David Blaine - Mágico Amador

Transcrição

David Blaine - Mágico Amador
Biografia
David Blaine
Leia também:
Código de Ética
Kradyn fala para a LT!
Rua: Que ótimo lugar para
se apresentar!
APOIO:
edicao-no.1
E mais!
APOIO:
EDITORIAL
Prepare-se, você está entrando em
um mundo mágico, um marco do Fórum
Mágico Amador, pois depois do próprio
fórum, este foi o primeiro projeto desta
comunidade a "sair do papel" realmente.
Esperamos que todos fiquem
satisfeitos com esta edição de estréia da
revista "Le Tourniquet". E que estréia!
Pois temos em mãos matérias
espetaculares, artigos valiosíssimos, a
biografia do famoso David Blaine e uma
super entrevista com o experiente mágico
Kradyn. Com certeza depois desta
estréia, poderemos trazer mais matérias,
mais entrevistas, mais biografias para
você, nosso querido leitor, claro que
vocês não devem esquecer de nos enviar
seu e-mail, através do endereço
[email protected].
O show deve continuar!!!
nesta
edição:
3
Artigo
Rua: Que ótimo lugar
para se apresentar!
4
Entrevista
Saiba mais sobre
o mágico Kradyn!
5
Artigo
Quando uma livre escolha
é realmente uma livre
escolha?
5
Código de Ética
Para seguir constantemente.
6
Biografia
David Blaine
Mr. Víctor
Editor
expediente
Le Tourniquet
Nº 01 - Janeiro de 2004
Publicação criada pelos usuários do fórum
Mágico Amador
(www.magicoamador.com.br/forum)
Editor:
Mr.Víctor
E-mails:
Will.bom.juz
Diagramação/artigos:
JimVerc
Entrevistas:
Ob1iiZ
Biografias:
Antonio
Design gráfico:
Cabala
ARTIGO
Starry
por Ace
T
alvez um dos maiores feitos e
tremores para mim é ter uma
platéia se formando, enquanto se apresenta
mágica num festival de rua ou criar uma
audiência de pessoas que vagam enquanto fazem
compras. Eu aprendi como fazer mágica de rua
na Califórnia (mesmo antes de David Blaine
pegar num baralho). Sem querer diminui-lo. Seu
trabalho é fascinante e seu estilo certamente
pede atenção. Assim como é para David Blaine, a
mágica de rua está próxima de mim. Meu
trabalho não foi totalmente encantador. Eu não
fiz um especial de TV com Leo. Entretanto, fiz
mágica de rua por muitos anos. Em vez de me
apresentar para grandes patrocínios, a mágica de
rua para mim, como para a maioria, significa ser
mágico o bastante para receber uma recompensa
monetária depois de sua performance ao passar o
chapéu. Às vezes isso é comentado como "O
Arremesso." Quando eu comecei na Mágica de
Rua, não foi por escolha. Eu era um artista
esforçado e vivi em dificuldade financeira.
Realmente, eu tinha de conseguir algo para
comer. Eu era realmente esforçado. Às vezes eu
me apresentava no Six Flags Magic Mountain
como o Trapaceiro da Língua de Prata (agora
existe um nome no qual você pode confiar.) Mas
por um momento eu tinha como colocar comida
na mesa e telhado sobre minha cabeça
No início eu não sabia o que fazer. Eu
tentei fazer o "Cups and Balls" bolas de esponja e
pequenas mágicas (moedas e cartas), assim como
David Blaine. Foi tudo bem, a reação das pessoas
é ótimo para o ego, mas eu não conseguia ganhar
o bastante. Até eu descobrir os segredos reais da
mágica de rua, que eu aprendi como ganhar
dinheiro. Os dois maiores segredos consistem
em usar a sua voz e a área de trabalho para
maximizar a participação da audiência.
Certifique-se de que as pessoas estejam te vendo
e ouvindo o máximo possível.
Le Tourniquet
Como maximizar seu palco de mágica
de rua:
Use palcos naturais tais como alguns
degraus de um prédio. Esse pode ser um lugar
perfeito para um show. Isso é extremamente
importante, já que a maioria das mágicas não
podem ser feitas com pessoas ao seu redor. Mas é
fácil encontrar uma área para trabalhar. Apenas
procure por alguns degraus e fique neles.
