Aprender é divertido
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Aprender é divertido
GUIA DIDÁCTICO 2012 Aprender é divertido ! Guía Didáctica de Isla Mágica. Aprender é divertido. Equipe Redator: © ARGOS "Proyectos Educativos", S.L. Josechu Ferreras Tomé Fermín María Beloqui Trinidad Herrero Campo Pilar Estada Aceña Manuel Ángel Martín García Ángel Domínguez Cubero Alejandro Guerrero Morilla Vanesa García Ocaña Guadalupe Jiménez Leira Desenho pedagogico: ©ARGOS "Proyectos Educativos", S.L. Traduçao e Adaptaçao para Português de: Fernando Barbosa Rodrígues Edição: Parque Isla Mágica, S.A. Material curricular homologado pelo Conselho de Educação e Ciência da Junta da Andaluzia, segundo a resolução datada de 21 de Fevereiro de 2005. Guía de Capítulos INTRODUÇAO Ainda existem terras por explorar .......................................................... 8 Isla Mágica , um lugar onde se pode aprende ................................... 9 20 anos depois: Isla Mágica no coração da Expo'92 ................... 11 O SÉCULO XVI, ESPAÑA, PORTUGAL, AMÉRICA O século XVI, Sevilha, América.............................................................. 16 Um século de Aventuras.......................................................................... 18 Sevilha, Porto das Índias Ocidentais..................................................... 20 Cádiz, Porto da América e berço da Constituição de 1812 ........ 22 Portugal, À procura da rota ocidental das Índias ............................ 25 As fortalezas no século XVI ................................................................... 29 O Pátio des Comedias ............................................................................ 34 O Mundo Maia ........................................................................................... 36 O ElDorado, as Civilizações pré-colombianas ................................ 41 Alimentação, actividade física e saúde em Isla Mágica ................ 45 A rota das Índias Ocidentais, porta da América ............................ 50 A Pirataria, causas e interesses ............................................................ 53 As formas de pagamento: da troca ao microchip .......................... 58 A FÍSICA DAS ATRACÇOES A Física das Atracções ............................................................................ 64 O escorrega. Compreendendo o mais simples ............................... 66 Iguaçú e Anaconda. Pela água quase sem atrito ............................. 69 O Jaguar. Jogando com a gravidade.................................................... 74 O Desafio, sentindo a gravidade .......................................................... 76 O CINEMA NA ISLA MÁGICA Do cinema mudo ao cinema em 4D.................................................... 80 A ISLA MÁGICA E O MEIO AMBIENTE A Ilha, um jardim de plantas exóticas ................................................. 85 A Água na Isla Mágica ............................................................................. 88 A Água: refresca, relaxa e diverte ....................................................... 90 O TEMPO HISTÓRICO A linha do Tempo........................................................................................ 96 Introdução 7 AINDA EXISTEM TERRAS por explorar A Isla Mágica é um Parque Temático ambientado na exploração do Novo Mundo, que toma a Sevilha do século XVI como ponto de partida. Quem visita o Parque passará um dia inesquecível percorrendo cada uma das zonas que fazem da Ilha Mágica o paraíso da diversão: Sevilha, Porta das Índias Ocidentais; Quetzal, A Fúria do Deuses, Porta da América; Amazónia; O Refúgio dos Piratas; A Fonte da Juventude/La ihla os crianças, La Metropolis y ElDorado. Em cada uma delas uma aventura diferente, fazendo-nos recuar cinco séculos atrás e fazendo-nos sentir o que viveram os mais audazes aventureiros daquela época. O visitante vive experiências irrepetíveis entre atracções únicas na Europa, espectáculos lendários e personagens caracterizadas neste ambiente de novas sensações. Não tenhamos dúvidas de uma coisa, para quem goste de aventuras, Ilha Mágica é o seu paraíso ideal. Os visitantes vivem a fantasia e o encanto de um século cheio de surpresas. Tudo pode acontecer na Ilha Mágica. Aproveitar este manancial de vivências e motivações que nos trouxe a aventura é o propósito deste documento, que se dirige aos professores ou professoras que liderem a expedição, e pretende unicamente facilit ar à reflexão sobre os acontecimentos vividos para melhorar o conhecimento e a sabedoria dos nossos jovens visitantes. LINHA DO TEMPO 1492. Colombo chega às Índias Ocidentais. 1493. 2ª viagem de Colombo à América, Antilhas, Jamaica e Porto Rico. 1494. Leonardo da Vinci pinta “A última Ceia”. 1495. A imprensa de Gutemberg estende-se por toda a Europa. 1496. Colombo funda Santo Domingo. 8 ISLA MÁGICA Um lugar onde se pode aprender Depois de garantida a motivação para uma visita à atractiva Ilha Mágica, podemos sugerir um melhor conhecimento do Parque através de uma perspectiva educativa, mobilizando e motivando a aprendizagem e a reflexão dos alunos sobre a História, o Teatro, as Ciências e a Técnica. Afim de facilitar esta tarefa ao professorado, elaboramos este material didáctico, desenvolvendo as seguintes temáticas: Século XVI, Sevilha, América. É o motivo que configura a linha temática de Ilha Mágica, e pretende ser um tema central para desenvolver o interesse pela História e servir ao professorado na tarefa de dar a conhecer um dos séculos mais interessantes do passado, o século XVI. LINHA DO TEMPO 1497. Juan Cabote chega às costas de Norteamérica 1498. Vasco da Gama chega à Índia. 9 A mecânica e a física das atracções. A força centrífuga, a fricção, a aceleração ou o poder da energia potencial estão presentes nas atracções do Parque. Explicitar esses conceitos, e dar a possibilidade de serem utilizados e explicados na sala de aulas, convertem a Ilha Mágica num local ideal onde se pode viver e aprender a compreender estes conceitos da física. A “Ilha”, um jardim botânico. Os 42.000 m2 de água e os mas de 49.000 m2 de jardins dão cabida as 266 espécies de plantas existentes na Ilha Mágica, oferecem a possibilidade de apreciar, conhecer e realizar uma exótica viagem pela biodiversidade botânica dos cinco continentes. El Corral das Comédias Temos a possibilidade de “ver teatro”, evento cultural que às vezes resulta como uma realidade cultural pouco frequentada para muitos alunos. O Patio de Comédia e os personagens que animam, estão perfeitamente ambientados no século XVI, época em que a influência social do teatro era muito importante. Esta proposta está feita pensando na aquisição de novos conhecimentos, bem como no propósito de reflectir sobre os que já possuímos, ajudando-nos a idealizar e a conceber, utilizando os magníficos recursos e experiências in loco que o Parque Temático nos proporciona, como era e como se vivia no século XVI; para sentir através da experiência directa como são e como actuam os diferentes fenómenos físicos. 10 20 anos depois: Isla Mágica no coração da Expo'92 A Expo´92. Sevilha. Em 2012 comemora-se o vigésimo aniversário da celebração da Exposição Universal de 1992. A Expo´92 motivou para a capital hispalense e para a Andaluzia em geral não só a confluência de mais de quarenta milhões de visitantes e a participação de mais de cem países, senão também um desenvolvimento económico e social sem precedentes na cidade, com novas infra-estruturas que originaram uma importante modernização de Sevilha e Andaluzia. O início do funcionamento do comboio AVE, que ligava Sevilla com a capital madrilenha em somente duas horas e meia, foi uma das metas mais importantes, que situavam a cidade como referência mundial da alta velocidade em transporte ferroviário. A ampliação do aeroporto, a circunvalação exterior com a criação da SE-30, novas redes de telecomunicações, a criação de infra-estruturas culturais são mais alguns exemplos das melhoras que experimentou Sevilha com a celebração da exposição universal. 250 hectares, possibilitou só em 1992 a criação de treze mil empregos na província de Sevilha, e converteu-se em um exemplo de uma arquitectura bioclimática, que através do acondicionamento ambiental com abundantes espaços verdes e infraestruturas como pérgulas convertiam o passeio pela exposição numa estadia agradável inclusive durante os meses de verão. O público escolar também foi protagonista no evento, com um programa específico para eles, no qual participaram milhares de escolares de toda Espanha. Após a sua clausura, o Parque dos Descobrimentos primeiro e a Isla Mágica depois junto ao Parque Tecnológico Cartuxa 93 tomaram a testemunha da Expo´92, recuperando parte dos conteúdos da exposição e aproveitando as infra-estruturas e os equipamentos criados para o evento. A Expo, que ocupava uma superfície de mais de 11 De Expo´92 à Isla Mágica. Uma das atracções do Parque dos Descobrimentos. A Expo, que comemorava o V Centenário da Descoberta da América e tinha como temática principal a “Era das Descobertas”, submergia ao visitante em um percurso através do tempo por diferentes países do mundo. O Parque das Descobertas continuou entre 1993 e 1995 com o programa de visitas por alguns dos pavilhões da Expo, para posteriormente abrir espaço para a Isla Mágica, que nasce no dia 28 de junho de 1997, e que oferece ao visitante um percurso trepidante e cheio de emoções pelo século XVI. Trata-se do primeiro Parque temático do mundo situado na zona urbana de uma grande cidade, herdeiro do legado da Expo´92, não só por aproveitar parte das suas infra-estruturas, senão também pelo seu compromisso na criação de emprego e por tornar-se um importante motor e apoio ao sector turístico da cidade. 15 anos da Isla Mágica. A Isla Mágica tem uma superfície total de 240 mil metros quadrados dos quais 49 mil metros quadrados são jardins e 40 mil metros quadrados superfície de água, além de infra-estruturas para favorecer o seu aproveitamento. Grande parte dos seus espaços é um patrimônio deixado pela Expo no desenvolvimento de uma arquitectura sustentável de referência mundial (ver tabela 1). Desta herança, a Isla Mágica não só incorporou as suas infra-estruturas senão também os recursos humanos qualificados gerados pela Expo'92 para a gestão, operação e desenvolvimento de processos formativos nestes grandes espaços de lazer temático. Fotografia aérea do recinto do Parque actualmente O Parque Temático consta de um percurso de 4000 metros onde se misturam atracções, espaços verdes, representações teatrais, espaços audiovisuais, jogos com água, que permitem ao visitante passar um dia cheio de magia. Um pirata que te assalta, um mercador que te distrai são alguns dos ingredientes fundamentais desta aventura onde o século XVI e o século XXI se misturam para oferecer ao visitante uma experiência completa. Desde o início até a actualidade, a Isla foi evoluindo em diferentes aspectos como as infra-estruturas, as pessoas visitantes ou o seu programa escolar. A Isla Mágica abriu as suas portas com catorze atracções, mas aos poucos foi incorporando outras novas até atingir as 25 actuais que permitem ao visitante descobrir os cantos das diferentes áreas temáticas nas quais se divide o Parque. LINHA DO TEMPO 1499. 1ª edição da obra “La Celestina”. 1500. V. Yañez Pinzón descobre Brasil. 12 A Isla presta um atendimento especial ao público infantil e juvenil de maneira que desde os seus inícios conta com um programa escolar que põe em valor a relação do Parque Temático com áreas como a história, a física ou o meio ambiente. O século XVI, a física das atracções ou a importância da água são tratados de uma maneira didáctica através do guia. O compromisso da Isla Mágica com o meio no onde se localiza, faz que cada ano o Parque crie um importante número de empregos e que desde 2007 conte com um centro de formação no Pavilhão da Espanha. O centro encarrega-se da formação interna, mas também desenvolve cursos de formação profissional para o emprego em matérias como a hotelaria, o lazer ou a informação turística, que se completa com um programa de inserção trabalhista através de estágios no próprio Parque ou em outras empresas colaboradoras. Nestes 15 anos a Isla tornou-se em um dos Parques Temáticos mais Navio Barba Ruiva, uma das últimas atracções estreadas no Parque. importantes do país e em uma das principais empresas da cidade, que é eleita como destino não só pelos centros escolares para as suas viagens de fim de curso ou as famílias para passarem um dia divertido, senão também por um crescente turismo de negócios e eventos que aproveita as comodidades que lhe oferece o Parque para realizar as suas apresentações. Em 2011 a Isla Mágica já tinha recebido mais de 14 milhões de visitas. Ilusão, emoção e diversão em um meio emblemático fazem parte das razões pelas quais o parque temático sevilhano é eleito ano por ano por milhares de pessoas de procedência geográfica muito diversa para passar um dia inesquecível. Foto de início da temporada 2011 TABELA 1. Elementos da Expo'92 reutilizados, prévia modernização e adaptação às novas necessidades. • Pavilhão de Espanha: cinemas, restaurantes, escritórios, sala de eventos, logística operativa, centro de controlo dos sistemas informáticos e telecomunicações. • Lago e Espetáculo Multimídia. • Infra-estruturas de eletricidade, água, gás, telecomunicações, etc. • Auditório do Circo do Cóndor. 13 Tabela de acontecimentos Años Años Isla de la Cartuja Isla Mágica SEVILHA - Inaugura-se o AVE Sevilha-Madrid ESPANHA - Jogos Olímpicos Barcelona MUNDO - Cimeira do Rio de Janeiro 1992 1993 Acontecimientos Parque dos Descobrimentos Cartuxa 93 ESPANHA - Crise económica MUNDO - Divide-se Checoslováquia 1994 Fecho do Parque dos Descobrimentos e inicio do Projecto Isla Mágica MUNDO - Inaugura-se o Eurotúnel 1995 Projecto do Parque Temático (inicio em maio) MUNDO - Europa dos 15 1996 Construção do Parque Temático 1997 Inauguração Isla Mágica (28 de junho) 1998 1999 Escola Técnica Superior de Engenheiros Estadio Olímpico da Cartuxa 2000 Isla Mágica na Encarta Nova atracção 10º Aniversário Expo 2003 2004 MUNDO - Atentados 11 de setembro 5º Aniversário da Isla Mágica MUNDO - Introdução do Euro I Feira da Ciência (Pavilhão do Futuro) SEVILHA - Copa Davis ESPANHA - Atentados 11 de março MUNDO - Guerra do Iraque Faculdade de Comunicação 2005 Nova atracção 2006 2007 Número visitantes acumulado 4.402.040 2001 2002 SEVILHA - Campeonato mundial de atletismo ESPANHA - Fundação para o Avance da Pesquisa Espanhola sobre a SIDA MUNDO - Juízo contra Bill Clinton Número visitantes acumulado 8.732.332 Cine 10º Aniversário da Isla Mágica 2008 Telhado Forte / Centro de Formação Isla Mágica Isla Mágica no Natal MUNDO - Crise económica 2009 2010 Jardim Americano Novas atracções 2011 20º Aniversário EXPO 15º Aniversário da Isla Mágica Nova atracção trilho 14 ESPANHA - Crise económica 13.119.427 Número visitantes acumulado 14.000 amigos em 2012 Número visitantes acumulado 14.000.000 Objectivo atingir os 15.000.000 de visitas MUNDO - Guerra Libia O século XVI, España, Portugal, América 15 O SÉCULO XVI Sevilha, América Conhecedores da dificuldade em estudar história, pelas próprias dificuldades que a matéria e a complexidade dos conceitos exigem por vezes; conscientes da distância existente entre a vivência espectacular e divertida que a visita ao parque proporciona e convida à reflexão dentro da linha temática da Isla Mágica, preparámos este material com os seguintes objectivos: Os conteúdos expostos estão caracterizados: Pela presença no parque de elementos significativos para a interpretação dos acontecimentos do século XVI. Pelo seu poder de sugestão e motivação que serão geradores do interesse e curiosidade pela história. Pela sua contribuição a uma melhor interpretação e conhecimento daquela época. Unir a vivência pessoal da visita á Ilha Mágica com a interpretação teórica dos conteúdos que apresenta. Animar e motivar o desenvolvimento do estudo da história nos centros escolares, facilitando ao professorado um material para propiciar a reflexão na sala de aula sobre uma época tão trepidante. LINHA DO TEMPO 1501. De la Cosa desenha a primeira representação cartográfica das Índias Ocidentais. 1502. Colombo chega às Honduras e Panamá. 1503. Fundação da Casa da Contratação. 1504. Américo Vespúcio, diz que as novas terras exploradas são um continente novo. 16 A linha de conteúdos é determinada pelos seguintes temas: • O século XVI. mário e o secundário sobre os conteúdos propostos, para que depois da visita à Isla Mágica, os alunos possam expressar os seus conhecimentos e avançar a través de trabalhos em equipa, leituras ou actividades na sala de aula que permitam adquirir algumas noções básicas para compreender o século XVI e o mundo em que vivemos. • Sevilha, Porto das Índias Ocidentais. • O mundo Maia. • A Rota das Índias, Porta da América. • A Pirataria, causas e interesses. • O ElDorado, As civilizações Pré-Colombianas. Cada tema proposto estrutura a proposta educativa segundo o seguinte esquema: 1. Mensagem educativa, que focaliza um objectivo prioritário por tema. 2. Introdução histórica, que situa os conteúdos propostos e oferece uma visão global do tema. 3. Elementos de apoio ao desenvolvimento metodológico: “Os textos” da época, ligados à vida quotidiana daquele tempo, e às suas figuras, são propostos com a intenção de poderem ser utilizados para serem comentados. Quadros com dados, que servem o modelo concreto das actividades propostas. Curiosidades, pequenas histórias, com a intenção de serem úteis para amenizar as explicações e a reflexão sobre os temas propostos. Como apoio ao desenvolvimento metodológico destes temas, planeiam-se actividades para o pri- 17 UM SÉCULO de Aventuras Deixamos para trás a Idade Média, e dois factos históricos: Cristóvão Colombo descobre o Novo Mundo, marcando o começo da Idade Moderna, caracterizada pelo desenvolvimento do Estado baseado no poder das monarquias, primeiro autoritárias e depois absolutas, o processo de assentamento da burguesia, o crescimento das cidades e o auge do Renascimento que, com a sua visão antropocêntrica do mundo, estimula a uma actividade humana motivada pela curiosidade, baseada em grandes aventuras, em conhecer novas terras e no desenvolvimento do conhecimento científico. No século XVI, a Espanha passa por um rápido processo de modernização, e a unificação dos dois reinos ibéricos de Portugal e Espanha, a Monarquia Hispânica (1580-1640) e a expansão territorial para a América, convertem o país na principal potência europeia e império colonial do mundo, ao incorporar as ricas possessões territoriais do império colonial português debaixo do seu controle político. As sociedades ibéricas (Espanha e Portugal) foram muito dinâmicas como o demonstram a rápida colonização da América por estes países, desenvolvendo uma economia expansiva, com duas fontes de recursos: a enorme produção de lã de ovelhas merinas em Castela, uma centralização do poder político na figura do rei em Portugal o ouro e a prata, os diamantes e o açúcar que chegavam aos portos de Lisboa e Sevilha, vindos das possessões territoriais na América, África e Oriente. Infelizmente as guerras que a Espanha se envolve com outros países europeus impediram que esta riqueza servisse para o desenvolvimento da indústria do país e melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. LINHA DO TEMPO 1505. De Taxis estabelece a comunicação postal entre os vários países europeus. 