Um louvor à vida de Renate

Transcrição

Um louvor à vida de Renate
fundasinum
informa
Publicação da Fundação de Saúde Integral Humanística - Fundasinum
Especial Dra. Renate | Janeiro a Março de 2013
Um louvor à vida de Renate
Renate com parte da equipe da FUNDASINUM no encontro nacional de 2011
Uma vida de decisão pelo AMOR
Em fevereiro deste ano acompanhamos os últimos passos da criadora
do método ADI-TIP e fundadora da Fundasinum. Pudemos testemunhar
em seus últimos gestos e palavras o mesmo espírito presente em todas
as etapas dos trabalhos desenvolvidos desde 1975. Este espírito se
estrutura a partir de uma postura ética, cujo princípio é a abertura ao
outro, no sentido do respeito às suas diferenças e do seu reconhecimento
como um ser igualmente humano; questões consideradas, por grandes
pensadores como Victor Frankl, fundamentais para a construção das
mais diversas formas de convivência nas sociedades, tanto nos aspectos
macro, quanto microssociais. Em uma época caracterizada pela
crescente valorização da exterioridade, Renate Jost traz à consciência a
importância da interioridade humana, a partir da categoria do espírito
– dimensão capaz de refletir sobre si, o outro e o mundo –, distinguida
pela vontade, liberdade, abertura, amor e sentido. Suas pesquisas
nessa direção evidenciaram a capacidade do ser humano de encontrar
respostas para além dos condicionamentos configurados no ambiente
em que vive; as quais vão ao encontro da descoberta de seu sentido e
de seu ser mais autêntico. Aqueles que leram os seus livros e puderam
assistir aos seus trabalhos, além de aplicar sua metodologia em suas
práticas, podem atestar a relevância de seu trabalho como uma possível
resposta para os inúmeros sofrimentos que assolam os indivíduos na
contemporaneidade. Estamos, com certeza, diante de uma grande
descoberta para as ciências humanas. Essa afirmação deflui da seriedade
das respostas fornecidas por meio do questionamento à interioridade, as
quais podem contribuir para o avanço das ciências que se preocupam em
construir intervenções clínicas e psicossociais para reconduzir o homem
em direção ao que é próprio do humano, ou seja, a sua humanização
em todos os setores da existência. Isso aponta para a direção de uma
clínica que não se reduz em seus objetivos à diminuição de sintomas,
mas que possibilita o despertar para a experiência da abertura, do
sentido e do amor, movimentos contrários àqueles promovidos pela
sociedade atual, abalizada na radicalização do individualismo. Renate
Jost sempre demonstrou estar à frente do seu tempo, preocupando-se
com todas as questões sociais da atualidade e realizando pesquisas que
pudessem contribuir também preventivamente. Sua fé e amor pelo ser
humano levaram-na a estruturar uma ferramenta que possibilitasse não
apenas os diagnósticos do que se descortina por detrás de toda espécie
de sintomas, mas a desconstrução de mecanismos de repetição e de
condicionamentos resultantes dos mais diversos posicionamentos que
a pessoa assumiu diante das situações vividas. Além disso, através de
tal tecnologia, torna-se possível conhecer as características estruturantes
e valorativas que são constitutivas do ser humano. Um conhecimento
que muito se assemelha e caminha na mesma direção da pesquisa
fenomenológica. Renate Jost sempre demonstrou coerência com o que se
revela a partir da interioridade humana, tanto em sua postura profissional,
quanto em sua vida pessoal. O amor, a verdade e a justiça são traços do
seu caráter que deixaram impressões em toda a sua obra e naqueles que
com ela se encontraram. Impressionou-nos a qualidade e a profundidade
das transformações daqueles que por ela foram atendidos e o impacto
dessas mudanças em suas famílias e suas relações interpessoais. Era
muito comum escutar em seus depoimentos que apenas o encontro com
a pessoa de Renate Jost, em função do ambiente de amor gerado por
ela, tocava-os de tal maneira que já não poderiam se dizer os mesmos.
Sua marca, acima de tudo, sempre foi o amor. Seu pedido em todos esses
anos à sua equipe é que todo aquele que batesse à nossa porta, mesmo
sem recursos materiais, não voltasse de mãos vazias... Esse espírito de
amor ao ser humano e compromisso com uma ciência que humaniza
é o que toda a equipe pretende continuar a difundir para os que já se
encontram nessa obra e para aqueles que ainda virão.
Eunides Almeida
Maria Clara de Moraes presta homenagem à mãe em nome da família |
p.3
Depoimentos e agradecimentos à Dra. Renate pela vida e pela obra ADI |
p.5
Palavras de padre Lúcio trazem conforto e sustento diante da perda |
p.8
Fundasinum
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Informa
Editorial
Caros amigos e amigas da obra da Fundasinum/ADI,
quero navegar estas linhas com a expressão do nosso paradoxo. Paradoxo de sermos humanos e limitados e, ao mesmo
tempo, completos em nossa interioridade. De amarmos e não amarmos. De nossas perdas e ganhos. Se por um lado,
o novo ano que ora se inicia é sempre um tempo que nos inspira sentimentos de novidade, experiências e conquistas,
vivemos também a data de 5 de fevereiro do ano de 2013: experiência de dor, desamparo e dúvida. Neste dia
faleceu nossa fundadora, Dra. Gisela Renate Jost de Moraes. Profissional da enfermagem, assistente social, psicóloga
Márcio Albeny Gallo
e pesquisadora, na linha do conhecimento. Mulher de origem evangélica, convertida ao catolicismo no sentido da fé.
Diretor-Presidente
Pioneira e criadora do método ADI/TIP, fundadora da Fundação de Saúde Integral Humanística (FUNDASINUM). Esposa,
mãe, avó. Hoje é dia de prestar homenagem. O que nos conforta é reconhecer que a pessoa homenageada postumamente também recebeu
justas e distintas homenagens em vida. O mundo inteiro (literalmente – Portugal, Espanha, Alemanha, Áustria e Turquia, entre outros) pôde
devolver parte do reconhecimento que lhe devia, por seu esforço e dedicação ao conhecimento e técnica, que criou, desenvolveu e tornou
acessível à humanidade. Homenageada também pela FUNDASINUM, que hoje viabiliza o atendimento a pacientes carentes, pelo ensino
e divulgação das técnicas da ADI e pela realização de pesquisa científica envolvendo seus resultados. Perdemos a companhia em vida de
nossa insubstituível e inesquecível Gisela Renate. Foi-se nossa mãe, nossa tutora, nossa amiga, nossa conselheira, nossa fundadora, nossa
guerreira. Sobretudo, nossa. Não por sentimento exagerado de posse, mas tradução do quanto ela conseguia se fazer parte de nós, do
que nós amamos em nós e nela. Nossa, inteira e interna. E assim, a tristeza se desfaz em uma profunda sensação de gratidão e de paz.
