES
Qual foi a experiência desenvolvida? Ao invés de termos um dia por semana só para consultas
médicas de pacientes crônicos e grupos com baixa adesão (hipertensos, diabéticos, Pulmonares e
Idosos), montamos a ideia, construída em equipe na ESF NAVEGANTES de agendamento
inteligente com aproveitamento de oportunidades. Não perdemos nada. Acrescentamos valor
agregado. Toda sexta-feira de manhã temos padrão: mostrar unidade e suas ferramentas,
apresentar equipe e suas funções, aula de orientação/conversação/grupo de 40 minutos, avaliação
de enfermagem, consulta médica, e consulta odontologia. Primeira sexta do mês hipertensos,
segunda diabéticos, terceira pulmonares, quarta idosos; ao invés de 14 pacientes no turno.
Atendemos 8, mas com atendimento diferenciado. E com resultado visível e transformador.
Sobre o que foi? Agendamento inteligente com aproveitamento de oportunidades.
Como funciona(ou) a experiência? Pacientes são agendados, todos, os 8, para chegaram a unidade
de saúde as 7 e 30 horas. Nós reunimos na sala de reuniões, nos apresentamos; circulamos com os
pacientes agendados, familiares, os que estão para tirar fichas para consultar de tarde pelo posto,
mostramos tudo, abrimos armários, mostramos funcionamento, explicamos para que serve,
respondemos
dúvidas,
cada
profissional
na
sua
sala,
15
minutos;
40
minutos
de
120
Médico, Getúlio Vargas, Brasil.
121
Enfermeira, Getúlio Vargas, Brasil.
122
Dentista, Getúlio Vargas, Brasil.
123
Técnica de enfermagem, Getúlio Vargas, Brasil.
124
Técnica de enfermagem, Getúlio Vargas, Brasil.
125
Fisioterapeuta, função, cidade, país.
aulinha/grupo/discussão sobre o tema da semana (primeira semana HAS, segunda DM, terceira
semana Pulmonares/ idosos); paciente ganha 2 folhas impressas: 1 sobre o tema da reunião e outra
sobre a doença de base, e é orientado a orientar pelo menos, as pessoas da sua casa sobre aqueles
assuntos; depois faz avaliações antropométricas de enfermagem, consulta médica anual de
seguimento de crônicos, consulta odontológica anual de seguimento de crônicos.
Desafios para o desenvolvimento? Dificuldade de aceitação da ideia pelos gestores, diminuímos
4 atendimentos para avançar brutalmente em qualidade. E entendemos que qualidade é
fundamental. ESF-NAVEGANTES busca qualidade em primeiro lugar e seguindo normas técnicas
dos cadernos de atenção básica/ Livro medicina ambulatorial - Duncan; Capacitar toda a equipe,
temos que trabalhar de forma organizada e eficaz.
Quais as novidades desta experiência? Nunca vi descrito. Toda a ideia foi construída dentro das
reuniões da equipe. Tínhamos grupos de crônicos esvaziados e desmotivados; agora conseguimos
um número mínimo fixo, associamos os 12 que estão a esperar para tirar fichas e mais os familiares
que são convidados a participar. Prático, objetivo, funcional, moderno. Com a idéia de
agendamento inteligente/sequencial e com aproveitamento de oportunidades.
Outras observações: Temos notado ótimos resultados e mais efetividade da ação, todos acabam
obrigados a participar não só os doentes que entendem que o grupo é importante; todos os
agendados do dia vão participar e a equipe toda. Não substitui os grupos de apoio mas acaba que
as pessoas gostam e temos público cativo toda sexta-feira de manhã – promoção de saúde. Todos
saem com umas folhinhas impressas no posto mesmo e tem a tarefa de repassar ao maior número
de pessoas possível o que aprendeu. Encaminha exemplo de folhinha (hipertensão).
Referências Bibliográficas: Cadernos de Atenção Básica sobre os temas / Livro Medicina Ambulatorial –
DUNCAN.
Modelo de Agendamento Inteligente:
TODA SEXTA-FEIRA DE MANHÃ
Primeira semana do mês: Grupo de Hipertensos.
Segunda semana do mês: Grupo de Diabetes.
Terceira
semana
do
mês:
Grupo
de
Doenças
Pulmonares
(DPOC,
ASMA,
RINITE,
TUBERCULOSE)
Quarta semana do mês: Grupo de Idosos/ Crônicos Diversos (Saúde do Homem, Menopausa,
Doenças Osteomusculares, Câncer, Doenças do Aparelho Digestório, Doenças Sexuais, Doenças da
Tireóide).
Eixo: CICLOS VITAIS
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE MULHERES PARTICIPANTES
DE UM GRUPO DE ATIVIDADE FÍSICA DO MUNICÍPIO DE
BENJAMIN CONSTANT DO SUL/RS
Janaine Elen Dall’ Agnol [1]
Fabiele Witschinski [2]
Aline Ricardi [3]
Local de experiência: Benjamin Constant do Sul-RS, Brasil
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: ESF, NASF, Secretaria Municipal de
Educação e Saúde.
Qual foi a experiência desenvolvida? Irá ser desenvolvido um trabalho de atividade física
com grupo de mulheres de diversas faixas etárias. Este projeto tem por objetivo melhorar a
qualidade de vida das mulheres, com informações sobre os efeitos positivos da atividade
física regular e orientada para a saúde, bem como propor possibilidades e alternativas
para a incorporação desse habito de vida cotidiano. Será reforçada a importância de uma
alimentação saudável e mudança no estilo de vida, juntamente abordaremos aspectos
emocionais como ansiedade e depressão, para garantir melhorias na saúde e prevenção de
doenças.
