Madre Teresa de Calcutá

Transcrição

Madre Teresa de Calcutá
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 108 - Outubro/2010
Distribuição Gratuita
Madre Teresa de Calcutá
Nesta Edição:
Terceira Parte
O Medo na Iniciação Mediúnica
Não Temos Tempo ou Temos Preguiça?
Influência dos Espíritos Sobre os Acontecimentos da Vida
Nosso Desequilíbrio Entre o “Não Julgueis” e o Copiar o Mal
PROIBIDA A VENDA
Editorial
editorial
Está evidenciado que vivemos um período no qual a divulgação da Doutrina Espírita apresenta-se nos mais variados canais de comunicação. Antes, falar de espíritos
trazia reserva, constrangimento, receio e desconhecimento. Hoje, os livros, palestras, mensagens, circulam de forma cada vez mais ampla, seja pela curiosidade,
necessidade de conhecer o lado espiritual, buscar consolo, enfim.
Com o lançamento no cinema de “Chico Xavier, o Filme”, estendeu-se a possibilidade do conhecimento e entendimento da imortalidade do espírito. Possibilitou-nos
adentrar parcialmente no cenário da vida íntegra e caridosa desse médium conhecido e respeitado mundialmente, que viveu sua existência seguindo os ensinamentos
do Mestre Jesus.
Comentar fatos da existência e dedicação de Chico Xavier é tocar os corações
nas suas fibras mais profundas, aproximando-os da sua essência divina.
Com o lançamento de mais um filme, “Nosso Lar”, notamos que tem crescido a
divulgação da Doutrina através do cinema, contribuindo, ainda mais, para despertar
nas pessoas, de diferentes idades e credos, a proveitosa curiosidade, levando-as a
buscar nos livros, maiores detalhes sobre o assunto.
Importante ressaltar que o Espiritismo nos faculta estudar temas dos mais diversos, atingindo todas as faixas etárias, até mesmo falando sobre a morte com crianças, assunto normalmente evitado, mas existe a necessidade de ser esclarecido
corretamente e, elas também, indagam e devem ser esclarecidas de forma verdadeira. Inclusive com os mais idosos, que normalmente ignoram o pós-morte, sempre
é tempo de clarear a mente com esclarecimentos restauradores que possibilitarão
escrever novas páginas com as letras da verdade, do consolo e da esperança.
A Doutrina Espírita foi codificada de forma clara e objetiva, sem prender-se a dogmas ou rituais. Esclarece, consola, clareia os horizontes do ontem, do hoje e do
amanhã, permitindo que cada um opere em si as mudanças interiores, despojando-se do homem velho e trilhando o caminho do homem novo, como explica Aniceto,
o orientador de André Luiz no livro “Os Mensageiros”, psicografado por Francisco
Cândido Xavier.
A Doutrina Espírita é Ciência, Filosofia e Religião. E como dizia Chico Xavier: “...
se tirarmos religião fica um corpo sem coração, se tirarmos a ciência fica um corpo
sem cabeça e se tirarmos a filosofia fica um corpo sem membros.”
Codificada por Allan Kardec, a Doutrina Espírita é explicada de forma completa
em: “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Médiuns”. Além de inúmeras outras obras sérias e verdadeiras, disponíveis ao aprendizado responsável e consciente, mostrando o tripé em que consiste a Doutrina Espírita: Ciência, Filosofia e Religião, regida pela Lei do Amor, onde “Fora da Caridade
não há Salvação”.
As sementes estão sendo lançadas cada vez mais, e, sempre o serão, atendendo
a necessidade identificada cada vez maior da humanidade na busca dos princípios
verdadeiros que conduzem ao conhecimento, alivio, compreensão, esperança. A ligação com o Criador é sempre urgente e necessária, pois na escala evolutiva a
Terra vive um período de transição, no qual deixará de ser um planeta de provas e
expiações para tornar-se um planeta de regeneração.
Que ocorra o despertar da Humanidade inteira! É chegada a hora!
Equipe Seareiro
Índice
Grandes Pioneiros: Madre Teresa de Calcutá - Terceira Parte - Pág. 3
Tema Livre: Não Temos Tempo ou Temos Preguiça? - Pág. 9
O Medo na Iniciação Mediúnica - Pág. 9
Canal Aberto: Promessas - Pág. 10
Livro em Foco: Visão Nova - Pág. 10
Terceira Idade: Hei de Viver - Pág. 11
Homenagem: Fabiano de Cristo - Pág. 11
Cantinho do Verso em Prosa: Servir Sempre - Pág. 12
Clube do Livro: A Mansão Renoir - Pág. 13
Pegadas de Chico Xavier: Jesus, Perdão e Alegria - Pág. 13
Kardec em Estudo: Influência dos Espíritos Sobre os Acontecimentos da Vida Pág. 14
Mensagem: O Pouco e o Muito - Pág. 14
Contos: Reunião na Carpintaria - Pág. 15
Família: Tempos Modernos - Pág. 16
Atualidade: Nosso Desequilíbrio Entre o “Não Julgueis” e o Copiar o Mal Pág. 18
Calendário: Outubro - Pág. 19
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Publicação Mensal
Doutrinária-espírita
Ano 11 - nº 108 - Outubro/2010
Órgão divulgador do Núcleo de
Estudos Espíritas Amor e Esperança
CNPJ: 03.880.975/0001-40
Inscrição Estadual: 146.209.029.115
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intercâmbio entre os interessados
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Tiragem
12.000 exemplares
Distribuição Gratuita
Grandes Pioneiros
grandes
pioneiros
Madre Teresa de Calcutá
Terceira parte
Muitas pessoas, atraídas pelo imenso trabalho que Madre
Teresa e as missionárias realizavam, acabavam por chamar
a atenção de países diferentes. Era comum, portanto, que
muitos grupos de diversos lugares comparecessem a Calcutá,
para se certificarem de que essa dedicação das Missionárias
da Caridade era verdadeira. Certa ocasião Madre Teresa foi
visitada por um grupo de americanos, a fim de entrevistá-la.
Foi-lhe perguntado como ela conseguia forças e ajuda para
tanto trabalho. Calma e firme quanto ao seu temperamento
severo, diante das curiosidades que muitas vezes a deixaram
em sérias dificuldades, respondeu:
— A ajuda vem de Deus, pois estamos cuidando de seus
filhos relegados ao abandono. Ele não nos falta. Contamos
com as Irmãs Missionárias que nos ajudam a cuidar das
crianças, dos enfermos desprezados por serem pobres, dos
marginais que se entregam aos vícios, por não terem oportunidades de serem educados e amados, dos ultrajados que
morrem sem esperanças de uma vida melhor. Para nós, a
conta dos débitos não é enviada a Deus, mas ao próprio ser
humano, que avança na tecnologia e esquece do coração.
Procuramos enviar a Deus os filhos sem revolta e guarnecidos na fé, essa que lhe foi banida da alma, por sentir fome
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
de amor. Numa das ruínas que visitamos, pois é assim que
vivem os moribundos, quando não estão jogados nas ruas,
encontramos uma mulher morta completamente abandonada. Seu corpo já estava em decomposição há muitos dias.
Cuidamos para que fosse enterrada ali mesmo, mas com
respeito e oração. Choramos diante daquele quadro, onde
a tecnologia avançada não chegou. Assim é nosso trabalho,
meus amigos, que fazemos com alegria, pois sabemos que
Jesus faria o mesmo por uma única pessoa. E Ele fez muito
mais pela Humanidade. Então, se fizermos um único bem a
quem quer que seja, já estaremos sendo úteis aos ensinos de
Jesus e diminuindo nossos débitos para com o Pai Criador.
Padre Julien e Exem, após os entendimentos com Madre Teresa, sobre angariar recursos para a construção da
“Cidade da Paz”, estavam preocupados com a repercussão
dos meios arrecadados para esse empreendimento. Sabiam
existir pessoas de má fé, aproveitadores, que usariam o nome
de Madre Teresa para ganhar dinheiro ilicitamente. E, apesar
de ser considerada a “Mãe dos Pobres”, não faltavam críticos
maldosos, como Cristopher Hitchens e Richard Darukins, que
tudo fizeram para empanar o bom comportamento de Madre
Teresa, com relação aos bens que lhe eram ofertados.
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Cristopher Hitchens, autor do livro “The Missionary Position: Mother Teresa in Theory and Pratice”, escreveu: “Madre
Teresa aproveita o sofrimento dos pobres para arrecadar
fundos à sua ‘Congregação Missionária’ e mantém um relacionamento favorável à sua instituição, com figuras como
Jean Claude Duvalier e o economista Charles Keating, que foi
responsável pelo roubo de dezessete mil investidores, numa
quantia levantada de 250 milhões de dólares, sendo doada
à Madre Teresa a importância de 1,25 milhões de dólares. O
que ocasionou admiração aos que assistiram à essa doação
foi que Madre Teresa não questionou nada a respeito de tão
grande oferta e a sua origem. Apenas agradeceu”.
Nessa época, padre Julien e Exem tudo fizeram para impedir que essa doação fosse emitida para a congregação,
mesmo porque Madre Teresa não entendia essa doação
exorbitante. Mas o economista Charles Keating foi de grande esperteza, indo pessoalmente à congregação e, levando
em sua companhia os repórteres para que Madre Teresa
não recusasse a quantia, diante dos mesmos. Esta não se
constrangeu, e disse não. Charles Keating não se deu por
vencido e de imediato comprou o terreno e mandou dar início
a construção da Cidade da Paz. Dias depois, Madre Teresa
recebeu a visita de um senhor bem elegante trazendo uma
pasta, de onde retirou alguns documentos e mostrou à ela a
escritura da obra em andamento.
Completamente espantada, ela não sabia o que dizer.
Porém, o senhor à sua frente a convidava para acompanhá-lo ao local da obra. Madre Teresa, segurando a papelada,
pediu-lhe para aguardar alguns instantes. Chamando uma
das irmãs, após relatar-lhe o fato, pediu que de imediato fosse
à procura do padre Exem e o trouxesse à sua presença. À
sua chegada, e ciente dos acontecimentos, foram todos ao
local. Padre Exem mostrava-se apreensivo. Madre Teresa,
embora contente por ver seu sonho sendo realizado, também
estava inquieta, porém, pensava: “Seria esse o meio que
Deus estaria indicando para, enfim, seu ideal tornar-se real?”
