A orientação de enfermagem a gestantes que fazem uso de álcool e
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A orientação de enfermagem a gestantes que fazem uso de álcool e
A orientação de enfermagem a gestantes que fazem uso de álcool e tabaco The guidance of nursing the pregnant women that make use of alcohol and tobacco La orintación de enfermería las mujeres embarazadas que hacen uso del alcohol y tabaco Resumo: Este trabalho objetiva, através de pesquisa bibliográfica, analisar o uso e as consequências do álcool e tabaco durante a gestação. Foram utilizados artigos científicos publicados entre 2005 e 2011. O álcool é absorvido pela corrente sanguínea, afetando todos os tecidos do corpo. Estudos apontam que 30 ml/dia pode causar o abortamento espontâneo, alterações funcionais, anomalias do SNC, déficit de crescimento, prematuridade, deficiências cardíacas, SAF (síndrome alcoólica fetal), entre outras. O tabaco possui mais de 4.000 substâncias em sua composição, muitas ainda não conhecidas, mas prejudiciais ao feto. Estudos apontam que apenas 20% das mulheres gestantes param de fumar durante a gestação, as primigestas são as que abandonam o vício. Embora muitas orientações sejam feitas durante as consultas médicas no pré-natal, é de competência do enfermeiro, através de palestras, grupos de gestantes e até mesmo nas consultas de pré -natal, orientar sobre os malefícios do uso dessas substâncias. Descritores: Álcool, Tabaco, Riscos Gestacionais. Abstract: The goal of this paper is, through bibliographic research; analyze the use and consequences of alcohol and tobacco during pregnancy. For this study, we used scientific articles published between 2005 and 2011. The alcohol absorbed into the bloodstream, affects all body tissues. Studies show that 30 ml/day can cause spontaneous abortion, functional alterations, facial abnormalities, CNS anomalies, impaired growth, prematurity, heart failure, AFS, among others. The tobacco has more than 4,000 substances in their composition, many not yet known, but harmful to the fetus. Studies show that only 20% of pregnant women stop smoking during pregnancy, prim gravidae are the ones who abandon the habit. Although many guidelines are m ade during the visits of prenatal care, it is the competence of nurses, through lectures, pregnancy groups and even in prenatal consultations, guidance about the dangers of these substances. Descriptors: Alcohol, Tobacco, Pregnancy Risks. Resumen: Este artículo pretende, a través de la literatura, analizar el uso y consecuencias del alcohol y el tabaco durante el embarazo. Se utilizó artículos científicos publicados entre 2005 y 2011. El alcohol se absorbe en el torrente sanguíneo, afectando todos los tejidos del cuerpo. Los estudios muestran que 30 ml / día puede causar aborto espontáneo, los cambios funcionales, alteraciones del SNC, retraso del crecimiento, prematuridad, insuficiencia cardíaca, SAF, entre otros. El tabaco tiene más de 4.000 sustancias e n su composición, muchos aún no se conoce, pero perjudicial para el feto. Los estudios muestran que sólo el 20% de las mujeres embarazadas a dejar de fumar durante el embarazo, primigravidas están abandonando el hábito. Aunque las directrices muchos se hacen durante las visitas de atención prenatal es la competencia de las enfermeras, a través de conferencias, grupos de orientación de las mujeres embarazadas e incluso en las consultas previas al parto, sobre los peligros de estas sustancias. Descriptores: Alcohol, Tabaco, Riesgos del Embarazo. Jander Neves dos Santos, Emili de Fátima Martins de Souza Acadêmico e Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Braz Cubas. E-mail: [email protected] Ana Paula de Aquino, Josiane Neves dos Santos, Daniela Maria Bissaco Acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Braz Cubas. Elisabeth Rocco Suano Enfermeira. Especialista em obstetrícia pela Universidade São Camilo. Doutoranda pela UMC. