Nivel 7 – Conquista de Territorios

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Nivel 7 – Conquista de Territorios
Seminário de Batalha Espiritual - Nível 7 – Conquista de Territórios
SEMINÁRIO DE BATALHA ESPIRITUAL
NÍVEL 8
Conquista de Territórios
Apóstolo Carlo Ribas
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Seminário de Batalha Espiritual - Nível 7 – Conquista de Territórios
INTRODUÇÃO
Qual a real mensagem de Jesus para a Igreja? A Grande Comissão foi uma ordem para se gerar
multidões ou discípulos? Qual o verdadeiro papel da Igreja em uma cidade?
Conquista de Territórios é um assunto sabatinado por várias linhas ideológicas e eclesiásticas, mas
que nunca foi tão examinado e questionado em sua raiz como neste trabalho.
Aprenda neste curso os “por quês” da conquista de um território. Você realmente precisa
conquistá-lo? Há uma emergente necessidade para isso? Será a sua geração que irá fazê-lo?
O que agrada a Deus? Qualidade ou quantidade? Devemos fazer, viver ou falar aquilo que as
pessoas querem ouvir ou o que elas precisam ouvir?
Uma igreja grande é abençoada e uma pequena amaldiçoada? Deus é Deus de montes e não de
vales?
Neste estudo sincero das Sagradas Escrituras você saberá, com profundidade, quais são as tônicas
sobre o tema proposto, sem exageros ou bairrismos, sem tendências denominacionais ou culturais.
Que o Senhor possa usá-lo para ser um CONQUISTADOR DE TERRITÓRIOS, pela Glória de
Seu Nome.
No Amor do Senhor,
Apóstolo Carlo Ribas
Th.M., Th.D., D.D
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Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás
chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável.
(Isaías 58:12)
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A GRANDE COMISSÃO
Mateus 28:18-20
Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos
os dias até à consumação do século.
Tenho mais de uma década de ministério de ensino da Palavra e já estou farto de ouvir pastores
mal ensinados e pessimamente formados dizendo que “fulano de tal” tem uma igrejinha falida. Qual o
propósito de ser pastor? É uma profissão? Um concurso para ver quem arrebanha mais ovelhas? Um
nível de status social? Igrejas grandes e modernas têm mais bênçãos que as igrejas pequenas e pobres?
Deus está mais lá do que ali?
Ao iniciar o tema CONQUISTA DE TERRITÓRIOS, precisamos entender primeiro três coisas:
1. Qual a definição correta para “conquista”. Em que nível se dá esta conquista;
2. Qual a definição correta para “território”. Qual é o território que devemos conquistar;
3. E porquê “conquistar determinado território”?
CONQUISTAR é fazer discípulos! Esta foi a ordem de Jesus: Ide e fazei discípulos. Quando
falamos em conquistar territórios, a primeira imagem que nos vem à memória é – obviamente – terrenos
físicos, quarteirões, bairros, cidades etc. Por esta razão vimos muitas torpezas eclesiásticas sendo
cometidas pelo Brasil afora, como líderes evangélicos demarcando cidades com urina, como se fossem
animais ou ainda marchas animadas e festivas pelas ruas das cidades, declarando vitória como Josué o
fez (veremos sobre isso mais adiante).
Toda conquista no campo espiritual tem um sinônimo no mundo físico: derramamento de sangue.
Mateus 11:12 Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e
os que se esforçam se apoderam dele.
Quando nos propomos a conquistar algo, precisamos nos esforçar. Se queremos conquistar
alguém, precisamos fazer com que o derramamento de Sangue feito por Jesus seja levado até a vida da
pessoa.
João 6:56 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.
Jesus tinha um contingente de aproximadamente 15 mil pessoas que lhe seguiam nas aldeias e
ouviam as suas mensagens. Certa vez, por haverem tantas pessoas que o comprimiam, precisou pregar
de dentro de um barco, que estava ancorado na praia.