Embora a desconfiança permanecesse entre Madre Teresa
e os padres Julien e Exem, a obra continuava. Passados
alguns meses, a chegada de um fiscal assusta Madre Teresa. De suas mãos, um mandado oficial embargando a obra
é entregue à ela. Na mesma hora, padre Exem, diante do
mandado, e vendo a palidez no rosto da Madre, assinando
o documento, pediu-lhe que mantivesse a calma, isto porque
sua saúde já se mostrava frágil.
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Madre Teresa, acompanhada dos padres Exem e Julien,
apresentou-se no dia marcado para a audiência, quando,
diante do delegado da Comarca de Calcutá, deveria comprovar a origem do dinheiro doado para a obra em andamento,
agora embargada. Padre Julien mostrou a documentação
que, infelizmente, foi constatada horas depois de examinadas
pelos peritos, fora forjada e, portanto, falsa. O montante da
doação, ficara provado, era a resultante do roubo aos investidores, manipulado pelo economista Charles Keating que,
dessa forma procurou enganar toda a sociedade, fazendo-se
portador de uma “boa ação”. Madre Teresa não suportando
essa terrível notícia, perde o sentido, desfalecendo. De imediato, padre Julien e Exem a levam para o hospital.
Tratada com todo o carinho pelo médico de plantão e pelas enfermeiras que bem a conheciam, após o incidente e o
susto causado à Madre Teresa, todos lhe beijaram as mãos
e quase num uníssono disseram: “Graças a Deus, Madre, a
senhora está bem. O povo precisa muito de sua caridade,
de sua fé, para continuarem a viver”.
Padre Exem, depois de idas e vindas para provar que
Madre Teresa fora envolvida pela má fé de pessoas que se
aproveitaram da sua confiança, colocada em negociações
para maiores rendimentos pessoais, teve reconhecida, pelas
autoridades de Calcutá, a inocência da Madre.
Refeita, e conseguindo a continuação da obra, sentiu a
missionária que o povo indiano estava a auxiliá-la para a
concretização do surgimento da Cidade da Paz ou a Titagarh,
como fora a denominação dada pelos hindus. O número
de missionárias aumentava dia a dia e, em 1964, a Cidade
da Paz foi inaugurada, para alegria dos pobres e de Madre
Teresa.
Com o tempo, o trabalho de reabilitação dos hansenianos
junto às famílias e a autoconfiança pela terapia ocupacional
desenvolvida entre eles, mostrava o sucesso da tarefa executada pelas voluntárias que se agregaram à Madre Teresa. Muitos teares foram conseguidos, dando a possibilidade
às mulheres que antes ficavam jogadas nas ruas, para que
aprendessem a trabalhar neles, confeccionando os sáris, isto
é, as roupas que usavam.
As crianças frequentavam a escola que, construída na
Cidade da Paz, dava a oportunidade de aprenderem a ler e
a escrever. Madre Teresa também conseguiu muitos livros
para o interesse da leitura após o aprendizado da alfabetização dos adultos. Queria atrai-los
a frequentar o salão de leitura,
onde foram colocadas as obras
que mostravam fotos do Cristo
e as narrativas de sua vinda à
Terra. A própria Madre gostava
de estar sempre presente nesse
local, para ajudá-los a entender o
que os livros transmitiam através
das letras.
Todo o desenvolvimento das
tarefas assistênciais prosseguiam céleres, sob os olhares
atentos de Madre Teresa. E,
como esse trabalho grandioso
repercutiu não só em Calcutá
como em todos os lugares onde
os meios de comunicação se faziam presentes, era comum Madre Teresa ver-se cercada por
repórteres, fotógrafos etc. de
outras localidades, inquirindo-a
sobre a criação de tantas instituições que
se espalhavam por toda Índia e já atingindo
outros lugares.
Madre Teresa explicava que a Congregação das Missionárias da Caridade crescia
a cada dia:
— Muitas jovens, ao tomarem conhecimento do trabalho assistencial com as
crianças abandonadas, com a criação do
lar para os moribundos, com a construção
da Cidade de Paz, onde foram acolhidas
crianças e adultos deficientes, com escolas
para alfabetização e um mini hospital para
os hansenianos, juntaram-se a nós para o
aprendizado assistencial. Dessa forma passaram também a prestar o socorro móvel
para os hansenianos encontrados nas ruas, prestes a morrer.
— Toda essa experiência — dizia Madre Teresa dirigindo-se aos repórteres — divulgadas pelos senhores, incentivaram o despertar de corações jovens a socorrer os pobres
das regiões fora da Índia, buscando a experiência aqui em
Calcutá, embora não tenhamos ainda o aval da Santa Sé
para a concretização total das obras.
Um dos repórteres salientando-se dos demais, seguiu
perguntando:
— Como a senhora mantém tantas instituições? Quais são
os recursos que obtém? De onde procedem?
Madre Teresa era muito cautelosa nas respostas. Muitas
vezes fora vítima de distorções do que falava e muitos aborrecimentos foram causados pelas matérias maldosas que
saíam a seu respeito. E pensando muito respondeu:
— Não temos tempo de fazer contas para esperarmos
pelas moedas destinadas aos que têm pressa no socorro.
Quando nos deparamos com a dor do semelhante, a pressa
será a de darmos conta a Deus pelos seus filhos doentes e
não aos recursos amoedados. A Providência Divina nunca
falta, quando o serviço a ser realizado pertence a Deus.
O trabalho de Madre Teresa estendeu-se até Nova Delhi,
apesar de Roma não ter se manifestado definitivamente favorável a Madre Teresa. Haviam representantes do Vaticano
que se opunham severamente à assistência tão generalizada
feita por Madre Teresa.
Muitos achavam que ela desobedecia as regras episcopais
de cada localidade, ou mesmo aos clérigos responsáveis
pelas paróquias espalhadas pela Índia. Mas o Papa Pio XII
era favorável às obras de Madre Teresa, portanto, querendo
ou não, tinham que respeitá-la.
Com a morte do Papa Pio XII, foi escolhido para substituí-lo
um Papa que fora antigo professor do seminário, secretário
episcopal, delegado nacional de missões religiosas católicas,
visitador apostólico dos países da Turquia e da Grécia, sendo
depois núncio na França e por fim arcebispo da Venezuela
e cardeal. Seu nome era Ângelo Giuseppe Roncalli e, como
foi eleito Papa, nomeou-se João XXIII. Diziam no Vaticano
que ele seria um “Papa de transição”, mas, após três meses
de sua eleição, surpreendeu a todos com a convocação de
um Concílio Ecumênico.
O Papa João XXIII queria a conciliação universal das
organizações religiosas. As congregações religiosas, tanto
masculinas como femininas, se espalhavam, e as autoridades
eclesiásticas resolveram que, depois do Concílio, o caso de
Madre Teresa e as suas congregações seriam apreciadas
pelo Vaticano. Todo esse acontecimento se deu pelo fato de
ter a Congregação das Missionárias da Caridade nascido em
território de missão, isto é, como se fossem as Congregações
de Madre Teresa um movimento paralelo da religião católica. Juridicamente, Madre Teresa dependia da aprovação da
Congregação de Propaganda Fide, em vez de depender da
Congregação de Religiosos.
O trabalho imenso realizado por Madre Teresa era seguido
passo a passo por uma mulher, que se tornou a maior defensora de Madre Teresa. Seu nome Eileen Egan. Desempenhando um cargo de alta responsabilidade na Cáritas dos
Estados Unidos, que por essa época denominava-se Catholic
Relief Services, dirigiu um convite a Madre Teresa, para falar
numa Conferência nos Estados Unidos, a Mulheres de Ação
Católica e a todos que sabiam dos méritos pertencentes à
missionária, pelas suas experiências no campo assistencial.
Embora seu constrangimento, Madre Teresa aceitou a viagem
de ida e volta pela companhia da “Pan American Airways”.
Essa passagem aérea lhe foi oferecida pelas Mulheres de
Ação Católica dos Estados Unidos. Para Madre Teresa, seria
uma oportunidade de falar sobre o atendimento pelos desvalidos, principalmente para países de maiores recursos, onde
tantos hospitais e creches poderiam ser abertos, oferecendo
boas condições aos seres rejeitados pela sociedade. Ela
queria que o povo pudesse entender que as viagens que
estavam programadas não eram de recreação, nem de “negócios caritativos”, mas objetivavam buscar auxílio à causa
dos pobres.
A convenção administrada por Eileen foi realizada em Las
Vegas. Depois, Madre Teresa visitou algumas cidades e capitais, como: Washington, Nova York, Paris, Genebra, Frankfurt
e Roma. Madre Teresa aproveitou esses momentos para
agradecer a acolhida e o auxílio que recebera das senhoras
de Cáritas e Adveniats e Miserior e de outras organizações
de diferentes países.
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Espíritas Amor e Esperança
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Acompanhada da amiga Eileen, MaEileen refletiu nessa hora o quandre Teresa desembarcou em Roma. O
to Madre Teresa lutava pelos direitos
Papa João XXIII celebrou uma missa
humanos, favorecendo a centenas e
privativa, onde poucas pessoas tomacentenas de criaturas no mundo, e ver
ram parte, homenageando a missionánegado um pedido de benefício aos
ria. Mas, o verdadeiro interesse para ela
seres queridos de sua própria família,
seria obter, por definitivo, a aprovação
por simples burocracia da lei dos hogeral referente às obras realizadas pela
mens. Mas, para a missionária, Deus a
Congregação das Missionárias da Cariestava chamando a um testemunho de
dade, em todos os lugares. Para tanto,
fé e perdão, mesmo porque, ela sabia
Madre Teresa teve que aguardar três
muito bem que Deus não dá privilégios
dias para ser recebida pelo Cardeal Prea ninguém. Os obstáculos, dizia, são
feito da Congregação de Propaganda
necessários para a evolução da alma.
Fide.
Madre Teresa e as missionárias esEileen quis levá-la a passear e coperavam pacientemente a aprovação da
nhecer os lugares turísticos da CidaSanta Sé, para que esse atendimento
de Eterna. Madre Teresa, agradecida,
aos carentes pudesse ser divulgado e
informa-lhe que, embora tivesse grande
realizado em outros países, como a cacuriosidade em conhecer os famosos
pital de Bengala, onde vários bispos da
monumentos e lugares aprazíveis de
Índia estavam agora interessados nessa
Roma, sentia que não haveria tempo,
obra caritativa.
porque tinha outras prioridades a serem
O Papa João XXIII, no dia 11 de
cumpridas. Contou a Eileen que iria ao
outubro de 1962, celebrou o Concílio
encontro de seu irmão Lazar.