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Braz Cubas. Amanda Zapparoli Tandrafilov Enfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental pela EERP/USP. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Braz Cubas. 5 Santos NS, Souza EFM, Aquino AP, Santos JN, Bissaco DM, et al São Paulo: Revista Recien. 2014; 4(10):5-11 A orientação de enfermagem em gestantes que fazem uso do álcool e tabaco ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------escolar e doméstico. Essas crianças apresentam menor Introdução capacidade de adaptação e habilidades abaixo da média O nascimento de uma criança saudável é a principal expectativa dos pais logo que uma gestação em relação a indivíduos da mesma idade, demonstram é problemas de socialização e comunicação, desenvolve desajustes sendo que confirmada. A emancipação faz da mulher um alvo grande para a indústria do álcool e do cigarro, que passou a significativos, como impulsividade e promiscuidades 3,8. divulgar essas substâncias como símbolo de libe rdade Para 1 e independência . sendo oportunidade adotando a mãe, agravos, A gravidez é uma época de alterações físicas e psíquicas, parte assim, para deve alterações comportamentos também no mais ser estilo de saudáveis. uma vida, a como depressão e associada ao exposição doenças distúrbios ganho de ao comportamentais álcool também cardiovasculares, neurológicos. peso câncer, Está gestacional traz também insuficiente, menor número de consultas no pré-natal e aumento do Neste risco de utilização de outras drogas 3. contexto, os profissionais de saúde tem um papel de As gestantes que fazem uso de cigarro e álcool devem extrema importância na ação preventiva da mudança ser tratadas como de risco. Entende-se por gestação de de hábitos e atitudes 2. risco aquela na qual a saúde e/ou a vida tanto da mãe Achados apontam a presença de álcool no leite quanto do concepto têm maiores chances de sofrerem materno, promovendo alterações na produção, volume, danos do que as da média da população considerada 3. composição e excreção do leite, causando prejuízos ao O uso do cigarro durante a gestação associa -se o maior recém-nascido. O álcool ingerido atravessa a barreira risco de intercorrências maternas e tal observação é feita placentária mesma pela análise comparativa do risco de intercorrências entre concentração alcóolica que a mãe. Porém, a exposição as gestantes e não fumantes. Sabe-se que ocorre uma é maior para o feto, pois seu metabolismo e eliminação diminuição são mais lentos 3,4 . mulheres que fumam. Diferenças nos níveis de prolactina e o feto fica exposto à O uso do álcool tem seus malefícios conforme o da quantidade de leite produzido pelas entre as mães fumantes e que deixaram de amamentar e período gestacional, os danos ao feto são diferentes: as no primeiro trimestre, o risco é de anomalias físicas e que fumam e amamentam ainda não foram 3 evidenciadas . dimorfismo; no segundo, há o risco de abortamento e, O tabaco durante a gestação tem implicações que vão no terceiro, pode ocorrer diminuição do crescimento além dos prejuízos à saúde materna. Os malefícios sobre a fetal, em especial, o perímetro cefálico e o cérebr o5,6 . saúde fetal são tantos, que justificam dizermos que o feto O consumo de bebidas alcoólicas durante a é um verdadeiro fumante ativo 9. gestação tem sido assunto amplamente estudado pela comunidade cientifica, tendo em vista as De acordo com o Ministério da Saúde, o uso de álcool várias e/ou cigarro pelas gestantes deve ser rigorosamente repercussões diretas para o feto, sendo a síndrome desencorajado, alcoólica fetal (SAF) a mais conhecida e mais grave conhecimento dos níveis seguros de consumo de tais delas 3,7 . substâncias durante o período gestacional 3 . considerando que não se tem A SAF caracteriza-se por danos ao sistema nervoso central, que causam anomalias neurológicas, Objetivo craniofaciais, deficiência no crescimento pré e pós natal, disfunções comportamentais e malformações Este estudo objetiva fazer uma revisão da literatura associadas. Entre as alcoolistas, existe um risco de acerca aproximadamente 6% de dar à luz a uma criança neonatais sobre o uso de álcool e cigarro na gestação. portadora de SAF. Mesmo crianças que sofreram exposição pré-natal ao álcool e que não apresentam os critérios da SAF têm dificuldades comportamentais e emocionais que interferem no seu convívio social, 6 dos principais problemas obstétricos, fetais e Santos NS, Souza EFM, Aquino AP, Santos JN, Bissaco DM, et al São Paulo: Revista Recien. 