Lisboa vai ser base permanente da Volvo Ocean Race

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Lisboa vai ser base permanente da Volvo Ocean Race
ID: 64390722
11-05-2016
Tiragem: 26347
Pág: 46
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 21,14 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
Tendo o Tejo e o Atlântico em frente, a instalação em Pedrouços desta infraestrutura terá também a virtualidade de transformar a capital
portuguesa no principal centro de
treinos de todas as equipas.
Fim da primeira etapa
Nick Bice, chefe do estaleiro da VOR, ontem, com Fernando Medina, segurando a taça para o vencedor
Lisboa com valor
reforçado na próxima
Volvo Ocean Race
Vela. Estaleiro da maior corrida oceânica do mundo instalado em
Pedrouços. Equipas farão da capital centro de treinos permanente
JOÃO PEDRO HENRIQUES
A doca de Pedrouços vai servir a
partir de junho para base operacional permanente da Volvo Ocean
Race (VOR). É mais um passo em
direção à concretização de um sonho há muito assumido pela Câmara Municipal de Lisboa: fazer da
capital portuguesa, a partir de
2020, a capital desta regata, que ao
longo de oito mesespercorre três
oceanos (Atlântico, Indico e Pacífico) e cinco continentes, numa
distância de quase 75 mil quilómetros (40 mil milhas). "Não descansaremos enquanto não fizPrmos de
Lisboa a base permanente e local
de partida da Volvo. Acho que Lisboa tem tudo e justifica a aposta",
disse ontem o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina. As novidades foram anunciadas numa cerimónia
nos Paços do Concejho.
José Pedro Amaral, o homem
que lidera a organização da paragem em Lisboa da regata, não
avança números sobre o impacto
financeiro que a instalação do estaleiro da VOR na capital terá na
economia da cidade e do país. Mas
recorda que no stopoverde 2015,
que só durou duas semanas, esse
A capital portuguesa
será na edição 2017-18
o primeiro porto de
paragem da frota
impacto foi de 26 milhões de euros. E espera agora muito mais, visto que o estaleiro irá operar durante mais de um ano. "A base de treinos e de manutenção faz que
Lisboa redescubra o mundo, há
um trajeto comercial de empresas,
companhias, novos parceiros, novas formas de fazer negócio. Vamos ter um stopover de quase um
ano e não 14 dias como no último
ano da prova. Com a base de treinos e reparação vão ser muitos velejadores, patrocinadores, empresas em Lisboa, é um oceano de
oportunidades que temos de aproveitar."
Com uma equipa de 25 mecânicos, o estaleiro já está construído e
daqui até ao início edição 2017-2018 da VOR, no outono do ano
que vem, acolherá todos os barcos
e equipas concorrentes, para efeitos de melhoramentos (por exemplo, na sustentabilidade energética dos barcos, tornando-os mais
dependentes de energia solar para
alimentar toda a eletrónica de bordo e menos do gasóleo do motor
principal). Todos os barcos que já
fizeram a edição 2014-15 serão
também sujeitos a testes de estrutura (no fundo, radiografados).
Na última edição, 2014-2015, concorreram sete equipas; para a próxima tudo aponta para esse número ou até mais. O Team Destas, o
Mapfre e o Dongfengdeverão voltar a concorrer. Também se prepara uma equipa holandesa, chefiada
pelo ultraveterano Bouwe Beklcing,
que se prepara para sua oitava volta ao mundo (mas nunca venceu).
Já o Estado patrocinador do barco
vencedor da última edição, o Abu
Dhabi, ainda não disse se voltará
ou não apagar uma equipa—mas o
barco há muito que está em Lisboa.
O lugar da capital portuguesa na
rota da regata também irá mudar.
Nas anteriores edições da prova,
estava no fim da volta ao mundo,
no regresso da frota à Europa, vinda dos EUA (a prova começa em
Alicante, Espanha, depois dá a volta ao mundo, de oeste para leste,
terminando em Gotemburgo, na
Suécia).
Na edição 2017-2018, a capital
portuguesa será colocada no princípio da regata. Haverá uma espécie de prólogo que não conta para
a classificação oficial de Lisboa
paraAlicante (Espanha). Aqui será
dado o arranque oficial para a primeira etapa, Alicante-Lisboa. E depois a frota seguirá para a Cidade
do Cabo (África do Sul). Lisboa
será, portanto, desta vez, o fim da
primeira etapa. Quanto ao resto do
trajeto, já estão definidos alguns
portos de paragem, mas ainda não
todos: Cidade do Cabo (África do
Sul), Hong Kong (China), Auckland
(Nova Zelândia), Newport (EUA),
Cardiff (País de Gales) e o porto final, Gotemburgo, na Suécia, a capital daVolvo.
Na cerimónia, Fernando Medina disse que a Volvo Ocean Race
"deixa de ser circunstancial, deixa
de ser um ponto de acolhimento,
mas passa a ser a base". "Esta prova
tem um carácter estratégico para
Lisboa. Este dia marca um renovar
de compromisso. Nesta edição, vamos ter mais Volvo Ocean Race, a
mesma aventura, centralidade e
dinâmica, mas reforçada com uma
instalação permanente."
Já o CEO em exercício da prova,
o espanhol Antonio Bolãnos— prestes a ser substituído pelo britânico
Mark Tumer, depois de anos da liderança carismática do norueguês
Knut Frostad— elogiou o profissionalismo da cidade e destacou o
apoio que a regata tem dado ao
desenvolvimento económico de
Lisboa.
"Lisboa tem dado grandes alegrias àVolvo Ocean Race, tem-se
demonstrado muito profissional
na organização e a Volvo tem ajudado a cidade a nível económico.
Lisboa converteu-se numa grande
cidade de negócios", afirmou o gestor espanhol.
ID: 64390722
11-05-2016
LISBO \ V \I SER BASE
PER\ \\ ENTE DA
VOLVO OCEAN RACE
DESPORTO .; -,z
Tiragem: 26347
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 15,97 x 14,46 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
O Tejo será campo de
treinos e o estaleiro
da maior prova de vela
oceânica do mundo
vai ficar instalado
na Doca de Pedrouços
já a partir de junho

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