cooperação energética nas américas

Transcrição

COOPERAÇÃO ENERGÉTICA NAS AMÉRICAS
Centro Brasileiro de Relações Internacionais – CEBRI
11 de dezembro / 2006 – FIRJAN - Rio de Janeiro
Ildo Luis Sauer
Diretor de Gás e Energia
da PETROBRAS
SUMÁRIO
Panorama Energético Mundial
Panorama Energético da América do Sul
Perspectivas de Integração da América do Sul
Perspectivas de Integração nas Américas
PANORAMA ENERGÉTICO MUNDIAL
Consumo Mundial de Energia Primária per capita
Fonte: BP Statistical Review of World Energy 2006
Mapa-múndi indicando o IDH dos Estados-membros da ONU - 2004
██ elevado (0,800 - 1)
██ médio (0,500 - 0,799)
██ baixo (0,300 - 0,499)
██ n/a
Fontes: ONU (UNDP 2006), Wikipedia
Principais Fluxos Comerciais de Petróleo
Principais Fluxos Comerciais de Gás Natural
Rede de Gasodutos nos EUA
Gasodutos da Europa e Ásia
GNL – Terminais de Regaseificação nos EUA
Prince Rupert
Kitimat
Canaport
Gros
Bradwood
Cacouna
Bear Head
Astoria/Skipanon
Grande-Anse
Strait of Canso
Rabaska
Port
Keltic Petrochemical/
Quoddy Bay
Westward
Maple LNG
Downeast
Jordan
Calais LNG
Cove
Battery Rock
Broadwater Everett
Neptune
Pacific Gateway
Crown Landing
Long
Northeast
Gateway
Clearwater Port
Sparrow’s Point
Beach
Weavers Cove
Ocean Way
Creole Trail
Keyspan LNG
Energia
Cabrillo Port
Cove Point
Safe Harbor
Sabine
Bay
Freedom
Rosarito
Costa Azul
Elba
Lake
Crossing
Energy
Center
Island
Charles
Coronado Islands
Port
Arthur
Sonora Pacific
Cameron
Compass Port
Freeport
Topolobampo
Pascagoula Southeast
Calhoun LNG
Corpus Christi
Gateway
Tidelands
Bahamas
Altamira
Calypso LNG
Existing
Manzanillo
Vermilion
Bienville
179
Proposed
Lazaro
Main Pass
Gulf
Cardenas
Approved
Existentes = 5
Energy
Gulf
Landing
Gateway Hub
Propostos = 46
Aprovados = 18
Beacon Port
Port Pelican
Fonte: CERA, 2006
GNL - Terminais de Regas (Europa) e de Liquefação (Norte da Africa)
R eg a s— E xis tin g
L iq u efac tio n
E xistin g
L iq u efac tio n
U n d e r C o n stru ctio n
L iq u e fac tion
P ro p os e d
R e g as — U n de r C o n stru c tion
R e g as — P ro p o se d
B altic L N G
O ke lö su n d
Tee ss id e
G ATE E e m sh a ve n
Term in al
G d an s k
C an v ey
W ilh e lm s h av en
A ng les ey
S ha n n o n
S o u th H o o k