1506. Diáz de Solís inicia a exploração do Uruguai e Rio da Prata. 1507. Da Vinci projecta as máquinas voadoras, o torno e a prensa hidráulica. 1508. Erasmo de Roterdão, publica “O Elogio da Loucura”. 18 ACTIVIDADES. Educação Primária Uma Caravela que media 21m. de comprimento por 7 m. de largura transportava 30 tripulantes e demorava quase três meses em atravessar o oceano. Para além dos perigos das borrascas e tempestades, um dos riscos mais graves que corriam as expedições ao Novo Mundo eram a falta de água ou alimentos, as doenças e a monotonia. Depois de cumpridas as tarefas diárias de limpeza do barco, das refeições e a reparação das velas, aos tripulantes sobrava-lhes muito tempo livre. Faz uma lista das coisas que estes marinheiros para combater a monotonia e a terrível rotina que produzia a travessia, muitos dias vendo apenas o mar, poderiam fazer. COMPLETA ESTE QUADRO De que forma mudou o mundo? Como era no Século XVI? Como é na actualidade? Quanto ao uso da iluminação? Dos transportes Na conservação de alimentos Quanto tempo demorava em chegar uma carta de Espanha à América? ACTIVIDADES. Educação Secundária O século XVI trouxe profundas mudanças de estrutura social e política, e na interpretação filosófica do mundo. Formando grupos de três ou quatros companheiros/as, explicar as mudanças que se produziram, com exemplos que comparem cada um dos termos que aparecem no quadro. IDADE MÉDIA Feudalismo Confiança nas autoridades Teocracia Ascetismo IDADE MODERNA (Séc. XVI y XVII) Absolutismo Confiança na razão Antropocentrismo Valoración de la vida terrena Explicações divinas Relações feudais de produção Incremento da curiosidade científica Intercâmbios comerciais 19 SEVILHA Porta das Índias Ocidentais Reflectir sobre as repercussões do século XVI no crescimento de Sevilha, causas e consequências. É descoberta a América. O Papa Alexandre VI outorga pelo Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha, em 1493 o domínio sobre as Índias Ocidentais aos Reis Católicos de Espanha (Isabel e Fernando). A divisão geográfica do mundo entre estes dois reinos ibéricos, e a estratégica situação geográfica da Península Ibérica, permitiram aos dois países obter um estatuto privilegiado sobre todos os assuntos americanos. Aproveitando esta situação houve a necessidade de estabelecer um sistema de controlo de todo o comércio e transporte de mercadorias que previsivelmente se ia estabelecer. Em Espanha a Coroa dispõe que para este efeito, que todas as expedições comerciais ou de exploração que se organizem terão que partir de Sevilha e regressar ao seu porto fluvial nas margens do rio Gualdaquivir. No início do século XVI, Sevilha era uma cidade importante que tinha um porto fluvial seguro e com uma população crescente que vivia do comércio e da generosa produção agrícola que se obtinha do vale do Gualdaquivir. Nesta época a cidade tinha estabelecido trocas comerciais com os principais portos europeus (Lisboa, Bruges etc.) sendo uma das principais capitais financeiras e comerciais do Século XVI. Em 1503, a Coroa espanhola criou a “Casa da Contratação”, o organismo encarregado do controle do monopólio do comércio marítimo com a América. Este organismo para além das suas funções comerciais e administrativas, tinha a seu cargo a organização de missões científicas, sobretudo relacionadas com a náutica, cartografia, astronomia e matemáticas, treinando os pilotos marítimos que desejavam dedicar-se ao comércio das Índias Ocidentais. LINHA DO TEMPO 1509. Leonardo da Vinci concebe a engrenagem. 1510. Dox inventa os mapas em relevo. 20 Aumento do comércio do porto de Sevilha com a América. Em 1506 partiram 35 barcos de Sevilha para a América, em 1550 o número aumentou para 215. Este aumento é mais notório se temos em conta não o número de barcos saídos mas a tonelagem dos mesmos. Passa-se das 3.309 toneladas às 32.335, quer dizer não só vão mais navios, como a sua capacidade de carga é maior, passando de uma capacidade média de 95 toneladas por navio a 150 toneladas por navio. ACTIVIDADES. Educação Secundária Esta gráfica refleja de forma aproximada la evolución de la población de Sevilla en el Siglo XVI. Este gráfico reflecte de forma aproximada a evolução da povoação de Sevilha no Século XVI. Os proponemos realizar el siguiente trabajo de investigación: Propomos-vos a realização do seguinte trabalho de investigação: Elabora una gráfica similar a ésta, donde quede reflejada la evolución de la población en vuestra localidad a lográfico largo del Siglo XX y onde en lose que va de Siglo aXXI. Una vez analiza las Elaborar um similar a este, possa registar evolução dadibujada, população da vossa variaciones, los máximos y los mínimos, buscando también las causas de esas variaciones. cidade ou localidade durante o século XX e século XXI. Uma vez desenhado, analisar as variações, os máximos e os mínimos, procurando explicar as causas dessas variações. Para analizar la gráfica necesitareis consultar libros de historia contemporánea, revistas o hacer entrevistas a los más viejos del lugar. que consultem livros de história contemporânea, revistas, Para analisar o gráfico será necessário ou fazer entrevistas às pessoas mais velhas do lugar de estudo (freguesia, bairro etc.). Averigua las coordenadas (latitud y longitud) de tu ciudad y calcula la distancia en línea recta aAverigua Sevilla, compárala la distancia que hay por carretera. da tua cidade ou vila e calcula a quais são con as coordenadas (latitude e longitude) distância em linha recta a Sevilha, por fim compara com a distância que existe por estrada. Evolução da população de Sevilha durante o Século XVI. Evolución de la población de Sevilla durante el Siglo XVI. habitantes 140.000 habitantes 120.000 140.000 120.000 100.000 100.000 80.000 80.000 60.000 60.000 40.000 40.000 20.000 20.000 anos años habitantes habitantes 1500 1533 1561 1500 1533 1561 1565 1571 1565 1571 1588 1588 1591 1591 1597 1597 anos años 1500 1533 1561 1565 1571 1588 1591 1597 40.000 40.000 55.000 55.000 95.000 95.000 110.000 110.000 105.000 105.000 130.000 130.000 115.000 115.000 120.000 120.000 1500 1533 1561 1565 1571 1588 1591 1597 Estos dedereferencia la evolución población de Sevilla Sevilla no en século el sigloXVI. XVI. Estes datos dados son são una umaaproximación aproximação que que sirven servem referênciapara paraconocer conhecer a evoluçãodedalapopulação 21 Cádiz Porto da América e berço da Constituição de 1812 Em 1812 nasce em Cádiz a primeira Constituição espanhola, que se tornou não só numa meta democrática em toda a Europa, senão que influiu nas origens constitucionais e parlamentares da maior parte dos Estados da América durante e depois da sua independência. Cádiz, até a perda do monopólio da Carreira das Índias em 1717, onde Felipe V ordenou que a Casa da Contratação se transladasse à capital de Cádiz. O início: Cádiz, Porto de Índias. Entre 1811 e 1814, a cidade de Cádiz torna-se a capital de Espanha, já que, com o avanço do exército napoleónico, o Governo espanhol viu-se obrigado a refugiar-se na província gaditana. Cádiz, por sua especial posição de privilégio comercial com as Índias desde o século XVIII, tinha-se convertido numa das mais prósperas e cultas cidades espanholas. Através dela entraram em Espanha as modas, as idéias e os livros europeus e os seus cafés ou tabernas se converteram em centros de livre discussão e intercâmbio de ideias, que contribuíram ao desenvolvimento de um pensamento liberal que culminaria com a aprovação da Constituição de 1812. Os motivos pelos quais Cádiz é o berço da democracia estão muito relacionados com a sua posição como capital comercial do reino, posto onde aos poucos foi relevando Sevilha ao longo do século XVIII. Na capital hispalense tinha-se situado durante mais de dois séculos o principal porto marítimo de ligação com a América, que era gerenciado através da Casa da Contratação situada na mesma cidade. No período 1503-1650, naufragaram 9 % dos navios entre o rio e a barra de Sanlúcar quando se dirigiam a Sevilha. Com o tempo esta seria uma das razões pelas que o Porto de Índias seria transferido para Constituição de 1812. 22 A elaboração da Constituição correu paralela à Guerra da Independência Espanhola. Depois do levantamento do povo de Madrid contra os franceses, em maio de 1808, produziu-se em numerosos territórios um fenómeno espontâneo de resistência aos franceses que se agrupou nas denominadas Juntas. Perante os problemas de coordenação das Juntas e o esvaziamento de poder reinante, houve a necessidade de convocar umas Cortes, que inicialmente tinham de reunir-se em Sevilla em 1809. O avanço francês motivou que as Cortes se estabelecessem em San Fernando, conhecida na altura como a Ilha de León, realizando a sua primeira reunião no dia 24 de setembro de 1810. Posteriormente, depois de um surto de febre amarela e o avanço francês, as Cortes passaram a Cádiz, cuja situação e o apoio da armada inglesa garantiam a segurança dos deputados reunidos. Ali se reuniam os deputados eleitos pelo decreto de fevereiro de 1810, que tinha convocado eleições tanto na península como nos territórios insulares, americanos e asiáticos pelo que estiveram compostos por algo mais de trezentos deputados, dos quais cerca de sessenta foram americanos. Entre os deputados não tinha nenhuma mulher já que se estabelecia como sistema de eleição o sufrágio universal masculino indirecto. A Constituição de 1812 foi uma constituição liberal e moderna para a época, que é base da nossa actual Carta Magna. Entre as suas características principais se encontravam a soberania nacional, a divisão de poderes, a igualdade da cidadania perante a lei, o direito à educação ou a liberdade de tipografia. De Cádiz a América. A Pepa, conhecida assim porque nesse momento governava em Espanha o Rei José I, não era uma constituição só para a metrópole, senão também para todas as colonias espanholas; de facto, na definição da cidadania espanhola da Constituição se incluíam não só aos europeus, ou os seus descendentes americanos, senão também às castas e aos indígenas dos territórios de América. A Constituição foi jurada na América, e o seu legado é notório na maior parte das Repúblicas americanas que se independizaram entre 1810 e 1830, não só porque lhes serviu como modelo constitucional senão, também, porque esta Constituição estava pensada, criada e redigida por representantes americanos como um projecto global hispânico e revolucionário. LINHA DO TEMPO 1511. Afonso de Albuquerque, governador português da Índia, ocupa as costas de Malaca e Ceilão. 1512. Miguel Angel finaliza a decoracion da Capela Sixtina. 23 ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária Em 1812 o domínio do Estado espanhol abrangia diversos territórios, nos quais era implementado também a Constituição. Localizados no mapa quais eram estes territórios. Material de apoio para a realização da atividade: • Colombia • Ecuador • Perú • Chile • Uruguay • Paraguay • Argentina • México • Guatemala • El Salvador • Honduras • Costa Rica • Nicaragua • Panamá • Cuba • República Dominicana • Puerto Rico • España • Islas Filipinas • Canarias ACTIVIDADES. Educación Secundaria. Na seguinte tabela contemplam-se algumas das características e dos direitos que se incluíam na Constituição de 1812 e a sua correspondência com os artigos na actual Constituição Espanhola de 1978. Contempla a tabela com os artigos ou o conteúdo segundo corresponda: Constituição de Cádiz de 1812 Constituição Espanhola de 1978 (Título I) Soberania Nacional Art. 1.1 Art. 27 Divisão de Poderes Art. 14 Inviolabilidade do domicilio Art. 33 Liberdade de imprensa Liberdade de expressão 24 PORTUGAL À procura da rota ocidental das Índias Desde os princípios do século XV, o espírito de aventura dos portugueses empenhou-se na procura de uma rota marítima para a Índia, seguindo a costa africana em direcção ao sul. O seu objectivo fundamental era estabelecer uma nova rota comercial por mar, que evitasse os riscos da pirataria e o assédio dos turcos e que permitisse o tráfego das especiarias tão apreciadas na Europa. Os navegadores portugueses, com ágeis caravelas e as robustas carracas, aventuraram-se na exploração de mares desconhecidos. As primeiras expedições foram apoiadas e financiadas pelo rei D. João. O seu filho, conhecido como Henrique, o Navegador, desenhou a primeira caravela na Escola de Navegadores de Sagres e comandou a exploração da costa africana. Procurava uma rota mais segura para o comércio de especiarias (pimenta, cravo, noz moscada) com as Índia. Com a exploração da Madeira e a descoberta das ilhas dos Açores, começou a era dos descobrimentos que transformou Portugal num dos maiores impérios coloniais do mundo. A Madeira e os Açores foram importantes centros produtores de açúcar e isto, juntamente com a conquista de Ceuta, propiciou uma óptima situação estratégica como base para futuras explorações. Com as caravelas, embarcações ligeiras muito bem adaptadas para navegar pelo Oceano Atlântico e desenhadas por Henrique, o Navegador, na Escola de Navegadores de Sagres, os marinheiros portugueses aventuraram-se em direcção ao sulprocurando a rota das Índia. Chegaram a Cabo Verde, Senegal, cabo de Santa Maria e posteriormente, o caminho marítimo para a Índia foi traçado por Vasco da Gama que, depois de passar pelo Cabo da Boa Esperança e atravessar o Oceano Índico, chegou a Calcutá. Quando a expedição voltou a Portugal, tinha percorrido mais de 24.000 milhas e haviam passado 630 dias. A partir desta data, em finais de Março, saía de Lisboa a frota portuguesa que voltaria doze meses depois, carregada com todo o tipo de mercadorias. 25 Para que esta expansão fosse possível, Espanha e Portugal tinham que evitar rivalidades entre eles. Em 1493 assinaram um acordo sob o auspício do Papa Alexandre VI, o Tratado de Tordesilhas, pelo qual as terras que fossem descobertas a ocidente de uma hipotética linha traçada desde o Pólo Norte ao Pólo Sul e que passava a 100 léguas a ocidente dos Açores, seriam espanholas. As situadas a oriente seriam portuguesas. Aos espanhóis, portanto, tocaram-lhes as Antilhas, México, Peru, etc., e o resto dos territórios americanos menos o Brasil, que ainda não tinha sido descoberto e a Portugal, correspondia-lhe a África, a Índia e posteriormente, o Brasil. CRONOLOGIA DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. Gil Eanes Portugal 1433 Navegou em direcção ao sul pela costa ocidental da África, passando pelo cabo Bojador. Diogo Cão Portugal 1482-1486 Explorou a foz do rio Congo e parte da costa da África ocidental. Bartolomeu Dias Portugal 1488 Explorou a costa do sul de África, dando nome ao cabo das Tormentas, posteriormente rebaptizado como Cabo da Boa Esperança. Vasco da Gama Portugal 1497-1498 Navegou para além do cabo da Boa Esperança, chegou a Moçambique, na costa oriental da África, cruzando dali o Oceano Índico até Calcutá, na Índia. Pedro Álvares Cabral Portugal 1500 Tomou posse do Brasil e também dobrou o cabo da Boa Esperança, chegando até à Índia. Gaspar Corte-Real Portugal 1500 Explorou a costa nordeste de Labrador e Terranova. Fernão de Magalhães Espanha 1519-1521 Explorou o estuário do rio da Prata, navegando depois em direcção ao sul e atravessando o estreito que ficou com o seu nome. Sulcou o Oceano Pacífico até às ilhas Filipinas, onde morreu assassinado. Foi o primeiro que chegou em direcção a Ocidente até uma longitude alcançada anteriormente numa viagem em direcção a Oriente. Juan Sebastián Elcano España 1519-1522 Após a morte de Magalhães, Elcano, ao comando da Vitória (única nau sobrevivente da expedição), voltou a Espanha, passando pelas Molucas e pelo Cabo da Boa Esperança. Assim, foi o primeiro a circunavegar o globo. João Rodrigues Cabrilho Portugal 1542-1543 Explorou a costa ocidental do México e descobriu a baía de San Diego (Califórnia). 26 Vasco da Gama Vasco da Gama foi o primeiro navegador português a chegar à Índia, costeando o sul da África. Esta rota foi procurada pelos portugueses desde os tempos de Henrique, o Navegador. Vasco da Gama nasceu em Sines, no Alentejo. O rei de Portugal, Manuel I, o Venturoso, encarregou-o da missão de chegar à Índia por mar. Zarpou das águas do Tejo, em Lisboa, com cento e cinquenta homens distribuídos em quatro pequenos barcos, em 9 de Julho de 1497. Em Novembro, dobrou o cabo da Boa Esperança; depois deteve-se em Moçambique e em seguida, em Melinde, na costa oriental de África. Com a ajuda de um guia, prosseguiu a sua viagem rumo para oriente, para assim chegar a Calcutá, na Índia, no dia 20 de Maio de 1498. Regressou a Portugal em 1499. No seu país foi recebido com elogios, recompensado economicamente e autorizado a usar Dom no seu nome daí em diante. Em 1503 regressou de outra viagem a Calcutá, retirando-se como navegador, até que 20 anos depois foi nomeado vice-rei da Índia. Morreu em Cochim em 1524. Pedro Álvares Cabral Álvares Cabral nasceu no ano de 1460, na cidade de Belmonte. Em 1500, Manuel I colocou-o no comando de uma expedição comercial à Índia. Cabral partiu de Lisboa com treze barcos e mais de mil homens, em 9 de Março de 1500, com a ordem de seguir a rota do cabo da Boa Esperança. Para evitar as tempestades e a falta de ventos, Cabral seguiu uma rota mais a ocidente (a que chamavam então “a volta do mar”). Depois de passar as ilhas do arquipélago de C abo Verde. Em 22 de Abril de 1500, Cabral chegou ao que actualmente é o Estado da Baía, no Brasil. O navegador português reclamou para Portugal a nova terra descoberta, a qual deu o nome de “Terra de Santa Cruz”. Antes dele, as costas do noroeste brasileiro e a foz do rio Amazonas foram explorados pelo espanhol Vicente Yáñez Pinzón. A Armada de Pedro Álvares Cabral no “livro das Armadas”, manuscrito da Academia das Ciências de Lisboa. Nesta imagem aparecem 12 dos 13 navios da armada de Cabral, com os nomes dos respectivos comandantes. LINHA DO TEMPO 1513. Vasco Núñez de Balboa atravessa o istmo centro-americano e descobre o Oceano Pacífico. 1514. Pedrarias Dávila começa a reconhecer a costa pacífica do Panamá. 