OFornovo - Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba
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OFornovo - Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba
1 Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba OFornovo Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil AHIMTB/SP Gen Bertholdo klinger IHGGS Casa de Aluísio de Almeida Sorocaba Órgão informativo eletrônico do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil / São Paulo “Gen Bertholdo Klinger” Federada a Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil ANO: I (2013) Agosto Editor responsável: Jorn. Reinaldo Galhardo de Carvalho Presidente do IHGGS e AHIMT/SP: Prof. Adilson Cezar N.º 03 ________________________________________________________MENSAGEM DO PRESIDENTE “È da non dimenticare!...” (*) Adilson Cezar A tradução do italiano para o título em epígrafe “é para não esquecer”. Como sabemos tudo aquilo a que nos propomos executar, depende sempre de um terreno fértil. Quando semeamos e o solo é bom, a colheita é farta. Embora “O Fornovo” esteja ainda em seu terceiro número, já produz resultados alvissareiros. Um dos números deste nosso informativo eletrônico foi cair em mãos do Cel EB João Denison Maia Correia, adido militar junto a Embaixada Brasileira na Itália e com a leitura deste, sensibilizado, nos escreveu que “foi atingido por forte sentimento de solidariedade e, ao mesmo tempo de nostalgia”. Em suas palavras: “solidariedade no cultuar valores históricos por estar vivendo em ambiente de grande reconhecimento e dedicação à história da atuação da Força Expedicionária Brasileira nos campos de batalha da Itália”. Ele informa que tem participado de inúmeras cerimônias de reconhecimento às ações da FEB, não apenas por aqueles que vivenciaram o horror da guerra, mas também pelos seus descendentes. Conta que aprendeu com um italiano o Sr. Fabio Gualandi, “sobrevivente da guerra, uma frase que passou a ter um significado muito forte: “...é da non dimenticare!...” (é para não esquecer”). A nossa história são os nossos valores. É o que explica sermos o que somos, como pessoas e como sociedade. Se nós brasileiros não aprendermos a cultuar nosso passado, aquele que nos fez chegar onde chegamos, perderemos nossos valores, da tradição e da honra, caminharemos para um futuro desconhecido, marcharemos sem a luz da coerência histórica, estaremos condenados a ser um povo sem memória”. Estas palavras tem para nós um significado especial, pois representam o reconhecimento aos nossos empreendimentos e por isso deixamos firmado aqui nosso agradecimento à manifestação do Cel Denilson, que viveu como adido militar esta fase de sua existência no local onde atuou parte da Força Expedicionária 2 Brasileira. E precisamente nesses locais é que as recordações dessa presença se fazem sentir com manifestações de extremo carinho. As novas gerações procuram lá cultivar essa memória para impedir o seu esquecimento. Em síntese: “Fornovo di Taro é uma pequena cidade italiana que possui duas frações: Neviano di Rossi e Ponte Scodogna. Em Neviano tinha uma paróquia, cujo padre, Dom Cavalli, foi cooptado pela FEB para negociar a rendição da 148ª Divisão Alemã e da Brigada Bersaglieri Italiana. Ele foi auxiliado por um engenheiro italiano de sobrenome Ficai, que falava o alemão fluente. Ponte Scodogna é o local exato no qual 20.573 soldados alemães e italianos se renderam ao 6º Regimento de Infantaria, comandado pelo coronel Nelson de Melo, que em brilhante estratégia diversionária fez crer ao inimigo que ele estava cercado pela Divisão brasileira. Assim, Fornovo marca um feito sem igual na história das guerras modernas, porque não houve a captura de tal efetivo de inimigos por nenhum exército e a FEB o fez por meio de um único Regimento!” Embora brilhante feito histórico, não é por esse fato que marca de maneira indelével a presença dos nossos pracinhas no coração dos habitantes daquela região, mas sim a singeleza do trato e a preocupação por eles demonstrada. SOLENIDADES COM PARTICIPAÇÃO DO IHGGS E DA AHIMTB/SP.