Desculpem-me os irmãos que não professam alguma fé, mas agora me reservo o direito de professar a minha. Diante deste sentimento e
da realidade dessa paz que me invade, posso dizer: Renate está viva! Melhor do que nunca! Ou tão bem como há muito não a víamos!
Íntegra e inteira, ressurgida no Cristo que sempre amou e compartilhou ao longo de sua vida. Plenificada na verdade de uma vida que não
mais se acabará. Reflexo desta realidade de fé e verdade. A Verdade, que ela sempre amou e buscou. Também seguindo os passos do que
Cristo (e ela) nos ensinou, a sua ausência física se fez, mas se faz presença de espírito, o Amor que agora não tem mais os limites humanos
para o conter. Assim como os primeiros cristãos receberam a infusão e presença do Espírito Santo, nós recebemos, pelo dom do mesmo
Espírito, o amor e o carinho da nossa Renate. Sentimos-nos mais fortes e inspirados a trabalhar, a nos doar, a perpetuar esta obra, que
entre tantas outras ao longo da história, é uma obra que produz curas e libertações. Mas esta é especial para nós, é nosso legado como
filhos e filhas espirituais dessa grande mulher, instrumento de Deus na vida de tantos irmãos. Obrigado, Gisela Renate! Nunca poderemos
agradecer o suficiente, mas como a senhora mesma dizia: “Deus não se deixa vencer em generosidade!”. Receba hoje nossa homenagem,
e a cada dia também, refletida na continuidade do seu trabalho e desta obra, inspirada por Deus, como somos todos testemunhas.
Oração do dia
Senhor,
no começo deste dia, ofereço – te meu trabalho profissional.
Peço-te que ponhas no meu, o teu coração e na minha cabeça,
a tua mente, para que, através de mim,
seja atingido o “Interior do Paciente”.
Oriente-me na abordagem do encontro inicial
Para que eu acolha com ternura e não
machuque ainda mais a quem tanto já sofreu.
Inspire-me ao trabalhar “a resistência”,
bloqueio do “não entender” ou do “não querer”,
a armadilha sutil que o paciente cria para si mesmo,
a auto-mentira que sustenta com persistência.
Faça com que eu a contorne com firmeza, ou com amor e
paciência, exatamente como é preciso agir, neste difícil
momento.
Acompanhe-me no diagnóstico profundo,
leve o paciente a perceber no inconsciente,
não apenas as lembranças do passado,
mas as manchas negras de suas opções pelo mal.
Fale por ela, na terapia de tal forma,
Que o paciente, no processo de sua cura psico-física
ultrapasse estes limites encontrando o seu “núcleo de Luz”.
Onde Tu mesmo o aguardas e o atrai para Ti.
É o instante em que Te ouve e Te abraça pessoalmente,
Numa experiência vivencial que jamais esquecerá.
Conduza, para que ao encerrar o tratamento,
quando libertado o inconsciente psicossomático e o
espiritual, o paciente persista no que conquistou e se
transforme numa “Chama de Amor”, que se irradia sobre
quem considera os seus, envolvendo-nos no contágio
de uma nova existência, onde a saúde, as relações
humanas e o mundo se harmonizam em Deus.
Enfim, permita a nós profissionais,
que ao olharmos para trás, em nosso dia,
visualizemos novos pontos de luzes vibrantes,
vida renovada, que aos poucos se esparramam,
envolvendo em suave claridade todos aqueles que se
encontram lado a lado, mas também os que se foram,
os antepassados e as muitas gerações que ainda estão por vir.
Conceda-nos esta graça, Senhor,
Para que, na passagem derradeira,
possamos contemplar, distanciados
rastros fortemente iluminados.
Chamando a outros a sair
da escuridão.
E diremos, então:
Obrigado, Senhor!
Louvado sejas porque nos
“gratificaste” permitindo que fosse
cumprido o Teu desejo e a
nossa singela missão.
Renate Jost de Moraes
Fundasinum
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Sobre a Mamãe
Por Maria Clara Jost de Moraes
Como falar da mamãe, da vovó Renate, da tia Renate, da
dona Renate, da Dra. Renate?
Por onde começar? O que destacar?
Talvez deva começar dizendo de sua fé. Uma fé forte,
testada e retestada ao longo dos sofrimentos que passou em
sua vida. Fé em Deus, fé em Maria, mas, sobretudo, uma fé
inabalável no próprio ser humano, fruto do Amor do Criador.
Sua vida foi guiada pela certeza de que todo ser humano
deve, pode e quer mudar para melhor. Contudo, muitas
vezes, ele mesmo não sabe que quer e nem mesmo acredita
que é possível. Ele precisa ser ajudado a acreditar nessa sua
capacidade de transformação.
Mas como ajudá-lo? Como ajudar alguém a descobrir que
é bom? A ter vontade de ser aquilo que Deus pensou para ele
desde o momento de sua concepção?
Ela ainda era uma criança quando perguntou para o seu
pai, o pastor Jost: “O que é a verdade”? Seu pai não soube
responder. E ela continuou buscando essa resposta. “O que é a
verdade do ser humano? Onde está a referência daquilo que o
ajuda a ser ele mesmo”?
Nessa busca, um dia, perdeu a fé. Aquela certeza inabalável
que sempre a mobilizou perdeu a força quando sua mãe
morreu. Ela havia pedido tanto a Deus para salvá-la, e Deus
não ouviu sua prece. Será que Deus a tinha abandonado? Ela
mesma nos disse, muitas vezes, que esses foram os piores anos
de sua vida. Dizia-nos: “o maior sofrimento é aquele sofrimento
sem sentido. Como viver sem fé”?
Depois de muito sofrer, quando achou que sua vida não
tinha mais sentido, encontrou uma pessoa: a dona Julieta.
Senhora simples, de muita fé e oração, que tinha o dom e a
graça de ouvir Nosso Senhor. Essa senhora a resgatou do vazio
em que vivia e lhe ajudou a redescobrir sua fé. Entretanto, agora
convertida em uma fé católica. Uma fé que louva Maria, mãe de
Jesus. Uma fé que afirma a presença viva de Jesus na eucaristia.
Não era mais uma fé de criança. Era uma fé conquistada,
convicta, forjada na dor. Era uma fé mais forte, mais firme, mais
corajosa. Não deixou de comungar jamais, nem um único dia.
Ensinou-nos a ir à missa todos os dias, desde que estávamos
em seu ventre. Dizia-nos que já havia perdido muitas comunhões
e que agora não queria perder mais nenhum dia da maravilhosa
presença de Jesus vivo em seu coração, pela comunhão. Agora
nada mais podia detê-la. Tornou-se uma guerreira, incansável
na defesa da verdade que havia reencontrado em seu coração.
Foi nesta certeza, de que existe em cada coração humano – por
mais ferido, decepcionado, magoado e perdido que esteja – a
possibilidade de reencontrar o amor, que ela foi criando a ADI.
