Celebração em família

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Celebração em família
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Edição 1843
1,20 Euro
22 de janeiro 2016
a 28w de janeiro de 2016
www.mundoportugues.pt
Diretor: Maria da Conceição Granado de Almeida
[email protected]
FÁTIMA
P. 4
Basílica reabre ao público a 2 de
fevereiro
MONTEPIO GERAL
175 anos da
história do banco
foi lançada em
livro P. 8
ENTREVISTA COM JOSÉ PAULO
DUARTE, Presidente do Grupo
Paulo Duarte TRANSPORTES
de vida do jornal
mundo português
Celebração
em família
“A empresa está sedeada
aqui em Torres Vedras
porque foi aqui que nasci”
P. 10
notable awards
Carlos Morais (atual administrador) ladeado
pelos fundadores Valentim Morais (direita)
e Padre Vitor Melícias (esquerda)
«Empreendedorismo e Estratégias de Negócios dos Emigrantes Portugueses»
realizado com empresários em 19 países
Estudo sobre empreendedorismo revela que
portugueses na diáspora não temem assumir riscos
PELO MUNDO
P. 12 a 14
FRANÇA: Cartoonista português diz que
liberdade de expressão está ameaçada
por interesses económicos
BÉLGICA: Portugueses são a sétima
nacionalidade em Bruxelas
BURKINA FASO: Ataque terrorista mata
cidadão português
CANADÁ: Burla relacionada com a
imigração está a preocupar portugueses
neste país
TAÇA DE PORTUGAL
P. 2 e 3
P. 27 a 32
É a pronúncia do Norte...
FC Porto,
Sporting de
Braga, Rio Ave
e Gil Vicente
decidem em
fevereiro, as duas
equipas que
avançam para a
final no Estádio
Nacional.
P. 16
Português João Dias
Hipólito nomeado
para melhor Chef da
região do Quebec
A História
do SISAB
PORTUGAL
P. 19 a 21
A próxima edição do evento consagra 21 anos de
um percurso sempre em crescendo. Começamos agora a
contar a história de um projeto pioneiro que revolucionou
completamente o panorama das exportações portuguesas.
albertino nunes |presidente da adega
cooperativa do fundão P. 22-23
Liga Portuguesa: Sporting escorrega e
tem Benfica ‘à perna’...
Aposta forte na
internacionalização
faz com que
exportação já
signifique 30%
da faturação
Uma vez mais, os portugueses colocam
a EDP no topo das suas marcas preferidas.
Obrigada a todos os clientes, colaboradores
e investidores que fazem da EDP uma marca global,
inovadora e sustentável: Uma Superbrand.
www.edp.pt
p.2
DESTAQUE
22 DE JANEIRO DE 2016
EMPREENDEDORISMO E ESTRATÉGIAS DE NEGÓCIOS DOS EMIGRANTES PORTUGUESES» REALIZADO COM EMPRESÁRIOS EM 19 PAÍSES
Estudo sobre empreendedorismo revela que
portugueses na diáspora não temem assumir riscos
Quais as razões que levam à emigração? Quais as apostas feitas em novos mercados? Serão os portugueses emigrantes empreendedores? Foi a estas questões que o estudo «Empreendedorismo e Estratégias de Negócios dos
Emigrantes Portugueses», realizado por José Braga da Costa,
quis responder. “O facto de um emigrante português abrir o
seu próprio negócio demonstra a sua maturidade e segurança na gestão de uma empresa, e ao mesmo tempo que se
sente adaptado à realidade local, não tendo medo de assuAna Grácio Pinto
mir riscos”, afirma o investigador.
A investigação foi realizada por José Carlos
Braga da Costa, 35 anos, gestor de empresas,
no âmbito do seu mestrado em ‘Gestão Comercial’. “Este estudo surgiu de um convite realizado pela professora doutora Maria Conceição
Ramos, uma especialista na área das comunidades e migrações, para inicialmente abordar
o tema do empreendedorismo dos emigrantes
portugueses aliado, num segundo plano, às estratégias de negócio, uma vez que está associado à minha formação académica”, explicou
José Braga da Costa ao ‘Mundo Português’.
Para responder a estas três questões de
base, o investigador realizou 56 inquéritos a
empresários portugueses radicados em vários
países - Alemanha, Angola, Austrália, Áustria,
Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, Estados
Unidos da América, Finlândia, França, Indonésia, Inglaterra, Irlanda, Luxemburgo, Moçambique, Namíbia, Suíça e Venezuela.
Os inquiridos responderam a 53 perguntas, divididas em cinco partes; questões sociodemográficas e condições profissionais antes
de emigrar; o antes e o depois da abertura do
próprio negócio, já no país de destino; a caracterização da empresa; o empreendedorismo; estratégias de negócio.
Na documento de apresentação do trabalho, José Braga da Costa explica que o estudo pretende “conheceras escolhas dos portugueses no que aos países de acolhimento e de
negócios diz respeito e as razões que levam
estes portugueses a abandonar o nosso país”.
Mas o objetivo principal, sublinha, foi perceber
até que ponto, “os emigrantes portugueses são
empreendedores nas suas atividades de negócio e procura de novos mercados”.
As respostas que recebeu dos inquéritos enviados, permitiram concluir, entre outros elementos, que o empreendedorismo dos
emigrantes portugueses “tem um impacto direto nas comunidades de acolhimento, uma
vez que se verifica um investimento económico local assim como a criação de emprego ou
a abertura de horizontes para futuros investimentos”. “O facto de um emigrante português
abrir o seu próprio negócio demonstra a sua
maturidade e segurança na gestão de uma empresa, e ao mesmo tempo que se sente adaptado à realidade local, não tendo medo de assumir riscos”, revela o estudo.
O investigador lembra que nem todos os
emigrantes na hora de emigrar têm em mente
ser empresários no país de destino. E em alguns casos, acabam por sê-lo por não verem
outra saída senão o autoemprego. Mas outros
há “que já partem com esse objectivo”, mas
precisam de algum tempo para conhecerem o
país, a cultura local e o mercado em que se
querem inserir. “Num contexto geral, concluímos que 34% dos empresários demorou seis
ou mais anos e que 29% demoraram apenas
entre 1 a 2 anos até abrir o seu negócio. Entre os empresários que já tinham uma empresa em Portugal, verifica-se que 42% demorou
entre 1 a 2 anos, em contrapartida de apenas 15% que demorou seis ou mais anos. No
sentido oposto, a grande parcela daqueles que
nunca tinham tido o seu próprio negócio em
Portugal, concentram-se nos que demoraram
seis ou mais anos, onde se verifica 61%, contra apenas 9% nos que demoraram menos de
dois anos. Seguindo esta linha de pensamento, concluímos que à medida que a estadia dos
empresários sem experiência em Portugal vai
aumentando no país de acolhimento, o número de negócios também, ao contrário dos que
já detinham experiência em Portugal, que vai
diminuindo”, lê-se no estudo.
UM UNIVERSO MASCULINO
O perfil sócio económico dos entrevistados
mostrou que há mais homens a abrir empresas na diáspora portuguesa e a maioria tem
mais de 40 anos. Setenta por cento das em-
Abílio Lourenço é um dos empreendedores portugueses no estrangeiro. Proprietário de uma empresa
especializada no setor da construção e obras em geral, sediada na região de Paris, emprega 42
pessoas, e trabalha com algumas empresas em Portugal.
presas foi aberta por homens, contra apenas
30% criadas por mulheres. Relativamente às
idades, a grande maioria dos inquiridos tem
entre os 40 e 50 anos (30%) – resultado que
vai de encontro à tese de que o empreendedorismo geralmente passa por uma fase mais
madura da carreira dos profissionais que primeiramente preferem ganhar experiências e vivencias como empregados.
Nos restantes intervalos de idades, 27%
dos inquiridos tinha entre 30 e os 40 anos e
18% tinha entre 60 e 70 anos. Na faixa etária entre os 50 e os 60 anos estava, 16% dos
inquiridos. Do total de empresários que respondeu ao questionário, 50% possui dupla
nacionalidade, algo que, seguramente, está
relacionado com as vantagens que estes empresários possuem no país de destino.
Sobre a terra natal, destacam-se três zonas
de Portugal: Centro, Norte e Lisboa, que correspondem a 27%, 23% e 20% respetivamente. “De referir ainda, que sete dos inquiridos
têm como locais de nascimento o Brasil, África do Sul, Moçambique e Angola, países tradicionalmente ligados a Portugal”, revela o estudo. Quanto às qualificações académicas, os
licenciados foram os que mais se destacaram
PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIOS DOS EMPRESÁRIOS PORTUGUESES DA DIÁSPORA
entre os inquiridos com uma percentagem de
38%, seguido pelas pessoas que terminaram o
ensino secundário e que representaram 20%.
Depois, com valores mais próximos, verifica-se que 14% são mestres, 13% concluíram o
9º ano e 11% apenas estudaram quatro anos,
a “antiga 4ª classe”. Apenas 3 inquiridos são
doutorados, representando 5% da amostra.
MAIORIA EMIGROU DE 1990 A 2009
O que motivos estes empresários a emigrar? À semelhança de grande parte dos casos de emigração portuguesa, a maioria dos
inquiridos deu como razão, o reagrupamento
familiar. “O reagrupamento familiar acaba por
pesar mais na decisão sobre o destino do que
sobre questões de negócio, como a análise a
mercados propícios à instalação de novas empresas ou realização da carreira profissional”,
explica José Braga da Costa.
Mas houve também quem referisse a procura de melhores condições no mercado de
trabalho e a vontade de viver num outro país,
como razões para emigrar. No caso desses, as
diferenças salariais e a falta de oportunidades
de trabalho em Portugal, justificaram a saída.
Mas também houve quem tivesse apontado a
vontade de conhecer novas culturas, e a decisão de estudar fora de Portugal, através do
programa de ERASMUS, por exemplo.
A grande maioria dos inquiridos saiu de
Portugal entre os anos de 1990 a 2009, o
que também vai ao encontro da principal faixa etária inquirida, que se situa entre os 40 e
50 anos – e significa que saíram de Portugal
com uma média de idades entre os 25 e os 30
anos. Quanto à experiência empresarial prévia,
33 (59%) deles já tinham sido empresários em
Portugal antes de emigrar, o que reforça a sua
capacidade de gestão. Destes 33 empresários,
20 deles, (61%), mantiveram-se nas mesmas
áreas de negócio nos países de acolhimento,
justificando as suas razões de emigração, uma
vez que a maioria mencionou que saiu de Portugal porque este não era propicio à criação
do próprio negócio ou que aspirava melhores
condições de trabalho no país de acolhimento.
A grande maioria dos inquiridos vive no
DESTAQUE
22 DE JANEIRO DE 2016
mesmo país desde que emigrou pela primeira
vez, sendo que somente 13 (23%) já estiveram emigrados em outros países antes de se
instalarem no país atual. No que toca à posição atual dos inquiridos, estes distribuem-se
por 19 países, e sem grande surpresa, países
como Canadá, Inglaterra, Austrália, Estados
Unidos, França e Brasil surgem no topo das
preferências dos portugueses.
“Com estes resultados, concluímos que os
portugueses, nos anos mais recentes, estão a
procurar países mais diversificados do que os
seus antepassados procuravam, uma vez que
estes se limitavam a emigrar para os países
onde por norma já se encontravam portugueses e assim se conseguirem adaptar mais facilmente”, revela o investigador.
É o sector do ‘Comércio por Grosso e a
Retalho’ que concentra mais empresas detidas pelos portugueses no estrangeiro que responderam ao questionário - 23%, seguido de
duas áreas totalmente distintas: a ‘Construção
Civil’ e a ‘Consultoria/Cientifica’, representando 14% cada. Com 11%, aparecem as áreas
de ‘Serviços’ e ‘Informação e Comunicação’.
As razões por terem optado por determinada área de negócio que mais se evidenciaram
foram a experiência, a previsão de sucesso, a
paixão pela área de negócio e o crescimento de
mercado foram as razões apontadas por terem
optado por determinada área de negócio. “O
facto de tanto a experiência como a previsão
de sucesso estarem no topo das escolhas dos
emigrantes, representa por um lado a segurança que estes sentem na hora de abrir um negócio e por outro a ambição e o acreditar de que
a opção que tomaram vai ser bem-sucedida,
não esquecendo que 63% dos inquiridos realizaram um estudo de mercado antes da abertura”, assegura José Braga da Costa.
O tipo de empresa considerada de ‘Sociedade Limitada’ é a que mais se destaca,
(57%), entre os entrevistados e com maior incidência nos homens, já que nas mulheres, verifica-se um equilíbrio entre a ‘Sociedade Limitada’ e o ‘Empresário Individual’.
Sendo a maior parte das empresas consideradas como pequenas, a maioria da amostra
concentra-se nos que não têm qualquer funcionário ou terão até um máximo de nove, “uma
vez que a maioria das empresas dos emigrantes portugueses são consideradas como micro
ou pequenas-empresas e em muitos casos são
de cariz familiar”. Mas no caso das empresas
com funcionários, o estudo verificou que 43%
deles já contrataram portugueses que residem
em Portugal e neste momento 41% têm funcionários portugueses. “Este fator pode estar
ligado com o reagrupamento familiar, com a intenção de facilitar a integração de novos emigrantes, entre outros”, refere o investigador.
Dos 56 inquiridos, 61% deles assumiram que
depois de emigrar já facilitaram a emigração
de familiares/amigos, mesmo não sendo para
as suas empresas. E o que significa para os
entrevistados, o termo ‘empreendedorismo’?
A maioria associou-o a “identificação de
oportunidades” e à “criação de um novo negócio aliado a algo inovador” (30% e 27%, respectivamente). Para os restantes empresários
que se consideram empreendedores, a maioria considera que as caraterísticas que mais
se enquadram no seu perfil são a ‘liderança’,
o ‘espirito criativo’, a ‘paixão pelo seu trabalho’, ‘observador’ e ‘autoconfiante’. E a maioria também assume que a inovação faz parte
das suas estratégias de negócio.
EMPRESAS ABERTAS COM POUPANÇAS
PESSOAIS
O estudo pretendeu ainda perceber qual é
a estratégia seguida por aqueles empresários,
relativamente a várias questões. Mais da metade assumiu o mercado nacional no país de aco-
DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS DOS EMPRESÁRIOS INQUIRIDOS
lhimento como o seu grupo-alvo: é no seu pais
de residência que apostam as suas vendas. Em
segundo lugar (21%), apareceu o grupo de empresários que definem o mercado internacional
como o seu alvo e somente 11% dos inquiridos indicaram que os emigrantes portugueses
são o seu grupo-alvo - o que mostra que estes
empresários não limitam as suas vendas aos
nichos étnicos. “Apesar de não terem o mercado internacional como alvo, alguns dos empresários também exportam, sendo que no total,
27% dos inquiridos, assumem que a exportação já faz parte dos seus negócios”, revela José
Braga da Costa.
O capital financeiro para a abertura da
empresa, saiu, para a maioria dos inquiridos,
de poupanças pessoais. Outros obtiveram um
empréstimo bancário, enquanto uma minoria
recorreu a familiares, ao Estado ou a associados. Um outro ponto analisado ao longo do
questionário foi a dificuldade que sentiram no
país de acolhimento, quando abriram o seu negócio. “Podemos concluir que os empresários
“Fiquei surpreendido pelo facto de metade dos
inquiridos possuírem dupla nacionalidade”
Houve respostas que surpreenderam José Braga
da Costa. “Por exemplo, em termos sociodemográficos, fiquei surpreendido pelo facto de metade dos inquiridos possuírem dupla nacionalidade e a grande
maioria ser licenciado”, revelou ao ‘Mundo Português’,
acrescentando ter percebido que a opção em se nacionalizarem prendeu-se com a tentativa “de diminuição
de barreiras na criação do seu próprio negócio, que
se podem traduzir em menos burocracia ou um maior
acesso ao financiamento”.
O grau académico dos entrevistados foi outra surpresa tendo em conta que as áreas de negócio tradicionais dos empresários da diáspora são a construção
civil ou o comércio. “Verifiquei que a área de ‘Consultoria ou Cientifica’ surge no segundo lugar das áreas
de negócio mais representadas a par da ‘Construção
Civil’. Este último fator está associado ao facto de nos
últimos anos muitos dos recém licenciados portugueses terem optado por emigrar tendo em conta a elevada taxa de desemprego jovem e também, os programas internacionais de estudo”, explicou.
Questionado se este trabalho abre portas para outros com esta temática, José Braga da Costa assume
que, com o estudo «Empreendedorismo e Estratégias
de Negócios dos Emigrantes Portugueses», levantaram-se “outros temas interessantes que deveriam ser
alvo de investigação”, e enumera alguns, como um
que se centrasse no emigrantes com graus académicos elevados. “De estudos realizados num passado
recente sobre emigrantes portugueses, verifiquei que
p.3
o número de licenciados era muito reduzido. Seria interessante perceber as razões que levam estes jovens
a sair de Portugal para abrirem o seu próprio negócio
num país estrangeiro e não em Portugal. Entram em
áreas de negócio com pouca presença? Encontram
menos concorrência?”, questiona.
José Braga da Costa gostaria ainda que ver elaborado um trabalho de investigação sobre portugueses
emigrantes que apostam em “novas áreas de negócio”
no estrangeiro. “O facto de termos emigrantes com habilitações académicas mais elevadas, novas áreas de
negócio com presença portuguesa vão surgindo. Que
novos negócios estão a surgir? Até que ponto os certificados obtidos no nosso país são equivalentes em outros e permitam a exerçam do seu trabalho?”, aponta.
Outro estudo que considera interessante prense-se
com a abertura de negócios em países cada vez mais
diversificados. “Ao longo da minha dissertação e com
os resultados obtidos através dos inquéritos, verifiquei
que atualmente muitos dos emigrantes olham para o
mundo como um mercado global e procuram uma
oportunidade de negócio independentemente da sua
localização”, algo que explica pelo maior acesso à informação e o espirito empreendedor dos portugueses.
São emigrantes que se instalaram em países sem
grandes comunidades lusas e que o levam a questionar se, nestes países, “estão a ser criadas novas
comunidades e como tal estejam disponíveis excelentes oportunidades negocio relacionados com enclave étnico”.
portugueses inquiridos não encontram muitos
entraves”, revela o estudo, acrescentando entretanto que o fator com maior peso foi a “concorrência”, e depois as “questões fiscais” e o
“acesso ao financiamento”.
Quanto à facturação, a grande maioria das
empresas estudadas não ultrapassam os 500
mil euros anuais. “Consideramos ser importante referenciar que cinco inquiridos detêm um
volume de negócios anual de seis milhões ou
mais, uma vez que podem ser considerados
como exemplos a seguir por parte dos outros
empresários”, revela ainda o estudo.
De referir ainda, que a grande maioria dos
empresários indicam que das estratégias genéricas que utilizam, a “diferenciação” é a estratégia escolhida, e apenas quatro inquiridos
admitem a “liderança de custos” como a estratégia utilizada. Por fim, o investigador colocou a questão do regresso a Portugal. Dos 56
inquiridos, 33 deles indicaram essa vontade,
(59%), no entanto, 13 (23%) deles revelaram
que só depois de estarem reformados.
Desde 12 de janeiro de 1970
A divulgar o empreendedorismo
português há 46 anos
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PELO PAÍS
22 de janeiro de 2016
Norte
Centro
Sul
ÁGUEDA
Fátima
Mora
Município poupa com novo
contrato de energia
Basílica reabre a 2 de fevereiro
Novo museu vai expor objetos
megalíticos
O Município de Águeda avançou em 2015 com um concurso público fora do âmbito da CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro) para o fornecimento de energia
elétrica ao município, tendo celebrado contrato com a entidade vencedora em setembro do ano passado. Segundo a autarquia, o novo contrato permite economizar mais 19 mil euros até ao final do primeiro trimestre de 2016 “e pode atingir
uma poupança superior a 120 mil euros até 31 de dezembro
de 2017”. “Este contrato é economicamente mais vantajoso
que o celebrado pelos demais municípios da Região de Aveiro, evidenciado pelas poupanças alçadas versus as que se
alcançariam se o município tivesse integrado o concurso da
comunidade intermunicipal”, informa uma nota da autarquia.
A Basílica de Nossa Senhora do Rosário vai reabrir ao
culto no próximo dia 2 de fevereiro, às 11h, com uma celebração eucarística na qual será dedicado o altar, informa o
Santuário de Fátima. Presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima
esta celebração assinala o Dia do Consagrado.
A reabertura da Basílica ao culto, depois de um período
de obras, é o culminar de um conjunto de intervenções num
dos espaços mais importantes do Santuário de Fátima, a par
da Capelinha das Aparições.
A Basílica foi alvo de uma profunda intervenção de limpeza, conservação, restauro e requalificação de alguns espaços. Entre eles estão o presbitério “totalmente reconstruído”
e toda a zona de acesso às relíquias dos videntes, que “ficará muito mais facilitado”.
Lamego
CAdaval
Misericórdia investe em obras
A Santa Casa da Misericórdia de Lamego anunciou que
vai investir 1,5 milhões de euros em quatro obras. Em comunicado, a instituição informou que pretende requalificar o Lar
de Idosos de Arneirós. Outra das prioridades, é o arranque do
processo de licenciamento de criação de um complexo residencial para estudantes, na ilha do Bairro Amarelo, no Porto. As outras duas intervenções são a requalificação de um
edifício situado na Rua Nova (Lamego) e a consolidação do
processo de investimento na Quinta de Lobrigos, situada em
Santa Marta de Penaguião. “Com uma área de 30 hectares,
será reforçada a produção agrícola para melhorar a rentabilidade deste ativo”, justificou.
Castelo de Paiva
Serviços ajudam munícipes a
validar faturas no ‘E-factura’
A Câmara Municipal de Castelo de Paiva vai apoiar os
munícipes na confirmação e validação das suas facturas no
Portal das Finanças (E-factura). Esse apoio será prestado ao
nível do Serviço de Atendimento ao Munícipe durante o horário normal de expediente. Numa nota enviada à imprensa, a autarquia refere que todos os que necessitarem de ajuda devem levar consigo o Cartão de Cidadão ou o Bilhete de
identidade antigo e o número de contribuinte; a senha pessoal de acesso ao Portal das Finanças; facturas relativas a
despesas a incluir no IRS de 2015. No caso das facturas das
farmácias, será necessário que também levar as respectivas
receitas médicas. O apoio será prestado até 15 de fevereiro.
REDACÇÃO
Email: [email protected]
tel. (00351) 21 795 76 70
AMIGO N.º1 DO CONSELHO DAS
COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 1994
MEDALHA DE MÉRITO DAS
COMUNIDADES PORTUGUESAS EM 2000
FUNDADORES
Valentim Morais e
Padre Vítor Melícias Lopes
ADMINISTRAÇÃO
Chefe de Redacção
José Manuel Duarte (CP 3414)
[email protected]
Redactores Principais
Ana Grácio Pinto (CP 2857)
[email protected]
António Freitas (CP 1920)
Carlos Morais
[email protected]
DIRECTOR
Ana Rita Almeida (CP 6092)
[email protected]
Maria da Conceição Granado de Almeida
(TE 402)
[email protected]
A autarquia de Mora prevê abrir “em abril ou maio” o Museu Interactivo do Megalitismo, uma das principais apostas
daquela câmara do distrito de Évora. A construção do museu integra o projecto de recuperação da estação ferroviária
de Mora e será “complementar ao Fluviário”, que retrata o
mundo dos lagos e dos rios e que atrai ao concelho, por ano,
“cerca de 50 mil visitantes”, explicou o autarca local.
O museu vai expor peças recolhidas no concelho, mas o
seu foco principal será a interactividade com os visitantes. “As
investigações arqueológicas em Mora começaram há mais de
100 anos. Foram encontrados milhares de peças e de monumentos e, durante muito tempo, as pesquisas decorreram na
freguesia de Pavia, mas, hoje, sabemos que existem vestígios
em todas as freguesias”, salientou Luís Simão.