27 Fernão de Magalhães Fernão de Magalhães, navegador português, descobriu a passagem pelo sul do Oceano Atlântico para o Oceano Pacífico, a qual denominou Estreito de Magalhães. Iniciou a expedição que deu a primeira volta ao mundo. Nasceu perto do Porto por volta de 1480. Foi educado na corte portuguesa, onde adquiriu grandes conhecimentos de náutica e cartografia. Em 1505, embarcou numa expedição à Índia e ali obteve informações acerca das ilhas Molucas ou das Especiarias. Em 1513, teve problemas na corte do rei português Manuel I, o Venturoso, e chegou a Sevilha em 1517 com a intenção de convencer o rei de Espanha, Carlos I, sobre o interesse em organizar uma expedição às ilhas das Especiarias pelo ocidente, através de uma passagem ou estreito que ficaria situado no sul da América do Sul, evitando assim entrar nos domínios portugueses. Em 10 de Agosto de 1519, Magalhães partiu de Sevilha em direcção às ilhas Molucas com cinco embarcações e cerca de 250 homens. Fizeram escala nas ilhas Canárias, na baía do Rio de Janeiro e exploraram o estuário do rio da Prata. Navegando em direcção ao sul pela Patagónia, em 21 de Outubro de 1520 entraram no estreito, o qual o chefe da expedição chamou de Todos os Santos (mas posteriormente chamado de estreito de Magalhães em sua honra). Saíram para o mar do Sul (o qual nomearam de Pacífico) em 28 de Novembro. Subiram pela costa chilena e viraram em direcção a ocidente, penetrando no Oceano Pacífico. Durante três meses navegaram sem provisões frescas nem água e com a tripulação a sofrer de escorbuto, até que em 24 de Janeiro de 1521, chegaram às ilhas Marianas. Morreu em 27 de Abril desse ano na ilha de Mactan, durante um combate com os indígenas. A expedição dirigiu-se para as Molucas e após ficar com apenas uma nau, a Victoria, comandada por Juan Sebastián Elcano, chegou a Espanha em 6 de Setembro de 1522, com 18 sobreviventes e carregada de especiarias. ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária Assinala no mapa os lugares a que se faz referênencia nos itinerários e desenha a rota de ida e volta da viagem de Pedro Álvares Cabral Itinerário de Ida: Lisboa - Ilhas Canárias (14/3/1500) - Cabo Verde (22/3) - Porto Seguro e Salvador de Baía. Brasil (22/4) - Cabo das Tormentas ou Boa Esperança (24/5) - Sofala, em Moçambique (16/6) - Melinde, no Quénia (6/7) - Goa, Índia (22/8) - Calcutá, Índia (13/9). Itinerário de Volta: Cananor, Índia (16/1/1501) - Moçambique (12/02) - Cabo das Tormentas ou Boa Esperança (19/04) - Cabo Verde (15/07) – Lisboa. 28 AS FORTALEZAS no século XVI El Fuerte de Isla Mágica As fortalezas, os portos fortificados, as muralhas ou as cidadelas foram construídas para proteger as cidades, garantir o comércio, defender dos piratas ou assegurar as comunicações. São, além disso, a partir do ponto de vista histórico-artístico, um dos monumentos mais significativos dos séculos XVI e XVII. Não é em vão que a sua localização permite traçar as rotas comerciais entre a Espanha e Portugal e as suas colónias durante os séculos XVI e XVII. El Fuerte (O Forte) da Isla Mágica recria uma das muitas fortificações que durante o século XVI foram construídas em diferentes partes do mundo. A sua missão fundamental era evitar os ataques de piratas e corsários, ainda que conforme a sua localização possam ser distinguidas diferentes funções e significados. Dentre as fortalezas podemos distinguir vários tipos: as construídas para delimitar diferentes territórios dentro de um estado, as situadas nas fronteiras de um país para proteger o seu território, as feitas à volta de portos marítimos para proteger o circuito comercial. Dentre as fortificações feitas dentro de um estado para delimitar o território, podemos distinguir dois tipos: a muralha e a cidadela. A muralha era utilizada para delimitar o território de uma cidade e servir de protecção perante um possível inimigo. Durante o século XVI, não foram construídas muitas muralhas, mas realizaram-se novas cidadelas. Este tipo de fortificações, construídas dentro de outros recintos fortificados, estavam posicionadas em lugares altos e simbolizavam o poder real frente ao povo. Algumas das cidadelas mais famosas do século XVI são as de Jaca, Pamplona e Amberes, que tinham como característica comum a sua base pentagonal. Mais que a fortificação nas próprias cidades, durante o século XVI espalharam-se as fortalezas principalmente nas costas. Durante este século, o comércio a partir da Espanha e Portugal para as 29 colônias na América e África intensificou-se, mas também cresceu o ataque de piratas e corsários, no mar ou junto ao porto, para roubarem as mercadorias. Por estes motivos, as fortificações espalharam-se por todos os territórios luso-espanhóis. Foram construídas fortalezas pelas costas de toda a península, além de em Itália, Caraíbas e zonas da África. Destacam-se os grandes portos fortificados de Cartagena (Múrcia), de Havana, de Santo Domingo ou da Ilha de Santiago em Cabo Verde. As fortalezas na costa costumavam estar acompanhadas de torres e atalaias donde se avistavam os piratas, embora também fossem construídas independentes das fortificações. As famosas torres do litoral permitiam aos encarregados da defesa nas fortalezas avisarem rapidamente sobre um possível ataque. Apenas no costa mediterrânea foram construídas mais de quarenta torres. A maioria delas tinha forma cilíndrica, como é o caso da torre do Peñón em Mojácar, mas também existiam as de quatro lados, como Los Alfaques (Tortosa). Muitas das fortalezas construídas durante o século XVI em territórios portugueses ou espanhóis foram concebidas pelo engenheiro italiano Juan Bautista Antonelli e costumavam ter nome de santo, como São Filipe em Setúbal ou São João, em Lisboa. O elemento construtivo principal nesta época foi o baluarte e os materiais, a argamassa e faxina. Pontevedra, Navarra, Tarragona, Baleares, Múrcia, Almería, Málaga, Peniche, Setúbal, Portimão, Sicília, Sardenha, Melilla, Argélia, Cabo Verde, Porto Rico, Santo Domingo, são alguns dos lugares nos quais, durante o século XVI, foram construídas fortificações para proteger as fronteiras dos ataques inimigos, e as rotas comerciais dos piratas e corsários. Glossário de Termos Fortaleza: sistema de defesa de um lugar através de muralhas ou outros elementos construtivos. Cidadela: recinto fortificado que ficava no interior de uma praça, normalmente em forma de castelo. Os objectivos eram pôr freio à cidade para que não se revoltasse contra o seu rei e poder ajudar na defesa da cidade no caso dos inimigos a cercarem. Baluarte: parte fundamental de uma fortificação que sobressai no encontro de duas cortinas ou lenços de muralha e é composto por duas frentes que formam um ângulo saliente, dois flancos que as unem ao muro e uma gola de entrada. Atalaia: torre feita normalmente num lugar alto, para avistar, a partir dela, o mar e avisar sobre o que se descobria. Faxina: feixes de palha, ramos ou paus unidos. Argamassa: mistura de cal, areia e água que ao secar adquire grande dureza; era utilizada na construção da muralha para unir as pedras e os ladrilhos. Guarita: local no qual os sentinelas se resguardavam enquanto faziam a guarda. Parapeito: parede ou protecção que era construída à altura do peito para proteger os soldados. Merlão: troço do parapeito que margeava a muralha na sua parte superior. LINHA DO TEMPO 1515. Nasce Santa Teresa de Jesus. 1516. Tomás Moro publica “Utopia”. 1517. Martinho Lutero expõe as suas 95 teses. Início da Reforma. 30 FORTALEZAS CONSTRUÍDAS NO SÉCULO XVI FORTALEZA LOCAL Castelo de São Filipe El Ferrol (Galiza) Castelo de São Filipe Puerto de la Cruz (Tenerife) Fortificação de São Filipe Setúbal (Portugal) Fortaleza Real de São Filipe Ilha de Santiago (Cabo Verde) A Muralha de Filipe II Cartagena (Múrcia) Porto fortificado Havana (Cuba) Porto fortificado Santo Domingo (República Dominicana) São João Lisboa (Portugal) Cidadela Jaca (Huesca) Cidadela Pamplona (Navarra) Cidadela Amberes (Bélgica) Fortificação Mazalquivir (Argélia) Fortificação Cagliari (Sardenha) Castelo de Bayona (Pontevedra) Fortificação Portimão (Portugal) Torre del Peñón Mojácar (Almería) Fortificação La Gomera (Ilhas Canárias) EL FUERTE (O FORTE) DA ISLA MÁGICA Está localizado na zona Norte do Parque, no nó temático denominado Puerta de America. Recria minuciosamante o Forte de São Filipe, localizado na cidade fortaleza denominada a “Ciudad Heróica” de Cartagena das Índias. EL FUERTE No ano de 2007 foi remodelado para ser um grande espaço coberto e climatizado onde se realizam espectáculos musicais, audiovisuais, refeições, eventos, etc... 31 ACTIVIDADES. Educação Primária Procura no dicionário as seguintes definições e coloca o nome nas fotos. Forte: Baluarte: Atalaia: Guarita: Troneira: 1.-____________ 2.-____________ 3.-____________ 4.-____________ 5.-____________ As cidadelas que foram construídas durante o século XVI tinham forma pentagonal, enquanto que as torres do litoral tinham apenas quatro lados. Revê os polígonos e completa a seguinte tabela: Dibujo Nombre Número de lados Número de Ángulos Triângulo Cinco Seis Heptágono Oito 32 ACTIVIDADES. Educação Secundária. O ataque de piratas e corsários durante o século XVI levou Filipe II a ordenar a construção de diversas fortificações em todo o mundo. Localiza no mapa-múndi as seguintes fortalezas: Fortificação de Mazalquivir Porto fortificado de Havana Fortificação de São Filipe em Setúbal Fortaleza Real de São Filipe em Cabo Verde Porto fortificado de Santo Domingo Fortificação de Cagliari Castelo de Bayona Fortificação de Portimão Torre do Peñón em Mojácar Fortificação de La Gomera Fortaleza de San Felipe de Barajas LOCALIZAÇÃO DAS FORTALEZAS LUSO-ESPANHOLAS 33 OPÁTIO des Comédias O Teatro era a grande paixão do século A chegada dos cómicos era esperada com admiração nas vilas e cidades importantes. As representações teatrais celebravam-se nos Pátios des Comédias, chamados assim por serem na sua origem, pátios de edifícios que se improvisavam como lugar para as representações, perpetuando-se depois este modelo arquitectónico durante os séculos XVI e XVII. Os Pátios des Comédia, pertenciam na sua maioria às Instituições ou às Confrarias Religiosas que os alugavam às Companhias, o que lhes permitia financiar Hospitais e outras obras de beneficência. Nos finais do século XVI apareceram os primeiros Pátios des Comédias com instalações fixas. O público distribuía-se nessos Pátios da seguinte maneira: “no pátio estavam os homens, de pé, que fazendo barulho e aplaudindo determinavam o êxito ou fracasso da Comédia. Nas varandas e janelas situavam-se os nobres, e numa parte mais retirada do pátio, chamada “cazuela” (caçarola) as mulheres.” O espectáculo começava às três ou quatro da tarde e durava duas horas e meia. Não existiam os actuais “descansos” (intervalos) pois entre os actos da comédia o cenário era ocupado pelos que representavam os entremezes, cantavam Jácaras ou distraíam o público com danças. Se o Sol era forte corriam um toldo, e se chovia forte suspendia-se a representação. EM PO L IÍ N E HA A D DEOL TTEI M PO 1515.Riese Nace propõe Santa Teresa de Jesús. 1518. a adopção do sistema decimal e a numeração árabe. 1516. Tomás Moro publica Utopía. 1519. Hernán Cortês chega ao México. 1517. Lutero expone sus 95 tesis. Principio de la Reforma. 34 Puesto que apenas existía escenografía, el dramaturgo confiaba a la palabra del personaje la descripción, llena de color Já que mal existia cenografia, o dramaturgo confiava à palavra do personagem a descrição, cheia de cor e de música, dos lugares onde decorria a ação. Todo era possível no palco, sem necessidade de transição; o público colaborava imaginativamente na brusca mudança de lugar ou de tempo. Faziam-se três tipos de representações: Os “Pasos”, em que quase não existe argumento, eram peças breves em prosa e o seu mérito essencial estava na vivacidade do diálogo e na pitoresca graça das suas cenas de costumes, pelas que passavam os tipos populares da época. Destacou-se neste género a figura de Lope de Rueda, que participava às vezes como actor. Os “Entremezes” são breves quadros populares escritos em prosa, que se caracterizam pela sua graça desenvolta e sua maliciosa ironia. Neste género destacou-se a figura de Cervantes. A “Comédia”, que era um género maior e com uma temática muito variada, tocava temas da história universal, da épica medieval, ou se eram Renascentistas falavam de temas pastoris, dos mouriscos, cavalheirescos ou mitológicos. Tanto na comédia como na tragédia ou na tragi-comédia, destacaram-se neste género, Lope de Vega, Calderón de la Barca, Zorilla, Ruiz de Alárcon e Tirso de Molina. Os tipos e a importância das companhias de teatro ambulante era muito diverso. Assim temos: BULULÚ: 1 personagem ÑAQUE: 2 personagens BOJIGANGA: 5 personagens FARÂNDOLA: 7 homens e 3 mulheres COMPANHIA: 30 personagens ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária Para que continuemos a deleitar-nos com a arte teatral e contando com a colaboração e a imaginação dos vossos companheiros/as, propomos que realizem um exercício de leitura, de alguns dos pequenos textos (Passos ou Entremezes), que se representavam naquela época. Por exemplo de Lope de Rueda, o “Passo da Azeiteira”, ou de Cervantes, “O Retábulo das Maravilhas”, ou “O viúvo rufião” 35 O mundo Maia Dar a conhecer a riqueza cultural e a força das civilizações da América Central. Se desenvolve a civilizacion Maia na região mesoamericana,situada entre o Equador e o Trópico de Câncer, caracteriza-se pela sua enorme variedade ambiental e foi habitada por diferentes povos como os Olmecas, Maias, Toltecas e Astecas. A configuração geográfica destas zonas é muito variada, abarcando zonas desde as planícies e terras baixas cobertas de selva tropical, até aos cumes gelados das montanhas de mais de 5.000 de altitude. Esta variedade da topografia e de clima facilitou e permitiu o desenvolvimento de diferentes culturas durante os últimos 3.000 anos. permitiram que tivessem quatro sistemas para medir o tempo e a escrita baseada na utilização de glifos. O apogeu do desenvolvimento desta região foi alcançado pela civilização Maia, que se destacou pelo o urbanismo das suas cidades, como podemos apreciar pelas Ruínas Maias de Tikal, a grandiosidade da sua arquitectura, a utilização do sistema vigésimal para contar, a utilização do “zero”, os conhecimentos em astronomia que Os Maias adoravam muitos deuses, eram politeístas. Os seus deuses eram os elementos da natureza (a água, o fogo, o ar e a terra), os fenómenos atmosféricos, e os astros, etc... Acreditavam que existiam deuses do bem e do mal que estavam constantemente lutando para encontrar um equilíbrio. Os Maias chegavam a obter três colheitas por ano, graças à construção de terraços de cultivo e canais de rega. A sua economia baseava-se numa agricultura intensiva e no comércio que se caracterizava pela troca de mercadorias de luxo e artigos sumptuários (jade, conchas, plumas de aves, ouro e cacau) mais do que na troca de produtos agrícolas de primeira necessidade. LINHA DO TEMPO 1520. Comunidades de Castela e Germanias de Valencia. 1521. Os franceses invadem Navarra. 36 A religião estava presente nos ritos agrícolas, nas cerimónias públicas, na arte e na cultura Maia. A importância que alcançou foi muito grande, já que estava fortemente ligada ao controle político, aos conhecimentos científicos e à concepção da vida que sustentou a civilização Maia. O seu domínio foi exercido por uma casta: os sacerdotes. A religião maia era politeísta. Era uma religião de aspectos naturalistas, já que os desuses eram os elementos naturais (água, fogo, ar e terra), os fenómenos atmosféricos, os corpos celestes, etc. E por último, era dualista, pois partia do princípio de que o bem e o mal são igualmente divinos. Os deuses do bem estavam em luta constante comos deuses do mal, porém, eram tão inseparáveis uns dos outros como o dia da noite. Por causas (naturais ou sociais) ainda desconhecidas, esta civilização desmorona-se uns 600 anos antes da chegada dos espanhóis ao “Novo Mundo”. Posteriormente os Toltecas e Astecas incorporaram à sua forma de vida elementos da religião e cultura Maia. ACTIVIDADES. Educação Primária Lê o seguinte texto substituindo os desenhos pelas palavras adequadas. Os povoadores do Novo Mundo acreditavam que a água, o ,o ar e o os deuses a quem se devia prestar um culto. Viviam em e de construir grandes e templos com forma de Quando os espanhóis com as suas então desconhecidos na, , como o . , encontraram po- ,e , produtos que eram . Nas viagens que se fizeram depois os, conheciam na eram capazes , chegaram à vos que viviam da agricultura, cultivando eram os ,transportaram animais que ainda não se ,as e as . Para além de animais levaram outros produtos desconhecidos no Novo Mundo como o , o vinho e as . Com o decorrer dos séculos, todos estes produtos se foram incorporando nos hábitos alimentares de milhões de pessoas de todo . 37 Informação complementar para desenvolvimento do tema Entre as castas dirigentes da sociedade Maia, a mais alta era a sacerdotal: astrónomos, matemáticos, arquitectos, curandeiros, historiadores, profetas e os guardiões da tradição. Um grupo importante de artesãos especializados trabalhavam sob a ordem dos sacerdotes como escultores, pintores, construtores de edifícios, assim como a arte plumária e outras manifestações artísticas. A maioria da população dedicava-se ao cultivo do milho, à caça e à pesca, que com o seu trabalho mantinham todos os membros desta estrutura social. Conta uma lenda que Quetzacóalt, um deus metade ar e metade terra, representado pela Serpente Emplumada, ensinou o cultivo do cacau aos antigos povoadores da América Central. O milho é originário da América, onde era o alimento básico. A origem desta planta continua a ser um mistério já que todas as variedades de milho existentes que existem na actualidade não se podem reproduzir sem que haja intervenção humana. Mapa da Mesoamérica GOLFO DO MÉXICO MAR DAS CARAÍBAS OCEANO PACÍFICO 38 Os calendários Maias: No ano 2012 (23 de dezembro), fim de uma era. Actualmente na Europa e na maior parte do mundo rege o calendário gregoriano, não obstante nem sempre foi assim. Os maias contavam o tempo através de três calendários. Cada calendário tinha uma utilização diferente y permitia calcular os diversos acontecimentos nos calendários. • Calendário sagrado (tzolkim): Este calendário contava de 260 dias e 20 meses, pelo que cada mês constava de 13 dias. Os maias utilizavam-nos para fixar as cerimônias religiosas e prognosticar a chegada e a duração de chuvas, além de períodos de caçada e pesca. • Calendário civil (haab): O Haab media o ano solar e contava de um total de 365 dias, que se dividia em 18 meses de 20 dias e um período especial de mais cinco dias, denominado pelos maias como "Uayeb”. Leste é o calendário que os maias utilizavam em sua vida diária, nele se marcavam as estações ou as épocas de cultivo. Durante os cinco dias do “Uayeb”, que coincidiam com o final do ano neste calendário, os maias deixavam a um lado os seus trabalhos agrícolas já que se consideravam nefastos e se dedicavam à preparação do ano novo, destruindo coisas velhas, criando novos utensílios, etc. Tanto no tzolkim como no haab, os anos não se enumeravam já que a combinação de datas mediante os dois sistemas era suficiente para o dia a dia, pois as coincidências entre um e outro se produzia cada 52 anos e isto superava a expectativa de vida da época. Para a combinação de ambos calendários os maias utilizavam a roda calendárica na que cada volta representava um mês. • Conta larga: Esta conta era utilizada para distinguir quando ocorria um evento face a outro no tzolkim e no haab, e a diferença dos anteriores, neste calendário sim se numeravam os anos, pelo que é o mais comparável com nosso calendário atual. Este calendário era cíclico já que se repetia cada 52 anos maias, o que se celebrava com a cerimônia do fogo novo que se assemelharia à entrada do século novo em nosso calendário. É justamente em base a este calendário pelo que se fala do fim do mundo em dezembro de 2012. Especificamente, o 23 de dezembro de 2012 é quando o calendário maia da “conta longa” marca o final de uma era de 5.126 anos. Isto não significa que para os maias o mundo termina 2012, já que o fim desta era faz parte de outros ciclos maiores de tempo e que os maias também contabilizavam. Calendário haab (18 meses de 20 dias) Calendário tzolkim (20 meses de 13 días) LINHA DO TEMPO 1522. Fernão de Magalhães e El Cano realizam a circum-navegação da Terra. 