Carlos Maia (Staples) Manuel Santos Carneiro (Randstad)
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Carlos Maia (Staples) Manuel Santos Carneiro (Randstad)
Carlos Maia (Staples) Manuel Santos Carneiro (Randstad) “A capacidade de assumir o risco de uma forma calculada, sem ter a veleidade de querer dominar todas as variáveis, é sem dúvida a grande qualidade deste desafio porque replica o mundo real” P4 “A parceria com o Global Management Challenge surge com naturalidade porque consideramos que este projeto valoriza as capacidades dos seus participantes” P4 Expresso Este caderno faz parte integrante do Expresso nº 2145 de 7 de dezembro de 2013, não podendo ser vendido separadamente Os cinco jovens vencedores da edição de 2013 e António Pita de Abreu, administrador da EDP, exibem o 1º prémio FOTO LUÍS FAUSTINO EDP/GMLP vence final nacional de gestão A final nacional do Global Management Challenge 2013 realizou-se no dia 27 de novembro, em Lisboa e das oito equipas em prova, a EDP/GMLP, formada por cinco engenheiros civis, foi a vencedora. Durante um dia os participantes tiveram de tomar cinco decisões de gestão de uma empresa que enfrentava alguns problemas. A equipa vencedora vai representar Portugal na final internacional da edição de 2013, onde irá lutar pelo título mundial com mais de 30 países Esta edição do Global Management Challenge contou com uma nova versão do simulador o que introduziu novas decisões na prova, como por exemplo, a possibilidade de emitir ações e uma maior preocupação ambiental. A equipa vencedora irá representar Portugal na final internacional de 2013 que se realiza em abril do próximo ano, na ci- dade de Sochi, na Rússia. Nessa etapa irá enfrentar mais de 30 países, oriundos dos cinco continentes, na luta pelo título mundial. No dia 28 de novembro realizou-se, no Hotel Ritz, em Lisboa, a cerimónia de entrega de prémios aos vencedores. No evento estiveram presentes diversas personalidades, entre As oito formações que disputaram a final nacional desta competição de estratégia e gestão tiveram apenas um dia para tomar cinco decisões e mostrar o seu valor elas Nuno Crato, ministro da educação e ciência, que salientou o carácter educativo desta iniciativa criada há mais de 30 anos pelo Expresso e a SDG. A organização da competição aproveitou ainda o momento para atribuir à Portugal Telecom e a ao IAPMEI, respetivamente, o galardão de patrocinador e apoiante do ano. FOTOS ALBERTO FRIAS II Expresso, 7 de de ECONOMIA COMPETIÇÃO Henrique Monteiro, Nuno Crato e Francisco Pinto Balsemão em pleno convívio no jantar de gala do Global Management Challenge Henrique Medina Carreira à conversa com João Duque durante a entrega de prémios aos vencedores desta competição de gestão Teresa Moreira, Manuela Silva Marques e Jorge Santiago Neves trocaram impressões durante a festa realizada no Hotel Ritz, em Lisboa Final nacional Quatro equipas formadas por estudantes universitários e quatro de quadros disputaram a 34ª edição do Global Management Challenge e ao fim de um intenso dia de trabalho venceu a experiência laboral perante o saber académico Quadros na liderança Cinco engenheiros civis foram os melhores desta prova de gestão Textos Maribela Freitas Fotos Luís faustino equipa EDP/GMLP, formada por cinco jovens engenheiros civis, foi a vencedora da final nacional do Global Management Challenge 2013 que decorreu no dia 27 de novembro, nas instalações da TMN, em Lisboa. Pelo segundo ano consecutivo a EDP viu uma das suas equipas, desta vez de quadros, subir ao pódio e irá representar Portugal na final internacional agendada para abril do próximo ano, em Sochi, na Rússia. “Foram cinco decisões muito rápidas em que não havia tempo para pensar. Foi um esforço de equipa em que todos trabalhámos para o mesmo e conseguimos alcançar o primeiro lugar logo na primeira decisão, posição que mantivemos e chegámos até aqui”, revelou Fernando Pinto, líder da equipa vencedora, após terem recebido o primeiro prémio. Engenheiros civis de formação, estes quadros da EDP são estreantes na competição. Os cinco jovens explicaram que o “que nos A distingue é talvez a não especialização. Não temos conceitos das finanças nem da economia e fizemos basicamente aquilo que sabemos fazer e que são contas, olhar para as coisas com isenção, sem