Vaticano II, que foi encerrado pelo seu
Eileen Egan
A amiga se prontificou de imediato a
sucessor, Paulo VI, no dia 7 de setemajudá-la. O encontro de Lazar com a irmã foi emocionante.
bro de 1965.
Após trinta e dois anos, o forte abraço entre ambos levou as
Madre Teresa continuava a esperar que a obra de carilágrimas aos olhos de Eileen. Madre Teresa estava radiante e,
dade, de amor e de humanidade fosse um dia consagrada
pela primeira vez, Eileen viu seus lábios se abrirem num enorpela Santa Sé. E, para as missionárias que por vezes se
me sorriso. Eileen sentiu enorme conforto por ter patrocinado
revoltavam pela demora, ela alertava:
esse reencontro. Procurando aqui e ali, descobriu que Lazar
“Se não vier a acontecer o que queremos para continuarestava morando em Palermo e que se casara com uma jovem
mos a espalhar a obra assistencial, é sinal de que Deus não
italiana, vivendo feliz. Lazar trabalhava como representante
deseja essa forma de trabalho. Então, tenhamos paciência,
de um laboratório farmacêutico, de onde tirava os recursos
afinal a obra é d’Ele e não nossa”.
para sobreviver honestamente, como ensinara seus pais.
Finalmente, antes do término do Concílio Vaticano II, em
A conversação entre os irmãos foi longa e de muitas refevereiro de 1965, o Papa Paulo VI assinou a aprovação
cordações. Madre Teresa quis saber de sua mãe Drana e
pontifícia das Missionárias da Caridade. Antes mesmo dessa
da irmã Aga. Lazar contou que se correspondia com elas
sua aprovação, o Papa Paulo VI, sucessor de João XXIII,
sempre que o trabalho lhe permitia. Porém, informou à irmã,
demonstrava profunda admiração pelo trabalho árduo e cacom muita tristeza, da vida difícil e precária das duas, tanto
rinhoso em que Madre Teresa colocava o objetivo de sua
financeiramente, como com a saúde abalada, principalmente
existência. Tinha por ela respeito e grande estima.
da mãe. Ao ouvir todo o relato de Lazar sobre a família, a
No final desse mesmo ano, o Papa Paulo VI viajou de
missionária levou o lenço aos olhos para secar as lágrimas
avião para Bombaim, convidado que fora para participar de
que teimavam em rolar pelas faces. Eileen a tudo observava
um congresso eucarístico internacional. Dali ele teria que ir
reservadamente. Após a despedida do encontro dos irmãos,
até Nova Delhi, numa visita oficial. Para esse percurso, o
caminhando ao lado de Madre Teresa, prometeu continuar
Papa utilizou um carro Lincoln branco conversível, que lhe
ajudando-a nessa tarefa familiar.
fora doado pelos católicos norte-americanos. Após a viaContando com a solidariedade da amiga, Madre Teresa
gem, estando no aeroporto da capital indiana, em retorno a
vai à embaixada albanesa, para obter do governo italiano a
Roma, anunciou em rede televisionada, que doaria à Madre
licença de transferência de sua mãe e a irmã, a fim de deixaTeresa, em reconhecimento à sua obra de amor universal,
rem a Albânia e se estabelecerem na Itália ou em outro país.
o automóvel Lincoln branco, ao qual daria ela o destino que
Mas, foram elas impedidas pelo corpo diplomático, que se
mais lhe fosse propício. O carro fora-lhe tão útil; poderia sê-lo
omitira em conhecer Madre Teresa. Esta nem pôde chegar
também à Madre Teresa.
até o embaixador, sendo rejeitada sua proposta, avaliada por
O Papa Paulo VI sabia que a missionária, desprendida
um funcionário desqualificado. Madre Teresa ficou profundacomo era de bens materiais, saberia transformá-lo num benemente desgostosa pela prepotência do ser humano diante
ficio mais rentável às suas obras. Na ocasião em que o Papa
das leis de Deus.
Paulo VI anunciou a doação do
carro para as obras assistenciais
Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)” de Madre Teresa, as câmeras de
TV voltaram-se à procura da misInforme-se através:
CHICO
sionária em meio a multidão, que
E-mail: [email protected]
se acotovelava para ver o Papa.
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Mas, onde estaria ela?
(11) 2758-6345
Como responsável aos seus deCaixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP
veres, Madre Teresa seguia para o
Receba mensalmente obras
selecionadas de conformidade
com os ensinamentos espíritas.
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aeroporto, pois tinha que estar presente para se despedir do
Papa. Mas, no meio do caminho, ela quis visitar os centros de
apoio aos pobres, realizado em Nova Delhi, pelas missionárias do local. Sua visita causou grande júbilo às voluntárias,
e forte emoção à Madre Teresa. E como não podia deixar de
acontecer, ao ver tantos doentes, arregaçou as mangas e,
junto com as companheiras, lavou e tratou aos chagados que
ali estavam, dando-lhes remédios e alimentação. Com isso,
o tempo passou e Madre Teresa deixou de ir ao aeroporto.
Ela só ficou sabendo dessa doação feita pelo Papa Paulo
VI no dia seguinte, quando um bispo tchecoslovaco, que
estava no Congresso Eucarístico, foi visitá-la e contou-lhe
o ocorrido. Surpresa e confusa, Madre Teresa não sabia o
que fazer. Como agradecer ao Papa e pedir-lhe perdão pela
indisciplina cometida? Que erro grave cometera!... E como
se corrigir? Arrancando a página de um caderno que estava
sobre a mesa, escreveu um bilhete ao Papa, agradecida pela
generosidade dele e pelo ato de doação que jamais seria
esquecido por ela. Pediu perdão ao Papa pela falta cometida,
assinou o bilhete e entregou-o ao bispo, que seria o portador
dessa mensagem, que faria chegar às mãos do Papa, pela
Secretária de Estado, segundo o protocolo do Vaticano.
O Papa Paulo VI, tomando conhecimento de que
a destinatária não fora encontrada, deixou o veículo
aos cuidados da Sede Internunciatura, na capital
indiana. Para ele, o comportamento da religiosa confirmou seu pensamento de que Madre Teresa era, de
fato, uma criatura humilde e sem apego à vaidade e
aos bens materiais. No seu entender, Madre Teresa
era enviada do céu para favorecer os abandonados,
recolhendo-os para os braços de Jesus.
Utilizando de um transporte público, Madre Teresa
foi em busca da doação. Indagada sobre o uso do
carro, ela esclareceu que seu objetivo era rifá-lo, o
que foi feito de imediato pelas missionárias. Tempos
após, o bilhete premiado foi para as mãos de uma
viúva, que tinha um filho portador de deficiências
físicas. Como o carro não teria serventias para ela,
que vivia só com o filho, vendeu-o. Sendo admiradora das obras de Madre Teresa, com o resultado
da venda do veículo doou uma boa parte do dinheiro em favor da Cidade de Paz. Será bom ressaltar
que essa mulher não era católica e nem cristã, mas
hinduísta, isto é, maometana e, profundamente respeitosa para com os atos da religiosa.
Com a aprovação da Santa Sé sobre o trabalho
das missionárias, Madre Teresa era solicitada em
todos os lugares para abertura de casas assistenciais semelhantes às existentes na Índia.
O primeiro a fazer esse pedido a Madre Teresa foi o bispo Críspulo Benítez, venezuelano de
Barquisimeto, no estado de Yaracuy. A missionária
assustava-se a cada pedido feito por várias dioceses, se bem que muitas já existiam, mesmo sem
a autorização papal. Atendendo o pedido do bispo
venezuelano, fez ela uma breve visita à Venezuela,
sempre acompanhada pela amiga Eileen, que fez o
itinerário da viagem. O bispo Dom Críspulo levou-as
a visitar as áreas mais necessitadas do local, após
breve descanso de ambas, na sede episcopal.
Os locais visitados por Madre Teresa, com a indicação de Dom Críspulo, causaram espanto à missionária. Embora acostumada a ver quadros terríveis
vividos por seres humanos, ficou emocionada. Nas
regiões de Cocorote e Catia La Mar deram-lhe a
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impressão de serem mais graves as condições ali vividas.
A diferença da pobreza, em meio à riqueza dos arredores,
era de profundo desajuste social. Madre Teresa entendeu o
pedido de urgência, e reiterou às Missionárias da Caridade
o apelo para que começassem de imediato a procurar os
meios cabíveis para construir casas de apoio e assistência
aos moribundos locais. Não eram somente os habitantes de
Calcutá que viviam rejeitados no mundo, pensava a missionária. E as primeiras fundações tiveram início com a chegada
de recursos pela dedicação das missionárias, que atenderam
o chamado de Madre Teresa, através da fiel companheira
Eileen Agan, sempre disposta a colaborar na luta pelo bem
comum a cada ser.
Aproveitando a viagem para a Venezuela, Madre Teresa
quis passar por Roma, informando aos companheiros de
viagem que seria importante para ela visitar o Papa Paulo
VI. A sua intenção era agradecer pessoalmente a doação do
carro e a aprovação da licenciatura pontifícia aos trabalhos
das congregações das Missionárias da Caridade.
Recebida pelo sumo pontífice, após as bênçãos, Madre
Teresa rogou ao Papa que abençoasse as irmãs que a acompanhavam. E o Papa, atendendo a religiosa estendeu suas
Madre Teresa e o Papa Paulo VI
7
Bibliografia
orações à Irmã Nirmala, que, no futuro, seria a sucessora de Madre Teresa. E às outras irmãs caberia
a responsabilidade das fundações assistenciais na
Venezuela.
Antes das despedidas, o Papa Paulo VI pediu à
Madre Teresa que olhasse com carinho o continente latino-americano, que estava a se recompor no
aspecto religioso e lhe parecia oportuno uma visita
das Missionárias da Caridade, conduzindo o povo a
fortalecer a fé em seus corações. Propôs ainda mais:
apertando as mãos de Madre Teresa, o Papa pediu-lhe que, quando dispusesse de um grupo de irmãs,
isto é, mais voluntárias nessas tarefas redentoras,
fundassem em Roma, em sua própria diocese, mais
um centro de apoio à pobreza. E como sugestão,
indicou um povoado muito necessitado, localizado
nos arredores de Roma. Esse talvez fosse o começo,
dizia o Papa. Esse local chama-se Acquedoto Felice,
que havia visitado há algum tempo atrás, quando
ainda era bispo de Roma. Madre Teresa agradeceu
mais uma vez ao sumo pontífice, pela confiança de
encarregá-la de cuidar e fundar outra congregação
Acima: Madre Teresa em companhia de suas Irmãs destacadas para Roma. Uma
delas, a mais alta e de tez branca, é italiana (Irmã Maria Pia).
de assistência aos pobres de Roma.
