Aprender é divertido

Transcrição

Aprender é divertido
GUIA DIDÁCTICO 2012
Aprender é
divertido !
Guía Didáctica de Isla Mágica.
Aprender é divertido.
Equipe Redator:
© ARGOS "Proyectos Educativos", S.L.
Josechu Ferreras Tomé
Fermín María Beloqui
Trinidad Herrero Campo
Pilar Estada Aceña
Manuel Ángel Martín García
Ángel Domínguez Cubero
Alejandro Guerrero Morilla
Vanesa García Ocaña
Guadalupe Jiménez Leira
Desenho pedagogico:
©ARGOS "Proyectos Educativos", S.L.
Traduçao e Adaptaçao para Português
de:
Fernando Barbosa Rodrígues
Edição:
Parque Isla Mágica, S.A.
Material curricular homologado pelo Conselho de Educação e Ciência da Junta da
Andaluzia, segundo a resolução datada de 21 de Fevereiro de 2005.
Guía de Capítulos
INTRODUÇAO
Ainda existem terras por explorar .......................................................... 8
Isla Mágica , um lugar onde se pode aprende ................................... 9
20 anos depois: Isla Mágica no coração da Expo'92 ................... 11
O SÉCULO XVI, ESPAÑA, PORTUGAL, AMÉRICA
O século XVI, Sevilha, América.............................................................. 16
Um século de Aventuras.......................................................................... 18
Sevilha, Porto das Índias Ocidentais..................................................... 20
Cádiz, Porto da América e berço da Constituição de 1812 ........ 22
Portugal, À procura da rota ocidental das Índias ............................ 25
As fortalezas no século XVI ................................................................... 29
O Pátio des Comedias ............................................................................ 34
O Mundo Maia ........................................................................................... 36
O ElDorado, as Civilizações pré-colombianas ................................ 41
Alimentação, actividade física e saúde em Isla Mágica ................ 45
A rota das Índias Ocidentais, porta da América ............................ 50
A Pirataria, causas e interesses ............................................................ 53
As formas de pagamento: da troca ao microchip .......................... 58
A FÍSICA DAS ATRACÇOES
A Física das Atracções ............................................................................ 64
O escorrega. Compreendendo o mais simples ............................... 66
Iguaçú e Anaconda. Pela água quase sem atrito ............................. 69
O Jaguar. Jogando com a gravidade.................................................... 74
O Desafio, sentindo a gravidade .......................................................... 76
O CINEMA NA ISLA MÁGICA
Do cinema mudo ao cinema em 4D.................................................... 80
A ISLA MÁGICA E O MEIO AMBIENTE
A Ilha, um jardim de plantas exóticas ................................................. 85
A Água na Isla Mágica ............................................................................. 88
A Água: refresca, relaxa e diverte ....................................................... 90
O TEMPO HISTÓRICO
A linha do Tempo........................................................................................ 96
Introdução
7
AINDA EXISTEM TERRAS
por explorar
A Isla Mágica é um Parque Temático ambientado
na exploração do Novo Mundo, que toma a Sevilha
do século XVI como ponto de partida.
Quem visita o Parque passará um dia inesquecível
percorrendo cada uma das zonas que fazem da
Ilha Mágica o paraíso da diversão: Sevilha, Porta das
Índias Ocidentais; Quetzal, A Fúria do Deuses, Porta
da América; Amazónia; O Refúgio dos Piratas; A
Fonte da Juventude/La ihla os crianças, La Metropolis
y ElDorado. Em cada uma delas uma aventura
diferente, fazendo-nos recuar cinco séculos atrás e
fazendo-nos sentir o que viveram os mais audazes
aventureiros daquela época.
O visitante vive experiências irrepetíveis entre
atracções únicas na Europa, espectáculos lendários
e personagens caracterizadas neste ambiente de
novas sensações.
Não tenhamos dúvidas de uma coisa, para quem
goste de aventuras, Ilha Mágica é o seu paraíso
ideal. Os visitantes vivem a fantasia e o encanto de
um século cheio de surpresas. Tudo pode acontecer
na Ilha Mágica.
Aproveitar este manancial de vivências e motivações
que nos trouxe a aventura é o propósito deste
documento, que se dirige aos professores ou
professoras que liderem a expedição, e pretende
unicamente facilit ar à reflexão sobre os
acontecimentos vividos para melhorar o
conhecimento e a sabedoria dos nossos jovens
visitantes.
LINHA DO TEMPO
1492. Colombo chega às Índias Ocidentais.
1493. 2ª viagem de Colombo à América, Antilhas, Jamaica e Porto Rico.
1494. Leonardo da Vinci pinta “A última Ceia”.
1495. A imprensa de Gutemberg estende-se por toda a Europa.
1496. Colombo funda Santo Domingo.
8
ISLA MÁGICA
Um lugar onde se pode aprender
Depois de garantida a motivação para uma visita à atractiva Ilha Mágica, podemos sugerir um melhor
conhecimento do Parque através de uma perspectiva educativa, mobilizando e motivando a aprendizagem
e a reflexão dos alunos sobre a História, o Teatro, as Ciências e a Técnica. Afim de facilitar esta tarefa ao
professorado, elaboramos este material didáctico, desenvolvendo as seguintes temáticas:
Século XVI,
Sevilha, América.
É o motivo que configura a linha temática
de Ilha Mágica, e pretende ser um tema
central para desenvolver o interesse pela
História e servir ao professorado na
tarefa de dar a conhecer um dos séculos
mais interessantes do passado, o século
XVI.
LINHA DO TEMPO
1497. Juan Cabote chega às costas de Norteamérica
1498. Vasco da Gama chega à Índia.
9
A mecânica e a física
das atracções.
A força centrífuga, a fricção, a aceleração ou o
poder da energia potencial estão presentes nas
atracções do Parque. Explicitar esses conceitos,
e dar a possibilidade de serem utilizados e
explicados na sala de aulas, convertem a Ilha
Mágica num local ideal onde se pode viver e
aprender a compreender estes conceitos da física.
A “Ilha”, um jardim botânico.
Os 42.000 m2 de água e os mas de 49.000 m2 de jardins
dão cabida as 266 espécies de plantas existentes na Ilha
Mágica, oferecem a possibilidade de apreciar, conhecer e
realizar uma exótica viagem pela biodiversidade botânica dos
cinco continentes.
El Corral das Comédias
Temos a possibilidade de “ver teatro”, evento cultural que
às vezes resulta como uma realidade cultural pouco
frequentada para muitos alunos. O Patio de Comédia e os
personagens que animam, estão perfeitamente ambientados
no século XVI, época em que a influência social do teatro
era muito importante.
Esta proposta está feita pensando na aquisição de novos conhecimentos, bem como no propósito de reflectir
sobre os que já possuímos, ajudando-nos a idealizar e a conceber, utilizando os magníficos recursos e
experiências in loco que o Parque Temático nos proporciona, como era e como se vivia no século XVI; para
sentir através da experiência directa como são e como actuam os diferentes fenómenos físicos.
10
20 anos depois:
Isla Mágica no coração da Expo'92
A Expo´92. Sevilha.
Em 2012 comemora-se o vigésimo aniversário da
celebração da Exposição Universal de 1992. A
Expo´92 motivou para a capital hispalense e para
a Andaluzia em geral não só a confluência de mais
de quarenta milhões de visitantes e a participação
de mais de cem países, senão também um
desenvolvimento económico e social sem
precedentes na cidade, com novas infra-estruturas
que originaram uma importante modernização de
Sevilha e Andaluzia. O início do funcionamento do
comboio AVE, que ligava Sevilla com a capital
madrilenha em somente duas horas e meia, foi uma
das metas mais importantes, que situavam a cidade
como referência mundial da alta velocidade em
transporte ferroviário. A ampliação do aeroporto, a
circunvalação exterior com a criação da SE-30,
novas redes de telecomunicações, a criação de
infra-estruturas culturais são mais alguns exemplos
das melhoras que experimentou Sevilha com a
celebração da exposição universal.
250 hectares, possibilitou só em 1992 a criação de
treze mil empregos na província de Sevilha, e
converteu-se em um exemplo de uma arquitectura
bioclimática, que através do acondicionamento
ambiental com abundantes espaços verdes e infraestruturas como pérgulas convertiam o passeio pela
exposição numa estadia agradável inclusive durante
os meses de verão.
O público escolar também foi protagonista no evento,
com um programa específico para eles, no qual
participaram milhares de escolares de toda Espanha.
Após a sua clausura, o Parque dos Descobrimentos
primeiro e a Isla Mágica depois junto ao Parque
Tecnológico Cartuxa 93 tomaram a testemunha da
Expo´92, recuperando
parte dos conteúdos
da exposição e aproveitando
as infra-estruturas e os
equipamentos criados
para o evento.
A Expo, que ocupava uma superfície de mais de
11
De Expo´92 à Isla Mágica.
Uma das atracções do Parque dos Descobrimentos.
A Expo, que comemorava o V Centenário da Descoberta
da América e tinha como temática principal a “Era das
Descobertas”, submergia ao visitante em um percurso
através do tempo por diferentes países do mundo. O
Parque das Descobertas continuou entre 1993 e 1995
com o programa de visitas por alguns dos pavilhões da
Expo, para posteriormente abrir espaço para a Isla Mágica,
que nasce no dia 28 de junho de 1997, e que oferece
ao visitante um percurso trepidante e cheio de emoções
pelo século XVI. Trata-se do primeiro Parque temático do
mundo situado na zona urbana de uma grande cidade,
herdeiro do legado da Expo´92, não só por aproveitar
parte das suas infra-estruturas, senão também pelo seu
compromisso na criação de emprego e por tornar-se um
importante motor e apoio ao sector turístico da cidade.
15 anos da Isla Mágica.
A Isla Mágica tem uma superfície total de 240 mil
metros quadrados dos quais 49 mil metros quadrados
são jardins e 40 mil metros quadrados superfície de
água, além de infra-estruturas para favorecer o seu
aproveitamento. Grande parte dos seus espaços é um
patrimônio deixado pela Expo no desenvolvimento
de uma arquitectura sustentável de referência mundial
(ver tabela 1). Desta herança, a Isla Mágica não só
incorporou as suas infra-estruturas senão também os
recursos humanos qualificados gerados pela Expo'92
para a gestão, operação e desenvolvimento de
processos formativos nestes grandes espaços de lazer
temático.
Fotografia aérea do recinto do Parque actualmente
O Parque Temático consta de um percurso de 4000 metros onde se misturam atracções, espaços verdes,
representações teatrais, espaços audiovisuais, jogos com água, que permitem ao visitante passar um dia cheio
de magia. Um pirata que te assalta, um mercador que te distrai são alguns dos ingredientes fundamentais desta
aventura onde o século XVI e o século XXI se misturam para oferecer ao visitante uma experiência completa.
Desde o início até a actualidade, a Isla foi evoluindo em diferentes aspectos como as infra-estruturas, as pessoas
visitantes ou o seu programa escolar. A Isla Mágica abriu as suas portas com catorze atracções, mas aos poucos
foi incorporando outras novas até atingir as 25 actuais que permitem ao visitante descobrir os cantos das diferentes
áreas temáticas nas quais se divide o Parque.
LINHA DO TEMPO
1499. 1ª edição da obra “La Celestina”.
1500. V. Yañez Pinzón descobre Brasil.
12
A Isla presta um atendimento especial ao público infantil e juvenil de
maneira que desde os seus inícios conta com um programa escolar
que põe em valor a relação do Parque Temático com áreas como a
história, a física ou o meio ambiente. O século XVI, a física das atracções
ou a importância da água são tratados de uma maneira didáctica através
do guia. O compromisso da Isla Mágica com o meio no onde se localiza,
faz que cada ano o Parque crie um importante número de empregos e
que desde 2007 conte com um centro de formação no Pavilhão da
Espanha. O centro encarrega-se da formação interna, mas também
desenvolve cursos de formação profissional para o emprego em matérias
como a hotelaria, o lazer ou a informação turística, que se completa
com um programa de inserção trabalhista através de estágios no próprio
Parque ou em outras empresas colaboradoras.
Nestes 15 anos a Isla tornou-se em um dos Parques Temáticos mais
Navio Barba Ruiva, uma das últimas
atracções estreadas no Parque.
importantes do país e em uma das principais empresas da cidade, que é eleita como destino não só pelos centros
escolares para as suas viagens de fim de curso ou as
famílias para passarem um dia divertido, senão também
por um crescente turismo de negócios e eventos que
aproveita as comodidades que lhe oferece o Parque
para realizar as suas apresentações. Em 2011 a Isla
Mágica já tinha recebido mais de 14 milhões de visitas.
Ilusão, emoção e diversão em um meio emblemático
fazem parte das razões pelas quais o parque temático
sevilhano é eleito ano por ano por milhares de pessoas
de procedência geográfica muito diversa para passar
um dia inesquecível.
Foto de início da temporada 2011
TABELA 1. Elementos da Expo'92 reutilizados, prévia modernização e adaptação às novas necessidades.
• Pavilhão de Espanha: cinemas, restaurantes, escritórios, sala de eventos, logística operativa, centro
de controlo dos sistemas informáticos e telecomunicações.
• Lago e Espetáculo Multimídia.
• Infra-estruturas de eletricidade, água, gás, telecomunicações, etc.
• Auditório do Circo do Cóndor.
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Tabela de acontecimentos
Años
Años
Isla de la Cartuja
Isla Mágica
SEVILHA - Inaugura-se o AVE Sevilha-Madrid
ESPANHA - Jogos Olímpicos Barcelona
MUNDO - Cimeira do Rio de Janeiro
1992
1993
Acontecimientos
Parque dos Descobrimentos
Cartuxa 93
ESPANHA - Crise económica
MUNDO - Divide-se Checoslováquia
1994
Fecho do Parque dos
Descobrimentos e inicio do
Projecto Isla Mágica
MUNDO - Inaugura-se o Eurotúnel
1995
Projecto do Parque Temático
(inicio em maio)
MUNDO - Europa dos 15
1996
Construção
do Parque Temático
1997
Inauguração Isla Mágica
(28 de junho)
1998
1999
Escola Técnica Superior de
Engenheiros
Estadio Olímpico da Cartuxa
2000
Isla Mágica na Encarta
Nova
atracção
10º Aniversário Expo
2003
2004
MUNDO - Atentados 11 de setembro
5º Aniversário da Isla Mágica
MUNDO - Introdução do Euro
I Feira da Ciência
(Pavilhão do Futuro)
SEVILHA - Copa Davis
ESPANHA - Atentados 11 de março
MUNDO - Guerra do Iraque
Faculdade de Comunicação
2005
Nova
atracção
2006
2007
Número visitantes
acumulado
4.402.040
2001
2002
SEVILHA - Campeonato mundial de
atletismo
ESPANHA - Fundação para o Avance da
Pesquisa Espanhola sobre a SIDA
MUNDO - Juízo contra Bill Clinton
Número visitantes
acumulado
8.732.332
Cine
10º Aniversário da Isla Mágica
2008
Telhado Forte / Centro de
Formação Isla Mágica
Isla Mágica no Natal
MUNDO - Crise económica
2009
2010
Jardim Americano
Novas atracções
2011
20º Aniversário EXPO
15º Aniversário da Isla Mágica
Nova atracção trilho
14
ESPANHA - Crise económica
13.119.427
Número visitantes
acumulado
14.000 amigos em
2012
Número visitantes
acumulado
14.000.000
Objectivo atingir os
15.000.000 de
visitas
MUNDO - Guerra Libia
O século XVI, España, Portugal, América
15
O SÉCULO XVI
Sevilha, América
Conhecedores da dificuldade em estudar história,
pelas próprias dificuldades que a matéria e a
complexidade dos conceitos exigem por vezes;
conscientes da distância existente entre a vivência espectacular e divertida que a visita ao
parque proporciona e convida à reflexão dentro
da linha temática da Isla Mágica, preparámos
este material com os seguintes objectivos:
Os conteúdos expostos estão
caracterizados:
Pela presença no parque de elementos significativos
para a interpretação dos acontecimentos do século
XVI.
Pelo seu poder de sugestão e motivação que serão
geradores do interesse e curiosidade pela história.
Pela sua contribuição a uma melhor interpretação e
conhecimento daquela época.
Unir a vivência pessoal da visita á Ilha Mágica com
a interpretação teórica dos conteúdos que apresenta.
Animar e motivar o desenvolvimento do estudo da
história nos centros escolares, facilitando ao professorado um material para propiciar a reflexão na sala
de aula sobre uma época tão trepidante.
LINHA DO TEMPO
1501. De la Cosa desenha a primeira representação cartográfica das Índias Ocidentais.
1502. Colombo chega às Honduras e Panamá.
1503. Fundação da Casa da Contratação.
1504. Américo Vespúcio, diz que as novas terras exploradas são um continente novo.
16
A linha de conteúdos é
determinada pelos seguintes
temas:
• O século XVI.
mário e o secundário sobre os conteúdos propostos,
para que depois da visita à Isla Mágica, os alunos
possam expressar os seus conhecimentos e avançar
a través de trabalhos em equipa, leituras ou actividades na sala de aula que permitam adquirir algumas
noções básicas para compreender o século XVI e
o mundo em que vivemos.
• Sevilha, Porto das Índias Ocidentais.
• O mundo Maia.
• A Rota das Índias, Porta da América.
• A Pirataria, causas e interesses.
• O ElDorado, As civilizações Pré-Colombianas.
Cada tema proposto estrutura a
proposta educativa segundo o
seguinte esquema:
1. Mensagem educativa, que focaliza um objectivo prioritário por tema.
2. Introdução histórica, que situa os conteúdos
propostos e oferece uma visão global do
tema.
3. Elementos de apoio ao desenvolvimento
metodológico:
“Os textos” da época, ligados à vida quotidiana daquele tempo, e às suas figuras,
são propostos com a intenção de poderem
ser utilizados para serem comentados.
Quadros com dados, que servem o modelo concreto das actividades propostas.
Curiosidades, pequenas histórias, com a
intenção de serem úteis para amenizar as
explicações e a reflexão sobre os temas
propostos.
Como apoio ao desenvolvimento metodológico
destes temas, planeiam-se actividades para o pri-
17
UM SÉCULO
de Aventuras
Deixamos para trás a Idade Média, e dois factos
históricos: Cristóvão Colombo descobre o Novo
Mundo, marcando o começo da Idade Moderna,
caracterizada pelo desenvolvimento do Estado baseado no poder das monarquias, primeiro autoritárias
e depois absolutas, o processo de assentamento da
burguesia, o crescimento das cidades e o auge do
Renascimento que, com a sua visão antropocêntrica
do mundo, estimula a uma actividade humana motivada pela curiosidade, baseada em grandes aventuras,
em conhecer novas terras e no desenvolvimento do
conhecimento científico.
No século XVI, a Espanha passa por um rápido
processo de modernização, e a unificação dos dois
reinos ibéricos de Portugal e Espanha, a Monarquia
Hispânica (1580-1640) e a expansão territorial para
a América, convertem o país na principal potência
europeia e império colonial do mundo, ao incorporar
as ricas possessões territoriais do império colonial
português debaixo do seu controle político.
As sociedades ibéricas (Espanha e Portugal) foram
muito dinâmicas como o demonstram a rápida
colonização da América por estes países, desenvolvendo uma economia expansiva, com duas fontes de
recursos: a enorme produção de lã de ovelhas merinas
em Castela, uma centralização do poder político na
figura do rei em Portugal o ouro e a prata, os diamantes
e o açúcar que chegavam aos portos de Lisboa e
Sevilha, vindos das possessões territoriais na América,
África e Oriente. Infelizmente as guerras que a Espanha
se envolve com outros países europeus impediram
que esta riqueza servisse para o desenvolvimento da
indústria do país e melhorar a qualidade de vida dos
seus habitantes.
LINHA DO TEMPO
1505. De Taxis estabelece a comunicação postal entre os vários países europeus.
1506. Diáz de Solís inicia a exploração do Uruguai e Rio da Prata.
1507. Da Vinci projecta as máquinas voadoras, o torno e a prensa hidráulica.
1508. Erasmo de Roterdão, publica “O Elogio da Loucura”.
18
ACTIVIDADES. Educação Primária
Uma Caravela que media 21m. de comprimento por 7 m. de largura transportava 30 tripulantes
e demorava quase três meses em atravessar o oceano. Para além dos perigos das borrascas e
tempestades, um dos riscos mais graves que corriam as expedições ao Novo Mundo eram a
falta de água ou alimentos, as doenças e a monotonia.