______________________________________ O Comando de Policiamento do Interior -7, em parceria com a Prefeitura Municipal de Sorocaba, o Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil de São Paulo e a Associação Memória da Revolução Constitucionalista de 32, realizaram solenidade comemorativa ao aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, no dia 9 de julho de 2013, às 09 horas na Praça Nove de Julho em Sorocaba. A bela cerimônia de homenagem àqueles que Autoridades presentes tombaram pelo retorno do Brasil às garantias constitucionais, teve o hasteamento das bandeiras: a Nacional pela 1.º Promotora de Justiça Feminina do Brasil, Dr.ª Zuleika Sucupira Kenworthy; a Paulista, pela Prof.ª Maria Dorotéa Senger Cezar e a de Sorocaba, pelo Prof. Dr. José Simôes de Almeida Júnior. Durante a solenidade houve a participação de alunos da Escola Municipal Dr. Getúlio Vargas e de Grupos de Escoteiros, que fizeram a deposição e vasos de flores junto ao Obelisco que celebra a memória da Revolução Constitucionalista de 1932. A centenária Dr.ª Zuleika Sucupira Kenworthy Deposição de flores no junto ao Monumento à Revolução Constitucionalista de 1932 Foto Emidio Marques – Jornal Cruzeiro do Sul 3 A organização e abertura do evento foi do Cel PM Helson Lever Camilli, Comandante do Comando de Policimento do Interior Sete, seguido de uma rápida lembrança do significado dessa Revolução feito pelo Prof. Adilson Cezar, na qualidade de Presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil de São Paulo. Nas palavras do professor: “... quem saiu ganhando fomos todos nós brasileiros, pois embora São Paulo, tenha sido derrotado pela força das armas, saiu dela vitorioso pela moral...” “Nós precisamos dar a essa Revolução uma dimensão que se estenda a todos os quadrantes da Nação Brasileira, lembrando que em todos os lugares houve gente a favor da causa que não era paulista, mas sim brasileira – a reconstitucionalização. O que aconteceu foi que forças superiores obrigaram essas vozes a se calarem. Embora em muitos lugares fora de São Paulo, houve quem assim mesmo fez realizar o seu protesto. A historiografia hoje busca e recupera esses importantes movimentos que foram abortados.” Encerrando a solenidade houve desfile cívico militar, da qual participaram os Grupos de Escoteiros de Sorocaba; a Policia Militar do Estado de São Paulo, com seus diferentes contingentes – como o Corpo de Bombeiros; soldados do Tiro de Guerra; o corpo de Fuzileiros Navais do Centro Experimental Aramar; os jipeiros; dentre outros. Deram assim um toque muito festivo à solenidade. Anexamos com a intenção de divulgar o “Hino ao Soldado Constitucionalista” que foi em mais esta oportunidade executado, tendo o mesmo sido composto aqui em Sorocaba, cuja letra se deve ao saudoso Prof. Dr. Benedicto Cleto e a música ao Ten J. Ribeiro, com arranjos do Sgt. º Domingues. EVENTOS NO IHGGS E COMPARTILHADOS COM A AHIMTB/SP._______________________ O Instituto e a Academia de História Militar se reuniram em sessão do dia 14 de julho, para a palestra do Presidente Prof. Adilson Cezar, sobre: “A Revolução Constitucionalista de 1932”. Nesta oportunidade através do “data show” apresentou um relato desta epopeia que foi o maior movimento popular de toda a história brasileira. Pela sua exposição, ficou claro que dentre as causas, estava a queda da bolsa de valores de Nova York e sua repercussão junto as tradições políticas e econômicas que vigoravam no país e que se revelaram não mais adequadas para a sociedade de sua época. O enfoque demonstrou equívocos estratégicos cometidos pelo Estado de São Paulo, que inviabilizaram sua chance de sucesso. O esforço de guerra de São Paulo, apresentou uma realidade onde todas as suas Hino ao Soldado Constitucionalista Salve os heróis de “32” das falanges paulistas que ao vosso lábaro das treze listas deste o sangue, a vida, o amor! Bravos soldados, titãs gigantes, honrastes a nossa História; vosso São Paulo cobristes de glória, que netos sois de Bandeirantes. Salve, M.M.D.C! Por nós tombastes, pelo direito, A glória Deus vos dê, por nosso sangue