Munícipes podem sugerir melhorias Lagos
e reportar problemas
Elevação a cidade celebrada a
partir de 23 de janeiro
Os cidadãos do Cadaval passaram, a partir deste mês, a
ter possibilidade de sugerir melhorias e reportar situações na
via pública que mereçam a intervenção camarária, através da
plataforma recém-implementada ‘A Minha Rua’. “Trata-se de
uma plataforma interativa de localização e referenciação de
ocorrências no concelho do Cadaval, que possibilita aos cidadãos reportar incidentes na via pública, através da sua georreferenciação no mapa disponibilizado”, explica uma nota da
autarquia. Podem ser comunicadas questões sobre acessibilidade e mobilidade; águas; contentores, ecopontos e papeleiras; espaços verdes; estradas e sinalização; fiscalização, segurança e proteção civil; iluminação pública; limpeza de espaços
públicos; parques infantis; passeios; resíduos sólidos urbanos;
saneamento. A plataforma “está acessível a partir do site municipal (http://www.cm-cadaval.pt) ou ainda através do designado Geoportal do município cadavalense, localizado no
endereço http://websig.cm-cadaval.pt, separador “Módulos”.
Loures
Concelho ganha parque urbano
O concelho de Loures dispõe agora de uma área verde de
4,3 hectares, numa antiga quinta do século XVIII. O parque da
Quinta dos Remédios fica situado na freguesia da Bobadela e
poderá ser utilizado por quem quiser passear, beber um café
numa esplanada, fazer exercício ao ar livre ou um piquenique.
A reabilitação do local prevê também a instalação de um centro de interpretação, a criação de percursos ribeirinhos junto
ao Tejo e o desenvolvimento de atividades ligadas à robótica e
à observação astronómica, dirigidas às escolas.
Colaboradores e Correspondentes
PORTUGAL
Manuela Aguiar, Carlos Luís, Eduardo Moreira,
Vasco Callixto, Manuel Pinto Coelho,
Nélson Simas, Paulo Geraldo, Joaquim Vitorino,
José António Barreiros
ESTRANGEIRO
África do Sul: Carlos Silva Alemanha: João
Marques, Manuel Campos
Argentina:
Martin Fabian d’Oliveira Bélgica: António
Fernandes Brasil: Ramos André, António
Gomes da Costa, José António Marcelino,
Linda Gonçalves, Dagmar Lourenço
Canadá: Carlos Morgadinho Espanha: Luís
Longueira Estados Unidos: Adalino Cabral,
Edmundo Macedo, Glória de Melo, José
Martins, Nelson Tereso França: Duarte
Silva, António Cravo
Holanda: José
Camacho Suíça: Manuel Beja, António
Santos Venezuela: Rui Carloto Inglaterra:
Rogério Fragoso Dinamarca: Susana Louro
A elevação de Lagos a cidade pelo rei D. Sebastião em
1504, e assinalada a 27 de janeiro, será este ano celebra durante uma semana. “Lagos se tornou num centro privilegiado
e de encontro de gerações, culturas e civilizações, que fizeram da cidade a mais cosmopolita dos séculos XV e XVI, no
contexto nacional”, destaca uma nota da autarquia, onde se
refere ainda que as iniciativas começam já a 23 de janeiro.
No dia 27, o destaque vai para um vasto programa de dinamização e promoção turística e cultural que pretende destacar o potencial cultural, patrimonial e turístico do município.
Estão ainda previstas outras atividades como a inauguração
de exposições, concertos e visitas orientadas. O programa termina com a apresentação dos trabalhos de conservação e restauro desenvolvidos na Igreja de Santo António.
V. R. de Sto António
Orçamento destaca ação social
saúde educação e desporto
O orçamento concelhio para 2016 é de cerca de 41 milhões de euros, e destaca a educação, ação social, saúde e
desporto. A ação social recebe uma verba de 1,1 milhões de
euros que dará relevo aos programas de apoio à habitação e
de reabilitação dos bairros sociais e aos projetos de apoio alimentar, auxílio à compra de medicamentos e apoio à terceira idade. A saúde recebe 150 mil euros e destaca o projeto
«Cuidar», responsável por duas centenas de cirurgias oftalmológicas e mais de 2500 consultas. Na educação serão gastos
1,5 milhões de euros, mantendo-se o programa de atribuição
gratuita de livros escolares a todos os alunos do primeiro ciclo
residentes no município ou que frequentem as escolas do concelho. Para o desporto, o orçamento é de 1,4 milhões de euros
e destacará a cedência dos espaços municipais para a prática
desportiva, bem como o transporte dos atletas e coletividades.
Morada: Av. Elias Garcia, 57 - 7.º • 1049-017 Lisboa - Portugal
Fax: (00351) 21 795 76 65
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Alípio Pereira (Coordenador)
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Ana Lourenço (Coordenadora)
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No mês de
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DEZEMBRO 28.000 ex.
p.6
REGIONAL
22 DE JANEIRO DE 2016
DORNES, EM FERREIRA DO ZÊZERE, E ÉVORA MONTE, NO ALENTEJO
Dois antigos concelhos carregados de história e beleza
Ficam distanciadas por 200km e ambas as aldeias - Dornes e Évora Monte têm fortalezas militares e são duas aldeias carregadas de história.
Dornes é uma pequena aldeia do concelho de Ferreira do
Zêzere, com 594 habitantes, já foi
vila e situa-se numa pequena península à beira do Rio Zêzere/Albufeira do Castelo Bode, no mesmo concelho.
Foi sede de concelho entre 1513 e 1836 e passou somente a ser sede de freguesia, que veio
a ser extinta em 2013, no âmbito
de uma reforma administrativa nacional para, em conjunto com Paio
Mendes, formar uma nova freguesia denominada Nossa Senhora do
Pranto com a sede em Frazoeira.
Dornes faz fronteira, através do rio
Zêzere, com a freguesia de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã e distrito de Castelo Branco. Terra
muito antiga, será mesmo anterior
à fundação da nacionalidade, como
atestam os monumentos e os vestígios arqueológicos que por aqui se
têm encontrado. No século XV, Dornes, enquanto Comenda Mor da Or-
dem de Cristo teve por Comendador D. Gonçalo de Sousa, homem
muito influente, da Casa do Infante D. Henrique, e ali mandou construir, em 1453, a Igreja de Nossa Senhora do Pranto. Este local
de culto deu à povoação parte da
importância que esteve na origem,
em 1513, da atribuição do Foral
Manuelino.
Do século XIX para cá, Dornes
tem sido um polo de atração turística, bem como a sala de visitas do
concelho de Ferreira do Zêzere em
função das suas paisagens deslumbrantes sobre o Zêzere e também
em virtude da grande carga histórica e monumental que as suas aldeias encerram.
ÉVORA MONTE - O CASTELO
DA PAZ
Évora Monte é uma freguesia portuguesa do concelho de Estremoz, com 569 habitantes. Teve
foral em 1248. Fez parte do patri-
mónio da Casa de Bragança e pertenceu ao concelho de Vimieiro até
à sua extinção em 1846.
Aqui se assinou, em 26 de
maio de 1834, a Convenção de Évora Monte, que pôs termo à guerra
civil de 1832-34 travada entre absolutistas e liberais e definiu o exílio do ex-infante D. Miguel. O Castelo de Évora Monte será um dos
raros castelos portugueses que alia
características únicas: pelo conjunto arquitetónico que enquadra, pela
excelência da paisagem que dele se
pode desfrutar, mas também pela
sua importância histórica — visto
que foi lá o encontro dos generais
que em 26 de maio de 1834 puseram fim à única, mas sangrenta
guerra civil que Portugal conheceu.
Situado no cimo de uma colina com mais de 400 metros de altitude, na parte mais ocidental da
Serra d’Ossa, no Alentejo, e com
acesso fácil a partir da auto estrada
A6,o castelo fica próximo de Évora.
DORNES
EVORA MONTE
p.7
MUNDO PORTUGUES - 46 ANOS
22 DE JANEIRO DE 2016
HÁ 46 ANOS NASCIA “O EMIGRANTE”
Um jornal diferente para gente igual
Os anos sessenta tinham trazido uma enorme sangria ao país, de homens e mulheres, que abandonavam as suas terras de
origem e se fixavam um pouco por toda a Europa em busca de melhor vida. Deixavam tudo para trás, os seus hábitos, as
suas terras, por vezes até os seus próprios filhos. Só uma coisa não deixavam - o jornal O EMIGRANTE que nasceu para estar
precisamente onde estivessem os portugueses, uma história que dura até hoje.
Em 1970 nascia o jornal O
EMIGRANTE sob o lema AGIR
SERVINDO.
Ao longo dos anos viria a transformar-se no grande amigo de todos
aqueles que, por necessidade, tiveram de emigrar temporariamente ou
mais ou menos em definitivo para a
primeira e segunda geração.
Em 1986, Portugal entrava
na União Europeia. Os portugueses que, então, residiam na Europa deixavam de ser emigrantes e
passavam a ser cidadãos europeus
de pleno direito. Por isso o velho
“EMIGRANTE”, que sempre os havia acompanhado de perto transformou-se também e deu origem ao
“MUNDO PORTUGUÊS”.
(...) O MUNDO
PORTUGUÊS
cresceu e
transformou-se em
algo mais. Se é certo
que O EMIGRANTE
tinha sido um jornal
de causas, o Mundo
Português para
além das causas
sociais, abraçou
também projetos e
iniciativas, sempre a
responder às novas
necessidades dos
portugueses (...)
O “MUNDO PORTUGUÊS” cresceu e transformou-se em algo mais.
Se é certo que o Emigrante tinha
sido um jornal de causas, o “MUNDO PORTUGUÊS” para além das
causas sociais abraçou também
projetos e iniciativas, sempre a responder às novas necessidades dos
Logo que chegava a edição, a leitura do nosso jornal despertava o maior interesse
Claro que com isto não rejeitamos
a herança do passado e, por isso,
fazemos dele um GPS que orienta a
nossa ação, bebendo diretamente da
experiência e história de vida pessoal
de tantos e tantos leitores, que um
dia decidiram fazer do mundo a sua
casa, partilhando essa experiência
connosco. E foi assim, em conjunto,
que temos também sido contadores
e arquivadores de histórias plenas
de acontecimentos importantes que
ficarão para sempre a marcar a alma
lusitana e a grande história da nossa
diáspora.
A nossa história tem sido,
essencialmente, estar ao lado
destes portugueses, apoiando-os,
incentivando-os e, muitas vezes, até
liderando movimentos e causas em
representação dos seus interesses.
Sem qualquer pretensiosismo
podemos dizer que, algumas vezes,
mais do que dar simplesmente
informação, nós fomos a própria
fonte de informação.
Desde 12 de janeiro de 1970
portugueses e ao mercado.
Os portugueses foram a ideia
que deu certo e nos fez correr, ainda mais, à volta do mundo, agarrando PORTUGAL em nome de quem
tudo acontece e por ser a razão e a
causa da nossa existência e do nosso trabalho.
Foi assim que nasceu a grande causa de pôr Portugal no Centro
do Mundo e quando se trabalha por
Portugal acontece sempre um sorriso em cada gesto, em cada projeto,
e em cada ideia.
Quando sorrimos, pensamos
sempre no nosso Portugal que, embora pareça pequenino fisicamente,
se agiganta e chega a todo o mun-
Lançamento do jornal no Hotel Ritz, em Lisboa
do, porque Portugal existe onde quer
que existam portugueses e como é
sabido eles estão espalhados por
todo o mundo.
Somos hoje um jornal que está
presente semanalmente em mais de
175 países nos cinco continentes,
cobrindo todos os interesses e todas as faixas etárias dos oito aos oitenta anos. Somos orgulhosamente o semanário português de maior
circulação no Mundo e considerado o amigo nº1 das Comunidades
Portuguesas, várias vezes distinguido pelo seu trabalho em prol de Portugal e dos Portugueses.
Esta edição assinala os 46 anos
desde que o nosso jornal saiu à rua
pela primeira vez.
O
assinalar de mais um
aniversário é feito não com “o
peso” de quem acumula mais um
ano, mas com a energia redobrada
de quem “saltou” mais um ano
em direção ao futuro. É a nossa
irrequietude natural de quem tem
tido uma filosofia de princípios de
“estar sempre a caminho” com a
certeza de quem sabe que o seu
destino é sempre o futuro.
Todas as semanas em busca dos
melhores acontecimentos para si
p.8
LIVROS
22 DE JANEIRO DE 2016
LANÇADO EM LIVRO
Os 175 anos da história do Montepio Geral
são agora uma obra histórica de referência
Com 175 anos de existência o Montepio Geral merecia qua a memória do seu percurso ficasse assinalada
num estudo histórico. Para ver cumprido esse propósito, o Conselho de Administração do Montepio Geral
– Associação Mutualista decidiu confiar essa missão
a uma equipa de historiadores que soubesse conjugar no seu estudo os saberes da História política do
século XIX, da História das Instituições, da História
Económica, da História das Entidades Financeiras,
bem como da História das Ideias e do pensamento político e económico portugueses e internacionais.
JOSÉ MANUEL DUARTE (TEXTO E FOTOS)
Passados cinco anos de trabalho árduo e investigação persistente foi finalmente lançada a
obra “HISTÓRIA DO MONTEPIO
GERAL – SOB O SIGNO DO PELICANO” num evento realizado
no auditório na sede do Montepio Geral em Lisboa.
A equipa que conseguiu levar a cabo a importante obra foi
liderada pelos Professores José
Eduardo Franco, António Castro
Henriques, Mestre Renato Pistola e Mestre Ana Catarina Rocha.
A obra agora editada passa em revista todo o riquíssimo
acervo documental do Montepio,
alguns fundos de instituições
congéneres, documentação disponível nos arquivos públicos, em
paralelo com uma exaustiva consulta da bibliografia nacional e
estrangeira sobre os temas abordados no estudo.
Trata-de de um livro de leitura
obrigatória para todos quantos se
interessam pela temática da história económica e financeira e so-
Desde de 12 de janeiro de 1970
46 anos a contar histórias
todas as semanas
Da esquerda para a direita: José Eduardo Franco, coordenador da equipa de investigação, Rui Carp, Presidente
da Imprensa Nacional Casa da Moeda, que imprimiu a obra, Castro Henriques, Reitor da Universidade Nova,
Guilherme de Oliveira Martins que apresentou o livro e António Tomás Correia que incentivou e patrocinou.
bretudo pela relação desta com a
vida em sociedade.
O MOVIMENTO MUTUALISTA
O livro aborda de forma extremamente simples a génese do
movimento mutualista que inspirado nas ideias filantrópicas do
século XIX, com raízes no iluminismo setecentista, responde à
sociedade civil e aos desafios e
incertezas que os novos tempos
iam colocando à classe média.
Esse movimento implantou-se
também em Portugal sem deixar
de sofrer as consequências das
instabilidades políticas e das sucessivas crises económicas que
ficaram a caracterizar aquele século, o que acabou por se constituir como um grande desafio ao
Montepio Geral
A história do século XX foi
também de grande exigência para
a Caixa Económica devido às alterações políticas, às crises económicas nacionais e internacionais e sobretudo às alteralções
nas fronteiras entre a iniciativa
pública e a iniciativa privada em
matéria de segurança social a que
se assistiu no país.
Nada disto escapou à atenção
e investigação dos autores desta
obra da História do Montepio, na
qual aparecem em destaque os
momentos de dúvida e de afirmação, os tempos de êxito e os dias
de dificuldade.
UMA HISTÓRIA DE
MUTUALISMO
Na sua exposição da obra, Guilherme de Oliveira Martins encantou todos os presentes pela forma
simples mas intelectualmente bastante vigorosa com que abordou o
tema, começando por dizer que se
tratava de uma obra sobre a história de uma economia social, sem a
qual não se consegue entender uma
economia para as pessoas. Não há
economia sem dimensão social e
esta obra enquadra de modo especial os mutualismos europeus.
Tudo nasceu a partir dos Montes de Piedade e Concórdia Espiritual, fundados no século XVI pelo
Franciscano Frei Domingos de Jesus Maria.
A história do Montepio Geral
começa mesmo em 1840 quando
Francisco Manuel Alves Botelho começa por designar um Montepio literário para os funcionários do estado, sendo ela próprio funcionário
da Junta do Crédito Público.
A escolha do Pelicano como
símbolo, para além de ser o símbolo do Rei D. João II, leva-nos ao
animal que tira da própria carne do
corpo o sustento dos filhos e por
isso simboliza excelentemente a caridade e a misericórdia.
Referiu ainda o orador que o
Montepio tinha ficado imune à grave crise de 1846 quando o próprio
Banco de Lisboa faliu, e que levaria à criação do Banco de Portugal.
No ano de 1857 Lisboa é assolada por uma terrível epidemia de cólera e é o Monrepio Geral que vai
responder ao drama social de muitas famílias que se acolhem à sua
generosidade.
Em 1865 de recordar que o
Montepio Geral é pioneiro a criar os
cheques com talão, o que na época
representou um avanço no sentido
de tornar as movimentações bancárias mais transparentes e controladas por parte dos utilizadores das
contas.
Em 1914 iniciada a guerra
monetária que afetaria também o
Montepio Geral, recordou que entre
1918 e 1921 praticamente não havia moeda metálica em circulação,
porque logo que as moedas saíam
para circulação, devido à degradação do seu valor facial eram de
imediato recolhidas e fundidas pelas pessoas, já que o metal valia
mais do que o valor facial da moeda. Foi também o Montepio Geral
que na época respondeu a esta grave situação monetária.
Este livro está assim intimamente ligado à vida económica e
social portuguesa desde meados do
século XIX, sendo por isso um obra
de extraordinária importância, tanto do ponto de vista histórico, como
cultural e económico que em boa
hora o Montepio Geral decidiu patrocinar e que vem enriquecer significativamente o panorama cultural e histórico português.
LIVROS
22 DE JANEIRO DE 2016
p.9
ANTONIO TOMÁS CORREIA
Presidente da Associação Mutualista
MONTEPIO GERAL
Vítor Melícias foi a personificação da boa disposição aqui na companhia do
Presidente António Tomás Correia (encoberto) e Guilherme de Oliveira Martins.
O Presidente António Tomás Correia na companhia de Guilherme de
Oliveira Martins, que fez uma apresentação brilhante da obra agora
apresentada ao público.
Capa do livro “HISTÓRIA DO MONTEPIO GERAL - SOB O
SIGNO DO PELICANO”, agora lançado e que conta a história do
Montepio desde a sua fundação em 1840.
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, desenvolveu a sua carreira profissional na Caixa Geral De Depósitos de 1967 até 2003.
Foi a partir desse ano que integrou no
Montepio Geral o Conselho de Administração presidido por José da silva Lopes,
a quem veio a suceder em 2008, funções
que desempenhou até 2015. Em agosto deste ano ficou com a Presidência da
Associação Mutualista, na sequência da
separação da Instituição bancária por indicação do Banco de Portugal.
p.10
EMPRESAS E MERCADOS
22 DE JANEIRO DE 2016
ENTREVISTA COM JOSÉ PAULO DUARTE, PRESIDENTE DO GRUPO PAULO DUARTE
“A empresa está em Torres Vedras mesmo por paixão
uma vez que nasci aqui...”
José Paulo Duarte tem 60 anos. Natural de Torres Vedras, já nasceu no seio da atividade transportadora pela mão do
seu pai, José Paulo Duarte, que começou a empresa em 1946. Hoje a transportadora é uma referência a nível europeu
nos transportes de líquidos alimentares e mercadorias perigosas a granel, primando pelos mais altos padrões de qualidade e segurança. Atualmente, o Grupo Paulo Duarte possui 550 viaturas e mais de 550 reboques e conta com cerca de 800 colaboradores.
A empresa está sediada na região oeste. É uma localização
estratégica?
Para nós não representa nenhuma vantagem, porque quer queiramos, quer não, os transportes estão
nos grandes centros de consumo, por
isso, temos centrais em Lisboa, no
Porto, na região dos vinhos do Porto,
em Lamego e no Algarve.
A empresa está aqui em Torres
Vedras mesmo por paixão, uma vez
que nasci aqui. Curiosamente, nem
sequer temos clientes nesta região.
Esta região tem, claramente, alguma indústria, tem muitas empresas de comércio e serviços e muita
agricultura que é a base da região 85% dos frescos nacionais saem daqui. É uma região muito trabalhadora, muito empreendedora e, por isso,
temos aqui várias empresas líderes
de setores. Esta zona foi considerada por muitos bancos como um case
study, devido precisamente ao empreendedorismo que há aqui.
Como surge o Grupo Paulo
Duarte?
Os transportes começaram em
1946 com o nome do meu pai, José
Paulo Duarte. Em 1967, viu-se obrigado a criar a empresa e, assim, nascem os Transportes Paulo Duarte. O
Grupo nasceu nos anos 90 com as
cerca de 14 empresas que temos em
vários ramos e vários setores.
Que tipo de veículos dispõem?
Nós somos a maior empresa de
cisternas nacional, porque temos
quase todo o tipo de cisternas. Temos
cisternas para químicos, combustíveis, gás, asfalto, fuel e alimentares.
Temos também muitos camiões frigoríficos que fazem a distribuição de
várias grandes superfícies nacionais
e a distribuição de carburantes para
a Cepsa, Repsol, Galp e Prio. Isto dá-nos uma diversidade de clientes que
nos conforta de alguma maneira, porque além de transportarmos muitos
bens de primeira necessidade, principalmente alimentação e combustíveis, temos também vários clientes. O nosso maior cliente representa
no máximo 12% daquilo que fazemos. Não estamos assentes num só
cliente.
Conseguimos ser competitivos
em relação às empresas transportadoras de outros países da União
europeia?
Nós somos competitivos em termos europeus. Temos uma dificuldade muito grande que são, cada vez
mais, as barreiras que nos colocam
para fazermos transportes. Por exemplo, o caso atual da Alemanha, onde
foram criadas barreiras muito difíceis de transpor. Os nossos motoristas têm que ganhar o mesmo que na
Alemanha e os nossos camiões não
podem ficar ao fim-de-semana em
França. Isto, na minha opinião, compromete a livre circulação de pessoas, bens e serviços. Isto acontece nos países pequenos, porque os
grandes países continuam a controlar tudo. Estamos no fim da Europa,
acabamos por estar longe da Europa. Basta fazer um pequeno exercício: há 10/12 anos viam-se centenas
de camiões com matrícula estrangeira a circular em Portugal, franceses,
holandeses, alemães, espanhóis. Eu
pergunto hoje quando é que se vê um
camião estrangeiro aqui em Portugal.
É muito raro. Isto quer dizer que nem
eles querem vir para cá, porque com a
crise portuguesa os preços desceram
de tal maneira que não compensa.
Temos combustíveis dos mais caros
da Europa, das autoestradas mais caras da Europa, uma carga fiscal muito
elevada e tudo isto constitui constrangimentos para a nossa atividade. A
contratação coletiva de trabalho nesta área também não ajuda.
(...) Os transportes começaram em 1946 com o nome
do meu pai, José Paulo Duarte. Em 1967, viu-se obrigado a criar a empresa e, assim,
nascem os Transportes Paulo
Duarte. O grupo nasceu nos
anos 90 com as cerca de 14
empresas que temos em vários
ramos e vários setores (...)
E os planos da União Europeia
para o desenvolvimento da ferrovia
não vão dificultar ainda mais este
cenário?
Há quase 30 anos que fui vice-presidente da ANTRAM e, já desde
essa altura, a União Europeia que-
José Paulo Duarte, Presidente do Grupo Paulo Duarte
ria limitar os transportes rodoviários.
Felizmente para nós, as ferrovias em
Portugal e em Espanha funcionam
muito mal. Para as empresas compradoras ou vendedoras o just in time
foi muito mais levado em conta. Hoje
temos a mercadoria em tempo real
num camião que é o seu próprio armazém, desde o fabricante até ao seu
destinatário e este tipo de serviço fez
com que a rodovia tenha crescido.
Não há nenhum meio de transporte
que consiga pôr no norte da Europa
a mercadoria porta-a-porta em dois
dias. Esta é uma vantagem real. Ninguém vai pôr uma mercadoria num
navio ou num comboio para chegar
duas semanas depois quando pode
ter a mercadoria entregue em dois
dias. Isto sem adicionar aqui o fator risco.