Depois de cumpridas as tarefas diárias de limpeza do barco, das refeições e a reparação das velas, aos
tripulantes sobrava-lhes muito tempo livre. Faz uma lista das coisas que estes marinheiros para combater a
monotonia e a terrível rotina que produzia a travessia, muitos dias vendo apenas o mar, poderiam fazer.
COMPLETA ESTE QUADRO
De que forma mudou o mundo?
Como era no Século XVI?
Como é na actualidade?
Quanto ao uso da iluminação?
Dos transportes
Na conservação de alimentos
Quanto tempo demorava em
chegar uma carta de Espanha
à América?
ACTIVIDADES. Educação Secundária
O século XVI trouxe profundas mudanças de estrutura social e política, e na interpretação filosófica do mundo.
Formando grupos de três ou quatros companheiros/as, explicar as mudanças que se produziram, com
exemplos que comparem cada um dos termos que aparecem no quadro.
IDADE MÉDIA
Feudalismo
Confiança nas autoridades
Teocracia
Ascetismo
IDADE MODERNA (Séc. XVI y XVII)
Absolutismo
Confiança na razão
Antropocentrismo
Valoración de la vida terrena
Explicações divinas
Relações feudais de produção
Incremento da curiosidade científica
Intercâmbios comerciais
19
SEVILHA
Porta das Índias Ocidentais
Reflectir sobre as repercussões do século XVI no
crescimento de Sevilha, causas e consequências.
É descoberta a América. O Papa Alexandre VI outorga
pelo Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha, em
1493 o domínio sobre as Índias Ocidentais aos Reis
Católicos de Espanha (Isabel e Fernando). A divisão geográfica do mundo entre estes dois reinos ibéricos, e a
estratégica situação geográfica da Península Ibérica,
permitiram aos dois países obter um estatuto privilegiado
sobre todos os assuntos americanos. Aproveitando esta
situação houve a necessidade de estabelecer um sistema
de controlo de todo o comércio e transporte de mercadorias
que previsivelmente se ia estabelecer. Em Espanha a Coroa
dispõe que para este efeito, que todas as expedições
comerciais ou de exploração que se organizem terão que
partir de Sevilha e regressar ao seu porto fluvial nas
margens do rio Gualdaquivir.
No início do século XVI, Sevilha era uma cidade importante
que tinha um porto fluvial seguro e com uma população
crescente que vivia do comércio e da generosa produção
agrícola que se obtinha do vale do Gualdaquivir. Nesta
época a cidade tinha estabelecido trocas comerciais com
os principais portos europeus (Lisboa, Bruges etc.) sendo
uma das principais capitais financeiras e comerciais do
Século XVI.
Em 1503, a Coroa espanhola criou a “Casa da Contratação”,
o organismo encarregado do controle do monopólio do
comércio marítimo com a América. Este organismo para
além das suas funções comerciais e administrativas, tinha
a seu cargo a organização de missões científicas, sobretudo
relacionadas com a náutica, cartografia, astronomia e
matemáticas, treinando os pilotos marítimos que desejavam
dedicar-se ao comércio das Índias Ocidentais.
LINHA DO TEMPO
1509. Leonardo da Vinci concebe a engrenagem.
1510. Dox inventa os mapas em relevo.
20
Aumento do comércio do porto de Sevilha com a América.
Em 1506 partiram 35 barcos de Sevilha para a América, em 1550 o número aumentou para 215. Este aumento
é mais notório se temos em conta não o número de barcos saídos mas a tonelagem dos mesmos. Passa-se
das 3.309 toneladas às 32.335, quer dizer não só vão mais navios, como a sua capacidade de carga é maior,
passando de uma capacidade média de 95 toneladas por navio a 150 toneladas por navio.
ACTIVIDADES. Educação Secundária
Esta gráfica refleja de forma aproximada la evolución de la población de Sevilla en el Siglo XVI.
Este gráfico reflecte de forma aproximada a evolução da povoação de Sevilha no Século XVI.
Os proponemos realizar el siguiente trabajo de investigación:
Propomos-vos a realização do seguinte trabalho de investigação:
Elabora una gráfica similar a ésta, donde quede reflejada la evolución de la población en vuestra
localidad
a lográfico
largo del
Siglo
XX y onde
en lose
que
va de
Siglo aXXI.
Una vez
analiza
las
Elaborar um
similar
a este,
possa
registar
evolução
dadibujada,
população
da vossa
variaciones,
los
máximos
y
los
mínimos,
buscando
también
las
causas
de
esas
variaciones.
cidade ou localidade durante o século XX e século XXI. Uma vez desenhado, analisar as
variações, os máximos e os mínimos, procurando explicar as causas dessas variações.
Para analizar la gráfica necesitareis consultar libros de historia contemporánea, revistas o hacer
entrevistas
a los
más viejos
del lugar. que consultem livros de história contemporânea, revistas,
Para analisar
o gráfico
será necessário
ou fazer entrevistas às pessoas mais velhas do lugar de estudo (freguesia, bairro etc.).
Averigua las coordenadas (latitud y longitud) de tu ciudad y calcula la distancia en línea recta
aAverigua
Sevilla, compárala
la distancia que
hay por
carretera. da tua cidade ou vila e calcula a
quais são con
as coordenadas
(latitude
e longitude)
distância em linha recta a Sevilha, por fim compara com a distância que existe por estrada.
Evolução da população de Sevilha durante o Século XVI.
Evolución de la población de Sevilla durante el Siglo XVI.
habitantes
140.000
habitantes
120.000
140.000
120.000
100.000
100.000
80.000
80.000
60.000
60.000
40.000
40.000
20.000
20.000
anos
años
habitantes
habitantes
1500
1533
1561
1500
1533
1561
1565
1571
1565
1571
1588
1588
1591
1591
1597
1597
anos
años
1500
1533
1561
1565
1571
1588
1591
1597
40.000
40.000
55.000
55.000
95.000
95.000
110.000
110.000
105.000
105.000
130.000
130.000
115.000
115.000
120.000
120.000
1500
1533
1561
1565
1571
1588
1591
1597
Estos
dedereferencia
la evolución
población de Sevilla
Sevilla no
en século
el sigloXVI.
XVI.
Estes datos
dados son
são una
umaaproximación
aproximação que
que sirven
servem
referênciapara
paraconocer
conhecer
a evoluçãodedalapopulação
21
Cádiz
Porto da América
e berço da Constituição de 1812
Em 1812 nasce em Cádiz a primeira Constituição
espanhola, que se tornou não só numa meta
democrática em toda a Europa, senão que influiu
nas origens constitucionais e parlamentares da maior
parte dos Estados da América durante e depois da
sua independência.
Cádiz, até a perda do monopólio da Carreira das
Índias em 1717, onde Felipe V ordenou que a Casa
da Contratação se transladasse à capital de Cádiz.
O início: Cádiz, Porto de Índias.
Entre 1811 e 1814, a cidade de Cádiz torna-se a
capital de Espanha, já que, com o avanço do exército
napoleónico, o Governo espanhol viu-se obrigado a
refugiar-se na província gaditana. Cádiz, por sua
especial posição de privilégio comercial com as
Índias desde o século XVIII, tinha-se convertido numa
das mais prósperas e cultas cidades espanholas.
Através dela entraram em Espanha as modas, as
idéias e os livros europeus e os seus cafés ou tabernas
se converteram em centros de livre discussão e
intercâmbio de ideias, que contribuíram ao
desenvolvimento de um pensamento liberal que
culminaria com a aprovação da Constituição de 1812.
Os motivos pelos quais Cádiz é o berço da
democracia estão muito relacionados com a sua
posição como capital comercial do reino, posto onde
aos poucos foi relevando Sevilha ao longo do século
XVIII. Na capital hispalense tinha-se situado durante
mais de dois séculos o principal porto marítimo de
ligação com a América, que era gerenciado através
da Casa da Contratação situada na mesma cidade.
No período 1503-1650, naufragaram 9 % dos navios
entre o rio e a barra de Sanlúcar quando se dirigiam
a Sevilha. Com o tempo esta seria uma das razões
pelas que o Porto de Índias seria transferido para
Constituição de 1812.
22
A elaboração da Constituição correu paralela à Guerra da Independência Espanhola. Depois do levantamento do povo de Madrid
contra os franceses, em maio de 1808, produziu-se em numerosos
territórios um fenómeno espontâneo de resistência aos franceses
que se agrupou nas denominadas Juntas. Perante os problemas
de coordenação das Juntas e o esvaziamento de poder reinante,
houve a necessidade de convocar umas Cortes, que inicialmente
tinham de reunir-se em Sevilla em 1809. O avanço francês motivou
que as Cortes se estabelecessem em San Fernando, conhecida
na altura como a Ilha de León, realizando a sua primeira reunião
no dia 24 de setembro de 1810. Posteriormente, depois de um
surto de febre amarela e o avanço francês, as Cortes passaram a
Cádiz, cuja situação e o apoio da armada inglesa garantiam a
segurança dos deputados reunidos. Ali se reuniam os deputados
eleitos pelo decreto de fevereiro de 1810, que tinha convocado
eleições tanto na península como nos territórios insulares, americanos
e asiáticos pelo que estiveram compostos por algo mais de trezentos
deputados, dos quais cerca de sessenta foram americanos. Entre
os deputados não tinha nenhuma mulher já que se estabelecia
como sistema de eleição o sufrágio universal masculino indirecto.
A Constituição de 1812 foi uma constituição liberal e moderna para a época, que é base da nossa actual Carta
Magna. Entre as suas características principais se encontravam a soberania nacional, a divisão de poderes, a
igualdade da cidadania perante a lei, o direito à educação ou a liberdade de tipografia.
De Cádiz a América.
A Pepa, conhecida assim porque nesse momento governava em Espanha o Rei José I, não era uma constituição
só para a metrópole, senão também para todas as colonias espanholas; de facto, na definição da cidadania
espanhola da Constituição se incluíam não só aos
europeus, ou os seus descendentes americanos, senão
também às castas e aos indígenas dos territórios de
América.
A Constituição foi jurada na América, e o seu legado é
notório na maior parte das Repúblicas americanas que
se independizaram entre 1810 e 1830, não só porque
lhes serviu como modelo constitucional senão, também,
porque esta Constituição estava pensada, criada e
redigida por representantes americanos como um
projecto global hispânico e revolucionário.
LINHA DO TEMPO
1511. Afonso de Albuquerque, governador português da Índia, ocupa as costas de Malaca e Ceilão.
1512. Miguel Angel finaliza a decoracion da Capela Sixtina.
23
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
Em 1812 o domínio do Estado espanhol abrangia diversos territórios, nos quais era
implementado também a Constituição. Localizados no mapa quais eram estes territórios.
Material de apoio para a realização da atividade:
• Colombia
• Ecuador
• Perú
• Chile
• Uruguay
• Paraguay
• Argentina
• México
• Guatemala
• El Salvador
• Honduras
• Costa Rica
• Nicaragua
• Panamá
• Cuba
• República Dominicana
• Puerto Rico
• España
• Islas Filipinas
• Canarias
ACTIVIDADES. Educación Secundaria.
Na seguinte tabela contemplam-se algumas das características e dos direitos que se
incluíam na Constituição de 1812 e a sua correspondência com os artigos na actual
Constituição Espanhola de 1978. Contempla a tabela com os artigos ou o conteúdo
segundo corresponda:
Constituição de Cádiz de 1812
Constituição Espanhola de 1978
(Título I)
Soberania Nacional
Art. 1.1
Art. 27
Divisão de Poderes
Art. 14
Inviolabilidade do domicilio
Art. 33
Liberdade de imprensa
Liberdade de expressão
24
PORTUGAL
À procura da rota ocidental das Índias
Desde os princípios do século XV, o espírito de aventura dos portugueses empenhou-se na procura de uma
rota marítima para a Índia, seguindo a costa africana em direcção ao sul. O seu objectivo fundamental era
estabelecer uma nova rota comercial por mar, que evitasse os riscos da pirataria e o assédio dos turcos e
que permitisse o tráfego das especiarias tão apreciadas na Europa.
Os navegadores portugueses, com ágeis caravelas e as robustas carracas, aventuraram-se na exploração de
mares desconhecidos. As primeiras expedições foram apoiadas e financiadas pelo rei D. João. O seu filho,
conhecido como Henrique, o Navegador, desenhou a primeira caravela na Escola de Navegadores de Sagres
e comandou a exploração da costa africana. Procurava uma rota mais segura para o comércio de especiarias
(pimenta, cravo, noz moscada) com as Índia. Com a exploração da Madeira e a descoberta das ilhas dos
Açores, começou a era dos descobrimentos que transformou Portugal num dos maiores impérios coloniais
do mundo.
A Madeira e os Açores foram importantes centros produtores
de açúcar e isto, juntamente com a conquista de Ceuta,
propiciou uma óptima situação estratégica como base para
futuras explorações. Com as caravelas, embarcações ligeiras
muito bem adaptadas para navegar pelo Oceano Atlântico e
desenhadas por Henrique, o Navegador, na Escola de
Navegadores de Sagres, os marinheiros portugueses
aventuraram-se em direcção ao sulprocurando a rota das Índia.
Chegaram a Cabo Verde, Senegal, cabo de Santa Maria e
posteriormente, o caminho marítimo para a Índia foi traçado
por Vasco da Gama que, depois de passar pelo Cabo da Boa
Esperança e atravessar o Oceano Índico, chegou a Calcutá.
Quando a expedição voltou a Portugal, tinha percorrido mais
de 24.000 milhas e haviam passado 630 dias. A partir desta data, em finais de Março, saía de Lisboa a frota
portuguesa que voltaria doze meses depois, carregada com todo o tipo de mercadorias.
25
Para que esta expansão fosse possível, Espanha e
Portugal tinham que evitar rivalidades entre eles. Em
1493 assinaram um acordo sob o auspício do Papa
Alexandre VI, o Tratado de Tordesilhas, pelo qual as
terras que fossem descobertas a ocidente de uma
hipotética linha traçada desde o Pólo Norte ao Pólo
Sul e que passava a 100 léguas a ocidente dos Açores,
seriam espanholas. As situadas a oriente seriam portuguesas. Aos espanhóis, portanto, tocaram-lhes as
Antilhas, México, Peru, etc., e o resto dos territórios
americanos menos o Brasil, que ainda não tinha sido
descoberto e a Portugal, correspondia-lhe a África, a
Índia e posteriormente, o Brasil.
CRONOLOGIA DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES.
Gil Eanes
Portugal
1433
Navegou em direcção ao sul pela costa ocidental
da África, passando pelo cabo Bojador.
Diogo Cão
Portugal
1482-1486
Explorou a foz do rio Congo e parte da costa da
África ocidental.
Bartolomeu Dias
Portugal
1488
Explorou a costa do sul de África, dando nome
ao cabo das Tormentas, posteriormente
rebaptizado como Cabo da Boa Esperança.
Vasco da Gama
Portugal
1497-1498
Navegou para além do cabo da Boa Esperança,
chegou a Moçambique, na costa oriental da
África, cruzando dali o Oceano Índico até Calcutá,
na Índia.
Pedro Álvares Cabral
Portugal
1500
Tomou posse do Brasil e também dobrou o cabo
da Boa Esperança, chegando até à Índia.
Gaspar Corte-Real
Portugal
1500
Explorou a costa nordeste de Labrador e
Terranova.
Fernão de Magalhães
Espanha
1519-1521
Explorou o estuário do rio da Prata, navegando
depois em direcção ao sul e atravessando o
estreito que ficou com o seu nome. Sulcou o
Oceano Pacífico até às ilhas Filipinas, onde
morreu assassinado. Foi o primeiro que chegou
em direcção a Ocidente até uma longitude
alcançada anteriormente numa viagem em
direcção a Oriente.
Juan Sebastián Elcano
España
1519-1522
Após a morte de Magalhães, Elcano, ao comando
da Vitória (única nau sobrevivente da expedição),
voltou a Espanha, passando pelas Molucas e
pelo Cabo da Boa Esperança. Assim, foi o
primeiro a circunavegar o globo.
João Rodrigues Cabrilho
Portugal
1542-1543
Explorou a costa ocidental do México e descobriu
a baía de San Diego (Califórnia).
26
Vasco da Gama
Vasco da Gama foi o primeiro navegador português a chegar à Índia, costeando o
sul da África. Esta rota foi procurada pelos portugueses desde os tempos de
Henrique, o Navegador.
Vasco da Gama nasceu em Sines, no Alentejo. O rei de Portugal, Manuel I, o
Venturoso, encarregou-o da missão de chegar à Índia por mar. Zarpou das águas
do Tejo, em Lisboa, com cento e cinquenta homens distribuídos em quatro pequenos
barcos, em 9 de Julho de 1497. Em Novembro, dobrou o cabo da Boa Esperança;
depois deteve-se em Moçambique e em seguida, em Melinde, na costa oriental de
África. Com a ajuda de um guia, prosseguiu a sua viagem rumo para oriente, para
assim chegar a Calcutá, na Índia, no dia 20 de Maio de 1498. Regressou a Portugal
em 1499. No seu país foi recebido com elogios, recompensado economicamente
e autorizado a usar Dom no seu nome daí em diante.
Em 1503 regressou de outra viagem a Calcutá, retirando-se como navegador, até
que 20 anos depois foi nomeado vice-rei da Índia. Morreu em Cochim em 1524.
Pedro Álvares Cabral
Álvares Cabral nasceu no ano de 1460, na cidade de Belmonte.
Em 1500, Manuel I colocou-o no comando de uma expedição
comercial à Índia. Cabral partiu de Lisboa com treze barcos e mais
de mil homens, em 9 de Março de 1500, com a ordem de seguir
a rota do cabo da Boa Esperança. Para evitar as tempestades e a
falta de ventos, Cabral seguiu uma rota mais a ocidente (a que
chamavam então “a volta do mar”). Depois de passar as ilhas do
arquipélago de C abo
Verde. Em 22 de Abril de
1500, Cabral chegou ao
que actualmente é o
Estado da Baía, no Brasil.
O navegador português
reclamou para Portugal a
nova terra descoberta, a
qual deu o nome de “Terra
de Santa Cruz”. Antes dele,
as costas do noroeste
brasileiro e a foz do rio
Amazonas
foram
explorados pelo espanhol
Vicente Yáñez Pinzón.
A Armada de Pedro Álvares Cabral no “livro das
Armadas”, manuscrito da Academia das Ciências de
Lisboa. Nesta imagem aparecem 12 dos 13 navios da
armada de Cabral, com os nomes dos respectivos
comandantes.
LINHA DO TEMPO
1513. Vasco Núñez de Balboa atravessa o istmo centro-americano e descobre o Oceano Pacífico.
1514. Pedrarias Dávila começa a reconhecer a costa pacífica do Panamá.
27
Fernão de Magalhães
Fernão de Magalhães, navegador português, descobriu a passagem pelo sul do Oceano
Atlântico para o Oceano Pacífico, a qual denominou Estreito de Magalhães. Iniciou a
expedição que deu a primeira volta ao mundo.
Nasceu perto do Porto por volta de 1480. Foi educado na corte portuguesa, onde adquiriu
grandes conhecimentos de náutica e cartografia. Em 1505, embarcou numa expedição à
Índia e ali obteve informações acerca das ilhas Molucas ou das Especiarias.
Em 1513, teve problemas na corte do rei português Manuel I, o Venturoso, e chegou a
Sevilha em 1517 com a intenção de convencer o rei de Espanha, Carlos I, sobre o interesse
em organizar uma expedição às ilhas das Especiarias pelo ocidente, através de uma
passagem ou estreito que ficaria situado no sul da América do Sul, evitando assim entrar
nos domínios portugueses.
Em 10 de Agosto de 1519, Magalhães partiu de Sevilha em direcção às ilhas Molucas com cinco embarcações e cerca de
250 homens. Fizeram escala nas ilhas Canárias, na baía do Rio de Janeiro e exploraram o estuário do rio da Prata. Navegando
em direcção ao sul pela Patagónia, em 21 de Outubro de 1520 entraram no estreito, o qual o chefe da expedição chamou
de Todos os Santos (mas posteriormente chamado de estreito de Magalhães em sua honra). Saíram para o mar do Sul (o
qual nomearam de Pacífico) em 28 de Novembro. Subiram pela costa chilena e viraram em direcção a ocidente, penetrando
no Oceano Pacífico. Durante três meses navegaram sem provisões frescas nem água e com a tripulação a sofrer de escorbuto,
até que em 24 de Janeiro de 1521, chegaram às ilhas Marianas. Morreu em 27 de Abril desse ano na ilha de Mactan, durante
um combate com os indígenas.