derramado, no céu láurea de heróis. Por vós São Paulo é glorificado. Valentes, salve os Paulistas dos batalhões constitucionalistas! Salve os gloriosos, os batalhões dos jovens estudantes do “Borba Gato”, salve os esquadrões e o “Nove de Julho”, também; glória ao “Catorze” e às heroínas, valentes enfermeiras Salve os heróis de São Paulo, o pioneiro, que amado a paz foi bom guerreiro! Salve, M.M.D.C! Por nós tombastes, pelo direito, A glória Deus vos dê, por nosso sangue derramado, no céu láurea de heróis. Por vós São Paulo é glorificado. Valentes, salve os Paulistas dos batalhões constitucionalistas! Aos imortais, aos que lutaram nos campos de batalha, que por São Paulo o sangue derramaram sem temer sibilar metralha, a vós entoamos imorredouro este hino de amor, vosso valor paulista, o peito forte, heróis soldado até a morte. Salve, M.M.D.C! Por nós tombastes, pelo direito, A glória Deus vos dê, por nosso sangue derramado, no céu láurea de heróis. Por vós São Paulo é glorificado. Valentes, salve os Paulistas dos batalhões constitucionalistas! Musica do Ten J. Ribeiro e arranjo do Sgt.º Domingues, composta pelo Prof. Benedicto Cleto. 4 forças vivas se desdobraram para produzir o máximo possível. A utilização de produtos como o gazogênio e do próprio álcool para movimentar automóveis; a fabricação de lança-chamas; blindados como o trem blindado; os capacetes de aço, dentre outras tantas inovações, permitem perceber a inegável capacidade inventiva do brasileiro quando submetido a pressão. Esta guerra civil, em seu cômputo final, trouxe um saldo de morte, em 1932, muito superior àquele obtido pela Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália, por ocasião da Segunda Grande Guerra. E finalmente a vitória de todos nós brasileiros que conseguimos o retorno da Lei a da Ordem com a reconstitucionalização do país. EFEMÉRIDES DO MÊS____________________________________________________________ Como de praxe em reunião do IHGGS realizada no dia 14 de julho de 2013, o Presidente antes de sua palestra sobre a Revolução Constitucionalistas de 1932, teceu breves considerações a respeito das efemérides do mês. Nesta oportunidade fez as seguintes referências: 09.07.1932 – Início da Revolução Constitucionalista – Dia do Soldado Constitucionalista. A data de 9 de julho de 1932 deu início ao episódio conhecido como Revolução Constitucionalista, sendo o maior conflito armado brasileiro caracterizando uma verdadeira guerra civil. São Paulo fez uma grande campanha, demonstrando seus ânimos, mas esquecendo-se de que a estratégia básica deveria ser a da surpresa, pois acreditava que receberia apoio dos demais Estados Brasileiros. Entretanto, a sagacidade política do presidente provisório Getúlio Dornelles Vargas, permitiu cooptar esses possíveis apoios, impedindo a alianças como os paulistas. A população de São Paulo, respondeu uníssona aos apelos do seu Governo, mobilização essa que até hoje impressiona a forma com que aderiram ao patriótico chamamento. O período da revolução, aconteceu num total de 87 dias de combates (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 – sendo os dois últimos após a rendição paulista), contabilizando-se um saldo oficial de 934 mortos, embora outras estimativas (não oficiais) cheguem até o número de 2.200 mortos e mais de 5.000 feridos. Os combates aconteceram principalmente no estado de São Paulo, na Soldados paulistas em trincheiras durante a revolução região sul do Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul) e sul de Minas Gerais. Embora registremos atos de agressões ocorridos em vários outros Estados, estes não são de grande significação. São Paulo, após a derrota militar, voltou como desejava a ser governado por paulistas e dois anos depois era promulgada a Constituição de 1934, e com ela o país ganhou alguns avanços democráticos e sociais. 10.07.1875 – Inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana. No número anterior do “O Fornovo – n.