Também, tente fazer do local um lugar onde a
audiência fique confortável para assistir. Por
exemplo, não deixe que o sol fique atrás de você.
Agora você deve certificar-se que pode
ser ouvido. Se você não tem um microfone, é
melhor aprender a projetar sua voz. É assim que
eu faço. Se você me ver fazer mágica de rua, vai
me ouvir. Quanto maior a audiência, mais alto
você tem de ser, é claro.
Outro segredo bem guardado é como
atrair uma platéia. Alguns preferem começar a
fazer alguns truques e ver no que dá. Eu prefiro
organizar a platéia e depois deixar todos
assistirem. Isso não pode ser a coisa mais fácil do
mundo. Mas, se você for bom, seu lucro como
mágico de rua irá facilmente duplicar. Aqui estão
algumas dicas que ajudarão:
Faça um relógio de papel com ponteiros
móveis para ajustar o horário. Ele deve ter "Hora
do Próximo Show" escrito acima dele; Faça um
círculo de giz na rua, onde você quer que a
platéia fique, e diga a eles para ficarem, por favor,
atrás da linha em semicírculo; Desenvolva uma
rotina falada que fará as pessoas rirem e se
juntarem. Em meu livro o mágico fala coisas que
eu realmente uso em meus shows na rua;
Contrate algumas garotas bonitas para
desfilarem pela rua perto de você, seminuas;
Distribua cerveja de graça.
É claro que eu estava brincando com os
dois últimos itens. Mas muitos mágicos gritam
"CERVEJAAAA GRÁÁÁTIS." É claro que isso só
Foto: Philip Goule
desaponta pessoas como eu.
Outra sugestão é tentar atrair os
espectadores mais próximos de você. Aqueles
que estão mais distantes de você serão os que irão
embora sem deixar nada em seu chapéu. Então,
quanto mais próximo eles estiverem de você,
melhor. Também, lembre-se de que, ao trazer
pessoas para a frente, faça espaço para mais
clientes atrás. Algo que eu sempre faço quando
estou me apresentando na rua é deixar as
crianças sentarem à frente. Os pais não parecem
se importar se as crianças se aproximam e
sentam na rua. Eu não sei o porquê, mas eles não
se importam. Descobri que isso é uma ferramenta
útil, por que todas as crianças querem poder
colocar um real no chapéu depois do show e elas
forçam seus pais a irem para a frente levá-las.
Lembre-se de não demorar. Muitos
mágicos tentam se apresentar continuamente.
Isso não funciona. Seu show de mágica precisa
ter um início, meio e fim. Tudo isso vai acontecer
em menos de quinze minutos, dez é ainda
melhor. O tempo não vai dizer o quanto eles te
darão como pagamento. A maioria dá um real ou
o que acha cômodo. Uma apresentação boa mas
curta é muito melhor que uma ótima e longa, por
que as pessoas ainda estarão lá quando você
passar o chapéu.
Outra coisa é lidar com o vento. Quando
você sai para a rua pela primeira vez, lembre-se
de que uma rajada súbita de vento espalhará as
cartas. De fato, uma rajada de vento não derruba
uma mesa leve. Você pode usar muitas mágicas
que podem ser feitas sem ter problemas com o
vento mas tem que aprender a protegê-las. Peça
para as pessoas segurarem objetos ou coloque
outros objetos pesados sobre as coisas leves. Se
uma mágica não é resistente ao vento, você vai
notar que não se pode fazê-la na rua.
Outro segredo é envolver sua audiência
ao máximo. Quase sempre, a pessoa ou pessoas
que você usa como assistentes te darão uma
gorjeta (Quando, na verdade, você deveria pagálas).
Certifique-se e informe sua audiência
que no fim do show, você vai passar o chapéu.
Isso não será surpresa para a maioria, mas diga
que é como se fosse o pagamento do ingresso.
Isso, é claro, pode ser feito com: ou humor, ou um
tom mais sério, mas nunca deprecie a audiência
por assistirem sem pagar. Já vi mágicos tentarem
isso e eles só perderam a platéia.