2014; 4(10):5-11 A orientação de enfermagem em gestantes que fazem uso do álcool e tabaco ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------estimulado, a fim de fortalecer o vínculo entre mãe e filho Material e Método geralmente desgastado 11. Estudo realizado através de revisão bibliográfica, os O uso do tabaco surgiu aproximadamente no ano 1000 dados foram obtidos através de artigos científicos em antes de Cristo, nas sociedades indígenas da América publicações de 2005 a 2010 no período de janeiro de Central, 2011 a maio de 2011, utilizando as palavras chaves: cientificamente chamada Nicotiana Tabacum, chegou ao Álcool Brasil na gestação; Tabaco na gestação; Riscos Gestacionais. Foram encontrados 25 artigos da base de pela migração A de planta, tribos tupis- No final do século XIX, iniciou-se a sua industrialização cinco artigos encaixavam no assunto proposto. feitos provavelmente mágico-religiosos. guaranis . Realizado uma leitura dos resumos dos artigos, descartados rituais 12 dados LILACS e SciELO. foram em levantamentos dos que se epidêmica por todo o mundo a partir de meados do século Destes 20 foram XX, ajudado pelo desenvolvimento de técnicas avançadas maiores não sob a forma de cigarro. Seu uso espalhou-se de forma problemas de publicidade e marketing 12. encontrados no uso de álcool e tabaco durante a O tabaco possui mais de 4000 substâncias presentes na gestação e seus malefícios para mãe e concepto, sendo sua utilizados 17 por apresentarem dados mais condizentes conhecidos, sabe se que das substâncias tóxicas presentes com a revisão bibliográfica. no composição, cigarro, mas quase muitos todas ainda não são repercutem bem sobre o desenvolvimento do feto. O monóxido de carbono inalado Resultados e Discussão leva a um aumento da concentração de carboxiemoglobina (CoHb) Segundo alguns registros arqueológicos, primeiros indícios do consumo de no sangue materno e fetal, dificultando o os transporte de oxigênio e a menor oxigenação tecidual álcool pelo ser podendo causar hipóxia fetal; o alcatrão interfere no humano datam de mais de oito mil anos. No primeiro transporte momento, pela passagem de nutrientes essenciais ao crescimento fetal; a teor nicotina as fermentação bebidas e, por isso, eram produzidas tinham um baixo 10 alcoólico . Em de cruza substâncias a à barreira placenta, placentária, diminuindo aumentando a a resistência vascular através da vasoconstrição dos vasos 1952 com a primeira edição do DSM -I uterinos, reduzindo se assim a perfusão do espaço (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Desorders) intraviloso reduzindo a disponibilidade de oxigênio para o que o alcoolismo passou a ser tratado como doença. feto13. No ano de 1967, o conceito de doença do alcoolismo Existem vários estudos realizados sobre o assunto, a foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à maioria com questionários esclarecendo o uso do álcool Classificação Internacional das Doenças (CID -8), a por gestantes, indicando a quantidade de consumo e 10 partir da oitava Conferencia Mundial de Saúde . O tratamento de período da gestação. Os achados relatam que na maioria de dos casos a orientação do enfermeiro é essencial para o álcool está centrado na retirada dessa substância e no esclarecimento das dúvidas das gestantes sobre o uso das auxílio para que atinja ou readquira sua saúde física, duas substâncias. Faltam planejamentos