Abaixo: Madre Teresa no bairro de Roma, local onde estas religiosas Missionárias
O Papa Paulo VI designou Dom Pio Laghi, que
da Caridade desenvolvem suas atividades.
sucedera Dom James R. Knox, como intermediário
na Índia, enquanto o processo de início das obras
viesse precisar das missionárias. Madre Teresa fez
questão de ir até o local de Acquedoto Felice, para
ver de perto o que deveria ser feito pelos pobres de
Roma. Ela foi acompanhada pela irmã Frederick de
origem anglo-maltesa, e que seria designada por
Madre Teresa, como responsável pela congregação
em Roma, quanto aos trabalhos que se desenvolveriam futuramente pelas Missionárias da Caridade.
Andando pelos arredores, ambas ficaram impressionadas com o que encontravam; o quadro gritante
de adultos e crianças, verdadeiros farrapos humanos que mal podiam se manter em pé, pedindo um
pedaço de pão a quem por ali passasse. Para elas
o local mais triste e desolador, realmente, estava
situado nas costas da famosa Via Ápia, onde tantas
lutas cristãs fizeram-se presentes, em defesa dos
ideais do Mestre Jesus.
Madre Teresa não pôde conter as lágrimas ao relembrar a história do Cristianismo e o sacrifício vivido por Jesus. E refletia: “quanto temos ainda a realizar, para que a Humanidade possa vir um dia despertar ao convívio fraterno de suas palavras, Mestre: ‘Amar uns aos outros como eu vos amo’”.
Tempos mais tarde, Madre Teresa recebeu de presente, do Papa João Paulo II, uma casa dentro do próprio Vaticano, para,
com suas orações, atender aos pobres que a procuravam e queriam suas bênçãos.
Final da terceira parte.
Eloísa
• Grandes Espíritas do Brasil – Zeus Wantuil, Editora FEB, 1ª ed.,
1969.
• Madre Teresa de Calcutá – José Luis Gonzáles-Balado, Editora
Paulinas, 3ª ed., 1976.
• Maria de Magdala – Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 1ª ed.,
1992.
• Teresa de Calcutá – A Mulher do Século – M. Rouxinol, Editora Lis.
• Teresa de Calcutá – Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – José
Luis Gonzáles-Balado, Editora Paulinas, 1ª ed., 2003.
• Imagens:
• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/59/
ChowringhrrKolkata1945.jpg
• http://www.asianews.it/files/img/madre_teresa_ABBRACCIO.jpg
• http://lh5.ggpht.com/_JPReeI0N5wU/S3D0IynR0aI/AAAAAAAADDw/
NwP-bLpk7Ss/IMG_2940.JPG
• http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSQAM90InjqjhDeC4TvOEpsZ
l8LCdITFIKDxtfvaoCRgqbFL-Ld4w
• http://snpcultura.org/fotografias/Madre%20Teresa%20de%20
Calcut%C3%A1%202/1.jpg
• http://www.exileimages.co.uk/masanorik/MotherTeresa/MK.ASI.006.jpg
• http://1.bp.blogspot.com/_NZrQ-Je690k/THoWGuYmPpI/AAAAAAAAB-A/
UK6nhldO-DM/s1600/mother%2Bteresa%2Bhelping%2Bsick.jpg
Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”
Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419
livros psicografados por Chico Xavier, romances de
diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas.
Distribuição permanente de edificantes mensagens.
8
Praça Presidente Castelo Branco
Centro - Diadema - SP - Telefone (11) 4055-2955
Horário de funcionamento: 8 às 19 horas
Segunda-feira a Sábado
Tema Livre
tema
livre
Não Temos Tempo ou
Temos Preguiça?
O Evangelho nos recomenda “espíritas amai-vos e instrui-vos”.
Não praticamos o “amai-vos’’ porque confundimos o Amor
com o apego, a posse, a sensualidade, com o egoísmo e
o orgulho; cometemos homicídios e suicídios em nome do
amor etc.
Quanto ao “instrui-vos’’ a nossa má vontade é preponderante, alegamos muitas vezes falta de tempo, mas, passamos
horas diante da televisão mudando de canal constantemente
reclamando que não se tem nada para assistir, ao invés de
fazermos a leitura de um bom livro. Alguns dizem que não
leem porque não entendem. Outros só querem romances
e muitos dizem que algumas leituras dão medo. Mas a
Doutrina Espírita vem exatamente nos esclarecer para que
nos livremos das fantasias. Ler um informativo também está
difícil. Ao alongarmos um pouco o assunto com exemplos
para deixar mais claro o entendimento, o tema não é lido,
dizem ser cansativo. Quando é curto acha-se às vezes bonito,
entretanto, não se entende o significado, então, como colocar
em prática os ensinos cristãos? Nas reuniões de estudos
alegam que o Espiritismo cobra demais, ou seja, passamos
o tempo nas lamentações e reclamações esquecendo que
isso só aumenta nossos débitos, então é de se perguntar, o
que nos restará dentro desse quadro ao desencarnarmos?
Deixaremos o início e o final de uma crônica do Irmão X
de seu livro “Cartas e Crônicas”, lição 23, intitulada “A estaca
zero”, para reflexão do assunto:
Denunciando aflitiva expectação, o crente recém-desencarnado dirigia-se ao anjo orientador da aduana celeste,
explicando:
— Guardei a maior intimidade com as obras de Allan Kardec
que, invariavelmente, mantive por mestre inatacável. Os livros
da Codificação vigiavam-me a cabeceira.
Devorei-lhes todas as considerações,
apontamentos e ditados e jamais duvidei
da sobrevivência...
O funcionário espiritual esclareceu,
porém, imperturbável:
— Entretanto, o seu nome aqui não
consta entre os credores de ascensão às
esferas santificadas. Sou, portanto, constrangido a indicar-lhe
o regresso à nossa antiga arena de purificação na Crosta
da Terra.
— Entretanto, eu não fiz mal a ninguém...
— Vê-se claramente que o seu espírito é nobre e bem
intencionado.
— Então, — indagou o crente, semi-exasperado — qual a
minha posição de homem convicto? Que sou? Como estou
depois de haver estudado exaustivamente e crido com tanto
fervor e tanta sinceridade?
O anjo, triste talvez pela necessidade de ser franco
elucidou, sem hesitar:
— A sua posição é invejável, comparada ao drama inquietante de muita gente. Demonstra uma consciência quitada
com a Lei. Não tem compromissos com o mal e revela-se
perfeitamente habilitado à excursão nos domínios do bem.
Em se tratando, contudo, de ascensão para o Céu, observo-lhe o coração na estaca zero. Ninguém se eleva sem escada
ou sem força. O meu amigo sabe muito. Agora, é preciso
fazer...
E ante o sorriso reticencioso do funcionário celestial, o
interlocutor nada mais aduziu, entrando, ali mesmo, em
profundo silêncio.
Se temos preguiça de ler e de nos instruir, que não requer
nem esforço físico e muitas vezes nem sair de casa, o que
nos restará na hora da Verdade?
R. Cunha
Obs.: O texto é um diálogo muito interessante; para quem deseja
aprender ainda mais, leia o original completo.
Bibliografia: Cartas e Crônicas - Francisco Cândido Xavier, pelo
espírito Irmão X, Editora FEB, 12ª ed., 2007.
O Medo na Iniciação Mediúnica
Medo, segundo o dicionário, é um sentimento que proporciona um estado de alerta, perturbação resultante da ideia de
um perigo real ou aparente, ou ainda da presença de alguma
coisa estranha ou perigosa. Geralmente a criatura se sente
ameaçada, tanto física como psicologicamente. A pessoa
medrosa é apreensiva e geralmente tem receio de ofender
ou de causar algum mal ou ainda de ser desagradável. O
medroso normalmente é uma pessoa insegura.
Muitas pessoas que procuram os agrupamentos espíritas
para se iniciarem no desenvolvimento da mediunidade, na
maioria das vezes, já estão sentindo a influenciação dos
espíritos. Como se sentem amendrontadas por não saberem
lidar com essas manifestações acabam se candidatando a
fazer este exercício. Medo é o fruto da ausência de esclarecimento doutrinário. Devemos encarar a Espiritualidade como
departamentos normais da Vida, que co-existe conosco em
todos os lugares e em todos os recantos.
No início, o candidato ao exercício mediúnico possui um
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
medo natural, que é medo do desconhecido. Segundo Roque
Jacintho “muitos temem os espíritos por razões interiores e
obscuras. Trazem e sustentam dentro de si uma espécie de
temor pelas manifestações espirituais, ou por terem visto
médiuns deseducados ou pelo jugo de seus perturbadores ou
obsessores que encontram no medo o meio mais eficiente de
ligação e amplo domínio de suas vítimas, por destrambelhar-lhes o campo magnético”.
Lembramos da orientação recebida dos Espíritos Superiores que o desenvolvimento da mediunidade se faz nas
vinte e quatro horas do dia, ou seja, se quisermos mesmo
ser médiuns, deveremos aprender a nos reformarmos interiormente.
Somente com a mudança de atitudes e com o estudo sistemático da Doutrina dos Espíritos, principalmente a obra
“O Livro dos Médiuns” de Allan Kardec, é que iremos nos
aprimorar cada vez mais. Não devemos esquecer que a
mediunidade serve como instrumento de evolução, é um
9
campo vastíssimo de lições onde o encarnado amadurece
na sua lida.
Médiuns que se utilizam somente do exercício mediúnico
sem o estudo sistemático e sem a prática da caridade, muitas
vezes conservam as dúvidas dos iniciantes. A persistência é
a virtude que os médiuns devem adquirir, pois sem ela não
chegarão muito longe.
O verdadeiro MÉDIUM é aquele que sabe perdoar. Se
almejamos ser um Chico Xavier, que é nosso exemplo de
mediunidade com o Cristo, deveremos aprender que lidar com
os espíritos não é muito diferente de lidar com os homens,
pois na Espiritualidade surgem espíritos de diversas condições evolutivas, qual acontece aos encarnados, nas várias
camadas sociais a que pertencem. E claro aprendermos a
Canal Aberto
canal
ser humildes e praticar a CARIDADE acima de tudo.