Uma linha boa para o dinheiro pode ser:
"Muitas pessoas me perguntam como eu faço
esses milagres maravilhosos, mas eles me
perguntam com freqüência o porquê... Por quê?
Eu te digo... Faço isso por uma causa digna... por
que se não for digno, não vou comer".
Meu último segredo é que você também
deve contar à sua audiência que você vai
terminar o show antes de fazê-lo. Por exemplo:
"Senhoras e senhores, algo pelo qual todos nós
estávamos esperando... minha mágica final."
Quando você termina o show, faça as saudações e
passe o chapéu. A linha que eu uso é: "Se vocês
apreciaram o show, por favor mostre sua
apreciação. Obrigado".
2004 - Janeiro - p. 03
ENTREVISTA
Kradyn
Kradyn
Kradyn
Entrevista com Cláudio Luiz Pena Medina, o Kradyn.
N
ascido em 07/02/1960 na cidade de
Teixeiras - MG e atualmente com 43
anos, sendo 20 destes dedicados à
mágica. Reside atualmente em Itabirito também
no Estado de Minas Gerais. Começou nas artes
mágicas, segundo ele, muito tarde, aos 23 anos de
idade (Mas vale aquilo que ele mesmo falou:
"mas, aprendi que sempre é tempo."). Faz parte de
três associações Mágicas, a NUMAM - Núcleo
Mágico de Minas Gerais; Mágico Amador
(Bombeiro) e Top Magic Secret (Andrély). Gosta
de fazer todo o tipo de Mágicas desde Close-up,
argumentada, palco e salão. Identifica-se muito
com Mágicas em que pode falar com o Público e
que despertem situações de riso a fim de tornar o
show mais alegre.
Le Tourniquet: Como descobriu a mágica?
Kradyn: Quando tinha aproximadamente 5 anos
de idade assisti a uma apresentação de um
Mágico (infelizmente não sei o seu nome) e daí
para frente somente pensava em ser Mágico.
Tentei muito quando criança mas nesta época era
difícil demais conseguir informações e era caro
também. Comprei um livro e tentei montar um
show mirim com um primo, Carlos Henrique.
Ficamos somente no iniciar.
Le Tourniquet: A partir de que momento ela
entrou na sua vida?
Kradyn: Quando em 14 de Setembro de 1983
entrei no Castelo das Mágicas, cujo proprietário é
o meu grande Amigo Kellys, para comprar bala
que suja a boca com meu irmão, assisti ao Kellys
fazendo o baralho rádio. Foi emocionante para
mim. Lá fiquei e iniciei os meus passos nesta
nova fase.
Le Tourniquet: Que ou quais mágicos te
influenciaram?
Le Tourniquet
Kradyn: Gosto demais de todos os Mágicos e de
todas as apresentações bem feitas mas muito me
influenciou o meu professor de Mágicas Tonny
Odahkann, com o qual concluí o meu curso de
Mágicas em dezembro de 1983 e com ele e o
Kellys realizamos o primeiro show em Julho de
1984 exatamente no dia do casamento do primo
Carlos Henrique.
Le Tourniquet: Quais são os mágicos que você
mais admira?
Kradyn: Houdini pelo seu sucesso, David
Copperfield pela sua versatilidade, Siegfried &
roy pelo arrojo, Vik e Fabrini pela conquista de
um campeonato mundial, Rokan pela sua
habilidade, Kellys e Odahkann pela
oportunidade que me deram.
Não poderia deixar de citar aquí meus
inseparáveis parceiro da profissão Eliana esposa, Claudio Junior e Carolina - filhos.
“...se dediquem muito à arte e que aprendam a valorizar e
respeitar esta arte que vive de um (ou vários) segredos que
devem ser muito bem guardados e repassados mesmo a quem mereça.”
começando na Artes Mágicas?
Kradyn: Que se dediquem muito à arte e que
aprendam a valorizar e respeitar esta arte que
vive de um (ou vários) segredos que devem ser
muito bem guardados e repassados mesmo a
quem mereça.
Le Tourniquet: Como foi sua primeira
apresentação?