A expedição dirigiu-se para as Molucas e após ficar com apenas uma nau, a Victoria, comandada por Juan Sebastián Elcano,
chegou a Espanha em 6 de Setembro de 1522, com 18 sobreviventes e carregada de especiarias.
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
Assinala no mapa os lugares a que se faz referênencia nos itinerários e desenha a rota de ida e
volta da viagem de Pedro Álvares Cabral
Itinerário de Ida: Lisboa - Ilhas Canárias (14/3/1500) - Cabo Verde (22/3) - Porto Seguro e Salvador de Baía. Brasil (22/4)
- Cabo das Tormentas ou Boa Esperança (24/5) - Sofala, em Moçambique (16/6) - Melinde, no Quénia (6/7) - Goa, Índia
(22/8) - Calcutá, Índia (13/9).
Itinerário de Volta: Cananor, Índia (16/1/1501) - Moçambique (12/02) - Cabo das Tormentas ou Boa Esperança (19/04)
- Cabo Verde (15/07) – Lisboa.
28
AS FORTALEZAS
no século XVI
El Fuerte de Isla Mágica
As fortalezas, os portos fortificados, as muralhas ou as cidadelas foram construídas para proteger as
cidades, garantir o comércio, defender dos piratas ou assegurar as comunicações. São, além disso, a partir
do ponto de vista histórico-artístico, um dos monumentos mais significativos dos séculos XVI e XVII.
Não é em vão que a sua localização permite traçar as rotas comerciais entre a Espanha e Portugal e as suas
colónias durante os séculos XVI e XVII.
El Fuerte (O Forte) da Isla Mágica recria uma das muitas fortificações que durante o século XVI foram
construídas em diferentes partes do mundo. A sua missão fundamental era evitar os ataques de piratas e
corsários, ainda que conforme a sua localização possam ser distinguidas diferentes funções e significados.
Dentre as fortalezas podemos distinguir vários tipos: as construídas para delimitar diferentes territórios
dentro de um estado, as situadas nas fronteiras de um país para proteger o seu território, as feitas à volta
de portos marítimos para proteger o circuito comercial.
Dentre as fortificações feitas dentro de um estado para delimitar
o território, podemos distinguir dois tipos: a muralha e a cidadela.
A muralha era utilizada para delimitar o território de uma cidade
e servir de protecção perante um possível inimigo.
Durante o século XVI, não foram construídas muitas muralhas,
mas realizaram-se novas cidadelas. Este tipo de fortificações,
construídas dentro de outros recintos fortificados, estavam
posicionadas em lugares altos e simbolizavam o poder real frente
ao povo. Algumas das cidadelas mais famosas do século XVI
são as de Jaca, Pamplona e Amberes, que tinham como
característica comum a sua base pentagonal.
Mais que a fortificação nas próprias cidades, durante o século
XVI espalharam-se as fortalezas principalmente nas costas. Durante
este século, o comércio a partir da Espanha e Portugal para as
29
colônias na América e África intensificou-se, mas também cresceu o ataque de piratas e corsários, no mar ou
junto ao porto, para roubarem as mercadorias. Por estes motivos, as fortificações espalharam-se por todos os
territórios luso-espanhóis. Foram construídas fortalezas pelas costas de toda a península, além de em Itália,
Caraíbas e zonas da África. Destacam-se os grandes portos fortificados de Cartagena (Múrcia), de Havana, de
Santo Domingo ou da Ilha de Santiago em Cabo Verde.
As fortalezas na costa costumavam estar acompanhadas de torres e
atalaias donde se avistavam os piratas, embora também fossem
construídas independentes das fortificações. As famosas torres do
litoral permitiam aos encarregados da defesa nas fortalezas avisarem
rapidamente sobre um possível ataque. Apenas no costa mediterrânea
foram construídas mais de quarenta torres. A maioria delas tinha forma
cilíndrica, como é o caso da torre do Peñón em Mojácar, mas também
existiam as de quatro lados, como Los Alfaques (Tortosa).
Muitas das fortalezas construídas durante o século XVI em territórios
portugueses ou espanhóis foram concebidas pelo engenheiro italiano
Juan Bautista Antonelli e costumavam ter nome de santo, como São
Filipe em Setúbal ou São João, em Lisboa. O elemento construtivo
principal nesta época foi o baluarte e os materiais, a argamassa e
faxina.
Pontevedra, Navarra, Tarragona, Baleares, Múrcia, Almería, Málaga,
Peniche, Setúbal, Portimão, Sicília, Sardenha, Melilla, Argélia, Cabo
Verde, Porto Rico, Santo Domingo, são alguns dos lugares nos quais,
durante o século XVI, foram construídas fortificações para proteger
as fronteiras dos ataques inimigos, e as rotas comerciais dos piratas
e corsários.
Glossário de Termos
Fortaleza: sistema de defesa de um lugar através de muralhas ou outros elementos construtivos.
Cidadela: recinto fortificado que ficava no interior de uma praça, normalmente em forma de castelo. Os objectivos
eram pôr freio à cidade para que não se revoltasse contra o seu rei e poder ajudar na defesa da cidade no caso dos
inimigos a cercarem.
Baluarte: parte fundamental de uma fortificação que sobressai no encontro de duas cortinas ou lenços de muralha e
é composto por duas frentes que formam um ângulo saliente, dois flancos que as unem ao muro e uma gola de entrada.
Atalaia: torre feita normalmente num lugar alto, para avistar, a partir dela, o mar e avisar sobre o que se descobria.
Faxina: feixes de palha, ramos ou paus unidos.
Argamassa: mistura de cal, areia e água que ao secar adquire grande dureza; era utilizada na construção da muralha
para unir as pedras e os ladrilhos.
Guarita: local no qual os sentinelas se resguardavam enquanto faziam a guarda.
Parapeito: parede ou protecção que era construída à altura do peito para proteger os soldados.
Merlão: troço do parapeito que margeava a muralha na sua parte superior.
LINHA DO TEMPO
1515. Nasce Santa Teresa de Jesus.
1516. Tomás Moro publica “Utopia”.
1517. Martinho Lutero expõe as suas 95 teses. Início da Reforma.
30
FORTALEZAS CONSTRUÍDAS NO SÉCULO XVI
FORTALEZA
LOCAL
Castelo de São Filipe
El Ferrol (Galiza)
Castelo de São Filipe
Puerto de la Cruz (Tenerife)
Fortificação de São Filipe
Setúbal (Portugal)
Fortaleza Real de São Filipe
Ilha de Santiago (Cabo Verde)
A Muralha de Filipe II
Cartagena (Múrcia)
Porto fortificado
Havana (Cuba)
Porto fortificado
Santo Domingo (República Dominicana)
São João
Lisboa (Portugal)
Cidadela
Jaca (Huesca)
Cidadela
Pamplona (Navarra)
Cidadela
Amberes (Bélgica)
Fortificação
Mazalquivir (Argélia)
Fortificação
Cagliari (Sardenha)
Castelo de Bayona
(Pontevedra)
Fortificação
Portimão (Portugal)
Torre del Peñón
Mojácar (Almería)
Fortificação
La Gomera (Ilhas Canárias)
EL FUERTE (O FORTE) DA ISLA MÁGICA
Está localizado na zona Norte do Parque, no nó temático denominado
Puerta de America. Recria minuciosamante o Forte de São Filipe, localizado
na cidade fortaleza denominada a “Ciudad Heróica” de Cartagena das
Índias.
EL FUERTE
No ano de 2007 foi remodelado para ser um grande espaço coberto e climatizado
onde se realizam espectáculos musicais, audiovisuais, refeições, eventos, etc...
31
ACTIVIDADES. Educação Primária
Procura no dicionário as seguintes definições e coloca o nome nas fotos.
Forte:
Baluarte:
Atalaia:
Guarita:
Troneira:
1.-____________
2.-____________
3.-____________
4.-____________
5.-____________
As cidadelas que foram construídas durante o século XVI tinham forma pentagonal,
enquanto que as torres do litoral tinham apenas quatro lados. Revê os polígonos e
completa a seguinte tabela:
Dibujo
Nombre
Número de lados
Número de Ángulos
Triângulo
Cinco
Seis
Heptágono
Oito
32
ACTIVIDADES. Educação Secundária.
O ataque de piratas e corsários durante o século XVI levou Filipe II a ordenar
a construção de diversas fortificações em todo o mundo.
Localiza no mapa-múndi as seguintes fortalezas:
Fortificação de Mazalquivir
Porto fortificado de Havana
Fortificação de São Filipe em Setúbal
Fortaleza Real de São Filipe em Cabo Verde
Porto fortificado de Santo Domingo
Fortificação de Cagliari
Castelo de Bayona
Fortificação de Portimão
Torre do Peñón em Mojácar
Fortificação de La Gomera
Fortaleza de San Felipe de Barajas
LOCALIZAÇÃO DAS FORTALEZAS LUSO-ESPANHOLAS
33
OPÁTIO
des Comédias
O Teatro era a grande paixão do século
A chegada dos cómicos era esperada com admiração
nas vilas e cidades importantes. As representações
teatrais celebravam-se nos Pátios des Comédias,
chamados assim por serem na sua origem, pátios de
edifícios que se improvisavam como lugar para as
representações, perpetuando-se depois este modelo
arquitectónico durante os séculos XVI e XVII.
Os Pátios des Comédia, pertenciam na sua maioria
às Instituições ou às Confrarias Religiosas que os
alugavam às Companhias, o que lhes permitia financiar
Hospitais e outras obras de beneficência.
Nos finais do século XVI apareceram os primeiros
Pátios des Comédias com instalações fixas. O público
distribuía-se nessos Pátios da seguinte maneira: “no
pátio estavam os homens, de pé, que fazendo barulho
e aplaudindo determinavam o êxito ou fracasso da
Comédia. Nas varandas e janelas situavam-se os
nobres, e numa parte mais retirada do pátio, chamada
“cazuela” (caçarola) as mulheres.”
O espectáculo começava às três ou quatro da tarde
e durava duas horas e meia. Não existiam os actuais
“descansos” (intervalos) pois entre os actos da comédia
o cenário era ocupado pelos que representavam os
entremezes, cantavam Jácaras ou distraíam o público
com danças. Se o Sol era forte corriam um toldo, e
se chovia forte suspendia-se a representação.
EM
PO
L IÍ N E
HA
A D
DEOL TTEI M
PO
1515.Riese
Nace propõe
Santa Teresa
de Jesús.
1518.
a adopção
do sistema decimal e a numeração árabe.
1516. Tomás Moro publica Utopía.
1519. Hernán Cortês chega ao México.
1517. Lutero expone sus 95 tesis. Principio de la Reforma.
34
Puesto que apenas existía escenografía, el dramaturgo
confiaba a la palabra del personaje la descripción, llena
de color Já que mal existia cenografia, o dramaturgo
confiava à palavra do personagem a descrição, cheia
de cor e de música, dos lugares onde decorria a ação.
Todo era possível no palco, sem necessidade de transição; o público colaborava imaginativamente na brusca
mudança de lugar ou de tempo.
Faziam-se três tipos de
representações:
Os “Pasos”, em que quase não existe argumento, eram
peças breves em prosa e o seu mérito essencial estava
na vivacidade do diálogo e na pitoresca graça das suas
cenas de costumes, pelas que passavam os tipos populares da época. Destacou-se neste género a figura de
Lope de Rueda, que participava às vezes como actor.
Os “Entremezes” são breves quadros populares escritos
em prosa, que se caracterizam pela sua graça desenvolta
e sua maliciosa ironia. Neste género destacou-se a figura
de Cervantes.
A “Comédia”, que era um género maior e com uma
temática muito variada, tocava temas da história universal,
da épica medieval, ou se eram Renascentistas falavam
de temas pastoris, dos mouriscos, cavalheirescos ou
mitológicos. Tanto na comédia como na tragédia ou na
tragi-comédia, destacaram-se neste género, Lope de
Vega, Calderón de la Barca, Zorilla, Ruiz de Alárcon e
Tirso de Molina.
Os tipos e a importância das companhias de teatro
ambulante era muito diverso. Assim temos:
BULULÚ: 1 personagem
ÑAQUE: 2 personagens
BOJIGANGA: 5 personagens
FARÂNDOLA: 7 homens e 3 mulheres
COMPANHIA: 30 personagens
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
Para que continuemos a deleitar-nos com a arte teatral e contando com a colaboração e a imaginação
dos vossos companheiros/as, propomos que realizem um exercício de leitura, de alguns dos pequenos
textos (Passos ou Entremezes), que se representavam naquela época. Por exemplo de Lope de Rueda, o
“Passo da Azeiteira”, ou de Cervantes, “O Retábulo das Maravilhas”, ou “O viúvo rufião”
35
O mundo Maia
Dar a conhecer a riqueza cultural e a força das
civilizações da América Central.
Se desenvolve a civilizacion Maia na região
mesoamericana,situada entre o Equador e o Trópico de
Câncer, caracteriza-se pela sua enorme variedade
ambiental e foi habitada por diferentes povos como os
Olmecas, Maias, Toltecas e Astecas. A configuração
geográfica destas zonas é muito variada, abarcando
zonas desde as planícies e terras baixas cobertas de
selva tropical, até aos cumes gelados das montanhas
de mais de 5.000 de altitude. Esta variedade da topografia
e de clima facilitou e permitiu o desenvolvimento de
diferentes culturas durante os últimos 3.000 anos.
permitiram que tivessem quatro sistemas para medir o
tempo e a escrita baseada na utilização de glifos.
O apogeu do desenvolvimento desta região foi alcançado
pela civilização Maia, que se destacou pelo o urbanismo
das suas cidades, como podemos apreciar pelas Ruínas
Maias de Tikal, a grandiosidade da sua arquitectura, a
utilização do sistema vigésimal para contar, a utilização
do “zero”, os conhecimentos em astronomia que
Os Maias adoravam muitos deuses, eram politeístas. Os
seus deuses eram os elementos da natureza (a água, o
fogo, o ar e a terra), os fenómenos atmosféricos, e os
astros, etc... Acreditavam que existiam deuses do bem
e do mal que estavam constantemente lutando para
encontrar um equilíbrio.
Os Maias chegavam a obter três colheitas por ano,
graças à construção de terraços de cultivo e canais de
rega. A sua economia baseava-se numa agricultura
intensiva e no comércio que se caracterizava pela troca
de mercadorias de luxo e artigos sumptuários (jade,
conchas, plumas de aves, ouro e cacau) mais do que
na troca de produtos agrícolas de primeira necessidade.
LINHA DO TEMPO
1520. Comunidades de Castela e Germanias de Valencia.
1521. Os franceses invadem Navarra.
36
A religião estava presente nos ritos agrícolas, nas
cerimónias públicas, na arte e na cultura Maia. A
importância que alcançou foi muito grande, já que
estava fortemente ligada ao controle político, aos
conhecimentos científicos e à concepção da vida
que sustentou a civilização Maia. O seu domínio foi
exercido por uma casta: os sacerdotes.
A religião maia era politeísta. Era uma religião de
aspectos naturalistas, já que os desuses eram os
elementos naturais (água, fogo, ar e terra), os fenómenos atmosféricos, os corpos celestes, etc.
E por último, era dualista, pois partia do princípio
de que o bem e o mal são igualmente divinos. Os
deuses do bem estavam em luta constante comos
deuses do mal, porém, eram tão inseparáveis uns
dos outros como o dia da noite.
Por causas (naturais ou sociais) ainda desconhecidas,
esta civilização desmorona-se uns 600 anos antes
da chegada dos espanhóis ao “Novo Mundo”. Posteriormente os Toltecas e Astecas incorporaram à
sua forma de vida elementos da religião e cultura
Maia.
ACTIVIDADES. Educação Primária
Lê o seguinte texto substituindo os desenhos pelas palavras adequadas.
Os povoadores do Novo Mundo acreditavam que a água, o
,o ar e o
os deuses a quem se devia prestar um culto. Viviam em e
de construir grandes
e templos com forma de
Quando os espanhóis com as suas
então desconhecidos na,
,
como o
.
,
encontraram po-
,e
, produtos que eram
.
Nas viagens que se fizeram depois os,
conheciam na
eram capazes
, chegaram à
vos que viviam da agricultura, cultivando
eram
os
,transportaram animais que ainda não se
,as
e as
. Para além de animais
levaram outros produtos desconhecidos no Novo Mundo como o
, o vinho e as
.
Com o decorrer dos séculos, todos estes produtos se foram incorporando nos hábitos
alimentares de milhões de pessoas de todo
.
37
Informação complementar para desenvolvimento do tema
Entre as castas dirigentes da sociedade
Maia, a mais alta era a sacerdotal: astrónomos,
matemáticos, arquitectos, curandeiros, historiadores, profetas e os guardiões da tradição. Um
grupo importante de artesãos especializados
trabalhavam sob a ordem dos sacerdotes como
escultores, pintores, construtores de edifícios,
assim como a arte plumária e outras
manifestações artísticas. A maioria da população
dedicava-se ao cultivo do milho, à caça e à
pesca, que com o seu trabalho mantinham
todos os membros desta estrutura social.
Conta uma lenda que Quetzacóalt, um
deus metade ar e metade terra, representado
pela Serpente Emplumada, ensinou o cultivo
do cacau aos antigos povoadores da América
Central.
O milho é originário da América, onde era
o alimento básico. A origem desta planta continua a ser um mistério já que todas as variedades de milho existentes que existem na
actualidade não se podem reproduzir sem que
haja intervenção humana.
Mapa da Mesoamérica
GOLFO DO MÉXICO
MAR DAS CARAÍBAS
OCEANO PACÍFICO
38
Os calendários Maias: No ano 2012 (23 de dezembro), fim de uma era.
Actualmente na Europa e na maior parte do mundo rege o calendário gregoriano, não obstante nem
sempre foi assim. Os maias contavam o tempo através de três calendários. Cada calendário tinha uma
utilização diferente y permitia calcular os diversos acontecimentos nos calendários.
• Calendário sagrado (tzolkim): Este calendário contava de 260 dias e 20 meses, pelo que cada mês
constava de 13 dias. Os maias utilizavam-nos para fixar as cerimônias religiosas e prognosticar a chegada
e a duração de chuvas, além de períodos de caçada e pesca.
• Calendário civil (haab): O Haab media o ano solar e contava de um total de 365 dias, que se dividia
em 18 meses de 20 dias e um período especial de mais cinco dias, denominado pelos maias como
"Uayeb”. Leste é o calendário que os maias utilizavam em sua vida diária, nele se marcavam as estações
ou as épocas de cultivo. Durante os cinco dias do “Uayeb”, que coincidiam com o final do ano neste
calendário, os maias deixavam a um lado os seus trabalhos agrícolas já que se consideravam nefastos
e se dedicavam à preparação do ano novo, destruindo coisas velhas, criando novos utensílios, etc.
Tanto no tzolkim como no haab, os anos não se enumeravam já que a combinação de datas mediante
os dois sistemas era suficiente para o dia a dia, pois as coincidências entre um e outro se produzia cada
52 anos e isto superava a expectativa de vida da época. Para a combinação de ambos calendários os
maias utilizavam a roda calendárica na que cada volta representava um mês.
• Conta larga: Esta conta era utilizada para distinguir quando ocorria um evento face a outro no tzolkim
e no haab, e a diferença dos anteriores, neste calendário sim se numeravam os anos, pelo que é o mais
comparável com nosso calendário atual. Este calendário era cíclico já que se repetia cada 52 anos
maias, o que se celebrava com a cerimônia do fogo novo que se assemelharia à entrada do século novo
em nosso calendário. É justamente em base a este calendário pelo que se fala do fim do mundo em
dezembro de 2012. Especificamente, o 23 de dezembro de 2012 é quando o calendário maia da “conta
longa” marca o final de uma era de 5.126 anos. Isto não significa que para os maias o mundo termina
2012, já que o fim desta era faz parte de outros ciclos maiores de tempo e que os maias também
contabilizavam.