Sobre o que foi? Com as atividades propostas, se espera aumentar a qualidade e a
quantidade dos movimentos, melhorar a postura corporal, diminuir os riscos de lesões,
favorecer a maior mobilidade nas atividades diárias e esportivas, incentivar a prática de
atividades ligadas à saúde, lazer e interação social, realizar a avaliação antropométrica
mensal com acompanhamento nutricional e criar espaço para reflexão e oportunidade de
construir novos papéis pessoais e sociais.
Como funciona(ou) a experiência? Serão formados três grupos com média de 25 mulheres
cada, com encontros semanais, sendo que a divisão dos mesmos, será realizada conforme
o andamento das atividades, avaliando as condições físicas de cada participante. Para
desenvolver este trabalho, utilizaremos a quadra esportiva municipal e a academia de
saúde ao ar livre, com o auxilio de colchonetes, halteres, caneleiras, bolas, bastão e som,
para melhor aproveitamento e resposta aos exercícios propostos.
Desafios para o desenvolvimento? Efetividade e assiduidade no grupo, adaptações de
horários para melhor abranger a população, tendo em vista a dificuldade de trabalhar com
uma parte do publico que apresenta disponibilidade somente pela parte da noite.
Quais as novidades desta experiência? A oferta deste tipo de trabalho que está sendo
inserido pela primeira vez no município.
Referências Bibliográficas:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Brasília, DF. DIRETRIZES DO NASF. Núcleo de Apoio a Saúde da Família.
Cadernos de Atenção Básica, n. 27. 2009
[1] Fisioterapeuta, Benjamin Constant do Sul, Brasil.
[2] Nutricionista, Benjamin Constant do Sul, Brasil.
[3] Psicóloga, Benjamin Constant do Sul, Brasil.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
MAPA INTELIGENTE: UMA FERRAMENTA PARA A
TERRITORIALIZAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE DE RIO DOS ÍNDIOS/RS
Josélia Viana 126
Ana Cláudia Rossetto 127
Cláudia Matioski de Oliveira
128
Gladis Terezinha Veloso de Linhares
129
Elizângela Maria Rossetto Vassoler 130
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Rio do Indios.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipe de Saúde.
Qual foi a experiência desenvolvida? Realização de 12 (doze) mapas inteligentes da área de
abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS).
Sobre o que foi? Foi confeccionado um mapa para cada micro área que identifica todas as famílias
cadastradas e acompanhadas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) onde estão
identificados os tipos de moradias sendo: alvenaria (azul), madeira (vermelha), mista(rosa) e
material reaproveitável (amarela), as estradas estão na cor marrom e as ruas de calçamento de cor
bege. O mapa inteligente tem como foco principal a localização dos grupos de risco sendo
identificados através de alfinetes coloridos, sendo diabéticos (verde), hipertensos (vermelho),
alcoolismo (azul escuro), deficiência física ou mental (amarela), hanseníase (roxo), epilepsia
(branco), tuberculoso (preto) e outras condições (marrom). Após a conclusão viu-se a necessidade
de incluir as famílias em acompanhamento pelo Primeira Infância Melhor (PIM) que são
identificadas pelo seu símbolo (pezinho), gestantes na cor amarela, crianças de 0 a 3 anos pela cor
126Enfermeira, coordenadora, Rio dos Índios, Brasil.
127 Agente Comunitária de Saúde, Rio dos Índios, Brasil.
128 Agente Comunitária de Saúde, Rio dos Índios, Brasil.
129 Agente Comunitária de Saúde, Rio dos Índios, Brasil.
130 Monitora do PIM, Rio dos Índios, Brasil.
rosa e crianças de 3 a 6 anos pela cor azul. Para facilitar a localização no mapa estão distribuídos
pontos de referencia de acordo com a realidade local com escolas, igrejas, salão comunitário, sede
esportivas, poços artesianos, barragens e pequenos riachos.
Como funciona (ou) a experiência? A partir da realização de atividades com grupos de riscos
surgiu à necessidade de realizar o mapeamento dessas situações, sendo utilizada a ferramenta do
mapa inteligente que surgiu de uma experiência anterior, diante disso foi elaborado um plano de
trabalho para justificar os custos com a confecção dos mapas o qual foi aprovado pelo Conselho
Municipal de Saúde após a exposição da ideia. Foi organizado um roteiro e individualmente os
ACS compareceram na UBS para juntamente com a enfermeira e a monitora do PIM realizar a
confecção. Estes mapas são revisados e atualizados mensalmente pelos ACS e Visitadoras do PIM
de acordo com a necessidade.
Desafios para o desenvolvimento? O desafio foi em relação à insegurança por parte dos ACS
perante a necessidade de trazer a realidade da micro área para o papel.
Quais as novidades desta experiência? Esse mapa passou a ser utilizado pela equipe de saúde
como ferramenta para diagnóstico da situação de saúde da comunidade para o planejamento e
execução de atividades de promoção de saúde, prevenção de doenças e o seu agravamento,
também é usado nas discussões de casos nas reuniões de equipe.
Outras observações: Está sendo planejada a construção do mapa inteligente interligando todas as
áreas do município.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
GRUPO CONFRATERNIZANDO O SABER - NAVEGANTES
Liliane Cieslak1
Rosane Hirt2
Ivete Hirt Tyburski3
Maristiane Gosinski4
Helena Sander5
Local de experiência:
Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Um, ESF NAVEGANTES
Qual foi a experiência desenvolvida?