Kradyn: Dor de barriga antes. Na minha cidade
natal, acompanhado dos Padrinhos Kellys e
Tonny Odahkann. Kellys abriu o show e depois
dele fui anunciado. Luva em flor, corda em aros e
Bola Zombie marcaram a minha estréia.
Le Tourniquet: Vc lembra qual foi o seu primeiro
truque?
Kradyn: Sim, além de lembrar tenho-o até hoje.
Qual? baralho rádio. Guardo-o com uma relíquia
dentro de uma caixa de madeira. Como seria o
efeito? Transforma-se todas as cartas no 10 de
copas.
Le Tourniquet: Já aconteceu algo errado em uma
apresentação sua?
Kradyn: Sim.
Kradyn: Muita calma, muito ensaio, fé em Você e
em Deus (ou em quem acredita). Olhe nos olhos
do público e manda ver. Principalmente seja
honesto com o seu público.
Le Tourniquet: Como e onde conseguiu seus
primeiros materiais (Truques, acessórios, etc)?
Kradyn: Juntamente com o Kellys no Castelo das
Mágicas em Belo Horizonte - MG (Fone
(31)32225056)
Le Tourniquet: Você acha que a comunidade
mágica brasileira (mágicos) é unida? Justifique.
Kradyn: Mais ou menos. Vejo que todos devem se
agrupar e ter AMIZADE acima de tudo uns para
com os outros. O Meio fica muito melhor assim.
Le Tourniquet: Que acessório ou utensílio você
aconselha que todo mágico deva ter?
Kradyn: Pelo menos um baralho e uma dedeira.
O show pode começar.
Le Tourniquet: Uma dica para aqueles que
almejam viver da profissão:
Kradyn: Dedicação, entusiasmo, treino e
coragem.
Le Tourniquet: Onde procurou ajuda?
Le Tourniquet: Alguém percebeu?
Kradyn: No Castelo das Mágicas e no NUMAM.
Kradyn: NÃO
Le Tourniquet: O que vc acha ou como vc vê a
mágica no Brasil?
Le Tourniquet: A partir de que momento decidiu
se tornar um Mágico?
Kradyn: Vejo como algo que mereça um futuro
promissor mas que na atualidade deve ser
respeitada para sobreviver e chegar no "futuro
promissor" como uma arte querida por todos.
Kradyn: Aos 5 anos quando assisti a este Mágico
citado anteriormente.
Kradyn: Shimada.
Le Tourniquet: Teve ou tem outra profissão?
Le Tourniquet: Um livro indispensável?
Le Tourniquet: Ela tem o espaço necessário?
Kradyn: Sim.
Kradyn: Coleção do J.Peixoto. Históricos e com
dicas super úteis até os dias de hoje.
Kradyn: O espaço ainda está engatinhando. Se
tivéssemos cassinos liberados teríamos muito
espaço para trabalhar. Os teatros, Tv´s e espaços
culturais dão pouco espaço para a Mágica. Os
patrocinadores ídem.
Le Tourniquet: Qual ou quais?
Le Tourniquet: O que vc diria para os que estão
Le Tourniquet: Pra você, qual a maneira mais
proveitosa para se aprender Artes Mágicas?
Kradyn: Assistindo outros Mágicos e sendo
assitido para se ter um melhor parâmetro.
Le Tourniquet: Um vídeo indispensável?
Kradyn: Sou Técnico em Mineração e Instrutor
de treinamento.
Le Tourniquet: Alguma dica para quem vai fazer
sua primeira apresentação?
Le Tourniquet: Um truque indispensável em um
repertório (ou que todo mágico deva saber)?
Kradyn: Passes básicos com baralhos (arredagem
e double lift). Você estará apto para qualquer
"emergência".
2004 - Janeiro - p. 04
ENTREVISTA
ARTIGO
Entrevista com
<continuação> Kradyn
<continuação>
Le Tourniquet: O que poderia ser feito para
melhorar a Arte Mágica no Brasil? ou acha que
está tudo perfeito?
Kradyn: Primeiramente que os próprios Mágicos
a respeitem. partindo daí tudo será mais fácil.
Não, não está tudo perfeito. Ela precisa ser
respeitada pelos diletantes para depois ser
respeitada pelo público e pela mídia.