Calendário haab (18 meses de 20 dias)
Calendário tzolkim (20 meses de 13 días)
LINHA DO TEMPO
1522. Fernão de Magalhães e El Cano realizam a circum-navegação da Terra.
1523. De Alvarado explora as terras da Guatemala..
39
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
TEXTO PARA LEITURA E COMENTARIO
“ Existe um costume que quando alguém completa doze anos se entrega à criança um leitãozinho ou
um cordeirinho , ou dois pintainhos; espera-se que esses pequenos animais cresçam e se multipliquem
e isso deve depender do carinho que a criança irá pôr no presente que os pais lhe deram. Recordo que
quando fiz doze anos que o meu pai me ofereceu um leitãozinho fêmea e um porco. Ninguém podia tocar
ou vender os animais sem que eu autorizasse. Trata-se de que cada um comece por ter um sustento
próprio.” “... Sentia-me muito contente com todos esses animais. Fizeram-me uma grande festa. Comemos.
Nós os indígenas (naturais) só comemos galinha quando há uma festa. Por vezes passam-se muitos anos
sem que comamos carne. Para nós, comer carne de galinha é um grande acontecimento. Passado um
tempo, a minha porquita cresceu e teve cinco crias. Eu própria tinha que conseguir comida para os
alimentar. Depois de trabalhar no campo todo o dia regressava a casa pelas seis, sete da tarde, fazia
todas as tarefas que tinha que fazer, e preparava as coisas para o dia seguinte, depois punha-me a tecer
à luz do “ocote”. Ás vezes quando comíamos no campo, punha-me a tecer com o meu tear, pendurado
de um ramo de uma árvore. Ao fim de quinze dias ia vender quatro ou cinco peças de tecido e com o
dinheiro que ganhava comprava milho e comida para os meus leitões de criação. Quando estes atingiram
os sete meses, vendi-os e com esse dinheiro pude continuar a alimentar a porca para que continuasse a
ter mais crias. Assim pude comprar um corte de tecido e algumas coisas de vestir e pude comprar bastante
fio para tecer uma blusa, um “huipil”. É assim que cada um se vai sustentando...”
“O meu nome é Rigoberta Menchú e assim me nasceu a consciência”,
Elisabeth Burgos. Argos Vergara. 1983.
Rigoberta Menchú foi prémio Nobel da Paz no ano de 1992
Questões que se devem ter em conta para um debate:
PRI MÁRIA
• Faz uma comparação entre o que tu fazes durante um dia qualquer e a forma
de vida da menina que aparece no relato.
• Que te parece começares a pensar criar tu o teu próprio negócio?
• Que te parece começares a pensar criar tu o teu próprio negócio?
SECUNDÁRIA
• Faz uma comparação entre o que tu fazes no teu quotidiano, e a forma de vida da
menina que aparece no relato.
• Achas que é justo que existam crianças que tenham que trabalhar a partir dos doze
anos? Podes sugerir alguma maneira de colaborares para evitar esta situação?
• Que te pareceria começar a montar um negócio teu aos doze anos?
• Se te lembrares de alguma proposta, parecida à que aparece no relato e adaptada
a nossa forma de vida actual, sugere-a, pensando de que forma nos poderá ajudar
a educarmo-nos com responsabilidade?
40
O ELDORADO
as Civilizações pré-colombinas
Por em evidência a existência de culturas pré-colombianas e
facilitar a reflexão sobre o seu desenvolvimento cultural e social.
Quando a primeira expedição toma contacto com
o “Novo Mundo”, já se tinham passado uns 40.000
anos sobre a chegada a partir de outros continentes,
os que seriam os seus primeiros povoadores. Esta
colonização foi feita por culturas muito antigas a partir
do norte e estendendo-se até ao sul do continente.
Quando chegaram os conquistadores europeus,
encontraram uma cultura desenvolvida e uma organização social muito hierarquizada, com agricultura
como a principal actividade básica. Ainda que alguns
destes povos (Incas e Astecas) possuíssem cidades
fortificadas, grandes exércitos e um conhecimento
perfeito do terreno, foram colonizados ou conquistados
com relativa facilidade, porque no princípio consideraram os espanhóis como deuses, e depois nas
batalhas, os cavalos e as armas de fogo e aço que
não conocian os indigenas, deram a supremacia aos
conquistadores.
Apesar de os conquistadores espanhóis terem
submetido pela força os Incas e os Astecas, que eram
os povos mais avançados, levando igualmente novas
doenças que dizimaram as populações indígenas,
muitos povos sobreviveram à conquista e na actualidade formam importantes comunidades nos países
do Sul e Centro do continente americano. Ao serem
considerados estes povos como vassalos da Coroa
espanhola, à semelhança do que aconteceu com os
povos indígenas do Brasil sob governo da Coroa
portuguesa, contribuiu algumas vezes, para a sobrevivência destes povos, ainda que a política das encomiendas, e a evangelização mudaram as suas formas
de vida e a s suas concepções religiosas e culturais.
LINHA DO TEMPO
1524. Cria-se o Conselho de Índias.
1525. Fernández de Oviedo fala por primeira vez do milho, o fumo e o cacau.
1526. Paracelso introduz novas técnicas de laboratório. Banho de vapor.
41
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
TEXTO PARA LER E COMENTAR
Mapa civilizaciones precolombinas
“ A lenda do “ElDorado” inspirou-se numa cerimónia
que se celebrava no lago Guatavita, ao norte de Bogotá,
com o motivo de celebrar o acesso ao poder de um novo
rei. Depois de se ter retirado para uma caverna (as
cavernas eram lugares sagrados), o pretendente ao trono
caminhava até ao lago, onde estava preparada uma balsa
feita de canas; com tochas de fogo ardendo e incenso, o
candidato a governante era despido e coberto por completo
de argila, misturada com ouro em pó. Então o “ElDorado”
subia para a balsa em que se encontravam oferendas de
ouro e esmeraldas. Ao som de instrumentos musicais a
balsa zarpava até ao centro do lago, e aí se fazia a oferenda
do ouro e das esmeraldas ao deus da água, montanhas e
terra. E assim se iniciava o reinado do novo governante.”
“Os espanhóis interpretaram a lenda como um
símbolo de um país de grandes riquezas. A palavra
“ElDorado” veio a significar assim um paraíso de riqueza
e felicidade e abundância, cuja pretendida situação variava
segundo as versões que os conquistadores davam das suas
aventuras.”
Questões para orientar o debate ou o comentário ao texto:
• Qual é o ElDorado da nossa época actual?
• Para ti, que objectivos te impulsariam à aventura?
• Quais são as grandes aventuras na actualidade?
Informação complementar para o desenvolvimento do tema
O sistema de numeração Maia
Muitos séculos antes da invenção do sistema decimal na Índia e do seu uso na Europa, os Maias
utilizando o conceito do zero criaram um sistema de numeração com base em 20 (vigésimal) que
requer um total de vinte símbolos, de 0 a 19, para expressar as diferentes quantidades. Num sistema
decimal (base 10) são necessários 10 símbolos, de 0 a 9
LINHA DO TEMPO
1527. Guillén inventa a bússola de variação que determina a declinação no mar.
1528. Durero apresenta inovações na arte do gravado.
1529. Criação do virreinato de México.
1530. Fancastoro expressa a ideia de que a Terra tem um polo magnético.
1531. Benewitz apresenta os seus “Estudos sobre o Sol”.
42
Cifras numéricas do sistema de numeração Maia
A partir do 19 (último número com símbolo
individualizado, quer dizer semelhante ao
9 no sistema decimal) os números Maias
escrevem-se mediante um sistema de níveis
que se desenham verticalmente e em sentido ascendente, em que o nível inferior
representa as “unidades” Maias (do 0 a
19) análogas às nossas (do 0 ao 9); o
seguinte nível, das vintenas (do 20 ao 399),
análogas às nossas dezenas (do 10 ao 99);
o seguinte das “vintenas de vintenas” (do
400 ao 7.999), análogas à nossas dezenas
de dezenas ou centenas (do 100 ao 999)
e assim sucessivamente.
1
6
11
16
2
7
12
17
3
8
13
18
4
9
14
19
5
10
15
0
Incas
Maias
Astecas
De que
viviam?
A agricultura, a batata, a pesca, exploração de minérios. Construção de
sistemas de rega.
Possuíam uma boa rede comercial, e o
principal produto cultivado era o milho.
Cultivavam o milho, feijões, e
cacau. Praticavam a troca de
produtos.
Estrutura
Social
Muito hierarquizada. Com guerreiros,
que garantiam o domínio sobre o império.
Com três classes sociais: Rei, Guerreiros
e sacerdotes. Povo simples.
Autoridade real, Nobreza e muitos
estratos sociais.
Religiosidade
Acreditavam que o deus Sol, criara
os homens de pedra. Tinham outras
divindades. Realizavam cerimónias e
sacrifícios sagrados com chamas.
A religião governava o tempo e o espaço.
Os sacerdotes detinham um poder muito
grande e a figura do rei estava divinizada.
Acreditavam na vida após a morte.
Toda a ordem cósmica e natural
dependia da vontade dos deuses. A oferenda mais importante
era o sangue. Deuses da guerra
e a Deusa do Milho.
Situação
geográfica
Na cordilheira dos Andes, actual Peru.
Na América Central.
No actual México.
Nível
cultural
Características das três culturas pré-colombianas mais desenvolvidas.
Possuíam um calendário agrícola. Falavam a língua Quechua. O urbanismo
e a organização do espaço da cidade
de Cuzco é verdadeiramente assinalável.
Tinham uma escrita baseada em “GLIFOS”
e construíam enormes templos.
Possuíam um sitema tributário e
um antigo código penal. As casas
eram de adobe e tinham horta e
jardim.
43
ACTIVIDADES. Educação Primária
Os Maias tinham um curioso sistema de numeração no qual utilizavam pontos e traços
para escrever as cifras numéricas.
Cifras do sistema de numeração Maia
Averigua como escreviam
os Maias os números:
Três
Sete
Treze
Cezassete
1
6
11
16
2
7
12
17
3
8
13
18
4
9
14
19
5
10
15
0
ACTIVIDADES. Educação Secundária
A partir do 19 (último número com símbolo individualizado, quer dizer semelhante ao
9 no sistema decimal) os números Maias escrevem-se mediante um sistema de níveis
que se desenham verticalmente e em sentido ascendente, em que o nível inferior
representa as “unidades” Maias (do 0 a 19) análogas às nossas (do 0 ao 9); o seguinte
nível, das vintenas (do 20 ao 399), análogas às nossas dezenas (do 10 ao 99); o seguinte
das “vintenas de vintenas” (do 400 ao 7.999), análogas à nossas dezenas de dezenas
ou centenas (do 100 ao 999) e assim sucessivamente.
Por exemplo os seis últimos que acompanham o 902 do telefone de Ilha Mágica se
escreveriam assim:
Números Em numeração Níveis que representam as
Maias
Maia
sucessivas potências
Vintenas de
vintenas de
vintenas de
vintenas
(Número maia x 20 4 (x 160.000)
Vintenas de
vintenas de
vintenas
Número maia x 20 3 (x 8.000)
Vintenas de
vintenas
Número maia x 20 2 (x 400)
Vintenas
Número maia x 20 1 (x 20)
Unidades do 0
ao 19
Número maia x 20 0 (x1)
Somamos e obtemos o
telefone
Isla Mágica 902 -
A nossa enigmática data continua a ser um mistério. Procura resolvê-lo.
O que aconteceu naquela data em que a cultura Maia já tinha desaparecido?
44
ALIMENTAÇÃO, ACTIVIDADE
FÍSICA E SAÚDE em Isla Mágica
Uma alimentação equilibrada e actividade física são os elementos
que mais contribuem para um estilo de vida saudável.
A combinação de uma alimentação saudável e a actividade física é fundamental para manter e melhorar a
saúde. No entanto, na sociedade actual têm-se produzido mudanças alimentícias que se manifestam no
maior consumo de gorduras e açúcares, prejudiciais para a saúde, e numa descida da actividade física na
escola e durante o tempo de lazer. Para combater este sedentarismo e tornar-nos mais cientes da importância
de uma alimentação equilibrada, Isla Mágica oferece a possibilidade de fazer exercício a aprender, graças
a um percurso activo através do século XVI.
Alimentos no Novo e no Velho
mundo no século XVI.
No século XVI, quando chegámos à América Ocidental,
foram descobertos alimentos desconhecidos na Europa,
e também na América foram descobertos alimentos
desconhecidos até aquela data. Isto contribuiu para
aumentar a variedade da dieta europeia com o aumento
de alimentos ricos em hidratos de carbono e também
da dieta americana, que se enriqueceu com proteínas.
Entre os alimentos que não se conheciam na Europa
encontravam-se a batata, a abóbora, tubérculos como
os camotes (batata doce), frutos secos como o maní
(amendoim), cereais como o milho ou legumes
como(cacahuete), cereales como el maíz o verduras
45
como o tomate. A alimentação espanhola forneceu alimentos ricos em proteínas como a carne de porco, de
vitela ou de ovelha, leguminosas como o grão-de-bico ou outros alimentos como o azeite.
ALIMENTOS NO NOVO E NO VELHO MUNDO NO SÉCULO XVI
Alimentos do Velho Mundo
Alimentos do Novo Mundo
Batata
Milho
Pimento
Tomate
Mandioca
Feijão
Abóbora
Amendoim
Peru Comum
Batata doce
Cacau
Trigo
Vinha
Oliveira
Cana de açúcar
Arroz
Alho
Cebola
Porco
Vaca
Ovelha
Grão-de-bico
Portanto, os alimentos que comemos variaram de uma época para outra e também de uns países para outros.
O encontro dos dois mundos contribuiu globalmente para uma alimentação mais variada e saudável nos dois
continentes.
A alimentação saudável e equilibrada.
Uma alimentação saudável é aquela que tem por base uma dieta variada e equilibrada. Podemos tomar como
referência a pirâmide da alimentação saudável, baseada na dieta mediterrânica, a qual nos aconselha comer
diariamente cereais (massa, pão, arroz), tubérculos como a batata, legumes, hortaliças e frutas variadas. Os
cereais fornecem hidratos de carbono saudáveis como o amido. Devemos saber que os hidratos de carbono
são a nossa principal fonte de energia. As frutas fornecem as vitaminas e os minerais necessários para o nosso
desenvolvimento, para além da fibra. Também diariamente, devemos tomar lacticínios, como o leite ou o iogurte,
e outros alimentos como o azeite, que contém uns ácidos gordos
monoinsaturados como o oleico muito benéfico para evitar doenças
cardiocirculatórias. Os lacticínios fornecem cálcio (fundamental para
o crescimento) e proteínas que contribuem para o desenvolvimento
dos nossos músculos e tecidos. Os legumes e as hortaliças são,
do mesmo modo que a fruta, uma importante fonte de vitaminas e
de fibra, um composto vegetal muito necessário para evitar a prisão
de ventre e prevenir algumas doenças. O leite e outros alimentos
como o peixe, a carne de frango, as leguminosas e os ovos, fornecem
proteínas de alto valor biológico pelo que devem comer-se de três
a cinco vezes por semana. E xis tem outros alimentos,
46
como por exemplo as carnes
vermelhas, (porco, vitela ou
borrego) que t ambém
fornecem proteínas, mas
devem ser ingeridas em
menor medida dado que
possuem muitas gorduras
s aturadas e podem ser
prejudiciais para a saúde se
são tomadas em excesso. O
mesmo acontece com os
doces e as guloseimas pois
contêm açúcares simples que
são menos saudáveis. Os
frutos secos são muito mais
saudáveis dado que possuem
um alto valor energético e as
suas gorduras são vegetais.
Por este motivo é conveniente
substituir as guloseimas por
frutos secos.
PI RÁM I DE DE LA ALI M ENTACIÓN SALU DABLE
Para além de respeitar a
pirâmide da alimentação saudável e manter uma dieta variada para que a alimentação seja saudável, é necessário
distribuir os alimentos em 4 ou 5 refeições por dia. O pequeno-almoço é uma das refeições mais importantes
e deve fornecer 25% das calorias necessárias por dia. Comer de maneira saudável contribui para que nos
sintamos melhor e para prevenir a obesidade, a desnutrição e inúmeras doenças.
A actividade física.
Uma alimentação saudável também deve ser combinada com a prática de actividade física. Caminhar, andar
de bicicleta, fazer desporto e utilizar o nosso tempo de lazer de forma activa contribui para melhorar a nossa
saúde e o nosso bem-estar. Desta perspectiva, as características de Isla Mágica com mais de 4.000 metros
de percurso e um grande número de atracções fazem com que seja um local idóneo para a realização de
exercício físico de uma maneira divertida.
A actividade física em Isla Mágica varia em função do número de vezes que cada pessoa monta nas atracções,
do número de vezes que percorre Isla Mágica ou corre ou caminha de um lugar para outro. Dado que caminhar
é um exercício saudável, o simples facto de percorrer a pé os 4000 metros do Parque pode ser considerado
uma prática saudável.
Montar no Jaguar, montar na Anaconda ou viajar na Torre do Desafio podem ser considerados exercícios
relativamente intensos pelo stress e a emoção que produzem.
LINHA DO TEMPO
1532. Francisco Pizarro conquista o Peru.
1533. Iván IV o Terrível se converte no primeiro “zar” de Rússia.
1534. San Ignacio de Loyola funda a Compañia de Jesús, a Contrarreforma.
47
DECÁLOGO DA N UTRIÇÃO SAU DÁVEL
1.- A tua alimentação deve ser variada.
2.- Come frutas e legumes.
3.- A higiene: essencial para a tua saúde.
4.- Bebe o suficiente.
5.- Não tentes mudar os teus hábitos de alimentação e comportamento
de um dia para outro.
6.- Consome alimentos ricos em hidratos de carbono (massa, batatas, pão).
7.- Mantém um peso adequado à tua idade.
8.- Come regularmente.
9.- Faz exercício.
10.- Lembra-te que não há alimentos nem bons nem maus.
ACTIVIDADES. Ensino Primário.
Encontra nestas sopas de letras, 8 alimentos do Velho Mundo (Europa) e 8 alimentos
do Novo Mundo (América):
SOPA DE LETRAS DO NOVO MUNDO:
SOPA DE LETRAS DO VELHO MUNDO:
0
U
G
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A
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M
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O
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V
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48
O
ACTIVIDADES. Ensino Primário.
O Liga com setas os alimentos da direita com os degraus da pirâmide segundo o grupo
alimentício a que pertencem.
PROTEÍNAS
VITAMINAS
E MINERAIS
HIDRATOS DE CARBONO
ACTIVIDADES. Ensino Secundário.
A seguir apresentamos um texto onde se descrevem os alimentos que Magalhães
embarcou para ele e para a sua tripulação durante a primeira volta ao mundo. Realiza
uma composição incluindo os alimentos que tu levarias se tivesses de dar a volta ao
mundo de barco, tendo em conta a necessidade de manter uma alimentação saudável.
Por quê levarias contigo os alimentos que escreveste?
A preparação da primeira volta ao mundo.
“Mandei embarcar 22.000 libras de bolachas - para aguentarem dois anos -, sacos de farinha, de feijão,
de arroz; 5.700 libras de carne de porco salgada, 200 tinas de sardinhas, 1.000 queijos, 500 réstias de alho
e de cebola, 1.500 libras de mel, 3.000 libras de passas e de amêndoas, açúcar, em grande quantidade.
Sabe-se que os marinheiros gostam de vinho. Mandei que armazenassem a bordo 417 odres e 250 barris
do melhor vinho de Jerez, suficiente para dar a cada homem duas doses diárias durante dois anos. Mas,
onde estaremos dentro de dois anos? Terei encontrado a passagem?
Também tive de lembrar-me das mercadorias para a troca. Encontraremos gentes desconhecidas, das quais,
com certeza absoluta, dependerão as nossas vidas. E como de forma oficial vamos à procura de especiarias,
teremos de pagar de uma forma ou de outra!
Sei por experiência própria que os selvagens adoram espelhos e campainhas. Levo 900 daqueles e não
menos de 20.000 destas. E também, 400 dúzias de facas fabricadas na Alemanha, 50 dúzias de tesouras,
pulseiras de cobre, pentes, avelórios. Por último, lenços de várias cores, gorros vermelhos e algumas peças
de roupa orientais, as quais reservo para as personagens mais importantes.
Excerto pertencente ao romance histórico de Yvon Mauffret: Fernão de Magalhães. Cavaleiro português,
Capitão de Sua Majestade o Rei de Espanha, que quis dar a volta ao mundo.1990
Extraído de la novela histórica de Yvon Mauffret: Yo, Magallanes. Caballero portugués,
Capitán de su Majestad el Rey de España, que quiso dar la vuelta al mundo. 1990
49
A ROTA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS
Porta da América
Ressaltar a importância dos avanços científicos e do comércio como
impulsionadores dos descobrimentos, e como motor da posterior colonização.