Grupo de mulheres para práticas preventivas e, principalmente, promoção de saúde.
Sobre o que foi?
Grupo de mulheres com o objetivo de compartilhar conhecimentos de saúde e de vida.
Como funciona(ou) a experiência?
Encontro quinzenal e aberto a todas as mulheres atendidas pelo ESF NAVEGANTES, de todas as
idades. Realiza-se um turno de atividades com regulação exclusiva das agentes de saúde que
solicitam orientação conforme às suas necessidades. Neste espaço de interação social ( ESF –
População) são desenvolvidas atividades variadas: confecção de artesanato, crochê, trico, jogos
interativos, orientação sobre saúde, palestras com profissionais específicos, inclusive da equipe
(nutricionista, enfermeira etc..). Lembrando que saúde não é apenas ausência de doença mas, bem
estar físico, social e mental. O objetivo principal do grupo, conforme discutido entre as agentes é
dar a oportunidade ( “tirar de casa” ) às mulheres que tem está dificuldade. Isto é algo cada vez
mais comum pois, mulheres vivem em média mais que homens; muitas viúvas ou mesmo jovens
com dificuldade de interação social, quadros de alteração mental.
Então neste Grupo
NAVEGANTES elas tem a oportunidade de participar e interagir com outras pessoas e além disso,
compartilhar o que sabem fazer (tricô, crochê, bordado, receita de bolo, brincadeiras etc). Além de
estar melhorando a saúde destas pessoas, muitas acabam se interessando por alguns assuntos e
podem até fazer algumas das atividades compartilhadas pelo grupo como fonte de renda extra
(vender o bordado, o tapete, o bolo etc…). Ideia formidável e que é posta em prática pelo TIME
NAVEGANTES.
Desafios para o desenvolvimento?
Motivar a população a participar. O principal motivo e dificuldade dos grupos na nossa unidade, e
em todas, imagino, é manter as pessoas motivadas e participativas. Acaba que no início vem
muitos, depois de alguns meses vem os 5 ou 6 de sempre e que já dominam os assuntos; isso é uma
realidade dos encontros de Hipertensão, Diabetes etc…
Quais as novidades desta experiência?
No ESF NAVEGANTES pensamos sempre em inovação. O LIVRO e a LEITURA são guias mas os
caminhos somos nós do TIME que montamos conforme as nossas particularidades. A exemplo do
TURNO INTELIGENTE NAVEGANTES inscrito na mostra também, são exemplos de coisas
realmente custo/efetivas. O Grupo CONFRATERNIZANDO O SABER – NAVEGANTES, foi uma
ideia original das agentes de saúde da unidade após reuniões de equipe. Iniciativa e mérito, total,
delas, e com o apoio de todos da equipe. Também é novidade, pois, foca em UM TURNO DE
COISAS DIFERENTES existiam grupos de tricô, crochê, baralho, origami, e outros que foram
tentados mas, acabavam sugados com o tempo e desapareciam. Neste Grupo atual todo o encontro
tem coisas novas e são as pessoas que trazem o que cada um sabe fazer e mostra para os outros;
cansou de bordado, aprende a fazer uma receita da vizinha; recebe uma dica de saúde. Está é a
ideia. Todos se sentem valorizados/importantes, e isso, por si é motivador e as faz participar!
1Agente
de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
3Agente de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
4Agente de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
5Agente de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
2Agente
Eixo: ATENÇAO BÁSICA
ACOLHIMENTO E INTEGRAÇAO
Lindomar Falkoski 131
Emanuele Z. Prause Raiher132
Andreia Centofante 133
Fernanda Bianchi 134
Renata S. Hirts De Moraes135
Jussara J. Bierende 136
Cleci Kamanski7
Alaides Zapello 8
Marli Waczeniaki 9
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Acs Esf Consoladora e Eacs
Qual foi a experiência desenvolvida? Trabalho em equipe das agentes de saude com grupos do
município.
Sobre o que foi? Acolhimento e integração que as agentes do esf consoladora e eacs da uindade de
saúde central realizaram.
Como funciona(ou) a experiência? Trabalho realizado em equipe, nas escolas, grupo de apoio ao
câncer, ubs do municipio, lar dos idosos, escolas e creches.
Desafios para o desenvolvimento? Aceitação dos envolvidos e colaboração.
Quais as novidades desta experiência? Animação, acolhimento colaboração e integração dos
grupos com as acs.
131
Enfermeiro, Getúlio Vargas, Brasil.
132
Agente de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
133
Agente de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
134
Agente de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
135
Agente de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
136
Agente de saúde, Getúlio Vargas, Brasil. Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
GRUPO DE TERAPIA OCUPACIONAL DA UBS SANTO ANDRÉ
(GETÚLIO VARGAS/RS)
Liziane Tonial Bernieri 137
Bruna Lorenzi
138
Beatriz Menegom 139
Sonia Zanelato 140
Marinalva Razzia 141
Marisete Socco 142
Graciele Casteli 143
Loreny da Anunciação 144
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Agentes comunitárias de saúde da UBS Santo André
e equipe de saúde da família
Qual foi a experiência desenvolvida? Grupo de terapia ocupacional, onde desenvolvem diversas
atividades integrativas, como jogos, palestras sobre diversos assuntos, viagens, cursos, cuidados
com a saúde mental, hipertensão, diabetes e atividades físicas.
Sobre o que foi? Grupo de terapia ocupacional.
Como funciona(ou) a experiência? Funciona com encontros quinzenais.