1523. De Alvarado explora as terras da Guatemala.. 39 ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária TEXTO PARA LEITURA E COMENTARIO “ Existe um costume que quando alguém completa doze anos se entrega à criança um leitãozinho ou um cordeirinho , ou dois pintainhos; espera-se que esses pequenos animais cresçam e se multipliquem e isso deve depender do carinho que a criança irá pôr no presente que os pais lhe deram. Recordo que quando fiz doze anos que o meu pai me ofereceu um leitãozinho fêmea e um porco. Ninguém podia tocar ou vender os animais sem que eu autorizasse. Trata-se de que cada um comece por ter um sustento próprio.” “... Sentia-me muito contente com todos esses animais. Fizeram-me uma grande festa. Comemos. Nós os indígenas (naturais) só comemos galinha quando há uma festa. Por vezes passam-se muitos anos sem que comamos carne. Para nós, comer carne de galinha é um grande acontecimento. Passado um tempo, a minha porquita cresceu e teve cinco crias. Eu própria tinha que conseguir comida para os alimentar. Depois de trabalhar no campo todo o dia regressava a casa pelas seis, sete da tarde, fazia todas as tarefas que tinha que fazer, e preparava as coisas para o dia seguinte, depois punha-me a tecer à luz do “ocote”. Ás vezes quando comíamos no campo, punha-me a tecer com o meu tear, pendurado de um ramo de uma árvore. Ao fim de quinze dias ia vender quatro ou cinco peças de tecido e com o dinheiro que ganhava comprava milho e comida para os meus leitões de criação. Quando estes atingiram os sete meses, vendi-os e com esse dinheiro pude continuar a alimentar a porca para que continuasse a ter mais crias. Assim pude comprar um corte de tecido e algumas coisas de vestir e pude comprar bastante fio para tecer uma blusa, um “huipil”. É assim que cada um se vai sustentando...” “O meu nome é Rigoberta Menchú e assim me nasceu a consciência”, Elisabeth Burgos. Argos Vergara. 1983. Rigoberta Menchú foi prémio Nobel da Paz no ano de 1992 Questões que se devem ter em conta para um debate: PRI MÁRIA • Faz uma comparação entre o que tu fazes durante um dia qualquer e a forma de vida da menina que aparece no relato. • Que te parece começares a pensar criar tu o teu próprio negócio? • Que te parece começares a pensar criar tu o teu próprio negócio? SECUNDÁRIA • Faz uma comparação entre o que tu fazes no teu quotidiano, e a forma de vida da menina que aparece no relato. • Achas que é justo que existam crianças que tenham que trabalhar a partir dos doze anos? Podes sugerir alguma maneira de colaborares para evitar esta situação? • Que te pareceria começar a montar um negócio teu aos doze anos? • Se te lembrares de alguma proposta, parecida à que aparece no relato e adaptada a nossa forma de vida actual, sugere-a, pensando de que forma nos poderá ajudar a educarmo-nos com responsabilidade? 40 O ELDORADO as Civilizações pré-colombinas Por em evidência a existência de culturas pré-colombianas e facilitar a reflexão sobre o seu desenvolvimento cultural e social. Quando a primeira expedição toma contacto com o “Novo Mundo”, já se tinham passado uns 40.000 anos sobre a chegada a partir de outros continentes, os que seriam os seus primeiros povoadores. Esta colonização foi feita por culturas muito antigas a partir do norte e estendendo-se até ao sul do continente. Quando chegaram os conquistadores europeus, encontraram uma cultura desenvolvida e uma organização social muito hierarquizada, com agricultura como a principal actividade básica. Ainda que alguns destes povos (Incas e Astecas) possuíssem cidades fortificadas, grandes exércitos e um conhecimento perfeito do terreno, foram colonizados ou conquistados com relativa facilidade, porque no princípio consideraram os espanhóis como deuses, e depois nas batalhas, os cavalos e as armas de fogo e aço que não conocian os indigenas, deram a supremacia aos conquistadores. Apesar de os conquistadores espanhóis terem submetido pela força os Incas e os Astecas, que eram os povos mais avançados, levando igualmente novas doenças que dizimaram as populações indígenas, muitos povos sobreviveram à conquista e na actualidade formam importantes comunidades nos países do Sul e Centro do continente americano. Ao serem considerados estes povos como vassalos da Coroa espanhola, à semelhança do que aconteceu com os povos indígenas do Brasil sob governo da Coroa portuguesa, contribuiu algumas vezes, para a sobrevivência destes povos, ainda que a política das encomiendas, e a evangelização mudaram as suas formas de vida e a s suas concepções religiosas e culturais. LINHA DO TEMPO 1524. Cria-se o Conselho de Índias. 1525. Fernández de Oviedo fala por primeira vez do milho, o fumo e o cacau. 1526. Paracelso introduz novas técnicas de laboratório. Banho de vapor. 41 ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária TEXTO PARA LER E COMENTAR Mapa civilizaciones precolombinas “ A lenda do “ElDorado” inspirou-se numa cerimónia que se celebrava no lago Guatavita, ao norte de Bogotá, com o motivo de celebrar o acesso ao poder de um novo rei. Depois de se ter retirado para uma caverna (as cavernas eram lugares sagrados), o pretendente ao trono caminhava até ao lago, onde estava preparada uma balsa feita de canas; com tochas de fogo ardendo e incenso, o candidato a governante era despido e coberto por completo de argila, misturada com ouro em pó. Então o “ElDorado” subia para a balsa em que se encontravam oferendas de ouro e esmeraldas. Ao som de instrumentos musicais a balsa zarpava até ao centro do lago, e aí se fazia a oferenda do ouro e das esmeraldas ao deus da água, montanhas e terra. E assim se iniciava o reinado do novo governante.” “Os espanhóis interpretaram a lenda como um símbolo de um país de grandes riquezas. A palavra “ElDorado” veio a significar assim um paraíso de riqueza e felicidade e abundância, cuja pretendida situação variava segundo as versões que os conquistadores davam das suas aventuras.” Questões para orientar o debate ou o comentário ao texto: • Qual é o ElDorado da nossa época actual? • Para ti, que objectivos te impulsariam à aventura? • Quais são as grandes aventuras na actualidade? Informação complementar para o desenvolvimento do tema O sistema de numeração Maia Muitos séculos antes da invenção do sistema decimal na Índia e do seu uso na Europa, os Maias utilizando o conceito do zero criaram um sistema de numeração com base em 20 (vigésimal) que requer um total de vinte símbolos, de 0 a 19, para expressar as diferentes quantidades. Num sistema decimal (base 10) são necessários 10 símbolos, de 0 a 9 LINHA DO TEMPO 1527. Guillén inventa a bússola de variação que determina a declinação no mar. 1528. Durero apresenta inovações na arte do gravado. 1529. Criação do virreinato de México. 1530. Fancastoro expressa a ideia de que a Terra tem um polo magnético. 1531. Benewitz apresenta os seus “Estudos sobre o Sol”. 42 Cifras numéricas do sistema de numeração Maia A partir do 19 (último número com símbolo individualizado, quer dizer semelhante ao 9 no sistema decimal) os números Maias escrevem-se mediante um sistema de níveis que se desenham verticalmente e em sentido ascendente, em que o nível inferior representa as “unidades” Maias (do 0 a 19) análogas às nossas (do 0 ao 9); o seguinte nível, das vintenas (do 20 ao 399), análogas às nossas dezenas (do 10 ao 99); o seguinte das “vintenas de vintenas” (do 400 ao 7.999), análogas à nossas dezenas de dezenas ou centenas (do 100 ao 999) e assim sucessivamente. 1 6 11 16 2 7 12 17 3 8 13 18 4 9 14 19 5 10 15 0 Incas Maias Astecas De que viviam? A agricultura, a batata, a pesca, exploração de minérios. Construção de sistemas de rega. Possuíam uma boa rede comercial, e o principal produto cultivado era o milho. Cultivavam o milho, feijões, e cacau. Praticavam a troca de produtos. Estrutura Social Muito hierarquizada. Com guerreiros, que garantiam o domínio sobre o império. Com três classes sociais: Rei, Guerreiros e sacerdotes. Povo simples. Autoridade real, Nobreza e muitos estratos sociais. Religiosidade Acreditavam que o deus Sol, criara os homens de pedra. Tinham outras divindades. Realizavam cerimónias e sacrifícios sagrados com chamas. A religião governava o tempo e o espaço. Os sacerdotes detinham um poder muito grande e a figura do rei estava divinizada. Acreditavam na vida após a morte. Toda a ordem cósmica e natural dependia da vontade dos deuses. A oferenda mais importante era o sangue. Deuses da guerra e a Deusa do Milho. Situação geográfica Na cordilheira dos Andes, actual Peru. Na América Central. No actual México. Nível cultural Características das três culturas pré-colombianas mais desenvolvidas. Possuíam um calendário agrícola. Falavam a língua Quechua. O urbanismo e a organização do espaço da cidade de Cuzco é verdadeiramente assinalável. Tinham uma escrita baseada em “GLIFOS” e construíam enormes templos. Possuíam um sitema tributário e um antigo código penal. As casas eram de adobe e tinham horta e jardim. 43 ACTIVIDADES. Educação Primária Os Maias tinham um curioso sistema de numeração no qual utilizavam pontos e traços para escrever as cifras numéricas. Cifras do sistema de numeração Maia Averigua como escreviam os Maias os números: Três Sete Treze Cezassete 1 6 11 16 2 7 12 17 3 8 13 18 4 9 14 19 5 10 15 0 ACTIVIDADES. Educação Secundária A partir do 19 (último número com símbolo individualizado, quer dizer semelhante ao 9 no sistema decimal) os números Maias escrevem-se mediante um sistema de níveis que se desenham verticalmente e em sentido ascendente, em que o nível inferior representa as “unidades” Maias (do 0 a 19) análogas às nossas (do 0 ao 9); o seguinte nível, das vintenas (do 20 ao 399), análogas às nossas dezenas (do 10 ao 99); o seguinte das “vintenas de vintenas” (do 400 ao 7.999), análogas à nossas dezenas de dezenas ou centenas (do 100 ao 999) e assim sucessivamente. Por exemplo os seis últimos que acompanham o 902 do telefone de Ilha Mágica se escreveriam assim: Números Em numeração Níveis que representam as Maias Maia sucessivas potências Vintenas de vintenas de vintenas de vintenas (Número maia x 20 4 (x 160.000) Vintenas de vintenas de vintenas Número maia x 20 3 (x 8.000) Vintenas de vintenas Número maia x 20 2 (x 400) Vintenas Número maia x 20 1 (x 20) Unidades do 0 ao 19 Número maia x 20 0 (x1) Somamos e obtemos o telefone Isla Mágica 902 - A nossa enigmática data continua a ser um mistério. Procura resolvê-lo. O que aconteceu naquela data em que a cultura Maia já tinha desaparecido? 44 ALIMENTAÇÃO, ACTIVIDADE FÍSICA E SAÚDE em Isla Mágica Uma alimentação equilibrada e actividade física são os elementos que mais contribuem para um estilo de vida saudável. A combinação de uma alimentação saudável e a actividade física é fundamental para manter e melhorar a saúde. No entanto, na sociedade actual têm-se produzido mudanças alimentícias que se manifestam no maior consumo de gorduras e açúcares, prejudiciais para a saúde, e numa descida da actividade física na escola e durante o tempo de lazer. Para combater este sedentarismo e tornar-nos mais cientes da importância de uma alimentação equilibrada, Isla Mágica oferece a possibilidade de fazer exercício a aprender, graças a um percurso activo através do século XVI. Alimentos no Novo e no Velho mundo no século XVI. No século XVI, quando chegámos à América Ocidental, foram descobertos alimentos desconhecidos na Europa, e também na América foram descobertos alimentos desconhecidos até aquela data. Isto contribuiu para aumentar a variedade da dieta europeia com o aumento de alimentos ricos em hidratos de carbono e também da dieta americana, que se enriqueceu com proteínas. Entre os alimentos que não se conheciam na Europa encontravam-se a batata, a abóbora, tubérculos como os camotes (batata doce), frutos secos como o maní (amendoim), cereais como o milho ou legumes como(cacahuete), cereales como el maíz o verduras 45 como o tomate. A alimentação espanhola forneceu alimentos ricos em proteínas como a carne de porco, de vitela ou de ovelha, leguminosas como o grão-de-bico ou outros alimentos como o azeite. ALIMENTOS NO NOVO E NO VELHO MUNDO NO SÉCULO XVI Alimentos do Velho Mundo Alimentos do Novo Mundo Batata Milho Pimento Tomate Mandioca Feijão Abóbora Amendoim Peru Comum Batata doce Cacau Trigo Vinha Oliveira Cana de açúcar Arroz Alho Cebola Porco Vaca Ovelha Grão-de-bico Portanto, os alimentos que comemos variaram de uma época para outra e também de uns países para outros. O encontro dos dois mundos contribuiu globalmente para uma alimentação mais variada e saudável nos dois continentes. A alimentação saudável e equilibrada. Uma alimentação saudável é aquela que tem por base uma dieta variada e equilibrada. Podemos tomar como referência a pirâmide da alimentação saudável, baseada na dieta mediterrânica, a qual nos aconselha comer diariamente cereais (massa, pão, arroz), tubérculos como a batata, legumes, hortaliças e frutas variadas. Os cereais fornecem hidratos de carbono saudáveis como o amido. Devemos saber que os hidratos de carbono são a nossa principal fonte de energia. As frutas fornecem as vitaminas e os minerais necessários para o nosso desenvolvimento, para além da fibra. Também diariamente, devemos tomar lacticínios, como o leite ou o iogurte, e outros alimentos como o azeite, que contém uns ácidos gordos monoinsaturados como o oleico muito benéfico para evitar doenças cardiocirculatórias. Os lacticínios fornecem cálcio (fundamental para o crescimento) e proteínas que contribuem para o desenvolvimento dos nossos músculos e tecidos. Os legumes e as hortaliças são, do mesmo modo que a fruta, uma importante fonte de vitaminas e de fibra, um composto vegetal muito necessário para evitar a prisão de ventre e prevenir algumas doenças. O leite e outros alimentos como o peixe, a carne de frango, as leguminosas e os ovos, fornecem proteínas de alto valor biológico pelo que devem comer-se de três a cinco vezes por semana. E xis tem outros alimentos, 46 como por exemplo as carnes vermelhas, (porco, vitela ou borrego) que t ambém fornecem proteínas, mas devem ser ingeridas em menor medida dado que possuem muitas gorduras s aturadas e podem ser prejudiciais para a saúde se são tomadas em excesso. O mesmo acontece com os doces e as guloseimas pois contêm açúcares simples que são menos saudáveis. Os frutos secos são muito mais saudáveis dado que possuem um alto valor energético e as suas gorduras são vegetais. Por este motivo é conveniente substituir as guloseimas por frutos secos. PI RÁM I DE DE LA ALI M ENTACIÓN SALU DABLE Para além de respeitar a pirâmide da alimentação saudável e manter uma dieta variada para que a alimentação seja saudável, é necessário distribuir os alimentos em 4 ou 5 refeições por dia. O pequeno-almoço é uma das refeições mais importantes e deve fornecer 25% das calorias necessárias por dia. Comer de maneira saudável contribui para que nos sintamos melhor e para prevenir a obesidade, a desnutrição e inúmeras doenças. A actividade física. Uma alimentação saudável também deve ser combinada com a prática de actividade física. Caminhar, andar de bicicleta, fazer desporto e utilizar o nosso tempo de lazer de forma activa contribui para melhorar a nossa saúde e o nosso bem-estar. Desta perspectiva, as características de Isla Mágica com mais de 4.000 metros de percurso e um grande número de atracções fazem com que seja um local idóneo para a realização de exercício físico de uma maneira divertida. A actividade física em Isla Mágica varia em função do número de vezes que cada pessoa monta nas atracções, do número de vezes que percorre Isla Mágica ou corre ou caminha de um lugar para outro. Dado que caminhar é um exercício saudável, o simples facto de percorrer a pé os 4000 metros do Parque pode ser considerado uma prática saudável. Montar no Jaguar, montar na Anaconda ou viajar na Torre do Desafio podem ser considerados exercícios relativamente intensos pelo stress e a emoção que produzem. LINHA DO TEMPO 1532. Francisco Pizarro conquista o Peru. 1533. Iván IV o Terrível se converte no primeiro “zar” de Rússia. 1534. San Ignacio de Loyola funda a Compañia de Jesús, a Contrarreforma. 47 DECÁLOGO DA N UTRIÇÃO SAU DÁVEL 1.- A tua alimentação deve ser variada. 2.- Come frutas e legumes. 3.- A higiene: essencial para a tua saúde. 4.- Bebe o suficiente. 5.- Não tentes mudar os teus hábitos de alimentação e comportamento de um dia para outro. 6.- Consome alimentos ricos em hidratos de carbono (massa, batatas, pão). 7.- Mantém um peso adequado à tua idade. 8.- Come regularmente. 9.- Faz exercício. 10.- Lembra-te que não há alimentos nem bons nem maus. ACTIVIDADES. Ensino Primário. Encontra nestas sopas de letras, 8 alimentos do Velho Mundo (Europa) e 8 alimentos do Novo Mundo (América): SOPA DE LETRAS DO NOVO MUNDO: SOPA DE LETRAS DO VELHO MUNDO: 0 U G R A O A N Z O B B A A R D Z O R R A T E C C A H N I V E C T I M O A A D O O V E L H A E I J A O C O L I V E I R A C A P E R U P V C A A L H O P A B O B O R A A C E B O L A E L B A T A T A B F P A P R C O F P I M E N A R D L R T O M A O H L O F V T 48 O ACTIVIDADES. Ensino Primário. O Liga com setas os alimentos da direita com os degraus da pirâmide segundo o grupo alimentício a que pertencem. PROTEÍNAS VITAMINAS E MINERAIS HIDRATOS DE CARBONO ACTIVIDADES. Ensino Secundário. A seguir apresentamos um texto onde se descrevem os alimentos que Magalhães embarcou para ele e para a sua tripulação durante a primeira volta ao mundo. Realiza uma composição incluindo os alimentos que tu levarias se tivesses de dar a volta ao mundo de barco, tendo em conta a necessidade de manter uma alimentação saudável. Por quê levarias contigo os alimentos que escreveste? A preparação da primeira volta ao mundo. “Mandei embarcar 22.000 libras de bolachas - para aguentarem dois anos -, sacos de farinha, de feijão, de arroz; 5.700 libras de carne de porco salgada, 200 tinas de sardinhas, 1.000 queijos, 500 réstias de alho e de cebola, 1.500 libras de mel, 3.000 libras de passas e de amêndoas, açúcar, em grande quantidade. Sabe-se que os marinheiros gostam de vinho. Mandei que armazenassem a bordo 417 odres e 250 barris do melhor vinho de Jerez, suficiente para dar a cada homem duas doses diárias durante dois anos. Mas, onde estaremos dentro de dois anos? Terei encontrado a passagem? Também tive de lembrar-me das mercadorias para a troca. Encontraremos gentes desconhecidas, das quais, com certeza absoluta, dependerão as nossas vidas. E como de forma oficial vamos à procura de especiarias, teremos de pagar de uma forma ou de outra! Sei por experiência própria que os selvagens adoram espelhos e campainhas. Levo 900 daqueles e não menos de 20.000 destas. E também, 400 dúzias de facas fabricadas na Alemanha, 50 dúzias de tesouras, pulseiras de cobre, pentes, avelórios. Por último, lenços de várias cores, gorros vermelhos e algumas peças de roupa orientais, as quais reservo para as personagens mais importantes. Excerto pertencente ao romance histórico de Yvon Mauffret: Fernão de Magalhães. Cavaleiro português, Capitão de Sua Majestade o Rei de Espanha, que quis dar a volta ao mundo.1990 Extraído de la novela histórica de Yvon Mauffret: Yo, Magallanes. Caballero portugués, Capitán de su Majestad el Rey de España, que quiso dar la vuelta al mundo. 