Kradyn: Faremos a
abertura de um
evento no Marista
Hall (close-up) em
Belo Horizonte e
outro no Minas
Náutico (salão)
Kradyn
Le Tourniquet: O que você acha do "Exposure"?
Kradyn: Uma onda maléfica que assola a nossa
arte e que deve ser contida mesmo.
Le Tourniquet: O que você acha de Comunidades
como a nossa?
Kradyn: São excelentes Núcleos que só trazem o
bem e um maior entrosamento entre todos.
Aumentando a amizade aumenta-se a confiança
e aumentando-se a confiança aumenta-se o
conhecimento.
Le Tourniquet: O que seria interessante
acrescentar na nossa comunidade?
Kradyn: Aumentar a transparência entre os
usuários (informações confiáveis e verdadeiras
dos perfis por exemplo).
Le Tourniquet: Conhece algum site que seja
indispensável para qualquer mágico?
Kradyn: Todos que falem com honestidade de
nossa arte e logicamente os sites de artigos
Mágicos.
Le Tourniquet: Quais são os eventos mais
importantes para a divulgação da mágica no
Brasil?
Kradyn: Congressos e Conferências como
recentemente tivemos em Pouso Alegre e Rio
Claro.
Le Tourniquet: Que anda fazendo atualmente?
Kradyn: Shows e eventos particulares e
empresariais.
Le Tourniquet: Tem alguma apresentação ou
evento previsto que queira divulgar?
Le Tourniquet
Le Tourniquet:
Quais são seus
próximos projetos?
Kradyn: Gostaria
muito de poder
iniciar 2004
Desenho: David Ridley
treinando mais
M á g i c a s e
aprendendo muito, mesmo que não as faça, gosto
de Viver a Mágica.
Le Tourniquet: Fique a vontade para falar o que
quiser para os nossos leitores:
Kradyn: Gostaria de deixar uma mensagem a
todos no sentido de valorizar a cada dia as horas
que cada um treina e aperfeiçoa. Estes momentos
devem ser valorizados por cada um a fim de que a
nossa tão amada arte seja mais respeitada.
Lembrem-se se nós não a respeitarmos ninguém
respeitará.
Le Tourniquet: Se quiser deixar alguma forma de
contato: (E-mail, Icq, Msn, Site, Endereço, Tel. e
etc).
Kradyn: Estou à disposição de todos:
Família Kradyn
Av. Manoel Salvador de Oliveira 1488 - Bela vista
Fones:
(31) 3561 1940 / (31)3561 7540 / (031)9962 1940
35450 - 000 - Itabirito -MG
http://www.bhnet.com.br/~magico
[email protected]
Em nome da nossa comunidade agradecemos o
seu tempo e paciência concedidos para esta
entrevista e por ter compartilhado conosco um
pouco de seus conhecimentos!!!
Nossa Comunidade te deseja muito sucesso
tanto pessoal, como profissional, não somente
para você, mas pra toda a Família KRADYN.
por Mark S Farrar
P
ergunta: Quando uma livre escolha não é
uma livre escolha?
Resposta: Nunca.
O que eu quero dizer com isto? É que o
espectador nunca deveria saber a diferença entre
uma livre escolha verdadeira e uma indução.
Agora eu percebo que isso parece óbvio, mas
acredito que nós, como mágicos, caímos muito
em nossos próprios métodos e às vezes tentamos
analisar os pensamentos da audiência.
Por exemplo, suponhamos que nós pedimos
ao espectador para ele escolher uma carta. Isso
também pode ser uma livre escolha, ou pode ser
uma indução. Muitos livros de mágica, quando
descrevem o anterior, dizem algo como "enfatize
sobre a livre escolha deles". O problema é que, às
vezes, isso pode chegar ao ponto onde os
espectadores suspeitem depois caso nenhuma
menção seja feita. Isso é obviamente mais para
casos onde uma rotina inteira está sendo
apresentada, quando, digamos, uma mágica
precisa de uma indução e outra não.
Parece que nós deveríamos ser consistentes
se quisermos que algo seja escolhido, seja uma
carta, um livro ou o que seja, e se é realmente
uma livre escolha ou não.