ideias preconcebidas, políticas ou ideologias e foi esse o segredo para a nossa caminhada até este lugar”. A equipa, tal como os seus concorrentes, teve de gerir uma empresa que apresentava um cenário de crise. “Não podemos gastar mais do que temos e foi com base nisso e em contas básicas de gestão, como por exemplo saber a matéria-prima que vamos precisar, se temos pessoas a mais ou se necessitamos de contratar, que trabalhamos”, explicou Fernando Pinto. Paula Carneiro, diretora de recursos humanos da EDP, referiu que “estamos muito satisfeitos com o desempenho de todas as equipas. Têm demonstrado motivação e empenho e conseguem resultados cada vez melhores”. Acredita que os seus colaboradores ao participarem neste evento de estratégia e gestão “têm reforçado competências fundamentais que estão bem patentes nesta competição, como o trabalho em equipa, a orientação para resultados, visão estratégia, entre outras”. A empresa contou com duas equipas na final nacional, uma de quadros que foi a vencedora e outra a ISTMC-EDP/Não_Digo, formada por estudantes e que alcançou a quarta posição. A prova contou nesta edição com uma nova versão do seu simulador que introduziu novas decisões, como uma maior aposta na formação dos recursos humanos, a possibilidade de emitir ações, uma maior preocupação ambiental, entre outras. Para a maioria dos participantes e com estas alterações, este desafio ficou mais realista. A forma de avaliar as equipas também foi alterada e agora o objetivo é obter o melhor desempenho do investimento. Este critério reflete o valor da empresa para os respetivos investidores. Isto não é apenas o valor de mercado da empresa, mas inclui o valor de quaisquer dividendos pagos ou de quaisquer ações recompradas aos investidores menos o custo de quaisquer ações que lhes tenham sido atribuídas. Na tabela classificativa e em segundo lugar, pelo segundo ano consecutivo, ficou a equipa Zon OPorto. Logo a seguir e em terceiro, ficou a formação Alumnigmc/Tlbmel. Das oito equipas em prova, estas foram as únicas que tinham experiência do que era disputar uma final nacional. Em quinto lugar ficou a formação Univ.Évora/Equipa Lean, em sexto a A EDIÇÃO DE 2013 CONTOU COM UMA NOVA VERSÃO DO SIMULADOR QUE INTRODUZIU NOVAS DECISÕES E TROUXE MAIS REALISMO A ESTE DESAFIO PT-Coreteam, em sétimo a Univ.Évora/Alfa e na oitava posição a Euronext/5G Univ. Évora. A final nacional decorreu no dia 27, mas a cerimónia de entrega de prémio foi feita um dia depois, no Hotel Ritz, em Lisboa. No evento estiveram presentes diversas personalidades, entre elas Nuno Crato, ministro da educação e ciência. “Esta competição é educativa e os jovens competem como menos jovens e aperfeiçoam instrumentos que são matemáticos, de gestão e estão a mobilizar conhecimentos”, referiu. O ministro não quis ainda deixar de salientar que “temos em muitos aspetos, tanto jovens como menos jovens, com uma qualidade extraordinária e que se revela muito mais quando é feita e colocada em contacto e confronto com o espaço de outros países”. E falando de internacionalização, Francisco Pinto Balsemão relembrou na gala de entrega de prémios que o Global Management Challenge já está presente em mais de 30 países e entrou recentemente no Médio Oriente. O crescimento desta prova tem sido apoiado por todas as entidades que ao longo dos anos a têm patrocinado. O Millennium BCP é a mais recente entidade a entrar para a comunidade de patrocinadores deste desafio. ezembro de 2013 ECONOMIA III Portugal Telecom e IAPMEI distinguidos como patrocinador e apoiante do ano As duas entidades foram premiadas pelo contributo que têm dado ao desenvolvimento do Global Management Challenge Os estudantes e quadros que disputaram a final nacional da competição juntaram-se numa foto de grupo que fica para a posteridade Na cerimónia de entrega de prémios aos vencedores da final nacional do Global Management Challenge 2013, a organização da competição entregou também à Portugal Telecom (PT) o galardão de patrocinador do ano. “É o reconhecimento do envolvimento da PT nesta competição e reforça um compromisso que tem sido constante desde 1987. Encaramos o apoio ao Global Management Challenge como uma forma de promover e proporcionar aos nossos colaboradores uma experiência de equipa, que lhes permita desenvolver