- Câmara de Comércio Americana

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- Câmara de Comércio Americana
São Paulo R u a Ve r g u e i r o , 2.087 – Cj. 101
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No 255
Jan-Fev / 2009
Foto da capa: Ricardo Zerrenner (Riotur)
Ano XXIV
04 EDITORIAL
06 EM FOCO
14 FROM THE USA
16 BRASIL URGENTE
BRASIL URGENTE
16 Crise financeira? Faça mais do que cortar custos
Sérgio Carvalho
LIFE STYLE
20
Ventos favoráveis no lazer e na profissão
43 PELO MERCADO
REPORTAGEM
44 OPINIÃO
22
Bill Sweet: uma vida bem vivida
CAPA
28
Bom para o carioca, bom para o turista
Paulo Senise
30
Uma proposta de parceria
Orlando Diniz
COLUNAS
18
Tecnologia da Informação Projeto de nota fiscal eletrônica
28 CAPA
32 NEWS
40 DE OLHO NO RIO
ENTREVISTA
10 Eduardo Nakao
O presidente do IRB-Brasil
Re traça um perfil do mercado
ressegurador brasileiro
depois de um ano do fim do
monopólio. Ele fala, também,
dos 70 anos da instituição, que
considera forte, competente e
promissora.
Fabiano César Tafarelo
26
Legal Alert A contratação de seguros em moeda estrangeira OPINIÃO
André Gondinho
44 Resolução de disputas na Internet Luíz Virgílio Manente e Marlio de Almeida Nóbrega Martins
Divulgação
A tiragem desta edição de 10 mil exemplares é comprovada pela BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES
Expediente:
Publicação mensal da Câmara de
Comércio Americana para o Brasil - RJ
Diretor: Ricardo de Albuquerque Mayer
Editor-chefe e Jornalista Responsável:
Ana Redig (MTB 16.553 RJ)
Repórter e Redator:
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Editora de Arte:
Ana Cristina Secco
Designer e ilustrador: Lui Pereira
Impressão: Ediouro Gráfica e Editora
Fotógrafos: Cinthia Aquino, Luciana Areas
e Ricardo Costa
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assinados não refletem, necessariamente, a
opinião da Câmara de Comércio Americana.
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editorial
Otimismo com os pés no chão
Todo início de ano nos imbuímos de otimismo e nos esmeramos em estabelecer metas e fazer
um bom planejamento. Neste 2009, no entanto, muitos se entregaram ao pessimismo, avaliando
a possibilidade de interromper ou adiar planos e projetos, com receio de serem pegos pela
crise financeira internacional. Mas afinal, será que há reais motivos para tanta preocupação?
Se olharmos o passado recente do país veremos que não. O Brasil já passou por tantas crises,
sem planejamento, sem metas e às vezes até sem esperança. Já estamos quase acostumados a
dias nebulosos: planos Collor, Bresser e Verão; crise do petróleo; moratória externa; dificuldades
e proibição de importação, os exemplos são muitos. Com isso, empresas, executivos e cidadãos
aprenderam a lidar com crises e se tornaram experts em criatividade, agilidade e controles. O que
certamente é uma vantagem competitiva em um momento de crise mundial.
É claro que ninguém deseja conviver novamente com inflação e recessão, mas deixar de investir e de caminhar para onde pretendemos chegar não é a solução. O desemprego e a inflação
não são bons para ninguém, mas impactam de forma mais agressiva os países desenvolvidos, que
não estão acostumados com este tipo de realidade. O Brasil, além de ser experiente na matéria,
tem se mostrado maduro para encarar mais esta prova. As ações do governo para conter o impacto
da crise no país têm sido bem absorvidas pelo mercado, mantendo a estabilidade econômica.
O que se pode esperar para o ano que se inicia é um crescimento um pouco menor do que o
desejado, algo em torno de 3%, mas nada que se aproxime das fases difíceis pelas quais o país
já passou. É claro que alguns setores foram mais afetados. A diferença é que, ao contrário dos
períodos de inflação, empresários e trabalhadores vêm estabelecendo acordos para evitar cortes
de postos de trabalho e demissões. Redução de carga horária e de salário para garantir os empregos tem sido a saída para garantir a saúde financeira de muitas empresas. O governo federal tem
incentivado este tipo de ação, através de medidas como a determinação de que os desembolsos
do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estejam condicionados à
manutenção do emprego nos projetos beneficiados pelo banco público.
Excetuando-se um ou outro segmento, os investimentos no setor produtivo têm dado mostras
de sucesso. A Firjan publicou recentemente nota técnica sobre as Perspectivas Macroeconômicas
da Indústria Fluminense para 2009, indicando um amento no PIB estadual entre 2,2% e 3,5%. A
pesquisa concluiu que este deverá ser um ano de otimismo com moderação.
Temos, portanto, muito a fazer neste ano que se inicia. Na Amcham, os comitês setoriais
estão se tornando cada vez mais fortes e influentes. Com isso, esperamos levar propostas para
a melhoria da sociedade e dos negócios, nos âmbitos local, estadual e federal. Acreditamos
fortemente que a união das empresas em torno de objetivos comuns e a aproximação cada vez
maior com as autoridades darão bons frutos para todos.
Ricardo de Albuquerque Mayer
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Não existe acaso no mundo dos negócios.
Existe Excelência, Liderança e Trabalho em Equipe.
PwC. Pelo 7º- ano consecutivo, a Empresa Mais Admirada no Brasil
no segmento Auditoria, segundo o ranking Carta Capital / TNS InterScience.
Pela 3-a vez consecutiva vencedora do prêmio “Tax Firm of the Year”
no Brasil, concedido pela revista “International Tax Review”.
pwc.com/br
© 2 0 0 8 P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s . To d o s o s d i r e i t o s r e s e r v a d o s . P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s r e f e r e - s e a o n e t w o r k d e f i r m a s m e m b r o s
d a P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s I n t e r n a t i o n a l L i m i t e d , c a d a u m a d a s q u a i s c o n s t i t u i n d o u m a p e s s o a j u r í d i c a s e p a r a d a e i n d e p e n d e n t e.
Correios distribuem
livros a 37 milhões
de alunos
Os Correios vão garantir que até o
início das aulas, os livros didáticos
cheguem a 37 milhões de alunos em
142 mil escolas públicas de todo o país.
Para distribuir os 103 milhões de exemplares (70 mil toneladas de carga) em
locais que vão de centros urbanos a
comunidades ribeirinhas, serão necessárias 3,5 mil viagens de carreta, além
de outros tipos de transporte, como
aviões, balsas e até carros com tração
4x4. Funcionários dos Correios começam a atuar no processo logístico já
Chairman’s Award reconhece
melhores da Continental
na gráfica, quando as editoras iniciam
A gerente de vendas para o Rio de Janeiro e Norte da Continental Airlines,
a impressão. Enquanto isso, é feita
Isabel Bartholomeu, e o vice-presidente para América Latina da empresa,
uma distribuição virtual: um sistema
John Slater, receberam em 2008 o Chairman’s Award. O prêmio, entregue em
organiza a logística no computador,
Houston, é um reconhecimento aos 50 melhores profissionais da empresa que se
para depois ser realizada fisicamente.
destacaram mundialmente na área de vendas e no cumprimento de suas metas. Comunicação mais
eficiente no
Siqueira Castro
O escritório Siqueira Castro Advogados
investiu US$ 200 mil para modernizar
o sistema de comunicação de sua nova
sede administrativa, em São Paulo. O
servidor de telefonia IP implantado
tem capacidade para atender até mil
ramais, além de 350 telefones IP fixos, que permitem ao usuário atender
ligações de qualquer ramal em todos
os andares. Os 12 sócios do escritório
poderão atender a ligações dos ramais
em celulares e outros dispositivos móveis. A tecnologia deverá ser estendida
para os 14 escritórios do país.
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Outback: novidades
que dão água na boca
O Outback Steakhouse lançou opções
inéditas em seu cardápio: para quem
não dispensa uma boa salada, a Peppered Salmon Salad e a El Ranchito
Salad. Já para os amantes da carne,
uma boa pedida é o Chargrilled Ribeye. A Peppered Salmon Salad traz
filé de salmão coberto por exclusivo
mix de pimentas pretas, servido sobre
a salada escolhida pelo cliente. Já a
El Ranchito Salad combina alface,
cenoura, repolho roxo, bacon e tiras
de nachos. Com cortes nobres, o
Chargrilled Ribeye leva um tempero
exclusivo da rede Outback. A carne,
grelhada em chama aberta, é uma
Wall Mart abre loja ecoeficiente
A Wall Mart Brasil inaugurou, no final de dezembro, o primeiro hipermecado
ecoeficiente da rede, em Campinho (RJ). A empresa já vinha se destacando
por seu programa de sustentabilidade, dividido em 10 frentes de trabalho.
Criado em 2005, ele abrange diversas áreas, de construções sustentáveis a
clientes conscientes, passando por produtos e embalagens mais eficientes
e conscientização de funcionários.
homenagem ao ritual de celebração
dos aborígenes australianos.
United Airlines:
top em atendimento
ao cliente
A United Airlines recebeu o prêmio
Global Six Sigma and Business Improvement, pelo melhor projeto de Realização, Marketing ou Experiência do Consumidor. Concedido por uma comissão
independente de consultoria formada
por seis especialistas, a conquista é um
reconhecimento pelos esforços feitos
pela companhia quando a viagem não
transcorre como o planejado.
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BRAZILIAN BUSINESS
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Edi Pereira
Personal Service
sem sinal de crise
Com um faturamento anual de
R$ 300 milhões, a Personal Service,
empresa de gestão de infraestrutura e Recursos Humanos começa o
ano com novos clientes, entre eles
Coca-cola, Golden Cross, Brascan,
Rodobens, All Nations e os condomínios residenciais FrontLake,
Tratamento de resíduos é bom negócio
Aquarius e Macaé Palace. Prestes
a completar 15 anos, a empresa é
hoje uma das maiores do país em
prestação de serviços, com cerca
de 160 clientes distribuídos em
11 estados do Brasil. Além disso,
pretende expandir sua atuação
no Sul e no Nordeste e prevê um
crescimento de 28% no faturamento em relação ao ano passado.
A PricewaterhouseCoopers preparou um estudo para a Associação Brasileira de
Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre) que mostra um crescimento de
41,4% do faturamento do setor privado de tratamento de resíduos no período
2007-2008. A quantidade de resíduos de indústrias e empresas dos setores de
comércio e serviços tratados, processados e dispostos de forma ambientalmente
correta aumentou 33,6%. O setor faturou R$ 1,7 bilhão em 2007, o dobro da
receita verificada em 2004. O estudo abrangeu 87% das empresas do mercado
e é o mais representativo no Brasil.
Sheraton Barra
lança Virtual Planner
O Sheraton Barra, único hotel cinco
estrelas de padrão internacional da
Barra da Tijuca, vai lançar o Virtual
Planner, ferramenta virtual desenvolvida pela Starwood América Latina.
Com o programa, disponível em www.
sheraton-barra.com.br, será possível
escolher o salão que melhor se adequar às necessidades de cada cliente
com base na localização e capacidade.
Também será possível montar orçamentos virtuais, ver vídeos e fotos
dos espaços, selecionar a montagem
do salão, personalizar a decoração e
trocar a mobília.