A escassez de pastos outonais da Europa, criaram a
necessidade de conservar a carne do gado para a
alimentação através de processos de conservação,
portanto surgiu a necessidade de comprar especiarias
(pimenta, cravinho, noz moscada). Este comércio era
realizado através do Oriente Mediterrâneo (as repúblicas
italianas) e constantemente ameaçado pelo controle
dos mercadores muçulmanos e a ameaça do Império
Turco.
A necessidade de encontrar rotas mais seguras para
este comércio, unidas às descobertas científicas e ao
espírito de aventura da época, fizeram possível as
primeiras viagens para Ocidente e o descobrimento do
Novo Mundo.
No início da colonização da América, as expedições
compunham-se de pequenos comboios de navios,
formados fundamentalmente por velozes caravelas, que
tinham a intenção de explorar as novas terras descober-
tas. Em meados do século XVI , a colonização estava já
consolidada, chegando o momento de se organizar o
comércio e a navegação entre os dois continentes.
A partir de 1526, foi proibido que todos os navios
comerciais atravessassem o oceano, estavam obrigadas
a fazê-lo em grupo e sob escolta de barcos de guerra.
Depois estabeleceram-se duas grandes frotas, em Espanha, as únicas e permanentes que asseguravam o
transporte de pessoas e bens para as colónias da
América espanhola, estas foram a do México ou da
Nova Espanha, e a da Terra Firme ou América Central.
Portugal mantinha outra rota igualmente importante para
a América, a do Brasil. Estas frotas garantiam a segurança
das embarcações, pessoas e bens, ante os ataques
frequentes dos piratas e de auxílio na travessia, obrigando
por isso a cumprir datas fixas e a uma maior duração
da viagem.
LINHA DO TEMPO
1535. Cartier explora o norte de Canadá e Alaska.
1536. Fontana Tartaglia, estudou o voo dos projécteis.
1537. Vesalio faz estudos científicos da Anatomia do corpo humano.
1538. Fundação da Universidade de Santo Domingo.
50
A Nau Vitoria realizou a primeira volta ao Mundo.
A Nau Vitória, juntamente com outros quatro
barcos e um total de 247 tripulantes, zarpou
do porto de Sevilha no dia 10 de Agosto de
1519, em busca das Ilhas das Especiarias,
situadas no Oriente. A expedição, comandada
por Fernando de Magalhães, que morreu nas
Ilhas Filipinas em Abril de 1521, rumou a
Ocidente, esperando encontrar uma
passagem no extremo sul da América do
Sul, que demonstraria a esfericidade da Terra.
Três anos mais tarde, Juan Sebastian Elcano
e 18 dos homens que com ele tinham iniciado
a viagem, concluíram a circum-navegação do
globo terrestre, sendo assim o primeiro barco
a dar a volta ao mundo. Chegaram no dia 6
de Setembro de 1522 a Sanlucar de
Barrameda com a Nau Vitória carregada de
especiarias, após terem vivido terríveis
desventuras.
Informação complementar para desenvolvimento do tema
• A bússola, de origem chinesa, foi introduzida pelos árabes na Europa. É um instrumento
fundamental para a nossa orientação e que
consiste simplesmente numa agulha magnetizada por um imã que indica sempre o
Norte.
• O Astrolábio, é um instrumento antigo,
aperfeiçoado no século XV (Escola de Sagres,
Portugal), que permite medir a altura dos
astros e deste modo determinar a latitude.
Os marinheiros podiam assim conhecer a
sua situação geográfica no mar alto.
• Os Portulanos, eram mapas copiados à
mão. Neles se representava o contorno das
costas, e indicavam-se com precisão os
acidentes geográficos e os portos; de aí vem
o seu nome.
• Cristóvão Colombo apetrechou em 1492,
os três navios com víveres para quinze meses
e água para seis. A ração alimentar diária
por passageiro era de 1,5 libra a 2 libras de
biscoitos ou bolachas, uma libra de carne
salgada, um quarto de libra de arroz ou
legumes secos, um litro de água, três quartos
de litro de vinho, 50 gramas de vinagre e
um quarto de litro de azeite. Uma libra equivale a 453,6 gramas.
• Colombo, com as suas rápidas caravelas,
demorou 34 dias em fazer a travessia. Depois,
a frota com barcos maior calado de carga,
e muito mais lentos, tardavam cerca de dois
meses.
LINHA DO TEMPO
1539. Brocke. Cañerías de Plomo fundido.
1540. De Valdivia funda Santiago de Chile.
1541. El Portugués Mendes llega a Japón.
1542. Paulo IV restablece la Inquisición.
1543. Copérnico publica "De revolutionibus orbium celestium".
1544. Stifel funda el Álgebra moderna en su obra "Aritmética Integral".
51
ACTIVIDADES. Educação Primária
Localiza no mapa e indica no mapa-múndi:
• Espanha - Europa - Índias Ocidentais - Turquía
• Traça o caminho das Índias Ocidentais a Espanha. Vês os perigos?
• Traça o caminho das frotas rumo ao Ocidente.
AMÉRICA
OCEANÍA
ACTIVIDADES. Educação Secundária
As dietas alimentares dos dois continentes começaram a mudar no século XVI.
Na América não conheciam:
Na Europa não conheciam:
Trigo
Vinhas
Oliveira
Cana de
açúcar
Café
Arroz
Alho
Batata
Milho
Cacau
Pimento
Tomate
Mandioca
Tabaco
Baunilha
Cebola
Cavalo
Cão
Porco
Vaca
Ovelha
Cabra
Bicho de seda
Feijão
Abóbora
Peru
Amendoins
Utilizando os dados do quadro elabora um menu completo para dois dias de uma família
no século XV na Europa e outra da América. Faz o mesmo aplicando ao século XXI.
52
A PIRATARIA,
causas e interesses
Assinalar os diferentes tipos de piratas,
sua relaçao com os governos eo ambiente
romântico da sua existência.
Em meados do século XVI , atingiu-se o auge dos assaltos
de piratas no mar das Caraíbas, aos barcos de mercadorias. Estes factos ocorreram sob a protecção dos
governos de Inglaterra, França e Holanda. Os seus
objectivos era obter riquezas facilmente e debilitar as
monarquias ibéricas, Portugal e Espanha. Devido ao
facto dos portos europeus ficarem muito distantes das
rotas para a América, os corsários procuraram postos
de abastecimento próximos aos lugares de ataque, como
as ilhas atlânticas de Cabo Verde, a meio caminho entre
a Europa e a América. Os postos de abastecimento nos
domínios ingleses foram a Jamaica, e a Ilha Tortuga sob
domínio francês. Estes ataques não só os realizavam no
mar, mas também, quando tinham necessidade de
provisões ou boas expectativas de saques, atacavam as
cidades em terra firme.
Estes ataques constantes obrigaram à construção de
fortificações em algumas cidades portuárias como
Catagena das Índias, Campeche, Ribeira Grande, La
Havana, etc.
Com a denominação de piratas podemos encontrar
uma ampla gama de personagens, cuja única característica comum era a de estarem situados à margem das
leis vigentes e realizar as suas actividades no mar. As
suas formas de actuar, de organizar-se, suas leis e
códigos internos e a sua procedência nem sempre foram
iguais ao longo do tempo, tal como foram diferentes os
distintos governos de países europeus que se aproveitaram deles para os seus objectivos políticos de dominação.
LINHA DO TEMPO
1545. Pare começa a cirurgia moderna.
1546. Vitoria fundador do Direito Internacional.
1547. Nasce Cervantes.
53
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
Texto para leitura e comentário
La canción
del pirata.
José de Espronceda (1840)
As embarcações escandinavas
moviam-se propulsionadas pela
vela e a força dos remos
Com ez canhões de cada lado
vento em popa a toda vela,
não corta o mar, mas sim voa
Os polinésios percorriam enormes
distâncias a bordo de canoas de
vela com cascos duplos.
um veleiro bergantim:
baixel pirata a que chaman
por sua bravura o Temido,
em todo o mar conhecido
de um a outro confim.
(...)
À voz de “Barco á vista!”
É voz de ver
Como olha
As dawa, navios mercantes
árabes, possuíam velas latinas
triangulares.
E se antecipa
A toda vela escapar:
As caravelas portuguesas
podiam transportar 30 tripulantes.
Porque eu sou o rei do mar,
E a minha fúria é de temer.
Como os saques
Eu divido
O colhido
Por Igual
Somente quero:
Por riqueza
A beleza
Sem rival.
Porque o meu barco é meu tesouro;
e o meu Deus a liberdade;
O “Endeavour” do capitão Cook
era um barco carvoeiro
remodelado.
minha lei, a força e o vento;
minha única pátria o mar.
(...)
54
As carracas, navios mercantes,
de três mastros, marcaram o
modelo dos futuros navios de
guerra, exploração e comércio.
Informação complementar para desenvolvimento do tema
O mar, com os seus condicionantes como a imensidão, a insegurança, a surpresa e o risco era
justamente o que forjava a pirataria. A fome e a pobreza, que eram generalizadas na época, faziam
com que as pessoas buscassem na aventura, ou num golpe de sorte uma forma de se libertarem
da miséria imperante. Em todas as épocas os interesses políticos dos governos trataram sempre
de utilizar os piratas em benefício próprio.
Piratas
São indivíduos que se
dedicam ao roubo e assalto
de barcos de forma
indiscriminada.
Corsários
São indivíduos que se
dedicam ao roubo e assalto
de barcos das nações
inimigas, com a autorização
do seu governo.
“A patente do Corso”.
Salteadores
Estes foram uns piratas
peculiares, estavam bem
organizados, tinham uma
sociedade paralela com
normas de convivência
próprias.
Lançados
No princípio eram grupos
de caçadores ilegais,
franceses, ingleses, da ilha
de Santo Domingo, que
vendiam carne fumada aos
piratas. Quando os
espanhóis os expulsaram,
converteram-se em piratas.
LINHA DO TEMPO
1548. Carlos V dita o Interim de Augsburgo.
1549. Srurer apresenta o Vidro obtido de cobalto.
1550. Início do primeiro estilo do Barroco.
55
ACTIVIDADES. Educação Primária
Os salteadores foram um tipo de piratas peculiares, bem organizados, tinham uma sociedade
paralela regida pelas sua próprias normas de convivência. Cada barco e cada tripulação possuíam
um Código de Honra próprios. Cada tripulação estabelecia as suas normas de convivência salvo
nos barcos em que o capitão era muito malvado. Estes códigos tinham normalmente em conta, os
direitos e deveres, e costumavam ser solidários com os mais fracos e muito rígidos com os traidores.
Propomos que cries na tua classe ou com o teu grupo de amigos e amigas o vosso próprio Código
de Honra. Devem todos escrever, e ter todos e todas uma cópia e não deve ter mais de dez pontos.
C ÓDIGO DE H ONRA
LINHA DO TEMPO
1551. Retico publica as tábuas para as funções trigonométricas.
1552. São Francisco Xavier morre na ilha de Cantão.
56
ACTIVIDADES.
Educación
Informação
complementar
paraPrimaria
desenvolvimento do tema
A vida e as estranhas e surpreendentes aventuras de Robinson Crusoe....... Daniel Defoe
O Rei dos Piratas........................................................................................... Daniel Defoe
As Aventuras do Capitão Singleton................................................................ Daniel Defoe
O Pirata........................................................................................................... Walter Scott
O Corsário Vermelho............................................................................................... James Fenimore Cooper
O Pirata........................................................................................................... Frederick Marryat
A Ilha do Tesouro............................................................................................. Robert Louis Stevenson
O Corsário Negro............................................................................................. Emilio Salgari
El Capitão Blood................................................................................................ Rafael Sabatini
Os Piratas de Halifax...................................................................................... Jules Verne
Histórias de Piratas.................................................................................................. Arthur Conan Doyle
Os Piratas do Novo Mundo............................................................................ Rafael Abella
Filmes de piratas
Título: PIRATAS
Género: Aventuras
Produção: Francia, Túnez 1996
Duração: 124 minutos
Direcção: Roman Polanski
Guião: Gerard Brach y Roman Polanski
Intérpretes: Walter Mattau, Cris Campion, Danien Thomas
Nivel educativo: Educação Secundário
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária
Sugerimos que leiam o romance que escreveu em 1883 Robert Louis Stevenson , “A Ilha do
Tesouro” e propomos que façam um exercício de crítica cinematográfica depois de ver o filme
“Piratas” de Roman Polanski (1986), completando o seguinte esquema:
DADOS DE FILMES
Título:______________________________________ Género:____________________
Produção:____________________________________________________________
Duração:________________________Direcção:____________________________
Argumento:______________________________________________________________
Actores:_____________________________________________________________
Algumas indicações para escrever um artigo ou uma crítica sobre o filme:
• De que trata? Quem são os protagonistas? Como são? Que têm de bom ou de mau?
• O que lhes acontece? Que problemas têm? Como os resolvem?
• Como se trata a violência?, Que mensagem nos quer transmitir o filme?
• Está correctamente ambientado o filme? Reflecte bem a época?
• Gostaste do filme? Porquê?
• Averigua a distância entre a Jamaica e o porto de Sevilha.
57
As formas de pagamento:
da troca ao microchip
Evolução das diversas formas de pagamento.
Quanto custa? Como se paga um quilo de batatas? A resposta a esta pergunta variou ao longo da história,
em função da forma de pagamento utilizada em cada época. Assim, na pré-história americana poderia terse trocado por um quilo de milho, no século XVI por moedas de bilhão, enquanto na actualidade além de
moedas ou notas poderia utilizar-se o cartão de crédito e inclusive realizar-se um pagamento telemático.
A troca.
Nas origens da humanidade, primava o autoabastecimento; quase tudo o que se caçava, se colhia ou se
produzia na agricultura ou pecuária primitiva, consumia-se, mas com os excedentes já faziam alguns intercâmbios
comerciais. Quando este sistema se formalizou, os habitantes de uma zona iam ao “mercado” um dia na
semana ou ao mês, para trocar os seus produtos.
As primeiras formas de comércio basearam-se no intercâmbio de produtos, isto é, trocava-se o que uma
pessoa tinha e não precisava, pelo que outra não tinha e precisava. A troca foi um sistema que se manteve
por muito tempo e não só em povos nômades, senão também em sociedades sedentárias. Deste modo, uma
jarra de vinho podia ser trocada por um saquinho de trigo, por peles para casaco, por uma arma de caça,
por lã de ovelha, por peixe, etc.
Os maias, por exemplo, basearam o seu sistema de troca no intercâmbio, sobretudo, de mercadorias de luxo
e artigos sumptuários como jade, conchas, plumas, ouro e cacau.
58
O desenvolvimento de novos bens de consumo e o crescimento da actividade comercial demonstrou que a troca
não era muito prática: em primeiro lugar, porque nem sempre se precisava daquilo que o outro estava a oferecer
e, em segundo lugar, porque era difícil determinar qual era o valor exacto dos produtos a trocar.
Para resolver estes primeiros problemas procuraram produtos de referência, que fossem admitidos pela comunidade
como forma de pagamento e em função deles fixava-se o valor dos outros produtos. Assim, no Sudeste Asiático
utilizava-se o arroz, em diversas zonas da Europa o sal, em alguns países da África utilizavam-se conchas marinhas,
nas ilhas do Pacífico faziam-se os intercâmbios por colares, etc.
O dinheiro de metal.
O seguinte passo lógico, depois de fixar um valor para a troca,
era utilizar como moeda algo não perecível como, por exemplo,
o metal. O ouro e a prata converteram-se durante muitos anos
na medida de todos os intercâmbios comerciais.
As primeiras moedas, que estavam feitas com uma liga de metais
de ouro e prata, apareceram no século VI a.C. na Ásia Menor. Para
a cunha de uma moeda utilizava-se a mesma quantidade de ouro
que, naquele momento, valia a moeda. No século XVI este sistema
seguia vigente, de maneira que se dez gramas de ouro valiam um
Ducado (moeda da época), utilizavam-se dez gramas de ouro para
cunhar um Ducado. Esta situação deu origem à utilização de outro
tipo de materiais como, por exemplo, o bilhão. Com a moeda de
bilhão, o valor do metal utilizado para cunhar a moeda era inferior
ao valor que esta representava.
As moedas proliferaram rapidamente em todos os países
desenvolvidos do mundo. Tanto os monarcas como os aristocratas, as cidades e as instituições começaram a cunhar
dinheiro com o seu selo identificativo para certificar a autenticidade do valor metálico da moeda.
O dinheiro de papel.
As primeiras referências que existem na Europa sobre o
papel moeda ou a nota datam do séc. XIII e incluem-se nas
anotações do mercador veneziano Marco Polo na sua viagem
à China. Em Espanha começou a utilizar-se no séc. XVIII,
durante o reinado de Carlos III. Nesta altura criou-se o Banco
de San Carlos, origem do actual Banco de Espanha. Este
banco foi o primeiro em emitir notas no nosso país. A idéia
era simples, emitiam-se uma série de papéis certificando
que se podia trocar por ouro que previamente tinha sido
depositado no banco. Ao princípio as pessoas não davam
valor algum às notas e muitos estabelecimentos comerciais
não os admitiam, mas com o passo do tempo foi consolidandose, ao igual que as moedas, como forma de pagamento.
Actualmente uma das formas mais habituais para pagar, sobretudo se o valor for elevado, não é nem a moeda nem
a nota senão o cartão de crédito que surge a princípios do século XX.
59
O dinheiro de plástico.
Em 1914 a empresa estado-unidense de envios de efectivo pelo mundo todo Western União tirou o primeiro cartão
de crédito ao consumo para os seus clientes preferentes. Era o primeiro cartão de crédito da história. Ainda
emitiram-se muito poucos e tinham uma aceitação muito limitada, foram o início duma nova tendência que
generalizou-se em quase o mundo todo. Multitude de redes de lojas, de bombas ou centros comerciais lançaram
cartões próprios, que serviam para comprar a crédito unicamente nas lojas de cada rede.
Em Espanha o primeiro cartão de crédito foi lançado pelo Banco de Bilbau em 1971, em concreto a BankAmericard
que seis anos depois converteria-se na Visa actual, ainda o seu uso não generalizou-se até os anos 80.
Ainda quando falamos de cartão como médio de pagamento o normal é fazer referência ao cartão de crédito,
existe duas grandes tipas de cartão: o cartão de crédito ou de débito. Com a primeira a pessoa pode pagar e retirar
dinheiro inclusive se a sua conta do banco não dispõe de fundos nesse momento, já que adia o pagamento até o
seguinte mês, enquanto o cartão de débito carga directamente na sua conta bancária as operações que são feitas
e sempre até o limite dos fundos de dita conta.
Nº do cartão
6141 5101 8645
Esta tarjeta es PERSONAL E INTRANSFERIBLE, es propiedad de CAJASOL y su
utilización supone la aceptación de las normas establecidas para su funcionamiento.
el establecimiento podrá solicitar cualquier documento que acredite la personalidad
del usuario. Se ruega a quien pueda encontrar esta tarjeta la entregue en cualquier
oficina de CAJASOL. En caso de pérdida o robo llame a CAJASOL.
Identificação
pessoal
Data de
caducidade
Banda magnética
(sistema de identificação automática)
O microchip e o dinheiro electrónico.
Hoje em dia, é habitual utilizar tanto o cartão de débito como o cartão de crédito, e este sistema ainda não está
esgotado, continua a evoluir e cada dia estão a surgir novos elementos encaminhados a melhorar o sistema e a
evitar a fraude. É o caso do microchip que, através de um circuito electrónico integrado ao cartão, realiza a maior
parte dos controlos relativos ao seu uso e oferece mais segurança ao utente e ao banco emissor, ao integrar
sistemas de protecção electrónica que impedem a sua violação ou a leitura sem autorização da informação que
contém. Actualmente está a desenvolver-se também o cartão 2.0, um cartão magnético multiconta, que oferece
entre outras funcionalidades a protecção do número do cartão por meio de um código secreto e a possibilidade
de dispor de dois “cartões” num mesmo cartão ou ter um de crédito e outro de
débito num mesmo cartão.
Paralelamente a esta evolução, estão a surgir novas formas de pagamento que
complementam ao sistema de cartões de crédito. A Internet através do Pay Pal,
que permite que qualquer utilizador com um endereço de correio-electrónico possa
enviar e receber pagamentos de forma segura pela Internet utilizando o seu cartão
de crédito, cartão de débito ou conta bancária, e através da telefonia móvel também
estão a evoluir os sistemas de pagamento on-line.