Aos olhos de hoje, muitos líderes evangélicos diriam: “Puxa! Que bela conquista. 15 mil membros
em minha igreja”. Mas foi exatamente o oposto que o Salvador fez:
Lucas 6:12-17
Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando
amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome
de apóstolos:
Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e
Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e
Judas Iscariotes, que se tornou traidor.
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E, descendo com eles, parou numa planura onde se encontravam muitos discípulos seus e grande
multidão do povo, de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom;
Jesus, rodeado de pessoas de vários lugares, sedentos, angustiados, querendo um Mestre para
seguirem, poderia conquistar ali muitas ovelhas ou muitos membros para o seu ministério! Mas a sua
atitude foi a correta, Ele RETIROU-SE para o monte, a fim de orar, e PASSOU A NOITE TODA
ORANDO!
Quando buscamos a vontade de Deus (e não a nossa), nem sempre as coisas acabam sendo como
queríamos, mas SEMPRE DARÃO CERTO!
Deus é um Deus qualitativo. Sempre, em toda a história bíblica, veterotestamentária ou
neotestamentária, preferiu a QUALIDADE do que a quantidade.
Veja os valentes de Gideão! 32 mil homens estavam à disposição dele para lutar contra os
midianitas, mas o Senhor preferiu que fosse feito uma triagem e sobraram apenas 300 homens. O
Senhor prefere 300 valentes (qualidade) do que 32 mil covardes (quantidade).
Outro caso foi o de Abrão, quando resgatou seu sobrinho Ló, com apenas 318 homens:
Gênesis 14:14 Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens
dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã.
O Senhor sempre optou por qualidade! Conquistar qualitativamente e não quantitativamente.
TERRITÓRIO é uma posição, um local, seja ele no mundo físico ou no mundo espiritual. É um
alvo, uma meta a ser atingida. Quando pensamos em “território” pensamos em nação, tribo, sociedade.
A visão de Deus sobre territórios é muito mais ampla do que isso.
Na palavra “Sadeh”, vinda do hebraico antigo, território significava “estender”. Quando se
pensava nisso automaticamente vinha a idéia de que nenhum território poderia permanecer do tamanho
em que estava, ele precisava estender, aumentar de tamanho. Esta era uma razão pela qual os povos do
período veterotestamentário lutavam tanto uns com os outros, ao invés de viverem harmoniosamente
como vizinhos. Cada um queria estender o seu território.
Na etimologia da palavra hebraica “Gabuwl”, território significa limites pré-estabelecidos e
fortemente definidos. É algo inteiramente espiritual, profética, alcançada através da certeza de conquista
e posse. A fé é o combustível da máquina de conquista que o Senhor nos deu. Não usamos mais “carros
e cavalos” como armas de guerra, usamos a fé.
Fazendo uma leitura contemporânea do fator “território” na igreja, não podemos em hipótese
alguma trazer para o campo geográfico ou de delimitações físicas. Território é pessoa. Território é
família. Território é cura. Conquistar um território é fazer com que famílias inteiras sejam ganhas,
consolidadas, discipuladas, preparadas e enviadas à seara!
Lucas 12:31 Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.
A visão de conquista de territórios, na sua maioria, tem sido de uma conquista regional. Cidades,
estados, países conquistados para Jesus. Esta visão, que em primeira análise nos parece excelente, foge
de um contexto bíblico e messiânico: Jesus não era um líder político, como Judas Iscariotes pensou que
era, segundo a visão dos Zelotes (Membros de um partido nacionalista judeu, do tempo de Cristo. Eles,
também chamados de "cananeus" ou "cananitas", usavam de violência na oposição ao domínio romano
- RA Lc 6.15; Mt 10.4).
Neste afã, as igrejas pecam por não discipular corretamente seus conversos. Gera-se uma ideologia
de multidões. Há a eminente necessidade de “ganhar almas”, fazendo-se pensar que ganhar uma alma é
trazê-la para a igreja e nada mais.