º 02” nos referimos à data de 13 de junho de 1872, ocasião em que se deu início aos trabalhos para a implantação da Estrada de Ferro Sorocabana. No seu aspecto documental, registra-se que “exatamente às 13 horas do dia 13 de junho de 1872 um grupo de homens munidos de pás e enxadas iniciava, em Sorocaba, à margem do córrego Supiriri, a construção da Estrada de Ferro Sorocabana (EFS)”. O surpreendente é que apenas três anos depois em 10 de julho de 1875, com uma grande celebração, aconteceu a 5 inauguração de uma única linha em bitola métrica ligando a Capital São Paulo, com a cidade de Sorocaba. Tal desempenho é admirável até mesmo para os dias de hoje – imagine-se aplainar o terreno (lembrando que os caminhos de ferro não podiam ter aclives muito acidentados ou os trens não conseguiriam superá-los), construir obras de artes (pontes, viadutos, tuneis, etc.) em um trecho de aproximadamente 100 km (São Paulo a Sorocaba). A liderança dessa iniciativa deve-se ao comerciante de algodão Luiz Matheus Maylasky, cidadão austro-húngaro, juntamente com empresários sorocabanos. Contou com um capital inicial de 1200 contos de réis, posteriormente elevado para 4 mil contos. A Província de São Paulo apoiou essa iniciativa dando a garantia da manutenção de juros de 7% ao ano sobre o capital que fosse investido na ferrovia. Nessa viagem inaugural em trem especial, estiveram juntamente com Maylasky, presidente do empreendimento, várias autoridades da Província de São Paulo. Ao pronunciar seu discurso Maylasky afirmou: “Povo de Sorocaba, cumpri minha promessa, aí está vossa estrada!” O Imperador D. Pedro II viria a conhecer essa ferrovia em agosto desse mesmo ano. Em 31 de dezembro de 1876, estendia seus trilhos até a Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema. Estação da Estrada de Ferro Sorocabana em 1924 Foto de Pedro Neves dos Santos, 1924 20.07.1873 – Nascimento de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação. Um dos mais notáveis brasileiros de todos os tempos, Aberto Santos Dumont, nasceu na Fazenda de Cabangu, município de Palmira (atual Santos Dumont / MG.) aos 20 dias do mês de julho de 1974, sexto filho de Henrique Dumont e Francisca de Paula Santos. Inúmeras são as realizações atribuídas ao seu gênio inventivo. Destas destacamos os projetos e construção dos primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina. Esse mérito foi reconhecido internacionalmente com o Prêmio Deutsch que lhe foi concedido em 1901. Para essa conquista, ele executou um vôo de contorno a Torre Eiffel com o seu dirigível N.º 6. Essa vitória o consagra também sobre outro aspecto, ou seja, por ter sido o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas e testemunhado por jornalistas e populares. Sua consagração viria posteriormente, quando conseguiu fazer decolar um avião impulsionado por um motor a gasolina, o 14-Bis (Oiseau de Proie / ave de 6 rapina) e assim concorrer ao Prêmio do Aeroclube da França, em 12 de novembro de 1906, no campo de Bagatelle. Com o dia já terminando, percorreu 82,60 metros em 21,5 segundos, ultrapassando seu feito de 23 de outubro. Às 16h45min, partindo contra o vento, voou 220 metros, com uma altura de 6 metros, conquistando o almejado prêmio e tendo todos os seus voos registrados por uma companhia cinematográfica, a Pathé. Apesar de todos os seus feitos, a maior parte do mundo continua dar o crédito de inventor do avião para os norte-americanos Irmãos Wright, com exceção da França, que consagra Clément Ader pelo vôo efetuado em 9 de outubro de 1890. Como curiosidade, lembro que o testamento de Santos Dumont foi feito em Sorocaba, no dia 7 de setembro de 1931, no 2.º Tabelião de Note-se que como era feriado, o cartório abriu especialmente para executar esse desejado registro. Em 23 de julho de 1932, Alberto Santos Dumont, no Guarujá, viu sua invenção sobrevoar essa cidade, em direção ao porto de Santos, onde despejariam suas bombas: era a luta travada entre irmãos. Depressivo e diante destes fatos desagradáveis, deu cabo à própria vida. Ilustração do voo do Santos-Dumont 14-bis em 12 de novembro de 1906, que rendeu a Santos Dumont o Prêmio do Aeroclube da França Casa onde nasceu Alberto SantosDumont e atual Museu de Cabangu. 