Foi, então, descobrindo uma maneira de abordar diretamente,
sem interpretações, o nível humanístico na interioridade de
cada pessoa. Nível que permitia encontrar a verdade mais
autêntica de cada um. Nível profundo que permitia à pessoa
vivenciar momentos de sua vida de muito amor, assim como
também possibilitava tratar aqueles momentos onde a pessoa
não se percebeu amada. A ADI foi surgindo, então, como
uma possibilidade terapêutica de atingir o coração humano
na sua interioridade, no seu nível não consciente, no nível
não intelectual. O nível noológico ou espiritual, como ela nos
ensinava.
Ela foi fazendo de sua prática terapêutica um caminho
de descoberta do amor: dos pais entre si, dos pais para com
a pessoa, da pessoa para como seus pais, com seus irmãos,
parentes e até com Deus, fonte de todo o amor humano.
Foi descobrindo formas de ajudar a pessoa, no seu nível de
interioridade profunda, a se reconciliar, a se perdoar e perdoar
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aqueles que a fizeram sofrer. Foi descobrindo que era possível
fazer perguntas para a pessoa, nesse nível noológico, e ajudá-la
a descobrir as respostas que já estavam lá. Dentro dela mesmo.
Respostas que teriam força de curá-la naquele ponto onde ela
mais precisava de cura.
Então, ela foi descobrindo, pouco a pouco, pela experiência
clínica, que o maior sofrimento humano, estava sempre ligado
ao sentimento e pensamento de não ser amada. Mas também
foi descobrindo que era sempre possível compreender aqueles
que nos fizeram sofrer: seus motivos, medos, inseguranças, sua
mágoas. Que era possível resgatar o amor que ficou escondido
durante anos: da pessoa com seus pais, dos pais com os seus
filhos, dos casais entre si, da pessoa com seus irmãos, com seus
antepassados, com ela mesma.
Contudo, ela foi testada muitas vezes em sua fé. Como
quando sua filha, Maria Clara, esteve muito doente, desidratada,
na Pousada do Rio Quente. Não havia médicos. A cidade era
longe. O Rafael, seu marido, havia voltado para Brasília a
trabalho. Ela ficou com o Amintas, que tinha dois meses de
nascido e a Maria Clara, com dois anos de idade. Estava sozinha.
Um médico, que estava ali de férias, desenganou a menina:
“não tem mais jeito. Não tem mais volta. Nada se pode fazer”.
Mas Renate se ajoelhou. Rezou um terço de braços abertos
e entregou a menina nos braços de Nossa Senhora: “Que seja
feita a Vossa vontade”. No final do terço, a menina abriu os
olhos e voltou à vida. Nesse momento, Renate lembrou que
Dona Julieta havia dito que um dia ela seria de novo testada em
sua fé, pois a tinha perdido quando sua mãe faleceu.
Esse era o grande medo que ela tinha em relação aos
seus filhos. Que eles perdessem a fé, quando ela tivesse que
ir embora, ao encontro do Pai do céu. Imagino sua alegria ao
ver, que ela nos deixou, como maior legado, a certeza do amor
incondicional do Pai do céu por nós.
Mesmo sem entender por que. Mesmo querendo tanto
que ela ficasse mais um pouco. Mesmo sonhando com a
possibilidade de vê-la acompanhando os netos crescerem.
Mesmo imaginando-a, bem velhinha, brincando com os netos,
tocando piano e escrevendo, de forma incansável, assim como
escreveu dois livros e alinhavou o terceiro, nesses dois últimos
anos que Deus nos deu de presente com a mamãe.
Renate, com a filha Maria Clara
e a neta Luana, filha
de Amintas (2011)
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Um muito obrigada final
Por Maria Clara Jost de Moraes
Você, mamãe, combateu o bom combate, venceu a corrida,
guardou a fé, durante toda a sua vida e até o último momento,
lá no hospital, cheia de dores, com os braços inchados,
recebendo picadas de todos os lados, para achar as veias para
receber as transfusões de sangue.
Você, mamãe, em cada nova limitação que a doença lhe
impingia, repetia as mesmas palavras do papai – quando teve
um derrame, já no hospital, e ficou paralisado do lado direito –
“Deus deu, Deus pode tirar, louvado seja”.
O papai, que leu e corrigiu todo o seu segundo livro, te
pediu, em seu último instante de vida, que você não parasse
de escrever, que não parasse de fazer palestras, que você
continuasse a construir esse trabalho de ajuda aos outros. E
você continuou. Não parou. Não descansou. Disseram-nos, nas
múltiplas mensagens que recebemos: “A Terapia de Integração
Pessoal, com o recurso da ADI, é a Terapia do Amor”.
Ajude-nos, então, bom Deus, a manter firme e inalterado esse
legado que ela nos deixou. Que nós também não desanimemos.
Não desistamos. Que continuemos lutando por essa causa.
Mamãe, você nunca se omitiu em defender aquilo que era
o certo. Nunca se deixou intimidar. Nunca cedeu a todas as
ameaças que recebeu. Nunca teve medo de começar tudo de
novo, se fosse preciso. Nunca deixou de dizer que estava errado
o que era errado. Não se deixou vencer pelas caras feias. Não se
acovardou de dizer o que não agradava, nem se deixou seduzir
pelos caminhos mais fáceis.
Quantas vezes tentaram que você tirasse da terapia aquilo
que era mais difícil de ser aceito. Queriam que você não
dissesse que cada paciente encontra dentro de si a presença de
um Amor maior. Queriam que você não dissesse que todas as
pessoas, quando se abrem no coração, a partir da descoberta
de que foram amadas, percebem, nesse nível de interioridade,
a presença de uma Luz que acolhe, que aconchega, que dá paz
e que ama, pessoalmente.
Disseram-te que isso não era científico. E você respondia
que a ciência iria chegar lá, mas que você não poderia mentir
ou se omitir ou parar de dizer a verdade, para agradar àqueles
que eram menores do que Aquele que te enviou.
Como não dar testemunho da alegria que você vivenciava,
junto com cada pessoa, ao descobrir a fonte de todo o Amor?
Se você sabia que era nesse momento que a pessoa descobria
aquilo que realmente dava sentido à sua vida? Se era ali que a
pessoa descobria que, se o amor humano falhou, se enganou,
cometeu erros, esse Amor maior não falhava nunca? Que Nele
aquela pessoa sofrida, magoada, ferida, podia confiar sempre?
Tivemos a graça de descobrir, por meio de uma terapia
indireta que fizemos por você, que a sua missão, recebida
desde o útero materno, era ajudar
a curar a humanidade da falta de
amor. E como a humanidade está
sofrendo pela falta de amor! Nesse
mundo em que vivemos tão egoísta,
individualista e regido pelo prazer
a qualquer custo, como sofrem os
seres humanos, pelo fechamento
para o amor!
Vai em paz, mãezinha querida.