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Ganhar uma alma é algo muito trabalhoso! Jesus trabalhou algo em torno de três anos e meio para
ganhar Pedro e, mesmo assim, depois de dez anos, o Apóstolo Paulo o chamava de “homem
repreensível” (Gálatas 2:11).
Quando vemos a total transformação na vida de uma pessoa, com TODO o seu contexto passado
transformado, aí então podemos afirmar que “ganhamos uma alma” para o Senhor. E é exatamente aí
que entra a Igreja! Nosso papel é gerar essa conquista nas vidas das pessoas diariamente, por longos
anos, tratando, ensinando, consolidando e fazendo-os crescer até o dia em que o Senhor os chamar.
TERRITÓRIOS CONQUISTADOS
A Bíblia Sagrada é um palco de territórios conquistados pelo povo de Deus. Existem inúmeras
passagens sobre pessoas conquistando, em todas as áreas, em todos os níveis. Creio piamente que, de
acordo com o seu aprofundamento em Deus, é o tamanho da sua conquista. Pessoas hiper-sensíveis ao
Senhor obviamente conquistam mais que outros.
Josué e a Conquista em Jericó (Js. 5:13)
É quase uma unanimidade a opinião sobre Jericó: Josué conquistou-a por ser um ponto estratégico
e por ser uma cidade fortificada, uma fortaleza no deserto. Josué não estava ali apenas como um líder
político, ele tinha sobre si algo muito maior: a missão de levar o povo de Israel até a terra prometida!
Eles já haviam entrado na terra dos cananeus, ou Canaã, mas estavam vivendo um ano inteiro em
uma estreita faixa de terra que compreendia 15 km entre o Rio Jordão, a parte norte do Mar Morto e as
muralhas de Jericó. O próximo passo na batalha seria a tomada da Fortaleza no Deserto, a Cidade das
Palmeiras, Jericó. Muitos povos haviam tentado conquistá-la, sem êxito. Situada 9 km a oeste do rio
Jordão e 11 km ao norte do mar Morto, ficava a 240 m abaixo do nível do mar, era, provavelmente, a
cidade mais antiga do mundo. Seus habitantes eram particularmente conhecidos por sua religiosidade e
pelos ritos de fecundidade, onde era comum homens e mulheres praticar a prostituição sagrada,
convencidos que o ato sexual humano estimulava a fecundidade das divindades que regulavam o mundo
da natureza, favorecendo as colheitas e fazendo prosperar os rebanhos.
Josué estava certo de que a tomada de Jericó era uma questão religiosa. Todos os povos cananeus
estavam se convertendo aos ídolos deles, porque viam ali a prosperidade e o grande avanço das ciências
e da escrita, e atribuíam isso aos deuses de Jericó. Aquilo seria uma grande tentação para o povo de
Israel, sempre inconstante quanto à isso. Outro fato seria a questão territorial: era necessário dominá-los,
para poder habitar nas planícies férteis do Rio Jordão. Ele tinha um grande impasse, pois tinha consigo
uma multidão de homens mal preparados, que nasceram em um deserto e que jamais haviam estado em
uma batalha como aquela que eminentemente seria travada.
Quais eram os reais atributos para a conquista daquele território? Quais eram as reais intenções de
Deus para aquilo? Josué resolve sair de perto do acampamento dos israelitas, que já está em festa há
mais de um ano, e vai observar as muralhas, mantendo uma oração em sua mente: “Senhor, preciso de
uma estratégia vinda de Ti”.
Então o Senhor aparece à Josué! Isso está descrito no Livro de Josué, capítulo 5, versos 13, 14 e
15, mas não como usualmente aparecia o Senhor em suas teofanias, como um varão, ou como um Rei.