competências que fomentem o seu crescimento pessoal e profissional”, explicou Francisco Nunes, administrador da PT, na entrega da distinção. O gestor espera que depois desta experiência os seus colaboradores importem para o trabalho diário pequenas coisas que se transformem em grandes resultados. Tal como em anos anteriores a PT esteve representada na final nacional e apesar de não ter vencido esta etapa, tendo ficado apenas em sexto lugar, Francisco Nunes reconheceu que “mais uma vez os colaboradores PT aceitaram o desafio e voltaram a dar provas das suas fortes competências nas áreas de estratégia e gestão, bem como do seu empenho e vontade de ir mais longe”. Ao integrarem este desafio “os participantes têm a oportunidade de de- Francisco Nunes, administrador da Portugal Telecom, e Francisco Maria Balsemão (Expresso) senvolver competências diretamente relacionadas com o trabalho em equipa, princípios de gestão global, capacidade de design estratégico, construção de uma visão alargada, tomada de decisão em stresse e capacidade de previsão de risco”, salientou o administrador da PT. Na sua visão esta iniciativa portuguesa tem a capacidade de expor as equipas a situações realistas e competitivas, sem perda do bom ambiente e espírito de diversão. Além da Portugal Telecom, também o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) foi premiado, desta vez com o galardão de apoiante do ano. Luís Filipe Costa, presidente deste organismo, referiu que “é longa a parceria com o Global Management Challenge e esta competição tornou-se um sucesso a nível de internacionalização no que respeita à exportação de serviços pelo lado português e é com muito orgulho que o IAPMEI recebe este prémio”. Salientou ainda que esta prova é liderada por uma PME de sucesso, a SDG, em parceria com o Expresso. E numa altura em que tanto se fala da necessidade de melhorar os níveis de gestão nas PME, Luís Filipe Costa considera que este desafio “aumenta a formação nas PME e vemos nesta competição um ótimo instrumento de formação dos nossos jovens, de sensibilização para a problemática da gestão que é um aspeto onde muitas das nossas PME precisam ainda de progredir”. E com o intuito de motivar ainda mais as PME a integrar este evento o IAPMEI apoia a inscrição de equipas e dá um prémio à PME que consegue os melhores resultados na prova e que desta vez foi entregue à CH Consulting. Prova testa conhecimentos dos participantes Empresas que contaram com equipas na final revelam a importância de terem atingido esta etapa e a aprendizagem retirada desta experiência Mais importante do que vencer a final nacional é a aprendizagem que as equipas retiram da prova e que podem transpor para a vida laboral e académica. Durante vários meses os participantes testaram conhecimentos e aprenderam a gerir uma empresa. Para Luís Moura, diretor de recursos humanos da Zon/Optimus, “o facto de termos tido uma equipa na final nacional é o reconhecimento do talento que existe entre os nossos colaboradores”. A equipa da Zon esteve a competir pela segunda vez e voltou a ficar em segundo lugar. Luís Moura refere que mesmo nos momentos em que a classificação não espelhou o esforço, a capacidade de resiliência sobressaiu e mantiveram a motivação. Agora espera que os seus quadros tenham aprendido a “compreender melhor todas as ‘forças’ existentes numa organização e o seu impacto. Assim será mais fácil a identificação de oportunidades de crescimento e melhoria”. Com três equipas na final nacional, embora uma apoiada pela Euronext, a Universidade de Évora (UE) entra para a história como a entidade mais representada neste evento. Cesaltina Pires, docente do departamento de gestão da UE conta que o “facto de este ser um jogo que integra as várias componentes da gestão torna-o particularmente atrativo para alunos, pois é uma oportunidade de porem em prática muitos dos conhecimentos adquiridos e desenvolve capacidades importantes, tais como trabalhar em equipa e tomar decisões”. Para quem começou o Global Management Challenge com quatro formações e terminou com três na final, o balanço da participação não poderia ser mais positivo. A NYSE Euronext Lisboa partilhou o feito da Universidade de Évora ao ter apoiado uma equipa de alunos desta instituição que chegou à final nacional. “É uma