Te amamos muito e sempre.
Obrigada por tudo que nos ensinou
em seus 77 anos de vida. Obrigada
pelo colo, pelas sábias palavras, por
nos guiar sempre nesse caminho
de amor. Obrigada por incentivarnos a caminhar sempre e não
desanimar com as decepções e com
as incompreensões que a vida foi
Fundasinum
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colocando em nossos caminhos. Obrigada pelos conselhos em
relação aos filhos, aos maridos, às esposas, conselhos que você
deu para nós, seus filhos, e para todos, tantos outros que te
procuravam aflitos.
Obrigada por defender sempre o caminho que possibilitaria
o crescimento do amor. Sem tomar partidos. Sem brigar pela
razão. Dizia-nos, juntamente com o papai: “Você quer ter razão
ou resolver o problema? Para resolver o problema é preciso ir
ao encontro do outro e procurar ver como ele vê.”
Obrigada por tocar piano. Pelas orações à mesa, cantadas
sempre: “Ao senhor agradecemos, aleluia! O alimento que nós
teremos, aleluia!” Que falta vamos sentir disso tudo!
Obrigada por ter nos ensinado a cantar, como um coral,
unidos e em diferentes vozes, nos ensinando o valor de cada
um no coral, e que nenhum de nós poderia faltar.
Obrigada pela sua última lágrima, no hospital, no seu
último dia, quando cantamos para você as músicas de que
você gostava, e que você nos ensinou a cantar. Obrigada pelo
seu último e profundo olhar para o Amintas, antes de dormir
seu sono profundo. Um olhar que, pensamos, devia dizer:
“Obrigada querido e doce Amintas pelo seu apoio incansável
e incondicional nessa trajetória difícil da doença.” Também te
agradecemos, Amintas!
Um olhar que também agradecia a todos que rezaram por
você. Um olhar que agradecia, juntamente conosco, filhos, a todos
os que a amavam como uma mãe. Um olhar que agradecia aos
genros, noras e netos que emprestaram seus maridos, esposas,
pais e mães para cuidarem da vovó Renate que estava doente.
Um olhar que agradecia a Maria Anawatte, pelas mensagens
carinhosas e de força inspiradas diretamente pelo Pai do Céu.
Um olhar que agradecia à amiga Eunides pelo seu amor, carinho,
orações e terapias, sempre que ela precisava, e que esteve com
ela todos os dias, na sua última semana de vida. Um olhar que
agradecia a todos os que cuidaram dela ao longo de toda a sua
doença, como a Cenira e a Nina. Um olhar que agradecia à tia
Vera pela amizade de uma vida inteira e pelas comunhões em
casa, quando ela não conseguia ir à missa.
Um olhar que agradecia aos médicos, especialmente na pessoa
do Dr. Márcio Gallo, que nos deixaram tentar salvá-la, mesmo
quando para eles, pela medicina, lhes parecia um esforço inútil.
Um olhar que agradecia aos terapeutas da TIP-Clínica
e Fundasinum, que abraçaram essa obra com coragem,
mesmo que fossem perseguidos por causa dela. Um olhar que
agradecia à Estevam e Dola, por terem acreditado na força
de transformação humana desse trabalho, dando condições
para que esta obra crescesse, possibilitando a ajuda a tantos
corações sofridos pela falta de amor.
Um olhar que agradecia a todos vocês que aqui estão e
também àqueles que não estão fisicamente presentes aqui,
mas que também a amavam, respeitavam e admiravam.
Obrigada, mamãe, pelas canções de ninar, inclusive aquela
melodia que você mesma compôs,
que nos cantava sempre e que já
ensinamos aos nossos filhos: “Eu vos
dou meus olhos, e a minha boca,
e meu coração e todo o meu ser.
Dou-vos meus brinquedos, alegrias
e dores, tudo, tudo, papai do céu.
Fazei de mim. Fazei de mim, segundo
a Vossa vontade. Amém”.
Que Deus nos dê força para
continuar sem você aqui.
Contudo, que sigamos sempre
o seu exemplo e que façamos como
você sempre fez, seguindo o exemplo
de Maria: “Fazei tudo conforme Ele
Rafael e Renate, no
vos disser”.
lançamento do livro
Adeus mamãe, fique em paz, te
“As chaves do inconsciente”
em Belo Horizonte (1985)
amamos muito, e dê um abraço no
papai por nós!
Fundasinum
página 5
Informa
Gratidão em palavras
Uma pessoa iluminada, revestida por um carisma celestial
e agraciada pela sabedoria no entendimento das dores
humanas. Assim é descrita Gisela Renate Jost de Moraes,
nas palavras de diversas pessoas que a conheceram, que
foram curadas pelo método ADI, que leram seus livros, ou
mesmo que ouviram falar das maravilhas acontecidas na vida
daqueles que passaram pelo processo terapêutico, fruto de
suas investidas.
A equipe Fundasinum não poderia deixar de compartilhar
as diversas palavras recebidas pela família na ocasião do
falecimento da Dra. Renate.
Eu, ontem à tarde, pelas três horas, comecei a sentir uma paz
muito grande, creio que efeito da visão que tive dela tranquila,
irradiando luz interior, e o que mais me impressionou, a pele do
seu rosto refletia uma luz que vinha de algo, ou alguém que ela
via... Depois deste momento meu ser começou a se apaziguar,
como se ela tivesse encontrado suas respostas, o que culminou
com as palavras de hoje.
Ela encontrou a sua paz. Agora somos nós que devemos cultivar
a nossa. A falta que vai nos fazer não vai ser fácil de superar. Por
sorte, sabemos nos apoiar em Deus, que é nossa base sólida,
que nos sustenta.
Que para tudo há um sentido superior à capacidade atual de
vocês compreenderem, mas, pela graça da intuição, vocês
estão fazendo o que é necessário ser feito, para ela alcançar a
paz que seu espírito eterno merece. Que dentro da eternidade
ela continuará a realizar através da inspiração, a obra que
deu continuação a passos anteriores dados pelos que a
antecederam.
Que ela fez a sua parte e que a missão continuará através
dos escolhidos. Que a sua colaboração foi muito importante,
como lhe será dado ver, e compreenderá, então, o que agora
lhe escapa. Que ela é
um dos degraus desta
escada
ascensional
na evolução do ser
humano.
Que a obra continua
na vida do espírito,
que é eterno. Com
sua ascensão espiritual
verá e compreenderá
o que poderá inspirar
aos seus sucessores,
como ela sucedeu aos
Renate, com a amiga Maria Anawatte, na
que a antecederam.
Igreja São José, em Porto Alegre-RS, 2007
Maria Anawatte
Renate, com o preceptor
Matthias Bolkart. Alemanha, 2005
Dearest Maria Clara and Amintas and all your brothers and sisters,
relations and friends of the Fundasinum. I’m so sorry and I share with
you and everyone your suffering of loosing your marvellous mum!