Agora ele veio como “Sar Tsaba’ah Yehovah”, o Príncipe dos exércitos do Senhor! Muitas vezes Deus
apareceu à Israel como Cura, como Provisão, como Bandeira, como Pastor. Agora era uma
circunstância nova para eles, pois não era pão ou água que necessitavam: era uma vitória, contra a
cidade mais antiga e mais fortificada do mundo!
Deus dá a mais insana estratégia de guerra que existiu: marchar ao redor da cidade por sete dias!
Jericó era conhecida por suas muralhas, que podiam transitar até três carros de guerra de uma só vez.
Em cada uma de suas torres posicionavam-se os arqueiros mais precisos de toda Canaã. Também
homens armados com lanças de três metros e meio estavam posicionados, com as pontas de chumbo
envoltas por materiais incandescentes. Entre cada torre havia montes de pedras para serem despencadas
para baixo, no caso de uma invasão. Também tonéis com breu fervente eram derramados sobre as
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escadas colocadas pelos oponentes, ao tentarem escalar as muralhas. Nada escapava ao poderio bélico
de Jericó! A estratégia de marchar ao redor da cidade era loucura, mas Josué estava certo que Deus lhe
daria a vitória através da sua obediência.
A conquista de Jericó foi sangrenta! Não foram festivas as voltas dadas na cidade. Não havia
cânticos nos lábios do povo, não existiam sorrisos neles. A cada passo dado uma nova nuvem de flechas
caía sobre eles, matando, ferindo, mutilando os seus. Lanças bem atiradas eram como mísseis nos dias
de hoje. Afora todo sofrimento físico, afora a dor da perda, Josué ainda enfrentava o pessimismo do
povo, ao voltar para o acampamento. Eles não queriam mais ir, não queriam marchar ao redor de Jericó.
A maior conquista de Josué em Jericó foi sobre o seu próprio povo, no campo da confiança, do
ensino sobre a promessa. Por mais que eles fossem atingidos, por mais que alguns morressem, deveriam
lutar. Dentro daquela cidade existia um tesouro que Jeová havia mostrado à Josué. Esse tesouro deveria
ser conquistado a todo custo.
No sétimo dia do cerco sobre a cidade, os sacerdotes tocaram as trombetas e todos, a uma só voz,
gritaram: as muralhas ruíram e caíram aos olhos de todo o povo. Israel invadiu a Jericó e conquistou a
cidade! Josué então dá a ordem principal: peguem Raabe, a prostituta, e tragam-na com vida, bem como
tudo o que tiver dentro de sua casa.
Todo o povo de Jericó estava condenado à morte, menos Raabe e os seus parentes. Sobre Raabe
havia uma promessa! Deus estava fazendo uma cidade inteira ser destruída para que se cumprisse a
promessa na vida dela. Deus já tinha escolhido aquela mulher para suscitar dela uma descendência:
Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé; Jessé gerou ao rei
Davi. JESUS foi chamado de Filho de Davi!! Se Raabe não fosse conquistada por Josué, o Cristo não
teria nascido.
Aos olhos carnais de muitos, Jericó foi uma grande conquista, mas não foi. O que servia de
proteção na cidade eram as muralhas, que caíram. O ouro, a prata e o bronze foram para os tesouros
reais da Casa do Senhor e o povo foi morto. Não sobrou ali nada, senão ruínas, que foram edificadas
anos mais tarde por Hiel. A maior conquista naquela batalha, além do próprio povo aprendendo a
confiar no Senhor, foi a vida de Raabe, que gerou descendência para o nascimento de Jesus.
JEOVÁ é um Deus de qualitativo!
APLICANDO AOS NOSSOS DIAS:
Nossa vontade humana é ser famoso, ser conhecido e reconhecido pelo que fazemos ou por o que
somos. Tenho certeza que essa é a vontade de Deus para nossas vidas mas nem sempre alcançamos
como deveríamos. Josué em instante algum pensou em seu crescimento próprio, mas sim na execução
perfeita do Plano de Deus. Isso gerou nele uma unção de conquista!