alegria que a nossa marca tenha chegado tão longe”, revela Luís Laginha, presidente da bolsa nacional. Acrescenta que “esta com- petição permite aos estudantes terem uma perceção da implicação das suas decisões, num contexto em que o risco de fazer uma asneira é mitigado e reflete-se apenas no resultado da equipa”. É um processo de aprendizagem útil tanto para quem está a terminar uma licenciatura, como para quem já está a trabalhar. Estiveram oito equipas na final nacional, divididas entre estudantes e quadros. Destas últimas uma era Alumnigmc, ou seja, liderada por um antigo participante da prova. Bárbara Marques, chefe da equipa Alumnigmc, salienta que “estar na final abriu mais uma vez a possibilidade de testar as nossas estratégias e tentar alcançar um resultado que glorificasse o nosso esforço”. Rússia acolhe final internacional de 2013 Em abril do próximo ano a cidade de Sochi, na Rússia, vai acolher 30 países que vão disputar o título de campeão mundial da competição Luís Filipe Costa (IAPMEI) recebeu o prémio de apoiante do ano das mãos de Luís Mira Amaral (Internacional Supervisory Board), na foto em cima. Em baixo, a equipa da Zon fez-se acompanhar pelo seu diretor de recursos humanos, Luís Moura A equipa portuguesa que irá representar Portugal na final internacional no próximo ano, vai estar a competir pelo título de campeão mundial do Global Management Challenge 2013 com mais de 30 países oriundos dos cinco continentes. Em África a competição desenrola-se em Angola, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Moçambique e Camarões. Já na América conta com os EUA, Brasil, Canadá, México, e Venezuela. No continente europeu está presente na Bélgica, Bielorrússia, República Checa, Dinamarca, Estónia, França, Alemanha, Grécia, Letónia, Polónia, Roménia, Rússia, Eslováquia, Espanha, Turquia e Ucrânia e na Ásia, onde existe há quase 20 anos, esta prova marca realiza-se em Hong Kong, Índia, Kuwait, Macau, China, Qatar, Singapura e Emirados Árabes Unidos. Na Oceânia figura na Austrália. Espera-se que todos estes países integrem a final internacional de 2013. Slava Schoptenko, organizador do Global Management Challen- ge na Rússia, conta que Sochi vai acolher os jogos olímpicos de inverno em fevereiro de 2014 e dois meses depois, em abril, “recebe a competição das mentes e estamos a pensar realizar a final e todas as cerimónias na Universidade Olímpica da Rússia, inaugurada recentemente”. Outra das ideias de Slava Schoptenko é que cada país leve na sua comitiva um representante de negócios ou empresas que estejam interessadas em encetar relações com a Rússia em áreas como o vinho, desporto ou agricultura. “O nosso país está a atrair investimento e vamos receber a competição numa das nos- sas regiões mais desenvolvidas”, comenta o organizador local. Situada no sudoeste da Rússia, na proximidade das montanhas nevadas do Cáucaso e do Mar Negro, Sochi tinha nos censos de 2002 um total de pouco mais de 300 mil habitantes. É uma das cidades com clima mais ameno de toda a Federação Russa e no inverno as temperaturas não ficam frequentemente abaixo de zero. No verão as temperaturas oscilam entre os 26 e os 32 graus centígrados, o que faz com que Sochi, pelas suas montanhas e praias, seja o destino de férias predileto de milhares de russos. IV Expresso, 7 de dezembro de 2013 ECONOMIA PROTAGONISTAS Carlos Maia Vice-presidente da Staples fala desta prova “Partilhamos valores de inovação e excelência” Uma prova de estratégia pura como é o Global Management Challenge, que abre horizontes, testa limites e estimula a competência, é algo com que a Staples se identifica e crê ser fundamental no mundo profissional e empresarial. Carlos Maia, atualmente vice-presidente do retalho e online da Staples em Portugal e Reino Unido, cargo que mantém em simultâneo com a direção da multinacional em território nacional, revela que a parceria com esta prova continua tão forte como no seu início, há 11 anos. E acredita que esta iniciativa, mais do que um campo de aprendizagem e experimentação, é também um ótimo terreno para se descobrirem novos talentos. “A Staples partilha os mesmos valores que o Global Management Challenge, valores de excelência, inovação e diferenciação que são parte integrante do DNA desta multinacional”, comenta Carlos