LINHA DO TEMPO
1553. Morre queimado na fogueira, Miguel Servet, descobridor da circulação do sangue.
1554. Primeira publicação de “El Lazarillo de Tormes”. Fundação de S. Paulo (Brasil).
60
Microchip
ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária.
Em pares, anotem num papel os aspectos positivos e
negativos de cada uma das formas de pagamento que
surgiram ao longo da história. Depois disso, façam um
pequeno debate sobre as vantagens e inconvenientes de
cada uma delas.
VANTAGENS
INCONVENIENTES
Troca
Moeda de metal
Moeda de papel (nota)
Cartão
Cartão com microchip
Internet e telefonia móvel
(pagamento telemático
e pelo telefone)
Entra na página web de Cajasol www.cajasol.es, ou de qualquer outra entidade
bancária, e aceda ao ítem dedicado aos cartões onde aparecem os diversos tipos
disponíveis. Escolha dois cartões e compare-os conforme o seguinte esquema:
Nome do cartão
Para que serve?
A quem está dirigido?
Onde pode ser utilizado?
Quais as suas vantagens?
Observações
61
A física das atracções
63
A FÍSICA
das atracções
Somos continuamente afectados por fenómenos que
têm que ver com a energia, sua conservação e transformação. Estes conceitos são tratados implicitamente
em todos os níveis educativos. Dada a complexidade
do conceito de energia e o intuitivo da sua assimilação,
desde o ponto de vista didáctico, uma maneira eficaz
de aproximar-se à sua compreensão é através do
conhecimento das suas manifestações, os seus processos de transformação, os diferentes tipos e fontes,
ligando a construção deste conceito às experiências
vividas pelos alunos.
Com a proposta que aqui se apresenta, pretendemos
facilitar a união entre a interpretação teórica destes
conceitos físicos e a experiência vivida nas atracções
da Isla Mágica.
Elaboramos este material com o
objectivo de:
Utilizar a motivação e os estímulos gerados pela visita
a Ilha Mágica para nos debruçar-mos sobre o conceito
da energia e facilitar a compreensão do princípio de
conservação da energia e as suas consequências.
Os conteúdos apresentados estão
caracterizados:
Pela presença na Ilha Mágica de atracções em
que se torna muito evidente, através da vivência,
a existência de conceitos como aceleração, energia
potencial, energia cinética...
LINHA DO TEMPO
1555. De Medina apresenta a técnica da amálgama da prata.
1556. Abdicação de Carlos V, I de Espanha em favor de Filipe II.
1557. Bruler inventa a prensa para cunhar moedas.
1558. Morre Carlos I em Yuste, na Estremadura espanhola.
1559. Reinhold expõe a ideia que as trajectórias da Lua e de Mercúrio são elípticas.
64
Porque as atracções da Ilha Mágica dãonos a oportunidade de aproximar-nos à
“energia” a partir de diferentes aspectos:
As Fontes
Os Tipos
Sua Transformação
Suas Manifestações
E pelo carácter curioso e significativo
que tem a reflexão e aplicação destes
conceitos à vida quotidiana.
Os conteúdos têm como referência as
atracções existentes no Parque. Partimos na
nossa explicação do escorrega, sobre o qual
baseamos o desenvolvimento teórico desta
proposta e terminamos com “O Jaguar”, que
é o mais complexo desde o ponto de vista
da física.
Esta proposta estrutura-se
segundo o seguinte esquema:
técnicas das atracções. Deles
se podem gerar problemas de
d i s t i n t a í n d o l e s o b re o
funcionamento físico das
mesmas.
Objectivos em torno do qual se
estruturam os conteúdos e
actividades:
• Estudar as diferentes situações
vividas nas atracções da Ilha
Mágica, com a intenção de
facilitar a compreensão do
princípio de conservação da
energia.
Estrutura do conteúdos:
•
Introdução sobre
o
funcionamento das atracções
desde o ponto de vista da
energia.
• Quadros de dados, sobre o
funcionamento e as condições
• Curiosidades e notas, com a
intenção de amenizar as
explicações e a reflexão sobre
os temas propostos.
• Fórmulas e equações que
permitem fazer uma
interpretação matemática
destes conceitos.
• Actividades para realizar com
os alunos da Educação Primária
e Secundária.
LINHA DO TEMPO
1560. Introduz o cultivo do tabaco na Europa.
1561. Nasce Luís de Góngora.
1562. Nasce Lope de Vega.
1563. Início da construção do palácio “El Escorial”.
65
O ESCORREGA
Compreendendo o mais simples
O seu funcionamento pode-se expressar de forma muito simples.
“O que lhe dás, é o que dele recebes”
“O QUE RECEBES” do escorrega são duas
coisas:
• Velocidade ao baixar.
• Fricção em forma de calor com a superfície
do escorrega.
“O QUE LHE DÁS” é o teu esforço físico, sem
o qual não poderias ter o gosto de deslizar.
Com o esforço físico que fazes ao subir, vais
gastando energia muscular, e quanto mais pesemos e quanto mais alto seja o escorrega maior
será o esforço a empregar.
A este esforço denomina-se: Energia Potencial.
A energia potencial acumulada é igual a energia
muscular gasta na subida ao escorrega.
ENERGIA
CINÉTICA
VELOCIDADE
ESF
OR
Ç
O
O
ENERGIA
POTENCIAL
ÇÃ
IC
FR
A
GI O
ER ÇÃ
EN FRIC
DE
O QUE
LHE DÁS
A Energia Cinética define-se associada à velocidade. Associada
à fricção definimos a Energia de Fricção, que às vezes se
manifesta, dolorosamente, em forma de calor. Portanto, a Energia
Potencial acumulada na subida, é devolvida no escorrega na
É IGUAL AO
descida como Energia Cinética e Energia de Fricção.
O QUE DELE
RECEBES
Energia Potencial = Energia Cinética + Energia de fricção
LINHA DO TEMPO
1564. Nascem Shakeaspeare e Galileu Galilei.
1565. Expedição de Lézgapi às Filipinas.
1566. São introduzidos novos cultivos na Europa.
1567. Wulf de Senftenberg. Pólvora com mecha à distância.
1568. Expedição de Saldanha às ilhas Salomão.
1569. Com Mercator: a projecção cónica dos mapas.
1570. Fundação da cidade de Manila.
66
ENERGIA POTENCIAL
ENERGIA POTENCIAL
A
GI
ER
EN ÃO
R ICÇ
NO FR
ME DE
As energias cinéticas e de fricção estão assim relacionadas de igual forma que,
para a mesma altura do escorrega e portanto de energia potencial, o maior
emprego de uma, supõe o menor emprego de outra. Assim todos os escorregas
no seu funcionamento oscilam entre os dois extremos representados nos
esquemas desenhados, e que por motivos de segurança ao serem desenhados
devem permanecer numa posição intermédia.
MAIOR ENERGIA
CINÉTICA
A
GI
ER O
EN Ã
R CÇ
IO FRI
MA DE
MENOR ENERGIA
Fica por esclarecer donde procede a energia potencial que utilizamos na descida.
CINÉTICA
Energia
Armazenada
nos alimentos
A resposta é a que obtemos da energia muscular, que por sua vez, provêm dos
alimentos que consumimos. Isto permite-nos calcular a quantidade de certo tipo
de alimentos que necessitaríamos para subirmos ao escorrega. Mas donde obtêm
os alimentos a sua energia?...
Energía
Muscular
Energía
Potencial
Energía Cinética
Energía de fricção
Temos assim uma cadeia de energias que se transformam umas em outras de
maneira que não é possível obter uma se não for ao menos à custa de uma
das outras, por um processo de transformação, o qual o escorrega é bom
exemplo. Este princípio universal conhece-se como:
Fundamentação teórica
Fundamentação
teórica
A Energia Potencial
Depende:
• Do teu peso, P. Quanto maior for a pessoa, mais esforço lhe custará em
subir ao escorrega e maior será a Energia Potencial.
• Da intensidade com que a Terra atrai em relação ao solo, que se representa
pela letra G.
• Da altura do escorrega, h. Quanto mais alto seja o escorrega, maior será
a energia acumulada.
A Energia Potencial pode-se calcular multiplicando P, g e h.
• O peso deves expressá-lo em Kg.
• G, conhecida como aceleração da gravidade tem 9,8 m/Seg2 na superfície
terrestre.
• A altura h deves expressá-la em metros.
ENERGIA POTENCIAL = M. 9,8. h
Calculada assim a Energia Potencial se medem em Jules. Se multiplicas
este resultado por 0,24, obtemos o resultado em Calorias. Associada à
velocidade define-se a Energia Cinética que calculamos assim:
ENERGIA CINÉTICA= 1/2 m. v2
LINHA DO TEMPO
1571. Nasce Kepler, inventor do telescópio.
1572. Ticho Brahe cataloga as estrelas e constrói instrumentos de observação.
67
PRINCÍPIO DA
CONSERVAÇÃO
DA ENERGIA
Informação
complementar
para o
desenvolvimento
do tema
O maior “escorrega”
natural conhecido não se
encontra na Terra, mas
sim em Miranda, um
satélite de gelo do planeta
Urano, situado a 2.800
milhões de Km. de Sol,
calcula-se que meça 12
km de altura e foi
descoberto pela nave
Voyager II em 1986, ao
fim de 9 anos de viagem
pelo sistema solar.
ACTIVIDADES. Educação Secundária
Podes preencher o quadro que se segue, no qual deves classificar de 1 a 3 as categorias que
se indicam com a seguinte classificação:
1. – Pouco/a
•
2. – Aceitável
•
3. – Muito/a
Como vês, tens na tabela uma fila (F) para que inventes e desenhes o teu próprio escorrega
e o classifiques.
Tipo de
Escorrega
Energia
Potencial
Energia de
fricção
Velocidade
A
B
C
D
E
F
68
Energia
Cinética
Segurança
IGUAÇU E ANACONDA
Pela água quase sem atrito
IGUAÇÚ
Fundamentação teórica
Para calcular a velocidade de saída da barcaça temos que aplicar o que já
conhecemos da transformação de energia. No caso do Iguaçu, e se admitirmos
que não existe energia de fricção temos:
Energia utilizada em subir a barcaça = Energia Potencial = M.g.h.
Energia Potencial = Energia Cinética + Energia de Roçamento
Se a Energia de Roçamento é nula, a Energia Cinética = 1/2 M.v2,
ENERGIA POTENCIAL = ENERGIA CINÉTICA
1/2 Mv2 = M.g.h
(A velocidade em P/seg, se g e h são utilizadas em p/seg2 e m respectivamente.)
LINHA DO TEMPO
1573. Fco. de Toledo, Virrey de Perú, reglamenta el sistema de la Mita.
1574. Antonio Ricardo instala la primera imprenta en Perú.
1575. Cardano: Resolución de ecuaciones de tercer grado.
69
Para obter emoções fortes, utilizando
o princípio da conservação da energia,
observarás que obteremos mais
energia cinética, e portanto maior
velocidade, se reduzirmos toda e
qualquer fricção. Isto consegue-se
espectacularmente no Iguaçu e
Anaconda.
No Iguaçu, a energia potencial, obtêmse não do nosso esforço muscular, mas
a partir dos motores que fazem subir
(que pela sua vez transformam a
energia eléctrica que recebem) a
barcaça até à parte mais alta.
Uma vez chegados ao ponto mais alto,
a barcaça cai, quase sem fricção e
por t anto adquire uma grande
velocidade.
Ficha Técnica
Iguaçu é uma atracção de tipo aquático. Está situada no extremo Noroeste da Ilha Mágica. Tem
uma subida e um escorrega recto (sem a bossa do camelo e fosso). Vinte passageiros podem
sentar-se comodamente numa barcaça plana, ascendendo a uma colina de 17 metros de altura,
cercados de uma vegetação exuberante. Depois de circum-navegar o cume da mesma, inesperadamente se precipitam de uma altura de 15 metros, a mais de 60 Km./h. sobre um lago, aterrando
com grande estrépito e uma enorme cortina de água, que refresca os intrépidos passageiros e
visitantes curiosos. Os barcos voltaram de novo à estação depois de passar por debaixo de uma
ponte panorâmica.
ENERGIA
POTENCIAL
ENERGIA
CINÉTICA
ENERGIA
CINÉTICA
DA ÁGUA
ENERGIA
MECÂNICA
Comprimento do Percurso
243 metros
Peso dos barcos
Altura da Queda
Velocidade Máxima
15 metros
Número de barcos
20.000 Kgs.
5
61 km/h.
20 passageiros (5x4)
Capacidade
Potência Instalada
1.600 passageiros/hora
LINHA DO TEMPO
1576. Burbage construye el primer teatro permanente y público de Londres.
1577. El Greco llega a Toledo.
1578. Se publica el primer catálogo de hidrografía marítima.
70
Capacidade por Barco
214 Kw.
ANACONDA
na saída de cada escorrega ao transmitir-se à agua
que em forma de onda e salpicos, sai disparada à
frente delas.
Anaconda é uma montanha russa onde a água faz o
papel de roda para as barcas, com a diferença no
entanto de que quase toda a energia cinética se perde
Ficha Técnica
A Anaconda é uma atracção clássica. Simula uma aventura através de um vale de um rio, encaixado
entre duas montanhas da selva tropical. Os passageiros embarcam em botes que fingem ser troncos
com a capacidade para seis pessoas, ascendendo ao alto das colinas, precipitando-se como faziam os
nativos pelas cascatas, para cair com grande estrondo nas turbulentas águas do rio. Esta aventura
fantástica repete-se por três vezes, apanhando de surpresa os visitantes e espectadores mais descuidados,
totalmente molhados, sobretudo os menos cuidadosos ou que se tenham esquecido de pôr roupas à
prova de água. Uma temática cuidadosamente pensada conduzirão os passageiros por cascatas e
pontes fazem que esta seja uma das atracções preferidas e mais refrescantes da exploração da Ilha
Mágica.
Comprimento do Percurso
Altura da Queda
612 metros
8,1 metros
9,0 metros
17,6 metros
Tempo de Percurso
366 seg.
Capacidade
1.540 Passageiros/hora
Potência Instalada
395 Kw.
Capacidade por Botes
6 adultos/8 crianças
Peso de los Botes
600 Kgs.
Número de Botes
28
LINHA DO TEMPO
1579. Della Porta inventa a telegrafía acústica.
1580. Nasce Quevedo.
1581. Mercati organiza a primeira galeria minerológica de Europa.
1582. Maurice monta uma bomba para fornecer água às cidades.
1583. Humprey Gilbert explora as costas da Terra Nova.
1584. Walter Raleigh funda a primeira colónia inglesa na América: Virgínia.
71
Informação complementar para o desenvolvimento do tema
Nas quedas de água naturais, parte da Energia Cinética inverte-se ao causar uma erosão na base
da catarata , o que acaba por fazer desmoronar a rocha fazendo-a retroceder. Assim, por exemplo,
calculou-se que as grandes cataratas do Niágara (EUA/Canadá) com uma queda de 50 metros,
retrocedeu uns 13 Km. nos últimos 12.000 anos.
Algumas das cataratas importantes e a altura e velocidade da queda de água:
Salto Angel
Venezuela
979 m.
Tugela
KwaZulu-Nata (Suráfrica)
948 m.
Cuquenán
Venezuela
610 m.
Sutherland
Nueva Zelanda
580 m.
Takakkaw
Canadá
503 m.
Rey Jorge VI
Guyana
488 m.
Gavarnie
Francia
422 m.
Krimmler
Austria
381 m.
Silver Strand
California
357 m.
Wollomombi
Australia
335 m.
Gersoppa
India
253 m.
Victoria
África austral
122 m.
Iguazú
América del Sur
64 m.
Niágara
Canadá
50 m.
72
ACTIVIDADES. Educação Secundária
Averigua qual é a velocidade máxima em quilómetros por hora que pode alcançar a
barcaça de Iguaçu na queda.
Velocidade máxima da barcaça
Km/h
Com os dados técnicos podes calcular as velocidades de saída de cada escorrega da Anaconda.
Velocidade máxima da barcaça no escorrega 1
Km/h
Velocidade máxima da barcaça no escorrega 2
Km/h
Velocidade máxima da barcaça no escorrega 3
Km/h
ENERGIA
POTENCIAL 2
ENERGIA
POTENCIAL 1
ENERGIA
CINETICA 1
ENERGIA
CINETICA 2
Podes calcular aproximadamente a Energia transmitida à “onda” de água se conheces o peso
do número de pessoas que subiram à barcaça.
Nas quedas de água naturais, parte da Energia Cinética inverte-se ao causar uma erosão na
base da catarata , o que acaba por fazer desmoronar a rocha fazendo-a retroceder. Assim, por
exemplo, calculou-se que as grandes cataratas do Niágara (EUA/Canadá) com uma queda
de 50 metros, retrocedeu uns 13 Km. nos últimos 12.000 anos.
73
O JAGUAR
Jogando com a gravidade
Trata-se da atracção mais impressionante da Isla Mágica.
O seu percurso divide-se em duas partes:
Na primeira parte, depois de ascendermos de
forma mecânica a uma altura de trinta metros,
a Energia potencial adquirida transforma-se
rapidamente em Energia Cinética de maneira
fisicamente análoga como as das atracções
Iguaçu e a Anaconda. Nesta atracção, o Jaguar,
a fricção é quase nula, de maneira que a velocidade adquirida é muito alta.
Em seguida inicia-se uma descida vertiginosa
em que a estrutura por onde deslizam os assentos submete os passageiros a forças e
acelerações bruscas cada vez que os obriga a
girar, piruetas, etc. Estas forças e acelerações
chamam-se Inércias.
Uma g é a força de gravidade que sofremos normalmente; é o que nos faz estar sobre a terra e não à
deriva pelo espaço. A gravidade na Lua é de um
sexto de g, o que fará que uma pessoa se sinta
muito leve. Uma descida em montanha russa pode
produzir nos passageiros uma força até seis g, o
que faz sentir o corpo muito pesado, mas apenas
por uns instantes.
Na atracção o Jaguar, podes chegar a experimentar
forças deste tipo até aos 4,5 g, de maneira que
alguém cujo peso seja de 70 kg. se sentirá como
se pesasse 315 kg. num determinado momento do
percurso.
LINHA DO TEMPO
1585. Bruno, establece un nuevo modelo de Universo.
1586. Galilei inventa el anteojo astronómico.
1587. Stevin expone la teoría sobre el plano inclinado.
1588. Cavendich da la vuelta al mundo.
74
Ficha Técnica
O Jaguar é uma montanha russa suspensa. O
seu nome faz alusão ao felino que corre silencioso através da selva. O percurso adapta-se
ao perfil do terreno, integrando-se nas suas
formas e por entre o arvoredo.
O elevador situa os passageiros no alto de uma
colina, para os deixar cair a uma grande velocidade, e reforçar o conceito de animal felino
que persegue velozmente a sua presa dando
voltas em todas as posições. A grande velocidade, a aceleração e a quantidade de piruetas,
permitem que os passageiros aproveitem ao
máximo esta aventura que é uma das atracções
mais espectaculares da Isla Mágica.
Comprimento do Percurso
765 metros
Número de Trens
3
Altura do Elevador
Tempo Gasto
Capacidad por Trem
34 metros
135 seg.
20 passageiros
Elementos
Queda, volta com pirueta dupla Pirueta lateral, duplo
salto picado em parafuso, curva bávara, saca-rolhas.
Capacidade
1.400 passageiros/hora
Número de mudanças
Velocidade Máxima
Aceleração Máxima
Potência Instalada
6
85 Km./h.
4,5 seg.
300 Kw.
Informação complementar para o desenvolvimento do tema
As forças da inércia têm que ser cuidadosamente estudadas no desenho
das máquinas que, como nos modernos aviões caça ou nas naves espaciais,
são susceptíveis de sofrer a sua acção com grande intensidade durante
as manobras que efectuam. Assim as suas estruturas devem ser capazes
de resistir às forças produzidas por este estado.
ACTIVIDADES. Educação Secundária
Um dos momentos dramáticos da história da astronáutica ocorreu durante
o voo da cápsula espacial “FriendShip”, a 20 de Fevereiro de 1962, pilotada
pelo astronauta John Glenn, quando por momentos a dita cápsula e o seu
piloto, sofreram forças de inércia de 11 g.
Calcula quanto terá sentido que pesava o astronauta nesse momento.
75
O DESAFIO
Sentindo a gravidade
PONTE DO ALAMILLO
142 metros.
142 m.