Se me disser que cada vez mais
vai haver dificuldade no transporte internacional, vai. Vão aparecer mais
alternativas, tem que haver mais navios ro-ro, mais multimodal em ferrovia, mas é preciso que isso tudo
venha a funcionar e que seja realmente uma alternativa. Sendo alternativa, nós podemos colocar um camião num navio e descarregamos o
camião na Alemanha. Gastamos menos gasóleo, tudo muito bom. É preciso é que isto funcione bem. Tem
havido imenso investimento da Co-
munidade Europeia nesta área, mas
ainda não se vê, na prática, e esta é
a realidade. Não tem havido grandes
alterações passados muitos milhões
de euros de investimento.
empresas a pagar impostos na Holanda. Isto, além de pouco ético, devia
ser proibido. Aumenta a disparidade
entre países pobres e ricos e não promove a competitividade.
E as limitações recentes que alguns países da União Europeia têm
imposto não constituem um entrave
à vossa atuação?
Também tem havido constrangimentos por parte de alguns países
membros comunitários que criam
medidas avulso para fazerem prevalecer os seus transportadores, porque
não querem concorrência dentro dos
seus países.
Em França, os nossos motoristas não podem fazer o descanso de
48 horas. Temos que sair de França
para o fazer. A cabotagem, transporte
dentro dos países, também foi limitada em França e na Alemanha. A Bélgica vai no mesmo caminho. A Alemanha introduziu portagens nas suas
autoestradas e inclusivamente, hoje,
todos os quilómetros feitos na Alemanha são pagos, o que é injusto, porque não é igual em todos os países
dentro da comunidade.
Eu sou muito crítico neste aspeto,
porque acho que não há uma Europa
solidária. Basta ver que nunca se fez
o caminho para uma harmonização
fiscal, por isso é que temos grandes
(...) Temos grandes empresas
a pagar impostos na Holanda.
Isto, além de pouco ético, devia ser proibido. Aumenta a
disparidade entre países pobres e ricos e não promove a
competitividade (...)
Há alguns anos decidiu investir
na produção de fruta. Como é que
surge esta atividade?
Eu estudei agronomia. É uma
paixão. O meu pai estranhou que eu
viesse estudar esta área para Lisboa,
uma vez que não tínhamos terras. Entretanto, tive a oportunidade de adquirir umas terras e produzir frutas.
Temos a Abrunhoeste, uma central fruteira, que exporta fruta e a sociedade agrícola Quinta do Malpique,
que explora as terras. Hoje somos um
grande produtor nacional de frutas.
Estamos com cerca de 200 hectares em produção de pera-rocha, maçãs, nectarinas, ameixas, pêssegos e
alperces.
O mercado nacional representa
10% da nossa faturação. É um negócio de paixão.
p.12 PELO MUNDO
22 DE JANEIRO DE 2016
CARLOS BRITO É CARTUNISTA EM FRANÇA
BÉLGICA
Português diz que liberdade Portugueses são a sétima nacionalidade
de expressão é ameaçada em Bruxelas
por interesses económicos
O desenhador de imprensa Carlos Brito, amigo de três cartunistas
assassinados no ataque ao Charlie
Hebdo de 7 de janeiro de 2015, disse à Lusa que a liberdade de expressão em França está “ameaçada muito mais pelos interesses económicos”
do que pelos “radicais islamitas”. “Eu
creio que a liberdade de expressão
está ameaçada muito mais pelos interesses económicos. Esses são os
verdadeiros inimigos da liberdade de
expressão, os outros são assassinos,
ponto final”, considerou o cartunista. Radicado em França desde 1963,
apontou que os jornais franceses estão “todos nas mãos de industriais,
vendedores de armamento e banqueiros”, sublinhando que o ‘Libération’ é detido pelo magnata das telecomunicações Patrick Drahi, o ‘Le
Monde’ pelo trio empresarial Bergé-Niel-Pigasse e o ‘Le Figaro’ pelo empresário na indústria de armamento
Serge Dassault, o que se traduz em
um “terrorismo civilizado” contra um
“terrorismo bárbaro”.
Um ano após o ataque ao Charlie
Hebdo, Carlos Brito considerou que
depois da vaga de solidariedade de
janeiro de 2015,”não mudou nada
no domínio do desenho” porque os
jornais estão “cada vez mais a fechar as suas páginas ao desenho”,
o qual se está a tornar num “objeto
de luxo nas redações”, apenas resistindo o ‘Charlie Hebdo’, o ‘Siné Mensuel’ e o ‘Le Canard Enchaîné’ - este
último “mais calmo há muitos, muitos anos”.
Nascido em Lisboa em 1943 e
colaborador durante 28 anos do jornal ‘Le Monde’ e durante 25 anos
do ‘Le Canard Enchaîné’, Carlos Brito perdeu três amigos no ataque ao
Charlie Hebdo: Cabu, Tignous e Honoré. Desde então, evita ir a encontros de desenhadores talvez pelo
receio de “chegar e não ver certas
pessoas que estava habituado a ver”.
Carlos Brito prefere olhar para a sua
biblioteca onde tem uma fotografia,
“com mais de 35 anos”, em que aparece ao lado dos desenhadores Plantu, Loup e “Cabu armado em pedreiro, a pôr o cimento em cima de um
bloco” durante “as primeiras pedras”
do Festival Internacional da Caricatura, do Desenho de Imprensa e do Humor de Saint-Just-le-Martel, “a 14
quilómetros de Limoges”, no centro
de França.
Um em cada três habitantes em
Bruxelas tem nacionalidade estrangeira e os portugueses são a sétima
nacionalidade mais representada,
segundo estatísticas publicadas pelas autoridades locais no relatório
‘Bruxelles-Europe en chiffres 2016’
(Bruxelas-Europa em números), e
divulgadas pela agência Lusa.
Esta publicação do Turismo de
Bruxelas, Comissão para a Europa
e Organizações Internacionais de
Bruxelas e Centro Cosmopolis de
Investigação Urbana informou que
a nacionalidade mais representada
na capital belga é a francesa, seguindo-se a marroquina, romena,
italiana, espanhola, polaca, portu-
guesa, búlgara, alemã e da República Democrática do Congo.
Os números mostram que a 1
de janeiro de 2015 havia 19.609
portugueses registados, o maior
número desde 2000 quando havia 15.802. Na estatística geral da
Bélgica, os portugueses são a oitava nacionalidade mais representada (42.793), depois de França,
Itália, Holanda, Marrocos, Polónia,
Roménia e Espanha. Em 9º e 10º
lugar, respetivamente, estão a Alemanha e a Turquia.
Na região flamenga do país, a
Flandres, a lista é encabeçada pelos holandeses, estando os portugueses em 10º lugar, com 13.245
pessoas, enquanto na Valónia (zona
francófona da Bélgica), os italianos
são os mais representados, estando Portugal no 7º lugar do ‘ranking’,
com 9.939 pessoas.
A presença de inúmeras nacionalidades faz de Bruxelas a segunda cidade europeia, depois de Londres, no uso de maior número de
línguas. Na capital belga há 104
línguas.
Já o estatuto de capital europeia, ao albergar 20 organizações da União Europeia e 42 organizações intergovernamentais,
fez surgir em Bruxelas, nos arredores, 29 escolas internacionais para
22.772 alunos.
Crónica da Bélgica
Livro celebra Bodas de Prata da
Pastelaria Garcia
ANTÓNIO FERNANDES
BRUXELAS
Foi apresentado o livro que descreve a vida e a obra/empresa do Rui Garcia, natural de Lavre,
Montemor-o-Novo, Alentejo. Aos 13 anos enveredou pela arte de padeiro e aos 22 emigrou, com
destino a Bruxelas. Depressa criou a sua casa, hoje um ponto de referência que ninguém quer
deixar de visitar. Conta já com 25 anos de existência.
Desde de 12 de janeiro de 1970
Há 46 anos a acompanhar os
portugueses onde eles estiverem
Era para ter sido na Embaixada de Portugal, mas devido ao nível
de segurança imposto pelo governo
Belga, teve que ser anulado! Foi, no
entanto, encontrado novo local, de
forma a assegurar a data. No dia 25
de novembro de 2015, na sede do
‘Elvas’, em Ixelles, foi apresentado
o livro que assinala os 25 anos da
‘Padaria Garcia’.
Estiveram presentes cerca de
quatro dezenas de pessoas, numa
manifestação de apreço pela edição do livro, mas também numa
atitude altiva de respeito e carinho
pelo Rui, que não escondia a sua
alegria, em noite tão emotiva. Deu-se início à esperada sessão orientada pela D. Cátia Candeias. Tomou
de imediato a palavra a presidente
da União de Freguesias de Lavre,
Ângela Oliveira, que veio expressamente participar na efeméride.
Realçou a juventude do Rui
Garcia e a sua ligação à terra que o
viu nascer. Manifestou ainda a sua
satisfação por este “filho de Lavre”
ter singrado na vida, apesar das dificuldades. Expressou-se, depois, o
Dr. João Marques, vereador da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, que também se deslocou para “estar com
o Rui, a família e muitos amigos”.
Soltaram-se palavras de incentivo e
admiração que a causa e momento
justificavam.
Chegou a vez dos autores do
livro se pronunciarem sobre a ini-
ciativa e consequente objetivo. Joaquim Pinto da Silva e Jorge Tavares da Silva, autores da narrativa,
sintetizaram o livro, num modo e
tom cativante, à mistura com algum bom humor.
Finalmente, o Rui, naquele jeito peculiar, teceu elogioso agradecimento aos autores, aos convidados e à comunidade portuguesa
em geral, atribuindo o seu sucesso
a todos os que quiseram ser seus
clientes. “Sem todos vós, nada disto poderia acontecer”, referiu.
Seguiu-se a sessão de autógrafos do livro e foi servido um porto
de honra.
Numa “noite muito emotiva”,
foram colocados em evidência os
atributos de uma grande família,
que soube conjugar esforços! Um
exemplo e um orgulho para a comunidade portuguesa na Bélgica e a
quem desejo profícuo trabalho, no
árduo caminho profissional, rumo
às Bodas de Pérola, nos 30 anos de
atividade. Já faltou mais…
PELO MUNDO
22 DE JANEIRO DE 2016
p.13
ANTÓNIO BASTO TINHA 51 ANOS E ERA EMIGRANTE EM FRANÇA
Ataque terrorista no Burkina
Faso tira a vida a cidadão
português
Um português morreu no ataque terrorista realizado em Ouagadougou,
capital do Burkina Faso, país do norte de África. António Basto, 51
anos, tinha viajado para aquele país, enviado pela empresa francesa
onde trabalhava. Casado com uma cidadã francesa, tinha quatro filhos.
António Basto, 51 anos, morreu
no passado dia 16, num atentado
reivindicado pela al-Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI). Era casado
com uma cidadã francesa e pai de
quatro filhos. O ataque foi realizado
à noite, por um comando ‘jihadista’,
contra o hotel ‘Splendid’ e o restaurante Capuccino, frequentados sobretudo por ocidentais em Ouagadougou, capital do Burkina Faso. O
cidadão português terá morrido no
Capuccino, juntamente com dois
colegas de trabalho.
À rádio ‘France Info’, uma filha
de António Basto contou que a sua
mãe tinha falado com o pai pela última vez no dia do atentado. “Por
isso ela sabia que ele estava no restaurante”, contou Angélique. “Fui eu
quem telefonou à minha mãe para
lhe dizer que se tinha passado qualquer coisa no Burkina Faso, num
restaurante chamado ‘Capuccino’”,
conta a filha de António Basto, que
vivia em Bosc-Hyons, na região da
Normandia.
Angélique disse ainda ter tido
“um pressentimento”. “Eu estava
convencida de que alguma coisa tinha acontecido. O meu pai não gosta de comida muito condimentada.
E sabendo que aquele era um restaurante onde muitos europeus iam
comer, dentro de nós, sabíamos que
ele estava lá“, revelou a jovem.
O jornal francês ‘Le Parisien’
publicou imagens dos três trabalhadores da empresa Scales, que
confirmou a morte dos homens.
“Confirmamos a morte dos nossos
colaboradores, os senhores Arnaud
Cazier e Eddie Touati, de nacionali-
“Resta-nos endereçar
as nossas mais sentidas
condolências à família
e, por outro lado,
manifestar a nossa total
disponibilidade”, disse
o Secretário de Estado
das Comunidades
Portuguesas, José Luís
Carneiro
À rádio ‘France Info’,
uma filha de António
Basto contou que a sua
mãe tinha falado com o
pai pela última vez no
dia do atentado. “Por
isso ela sabia que ele
estava no restaurante”,
contou Angélique.
dade francesa, e António de Oliveira
Basto, de nacionalidade portuguesa, que tinham viajado para o Burkina Faso por conta da nossa empresa”, esclareceu o responsável,
Thierry Costard.
BALANÇO INICIAL DE 29
MORTOS
No hotel onde se verificou o ataque estava um outro cidadão português, consultor da União Europeia,
que saiu ileso, revelou à Lusa uma
fonte da Secretaria de Estado das
Comunidades Portuguesas, salientando que esta informação foi recolhida pelos serviços consulares de
Portugal no Senegal. Um balanço
divulgado no dia a seguir ao atentado referia que 29 pessoas foram
mortas e 30 feridas no ataque.
Uma fonte próxima do procurador de Ouagadougou, citada pela
agência France-Presse, disse que
a maioria das vítimas é constituída por estrangeiros, tendo-se referido ainda à morte de cinco nacionais
do Burkina Faso. Foram necessárias
12 horas às forças da ordem para
assumirem o controlo da situação.
“CONDOLÊNCIAS” À FAMÍLIA
No dia 17, durante a sua deslocação oficial a França, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas manifestou em Paris, “as
sentidas condolências à família” do
cidadão português, emigrante em
França, morto no ataque terrorista
em Ouagadougou. “Resta-nos, naturalmente, endereçar as nossas
mais sentidas condolências à família e, por outro lado, manifestar a
nossa total disponibilidade, nomeadamente dos nossos serviços consulares, para que, em diálogo com
as autoridades francesas, possamos
garantir o acompanhamento em todas as diligências que há que fazer
para garantir a transladação do corpo e, ao mesmo tempo, para tratar de todas as matérias de natureza consular e administrativa”, disse
José Luís Carneiro à Lusa.
PUB
p.14
PELO MUNDO
22 DE JANEIRO DE 2016
ESTÁ RELACIONADO COM QUESTÕES DE IMIGRAÇÃO
Esquema com burla está a preocupar portugueses
no Canadá
Uma tentativa de burla relacionada com questões de imigração está a preocupar muitos portugueses no Canadá, revelou este
mês à agência Lusa uma funcionária de uma instituição de solidariedade social, em Toronto. “Já tivemos duas situações concretas com
utentes que foram ameaçadas por
telefone de deportação imediata se
não depositassem uma certa quantia de dinheiro numa conta, circunstância que as levou a entrar em pânico”, denunciou Marisa Gomes,
assistente social do Centro Abrigo.
A funcionária da organização sem
fins lucrativos confirmou que duas
das suas utentes, uma canadiana
nascida nas Filipinas e uma portuguesa residente no Canadá, foram
vítimas de um esquema de burla.
Os alegados ‘burlões’ solicita-
ram às vítimas por telefone que lhes
facultassem dados pessoais, como
o números de identificação bancária
e de segurança social ou o número
de contribuinte. “O (alegado) ‘burlão’
que contactava as pessoas dava-lhes
a informação exata do seu processo que se encontra no ministério da
Cidadania, Refugiados e Imigração
do Canadá, ou seja, o que levava as
pessoas a acreditarem e a entrarem
em pânico, ficando bastante nervosas, pois se não efetuassem um determinado pagamento por via correio
postal eram deportadas definitivamente”, acrescentou Marisa Gomes.
Uma utente do Centro Abrigo estava mesmo “pronta para depositar
2.360 dólares canadianos (1.550
euros)”, mas entretanto contactou a instituição e foi aconselhada
a não o fazer. O vale postal com o
dinheiro tinha como destino o estado do Tennessee (sudeste dos Estados Unidos).
Os visados no esquema recebem
chamadas telefónicas com números
com o indicativo da capital do Canadá, Otava, num curto espaço de cinco em cinco minutos, muitas delas
efetuadas até às três ou quatro da
manhã. Marisa Gomes revelou que
uma das utentes do Centro Abrigo,
há cerca de um ano, utilizou aquele
serviço para proceder ao registo de
um requerimento da cidadania canadiana, processo efetuado diretamente na página da internet do ministério de Cidadania, Refugiados e
Imigração do Canadá (IRCC, sigla
em inglês).
O Centro Abrigo, em Toronto, está em atividade há 25 anos.
É uma instituição sem fins lucratiPUB
vos e tem como objetivo a integração dos recém-chegados ao Canadá,
consciencializando a comunidade das problemáticas de cariz social, nomeadamente o apoio aos jovens, idosos e às vítimas de violência
doméstica.
O ministério da Cidadania e Refugiados do Canadá confirmou através de um e-mail, enviado à agência Lusa, que ao longo dos últimos
seis meses recebeu “um número
crescente de denúncias” um pouco
por todo o Canadá relacionadas com
um “esquema de fraude”, através de
chamadas telefónicas com pessoas
que se identificam como funcionários do IRCC. “Em alguns casos, o
nome do departamento de imigração
aparece no ecrã do telefone da pessoa que está a efetuar a chamada”,
sublinhou Remi Lariviere, do gabi-
nete do comunicação do IRCC. Segundo a porta-voz daquela entidade
governamental, assim que o ministério teve conhecimento destes casos “foi publicada no site oficial do
IRCC uma nota a alertar para toda
aquela situação”.
O Governo do Canadá “leva muito sério qualquer tipo de fraude” e,
nestes casos, aconselha as agências
associadas à imigração “a tomarem
as medidas necessárias”. “Quem receber algum telefonema suspeito,
deve desligar imediatamente e entrar
em contato com as agências das forças de segurança e denunciar o caso
imediatamente ao Centro Canadiano
Anti-Fraude”, frisou na nota. No site
do ministério da Cidadania, Refugiados e Imigração (www.cic.gc.ca), estão disponibilizadas algumas ideias
para evitar este esquema.
MALÁSIA
Grupos folclóricos querem manter
viva a herança portuguesa
São músicas de origem portuguesa, mas cantadas no crioulo português de Malaca, cidade da Malásia. ‘Maliao, maliao’ e ‘Ti Anika’ têm
elevado o nome dos grupos folclóricos dos lusodescendentes na Malásia, mas raramente são associadas a
Portugal. O nome do grupo «1511 O
Maliao Malaio Dance Troupe» faz referência ao ano em que os portugueses tomaram Malaca, mas, segundo
o responsável do rancho, Gerard da
Costa, o público raramente faz essa
associação. “Somos como embaixadores de Portugal de graça”, afirmou
à agência Lusa, Gerard de Costa, que
dança desde os onze anos.
Deparando-se com a falta de espetáculos para a festa do São Pedro
do ano passado, Gerard e a esposa,
Anne de Mello, decidiram formar um
grupo e fizeram a sua primeira atuação apenas após “cinco dias de treino”. No reportório dos ranchos dos
lusodescendentes há várias músicas
que lembram Portugal, como o ‘Maliao, maliao’, mas há também muitas canções criadas por habitantes
locais. A diferença entre os grupos
de folclore da comunidade reside no
estilo de dança, com alguns mais
aportuguesados, outros mais originais, mas todos se unem no derradeiro propósito de defender o seu
Portugal singular, nascido e criado
em Malaca.
Já Dominic Hendricks e a mu-
lher, Marina Damker, formaram o
conjunto de 20 pessoas em 2006 e
hoje em dia procuram músicas portuguesas no site Youtube para juntar
ao reportório de músicas locais. Os
ensaios do «DomMarina», onde não
faltam palavras em português, são liderados pelo octogenário Noel Felix.
Jeremiah Hendricks quer continuar o grupo iniciado pelos pais,
porque estas manifestações culturais são parte da sua identidade enquanto “português” de Malaca. “Um,
dois, três, anda”, diz uma das crianças durante o ensaio do grupo de
dança «Troupa de Santa Maria», iniciado por Sara Frederica Santa Maria no início deste ano, para “passar
a cultura para as crianças.”
Por seu lado, Alvin Fletcher considera difícil envolver os jovens na
música tradicional, por isso, há um
mês iniciou aulas de música com um
grupo de oito a nove alunos. Dentro
de um ano, espera poder iniciar um
grupo de batucada, por considerar o
estilo apelativo para a geração mais
nova. A comunidade de lusodescendentes de Malaca, que reúne cerca
de mil pessoas num bairro perto do
centro de Malaca, embora tenha elementos espalhados por outros pontos do globo, tem-se mantido fiel à
herança portuguesa que os seus antepassados receberam há 500 anos,
quando Afonso de Albuquerque conquistou a cidade.
CULTURA
22 DE JANEIRO DE 2016
p.15
PRIMEIRAS EDIÇÕES DE ‘OS LUSÍADAS’, DAS ‘RIMAS’ E DO ‘TEATRO’
Gulbenkian exibe os
livros camonianos de
D. Manuel II
Fotos: Fundação Gulbenkian/Márcia Lessa
A Fundação Calouste Gulbenkian exibe até
15 de fevereiro, uma coleção de livros sobre
Luís de Camões, datados do século XVI até
à década de 30 do século XX. Os livros integram
a coleção de D. Manuel II, reunida ao longo do
seu exílio em Inglaterra.
«D. Manuel II e os Livros de Camões» é o tema da exposição que
pode ser visitada na sede da fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, até 15 de fevereiro.
Concebida artisticamente pelo
arquiteto Mariano Piçarra, e dispersa por três núcleos, a mostra inclui
para além dos livros, uma escolha
de retratos de Luís de Camões, “provenientes de vários museus e instituições”, e um conjunto de fotografias e objetos “relativos ao Rei que
constituiu a colecção”, como explica José Augusto Bernardes, que
comissaria a exposição juntamente com Raquel Henriques da Silva.
A mostra dá a conhecer obras
adquiridas pelo último rei de Portugal, D. Manuel II (1889-1932), e
que há décadas não saíam do Paço
Ducal de Vila Viçosa. Esta oportunidade rara resulta de uma colaboração entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Casa
de Bragança.
Assim, na Gulbenkian podem
ser vistos, entre outros exemplares,
as primeiras edições de ‘Os Lusíadas’, das ‘Rimas’ e do ‘Teatro’ “e
ainda exemplares de edições que,
por um motivo ou por outro, haveriam de ficar famosas”.
“Refiram-se, a título de exemplo, a pequena mas curiosíssima edição “...dos piscos” (1584)
ou realizações de grande aparato
como ‘Os Lusíadas’, publicados em
Paris pelo Morgado de Mateus, no
ano de 1817”, explica José Augusto Bernardes.
“A exposição que agora tem lugar pretende reconstituir a fortuna
editorial daquele que é ainda, sem
dúvida, não apenas o autor de Língua Portuguesa mais lido e estudado, como também aquele que mais
impacto tem tido na criação literária
e artística de todas as épocas e na
sensibilidade das diferentes comunidades políticas que se exprimem
em português. São esses mesmos
testemunhos de sensibilidade pessoal e coletiva, maioritaria­
mente
reunidos por um Rei patriota, que
agora se mostram”, destaca ainda
José Augusto Cardoso Bernardes na
apresentação da exposição feita na
página da Gulbenkian na internet.
Já Marcelo Rebelo de Sousa,
presidente da Fundação Casa de
Bragança, considera que esta é
uma exposição “singular”, acima de
tudo, “pelo amor nacional e pela visão de D. Manuel II, sem cujo persistente espírito de colecionador e
de estudioso, Portugal e os portugueses nunca teriam podido beneficiar de uma biblioteca tão rica e
tão ilustrativa de tempos memoráveis da sua História Pátria”.
Para além da exposição, têm
ocorrido debates temáticos, que
são realizados no auditório 3 da
Fundação.
A 28 de janeiro, a partir das
D. MANUEL II E OS LIVROS DE CAMÕES
Fundação Calouste Gulbenkian
Galeria de Exposições
Av. de Berna, 45 - Lisboa
Em exposição até 15 fev 2016 Visitas das 10h às 18h
O espaço encerra às terças
18h, vai debater-se “Camões na
Escola de Portugal: uma presença
sem faltas”, por Rui Afonso Mateus
(moderador) e Maria Ana Ramo. O
último debate acontece a 11 de fe-
vereiro, à mesma hora do anterior,
centrado no tema «Os rostos de Camões” e conduzido por Vítor Serrão.