Desafios para o desenvolvimento? Ao início do curso eramos em poucas participantes, o que nos
deixou com pouca motivação, mas aos poucos com a divulgação foram aparecendo mais
integrantes o que nos deixa cada dia mais satisfeitos.
137 Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
138 Técnica de enfermagem, Getúlio Vargas, Brasil.
139 Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
140 Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
141 Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
142 Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
143 Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
144 Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
Quais as novidades desta experiência? A novidade é a troca de experiências, pois a diferença de
idades é grande o que nos faz aprender mais com a troca de conhecimentos, a disposição para
frequentar o grupo e as novas ideias que nos apresentam ao longo dos encontros
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
CAMINHADA DA SAÚDE NAVEGANTES
Maristiane Gozinski1
Helena Sander2
Elisandra Musso3
Maria Chagas Fochi4
Liliane Cieslak5
Local de experiência : Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos:
Um. ESF NAVEGANTES.
Qual foi a experiência desenvolvida?
Grupo de caminhada.
Sobre o que foi?
Saúde como bem estar físico, social e mental, não só ausência de doença. Prática preventiva e de
promoção de saúde.
Como funciona(ou) a experiência?
Iniciativa e mérito total das agentes de saúde do TIME NAVEGANTES. O grupo de pessoas se
reúnem com as agentes e caminham por 1 hora, 3 vezes por semana; a ideia, principal do grupo é
trabalhar a questão do sedentarismo e de práticas de vida saudável (manter ou perder peso
também!). Após as caminhadas são feitos exercícios de alongamento e respiração, sempre que
possível ocorre orientação do professor de educação física, da fisioterapeuta, da nutricionista e da
enfermeira.
Desafios para o desenvolvimento?
Motivar as pessoas. Mas isso as agentes conseguiram superar. Grupo em atividade há 10 anos na
ESF NAVEGANTES. O mais longevo da cidade de Getúlio Vargas.
Quais as novidades desta experiência?
No ESF NAVEGANTES pensamos sempre em inovação. O LIVRO e a LEITURA são guias mas os
caminhos somos nós do TIME que montamos conforme as nossas particularidades. Ideia que deu
certo e que esta em atividade a mais tempo na nossa unidade (11 anos).
Outras observações: Este grupo de caminhada deu inicio a outros grupos, hoje temos o grupo de
hipertensos, grupo de mulheres, entre outros, todos relacionados a saúde. Grupos que qualificam a
vida daqueles que fazem parte, inclusive das Agentes de Saúde que se sentem motivadas a sempre
inovar e criar novos Grupos.
1Agente
comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
3Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
4Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
5Agente comunitária de saúde, Getúlio Vargas, Brasil.
2Agente
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
PROJETO SAÚDE INTEGRADA- FORMANDO CIDADÃOS
Samuel Salvi Romero¹
Local da Experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Severiano de Almeida.
Pontos de Rede/ Equipe de rede envolvidos: Equipe da ESF; Equipe da Atenção Básica; Secretaria
Municipal da Saúde, Educação, Assistência Social, Escola Estadual Dr. José Bisognin, Paróquia São
Caetano, EMATER, Lions, Pastoral da Saúde, Secretaria de Obras, Secretaria de Administração.
Qual foi a Experiência Desenvolvida? O projeto Saúde Integrada, criado pela Secretaria
Municipal da Saúde de Severiano de Almeida busca através da formação e dinâmica de grupos a
construção de uma identidade responsável, cidadã e consciente na população adscrita e equipe de
saúde local. Uma nova forma de interagir com o usuário potencializa a autogestão,
corresponsabilidade, entendimento do processo saúde/doença e traz novas perspectivas à
comunidade. Ocorreu uma mudança de paradigma no serviço, cujo foco era prioritariamente
curativo, seguindo um modelo flexneriano e hoje constrói uma cadeia de responsabilidade social e
consciência saudável.
Os grupos Amigos da Vida, Reaproveitamento de Alimentos, Grupo de Estudos em Alcoolismo e
Drogadição, HIPERDIA, Gestantes, HortoPlantas Medicinais, Próteses Dentárias, Sorrindo para o
Futuro, Saúde na Escola, Grupo de Pilates, Pic's (Acupuntura, Eletroacupuntura, Auriculoterapia,
Massoterapia) trouxeram vigor, dinamismo e entusiasmo à população, bem como à equipe
multidisciplinar que aprendeu na intersetorialidade construir formas de intervenção e
resolubilidade na atenção básica. A priorização do acolhimento humanizado e resolutivo
potencializa o status cidadão da saúde local.
Como funciona a Experiência?
Com a introdução de novos grupos no município desenvolvemos diferentes formas de incluir os
usuários que procuravam excessivamente o serviço e formalizamos seus contratos de participação
de forma a sentirem-se autônomos da promoção de sua saúde e sua rede social. A meta destas
novas ações inclui o acesso ao serviço, mas de maneira consciente e cidadão, cultivando a amizade,
a integração e a estruturação de novas praticas. O piso de incentivo à atenção básica estadual, o
PIES, bem como o PMAQ foi um grande auxílio para o fomento de atividades educacionais,
ampliação do acesso ao serviço, permitindo um novo olhar para a alocação de recursos na atenção
básica.