L ion g a s
D rag o n
Z e eb ru g g e
Is le o f G ra in
A tla ntic
O ce an M o n to ir
B ilb a o
S in es
S a g u n to
H u elva
F o s C a v ao u
L ivo rn o
Em construção = 6
Tries te
K rk
M o n fa lc o n e
R o s ig n an o
Ta ra n to
B a rce lo n a
S a n F erd in a n d o
C a rtag e n a
A rze w
Existentes = 14
B la c k S ea L N G
P o rto
L e va n te
L a Sp e zia
E l F erro l
G a ss i
To u il
S k ik da
P o rto
E m p e d o lle
M a rm a ra
E re g lis i
B rin d is i
G io ia
Ta u ro
P rio lo
Izm ir
R e v yth o u ss a
M e d ite rra ne an
Sea
Va siliko s
D a m ie tta
Id ku
Fonte: CERA
Propostos = 23
M arsa E l B re g a
Fonte: CERA, 2006
GNL – Integração das regiões de comercialização
Previsão 2012
Incremento da demanda e oferta
(mtpa)
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Demanda do
Atlântico
Oferta do
Atlântico
Oferta do
Oriente Médio
/Pacífico
Demanda do
Pacífico
Energia Elétrica: Participação na Geração Hidroelétrica Mundial
Suécia e
Noruega 11%
Canadá 13%
Rússia 9%
USA 12%
China 6%
Brasil 12%
Resto do Mundo 37%
Fonte: US Department of Energy
Ref.: Eng. Roberto Pereira d’Araujo
SUMÁRIO
Perspectivas de Integração da América do Sul.
PANORAMA ENERGÉTICO DA AMÉRICA DO SUL
Petróleo: no balanço regional, a região é exportadora líquida,
sendo 81% das exportações direcionadas aos EUA
País
Venezuela
Argentina
Bolívia
Brasil
Peru
Colômbia
Chile
Equador
Uruguai
Paraguai
Total
Reservas
Provadas
(Bilhões
barris)
79,7
2,3
0,4
11,8
1,1
1,5
0,0
5,1
0,0
0,0
101,9
Situação em 2005
(Valores médios em mil barris/dia)
Oferta Líquida
3.007,0
725,0
64,0
1.718,0
111,0
549,0
0,0
541,0
0,0
0,0
6.715,0
Consumo
Balanço
553,0
421,0
48,0
1.819,0
139,0
230,0
257,0
148,0
35,0
28,0
3.678,0
2.454,0
304,0
16,0
-101,0
-28,0
319,0
-257,0
393,0
-35,0
-28,0
3.037,0
Fontes: - Bolívia, Uruguai e Paraguai: DOE/EIA;
- Demais países: BP Statistical Review of World Energy June 2006
Gás Natural: no balanço regional, a Oferta ainda está atendendo a
Demanda. Restrições no curto e médio prazos
País
Reservas Provadas
TCF
Venezuela
Argentina
Bolívia
Brasil
Peru
Colômbia
Chile
Equador
Uruguai
Paraguai
Total
152,4
17,8
26,1
11,0
11,5
4,0
3,5
0,4
0,0
0,0
226,6
BCM
4.312
504
739
310
325
113
98
10
0
0
6.411,4
Situação em 2005