Nos dias dos debates temáticos,
haverá visitas especiais à exposi-
ção, asseguradas pelos comissários, pelo arquiteto Mariano Piçarra
e pelos membros da equipa de camonistas que participa no projeto.
Ana Grácio Pinto
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p.16 PORTUGUESES NO MUNDO
22 DE JANEIRO DE 2016
PRÉMIOS DISTINGUEM OS MELHORES PROFISSIONAIS DE VÁRIAS CATEGORIAS
João Dias Hipólito está
à frente do Ferreira Café,
considerado um dos
melhores restaurantes
de comida portuguesa
fora de Portugal
Chef João Dias Hipólito foi
nomeado para os Notable
Awards 2015 no Canadá
O ‘Chef’ português João Dias
Hipólito foi nomeado para os Notable Awards 2015 na categoria
de melhor ‘Chef’ da região do Quebec, Canadá. João Dias Hipólito
está à frente do Ferreira Café, considerado um dos melhores restaurantes de comida portuguesa fora
de Portugal, propriedade do empresário Carlos Ferreira.
“Ser reconhecido é para mim
muito gratificante, pois confirma
a minha paixão perante o olhar e
paladar de todos os amantes de
boa cozinha. A minha preocupação é colocar o máximo de Portugal no vosso prato e fazer-vos
sentir no nosso país. Por isso, já
sabem, venham ao Ferreira, venham experimentar”, afirmou o
‘Chef’ português numa nota divulgada à imprensa.
Aberto desde abril de 1996
em Montreal, o Ferreira Café é um
ícone da gastronomia portuguesa,
com destaque ainda para os vinhos nacionais.
João Dias começou por trabalhar na área em Portugal, tendo
passado por restaurantes como a
Casa da Dizima, em Paço de Arcos, o restaurante da Quinta de
Catralvos, como braço direito do
‘Chef’ Luís Baena, o Terraço do
Hotel Tivoli, o Manifesto e, por
fim, como ‘Chef’ Executivo em
dois hotéis, na Serra da Estrela.
Estando à procura de novos desafios e experiências fora da hotelaria, conheceu o empresário Carlos
Ferreira, que, em 2013, acabou
por lhe dar a oportunidade de ser
‘Chef’ no seu Ferreira Café, em
Montreal, Canadá.
As votações para os Notable
Awards estão a decorrer até 28 de
janeiro, às 10 da manhã, e podem
ser feitas em http://notableawards.
com/categories/chef. Depois, é só
selecionar ‘Região Quebec’ e escolher o ‘Chef’ João Dias.
OBRA VAI A LEILÃO EM NOVA IORQUE NO DIA 28 DE JANEIRO
Emigrante apela à compra de quadro de Josefa de Óbidos
O galerista Filipe Mendes, que
adquiriu uma tela da pintora Josefa de Óbidos, para doar ao Museu
do Louvre, está a apelar a museus
portugueses para comprarem outro
quadro da artista, que vai a leilão
em Nova Iorque. Filipe Mendes, que
vive em Paris, disse à agência Lusa
que ‘A Sagrada Família com São
João Batista, Santa Isabel e Anjos’,
Desde de 12 de janeiro de 1970
O que nos vai trazer o novo ano
2016?
de 1678, que a Sotheby’s leva a leilão a 28 de janeiro, é a obra que
formaria par com ‘Maria Madalena
confortada pelos Anjos’, que arrematou, há quase um ano, também
na Sotheby’s, por 269 mil dólares
(238.615 euros).
“Tenho contactado museus portugueses para comprarem o quadro. Quando comprei o meu, não
sabia que havia outro. Sabendo que
o meu vai entrar no Louvre, então
os portugueses não vão comprar o
seu par? A obra tem de entrar no
património português e, quando há
um quadro tão importante, é indispensável comprá-lo para o mostrar
aos portugueses e ao mundo”, justificou o galerista. ‘A Sagrada Família
com São João Batista, Santa Isabel
e Anjos’ tem um valor estimado entre 200 mil a 300 mil dólares (de
perto de 183 mil euros a cerca de
274 mil euros) e Filipe Mendes acredita que a obra poderá vir a interessar ao Louvre, mais tarde, já que
‘Maria Madalena confortada pelos
Anjos’ poderá entrar, “em princípios
de março” no museu parisiense.
A pintura, adquirida pelo emigrante português em Paris, esteve
em exposição no Museu da Misericórdia do Porto até 20 de janeiro,
depois de ter estado em destaque
na exposição «Josefa de Óbidos e
a Invenção do Barroco Português»,
no Museu Nacional de Arte Antiga,
em Lisboa, de 16 de maio a 20 de
setembro de 2015.
UM APAIXONADO POR
JOSEFA DE ÓBIDOS
Filipe Mendes, de 39 anos, é um
apaixonado pela obra de Josefa de
Óbidos (1630-1684), a única pintora profissional em Portugal no século XVII, cujo estilo impulsionou o
movimento Barroco português.
O galerista tem como “sonho”
a abertura de “uma sala de pintura portuguesa no Louvre, a primeira grande sala fora de Portugal no
maior museu do mundo”. Mas, para
já, promete contentar-se com a exposição do quadro de Josefa de Óbidos, na sala de pintura espanhola,
ao lado de uma natureza morta do
pai da artista, Baltazar Gomes Figueira (1604-1674), e outra de
Domingos Sequeira (1768-1837),
“Alegorie da fundação da Casa Pia
de Belem”, que, até agora, não estava patente ao público.
Filipe Mendes quer, ainda, mobilizar os emigrantes para a divulgação da arte portuguesa e está a
trabalhar na criação de uma “associação para a valorização da arte
portuguesa no mundo”, para restaurar e divulgar obras que estejam
fora de Portugal. O galerista tem
também como “projeto a preparação de uma exposição sobre pintura portuguesa e quer, ainda, mobilizar a comunidade portuguesa em
França para a campanha de angariação de fundos do Museu Nacional de Arte Antiga, para a compra da
tela ‘A Adoração dos Magos’, de Domingos António Sequeira - em curso
no museu e em sequeira.publico.pt
e patrocinar.publico.pt.
p.17 COISAS DO VINHO
22 DE JANEIRO DE 2016
Vinhos & Gastronomia
Tintos
elegantes e
robustos
Os maravilhosos tintos que podem ir
da forte robustez até à mais
harmoniosa elegância, consoante as
castas e também o “terroir” que exprime
a suprema arte vínica do “saber fazer”.
TINTOS ROBUSTOS
Características: O vale do Douro é propício a criar este estilo de vinho. Normalmente de
taninos bem presentes nos primeiros anos após a colheita, os vinhos de topo do Douro têm
o seu próprio estilo, elegância e normalmente uma grande complexidade de sabores fruto da
mistura de várias castas. Estes vinhos envelhecem bem: com o tempo os taninos tornam-se
mais suaves e a fruta mais madura. Quanto mais alto o preço, mais deverão evoluir com a
idade - mas por vezes, isto é apenas um lugar-comum.
Trás-os-Montes é a região vitícola a norte do Douro, igualmente montanhosa, com as
mesmas castas plantadas e também a produzir tintos robustos. A Bairrada também produz
tintos robustos. Em boas colheitas, os tintos produzidos a partir da casta Baga apresentam
bom corpo, elevada acidez e taninos que com o envelhecimento ganham sabores mais suaves e complexos, originando um vinho de grande singularidade.
Quando e como beber: Os tintos robustos dão-se bem no Verão com caça e carnes. Os
taninos dos vinhos jovens robustos parecem combinar melhor com carnes estufadas, especialmente quando o vinho tinto faz parte da lista de ingredientes. Tanto os vinhos do Douro,
Trás-os-Montes e Bairrada (da casta Baga) são bons pares para certos queijos. Ambos são
surpreendentemente deliciosos com queijos de cabra.
TINTOS ELEGANTES
Características: A altitude elevada, os solos graníticos, o clima frio e as maturações longas
são as principais características da região do Dão, responsável por gerar uma grande quantidade de vinhos tintos elegantes. A Touriga Nacional é misturada com Tinta Roriz, Alfrocheiro,
Jaen e outras castas, para produzir vinhos intensos no sabor, perfumados, ácidos e equilibrados. Os tintos de Palmela, na Península de Setúbal, também podem ser elegantes, quando
feitos a partir da casta Castelão, que é uma casta difícil em outras regiões, mas que encontra
a sua plenitude nos solos arenosos da Península de Setúbal, onde amadurece na perfeição.
Quando e como beber: Estes são vinhos muito versáteis. Podem ser consumidos durante
todo o ano e harmonizam na perfeição com uma grande variedade de comida, desde aves,
carnes vermelhas e queijos.
Principais castas a ter em atenção
Como servir estes vinhos
BAGA
Esta é uma casta tinta predominante da
Bairrada, sendo também cultivada no
Dão, Estremadura e em algumas zonas do
Ribatejo. É uma casta de elevada produção,
com cachos de bagos pequenos e de maturação tardia. Em solos argilosos e com boa exposição solar, a Baga consegue amadurecer
convenientemente e produzir vinhos muito
escuros, concentrados de aroma e que podem
envelhecer em garrafa durante muitos anos.
TEMPERATURA
Como sempre mesmo quando estamos
em frente a um vinho espetacular, a forma de o servir determina tudo.
CASTELÃO
É uma das castas tintas mais cultivadas no
sul do país e particularmente na zona da
Península de Setúbal. A Castelão desenvolve-se melhor em climas quentes e solos arenosos e secos e os vinhos produzidos com esta
casta são concentrados, aromáticos (framboesa e groselha) e com boas condições para
envelhecer. A região da Península de Setúbal
produz os melhores vinhos desta casta.
Os vinhos tintos novos têm muita frescura e fruta. Ficam melhor quando bebidos
a uma temperatura de cave que se situa
entre os 9 e os 12 graus.
Quanto aos vinhos tintos de garrafeira,
tem-se recomendado servir estes vinhos
à temperatura ambiente entre os 16 e
os 18 graus Celsius. Contudo se estivermos em pleno Verão ou numa sala muito
aquecida, esta recomendação não pode
ser tomada à letra.
Relativamente aos grandes vinhos tintos, devem ainda ser decantados 1 hora
antes do serviço e ser servido entre 17
e 19 graus em decanter apropriado para
o efeito.
p.18
CARTAS DOS LEITORES
em@il
22 DE JANEIRO DE 2016
Alugar um apartamento para férias
ARMANDO SIMÕES MATOS - BÉLGICA
MARIA NAZARÉ - ALEMANHA
O batizado do neto
do nosso assinante
Antes de mais desejo de todo o coração
um bom ano de 2016 para toda a equipa
deste jornal.
Tenho muita simpatia pelo vosso trabalho e pelo carinho que se sente, dedicado
aos leitores.
Seria possível informarem-me em relação ao aluguer de um apartamento para férias, tendo em conta que o mesmo já está
instalado há vários anos e até hoje só tem
servido para a família. Se tenho que dar a
conhecer ao serviço das finanças, logo no
início, se alugar o apartamento. Quais são
as tabelas a pagar no final do ano.
Como deduzir encargos e gastos com o
imóvel, ou seja, tudo o que seja útil para
um aluguer dentro da lei, pagando o que me
compete e deduzindo o que posso deduzir.
Alugar casas sem registo a turistas pode
levar a coimas de quase quatro mil euros. A
lei prevê registo online dos imóveis alugados
temporariamente. Donos das casas têm de
se coletar nas Finanças como prestadores de
serviços de alojamento.
Quem alugar uma casa de férias sem
qualquer registo prévio na câmara municipal
arrisca-se a pagar uma coima que pode ir até
aos 3740,98 euros. A nova lei do alojamento local, publicada em Diário da República,
abrange todas as casas e apartamentos alugados temporariamente a turistas, não só por
particulares, mas também por empresas. O
diploma autonomiza este tipo de alojamento,
até agora regulado pela portaria 517/2008.
Qualquer imóvel divulgado na internet
para este fim está abrangido pelo decreto-lei. Esta atividade é enquadrada a nível fiscal como uma “prestação de serviços de alojamento”, ou seja, quem quer alugar uma
casa tem de ter esta atividade aberta nas
Finanças.
Tudo começa com um registo online. É
preciso fazer uma comunicação prévia à câmara municipal através do Balcão Único Eletrónico. Depois de submetido o pedido, cada
imóvel passa a ter um número que é enviado de forma automática para o Turismo de
Portugal. Esta entidade faz chegar a informação, a cada seis meses, à Autoridade Tributária. Sem este registo (gratuito) não é possível explorar estabelecimentos de alojamento
local. São pedidos vários dados: desde a autorização de utilização do imóvel, até a informações pessoais de quem explora (nome,
número de identificação fiscal e morada).
Também é preciso enviar um termo de responsabilidade, “assegurando a idoneidade
do edifício ou a sua fração autónoma para a
prestação de serviços de alojamento”, cópias
da caderneta predial urbana (quando o pedido é feito por alguém que é dono da casa)
ou do contrato de arrendamento e dar conta
da capacidade da casa ou a data pretendida
de abertura ao público. Quem quiser alugar
uma casa tem de manter os dados atualizados sob pena de ter de pagar coimas.
O Balcão Único Electrónico emitirá, depois, um documento, o “único título válido de
abertura ao público”. As câmaras municipais
podem fazer vistorias às casas, tal como o Turismo de Portugal.
As moradias com capacidade de dez turistas têm de cumprir requisitos de segurança, nomeadamente ter “extintor e manta de
incêndios acessíveis aos utilizadores”, equipamento de pequenos socorros e a indicação do “número de emergência médica” em
local visível.
Quem não cumprir as regras e não registar as casas que aluga a turistas pode ter de
desembolsar entre 2500 a 3740,98 euros,
no caso dos particulares. Se forem empresas,
os valores situam-se entre os 25 mil e os 35
mil euros. A fiscalização está nas mãos da
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e da Autoridade Tributária.
O aluguer de casas particulares a turistas
tem crescido de forma exponencial nos últimos anos. De acordo com o Guia Fiscal 2015
da Deco, os senhorios podem deduzir, por
cada imóvel arrendado, despesas comprovadas e suportadas durante o ano transato,
como: pinturas interiores e exteriores, reparação ou substituição do sistema de canalização elétrico; energia e manutenção dos elevadores; energia para iluminação, aquecimento
ou climatização central; gastos com porteiros
e limpeza; prémios de seguro de prédios e taxas autárquicas, como saneamento e esgotos; segurança do imóvel; imposto municipal
sobre imóveis. No caso do arrendamento de
apartamentos em prédios que paguem condomínio, os senhorios podem também deduzir os encargos com a sua manutenção, como
o seguro de incêndio ou as quotas do condomínio. As rendas recebidas e as despesas
suportadas devem ser declaradas no quadro
4 do anexo F. Por oposição, existem algumas
despesas que não poderão ser declaradas,
nomeadamente: obras de construção que alterem a estrutura do imóvel, compra de mobiliário, custos com a certificação energética,
instalação de ar condicionado e obras de valorização, como a instalação de um sistema
de rega automática no jardim.
Os rendimentos prediais são tributados
autonomamente à taxa de 28%.
Armando Simões de Matos é assinante e
assíduo leitor deste jornal que o ajuda a “matar saudades “ de Portugal e a estar informado. Nasceu há 65 anos em Mortágua, na Beira Alta, e emigrou há 40 anos para Bruxelas,
na Bélgica. Hoje, reformado, desempenha a
profissão de motorista. É casado com uma cidadã belga, Françoise Gaye, que já fala a língua de Camões e adora Portugal. O casal veio
até Lisboa para ver o jogo do seu ‘Glorioso’ e,
como não podia deixar de ser, visitar a redação
do seu companheiro semanal há 10 anos, o
jornal «Mundo Português». Aproveitou a visita, que nos deixa sempre agradecidos, para de
igual modo deixar esta fotografia que regista o
momento do batizado do seu neto Samuel, de
9 meses, filho de Morgan e de Aubrey, uma
luso descendente de 3ª geração com ‘costela’
belga, já que é filha de casamento misto (português/belga). A bonita cerimónia teve lugar
no dia 6 de dezembro, na igreja de Wemmel.
Na foto estão os irmãos do pequeno Samuel,
Joaquim e Noémia. Da nossa parte deixamos
os votos das maiores felicidades para esta família. Cá esperamos sempre uma visita dos
nossos leitores, que gostamos de receber na
nossa redação, de braços abertos.
CARTAXO FONSECA - LONDRES
Ser fiador!
Carta por pontos já entrou em vigor?
ANTÓNIO FERREIRA - FRANÇA
Podiam dar-me informações sobre o que
é ser fiador e problemas que nos pode trazer!
Sou daqueles emigrantes que andam cá
e lá e tenho carta de condução portuguesa
que uso mais em Portugal, dado raramente conduzir em França. Sei que ia entrar em
Portugal a exemplo de França a “carta por
pontos” onde são registadas as infrações no
cadastro do condutor. Podiam explicar como
vai funcionar?
O fiador é aquele que assume perante um
credor o pagamento de uma determinada dívida, em caso de incumprimento por parte
do devedor. Assim, quando aquele que contraiu a dívida não tem condições de cumprir
o pagamento, a responsabilidade do fiador
é ativada e, por conseguinte, pode o credor
exigir o pagamento ao fiador. Compreende-se que o fiador não contraiu o empréstimo,
muito menos usufruiu do dinheiro em causa,
mas assumiu a responsabilidade de o pagar.
Por isso, caso o devedor não cumpra com o
pagamento do crédito, o fiador é chamado à
responsabilidade de o fazer por ele. E este é o efetivo risco de assinar na qualidade de fiador. A carta por pontos vai entrar em vigor a 1
de junho de 2016. Assim, todos os condutores começam com 12 pontos, mas quem ainda tiver processos a decorrer será penalizado
pelas novas regras. Segundo a TSF, o parecer
do Conselho Superior do Ministério Público
foi “contrário à ideia de uma amnistia” sendo, por isso, “possível existirem apreensões
de cartas ou outros castigos” para quem tiver processos em avaliação. O novo sistema aprovado em Conselho de Ministros prevê que todos começam com 12 pontos que
se perdem da seguinte forma: 2 pontos por
contra-ordenação grave e 3 por uma infração muito grave.
O consumo de álcool acima do permitido
por lei é mais penalizado: 3 pontos para as
contra-ordenações graves e 5 para as muito graves.
Se em 3 anos o condutor não tiver infrações ganha 3 pontos extra - o máximo permitido é de 15 pontos.
Caso perca 8 pontos será obrigado a assistir a uma ação de formação e a suportar
os custos. Se forem 10 os pontos perdidos
o condutor é obrigado a fazer novo exame
teórico. Quem faltar a uma ação de formação ou ao exame teórico perde os 12 pontos e a carta.
Segundo João Almeida, a carta por pontos vai ser aplicável às infrações rodoviárias
cometidas após a entrada em vigor da lei e
as infrações cometidas antes de 1 de junho
de 2016 continuam a ser punidas ao abrigo
do atual regime.
A partir de 1 de junho de 2016, todos os
automobilistas portugueses vão estar abrangidos pelo novo regime e começam do zero,
sendo-lhes atribuídos 12 pontos.
O QUE DIZEM DO
SISAB PORTUGAL
(...) O SISAB PORTUGAL, é para mim uma montra muito
importante daquilo que é a indústria de alimentação e
bebidas portuguesa e, portanto, uma ferramenta muito
importante de construção de imagem e contacto para as
marcas que se querem projetar internacionalmente (...)
JOÃO GOMES DA SILVA
ADMINISTRADOR DA SOGRAPE VINHOS PARA A ÁREA DO MARKETING E VENDAS
(...) O SISAB PORTUGAL foi uma aposta ganha, e vamos
estar na próxima edição, onde contamos receber os clientes
internacionais que nos procuram ou que querem conhecer os
nossos produtos e estabelecer parcerias de negócio.
A nossa aposta é crescer mais na exportação já que a
Beira Lamego tem qualidade, capacidade de produção e
garantia de fornecimento (...)
(...) Foi em 2008 que iniciámos a nossa
participação no SISAB PORTUGAL. Temos tido
muito boas experiências e neste momento o
SISAB PORTUGAL é “a feira” em Portugal (...)
NUNO JERÓNIMO
DIRETOR GERAL DA FRITOFORNO
BEIRA LAMEGO
(...) O SISAB PORTUGAL é a melhor feira agroalimentar que se realiza em Portugal sem qualquer
tipo de dúvida. Existem outras feiras mas que não
têm o mesmo impacto pois são abertas a qualquer
pessoa, qualquer pessoa entra, são muito genéricas,
existem muitos produtos diferentes, não estão bem
direccionadas. O SISB PORTUGAL é uma feira
muito interessante (...)
RAFAEL ABREU
RESPONSÁVEL COMERCIAL DA «CEVADAS»
(...) O SISAB PORTUGAL é uma feira muito bem organizada.
O seu sucesso e crescimento fala por si, e nós só nos
associamos ao SISAB PORTUGAL, talvez há 6 ou 7 anos.
Desde essa altura temos vindo a ter uma presença assídua
no certame. Portugal precisa de exportações e o SISAB
PORTUGAL lidera claramente as feiras de exportação
de produtos nacionais e isso é de extrema importância.
Precisamos do SISAB PORTUGAL todos os anos (...)
BERNARDO ALVES
ADMINISTRADOR DA ADEGA MÃE
1996
2.ª EDIÇÃO
Participantes
exigiram
um SISAB
PORTUGAL
realizado
anualmente
O SISAB PORTUGAL
SEMPRE SOUBE...
Já nesta edição se discutiu sobre os
entraves e excesso de burocracia
que dificultava as exportações.
O SISAB PORTUGAL era neste
aspeto a grande “pedrada no
charco”
Mais de vinte anos depois,
continuamos a ouvir estas queixas
por parte das empresas que
precisam de um poder político mais
ágil e colaborante...
Com boa disposição, espírito de camaradagem e amizade se fazem os
negócios no SISAB PORTUGAL. Sempre foi assim!
As empresas expunham os produtos que tinham especificamente para
a exportação...
Trocavam-se cartões, conhecimentos. Eram os preparativos de muitos
negócios
...E os empresários trocavam opiniões e informação sobre embalagens,
transporte e packaging
No ano seguinte ainda se ouviam os ecos do sucesso e
originalidade do evento quando o Hotel Penta acolhia a
realização da segunda edição.
Um pouco mais cedo de 7 a 9 de Outubro e com um
número maior de participantes, esta edição introduzia
primeira e importante inovação da história de 20 anos
do SISAB PORTUGAL.
Os importadores vindos do estrangeiro tiveram
oportunidade de degustar os produtos portugueses
que lhe eram oferecidos. Foi um passo decisivo nesta
importante cruzada pela qualidade do produzido em
Portugal, criando assim a oportunidade para que pela
primeira vez também acontecessem negócios firmes
entre os participantes presentes.
Para além disto debateu-se sobre a cooperação entre
empresas portuguesas e os empresários portugueses
espalhados pelo mundo. A burocracia e os entraves à
exportação foram outros temas também abordados,
assim como as grandes novidades que estavam a surgir
no sector, como o caso dos produtos alimentares com
Denominação de Origem.
Foi também nesta edição que nasceu um dos mais
importantes momentos do SISAB PORTUGAL, a
apresentação individual dos participantes por país.
O secretário de Estado da Competitividade, Fernando
Freire de Sousa, participou nesta edição em
representação do ministro da Economia, viria a destacar
o sector agro-alimentar como sendo vital para a
economia portuguesa. Também o secretário de Estado
do Agro-Alimentar, Cardoso Leal considerou o congresso
uma ideia muito positiva, destacando as oportunidades
de negócio proporcionadas por este evento.
Foi nesta edição que os participantes institucionalizaram
a realização anual do evento e onde, pela primeira
vez também se falou na participação de empresas
estrangeiras.
As empresas cientes da importância do SISAB PORTUGAL começavam
cada vez mais a investir em marketing e imagem
Mesa da sessão de
abertura da segunda
edição do SISAB
PORTUGAL
1996
RUI NABEIRO e a sua DELTA CAFÉS uma presença desde a primeira
hora que se tornou habitual
Ainda em exposição linear, os produtos portugueses já começavam a
despertar muito curiosidade aos compradores internacionais
p.22
EMPRESAS & MERCADOS
22 DE JANEIRO DE 2016
ALBERTINO NUNES |PRESIDENTE DA ADEGA COOPERATIVA DO FUNDÃO
Uma aposta forte na internacionalização dos vinhos
Fundão em que a exportação já representa 30% do v
A iniciativa de 30 viticultores da região da Cova da Beira em
se constituir em cooperativa data de 1949, já lá vão 65 anos.