Quando fazemos de tudo para que o PLANO DE DEUS seja executado e cumprido rigorosamente,
estamos assim conquistando territórios! Jericó foi um território conquistado, mas a real conquista foi a
vida de Raabe. Muitas vezes conquistamos pessoas que serão grandes pastores, grandes líderes,
ganhadores de almas! O que será que pensou o pai de Renhart Bonkke quando ele confessou a Cristo
como seu Salvador? “Este ganhará a África para Jesus”? Certamente que não... ele jamais poderia
imaginar tal coisa. E o pastor que orou por Benny Hinn? O que pensou o pastor que entregou a vida de
John Wesley à Jesus ou o que orou por Billy Grahm? Nenhum deles tinha idéia de que conquista de
territórios eles haviam feito, tal qual Josué não tinha idéia quando salvou Raabe.
A conquista do território de Jericó não foi, em instante algum, a conquista de uma cidade, que
ficou sem suas muralhas (derrubadas), sem seus valentes (mortos) e sem o seu tesouro (entregues à Casa
do Senhor). Restou apenas a prostituta, que foi conquistada para o Reino. Se eles houvessem
conquistado os valentes de Jericó para o exército de Israel, estariam sendo proselitistas, ou como
chamamos hoje, “pescando em aquário”.
É fácil abrir uma igreja e convidar crentes de outras igrejas para congregar. Isso não é conquistar
territórios, isso não é ganhar almas! Poucos têm ido atrás das “Raabes” que existem por aí. Poucos se
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dispõe a tirar prostitutas, drogados, ladrões das ruas. Conquistar um território é ser respeitado pelo
trabalho que vem desenvolvendo!
Josué 6:27 Assim, era o SENHOR com Josué; e corria a sua fama por toda a terra.
Davi e o território do Urso e do Leão
Davi, nascido da conquista de Raabe, trouxe em si o espírito de conquistador. Ele sabia que para
se conquistar um território geográfico era necessário antes vencer os dominadores daquele lugar.
Salomão, autor do livro de Provérbios e filho do rei Davi, cresceu ouvindo as histórias de seu pai,
sobre lutas e conquistas, e sempre soube que havia dominadores sobre os povos. Deus sempre usou
simbolismos naturais para exemplificar o mundo espiritual, como fez Salomão:
Provérbios 28:15 Como leão que ruge e urso que ataca, assim é o perverso que domina sobre um
povo pobre.
Cada território físico possui um dominador espiritual. Quando Adão pecou, deu direito legal ao
inferno para rodear a Terra. Os demônios tomaram posse de lugares que mais lhe agradaram e, como
uma dona de casa, cuidam e decoram da “pior” maneira possível. Os demônios têm um errôneo senso de
posse, que desenvolveram de acordo com as mentiras de Satanás, dizendo a eles que a Terra lhes
pertence. Com este sentimento, eles defendem e guardam os seus domínios ferrenhamente.
Nós, quando vamos entrar em algum território, devemos primeiro agir no mundo espiritual. De
nada adianta montar uma grande igreja, em localização privilegiada, se não tivermos ganhado aquele
lugar no mundo espiritual. Todos os dominadores devem ser encontrados e expulsos, pelo poder do
Nome de Jesus.
Davi agia assim, leia:
1 Samuel 17:37 Disse mais Davi: O SENHOR me livrou das garras do leão e das do urso; ele me
livrará das mãos deste filisteu. Então, disse Saul a Davi: Vai-te, e o SENHOR seja contigo.
Todas as vezes que Davi necessitava levar as suas ovelhas para uma nova pastagem, onde tivesse
abundância de água e vegetação, a primeira coisa que o salmista fazia era investigar a terra, em todos os
aspectos. Ele procurava por duas espécies de animais que poderiam dizimar o seu rebanho: ursos e
leões.