e objetividade na mental assistência, vamos descrever alguns destes questionários e social. uma gestante dependente Frequentemente podem ocorrer associações entre a patologia clínica (álcool) com a desnutrição materna, havendo a necessidade apontando dados e estatísticas sobre este assunto. de Um questionário que foi desenvolvido na versão suplementação vitamínico e nutricional, e em alguns brasileira chamado T-ACE que foi padronizado para a casos há a programas de rotina e prática dos serviços de ginecologia e obstetrícia 14, síndrome de onde foi realizado um estudo que levanta o consum o de abstinência sempre com a orientação de clínicos e álcool ao longo da gestação para identificação do uso psiquiatras. nocivo desintoxicação necessidade e O tratamento aleitamento de da materno deve ser e dependência ao álcool, segundo critérios diagnósticos do CID-10. Neste questionário as quatro 7 Santos NS, Souza EFM, Aquino AP, Santos JN, Bissaco DM, et al São Paulo: Revista Recien. 2014; 4(10):5-11 A orientação de enfermagem em gestantes que fazem uso do álcool e tabaco ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------principais questões integrantes levantar de consumo de álcool que é composto por 9 (nove) informações sobre a tolerância; investigar a existência perguntas relativas à frequência e hábitos de consumo de de aborrecimento com relação às críticas de familiares bebidas alcoólicas. O estudo revelou que 65% das mães e terceiros sobre o modo de beber da gestante; avaliar entrevistadas estão entre 18 e 29 anos e que o alcoolismo a percepção da necessidade de redução do consumo; e é conseguir informações procuram; persistência nas faixas etárias do economicamente ativas. Mulheres separadas entre 26 e 34 anos estão em risco e, neste estudo foi possível perceber compulsão para beber durante a manhã. Algumas que, por mais que 60% das mulheres sejam solteiras, perguntas a 75,4% delas vivem com o companheiro e não se encaixam quantidade que você precisa beber para se sentir no perfil de mulheres separadas, 47,1% das gestantes são desinibida lhe primigestas o que normalmente indica um conhecimento incomodado por criticar o seu modo de beber? Você defasado em relação às questões de gravidez, maior tem percebido que deve diminuir seu consumo de prevalência de dúvidas e risco para ansiedade e medo. Das bebida? Você costuma tomar alguma bebida logo pela gestantes que tiveram filho, 64% delas tiveram bebê com manhã para manter-se bem ou para se livrar do mal o tamanho fetal adequado, 36 gestantes de 150 consomem estar do “dia seguinte” (ressaca)? bebidas ou neste a encontrado consumo e dependência, por meio de forte desejo e feitas sobre comumente “mais estudo alegre”? foram: Alguém Qual tem Este estudo foi alcoólicas e em sua maioria não se sentem realizado em uma maternidade de Ribeirão Preto - SP culpadas, pois das 36, 23 relataram não sentir culpa. O em 2001 com 450 mulheres onde foram encontrados que chama mais a atenção são as gestantes que relata ram os ser alcoolistas, dessas 16,7% relatam consumi -lo de forma seguintes resultados: do total 100 gestantes abusiva 15. (22,1%) tiveram resultado igual ou superior a dois pontos pela tabela aplicada indicando alta suspeita Estudo analítico realizado com 433 puérperas adultas e para o consumo alcoólico de risco durante a gestação, seus conceptos em maternidade pública do Rio de Janeiro, 64 (14,2%) dois pontos e foram identificadas como no período de 1999 a 2006, coletadas no momento do “caso positivo”, 23 casos (5,1%) tiveram resultados parto e positivos com três pontos; 11 gestantes (2,4%) com gestação e uso de cigarro na gestação. Nesse estudo quatro pontos e duas gestantes com cinco pontos. O relatado, verificou-se que grupo de gestantes consideradas como caso negativo relataram uso de cigarro e álcool na gestação. Quanto ao foram: o seguinte: 256 gestantes com zero pontos fumo, os fatores associados são situação marital; idade (56,9% da