I’m sure that she will be entered immediately in the dimension of
light, in the heart of the Lord, and that she will accompany us more
than every time before.I pray for you and all your needs and for many
graces!All my love for you and everyone!
Matthias Bolkart
Para mim, Dra. Renate será uma pessoa e profissional inesquecível
que tive o privilégio de conhecer em alguns encontros, através de
seus livros, palestras e na oportunidade de fazer a terapia com sua
filha, Maria Clara. Por tudo isso senti uma tristeza ao saber da sua
passagem, mas logo vem uma compreensão por seus ensinamentos
que marcaram a vida de milhares de pessoas. Dá um alento saber
que ela está com Nosso Senhor, Nossa Senhora e todos que do céu
a inspiraram na sua vida. Deus é amor e na pureza deste amor está
agora mais perto da Dra Renate.
Lucia Garofalo Fagundes (Grupo São José)
Como não se encantar por Dra. Renate? Não só por sua obra, mas
pela pessoa que ela é! A simpatia, a bondade, a doçura e a firmeza.
Sua ida deixa um vazio na humanidade, uma dor porque é raro
alguém assim. O que é confortante, mas não menos doloroso, é
saber de sua obra, é saber que assim como para o “Inconsciente
não existem Fronteiras”(ADI), a morte é só uma passagem para
a vida que continua. Obrigado Dra. Renate por seu legado, por
sua missão mais que bem desempenhada aqui na terra. Que
continuemos com esta obra atuante em nossas vidas e nas vidas
daqueles que nos cercam, pois, assim foi e continua sendo Dra.
Renate. Como diz Elisabeth Leseur (citada por Renate em seu livro
“As Chaves do Inconsciente”): “Uma alma que se eleva, eleva o
mundo”.
Emiliano Maximus (BA)
Dra. Renate foi para todos nós e para a humanidade uma
grande Luz, e agora no céu, será para todos nós envolvidos
nessa obra que deixou e para os seus familiares, uma grande
intercessora. Só mudou a forma de continuar sendo Luz. Que
o Espírito Santo de Deus nos conforte pela sua ausência física,
e nos anime na certeza que temos da ressurreição, fazendonos sentir o amor que ela continuará a irradiar, do céu, para
todos nós!
Obrigada Deus pela vida da Renate.
Renate, obrigada pelo seu sim!
Caríssimos,
Soube agora há pouco da partida da nossa querida Dra. Renate, a
quem devo gratidão pela imensa ajuda que dela recebi, não apenas
no campo profissional, mas, sobretudo, pessoal. Embora à distância,
sinto-me irmanada a vocês, nesse sentimento de dor. No entanto,
consola-nos saber que a dor é nossa e não mais dela, pois já desfruta
da verdadeira paz. Que Deus os conforte e dê a força necessária para
tocar em frente essa belíssima obra que ela começou!
Suy (TIP-Vitória)
Themis Carmo (Fortaleza-CE)
Fundasinum
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Gratidão em palavras
Informa
Frei Hans com Renate, na inauguração
da nova sede da FUNDASINUM, 2009
Não faço parte da família, mas também sinto pela sua partida.
Era muito bom vê-la trabalhando em prol dessa nova e
maravilhosa abordagem psicoterapêutica. Fui uma das beneficiadas pelas suas descobertas e agradecida a Deus por ter
dado este dom à Dra. Renate, pois muito bem fez e continuará
fazendo aos filhos de Deus. Hoje pela manhã quando soube
de sua morte veio ao meu coração a passagem bíblica que diz:
“Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só;
mas se morrer, dá muito fruto“ (Jo 12,24). Penso e acredito
que colheremos muitos frutos dessa semente lançada ao chão.
Fátima Serpa
Agradecemos a Deus pela vida da Renate. Ela foi para mim e
minha família um canal de salvação, de cura e de felicidade.
Os anos que passou aqui nesta terra cumpriu sua missão de
amar e servir. Pedimos ao bom Deus que as sementes que
ela plantou possam continuar a dar muitos frutos e que a TIP
seja reconhecida e continue fazendo o bem para muitos. Que
Jesus Misericordioso abrace todos os membros de sua família,
dando-lhes o conforto necessário.
Glauce, Thiago e família
Quero aqui expressar nosso profundo pesar e proximidade por
ocasião do falecimento de Dra. Renate. Tive a oportunidade de
estar com ela e alguns da família e ministrar-lhe a unção dos
enfermos. É grande nosso pesar, contudo maior nossa ação
de graças por tão grande dádiva que o Senhor nos concedeu
na pessoa dela, com o trabalho que desenvolveu e o enorme
legado que deixou. Recebam de minha parte e de minha
família nossa união nesse momento de entrega e resignação.
Com amizade e solidariedade,
Dom Geraldo Gusmão
Madre Maria Letícia e Comunidade deseja cumprimentar
a família e a instituição da TIP Clínica pelo passamento
de Dra. Renate, mentora e alma dessa Fundação, que tão
nobre serviço presta à sociedade e, de modo particular, à
vida consagrada. Agradecemos a Deus por tudo quanto ela
produziu e por todo bem que espalhou, pela promoção da
vida e a alegria de servir. Recebam nosso mais sincero pesar.
Fraternalmente,
Me Maria Letícia e Comunidade OSB
Neste momento da chegada de Dra. Renate ao céu, nos une uma
grande dor, mas também uma profunda paz e por que não dizer
uma grande alegria e gratidão. Temos a certeza de que mais uma
santa chegou no Céu e tudo o que ela descobriu no inconsciente
a respeito das realidades sobrenaturais agora está vendo face a
face. Continuamos a rezar por ela e contamos com sua presença
viva entre nós. A obra que ela fundou é nosso desafio agora levar
adiante. Contamos com a sua ajuda e temos a convicção de que
nada e ninguém poderá deter os benefícios que ela já produziu
e vai produzir. O livro que padre César escreveu e ela com muito
carinho corrigiu, deve ser publicado o mais rápido possível, como
um grande presente para os que a conheceram e aqueles que a
conhecerão. Gostaríamos de estar presentes fisicamente e, como
não é possível, vamos rezar por ela na missa que hoje celebramos
aqui na Alemanha com a presença de Dom Dino Marchiò, que
em nome de todos os bispos, sacerdotes e seminaristas agradece
pelo grande serviço prestado a eles através do método da ADI.
O bem que este método fez e está fazendo para todas as Fazendas
do Brasil e do mundo ela está contemplando hoje do Céu!
Frei Hans Stapel / Dom Dino Marchiò / Nelson Giovanelli
Pe Christian Heim
Com muito pesar, recebi a notícia do falecimento da Dra. Renate.
Um Anjo de Luz nos deixa para nos auxiliar em meio à Corte Celeste.