Divulgação
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Divulgação
Fevereiro 2009
Para se inscrever em cursos e eventos,
acesse www.amchamrio.com.br
12 - Avaliação do valor da empresa e negócios
Sérgio Carvalho
9h às 18h
American Business Center
CURSOS DE MARÇO
5 - O Líder financeiro
Sérgio Carvalho
9h às 18h
American Business Center
09 - Café da manhã
Comitê de Marketing
“Movimento É do Rio - o desenvolvimento da
marca Rio de Janeiro”
Hans Donner
9h às 10h30
American Business Center
10 - Café da manhã
“O papel da Petrobras no fortalecimento da cidadania”
Luiz Fernando Nery
9h às 10h30
American Business Center
16 - Custos e orçamentos em instituições financeiras
Sérgio Carvalho
9h às 18h
American Business Center
12 - Workshop
Comitê de Turismo
“A adequação dos voos
nacionais nos aeroportos
do Rio de Janeiro”
9h às 12h
American Business Center
17 - Desenvolvimento de relacionamentos na
advocacia empresarial
Marco Antônio P. Gonçalves
9h às 18h30
American Business Center
24 - Seleção por competências
Daniela Coelho e Patricia Guimarães
9h às 18h
American Business Center
13 - Café da manhã
Comitê de Meio Ambiente
“INEA - a reestruturação dos órgãos ambientais
estaduais”
12h30 às 14h30
Clube Comercial - ACRJ
EVENTOS DE MARÇO
31 - Seminário
“Competitividade e ética nas organizações”
Laura Nash
9h às 10h30
Auditório - Firjan
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
FEVEREIRO/2008
BRAZILIAN BUSINESS
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entrevista
EDUARDO NAKAO
Resseguros: o Brasil
em uma nova fase
P
aulista e nissei, o economista
Eduardo Hitiro Nakao é
funcionário de carreira do
Banco Central. Comandou a
mesa de mercado aberto do BC na época
do open market, no biênio 2001/2002.
Em seguida, foi diretor presidente do
BB DTVM. Em 2005, chegou ao IRB-Brasil
Re como diretor financeiro, assumindo a
presidência em abril de 2006 – período
em que as discussões sobre a abertura
do mercado brasileiro de resseguros
estavam em alta. Eduardo Nakao conta,
nesta entrevista à editora da Brazilian
Business, Ana Redig, o que pensa
do mercado brasileiro de
resseguros, como a crise
financeira internacional
afeta o setor e quais são
os próximos planos da
empresa, que completa 70
anos em abril.
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Divu
lgaç
ã
o
“Tendo em vista a emergência dos efeitos da
crise financeira internacional, o comportamento
defensivo e seletivo dos resseguradores
instalados no país fica confirmado”
Em abril faz um ano que o mercado
de resseguros brasileiro foi aberto.
Como o senhor avalia este período?
Na realidade, desde a edição da Lei
Complementar 126, de 15.01.2007, o
mercado de resseguros está aberto.
Antes de janeiro de 2007, o próprio
IRB-Brasil Re já autorizara a colocação
direta de riscos no exterior, sempre que
a sua assunção fosse contraindicada
tecnicamente e a legislação facultasse.
Nessas condições, sob a ótica do IRBBrasil Re, a abertura do mercado de
resseguros deixou de ser considerada
uma situação inédita e, antes de tudo,
refletiu inicialmente um período de
ajustamento para a aceitação apenas
de parte do resseguro e não da íntegra,
como fazia parte da história. Refletiu
também a transferência de riscos para
um painel de resseguradores limitado a
aqueles cadastrados; e, por fim, a possibilidade de assumir ou não toda a operação de intermediação do resseguro.
O senhor poderia fazer um perfil
do mercado ressegurador brasileiro
gência dos efeitos da crise financeira
internacional, que reduz a capacidade
de absorção de riscos dos resseguradores
com atuação no mercado externo, o
comportamento defensivo e seletivo
dos resseguradores instalados no país
fica confirmado. Os segurados, portanto, também devem demandar por
políticas de segurança para que não
sofram aumento nos prêmios a serem
pagos nem sejam destinatários de cláusulas de seguro muito severas.
res termos e condições de resseguro,
principalmente na redução de custos
de colocação dos riscos. Como a operação de resseguro, no entanto, detém
as características de uma commodity, os
custos de colocação de risco ou prêmios
estabelecidos pelos resseguradores apresentam diferença insignificante e, se
assim não for, devem ser confrontados
sempre com as condições de cobertura
e franquias decorrentes do clausulado
negociado.
O senhor considera que os brokers
O que ocorre com o mercado brasi-
que atuam no país são bem prepa-
leiro em um momento de crise como
rados?
este? Expansão ou retração? Por quê?
Sim. A maior parte das corretoras
de resseguros cadastradas está vinculada
a grupos econômicos internacionais,
com atuação em diversos países com
tradição no mercado de resseguro que
sempre trabalharam com o IRB-Brasil
Re. Portanto, são detentoras de experiência na colocação de riscos, desde a
sua subscrição até a identificação do
melhor painel de resseguradores com
capacidade.
Ocorre uma pequena retração. A
duração da fragilidade da economia de
cada país é diretamente proporcional à
importância do sistema financeiro, no
sentido lato, em sua renda nacional. O
impacto sobre a economia brasileira,
portanto, está sendo menor se confrontado com aquele incidente sobre
os demais países. Não resta dúvida que
o Brasil passa por uma diminuição no
ritmo dos investimentos privados. O
resultado líquido do confronto entre
a redução da capacidade de absorção
dos riscos excedentes do país e a menor
solicitação por resseguro é uma elevação
dos prêmios, pela sua característica de
commodity. A situação externa, definida
atualmente?
Neste momento, com base na
história do IRB-Brasil Re, os resseguradores cadastrados devem realizar
operações de resseguro sob condições
conservadoras. Tendo em vista a emer-
Como o mercado brasileiro está
convivendo com os novos players
internacionais?
As seguradoras, em nome de seus
clientes segurados, procuram melho-
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
11
entrevista
“O pólo internacional de resseguros será uma
conquista importante para o fortalecimento
do mercado ressegurador brasileiro”
na recessão por que passam algumas
economias consideradas desenvolvidas
e no aumento do grau de incerteza
no produto dos investimentos, deve
prevalecer na fixação dos prêmios de
resseguro, dentre outras variáveis.
Como está a proposta de transformar
o estado do Rio de Janeiro em um
pólo internacional de resseguros?
O assunto está sendo discutido
pelas autoridades competentes. O pólo
internacional de resseguros será uma
conquista importante para o fortalecimento do mercado ressegurador brasileiro e, independente da localização, o
IRB-Brasil Re estará presente com sua
força e tradição.
O IRB-Brasil Re faz 70 anos em abril.
O que essa marca significa?
Estamos muito satisfeitos. Sem
nunca recorrer a qualquer auxílio
financeiro do Tesouro Nacional, os
empregados do IRB-Brasil Re têm – e
em meu entendimento estão corretos
– orgulho do patrimônio acumulado.
A evolução da indústria nacional de
12
BRAZILIAN BUSINESS
seguros evidencia a importância do
IRB-Brasil Re na construção de um
mercado forte e preparado para a entrada no ambiente concorrencial. Por
último, a observação dos resultados,
nos dez últimos exercícios, demonstra
que há muito houve retorno integral
aos investimentos realizados pelos
acionistas e renova a nossa expectativa,
inclusive, em relação aos desafios dos
próximos 70 anos.
Quais são os projetos para os próximos anos?
O IRB-Brasil Re deseja se manter
como empresa competitiva, respaldada
no acúmulo de sua experiência. Diante
de resseguradores de grupos econômicos internacionais, com capitalização
expressiva e atuação em diversos países,
a realização de parceria estratégica, com
ou sem participação acionária, não é
uma meta a ser descartada, em particular neste período em que o banco
de dados das operações de resseguros
e o relacionamento tradicional com as
seguradoras e os grandes segurados têm
um valor econômico maior. BB
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
VEIRANO ADVOGADOS
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RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
PORTO ALEGRE
BRASÍLIA
RIBEIRÃO PRETO
from the usa
Obama e as novas oportunidades
para parcerias nas Américas
Clifford Sobel
C
om a posse de Barack Obama, 44º presidente dos Estados Unidos
da América, devemos considerar as extraordinárias oportunidades
que nossas nações têm de construir parcerias mais profundas e
duradouras. Este é o começo de uma nova era de cooperação
regional. Como disse o presidente Obama: “hoje começamos para valer o
trabalho de assegurar que o mundo que deixaremos para nossos filhos seja um
pouco melhor do que o que habitamos hoje”.
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
“Precisamos ter em mente que nossos destinos
como povos das Américas são inseparáveis. Se
os Estados Unidos e o Brasil concordarem em
liderar, certamente os outros seguirão”
Os Estados Unidos compartilham um hemisfério com
muitas nações que adotaram uma visão partilhada para seus
povos. Uma visão que permite aos cidadãos a liberdade
de moldar seu destino político e buscar oportunidades
econômicas ilimitadas. Compartilhamos desafios que são
transnacionais, que não conhecem fronteiras, e temos a
responsabilidade de enfrentá-los com nossos parceiros. Isso
exige uma liderança regional capaz de inspirar, energizar e
mobilizar os povos das Américas.
Os dois meses após a eleição presidencial americana
oferecem novas evidências dos desafios que temos à frente
− não apenas em nossa região, mas também no mundo: um
novo conflito em Gaza; a crise financeira; atentados terroristas
em Mumbai; cólera na África Austral; relatórios do rápido
derretimento de geleiras; e até mesmo o ressurgimento da
pirataria. Tudo isso, além das questões que enfrentamos regionalmente e que afetam nosso cotidiano: crime organizado,
gangues, drogas, desastres naturais, imigração, bem como
questões de saúde pública e de prosperidade econômica.
Estamos em uma encruzilhada. Não há nenhum país
com os recursos ou o capital intelectual para tratar sozinho
das questões que afetam nossas sociedades. Nenhum país
tem monopólio sobre a sabedoria.
Juntas, as nações devem se valer das extraordinárias
oportunidades para transformar nossa comunidade global no
século 21. Juntos, devemos liderar, construindo e fortalecendo as parcerias e alianças necessárias para vencermos nossos
desafios comuns. Que países estão mais estreitamente afinados para trabalhar em parceria e liderar os esforços do que a
dupla EUA- Brasil? São democracias vibrantes, economias de
mercado aberto e sociedades diversas, arraigadas em tradições
européias, latinas e africanas, convivendo lado a lado.
Os presidentes Lula e Bush trabalharam em estreita
cooperação para estabelecer uma parceria baseada na amizade, no respeito mútuo e nos interesses comuns dos nossos
cidadãos. Devemos fortalecer essa parceria. O presidente
Obama está preparado para fazê-lo. Sua eleição foi um divisor
de águas que trouxe esperança não somente aos americanos,
mas também aos brasileiros.
O presidente Obama reconhece que os Estados Unidos
devem continuar a ser uma força positiva no hemisfério. O
presidente Lula também reconhece que o Brasil é uma força
positiva para as Américas. Durante a campanha eleitoral,
Obama ressaltou que “o que é bom para os povos das Américas é bom para os Estados Unidos”. Ele observou que devemos mensurar o sucesso “não apenas com base nos acordos
entre os governos, mas também com base na esperança das
crianças das favelas do Rio”, e nos sonhos que temos para elas.
