David Blaine - Mágico Amador
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David Blaine - Mágico Amador
Biografia David Blaine Leia também: Código de Ética Kradyn fala para a LT! Rua: Que ótimo lugar para se apresentar! APOIO: edicao-no.1 E mais! APOIO: EDITORIAL Prepare-se, você está entrando em um mundo mágico, um marco do Fórum Mágico Amador, pois depois do próprio fórum, este foi o primeiro projeto desta comunidade a "sair do papel" realmente. Esperamos que todos fiquem satisfeitos com esta edição de estréia da revista "Le Tourniquet". E que estréia! Pois temos em mãos matérias espetaculares, artigos valiosíssimos, a biografia do famoso David Blaine e uma super entrevista com o experiente mágico Kradyn. Com certeza depois desta estréia, poderemos trazer mais matérias, mais entrevistas, mais biografias para você, nosso querido leitor, claro que vocês não devem esquecer de nos enviar seu e-mail, através do endereço [email protected]. O show deve continuar!!! nesta edição: 3 Artigo Rua: Que ótimo lugar para se apresentar! 4 Entrevista Saiba mais sobre o mágico Kradyn! 5 Artigo Quando uma livre escolha é realmente uma livre escolha? 5 Código de Ética Para seguir constantemente. 6 Biografia David Blaine Mr. Víctor Editor expediente Le Tourniquet Nº 01 - Janeiro de 2004 Publicação criada pelos usuários do fórum Mágico Amador (www.magicoamador.com.br/forum) Editor: Mr.Víctor E-mails: Will.bom.juz Diagramação/artigos: JimVerc Entrevistas: Ob1iiZ Biografias: Antonio Design gráfico: Cabala ARTIGO Starry por Ace T alvez um dos maiores feitos e tremores para mim é ter uma platéia se formando, enquanto se apresenta mágica num festival de rua ou criar uma audiência de pessoas que vagam enquanto fazem compras. Eu aprendi como fazer mágica de rua na Califórnia (mesmo antes de David Blaine pegar num baralho). Sem querer diminui-lo. Seu trabalho é fascinante e seu estilo certamente pede atenção. Assim como é para David Blaine, a mágica de rua está próxima de mim. Meu trabalho não foi totalmente encantador. Eu não fiz um especial de TV com Leo. Entretanto, fiz mágica de rua por muitos anos. Em vez de me apresentar para grandes patrocínios, a mágica de rua para mim, como para a maioria, significa ser mágico o bastante para receber uma recompensa monetária depois de sua performance ao passar o chapéu. Às vezes isso é comentado como "O Arremesso." Quando eu comecei na Mágica de Rua, não foi por escolha. Eu era um artista esforçado e vivi em dificuldade financeira. Realmente, eu tinha de conseguir algo para comer. Eu era realmente esforçado. Às vezes eu me apresentava no Six Flags Magic Mountain como o Trapaceiro da Língua de Prata (agora existe um nome no qual você pode confiar.) Mas por um momento eu tinha como colocar comida na mesa e telhado sobre minha cabeça No início eu não sabia o que fazer. Eu tentei fazer o "Cups and Balls" bolas de esponja e pequenas mágicas (moedas e cartas), assim como David Blaine. Foi tudo bem, a reação das pessoas é ótimo para o ego, mas eu não conseguia ganhar o bastante. Até eu descobrir os segredos reais da mágica de rua, que eu aprendi como ganhar dinheiro. Os dois maiores segredos consistem em usar a sua voz e a área de trabalho para maximizar a participação da audiência. Certifique-se de que as pessoas estejam te vendo e ouvindo o máximo possível. Le Tourniquet Como maximizar seu palco de mágica de rua: Use palcos naturais tais como alguns degraus de um prédio. Esse pode ser um lugar perfeito para um show. Isso é extremamente importante, já que a maioria das mágicas não podem ser feitas com pessoas ao seu redor. Mas é fácil encontrar uma área