Presentemente, a cooperativa conta com mil associados que
se distribuem pelos concelhos de Penamacor, Fundão, Castelo
Branco, Idanha a Nova, Proença a Nova e Proença a Velha, ou
seja, todos os concelhos do distrito de Castelo Branco, exceto
Covilhã e Belmonte. Com as suas uvas distribuídas por mais de
1500 hectares, em média, produzem 4 milhões de kg de uvas
que, depois da vinificação, dão excelentes e premiados vinhos.
Albertino Nunes é o presidente desta adega, com vários mandatos, estando neste último desde 2005 e conta já com mais anos de
residência na cidade do Fundão que do seu
concelho de Tomar onde nasceu. Na Adega,
como refere em lugares de direção, “já cá
ando desde 1992”. Viticultor e tendo cursado
até ao 3º ano de engenharia técnica e civil,
em Lisboa, trabalhando de dia como carpinteiro e estudando de noite, com largos anos
de experiência na Adega, fala da mesma e
regista a sua evolução que se mistura com a
própria história do Fundão.
Quando aqui chegou há 53 anos e tendo hoje 76 anos de idade, o Fundão não era
a cidade que hoje conhecemos, sendo que
a única coisa que não mudou e não muda
é este microclima de uma região abençoada
por Deus e que no campo vitícola proporciona que se produzam uvas que não são tão
atacadas pelas pragas do míldio e oídio e que
bastam dois tratamentos fitossanitários, em
média, por ano para se ter uvas que se até se
poderiam vir a considerar biológicas.
O “fator altitude” faz com que aqui surjam “dos melhores brancos do país”. O outro segredo encontra-se no bem fazer e na
experiência dos sócios, regista-nos o dinâmico presidente da adega. “De ano para ano
nunca tivemos problemas de qualidade, regista Albertino Nunes, e as quantidades por
vezes é que baixam, consoante as colheitas
por épocas, mas a qualidade das uvas recebi-
das dos nossos associados permite-nos fazer
excelentes vinhos que todos os anos ganham
prémios e que gozam de grande popularidade, não apenas em solo nacional, já que os
mesmos se encontram de Norte a Sul,mas
também nos mercados internacionais”. Na
verdade, os vinhos da Adega do Fundão vão
para o mundo, onde o mercado da saudade
em muito contribuiu, mas há muito que os
consumidores dos mercados de exportação
são os naturais dos próprios países.
A presença em feiras internacionais e no
SISAB PORTUGAL, através da Comissão Vitivinícola da Beira Interior, tem em muito contribuído para a divulgação e promoção dos vinhos da Adega Cooperativa do Fundão.
A capacidade instalada da adega para
transformação de uvas é muito maior que as
uvas que presentemente recebem e defende e bem o alargamento da área social da
adega para poderem vir a receber mais sócios e mais uvas desta região, já que os prémios conquistados atestam bem que aqui se
produzem excelentes vinhos. Com as uvas
em dia pagas aos associados, os vinhos da
Adega Cooperativa do Fundão já chegaram
à China e com volumes de encomendas
interessantes.
30% DOS VINHOS PRODUZIDOS DA
ADEGA DO FUNDÃO SÃO EXPORTADOS
A direção da Adega do Fundão tem feito
da internacionalização dos seus vinhos uma
das suas grandes prioridades e, refere Albertino Nunes, “neste momento, estamos a exportar quantidades muito razoáveis para países como a França, Polónia, Suíça, China,
Guiné-Bissau, Angola, Brasil e São Tomé
e Príncipe. Os mercados internacionais são
muito importantes para nós, pois garantem-nos pagamentos na entrega da mercadoria,
o que por vezes não se verifica com um ou
outro agente económico em Portugal”.
Outros mercados internacionais estão em
vista e as propostas a parecerias internacionais estão abertas, já que no catálogo da
Adega do Fundão encontramos grande leque
de vinhos premiados e isso reforça e bem a
excelência dos vinhos aqui produzidos.
Apesar das dificuldades do mercado nacional em absorver os vinhos que em Portugal se produzem e de alguma invasão de
vinhos estrangeiros a preços concorrenciais
arrasadores e de um mercado paralelo que
todos sabemos que existe, mas cuja fiscalização e controle compete às autoridades pela
qualidade, os vinhos aqui vinificados têm-se
afirmado e com sucesso e ao longo de seis
décadas e meia.
A direção da Adega do Fundão aposta
num crescimento sustentado e vai entretanto fazer obras, dotando as mesmas instalações - mesmo no centro do Fundão - como
um património a visitar inserido na Rota dos
Vinhos e no enoturismo desta região. Nos
vinhos tintos, no mercado podemos encon-
Albertino Nunes, presidente da Adega Cooperativa do Fun
trar as marcas com a chancela da Adega Cooperativa do Fundão: Oito Bicas, Alcambar,
Covas da beira, Pedra D´Hera, Alpedrinha,
Praça Nova Reserva, Praça Nova Garrafeira e
Fundanus Prestige. Nos brancos, o Oito Bicas, Alcambar, Cova da Beira e Pedra d´Hera
e Alpedrinha. Produz ainda um jeropiga – Alpedrada e Rosé Coca da Beira Rosé. Uma
aguardente envelhecida Praça Velha reforça
a oferta.
Fundão: recanto fértil e capital secular da Cova da Beira
Terra onde a imponência das Serras da
Estrela e da Gardunha se esbate por entre aldeias de sonho e cerejeiras em flor, numa das
planuras mais ricas e formosas de Portugal..
A imponência natural da Serra da Gardunha não é apenas uma notável visão do granito. São belos cenários de socalcos cruzados por calçadas romanas. São recantos de
arvoredos seculares de onde brotam fontes
e águas que todos apreciam. São os tesouros medievais da Aldeia Histórica de Castelo
Novo e são as feições artísticas e monumen-
tais da vila de Alpedrinha.
GASTRONOMIA
O concelho do Fundão possui uma gastronomia muito rica, cheia de tradições e história. Dos enchidos à doçaria, é fácil apreciar
os bons pratos da terra. Para os amantes de
uma boa mesa apresentam-se, em seguida,
sugestões de alguns dos pratos típicos. Como
pratos principais temos: migas de grão, migas de vinha de alho, ensopado de borrego,
peixinhos da horta (feijão verde albardado),
feijoada de lebre, beringelas com ovos, ar-
roz de tordos, arroz à moda do Fundão (arroz de espigos), bacalhão à lagareiro, cabrito assado e borrego assado; no que respeita
a enchidos: chouriças, farinheiras, morcelas,
mouros e buchos e, por fim, como não podia deixar de ser os doces tradicionais: arroz
doce, pão-de-ló, pão leve, bolo finto, bolos
de soda, bolo de sementinhas, esquecidos,
biscoitos, borrachões, broas de leite, cavacas, tigelada e leite creme e, claro, sempre
acompanhados pelos excelentes vinhos da
Adega do Fundão, recomenda-se!
A cidade do Fundão é reconhecida como
núcleo urbano desde há mais de oito séculos.
Entre os séculos XVI e XVIII, o Fundão viveu um dos períodos mais prósperos da sua
história, aquando da expansão mercantil dos
panos e da indústria dos lanifícios, a que não
foi alheia a chegada no final do século XV de
numerosas famílias judaicas de Espanha e,
mais tarde, as iniciativas do Conde da Ericeira e do Marquês de Pombal que aqui fundou uma Fábrica Real, no edifício que é hoje
a Câmara Municipal.
António Freitas
22 DE JANEIRO DE 2016
da Adega Cooperativa do
volume das vendas!
ndão
EMPRESAS & MERCADOS
p.23
RICARDO CLODE BOTELHEIRO, ENÓLOGO NA ADEGA DO FUNDÃO
“Os vinhos da Adega do Fundão são genuínos, com
massas muito heterogéneas”
Ricardo Clode Botelheiro, é o enólogo na Adega do Fundão
desde Março de 2014 que nos fala dos vinhos e de si:
“O Instituto Superior de Agronomia foi determinante na minha forma de estar neste mundo do vinho, a teoria, as tecnologias apreendidas e a prática através dos estágios de vindima e
profissionais fizeram-me conhecer o mundo do vinho e a vontade
de querer saber mais.
Tive a sorte de trabalhar em várias regiões do país como a
Bairrada, Colares, Alentejo e Beira Interior onde trabalhei com
mestres com que tive e ainda tenho a sorte de conviver e aprender. Como experiência internacional fiz estágios de vindima nos
EUA e no Chile, fundamentais para saber o que se faz lá fora, e
importantes no crescimento pessoal.
Nos dias de hoje faço questão de todos os anos visitar novas regiões vitivinícolas espalhadas por esse mundo e a Adega do
Fundão reconhece essa necessidade e incentiva o conhecimento e aprendizagem, pois num mundo tão competitivo temos que
procurar estar na vanguarda do conhecimento.
VINHOS ÚNICOS, ELEGANTES E SEMPRE GASTRONÓMICOS.
Os vinhos da Adega do Fundão são genuínos, com massas
muito heterogéneas. Quentes e muito frutados quando originários
do sul da Gardunha e elegantes e discretos na Cova da Beira.
A maior aposta da Adega do Fundão continua a ser nas castas regionais. No caso dos brancos com a Fonte Cal, Síria e Fernão Pires normalmente muito bem acompanhadas com o Arinto.
São vinhos frescos e aromáticos com uma notável capacidade de
envelhecimento.
Nas castas tintas mais uma vez as castas regionais continuam a ser aposta forte como a Trincadeira, Rufete, Bastardo, Marufo, Jaen seguidas pela Tinta Roriz e Touriga Nacional.
Vinhos únicos, elegantes e sempre gastronómicos.
Os vinhos da Adega do Fundão têm como bandeira a baixíssima aplicação de fitofármacos nas vinhas já que se contam pelos
dedos das mãos os anos com mais que duas aplicações.”
PUB
p.24
EMPRESAS & MERCADOS
22 DE JANEIRO DE 2016
BEIRA VICENTE SA
“Àguas da Fonte da
Fraga da nascente para
a mesa do consumidor”
(...) o nosso futuro passa p
mensagem da origem da n
pela valorização deste patr
da Gardunha onde a água
A Serra da Gardunha é um braço da Serra da Estrela com cerca de 20 Km de comprimento e 1224 metros de altura, dominado pelo granito. Situa-se na Beira Baixa,
no maciço de Entre Douro e Tejo e entre os rios Pônsul e Zêzere. Nela nasce o rio
Ocresa, um dos afluentes do Tejo. A Gardunha continua a ser um refúgio de beleza
ímpar, onde a natureza intocada abraça o amanhecer e o crepúsculo.
As sombras e a água abundante
são elementos que não faltam nesta magnífica serra.
Esta zona é a capital da produção de cereja em Portugal, com
destaque para as freguesias de Alcongosta e Souto da Casa. Na
encosta sul, na Freguesia de São
Vicente da Beira existe uma exploração de água de nascente natural - as Águas Fonte da Fraga que
fomos conhecer. Brotando de nascentes naturais e de furos e captada a 800 metros de altitude, sem
tratamento algum, ou contacto com
quem a engarrafa, as águas Fonte
da Fraga, são conduzidas por gravidade, desde a captação, à moderna
unidade de engarrafamento que se
situam no Casal da Fraga, mesmo
à “beirinha” da outrora vila e hoje
pitoresca freguesia de S. Vicente da
Beira. Aqui nasceu há 86 anos José
Francisco Matias que aqui criou os
seus oito filhos, os educou e ensinou a amar as coisas da terra e o
que ela oferecia. De negociante de
fruta que levava para o mercado da
Covilhã a produtor que transportava para Lisboa e a industrial da
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Desde 12 de janeiro de 1970
Sempre na linha da frente com
o que temos de melhor...
PUB
p. 15
LUSO DESCENDENTE DAVID NUNES
É o novo presidente da sub- comissão para o
Comércio no Congresso norte-americano
p. 8
PORTUGAL DE BRANCO
Caíu o primeiro nevão e fechou
estradas e escolas...
edição 1688
1,20 Euro
1 de Fevereiro 2013
a 7 de Fevereiro de 2013
www.mundoportugues.org
Diretor: Maria da Conceição Granado de Almeida
[email protected]
NÚMERO DE FUTEBOLISTAS PORTUGUESES QUE EMIGRARAM AUMENTOU
p. 2, 3 e 4
Portugal continua a exportar
craques para todo o mundo
DESPISTE DE AUTOCARRO NA SERTÃ
p. 7
11 mortos e 33 feridos
seis dos quais com gravidade
MORREU JAIME NEVES
p. 9
O herói do 25 de Novembro de
1975 em Portugal
ACIDENTE FERROVIÁRIO
p. 10
Um autêntico milagre não ter havido
vítimas mortais
p. 16 e 20
Vinhos premiados querem exportar
mais para mercados internacionais
UDACA
A região do “Dão” tem de voltar a
estar na moda
PELO MUNDO
p. 11 e 15
REP. CHECA atrai estudantes e
jovens trabalhadores portugueses
CANADÁ portugueses estão
integrados e têm “papel político”...
MOÇAMBIQUE Portugal trabalha
com autoridades locais para resolver
problemas de vistos
MÚSICA PORTUGUESA
p. 32
- Maria Mendes apresenta novo
trabalho no Brasil
- Marco Rodrigues leva fado à Índia
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EMPRESAS & MERCADOS
ADEGA DE PALMELA
panificação. A água que nascia nos
100 hectares que possuí na Serra
da Gardunha aos quais juntou mais
100 adquiridos já pela empresa
prefaz os 200 hectares, foram este
motivo e o conselho dos amigos que
o levaram a apostar na comercialização e na criação de uma marca
que não podia ter outro nome FONTE DA FRAGA, a fonte a nascente
– e a Fraga a aldeia. Assiste apesar
de muitas dificuldades, com sucesso ao crescimento da empresa, que
hoje continua a ser uma empresa
com alguma componente familiar
onde seus filhos são responsáveis
pela parte financeira e direcção comercial, e o seu neto por toda a àrea
de engarrafamento, neste momento
sociedade anónima, em que o accionista Fernando Rodrigues, com
a maioria do capital presentemente, colocam na mesa do consumidor uma água de nascente, natural,
bacteriologicamente pura, sem tratamento algum e que se bebe com
prazer.
Luís José Matias, director comercial fala-nos da Beira Vicente
SA e das Águas Fonte da Fraga.
MP- Tudo isto começou com seu
pai. Conte-nos um pouco a história
Luís José Matias – Começou com
meu pai em 1999 em que começamos a construção desta unidade de engarrafmento que em 2006
foi alvo de grandes investimentos
de modernização. A história, tudo
começou na fruta em que o meu
pai comprava pomares de fruta e a
ia vender ao mercado da Covilhã,
montou depois uma padaria e com
a evolução do tempo, plantou pomares seus, e para regar as árvores comprou 100 hectares na Serra
da Gardunha. Aos fins de semana,
os amigos que vinham aqui conviver, entre eles o antigo provedor
da Santa Casa da Misericórdia da
É nesta natureza virgem da Serra da Gardunha que nascem as Águas Fonte da Fraga
Covilhã e que bebiam a água, não
se cansado de elogiar as suas propriedades e qualidade. Devido às
nascentes que tinha e a abundância da mesma, começaram a aliciá-lo para começar a comercializar
a mesma. Começaram as análises,
todo o processo, de licenciamento
que é complexo e nasceu a FONTE
DA FRAGA. Nasce a empresa Beira Vicente que nasceu sempre com
a família como maior acionista e
em 2001 a mesma marca e a água
aparece junto do consumidor. Rapidamente a mesma, foi aceite pelo
consumidor e o Lidl na altura começou a comercializar a nossa água.
Hoje a empresa tem um maior accionista no seu seio, Sr. Fernando
Rodrigues que é uma referência a
nível de águas de mesa e termais
em Portugal e temos produto neste caso água em abundância, com
alta qualidade, pura, que vendemos e que podemos aumentar em
muito mais a nossa capacidade de
produção, costuma-se dizer que o
principal bem das empresas são as
pessoas mas aqui o principal bem
vem da natureza.
MP- Embalam mono produto?
Luís José Matias- Sim e chegamos
ao consumidor em garrafas a 0,33,
meio litro, 1, litro, 5 litros e 6 litros. Estamos numa zona privilegiada e temos água de alta qualidade.
A aceitação do público consumidor que através dos nossos parceiros distribuidores tem alavancado
a empresa que emprega 40 pessoas e estamos assim muito bem im-
(...) Procuramos
parceiros de negócio
que apostem na
qualidade das
águas(...)
plantados no mercado nacional. A
implantação da marca sustentou o
crescimento desta empresa e hoje
já os consideramos parceiros do
negócio. Como sabe estamos num
mercado concorrencial muito forte
devido à industria cervejeira e que
embala águas mas o nosso futuro
EMPRESAS & MERCADOS
por passar a
nossa agua e
rimónio na serra
nasce (...)
passa por passar a mensagem da origem da
nossa agua e pela valorização deste património na serra da gardunha onde a água nasce.
Créditos Fotos: António José- (c) CPJ 1437
MP- Para além do mercado nacional a
àgua Fonte da Fraga é exportada? Para que
mercados?
Luís José Matias – Exportamos para França, Bélgica, Londres, Alemanha, Cabo Verde, estamos em Macau há muitos anos, Angola, China e Espanha com garrafões de 18
litros para o ramo dos escritórios. O crescimento da empresa passa pela exportação e
estamos a trabalhar em todas as vertentes e
a tentar aproveitar as oportunidades que nos
surgem, a trabalhar a 30% da capacidade
de captação e engarrafamento. Procuramos
parceiros de negócio que apostem na qualidade das águas.
A nossa responsabilidade social, passa
pelas 40 pessoas, aqui da aldeia que empregamos, é aqui que a água nasce, que é embalada sem contacto com os operadores, em
sistema automizado e precisamos dos funcionários para alimentarem as máquinas que
desde a feitura da embalagem, por extrusão
ao seu enchimento de água pura e expedição.
Andamos na casa dos 60 milhões de litros
de água que embalamos e reafirmo que uma
coisa é captar água na Serra da Gardunha,
outra é captar noutros pontos que não tem
uma natureza virgem, como aqui se encontra. Temos qualidade e temos preço e convidamos o consumidor a apreciar a qualidade
destas águas da Fonte da Fraga.
MP- O Futuro
Luís José Matias – Embora a Empresa já
seja certificada vamos iniciar agora para outra fase de certificação mais avançada e continuar a trabalhar para criar condições para
um crescimento sustentado nunca fechando
oportunidades de negócio que possam contribuir para o desenvolvimento da Empresa!
PUB
22 DE JANEIRO DE 2016
p.25
p.26
ATUALIDADE
22 DE JANEIRO DE 2016
TAP INVESTE EM MELHOR SERVIÇO E REFORÇA COMPETITIVIDADE
TAP ganha asas, nova frota e uma “ponte aérea”
TAP Express substitui marca PGA (Portugália) a partir de 27 de março. A companhia vai ter até julho uma frota totalmente renovada e composta por 17 aviões,
mais um do que atualmente. Com esta frota, a TAP Express será a mais eficiente
companhia regional da Europa. Porto ganha “Ponte Aérea” para Lisboa e mantém
voos intercontinentais. A nova frota permite à TAP oferecer uma “Ponte Aérea” que
liga o Porto e Lisboa com voos de hora a hora, a partir de 39 euros. Este modelo é,
aliás, praticado em muitos países entre as suas principais cidades.
ANTÓNIO FREITAS
Em conferência de imprensa
realizada no Hangar 5 da TAP,
em Lisboa, o empresário David
Neeleman, na presença dos vários
órgãos de comunicação social,
defendeu que “a gestão é o mais
importante” na TAP, desvalorizando
a questão da titularidade da maioria
do capital na companhia aérea,
que deverá voltar para as mãos
do Estado, como muito se tem
falado e como quer o atual governo
liderado por António Costa desde
que tomou posse.
“A gestão é o mais importante.
Se podes tomar decisões é a coisa
mais importante. Já disseram os
membros do Governo com quem
se tem vindo a reunir que estão
felizes com o que trouxemos à
TAP”, declarou o empresário que
detém, juntamente com Humberto
Pedrosa da “Barraqueiro”, 61%
do capital do grupo TAP. David
Neeleman explicou que, mesmo
que a maioria do capital da TAP
volte a ser público, “o dia-a-dia
não vai mudar”, realçando que “o
Governo gosta da estratégia” que
estão a adotar para a empresa.
Antes, em conferência de
imprensa, o Presidente Executivo
da TAP, Fernando Pinto, anunciou
que a Portugália (PGA), a
transportadora regional do grupo
TAP, em tempos idos do BES, vai
passar a chamar-se TAP Express e
até julho vai ter a frota totalmente
renovada com 17 aviões. “A nossa
vida do dia-a-dia não vai mudar”,
refere David Neeleman. “Não vejo
problema”, quando questionado
sobre a possibilidade de o
consórcio passar a ser minoritário
e refere que o Estado maioritário
até tem a vantagem de poder
Desde 12 de janeiro de 1970
PUB
46 anos a unir os portugueses
através da língua portuguesa
ajudar na injeção de capital na
transportadora. “Nós precisamos
de injetar muito dinheiro nesta
empresa que precisa de muito
capital. Já colocámos, mas precisa
de mais. Se o Governo quiser
ajudar, tudo bem”, acrescentou.
Também o acionista português,
o empresário Humberto Pedrosa,
da Barraqueiro, considerou que
a pretensão do Governo socialista
não é um problema, repetindo que
“em primeiro lugar está o futuro
da TAP”. Pedrosa acredita mesmo
que o fim das negociações com o
ministro Pedro Marques, que está a
liderar este processo, sejam rápidas:
“Provavelmente durante o mês de
fevereiro deverá estar fechado”.
Quanto aos termos do acordo para
as alterações acionistas, Humberto
Pedrosa revelou a “disponibilidade
de ambas as partes de discutir o
assunto”. “Está tudo em cima da
mesa. Se calhar tem que haver
cedências de ambos os lados.
Só estamos preocupados com a
TAP. Nós, privados, e o Estado só
estamos preocupados com a TAP”
e refere que não são necessários
tribunais.
Edição 1770
1,20 Euro
29 de agosto 2014
a 4 de setembro de 2014
www.mundoportugues.org
Diretor: Maria da Conceição Granado de Almeida
Forte preseNÇa Na peregriNaÇão das MigraÇões
[email protected]
p. 2 e 3
Fátima sempre no coração dos
emigrantes portugueses
ViaNa do Castelo
p. 6
Um milhão e
setecentas mil
pessoas passaram
ao longo dos dias
pela Romaria da
Senhora da Agonia
Festas de s. BartoloMeu do Mar
“Afogar o medo” e “afugentar o diabo” custa
três mergulhos e uma galinha preta... p.8
aÇores
Festival de parapente levou a S. Miguel
mais de uma centena de praticantes p. 10
p. 26 e 27
eNtreVista «saNdra & riCardo»
porto
portugal está dentro de
nós e em tudo aquilo
que fazemos...
Dia mundial da fotografia assinalado com
exposição “Porto na Avenida” p.11
«portugal FarM»
rádio altitude
p. 14
Quarenta anos ao
serviço dos ouvintes
da comunidade em
Clermont-Ferrand
Benfica vence no
regresso ao Bessa
SISAB PORTUGAL é
peça fundamental para
a internacionalização
dos azeites que
produzimos
O Benfica voltou ao estádio do
Bessa para disputar um jogo
da liga portuguesa. O reforço
Eliseu marcou o golo da vitória
encarnada....