Isso implica em duas aproximações
paralelas:
1. Se estamos forçando o item, tente usar
uma indução que pareça o mais limpo possível,
dadas as circunstâncias (exemplo: uma indução
matemática pode ser adequada numa rotina
mental, mas não numa demonstração de
apostas). Não se esqueça que o que parece ser
uma indução óbvia para nós, pode não parecer
para uma pessoa "comum", e que o oposto pode
também ser aplicado.
2. Se nós realmente estamos oferecendo uma
livre escolha, não use frases como "não vou te
influenciar" ou "você pode realmente escolher
qualquer carta que quiser". Se você quer usar
frases assim, certifique-se de que você use-as até
quando estiver forçando algo. Isso pode ser
importante quando se faz uma apresentação para
outros mágicos, e é, também, um bom hábito
para se cultivar.
De fato, como a palavra "comum" na frase
corriqueira "eu tenho aqui um baralho comum", a
palavra "indução" nunca deve ser usada, mesmo
numa explicação ou introdução. Isso é, creio, um
princípio aceito que as pessoas comuns não
devem nem ser alertadas de que podem fazer
uma escolha de algo que na verdade foi forçado.
Apesar de termos o conhecimento de que
(algumas) pessoas não são não inteligentes, é
melhor não colocar tais idéias nas cabeças delas.
Frases alternativas como "influenciando sua
escolha" são psicologicamente muito melhor.
Mas existe uma última pergunta que precisa
ser feita. Como podemos nos certificar realmente
sobre o pensamento da audiência? Tudo o que
nós esperamos fazer é apresentar nossa mágica
para pessoas "reais", sermos cientes das reações
visíveis delas e tentar aprender com isso.
CÓDIGO DE ÉTICA
T
odos os membros da Irmandade
Internacional de Mágicos concordam em:
literatura, e seus direitos de ter uso exclusivo ou
permitir o uso tais criações por outros.
1) Opor-se à exposição voluntária ao público de
qualquer princípio da Arte da Mágica, ou os
métodos empregados em qualquer efeito mágico
ou ilusão.
4) Desencorajar declarações falsas nas
propagandas de efeitos, e literatura, mercadorias
ou ações relativas às artes mágicas.
2) Demonstrar comportamento ético na
apresentação da mágica ao público e na conduta
como mágico, incluindo não interferir ou
arriscar a apresentação de outro mágico nem
através de intervenção pessoal, nem por uso nãoautorizado da criação de outrem.
3) Reconhecer e respeitar os direitos dos
criadores, inventores, autores e donos de
conceitos mágicos, apresentações, efeitos e
5) Desencorajar propaganda de qualquer aparato,
efeito, literatura ou outro material nas
publicações de mágica, pelos quais o anunciante
não tenha os direitos comerciais.
6) Promover o tratamento humano e cuidados
com os animais domésticos usados nas
apresentações mágicas.
Fonte: http://www.magician.org
Email: [email protected]
2004 - Janeiro - p. 05
BIOGRAFIA
DAVID
BLAINE
David Blaine nasceu no dia 4 de abril de
1973 no bairro do Brooklyn em Nova Iorque.
que a cara não fique grudada ali. Se a
tempertarura de seu corpo (que é monitorada por
aparelhos) caisse para menos de 32,5º
centígrados, ele teria sido retirado de lá. Médicos
ficaram de plantão. Em caso de emergência, o
mágico também havia desenvolvido um
esquema de comunicação com piscar de olhos…
Após 3 dias dentro do cubo de gelo, Blaine
é retirado e conseguiu realizar com sucesso mais
uma façanha.
A hora final desta façanha foi mostrada ao
vivo num especial da emissora norte-americana
ABC intitulado "A Vertigem de David Blaine".
Depois da contagem regressiva de 10 segundos,
feita pela multidão ansiosa, Blaine, vestindo
Aos 17, se mudou para Nova Iorque
sozinho, para tentar segui carreira profissional.
Com 21 anos, David recebeu a notícia mais
desagradável de sua vida... Sua mãe havia
morrido de câncer, ela tinha 48 anos, em 1994.
Le Tourniquet
uma grande influência para muitos jovens.