para trabalhar. Apenas procure por alguns degraus e fique neles. Também, tente fazer do local um lugar onde a audiência fique confortável para assistir. Por exemplo, não deixe que o sol fique atrás de você. Agora você deve certificar-se que pode ser ouvido. Se você não tem um microfone, é melhor aprender a projetar sua voz. É assim que eu faço. Se você me ver fazer mágica de rua, vai me ouvir. Quanto maior a audiência, mais alto você tem de ser, é claro. Outro segredo bem guardado é como atrair uma platéia. Alguns preferem começar a fazer alguns truques e ver no que dá. Eu prefiro organizar a platéia e depois deixar todos assistirem. Isso não pode ser a coisa mais fácil do mundo. Mas, se você for bom, seu lucro como mágico de rua irá facilmente duplicar. Aqui estão algumas dicas que ajudarão: Faça um relógio de papel com ponteiros móveis para ajustar o horário. Ele deve ter "Hora do Próximo Show" escrito acima dele; Faça um círculo de giz na rua, onde você quer que a platéia fique, e diga a eles para ficarem, por favor, atrás da linha em semicírculo; Desenvolva uma rotina falada que fará as pessoas rirem e se juntarem. Em meu livro o mágico fala coisas que eu realmente uso em meus shows na rua; Contrate algumas garotas bonitas para desfilarem pela rua perto de você, seminuas; Distribua cerveja de graça. É claro que eu estava brincando com os dois últimos itens. Mas muitos mágicos gritam "CERVEJAAAA GRÁÁÁTIS." É claro que isso só Foto: Philip Goule desaponta pessoas como eu. Outra sugestão é tentar atrair os espectadores mais próximos de você. Aqueles que estão mais distantes de você serão os que irão embora sem deixar nada em seu chapéu. Então, quanto mais próximo eles estiverem de você, melhor. Também, lembre-se de que, ao trazer pessoas para a frente, faça espaço para mais clientes atrás. Algo que eu sempre faço quando estou me apresentando na rua é deixar as crianças sentarem à frente. Os pais não parecem se importar se as crianças se aproximam e sentam na rua. Eu não sei o porquê, mas eles não se importam. Descobri que isso é uma ferramenta útil, por que todas as crianças querem poder colocar um real no chapéu depois do show e elas forçam seus pais a irem para a frente levá-las. Lembre-se de não demorar. Muitos mágicos tentam se apresentar continuamente. Isso não funciona. Seu show de mágica precisa ter um início, meio e fim. Tudo isso vai acontecer em menos de quinze minutos, dez é ainda melhor. O tempo não vai dizer o quanto eles te darão como pagamento. A maioria dá um real ou o que acha cômodo. Uma apresentação boa mas curta é muito melhor que uma ótima e longa, por que as pessoas ainda estarão lá quando você passar o chapéu. Outra coisa é lidar com o vento. Quando você sai para a rua pela primeira vez, lembre-se de que uma rajada súbita de vento espalhará as cartas. De fato, uma rajada de vento não derruba uma mesa leve. Você pode usar muitas mágicas que podem ser feitas sem ter problemas com o vento mas tem que aprender a protegê-las. Peça para as pessoas segurarem objetos ou coloque outros objetos pesados sobre as coisas leves. Se uma mágica não é resistente ao vento, você vai notar que não se pode fazê-la na rua. Outro segredo é envolver sua audiência ao máximo. Quase sempre, a pessoa ou pessoas que você usa como assistentes te darão uma gorjeta (Quando, na verdade, você deveria pagálas). Certifique-se e informe sua audiência que no fim do show, você vai passar o chapéu. Isso não será surpresa para a maioria, mas diga que é como se fosse o pagamento do ingresso. Isso, é claro, pode ser feito com: ou humor, ou um tom mais sério, mas nunca deprecie a audiência