1990 49 A ROTA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS Porta da América Ressaltar a importância dos avanços científicos e do comércio como impulsionadores dos descobrimentos, e como motor da posterior colonização. A escassez de pastos outonais da Europa, criaram a necessidade de conservar a carne do gado para a alimentação através de processos de conservação, portanto surgiu a necessidade de comprar especiarias (pimenta, cravinho, noz moscada). Este comércio era realizado através do Oriente Mediterrâneo (as repúblicas italianas) e constantemente ameaçado pelo controle dos mercadores muçulmanos e a ameaça do Império Turco. A necessidade de encontrar rotas mais seguras para este comércio, unidas às descobertas científicas e ao espírito de aventura da época, fizeram possível as primeiras viagens para Ocidente e o descobrimento do Novo Mundo. No início da colonização da América, as expedições compunham-se de pequenos comboios de navios, formados fundamentalmente por velozes caravelas, que tinham a intenção de explorar as novas terras descober- tas. Em meados do século XVI , a colonização estava já consolidada, chegando o momento de se organizar o comércio e a navegação entre os dois continentes. A partir de 1526, foi proibido que todos os navios comerciais atravessassem o oceano, estavam obrigadas a fazê-lo em grupo e sob escolta de barcos de guerra. Depois estabeleceram-se duas grandes frotas, em Espanha, as únicas e permanentes que asseguravam o transporte de pessoas e bens para as colónias da América espanhola, estas foram a do México ou da Nova Espanha, e a da Terra Firme ou América Central. Portugal mantinha outra rota igualmente importante para a América, a do Brasil. Estas frotas garantiam a segurança das embarcações, pessoas e bens, ante os ataques frequentes dos piratas e de auxílio na travessia, obrigando por isso a cumprir datas fixas e a uma maior duração da viagem. LINHA DO TEMPO 1535. Cartier explora o norte de Canadá e Alaska. 1536. Fontana Tartaglia, estudou o voo dos projécteis. 1537. Vesalio faz estudos científicos da Anatomia do corpo humano. 1538. Fundação da Universidade de Santo Domingo. 50 A Nau Vitoria realizou a primeira volta ao Mundo. A Nau Vitória, juntamente com outros quatro barcos e um total de 247 tripulantes, zarpou do porto de Sevilha no dia 10 de Agosto de 1519, em busca das Ilhas das Especiarias, situadas no Oriente. A expedição, comandada por Fernando de Magalhães, que morreu nas Ilhas Filipinas em Abril de 1521, rumou a Ocidente, esperando encontrar uma passagem no extremo sul da América do Sul, que demonstraria a esfericidade da Terra. Três anos mais tarde, Juan Sebastian Elcano e 18 dos homens que com ele tinham iniciado a viagem, concluíram a circum-navegação do globo terrestre, sendo assim o primeiro barco a dar a volta ao mundo. Chegaram no dia 6 de Setembro de 1522 a Sanlucar de Barrameda com a Nau Vitória carregada de especiarias, após terem vivido terríveis desventuras. Informação complementar para desenvolvimento do tema • A bússola, de origem chinesa, foi introduzida pelos árabes na Europa. É um instrumento fundamental para a nossa orientação e que consiste simplesmente numa agulha magnetizada por um imã que indica sempre o Norte. • O Astrolábio, é um instrumento antigo, aperfeiçoado no século XV (Escola de Sagres, Portugal), que permite medir a altura dos astros e deste modo determinar a latitude. Os marinheiros podiam assim conhecer a sua situação geográfica no mar alto. • Os Portulanos, eram mapas copiados à mão. Neles se representava o contorno das costas, e indicavam-se com precisão os acidentes geográficos e os portos; de aí vem o seu nome. • Cristóvão Colombo apetrechou em 1492, os três navios com víveres para quinze meses e água para seis. A ração alimentar diária por passageiro era de 1,5 libra a 2 libras de biscoitos ou bolachas, uma libra de carne salgada, um quarto de libra de arroz ou legumes secos, um litro de água, três quartos de litro de vinho, 50 gramas de vinagre e um quarto de litro de azeite. Uma libra equivale a 453,6 gramas. • Colombo, com as suas rápidas caravelas, demorou 34 dias em fazer a travessia. Depois, a frota com barcos maior calado de carga, e muito mais lentos, tardavam cerca de dois meses. LINHA DO TEMPO 1539. Brocke. Cañerías de Plomo fundido. 1540. De Valdivia funda Santiago de Chile. 1541. El Portugués Mendes llega a Japón. 1542. Paulo IV restablece la Inquisición. 1543. Copérnico publica "De revolutionibus orbium celestium". 1544. Stifel funda el Álgebra moderna en su obra "Aritmética Integral". 51 ACTIVIDADES. Educação Primária Localiza no mapa e indica no mapa-múndi: • Espanha - Europa - Índias Ocidentais - Turquía • Traça o caminho das Índias Ocidentais a Espanha. Vês os perigos? • Traça o caminho das frotas rumo ao Ocidente. AMÉRICA OCEANÍA ACTIVIDADES. Educação Secundária As dietas alimentares dos dois continentes começaram a mudar no século XVI. Na América não conheciam: Na Europa não conheciam: Trigo Vinhas Oliveira Cana de açúcar Café Arroz Alho Batata Milho Cacau Pimento Tomate Mandioca Tabaco Baunilha Cebola Cavalo Cão Porco Vaca Ovelha Cabra Bicho de seda Feijão Abóbora Peru Amendoins Utilizando os dados do quadro elabora um menu completo para dois dias de uma família no século XV na Europa e outra da América. Faz o mesmo aplicando ao século XXI. 52 A PIRATARIA, causas e interesses Assinalar os diferentes tipos de piratas, sua relaçao com os governos eo ambiente romântico da sua existência. Em meados do século XVI , atingiu-se o auge dos assaltos de piratas no mar das Caraíbas, aos barcos de mercadorias. Estes factos ocorreram sob a protecção dos governos de Inglaterra, França e Holanda. Os seus objectivos era obter riquezas facilmente e debilitar as monarquias ibéricas, Portugal e Espanha. Devido ao facto dos portos europeus ficarem muito distantes das rotas para a América, os corsários procuraram postos de abastecimento próximos aos lugares de ataque, como as ilhas atlânticas de Cabo Verde, a meio caminho entre a Europa e a América. Os postos de abastecimento nos domínios ingleses foram a Jamaica, e a Ilha Tortuga sob domínio francês. Estes ataques não só os realizavam no mar, mas também, quando tinham necessidade de provisões ou boas expectativas de saques, atacavam as cidades em terra firme. Estes ataques constantes obrigaram à construção de fortificações em algumas cidades portuárias como Catagena das Índias, Campeche, Ribeira Grande, La Havana, etc. Com a denominação de piratas podemos encontrar uma ampla gama de personagens, cuja única característica comum era a de estarem situados à margem das leis vigentes e realizar as suas actividades no mar. As suas formas de actuar, de organizar-se, suas leis e códigos internos e a sua procedência nem sempre foram iguais ao longo do tempo, tal como foram diferentes os distintos governos de países europeus que se aproveitaram deles para os seus objectivos políticos de dominação. LINHA DO TEMPO 1545. Pare começa a cirurgia moderna. 1546. Vitoria fundador do Direito Internacional. 1547. Nasce Cervantes. 53 ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária Texto para leitura e comentário La canción del pirata. José de Espronceda (1840) As embarcações escandinavas moviam-se propulsionadas pela vela e a força dos remos Com ez canhões de cada lado vento em popa a toda vela, não corta o mar, mas sim voa Os polinésios percorriam enormes distâncias a bordo de canoas de vela com cascos duplos. um veleiro bergantim: baixel pirata a que chaman por sua bravura o Temido, em todo o mar conhecido de um a outro confim. (...) À voz de “Barco á vista!” É voz de ver Como olha As dawa, navios mercantes árabes, possuíam velas latinas triangulares. E se antecipa A toda vela escapar: As caravelas portuguesas podiam transportar 30 tripulantes. Porque eu sou o rei do mar, E a minha fúria é de temer. Como os saques Eu divido O colhido Por Igual Somente quero: Por riqueza A beleza Sem rival. Porque o meu barco é meu tesouro; e o meu Deus a liberdade; O “Endeavour” do capitão Cook era um barco carvoeiro remodelado. minha lei, a força e o vento; minha única pátria o mar. (...) 54 As carracas, navios mercantes, de três mastros, marcaram o modelo dos futuros navios de guerra, exploração e comércio. Informação complementar para desenvolvimento do tema O mar, com os seus condicionantes como a imensidão, a insegurança, a surpresa e o risco era justamente o que forjava a pirataria. A fome e a pobreza, que eram generalizadas na época, faziam com que as pessoas buscassem na aventura, ou num golpe de sorte uma forma de se libertarem da miséria imperante. Em todas as épocas os interesses políticos dos governos trataram sempre de utilizar os piratas em benefício próprio. Piratas São indivíduos que se dedicam ao roubo e assalto de barcos de forma indiscriminada. Corsários São indivíduos que se dedicam ao roubo e assalto de barcos das nações inimigas, com a autorização do seu governo. “A patente do Corso”. Salteadores Estes foram uns piratas peculiares, estavam bem organizados, tinham uma sociedade paralela com normas de convivência próprias. Lançados No princípio eram grupos de caçadores ilegais, franceses, ingleses, da ilha de Santo Domingo, que vendiam carne fumada aos piratas. Quando os espanhóis os expulsaram, converteram-se em piratas. LINHA DO TEMPO 1548. Carlos V dita o Interim de Augsburgo. 1549. Srurer apresenta o Vidro obtido de cobalto. 1550. Início do primeiro estilo do Barroco. 55 ACTIVIDADES. Educação Primária Os salteadores foram um tipo de piratas peculiares, bem organizados, tinham uma sociedade paralela regida pelas sua próprias normas de convivência. Cada barco e cada tripulação possuíam um Código de Honra próprios. Cada tripulação estabelecia as suas normas de convivência salvo nos barcos em que o capitão era muito malvado. Estes códigos tinham normalmente em conta, os direitos e deveres, e costumavam ser solidários com os mais fracos e muito rígidos com os traidores. Propomos que cries na tua classe ou com o teu grupo de amigos e amigas o vosso próprio Código de Honra. Devem todos escrever, e ter todos e todas uma cópia e não deve ter mais de dez pontos. C ÓDIGO DE H ONRA LINHA DO TEMPO 1551. Retico publica as tábuas para as funções trigonométricas. 1552. São Francisco Xavier morre na ilha de Cantão. 56 ACTIVIDADES. Educación Informação complementar paraPrimaria desenvolvimento do tema A vida e as estranhas e surpreendentes aventuras de Robinson Crusoe....... Daniel Defoe O Rei dos Piratas........................................................................................... Daniel Defoe As Aventuras do Capitão Singleton................................................................ Daniel Defoe O Pirata........................................................................................................... Walter Scott O Corsário Vermelho............................................................................................... James Fenimore Cooper O Pirata........................................................................................................... Frederick Marryat A Ilha do Tesouro............................................................................................. Robert Louis Stevenson O Corsário Negro............................................................................................. Emilio Salgari El Capitão Blood................................................................................................ Rafael Sabatini Os Piratas de Halifax...................................................................................... Jules Verne Histórias de Piratas.................................................................................................. Arthur Conan Doyle Os Piratas do Novo Mundo............................................................................ Rafael Abella Filmes de piratas Título: PIRATAS Género: Aventuras Produção: Francia, Túnez 1996 Duração: 124 minutos Direcção: Roman Polanski Guião: Gerard Brach y Roman Polanski Intérpretes: Walter Mattau, Cris Campion, Danien Thomas Nivel educativo: Educação Secundário ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária Sugerimos que leiam o romance que escreveu em 1883 Robert Louis Stevenson , “A Ilha do Tesouro” e propomos que façam um exercício de crítica cinematográfica depois de ver o filme “Piratas” de Roman Polanski (1986), completando o seguinte esquema: DADOS DE FILMES Título:______________________________________ Género:____________________ Produção:____________________________________________________________ Duração:________________________Direcção:____________________________ Argumento:______________________________________________________________ Actores:_____________________________________________________________ Algumas indicações para escrever um artigo ou uma crítica sobre o filme: • De que trata? Quem são os protagonistas? Como são? Que têm de bom ou de mau? • O que lhes acontece? Que problemas têm? Como os resolvem? • Como se trata a violência?, Que mensagem nos quer transmitir o filme? • Está correctamente ambientado o filme? Reflecte bem a época? • Gostaste do filme? Porquê? • Averigua a distância entre a Jamaica e o porto de Sevilha. 57 As formas de pagamento: da troca ao microchip Evolução das diversas formas de pagamento. Quanto custa? Como se paga um quilo de batatas? A resposta a esta pergunta variou ao longo da história, em função da forma de pagamento utilizada em cada época. Assim, na pré-história americana poderia terse trocado por um quilo de milho, no século XVI por moedas de bilhão, enquanto na actualidade além de moedas ou notas poderia utilizar-se o cartão de crédito e inclusive realizar-se um pagamento telemático. A troca. Nas origens da humanidade, primava o autoabastecimento; quase tudo o que se caçava, se colhia ou se produzia na agricultura ou pecuária primitiva, consumia-se, mas com os excedentes já faziam alguns intercâmbios comerciais. Quando este sistema se formalizou, os habitantes de uma zona iam ao “mercado” um dia na semana ou ao mês, para trocar os seus produtos. As primeiras formas de comércio basearam-se no intercâmbio de produtos, isto é, trocava-se o que uma pessoa tinha e não precisava, pelo que outra não tinha e precisava. A troca foi um sistema que se manteve por muito tempo e não só em povos nômades, senão também em sociedades sedentárias. Deste modo, uma jarra de vinho podia ser trocada por um saquinho de trigo, por peles para casaco, por uma arma de caça, por lã de ovelha, por peixe, etc. Os maias, por exemplo, basearam o seu sistema de troca no intercâmbio, sobretudo, de mercadorias de luxo e artigos sumptuários como jade, conchas, plumas, ouro e cacau. 58 O desenvolvimento de novos bens de consumo e o crescimento da actividade comercial demonstrou que a troca não era muito prática: em primeiro lugar, porque nem sempre se precisava daquilo que o outro estava a oferecer e, em segundo lugar, porque era difícil determinar qual era o valor exacto dos produtos a trocar. Para resolver estes primeiros problemas procuraram produtos de referência, que fossem admitidos pela comunidade como forma de pagamento e em função deles fixava-se o valor dos outros produtos. Assim, no Sudeste Asiático utilizava-se o arroz, em diversas zonas da Europa o sal, em alguns países da África utilizavam-se conchas marinhas, nas ilhas do Pacífico faziam-se os intercâmbios por colares, etc. O dinheiro de metal. O seguinte passo lógico, depois de fixar um valor para a troca, era utilizar como moeda algo não perecível como, por exemplo, o metal. O ouro e a prata converteram-se durante muitos anos na medida de todos os intercâmbios comerciais. As primeiras moedas, que estavam feitas com uma liga de metais de ouro e prata, apareceram no século VI a.C. na Ásia Menor. Para a cunha de uma moeda utilizava-se a mesma quantidade de ouro que, naquele momento, valia a moeda. No século XVI este sistema seguia vigente, de maneira que se dez gramas de ouro valiam um Ducado (moeda da época), utilizavam-se dez gramas de ouro para cunhar um Ducado. Esta situação deu origem à utilização de outro tipo de materiais como, por exemplo, o bilhão. Com a moeda de bilhão, o valor do metal utilizado para cunhar a moeda era inferior ao valor que esta representava. As moedas proliferaram rapidamente em todos os países desenvolvidos do mundo. Tanto os monarcas como os aristocratas, as cidades e as instituições começaram a cunhar dinheiro com o seu selo identificativo para certificar a autenticidade do valor metálico da moeda. O dinheiro de papel. As primeiras referências que existem na Europa sobre o papel moeda ou a nota datam do séc. XIII e incluem-se nas anotações do mercador veneziano Marco Polo na sua viagem à China. Em Espanha começou a utilizar-se no séc. XVIII, durante o reinado de Carlos III. Nesta altura criou-se o Banco de San Carlos, origem do actual Banco de Espanha. Este banco foi o primeiro em emitir notas no nosso país. A idéia era simples, emitiam-se uma série de papéis certificando que se podia trocar por ouro que previamente tinha sido depositado no banco. Ao princípio as pessoas não davam valor algum às notas e muitos estabelecimentos comerciais não os admitiam, mas com o passo do tempo foi consolidandose, ao igual que as moedas, como forma de pagamento. Actualmente uma das formas mais habituais para pagar, sobretudo se o valor for elevado, não é nem a moeda nem a nota senão o cartão de crédito que surge a princípios do século XX. 59 O dinheiro de plástico. Em 1914 a empresa estado-unidense de envios de efectivo pelo mundo todo Western União tirou o primeiro cartão de crédito ao consumo para os seus clientes preferentes. Era o primeiro cartão de crédito da história. Ainda emitiram-se muito poucos e tinham uma aceitação muito limitada, foram o início duma nova tendência que generalizou-se em quase o mundo todo. Multitude de redes de lojas, de bombas ou centros comerciais lançaram cartões próprios, que serviam para comprar a crédito unicamente nas lojas de cada rede. Em Espanha o primeiro cartão de crédito foi lançado pelo Banco de Bilbau em 1971, em concreto a BankAmericard que seis anos depois converteria-se na Visa actual, ainda o seu uso não generalizou-se até os anos 80. Ainda quando falamos de cartão como médio de pagamento o normal é fazer referência ao cartão de crédito, existe duas grandes tipas de cartão: o cartão de crédito ou de débito. Com a primeira a pessoa pode pagar e retirar dinheiro inclusive se a sua conta do banco não dispõe de fundos nesse momento, já que adia o pagamento até o seguinte mês, enquanto o cartão de débito carga directamente na sua conta bancária as operações que são feitas e sempre até o limite dos fundos de dita conta. Nº do cartão 6141 5101 8645 Esta tarjeta es PERSONAL E INTRANSFERIBLE, es propiedad de CAJASOL y su utilización supone la aceptación de las normas establecidas para su funcionamiento. el establecimiento podrá solicitar cualquier documento que acredite la personalidad del usuario. Se ruega a quien pueda encontrar esta tarjeta la entregue en cualquier oficina de CAJASOL. En caso de pérdida o robo llame a CAJASOL. Identificação pessoal Data de caducidade Banda magnética (sistema de identificação automática) O microchip e o dinheiro electrónico. Hoje em dia, é habitual utilizar tanto o cartão de débito como o cartão de crédito, e este sistema ainda não está esgotado, continua a evoluir e cada dia estão a surgir novos elementos encaminhados a melhorar o sistema e a evitar a fraude. É o caso do microchip que, através de um circuito electrónico integrado ao cartão, realiza a maior parte dos controlos relativos ao seu uso e oferece mais segurança ao utente e ao banco emissor, ao integrar sistemas de protecção electrónica que impedem a sua violação ou a leitura sem autorização da informação que contém. Actualmente está a desenvolver-se também o cartão 2.0, um cartão magnético multiconta, que oferece entre outras funcionalidades a protecção do número do cartão por meio de um código secreto e a possibilidade de dispor de dois “cartões” num mesmo cartão ou ter um de crédito e outro de débito num mesmo cartão. Paralelamente a esta evolução, estão a surgir novas formas de pagamento que complementam ao sistema de cartões de crédito. A Internet através do Pay Pal, que permite que qualquer utilizador com um endereço de correio-electrónico possa enviar e receber pagamentos de forma segura pela Internet utilizando o seu cartão de crédito, cartão de débito ou conta bancária, e através da telefonia móvel também estão a evoluir os sistemas de pagamento on-line. LINHA DO TEMPO 1553. Morre queimado na fogueira, Miguel Servet, descobridor da circulação do sangue. 