Com isso, montamos um calendário, através de reuniões de equipe bem estruturadas, que foi
pactuado e entregue a cada uma das famílias do município, além da divulgação na mídia local e
agentes comunitárias de saúde. Desenvolvemos, assim, o Grupo “Amigos da Vida” que
acompanha os portadores e ex-portadores de câncer do município, de forma a monitorar suas
condições de saúde e motiva-los a encarar os processos de manutenção e alta do tratamento, mas
com o enfoque na autonomia, na vontade de sentirem-se “úteis” para a comunidade e suas redes
sociais, permitindo viverem com alegria e espírito cooperativo.
Juntamente com a EMATER do município, a Escola Estadual Dr. José Bisognin, Secretaria da
Agricultura, Secretaria de Obras damos inicio à construção dos Hortos municipais para fomentar a
importância da introdução das práticas integrativas e complementares em nível de atenção básica.
Após uma sensibilização com diversos usuários do município cada comunidade do mais a SEDE,
criaram o seu Horto e plantaram as suas mudas para compartilhamento com os demais. Foi
oferecida capacitação à comunidade e agora uma vez por semana duas técnicas cientificas
fortalecem o conhecimento através da condução de oficinas farmacêuticas com os voluntários
responsáveis pelos Hortos e toda a comunidade interessada. A EMATER propicia toda a técnica de
preparo e cultivo das ervas medicinais e as oficinas farmacêuticas fomentam o uso correto e
saudável das mesmas pela população, potencializado o resgate da cultura e “esquecendo” um
pouco da alopatia como única forma de cuidado terapêutico. Para complementar o trabalho nos
hortos oferecemos a prática da acupuntura, auriculoterapia, ventosa e eletroacupuntura, além do
Pilates que promovem saúde e bem estar aos nossos trabalhadores devido à sua atividade laboral,
em sua maioria agricultores. Uma nova forma de enxergar a postura física do dia-a-dia, prevenir a
ansiedade, as patologias mentais, buscar o cuidado físico antes das atividades mais “pesadas” e
utilizar de novas terapias para monitorar e promover saúde na sua ambiência e coletividade.
Promovemos também o Projeto saúde na escola, cujo objetivo principal é manter parceria
constante com estas instituições de ensino, bem como, com a Secretaria Municipal da Educação,
para que os escolares desenvolvam uma cultura de cidadania e responsabilidade social
entendendo os fatores de risco para vulnerabilidade social, permitindo um olhar para a cultura de
paz e desenvolvimento de melhores condições de vida, desde a infância.
Alem disso através das agentes comunitárias de saúde em parceria com a EMATER iniciamos o
grupo de Reaproveitamento de Alimentos que promove a introdução de uma culinária mais
saudável e econômica no dia-a-dia do trabalhador e do usuário da comunidade. São realizadas
receitas com alimentos reaproveitados e que produzem alem da integração nas comunidades o
entendimento de que a alimentação saudável é essencial para a melhoria das condições de saúde
da população. Já temos três edições do livro de Receitas.
Ainda, todas as quartas-feiras do mês realizam-se o Grupo de Estudos em alcoolismo e
drogadição. Toda a comunidade apoiadora participa e também os usuários que já participaram de
experiências de desintoxicação ou internação álcool/drogas. É um grupo que mantém o
dinamismo da saúde mental como foco de intervenção na atenção básica, sob responsabilidade de
toda a comunidade e entidades locais.
Além destes grupos especiais, desenvolvemos mensalmente o grupo de hipertensos e diabéticos,
grupo de gestantes e grupo de saúde mental, grupos focais da atenção básica e que comumente
ocorrem em todos os municípios. Em cada um destes grupos trazemos um profissional de cada
disciplina para que promova uma discussão acerca de patologias bem como de entendimento do
Sistema Único de Saúde, tornando seus dados acessíveis à população mais vulnerável e explicando
o funcionamento do seu fluxo e níveis de complexidade.
Desenvolvemos ainda, o projeto de próteses dentárias e o sorrindo para o futuro, introduzindo as
práticas da odontologia no grande campo profissional, valorizando a coletividade e a busca por
recursos comuns a todos os usuários.
Além disso, as reuniões de equipe, além de serem instrumentos de trabalho necessários, tornam-se
constantemente fator de contribuição para que possamos avaliar os grupos, casos específicos de
usuários (projetos terapêuticos) e condutas profissionais. Ainda, o calendário permanente, os imãs
de geladeira distribuídos em todas a famílias severianenses contendo o cronograma do projeto são
condições criadas para que este projeto se mantenha e possa crescer ainda mais.
Desafio para o Desenvolvimento: Os maiores desafios encontram-se nos recursos humanos e
manutenção dos grupos, como assiduidade, motivação, entusiasmo. O que percebe-se é que a
cada encontro temos que oferecer algo novo, que chame a atenção e demonstre o real sentido de
saúde, além de os usuários perceberem no seu dia-a-dia como produzir saúde com seus
conhecimentos e cultura torna-se algo grandioso e muito mais valorativo que o uso de
medicamentos, exames e encaminhamentos a especialistas.
Quais as Novidades Desta Experiência? O serviço tem a felicidade de externar que durante este
pequeno período, de pouco mais de dois anos, já recebeu a visita de mais de 15 municípios que
buscam o Projeto Saúde Integrada como exemplo, motivação e inspiração. Além do convite para
participar de eventos como a 7ª Reunião Estadual de Plantas Bioativas, desenvolvida pela
EMBRAPA, em Pelotas-RS, a indicação pelo COSEMS como uma das dez experiências exitosas em
saúde do RS,em 2013 e 2014. A incorporação do projeto Saúde a integrar o Trajeto Educacional na
modalidade “Cooperação Internacional no âmbito da Economia Solidária entre o Rio Grande do
Sul e Países da América Latina e Caribe”, nos países de Cuba e Uruguai, I e II Seminários Sul
Brasileiro de PIC’s, em Porto Alegre e Florianópolis, respectivamente, EXPOEPI 2013, e Ciranda de
Experiências da Mostra Nacional da Atenção Básica em 2014.