por assistirem sem pagar. Já vi mágicos tentarem isso e eles só perderam a platéia. Uma linha boa para o dinheiro pode ser: "Muitas pessoas me perguntam como eu faço esses milagres maravilhosos, mas eles me perguntam com freqüência o porquê... Por quê? Eu te digo... Faço isso por uma causa digna... por que se não for digno, não vou comer". Meu último segredo é que você também deve contar à sua audiência que você vai terminar o show antes de fazê-lo. Por exemplo: "Senhoras e senhores, algo pelo qual todos nós estávamos esperando... minha mágica final." Quando você termina o show, faça as saudações e passe o chapéu. A linha que eu uso é: "Se vocês apreciaram o show, por favor mostre sua apreciação. Obrigado". 2004 - Janeiro - p. 03 ENTREVISTA Kradyn Kradyn Kradyn Entrevista com Cláudio Luiz Pena Medina, o Kradyn. N ascido em 07/02/1960 na cidade de Teixeiras - MG e atualmente com 43 anos, sendo 20 destes dedicados à mágica. Reside atualmente em Itabirito também no Estado de Minas Gerais. Começou nas artes mágicas, segundo ele, muito tarde, aos 23 anos de idade (Mas vale aquilo que ele mesmo falou: "mas, aprendi que sempre é tempo."). Faz parte de três associações Mágicas, a NUMAM - Núcleo Mágico de Minas Gerais; Mágico Amador (Bombeiro) e Top Magic Secret (Andrély). Gosta de fazer todo o tipo de Mágicas desde Close-up, argumentada, palco e salão. Identifica-se muito com Mágicas em que pode falar com o Público e que despertem situações de riso a fim de tornar o show mais alegre. Le Tourniquet: Como descobriu a mágica? Kradyn: Quando tinha aproximadamente 5 anos de idade assisti a uma apresentação de um Mágico (infelizmente não sei o seu nome) e daí para frente somente pensava em ser Mágico. Tentei muito quando criança mas nesta época era difícil demais conseguir informações e era caro também. Comprei um livro e tentei montar um show mirim com um primo, Carlos Henrique. Ficamos somente no iniciar. Le Tourniquet: A partir de que momento ela entrou na sua vida? Kradyn: Quando em 14 de Setembro de 1983 entrei no Castelo das Mágicas, cujo proprietário é o meu grande Amigo Kellys, para comprar bala que suja a boca com meu irmão, assisti ao Kellys fazendo o baralho rádio. Foi emocionante para mim. Lá fiquei e iniciei os meus passos nesta nova fase. Le Tourniquet: Que ou quais mágicos te influenciaram? Le Tourniquet Kradyn: Gosto demais de todos os Mágicos e de todas as apresentações bem feitas mas muito me influenciou o meu professor de Mágicas Tonny Odahkann, com o qual concluí o meu curso de Mágicas em dezembro de 1983 e com ele e o Kellys realizamos o primeiro show em Julho de 1984 exatamente no dia do casamento do primo Carlos Henrique. Le Tourniquet: Quais são os mágicos que você mais admira? Kradyn: Houdini pelo seu sucesso, David Copperfield pela sua versatilidade, Siegfried & roy pelo arrojo, Vik e Fabrini pela conquista de um campeonato mundial, Rokan pela sua habilidade, Kellys e Odahkann pela oportunidade que me deram. Não poderia deixar de citar aquí meus inseparáveis parceiro da profissão Eliana esposa, Claudio Junior e Carolina - filhos. “...se dediquem muito à arte e que aprendam a valorizar e respeitar esta arte que vive de um (ou vários) segredos que devem ser muito bem guardados e repassados mesmo a quem mereça.” começando na Artes Mágicas? Kradyn: Que se dediquem muito à arte e que aprendam a valorizar e respeitar esta arte que vive de um (ou vários) segredos que devem ser muito bem guardados e repassados mesmo a quem mereça. Le Tourniquet: Como foi sua primeira apresentação? Kradyn: Dor de barriga antes. Na minha cidade natal, acompanhado dos Padrinhos