7 NO PALÁCIO DOS BANDEIRANTES________________________________________________ A comunidade científica paulista, participou da concorrida noite do dia 10 de julho, da solenidade realizada pelo Instituto Butantan, no Palácio dos Bandeirantes, ocasião em que realizou a outorga da Medalha “Instituto Butantan”, a expoentes dessa coletividade. A cerimônia foi presidida pelo Prof. Dr. Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan e contou com a presença do Secretário de Estado da Saúde, Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri, que na oportunidade representou o Governador do Estado Dr. Geraldo Alckmin, além de outras autoridades presentes. As personalidades agraciadas foram: 01. Anna Durbin 02. Brian R. Murphy 03. Cosue Miyaki 04. Donald Pinkston Francis 05. Giovanni Guido Cerri 06. Gonzalo Vecina Neto 07. Luciano G. Coutinho 08. Neuza Maria Frazatti Gallina 09. Osvaldo Augusto Brazil Esteves Sant’anna 10. Pedro Lins Palmeira Filho 11. Stephen S. Whitehead 12. Wilmar Dias da Silva O Prof. Adilson Cezar, fez-se presente nessa solenidade, na qualidade de Presidente do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito, tendo referenciado o processo de sua concessão. CELEBRANDO EFEMÉRIDE NACIONAL_ 69.º Aniversário do desembarque do primeiro escalão da FEB na Itália (16-7-1944) No dia 16 de julho de 1944, o primeiro escalão da Força Expedicionária Brasileira desembarcava no porto de Nápoles. O embarque aconteceu entre os dias 29 e 1.º de julho, no Rio de Janeiro, sendo que essa operação foi coberta de sigilo e ninguém tinha sabia para onde estavam sendo deslocados. Uma certeza apenas: estavam sendo enviados para uma zona de combate. O navio que Imagem: Arquivo Histórico do Exército os levava era o de transporte americano “General Soldados brasileiros da FEB desembarcam na Itália em 1944 Mann”. A capacidade de transporte era de 6.000 homens mais sua tripulação. Junto destes foram parte do Estado Maior da FEB – Gen Mascarenhas; Gen Zenóbio; o 6.º RI; o Batalhão de Saúde; o 2º Grupamento de Obuses e outros elementos que integravam a 1.ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1.ª DIE). A partida do navio aconteceu na manhã de 2 de julho de 1944, a impressão do Gen Mascarenhas foi a “do Corcovado, circundado de bruma, emergia o Cristo Redentor, fitando os seus fiéis que para outras terras partiam com o objetivo de, ombro a ombro com os nossos aliados, defender o rico patrimônio 8 da civilização Cristã”. Foram 15 dias de viagem, com receio do ataque de submarinos, enjoo, falta do que fazer, adequação à“ração” americana e algumas formas de organização, até que se contemplou a baia de Nápoles, com o Vesúvio fumegando. A quantidade de navios atracados e o movimento impressionam, dando aos “pracinhas”, primeira noção da dimensão dessa guerra. O desembarque marcou a memória destes nossos soldados, dando a primeira impressão pela demonstração da miséria e da destruição que a guerra produzia. A cidade estava em ruínas e a população desesperada. Do porto foram direto para a estação ferroviária, onde foram embarcados. Uma curta viagem de 40 minutos os levou até um acampamento militar na cratera de um vulcão chamado Astronia, próximo do subúrbio napolitano de Bagnoli – primeiro acampamento da FEB. A partir desse instante estava a FEB incorporada ao V Exército Norte-Americano e mais alguns dias seria o seu batismo de fogo. Desembarque da Força Expedicionária Brasileira em Nápoles - 1944 Contatos: Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba; e ou Academia de História Militar Terrestre do Brasil / São Paulo “Gen Bertholdo Klinger” R: Dr. Ruy Barbosa, 84 – Além Ponte 18040-020 - SOROCABA / SP. Tel.: (15) 3231-1669 E-mail: [email protected] E- mail: [email protected] – Presidente: Prof. Adilson Cezar E- mail: [email protected] Editor Executivo: Prof. Adilson Cezar Editor Responsável: Jorn. Reinaldo Galhardo de Carvalho ______________________________Friso grego de guerra entre deuses e gigantes___________________________
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