Os ursos são animais territoriais. Fixam-se em uma região e a guardam ferrenhamente. Moravam
em cavernas e espreitavam sorrateiramente a qualquer um que invadisse o seu território.
Os leões são animais extremamente agressivos, caçadores natos, defendem suas famílias, atacam
qualquer um que lhes ofereça risco.
Davi primeiramente matava os ursos, pelo caráter territorial deles, e em seguida matava os leões,
por serem predadores das ovelhas, as quais ele pastoreava.
Nos nossos dias, os demônios agem da mesma maneira, como ursos e leões. Existem demônios
que, como os ursos, são extremamente territoriais, guardando seus domínios (cemitérios, antigos
teatros, casarões, bairros, cidades...). Eles atacam qualquer um que invade os seus domínios e tentam
expulsá-los. Já outros demônios, comparados aos leões, ficam nos territórios para atacar, destruir e
matar quantos conseguirem.
Quando entramos em um território (nova cidade, sede nova para a igreja, nova casa), precisamos
identificar quem é, ou quem são, os dominadores daquele lugar. Nunca se esquecendo que principados e
potestades, descritos em Efésios 6, são demônios de alta grandeza, chamados pelos satanistas de
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príncipes e sub-príncipes, e – portanto – não dominam áreas ou territórios. Eles tem a missão de
dominar a Terra e as áreas de conhecimento humano.
Os demônios dominadores são regionais, com panteões próprios. No Brasil, conhecemos vários,
que receberam nomes no sincretismo religioso, como: pomba-gira, exu tranca-rua, exu-caveira etc. São
demônios dominadores, que agem nas funções de “ursos” e “leões”.
Em alguns bairros, percebe-se um exagerado número de prostituição. Isso nos aponta notoriamente
o domínio de uma pomba-gira. É preciso expulsá-la primeiro, bem como os demônios que trabalham
atrelados à ela, para que a Igreja tenha sucesso em sua missão.
Davi e o território dos Filisteus
1 Samuel 17:40 Tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e
as pôs no alforje de pastor, que trazia, a saber, no surrão; e, lançando mão da sua funda, foi-se
chegando ao filisteu.
O rei Davi era muito mais do que um músico ou salmista: ele era um profeta. E como todo bom
profeta, as atitudes proféticas (ou atos proféticos) sempre fizeram parte de seu ministério. Talvez o
maior deles foi contra os Filisteus. Davi sabia que eles eram os mais antigos inimigos de Israel, que
viviam sempre lutando, pelejando contra eles. Os Filisteus tinham cinco tribos: Asdode, Gaza, Ascalom,
Gate e Ecrom e cada uma delas possuía uma grande cidade, que levava o nome da tribo.
No dia em que a tribo de Gate veio lutar contra Israel, trazendo o gigante Golias com eles, Davi
teve a oportunidade de ir até o arraial e ver a situação da peleja. Como o exército israelita estava com
medo do gigante, Davi dispôs-se a lutar por eles.
Mas o desafio era muito maior do que parecia. Davi já havia recebido a unção para ser rei sobre
Israel, derramada pelo profeta Samuel. Sabia que mesmo ganhando aquela luta contra Golias e que,
conseqüentemente ganharia a batalha contra a tribo de Gate, mas mesmo assim restariam outras quatro
tribos para lutar. Era uma pena que as quatro tribos não estivessem ali, pois a unção e o poder de Deus
estavam sobre a sua vida e ele as destruiria por completo.
Então Davi desce ao riacho para pegar uma pedra, que seria a sua arma de guerra. Uma pedra,
apenas uma seria suficiente! Jeová lhe faria acertar o alvo, com certeza, mas ao se abaixar e pegar a
pedra, o Espírito Santo lhe disse: “Pegue mais quatro!”. “Mais quatro? Como assim? Uma só é
suficiente! Não preciso de cinco pedras!” Foi o imediato pensamento dele. Mas o Senhor continuou:
“Para cada pedra que você pegar, Eu te darei uma tribo dos Filisteus. Pegue cinco pedras porque Eu
lhe entregarei no seu reinado as cinco tribos”.