Kellys e Tonny Odahkann. Kellys abriu o show e depois dele fui anunciado. Luva em flor, corda em aros e Bola Zombie marcaram a minha estréia. Le Tourniquet: Vc lembra qual foi o seu primeiro truque? Kradyn: Sim, além de lembrar tenho-o até hoje. Qual? baralho rádio. Guardo-o com uma relíquia dentro de uma caixa de madeira. Como seria o efeito? Transforma-se todas as cartas no 10 de copas. Le Tourniquet: Já aconteceu algo errado em uma apresentação sua? Kradyn: Sim. Kradyn: Muita calma, muito ensaio, fé em Você e em Deus (ou em quem acredita). Olhe nos olhos do público e manda ver. Principalmente seja honesto com o seu público. Le Tourniquet: Como e onde conseguiu seus primeiros materiais (Truques, acessórios, etc)? Kradyn: Juntamente com o Kellys no Castelo das Mágicas em Belo Horizonte - MG (Fone (31)32225056) Le Tourniquet: Você acha que a comunidade mágica brasileira (mágicos) é unida? Justifique. Kradyn: Mais ou menos. Vejo que todos devem se agrupar e ter AMIZADE acima de tudo uns para com os outros. O Meio fica muito melhor assim. Le Tourniquet: Que acessório ou utensílio você aconselha que todo mágico deva ter? Kradyn: Pelo menos um baralho e uma dedeira. O show pode começar. Le Tourniquet: Uma dica para aqueles que almejam viver da profissão: Kradyn: Dedicação, entusiasmo, treino e coragem. Le Tourniquet: Onde procurou ajuda? Le Tourniquet: Alguém percebeu? Kradyn: No Castelo das Mágicas e no NUMAM. Kradyn: NÃO Le Tourniquet: O que vc acha ou como vc vê a mágica no Brasil? Le Tourniquet: A partir de que momento decidiu se tornar um Mágico? Kradyn: Vejo como algo que mereça um futuro promissor mas que na atualidade deve ser respeitada para sobreviver e chegar no "futuro promissor" como uma arte querida por todos. Kradyn: Aos 5 anos quando assisti a este Mágico citado anteriormente. Kradyn: Shimada. Le Tourniquet: Teve ou tem outra profissão? Le Tourniquet: Um livro indispensável? Le Tourniquet: Ela tem o espaço necessário? Kradyn: Sim. Kradyn: Coleção do J.Peixoto. Históricos e com dicas super úteis até os dias de hoje. Kradyn: O espaço ainda está engatinhando. Se tivéssemos cassinos liberados teríamos muito espaço para trabalhar. Os teatros, Tv´s e espaços culturais dão pouco espaço para a Mágica. Os patrocinadores ídem. Le Tourniquet: Qual ou quais? Le Tourniquet: O que vc diria para os que estão Le Tourniquet: Pra você, qual a maneira mais proveitosa para se aprender Artes Mágicas? Kradyn: Assistindo outros Mágicos e sendo assitido para se ter um melhor parâmetro. Le Tourniquet: Um vídeo indispensável? Kradyn: Sou Técnico em Mineração e Instrutor de treinamento. Le Tourniquet: Alguma dica para quem vai fazer sua primeira apresentação? Le Tourniquet: Um truque indispensável em um repertório (ou que todo mágico deva saber)? Kradyn: Passes básicos com baralhos (arredagem e double lift). Você estará apto para qualquer "emergência". 2004 - Janeiro - p. 04 ENTREVISTA ARTIGO Entrevista com <continuação> Kradyn <continuação> Le Tourniquet: O que poderia ser feito para melhorar a Arte Mágica no Brasil? ou acha que está tudo perfeito? Kradyn: Primeiramente que os próprios Mágicos a respeitem. partindo daí tudo será mais fácil. Não, não está tudo perfeito. Ela precisa ser respeitada pelos diletantes para depois ser respeitada pelo público e pela mídia. Kradyn: Faremos a abertura de um evento no Marista Hall (close-up) em Belo Horizonte e outro no Minas Náutico (salão) Kradyn Le Tourniquet: O que você acha do "Exposure"? Kradyn: Uma onda maléfica que assola a nossa arte e que deve ser contida mesmo. Le Tourniquet: O que você acha de Comunidades como a nossa? Kradyn: São