amostra) e de 94 gestantes com um ponto materna (20,9), durante a gestação foi fortemente associado ao uso do totalizando 350 gestantes (77,8%) casos negativos 14. e considerando assistência o 5,5 e uso de 7,4% das nutricional pré-natal. álcool na puérperas O fumo álcool. As características maternas associadas ao álcool Na Maternidade Pública do Rio de realizado puerpério, estudo sugerem que o uso das substâncias deve ser i nvestigado consumo de bebida alcoólica por gestantes que foram na assistência pré-natal, especialmente entre as que vivem atendidas, a sem companheiro, com mais de 35 anos, com história de frequência a gestante consome álcool e as bebidas que aborto. A assistência nutricional mostrou efeito protetor aparecem com maior frequência. Nesse estudo 150 contra o tabagismo na gestação 3. sobre o que teve como questionamento responderam de Estudo realizado no Hospital e Maternidad e Santa Maria perguntas, onde 20 perguntas fechadas buscavam a (Lisboa) com 475 gestantes, em dias fixos da semana, história obstétrica da gestante e outras 15 procurando período de 24 a 48 horas após o parto até perfazerem saber sobre o consumo de álcool. Nas gestantes que aproximadamente 15% dos nascimentos anuais (2945 em relataram 2033), sobre a prevalência do tabagismo na mulher e álcool formulário qual 35 consumir um objetivo foram situação marital; e história de aborto. Os achados o gestantes um Janeiro, foi foi com aplicado outro instrumento - Teste de Avaliação de Consumo de respectiva Bebida Disorders fatores sócios demográficos relacionados e consequências Identification Test), adotado pela OMS para pesquisa desse hábito. Do número de mulheres avaliadas acima, Alcoólica - AUDIT (Alcohol Use 8 alteração durante a gravidez, identificando Santos NS, Souza EFM, Aquino AP, Santos JN, Bissaco DM, et al São Paulo: Revista Recien. 2014; 4(10):5-11 A orientação de enfermagem em gestantes que fazem uso do álcool e tabaco ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------(16% dos partos / ano) com idade média de 29,8 em Estudo realizado em um Centro de Treinamento em média 5,4 anos, no intervalo de 16 a 44 anos. Quanto Ultrassonografia (Diagnosis), na região de Ribeirão Preto, à etnia, predominou a caucasiana com 408 casos São Paulo entre abril de 2004 e junho de 2005, que teve (86%). A maioria das mães eram casadas (347; 73%), como objetivo avaliar as repercussões ultrassonográficas com escolaridade secundária (190; 40%) ou concurso do tabagismo materno na placenta, com ênfase no seu universitário (155; 33%). As maiorias das puérperas grau de maturação (calcificação) e correlacionar estes trabalhavam (378; 79%) 2. achados com o padrão hemodinâmico útero placentário Das 475 mulheres, 248 (52%) eram primíparas em com o uso da doplervelocimetria das artérias uterinas e 460 (97%) a gestação tinha sido vigiada medicamente umbilicais, em 244 gestantes com idade inferior a 17 com idade semanas, tabagistas ou não, com feto único ou vivo sem gestacional foi de 38,8 aproximadamente 2,1 semanas intercorrências clínicas obstétricas que pudessem alterar o e desenvolvimento seis a ou média mais de consultas. peso ao A média nascer foi da de 3198,3 placentário e a hemodinâmico útero aproximadamente 545,3 gramas. Na presente amostra placentário. Excluídas as pacientes com ameaça de aborto, verificou-se que 142 (30%) mulheres eram fumantes hipertensão antes de engravidar. Destas, 50 (35%) deixaram de prematuro de placenta, gravidez ectópica, más formações fumar durante a gravidez. As que mantiveram este fetais ou neoplasias gestacionais 16. hábito reduziram significativamente o consumo de De arterial, acordo Diabetes com Mellitus, resultados descolamento obtidos, não foram cigarros, passando de 19,3 + 10,5 para 8,8 + 7,9 encontradas diferenças significativas na distribuição dos cigarros/dia, verificando uma relação estatisticamente diversos graus placentários entre fumantes e não fuman tes significativa entre tabagismo