Maia. Salienta que o sucesso desta iniciativa nascida há mais de 30 anos em Portugal se reverte no país, na medida em que “é um projeto luso que se propaga e impulsiona noutros países, sendo um espelho daquilo que de melhor de faz cá e é algo que muito nos orgulha e com o qual nos identificamos. Acreditamos que tanto executivos como universitários saem a ganhar deste desafio e competir pela distinção de melhor equipa nacional e depois pelo título mundial só traz benefícios a Portugal, às equipas e também aos patrocinadores, e é portanto uma parceria com benefícios mútuos”. Ao longo dos anos e além do patrocínio à competição a Sta- “ Esta competição irá abrir horizontes aos estudantes e desafiá-los para a complexidade e exigência de que se reveste o mundo empresarial ples Portugal tem vindo a apoiar a inscrição de equipas de estudantes, pois considera fundamental que os universitários tenham oportunidades de se confrontarem com os desafios e riscos que envolvem a gestão. “Esta competição irá abrir horizontes aos estudantes e desafiá-los para a complexidade e exigência de que se reveste o mundo empresarial”, frisa. Acrescenta que para os universitários esta é também uma oportunidade de ultrapassarem a teoria e aplicá-la na prática, de aprender a lidar com as dificuldades e problemas inerentes à gestão, desenvolverem um sentido de responsabilidade e orientação vincada para objetivos. Todos estes fatores contribuem para algo de extrema importância que é a capacidade de pensar de forma crítica, analítica, estratégica e empreendedora. É também uma oportunidade ímpar para os jovens darem visibilidade às suas competências, podendo aqui garantir contactos que poderão ser determinantes no seu futuro. Já para os quadros o grande desafio presente na competição é garantir que a cadeia de valor é eficiente e eficaz, o que implica uma gestão e coordenação contínua de equipas. Este ano a competição conta com uma nova versão do simulador o que para o gestor apela ainda mais à capacidade da tomada de decisões nos participantes, em circunstâncias mais complexas e em que as variáveis se inter-relacionam de uma forma profunda e com isto, aproxima-se mais da realidade fluida das empresas de hoje. “A capacidade de assumir o risco de uma forma calculada, sem ter a veleidade de querer dominar todas as variáveis, é sem dúvida a grande qualidade deste desafio porque replica o mundo real”, refere. Carlos Maia teve recentemente uma mudança na sua carreira e além de Portugal dirige também uma unidade da Staples no Reino Unido. “É mais um desafio, divido-me entre Londres e Lisboa e procuro levar para o mercado do Reino Unido os princípios e os fundamentos da história de sucesso em Portugal”, ex- Para Carlos Maia este desafio auxilia na formação de estudantes e quadros plica. Está agora com mais responsabilidades e numa altura difícil para Portugal, revela que uma empresa em tempos de crise gere-se da mesma forma de quando a economia está bem. Ou seja, sempre a pensar na viabilidade e consolidação do presente, abrindo ao mesmo tempo portas para o futuro, tratando as pessoas com respeito e dignidade, cimentando o espírito de união e de solidariedade de todos. E como lema de trabalho a Staples tem tentado ao longo dos anos antecipar-se às crises. “Reorganizamo-nos, e concentrámo-nos naquilo que é core para nós: a satisfação dos nossos clientes”, conta Carlos Maia. Explica ainda que a Staples tem um modelo de negócio e uma proposta de valor única no mercado português, com a capacidade de chegar aos consumidores e empresas através de três canais de negócios distintos, mas complementares: o retalho, onli- FOTO LUÍS FAUSTINO ne e corporate. Em 2014 e no que respeita ao online “migraremos para uma plataforma de e-commerce como não existe nenhuma em Portugal e o país por si é uma excelente unidade de negócio para a Staples, como é também a única porta de entrada da multinacional nos países lusófonos incluindo o Brasil”, intensifica. Ainda em Portugal a Staples abrirá mais uma loja já no próximo ano. Manuel Santos Carneiro Consultor da Randstad, analisa as mais-valias do Global Management Challenge “Participar na competição enriquece um currículo” A Randstad Portugal pertence ao grupo de 11 entidades que patrocinam o Global Management Challenge. Manuel Santos