Em todo o nosso hemisfério temos oportunidades para
melhorar a cooperação e alcançar objetivos compartilhados
nas áreas econômica, de segurança e ambiental que afetam
a todos. Os EUA buscam uma compreensão mais profunda
e um engajamento mais amplo com nações do Caribe e das
Américas Central e do Sul. A secretária de Estado, senadora
Hillary Clinton, em sua sabatina de confirmação disse que
“estamos na expectativa de tratar de muitas questões durante a
Cúpula das Américas, em abril, e de usar o chamado do presidente eleito para uma nova parceria energética das Américas,
trabalhando em torno de tecnologias que já compartilhamos
e de novos investimentos em energia renovável.”
Este é o momento de reforçar antigas parcerias e construir novas para enfrentar os desafios do século 21 – terrorismo e profliferação nuclear; reforma do sistema financeiro e
revitalização da economia; energias alternativas e mudanças
climáticas; pobreza e doenças.
O ano de 2009 deverá representar uma oportunidade
de renovação do nosso sentimento de que temos objetivos
comuns e cidadania compartilhada. Precisamos ter em mente
que nossos destinos como povos das Américas são inseparáveis. Se os Estados Unidos e o Brasil concordarem em liderar,
certamente os outros seguirão.
O futuro parece promissor, e tenho muita confiança
no que as duas maiores democracias do hemisfério ocidental – Brasil e Estados Unidos – podem conquistar. Vamos
continuar a trabalhar juntos para fazer do nosso hemisfério
e do mundo lugares melhores para todos vivermos. BB
Embaixador dos EUA no Brasil
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
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brasil urgente
Crise financeira?
Faça mais do que cortar custos
Sérgio Carvalho
A
boa gestão de custos é fator crítico de sucesso para
organizações de todos os setores, seja industrial,
serviços, comercial, financeiro, no segmento
privado ou público, com e sem
fins lucrativos. É vital para diversas áreas
funcionais, como vendas, marketing,
produção, qualidade, recursos humanos,
engenharia, finanças. Sabemos que as
informações de custos são úteis para
preparar relatórios contábeis, formar
o preço de venda e racionalizar
custos. Mas, relatórios contábeis
servem apenas para informar a posição
econômico-financeira, e o preço de
venda cada vez mais é função das forças
do próprio mercado.
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
“A empresa equilibrada promove um ambiente
melhor, pois seu pessoal se sente mais seguro,
passando a criar novos produtos e processos,
arriscando mais e, assim, vencendo no mercado”
Isto quer dizer que somente racionalizar custos
torna a organização competitiva no mercado. Mas,
infelizmente, alguns profissionais não percebem a lógica
corporativa e imaginam que racionalizar custos significa
defender o chamado capitalismo selvagem. Pelo contrário,
custos controlados aumentam a poupança e o investimento,
o que gera crescimento, e com ele, o emprego.
Contudo, a maioria das organizações oscila entre dois
extremos na gestão de seus níveis de custos. Em períodos de
crescimento econômico e empresarial tendem a ser extremamente liberais com os gastos. Em períodos de queda de
vendas e lucro vão para o lado oposto, implementando cortes
radicais de custos. São as organizações bipolares. Esse exagerado e repetitivo expande e corta cria indisciplina e gastos
desnecessários. Certamente corta custos, mas corta também
lucros, participação de mercado, criatividade e motivação.
É claro que há empresas que planejam adequadamente
seus níveis de gastos. Elas são empresas equilibradas. Não deixam de ter oscilação de expansão e contração, de acordo com os
ciclos da economia, mas num nível menor do que as empresas
bipolares. As equilibradas estão sempre operando programas
de racionalização de custos, por isso oscilam menos. E oscilar
menos faz com que, no médio prazo, a empresa ganhe mais
do que aquela que vai no ritmo “montanha-russa”.
Além de ganhar mais financeiramente, a empresa
equilibrada promove um ambiente melhor, pois seu pessoal sente-se mais seguro, passando a criar novos produtos
e processos, arriscando mais e, assim, vencendo no mercado. Ou seja, a empresa que parece mais conservadora e
estável com seus gastos, é, na realidade, mais consistente
na agressividade comercial.
A crise financeira, o declínio econômico ou mesmo a
recessão não deveriam ser o momento ideal para se iniciar um
programa estruturado de racionalização de custos, porque há
o risco do programa nascer com o carimbo negativo de ter
vindo só para promover o quase inevitável corte de pessoal
que ocorre nestas situações. Mas, antes começar tarde, na
crise, do que nunca dar partida no programa.
Para ser implementado com sucesso, o programa precisa
superar a resistência de muitos funcionários que se sentirão
ameaçados. E como obter o apoio necessário? Os gestores
devem demonstrar que o programa promoverá a melhoria
da competitividade, sustentabilidade e, portanto, também
do crescimento dos funcionários. Ou seja, o programa
deverá estar associado à gestão estratégica da organização.
Ninguém vai se opor à empresa cumprir com sua missão e
visão estratégicas.
Portanto, seja nos períodos de bonança ou nos de
restrição, o planejamento estratégico da organização deverá
sempre contemplar objetivos e planos de ação associados à
racionalização de custos, via capacitação do pessoal e melhoria
de processos. Esta é parte fundamental para maior e melhor
nível de vendas, participação de mercado, retorno financeiro
com liquidez e segurança. Bingo! Racionalizar custos é estratégico e traz benefícios a acionistas e funcionários.
Implementar um programa estruturado de racionalização de custos é por em prática algumas destas metodologias:
Perguntas dos 4 P´s; Círculos de Controle da Qualidade; 5 S´s;
6 Sigma; Programa de Sugestões; Orçamento Empresarial Matricial; Custeio e Gestão Baseados em Atividades; Just in Time;
Kanban; Gestão da Manutenção Produtiva; e Troca Rápida de
Ferramentas. A cada empresa cabe escolher as metodologias
que melhor se adaptem à sua realidade. E por último, mas não
menos importante, a eficácia e retorno destes programas será
maior se forem apoiados por sistemas de Business Intelligence.
Então, mãos à obra e “xô” crise financeira. BB
Diretor executivo da Profit Tecnologia em Finanças
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
17
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Projeto de nota fiscal eletrônica:
conformidade e redução de custos
Por Fabiano César Tafarelo
D
esde seu lançamento oficial no primeiro
trimestre de 2008, o projeto nacional de
nota fiscal eletrônica (NF-e) tem sido um
grande sucesso do governo brasileiro: até janeiro de
2009, mais de 1,5 trilhões de reais trafegaram pelos sistemas de NF-e do fisco. Em setembro deste ano teremos
a 4ª onda, com mais 50 setores da economia integrando
este importante projeto nacional, o que totalizará, desde
sua criação, aproximadamente 100 setores da economia
operando com nota fiscal eletrônica.
Com a nota fiscal em formato eletrônico, o fisco
sabe, em tempo real, todo o volume de notas que estão
circulando no país e passa a ter o controle das operações
de compra e venda de mercadorias. O governo cria,
assim, uma barreira natural para atuações fraudulentas,
tais como: viagens de mercadorias com uma única nota
ou escrituração de entradas fictícias, com notas “frias”,
com o objetivo de creditamento falso de ICMS. Além
disso, espera-se também a redução de custos administrativos com fiscalização e, de quebra, aumento na
arrecadação de impostos, permitindo ao governo rever
e otimizar a legislação tributária sem perda de receita.
Os projetos de nota fiscal eletrônica demandam
planejamento, mudança cultural, dispêndio de recursos
e tempo de profissionais de diversas áreas, adaptação e
testes nos sistemas de informação da empresa, integração com a Secretaria da Fazenda, saneamento de dados
cadastrais, em resumo, investimento. Para o governo e
para o país com um todo, os benefícios da nota fiscal
eletrônica estão evidentes, mas, e para as empresas?
Em época de crise global e pouco crédito disponível
a implementação da nota fiscal eletrônica é uma boa
opção de investimento?
A resposta é sim. Além da obrigatoriedade legal
para muitos setores da economia, o investimento se
paga ao longo do tempo. Para a alta gestão das em-
18
BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
presas, a nova nota fiscal dá maior confiança e credibilidade no processo de emissão deste documento, por
saber que o governo está controlando e liberando toda
operação de compra e venda de mercadorias. Com isso,
a concorrência tende a ser mais justa para empresas
que pagam seus tributos corretamente. Além disso,
espera-se uma redução nos custos administrativos
com as auditorias fiscais, que serão mais focadas em
divergências encontradas e pré-analisadas por profissionais do governo.
Há ganhos também no processo logístico, haja
visto a redução de tempo de parada de caminhões em
postos fiscais de fronteira, que estarão equipados com
sistemas on-line e integrados para capturar e checar
os dados da Danfe (Documento Auxiliar de Nota Fiscal
Eletrônica).
Os ganhos tangíveis e diretos também são possíveis. Com o novo formato eletrônico da nota fiscal, as
empresas terão ganhos oriundos de redução de gastos
com papel, gastos com impressão da nota fiscal, armazenamento físico de documentos, que hoje é obrigatório
por um prazo de cinco anos, além da maior velocidade
nas transações e a garantia de inviolabilidade de dados.
A implantação da solução da nota fiscal eletrônica
também traz benefícios à proteção ambiental, por meio
da economia de impressões e, consequentemente,
diminuição na utilização do papel. A nota fiscal eletrônica, além de melhorar o controle das operações, age
também como uma ferramenta antifraude e, acima
de tudo, como solução sustentável, valor atualmente
importante às empresas.
Consultor de portfólio e desenvolvimento de novos
serviços e soluções da Siemens IT Solutions and
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In Brazil, we have approximately 2.400 professionals
distribuídos em 11 Estados e Distrito Federal, atuando
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em 14 cidades e 16 escritórios.
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life style
Ventos favoráveis no
lazer e na profissão
CHEFE DA DELEGAÇÃO BRASILEIRA DE VELA
NOS JOGOS PAN-AMERICANOS EM 2007,
ADVOGADO CONQUISTOU TÍTULOS NO PAÍS E
NO EXTERIOR COM O IATISMO
Renato Santos
M
odalidade olímpica que mais
angariou medalhas para o
Brasil, o iatismo é a grande
paixão de Peter Dirk Siemsen,
sócio sênior do Dannemann Siemsen, Bigler
e Ipanema Moreira, escritório especializado
em propriedade industrial.
20
BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2008
“Falta ao Brasil uma estrutura administrativa mais
profissional, que incentive a realização de encontros
entre velejadores e dirigentes, permitindo a troca de
idéias para o aperfeiçoamento do esporte”
A admiração do advogado pelo
esporte surgiu há 60 anos, quando o
Iate Clube do Rio de Janeiro criou a
categoria de sócio-veleiro. A intensa
atividade de Siemsen dentro e fora do
país ajudou-o a entrosar a agenda profissional com o hobby. Em sua vida, os
dois sempre estiveram entrelaçados: “O
fato de exigirem intensa atuação no Brasil e no exterior facilitou a prática dos
dois, sem que um fosse praticado em
detrimento do outro. Minhas atividades
internacionais permitiram, em diversas
ocasiões, combinar eventos esportivos
com profissionais”, explica.
Um dos ícones do advogado no
iatismo é o já falecido Walter von
Hütschler, primeiro brasileiro bicampeão mundial na classe Star, a quem
a modalidade deve muito do seu
progresso. Outro atleta admirado por
Siemsen é seu amigo Torben Grael,
ex-tripulante e, atualmente, o mais
completo velejador do Brasil. Ele
acredita que bons advogados e adeptos
desse esporte tenham características
comuns: “Ambos devem ter espírito
competitivo, tendo como meta atingir
o sucesso no que fazem. Nas duas atividades, a ética e o respeito ao adversário
são características fundamentais”.
