Juro baixo impulsiona crédito que usa imóvel como garantia para

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Juro baixo impulsiona crédito que usa imóvel como garantia para
Fonte: Dr. Leonardo Cotta Pereira
Seção: Imóveis
Versão: Impresso e online
Data: 29/04/2014
LINHA DE CRÉDITO
Juro baixo impulsiona crédito que usa imóvel
como garantia para empréstimo
Modalidade cresce embalada pelas taxas mais baixas do mercado e longo
prazo para pagamento
Sharon Abdalla
Usar um imóvel como garantia para obter um empréstimo. Embora ainda pouco
conhecida entre as modalidades de crédito disponíveis no mercado, a prática
chamada de home equity vem ganhando espaço e pode ser uma boa opção
para quem precisa de dinheiro para reformar a casa, pagar uma dívida do
cheque especial ou usar o recurso como capital de giro da empresa.
Home equity requer cuidados para evitar perda do imóvel
Ter certeza sobre a capacidade de pagamento das parcelas é um dos
principais pontos aos quais os clientes que recorrem ao home equity devem
estar atentos. Como o imóvel fica alienado ao banco até a quitação do
empréstimo, o proprietário pode perder o bem, que é levado a leilão, caso o
dono não cumpra com o compromisso financeiro.
O advogado Leonardo Cotta Pereira, sócio do setor societário da Siqueira
Castro Advogados, explica que a contratação do crédito costuma ser uma
operação simples, mas que o fato de os bancos apresentarem contratos
prontos pode colocar o cliente em uma situação de desvantagem. “O
consumidor geralmente não tem formação jurídica. Então, a orientação é para
que as pessoas leiam bem o contrato, principalmente as „letras pequenas‟, e
procurem entender quais são seus direitos e deveres antes de assiná-lo”,
pontua.
Outra dica é buscar informações sobre o banco ou a financiadora no qual se
está tomando o empréstimo. Marcelo Prata, fundador do site Canal do Crédito,
lembra que, como o cliente poderá lidar com bancos médios, nem sempre
conhecidos, vale checar no Banco Central se a instituição está habilitada para
operar esta modalidade de crédito. “Em hipótese alguma o contratante deve
fazer antecipação de recursos. Isso vale para qualquer tipo de empréstimo”,
acrescenta.
A modalidade – também conhecida como crédito com garantia do imóvel –, é
oferecida principalmente por financiadoras e bancos de pequenos e médio e
têm sido impulsionada pelas taxas de juros mais atrativas e pelo prazo de
pagamento longo.
Paulo de Paula Abreu, presidente da Barigui Securitizadora, conta que a
carteira hipotecária da empresa cresce na ordem de 35% ao ano. No HSBC, a
contratação deste tipo de crédito aumentou 7% no comparativo entre março de
2014 e o mesmo mês de 2015. O site Canal do Crédito, que oferece assessoria
para a contratação do empréstimo, registrou crescimento de 35% na busca
pelo serviço durante o primeiro trimestre de 2015.
Por ter menor custo e maior prazo, o home equity
pode derrubar a parcela mensal pela metade em
comparação com a do crédito consignado.
Gilberto Abreu, diretor executivo de
negócios imobiliários do Santander
“Este ainda é um produto que tem uma carteira pequena em relação a outras
modalidades de crédito, mas percebemos que novos bancos estão entrando
neste mercado, ampliando sua oferta”, afirma Marcelo Prata, fundador do site e
presidente da Associação Brasileira dos Correspondentes de Empréstimo e
Financiamento Imobiliário (Abracefi).
A carteira de home equity no Brasil gira em torno de R$ 15 bilhões, segundo
estimativa de Abreu. Só no Santander, cerca de R$ 500 milhões já foram
contratados pelo sistema. “Nossa expectativa é a de que essa linha terá um
crescimento superior a 10% neste ano. Ela representa uma opção barata para
o consumidor em um momento em que ele busca crédito mais em conta”,
avalia Gilberto Abreu, diretor executivo de negócios imobiliários do Santander.
O HSBC também projeta um crescimento de cerca de dois dígitos deste
mercado para 2015.
Taxas
Atualmente, a média de juros aplicada sobre ohome equity é de 1,76% ao mês
e 23,32% ao ano, segundo cálculo feito por Prata. Mesmo variando entre as
diferentes instituições financeiras – o Santander e o HSBC praticam taxas a
partir de 1,47% e 1,5%, por exemplo – os juros ficam bem abaixo dos cobrados
pelo cheque especial, 11,22% ao mês, e do crédito pessoal, 4,94% mensais.
Outra vantagem da modalidade é o prazo mais longo, de 15 a 20 anos, para o
pagamento do empréstimo, que pode ser usado para qualquer finalidade. “Por
ter menor custo e maior prazo, o home equity pode derrubar a parcela mensal
pela metade em comparação com a do crédito consignado”, afirma o diretor
executivo do Santander.
Os especialistas alertam, no entanto, que a modalidade não é a opção mais
vantajosa para quem deseja adquirir um novo imóvel, que tem no
financiamento imobiliário a alternativa mais barata. “O home equity pode ser
usado para imóveis não financiáveis, como chácaras, ou com algum tipo de
irregularidade”, explica o presidente da Abracefi.

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