Carneiro, consultor desta multinacional que atua na área dos recursos humanos, explica a razão de ser desta parceria. Acredita que ao contribuir para a formação de estudantes e profissionais, esta iniciativa pode funcionar para muitos universitários como uma porta de entrada para o mercado de trabalho. “A Randstad atuando na área de recursos humanos procura não só ser um fornecedor permanentemente ativo na procura de pessoas com as qualificações que os nossos clientes pretendem, mas também intervém com várias ações que valorizam as capacidades dos profissionais existentes no mercado”, explica Manuel Santos Carneiro. Acrescenta que “a parceria com o Gobal Managment Challenge surge com naturalidade porque consideramos que este projeto valoriza capacidades dos seus participantes”. Uma união que dura já há três anos. Para o consultor da Randstad “os jogos de gestão desenvolvem capacidades importantes nos profissionais, requeri- Manuel Santos Carneiro, consultor da Randstad, é um entusiasta desta iniciativa portuguesa de gestão das pelo mercado. O gosto por desafios, o trabalho em equipa, a capacidade de análise, a orientação e motivação para atingir resultados, o competir, ganhar, aprender com os erros e atuar debaixo duma estratégia são exemplos de capacidades aqui presentes e mais do que suficientes para o enriquecimento do curriculum vi- tae de qualquer profissional”. E numa altura em que o mercado de trabalho sofre as consequências da crise, quanto mais os candidatos a um emprego se poderem destacar, melhor. “O Global Management Challenge é uma experiência que enriquece a flexibilidade, a oportunidade de ouvir outras maneiras de pensar e pessoas com diferentes conhecimentos. Nós promovemos uma forte representatividade dos jovens saídos, ou no final dos cursos, das universidades, porque consideramos ser para eles uma boa oportunidade de se aperceberem de capacidades que devem possuir para entrarem com sucesso no mercado do emprego e poderem mostrar-se a profissionais de empresas”, conta o consultor da Randstad. Salienta ainda que esta competição não assegura por si só a entrada no mercado de trabalho, mas é uma ajuda, essencialmente, pelo alcance que pode ter ao mostrar o caminho para desenvolver capacidades e juntar hard skills aos conhecimentos que as universidades proporcionam. Já os quadros encontram aqui uma oportunidade de desenvolverem soft skills. À equipa portuguesa que venceu a final nacional e vai representar Portugal na final internacional, Manuel Santos Carneiro recomenda que “procurem ganhar, acreditem nas vossas capacidades, saibam usá-las e, sobretudo, reflitam sobre o vosso desempenho e retenham os bons ensinamentos que este exercício vos proporciona”. E sendo que esta iniciativa portuguesa está “ Os jogos de gestão desenvolvem capacidades importantes nos profissionais, requeridas pelo mercado presente em mais de 30 países espalhados pelo mundo, o consultor da Randstad reconhece que é bom exemplo da aposta internacional na valorização das pessoas. “Se os resultados da competição valorizam os conhecimentos dos participantes, é natural que, perante as dificuldades que o mercado de trabalho nos apresenta, haja um crescimento pro- veniente do maior interesse das pessoas e das empresas no enriquecimento dos profissionais. As dificuldades vencem-se com a melhoria do conhecimento de cada um e o investimento em conhecimento tem de ser hoje uma prioridade”, frisa. Sendo que o negócio da Randstad são os recursos humanos, Manuel Santos Carneiro reconhece que também a sua empresa tem sentido o impacto da crise. “Hoje não acreditamos que as empresas possam ter sucesso se mantiverem os mesmos profissionais com os mesmos conhecimentos por longos períodos de tempo. As mudanças impostas pelo mercado, essencialmente originadas pela globalização e novas tecnologias, obrigam as pessoas a ter formação contínua e a desenvolver novos perfis. E hoje há novas profissões e o futuro aponta para que esta dinâmica se acentue”, revela. A multinacional continua interessada no mercado nacional e a analisar todas as oportunidades que este possa oferecer. Está ainda a implementar soluções e a criar projetos para responder e antecipar soluções que ajudem ao êxito das empresas e da economia nacional.
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