Outras observações: Portanto, promover uma aplicação de recursos voltada ao desenvolvimento
de ações de promoção, prevenção e educação em saúde transforma os gastos em investimentos
futuros cujos resultados, certamente, são em longo prazo, mas que serão essenciais para termos
uma população mais sadia e consciente no decorrer deste processo.
¹ Enfermeiro, Enfermeiro da Atenção Básica, Severiano de Almeida, Brasil.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
SEMANA MUNICIPAL DE AMAMENTAÇÃO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Simoni Meirelles1
Anelize Montemezzo2
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Quatro Irmãos.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Atenção Básica; Secretaria de Saúde, Secretaria de
Assistência Social e Grupo de Gestantes.
Qual foi a experiência desenvolvida? As equipes envolvidas foram os profissionais da Secretaria
de Saúde em colaboração dos profissionais da Assistência Social e gestantes. Constituímos a
Semana Municipal de Amamentação (SMA) em sua segunda edição no ano de 2014. A primeira
edição ocorreu no mês de abril, e a segunda nos primeiros dias do mês de agosto, como incentivo a
Semana Mundial de Aleitamento Materno instituída pela Organização Mundial de Saúde em 1992,
entre os dias 1 a 7 de agosto.
Sobre o que foi? II SEMANA MUNICIPAL DE AMAMENTAÇÃO
Como funciona(ou) a experiência? Durante cinco dias, no período da tarde, as gestantes
participaram de ciclos de palestras cujos temas foram abordados pelos seguintes profissionais que
fazem parte da equipe de saúde municipal: Enfermeiras (Importância do pré-natal na gravidez;
Esquema vacinal de gestante e recém-nascido); Fonoaudióloga (Amamentação; Seio materno X
Bico e mamadeira; Teste da orelhinha); Fisioterapeuta (Alterações posturais na gestação; Shantala);
Nutricionista (Alimentação na gravidez); Cirurgião Dentista (Cuidados odontológicos da gestante
e do recém-nascido); Psicólogas (Desenvolvimento fetal; Aspectos psicológicos da gestação e do
puerpério; Depressão pós-parto, tristeza materna e psicose pós-parto; Desenvolvimento emocional
da criança; Educação e limites); Técnica de Enfermagem (Cuidados com o recém-nascido: banho,
trocas de fralda, coto umbilical); Assistente Social (Planejamento Familiar) e Médica Ginecoobstérica (Cuidados de risco na gestação; Tipos de parto), além de visita ao setor da Maternidade
no Hospital Santa Terezinha, em Erechim.
Desafios para o desenvolvimento? Nosso maior desafio da Semana Municipal de Amamentação é
abranger 100% das gestantes, tendo em vista que as que não participarem, cumprem regime de
trabalho em horário comercial. Projetamos junto à equipe de Atenção Básica, maior incentivo a
participação da SMA, que seja realizado por meio dos profissionais que atendem este grupo que
durante as consultas médicas e de rotinas na UBS, a fim de contemplarmos 100% de nossas
gestantes.
Quais as novidades desta experiência? Para a próxima edição, está sendo elaborado material
informativo sobre o ciclo de palestras que serão dadas, com previsão de ser entregue ao final do
ciclo de palestras para as gestantes que estiveram presentes em todas as palestras.
Outras observações: Enviamos material áudio-visual (vídeo).
1 Técnica
em enfermagem, Quatro Irmãos, Brasil.
2 Fonaudióloga,
Quatro Irmãos, Brasil.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
MATEADA UBS SÃO JOSÉ
Tatiana Novelli de Oliveira 145
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Equipe da Unidade Básica de Saúde São José.
Qual foi a experiência desenvolvida? Mateada no mês de Setembro, com Equipe da Unidade e
comunidade.
Sobre o que foi? Semana Farroupilha.
Desafios para o desenvolvimento? Doação de materiais para a realização do evento como ervamate, pipoca, gás, óleo; colaboração de músicos da comunidade, apresentação artística de grupos,
confecção de lembrancinhas.
Quais as novidades desta experiência? Integração entre equipe de saúde e comunidade
proporcionando diferentes momentos entre a equipe e os usuários, passando um tempo de lazer,
desmistificando a Unidade como referencial de doença.
145
Enfermeira, Getúlio Vargas, Brasil.
Eixo Temático: ATENÇÃO BÁSICA
VER-SUS: EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO VIVENCIAL NO MUNICÍPIO
DE CRUZALTENSE/RS
Vanusa Lilian Poganski [1]
Keli Vânia Ramos Barbieri[2]
Tatiane Hardt [3]
Silvio Lira [4]
Local de experiência: Brasil, Rio Grande do Sul, Cruzaltense.
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Atenção Básica (Equipe de Saúde e ESF) Secretaria Municipal de Saúde, CRAS, Secretaria Municipal de Assistência Social,
Secretaria Municipal de Educação.
Qual foi a experiência desenvolvida? VER-SUS – Vivência-Estágio na Realidade do
Sistema Único de Saúde no Município de Cruzaltense/RS.
Sobre o que foi? Fora proporcionado pela Secretaria Municipal de Saúde de Cruzaltense,
através da 11º CRS e Escola de Saúde Pública do RS o encontro entre estudantes das várias
carreiras de graduação em saúde em estágio de vivência na gestão do Sistema Único de
Saúde, retratando a realidade atual do nosso município no que se refere à Atenção Básica e
diversos pontos da rede intersetorial do município.