e o estado civil da mãe, na 28ª, 32ª e 36ª semanas de gestação. A soma das sendo este hábito menos prevalente sobre as mulheres frequências de placentas grau II e III, na 28ª, 32ª e 36ª casadas. Não se verificou relação estatisticamente semana, foi de 4,8; 31,4 e 68,6% para as não fumantes e significativa entre o tabagismo durante a gravidez e a 5,9; 38,2 e 76,5% entre as fumantes respectivamente, idade gestacional, ou o peso ao nascer dos recém- estas nascidos, contudo a diferença do peso médio foi de 244 pequenas diferenças na 28ª e 32ª semanas a média do IR gramas, sendo o valor mais baixo nas fumantes. (Índice de Resistência) das artérias uterinas das gestantes Constatou-se que 111 (23%) mulheres se encontravam fumantes comparada a das não fumantes não mostrou bem pouco diferenças significantes. O IR médio das artérias umbilicais mal das gestantes fumantes mostrou-se maior em todas as informadas, informadas e 215 149 (31%) (45%) se estavam encontravam informadas ou não tinham qualquer informação 2. diferenças não foram significativas. Apesar de idades gestacionais (0,66; 0,64 e 0,59) em comparação Quanto aos efeitos do tabagismo na gravidez foram com as não fumantes (0,65; 0,61 e 0,57) mais somente na citadas com maior frequência as doenças respiratórias 32ª semana a diferença foi significante (0,64 versus 16 nas crianças (194), o baixo peso ao nascerem (76), as 0,61) . alterações do desenvolvimento estatuto ponderais da As gestantes tabagistas têm maior prevalênci a de criança (31) e o parto pré-termo (27). Também muito placentas grau III e o seu surgimento é mais precoce. O referidas problemas achado de placenta grau III antes da 37ª semana, é duas cardíacos (10) e as alergias (7) que aparentemente vezes mais frequente entre as fumantes do que as não não se associam ao tabagismo. A principal fonte de fumantes informação foi a comunicação social e/ou folhetos identificada, em média, em gestações de 34,4 semanas informativos em 257 (54%) casos, a informação foi nas dada por uma fonte médica em 65 (14%) casos 2. fumantes 16. às más formações (18), os Conforme os estudos realizados, as características (36 fumantes versus e Concluindo que, com 14%). 38,3 A placenta semanas grau entre as III é não apesar da tendência à maturação mais associadas ao tabagismo foram o estado civil de precoce placentária nas fumantes quando comparadas às não não fumantes, não se evidenciou associação do tabagismo casada, a menor escolaridade e a falta de 2 emprego . com aceleração de maturação placentária. As tabagistas 9 Santos NS, Souza EFM, Aquino AP, Santos JN, Bissaco DM, et al São Paulo: Revista Recien. 2014; 4(10):5-11 A orientação de enfermagem em gestantes que fazem uso do álcool e tabaco ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------tiveram aumento significante da impedância vascular informação, e 1:10 muita informação, objetivando assim a nas artérias umbilicais na 32ª semana, sem alteração necessidade de incluir treinamentos formais de acordo com 16 na impedância das artérias uterinas . Convém comentar enfermeiros um (alunos, os níveis básicos e especializados, aumentando assim a estudo docentes realizado e por enfermeiros abordagem inicial e aconselhamentos sem julgamentos e mesmo um simples encaminhamentos à especialidade 17. assistenciais) de uma universidade pública brasileira durante a formação educacional, através de um Conclusão questionário que contém avaliações sobre os conteúdos O uso de drogas lícitas como álcool e tabaco vem elementares específicos relacionados aos problemas do alcoolismo, baseado no NEADA FACULTY SURVEY crescendo no decorrer dos anos; as propagandas, o (PROJECT NEADA - Nursing Education in Alcohol na marketing e a facilidade de compra ajudam no consumo, Drug 603 algumas mulheres já utilizavam estas substancias antes da sujeitos, através de um questionário distribuído. 