Chefe da Delegação Brasileira de
Vela nos Jogos Pan-americanos em
2007, Siemsen veleja atualmente com menos freqüência do que gostaria,
devido aos compromissos profissionais
mais numerosos, mas sempre que
pode não abre mão de apreciar as condições de navegação e a bela paisagem do Rio de Janeiro. “É sem dúvida um
estado privilegiado, pois permite a
prática do iatismo nas mais diversas
condições de mar e tempo, em locais
extremamente aprazíveis como o próprio Rio de Janeiro, a região de Búzios
e a baía de Angra dos Reis”.
Durante 50 anos Siemsen competiu na classe Star, barco mais antigo
da vela olímpica, lançado nos Jogos
de Los Angeles em 1932. Atualmente
seus desafios são em um Beneteau
47.7, mas não poupa elogios à classe anterior, testemunha de tantas
competições e viagens.
“De todas as classes em que competi, sem dúvida a que mais se destaca
e sempre teve minha preferência foi a
Star. É um barco que exige a sensibilidade de um violinista, a capacidade
tática de um enxadrista e o preparo
físico de um atleta. Não é à toa que os
mais famosos velejadores do mundo,
incluindo os campeões da Copa América, competiram nela”, avalia.
O advogado diz que o iatismo
brasileiro figura hoje entre os melhores do mundo, o que não deixa de ser
uma proeza, dado o pequeno número
de praticantes. Para Siemsen, falta
mais investimentos e uma estrutura
melhor para o desenvolvimento da
modalidade olímpica no país.
“Tecnicamente o iatismo brasileiro está entre os melhores do mundo, o
que surpreende a muitos no exterior,
considerando que, frente a outros
países, nosso número de regatistas é
relativamente pequeno. Falta ao Brasil
uma estrutura administrativa mais
profissional, que incentive a realização
de encontros anuais entre velejadores e
dirigentes, permitindo a troca de idéias
para o aperfeiçoamento do esporte.
Essas reuniões são muito comuns no
exterior, entre nações que alcançaram
destaque nessa atividade”.
Um tratamento fiscal mais favorável para os barcos construídos
no Brasil ou importados, também
permitiria o aumento da quantidade
de embarcações em regatas.
Da experiência acumulada em
competições nas Américas do Sul e do
Norte, Caribe, Europa e Austrália, Siemsen guarda com carinho lembranças
dos títulos conquistados como campeão brasileiro, sul-americano e mundial de veteranos. “A regata mais longa
da qual participei foi a Recife-Fernando
de Noronha, com percurso de 300
milhas marítimas. Mas todos esses títulos aqui e no exterior representaram
momentos de orgulho e satisfação para
mim. Dificilmente poderia destacar
apenas um”, conclui. BB
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
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reportagem
“Temos muita sorte de ser filhos,
netos e bisnetos desse homem
maravilhoso, que foi Bill Sweet.”
Carl Sweet, filho
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Bill Sweet:
uma vida bem vivida
Ana Redig, do Rio de Janeiro
N
o dia 7 de janeiro faleceu o
ex-presidente e associado
mais antigo da Câmara de
Comércio Americana, William
Beck Sweet. Bill, como era chamado por
todos, completaria 100 anos no dia 26
do mesmo mês. Reza a lenda que este
americano, nascido em Oklahoma, só teria
se registrado adulto e, para não parecer
tão “velho”, declarou ter dois anos menos.
Ele teria, portanto, quase 102 anos.
No alto: Bill Sweet, aos 16 meses, no colo de sua mãe
À esquerda: recebendo homenagem da Amcham
Doce, gentil, afetuoso e cavalheiro são adjetivos usados
por quase todos ao tentar definir o amigo ou parente. “Fui
colega do Sr. Bill Sweet e o que posso dizer é que era um
homem com ‘H’ maiúsculo, um idealista. Sua vida foi sempre
a prova disso,” disse Juan Llerena, ex-presidente da Amcham.
João Cesar Lima, atual presidente da instituição, destacou:
“Muito do que somos e fazemos hoje na Câmara foi aprendido com o Bill Sweet. Até poucos meses, tivemos a felicidade
e oportunidade de contar com ele em nossas reuniões de
diretoria, sempre com participação ativa e compartilhando
sua experiência e conhecimento conosco.”
Sua vitalidade era uma característica forte. Bill praticou
esportes desde muito jovem e tinha uma saúde invejável.
Criou-se em Seattle, onde escalar era o programa de fim de
semana. Tornou-se tão habilidoso que, com quase 80 anos,
subiu o Himalaia e chegou próximo ao Campo Base do
Everest, tarefa bastante árdua, mesmo para jovens. “Aos 98
anos malhava em uma academia perto de casa para onde ia
todo uniformizado”, diverte-se a filha Astri.
Este homem alegre e inteligente cursou Administração
de Empresas em uma das primeiras turmas de Harvard.
Trabalhava no Exército americano quando decidiu que
queria vir para o Brasil. Começou a estudar português até
conseguir uma missão: fazer um levantamento do parque
industrial brasileiro na época. Rapidamente o trabalho foi
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Arquivo pessoal
Da esquerda para a direita: o jovem Bill nos tempos de colégio, estudante de Harvard em 1932 e em expedição no Nepal em 1965
“Bill Sweet foi um exemplo de dedicação
e, acima de tudo, de vontade de viver.”
Gílson Freitas de Souza, diretor da Amcham
24
BRAZILIAN BUSINESS
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realizado e ele logo se apaixonou pelo país e pela primeira
mulher, Astri Annemari Sjöstedt, uma sueca de apelido Lila,
que lhe deu os filhos Eric, Astri e Carl. Mais tarde toda a
família, inclusive Bill, optou pela nacionalidade brasileira.
Bill casou-se ainda com Maria Mellin Milek, com quem
viveu por 30 anos. Empreendedor, realizou vários negócios,
foi executivo de algumas multinacionais, como a Alcoa – de
onde foi conselheiro por 22 anos – e da Liquid Carbonic,
que ajudou a fundar no Brasil, Argentina e Paraguai. Com
50 anos, deixou a vice-presidência de uma multinacional na
Espanha e voltou para o Brasil com a família. “Com aquela
idade, sem emprego, a vida dele recomeçou”, conta a filha.
Comprou terras no Mato Grosso, montou engarrafadoras
de Coca-Cola e passou a trabalhar para si.
“Não havia absolutamente nada no Mato Grosso naquela
época, era completamente selvagem. Às vezes tínhamos de
cortar o mato para continuar a viagem. Dormíamos em uma
casa de madeira. Graças ao meu pai tive a oportunidade
de conhecer o mundo, de visitar vários países e frequentar
lugares que me deram a percepção global que tenho hoje”,
lembra o filho Carl.
Obrigado a se aposentar pela Alcoa, foi convidado a
continuar a fazer os relatórios sobre a economia americana,
que elaborava há anos. Apesar da aridez dos temas tratados,
e ao contrário da maior parte dos relatórios econômicos, os
elaborados por Sweet eram de agradável leitura. Seu texto
tinha rara fluidez e era recheado de análises bem fundamentadas. Foi um grande crítico do ex-presidente do Federal
“Fui grande amigo do Bill Sweet e fica
uma lembrança muito gostosa da vida
dele, porque era um homem de princípios,
muitos valores, e que deixa um exemplo
muito bonito para todos nós.” Roberto
Veirano, ex-presidente da Amcham
homem que deflagrou a mais selvagem farra de crédito da
história do mundo (....). Não vejo como uma aterrissagem
forçada da economia americana possa ser evitada, mas
espero estar errado (....)”.
Infelizmente, William Sweet estava certo. “A capacidade
de antecipar fenômenos dessa magnitude é uma virtude ou
talento compartilhado por poucas pessoas. Um desses raros
homens é William Sweet”, disse o amigo e economista Paulo Rabello de Castro ao lançar o livro “A Grande Bolha de
Wall St.”, no qual Bill é citado várias vezes . Ele, aliás, esteve
presente ao lançamento, onde deu sua última declaração à
imprensa. Disse: “Toda crise acaba. Coragem! A de 1929 foi
pior, durou 8 anos”.
“Ele dizia o que pensava, mas sempre tinha uma palavra,
algo agradável a dizer”, conta a filha Astri, que há dez anos
deixou o trabalho em São Paulo para ficar com o pai. “Foi
maravilhoso poder conviver mais de perto com ele esses últimos tempos. Ele ajudou muita gente, pois tinha a capacidade
de mudar a vida das pessoas.”
A Amcham agradece a oportunidade de tê-lo entre nós
por tanto tempo. BB
www.gaiasilvagaede.com.br
Reserve, Alan Greenspan, que considerou um dos grandes
responsáveis pela formação da “bolha” de crédito que deflagrou a atual crise financeira.
Pode-se dizer que Bill Sweet era um visionário na arte
de avaliar e analisar a economia. No dia seguinte ao 11 de
setembro de 2001 Sweet previu a crise atual. Ele escreveu:
“(...) não estou muito otimista quanto ao futuro de nossa
economia. Não consigo entender porque Greenspan e a
maioria dos economistas americanos pensam que está
tudo ótimo quando a coisa se apoia numa base inflada de
crédito (...). Acho que a história irá classificá-lo como o
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BRASÍLIA, DF
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LOS
BELO HORIZONTE
BRASILIA
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN
BUSINESS
ANGELES
SALT LAKE CITY
MIAMI
25
NEW
YORK
LEGAL ALERT
A contratação de seguros em moeda
estrangeira ou diretamente no exterior
Por André Gondinho
E
stá encerrado o prazo da consulta pública
editada pela Superintendência de Seguros
Privados (Susep) para sugestões e críticas
em relação às minutas de Circular (Susep) e Resolução
(CNPS – Conselho Nacional de Seguros Privados) para
o estabelecimento de procedimentos operacionais e
regras para a contratação de seguro em moeda estrangeira e de seguros no exterior.
Embora não haja prazo para a edição das novas
normas, é de se esperar que as mesmas sejam editadas
ainda no início de 2009. Isso porque a atual Resolução
CNSP n.º 165/2007, que trata do mesmo assunto, está em
vigor há mais de um ano e, apesar de suas qualidades,
é falha em alguns pontos, já identificados e reclamados
pelo mercado.
Os impactos das novas regras serão diversos,
embora não seja tão simples identificar o que é intrinsecamente positivo ou negativo, pois muitas vezes esse
tipo de qualificação dependerá de situações e variáveis
que não podem ser examinadas a priori. Por exemplo,
a nova regulamentação criaria novas hipóteses para
a contratação de seguros em moeda estrangeira, a
exemplo do seguro de bens cuja reposição ou reparação dependam de importação, ou do caso de seguro
garantia quando o tomador ou o segurado forem domiciliados no exterior. No entanto, ao mesmo tempo,
as novas regras restringiriam situações de contratação
de seguros em moeda estrangeira que cubram simultaneamente outros riscos, além de bens importados, nas
hipóteses em que o valor destes bens fique aquém da
metade do valor do risco declarado ou da importância
segurada contratada. Obviamente, o que aqui tenta
se evitar é que seja contratado em moeda estrangeira,
por exemplo, um seguro de riscos operacionais com
diversas coberturas sob a alegação de existência de
máquinas importadas no pátio industrial, sendo tais
26
BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
equipamentos não representativos no valor do risco.