1554. Primeira publicação de “El Lazarillo de Tormes”. Fundação de S. Paulo (Brasil). 60 Microchip ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária. Em pares, anotem num papel os aspectos positivos e negativos de cada uma das formas de pagamento que surgiram ao longo da história. Depois disso, façam um pequeno debate sobre as vantagens e inconvenientes de cada uma delas. VANTAGENS INCONVENIENTES Troca Moeda de metal Moeda de papel (nota) Cartão Cartão com microchip Internet e telefonia móvel (pagamento telemático e pelo telefone) Entra na página web de Cajasol www.cajasol.es, ou de qualquer outra entidade bancária, e aceda ao ítem dedicado aos cartões onde aparecem os diversos tipos disponíveis. Escolha dois cartões e compare-os conforme o seguinte esquema: Nome do cartão Para que serve? A quem está dirigido? Onde pode ser utilizado? Quais as suas vantagens? Observações 61 A física das atracções 63 A FÍSICA das atracções Somos continuamente afectados por fenómenos que têm que ver com a energia, sua conservação e transformação. Estes conceitos são tratados implicitamente em todos os níveis educativos. Dada a complexidade do conceito de energia e o intuitivo da sua assimilação, desde o ponto de vista didáctico, uma maneira eficaz de aproximar-se à sua compreensão é através do conhecimento das suas manifestações, os seus processos de transformação, os diferentes tipos e fontes, ligando a construção deste conceito às experiências vividas pelos alunos. Com a proposta que aqui se apresenta, pretendemos facilitar a união entre a interpretação teórica destes conceitos físicos e a experiência vivida nas atracções da Isla Mágica. Elaboramos este material com o objectivo de: Utilizar a motivação e os estímulos gerados pela visita a Ilha Mágica para nos debruçar-mos sobre o conceito da energia e facilitar a compreensão do princípio de conservação da energia e as suas consequências. Os conteúdos apresentados estão caracterizados: Pela presença na Ilha Mágica de atracções em que se torna muito evidente, através da vivência, a existência de conceitos como aceleração, energia potencial, energia cinética... LINHA DO TEMPO 1555. De Medina apresenta a técnica da amálgama da prata. 1556. Abdicação de Carlos V, I de Espanha em favor de Filipe II. 1557. Bruler inventa a prensa para cunhar moedas. 1558. Morre Carlos I em Yuste, na Estremadura espanhola. 1559. Reinhold expõe a ideia que as trajectórias da Lua e de Mercúrio são elípticas. 64 Porque as atracções da Ilha Mágica dãonos a oportunidade de aproximar-nos à “energia” a partir de diferentes aspectos: As Fontes Os Tipos Sua Transformação Suas Manifestações E pelo carácter curioso e significativo que tem a reflexão e aplicação destes conceitos à vida quotidiana. Os conteúdos têm como referência as atracções existentes no Parque. Partimos na nossa explicação do escorrega, sobre o qual baseamos o desenvolvimento teórico desta proposta e terminamos com “O Jaguar”, que é o mais complexo desde o ponto de vista da física. Esta proposta estrutura-se segundo o seguinte esquema: técnicas das atracções. Deles se podem gerar problemas de d i s t i n t a í n d o l e s o b re o funcionamento físico das mesmas. Objectivos em torno do qual se estruturam os conteúdos e actividades: • Estudar as diferentes situações vividas nas atracções da Ilha Mágica, com a intenção de facilitar a compreensão do princípio de conservação da energia. Estrutura do conteúdos: • Introdução sobre o funcionamento das atracções desde o ponto de vista da energia. • Quadros de dados, sobre o funcionamento e as condições • Curiosidades e notas, com a intenção de amenizar as explicações e a reflexão sobre os temas propostos. • Fórmulas e equações que permitem fazer uma interpretação matemática destes conceitos. • Actividades para realizar com os alunos da Educação Primária e Secundária. LINHA DO TEMPO 1560. Introduz o cultivo do tabaco na Europa. 1561. Nasce Luís de Góngora. 1562. Nasce Lope de Vega. 1563. Início da construção do palácio “El Escorial”. 65 O ESCORREGA Compreendendo o mais simples O seu funcionamento pode-se expressar de forma muito simples. “O que lhe dás, é o que dele recebes” “O QUE RECEBES” do escorrega são duas coisas: • Velocidade ao baixar. • Fricção em forma de calor com a superfície do escorrega. “O QUE LHE DÁS” é o teu esforço físico, sem o qual não poderias ter o gosto de deslizar. Com o esforço físico que fazes ao subir, vais gastando energia muscular, e quanto mais pesemos e quanto mais alto seja o escorrega maior será o esforço a empregar. A este esforço denomina-se: Energia Potencial. A energia potencial acumulada é igual a energia muscular gasta na subida ao escorrega. ENERGIA CINÉTICA VELOCIDADE ESF OR Ç O O ENERGIA POTENCIAL ÇÃ IC FR A GI O ER ÇÃ EN FRIC DE O QUE LHE DÁS A Energia Cinética define-se associada à velocidade. Associada à fricção definimos a Energia de Fricção, que às vezes se manifesta, dolorosamente, em forma de calor. Portanto, a Energia Potencial acumulada na subida, é devolvida no escorrega na É IGUAL AO descida como Energia Cinética e Energia de Fricção. O QUE DELE RECEBES Energia Potencial = Energia Cinética + Energia de fricção LINHA DO TEMPO 1564. Nascem Shakeaspeare e Galileu Galilei. 1565. Expedição de Lézgapi às Filipinas. 1566. São introduzidos novos cultivos na Europa. 1567. Wulf de Senftenberg. Pólvora com mecha à distância. 1568. Expedição de Saldanha às ilhas Salomão. 1569. Com Mercator: a projecção cónica dos mapas. 1570. Fundação da cidade de Manila. 66 ENERGIA POTENCIAL ENERGIA POTENCIAL A GI ER EN ÃO R ICÇ NO FR ME DE As energias cinéticas e de fricção estão assim relacionadas de igual forma que, para a mesma altura do escorrega e portanto de energia potencial, o maior emprego de uma, supõe o menor emprego de outra. Assim todos os escorregas no seu funcionamento oscilam entre os dois extremos representados nos esquemas desenhados, e que por motivos de segurança ao serem desenhados devem permanecer numa posição intermédia. MAIOR ENERGIA CINÉTICA A GI ER O EN Ã R CÇ IO FRI MA DE MENOR ENERGIA Fica por esclarecer donde procede a energia potencial que utilizamos na descida. CINÉTICA Energia Armazenada nos alimentos A resposta é a que obtemos da energia muscular, que por sua vez, provêm dos alimentos que consumimos. Isto permite-nos calcular a quantidade de certo tipo de alimentos que necessitaríamos para subirmos ao escorrega. Mas donde obtêm os alimentos a sua energia?... Energía Muscular Energía Potencial Energía Cinética Energía de fricção Temos assim uma cadeia de energias que se transformam umas em outras de maneira que não é possível obter uma se não for ao menos à custa de uma das outras, por um processo de transformação, o qual o escorrega é bom exemplo. Este princípio universal conhece-se como: Fundamentação teórica Fundamentação teórica A Energia Potencial Depende: • Do teu peso, P. Quanto maior for a pessoa, mais esforço lhe custará em subir ao escorrega e maior será a Energia Potencial. • Da intensidade com que a Terra atrai em relação ao solo, que se representa pela letra G. • Da altura do escorrega, h. Quanto mais alto seja o escorrega, maior será a energia acumulada. A Energia Potencial pode-se calcular multiplicando P, g e h. • O peso deves expressá-lo em Kg. • G, conhecida como aceleração da gravidade tem 9,8 m/Seg2 na superfície terrestre. • A altura h deves expressá-la em metros. ENERGIA POTENCIAL = M. 9,8. h Calculada assim a Energia Potencial se medem em Jules. Se multiplicas este resultado por 0,24, obtemos o resultado em Calorias. Associada à velocidade define-se a Energia Cinética que calculamos assim: ENERGIA CINÉTICA= 1/2 m. v2 LINHA DO TEMPO 1571. Nasce Kepler, inventor do telescópio. 1572. Ticho Brahe cataloga as estrelas e constrói instrumentos de observação. 67 PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA Informação complementar para o desenvolvimento do tema O maior “escorrega” natural conhecido não se encontra na Terra, mas sim em Miranda, um satélite de gelo do planeta Urano, situado a 2.800 milhões de Km. de Sol, calcula-se que meça 12 km de altura e foi descoberto pela nave Voyager II em 1986, ao fim de 9 anos de viagem pelo sistema solar. ACTIVIDADES. Educação Secundária Podes preencher o quadro que se segue, no qual deves classificar de 1 a 3 as categorias que se indicam com a seguinte classificação: 1. – Pouco/a • 2. – Aceitável • 3. – Muito/a Como vês, tens na tabela uma fila (F) para que inventes e desenhes o teu próprio escorrega e o classifiques. Tipo de Escorrega Energia Potencial Energia de fricção Velocidade A B C D E F 68 Energia Cinética Segurança IGUAÇU E ANACONDA Pela água quase sem atrito IGUAÇÚ Fundamentação teórica Para calcular a velocidade de saída da barcaça temos que aplicar o que já conhecemos da transformação de energia. No caso do Iguaçu, e se admitirmos que não existe energia de fricção temos: Energia utilizada em subir a barcaça = Energia Potencial = M.g.h. Energia Potencial = Energia Cinética + Energia de Roçamento Se a Energia de Roçamento é nula, a Energia Cinética = 1/2 M.v2, ENERGIA POTENCIAL = ENERGIA CINÉTICA 1/2 Mv2 = M.g.h (A velocidade em P/seg, se g e h são utilizadas em p/seg2 e m respectivamente.) LINHA DO TEMPO 1573. Fco. de Toledo, Virrey de Perú, reglamenta el sistema de la Mita. 1574. Antonio Ricardo instala la primera imprenta en Perú. 1575. Cardano: Resolución de ecuaciones de tercer grado. 69 Para obter emoções fortes, utilizando o princípio da conservação da energia, observarás que obteremos mais energia cinética, e portanto maior velocidade, se reduzirmos toda e qualquer fricção. Isto consegue-se espectacularmente no Iguaçu e Anaconda. No Iguaçu, a energia potencial, obtêmse não do nosso esforço muscular, mas a partir dos motores que fazem subir (que pela sua vez transformam a energia eléctrica que recebem) a barcaça até à parte mais alta. Uma vez chegados ao ponto mais alto, a barcaça cai, quase sem fricção e por t anto adquire uma grande velocidade. Ficha Técnica Iguaçu é uma atracção de tipo aquático. Está situada no extremo Noroeste da Ilha Mágica. Tem uma subida e um escorrega recto (sem a bossa do camelo e fosso). Vinte passageiros podem sentar-se comodamente numa barcaça plana, ascendendo a uma colina de 17 metros de altura, cercados de uma vegetação exuberante. Depois de circum-navegar o cume da mesma, inesperadamente se precipitam de uma altura de 15 metros, a mais de 60 Km./h. sobre um lago, aterrando com grande estrépito e uma enorme cortina de água, que refresca os intrépidos passageiros e visitantes curiosos. Os barcos voltaram de novo à estação depois de passar por debaixo de uma ponte panorâmica. ENERGIA POTENCIAL ENERGIA CINÉTICA ENERGIA CINÉTICA DA ÁGUA ENERGIA MECÂNICA Comprimento do Percurso 243 metros Peso dos barcos Altura da Queda Velocidade Máxima 15 metros Número de barcos 20.000 Kgs. 5 61 km/h. 20 passageiros (5x4) Capacidade Potência Instalada 1.600 passageiros/hora LINHA DO TEMPO 1576. Burbage construye el primer teatro permanente y público de Londres. 1577. El Greco llega a Toledo. 1578. Se publica el primer catálogo de hidrografía marítima. 70 Capacidade por Barco 214 Kw. ANACONDA na saída de cada escorrega ao transmitir-se à agua que em forma de onda e salpicos, sai disparada à frente delas. Anaconda é uma montanha russa onde a água faz o papel de roda para as barcas, com a diferença no entanto de que quase toda a energia cinética se perde Ficha Técnica A Anaconda é uma atracção clássica. Simula uma aventura através de um vale de um rio, encaixado entre duas montanhas da selva tropical. Os passageiros embarcam em botes que fingem ser troncos com a capacidade para seis pessoas, ascendendo ao alto das colinas, precipitando-se como faziam os nativos pelas cascatas, para cair com grande estrondo nas turbulentas águas do rio. Esta aventura fantástica repete-se por três vezes, apanhando de surpresa os visitantes e espectadores mais descuidados, totalmente molhados, sobretudo os menos cuidadosos ou que se tenham esquecido de pôr roupas à prova de água. Uma temática cuidadosamente pensada conduzirão os passageiros por cascatas e pontes fazem que esta seja uma das atracções preferidas e mais refrescantes da exploração da Ilha Mágica. Comprimento do Percurso Altura da Queda 612 metros 8,1 metros 9,0 metros 17,6 metros Tempo de Percurso 366 seg. Capacidade 1.540 Passageiros/hora Potência Instalada 395 Kw. Capacidade por Botes 6 adultos/8 crianças Peso de los Botes 600 Kgs. Número de Botes 28 LINHA DO TEMPO 1579. Della Porta inventa a telegrafía acústica. 1580. Nasce Quevedo. 1581. Mercati organiza a primeira galeria minerológica de Europa. 1582. Maurice monta uma bomba para fornecer água às cidades. 1583. Humprey Gilbert explora as costas da Terra Nova. 1584. Walter Raleigh funda a primeira colónia inglesa na América: Virgínia. 71 Informação complementar para o desenvolvimento do tema Nas quedas de água naturais, parte da Energia Cinética inverte-se ao causar uma erosão na base da catarata , o que acaba por fazer desmoronar a rocha fazendo-a retroceder. Assim, por exemplo, calculou-se que as grandes cataratas do Niágara (EUA/Canadá) com uma queda de 50 metros, retrocedeu uns 13 Km. nos últimos 12.000 anos. Algumas das cataratas importantes e a altura e velocidade da queda de água: Salto Angel Venezuela 979 m. Tugela KwaZulu-Nata (Suráfrica) 948 m. Cuquenán Venezuela 610 m. Sutherland Nueva Zelanda 580 m. Takakkaw Canadá 503 m. Rey Jorge VI Guyana 488 m. Gavarnie Francia 422 m. Krimmler Austria 381 m. Silver Strand California 357 m. Wollomombi Australia 335 m. Gersoppa India 253 m. Victoria África austral 122 m. Iguazú América del Sur 64 m. Niágara Canadá 50 m. 72 ACTIVIDADES. Educação Secundária Averigua qual é a velocidade máxima em quilómetros por hora que pode alcançar a barcaça de Iguaçu na queda. Velocidade máxima da barcaça Km/h Com os dados técnicos podes calcular as velocidades de saída de cada escorrega da Anaconda. Velocidade máxima da barcaça no escorrega 1 Km/h Velocidade máxima da barcaça no escorrega 2 Km/h Velocidade máxima da barcaça no escorrega 3 Km/h ENERGIA POTENCIAL 2 ENERGIA POTENCIAL 1 ENERGIA CINETICA 1 ENERGIA CINETICA 2 Podes calcular aproximadamente a Energia transmitida à “onda” de água se conheces o peso do número de pessoas que subiram à barcaça. Nas quedas de água naturais, parte da Energia Cinética inverte-se ao causar uma erosão na base da catarata , o que acaba por fazer desmoronar a rocha fazendo-a retroceder. Assim, por exemplo, calculou-se que as grandes cataratas do Niágara (EUA/Canadá) com uma queda de 50 metros, retrocedeu uns 13 Km. nos últimos 12.000 anos. 73 O JAGUAR Jogando com a gravidade Trata-se da atracção mais impressionante da Isla Mágica. O seu percurso divide-se em duas partes: Na primeira parte, depois de ascendermos de forma mecânica a uma altura de trinta metros, a Energia potencial adquirida transforma-se rapidamente em Energia Cinética de maneira fisicamente análoga como as das atracções Iguaçu e a Anaconda. Nesta atracção, o Jaguar, a fricção é quase nula, de maneira que a velocidade adquirida é muito alta. Em seguida inicia-se uma descida vertiginosa em que a estrutura por onde deslizam os assentos submete os passageiros a forças e acelerações bruscas cada vez que os obriga a girar, piruetas, etc. Estas forças e acelerações chamam-se Inércias. Uma g é a força de gravidade que sofremos normalmente; é o que nos faz estar sobre a terra e não à deriva pelo espaço. A gravidade na Lua é de um sexto de g, o que fará que uma pessoa se sinta muito leve. Uma descida em montanha russa pode produzir nos passageiros uma força até seis g, o que faz sentir o corpo muito pesado, mas apenas por uns instantes. Na atracção o Jaguar, podes chegar a experimentar forças deste tipo até aos 4,5 g, de maneira que alguém cujo peso seja de 70 kg. se sentirá como se pesasse 315 kg. num determinado momento do percurso. LINHA DO TEMPO 1585. Bruno, establece un nuevo modelo de Universo. 1586. Galilei inventa el anteojo astronómico. 1587. Stevin expone la teoría sobre el plano inclinado. 1588. Cavendich da la vuelta al mundo. 