512 gestação, fazendo com que grande maioria delas, não (85%) por deixe de usar durante a gestação, principalmente as que ou não são primigestas, não tem companheiros ou tem um education), da completo, onde foram população os retornados total demais entrevistados responderam-no (15%) completamente foram em perdidos branco, sendo grau de escolaridade muito baixo. Alguns estudos justificados pelos enfermeiros com falta de tempo para comprovam que o uso de tais substâncias durante o respondê-lo, deixou, período gravídico, pode acarretar varias consequências mesmo assim foi oferecida uma segunda amostra do para a vida do concepto como da mulher, como a SAF, mesmo. mau formações, problemas circulatórios e baixo peso ao Da ou por não amostra lembrar 52% eram onde o formados, 48% estudantes de graduação em enfermagem. Entre os nascer entre outros agravos. 248 Muitas mulheres não são bem orientadas durante o pré - (primeiro ano 25%, segundo ano 30%, terceiro ano natal sobre os danos que o consumo de álcool e o tabaco 22% e quarto ano 23%), e entre os enfermeiros 264 podem causar a ela e ao concepto, por isso o enfermeiro (docentes de enfermagem 28% e assistenciais 72%). tem um papel fundamental na vida delas, esclarecendo Da amostra eram 93% mulheres, com idade média de duvidas, 21 anos entre os estudantes (Min 17 e Max 37 anos) e consultas médicas, dando todo o respaldo para que ela não enfermeiros idade média de 22 anos (Min 22 e Max 60 fique desorientada sobre os riscos, saber avaliar quando anos), com tempo de formado entre os enfermeiros em elas média 9 anos (Min 1 e Max 36 anos), sendo que 72% universitários e docentes do curso de enfermagem mostra dos que, eles em sua grande maioria não sabe quais são os estudantes da enfermeiros públicas. Os receberam graduação eram de enfermagem formados achados foram conteúdos os em universidades estão com fazendo que uso. a Um gestante estudo participe realizado das com 62% tipos de gestantes que tem mais riscos paro o uso, e qual problemas o perfil destas mulheres, este estudo vem para comprovar seguintes: abordando fazendo relacionados ao uso do álcool durante a formação lato que eles senso, uma proporção de 1:4 não receberam nenhuma enfermagem a estas pacientes, mostrando assim que tem informação a este respeito, e a proporção de 2:3 que se fazer um treinamento para os enfermeiros que receberam principais foram trabalhar com essas grávidas para que possa assim problemas relacionados ao uso dom álcool. Quanto às saber ver quando ele está em risco de uso ou já esta questões abordando as populações específicas de risco fazendo uso de álcool ou tabaco no período gestacional. para Faltam mais estudos sobre o poucos informações alcoolismo, como sobre os adolescentes, idosos e não sabem como fazer uma assistência de o uso destas substancias gestantes houve uma proporção de 1:3 que receberam durante a gravidez e quais as medidas que o enfermeiro poucas muita deve tomar durante a abordagem a esta paciente e quais informação sobre esse tema. Quanto à assistência de os cuidados de enfermagem e como fazer com que elas enfermagem a essa população, 4:5 dos sujeitos não participem das consultas. informações e 1:10 receberam receberam nenhuma informação, 1:5 receberam pouca 10 Santos NS, Souza EFM, Aquino AP, Santos JN, Bissaco DM, et al São Paulo: Revista Recien. 2014; 4(10):5-11 A orientação de enfermagem em gestantes que fazem uso do álcool e tabaco ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------9. Leopércio Referências W, Gigliotti A. Tabagismo e suas peculiaridades durante a gestação: uma revisão crítica. 1. Sé CCS, De Amorim WM. Ações de Enfermagem Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2004; 30(3):176-185. Frente ás Implicações Clínicas do Tabagismo na Saúde 10. da Mulher. Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e <http://www.alcoolismo.com.br/artigos/historia.htm>. Drogas. 2009; 5(1):4. Acesso em 05/04/2011. 2. Correia S, Nascimento C, Gouveia R, Martins S, 11. 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