Entre todas as modificações propostas, uma
parece particularmente interessante e potencialmente
impactante: a contratação de seguro no exterior por
pessoas residentes no exterior somente pode ser custeada por pessoa física residente ou pessoa jurídica
domiciliada no Brasil por força de contrato de prestação
de serviço. Isso porque reside dúvida sobre a permissão
para a contratação do seguro de transporte de mercadoria importada no exterior, mediante a celebração de
contratos de importação com a utilização dos incoterms
CIF (Cost, Insurance and Freight) ou CIP (Carriage and
Insurance Paid to), pois nestes termos comerciais o
exportador é responsável pela contratação do seguro. A nova regulamentação, a nosso ver, deixa mais evidente a liberação de importações sob as modalidades
CIF e CIP, pela possibilidade de contratação do seguro
de transporte da mercadoria no exterior, diretamente
pelo exportador estrangeiro, o que poderá gerar grande
impacto nas operações de comércio exterior. Também é relevante registrar que os corretores
passam a ter maiores responsabilidades na nova regulamentação. Atualmente, quem praticar qualquer
infração às normas afetas às atividades de seguro,
cosseguro e capitalização está sujeito às sanções administrativas impostas pela Susep. Com a nova redação,
o profissional poderá sofrer inabilitação, pelo prazo de
dois a dez anos, para o exercício de cargo ou função
no serviço público, instituições financeiras, sociedades
seguradoras e resseguradoras; além de multa de R$ 10
mil a R$ 1 milhão.
Sócio de Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho
Advogados Associados
Francisco Müssnich,
Aloisio Santos, Max Fontes,
Clifford Sobel, Murta
Ribeiro, Carlos Velloso,
Antonio Amaral e
Marcus Fontes
Luis F. Francisco,
Max Fontes, Carlos
Velloso, Murta Ribeiro,
Maximino Fontes,
Gilberto Rego e
Marcus Fontes
Harvard Law ScHooL aSSociation of BraziL
No final de 2008 (15/dez/08), a Universidade de Harvard realizou, na sede do Jockey/RJ, evento sobre as relações internacionais entre Brasil e Estados Unidos. A palestra
foi proferida pelo embaixador americano Clifford
Sobel, que registrou a evolução das parcerias no campo acadêmico nos últimos anos e a importância da cooperação mútua entre os dois países, especialmente
na área da advocacia.
Na ocasião, o advogado carioca Max
Fontes, Presidente
da Harvard Law
School Association no Brasil, recebeu condecoração
do governo americano em
reconhecimento aos relevantes serviços prestados
para o fortalecimento dos laços entre o meio jurídico americano
e o Poder Judiciário Brasileiro.
A cerimônia contou com a presença de inúmeros advogados
e magistrados, como o Ministro
Carlos Velloso e os presidentes do Tribunal de Justiça/RJ,
Des. Murta Ribeiro e do Tribunal Regional do Trabalho/RJ,
Des. Aloísio Santos. Participaram também da solenidade o Dr.
Joaquim Falcão, do Conselho
Nacional de Justiça e o Procurador de Justiça, Dr. Claúdio Lopes.
Em março, a Associação harvardiana fará evento no Rio de
Janeiro com o Ministro da Suprema Corte Americana, Antonin
Scalia.
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Embaixador Clifford
Sobel e Max Fontes
Max Fontes,
Carlos Velloso,
Francisco Müssnich e
Marcus Fontes
BRAZILIAN BUSINESS
27
capa
Bom para o carioca, bom para o turista
J
á é lugar comum afirmar que o Rio de Janeiro
tem vocação para o turismo. Hotéis com
ocupação esgotada, praias abarrotadas de
estrangeiros e bares e restaurantes funcionando a
todo vapor. Esse é o cenário mais conhecido da cidade por
meio dos cartões postais.
28
BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Wigder Frota / Riotur
Paulo Senise
“Não podemos esquecer que, para o turismo, tão importante
quanto manter a cidade ordenada, é o desenvolvimento de ações
do poder público em relação a investimentos na promoção e
marketing, tanto no mercado nacional quanto no internacional”
O que pouca gente sabe é que, para que o turismo carioca cresça em profissionalismo, ganhando cada vez mais
visibilidade no exterior, uma série de instituições, entre elas
o Rio Convention & Visitors Bureau - fundação que reúne
entes privados e públicos - se dedicam diariamente a temas
relacionados ao assunto. O mais recente deles entrou de
maneira decisiva na agenda do novo prefeito do Rio. Em um
ato de profunda sensibilidade aos anseios da cidade, Eduardo
Paes declarou à imprensa que o antigo Hotel Méridien, no
Leme, fechado há um ano e meio, só poderá ser usado para
receber hóspedes. Uma das preocupações do trade turístico
carioca era de que o espaço, hoje pertencente ao Previ (fundo
de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), tivesse outro
destino diferente de seu projeto original.
Além de ser coerente com o que determina a lei, já que
o prédio foi construído com recursos de um fundo voltado
para o setor, a posição de Eduardo Paes tranquiliza todos os
empresários que vivem do turismo na Cidade Maravilhosa.
Isso porque a rede hoteleira precisa manter seu ritmo de crescimento e não pode ter seus ativos desviados para outros usos.
Estimativa feita pelo Rio Convention & Visitors Bureau
revelou que as portas fechadas do Méridien, responsável pela primeira queima de fogos vista no Réveillon de Copacabana,
representaram um prejuízo de pelo menos R$ 13 milhões em
diárias nos seus 500 apartamentos e 50 suítes. O valor, baseado em pacotes de fim de ano de hotéis similares da orla, também levou em conta a perda de 550 empregos diretos e outros
3.500 indiretos.
Antes mesmo desse posicionamento de Paes, o Rio
Convention & Visitors Bureau já previa que o relacionamento do poder público municipal com as instituições
ligadas ao turismo nos próximos quatro anos será proveitoso
não só para os empresários do setor como principalmente
para os turistas, que demandam, cada vez mais, uma infraestrutura adequada da cidade em que estão visitando.
Nesse sentido, os cariocas já acompanham outras ações
do novo prefeito como a operação Choque de Ordem –
com a retirada de mendigos das ruas e a derrubada de
imóveis construídos irregularmente. Nós acreditamos que
o que é bom para o cidadão carioca é bom para o turista.
Mas, não podemos esquecer que, para o turismo, tão
importante quanto manter a cidade ordenada, é o desenvolvimento de ações do poder público em relação a investimentos
na promoção e marketing, tanto no mercado nacional quanto
no internacional. É urgente, ainda, a reestruturação da malha
aérea no Rio de Janeiro de forma a conectar, com coerência de
horários e destinos, os vôos partindo do exterior direto para a
cidade. Esse conjunto de ações é considerado fundamental para
uma maior captação de eventos. Outras atenções se voltam
para o revigoramento do Réveillon e do Carnaval de rua com
novas atrações, que ancorem a desejada construção de um
calendário anual, fundamental para que agentes e a rede hoteleira possam trabalhar as datas temáticas com antecedência.
Essas medidas são urgentes, levando em conta os desafios
que enfrentaremos pela frente como a preparação da cidade
para sediar a Copa de 2014 e para ser candidata às Olimpíadas de 2016. Porém, há outras demandas imediatas. Um
dos esforços feitos pelo trade turístico é fazer com que o Rio
continue a ser palco das principais feiras e eventos do país,
fomentando o turismo de negócios. Nos últimos dois anos,
quase 60 mil pessoas passaram pela cidade para participar do
chamado turismo de negócios ou eventos, como resultado de
ações desenvolvidas pelo Rio Convention & Visitors Bureau,
que vem, desde sua criação em 1984, contribuindo para a
expansão do negócio turístico. Durante esse período, nós apoiamos a captação de mais de 300 eventos com atração de
550 mil participantes, que deixaram na cidade uma receita
estimada da ordem de US$ 590 milhões.
E esses números tendem a crescer nos próximos anos,
levando em conta as medidas que estão sendo colocadas em
prática por Eduardo Paes. Temos certeza de que em parceria
com a prefeitura do Rio de Janeiro consolidaremos a vocação
da cidade como grande receptora de visitantes nacionais e
internacionais, gerando emprego e renda para os brasileiros
moradores de uma das metrópoles com maior potencial de
crescimento do mundo. BB
Superintendente do Rio Convention & Visitors Bureau
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
29
capa
Uma proposta
de parceria
Orlando Diniz
O
Riotur
Sistema Fecomércio-RJ
acredita em uma parceria
atuante entre o poder
público e a iniciativa
privada. Praticando esta crença,
iremos oferecer ao novo Executivo
do município do Rio de Janeiro
subsídios e informações que visam o
desenvolvimento social e econômico
da cidade, e que, também, sejam
ferramentas eficientes e adequadas
para enfrentar com êxito esse
período de incerteza, que se anuncia
internacionalmente.
30
BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
“Dados estatísticos mostram que nos 17 feriados
estaduais o comércio de bens e serviços fluminense
deixa de faturar em torno de R$ 8,5 bilhões”
Defendemos, ainda, a implementação de um plano
diretor de políticas públicas capaz de criar as condições para
um ambiente favorável aos negócios e ao incentivo do empreendedorismo, valorizando a vocação do Rio para o setor
do comércio de bens, serviços e turismo.
Alguns dos principais pontos e temas a serem apresentados para o novo prefeito são:
Impostos - A redução ou a isenção do ISS, de acordo
com a especificidade do caso, como medida para estancar a
migração de empresários para outros municípios, além de
atrair novos investimentos e mais empregos.
Cultura - Em 2008, realizamos uma pesquisa nacional
sobre os hábitos culturais dos brasileiros. O resultado demonstrou que a maioria absoluta dos pesquisados, não tinha
ido uma vez sequer ao teatro ou cinema, não tinha visto um
show, nem lido um livro. A razão desta inércia cultural é a
falta de hábito e o desinteresse.
É preciso um esforço para interromper este quadro de
inércia, incentivando os hábitos culturais desde o ensino
fundamental.
Dengue - Os empresários do estado do Rio de Janeiro
sofreram os impactos da dengue no dia-a-dia dos negócios.
Uma pesquisa do Sistema Fecomércio-RJ aferiu que 23,4%
dos estabelecimentos tiveram funcionários afastados por terem contraído dengue. Em média, os empregados infectados
pela doença ficaram seis dias ausentes.
Dentre as principais demandas dos empresários do comércio que sofreram prejuízo com o surto de dengue estão:
funcionários sobrecarregados, vendas reduzidas, pagamentos
de horas-extras, trabalho atrasado, deficiência no atendimento e contratação de funcionários-extras.
Neste verão de 2009, o Sistema Fecomércio –RJ, com o
apoio do governo do estado do Rio de Janeiro e da Secretaria
de Saúde e Defesa Civil, está realizando sua Campanha de
Prevenção contra a Dengue.
Bilhete Único - O sistema de Bilhete Único, já implantado com sucesso em algumas capitais brasileiras, tem
como característica principal a redução do custo da passagem,
beneficiando a grande maioria da população, que é usuária do
transporte público. Ele permite que o usuário utilize diferentes
modos de transportes integrados em um período determinado,
oferecendo, inclusive, a opção pelo trecho mais curto do trajeto.
Além do benefício de efeito direto, redução do custo
total do bilhete e eficiência no sistema de transporte, podemos citar como valores agregados: a diminuição do gasto
no custo do transporte traz um consequente aumento da
renda disponível. Em geral, a população usuária de ônibus
é a que tem o maior percentual da renda comprometida com
gastos de transportes.
Além disto, com uma menor intensidade do tráfego
dentro da cidade, ocorre uma diminuição no consumo de
combustível e, consequentemente, uma redução nos índices
de poluição.
