ITC029- Como evitar o empastamento em lixamento de madeira

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ITC029- Como evitar o empastamento em lixamento de madeira
Engenharia de Aplicação
Abril de 2009 – Nº 29
Como evitar o empastamento
em lixamento de madeira
No processo de lixamento de madeira o empastamento
pode ser o vilão dos gastos de uma empresa: a vida útil das
lixas pode ser reduzida drasticamente, para até 30% do seu
potencial. Isto significa um gasto 3 vezes maior!
Para ajustar o processo de lixamento com o objetivo de
minimizar o empastamento, devem ser observados os
seguintes aspectos:
1.
Tamanho do grão abrasivo: deve ser adequado à remoção de material desejada. Nas
operações de calibração pesada, normalmente encontrada em madeiras naturais, deve-se
utilizar grãos P50, P60 ou até mais grossos, dependendo da necessidade. Grãos mais finos
tendem a empastar precocemente.
2.
Sequência granulométrica: recomenda-se um acréscimo de, no máximo, 50% nas gra-
nas. Este cuidado faz com que o sistema trabalhe em equilíbrio, não só sob o ponto de vista
de rendimento das lixas, mas também para acabamento da peça.
Exemplos: P80—P120—P180, P100—P150—P220, etc.
3.
Cilindro de contato: para as operações mais severas, de alta
remoção de material, os cilindros geralmente são de borracha e
possuem alta dureza, entre 80 e 90 shore A, e sua face de trabalho
normalmente é estriada.
4.
Peça-obra : no caso de madeiras naturais deve-se atentar pa-
ra a umidade presente na madeira, que pode variar bastante, por
se tratar de uma matéria prima natural. Já as madeiras reconstituídas, por serem produto de um processo industrial, possuem menor
variação, porém mesmo assim pode haver diferenças oriundas do
teor e tipo de resina utilizada em sua fabricação.
5.
Especificação do produto abrasivo: para um melhor comportamento em materiais
5.
Especificação do produto abrasivo: para um melhor comportamento em materiais
“moles” como a madeira, recomenda-se a utilização de lixas com camada aberta, ou seja, a
cobertura de uma área com grãos é de 50 a 70%. Exemplo de produto com esta característica: CAR77, com costado de papel.
6.
Excessiva pressão de trabalho: este fator influencia diretamente no empastamento das
lixas e deve ser constantemente monitorado, normalmente através da corrente elétrica consumida pelos motores (amperagem). Quando a corrente aumenta demais, significa que os
grãos abrasivos estão trabalhando sob pressão elevada, e isto gera cavacos muito grandes,
difíceis de serem expelidos da zona de atrito.
7.
Velocidade de alimentação excessiva: com velocidades muito altas, o tempo de resi-
dência (ou contato) da peça sob o abrasivo é diminuído. Assim, o “cavaco” gerado é longo
demais para ser expulso da camada abrasiva, o que gera empastamento. Recomenda-se
ajustar a velocidade da linha de maneira a obter um equilíbrio entre produtividade e vida
útil das cintas.
8.
Exaustão ineficiente ou insuficiente: o exaustor deve ser suficientemente potente para
atender à demanda das lixadeiras e de outros equipamentos geralmente conectados a ele,
como furadeiras, serras, etc. Os dutos de exaustão não podem conter “cotovelos” a 90°, o
que diminui a eficiência de sucção. O correto é que as mudanças de direção dos dutos sejam
com curvas suaves. Normalmente a exaustão deficiente pode ser diagnosticada pelo aspecto
da lixadeira e do local de trabalho, quando há excesso de pó de madeira.

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