Muitos medianeiros iniciantes na doutrina acabam não
tendo a compreensão e a persistência necessária e abandonam a tarefa já nos primeiros ensaios. À medida que os
médiuns vão se esclarecendo, ganharão confiança e irão descobrir que mediunidade é igual à nossa própria vida, regida
por leis imutáveis.
MEDO é falta de confiança. Se estamos frequentando
um grupo sério que se propõe estudar as obras de Kardec e
colocar em prática seus ensinamentos então devemos confiar
mais, porque temos o exemplo de Jesus que foi o MAIOR
MÉDIUM DA HUMANIDADE.
Eliana
Bibliografia: Desenvolvimento Mediúnico - Roque Jacintho, Editora
Luz no Lar, 9ª ed., 1988.
aberto
Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.
Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.
Promessas
Não nos deixemos enganar por certas promessas. A Terra
é uma oficina de trabalho onde devemos, por meio de muito
esforço, promover a nossa reforma íntima – moral.
A vida aqui no orbe não nos será fácil, a porta larga nos
conduzirá à perdição, Jesus disse-nos que estreita é a porta
da perfeição...
Por isso, quando em nossa caminhada encontrarmos alguém que nos ofereça soluções imediatas para os nossos
problemas, dizendo-nos: — faça isso ou aquilo que Deus te
recompensará; ou: — siga esse ou aquele caminho que serás
feliz... Mantenha-se em alerta, visto que Deus dá a cada um
segundo as suas obras e somente através da prática da caridade, do trabalho no bem é que alcançaremos o Reino dos
Céus, extinguindo o orgulho e o egoísmo do nosso coração.
Só existe um único Ser o qual pode nos ajudar em nossa
Livro em Foco
livro
trajetória, que nos prometeu o Consolador para as horas
amargas e difíceis. Somente em Jesus, o Cristo de Deus,
nós podemos confiar e entregar a nossa vida.
Pois Ele nos deixou um legado de Amor e Luz. Ampliou a
nossa visão acerca da vida futura; da imortalidade da alma;
simplificou a vida em amar a Deus sobre todas as coisas e
ao próximo como a si mesmo...
Estejamos preparados e vigilantes para não cairmos nas
armadilhas do mundo material. Procuremos conquistar os
verdadeiros tesouros celestes seguindo os preceitos do Mestre Nazareno.
Temos a nosso favor os ensinamentos dos Espíritos Superiores compilados por Allan Kardec, aos quais formaram uma
Doutrina esclarecedora, um manual de bem viver...
Sigamos a nossa vida compreendendo que nada é por
acaso, tudo tem uma razão de ser e existir; que Jesus é o
nosso Irmão, nosso Guia e Modelo e que estamos todos
sobre a proteção de Deus que é o nosso Pai e Criador.
Carlo Augusto Sobrinho - Rio de Janeiro - RJ
em
foco
Visão Nova
O Mais Alto nos presenteia
com mais uma obra trazida
pela mediunidade de Chico
Xavier. Visão Nova traz uma
coletânea de 20 temas ditados
por Emmanuel, Sheila, André
Luiz, Meimei, Bezerra de
Menezes, Nina Arueira e Agar,
que, como diz Emmanuel na
apresentação, representam
“em lances rápidos de
reflexão, a nossa visão nova
da existência”.
Em suas breves páginas, o livro nos leva a pensarmos
no Homem Novo que devemos instaurar em nós. Como nos
lembra Sheila, em Abençoa Sempre, “não será justo abençoes
a enfermidade que te aflige, mas é indispensável abençoes o
10
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos
Editora IDE
teu órgão doente, para que com mais segurança se reajuste
[...]”. Ou como nos esclarece Emmanuel, em Fora da boa
vontade não há solução, “a caridade é a chave do Céu,
entretanto, não nos esqueçamos de que a boa vontade é o
começo da sublime virtude [...]”. Quanto à intolerância, Nina
Arueira nos adverte, em Fraternidade em ação, “o insulamento
de um povo é comumente a origem de grandes calamidades”.
E Meimei nos alerta, em Esse o caminho, que “a ingratidão
dos familiares e o azedume dos que mais amas são convites
e apelos à revelação de tua própria bondade”.
Enfim, todos os temas nos relembram que o amparo do
Pai jamais nos falta, mas precisamos estender as nossas
mãos em direção ao Alto para fortalecermos a boa vontade e
germinarmos a Centelha Divina que habita em nós.
Que a Paz do Senhor seja convosco!
Guilherme
Terceira Idade
terceira
idade
Hei de Viver
As rugas no meu semblante
Não me deixam esconder
Já não sou mais como antes,
O novo tende a envelhecer!
Guardo dentro de mim
A esperança, a fé no futuro...
Sei que a morte não é o fim
E nem “um salto no escuro”,
Ontem, tive forças e vitalidade...
Fui jovem cheio de meninice
Hoje, tenho a maturidade...
Estou à beira da velhice!
É a porta de uma nova vida
Onde tudo é bem real.
O mundo é cópia empobrecida
Da Pátria Espiritual!
Sinto o corpo desgastado
Pelos anos de existência.
Juventude é um estado
De plena consciência!
Morrer é como adormecer,
Fechar os olhos e sonhar,
Muitas existências hei de viver
Até a perfeição alcançar!
Carlo A. Sobrinho
Homenagem
Imagem: http://www.gostodeler.com.br/images/31/idoso.gif
homenagem
Fabiano de Cristo
Disse o superior do Convento de Santo Antonio:
— Não terás mais quem te sirva e nem alguém que te
obedeça ordens, porque deverás ser um servo de todos.
Responde Fabiano de Cristo:
— E serei o último dos servos.
Ali começaria o seu exercício de amor ao próximo.
E, realmente, foi só o começo, pois Fabiano de Cristo
assume a humilde função de porteiro do Convento, recebendo e aconchegando ao seu coração todos aqueles que
buscavam naquela casa religiosa o conforto para os seus
corações sofridos. Fabiano não só abria a porta do Convento
para os sofridos, mas, principalmente, abria a porta de seu
coração.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
Orientava, acalentava, socorria, ouvia, orava, mostrava
Jesus em sua mais simples figura.
Com o exercício da humildade e do amor, através da
prática da caridade, é chamado “Pai dos Pobres”. Mas não
socorre somente os pobres do corpo. Alenta ânimos desfalecidos e infelizes, pensa chagas abertas, beija crianças, afaga
velhos abatidos pela dor, encoraja os que choram, ampara
os desesperançados.
Jamais Fabiano expressara qualquer queixa sobre seu
estado de saúde, embora sofresse dores devido cisto no
joelho e erisipela crônica, que depois transformou-se em
grande ferida, da qual exalava perfume de rosas, pois o frei,
poupando as pessoas ao seu redor, rogava à Jesus que não
sentissem o mau cheiro.
Em 17 de outubro de 1747, desencarna, exalando o inebriante perfume de rosas, como que envolvendo a cada alma
em infinito amor.
Mas, ao se ver liberto do corpo físico, Fabiano de Cristo, já
em espírito, encontra-se com Jesus e ouve o Senhor dizer-lhe:
— Podes, agora, escolher o mundo feliz a que tens direito
de ingresso!
Jesus oferecia a Fabiano de Cristo a oportunidade de viver
em mundos mais belos e felizes.
Fabiano de Cristo, recordando-se de todos aqueles que
sofrem na Terra, pede a Jesus que permita a ele ficar próximo
deles para ajudá-los no soerguimento e se confiarem à diretriz
de Jesus.
E, desde então, Fabiano de Cristo auxilia aqueles que
choram em desespero, retorcendo-se em dores espirituais,
como um pai que aconchega ao seu coração o filho transviado.
A equipe do Seareiro rende esta simples homenagem a
este apóstolo da caridade, como filhos de seu coração, necessitados que somos de seu amparo.
Deus abençoe a Fabiano de Cristo, o Peregrino da
Caridade.
Equipe Seareiro
11
Cantinho do Verso em Prosa
cantinho
do
verso
em
prosa
Servir Sempre
Se procuras a extinção
Das dores, por donde vais,
Mantém a disposição
De servir um tanto mais.
Sofres crises a granel,
Impedimentos gerais,
Para vencê-los, não fujas
De servir um tanto mais.
Pretende viver acima
Das aflições em que cais,
Não desertes do dever
De servir um tanto mais.
Carregas lutas em casa,
Provações descomunais,
Por tua paz, não desistas
De servir um tanto mais.
Encontras pedra, injúrias,
Ofensas, erros brutais...
Não te afastes do programa
De servir um tanto mais.
Tua vida necessita
De mudanças radicais?
Não menosprezes o ensejo
De servir um tanto mais.
Angústias do coração
Em tempestades morais?
Inventa novos recursos
De servir um tanto mais.
Servir. Como sempre a lição da caridade, indicada como
leme para direção de nossas vidas.
Todos carregamos nossos fardos diários. Lamentar apenas os torna fardos, mas não soluciona questões, conflitos
e dissabores.
O Cristo, por meio da poesia de Casimiro Cunha, nos
convida a enxergar o bem que sempre está ao lado de
toda provação.
Os revezes da vida, as adversidades, venham como
provas, resgates, ou, ora criados pelo mau uso do livre
arbítrio, também têm a faceta do aprendizado e do crescimento.
Nunca cruzar os braços para curtir a dor.
Sempre arregaçar as mangas e envolver o pensamento
procurando a dor que está ao nosso lado.
Se quisermos atingir
As Luzes Celestiais,
Aprendamos com Jesus
Que servir nunca é demais.
Casimiro Cunha
Se não podemos de imediato resolver nossas questões,
sigamos em frente, utilizando os recursos interiores em
favor das causas alheias.
Ter fé para reequilibrar dentro de nós o ânimo, a alegria
de viver, a resignação e, aliado a isto, a vontade ativa de
prosseguir, agindo incessantemente em prol dos que nos
cercam, eis o remédio para os nossos males.
A receita é clara. Ao praticar o Bem, já estamos sendo
envolvidos por ele.
Mas... não aguardemos recompensa, apenas e, principalmente, nos momentos mais difíceis, sirvamos um
pouco mais!
Araújo
Bibliografia: Caridade – Francisco Cândido Xavier / Espíritos diversos, Editora IDE, 14ª ed., 2009.