Nunca seremos capazes de recompensá-la por tanto amor e doação
feito a nós, senão pela oração. Agradeço muito à Dra. Renate por
se deixar conduzir pelo Espírito Santo, ao trazer motivação para
milhares de pessoas, que desejavam se reencontrar. Tenho a grata
certeza de que o Senhor Jesus há de recebê-la no Reino dos Céus,
prometido a todos os seus eleitos. Com oração!
Kennedy, seminarista
During the time before, we acompanied her suffering with our
prayers! She was a gift for us especially for all the people who
could acquaint the TIP Therapy and the ADI. Because of this,
she will remain as a woman able to help that life and love can
grow. She was a woman knowing what the eternal light is and
so we can give her life in God's hand - knowing she reached
this light, this life and this love. This may comfort you now
in this experience of casualty! My empathy to you and your
whole family!
Não tive oportunidade de conhecer pessoalmente essa mulher
que, por aceitar ser farol da luz de Deus, iluminou profundamente
a minha vida. Lembrei-me da passagem de Coríntios, na segurança
de que agora ela está face a face da Luz... Grande graça para ela,
apesar da dor para todos nós que ficamos órfãos, mas com herança...
seu legado que é e seguirá sendo luz na vida das pessoas. Que
vocês sigam firmes no Amor e cantando durante muitas gerações
as maravilhas que o Bom Deus fez por sua família.
Sr. M. Nicola Kreß
Congregação das Irmãs Franciscanas de Siessen
Nathália Thaís Cosmo da Silva
Doutoranda Universidad de Santiago de Compostela
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Gratidão em palavras
Quem conheceu a Renate sabe que ela abriu o próprio coração
para sentir as dores da humanidade e procurar consolo e cura.
O coração dela já esteve sempre muito próximo ao Coração de
Jesus e agora ela é uma coisa só com Ele. Eu vejo agora um
tempo de desafios, mas também de uma grande chance pra
nós que com Renate começamos a desvendar as maravilhas do
Inconsciente. Ela agora está junto de Jesus e Maria, partilhando
com aqueles corações apaixonados pela humanidade sofredora,
e mais maternal do que nunca, está intercedendo para que a
ADI-TIP possa trazer muito mais benefícios tal como Deus
inspirou um dia no coração dela. Uma missão que ela cumpriu
bem aqui na terra e que, sem dúvida, vai realizar ainda melhor
no céu. Obrigado Deus de bondade, por todas as maravilhas que
realizastes na vida de Renate e na vida de tantas pessoas através
do amor que colocastes no coração dela. Acolhe Senhor, a tua
filha na tua Glória e permita que ela possa estar bem perto do
coração do teu Filho Jesus, continuando a participar do plano
de amor que preparaste pra toda a humanidade. Amém!
João Carlos Simão
Membro da Família da Esperança, tradutor e colaborador
da ADI-TIp desde 1999, na Alemanha e no Brasil
Conforto para todos que sofrem a volta para a Casa do Pai da
tão querida que fez tão grande bem a inúmeras pessoas, com
a criação do método da Abordagem Direta do Inconsciente
(ADI), inclusive a mim! Com ternura de Cristo e Maria!
Padre Benedito
Acabamos de receber a comunicação sobre a partida da Renate
para a casa do Pai. Logo vem na cabeça a certeza de que ela
está com Deus e na memória do coração aparece a lembrança
de tantos momentos vividos com ela e a GRATIDÃO por tudo
que o Senhor da Vida nos ofereceu através dela, da terapia ADI
que deu luz a tantos momentos da minha vida e que tanto
está ajudando numerosos missionários e missionárias da nossa
Comunidade. Gostaria de sublinhar uma verdade da nossa fé
que o patriarca Atenágoras me transmitiu: “as pessoas que se
vão moram onde moram as pessoas que as amam”. Até hoje,
para mim a Renate morava no Brasil, a partir dese momento
ela está aqui do meu lado, dando força ao meu ministério de
padre e de missionário. Assim fará com cada um de vocês.
Hoje, em todas nossas comunidades celebraremos a Eucaristia
em sufrágio por ela. Será um modo para agradecer por tudo
que fez por nós e de interceder por todos vocês, pelo pessoal
da TIP Clínica e da Fundasinum.
Que o Altíssimo receba Dra. Renate em sua luz. Por todo o bem
que ela fez a tantos e tantos. Pela grande obra que ela deixou no
seio da Igreja. Com zelo e preces In Christo.
Fundação Terra - Instituto dos servos de Deus
Quantas dores ela tirou de pessoas sofridas... Particularmente, quero
agradecer a Deus por ela ter feito tanto bem a minha família toda
que passamos pela FUNDASINUM. Acreditamos que ela foi acolhida
muito bem por Deus, por Nossa Senhora, a quem ela nos levava a
sentir o seu amor por cada um. Um obrigado muito grande a ela e
pedimos a Jesus que ajude vocês, FUNDASINUM, a levar a obra dela
para frente.
Neiva Maria Garcia Nascimento (Franca-SP)
Apesar de termos formações totalmente diferentes, a Renate me
cativou desde os primeiros momentos de nossa curta convivência
por conta dos seus ideais, capacidade, dedicação, seriedade e um
afeto natural e recompensador. Ela tinha, entre suas inúmeras
qualidades, uma enorme sensibilidade para inspirar novas e
desafiar velhas ideias no seu campo de atuação. Ajudar na
consolidação de um empreendimento como a FUNDASINUM foi
uma grande honra e prazer. A Renate e todos vocês que a ajudaram
nas jornadas da vida, também foram e são fonte de inspiração
para minhas atividades e vivências profissionais e pessoais. Que o
legado da Renate Jost de Moraes seja permanente.
Bartholomeu Tôrres Tróccoli, Ph.D - Universidade de Brasília
O Coração de Jesus, fonte de toda a consolação os fortaleça na fé
e na certeza de que “quem em vida crê Nele, viverá eternamente“.
Mesmo estando tão distante, fisicamente, guardo-a no coração
como Amiga, no sentido pleno da palavra. Sua lembrança estimula
a caminhar, seguindo seu testemunho fé, esperança e caridade e
as marcas indeléveis de sua ternura, coragem e grandeza de alma.
Em espírito e coração estou junto de vocês e aos que aprenderam
e colaboraram com ela, lembro a mensagem do Profeta Isaías:
“Olhai a rocha de que fostes talhados!“(Is.51,1). Ao Coração de
Jesus, peço o conforto dos familiares todos, e a ela, já peço que
interceda por mim e por minha missão.
Ir. Jacinta
Pe. Hernando e conselheiros da Comunidade Missionária
Sempre cultivei elevada estima pessoal e alto reconhecimento
científico pelo trabalho de pesquisa da Dra. Renate e sua
equipe. O que conforta é que ela deixa como legado um método
terapêutico inovador, eficiente e de grande valor para promover
o bem estar das pessoas. Deixou sua marca inigualável no
mundo e beneficiou centenas de milhares de pessoas que
tiveram o privilégio de serem tratadas pelos seus discípulos.