Torre do Castelo de Almourol reabriu ao
público após obras de beneficiação
p.33
liga portuguesa
p. 26
Vila NoVa da BarQuiNHa
p. 34
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Entrevista com José Santos
diretor da primeira rádio de
língua portuguesa em França...
p. 20-21
Entrevista com o CEO
JOÃO MACIEL FILIPE
Com vinte anos de carreira musical na Venezuela,
este duo de irmãos luso-descendentes não esquece
Portugal, onde retornam sempre que podem... p. 12
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TAP EXPRESS E PONTE AÉREA
COM O PORTO
Por sua vez, o presidente da
TAP, Fernando Pinto, anunciou
que a companhia vai ter até julho
uma frota totalmente renovada e
composta por 17 aviões, mais um
do que atualmente. Os novos aviões
estão avaliados em 400 milhões de
euros. Com esta frota, a TAP Express
será a mais eficiente companhia
regional da Europa. A TAP Express
uniformiza a imagem comercial
da companhia aérea portuguesa
e reforça a sua identidade
operacional, garantindo uma maior
consistência da marca e do produto.
Esta nova frota permite melhorar
significativamente o serviço aos
clientes, tanto no conforto, como
na regularidade e pontualidade
da operação. Com oito aeronaves
ATR72 para 70 passageiros e
nove aviões Embraer190 com
capacidade para 110 passageiros,
Fernando Pinto, Presidente Executivo da
TAP, juntamente com David Neeleman e
Humberto Pedrosa, consórcio Gateway
David Neeleman tira a selfie antes da conferência de imprensa
o número de lugares oferecidos
é superior em 47% face à frota
atual. A idade média da frota ao
serviço da TAP Express passa agora
a ser de 2 anos, que comparam
com os 21 anos de idade média
da frota que servia a operação da
PGA. Os ATR72 são considerados
atualmente a aeronave mais
silenciosa e eficiente do mercado.
Pelo seu lado, os Embraer190,
cuja configuração disponibiliza
confortáveis assentos em filas de
2 mais 2 lugares são apontados
pelos passageiros como o avião
mais confortável no seu segmento
de mercado. A integração destes
aviões na frota em tão curto espaço
de tempo só foi possível graças à
cooperação existente entre a TAP
e a Azul, que se tem traduzido
em diversas sinergias de que
aproveitam ambas as companhias.
A nova frota permite à TAP oferecer
uma “Ponte Aérea” que liga o Porto
e Lisboa com voos a toda a hora, a
partir de 39 euros. A “Ponte Aérea”
oferece 16 voos diários de ida-evolta entre Porto e Lisboa, utilizando
os novos aviões TAP Express.
A “Ponte Aérea” vai beneficiar
significativamente os clientes do
Norte do País nas ligações ponto-
a-ponto a Lisboa, oferecendo-lhes
ainda melhores ligações para toda
a Rede TAP. Além de se manterem
a partir do Porto ligações diretas à
Madeira e a importantes cidades
europeias, mantém-se igualmente
a operação de Longo Curso com
voos para Nova Iorque, São Paulo
e Rio de Janeiro. É ainda reforçado,
num total de 124, o número de
frequências semanais para os
destinos operados. Estas mudanças
traduzem-se em maiores vantagens
para os passageiros da TAP, que
beneficiam de um produto mais
consistente, com mais serviços e
maior conetividade. Desta forma,
a operação da TAP ganha mais
consistência. Na apresentação
destas
novidades,
Fernando
Pinto, Presidente Executivo da
TAP, considerou que “a TAP vive
dias históricos, que nos permitem
desenvolver uma TAP cada vez
mais moderna e competitiva. Os
investimentos já em curso incluem a
encomenda de 53 novos aviões, 60
milhões de euros na modernização
dos interiores da atual frota,
11 milhões na introdução de
dispositivos sharklet em 12 aviões
da família A320, 2 milhões numa
nova plataforma digital de reservas”.
PAULO GONÇALVES JÁ PENSA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
Já a pensar no próximo Dakar...
Paulo Gonçalves foi forçado a abandonar o Dakar, depois
de uma grave queda que o deixou inconsciente e obrigou a
tratamento médico. O piloto já está em Portugal e foi recebido no aeroporto Francisco Sá Carneiro por muitos amigos
e familiares. Recuperado do susto, deixou a promessa de
voltar em 2017.
O ‘motard’ Paulo Gonçalves, que durante quatro etapas liderou o Dakar2016 e que
abandonou a prova devido a uma queda, formulou o desejo, entre críticas à organização
do rali todo-o-terreno, de começar a trabalhar para fazer melhor na próxima edição.
À chegada ao aeroporto Francisco Sá
Carneiro, no Porto, onde várias dezenas de
apoiantes o esperavam, Paulo Gonçalves reconheceu que ainda hoje não sabe porque é
que sofreu uma dupla penalização na etapa
maratona, em que teve alguns problemas.
“A organização achou que a primeira penalização não era suficiente para me afastar
da luta e a segunda, essa sim, era suficiente
para em afastar do pódio e foi o que acabou
por acontecer”, disse Paulo Gonçalves, reconhecendo que foi obrigado a arriscar.
O piloto natural de Esposende, de 36
anos, recordou que colocou um recurso à penalização, do qual desconhece o resultado,
dado, entretanto, ter sofrido a queda que o
deixou inconsciente e que o obrigou a abandonar e a regressar mais cedo.
“Senti-me prejudicado, porque deixei de
poder discutir uma posição no pódio e tentei arriscar mais, dado que havia pouco para
proteger. Tentei ganhar etapas, porque as
prioridades ficaram alteradas, mas foi uma
estratégia que não correu bem”, adiantou.
Paulo Gonçalves, que conquistou o segundo lugar na edição de 2015 do rali e
que se sagrou campeão mundial de todo-o-terreno em 2013 e vice em 2014, reconheceu que foi esse arriscar que ditou o acidente e o abandono, mas defende que não
se arrepende de praticamente nada do que
fez nesta corrida.
“As coisas estavam bem encaminhadas.
Estive quatro dias na frente, cheguei ao dia
de descanso na liderança, mas a queda no
primeiro dia da segunda semana de competição e, posteriormente, o problema no motor afastaram-me praticamente da possibilidade de vencer”, considerou.
O piloto reconheceu que, face às contrariedades sofridas, mudou um pouco a estratégia, correndo mais riscos, mas tal acabou
por não dar bom resultado, pois acabou por
cair, com perda de consciência e a ter que
abandonar.
“Acabei por não poder terminar, mas é
bom poder regressar e contar estas histórias
e poder, muito em breve, voltar ao trabalho
e no próximo ano trazer a alegria que este
ano não trouxe”, adiantou.
Para Paulo Gonçalves, “o Dakar é um desafio constante e um sonho”.
“Temos de nos superar todos os dias.
Esta foi a minha décima participação e nenhuma foi igual. Isso diz muito da prova”,
frisou.
O piloto luso esteve ainda em destaque
ao parar a sua Honda durante o trajeto para
socorrer o acidentado Matthias Walkner, seu
adversário da KTM, numa altura em que ainda liderava a prova, dando mostras de raro
‘fair-play’.
“Qualquer um teria feito o mesmo. É uma
situação relativamente normal. Outros já me
ajudaram em situações idênticas e ali foi um
ato normal e natural. É a magia do Dakar”,
sublinhou.
Apesar da desistência, o piloto luso assegurou ter regressado com o sentido de dever cumprido, quase justificando a receção
calorosa no aeroporto. “Sentiram que dei o
meu máximo e não se sentiram desiludidos.
Acho que se sentiram orgulhosos de mim e
de todos os portugueses. Não houve nenhuma desilusão de entre todos os portugueses
que estiveram este ano no Dakar”, finalizou.
MENSAGEM DEIXADA NO FACEBOOK
«Terminei da pior forma este Dakar
2016, ao que parece tive uma queda
forte, a verdade é que não me recordo do
que se passou, disseram-me que consegui
seguir com a mota até uma zona de
público e ambulâncias. É um Dakar que
termina da pior maneira, é lamentável
para mim, para a equipa, merecíamos
muito mais. Mas a competição é assim,
algo não estava a ir bem nos últimos dias,
termino da pior maneira mas é preciso
seguir em frente e pensar que em breve
voltaremos a competir.»
p.27
FOTOGRAFIA FACEBOOK OFICIAL PAULO GONÇALVES
DESPORTO
22 DE JANEIRO DE 2016
“Acabei por não poder terminar, mas é bom poder regressar e contar estas histórias e
poder, muito em breve, voltar ao trabalho e no próximo ano trazer a alegria que este ano
não trouxe”, disse o piloto português.
PUB
p.28
DESPORTO
22 DE JANEIRO DE 2016
TAÇA DE PORTUGAL
Pronúncia do norte
FC Porto, Sporting de Braga, Rio Ave e Gil
Vicente formam o quarteto que irá decidir,
em jogos a duas mãos, em fevereiro, as duas
equipas que avançam para a final no Estádio
Nacional, na segunda mais importante prova
do futebol português.
A Taça de Portugal vai, este
ano, ser conquistada por uma
equipa da região do Porto ou do
Minho, com as últimas equipas
do sul e insulares a caírem nos
quartos de final da competição.
FC Porto, Sporting de Braga,
Rio Ave e Gil Vicente - o ‘sobrevivente’ da II Liga - formam o quarteto que irá decidir, em jogos a
duas mãos, em fevereiro, as duas
equipas que avançam para a final
do Estádio Nacional, na segunda
mais importante prova do calendário português.
Com as eliminações prematuras do Sporting, detentor do troféu
e líder isolado do campeonato, e
do Benfica, os ‘dragões’ passam a
ser a equipa mais cotada em prova, mas o último dos três ‘grandes’ na corrida teve muito mais
dificuldades do que as que esperava para passar no Bessa.
Depois dos 5-0 em jogo da
17ª jornada do campeonato, contra o mesmo adversário, o FC Porto não foi além de 1-0, com um
golo do argelino Brahimi, aos 24
minutos, beneficiando de um penálti desperdiçado pelos ‘axadrezados’, aos 90+5.
Uma carga ilegal de Martins Indi sobre o jovem brasileiro
Douglas Abner justificou o castigo máximo, que Abner, muito nervoso, atirou de forma a permitir a
defesa de Helton.
O Sporting de Braga, finalista vencido em 2015, é o outro
forte candidato a marcar presença no Estádio Nacional, depois de
um triunfo claro por 2-0 sobre o
Arouca.
Com dois golos em três minutos - Hugo Basto na própria baliza, aos 57, e Stojiljkovic, aos
60 -, os ‘arsenalistas’ ganharam
Desde 12 de janeiro de 1970
Há 46 anos a apoiar os atletas
portugueses
O Sporting esteve a perder por 2-0, mas deu a volta ao resultado e venceu por 3-2 com o golo da vitória a
ser marcado aos 90 minutos
no estádio municipal de Braga,
como se esperava, e vão reencontrar o Rio Ave, a 1 de fevereiro
(em casa) e 29 de fevereiro (em
Vila do Conde).
O Rio Ave, que na I Liga segue em sexto e luta pelo acesso à
Liga Europa, também não descurou a Taça de Portugal e impôs-se
ao Estoril-Praia por 3-0, assegurando a terceira presença consecutiva nas ‘meias’.
Um golo de Tarantini, logo
aos seis minutos, permitiu que
a equipa vila-condense chegasse
ao intervalo já em vantagem, tendo Krovinovic, aos 53, e Edimar,
aos 76, confirmado a vitória da
equipa da região do Porto.
Apesar de estar na II Liga
(atual quinto classificado), o Gil
Vicente confirmou que continua
a ser uma equipa de bom nível
e impôs-se com toda a justiça ao
Nacional, do primeiro escalão,
que, no entanto, terá acusado al-
gum cansaço por ter jogado na segunda-feira para a I Liga.
O jogo terminou com 1-0 para
a equipa de Barcelos, com o único golo a ser marcado pelo defesa cabo-verdiano Pecks, aos 31
minutos.
O próximo adversário do Gil
Vicente é o FC Porto, com a primeira mão em Barcelos e a segunda no ‘Dragão’.
As meias-finais, a duas mãos,
começam a 3 de fevereiro.
FC PORTO
Lopetegui diz que “ainda havia tempo”
O treinador espanhol Julen
Lopetegui, dispensado do FC Porto depois do empate em casa com
o Rio Ave, divulgou uma “carta
de despedida” na qual afirma que
“ainda estava a tempo e com possibilidade de atingir os objetivos”
do clube no futebol português.
Na sua página oficial na internet e nas redes sociais, o técnico
assume ter “chegado o momento” de “separar os caminhos” entre si próprio e o clube, razão pela
qual pretendeu “expressar várias
ideias de forma pública”.
Lopetegui agradece ao FC
Porto e, “em especial, ao seu presidente” pela “experiência maravilhosa e exigente”, sublinhando
o momento da cisão: “Ainda estávamos a tempo e com possibilidade de atingir os objetivos pelos
quais havíamos lutado”.
“Confiávamos absolutamente nisso e lamentamos ver-nos
afastados a meio do caminho”,
diz o técnico basco, de 49 anos,
que recorda os “bons momentos
e noites inesquecíveis no Estádio
do Dragão”, ao longo da época
e meia em que representou o FC
Porto.
Lopetegui afirma-se ainda de
“consciência tranquila” por ter
“investido a alma numa entidade
com uma história tão brilhante” e
por ter ajudado a que “a sociedade [SAD] crescesse, que fosse rentável e que garantisse o futuro”.
“Para muitos treinadores é
complicado que a maior parte dos
jogadores mais utilizados saiam
no final da época, mas isso significa que renderam ao mais alto
nível e, mais do que os egoísmos,
sempre tive na ideia procurar o
melhor para a gestão do FC Porto”, escreve, ainda, a propósito
da perda de futebolistas de uma
época para a outra.
Depois de não ter conquistado qualquer título na sua primeira época, Lopetegui deixou o
clube ‘azul e branco’ na terceira
posição do campeonato, a quatro
pontos do líder Sporting, qualificado para os quartos de final da
Taça de Portugal e ainda presente
na Taça da Liga. Nas competições
europeias, o FC Porto não passou
aos oitavos de final da Liga dos
Campeões e foi relegado para a
Liga Europa.
“Recebemos, esta época,
muitos jogadores novos, muitos
deles jovens, que estão a crescer
e a adquirir o ritmo competitivo
que o clube requere”, acrescentou o treinador, justificando alguma fragilidade do plantel.
Acaba a destacar a “atitude
exemplar” de todos os jogadores,
a forma como se sentiu “em casa”
na cidade e a desejar “toda a sorte do Mundo ao FC Porto”.
DESPORTO
22 DE JANEIRO DE 2016
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DRAGON FORCE BRADFORD-TORONTO
“Dragon Force” chega
ao Canadá para criar
novos “dragões”
A Dragon Force Bradford - Toronto, um projeto dedicado à formação de novos atletas, arrancou em
setembro de 2015. Cinco meses depois, já tem
cerca 150 atletas.
FOTOGRAFIA FACEBOOK OFICIAL DO
DRAGON FORCE BRADFORD – TORONTO
FOTOGRAFIA FACEBOOK OFICIAL DO
DRAGON FORCE BRADFORD – TORONTO
O Dragon Force Bradford – Toronto, escola de futebol internacional criada pelo FC Porto, chegou ao
Canadá para “deixar a sua marca de
qualidade e conquistar novos adeptos”, disse à agência Lusa um dos
responsáveis do projeto.
“Alguns alunos já eram portistas, mas agora, com este projeto, o
número de adeptos aumentou. Esta
é também uma maneira de se formarem e de terem conhecimento do
que se passa em Portugal, pois muitos canadianos não tinham ligação
ao FC Porto”, afirmou Luís Andrez,
da direção da Dragon Force Bradford - Toronto.
O professor de educação física,
de 34 anos, reconheceu que a liga
inglesa tem tido mais projeção do
que a liga portuguesa, com clubes
que atraem muitos jovens, como é
o caso do Manchester United, mas
com o projeto da escola no Canadá,
o futebol português e o próprio FC
Porto ficam como uma “maior projeção” no continente norte americano.
A Dragon Force Bradford - Toronto, um projeto dedicado à formação de
novos atletas, tem já
no país norte americano cerca de 150
atletas, tendo arrancado com os seus
trabalhos em setembro de 2015, mas a
abertura oficial terá
lugar, este sábado,
em Bradford, no sul
do Canadá, a norte de
Toronto.
“Pretendemos formar jogadores
profissionais, mas acima de tudo,
queremos dar uma oportunidade
para que os nossos atletas tenham
aquela paixão para o futebol. Inicialmente, não os queremos enviar para
as escolas do FC Porto, mas sim pretendemos que cresçam e façam a
diferença no Canadá”, sublinhou o
luso-canadiano.
Luís Andrez pretende um dia “ter
um craque luso-canadiano, ou canadiano” formado no Canadá, para o
poderem enviar para Portugal, também para crescer como jogador.
Para já, aquela escola de futebol
“não pretende ‘exportar’ jogadores
para a Europa”, pois os atletas canadianos são “especiais” e só quando estiverem prontos é que irão para
o Porto.
“Estamos a fazê-lo muito cuidadosamente, com tempo, porque os
jogadores canadianos têm características diferentes, mas falta-lhes alguma experiência. Quando lhes incutirmos isso, então, eles estarão
prontos”, frisou.
p.29
p.30
DESPORTO
22 DE JANEIRO DE 2016
LIGA PORTUGUESA
Sporting escorrega em casa e tem Benfica a dois pontos
O Sporting escorregou na 18ª jornada ao empatar com o Tondela em
casa. O Benfica aproveitou e colocou-se a dois pontos do seu rival ao
vencer o Estoril-Praia. Já o FC Porto voltou a perder, desta vez em
Guimarães, e está agora a cinco pontos do líder.
O FC Porto perdeu o ‘comboio’
da frente da I Liga, ao perder por
1-0 com o Vitória de Guimarães,
naquele que foi o único triunfo da
equipa da casa até ao momento
na 18.ª jornada.
Numa jornada que começou
com o empate do Sporting com
o Tondela (2-2), os ‘dragões’ não
souberam imitar o Benfica e, ao
invés de diminuírem a diferença
para o líder, aumentaram-na, muito por demérito de Iker Casillas.
O guarda-redes espanhol deixou muito a desejar no lance do
único golo do encontro, ao deixar escapar uma bola que Bouba Saré, aos quatro minutos, não
desperdiçou para garantir a única
vitória caseira da jornada, disputados oito dos nove jogos.
A derrota do FC Porto torna-se
ainda mais curiosa por ter sido às
mãos de Sérgio Conceição, aquele que, nos últimos dias, tem sido
insistentemente apontado como
O Sporting recebeu o Tondela, último classificado, e não foi além do
empate
o futuro técnico ‘azul e branco’
e que, depois do apito final, foi
rodeado num abraço pelos seus
jogadores.
Os portistas perderam pela
segunda vez no campeonato e
pela primeira sob o comando do
treinador interino Rui Barros e
desperdiçaram a oportunidade
de igualar o Benfica no segundo lugar, uma vez que mantêm
os 40 pontos, menos três do que
os ‘encarnados’, e de se aproximarem do Sporting, primeiro com
45 pontos.
Exceção feita ao Vitória de
Guimarães, que agora é sexto,
com 26 pontos, a 18.ª foi uma
jornada propícia aos visitantes
na I Liga, uma jornada em que a
teórica vantagem do fator casa se
converteu num desilusão para o
Nacional, Arouca e Rio Ave, derrotados nos seus estádios, respetivamente por Sporting de Braga,
Moreirense e Belenenses, sempre
pela margem mínima.
Foi o Sporting de Braga a
equipa que mais perto esteve de
um triunfo forasteiro mais dilatado, mas os últimos minutos do
encontro com o Nacional, no Fun-
Com o desaire na cidade minhota, os Dragões atrasaram-se na corrida
ao título
chal, foram uma aflição para o
quarto classificado, que acabou
por vencer por 3-2.
Boly esteve no melhor e no
pior dos bracarenses, marcando
o primeiro golo do encontro, aos
Os encarnados estão agora a dois pontos do Sporting, depois da vitória
em casa do Estoril-Praia
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20 minutos, e cometendo a grande penalidade que lhe valeu a expulsão e o golo do empate aos
insulares, após conversão bem-sucedida de Willyan, aos 25.
A expulsão de Zainadine, aos
57, deixou as equipas em igualdade numérica e permitiu aos
bracarenses soltarem-se. O efeito do equilíbrio foi imediato, com
Pedro Santos, aos 59, e Stojiljkovic, aos 77, a entregarem o triunfo aos visitantes.
No entanto, o golo de Salvador Agra, aos 85, ainda fez estremecer o quarto classificado
do campeonato, que segurou os
três pontos (soma agora 32) para
se distanciar do seu perseguidor
mais direto, o Paços de Ferreira,
que tem 29. O Nacional é 15.º,
com 17.
Mais surpreendente terá sido
a primeira vitória como visitante do Belenenses, que foi a Vila
do Conde ganhar ao Rio Ave, por
2-1.
Filipe Ferreira colocou os ho-
DESPORTO
22 DE JANEIRO DE 2016
P
J
V
E
D
GOLOS
1º
SPORTING
45
18
14
3
1
37-11
2º
3º
BENFICA
FC PORTO
43
40
18
18
14
12
1
4
3
2
47-12
36-11
4º
SP. BRAGA
32
18
9
5
4
28-13
5º
P. FERREIRA
29
18
8
5
5
26-19
6º
VITÓRIA SC
26
18
7
5
6
23-26
7º
RIO AVE
25
18
7
4
7
27-26
8º
FC AROUCA
24
18
5
9
4
23-21
9º
VITÓRIA FC
22
17
5
7
5
28-30
10º
MARÍTIMO
21
18
6
3
9
26-36
11º
BELENENSES
21
18
5
6
7
22-37
12º
ESTORIL PRAIA
20
18
5
5
8
15-21
13º
14º
MOREIRENSE
20
20
18
5
5
5
5
8
8
21-28
11-22
17
18
18
17
18
4
5
9
19-26
4
2
5
4
9
11
17-32
9-27
2
3
13
12-29
15º
U. MADEIRA
NACIONAL
16º
17º
A. ACADÉMICA
BOAVISTA
18º
TONDELA
17
10
9
18
18ª JORNADA
19 ª JORNADA
SPORTING - TONDELA, 2-2
ACADÉMICA - P. FERREIRA, 1-1
MARÍTIMO - UNIÃO DA MADEIRA, 0-1
ESTORIL-PRAIA - BENFICA, 1-2
RIO AVE - BELENENSES, 1-2
AROUCA - MOREIRENSE, 1-2
NACIONAL - SP. BRAGA, 2-3
V. GUIMARÃES - FC PORTO, 1-0
BOAVISTA - VIT. SETÚBAL
SEXTA-FEIRA, 22 JANEIRO
V. SETÚBAL – ACADÉMICA,
20:30 (SPORT TV)
SÁBADO, 23 JANEIRO
MOREIRENSE - ESTORIL-PRAIA,
16:00
U. MADEIRA – NACIONAL,
16:15 (SPORT TV)
BENFICA - AROUCA, 18:30 (BTV)
P. FERREIRA - SPORTING,
20:45 (SPORT TV)
mens do Restelo em vantagem
aos 12 minutos, cabendo a Ukra
a autoria do empate, aos 25. O
primeiro triunfo do Belenenses ficou concretizado ainda antes do
intervalo, com o golo de Fábio
Sturgeon, aos 41.
O resultado atrasou o Rio Ave,
agora sétimo com 25 pontos, na
luta pelos postos europeus e afastou os ‘azuis’ dos lugares de aflição, deixando-os na 11.ª posição, com 21.
Mais aliviado no fundo da tabela está também o Moreirense,
que saiu de Arouca com um 2-1
arrancado a ferros com a conversão de uma grande penalidade no
último minuto.
No Estádio Municipal de
Arouca, David Simão deu vantagem aos anfitriões, aos 15 minutos, na conversão de uma grande
penalidade, mas a formação de
DOMINGO, 24 JANEIRO:
BELENENSES - V. GUIMARÃES,
16:00 (SPORT TV)
SP. BRAGA - RIO AVE,
18:15 (SPORT TV)
FC PORTO - MARÍTIMO,
20:30 (SPORT TV)
SEGUNDA-FEIRA, 25 JANEIRO
TONDELA - BOAVISTA,
20:00 (SPORT TV)
Moreira de Cónegos encetou uma
reviravolta, graças aos tentos do
francês Pierre Sagna e do ‘capitão’ Vítor Gomes, aos 24 e 90+3,
respetivamente.