Aquilo foi profético! Davi pegou as cinco pedras, mas usou apenas uma, que o fez vencer a tribo
de Gate. Durante o seu reinado, ele conquistou as cinco tribos dos Filisteus, uma conquista de territórios
que se deu através da fé e da palavra/atitude profética.
PROFETIZE! Abra a sua boca onde você quer conquistar e comece a lançar palavras de conquista.
O Senhor vai honrar as suas palavras e fazer com que cada profecia sua seja cumprida.
CONQUISTANDO HOJE
A visão hoje deve se dividir em quatro partes:
1. Escolha e varredora do local;
2. Expulsão de dominadores;
3. Atitudes proféticas de conquista;
4. Qualidade das pessoas conquistadas.
Não apenas um bom local para a igreja, e também não apenas uma boa estratégia de
evangelização. É necessário que tenhamos um bom discipulado pessoal e interpessoal para que o valor
da nossa conquista seja alto.
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Necessitamos de igrejas cheias de DISCIPULOS e não abarrotadas de crentes. O crente acredita
em qualquer coisa... o discípulo APENAS no Mestre. Se alguém falar alguma mentira à um crente, ele
acreditará. Quando alguém conta uma mentira à um discípulo, ele vai orar e pedir o discernimento de
Deus.
Não é difícil distinguir os “crentes” dos “discípulos” em uma igreja:
CRENTE:
- Chega atrasado;
- Reclama de tudo (som alto, criança chorando, pregação etc);
- Nunca pode ficar na oração;
- Sempre está pedindo oração pra todo mundo;
- Falta culto;
- Peca e acha normal (não vê maldade no seu pecado, mas vê mal em todo mundo);
- É infiel nos dízimos e ofertas;
- Conversa no meio da pregação;
- Masca chicle na igreja;
DISCÍPULO:
- Ora;
- Conhece a Bíblia;
- É o primeiro a chegar e o último a sair;
- Não acredita em qualquer coisa, apenas no Senhor;
- É fiel à Deus;
- Segue seu líder;
Para conquistar um território, precisamos seguir EXATAMENTE os passos que Jesus Cristo fez,
pois Ele conquistou o mais sublime de todos os territórios, os nossos corações.
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MINISTÉRIO CARLO RIBAS
O MCR nasceu em 10/02/1998. Após observar a necessidade de maior preparo quanto ao
ministério de libertação em diversas igrejas, somados à falta de tempo dos pastores para dedicar a este
assunto, surgiu a iniciativa do Pr. Carlo Ribas em desenvolver, treinar e possibilitar a instalação de
Ministérios de Libertação nas igrejas evangélicas, com pessoas preparadas, consagradas e dispostas a
atuar nessa área.
Através de cursos e seminários ministrados, em todo o Brasil e no Mundo, vão-se formando
Ministros de Libertação, membros das diversas igrejas evangélicas, que trabalham em parceria com o
MCR. Na época se chamava “Ministério Internacional de Libertação” e, com o passar do tempo, mudou
o nome para “Carlo Ribas Ministries” ou, simplesmente “Ministério Carlo Ribas”.
O MCR não é uma denominação, e sim uma entidade sem fins lucrativos. Trabalha em parceria
direta com igrejas evangélicas. Os Ministros do MCR solicitam cadastro através do site
www.carloribas.com.br ou ainda em contato direto com representantes regionais ou estaduais do
ministério. Sua aceitação se fará mediante a autorização do pastor de sua igreja. O ministros formados
pelo MCR, quando necessário, são convocados para atuarem em congressos, libertações ou auxílio à
igrejas, em casos de libertação.
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