74 Ficha Técnica O Jaguar é uma montanha russa suspensa. O seu nome faz alusão ao felino que corre silencioso através da selva. O percurso adapta-se ao perfil do terreno, integrando-se nas suas formas e por entre o arvoredo. O elevador situa os passageiros no alto de uma colina, para os deixar cair a uma grande velocidade, e reforçar o conceito de animal felino que persegue velozmente a sua presa dando voltas em todas as posições. A grande velocidade, a aceleração e a quantidade de piruetas, permitem que os passageiros aproveitem ao máximo esta aventura que é uma das atracções mais espectaculares da Isla Mágica. Comprimento do Percurso 765 metros Número de Trens 3 Altura do Elevador Tempo Gasto Capacidad por Trem 34 metros 135 seg. 20 passageiros Elementos Queda, volta com pirueta dupla Pirueta lateral, duplo salto picado em parafuso, curva bávara, saca-rolhas. Capacidade 1.400 passageiros/hora Número de mudanças Velocidade Máxima Aceleração Máxima Potência Instalada 6 85 Km./h. 4,5 seg. 300 Kw. Informação complementar para o desenvolvimento do tema As forças da inércia têm que ser cuidadosamente estudadas no desenho das máquinas que, como nos modernos aviões caça ou nas naves espaciais, são susceptíveis de sofrer a sua acção com grande intensidade durante as manobras que efectuam. Assim as suas estruturas devem ser capazes de resistir às forças produzidas por este estado. ACTIVIDADES. Educação Secundária Um dos momentos dramáticos da história da astronáutica ocorreu durante o voo da cápsula espacial “FriendShip”, a 20 de Fevereiro de 1962, pilotada pelo astronauta John Glenn, quando por momentos a dita cápsula e o seu piloto, sofreram forças de inércia de 11 g. Calcula quanto terá sentido que pesava o astronauta nesse momento. 75 O DESAFIO Sentindo a gravidade PONTE DO ALAMILLO 142 metros. 142 m. 135 m. “O Desafio” é uma torre para queda livre de 68 metros de altura, equivalente a um edifício de 22 andares, cuja estrutura representa um minarete árabe. Dispõe de tecnologia moderna que permite regular as velocidades de subida e de descida com seis programações diferentes, dando a possibilidade de experimentar novas sensações de grande velocidade, de flutuação (não estar submetido às forças da gravidade), ou de descer gozando de vistas panorâmicas espectaculares sobre Sevilha e a Ilha da Cartuja. Os alminares ou minaretes, que aqui são representados pelo “O Desafio”, são as torres das mesquitas desde as quais se chama cinco vezes diárias à oração dos fiéis. As três bolas situadas na parte superior da torre, recordam a um farol em terra firme, tendo este elemento mais do que um papel decorativo, o de guiar as pessoas que se dirigem caminhando em direcção à mesquita, já que os reflexos do Sol sobre elas medem a distância exacta de um dia a pé. 130 m. 125 m. 120 m. 115 m. 110 m. 105 m. 100 m. 95 m. 90 m. 87 m. 80 m. 75 m. GIRALDA DE SEVILLA - 87 metros. 70 m. 65 m. 60 m. 55 m. 50 m. 45 m. 40 m. 35 m. 30 m. 25 m. 20 m. 15 m. 10 m. 5 m. 0 m. Ficha Técnica Altura Máx. da Torre Altura da Queda Velocidade Máx. da ascensão Velocidade Máx. de descida 68 metros 55 metros 5,8 m/seg. 14 m/seg. N.º de Assentos Capacidade Aceleração Máxima na ascensão 32 1.350 pessoas/hora 1,5 m/seg2 Máx. desaceleração na ascensão -2,0 m/seg2 Aceleração Máxima na descida Desaceleração Máxima na descida Velocidade Máxima -7,5 m/seg2 8,0 m/seg2 51 Km/h Estrutura Estrutura soldada de aço composta por cabos cilíndricos com dois cabrestantes dúplex integrados, impulsionados electromecânicamente com cabos unidos. Cimentação Sistema de travagem 16 Pilotes a 24 metros de profundidade 4 travões de disco com pinças, respectivamente, accionadas hidráulicamente, 1x activa, 1 x passiva Freios de Segurança Peso Travão com acumuladores de força elástica, com 20 módulos e accionados por 76 150 Toneladas 68 m. Alturas Significativas 65 m. O Desafio da Isla Mágica Torre de Pisa Torre Eiffel Torre de menagem dos Castelos Medievais Torre de Babel La Giralda de Sevilla A pirâmide do Sol em Teotihuacán Aqueduto de Segóvia Ponte do Alamillo Torre Panorámica de Los Jardines del Guadalquivir Torre de queda livre de Terra Mítica Torre de queda livre do Parque de Atracçiões de Madrid Nova Torre do Parque das Ciências de Granada Cataratas de Níagara Pabellón de España en Expo´92 68 m. 55 m. 305 m. 60 m. 12 m. 91 m. 87 m. 64 m. 30 m. 142 m. 55 m. 50 m. 92 m. 55 m. 45 m. 40 m. 40 m. 50 m. 51 m. 32 m. Como a velocidade inicial no movimento de queda livre é nula, as equações da velocidade e o espaço percorrido em função do tempo podem escrever-se assim: v=gt. 30 m. 25 m. O DESAFIO DA ISLA MÁGICA - 68 metros. g = 9,8 m/seg2 TORRE DE QUEDA LIVRE DE TERRA MÍTICA - 55 metros. Na Grécia antiga, Aristóteles, defendia a ideia de que os corpos mais pesados de uma matéria caiem de forma mais rápida do que aqueles que são mais ligeiros quando as suas formas são iguais. Este conceito estava errado como o fez notar na sua obra “Diálogos sobre os sistemas máximos”, o físico e astrónomo italiano Galileu Galilei (1564-1642) que depois de realizar diversas experiências com pesos lançados desde do alto da torre inclinada de Pisa chegou à seguinte conclusão: no vazio todos os corpos, independentemente da sua forma ou da sua massa, caem com idêntica aceleração. Os movimentos de queda livre são movimentos uniformemente acelerados, quer dizer, a aceleração instantânea é a mesma em todos os pontos do percurso e esta aceleração é a aceleração da gravidade, TORRE DO PARQUE DAS CÊNCIAS DE GRANADA - 50 metros. Fundamentación Teórica TORRE DO PARQUE DE ATRAÇÕES DE MADRID - 40 metros. 35 m. 20 m. 15 m. 10 m. 5 m. 0 m. LINHA DO TEMPO 1589. Hans Jansen inventa o microscópio composto (uma lente objectiva e outra ocular). 1590. Cresce a importância do porto de Cádiz. 77 ACTIVIDADES. Educação Primária Escreve o nome da cidade onde estão situados os monumentos e ordena por alturas, dando ao mais alto um 10 e ao mais baixo 1 ALTURA EM METROS O Desafio de Ilha Mágica 68 Torre inclinada 55 Torre Eiffel 305 La Giralda 87 Importante aqueduto romano em Espanha 30 Ponte do Alamillo 142 Torre panorâmica dos jardins do Gualdaquivir 92 Torre de queda livre de Terra Mítica 55 Torre de queda livre do Parque de atracções 40 Nova torre do Parque das Ciências CIDADE ONDE ORDEM POR ESTÁ SITUADO ALTURA 50 Inventa um sistema para medir de forma aproximada a altura de um edifício. Mede com o sistema que tu inventas-te a altura da tua Escola. 78 O cinema na Isla Mágica 79 Do cinema mudo ao cinema em 4D O cinema sempre foi uma das formas mais influentes do século XX. Não é por nada que uma grande parte dos nossos conhecimentos, referencias culturais, e valores têm o seu fundamento nas producçoes cinematograficas (desenhos animados, filmes...). Por ese motivo o cinema não é só uma forma de divertimento mas tambem é um recurso didáctico de grande importancia para o professor. A dimensão pedagogica do cinema tem três vertentes fundamentais: aprender do cinema, aprender com o cinema ( sobre determinados conteúdos que tambem se tratam nas escolas nos planos de estudos). Na Ilha Mágica o cinema tambem tem um papel protagonista a traves das suas salas de projecção em três e quatro dimensoes que supoem a aplicaçao de tecnicas digitais ainda pouco utilizadas nos cinemas convencionais. Nascimento do cinema: do cinema mudo ao cinema sonoro. Da vertente de aprender do cinema é interessante conhecer a sua historia porque tambem corresponde a historia da evolução da ciencia. O cinema como técnica de captação do movimento é das formas de naração, tem os seus antecedentes nas pinturas rupestres e nas sombras chinesas cujo origem está na ilha de Java (Indonesia) há mais de 7000 anos. Nelas representa-se a imagem em movimento por meio de sombras projectadas na parede o numa tela. 80 Contudo o cinema como hoje o conhecemos nasce em 1891 quando Edison junto com Dickson patentearam o que seria a primeira camera de cinema de 35 mm chamada Kinetoscopio. Nele o espectador, depois de ter introduzido uma moeda, olha pelo uma lente a través da qual vê-se um fime.Pouco depois em 1895 aparareceria o cinematógrafo dos dois irmãos Lumière, que supoem a invenção de uma camara ligeira que se pode descolocar aos lugares de projecção. Depois do cinematografico a inovação mais importante seria a introdução do som ao fim dos anos 20. Esta inovação supõe uma inovação tecnologica mas tambem uma mudança na forma na maneira de contar as coisas.Os movimentos dos actores com a introdução do cinema sonoro, são por exemplo menos exagerados, pois a palavra substitui algums detalhes que se exageravam a través dos gestos. Do cinema sonoro ao cinema em cor: Depois do som a grande inovação tecnologica foi a introdução da cor. Embora ao principio do século XIX já se tinham realizado algumas experiências, so foi em 1935 que se rodou o primeiro filme em cor. Esta tecnica basa-se na filmação simultánea de três filmes dentro da mesma camara, e cada um deles conta com fitros para que seja impressionada só por uma cor. A combinação das três cores primarias azul, vermelho e amarelo conseguia reproduzir todo o espectro da cor. Algums dos primeiros filmes a cor que tiveram mais sucesso foram Casablanca e o Feiticeiro de Oz de 1939. Desde então a cor generalizou-se no cinema e o preto e branco só se utiliza para crear efeitos especiais, o com intenção artistica. Do cinema a cor ao cinema em 4D: Sete décadas depois de que se estreara a cor, chega ao cinema tridimensional o estereoscopio que tem como objetivo fazer que o espectador perceba o filme como vê a vida real. A terceira dimensão é a inovação tecnologica mais importante desde o fim dos anos 30. Embora ainda seja uma tecnica pouco generalizada porque a adaptação das salas é cara prevê-se que vai ser o cinema do futuro. A estereoscopia o visão em três dimensoes resulta da capacidad do sistema visual de dar aspeto tridimensional aos objetos a partir das imagens em duas diemensões em cada uma das retinas dos olhos. Estas imagens são processadas e comparadas pelo cérebro que acaba por criar uma sensação espacial. O procedimento é o seguinte: pegam- se em duas imagens com um ângulo um pouco diferente e mostram- se por separado a cada olho, então o cérebro pode reconstruir a distancia e por tanto a sensação de profundidad. A Ilha Mágica com as suas salas de projecção em três e quatro dimensões é pioneira neste tipo de cinema. A terceira dimensão, o Parque acrescenta a criação de sensações físicas que atravessam o ecrã e fazem que espectador o a espectadora viva uma experiença com os cinco sentidos em assentos especialmente desinhados para as percepções dinámicas e sensoriais. 81 O CINEMA NA ILHA MÁGICA O parque tematico Ilha Mágica conta com diferentes modelos de projecção individual que supõem diversas formas de ver e de sentir o cinema. Localização: ElDorado. Pabellón de España. Capacidade: 160 pessoas. Modo de projecção: Digital Características principais: E um simulador com assentos moveis. Tem um ecrã semiesférico com uma luminosidade de 12.000 lumen. Localização: ElDorado. Pabellón de España. Capacidade: 72 pessoas. Modo de projecção: Digital Características principais: Cinema em 4 diemensões, que combina o efeito 3D com outros muitos efeitos, como cheiros, movimentos, agua, vento, relampagos... Conta com um ecrã com luminosidade de 6000 lumen. ESPECTÁCULO DO LAGO Localização: Porta da América Capacidade: 2000 pessoas. Características principais: Num ecrã de agua de 17 metros projetam-se imagens combianadas com a pirotecnica, fontes cibernéticas, lança-chamas y banda sonora original. LINHA DO TEMPO 1591. Varantino construye la primera excavadora accionada por fuerza humana. 1592. Galilei inventa el termómetro de gas o de aire. 1593. Serviere construye la bomba rotativa de dos ejes. 1594. Barents explora el Ártico. 82 ACTIVIADES. Educação Primaria e Secundaria. Completa a linha do tempo com os dados que faltam: Linha do Tempo. Historia do Cinema ANO - 7000 EVENTO Antecedentes do cinema: sombras chinesas 1891 Cinematógrafo dos irmões Lumière 1927 1935 Cinema em 3 dimensões 83 A Isla Mágica e o meio ambiente 84 A ILHA, UM JARDIM de plantas exóticas Quando se fala de biodiversidad referimo-nos a enorme variedade das espécies animais e vegetais que moram no nosso planeta. Esta diversidade biológica é um indicador da qualidade ambiental e da riqueza dos ecosistemas. A Ilha Magica no seu inicio apostou por convertir-se num jardim que mostre espécies botánicas de todos os continentes, contando no principio com 266 epécies diferentes de plantas e árvores. 36% destas espécies são de origem americano, e 40% de origem asiático e o resto de Europa, Africa e Australia. No mapa seguinte mostram-se algumas das espécies mais significativas do Parque, situadas segundo a sua localização no mesmo. 21 19 23 16 18 15 14 13 12 17 22 11 24 25 26 20 2 1 3 9 7 5 4 LINHA DO TEMPO 1595. Guerra entre España y Francia. 1596. Van Celulen expone el número π con 35 números decimales. 85 6 8 10 1. Magnolio (Magnolia grandiflora) 2. Evónimo o Bonetero (Euonimus japonicus) As distintas variedades deste arbusto asiático, produzem folhas manchadas amarelas o brancas que formam setes compactos e elegantes. Soporta muito bem a poda, o que permete realizar formas diferentes com o seu aspecto (Poda ornamental o topiaria). Arvore com flores brancas e muito cheirosas e frutos com forma dum pequeno ananás, com sementes de cor vermelhas. Da um carácter distintivo aos jardims onde se planta. E originário de America do Norte. 3. Jabonero (Koelreuteria paniculata) 4. Aloe Arborescente (Aloe Arborescens) Arvore de floração muito vistosa nas diferentes estações, mantendo-se os frutos na árvore até um certo tempo depois de ter perdido a folhagem. A variação dos tons e das cores na sua copa dão-lhe um valor ornamental importante. E originario da Asia Oriental (China, Japão, Corea). Aloe arborescente: O aloe arborescente que é originario de Africa do Sul, florece no inverno e é muito utilizado para a ornamentação de parques e jardins. A sua flor costuma utilizar-se para a cosmética já que se extrai dum componente para a tintura. 5. Wasintonia (Washingtonia robusta) 6. Palma Real o Chaguaramo (Roystonea regia) Arvore com um tronco elegante e torneado emblemático de Cuba ao estar reprsentado no seu escudo, sendo tambem uma árvore sagrada para umas das religiões mais difundidas na Ilha da Regla dos Orishas. O seu fruto o palmiche pode chegar a pesar mais de 80 kilos. Palmeira de crescimento rápido, muito utilizada na jardinagem devido a sua rusticidade. É originaria do Oeste dos Estados Unidos e Mexico e o seu nome de origem faz lembrar ao G. Washington, presidente dos Estados Unidos. 8. Pita, maguey (Agave americana) 7. Yuca (Yucca elephantypes) Arbusto muito resistente a sequia, originario de América Central, onde em algumas zonas consumem-se as suas flores, brancas e muito ornamentais.O seu nombre específico parece aludir ao parecido dos talos adultos com a pata do elefante. Planta robusta com o talo pouco desenvolvido e uma roseta de folhas grossas carnudas e com uma espinha terminal. Precisa de muitos anos para florecer, ao emitir um talo florar que pode chegar a 10 metros de altura. Uma vez que se seca a flor more a planta. 9. Lantana (Lantana Camara) 10. Paraiso (Melia azedarach) Existem numerosas variedades dependendo da cor das suas flores (vermelhas, amarelas, vermelhas e amarelas simultaneamente, roxas, azuis e brancas...) A maioria são originarias de América e utilizamse sobre tudo com fins ornamentais pelo seu crescimento rápido e a sua floração durante quase o ano inteiro. Arvore de origem asiático com flores de cor lilas muito cheirosas e frutos fedorentos e tóxicos, que ficam na árvore durante o inverno. E uma das espécies de jardim que mais CO2 atmosférico capta, ao contribuir a diminuição do aumento do efeito invernadeiro. 12. Braquiquito (Brachychiton populneus) 11. Rabo de leão (Leonotis leonorus) Arvore de flor perene com flores de cor creme, reunidas em grupos. Está ampliamente utilizado no jardinagem, pela sua rusticidade e adaptação a crescer nas nossas cidades. E originaria de Australia. E originaria de Africa do Sul. As flores utilizam-se para fazer um chá medicinal de carácter hipnótico. Tambem se utilizam muito as folhas e as raizes como remedio para as mordeduras de cobras e outras picaduras. 14. Jacaranda (Jacaranda mimosifolia) 13. Bambú gigante (Phyllostachys viridi-mitis) Procedente da Asia occidental, é muito utilizado pela sua capacidade para soportar uma amplia variedade de tipos de chão e condições climáticas. Os seus rebentos são muito apreciados na cozinha. Convertiu-se numa árvore muito popular devido aos seus cachos de flores azuis que aparecem quando se separa das suas folhas. Vem de América do Sul e cultiva-se muito na zona mediterranéa. 86 16. Árbol del Coral (Eritrina humeana) 15. Limpiatubos (Callistemon viminalis) Arvore do Coral: Esta árvore de tamanho pequeno constitui um elemento muito decorativo quando aparecem as suas flores, de cor vermelho brillante durante o verão. E originaria da Africa do Sul e pelo visto a sua casca tem virtudes medicinais. E originario de Australia o seu nome comun faz alusão a forma da sua flor cor de rosa. A sua madeira de cor avermelhada, forte e dura, utiliza-se para o fabrico de cabos de ferramentas e peças de embarcações. 18. Arbusto de Fogo (Pyracantha coccinea) 17. Nenúfar (Nymphaea spp) São plantas aquaticas com flores que crescen nos lagos, lagoas, poças, pântanos o ribeiros de corrente lenta, porque costumam estar enraizadas no fundo. No Egipto consideravam-se plantas sagradas porque as flores abrem-se ao sol e fecham-se com a escuridão. São originarias de Africa e Asia e são muito utilizadas como elemento decorativo. E originario de Asia Menor. Tem abundantes bagas no outono que nascem nos ramos maduros, Podem ser vermelhas, cor de laranja o amarelas e utilizam-se para a preparação de compota e as sementes são utilizadas como sustituto do café. 20. Bucarnea o Nolina (Beaucarnea recurvata) 19. Plumeiro da Pampa (Cortaderia selloana argentum) E uma espécie que procede do Sul de America do Sul e que é sobre tudo utilizada com efeitos decorativos. Adapta-se facilmente a todos os tipos de clima e pode atingir os três metros de altura.A sua facilidade de adaptaçao climática faz que seja considerada em muitos lugares, uma planta invasora. Espécie originaria de Mexico que pode atingir mais de 5 metros de altura, com um tronco característico engrossado na base. E idónea para para pôr em jardins com um fraco consumo de agua, devido a sua resistencia a sequia. 21. Cica o Palma do Sagú (Cycas revoluta) 22. Coco Penoso (Arescastrum romanzoffianum) Palmeira com uma copa airosa e folhas que sobrepassam os três metros de comprimento e têm um aspecto desordenado “parecidas as penas”. Tem flores femeninas e masculinas num mesmo pé e os seus frutos são comestiveis. Na América do Sul, de onde é originaria consumem-se os seus palmitos. Muitas vezes confundida com a palmeira, é uma planta muito primitiva considerada um fóssil vivente. O seu crescimento é lento e pode chegar, com muitos anos, a varios metros de altura. Presenta individuos masculinos e femeninos com floração diferente e da sua seiva faz-se uma bebida alcoólica. E originaria de Asia. 23. Acacia (Acacia Karou) 24. Pata de Vaca (Bauchinia variegata) Arvore de contudentes espinhas parecido a mimosa, procedente de América do Sul. Principalmente ornamental (floração espectacular no verão), utilzava-se antigamente para a separação dos quintais. Arvore caducifolia cujas folhas fazem lembrar as pegadas duma pata de vaca. E nativa da Asia e cultiva-se principalmente pelas suas flores, grandes e chamativas cor de rosa, púrpura e brancas. 