O Moreirense subiu ao 13.º
lugar, com os mesmos 20 pontos
do Estoril-Praia e União da Madeira, enquanto o Arouca desceu
ao oitavo posto, com 24 pontos.
p.31
II LIGA
Desportivo de Chaves ganha
vantagem na corrida à subida
Com a vitória frente ao Sp. Covilhã, o Desp. Chaves mantém-se na segunda posição, a seis do FC Porto B, que bateu por 4-2 na receção ao
Santa Clara, mas aumentou para três pontos a vantagem sobre os principais perseguidores, que passaram a ser o Gil Vicente e o Freamunde.
O Desportivo de Chaves ganhou
vantagem na corrida pela promoção
ao vencer o Sporting da Covilhã por
1-0, em jogo da 25.ª jornada da II
Liga, que continua a ser liderada
pelo FC Porto B.
Um golo do avançado Barry,
marcado logo aos dois minutos, foi
suficiente para a equipa flaviense
assegurar o triunfo, ainda que tenha
passado depois por alguns sobressaltos frente a um adversário posicionado na zona de despromoção,
no 21.º lugar.
O Chaves manteve-se na segunda posição, a seis do FC Porto B, que
bateu por 4-2 na receção ao Santa
Clara, mas aumentou para três pontos a vantagem sobre os principais
perseguidores, que passaram a ser
o Gil Vicente e o Freamunde.
Na prática, o Chaves é a primeira equipa na corrida pela subida à I
Liga, uma vez que as equipas B só
podem ser promovidas ao escalão
principal em caso de despromoção
das representações principais.
O Gil Vicente esteve a perder em
casa frente ao Sporting de Braga B,
mas um ‘bis’ do avançado Simy lançou os gilistas para um triunfo folgado, por 4-1, enquanto o Freamunde
somou o sétimo jogo seguido sem
perder, apesar de apenas ter marcado os golos da vitória por 2-0 sobre
o Varzim durante a segunda parte.
O grande derrotado da jornada
foi o Feirense, que caiu da terceira
para a quinta posição, tendo sido ultrapassado pelo Gil Vicente e Freamunde e igualado pelo Portimonense – que tinha vencido no sábado o
Académico de Viseu por 1-0 -, ao
perder por 1-0 no estádio do Desportivo das Aves.
O avançado Theo Mendy entrou
para história do Desportivo das Aves
ao marcar aos 59 minutos o 800.º
golo do clube na competição, na
qual se assume como o clube com
maior número de jogos realizados,
com um total de 644.
Rivais na I Liga, a realidade de
FC Porto e Benfica é bem diferente
no escalão secundário, com a equipa ‘B’ dos lisboetas a cair para a
zona de despromoção, por troca
com o Penafiel, depois de perder por
1-0 no terreno dos penafidelenses,
na sequência do golo marcado aos
90+1 minutos pelo suplente Gonçalo Abreu.
Equidistante de ‘águias’ e ‘dragões’, o Sporting B desceu para a
10.ª posição, ao empatar a uma
bola na receção ao Mafra, enquan-
to a Oliveirense conquistou o terceiro triunfo na prova, sobre o Farense,
mas nem por isso deixou a última
posição do campeonato.
25ª JORNADA
V. GUIMARÃES B - ORIENTAL, 1-1
A. VISEU - PORTIMONENSE, 0-1
PENAFIEL - BENFICA B, 1-0
GIL VICENTE - SP. BRAGA B, 4-1
OLHANENSE - FAMALICÃO, 0-1
OLIVEIRENSE - FARENSE, 3-1
VARZIM - FREAMUNDE, 0-2
ATLÉTICO - LEIXÕES, 0-1
DESP. AVES - FEIRENSE, 1-0
SPORTING B - MAFRA, 1-1
FC PORTO B - SANTA CLARA, 4-2
DESP. CHAVES - SP. COVILHÃ, 1-0
26ª JORNADA
BENFICA B – ATLÉTICO
ORIENTAL - FC PORTO B
SANTA CLARA - OLIVEIRENSE
PORTIMONENSE - DESP. AVES
FAMALICÃO - DESP. CHAVES
MAFRA - FEIRENSE
SP. BRAGA B - A. VISEU
SP. COVILHÃ - GIL VICENTE
FARENSE - SPORTING B
FREAMUNDE - V. GUIMARÃES B
LEIXÕES - VARZIM
PENAFIEL - OLHANENSE
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p.32
DESPORTO
22 DE JANEIRO DE 2016
FUTEBOL
ANDEBOL
Renato Sanches eleito
futebolista jovem em
dezembro
Colégio de Gaia
mais longe dos
‘quartos’
O novo menino-bonito do Estádio da Luz foi
eleito o melhor futebolista jovem do mês de dezembro na votação realizada pelo Sindicato de
Jogadores de Futebol Profissional.
O médio do Benfica Renato
Sanches, de 18 anos, foi eleito o
melhor futebolista jovem de dezembro na I Liga, na votação levada a
cabo pelo Sindicato de Jogadores
de Futebol Profissional.
Renato Sanches, que se estreou
na equipa principal do Benfica a 30
de outubro (como suplente utilizada na vitória fora frente ao Tondela
por 4-0) e chegou a titular a 25 de
novembro (empate fora 2-2 com o
Astana), mereceu 15,87 por cento
das preferências.
O jogador bateu na votação
o também médio Ruben Neves
(14,02 por cento), do FC Porto, e
André Moreira (12,69), do União
da Madeira.
Na II Liga, a escolha recaiu no
guarda-redes Vítor São Bento (Farense), com 10,63 por cento, seguido de Francisco Geraldes (Sporting B), com 9,99, e de Pedrinho
(Freamunde), com 9,43.
A eleição, destinada a futebolis-
tas que até à data de inscrição tenham completado 23 anos, é feita
através da votação realizada no site
do SJPF (ponderação final de 40%)
e das notas atribuídas pela imprensa desportiva diária.
PUB
Renato Sanches já
conquistou os adeptos
do Benfica, assumindo-se
cada vez mais como uma peça
fundamental na estratégia
das águias.
A equipa de andebol feminino do Colégio de Gaia foi derrotada em casa pelo HC Karpaty da
Ucrânia, por 23-14, pelo que dificilmente atingirá os quartos de
final da Challenge Cup.
A jogar em casa, as gaienses
já perdiam em casa ao intervalo, mas apenas por um golo (87), pelo que foi no segundo tempo que praticamente hipotecaram
as suas aspirações, já que têm de
recuperar nove golos.
Ana Gante, com cinco golos,
Patrícia Lima, com três, e Bebiana Sabino, com dois, foram
as únicas atletas lusas a marcar
mais do que um golo.
Nas ucranianas, Daria Kot,
com oito, e Maryna Liebiedieva, com sete, marcaram, juntas, mais golos do que o conjunto português.
TÉNIS
João Sousa mantem 33º
lugar no ‘ranking’ mundial
O tenista português João Sousa
manteve o 33.º lugar do ‘ranking’
mundial, numa lista que continua a
ser liderada confortavelmente pelo
sérvio Novak Djokovic.
João Sousa estreou-se na temporada de 2016 com uma derrota
logo na primeira ronda do torneio
neozelandês de Auckland, mas na
atualização da classificação mundial manteve-se no lugar 33.
Esta posição permitiu a João
Sousa figurar entre os 32 cabeças
de série do Open da Austrália, face
à ausência, por lesão, do francês
Richard Gasquet, número nove do
mundo.
Ainda entre os portugueses,
Gastão Elias também manteve o
135.º lugar, enquanto Frederico Silva, que este mês chegou às meias-finais do ‘challenger’ de Banguecoque, deu um ‘salto’ de 26 lugares,
fixando-se na posição 272.
No grupo dos dez melhores do
mundo, não houve ‘mexidas’, com
o ‘clube de elite’ a ser liderado por
larga margem por Djokovic.
Na classificação feminina, a
norte-americana Serena Williams
continua ‘alojada’ no primeiro posto, também com larga vantagem
sobre a perseguidora direta, a romena Simona Halep.
Entre a elite do ‘top-10’, a única ‘mexida’ foi protagonizada pela
alemã Angelique Kerber, que subiu
uma posição, para o sexto lugar.
Michelle Larcher de Brito, eliminada na terceira e última ronda
do torneio de qualificação para o
Open da Austrália, ganhou uma posição e ocupa agora o lugar 221.
A número 1 portuguesa esteve
a competir em Melbourne com ‘ranking’ protegido, pois regressou aos
‘courts’ neste torneio após se ter lesionado no pulso direito em junho
do ano passado, no ‘qualifying’ de
Wimbledon.
CIÊNCIA & INOVAÇÃO p.33
22 DE JANEIRO DE 2016
DESENVOLVIDO POR DUAS INSTITUIÇÕES PORTUGUESAS E UMA NORUEGUESA
É apresentado como um projeto pioneiro
a nível mundial e pretende tornar possível
o acesso à Internet, em banda larga e com
baixo custo, em zonas remotas do oceano,
a mais de 100 km da costa. Está a ser
desenvolvido por portugueses e noruegueses
e tem como objetivo facilitar a exploração
de recursos minerais e a monitorização
ambiental.
Infografia: site BLUECOM+
Um grupo de investigadores
portugueses e noruegueses juntaram esforços e conhecimentos
para levarem até às zonas mais
remotas do oceano a Internet em
banda larga e com baixo custo, utilizando a tecnologia Wi-Fi e 4G.
O
objetivo
do
projeto
BLUECOM+(http://bluecomplus.
inesctec.pt), “é facilitar atividades
como a exploração de recursos
minerais no fundo oceânico, monitorização ambiental ou atividades mais tradicionais como a pesca ou o transporte marítimo, que
exigem cada vez mais o acesso a
comunicações no mar, de modo a
ligar pessoas e sistemas à Internet”, informa uma nota divulgada
à imprensa pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC
TEC), um dos parceiros do projeto.
Os outros dois são o Instituto
Português do Mar e da Atmosfe-
ra (IPMA) e a empresa norueguesa
MARLO AS. O conceito do projeto
baseia-se na utilização de balões
de hélio ancorados, por exemplo,
em boias, embarcações ou parques eólicos, que formam uma
rede voadora emalhada de banda
larga a operar nas bandas de frequência libertadas pela televisão
analógica, de modo a garantir ligações rádio de longo alcance.
Rui Campos, investigador do
INESC TEC e coordenador do projeto, revela que a grande novidade assenta em três componentes:
a exploração em ambiente marítimo das bandas de frequência libertadas pela televisão analógica;
a utilização de combinações de balão de hélio e papagaio que funcionam como pontos de acesso sem
fios; repetidores de sinal de elevada altitude, com benefícios para
a propagação rádio e consequentemente para o alcance das co-
municações e o acesso à Internet
em banda larga em zonas remotas do oceano usando tecnologias
normalizadas.
“A conjugação destas três componentes vai permitir, por exemplo, que um utilizador numa embarcação a 100 km da costa possa
aceder à Internet de banda larga,
usando o seu smartphone, sem ter
que fazer qualquer atualização de
hardware ou software no seu dispositivo. Esta é uma novidade à
escala mundial e uma alternativa
às comunicações via satélite, que
são hoje a única solução disponível”, explica Rui Campos.
PROTÓTIPO SERÁ TESTADO
NO VERÃO
O projeto, que termina em dezembro de 2016, tem como objetivo último construir um protótipo
da solução de comunicações sem
fios e demonstrá-lo em ambiente
NA ÁREA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Abertas candidaturas para estágios de
investigação na Carnegie Mellon University
Estão abertas até 25 de fevereiro as candidaturas ao programa
de estágios em investigação (UIP),
na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, na Carnegie
Mellon University (CMU). Promovido pelo CMU Portugal e financiado pela Fundação para a Ciência e
a Tecnologia (FCT), o programa de
estágios abre oportunidades de integrar um ambiente de investigação
internacional. “São cerca de 30 os
jovens de sete instituições de ensino superior portuguesas envolvidos no programa de estágios em
investigação na área das Tecnologias de Informação e Comunicação”
naquela universidade norte-ameri-
Projeto pioneiro vai
leva Internet a zonas
remotas ao oceano
cana, informa uma nota divulgada
pela CMU Portugal.
Direcionados a estudantes de
mestrado ou recém-mestres, os estágios proporcionam aos participantes uma estadia de oito a 12
semanas na CMU, nos campus de
Pittsburgh ou de Silicon Valley, nos
Estados Unidos, período durante o
qual “os estudantes são integrados
na comunidade da CMU e desenvolvem o seu plano de trabalhos em
conjunto com os seus orientadores
na Carnegie Mellon e em Portugal”,
explica a nota.
Lançado em 2014, o UIP já envolveu jovens de sete instituições de
ensino superior portuguesas: Cató-
lica Lisbon School, Instituto Politécnico de Coimbra, Universidade de Coimbra, Universidade Nova
de Lisboa, Universidade da Madeira, Universidade de Lisboa e Universidade do Porto. Os investigadores portugueses e da CMU que
acompanham os jovens participantes ao longo do período do estágio
fazem uma avaliação positiva desta experiência, destacando a qualidade dos resultados do trabalho
de colaboração desenvolvido, bem
como o alto nível de desempenho
dos participantes.
As candidaturas podem ser
apresentadas através do site www.
cmuportugal.org.
marítimo, no verão de 2016, recorrendo a duas embarcações do
IPMA que vão funcionar como pontos de ancoragem dos balões de
hélio e papagaio. “Tendo em conta a escassez de comunicações de
banda larga em ambiente marítimo e a atividade crescente no mar,
do nosso ponto de vista, o potencial económico do projeto é muito elevado”, salienta Rui Campos.
Na opinião do investigador, a
solução desenvolvida poderá ter
impacto nos vários setores da chamada ‘Economia Azul’, incluindo
o transporte marítimo, as pescas,
a aquacultura offshore, o turismo,
a náutica de recreio e a exploração de recursos minerais no fundo oceânico, contribuindo para a
dinamização da economia digital
em ambiente marítimo e convergência com o cenário de comunicações existente em terra.
“Sendo este um projeto inovador, a tecnologia desenvolvida tem
potencial de exportação e os modelos de negócio que vão ser estudados ainda durante o projeto
vão ter aplicabilidade a nível mundial”, assegura o coordenador do
projeto.
Desde 12 de janeiro de 1970
Há 46 anos a divulgar projetos
inovadores de origem portuguesa
p.34
MÚSICA
22 DE JANEIRO DE 2016
DAVID BOWIE
O homem que inspirou gerações...
David Bowie lançou este mês, no dia do seu 69º aniversário, o álbum “Blackstar”,
o 25º da carreira, onde se apresentou como um ‘rocker’ ainda apostado em surpreender, ao enveredar por alguma experimentação jazz. Morreu dias depois, aos 69
anos, após uma batalha de 18 meses contra o cancro. David Bowie atuou duas vezes em Portugal, em 1990, no antigo estádio de Alvalade, e seis anos depois no
festival Super Bock Super Rock, também em Lisboa.
Na conta oficial do Twitter de
David Bowie, a última entrada, datada de 10 de janeiro de 2016, refere que o músico “morreu pacificamente e rodeado da sua família,
após uma corajosa batalha de 18
meses contra um cancro”.
“Enquanto muitos de vocês vão
partilhar esta perda, pedimos que
respeitem a privacidade da família
neste momento de dor”, pode ler-se ainda.
Foi assim que o mundo ficou a
saber que David Bowie tinha morrido e o mundo da música tinha ficado mais pobre ao perder um grande artista.
O produtor musical Luís Montez confirma esta perda, considerando que o músico britânico era
“um artista muito à frente”, criativo e uma referência para qualquer
artista.
“Ele era muito criativo e tinha
sobretudo uma capacidade de se
reinventar constantemente. Por alguma razão era o conhecido como
o camaleão. Além da música que
fez em Inglaterra, nos Estados Unidos, depois foi para Berlim, onde
teve influência da música eletróniPUB
ca”, salientou à agência Lusa Luís
Montez, que em 1995 trouxe o
músico a Portugal, no âmbito do
festival Super Bock Super Rock.
No entender do diretor da empresa Música no Coração, David
Bowie “era um artista muito à frente, que apontava sempre os caminhos e era uma referência para todos os músicos. “Não há nenhum
artista que não conheça a obra e
quem está na música tem de conhecer a música de David Bowie,
porque era fundamental”, vincou.
Luís Montez contou à Lusa
que em 1995, quando trouxe David Bowie a Portugal pela segunda
vez (este atuou antes em Portugal
em 1990), teve um contacto muito
circunstancial com o músico. “Foi
um contacto circunstancial. Ele foi
cantar ao Super Bock Super Rock
ainda em Alcântara e era uma artista dos pés à cabeça, no sentido
de que era uma estrela. Tinha uma
série de gente sempre à volta, era
uma megaestrela”, recordou.
Apesar disso, Luís Montez lembra que o concerto teve pouca adesão do público
“Fiquei com a ideia de que per-
di como promotor. O dia do David
Bowie não teve muita adesão do
público. A imprensa e os críticos
gostam muito dele, mas depois não
teve muita correspondência no público. Não é que seja para uma elite, mas não é para as grandes massas”, referiu à Lusa.
Também David Ferreira, antigo
diretor da EMI – Valentim de Carvalho, lamentou a morte do músico britânico, considerando que se
perdeu um “grande criador de música” e um “grande manipulador”.
“David Bowie, além de ter sido
um grande criador de música, foi
também um grande manipulador”, disse David Ferreira à agência Lusa.
David Ferreira justificou o facto
de David Bowie ter sido “um grande manipulador”, lembrando que
o público não fazia ideia de que o
músico britânico lutava contra um
cancro, conseguindo afastar a imprensa do assunto.
“Pensando no que deve ter sido
horrível estes 18 meses, em que
não fazíamos ideia de que ele lutava contra a doença, esta última
grande manipulação ele ganho-a.
Não venceu a doença, mas venceu a curiosidade doentia de muita imprensa, sobretudo em Inglaterra, onde a imprensa tabloide é
doentia, foi praticamente cruel no
caso do cancro de Jorge Harrison,
há 15 anos”, lembrou.
David Ferreira, que editou Bowie em Portugal, sublinhou que o
músico britânico, ao manter no privado a doença que lhe causou a
morte, “venceu a imprensa, que
não merece esse nome”.
O editor lembrou que aquele
a que muitos chamaram de “Camaleão” foi, sem dúvida, “um dos
maiores vultos da música pop”,
acrescentando que na noite noite passada, curiosamente, esteve
a ler um artigo de uma revista de
música inglesa, um top dos 200
melhores álbuns da história votados por críticos de música, no qual
surgem sete do músico britânico.
“Sete dos 200 são de David Bo-
wie, salvo erro, todos na década
de [19]70. É impressionante, dá-lhe um peso nessa década apenas comparável ao peso dos Beatles na década anterior. Na lista
dos artistas mais votados, que os
críticos também fizeram, à frente
de Bowie aparecem precisamente apenas os Beatles e depois Bob
Dylan. Rolling Stones e muitos outros aparecem depois de Bowie”,
sublinhou.
David Ferreira adiantou que,
aos sete discos de Bowie que aparecem na lista dos 200 melhores,
“muitos outros se poderiam acrescentar”, já que o músico britânico era uma figura “obrigatória e recorrente” para quem ouvia música.
“No final da década de 70,
quando veio o impacto do ‘punk’ e
depois a ‘new wave’, há o anúncio
de um disco que resume muito o
que as pessoas pensavam de Bowie. Dizia assim: ‘Há a velha vaga
(old wave) e a nova vaga (new
wave). E há David Bowie’. Este
anúncio era muito feliz, porque resumia a dificuldade em categorizar
a obra dele”, destacou.
Para David Ferreira, David Boie
foi capaz de “impor permanentemente novidade e experimentação,
tanto ao nível da música, como da
imagem”.
Para o jornalista e crítico musical Nuno Galopim a “morte era
mais um segredo e a despedida
mais uma encenação teatral, porque tudo em David Bowie sempre
foi teatro”.
“Ele soube desde muito cedo
separar o universo pessoal do artístico e tudo o que conhecemos
dele foi sempre a expressão de uma
construção artística, mesmo na
despedida. Ele projetou um disco
que levou cerca de uma ano a ser
gravado e já sabia o que se estava
a passar. Quando o disco saiu, era
mais ousado, mais inventivo dos
que os recentes discos e com proeminência particular de linguagens
artísticas”, frisou.
p.35 PORTUGAL
22 DE JANEIRO DE 2016
PORTUGAL COM DESTAQUE NA IMPRENSA INTERNACIONAL
Um país que é um paraíso para viver a reforma
Numa lista elaborada pela revista norte-americana ‘International Living’, Portugal surge na 10ª posição de um ranking que
avalia quais os melhores países para se viver os anos que sucedem a reforma. Destaque para a escassez de nomes europeus
entre os dez primeiros deste “Índice de Reforma Global”, sendo que apenas Portugal e Espanha marcam presença num top
dominado por países da América do Sul.
São muitas as pessoas que
decidem emigrar para procurar
trabalho mas, cada vez mais, vê-se um crescimento do número de
pessoas que saem do país após
trabalhar “uma vida inteira”, com
o objetivo de mudar de ares e procurar melhores condições de vida
para viver a reforma. Começa então a procura por um local que
possam considerar um paraíso
para viver os anos que se seguem.
De entre os países
europeus apenas
Portugal e Espanha
conseguem um
lugar entre os dez
melhores, fechando
o top nos últimos
lugares. Com um
resultado de 82,9
Portugal consegue
garantir a 10ª
posição.
A revista acima referida, no
intuito de facilitar esta pesquisa,
elege os 23 melhores países para
os reformados usufruírem do seu
estatuto, entre os quais se encontra Portugal. Liderado pelo Panamá, o ranking para 2016 é do-
minado por países do continente
americano, tais como Equador ou
México, que ocupam os restantes
lugares do pódio. Destaque ainda para a presença de Espanha
(9º), Malta (11º), França (13º),
Itália (16º) e Irlanda (20º), países que, em conjunto com Portugal, surgem em representação
da Europa.
Para enumerar os vários destinos a publicação tem em conta diversos factores. No total são
dez as variáveis que a International Living tem em conta – compra
e arrendamento de casas, benefícios e descontos, vistos de residência, custo de vida, adaptação, entretenimento, serviços de
saúde, estilo de vida saudável,
infra-estruturas e clima – e que,
depois de avaliadas de 0 a 100,
formulam o ranking. Contudo,
tratando-se a International Living
de uma publicação dos Estados
Unidos e juntando ao facto de a
lista ter uma percentagem elevada de países das Américas, a proximidade aos States mostra ter influenciado alguns dos resultados,
principalmente quanto se trata de
questões como a adaptação.
Jennifer Stevens, directora executiva da revista, revelou
através de uma nota oficial que
a longa pesquisa contou com o
apoio de “uma equipa cada vez
maior de correspondentes, edito-
res, e pessoas de todo o mundo”
e deixou elogios ao trabalho realizado, afirmando que o Índice de
Reforma Global “é o melhor recurso para ajudar alguém a encontrar o paraíso ideal para passar
a reforma”.
De entre os países europeus
apenas Portugal e Espanha conseguem um lugar entre os dez melhores, fechando o top nos últimos lugares. Com um resultado
de 82,9 pontos Portugal consegue a 10ª posição, ficando atrás
dos vizinhos espanhóis por apenas 7 décimas. Ambos os países
da Península Ibérica se destacaram no que toca às suas infra-estruturas, referente às redes de
estradas, transportes públicos ou
de telecomunicações e internet,
conseguindo os dois neste ponto
uma classificação de 93 em 100
possíveis.
Para a lista deste ano foram acrescentadas aos critérios
duas novas categorias, referentes à existência de um estilo de
vida saudável e às facilidades
em obter, na condição de emigrante, um visto de residência.
Estas duas novas categorias tiveram para Portugal um sabor agridoce - se na referente à existência de um quotidiano saudável o
país registou 88 pontos, na outra apenas conseguiu uma pontuação de 77 (o resultado mais
baixo obtido entre todos os critérios de avaliação), no que toca às
facilidades de obter um visto. No
entanto esperava-se uma pontuação mais elevada neste campo,
uma vez que o estatuto fiscal atribuído a reformados que venham a
viver em Portugal faz com que estes fiquem isentos do pagamento
da taxa de IRS durante 10 anos,
sendo este um dos factores com
mais peso na escolha por parte
dos imigrantes.