excelentes Núcleos que só trazem o bem e um maior entrosamento entre todos. Aumentando a amizade aumenta-se a confiança e aumentando-se a confiança aumenta-se o conhecimento. Le Tourniquet: O que seria interessante acrescentar na nossa comunidade? Kradyn: Aumentar a transparência entre os usuários (informações confiáveis e verdadeiras dos perfis por exemplo). Le Tourniquet: Conhece algum site que seja indispensável para qualquer mágico? Kradyn: Todos que falem com honestidade de nossa arte e logicamente os sites de artigos Mágicos. Le Tourniquet: Quais são os eventos mais importantes para a divulgação da mágica no Brasil? Kradyn: Congressos e Conferências como recentemente tivemos em Pouso Alegre e Rio Claro. Le Tourniquet: Que anda fazendo atualmente? Kradyn: Shows e eventos particulares e empresariais. Le Tourniquet: Tem alguma apresentação ou evento previsto que queira divulgar? Le Tourniquet Le Tourniquet: Quais são seus próximos projetos? Kradyn: Gostaria muito de poder iniciar 2004 Desenho: David Ridley treinando mais M á g i c a s e aprendendo muito, mesmo que não as faça, gosto de Viver a Mágica. Le Tourniquet: Fique a vontade para falar o que quiser para os nossos leitores: Kradyn: Gostaria de deixar uma mensagem a todos no sentido de valorizar a cada dia as horas que cada um treina e aperfeiçoa. Estes momentos devem ser valorizados por cada um a fim de que a nossa tão amada arte seja mais respeitada. Lembrem-se se nós não a respeitarmos ninguém respeitará. Le Tourniquet: Se quiser deixar alguma forma de contato: (E-mail, Icq, Msn, Site, Endereço, Tel. e etc). Kradyn: Estou à disposição de todos: Família Kradyn Av. Manoel Salvador de Oliveira 1488 - Bela vista Fones: (31) 3561 1940 / (31)3561 7540 / (031)9962 1940 35450 - 000 - Itabirito -MG http://www.bhnet.com.br/~magico [email protected] Em nome da nossa comunidade agradecemos o seu tempo e paciência concedidos para esta entrevista e por ter compartilhado conosco um pouco de seus conhecimentos!!! Nossa Comunidade te deseja muito sucesso tanto pessoal, como profissional, não somente para você, mas pra toda a Família KRADYN. por Mark S Farrar P ergunta: Quando uma livre escolha não é uma livre escolha? Resposta: Nunca. O que eu quero dizer com isto? É que o espectador nunca deveria saber a diferença entre uma livre escolha verdadeira e uma indução. Agora eu percebo que isso parece óbvio, mas acredito que nós, como mágicos, caímos muito em nossos próprios métodos e às vezes tentamos analisar os pensamentos da audiência. Por exemplo, suponhamos que nós pedimos ao espectador para ele escolher uma carta. Isso também pode ser uma livre escolha, ou pode ser uma indução. Muitos livros de mágica, quando descrevem o anterior, dizem algo como "enfatize sobre a livre escolha deles". O problema é que, às vezes, isso pode chegar ao ponto onde os espectadores suspeitem depois caso nenhuma menção seja feita. Isso é obviamente mais para casos onde uma rotina inteira está sendo apresentada, quando, digamos, uma mágica precisa de uma indução e outra não. Parece que nós deveríamos ser consistentes se quisermos que algo seja escolhido, seja uma carta, um livro ou o que seja, e se é realmente uma livre escolha ou não. Isso implica em duas aproximações paralelas: 1. Se estamos forçando o item, tente usar uma indução que pareça o mais limpo possível, dadas as circunstâncias (exemplo: uma indução matemática pode ser adequada numa rotina mental, mas não numa demonstração de apostas). Não se esqueça que o que parece ser uma indução óbvia para nós, pode não parecer para uma pessoa "comum", e que o oposto pode também ser aplicado. 