Feriados - O Sistema Fecomércio-RJ defende o livre
funcionamento do comércio, impedido por determinadas
leis restritivas, que não favorecem nem a iniciativa privada,
nem o emprego pleno.
Dados estatísticos recentes sobre o faturamento do
comércio de bens e serviços do estado do Rio de Janeiro
mostram que nos 17 feriados estaduais, o comércio de bens
e serviços fluminense deixa de faturar em torno de R$ 8,5
bilhões. Para cada dia de feriado no estado, são menos cerca
de R$ 500 milhões vendidos.
Ordenamento Urbano - Implementar ações para inibir a ação de camelôs, frequentemente associados a pirataria,
retirar a população das ruas e garantir uma iluminação que
permita o funcionamento noturno do comércio.
Segurança - Desde 2002, realizamos estudos sobre o
valor que o comércio do estado do Rio de Janeiro gasta com
segurança. As estimativas demonstram que os prejuízos com
a falta de segurança vão além da violência: são perdas de
oportunidades de desenvolvimento, com alto custo financeiro. Nossos estudos provam que se o investimento gasto,
hoje, em segurança fosse aplicado em pessoal, seriam gerados
milhares de novos empregos formais.
O Sistema Fecomércio-RJ, comprometido com o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro, estará
à disposição do prefeito Eduardo Paes e de sua equipe para
apresentar seus projetos e alternativas. Romper paradigmas
é o que pode fazer a diferença! BB
Presidente do Sistema Fecomércio-RJ
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
31
news
Impactos da crise para empresas
Tributaristas analisam reflexos da turbulência
econômica na saúde financeira das companhias
Andreia Abreu
P
Gerson Stocco
ara que o país tolere melhor os efeitos da crise
financeira internacional é
importante dar seguimento à Reforma
Tributária. Hoje o Brasil tem 112 tipos
diferentes de tributos e uma legislação
burocrática que encarece custos de
produção e inibe a entrada de capital.
Mais do que nunca é preciso reduzir
os impactos sobre as empresas. Por
isso, a Amcham reuniu os tributaristas
Gerson Stocco, sócio-fundador do escritório Gaia, Silva, Rolim e Associados;
Andréia Abreu, diretora-presidente da
Antec; e Roberto Haddad, sócio em
tributação internacional da KPMG
para falar sobre o tema.
Andréia fez um histórico da
crise, iniciada em março de 2007,
quando a quebra imobiliária chegou à bolsa de valores dos EUA e as
32
BRAZILIAN BUSINESS
Roberto Haddad
prestações dos imóveis pressionaram
o orçamento, reduzindo o consumo.
Ela disse que o Brasil é um dos países
mais taxados do mundo:
“Além da alta carga tributária,
temos o problema da burocracia: a
quantidade de declarações e obrigações acessórias impostas às empresas
é imensa. No Brasil são editadas, em
média, 37 normas tributárias por dia.
Nesse cenário, considerando a crise,
acredito que o lucro das companhias
será menor, receitas tributárias expressivas não se repetirão, a exemplo
do IOF. As importações também vão
cair, reduzindo a receita do Imposto
de Importação. A receita do IPI sobre
veículos também poderá diminuir”.
Stocco comparou previsões sobre
a crise a uma partida de futebol: tal
qual um comentarista, é difícil analisar
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
o jogo antes do término. O advogado
disse que as medidas
tomadas pelo governo até agora têm
sido paliativas.
“O que pode
acontecer é o alongamento do prazo
de recolhimento
dos tributos, redução momentânea da
carga do INSS, para
evitar demissões, e
eventual diminuição
do IOF em operações de crédito. Mas
parece que o governo
está na contramão da
crise. Exemplo: um
dos itens da Medida
Provisória 449 diz que prestações de
leasing, cuja soma seja maior do que
75% do custo do bem, serão classificadas como operação de crédito, ou seja,
com incidência de IOF”.
Haddad lembrou que, antes da
crise, muitas empresas apostaram na
tendência de desvalorização do dólar
frente ao real, ultrapassando o limite
de investimentos no hedge, que visa
proteger operações financeiras do
risco de grandes variações de preço
em determinado ativo. A estratégia
trouxe prejuízos.
“Quando esse limite é superado,
atinge-se o ponto de hedge especulativo,
onde não há cobertura. Grande parte
das empresas teve perdas substanciais
porque apostou em um real forte e
superou o nível de hedge estabelecido
pelos conselhos de administração”.
news
Cidadania fiscal para todos
Projeto que prevê repatriação de capital
incentiva regularização de contribuintes
R
ecursos ilegais de brasileiros no exterior somam
cerca de US$ 70 bilhões.
O projeto de lei 443/2008, em tramitação no Congresso, concede incentivos
fiscais para regularizar esses ativos. Pela
nova lei, pessoas físicas com quantias
não declaradas no Brasil estão sujeitas
a IR com alíquota de 8%. Já as alocadas em outros países submetem-se a
um percentual de 15%, podendo cair
para 8%, se repatriadas. A proposta
também prevê que empresas com bens
no exterior não comunicados à Receita
paguem 10% de IR mais 8% de Con-
tribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL). Os
advogados Rubens
Branco, Leonardo
Braune e Fabiana Fabiana Oliveira, Rubens Branco e Leonardo Braune
Oliveira analisaram a proposta de anistia fiscal durante pode cair mais (8% para 4%), se os
encontro promovido pelo escritório recursos forem aplicados em fundos de
investimento voltados à infraestrutura,
Branco Consultores na Amcham.
Para Rubens Branco, é preciso caso o investimento se mantenha por
considerar custos fiscais, como as va- cinco anos. A anistia é uma boa ideia,
o Brasil ainda não tem uma moeda
riações do câmbio, por exemplo:
“O percentual para pessoas confiável.Esse aspecto deve ser consifísicas repatriarem bens no exterior derado”, advertiu.
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
33
news
Amcham dá boas-vindas a novos associados
Diretor enfatiza que o engajamento nas atividades da Câmara
é fundamental para que empresas obtenham retorno
brou, também, que
a Amcham integra o
Fó r u m Pe r m a n e n t e
de Desenvolvimento
Estratégico da Assembléia Legislativa do Rio
(Alerj), formado por
12 entidades de alta
representatividade. Ele
citou a Lei do Petróleo
como exemplo de causa
defendida atualmente
pela Câmara.
“O objetivo do Fórum é ajudar legisladores
e a própria Alerj a fazer
o melhor trabalho pelo
estado. Temos de dois
a três representantes em
As equipes da Amcham e do Consulado Americano receberam representantes das novas associadas
cada um de seus nove
streitar laços comerciais gajamento dos associados às atividades comitês. Depois que se determinam
com os Estados Unidos, da entidade. Outro aspecto abordado objetivos, corremos atrás de sua execudesenvolver os estados do pelo executivo foi à possibilidade de ção. Temos associados muito ativos na
Rio de Janeiro e do Espírito Santo, lutar obtenção de vistos para negócios nos área de energia e defendemos a atual
pela propriedade intelectual, pelo direi- Estados Unidos, graças ao apoio do Lei do Petróleo, não queremos que ela
mude”, afirmou.
to ao livre comércio e colaborar com os Consulado Americano.
As empresas e entidades que
“Quero que vocês nos vejam
associados, desenhando estratégias que
defendam seus interesses e ofereçam como parceiros. Hoje, no mundo participaram do evento, apoiado pelo
melhores condições de negócios. Esta globalizado, é preciso ter contatos e Consulado dos Estados Unidos, foram:
foi a mensagem do diretor superinten- relacionamentos, e podemos ajudá-los CVC; Funperj; Engenet Informática;
dente da Câmara de Comércio America- nisso, seja através da relação direta com Oi; Instituto de Aritmética Forense;
na (Amcham), Ricardo de Albuquerque outros associados ou nos eventos que LIDE-Rio; Fesa Consultores em RecurMayer, para os novos associados em café organizamos. Temos uma atuação forte sos; WTI Viagens e Turismo; UBX Ennas três esferas de governo, inclusive terprises; CRG Rio Viagens e Turismo;
da manhã na sede da entidade.
Mayer detalhou a estrutura e nos Estados Unidos, através da US Alerj; Som Livre; Guinle Comunicação
funcionamento da Amcham, uma das Chamber of Commerce, da qual somos e Eventos; Hotel Sofitel; BearingPoint;
instituições empresariais mais antigas afiliados. Lutamos pela derrubada das Multi Benefit Services Rio; SGE - Prizdo país, fundada em 1916. Ele ressaltou barreiras comerciais e pela proteção ma Participações; Continental Airlines;
Log Trading & Supply Chain e JW
a missão de cada um dos 15 comitês que dos direitos autorais”.
O diretor superintendente lem- Marriot do Rio de Janeiro. a integram e falou da necessidade de en-
E
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
35
news
Mercado conectado
Marketing viral é elemento-chave
para negócios na era da internet
A
mal sucedidos de empresas que reagiram ao conteúdo gerado pelo usuário
da internet, insatisfeito com serviços
ou produtos. As que assumiram falhas
no processo e responderam de forma
transparente, recuperaram parte do
território perdido:
“Há casos
como o de um cidadão que compra uma
TV de determinada
marca e ela não funciona. Ele leva para
a assistência técnica,
recebe uma carta e
nada acontece. Revoltado, a única coisa que pode fazer é
um vídeo relatando
o que aconteceu. Só
que uma multidão
de pessoas vai acessar
esse material na rede.
Imaginem o estrago
para a imagem dessa
Nino Carvalho
Vanessa Nunes
Carlos Nepomuceno
empresa. Mais do
que nunca, o con“Com a disputa de preços em sumidor usa o conteúdo gerado pelo
atendimento ao consumidor agora se
reproduzem em blogs com milhares telecom, principalmente celulares e usuário na internet a seu favor”.
Carlos Nepomuceno disse que
de acessos e potencial para causar fuga TVs por assinatura, o público ficou
em massa de clientes insatisfeitos. mais inclinado a negociar. A internet ainda é cedo para compreender as
Para saber como lidar com essa nova tem um certo agravante: o consumi- mudanças trazidas pela internet na
realidade, a Amcham e a Simplesmente dor não só reclama como põe a sua sociedade.
“No tempo em que só existia
Comunicação e Marketing reuniram os queixa em tempo real no blog ou no
especialistas Nino Carvalho, e-creative Twitter. Os clientes ganham uma voz rádio e televisão havia veículos de
director para América Latina e Caribe e influência nas decisões das empre- comunicação de massa que não comno British Council; Vanessa Nunes, sas que nem as mais avançadas estão preendiam as micro necessidades das
gerente de contas e supervisora de Pro- preparadas para lidar. As pessoas não pessoas. Fundamental neste momento é
jetos de Marketing da Simplesmente; querem mais apenas comprar um saber o que vai mudar e o que vai contie Carlos Nepomuceno, professor de serviço ou produto, elas querem se nuar. O ambiente de conhecimento que
MBA em Gestão do Conhecimento engajar de uma forma mais profunda”. estamos criando ainda está vivendo o
Vanessa listou exemplos bem e começo de um ciclo”, explicou.
da Coppe/UFRJ e presidente do
Web 2.0, segunda geração da World Wide Web,
reforçou ainda mais a
participação dos internautas no conteúdo dos sites corporativos. Queixas
que antes seguiam para serviços de
36
BRAZILIAN BUSINESS
Instituto de Inteligência Coletiva.