26. Drago (Dracaena draco) 25. Ave do Paraíso (Strelitzia reginae) E uma espécie emblemática da flor canaria que pode atingir proporções arbóreas famosa por a sua longevidade. Antigamente obtinha-se a través da sua seiva um colorante chamado sangue de dragão, de propriedades medicinais muito apreciado. Planta herbácea de floração espectacular, originaria da Africa do Sul que pode atingir quase dois metros de altura. Precisa de mais o menos 3 o 4 horas diarias de luz solar direta para florecer adecuadamente. 87 A ÁGUA na Isla Mágica EL CARAMBOLO Água potável da rede urbana de Sevilla. AGUA ENGARRAFADA Na Maquinas vending RESERVATORIOS AGUA DA CHUVA AGUA PARA DIVERTIR-SE Na batalha de bolas. AGUA PARA REFRESCAR-SE REDE DE DRENAGEM DAS AGUAS FLUVIAIS. Nas Fontes. Nas pérgolas, a água micronizada cria um microclima que suaviza o calor do Verão.alor veraniego. AGUA NOS BARES E RESTAURANTES AGUA PARA OS SANITARIOS AGUA NO LAGO A depuração efectua-se mediante um sistema de filtração e de cloração que garante que os quarenta e cinco milhões de litros de água contidos no lago passem pelo sistema de depuração em cada 36 horas. Utiliza-se para: - Projectar as imagens do Espectáculo do Lago. - Navegar para fazer a travessia. - Desfrutar das fontes cibernéticas. - Realizar o Espectáculo dos Piratas. POÇO DE BOMBAGEM AGUA NAS ATRACÇÕES. AGUA PARA REGAR ESTAÇÃO DEPURADORA DE AGUAS RESIDUAIS RIO, LAVAGEM OU IRRIGAÇÃO Para preservar a rica vegetação e garantir a economia da água no Parque, utilizam-se unicamente sistemas de rega por gotejamento e microaspersão. A água provém da rede de água potável e é logo conservada num circuito fechado que possui a sua própria depuradora pela qual passa a água da atracção pelo menos uma vez por dia. No Anaconda, no Iguazú e no Orinoco, a água serve para transportar os barcos e os botes, diminuir a fricção das barcaças, absorver o seu impacto e salpicar os passageiros e os espectadores. AGUA PARA LAVAR Diariamente todas as vias do Parque são lavadas antes da abertura ao público. AGUA “BRUTA” AGUA PARA REFRIGERAR Agua procedente do rio, distribuída pela rede interna da Ilha da Cartuja. Consome-se água de refrigeração nos climatizadores do Pavilhão da Espanha e do Pavilhão de Cruzcampo, bem como no sistema de micronização existente nas pérgolas do Parque. 88 Uma Ilha de água reciclada. A água é um bem escasso e muito apreciado nas regiões de clima mediterrâneo como é o caso da Andaluzia. Por isso na Ilha Mágica, parque temático em que a água desempenha um papel muito importante, encara-se o consumo da água seguindo dois critérios: • Economizar água, e por isso utilizamos circuitos fechados de água, com sistemas de bombagem que permitem reutilizála em permanência. • Garantir a qualidade da água utilizada no lago e nas atracções: para isso contamos com um sistema completo de depuração e com o controlo químico e bacteriológico efectuado por uma empresa contratada homologada pela Junta da Andaluzia. Na Ilha Mágica, utilizam-se diferentes tipos de água: • A água potável que provém da rede urbana de Sevilha é distribuída pela estação de distribuição de " El Carambolo". RIO • Água engarrafada transportada por camião até Sevilha. • Água bruta, que provém da estação de bombagem do rio e é utilizada no Parque após ter sido filtrada e depurada. Capta-se também água a partir do anel de distribuição de água bruta da Ilha da Cartuja. • Água contra os incêndios, proveniente da extensão de alta pressão. Na Isla Mágica, o ciclo da água completa-se pela evaporação de uma parte da água na atmosfera; outra parte é consumida pelas pessoas e as plantas e o resto leva-se através da rede de esgotos, para um poço de bombagem a partir do qual as " águas usadas" são encaminhadas para a estação de depuração de San Jeronimo, para depois ser vertida no rio Guadalquivir uma vez depurada. Informação complementar para o desenvolvimento do tema ACTIVIDADES. Educação Primária e Secundária Sistema de depuração da água no lago e nas atracções. Utilizando o plano, descobre: AGUA “BRUTA” Procedente da estação de bombagem do rio. ¿De onde vem a água na Isla Mágica? ¿Para que se serve a água na Isla Mágica? • O lago e as atracções com água, têm cada um a sua própria depuradora independente. • A depuração efectua-se através de um processo físico que se baseia num filtro de areia silicea com um grão de 0,8 a 1,5 mm e de um processo químico mediante a injecção de Hipoclorito de Sódio e de algicidas. Procedente da ESQUEMA DE DEPURADORA TIPO estação de RIO bombagem do rio. AGUA “BRUTA” Entrada de água ¿Para onde vai a água após ter sido utilizada? areia silicea 0,8 m bomba leito de areia silicea 1,3 m depósito hipoclorito sódico (NaClO) depósito líquido algicida deseadores Tratamento físico Saída de água depurada Tratamento químico • O lago tem uma capacidade de 45.000 m3 de água e a sua depuradora é capaz de tratar 738 m3/hora. O Iguazú possui uma depuradora que filtra e depura a sua água a uma cadencia de 240 m3/hora. Se a capacidade total do lago é de 1.630.000 litros de água, quanto tempo é preciso para depurar completamente toda a água do lago do Iguazú? • O Anaconda necessita de 2030 m3 de água para funcionar e a sua depuradora é capaz de tratar 240 m3/hora. • O Orinoco necessita de 2016 m3 de água para funcionar e a sua depuradora é capaz de tratar 240 m3/hora. AGUA CONTRA INCÊNDIOS INCÊNDIOS AGUA Agua de alta pressão que se utiliza na rede contra os incêndios, rede independente do resto da instalação, e que mantendo uma pressão constante de 6 kg/cm2, abrange todo o Parque. • O Iguazú necessita de 1630 m3 de água para funcionar e a sua depuradora é capaz de tratar 240 m3/hora. LINHA DO TEMPO 1597. Capo Bianco descobre pela primeira vez cartuchos para artilharia. 1598. Morre Filipe II de Espanha, I de Portugal, rei Filipe III de Espanha, II de Portugal. 89 A ÁGUA: refresca, relaxa e diverte O parque temático Isla Mágica está situado ao noroeste da cidade de Sevilha, à beira do rio Guadalquivir. A capital hispalense caracteriza-se por ter um clima com temperaturas suaves e agradáveis durante a maior parte do ano, com uma média anual de 19,85ºC. Para além disso, a Isla Mágica conta com 40.000 m2 de superfície de lâmina de água e infra-estruturas e vegetação que ajudam a suavizar as temperaturas durante os meses mais quentes. Fontes, chafarizes, atracções onde a água é protagonista, diferentes sistemas de sombreamento e de refrigeração com água, cascatas, correntes, reproduções de grutas, transformam os espaços abertos e cantinhos da Isla Mágica em cenários de frescura, diversão e sossego. A água. A água é protagonista na Isla Mágica e está orientada tanto à diversão como à climatização do parque, estando presente através das suas fontes, do lago ou das atracções. 90 2 3 11 1 12 16 13 10 4 14 15 8 9 5 7 6 Fontes Na superfície exterior da Isla Mágica existem numerosas fontes, que além de refrescar ao visitante, têm fins recreativos ou ornamentais. Fontes recreativas. A Fonte da Veracruz (1) e a Fonte Aquamanía (7) foram desenhadas com o objectivo de divertir as pessoas que visitam o Parque. Na primeira, múltiplos jactos de água de até 5 metros de altura emergem arbitrariamente de orifícios localizados no chão. Na segunda, em alguns casos é necessário activar um botão com o pé para que o jacto de água seja projectado para cima molhando quem estiver ao redor. Outras fontes. A Fonte da Juventude (2), que representa uma gruta com diferentes níveis de onde a água brota; a Fonte do Motim (3), onde a água brinca com as garrafas que fazem parte de uma estrutura composta por um tonel, um canhão e âncoras; a Fonte da Barraca do Indiano (4), com forma de bebedouro para as cavalarias; a Fonte cibernética do lago (5), junção de água, luz e som espetacular sobre a superfície do lago; a Fonte do Quetzal (6), arco de água sobre a entrada de um templo asteca, são outras das infra-estruturas que fazem da estadia na Isla Mágica mais fresca e agradável, desde o ponto de vista visual e auditivo. 91 O Lago Constitui o núcleo central do parque temático e ao redor dele desenvolvem-se algumas das atracções. Com 40.000 m2 de superfície, e uma profundidade média de 1,5 m. (volume total: 60.000 m3 de água) o lago é um elemento fundamental de climatização na Isla Mágica, pois ajuda a suavizar e refrescar o ambiente nas épocas do ano quando as temperaturas são um pouco mais altas. Atracções Na maioria delas a água é protagonista, constituindo, de diversas maneiras o elemento principal da diversão. A Travessia.(8).- Uma viagem de barco através do grande lago da Isla Mágica onde se descobrem os lugares mais recônditos das diferentes zonas da Ilha. Desde o animado Porto de Sevilha, Porto das Índias, até a majestosa zona do El Dourado, passando pelas secretas e temidas grutas do Esconderijo dos Piratas. Anaconda (9).- Simula uma aventura através do vale dum rio, situado entre duas montanhas da selva. O percurso realiza-se em botes com forma de tronco, que descem por diferentes cascatas para cair três vezes estrondosamente nas turbulentas águas do rio. Refrescante e trepidante, não só durante a descida, senão também ao final da mesma, onde podem receber o impacto de pistolas de água disparadas pelos visitantes situados à beira do rio. A guerra de balões (10).- Situada na Barraca do Indiano, com esta atracção podemos refrescar-nos atirando balões cheios de água sobre umas estruturas de madeira. Iguaçu (11).- Vinte pessoas dentro de uma barcaça plana, sobem a uma colina com vegetação exuberante e caem inesperadamente por uma cascata a mais de 60 quilômetros por hora, produzindo uma grande onda refrescante, que surpreende às pessoas que estão espera no cais. Os rápidos do Orinoco (12).- Um canal de águas turbulentas e extraordinário desnível, custodiado por uma densa vegetação, onde botes circulares de 9 pessoas descem rapidamente desafiando as irregularidades do leito do rio. A enseada dos corsários (13).- Percurso pelo lago que oferece muitos pontos de interacção entre os barcos participantes, podendo disparar-se água tanto entre os barcos como desde a beira do lago, já que existem canhões de onde os espectadores podem atacar os corsários. O Caimão dançarino (14).- Atracção aquática específica para o público infantil, situada na Fonte da Juventude, que conta com uma queda de àgua de um metro. Uma curiosidade, em alguns filmes projetados em 4ª Dimensão, a água e em alguns casos, os flocos de neve, fazem parte de alguma das surpresas e sensações das 4D. 92 Infra-estruturas Para além da água, a Isla Mágica conta com uma série de infra-estruturas que contribuem à ambientação e climatização do parque, como as pérgulas, a vegetação, diferentes sistemas de sombreamento, elementos temáticos ou o acondicionamento de lugares fechados. Pulverização da água em pérgulas (micronização) Estruturas compostas por um esqueleto metálico coberto com malha de sombreamento ao qual se incorpora um sistema de micronização que injecta água desde cima com certa pressão através de orifícios de diâmetro muito pequeno, produzindo uma nuvem pulverizada, cujas pequenas gotinhas evaporam-se em contacto com o ar quente, esfriando-o, e criando um fluxo contínuo de ar descendente ao deslocar o ar frio ao quente, já que pesa mais. Estes pulverizadores ou micronizadores estão distribuídos ao longo dos suportes laterais das pérgulas (15) que se localizam entre o Porto das Índias e a Porta da América, com uma superfície de 684 m2. Outros sistemas de sombreamento Existem no Parque outros sistemas de sombreamento, que não incorporam o sistema de micronização, mas que também contribuem a diminuir a insolação. Ao todo esta superfície coberta por toldos aproxima-se a 8120 m2. A sombra projectada por choças é de 1.867 m2 e a de alpendres de edifícios 3.177 m2. Elementos temáticos: cavernas e cascatas Outro dos elementos desenhados para a ambientação da Isla Mágica é a Toca do Coelho (16), reprodução de uma gruta, na qual uma cascata cai a um estanque, proporcionando uma agradável sensação de sombra e de frescura. Vegetação A superfície verde da Isla Mágica é de 59.000 m2. A vegetação tem propriedades físicas e fisiológicas, transformando-se num sistema de climatização natural. As plantas evaporam água para diminuir a sua temperatura e defrontar ao calor, neste processo não só se refrigeram a si mesmas senão que também esfriam o seu meio. A água, a vegetação e as infra-estruturas criadas para aproveitar estes recursos fazem que o acondicionamento e a climatização da Isla Mágica se façam de uma maneira natural e sustentável, pois a água utilizada recircula desde o rio (ver capítulo deste Guia, “A água na Isla Mágica. Uma Ilha de água reciclada”). Climatização artificial Os prédios da Isla Mágica (O Forte, Pavilhão de Espanha, Restaurantes…) foram construídos com elementos significativos de climatização de frio-calor, utilizando no caso do Pavilhão de Espanha uma rede de água bruta para climatizar e não devolver calor à atmosfera. LINHA DO TEMPO 1599. João de Mariana expõe que a terra deve ser adequadamente aproveitada. 1600. Burgi desenvolve o cálculo com fracções. 1601. Neper cria regras de cálculo para facilitar a multiplicação. 1602. Bayer publica o primeiro Atlas das Estrelas. 93 ACTIVIDADES. Educação Primária. A respiração das plantas, a transpiração, produz vapor de água junto com outras substâncias. Propomos averiguar o que se passa quando colocamos um saco de plástico sobre um vaso. Para isso, é preciso apanhar dois vasos mais ou menos iguais quanto ao tipo e tamanho, e colocar um saco de plástico envolvendo a planta, fechando embaixo, justo onde está a terra e colocar um dentro da sala de aula e outro no pátio. No dia seguinte comparar os sacos e explicar o que aconteceu. ACTIVIDADES. Educação Secundária. Construir um higrómetro utilizando material caseiro para medir o grau de humidade que contém o ar. Material necessário - Um cartão duro de 24 cm. x 30 cm. - Um cartão fino de 16 cm. x 4 cm. - Um fio de cabelo de uns 25 cm. de comprimento. - Um pedaço de madeira de 24 cm. de comprimento x 4 cm. de largura e 4 cm. de espessura. - Um lápis - Fita adesiva - Uma régua - Tesoura - Seis pregos pequenos - Uma caneta colorida com ponta fina. Experimento higrómetro 1. Utilize a régua para traçar uma flecha de 13 x 2 cm. sobre o cartão fino e depois recorte-a. 2. Cole um extremo do fio de cabelo na parte superior do cartão duro. 3. Utilize os pregos para aderir o cartão duro ao longo do pedaço de madeira. 4. Cole o outro extremo do fio de cabelo na parte posterior da flecha. 5. Coloque a flecha sobre o cartão e mova-a até esticar totalmente o fio de cabelo. Depois fixe o outro extremo da flecha com um prego. 6. Coloque o higrómetro que acaba de construir no jardim da sua casa. 7. Quando o sol estiver iluminando, coloque o cartão na direcção para onde aponta a flecha. Escreva a palavra “seco” ao lado desta marca. 8. Quando o tempo estiver húmido, a flecha apontará para baixo. Faça outra marca nesta posição e escreva a palabra “húmido” no cartão. 9. Registe as suas observações todos os dias durante três semanas. www.elducador.com 94 O tempo histórico 95 A Linha do Tempo De 10.000 a.C. até aos nossos dias. Continente Americano 10.000 a.c Clovis, Caçadores Origem da agricultura Resto do Mundo (Europa-Ásia) 9.000 a.c 8.500 a.c Primeiras pinturas sobre pedra na zona sahariana 8.000 a.c Primeiros cultivos silvestres no Peru 7.000 a.c Cultivo da batata (Peru) 6.500 a.c Domesticação de animais 6.000 a.c Cultura megalítica 5.000 a.c Primeiros sistemas de rega na Mesopotâmia Povos nómadas (Caçadores-recolectores, pescadores) Cultivo do milho 4.500 a.c Primeiros povoamentos em Anáhuac (México) 4.000 a.c 3.750 a.c 3.500 a.c Primeira liga de cobre Descoberta da roda e do arado na Mesopotâmia Primeiros povoamentos nos Andes 3.000 a.c 2.800 a.c 2.700 a.c 2.500 a.c Surgimento da metalurgia no Peru 2.000 a.c 1.700 a.c 1.600 a.c 1.500 a.c Início da escrita cuneiforme Escrita sobre papiro Utilização da moeda na Lidia (Turquia) Adestramento do cavalo na Ásia Central / Pirâmides do Egipto Cultivo do centeio Início do alfabeto grego Relógio de Sol egípcio 1.300 a.c CHAVIN Os povos anasazi, hohokan e mogollón, começam A cultivar as terras no S.O. da América do Norte. OLMECA Pirâmides de terra batida Civilização zapoteca Utilização da pedra na arquitectura Auge e esplendor da cultura de Nazca 1.000 a.c 776 a.c 621 a.c 600 a.c 500 a.c 260 a.c 221 a.c 0 96 Chegada dos Etruscos a Itália Inícios Jogos Olímpicos Primeiras leis escritas Atenas Cunhagem de moedas Pitágoras Princípio de Arquimedes Construção da Muralha da China Continente Americano Resto do Mundo (Europa-Ásia) Utilização do papel extraído da amoreira (China) 250 271 Utilização da bússola na China 400 MAIAS Uso de sistema de rega em terraços Utilização da escrita 400 Utilização geral do calendário 100 Auge e esplendor da civilização Maia 500 520 Difusão das matemáticas (Índia) Invenção do sistema decimal 599 600 622 Invenção do jogo de xadrez Ano I no calendário muçulmano 750 800 Construção do Jaguar Gigante (pirâmide Maia de Tikal-Guatemala) Civilização Mixteca Civilização peruana de Chimú TOLTECAS 868 Primeiro livro impresso 900 Os chineses utilizam o Papel-moeda 980 Os mercadores árabes fundam postos Comerciais na costa oriental africana Surgimento da roca na Ásia 1.044 Conhecimento da pólvora na China Cuzco: o mais importante centro Inca 1.200 Invenção da lupa (Inglaterra) Restauração do Império Maia. Nova capital em 1.250 1.271 1.300 1.325 1.347 1.432 1.450 1.470 Mayapán Viagens de Marco Polo Invenção na Europa do relógio mecânico Conocimiento del papel moneda en China Epidemias Peste Negra Os exploradores portugueses chegam aos Açores Imprensa de Guttemberg Invenção do astrolábio 1.500 1.521 1.590 1.600 1.643 Teoria de Copérnico Introdução da batata na Europa Invenção do microscópio Fabricação do 1º termómetro (Galileu) Barómetro de Torricelli 1.700 1.765 1.799 1.837 Primeira máquina a vapor Wat Pilha voltaica Primeiro livro para cegos 1.859 1.900 1.926 Teoria de Darwin Código Morse Descoberta da Televisão 2.000 2.002 2.005 2.006 2.007 2.008 2.009 2.010 Começa um novo século Nasce a nova moeda Européia ¤ Começa a década por uma Educação para a Sustentabilidade Se celebra a Cume Mundial do Clima em Nairobi Mais de metade da população humana já vive nas cidades Descobre-se gelo em Marte Festeija-se a cimeira das Nações Unidas sobre a mudança climática em Copenhague Festeija-se o ano mundial da Biodiversidade 2.011 Completa-se a Expedição Oceanográfica Malaspina no Índico Expansão dos Incas pelos Andes Os Astecas fundam a cidade de Technotitlan Acamapichtili: Rei dos Astecas Viracocha primeiro soberano Inca que unificou as diversas tribos Derrota dos Astecas por Hernán Cortés ASTECAS INCAS 1.000 97 INFORMAÇÃO E RESERVAS (+34) 902 16 17 16 w w w . i s l a m a g i c a . e s Pabellón de España • Isla de la Cartuja • 41092 • Sevilla