2. Se nós realmente estamos oferecendo uma livre escolha, não use frases como "não vou te influenciar" ou "você pode realmente escolher qualquer carta que quiser". Se você quer usar frases assim, certifique-se de que você use-as até quando estiver forçando algo. Isso pode ser importante quando se faz uma apresentação para outros mágicos, e é, também, um bom hábito para se cultivar. De fato, como a palavra "comum" na frase corriqueira "eu tenho aqui um baralho comum", a palavra "indução" nunca deve ser usada, mesmo numa explicação ou introdução. Isso é, creio, um princípio aceito que as pessoas comuns não devem nem ser alertadas de que podem fazer uma escolha de algo que na verdade foi forçado. Apesar de termos o conhecimento de que (algumas) pessoas não são não inteligentes, é melhor não colocar tais idéias nas cabeças delas. Frases alternativas como "influenciando sua escolha" são psicologicamente muito melhor. Mas existe uma última pergunta que precisa ser feita. Como podemos nos certificar realmente sobre o pensamento da audiência? Tudo o que nós esperamos fazer é apresentar nossa mágica para pessoas "reais", sermos cientes das reações visíveis delas e tentar aprender com isso. CÓDIGO DE ÉTICA T odos os membros da Irmandade Internacional de Mágicos concordam em: literatura, e seus direitos de ter uso exclusivo ou permitir o uso tais criações por outros. 1) Opor-se à exposição voluntária ao público de qualquer princípio da Arte da Mágica, ou os métodos empregados em qualquer efeito mágico ou ilusão. 4) Desencorajar declarações falsas nas propagandas de efeitos, e literatura, mercadorias ou ações relativas às artes mágicas. 2) Demonstrar comportamento ético na apresentação da mágica ao público e na conduta como mágico, incluindo não interferir ou arriscar a apresentação de outro mágico nem através de intervenção pessoal, nem por uso nãoautorizado da criação de outrem. 3) Reconhecer e respeitar os direitos dos criadores, inventores, autores e donos de conceitos mágicos, apresentações, efeitos e 5) Desencorajar propaganda de qualquer aparato, efeito, literatura ou outro material nas publicações de mágica, pelos quais o anunciante não tenha os direitos comerciais. 6) Promover o tratamento humano e cuidados com os animais domésticos usados nas apresentações mágicas. Fonte: http://www.magician.org Email: [email protected] 2004 - Janeiro - p. 05 BIOGRAFIA DAVID BLAINE David Blaine nasceu no dia 4 de abril de 1973 no bairro do Brooklyn em Nova Iorque. que a cara não fique grudada ali. Se a tempertarura de seu corpo (que é monitorada por aparelhos) caisse para menos de 32,5º centígrados, ele teria sido retirado de lá. Médicos ficaram de plantão. Em caso de emergência, o mágico também havia desenvolvido um esquema de comunicação com piscar de olhos… Após 3 dias dentro do cubo de gelo, Blaine é retirado e conseguiu realizar com sucesso mais uma façanha. A hora final desta façanha foi mostrada ao vivo num especial da emissora norte-americana ABC intitulado "A Vertigem de David Blaine". Depois da contagem regressiva de 10 segundos, feita pela multidão ansiosa, Blaine, vestindo Aos 17, se mudou para Nova Iorque sozinho, para tentar segui carreira profissional. Com 21 anos, David recebeu a notícia mais desagradável de sua vida... Sua mãe havia morrido de câncer, ela tinha 48 anos, em 1994. Le Tourniquet uma grande influência para muitos jovens. Milhares de fãs se reuniram num parque atrás da sede principal da Biblioteca Pública de Nova York, na Quinta Avenida, para ver Blaine pular do alto do pilar -que, em sua ponta superior, mede cerca de 56 centímetros de largura- sobre uma pilha de