Para Nino, o consumidor de
hoje é mais cético, inclinado a reclamar e ávido por novas experiências, e a maior parte das corporações
ainda não está preparada para isso:
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news
As novas regras da MP 449/2008
Seminário detalha as mudanças na legislação tributária
e esclarece dúvidas de advogados e contadores
A
equipe de tributaristas da
Branco Consultores estudou as mudanças trazidas
pela Medida Provisória 449/2008 e realizou um seminário na sede da Amcham
para esclarecer as dúvidas de quem lida
com o tema. Rubens Branco esmiuçou
toda MP, enquanto Julio Espólito e Luciano França teceram os comentários.
A MP tem muitos detalhes e trata
de alterações referentes a parcelamentos
de débitos; remissão de débitos tributários; operações de crédito realizadas
com instituições financeiras públicas;
mudanças na estrutura do conselho de
contribuintes e na definição jurídica do
leasing e suas repercussões fiscais; PIS
e COFINS de empresas construtoras;
regime tributário de transição (RTT)
e modificações na lei das sociedades
anônimas. O parcelamento de débitos
foi o tema mais comentado.
As empresas têm até 31 de março
para optar pelo parcelamento, podendo
se beneficiar de bons descontos. Os tributaristas alertaram que é preciso analisar caso a caso, para escolher a melhor
forma de quitar os débitos. Para Julio
Espólito, o maior ganho da MP foi a
possibilidade de as empresas oferecerem
A equipe da Branco Consultores
o faturamento como garantia. Até hoje
só patrimônio era aceito. O comércio,
por exemplo, será intensamente beneficiado”, argumentou.
Passo 1:
Prepare-se para o evento.
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Descanse. Relaxe.
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JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
37
news
Transparência eleitoral
Publicitário explica como Fernando Gabeira conseguiu
chegar ao segundo turno na disputa pela Prefeitura do Rio
Lula Vieira compartilha sua experiência em encontro na Amcham
F
enômeno de popularidade nas últimas eleições,
Fernando Gabeira contou
com uma equipe pequena e experiente,
que soube usufruir ao máximo daquela
que foi a maior exigência do candidato:
clareza e transparência. Comandante de
uma campanha com poucos recursos
financeiros, o publicitário Lula Vieira
falou, na Amcham, dos bastidores da
segunda corrida eleitoral mais acompanhada de 2008, e que pode ter
inaugurado uma nova forma de se fazer
propaganda política no país.
Chairman da Câmara Americana
e diretor de Marketing da Ediouro,
Lula Vieira lembra que Gabeira não era
sequer cogitado como candidato com
chances de chegar à Prefeitura quando
o primeiro turno começou.
“Graças a um acordo com o
PSDB ganhamos quase cinco minutos de tempo na televisão. Uma das
exigências feitas por Gabeira foi que
a campanha levasse a transparência
às últimas consequências. Toda movimentação financeira estava acessível
38
BRAZILIAN BUSINESS
na internet, havia critérios para receber
esses recursos. Outro ponto é que ficaríamos apenas na proposição de ideias,
sem ofensas pessoais. Também adotamos por princípio não sujar a cidade
nem maquiar o candidato, incluindo
aí discursos, atitudes e pensamentos”.
O publicitário esclareceu que a
estratégia utilizada na televisão foi a
de produzir programas leves, que o
povo gostasse de ver, com informação,
música, beleza e entretenimento, para
que as pessoas não tivessem vontade de
desligar a TV ou mudar de canal.
“Quando não colocávamos o
próprio Gabeira falando, e ele já é uma
pessoa interessante, tínhamos coisas
deslumbrantes, como o Caetano Veloso
cantando Cidade Maravilhosa, além de
outros artistas. Coisas que o dinheiro
não compra, até porque havia muita
sinceridade no que as pessoas diziam.
Com uma espontaneidade que nem um
grande ator consegue passar. Foi aí que
começou uma coisa extraordinária, a
chamada Onda Gabeira”, explica.
Lula lembrou que sua equipe foi
a que soube usar melhor a internet em
termos de mobilização. “O blog era atualizado diariamente. Sabíamos que era preciso detalhar nossa filosofia, mas também
dar argumentos aos que nos defendiam.
Nisso a internet ajudou bastante”.
Para o publicitário, o modus operandi da campanha pode influenciar
nas próximas eleições para governador
no Rio.
“Vão dizer: por que não fazer
como o Gabeira? Uma vez o Paulo
Betti disse que a vantagem de não
ensaiar é deixar a emoção fluir, porque
há nuances que, quando são ouvidas e
não vistas, aparecem mais”, concluiu.
O auditório lotou para ouvir o chairman de Marketing da Câmara Americana
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news
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de olho no Rio
Choque de Ordem
O
Rio de Janeiro amanheceu com uma nova
secretaria em 2009: a de Ordem Pública,
chefiada pelo economista Rodrigo Bethlem.
Chamado de “xerife” pelo prefeito Eduardo Paes, Bethlem
sabe que ele e sua equipe terão uma tarefa para lá de árdua pela
frente. As primeiras medidas, batizadas de Choque de Ordem, chamaram atenção e geraram discussões por mexerem
com irregularidades que há tanto tempo eram tratadas com
o famoso jeitinho brasileiro, e todos já estavam acostumados.
Carros estacionados em local proibido, comércio irregular,
buracos em ruas e calçadas, bueiros entupidos, população
dormindo na rua... a lista é imensa.
Por isso, o secretário vai precisar mais do que sua
experiência como subprefeito da Lagoa e como prefeitinho
do Méier e da Barra para devolver à cidade a alcunha de
Maravilhosa. A Secretaria de Ordem Pública terá que ganhar
a confiança do carioca que, se quiser viver em uma cidade
melhor, vai precisar “comprar essa briga” e colaborar. Afinal,
muitas das irregularidades que a secretaria vem combatendo
são fruto do comportamento dos próprios moradores do Rio.
A partir desta edição, a Brazilian Business vai publicar
denúncias de irregularidades encontradas na cidade. Desta forma,
a Câmara de Comércio Americana espera dar sua contribuição.
Esperamos que logo esta página possa trazer resultados positivos, frutos da ação conjunta entre população e poder público.
Se você quiser, também pode participar. É só fotografar
a denúncia em alta resolução e uma descrição da irregularidade e mandar para [email protected].
A auto-escola Rio de Janeiro faz as esquinas das ruas
da Alfândega com Candelária de estacionamento
particular. E depois das 18 horas, ainda estacionam
com as quatro rodas sobre a calçada. Com autorização
da prefeitura, as motos estacionam de um lado ao
outro da rua da Candelária, impedindo a passagem
de pedestres. Na rua da Alfândega, mesmo sem
autorização, as motos estacionam livremente sobre a
calçada. O pedestre não consegue acessar as calçadas.
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BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Gestão contábil e empresarial baseada em transparência e confiança mútua.
solidity partnership
parceria
confiança
reliability
transparência
solidez
Accounting and business management based on transparency and mutual trust.
transparency
Resultado: parcerias sólidas e excelência em produtividade.
Result: solid partnerships and excellence in productivity.
www.dpc.com.br
42
BRAZILIAN BUSINESS
| [email protected]
Rio de Janeiro
São Paulo
Macaé
Av. Rio Branco, 311, 4º andar - Centro
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20040-903
Tel. 5521 3231 3700
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
Rua Sampaio Viana, 277, conjunto 11 - Paraíso
São Paulo - SP - CEP 04004-000
Tel. 5511 3884 1116
Rua Lindolfo Collor, 22 - Cavaleiros
Macaé - RJ - CEP 27920-220
Tel. 5522 2773 3318
PELO
Divulgação
Divulgação
Mercado
Tecendo o Amanhã
Dias antes da abertura do novo resort do Grupo
Iberostar na Bahia, em novembro passado, foi inaugurado o Centro de Referência em Educação Infantil
e Atenção Familiar Dom Miguel Fluxa Roselló, que faz
parte do projeto “Tecendo o Amanhã”. O projeto tem
patrocínio de US$ 500 mil da Fundação Iberostar, parceria da Unicef e apoio da prefeitura de Mata de São
João e da ONG Avante.
O trabalho visa desenvolver as áreas da educação
e saúde infantil junto às famílias mais carentes do município e tem capacidade para atender 98 crianças. Mas
como é colocado em prática através de agentes comunitários de saúde e dos professores da rede municipal,
o projeto acaba abrangendo um número de crianças
muito superior àquele atendido diretamente no local.
Os critérios usados pela prefeitura de Mata de São
João para a escolha das famílias atendidas pelo Centro
são: baixa renda per capita das famílias e mães com
empregos de dois turnos.
Já trabalham no Centro de Referência uma diretora, uma coordenadora pedagógica, oito auxiliares,
quatro professoras, uma cozinheira e três agentes de
serviços gerais.
Além de influenciar no município com ações sociais diretas, “o valor anual de impostos pagos pelo
Iberostar permite à Prefeitura de Mata de São João
construir uma escola com seis salas de aula para
quatrocentos alunos, ou manter o funcionamento
completo do hospital geral do município por dois meses. Ou ainda construir 80 casas populares”, informou
o prefeito João Gualberto, no discurso de inauguração
do Iberostar Praia do Forte Premium.
A SulAmérica Investimentos
contratou Leopoldo Barreto
como chief operations officer
(COO). Formado em Administração, ele será responsável
pelo controle da execução das
ações e gestão de risco das
operações da gestora de recursos. Entre 1996 e 2005 Barreto
foi gestor de fundos de renda
variável e multimercados da
companhia.
A IBM Brasil anunciou duas novas posições em seu
quadro de executivos: José Carlos Duarte assumiu o
novo cargo de CTO (chief technologist officer) e Fábio
Gandour foi nomeado cientista chefe.
O vice-presidente sênior de Marketing da United Airlines, Dennis Cary, agora responde, também, pelos
assuntos de Clientes. Já Graham Atkinson assumiu o
cargo de presidente do Mileage Plus, o programa de
fidelidade da empresa.
Ana Paula Silva Jardim é a nova sócia do escritório
Daniel Advogados e atuará na área de patentes. Ana
Paula trabalha com Propriedade Intelectual desde 2000.
O escritório Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados
admitiu novos sócios: Álvaro Palma de Jorge, especialista em Direito Administrativo e Concessões, Daniella
Maria Neves Reali Fragoso e Fabiana Fagundes, da área
de Direito Societário, e Sergio Kehdi Fagundes, com
foco em Contencioso Cível.
Os advogados Alexandre Montoni e Gustavo Paixão
tornaram-se sócios do escritório Villemor Amaral. A
banca completa um século este ano.
José Luis de la Rosa tornou-se diretor da unidade de
Transformadores do Setor Energy da Siemens no Brasil
(TUSA). O executivo é engenheiro eletricista, graduado
pela Universidade de São Paulo (USP), com MBA em
Finanças e Marketing pela Duke University.
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
BRAZILIAN BUSINESS
43
opinião
Resolução de disputas na internet
Luíz Virgílio Manente e *Marlio de Almeida Nóbrega Martins
R
ecentes mudanças promovidas pelo Comitê Gestor
da Internet no Brasil (CGI) devem gerar mais
disputas envolvendo nomes de domínio registrados
no país e explicitam a necessidade de adoção
de um procedimento administrativo para resolução desses
conflitos. Especificamente, o CGI liberou o registro de domínios
terminados em .com.br também para pessoas físicas e autorizou
o registro de domínios terminados em .am.br, .fm.br e .tv.br
para qualquer pessoa jurídica, independente de atuação nos
ramos de rádio e tv e de regulamentação junto à Anatel.