Imagem: http://3.bp.blogspot.com/_7hu7m761q8Q/STVQ8kopIBI/AAAAAAAAATA/rcqlxVD9sJg/s400/caridade.jpg
Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
DIA
LIVROS ESTUDADOS
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan
Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*
3ª
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador –
Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
4ª
O problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis;
Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis
Morais – Roque Jacintho
5ª
O Evangelho Segundo o Espiritismo; Emmanuel –
Emmanuel*; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro
dos Médiuns – Allan Kardec
6ª
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros –
André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho
Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec;
Livro de mensagens de Emmanuel*
2ª
*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier
12
Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas
3ª e 6ª, às 15 horas
Domingo, às 10 horas
Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas
Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas na nova
sede (Rua dos Marimbás, 220, Jd. Guacuri, São Paulo)
Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as
reuniões
Terapia de apoio espiritual aos dependentes
químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30
Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45
3ª e 6ª, às 14h45
Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas
Rua das Turmalinas, 56 / 58
Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345
Clube do Livro
clube
do
livro
A Mansão Renoir
Este foi o livro recebido pelos associados
do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves
(Jô)”, em julho do corrente ano.
Romance mediúnico de época, psicografado por Dolores Bacelar, pelo espírito Alfredo.
Renoir é o sobrenome de uma nobre família de descendência francesa, possuidora
de uma indústria de tecelagem situada em
pequena vila, palco desta história.
A obra se destina a doutrinar e traz como
tema central a reencarnação.
Remetendo-nos aos comentários prefaciais, pela equipe editorial, damos uma pincelada quanto à trama e aos personagens:
“Miguel personifica o ódio; o Senhor Renoir
é o orgulho; Joceline, o sacrifício; Arthur, a
bondade; Nicolau, o missionário.
“De início, Renoir é um pai preocupado:
sua filha nasceu aleijada, não demonstra inteligência maior, nenhum pendor para as artes.
É uma falha lastimável no segmento da linhagem dos Renoir. Recebe, pois, o desprezo do
pai. Do outro lado está o jardineiro Macário e
sua esposa, gente sem tradição, rude, com
uma filha de rara beleza e grande sensibilidade artística. E o pior: o Senhor Renoir vai
descobrir nela uma semelhança incrível com
uma de suas ancestrais. E questiona: por que
essa semelhança? Quem é, afinal, a filha do
jardineiro?”.
Só a pluralidade das existências e a lei da
reencarnação poderiam explicar tais fatos e
trazer luz às inteligências da Humanidade.
Boa leitura!
Rosangela
Pegadas de Chico Xavier
pegadas
de
chico
Dolores Bacelar
Espírito Alfredo
Editora Correio Fraterno
18ª edição
xavier
Jesus, Perdão e Alegria
Em Pedro Leopoldo, Chico foi procurado por uma senhora
sofredora que era casada há dezoito anos. Tinha lições difíceis
para dar; seu esposo e seus dois filhos eram complicados;
era obrigada a pensar em perdão e bondade e em compaixão
muitas vezes por dia.
Ela ia até Pedro Leopoldo, pedir a Emmanuel uma orientação.
Emmanuel respondeu que ela deveria continuar perdoando
sempre. Ela replicou que já estava cansada, doente, ao que
ele redarguiu, lembrando que existiam milhões de pessoas no
mundo, cansadas e doentes também e recordou o que disse
Jesus a Pedro — perdoarás setenta vezes sete.
Ouvindo a sublime recordação do Mestre, ela respondeu:
— Olha, meu caro amigo, eu já fiz as contas e eu já ultrapassei,
em dezoito anos, o número de quatrocentos e noventa.
Emmanuel, após breve pausa, lhe falou, por fim:
— Mas você se esqueceu de uma coisa: é perdoar setenta
vezes sete cada ofensa.
Chico e Emmanuel nos lembraram dos ensinamentos de
Jesus com muita simplicidade e sem mau humor, muito ao
contrário, sempre que podia, Chico amenizava o sofrimento ou
as recomendações com algum comentário divertido.
Achamos que com esta atitude, ele queria que enxergássemos
Jesus com um sorriso nos lábios e não sério e carrancudo. E ele
conseguiu nos demonstrar isso, vivendo esta atitude.
Wilson
Bibliografia: Adaptado do livro “Chico Xavier, à Sombra do Abacateiro” – Carlos A. Baccelli, Editora André Luiz, 5ª ed.
Imagem: http://www.lavistachurchofchrist.org/Pictures/Standard%20Bible%20Story%20Readers,%20Book%20Four/images/scan0036.jpg
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
13
Kardec em Estudo
kardec
em
estudo
Influência dos Espíritos Sobre os
Acontecimentos da Vida
O Livro dos Espíritos
Parte 3ª - Capítulo IX “Intervenção dos espíritos no mundo corporal”
Questão 527: — Tomemos outro exemplo, em que não entre a matéria em seu estado natural. Um homem tem que morrer
fulminado pelo raio. Refugia-se debaixo de uma árvore. Estala o raio e o mata. Poderá dar-se tenham sido os Espíritos que
provocaram a produção do raio e que o dirigiram para o homem?
“Dá-se o mesmo que anteriormente. O raio caiu sobre aquela árvore em tal momento, porque estava nas leis da Natureza
que assim acontecesse. Não foi encaminhado para a árvore, por se achar debaixo dela o homem. A este, sim, foi inspirada
a ideia de se abrigar debaixo de uma árvore sobre a qual cairia o raio, porquanto a árvore não deixaria de ser atingida, só
por não lhe estar debaixo da fronde o homem.”
Fatalidade ou Livre-arbítrio
Os Espíritos não têm o poder de provocar um fenômeno
dessa natureza.
Os raios, assim como todos os eventos da Natureza,
“acontecem” obedecendo às leis naturais que regem todo
o Universo.
O pensamento de que um raio caiu sobre a árvore porque determinada pessoa estava debaixo dela, é gerado pelo
nosso egocentrismo, ou seja, acreditamos que todas as leis
da natureza atuam seguindo os nossos passos, o que não é
verdade, pois Deus não descumpre as leis que Ele mesmo
instituiu. Na Natureza, o que tem que ocorrer, ocorrerá.
No exemplo dado, o raio iria cair sobre determinada árvore, porque é uma consequência natural das condições elétricas, pois o raio cai sobre o objeto mais alto, como árvores,
postes etc.
O homem, pelos compromissos assumidos durante todas
as suas existências, carrega no seu subconsciente, culpas
por atos desastrosos que cometeu e, ao reencarnar, se “inscreve”, por livre e espontânea vontade, nos atos que deverá
passar, para sossegar a cobrança que a sua própria consciência efetua do sofrimento que causou aos outros.
Ao reencarnar, sempre com o livre-arbítrio acima de tudo,
ele poderá modificar este “pagamento” com atos de caridade prestados ao próximo.
Ou seja, aquele que tinha que sofrer na própria pele o
Mensagem
que fez os outros sofrerem, pela sua vontade em melhorar,
modifica este quadro através de atos de amor que praticar.
Este é o significado de “o amor cobre a nossa multidão de
pecados”.
Os Espíritos que nos rodeiam podem até nos intuir a fazermos isto ou aquilo, mas cabe a nós a decisão de realizarmos ou não o que nos é sugerido (livre-arbítrio).
Se assim não fosse, existiria o chamado determinismo,
ou seja, não importaria o que ele teria feito da sua vida, o
bem que tivesse realizado, Deus simplesmente o fulminaria
com o raio porque isto estava escrito para acontecer. Voltaríamos, com este pensamento, a imaginar um Deus implacável, que não considera a nossa vontade de melhorar.
Isto não acontece, porque Deus é um Pai bondoso, que se
alegra e considera todo o nosso esforço para melhorar.
Pelo livre-arbítrio, cada espírito traça o seu próprio destino (ou caminho), não se esquecendo que, depois, responde
a cada ato praticado. A todo minuto podemos projetar um
destino diferente, basta querermos (vontade firme) modificar a nós mesmos, praticando o bem, o respeito ao próximo,
a caridade, e tantas outras virtudes cristãs recomendadas e
vivenciadas por Jesus.
Estamos inscritos, pela nossa consciência, em resgates
pela dor, mas, pelo nosso livre-arbítrio, podemos modificar
tudo.
Geni
Bibliografia: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec, tradução de
Guillon Ribeiro, Editora FEB, 76ª ed.
mensagem
O Pouco e o Muito
Você não pode fazer muito no campo
da caridade e, por isso, você nada faz.
Que seriam das construções do mundo, se cada grão minúsculo de areia se
recusasse a fazer o pouco porque cada
grão não faz o muito?
***
Se você não tem um armazém de
fé, você se desajusta por negar-se ao
exercício da oração.
14
Que seria, todavia, da colheita do
trigo, se cada semente alegasse não
poder suportar a haste em que florescerá a espiga para tornar-se pão na mesa
do homem?
***
Assim, também, a cada hora de nossa existência, aprendamos a somar os
nossos atos de migalhas do bem rea-
lizado, a fim de que a soma do pouco
se faça o muito.
***
Dê-se no pouco, para criar a sua riqueza espiritual, recordando-se de que
no mundo das moedas, os milhões são
a soma dos pequeninos centavos.
Paz.
Roque Jacintho
Contos
contos
Reunião na Carpintaria
Certa vez, na carpintaria, conta-se
que houve uma grande reunião com todas as ferramentas, para que pudessem
resolver suas diferenças.
Rodolfo, o martelo, tomou a presidência da assembleia, porém, logo lhe
disseram que teria que deixar o posto,
pois era grosseiro e fazia muito barulho. Além disso, passava todo o tempo
golpeando.
Rodolfo aceitou a acusação, disse
que não participaria mais da reunião,
mas que também, junto com ele, fosse
expulso Mário, o parafuso, já que para
fazer alguma coisa dava muitas voltas.
Mário aceitou sua expulsão e disse que além dele, a senhora Roseli, a
lixa, também deveria se retirar, pois era
muito áspera e vivia em atrito com os
outros.
Roseli estava de acordo com sua saída, no entanto, não podia concordar que
João, o metro, ali continuasse, já que
vivia a medir a todos, segundo suas medidas, como se fosse o único perfeito.
Quando João ia iniciar seu discurso,
o carpinteiro entrou na carpintaria. Colocou seu avental e iniciou seu trabalho.