Irineu
Renate, com a Ir. Jacinta Garcia, Dra. Angela
Alles Belo e a amiga Célia Marra, 2005
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Palavras que sustentam
A partida de Gisela Renate Jost de Moraes comoveu
especialmente aqueles que estiveram com ela, mas
também todos aqueles que foram beneficiados, direta ou
indiretamente, por suas palavras nas palestras, por seus
textos, livros produzidos, pelo método ADI, pelo contato
diário com ela. No momento de dor e de ausência, as
palavras de sabedoria podem ser conforto e sustento
para os que sofrem a perda. Padre Lúcio celebrou a missa
de enterro e a missa de sétimo dia de Gisela Renate. As
palavras tentam traduzir o sentimento de quem conviveu
e se encantou com a presença da Dra. Renate. Abaixo,
reproduzimos alguns trechos da homilia do padre Lúcio.
Celebramos a nossa ressurreição baseados na ressurreição de
Cristo. Quando iniciamos hoje a celebração eucarística, nós
cantávamos em louvor a Nossa Senhora. Não foi por acaso
a escolha desse canto no início da celebração. A família e
todos nós sabemos o significado de Nossa Senhora na vida de
Gisela Renate. Nossa Senhora conduziu a Jesus. A mudança
de sua vida aconteceu através de uma profunda e marcante
intervenção de Nossa Senhora na sua história. E por que
Maria colocou Gisela Renate tão perto e dentro do coração
e da vida de Cristo? Nós podemos, com muita alegria na fé,
recordar brevemente a trajetória de vida de Gisela Renate.
Ela procurou e conseguiu, em alto grau, - somente Deus
sabe até que ponto existe perfeição naquilo que fazemos,
- mas ela procurou seguir os passos de Jesus. Passou a sua
vida fazendo o bem a todos. E como somos testemunhas do
grande benefício que vai se espalhar ainda, para sempre, por
todo o sempre, a partir da vida, do trabalho e do testemunho
de Dra. Renate.
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Informa
Não apenas no plano científico, principalmente no plano da fé.
Tudo o que ela conseguiu organizar, direcionar no plano científico
em favor de uma saúde integral, teve como base a fé, a busca
pela verdade. Assim como Cristo veio da parte de Deus Pai para
ser testemunha da verdade, Dra. Renate procurou desde criança
este enfoque: encontrar a verdade única, indivisível e doar a sua
vida em função dessa Luz que conduz a humanidade, Luz que
emana vida. Passou a sua vida procurando fazer bem a todos e,
verdadeiramente, fazendo o bem a todos. Somos testemunhas
também do seu sofrimento nos últimos anos, especialmente
neste último ano, nos últimos meses, nas últimas semanas,
nos últimos dias. Uma verdadeira paixão, um verdadeiro
padecimento, acolhido na fé, vivido na tranquilidade da fé.
E por que procurou seguir Jesus em tudo e porque Jesus realizou,
Jesus fez uma promessa de nos ressucitar, todo aquele que crê,
nos podemos verdadeiramente afirmar que ela participa da
ressurreição do Senhor. Isso não pode ser apenas um conjunto
de palavras, uma ideia, uma teoria, nós podemos crer que Dra.
Renate experimentou, a partir de dentro de sua vida, a palavra
que experimentamos hoje no evangelho. Ela viu Jesus, ouviu essa
palavra e experimentou a força e o poder dessa palavra: “Eu sou
a Ressurreição e a vida”. E entrou assim na plenitude da Luz, na
plenitude da vida, o caminho que ela procurou abrir para todos,
iluminar a todos. Na realidade somente Cristo abre esse caminho
e nos dá essa plenitude de vida. Como discípula, anunciando
a verdade, nos ajuda e continuará ajudando a todos nós a
seguirmos o nosso caminho. O significado de estarmos aqui
nesta celebração, é que nós nos posicionamos agora. Estamos a
caminho da morte e da ressurreição. Nada mais certo para nós
do que a nossa morte. Esse é o nosso caminho e pela Fé, iremos
todos nós para a plenitude da vida. Assim Deus nos ouça e nos
atenda. Assim, Gisela Renate interceda por nós, ela que já está
na Luz Divina. Que possamos crescer em nossa fé.
Missa de corpo presente celebrada por Pe. Lúcio
e mais 10 sacerdotes, em 6 de fevereiro, 2013
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Uma vida contada em fatos e fotos
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1)Defendendo a importância da família em entrevista com Eros Biondini, no programa, “Mais Brasil” (2010); 2)Antes de um atendimento, em seu consultório, já na nova sede
(2011); 3)Com os quatro filhos, no aniversário da neta Maria Luisa (2012); 4)Com um ano de idade, sempre sorridente (1937); 5)Ao lado do marido Rafael, autografando o livro
“As Chaves do Inconsciente” no dia do lançamento (1985); 6)Após uma reunião técnica, com parte de sua equipe de terapeutas (2012); 7)Com o grupo de especializandos
da Alemanha, em Mindelheim (2005); 8)No congresso da ADI, Com os conselheiros da FUNDASINUM (2000); 9)Com a amiga e Gerente Nacional da obra, Da Graça Martins
(2009); 10)Na Alemanha, cheirando uma flor que lhe remete à infância (2002); 11)Com o casal Estevam e Dôla, padrinhos e provedores da obra, e a terapeuta Eunides, no
dia da Inauguração da nova sede (2009); 12)Ministrando uma aula sobre a ADI (1982); 13)Na noite de homenagens do congresso nacional da ADI (2008); 14)Com os irmãos,
Helmut, o Pai Ernest, a irmã Inge e o Irmão Werner (1983); 15)Com 23 anos, no refeitório da escola de enfermagem (1959); 16)Tocando teclado em noite de confraternização
com a equipe (2000); 17)Na noite de reveillon, brincando com as filhas e noras (2008/09); 18)Com Frei Hans, por ocasião de sua palestra para 2.500 jovens da Fazenda da
Esperança (2010); 19)No batizado da neta Júlia, filha do Francisco, com a avó Ieda e a cunhada Vera Gallo (2009); 20)Com a filha Maria Clara, no 2º Congresso Nacional da ADI
(1999); 21)Ao concluir a 2ª Versão da Súmula do Livro “ADI: uma ponte entre ciência e transcendência” também entregue a Bento XVI (2009); 22)Nascimento da filha Maria
Clara (1964); 23)Por ocasião de sua visita à “Canção Nova”, com o fundador Pe Jonas (2010); 24)Renate e os irmãos, Werner, Helmut e Inge (1953); 25)Em uma viagem com o
esposo Rafael (1989); 26)Foto de Wagner Diló para seu livro “As Chaves do Inconsciente” (1985); 27)Chegada na Alemanha para mais um curso (2002).