44
BRAZILIAN BUSINESS
JANEIRO-FEVEREIRO/2009
“Não são raras as vezes em que empresas
optam por negociar com os infratores e pagar
verdadeiros resgates para poderem controlar
sítios que sempre deveriam ter sido seus”
Com isso, os cybergrileiros passaram a ter mais opções,
podendo registrar ainda mais domínios idênticos ou com
grafia extremamente semelhante a marcas já existentes. Na
prática, o infrator se aproveita do renome da marca x, por
exemplo, e registra domínios como www.marcax.com.br
ou www.marcasx.com.br. Normalmente, o cybergrileiro
registra o domínio em questão com o fim de vendê-lo para
o proprietário da marca violada ou redireciona o website
para o sítio de um concorrente do titular da marca violada. Práticas comuns também são a divulgação de links
para sítios de diversas empresas ou a venda de espaços de
publicidade no website criado. A consequência comum a
todas essas práticas é impedir que o titular de uma marca
utilize a poderosa ferramenta que é a internet para divulgar
ou vender seus produtos ou serviços.
Infelizmente, a única via existente no Brasil para
resolver disputas dessa natureza é o Poder Judiciário, que,
por diferentes motivos, ainda não soluciona as questões na
velocidade desejada. Por essa razão, não são raras as vezes
em que empresas optam por negociar com os infratores e
pagar verdadeiros resgates para poderem controlar sítios
que sempre deveriam ter sido seus. A expectativa de anos de
litígio até um pronunciamento definitivo do Poder Judiciário
é normalmente determinante nessa decisão.
Resta como consolo saber que a solução para esse
problema é simples e pode ser adotada em um curto prazo,
estabelecendo-se no país um método de resolução de disputas
similar ao existente em grande parte do mundo e que foi
desenvolvido pela International Corporation for Assigned
Names and Numbers (ICANN), entidade que administra
os domínios no plano internacional.
Desde 1999, a ICANN adotou a política uniforme
de resolução de disputas sobre nomes de domínio (UDRP,
na sigla em inglês). Trata-se de um conjunto de normas que
regulam disputas envolvendo a titularidade de domínios
genéricos (.com, .biz, .info, .mobi, .name, .net, .org) e domínios dos países que aderiram à UDRP. Em sua cláusula
quarta, a UDRP estabelece que o detentor do registro de um
domínio fica obrigado a se submeter a um procedimento
administrativo caso um terceiro alegue (i) que o domínio
registrado é idêntico ou confusamente similar a uma marca
sobre a qual o terceiro tem direitos, (ii) que o solicitante do
registro do domínio não tem direitos ou interesses legítimos
sobre o domínio, ou (iii) que o domínio foi registrado e vem
sendo usado com má-fé. Ao requerer o registro de um domínio sujeito à UDRP, o requerente declara sua concordância
expressa com todos os termos da UDRP e fica vinculado ao
procedimento em questão. Não há alternativa para os interessados em registrar domínios. A sujeição ao procedimento
administrativo nessas hipóteses é inafastável.
As disputas em si são conduzidas e resolvidas por meio
de centros de resolução de disputas conveniados, como o
centro da Organização Mundial da Propriedade Intelectual
(OMPI) e o National Arbitration Forum. Como todo o
procedimento é eletrônico e os árbitros são especialistas em
propriedade intelectual, as disputas são resolvidas, em média,
em três meses, período bem inferior aos anos que um processo
similar leva para ser julgado pelo Poder Judiciário.
Para que o Brasil passe a contar com essa estrutura,
basta o CGI aderir à UDRP. Note-se que o CGI tem competência legal para tanto. O Decreto que o regulamenta
estabelece dentre suas atribuições a adoção de procedimentos administrativos e operacionais necessários para
que a gestão da internet no Brasil se dê segundo os padrões
internacionais aceitos pelos órgãos de cúpula da internet,
podendo, para tanto, celebrar acordo, convênio, ajuste ou
instrumento congênere.
Com a adoção desse novo mecanismo, o Brasil pode reverter o quadro atual em que é mais rápido e simples para empresas
brasileiras retomarem domínios que violam suas marcas mas
foram registrados fora do país do que domínios que também
violam suas marcas mas foram registrados no Brasil. BB
Sócio responsável pela área contenciosa de
Propriedade Intelectual de TozziniFreire Advogados e
*Advogado na área contenciosa de Propriedade
Intelectual deTozziniFreire Advogados
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novos associados
AVAYA BRASIL LTDA.
André Rodrigues Ceciliano - Executivo
de Desenvolvimento de Negócios
Alexandre de Salles Coelho - Gerente de
Serviços
Rua Lauro Müller, 116, s/1201 - Botafogo
22290-160 Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2125-7400
Fax: (21) 2125-7411
www.avaya.com.br
AZEVEDO SETTE ADVOGADOS
Eduardo Coluccini Cordeiro - Sócio
Paloma Mendonça Rocha - Advogada
Rua do Ouvidor, 88/ 7º - Centro
20040-030 Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2221-8484
Fax: (21) 2221-7353
[email protected]
www.azevedosette.com.br
AZEVEDO SETTE ADVOGADOS
Ricardo Azevedo Sette - Sócio Diretor
Leonardo P. Brasil Teixeira - Advogado
Av. N. Sra. da Penha, 1495, s/ BT 909 Santa Lúcia
29056-905 Vitória, ES
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LTDA.
Michel Levy Neto - Sócio Gerente
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20081-262 Rio de Janeiro, RJ
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CLARA LTDA.
(Mineração Santa Clara)
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nº, Km 07 - Gironda
29326-000 Cachoeiro de Itapemirim, ES
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COMITÊ EXECUTIVO
Presidente: João César Lima, Sócio,
PricewaterhouseCoopers; 1º Vice-Presidente:
William Yates, Presidente, Prudential do Brasil
Seguros de Vida; 2º Vice-Presidente: Robson
Barreto, Sócio, Veirano Advogados; 3º VicePresidente: Eduardo Karrer, Presidente, MPX
Mineração e Energia; Diretor Secretário:
Murilo Marroquim, Presidente, Devon Energy
do Brasil; Diretor Tesoureiro: Patrícia Pradal,
Diretora de Desenvolvimento e Relações
Governamentais, Chevron Brasil Petróleo;
Conselheiro Jurídico: Sergio Tostes, Sócio
Gerente, Tostes e Associados Advogados.
Ex-Presidentes: Sidney Levy, Joel Korn e
Gabriella Icaza
PRESIDENTES DE HONRA
Antônio Patriota, Embaixador do Brasil nos EUA
Clifford Sobel, Embaixador dos EUA no Brasil
DIRETORES
Carlos Henrique Moreira, Presidente, Embratel;
Dílson Verçosa Jr., Diretor de Marketing e
Vendas, American Airlines; Hervé Tessler,
Presidente, Xerox; Humberto Mota, Presidente,
Dufry do Brasil; Ivan Luiz Gontijo, Diretor,
Bradesco Seguros; José Carlos Monteiro,
Sócio, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores
Independentes; José Luiz Alquéres, Presidente,
Light; José Renato Ponte, Presidente,
Consórcio Estreito Energia; Katia Alecrim,
Superintendente Regional de Vendas, Citibank;
Márcio Fortes, Diretor Presidente, João
Fortes Engenharia; Marcos Menezes, Gerente
Executivo de Contabilidade, Petrobras; Maurício
Bähr, Presidente, Suez Energy Brasil; Mauro
Viegas Filho, Diretor Presidente, Concremat
Engenharia e Tecnologia; Pedro Aguiar de
Freitas, Consultor Geral Jurídico, Vale; Plínio
Simões Barbosa, Sócio, Barbosa, Mussnich &
Aragão Advogados; Ricardo Esteves, Tesoureiro,
IBM Brasil; Roberto Furian Ardenghy, Diretor de
Assuntos Corporativos, BG do Brasil; Rodrigo
Caracas, Vice-Presidente Jurídico e de Assuntos
Corporativos, Coca-Cola Indústrias.
Diretora honorária: Elizabeth Lee Martinez,
Cônsul Geral dos EUA.
DIRETORES EX-OFÍCIO
Andres Cristian Nacht, Carlos Augusto Salles,
Carlos Henrique Fróes, Gabriella Icaza, Gilberto
Duarte Prado, Gilson Freitas de Souza, Gunnar
Birger Vikberg, Ivan Ferreira Garcia, Joel Korn,
José Luiz Miranda, Juan C. Llerena, Luiz
Teixeira Pinto, Omar Carneiro da Cunha, Peter
Dirk Siemsen, Raoul Henri Grossman, Ronaldo
Veirano, Rubens Branco da Silva, Sidney Levy
e William B. Sweet
PRESIDENTES DE COMITÊS
Associados: a definir; Assuntos Jurídicos:
Julian Chediak; Comércio e Indústria: a definir;
Energia: Roberto Furian Ardenghy; Finanças:
Frederico da Silva Neves; Logística e InfraEstrutura: Ricardo Mota da Costa; Marketing:
Lula Vieira; Meio Ambiente: Oscar Graça
Couto; Propriedade Intelectual: Steve Solot;
Recursos Humanos Estratégicos: Claudia
Danienne Marchi; Relações Governamentais:
João César Lima; Responsabilidade Social
Empresarial: Celina Borges Carpi; Seguros,
Resseguros e Previdência: Maria Helena
Monteiro; Telecomunicações e Tecnologia:
Maurício Vianna; Turismo e Entretenimento:
Orlando Giglio
ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM RJ
Diretor-Superintendente: Ricardo de
Albuquerque Mayer; Gerente Administrativo:
Ednei Medeiros; Gerente de Comunicação:
Ana Redig; Gerente Comercial e Marketing:
Jorge Maurício dos Santos; Gerente de
Comitês e Eventos: João Marcelo Oliveira
DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO
Presidente: Carlos Augusto Aguiar, Diretor
Presidente, Aracruz Celulose S.A.; VicePresidente: José Tadeu de Moraes, Diretor
Presidente, Samarco Mineração; Diretores:
Carlos Fernando Lindenberg Neto, Diretor
Geral, Rede Gazeta; João Carlos da Fonseca,
Superintendente, Rede Tribuna; Lucas Izoton
Vieira, Presidente, FINDES; Marcelo Silveira
Netto, Diretor Superintendente, Tristão Comércio
Exterior; Marconi Tarbes Vianna, Diretor
de Pelotização e Metálicos, CVRD; Otacílio
Coser Filho, Vice-Presidente de Relações
Internacionais, Coimex Empreendimentos e
Participações Ltda; Simone Chieppe Moura,
Diretora Administrativa e Financeira, Unimar
Transportes Ltda; Walter Lidio Nunes, Diretor
de Operações, Aracruz Celulose; DiretorSecretário: Roberto Pacca do Amaral Jr.,
Presidente, Agra Produção e Exportação Ltda;
Conselheiro Jurídico: Rodrigo Loureiro Martins,
Advogado – Sócio Principal, Advocacia Rodrigo
Loureiro Martins
ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM ES
Secretário Executivo: Clóvis Vieira;
Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa
LINHA DIRETA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA
Administração e contabilidade:
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Associação, mailing, patrocínios e Executive Platinum Card:
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Camarj: Regina Helena Aramis - Tel.: (21) 3213-9207
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Comitês e eventos:
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Publicidade: Osvaldo Requião - Tel.: (21) 3213-9221
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Espírito Santo: Keyla Corrêa - Tel.: (27) 3324-8681
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