Pegou um grande pedaço de madeira
e, com o martelo, o parafuso, a lixa e
o metro, a transformou em um belo armário. E assim, o carpinteiro, com suas
importantes ferramentas, construiu uma
porção de móveis durante aquele dia.
Quando as ferramentas voltaram a
ficar a sós, a reunião recomeçou.
Uma grande confusão estava para
começar, quando
Cláudio, o serrote, ponderou:
— Amigos, todos temos defeitos.
Entretanto, não podemos ficar destacando esses defeitos uns dos outros
e nos acusando. Devemos sim, ressaltar os pontos positivos. Observem
que o carpinteiro trabalha com nossas
qualidades. É isso que nos torna tão
valiosos para ele!
Diante de tão importante explanação, todos concluíram que Rodolfo, o
martelo, era forte; Mário, o parafuso,
unia e trazia segurança; Roseli, a lixa,
era especial porque afinava a aspereza
e João, o metro, era preciso e exato.
Neste mesmo instante, perceberam
que eram uma grande equipe, capaz de
produzir móveis e outros objetos de excelente qualidade.
Assim, viveram em harmonia trabalhando juntos, pois eram mais tolerantes uns com os outros, reconhecendo
as qualidades de cada um.
Reinaldo
Bibliografia: adaptação da história
“Assembleia na carpintaria”, Coleção
Cadernos de EJA – Economia Solidária
e Trabalho – Unitrabalho – Fundação
Interuniversitária de Estudos e Pesquisas
sobre o Trabalho / Ministério da Educação
– Governo Federal – Brasil, Editora Página
Viva, 2006.
Imagem: adaptada da coleção citada acima.
HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA
O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que
atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações para comprar:
os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser genéricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo
para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral);
fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços
umedecidos e álcool gel 70%.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito
pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE, através
dos seguintes bancos:
• Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6
• Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1
• Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9
Maiores informações:
• Telefone (34) 3318-2900
• [email protected]
15
Família
familia
Tempos Modernos
No atual momento pelo qual gravita o nosso orbe, é indiscutível o avanço, a passos largos, da ciência, da tecnologia,
dos meios de comunicações e de uma gama infindável de
recursos que chegam ao nosso conhecimento.
Indiscutível também, para nós espíritas, que tudo o que aqui
se materializa, anteriormente já houvera sido criado no plano
espiritual, que disponibiliza os recursos necessários, a fim de
que o homem, deles fazendo o uso adequado, prossiga menos
lentamente, com dificuldades menores, rumo à sua evolução.
Estejamos, portanto, atentos, porque esses recursos não
objetivam somente o crescimento material. É preciso crescer
em espírito, em moral.
Daí, indagar-se: se os meios existem, se fomos criados por
Deus, à sua imagem e semelhança, por que ainda estamos
tão distantes de usarmos, e sequer conhecermos, a nossa
capacidade cerebral em toda a sua plenitude? Será que já
temos condições morais-evolutivas que nos permitam o uso
pleno de toda a potencialidade de que nos dotou a providência
criadora, objetivando a prática do bem, do amor, da construção, e não da destruição?
Admitamos: a providência divina, por misericórdia, sabiamente limita essa nossa capacidade, por tão bem conhecer
o grau evolutivo em que nos encontramos, graças ao qual,
desastrosa seria a destinação que daríamos às benesses
que nos são outorgadas, mercê da nossa ainda perseverante
obstinação em permanecer jungidos à prática, pensamentos
e sentimentos não condizentes com o fim para o qual fomos
criados. A própria história, lamentavelmente, revela-nos essa
realidade.
É preciso crescer. Mas, o que é crescer?
Essa noção exata nos dá o Evangelista Lucas, relatando
que, após o episódio em que Jesus, então com doze anos,
impressionou os doutos, em sua sabedoria, no templo de
Jerusalém, Ele se retirou para Nazaré com seus pais, Maria
e José. E em seguida, relata:
“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em
graça para com Deus e os Homens” (Lucas, capítulo 2,
versísulo 52).
Igualmente, no versículo 40 do mesmo capítulo, escreve:
“E o menino crescia, em espírito, cheio de sabedoria; e a
graça de Deus estava sobre ele.”
E então? Será que compreendemos?
Crescer é uma preocupação e uma necessidade humana.
Mas, como?
Observamos que ao chegarem ao mundo pelas vias da
reencarnação, as crianças de hoje nos surpreendem pela
capacidade e facilidade com que lidam com todos os meios
e recursos tecnológicos disponíveis. Isso é indiscutível, assim como indiscutível é, que esses espíritos reencarnantes
foram preparados do outro lado da vida, para regressarem
ao mundo carnal.
E então os pais, providos dos meios modernos e de tantas
informações ora existentes, passam a se preocupar com o
ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃO
Sua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e
pode ser feita em nome do
Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - CNPJ: 03.880.975/0001-40
Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0
16
desenvolvimento do “doce rebento”.
Visitas rotineiras ao pediatra e outros especialistas para
verificar se está tudo em ordem, se está crescendo de forma
regular, se o peso está correto; orientação quanto à alimentação, de modo a balancear cuidadosamente as proteínas,
vitaminas, sais minerais, para que nada falte à criança. E tão
logo seja possível, encaminhamento à escola, esmerando-se
no aprimoramento da instrução e do aprendizado.
E, se a criança, então, demonstrar algum interesse por esporte, ou pelas artes, despendem os pais tudo o que possam
para atender os anseios infantis. E assim vai: balé, inglês,
natação, computação etc.
E, à medida que a criança vai se desenvolvendo, mais e
mais procuram atender-lhe os anseios, tornando-a, assim,
cada vez mais ativas e independentes.
Todavia, é fundamental e decisivo não esquecer: o filho
é um espírito reencarnado. E como tal, em essência, a sua
origem é a mesma do homem adulto.
Por mais autônomas sejam, as crianças de hoje, assim
como as de ontem e as de amanhã, como espíritos reencarnados, não podem prescindir das coisas espirituais.
Assim é preciso que, desde cedo, ensinemos aos nossos
filhos sobre a existência de Deus, de Jesus, dos objetivos da
vida, do respeito, do amor ao próximo.
As crianças precisam dos pais como os grandes orientadores de suas jornadas, mostrando-lhes o caminho correto,
impondo-lhes disciplina – que se faz com imposição de limites
–, trabalhando-lhes os valores morais, aprimorando-lhes o caráter, ensinando-lhes a serem honestas, verdadeiras, a serem
bondosas para com os menos favorecidos da sociedade, a
perdoarem, a compreenderem.
Necessitam receber e aprender a dar afeto; conviver com
outras crianças para conhecerem, muitas vezes até mesmo
o conflito, o respeito e os limites; a se relacionarem com as
pessoas e as coisas.
Não tratemos as nossas crianças como simples cérebros
pensantes, desejosas de mais e mais conhecimentos, suprindo-lhes, assim, todos os anseios materiais, levando-as a
isolarem-se do convívio humano, à frente somente do computador, robotizando-se, na falsa crença de que tudo o que
necessitam é dominar a ciência, a tecnologia, para se imporem na sociedade; a aprenderem que o sucesso e a vitória
é daquele que for mais esperto, que somente saturadas de
conhecimentos conquistarão a almejada condição econômica-financeira e que, de posse desta, tudo pode.
Não será assim que as ajudaremos a entender o que é o
amor; que a verdadeira vida é a espiritual e que perante ela,
não prestaremos contas através dos nossos troféus, títulos,
ou honrarias.
Muito mais do que homens intelectuais e poderosos, o
mundo necessita de homens capazes de amar, de respeitar
o semelhante e as diferenças. Homens que vejam, nos outros
homens, seus irmãos.
De nada valem gênios desprovidos de moral, até porque,
mesmo a criança considerada gênio necessita de cuidados
para crescer, também em espírito.
É necessário que tenhamos, brilhando dentro da alma,
como verdadeiro tesouro, as boas ações realizadas, as virtudes adquiridas e o amor praticado. E isto a criança aprende
com o que vivencia. Portanto, nunca percamos de vista que o
lar é a primeira e fundamental escola, o ateliê anônimo, onde
se esculpirá o caminho do AMOR.
Indaiá
Segundo andré Luiz:
“A biblioteca espírita é viveiro de luz.”
Leia livros sérios! indicamos alguns abaixo:
Série Evangelho e Juventude
Livros espíritas para jovens
O Capitão de Mão
Mirrada
O Peixinho Vermelho
Nesta história se conta a lenda
egípcia do peixinho vermelho
que vivia em um grande lago em
volta de um jardim.
Um Capitão que tem uma das
mãos mirradas e que por isso
se torna intolerante, até encontrar a luz do Mestre Jesus.
Preço: R$ 9,00
Preço: R$ 9,00
Grandes Vultos do Espiritismo
Kardec, na Intimidade
Carlos Magno
Nesta obra você tem um encontro marcado com a figura humana de Allan Kardec,
revelada no seu dia a dia. São casos
vividos pelo Codificador na sua vida diária
comum a todos. Você sentirá aqui, que
cada uma das palavras do Espírito de
Verdade foi vivida integralmente, com
toda a intensidade. São lições vivas que
permanecem!
Páginas inspiradas pelos Espíritos de
Irmão X e de Lameira de Andrade.
Esta obra retrata a história de Carlos Magno,
na visão espírita, onde
no ano de 800 d.C., ele
é coroado imperador do
Ocidente pelo Papa Leão
III. O poder real une-se
ao poder papal e o rei
franco torna-se o protetor da cristandade e dos
ensinamentos de Jesus.
Preço: R$ 16,00
Preço: R$ 16,00
Livros Infantis
Doutrinário
O Evangelho Segundo
o Espiritismo
Traduzido do original
francês por Roque
Jacintho.
Nova edição revisada,
em versão de fácil leitura
e entendimento.
Histórias cristãs que irão
encantar os pequeninos!
Preço: R$ 9,00
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Atualidade
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Nosso Desequilíbrio Entre o
“Não Julgueis” e o Copiar o Mal
Há um desequilíbrio das criaturas entre o não julgar o
comportamento alheio e o aderir àquele comportamento
equivocado.
Vemos muito isso nas novelas, por exemplo, quando um
personagem passa a se vestir de maneira que habitualmente
seria vulgar, mas passa a ser copiado pelas pessoas como
uma moda ou da mulher cheia de artifícios que consegue
enganar e trair o marido.
O público se simpatiza pelo personagem, a ponto de admirá-lo e com torcida para que se saia bem na história.