Esta lista, publicada pelo 24º
ano consecutivo e muito concei-
tuada na sua área, vem consolidar a imagem de Portugal como
um paraíso para quem deseja
uma vida de descanso e lazer.
Apesar da conhecida dificuldade económica que o país atravessa nada lhe poderá retirar o
seu encanto e a simplicidade que,
em conjunto com “um bom clima
e uma dieta mediterrânea”, como
o escreve a revista norte-americana, fazem deste pequeno país
à beira-mar plantado um refúgio
perfeito para colher os frutos de
uma longa vida de trabalho árduo.
Desde 12 de janeiro de 1970
Sempre a levar as melhores
notícias que fazem a diferença
p.36
BOA MESA
22 DE JANEIRO DE 2016
Culinária
CARNE
Esparguete com Natas e Bacon
PORQUE SABE SEMPRE BEM...
Vitamina de Gelatina
INGREDIENTES
1/2 pacote de gelatina morango; 1 pote de iogurte natural;
100 ml de leite magro
PREPARAÇÃO
Comece por bater todos os ingredientes no liquidificador com
oito cubos de gelo.
De seguida, pode usar a gelatina zero de qualquer sabor.
PEIXE
Quiche de Camarão
INGREDIENTES
1 lata de cogumelos
100 gramas de bacon
1 pacote de natas
1 dose de esparguete por pessoa
Sal q.b.
Pimenta q.b.
Milho ou Salsicha
PREPARAÇÃO
Comece por cozer a massa em
água temperada com sal.
Corte os cogumelos e o bacon do modo que preferir e, de seguida, coloque-os num refogado
com uma colher de manteiga durante aproximadamente 5 minutos ou até achar que os cogume-
los e bacon estão suficientemente
tostados.
Adicione as natas e tempere
com sal e pimenta. Caso ache necessário baixe a temperatura do
lume enquanto deixa que o molho engrosse.
Retire a massa do lume e escorra-a bem.
INGREDIENTES
1 pacote de massa quebrada
congelada
1 tomate picado
1 dente de alho picado
1 cebola picada
300 g de camarão médio
descascado
1 c. sopa de farinha de trigo
4 ovos
150 ml de natas
150 g de queijo ricota
Alecrim
Sal q.b
PREPARAÇÃO
Comece por estender a massa
quebrada e coloque em tarteiras.
Com um garfo, pique o fundo e
coloque papel vegetal com feijões
por cima, para evitar que a massa
cresça. Leve ao forno pré-aquecido a 180º C durante 10 minutos.
Retrie o papel e os feijões e
reserve.
Faça um refogado com o tomate, o alho e a cebola.
Adicione os camarões polvilha-
dos com farinha e tempere com sal
e pimenta. Tape a panela e deixe
cozinhar 2 minutos.
Retire do lume e junte os ovos,
as natas, o queijo e o funcho picado. Misture tudo bem.
Coloque o recheio sobre a massa e leve ao forno durante 20 minutos. Sirva as quiches mornas.no
mínimo.
No fim, sirva acompanhado de
uma dose arroz branco, polvilhado
com hortelã.
SOBREMESA
Castanhas de Ovos e Amêndoa
INGREDIENTES
375 g de miolo de amêndoa
1,5 dl de água
350 g de açúcar
15 gemas de ovo batidas para
pincelar
Farinha
PREPARAÇÃO
Num tacho coloque a água e o
açúcar ao lume.
Deixe ferver em lume brando até a calda atingir ponto pérola (mergulhe uma colher na calda
e levante-a, deve cair um fio resistente, cuja extremidade se assemelha a uma pérola).
De seguida, pique e adicione a
amêndoa e deixe ferver, durante alguns minutos.
Retire do lume e deixe amornar.
Acrescente as gemas batidas e
leve novemente ao lume, sem parar
de mexer até fazer estrada no fundo do tacho.
Quando estiver pronto, retire do
lume.
Sobre uma mesa de trabalho
deite o doce, retire pedacos e com
a ajuda de um pouco de farinha,
tenda pequenos bolos com o formato de castanhas.
Leve-as ao forno aquecido no
maximo, pinceladas com gema.
Deixe tostar durante alguns minutos, com cuidado para não permitir que queimem.
Quando achar suficiente retire,
deixe arrefecer um pouco e sirva sobre forminhas de papel.
PARABÉNS
22 DE JANEIRO DE 2016
Parabéns a você
JAN Dia Mundial do
15
Compositor
Erika Mantovani
Santos
Eurico Francisco
Dallas
Fatima Goncalves
Paris
Fausta Silva
Nova Iguacu
Francisco Afonso
Louvres
Heladio Filho
Rio De Janeiro
Jaime Faria
Itaborai
Joaquim Coelho
Geneve 21
Joaquim Gomes
Aire
Jose Camacho
Jersey, C.I.
Jose Feliciano
Sarcelles
Jose Marafonas
Aichach
Luis Matos
Rio De Janeiro
Maria Moreira
Vila Nova De
Gaia
Paulo Paixao
Dammarie Les Lys
Pereira Margarida
Canillo
Ricardo Silva
Rio De Janeiro
Rosa Martins
Rio De Janeiro
Silvino Francisco
Rio De Janeiro
Tereza Gouveia
London
Torcato Soares
Toulouse
Victor Cristina
Neuchatel
Brasil
U.S.A.
França
Brasil
França
Brasil
Brasil
Suíça
Suíça
Inglaterra
França
Alemanha
Brasil
Portugal
França
Andorra
Brasil
Brasil
Brasil
Inglaterra
França
Suíça
JAN Dia de São Berardo e
16 companheiros mártires
Adelino Cardoso
Noiseau
Adelino Mendes
London
Adelino Rodrigues
Nierstein
Afonso Lucia
La Massana
Almeida Alberto
Versailles
Almerindo Guilherme
Staufenberg
Antonio Ribeiro
Stuttgart
França
Inglaterra
Alemanha
Andorra
França
Alemanha
Alemanha
Armando Vaz
Maulbronn
Beatriz Arraes
Rio De Janeiro
Carlos Reis
Ingre
Cavadas Bruno
Andorra La Vella
Couto Paula
La Massana
Domingos Carneiro
Sens
Ernesto Azedo
Montreuil
Fagundes Joaquim
Cambridge
Jose Castanho
Joue-les-tours
Jose Cunha
London
Jose Pires
Haguenau
Jose Pires
Haguenau
Lilia Cordeiro
Graulhet
Luciano Magalhaes
Rio De Janeiro
Lupercio Conde
Santos
Manuel Gilberto
Maringa
Manuel Medeiros
Mios
Manuel Rodrigues
Paris
Nelson Teixeira
Baiersbronn
Pacheco Marcelo
Bremen
Silva Manuel
Lamadelaine
Silva Odete
Goussainville
Tereza Santos
Rio De Janeiro
JAN
17
Alemanha
Brasil
França
Andorra
Andorra
França
França
Canadá
França
Inglaterra
França
França
França
Brasil
Brasil
Brasil
França
França
Alemanha
Alemanha
Luxemburgo
França
Brasil
Dia de Santo Antão
Antonio Oliveira
Paris
Antonio Silva
Lancy
Armando Antunes
Grenoble
Azevedo Fatima
Andorra La Vella
Bettina Vilsmeier
Winterthour
Camilo Crespo
Frankfurt
Candido Pinto
Lehenfeld
Da Francisco
Neus-brich
Diamantino Santos
Mouy
França
Suíça
França
Andorra
Suíça
Alemanha
Alemanha
França
França
p.37
“O Emigrante/ Mundo Português” dá os parabéns a todos os seus leitores que festejam nesta data o seu aniversário. Para que fique para a história e para que esta continue a ser a página de sucesso que tem sido até aqui, envie-nos
a sua data de nascimento e passará a fazer parte desta grande família que é “O Emigrante/Mundo Português”.
Francisco Teixeira
Maputo
Jaime Silva
Naugatuck
Joao Cereijo
Hamburg
Joao Pereira
Puteaux
Joaquim Ribeiro
Wesel
Jorge Sampaio
Uccle
Jose Gomes
Sao Paulo
Jose Soares
Potomac
Lionel Lopes
Paris
Luis Lirio
Campinas
Luis Mendes
Oakville
Luis Seixas
Rio De Janeiro
Manuela Augusto
Nonvilliersgrandhoux
Maria Maldonado
Andorra La Vella
Maria Ribeiro
Andorra La Vella
Mazauric Francois
Calvisson
Moreira Marta
Boudry
Mouta Manuel
Escaldaes-engordany
Paulo Costa
Saint Herblain-nantes
Pereira Joaquim
Ordino
Roberto Costa
Montagne-demoutier
Sandro Gaspar
Mendrisio
Soares Manuel
Reims
Vitor Alves
Belfort
U.S.A.
Alemanha
França
Alemanha
Bélgica
Brasil
U.S.A.
França
Brasil
Canadá
Brasil
França
Andorra
Andorra
França
Suíça
Andorra
França
Andorra
Suíça
Suíça
França
França
JAN Dia Internacional do
18 Riso
Abel Pinto
Sarcelles
Albano Lopes
Ormesson S/
marne
Alice Rubi
Saint Priest
Aresta Luis
Aixirivall
Argentina Freitas
Rio De Janeiro
Candido Silva
Clermont Ferrand
Cardoso Jesus
Santa Coloma
França
França
França
Andorra
Brasil
França
Andorra
De Rafael
Andorra La Vella
Edmundo Alves
Isny
Fernando Rocha
Bouguenais
Helder Coelho
Bois-bougy
Isolina Calame
Geneve
Joao Ferreira
Rio De Janeiro
Jose Soares
Sao Paulo
Leda Montenegro
Rio De Janeiro
Liberato Mota
East Providence
Luis Mafra
Isselburg
Manuel Moreira
Wangen
Manuel Orfao
Bad Homburg
Manuel Ramos
Rio De Janeiro
Manuel Santos
Saint Gobain
Manuel Sequeira
Gerouville
Maria Barbosa
Blantyre
Nelson Santos
Bessancourt
Noemia Mira
Hardthof
Pereira Sylvie
Venissieux
Telmo Guerra
Andorra La Vella
JAN
19
Bélgica
Emilia Ramos
Burnaby
Idilio Reis
Hohenpeissenberg
Joao Bodas
Booran Road
Joao Carvalho
Hurden
Jose Pinto
Rio De Janeiro
Jose Pires
Wetter
Jose Silva
Santo Amaro, R
Julio Afonso
Branson
Manuel Fernandes
Pouilly Le Fort-vert St.
Manuel Marreiros
Uhingen
Maria Goncalves
Montreuil
Maria Ribeiro
Malakoff
Marques Carlos
Payerne
Matias Casimiro
Bremen
Mostardinha Joao
Strasbourg
Malawi
Vitorino Feliz
Troyes
Andorra
Alemanha
França
Suíça
Suíça
Brasil
Brasil
Brasil
U.S.A.
Alemanha
Alemanha
Brasil
França
Canadá
Alemanha
Austrália
Suíça
Brasil
Brasil
Suíça
França
Alemanha
França
França
Suíça
Alemanha
França
França
França
Alemanha
França
Andorra
Dia de São Canuto
Albano Filho
Rio De Janeiro
Brasil
Antonio Carvalho
Goussainville
França
Antonio Ramos
Sao Paulo
Brasil
Armindo Correia
Rio De Janeiro
Brasil
Artur Paulo
Luxemburgo
Mersch
Artur Silva
Arcueil
França
Cardoso Jeronimo
Cergy
França
Coelho Lucilia
Enghien Les Bains
França
Constantino Fernandes
London
Inglaterra
Damasio Martins
Hockenheim
Alemanha
De Jean
Aubonne
Suíça
Delfim Santos
Bezons
França
Dr Santos
Winnipeg
Canadá
JAN Dia em que Viana de
passa a ser
20 Castelo
Cidade
Adelino Pimpao
Sao Paulo
Almeida Odette
Marseille
Ana Memoli
Krefeld
Antonio Pereira
Belem
Antonio Silva
Bondi
Aristide Santos
Senlis
Carlos Leal
Sao Paulo
Crispim Santos
Duque De Caxias
Da Justino
Escaldaesengordany
Da Pereira
Gross-bieberau
Daniel Arribanca
Bonn
Elias Lopes
Vitry Sur Seine
Estevao Saboga
Belfort
Eusebio Coutinho
Hartford
Fernando Santos
Rio De Janeiro
Brasil
França
Alemanha
Brasil
Austrália
França
Brasil
Brasil
Andorra
Alemanha
França
França
U.S.A.
Brasil
p.38
HORÓSCOPO
22 DE JANEIRO DE 2016
Os nativos de capricórnio são bastante tradicionalistas e conservadores. Têm dentro de si um senso forte de hierarquia, o qual não quebrarão por nada no mundo. Não são de
criar inimigos, pois consideram que isso só iria atrapalhar sua projeção. Irão assumir postos secundários sem reclamar, ainda que abaixo de sua capacitação, sabendo que lealdade e determinação são por fim reconhecidas. O capricorniano tende a ser muito rígido com os outros e consigo mesmo. A disciplina é um elemento indispensável para indivíduos tão tenazes assim. O capricorniano se mantém forte e impassível, e não desiste, custe o que custar.
SIGNO DA ÉPOCA
CAPRICÓRNIO
22 dez a 20 jan.
CARNEIRO
21 mar. a 20 abr.
Durão Barroso
(23.03.1856)
TOURO
Marta Melro
(08.05.1985)
GÉMEOS
Carolina Patrocínio
(27.05.1987)
CARANGUEJO
Soraia Chaves
(22.06.1949)
LEÃO
João Galamba
(04.08.1976)
VIRGEM
Lourebço Ortigão
(09.08.1989)
21 abr. a 21
22 mai. a 21 jun.
21 jun. a 23 jul.
24 jul. a 23 ago.
24 ago. a 23 set.
Esta não deverá ser a altura de
se isolar mas pelo contrário é
ideal para trabalhar em equipa,
para se relacionar com amigos
ou colaborar em actividades
colectivas. Há um aumento da
sua criatividade e uma maior
abertura.
Neste momento a sua força estará mais virada para fora do
que para si. Muita da sua atenção estará concentrada na sua
relação de complementaridade,
do ponto de vista afectivo ou de
alguma sociedade ou contrato
que possa ter.
Durante esta semana estarão
beneficiados os contactos e
obrigações legais e o seu espírito estará aberto a novos conhecimentos, a novas culturas. Não
se prenda com detalhes pois o
que lhe interessa neste momento é a visão global dos assuntos.
O seu lado romântico, apaixonado e idealista estará sublinhado
nesta altura, sendo mais do que
nunca, difícil esconder os seus
sentimentos até porque quererá
mostrar-se tal como é. As suas
relações afectivas serão mais
intensas.
Grande necessidade de alargar
os horizontes através do diálogo e troca de impressões. O seu
poder de argumentação encontra-se muito desenvolvido. Não
fique só e procure a companhia
de alguém que o estimule intelectualmente.
Este é um período em que poderá ver-se envolvido em discussões supérfluas com vizinhos
ou parentes próximos, pois não
consente que alguém o contradiga considerando-o como um
ataque pessoal. Não gaste a sua
energia em conflitos.
BALANÇA
ESCORPIÃO
SAGITÁRIO
CAPRICÓRNIO
AQUÁRIO
PEIXES
Fernando Santos
(10.10.1954)
Rita Andrade
(17.11.1986)
Jéssica Atayde
(21.12.1985)
Telma Monteiro
(27.12.1985)
Ruben Rua
(08.02.1987)
Mariana Pacheco
(11.03.1992)
24 set. a 23 out.
24 out. a 22 nov.
23 nov. a 21 dez.
22 dez. a 20 jan.
21 jan. a 19 fev.
20 fev. a 20 mar.
Nesta semana sentir-se-á mais
jovem, com imensa energia e
vontade de se divertir. A sua
alegria esfuziante poderá no entanto não ser bem aceite. Procure rodear-se de pessoas que
estejam na sua sintonia. Fique
atento às suas necessidades.
Neste momento é você o centro da sua vida e não aceita que
ninguém lhe diga o que deve ou
não fazer. Poderá até agir com
brusquidão se lhe tentarem impor muitas restrições ou limites.
Não obstante, é possível que se
apaixone.
Neste período estão beneficiados os contactos, as comunicações e as pequenas viagens. Os
seus pensamentos estão mais
claros. Tem necessidade de trocar ideias com as pessoas que o
cercam e uma maior capacidade de se inserir no seu dia a dia.
Nesta fase procure a colaboração das pessoas certas pois em
conjunto conseguirão alcançar
os objectivos que têm em vista.
É um tempo produtivo que poderá originar algum stress. Para
se libertar desta tensão pratique
um desporto.
Ao longo deste período aproveite para exercer a sua opinião
em relação aos outros. Estará
também vulnerável para dar
mais de si mesmo ao próximo.
Em torno de si, todos sentirão
a sua autenticidade. Aproveite
também para se auto-analisar.
Nesta altura sentirá o seu lado
intelectual e criativo em plena
acção. Procure ter um controlo
consciente das suas emoções
para não perder a objectividade. O seu ponto de vista pode
não ser necessariamente o dos
outros.
Miradouros
Palavras Cruzadas
O Miradouro das Portas do
Sol situa-se em Lisboa e é
a varanda que todos os Lisboetas gostariam de ter em
suas casas. Para conhecer mais de Portugal, visite-nos em www.facebook.com/
emigrantemundoportugues.
Desde 12 de janeiro de 1970
Sudoku
Os jovens da diáspora foram
sempre uma preocupação nossa
Horizontais:
SOLUÇÕES
1.Fita aderente usada para proteger pequenas feridas; 2. Produto próprio para a limpeza dos
dentes; 3.Produto usado para
tornar o cabelo mais sedoso;
6. Pedaço de tecido ou de papel usado para as pessoas se assoarem, limparem o suor, etc; 7.
Substância líquida usada para
desinfectar pequenas feridas; 8.
Produto usado na limpeza do cabelo; 10. Cosmético usado para
dar ao cabelo um aspecto brilhante e sedoso.
SOLUÇÕES
Horizontais:
2. Produto utilizado para evitar o cheiro
da transpiração: DESODORIZANTE; 4.Pequeno adesivo pronto a usar que se aplica
sobre um ferimento ligeiro: PENSO; 5.
Pedaço de sabão fino e perfumado para a
higiene do corpo: SABONETE; 8. É usado para limpar os ouvidos: COTONETE;
9. Produto usado para fixar o penteado.
LACA; 11. Objecto com dentes, usado
para dar aos cabelos um aspecto cuidado.
PENTE
12. Produto líquido usado para tonificar a
pele. LOÇAO
Indepentemente de qual o nível de
dificuldade, o objetivo do Sudoku é sempre o mesmo: preencher os quadrados
em branco com um
número de 1 a 9.
Há, no entanto,
três regras que deve
respeitar: o mesmo
número não se pode
repetir nem na linha
horizontal, nem na linha vertical, nem no
mesmo quadrado.
Verticais:
Verticais:
1. Fita aderente usada para proteger pequenas feridas: ADESIVO; 2. Produto
próprio para a limpeza dos dentes: DENTIFRICO; 3. Produto usado para tornar
o cabelo mais sedoso: AMACIADOR; 6.
Pedaço de tecido ou de papel usado para
as pessoas se assoarem, limparem o suor,
etc: LENÇO; 7. Substância líquida usada
para desinfectar pequenas feridas: ÁLCOOL; 8. Produto usado na limpeza do
cabelo: CHAMPO; 10. Cosmético usado
para dar ao cabelo um aspecto brilhante
e sedoso: GEL
NOTA
2. Produto utilizado para evitar o
cheiro da transpiração e suor; 4.
Pequeno adesivo pronto a usar
que se aplica sobre um ferimento ligeiro; 5. Pedaço de sabão
fino e perfumado para a higiene
do corpo; 8. É usado para limpar os ouvidos; 9. Produto em
spray usado para fixar o penteado; 11. Objecto com uma espécie de dentes, usado para dar
aos cabelos um aspecto cuidado; 12. Produto líquido usado
para para tonificar a pele.
BOM FIM DE SEMANA
22 DE JANEIRO DE 2016
Cartoon da semana
O Dragão e a Águia vão voando e mantendo
o Leão no primeiro lugar
JOSÉ MANUEL DUARTE
As presidenciais onde não vai
acontecer mais nada...
Estas presidenciais fazem lembrar aqueles jogos de futebol chatos e compridos, onde
não acontece rigorosamente nada.
A equipa da casa já marcou meia dúzia
de golos e chega, os forasteiros querem ver
se não sofrem mais, e por isso, deixam-se
andar de fininho, meio adormecidos, a ver
se não chateiam mais ninguém e muito menos a eles. Os espetadores vão aguentando
o que podem, e muito antes do jogo acabar
vão saindo do estádio contentes uns e conformados outros.
Tudo isto me parece Marcelo Rebelo de
Sousa “em luta” contra nove candidatos “de
esquerda”, que se esqueceram de qualquer
coisa e deixaram o professor começar a campanha dois anos antes com os seus comentários televisivos.
E agora parece começar a ser tarde para
“acordar”, até porque a campanha eleitoral
há muito que acabou na realidade. Da grande fogueira do debate político, da esgrima
das ideias e da luta dos propósitos, restam
apenas umas quantas cinzas que por mais
que se soprem, já não se atiçam, precisamente porque a campanha eleitoral já é apenas um pequeno sopro.
Marcelo Rebelo de Sousa, a quem tudo
corre bem, sabe que quanto menos se mexer, melhor lhe correrão as coisas, por isso
vai deixando correr “o jogo” sabendo que já
tem meia dúzia de golos de vantagem e pouco falta para que acabe o jogo.
Parabéns aos que ainda jogam, acreditando ou não, e quando a si Prof. Marcelo,
seja bem vindo senhor presidente!...
FISGADA CERTEIRA...
«É espantoso que seja depois da
suposta “saída limpa” do programa
de ajustamento que se sucedem as
derrocadas bancárias»...
João César das Neves, Economista e Professor
na Universidade Católica, não perde a oportunidade de deixar vincado o seu pensamento
que tantas vezes trouxe a público.
O PESADELO...
afinal
Na passada semana ali para os lao pesadelo
dos do OLD VIC, onde se bebem alguns
cocktails com nomes engraçados (com
nome de políticos), umas quantas figuras ligadas ao CDS-PP brincavam e
riam muito alto com a saída (praticamente já assumida) do líder do partido. Trocavam o “autocolante” que reproduzimos e diziam que era para a
“nova campanha” para conquistar o partido. Claro que tudo não passava
de brincadeiras inocentes de quem se queria divertir num sábado à noite, bebendo um copo entre amigos. Até porque a ser a sério seria um pesadelo para quem? Ao que sabemos, tanto Assunção Cristas como Nuno
Melo têm sonos sossegados e profundos e não consta que sofram de pesadelos de qualquer espécie...
Desde 12 de janeiro de 1970
JOÃO CÉSAR DAS NEVES | Economista
“O que é que têm em comum, Han Solo, Marine Le Pen e
António Costa? - Envelhecimento”
46 anos a mostrar-lhe aquilo em
que somos realmente únicos
A (in) Decisão
NUNO MELO e ASSUNÇÃO
CRISTAS continuam o seu
jogo de “empurra” pela liderança do CDS-PP, tipo “vai
tu”, “não! Vai tu primeiro”,
“só se tu fores também”,
“mas assume tu, vá lá”, “só
se tu assumires primeiro...
Enquanto isso a malta da
má-língua espera sentada
porque o governo está-se a
safar e as presidenciais estão uma enorme chatice!
SAMPAIO DA NÓVOA| Candidato presidencial
“Nos últimos meses de campanha tenho aprendido muito
mais do que em anos e anos de leitura”
SEX, 22 JAN
JORGE SEQUEIRA | Candidato presidencial
“Sei que me saíu da pele e do bolso para chegar até aqui, não
foi para apanhar meia dúzia de badamecos, incultos e ignorantes que desprezam as pessoas como se fossem animais”
O TEMPO QUE VAI FAZER EM PORTUGAL
O SOL E AS BOAS TEMPERATURAS ESTÃO DE VOLTA. AS ALTAS NOS AÇORES E NA MADEIRA
DOM 24 JAN
TER 26 JAN
AÇORES | TER 26 JAN
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