135 m.
“O Desafio” é uma torre para queda livre de 68 metros de
altura, equivalente a um edifício de 22 andares, cuja estrutura
representa um minarete árabe. Dispõe de tecnologia moderna
que permite regular as velocidades de subida e de descida
com seis programações diferentes, dando a possibilidade
de experimentar novas sensações de grande velocidade,
de flutuação (não estar submetido às forças da gravidade),
ou de descer gozando de vistas panorâmicas espectaculares
sobre Sevilha e a Ilha da Cartuja.
Os alminares ou minaretes, que aqui são representados pelo
“O Desafio”, são as torres das mesquitas desde as quais se
chama cinco vezes diárias à oração dos fiéis. As três bolas
situadas na parte superior da torre, recordam a um farol em
terra firme, tendo este elemento mais do que um papel
decorativo, o de guiar as pessoas que se dirigem caminhando
em direcção à mesquita, já que os reflexos do Sol sobre
elas medem a distância exacta de um dia a pé.
130 m.
125 m.
120 m.
115 m.
110 m.
105 m.
100 m.
95 m.
90 m.
87 m.
80 m.
75 m.
GIRALDA DE SEVILLA - 87 metros.
70 m.
65 m.
60 m.
55 m.
50 m.
45 m.
40 m.
35 m.
30 m.
25 m.
20 m.
15 m.
10 m.
5 m.
0 m.
Ficha Técnica
Altura Máx. da Torre
Altura da Queda
Velocidade Máx. da ascensão
Velocidade Máx. de descida
68 metros
55 metros
5,8 m/seg.
14 m/seg.
N.º de Assentos
Capacidade
Aceleração Máxima na ascensão
32
1.350 pessoas/hora
1,5 m/seg2
Máx. desaceleração na ascensão
-2,0 m/seg2
Aceleração Máxima na descida
Desaceleração Máxima na descida
Velocidade Máxima
-7,5 m/seg2
8,0 m/seg2
51 Km/h
Estrutura
Estrutura soldada de aço composta por cabos cilíndricos com dois cabrestantes dúplex integrados,
impulsionados electromecânicamente com cabos unidos.
Cimentação
Sistema de travagem
16 Pilotes a
24 metros de profundidade
4 travões de disco com pinças, respectivamente, accionadas
hidráulicamente, 1x activa, 1 x passiva
Freios de Segurança
Peso
Travão com acumuladores de força elástica, com 20 módulos e accionados por
76
150 Toneladas
68 m.
Alturas Significativas
65 m.
O Desafio da Isla Mágica
Torre de Pisa
Torre Eiffel
Torre de menagem dos
Castelos Medievais
Torre de Babel
La Giralda de Sevilla
A pirâmide do Sol em Teotihuacán
Aqueduto de Segóvia
Ponte do Alamillo
Torre Panorámica de
Los Jardines del Guadalquivir
Torre de queda livre de Terra Mítica
Torre de queda livre do Parque
de Atracçiões de Madrid
Nova Torre do Parque
das Ciências de Granada
Cataratas de Níagara
Pabellón de España en Expo´92
68 m.
55 m.
305 m.
60 m.
12 m.
91 m.
87 m.
64 m.
30 m.
142 m.
55 m.
50 m.
92 m.
55 m.
45 m.
40 m.
40 m.
50 m.
51 m.
32 m.
Como a velocidade inicial no movimento de queda livre é nula,
as equações da velocidade e o espaço percorrido em função
do tempo podem escrever-se assim:
v=gt.
30 m.
25 m.
O DESAFIO DA ISLA MÁGICA - 68 metros.
g = 9,8 m/seg2
TORRE DE QUEDA LIVRE DE TERRA MÍTICA - 55 metros.
Na Grécia antiga, Aristóteles, defendia a ideia de que os
corpos mais pesados de uma matéria caiem de forma mais
rápida do que aqueles que são mais ligeiros quando as suas
formas são iguais. Este conceito estava errado como o fez
notar na sua obra “Diálogos sobre os sistemas máximos”, o
físico e astrónomo italiano Galileu Galilei (1564-1642) que
depois de realizar diversas experiências com pesos lançados
desde do alto da torre inclinada de Pisa chegou à seguinte
conclusão: no vazio todos os corpos, independentemente da
sua forma ou da sua massa, caem com idêntica aceleração.
Os movimentos de queda livre são movimentos uniformemente
acelerados, quer dizer, a aceleração instantânea é a mesma
em todos os pontos do percurso e esta aceleração é a aceleração da gravidade,
TORRE DO PARQUE DAS CÊNCIAS DE GRANADA - 50 metros.
Fundamentación Teórica
TORRE DO PARQUE DE ATRAÇÕES DE MADRID - 40 metros.
35 m.
20 m.
15 m.
10 m.
5 m.
0 m.
LINHA DO TEMPO
1589. Hans Jansen inventa o microscópio composto (uma lente objectiva e outra ocular).
1590. Cresce a importância do porto de Cádiz.
77
ACTIVIDADES. Educação Primária
Escreve o nome da cidade onde estão situados os monumentos e ordena por alturas, dando
ao mais alto um 10 e ao mais baixo 1
ALTURA EM
METROS
O Desafio de Ilha Mágica
68
Torre inclinada
55
Torre Eiffel
305
La Giralda
87
Importante aqueduto romano
em Espanha
30
Ponte do Alamillo
142
Torre panorâmica dos jardins do
Gualdaquivir
92
Torre de queda livre de Terra Mítica
55
Torre de queda livre do Parque
de atracções
40
Nova torre do Parque das Ciências
CIDADE ONDE ORDEM POR
ESTÁ SITUADO
ALTURA
50
Inventa um sistema para medir de forma aproximada a altura de um edifício.
Mede com o sistema que tu inventas-te a altura da tua Escola.
78
O cinema na Isla Mágica
79
Do cinema mudo
ao cinema em 4D
O cinema sempre foi uma das formas mais influentes do século XX. Não é por nada que uma grande parte
dos nossos conhecimentos, referencias culturais, e valores têm o seu fundamento nas producçoes cinematograficas
(desenhos animados, filmes...). Por ese motivo o cinema não é só uma forma de divertimento mas tambem
é um recurso didáctico de grande importancia para o professor. A dimensão pedagogica do cinema tem três
vertentes fundamentais: aprender do cinema, aprender com o cinema ( sobre determinados conteúdos que
tambem se tratam nas escolas nos planos de estudos).
Na Ilha Mágica o cinema tambem tem um papel protagonista a traves das suas salas de projecção em três
e quatro dimensoes que supoem a aplicaçao de tecnicas digitais ainda pouco utilizadas nos cinemas
convencionais.
Nascimento do cinema: do cinema mudo
ao cinema sonoro. Da vertente de aprender do
cinema é interessante conhecer a sua historia porque
tambem corresponde a historia da evolução da ciencia.
O cinema como técnica de captação do movimento
é das formas de naração, tem os seus antecedentes
nas pinturas rupestres e nas sombras chinesas cujo
origem está na ilha de Java (Indonesia) há mais de
7000 anos. Nelas representa-se a imagem em
movimento por meio de sombras projectadas na parede
o numa tela.
80
Contudo o cinema como hoje o conhecemos nasce em 1891
quando Edison junto com Dickson patentearam o que seria
a primeira camera de cinema de 35 mm chamada
Kinetoscopio. Nele o espectador, depois de ter introduzido
uma moeda, olha pelo uma lente a través da qual vê-se um
fime.Pouco depois em 1895 aparareceria o cinematógrafo
dos dois irmãos Lumière, que supoem a invenção de uma
camara ligeira que se pode descolocar aos lugares de
projecção. Depois do cinematografico a inovação mais
importante seria a introdução do som ao fim dos anos 20.
Esta inovação supõe uma inovação tecnologica mas tambem
uma mudança na forma na maneira de contar as coisas.Os
movimentos dos actores com a introdução do cinema sonoro,
são por exemplo menos exagerados, pois a palavra substitui
algums detalhes que se exageravam a través dos gestos.
Do cinema sonoro ao cinema em cor: Depois do
som a grande inovação tecnologica foi a introdução da cor.
Embora ao principio do século XIX já se tinham realizado
algumas experiências, so foi em 1935 que se rodou o primeiro
filme em cor. Esta tecnica basa-se na filmação simultánea
de três filmes dentro da mesma camara, e cada um deles conta com fitros para que seja impressionada só por
uma cor. A combinação das três cores primarias azul, vermelho e amarelo conseguia reproduzir todo o espectro
da cor. Algums dos primeiros filmes a cor que tiveram mais sucesso foram Casablanca e o Feiticeiro de Oz de
1939. Desde então a cor generalizou-se no cinema e o preto e branco só se utiliza para crear efeitos especiais,
o com intenção artistica.
Do cinema a cor ao cinema em 4D: Sete décadas depois de que se estreara a cor, chega ao cinema
tridimensional o estereoscopio que tem como objetivo fazer que o espectador perceba o filme como vê a vida real.
A terceira dimensão é a inovação tecnologica mais importante desde o fim dos anos 30. Embora ainda seja uma
tecnica pouco generalizada porque a adaptação das salas é cara prevê-se que vai ser o cinema do futuro. A
estereoscopia o visão em três dimensoes resulta da capacidad do sistema visual de dar aspeto tridimensional aos
objetos a partir das imagens em duas diemensões em cada uma das retinas dos olhos.
Estas imagens são processadas e comparadas pelo cérebro que acaba por criar
uma sensação espacial. O procedimento é o seguinte: pegam- se em duas
imagens com um ângulo um pouco diferente e mostram- se por separado a
cada olho, então o cérebro pode reconstruir a distancia e por tanto a
sensação de profundidad. A Ilha Mágica com as suas salas de projecção
em três e quatro dimensões é pioneira neste tipo de cinema. A terceira
dimensão, o Parque acrescenta a criação de sensações físicas que
atravessam o ecrã e fazem que espectador o a espectadora viva uma
experiença com os cinco sentidos em assentos especialmente desinhados
para as percepções dinámicas e sensoriais.
81
O CINEMA NA ILHA MÁGICA
O parque tematico Ilha Mágica conta com diferentes modelos de projecção individual que supõem diversas formas
de ver e de sentir o cinema.
Localização: ElDorado. Pabellón de España.
Capacidade: 160 pessoas.
Modo de projecção: Digital
Características principais: E um simulador com assentos moveis.
Tem um ecrã semiesférico com uma luminosidade de 12.000
lumen.
Localização: ElDorado. Pabellón de España.
Capacidade: 72 pessoas.
Modo de projecção: Digital
Características principais: Cinema em 4 diemensões, que
combina o efeito 3D com outros muitos efeitos, como cheiros,
movimentos, agua, vento, relampagos... Conta com um ecrã com
luminosidade de 6000 lumen.
ESPECTÁCULO DO LAGO
Localização: Porta da América
Capacidade: 2000 pessoas.
Características principais: Num ecrã de agua de 17 metros
projetam-se imagens combianadas com a pirotecnica, fontes
cibernéticas, lança-chamas y banda sonora original.
LINHA DO TEMPO
1591. Varantino construye la primera excavadora accionada por fuerza humana.
1592. Galilei inventa el termómetro de gas o de aire.
1593. Serviere construye la bomba rotativa de dos ejes.
1594. Barents explora el Ártico.
82
ACTIVIADES. Educação Primaria e Secundaria.
Completa a linha do tempo com os dados que faltam:
Linha do Tempo. Historia do Cinema
ANO
- 7000
EVENTO
Antecedentes do cinema:
sombras chinesas
1891
Cinematógrafo dos
irmões Lumière
1927
1935
Cinema em
3 dimensões
83
A Isla Mágica e o meio ambiente
84
A ILHA, UM JARDIM
de plantas exóticas
Quando se fala de biodiversidad referimo-nos a enorme
variedade das espécies animais e vegetais que moram
no nosso planeta. Esta diversidade biológica é um
indicador da qualidade ambiental e da riqueza dos
ecosistemas. A Ilha Magica no seu inicio apostou por
convertir-se num jardim que mostre espécies botánicas
de todos os continentes, contando no principio com
266 epécies diferentes de plantas e árvores. 36%
destas espécies são de origem americano, e 40% de
origem asiático e o resto de Europa, Africa e Australia.
No mapa seguinte mostram-se algumas das espécies
mais significativas do Parque, situadas segundo a sua
localização no mesmo.
21 19
23
16
18
15
14
13 12
17
22
11
24
25
26
20
2
1
3
9
7
5
4
LINHA DO TEMPO
1595. Guerra entre España y Francia.
1596. Van Celulen expone el número π con 35 números decimales.
85
6
8
10
1. Magnolio (Magnolia grandiflora)
2. Evónimo o Bonetero (Euonimus japonicus)
As distintas variedades deste arbusto asiático, produzem
folhas manchadas amarelas o brancas que formam setes
compactos e elegantes. Soporta muito bem a poda, o que
permete realizar formas diferentes com o seu aspecto (Poda
ornamental o topiaria).
Arvore com flores brancas e muito cheirosas e frutos com
forma dum pequeno ananás, com sementes de cor vermelhas.
Da um carácter distintivo aos jardims onde se planta.
E originário de America do Norte.
3. Jabonero (Koelreuteria paniculata)
4. Aloe Arborescente (Aloe Arborescens)
Arvore de floração muito vistosa nas diferentes estações,
mantendo-se os frutos na árvore até um certo tempo depois
de ter perdido a folhagem. A variação dos tons e das cores
na sua copa dão-lhe um valor ornamental importante. E
originario da Asia Oriental (China, Japão, Corea).
Aloe arborescente: O aloe arborescente que é originario de
Africa do Sul, florece no inverno e é muito utilizado para
a ornamentação de parques e jardins. A sua flor costuma
utilizar-se para a cosmética já que se extrai dum componente
para a tintura.
5. Wasintonia (Washingtonia robusta)
6. Palma Real o Chaguaramo (Roystonea regia)
Arvore com um tronco elegante e torneado emblemático de
Cuba ao estar reprsentado no seu escudo, sendo tambem
uma árvore sagrada para umas das religiões mais difundidas
na Ilha da Regla dos Orishas. O seu fruto o palmiche pode
chegar a pesar mais de 80 kilos.
Palmeira de crescimento rápido, muito utilizada na jardinagem
devido a sua rusticidade. É originaria do Oeste dos Estados
Unidos e Mexico e o seu nome de origem faz lembrar ao
G. Washington, presidente dos Estados Unidos.
8. Pita, maguey (Agave americana)
7. Yuca (Yucca elephantypes)
Arbusto muito resistente a sequia, originario de América
Central, onde em algumas zonas consumem-se as suas
flores, brancas e muito ornamentais.O seu nombre
específico parece aludir ao parecido dos talos adultos
com a pata do elefante.
Planta robusta com o talo pouco desenvolvido e uma roseta
de folhas grossas carnudas e com uma espinha terminal.
Precisa de muitos anos para florecer, ao emitir um talo florar
que pode chegar a 10 metros de altura. Uma vez que se
seca a flor more a planta.
9. Lantana (Lantana Camara)
10. Paraiso (Melia azedarach)
Existem numerosas variedades dependendo da cor das suas flores
(vermelhas, amarelas, vermelhas e amarelas simultaneamente, roxas,
azuis e brancas...) A maioria são originarias de América e utilizamse sobre tudo com fins ornamentais pelo seu crescimento rápido e
a sua floração durante quase o ano inteiro.
Arvore de origem asiático com flores de cor lilas muito
cheirosas e frutos fedorentos e tóxicos, que ficam na árvore
durante o inverno. E uma das espécies de jardim que mais
CO2 atmosférico capta, ao contribuir a diminuição do aumento
do efeito invernadeiro.
12. Braquiquito (Brachychiton populneus)
11. Rabo de leão (Leonotis leonorus)
Arvore de flor perene com flores de cor creme, reunidas em
grupos. Está ampliamente utilizado no jardinagem, pela sua
rusticidade e adaptação a crescer nas nossas cidades. E
originaria de Australia.
E originaria de Africa do Sul. As flores utilizam-se para
fazer um chá medicinal de carácter hipnótico. Tambem se
utilizam muito as folhas e as raizes como remedio para
as mordeduras de cobras e outras picaduras.
14. Jacaranda (Jacaranda mimosifolia)
13. Bambú gigante (Phyllostachys viridi-mitis)
Procedente da Asia occidental, é muito utilizado pela sua
capacidade para soportar uma amplia variedade de tipos
de chão e condições climáticas. Os seus rebentos são
muito apreciados na cozinha.
Convertiu-se numa árvore muito popular devido aos seus
cachos de flores azuis que aparecem quando se separa das
suas folhas. Vem de América do Sul e cultiva-se muito na
zona mediterranéa.
86
16. Árbol del Coral (Eritrina humeana)
15. Limpiatubos (Callistemon viminalis)
Arvore do Coral: Esta árvore de tamanho pequeno
constitui um elemento muito decorativo quando aparecem
as suas flores, de cor vermelho brillante durante o
verão. E originaria da Africa do Sul e pelo visto a sua
casca tem virtudes medicinais.
E originario de Australia o seu nome comun faz alusão a
forma da sua flor cor de rosa. A sua madeira de cor
avermelhada, forte e dura, utiliza-se para o fabrico de cabos
de ferramentas e peças de embarcações.
18. Arbusto de Fogo (Pyracantha coccinea)
17. Nenúfar (Nymphaea spp)
São plantas aquaticas com flores que crescen nos lagos, lagoas, poças,
pântanos o ribeiros de corrente lenta, porque costumam estar enraizadas
no fundo. No Egipto consideravam-se plantas sagradas porque as flores
abrem-se ao sol e fecham-se com a escuridão. São originarias de Africa
e Asia e são muito utilizadas como elemento decorativo.
E originario de Asia Menor. Tem abundantes bagas no outono
que nascem nos ramos maduros, Podem ser vermelhas, cor
de laranja o amarelas e utilizam-se para a preparação de
compota e as sementes são utilizadas como sustituto do café.
20. Bucarnea o Nolina (Beaucarnea recurvata)
19. Plumeiro da Pampa (Cortaderia selloana argentum)
E uma espécie que procede do Sul de America do Sul e que
é sobre tudo utilizada com efeitos decorativos. Adapta-se
facilmente a todos os tipos de clima e pode atingir os três
metros de altura.A sua facilidade de adaptaçao climática faz
que seja considerada em muitos lugares, uma planta invasora.
Espécie originaria de Mexico que pode atingir mais de 5
metros de altura, com um tronco característico engrossado
na base. E idónea para para pôr em jardins com um fraco
consumo de agua, devido a sua resistencia a sequia.
21. Cica o Palma do Sagú (Cycas revoluta)
22. Coco Penoso (Arescastrum romanzoffianum)
Palmeira com uma copa airosa e folhas que sobrepassam os
três metros de comprimento e têm um aspecto desordenado
“parecidas as penas”. Tem flores femeninas e masculinas num
mesmo pé e os seus frutos são comestiveis. Na América do
Sul, de onde é originaria consumem-se os seus palmitos.
Muitas vezes confundida com a palmeira, é uma planta muito primitiva
considerada um fóssil vivente. O seu crescimento é lento e pode chegar,
com muitos anos, a varios metros de altura. Presenta individuos
masculinos e femeninos com floração diferente e da sua seiva faz-se
uma bebida alcoólica. E originaria de Asia.
23. Acacia (Acacia Karou)
24. Pata de Vaca (Bauchinia variegata)
Arvore de contudentes espinhas parecido a mimosa,
procedente de América do Sul. Principalmente ornamental
(floração espectacular no verão), utilzava-se antigamente
para a separação dos quintais.
Arvore caducifolia cujas folhas fazem lembrar as pegadas
duma pata de vaca. E nativa da Asia e cultiva-se
principalmente pelas suas flores, grandes e chamativas
cor de rosa, púrpura e brancas.
26. Drago (Dracaena draco)
25. Ave do Paraíso (Strelitzia reginae)
E uma espécie emblemática da flor canaria que pode atingir
proporções arbóreas famosa por a sua longevidade.
Antigamente obtinha-se a través da sua seiva um colorante
chamado sangue de dragão, de propriedades medicinais
muito apreciado.
Planta herbácea de floração espectacular, originaria da
Africa do Sul que pode atingir quase dois metros de altura.
Precisa de mais o menos 3 o 4 horas diarias de luz solar
direta para florecer adecuadamente.
87
A ÁGUA
na Isla Mágica
EL CARAMBOLO
Água potável da
rede urbana de
Sevilla.