Procurar entender, não julgando e condenando as tendências/atitudes, é o que deveríamos sempre fazer na vida, sem
nos deixar contaminar pelo mal.
Em outras palavras, ou linchamos aquele ou aquilo de que
discordamos por se apresentar de maneira nociva ao meio
social ou seguimos o mal, concorrendo para uma inversão
de valores.
Observando comentários de opinião pública, nos deparamos com um número grande de pessoas que se identificam
mais com os vilões e tacham os “mocinhos” de “bananas”.
Compreensível que nos identifiquemos com os que fazem
coisas erradas, por termos os mesmos vícios dentro de nós,
mas daí a achar que isso é o certo...! Agindo assim, que
mundo moralmente melhor formaremos, se não nos esforçarmos para a evolução individual?
Já o inverso desse comportamento é a indignação exacerbada à frente dos equívocos alheios.
Tornamo-nos, nestes momentos, as mesmas criaturas que
compunham as turbas ensandecidas nos primeiros séculos
da Era Cristã, clamando por justiça e sedentos do sangue
18
daqueles que julgávamos culpados.
Sem exagero de ilustração, não é o que ainda ocorre nos
dias atuais?
Vejamos o que aconteceu com o caso da menina Isabella.
As pessoas saíram de suas cidades para acampar e pernoitar
em frente ao fórum com a justificativa de assistir à derrocada
do casal acusado; populares decidiram agredir um pastor
que, com uma bíblia nas mãos, clamava por perdão aos réus;
um rapaz que defendia os acusados apanhou de algumas
pessoas que estavam no local, a ponto de necessitar de intervenção policial; manifestantes alegando a chamada “justiça”
agrediram até o advogado de defesa!
Será esse o comportamento cristão? Se nem Jesus, de
ilibada moral, acusou, julgou ou condenou qualquer de nós,
seja na época em que aqui esteve ou hoje, como nós nos
achamos no direito de agir com tamanha ira em face de
pessoas que possam ter cometido erros na vida?
Afinal, quem não tiver pecados, atire a primeira pedra e
não nos esqueçamos que a nossa vida não se iniciou nesta
existência. Quantos e de quais crimes já fomos (ou somos)
os autores? Há crimes que não são considerados perante a
Justiça humana, mas os são, perante a Justiça Divina.
Certo é que a Justiça deva ser cumprida e os erros não
podem ser ignorados. Mas, isso deve começar em nós.
Cultivemos, portanto, o discernimento e a coerência em
nossas atitudes, para que não sejamos os falsos cristãos,
levantando bandeiras morais apenas quando nos seja conveniente.
Rosangela
Imagem: http://apenassentimentos3.files.wordpress.com/2009/11/eq.jpg
Calendário
calendario
Outubro
DIA 03
1804 nasce Hippolyte Léon Denizard
Rivail (Allan Kardec), em Lyon, França,
o Codificador do Espiritismo; professor,
autor de inúmeros livros de cultura, tradutor de livros em várias línguas, membro
de diversas academias e sociedades culturais; mais tarde, adotou o pseudônimo
de Allan Kardec. Suas obras principais,
basilares da Doutrina Espirita são: O Livro dos Espíritos; O Livro dos Médiuns,
O Evangelho Segundo o Espiritismo; O
Céu e o Inferno e, A Gênese. Além destas
obras publicou também a Revista Espírita; O que é o Espiritismo; O Espiritismo em sua expressão mais simples e,
Viagem Espírita de 1862. Publicou ainda
vários livros pedagógicos, dentre os quais
destacam-se: Curso prático e teórico de
Aritmética; Plano proposto para melhoramento da Instrução Pública; Gramática
Francesa Clássica; Manual dos exames
para os títulos de capacidade: soluções
racionais de questões e problemas de
Aritmética e de Geometria; Catecismo
gramatical da Língua Francesa; programa
dos Cursos ordinários de Química, Física,
Astrologia e Fisiologia; Ditados especiais
sobre as dificuldades ortográficas.
DIA 09
1861 realizado um Auto de Fé, em
Barcelona, Espanha. Ato inquisitorial da
Igreja que queimou, em praça pública,
cerca de 300 volumes de obras espíritas,
enviadas por Allan Kardec ao seu amigo
Maurice Lachâtre, livreiro. Este episódio
ficou conhecido como o Auto de Fé de
Barcelona.
DIA 11
1966 desencarna Pedro de Camargo,
mais conhecido como Vinícius. Como
escritor voltou-se, de forma especial,
para a tarefa de evangelização. De sua
bibliografia destacamos os livros: Em
torno do Mestre; Na Seara do Mestre;
Nas Pegadas do Mestre; Na Escola do
Mestre; O Mestre na Educação, e Em
Busca do Mestre, obras de marcante
relevância no campo da divulgação
evangélico-doutrinária.
DIA 15
Dia do Professor.
70 a.C. nasce Públio Virgílio Marão
(em latim Publius Vergilius Maro), às
vezes chamado de Vergílio (Andes, 15
de outubro de 70 a.C.), foi um poeta
romano. Sua obra mais conhecida é
Eneida. Foi considerado ainda em vida
como o grande poeta romano e expoente
da literatura latina. Seu trabalho foi
uma vigorosa expressão das tradições
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
de uma nação que urgia pela afirmação
histórica, saída de um período turbulento
de cerca de dez anos, durante os quais as
revoluções prevaleceram. No livro “Ave
Cristo”, em psicografia de Francisco
Cândido Xavier através de Emmanuel,
Vergílio é mencionado no capítulo I, nos
preparativos para o reencarne de Quinto
Varro e Taciano.
DIA 17
1747 desencarna Fabiano de Cristo
(João Barbosa); português, nascido em
Soengas no ano de 1646. Financeiramente
abastado por ser hábil comerciante
e negociador de mercadorias e joias,
tudo deixou pelo amor incondicional
devotado ao Senhor Jesus Cristo e sua
forte vontade de ajudar ao próximo. Era
o porteiro do convento de Santo Antonio,
no Rio de Janeiro, e a todos atendia com
muito amor no coração.
DIA 18
1921 nasce Zé Arigó (José Pedro
de Freitas), em Congonhas do
Campo, (MG). Tornou-se conhecido
internacionalmente, através de seus
recursos mediúnicos, servindo de
instrumento ao Espírito do Dr. Fritz,
médico alemão.
DIA 19
1909 desencarna César Lombroso, na
Itália; criminalista e observador espírita.
Acompanhou de perto o estudo de vários
fenômenos espiritas incluindo o de
Eusápia Paladino.
DIA 22
1908 desencarna Artur Azevedo (Artur
Nabantino Gonçalves de Azevedo);
foi Diretor Geral de Contabilidade
do Ministério da Viação, poeta,
comediógrafo, jornalista e crítico.
Membro e fundador da Academia
Brasileira de Letras, onde ocupou
a cadeira de Martins Pena. Após o
seu desencarne, através do médium
Francisco Cândido Xavier, sua obra
poética continuou. Era irmão mais velho
do escritor Aluísio Azevedo, autor de “O
Cortiço” e “O Mulato”.
1922 nasce Meimei (Irma de Castro
Rocha); nas palavras do Espírito
Emmanuel, “Meimei não é somente
valorosa missionária do bem e da luz,
em nosso círculo de ação, mas também
devotada orientadora de crianças e
que se desvela, no mundo espiritual,
pela formação da mente infantil à
claridade do Evangelho Redentor”. No
dia 1/10/1946, Meimei retorna a Pátria
Espiritual.
DIA 25
1944 desencarna Aura Celeste
(pseudônimo de Adelaide Augusta
Câmara), no Rio de Janeiro, médium
de grandes recursos e personagem
de destaque no espiritismo nacional;
dedicou-se às crianças órfãs e aos idosos.
Nascida em Natal, Rio Grande do Norte
e sob a sábia orientação de Bezerra
de Menezes começou a sua carreira
mediúnica, como médium psicógrafa,
no Centro Espírita “Ismael”. O grande
apóstolo do Espiritismo brasileiro, na sua
desmedida clarividência, prognosticou,
certa vez, que Adelaide Câmara, com
as prodigiosas faculdades que possuía,
assombraria crentes e descrentes. E essa
profecia de Bezerra de Menezes não se
fez esperar, pois, em breve, Adelaide,
como médium auditiva, começou a
trabalhar na propaganda da Doutrina
dos Espíritos, fazendo conferências e
receitando, com tal acerto e exatidão,
que o seu nome se irradiou por todo o
país. Mais detalhes leia em nossa revista
“Seareiro” <www.espiritismoeluz.org.br/
seareiro/seareiro_05_2008.pdf>.
DIA 25
1886 nasce Humberto de Campos,
em Miritiba (MA), escritor, deputado
estadual, membro da Academia
Brasileira de Letras (1920); ditou
diversas obras espíritas através do
médium Chico Xavier, algumas com
pseudônimo “Irmão X”. Vale destacar
uma polêmica antiga no meio jurídico
o valor probatório da psicografia. O
caso mais famoso indubitavelmente foi
o de Humberto de Campos. A partir de
1937, três anos após a morte de Campos,
várias crônicas e romances atribuídos ao
escritor começaram a ser psicografados
pelo médium brasileiro Chico Xavier.
Entre as obras, todas editadas pela
Federação Espírita Brasileira, a de maior
notoriedade entre os espíritas brasileiros
foi “Brasil, Coração do Mundo, Pátria
do Evangelho”. No ano de 1944, a viúva
de Humberto de Campos ingressou em
juízo, movendo um processo contra a
Federação Espírita Brasileira e Francisco
Cândido Xavier, no sentido de obter uma
declaração, por sentença, de que essa obra
mediúnica “era ou não do ‘Espírito’ de
Humberto de Campos”, e que em caso
afirmativo que ela tivesse os direitos
autorais da obra. O assunto causou muita
polêmica e, durante um bom tempo,
ocupou espaço nos principais periódicos
do País.
DIA 26
1943 desencarna Luiz Olímpio Guillon
Ribeiro, tradutor das obras de Kardec e
de Roustaing; foi presidente da FEB. Veja
mais detalhes da biografia de Guillon
Ribeiro em nossa revista “Seareiro”
de dezembro de 2009, à página 3.
<www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/
seareiro_12_2009.pdf>.
DIA 29
Dia Nacional do Livro.
19
FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela ECT
Destinatário
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
Caixa Postal 42
Diadema - SP
09910-970