Como funciona(ou) a experiência? A experiência de recepção dos alunos de graduação de
diversos cursos da área da saúde (Fisioterapia, Enfermagem, Psicologia, Serviço Social,
Farmácia e Nutrição) de duas Universidades do Norte do RS, sendo estas URI – Campus
de Erechim e UPF – Campus de Passo Fundo, aconteceu durante quatro dias no mês de
Janeiro de 2014. Durante estes dias os alunos dividiram-se em duas turmas com o objetivo
de vivenciar a realidade do Sistema Único de Saúde de um munícipio de pequeno porte
como o nosso, onde a Atenção Básica é o que rege e conduz o acesso a saúde para toda a
população. O fato destes alunos buscarem a imersão nesta realidade tinha como objetivo
principal vivenciar a prática de funcionamento objetivo e subjetivo do SUS atrelado ao
conhecimento anteriormente adquirido na academia, de forma que puderam visualizar o
processo de trabalho na Unidade Básica de Saúde pelos diferentes profissionais, ter
contato com os Usuários do Sistema, percorrer diversos pontos da rede intersetorial e
ainda conhecer a realidade atual do município que é basicamente agrícola, acompanhados
pelos profissionais do NAAB (Núcleo de Apoio a Atenção Básica) que conduziram
reflexões e questionamentos junto com os acadêmicos e equipe de profissionais do
município.
Desafios para o desenvolvimento? A aceitação da proposta pelo Gestor Municipal de
vivência destes alunos na realidade de saúde do município desafiou toda a equipe de
profissionais da Unidade Básica, pois proporcionar aos alunos a abertura das portas da
Unidade Básica de Saúde, retratando nossa realidade fez com que toda a equipe e
inclusive os alunos pudessem aprender, trocar experiências e refletir com base em
conhecimentos teóricos e vivenciais questões sobre as fontes de financiamento do SUS a
nível municipal, estadual e federal, a configuração do controle social no sistema de saúde,
os princípios reguladores que norteiam o “fazer saúde”, as diferenças de atuação e
responsabilidades dos profissionais de saúde na atenção básica e atenção especializada, os
fluxos e dinâmicas de trabalho na atenção básica, a intersetorialidade, a promoção e
prevenção em saúde, além de diversas outras questões trazidas também pelos acadêmicos,
como dúvidas sobre o funcionamento da nossa Unidade Básica de Saúde.
Quais as novidades desta experiência? Foi uma experiência inédita a nível regional, pois
foi a primeira experiência realizada dentro da abrangência da 11º CRS juntamente com
outros três municípios da região, sendo também para o município uma experiência
enriquecedora no sentido da abertura a vivência de sua realidade para os estudantes,
estando a equipe de profissionais e gestor municipal sujeito a questionamentos, críticas e
elogios, capazes de fazer a equipe repensar muitas questões sobre o processo de trabalho.
[1] Psicóloga, profissional de saúde integrante da equipe do NAAB (Núcleo de Apoio a Atenção
Básica), Cruzaltense/RS, Brasil.
[2] Fisioterapeuta, profissional de saúde integrante da equipe do NAAB (Núcleo de Apoio a
Atenção Básica), Cruzaltense/RS, Brasil.
[3] Atendente Administrativo, profissional de saúde integrante da equipe do NAAB (Núcleo de
Apoio a Atenção Básica), Cruzaltense/RS, Brasil.
[4] Geólogo, Gestor Municipal, Cruzaltense/RS, Brasil.
Eixo: ATENÇÃO BÁSICA
A FISIOTERAPIA E A FONOAUDIOLOGIA COMO PROMOTORAS DE
SAÚDE E EDUCAÇÃO
Patrícia Garmus de Souza Moretti [1]
Elenir Fedosse[2]
Local de experiência: Brasil, RS, Santa Maria
Pontos de rede/equipes de rede envolvidos: Estratégia de Saúde da Família/MaringáSanta Maria e Escola Diácono João Luiz Pozzobon- Santa Maria-RS.
Qual foi a experiência desenvolvida? Trabalho interdisciplinar entre a Fisioterapia e a
Fonoaudiologia na Atenção Básica atuando como promotoras de educação e saúde em um
bairro com altos índices de vulnerabilidade social especialmente para crianças e
adolescentes.
Sobre o que foi? Trata-se de um trabalho interdisciplinar proporcionado pelo Mestrado
Acadêmico em Distúrbios da Comunicação Humana, pela Residência Multiprofissional
em Saúde Pública e pela disciplina de graduação em Fonoaudiologia Comunitária do
curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Maria-UFSM. O trabalho
realizado em conjunto com profissionais e estudantes universitários foi desenvolvido em
uma Escola de Educação Fundamental e na Estratégia de Saúde de Família-Maringá
ambas inseridas em uma comunidade periférica de Santa Maria.
Como funciona (ou) a experiência? Participaram da ação 60 alunos, com idades que
variaram entre 9 a17 anos, divididos em duas turmas, 5° e 9° ano da Escola de Ensino
Fundamental Diácono João Luiz Pozzobon.