AGUA ENGARRAFADA
Na Maquinas vending
RESERVATORIOS
AGUA DA CHUVA
AGUA PARA DIVERTIR-SE
Na batalha
de bolas.
AGUA PARA REFRESCAR-SE
REDE DE DRENAGEM DAS AGUAS FLUVIAIS.
Nas Fontes.
Nas pérgolas, a água
micronizada cria um microclima
que suaviza o calor do Verão.alor
veraniego.
AGUA NOS BARES E RESTAURANTES
AGUA PARA OS SANITARIOS
AGUA NO LAGO
A depuração efectua-se mediante um
sistema de filtração e de cloração
que garante que os quarenta e cinco
milhões de litros de água contidos
no lago passem pelo sistema de
depuração em cada 36 horas.
Utiliza-se para:
- Projectar as imagens do Espectáculo
do Lago.
- Navegar para fazer a travessia.
- Desfrutar das fontes cibernéticas.
- Realizar o Espectáculo dos Piratas.
POÇO DE
BOMBAGEM
AGUA NAS ATRACÇÕES.
AGUA PARA REGAR
ESTAÇÃO DEPURADORA
DE AGUAS RESIDUAIS
RIO, LAVAGEM OU
IRRIGAÇÃO
Para preservar a rica vegetação e garantir
a economia da água no Parque, utilizam-se
unicamente sistemas de rega por
gotejamento e microaspersão.
A água provém da rede de água potável e é logo
conservada num circuito fechado que possui a sua
própria depuradora pela qual passa a água da
atracção pelo menos uma vez por dia.
No Anaconda, no Iguazú e no Orinoco, a água
serve para transportar os barcos e os botes,
diminuir a fricção das barcaças, absorver o
seu impacto e salpicar os passageiros e os
espectadores.
AGUA PARA LAVAR
Diariamente todas as vias
do Parque são lavadas antes
da abertura ao público.
AGUA “BRUTA”
AGUA PARA REFRIGERAR
Agua procedente do rio,
distribuída pela rede interna da
Ilha da Cartuja.
Consome-se água de refrigeração nos
climatizadores do Pavilhão da Espanha
e do Pavilhão de Cruzcampo, bem
como no sistema de micronização
existente nas pérgolas do Parque.
88
Uma Ilha de água reciclada.
A água é um bem escasso e muito apreciado nas regiões de
clima mediterrâneo como é o caso da Andaluzia. Por isso na
Ilha Mágica, parque temático em que a água desempenha
um papel muito importante, encara-se o consumo da água
seguindo dois critérios:
• Economizar água, e por isso utilizamos circuitos fechados
de água, com sistemas de bombagem que permitem reutilizála em permanência.
• Garantir a qualidade da água utilizada no lago e nas atracções:
para isso contamos com um sistema completo de depuração
e com o controlo químico e bacteriológico efectuado por uma
empresa contratada homologada pela Junta da Andaluzia.
Na Ilha Mágica, utilizam-se diferentes tipos de água:
• A água potável que provém da rede urbana de Sevilha é
distribuída pela estação de distribuição de " El Carambolo".
RIO
• Água engarrafada transportada por camião até Sevilha.
• Água bruta, que provém da estação de bombagem do rio
e é utilizada no Parque após ter sido filtrada e depurada.
Capta-se também água a partir do anel de distribuição de
água bruta da Ilha da Cartuja.
• Água contra os incêndios, proveniente da extensão de alta
pressão.
Na Isla Mágica, o ciclo da água completa-se pela evaporação
de uma parte da água na atmosfera; outra parte é consumida
pelas pessoas e as plantas e o resto leva-se através da rede
de esgotos, para um poço de bombagem a partir do qual as
" águas usadas" são encaminhadas para a estação de depuração de San Jeronimo, para depois ser vertida no rio Guadalquivir uma vez depurada.
Informação complementar para
o desenvolvimento do tema
ACTIVIDADES. Educação
Primária e Secundária
Sistema de depuração da água no lago e
nas atracções.
Utilizando o plano, descobre:
AGUA “BRUTA”
Procedente da
estação de
bombagem do rio.
¿De onde vem a água na Isla Mágica?
¿Para que se serve a água na Isla Mágica?
• O lago e as atracções com água, têm cada um
a sua própria depuradora independente.
• A depuração efectua-se através de um processo
físico que se baseia num filtro de areia silicea com
um grão de 0,8 a 1,5 mm e de um processo químico
mediante a injecção de Hipoclorito de Sódio e de
algicidas.
Procedente da
ESQUEMA DE DEPURADORA TIPO
estação de
RIO
bombagem do rio.
AGUA “BRUTA”
Entrada
de água
¿Para onde vai a água após ter sido utilizada?
areia silicea 0,8 m
bomba
leito de areia
silicea 1,3 m
depósito
hipoclorito
sódico
(NaClO)
depósito
líquido
algicida
deseadores
Tratamento físico
Saída
de água
depurada
Tratamento químico
• O lago tem uma capacidade de 45.000 m3 de
água e a sua depuradora é capaz de tratar
738 m3/hora.
O Iguazú possui uma depuradora que filtra
e depura a sua água a uma cadencia de 240
m3/hora. Se a capacidade total do lago é de
1.630.000 litros de água, quanto tempo é
preciso para depurar completamente toda a
água do lago do Iguazú?
• O Anaconda necessita de 2030 m3 de água
para funcionar e a sua depuradora é capaz
de tratar 240 m3/hora.
• O Orinoco necessita de 2016 m3 de água para
funcionar e a sua depuradora é capaz de tratar
240 m3/hora.
AGUA CONTRA INCÊNDIOS
INCÊNDIOS
AGUA
Agua de alta pressão que se utiliza na
rede contra os incêndios, rede
independente do resto da instalação, e
que mantendo uma pressão constante
de 6 kg/cm2, abrange todo o Parque.
• O Iguazú necessita de 1630 m3 de água para
funcionar e a sua depuradora é capaz de tratar
240 m3/hora.
LINHA DO TEMPO
1597. Capo Bianco descobre pela primeira vez cartuchos para artilharia.
1598. Morre Filipe II de Espanha, I de Portugal, rei Filipe III de Espanha, II de Portugal.
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A ÁGUA:
refresca, relaxa e diverte
O parque temático Isla Mágica está situado ao noroeste da cidade de Sevilha, à beira do rio Guadalquivir. A
capital hispalense caracteriza-se por ter um clima com temperaturas suaves e agradáveis durante a maior
parte do ano, com uma média anual de 19,85ºC.
Para além disso, a Isla Mágica conta com 40.000 m2 de superfície de lâmina de água e infra-estruturas e
vegetação que ajudam a suavizar as temperaturas durante os meses mais quentes.
Fontes, chafarizes, atracções onde a água é
protagonista, diferentes sistemas de
sombreamento e de refrigeração com água,
cascatas, correntes, reproduções de grutas,
transformam os espaços abertos e cantinhos
da Isla Mágica em cenários de frescura, diversão
e sossego.
A água.
A água é protagonista na Isla Mágica e está
orientada tanto à diversão como à climatização
do parque, estando presente através das suas
fontes, do lago ou das atracções.
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Fontes
Na superfície exterior da Isla Mágica existem numerosas fontes, que além de refrescar ao visitante, têm fins
recreativos ou ornamentais.
Fontes recreativas. A Fonte da Veracruz (1) e a Fonte Aquamanía (7) foram desenhadas com o objectivo de divertir
as pessoas que visitam o Parque. Na primeira, múltiplos jactos de água de até 5 metros de altura emergem
arbitrariamente de orifícios localizados no chão. Na segunda, em alguns casos é necessário activar um botão com
o pé para que o jacto de água seja projectado para cima molhando quem estiver ao redor.
Outras fontes. A Fonte da Juventude (2), que representa uma gruta com diferentes níveis de onde a água brota;
a Fonte do Motim (3), onde a água brinca com as garrafas que fazem parte de uma estrutura composta por um
tonel, um canhão e âncoras; a Fonte da Barraca do Indiano (4), com forma de bebedouro para as cavalarias; a
Fonte cibernética do lago (5), junção de água, luz e som espetacular sobre a superfície do lago; a Fonte do Quetzal
(6), arco de água sobre a entrada de um templo asteca, são outras das infra-estruturas que fazem da estadia na
Isla Mágica mais fresca e agradável, desde o ponto de vista visual e auditivo.
91
O Lago
Constitui o núcleo central do parque temático e ao redor dele desenvolvem-se algumas das atracções. Com 40.000
m2 de superfície, e uma profundidade média de 1,5 m. (volume total: 60.000 m3 de água) o lago é um elemento
fundamental de climatização na Isla Mágica, pois ajuda a suavizar e refrescar o ambiente nas épocas do ano quando
as temperaturas são um pouco mais altas.
Atracções
Na maioria delas a água é protagonista, constituindo, de diversas maneiras o elemento principal da diversão.
A Travessia.(8).- Uma viagem de barco através do grande lago da Isla Mágica onde se descobrem os lugares mais
recônditos das diferentes zonas da Ilha. Desde o animado Porto de Sevilha, Porto das Índias, até a majestosa zona
do El Dourado, passando pelas secretas e temidas grutas do Esconderijo dos Piratas.
Anaconda (9).- Simula uma aventura através do vale dum rio, situado entre duas montanhas da selva. O percurso
realiza-se em botes com forma de tronco, que descem por diferentes cascatas para cair três vezes estrondosamente
nas turbulentas águas do rio. Refrescante e trepidante, não só durante a descida, senão também ao final da mesma,
onde podem receber o impacto de pistolas de água disparadas pelos visitantes situados à beira do rio.
A guerra de balões (10).- Situada na Barraca do Indiano, com esta atracção podemos refrescar-nos atirando balões
cheios de água sobre umas estruturas de madeira.
Iguaçu (11).- Vinte pessoas dentro de uma barcaça plana, sobem a uma colina com vegetação exuberante e caem
inesperadamente por uma cascata a mais de 60 quilômetros por hora, produzindo uma grande onda refrescante,
que surpreende às pessoas que estão espera no cais.
Os rápidos do Orinoco (12).- Um canal de águas turbulentas e extraordinário desnível, custodiado por uma densa
vegetação, onde botes circulares de 9 pessoas descem rapidamente desafiando as
irregularidades do leito do rio.
A enseada dos corsários (13).- Percurso pelo lago que oferece muitos
pontos de interacção entre os barcos participantes, podendo
disparar-se água tanto entre os barcos como desde a beira
do lago, já que existem canhões de onde os espectadores
podem atacar os corsários.
O Caimão dançarino (14).- Atracção aquática específica
para o público infantil, situada na Fonte da Juventude,
que conta com uma queda de àgua de um metro.
Uma curiosidade, em alguns filmes projetados em
4ª Dimensão, a água e em alguns casos, os flocos
de neve, fazem parte de alguma das surpresas e
sensações das 4D.
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Infra-estruturas
Para além da água, a Isla Mágica conta com uma série de infra-estruturas que contribuem à ambientação e
climatização do parque, como as pérgulas, a vegetação, diferentes sistemas de sombreamento, elementos temáticos
ou o acondicionamento de lugares fechados.
Pulverização da água em pérgulas (micronização)
Estruturas compostas por um esqueleto metálico coberto com malha de sombreamento ao qual se incorpora um
sistema de micronização que injecta água desde cima com certa pressão através de orifícios de diâmetro muito
pequeno, produzindo uma nuvem pulverizada, cujas pequenas gotinhas evaporam-se em contacto com o ar quente,
esfriando-o, e criando um fluxo contínuo de ar descendente ao deslocar o ar frio ao quente, já que pesa mais.
Estes pulverizadores ou micronizadores estão distribuídos ao longo dos suportes laterais
das pérgulas (15) que se localizam entre o Porto das Índias e a Porta da América, com
uma superfície de 684 m2.
Outros sistemas de sombreamento
Existem no Parque outros sistemas de sombreamento, que não incorporam
o sistema de micronização, mas que também contribuem a diminuir a insolação.
Ao todo esta superfície coberta por toldos aproxima-se a 8120 m2. A sombra
projectada por choças é de 1.867 m2 e a de alpendres de edifícios 3.177
m2.
Elementos temáticos: cavernas e cascatas
Outro dos elementos desenhados para a ambientação da Isla Mágica é a Toca
do Coelho (16), reprodução de uma gruta, na qual uma cascata cai a um estanque,
proporcionando uma agradável sensação de sombra e de frescura.
Vegetação
A superfície verde da Isla Mágica é de 59.000 m2.
A vegetação tem propriedades físicas e fisiológicas, transformando-se num sistema de climatização natural. As
plantas evaporam água para diminuir a sua temperatura e defrontar ao calor, neste processo não só se refrigeram
a si mesmas senão que também esfriam o seu meio.
A água, a vegetação e as infra-estruturas criadas para aproveitar estes recursos fazem que o acondicionamento
e a climatização da Isla Mágica se façam de uma maneira natural e sustentável, pois a água utilizada recircula
desde o rio (ver capítulo deste Guia, “A água na Isla Mágica. Uma Ilha de água reciclada”).
Climatização artificial
Os prédios da Isla Mágica (O Forte, Pavilhão de Espanha, Restaurantes…) foram construídos com elementos
significativos de climatização de frio-calor, utilizando no caso do Pavilhão de Espanha uma rede de água bruta para
climatizar e não devolver calor à atmosfera.
LINHA DO TEMPO
1599. João de Mariana expõe que a terra deve ser adequadamente aproveitada.
1600. Burgi desenvolve o cálculo com fracções.
1601. Neper cria regras de cálculo para facilitar a multiplicação.
1602. Bayer publica o primeiro Atlas das Estrelas.
93
ACTIVIDADES. Educação Primária.
A respiração das plantas, a transpiração, produz vapor de água
junto com outras substâncias. Propomos averiguar o que se passa
quando colocamos um saco de plástico sobre um vaso. Para
isso, é preciso apanhar dois vasos mais ou menos iguais quanto
ao tipo e tamanho, e colocar um saco de plástico envolvendo a
planta, fechando embaixo, justo onde está a terra e colocar um
dentro da sala de aula e outro no pátio. No dia seguinte comparar
os sacos e explicar o que aconteceu.
ACTIVIDADES. Educação Secundária.
Construir um higrómetro utilizando material caseiro para medir o grau de humidade que contém
o ar.
Material necessário
- Um cartão duro de 24 cm. x 30 cm.
- Um cartão fino de 16 cm. x 4 cm.
- Um fio de cabelo de uns 25 cm. de comprimento.
- Um pedaço de madeira de 24 cm. de comprimento
x 4 cm. de largura e 4 cm. de espessura.
- Um lápis
- Fita adesiva
- Uma régua
- Tesoura
- Seis pregos pequenos
- Uma caneta colorida com ponta fina.
Experimento higrómetro
1. Utilize a régua para traçar uma flecha de 13 x 2 cm. sobre o cartão fino e depois recorte-a.
2. Cole um extremo do fio de cabelo na parte superior do cartão duro.
3. Utilize os pregos para aderir o cartão duro ao longo do pedaço de madeira.
4. Cole o outro extremo do fio de cabelo na parte posterior da flecha.
5. Coloque a flecha sobre o cartão e mova-a até esticar totalmente o fio de cabelo. Depois fixe o
outro extremo da flecha com um prego.
6. Coloque o higrómetro que acaba de construir no jardim da sua casa.
7. Quando o sol estiver iluminando, coloque o cartão na direcção para onde aponta a flecha. Escreva
a palavra “seco” ao lado desta marca.
8. Quando o tempo estiver húmido, a flecha apontará para baixo. Faça outra marca nesta posição
e escreva a palabra “húmido” no cartão.
9. Registe as suas observações todos os dias durante três semanas.
www.elducador.com
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O tempo histórico
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A Linha do Tempo
De 10.000 a.C. até aos nossos dias.
Continente
Americano
10.000 a.c
Clovis, Caçadores
Origem da agricultura
Resto do Mundo
(Europa-Ásia)
9.000 a.c
8.500 a.c
Primeiras pinturas sobre pedra na zona sahariana
8.000 a.c
Primeiros cultivos silvestres no Peru
7.000 a.c
Cultivo da batata (Peru)
6.500 a.c
Domesticação de animais
6.000 a.c
Cultura megalítica
5.000 a.c
Primeiros sistemas de rega na Mesopotâmia
Povos nómadas
(Caçadores-recolectores, pescadores)
Cultivo do milho
4.500 a.c
Primeiros povoamentos em Anáhuac (México)
4.000 a.c
3.750 a.c
3.500 a.c
Primeira liga de cobre
Descoberta da roda e do arado na Mesopotâmia
Primeiros povoamentos nos Andes
3.000 a.c
2.800 a.c
2.700 a.c
2.500 a.c
Surgimento da metalurgia no Peru
2.000 a.c
1.700 a.c
1.600 a.c
1.500 a.c
Início da escrita cuneiforme
Escrita sobre papiro
Utilização da moeda na Lidia (Turquia)
Adestramento do cavalo na Ásia Central / Pirâmides do Egipto
Cultivo do centeio
Início do alfabeto grego
Relógio de Sol egípcio
1.300 a.c
CHAVIN
Os povos anasazi, hohokan e mogollón, começam
A cultivar as terras no S.O. da América do Norte.
OLMECA
Pirâmides de terra batida
Civilização zapoteca
Utilização da pedra na arquitectura
Auge e esplendor da cultura de Nazca
1.000 a.c
776 a.c
621 a.c
600 a.c
500 a.c
260 a.c
221 a.c
0
96
Chegada dos Etruscos a Itália
Inícios Jogos Olímpicos
Primeiras leis escritas Atenas
Cunhagem de moedas
Pitágoras
Princípio de Arquimedes
Construção da Muralha da China
Continente
Americano
Resto do Mundo
(Europa-Ásia)
Utilização do papel extraído da amoreira (China)
250
271
Utilização da bússola na China
400
MAIAS
Uso de sistema de rega em terraços
Utilização da escrita 400
Utilização geral do calendário
100
Auge e esplendor da civilização Maia
500
520
Difusão das matemáticas (Índia)
Invenção do sistema decimal
599
600
622
Invenção do jogo de xadrez
Ano I no calendário muçulmano
750
800
Construção do Jaguar Gigante
(pirâmide Maia de Tikal-Guatemala)
Civilização Mixteca
Civilização peruana de Chimú
TOLTECAS
868
Primeiro livro impresso
900
Os chineses utilizam o Papel-moeda
980
Os mercadores árabes fundam postos
Comerciais na costa oriental africana
Surgimento da roca na Ásia
1.044
Conhecimento da pólvora na China
Cuzco: o mais importante centro Inca
1.200
Invenção da lupa (Inglaterra)
Restauração do Império Maia. Nova capital em
1.250
1.271
1.300
1.325
1.347
1.432
1.450
1.470
Mayapán Viagens de Marco Polo
Invenção na Europa do relógio mecânico
Conocimiento del papel moneda en China
Epidemias Peste Negra
Os exploradores portugueses chegam aos Açores
Imprensa de Guttemberg
Invenção do astrolábio
1.500
1.521
1.590
1.600
1.643
Teoria de Copérnico
Introdução da batata na Europa
Invenção do microscópio
Fabricação do 1º termómetro (Galileu)
Barómetro de Torricelli
1.700
1.765
1.799
1.837
Primeira máquina a vapor Wat
Pilha voltaica
Primeiro livro para cegos
1.859
1.900
1.926
Teoria de Darwin
Código Morse
Descoberta da Televisão
2.000
2.002
2.005
2.006
2.007
2.008
2.009
2.010
Começa um novo século
Nasce a nova moeda Européia ¤
Começa a década por uma Educação para a Sustentabilidade
Se celebra a Cume Mundial do Clima em Nairobi
Mais de metade da população humana já vive nas cidades
Descobre-se gelo em Marte
Festeija-se a cimeira das Nações Unidas sobre a
mudança climática em Copenhague
Festeija-se o ano mundial da Biodiversidade
2.011
Completa-se a Expedição Oceanográfica Malaspina no Índico
Expansão dos Incas pelos Andes
Os Astecas fundam a cidade de Technotitlan
Acamapichtili: Rei dos Astecas
Viracocha primeiro soberano Inca
que unificou as diversas tribos
Derrota dos Astecas por Hernán Cortés
ASTECAS
INCAS
1.000
97
INFORMAÇÃO E RESERVAS
(+34) 902
16 17 16
w w w . i s l a m a g i c a . e s
Pabellón de España • Isla de la Cartuja • 41092 • Sevilla