(Valores médios em MMm³/dia)
Oferta Líquida
Consumo
79,2
124,9
30,5
31,2
4,4
18,6
3,2
0,5
0,0
0,0
292,5
79,2
111,2
3,8
55,3
4,4
18,6
20,6
0,5
0,4
0,0
294,0
Balanço
0,0
13,7
26,7
-24,1
0,0
0,0
-17,4
0,0
-0,4
0,0
-1,5
Obs: - TCF: Trilhões de Pés Cúbicos; - BCM: Bilhões de Metros Cúbicos
Fontes: - Chile e Bolívia: CERA;
- Demais países: BP Statistical Review of World Energy June 2006
Rede de Gasodutos atual:
ainda incipiente mas
significativas expansões
estão em curso,
particularmente no Brasil
Integração Elétrica na América do Sul
Venezuela
1
Brasil
Bolívia
2
ITEM
PRODUTO
ORIGEM
ENTREGA
IMPORTAÇÃO
1
Energia Elétrica
Venezuela
Boa Vista - RR
200 MW
2
Energia Elétrica
Paraguai/Itaipu
Foz do Iguaçu
5.600 MW
3
Energia Elétrica
Paraguai/Ande
Foz do Iguaçu
50 MW
4
Energia Elétrica
Brasil/Argentina
Garabi - RS
2.200 MW
5
Energia Elétrica
Brasil/Uruguai
Livramento - RS
70 MW
6
Energia Elétrica
Argentina
Uruguaiana - RS
50 MW
TOTAL
3
Paraguai
4
Argentina
6
5
Uruguai
8.170 MW
Fonte: MME, ONS
Sta. Elena
A Rede Elétrica
Principal do
Brasil
Coaracy Nunes
Boa Vista
Santana
Balbina
Manaus
Santarém
Cametá
Altamira
Itaituba
S.Maria
V.Conde
Tucuruí
São Luiz
Fortaleza
Marabá
P.Dutra
Imperatriz
Coletora
Porto Velho
Rio Branco
Abunã
138 kV
230 kV
345 kV
440 kV
500 kV
+
- 600 kV DC
750 kV
Miracema
Ji-Paraná
Guajará
Mirim
Existente
Colinas
Samuel
Ariquemes
Sinop
P.Bueno
Vilhena
Futuro
Gurupi
S.da Mesa
Sorriso
Cuiabá
Manso
Jaurú
Açu
Teresina
Boa
Esperaça
S.J.Piaui
Natal
Recife
Sobradinho
Lajeado
Irecê
Gov.Mang
Maceió
Xingo
Aracaju
Salvador
B.J.Lapa
Funil
Brasília
Goiânia
Rondonópolis
T.Marias
Corumbá
Aquidauana
C.Grande
Belo
Horizonte
Dourados
Itaipu
Campos
Rio de Janeiro
Ivaiporã
São Paulo
Curitiba
Argentina
Sto.Angelo
Garabi
Itá
Blumenau
C.Novos
Uruguaiana
Livramento
Vitória
Produção (2004)
Hidráulica: 91,2%
Térmica: 8,6%
Importação: 0,2%
Porto Alegre
Candiota
Capacidade Instalada
(dez/04)
Hidráulica: 82%
Térmica: 18%
Fonte: MME, ONS
Etanol - Evolução das Exportações brasileiras
2,00
1,80
1,60
1,40
MM m³
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Fonte:AliceWeb – MIDC 2006
SUMÁRIO
PERSPECTIVAS DE INTEGRAÇÃO DA
AMÉRICA DO SUL
Cenários da América do Sul – Tendências Consolidadas