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Imagens que relatam uma vida de amor
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1)Escrevendo seus livros, em Itaparica, Salvador, BA, nas últimas férias com a família (jan/2012); 2)No apartamento de Brasilia-DF, com o esposo Rafael, e os filhos, Maria Clara
e Amintas (1967); 3)No casamento do filho Amintas, com a nora Ana Carolina e seus pais, Décio e Luci (2007); 4)Em férias na Pousada do Rio Quente, com o neto Rafael, filho
de Amintas (2009); 5)Da. Julieta Lofrano, responsável por sua conversão ao catolicismo (1960); 6)Cumprimentando Frei Hans, no dia da inauguração da nova sede (2009);
7)Com o esposo Rafael, em mudança de Brasília para Belo Horizonte, na nova casa (1979); 8)Com Estevam, Frei Hans e Dom Emanuel Messias de Oliveira, no cerimonial
de Inauguração da nova sede (2009); 9)Fazendo uma foto para o livro “O Inconsciente sem fronteiras”, por Wagner Diló (1995); 10)Fazendo uma pausa na caminhada, em
Itaparica, Salvador, BA, nas últimas férias com a família (2012); 11)Com um ano de idade, no “cercadinho” (1937); 12)A última visita ao Pai Ernest, antes de seu falecimento
(2005); 13)No casamento do filho Amintas, com toda a família (2007); 14)No dia de seu noivado (1963); 15)Em Brasília, com os irmãos Helmut e Werner, a irmã Inge e seu
marido, Bem Hur (1964); 16)Com o filho Amintas, sua esposa Ana Carolina, e o primo e conselheiro da FUNDASINUM, Sérgio Cavalieri (2009); (17) Rezando no túmulo do
esposo Rafael, como fazia sempre, em seu aniversário de falecimento (2004); 18)Fazendo uma foto para o livro “O Inconsciente sem froteiras, por Wagner Diló (1995); 19)Dra
Renate chegando no Rio de Janeiro para seu casamento, vindo de Porto Alegre, acompanhada da amiga Sigrid, carregando seu vestido de noiva (1963); 20)Dançando com o
marido Rafael, pouco antes de seu falecimento (1990); 21)Visitando a nova sede da FUNDASINUM, poucos dias antes de sua inauguração (2009).
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Histórias desenhadas pela Luz
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1)Recebendo a Eucaristia de Dom Mário Rino Sivieri, no dia da inauguração da Nova Sede (2009); 2)Em uma palestra em Campinas-SP (2004); 3)Recebendo a visita dos
Fundadores da Fazenda Esperança, Nelson e Frei Hans e a amiga Dôla (2010); 4)Recebendo os cumprimentos de Dom Décio, na inauguração da nova sede (2009); 5)Com a
amiga, estudante de psicologia, ministra da Eucaristia e atendente Cristiane (2009); 6)No dia do nascimento da neta Clara, com a nora Paula e sua mãe Maria Emília (2011);
7)Com a neta, Luana, filha de Amintas (2011); 8)Em uma reunião técnica com a equipe de Porto Alegre (2009); 9)Fazendo uma foto para o livro “As Chaves do Inconsciente”
(1985); 10)Com esposo e todos os filhos, no lançamento do livro “As Chaves do Inconsciente” (1985); 11)Com onze anos, na “casa da comunidade”, em Ijuí, com a mãe e os
irmãos (1947); 12)Com os estagiários de psicologia da FUNDASINUM, agradecendo à família Bretas pelo automóvel doado para os trabalhos de atendimento de positivação
nas instituições parceiras (2005); 13)Ao lado de Vicktor Frankl, e da filha Maria Clara, no I Congresso Latino Americano de Logoterapia, em Porto Alegre (1984); 14)Em um
passeio de domingo, na Alemanha, com as preceptoras Célia e Valquíria (2005); (15) Com os filhos, Paulo e Maria Clara, em sua residência (2010); (16) Rezando o “Pai-nosso”,
na missa de inauguração da nova sede (2009); 17)Com o filho Amintas, no mesmo evento anterior (2009); 18)Proferindo uma palestra (2006); 19)No XI Congresso Nacional,
entregando homenagem a Estevam e Dôla, dia em que carinhosamente os intitula “Padrinhos da Obra” (2011); 20)Fazendo o juramento, na formatura de enfermagem (1953);
21)A convite da Fazenda da Esperança feminina, em Riewend, no estado de Nordrheinwestfalen, na Alemanha, para palestras e atendimentos (2005); 22)Proferindo seu
discurso de agradecimento na inauguração da sede da FUNDASINUM (2009); 23)Com os filhos, genros, noras e netos, em (1998).
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Experiências edificantes de uma vida de doação
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1)Um doce olhar de Renate para o seu Pai Ernert; 2)No batizado do neto Rafael, filho de Amintas (2008); 3)A mãe de Renate, Erna Clara Barofsky Jost (1935); 4)O Pai de Renate,
Ernest Helmut Jost (1935); 5)Entregando a 1ª Versão da Súmula do Livro “ADI: uma ponte entre ciência e transcendência” a Bento XVI (2007); 6)Com Dom João Resende Costa,
na inauguração do IMEP, na rua Alagoas (1982); 7)Tocando o Hino Nacional Brasileiro, na formatura do curso de Enfermagem (1953); 8)Durante a construção da nova sede da
FUNDASINUM (2008); 9)Com os preceptores, apresentando os novos terapeutas da ADI, na nova sede (2010); 10)Em seu aniversário, com a afilhada Atsuko, e a amiga Graça
(2002); 11)Com a equipe de preceptores, terapeutas e ADI Orientadores da Alemanha (2000); 12)No Congresso Nacional da ADI, em 2011, homenageando a família Bretas
através do casal Estevam e Dôla, (2011); 13)Na praia Rasa, em Búzios, onde passava as férias com a família (2006); 14)A mãe de Renate, Erna Clara, ainda adolescente (1916);
15)Com o filho Amintas, na inauguração da nova sede (2009); 16)No dia do casamento (1963); 17)Durante os trabalhos na Comunidade Villa Regia, na Itália (2007); 18)Em
Nauen, no estado de Branderburg, na Alemanha, por ocasião de uma palestra na Fazenda Esperança – na foto, o Pe César, sentado, que atualmente escreve sua biografia
(2005); 19)No programa Mais Brasil, da Canção Nova de BH, com Eros Biondini (2010).
Expediente
Jornal FUNDASINUM - Publicação da Fundação de Saúde Integral Humanística - FUNDASINUM - Diretor presidente: Márcio Albeny Gallo
Rua Musas, 166 - Santa Lúcia - 30360-660 - Belo Horizonte - MG - Tel. (31)3071-0101 - Site: www.fundasinum.org.br - E-mail: [email protected]
Projeto Gráfico: Helô Costa - Diagramação: birodecriacao.com.br
Fotos: Wagner Diló e arquivos da família
Dirigido a seus profissionais, funcionários, clientes e colaboradores.

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