caixas de papelão. Na fase da adolescência, David passou a se interessar em atuações... e viajava todo dia para Manhatan, ir para uma escola de atuação. Chegou a fazer algumas aparições em comerciais de televisão. David Blaine já ficou dentro de um cubo de gelo em Manhattan EUA, na frente do General Motors Building da Trump International Plaza, o mágico das ruas, sem dúvida, foi O mágico David Blaine, que já realizou proezas como passar uma semana enterrado debaixo da terra, pôs fim em mais uma façanha quando saltou de um pilar de 24 metros de altura sobre a qual se manteve em pé por quase 35 horas. Sempre incentivado por sua mãe, Patrie White, David se tornou um mestre na arte mágica. Já com 4 anos de idade, David efetuou sua primeira mágica, que ele adquiriu em uma loja da Disney, foi "the pencil through the card". Sua mãe se casou novamente, com um banqueiro chamado John Bukalo, e eles se mudaram para New Jersey. Mas, David não desistiu, continuou sua carreira, fazendo mágicas para pessoas importantes, como Al Pacino, Robert De Niro, Leonardo Di Caprio, Jack Nicholson, Arnold Schwarzenegger, David Geffen, Mike Tyson e Madonna. E das vezes que ele realizava mágicas para pessoas famosas, ele conheceu um diretor de televisão chamado Harmony Korine, que fez uma fita demo de mágicas de rua e enviou a ABC. E a ABC aprovou o programa, logo sairia em estréia nacional o programa "David Blaine The Street Magic". Amado por uns e odiado por outros, em Midtown, o sujeito passou três dias preso em um bloco de gelo de 3 metros de altura por quase 2 metros de espessura. A maluquice foi parte do especial de TV "David Blaine: Frozen in Time", da emissora ABC. Blaine entrou no bloco de gelo sem camisa, apenas de shorts e com um gel no corpo, o mesmo que nadadores usam para cruzar as águas geladas do Canal da Mancha, na Europa. Também são fundamentais as botas especiais que ajudam a bombear sangue para as pernas, para que elas não congelem mesmo. Na verdade, ele vai ficar de pé no bloco, com cerca de 5 centímetros de vão entre seu corpo e o gelo em si. calças folgadas e um moletom com capuz, saltou do pilar e caiu deitado sobre a pilha de caixas. O mágico e ilusionista aparentava estar fisicamente fraco, mas coerente, e disse "Deus abençoe a todos nós", antes de ser levado a uma ambulância para ser examinado por médicos. Os organizadores do evento disseram que Blaine não foi amarrado ao pilar e que a única concessão feita à segurança física do mágico foi a colocação de dois apoios de mão que ele agarrou quando ocorreram rajadas de vento. David Blaine ficou sem se alimentar e bebeu apenas quantidades mínimas de água durante as 35 horas. Ele concedeu entrevistas à imprensa por meio de um rádio transmissor sem fios Antes de subir na coluna, na terça-feira, alguém perguntou ao artista por que razão seus espetáculos públicos costumam ser simples testes de resistência física, em lugar de números de mágica. Blaine respondeu que uma façanha com tema mágico será a próxima coisa que fará, acrescentando: "Mas a resistência física também é importante para mim, porque representa algo maior... É sinal de que você está tentando dar o melhor de si em alguma coisa.” Até a próxima! Chegamos ao final do primeiro número de Le Tourniquet! Toda equipe, com certeza, trabalhou pensando na satistação do colega Mágico, que comemora o seu dia neste 31 de janeiro. E que a chama da magia nunca se apague nos corações daqueles que sabem sonhar. equipe LT A dificuldade maior foi dormir (ou melhor, não dormir) sem encostar o rosto no gelo, para 2004 - Janeiro - p. 06
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