Intensificação das Iniciativas de integração

Espaço para aproveitamento do potencial de
complementaridade econômica dos países

Maior participação de outras regiões (China, Europa) na
economia sul-americana (comércio e investimentos)

Maior participação do gás natural na matriz energética

Incremento da Produção de bio-combustíveis
AMÉRICA DO SUL
Cenário Provável
Avanço da Integração
Aumento dos investimentos
Expansão da malha de redes para gás e
energia elétrica
Aumento na produção e no intercâmbio de
produtos do petróleo,gás e bio-combustíveis
Maior racionalidade e eficiência dos processos
Desenvolvimento tecnológico
AMÉRICA DO SUL
O Futuro
O gás natural integrando
o Continente
Principais produtores:
•Venezuela
• Bolívia
• Argentina
• Brasil
• Peru
Principais Consumidores:
• Argentina
•Venezuela
•Brasil
AMÉRICA DO SUL
Gasoducto del Sur: A proposta brasileira
VANTAGENS:
1- ECONOMIA DE
ESCALA
2- DESENVOLVIMENTO
DO CENTRO-OESTE
3- EFETIVA
INTEGRAÇÃO DA
AMÉRICA DO SUL
AMÉRICA DO SUL
Projeção de Oferta e Demanda de GN: o equilíbrio fica assegurado
com a integração gasífera da região
País
Projeção para 2010 - 2012
(Valores médios em MMM³/dia)
Capacidade de Oferta
Venezuela
Argentina
Bolívia
Brasil
Peru
Colômbia
Chile
Equador
Uruguai
Paraguai
Total
155,8
135,0
48,3
69,6
7,5
20,0
5,0
0,6
0,0
0,0
441,8
Balanço
Consumo
113,3
134,8
5,0
115,4
7,5
20,0
41,5
0,6
2,9
0,5
441,5
42,5
0,2
43,3
-45,8
0,0
0,0
-36,5
0,0
-2,9
-0,5
0,3
SUMÁRIO
PERSPECTIVAS DE INTEGRAÇÃO
NAS AMÉRICAS
Fatores adversos:
Elevada assimetria entre as Economias do Norte e do Sul
Elevadas distancias inviabilizando conexões físicas (redes
elétricas, dutos deO&G)
Baixa complementaridade energética
Barreiras comerciais
Perspectivas políticas não convergentes
NAS AMÉRICAS
Tendências:
Caracas
VENEZUELA
COLOMBIA
Bogotá
Manaus
ECUADOR
Fortaleza
Urucu
O crescimento econômico
BRAZIL
Porto Velho
na América do Sul implicará
em maior demanda de
Recife
PERU
Cuiabá
La Paz
BOLIVIA
Lima
Brasília
Pisco
Belo Horizonte
Vitória
Rio de Janeiro
São Paulo
PARAGUAY
energia, levando a uma
ARGENTINA
maior concorrência por
energéticos (ex. GNL).
Santiago
Salvador
Porto Alegre
URUGUAY
Montevideo
Buenos Aires
Gasodutos Existentes
Gasodutos em estudos
Terminais de Regas
NAS AMÉRICAS
Oportunidades: Elevado potencial de produção sul-americana de
bio-combustíveis, particularmente no Brasil
Fontes
Renováveis
44.7%
O Brasil é um importante player no
mercado internacional de biocombustíveis.
Biomassa
29,7%
Hidroeletricidade
15,0%
Urânio
1,2%
Carvão Mineral
6,4%
Gás Natural
9,3%
Petróleo
38,4%
O Brasil é favorecido pelo clima e
pelo solo para o aumento da
produção de biocombustíveis,
especialmente os das oleaginosas
Forte tendência de crescimanto da
demanda por combustíveis
renováveis.
A produção de Biodiesel é uma
Questão Estratégica para o Brasil.
Source: MME / BEN 2006
NAS AMÉRICAS
Oportunidades: Elevado potencial de produção sul-americana de
bio-combustíveis – Cadeia de Produção do H-BIO
H-BIO
Field
Oil
Seeds
Hydrogen
Squeeze
Plantation
or
PETROBRAS
Process
Refined
Oil
PETROBRAS
Process
Conventional
Process
Fractions of
diesel
Refinery
Diesel
Transerestification
Biodiesel
Ethanol
or
Distributors
Methano
l
Mixture
B2 or B5
Glycerin
+ Ethanol
+ Others
Service
stations
or
Diesel
Oportunidades: Crescente demanda
particularmente o etanol
NASfósseis,
AMÉRICAS
por energéticos não
Mercado Global de Etanol – 46.5 Bilhões de Litros
Américas do
Norte e Central
37%
América do
Sul
38%
Europa
9.8%
Brasil
35%
Asia
16.2%
NAS AMÉRICAS
Logística de Exportação do Etanol
Novo duto de etanol
(800 km)
Escoamento de etanol
via fluvial
Perspectiva de
Exportação
8.0 Milhões m3 em 2012
Terminal marítimo Rio
de Janeiro
Terminal marítimo
São Paulo
Considerações Finais
A disponibilidade e a diversidade de energéticos na América do Sul e
seu mercado potencial atraem interesses econômicos e permitirão
sustentabilidade no desenvolvimento regional, através da otimização
da matriz energética e do transporte e da prioridade no
desenvolvimento humano e tecnológico.
Perspectivas de excedentes exportáveis de bio-combustíveis,
particularmente de etanol, aliado ao aumento da demanda, poderão
estimular o comércio Norte-Sul.
O DESAFIO É A
NOSSA ENERGIA