Para desenvolver a Promoção em Saúde no ambiente escolar, primeiramente foi realizado
reuniões com a coordenadora, diretora e professores da escola envolvidos na organização
da ação. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), como representantes da comunidade
local, participaram do processo em diferentes níveis de direção trazendo informações de
crianças que mais necessitavam de auxílio fonoaudiológico e/ou fisioterápico para a
equipe da ESF tanto na escola quanto nas famílias de sua abrangência territorial. Em
distintos momentos foram realizados o diagnóstico situacional e a (re) organização das
atividades e das ações em teoria e prática, tanto na escola quanto na ESF. Os grupos de
alunos universitários se reuniam duas vezes por semana para discutir as atividades,
receber orientações e reprogramar o plano de ação sempre que necessário.
O plano de ação no 5° ano consistiu em favorecer e melhorar a linguagem oral e escrita
através da criação de narrativas proporcionando aos alunos novas experiências, buscando
aumentar o interesse pela aprendizagem, retomando os conteúdos já ministrados pela
professora do grupo como reforço da atividade.
Para contemplar os objetivos, os alunos de graduação e pós-graduação da UFSM
propuseram a criação de um jornal que possibilitou o trabalho de diferentes gêneros
textuais através de uma estratégia criativa que despertou o interesse e participação dos
escolares.
Merecem destaque as relacionadas aos gêneros textuales- notícia, reportagem, propaganda
e receita- pois conduziram os alunos a conhecer a história da escola e da comunidade, a
importância de adquirir hábitos saudáveis, as dificuldades na saúde enfrentadas e as
possibilidades de enfrentamento dos problemas. Na atividade relacionada ao gênero
receita, os estudantes fizeram uma salada de frutas, escreveram todo o processo e os
alunos da UFSM aproveitaram a oportunidade para explicar a importância de comer de
forma saudável. A turma desenvolveu um jornal que contemplou suas produções
(poesias, entrevistas, receitas, anúncios de vendas de produtos da comunidade),
campanhas do Ministério da Saúde (Dengue, Leptospirose, AIDS, Tabagismo, Crack,
abandono de animais) e dicas de saúde como por exemplo forma correta de carregar a
mochila escolar entre outros.
Para 9° ano foram previstas ações com o objetivo de trabalhar a interpretação de textos a
partir de gêneros textuais periodísticos com o fim de compreender e utilizar a linguagem
que já conheciam nos distintos contextos, incentivando a alfabetização através de práticas
de linguagem que se entrelaçaram com a realidade em que viviam na tentativa de
compreender as razões do desinteresse em relação a escola e a aprendizagem formal para,
desta forma, motivá-los e os estimular.
Foi desenvolvido um plano de ação que não trabalhasse somente a linguagem oral e
escrita, mas também o intercâmbio de experiências buscando a causa do desinteresse e da
desmotivação quanto ao futuro. Filmes, distintos gêneros musicais, discussões
motivacionais e a criação de espaço para que os alunos manifestassem seus gostos e
preferências de atividades fizeram a diferença neste grupo.
Mas foi com o tema “profissões” que a experiência se destacou. Foram realizados textos,
desenhos, cartazes com as profissões que cada aluno se identificava. No último dia de
aula, os alunos propuseram uma festa e foram vestidos com a roupa da profissão que
passaram a almejar, criando surpresa e emoção para alunos da UFSM e professores
envolvidos na ação.
Foi obtido um grande avanço no que tange ao comportamento, sociabilidade, respeito
mútuo, interesse por uma profissão, características até então “adormecidas” nestes alunos.
Desafios para o desenvolvimento? Na escola desta comunidade, os principais desafios
efrentados eram a falta de perspectiva profissional e de vida dos adolescentes, a gravidez
precoce, as doenças sexualmente transmissíveis o que, entre outros fatores, gerava
desinteresse pela aprendizagem. Por se tratar de um bairro onde o tráfico de drogas e
prostituição co-existem de forma dinâmica, foi um desafio estimular a prática do estudo
como forma (por vezes) alternativa de futuro em detrimento à essas práticas vivenciadas
por estes alunos.
Quais as novidades desta experiência? A interdisciplinaridade entre a Fisioterapia e a
Fonoaudiologia, profissões muitas vezes taxadas como meramente reabilitativas
demonstraram que podem e devem trabalhar na Atenção Básica. Nesta experiência, as
profissões trabalharam incentivando o sentido de responsabilidade pela saúde individual
e coletiva proporcionando ferramentas para capacitar indivíduos a agirem sobre
determinantes de saúde de sua comunidade. O desenvolvimento e aperfeiçoamento da
linguagem oral e escrita e a resignificação da visão do mundo assim como a concientização
sobre o autocuidadeo e adoção de estilos de vida saudáveis foram outras grandes
conquistas decorridas dessa ação.
Referências Bibliográficas:
1.
BRASIL. Política Nacional de Atenção Básica-PNAB, Caderno 1, Primeira Edição,
Brasília, Ministério da Saúde, 2012.
2.
BRASIL. Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais, Primeira Edição,
Brasília, Ministério da Educação e do Desporto, 1997.
3.
BRASIL. Manual de Educação em Saúde, Primera Edición, Volume I, Série A,
Normas e Manuais Técnicos. Brasília, Ministério da Saúde, 2008.
[1] Fisioterapeuta, Especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde pela Universidade
Federal de Santa Maria-UFSM, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Distúrbios da
Comunicação Humana-UFSM, Santa Maria, Brasil.
[2] Professora doutora do Programa de Graduação em Fonoaudiologia e Pós-graduação em
Distúrbios da Comunicação Humana-UFSM, Coordenadora do Programa de Residência
Multiprofissional e tutora do Programa de Educação pelo trabalho em Saúde -PRÓ-PET-SAÚDE
da UFSM, Santa Maria, Br

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