Milhares de fãs se reuniram num parque
atrás da sede principal da Biblioteca Pública de
Nova York, na Quinta Avenida, para ver Blaine
pular do alto do pilar -que, em sua ponta
superior, mede cerca de 56 centímetros de
largura- sobre uma pilha de caixas de papelão.
Na fase da adolescência, David passou a se
interessar em atuações... e viajava todo dia para
Manhatan, ir para uma escola de atuação.
Chegou a fazer algumas aparições em comerciais
de televisão.
David Blaine já ficou dentro de um cubo de
gelo em Manhattan EUA, na frente do General
Motors Building da Trump International Plaza,
o mágico das ruas, sem dúvida, foi
O mágico David Blaine, que já realizou
proezas como passar uma semana enterrado
debaixo da terra, pôs fim em mais uma façanha
quando saltou de um pilar de 24 metros de altura
sobre a qual se manteve em pé por quase 35
horas.
Sempre incentivado por sua mãe, Patrie
White, David se tornou um mestre na arte
mágica. Já com 4 anos de idade, David efetuou
sua primeira mágica, que ele adquiriu em uma
loja da Disney, foi "the pencil through the card".
Sua mãe se casou novamente, com um banqueiro
chamado John Bukalo, e eles se mudaram para
New Jersey.
Mas, David não desistiu, continuou sua
carreira, fazendo mágicas para pessoas
importantes, como Al Pacino, Robert De Niro,
Leonardo Di Caprio, Jack Nicholson, Arnold
Schwarzenegger, David Geffen, Mike Tyson e
Madonna.
E das vezes que ele realizava mágicas para
pessoas famosas, ele conheceu um diretor de
televisão chamado Harmony Korine, que fez uma
fita demo de mágicas de rua e enviou a ABC. E a
ABC aprovou o programa, logo sairia em estréia
nacional o programa "David Blaine The Street
Magic".
Amado por uns e odiado por outros,
em Midtown, o sujeito passou três dias preso em
um bloco de gelo de 3 metros de altura por quase
2 metros de espessura. A maluquice foi parte do
especial de TV "David Blaine: Frozen in Time", da
emissora ABC.
Blaine entrou no bloco de gelo sem camisa,
apenas de shorts e com um gel no corpo, o mesmo
que nadadores usam para cruzar as águas geladas
do Canal da Mancha, na Europa. Também são
fundamentais as botas especiais que ajudam a
bombear sangue para as pernas, para que elas
não congelem mesmo. Na verdade, ele vai ficar
de pé no bloco, com cerca de 5 centímetros de
vão entre seu corpo e o gelo em si.
calças folgadas e um moletom com capuz, saltou
do pilar e caiu deitado sobre a pilha de caixas.
O mágico e ilusionista aparentava estar
fisicamente fraco, mas coerente, e disse "Deus
abençoe a todos nós", antes de ser levado a uma
ambulância para ser examinado por médicos. Os
organizadores do evento disseram que Blaine
não foi amarrado ao pilar e que a única concessão
feita à segurança física do mágico foi a colocação
de dois apoios de mão que ele agarrou quando
ocorreram rajadas de vento. David Blaine ficou
sem se alimentar e bebeu apenas quantidades
mínimas de água durante as 35 horas. Ele
concedeu entrevistas à imprensa por meio de um
rádio transmissor sem fios
Antes de subir na coluna, na terça-feira,
alguém perguntou ao artista por que razão seus
espetáculos públicos costumam ser simples
testes de resistência física, em lugar de
números de mágica. Blaine respondeu que uma
façanha com tema mágico será a próxima coisa
que fará, acrescentando: "Mas a resistência
física também é importante para mim, porque
representa algo maior... É sinal de que você está
tentando dar o melhor de si em alguma coisa.”
Até a próxima!
Chegamos ao final do primeiro número
de Le Tourniquet! Toda equipe, com certeza,
trabalhou pensando na satistação do colega
Mágico, que comemora o seu dia neste 31 de
janeiro.
E que a chama da magia nunca se apague
nos corações daqueles que sabem sonhar.
equipe LT
A dificuldade maior foi dormir (ou melhor,
não dormir) sem encostar o rosto no gelo, para
2004 - Janeiro - p. 06

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