r e v i s t a d a

Transcrição

r e v i s t a d a
EDIÇÃO Nº 3 - MARÇO DE 2011
r e v i s t a
d a
nassau
facUldade maurício de nassau
É sempre hora
de começar,
recomeçar ou
repensar novas
etapas de vida.
Na Faculdade, esses relatos se
encontram e constroem novos
caminhos como o exemplo
desta avó e neta que, juntas,
viveram novas aventuras.
A escolha é sua.
editorial
Para incluir
e acolher
O
Janguiê Diniz
Fundador e acionista controlador
do Grupo Ser Educacional
ambiente acadêmico é antes de tudo um espaço de convivência. E é nesse convívio onde
se dá o primeiro aprendizado. Seja no contato
entre professor e aluno ou entre colegas. Por
isso, lançamos nossa 3ª edição da Revista Nassau, uma publicação semestral nascida com o intuito principal de dar
visibilidade às pessoas que fazem a instituição. Foi mais
uma maneira que encontramos de contar um pouco dessas
histórias de gente que está começando, recomeçando ou
retomando uma nova etapa da vida. Casos de gente corajosa, ansiosa, admirável. Gente comum, como todos nós,
que têm muito a ensinar.
Sempre há alguém sentado ao seu lado ou cruzando
seu caminho no corredor ou na cantina com um exemplo
de vida surpreendente. Esta revista tem também o papel
de resgatar essas histórias de superação. Se você olhar
para os lados com um pouco mais de atenção vai encontrar
dezenas ou centenas de situações semelhantes às contadas nestas próximas páginas. Parecidas, quem sabe, com
as suas próprias lembranças. Relatos reais e dignos de serem narrados e reconhecidos sobre pessoas que seguiram
em busca de seus sonhos. A semente para a realização começa a ser plantada dentro de cada sala de aula, de cada
laboratório. E os frutos são colhidos pela sociedade com os
conhecimentos adquiridos durante a vida acadêmica, que
se transformam em atitudes socialmente responsáveis.
Tem aqueles que desejam transformar o mundo,
aqueles que já estão mudando o futuro e aqueles que estão modificando o próprio mundo interior. Às instituições
de ensino cabe criar mecanismos que permitam à sociedade alcançar esses planos. Por tudo isso, também estamos
sempre nos adaptando, implantando novos cursos, laboratórios e atividades. Mais importante do que isso, estamos
nos tornando cada vez mais inclusivos, pois temos a missão de acolher nosso estudante e ajudá-lo nessa travessia.
Temos um papel fundamental: que é o de garantir que a
passagem pela Faculdade seja proveitosa, prazerosa e, especialmente, inspiradora. Sempre é tempo de iniciar uma nova
busca, de construir novos caminhos e percorrê-los.
Boa leitura e bom percurso.
3
índice
11
MARATONA
16
MAPA UNIVERSITÁRIO
A surpreendente jovem que morou na selva e
Confira onde estão e quais são os cursos
veio ao Recife correr atrás de um sonho
oferecidos pelas unidades Nassau
11
FISIOTERAPIA
18
PÓS-GRADUAÇÃO
Tratamento inédito para distonia é criado por
Cursos sintonizados com o desenvolvimento
estudante e aplicado na Clínica Escola
da Região qualificam o profissional
12
PESQUISA
20
NÚCLEO DE TALENTOS
A dolorosa rotina de quem tem dor de cabeça
Ambiente é criado para atender alunos e
e sente o rendimento acadêmico cair
ajudar a inseri-los no mercado de trabalho
14
ODONTOLOGIA
22
APRENDIZADO
Estreias do Grupo Ser Educacional com
Estudante ganha fama em programa de TV e
Odontologia e nova sede em João Pessoa
volta para fazer sua história na Nassau
12
24
FINANÇAS
Projeto de organização do orçamento pessoal
e empresarial ajuda a concretizar sonhos
26
TURISMO
Professor, pai e herói ensina a futuros
turismólogos o que é um atendimento integral
28
ENGENHARIA
AMBIENTAL
34
JORNALISMO
20
38
CARNAVAL
26
Conheça quem faz e os bastidores do Classificação
Professora ouviu resposta “atravessada” de
Livre, programa de TV feito por alunos
Capiba e acabou sendo amiga da família
36
MODA
40
INTERNET
Sonhos e fantasias deixam a vitrine e
Pesquisa revela o perfil do consumidor de
transformam-se em realidades no universo
produtos e serviços no mundo virtual
fashion
Com esperança no futuro, novos profissionais
mudam conceitos para mudar o planeta
30
PAZ NO TRÂNSITO
Monumento criado pela Nassau e órgãos
públicos marca campanha pela segurança e
paz no trânsito
32
GASTRONOMIA
34
42
COMPORTAMENTO
Além da formação acadêmica, alunos criam
fortes laços afetivos durante a graduação
44
O (RE)COMEÇO
A curiosa história de uma avó e uma neta que
resolveram entrar juntas na Faculdade
46
METODOLOGIAS
Provas Colegiadas e Diários de Classe
expediente
6
6
índice
Edição nº 3 da Revista Nassau, uma publicação semestral do Grupo Ser Educacional
Eletrônicos garantem eficácia nas avaliações e
GRUPO SER EDUCACIONAL Fundador: Janguiê Diniz | CEO: Jânyo Diniz | CIO: Joaldo Di-
acesso a planos de ensino on-line
niz | Superintendente Acadêmico: Inácio Feitosa | Superintendente financeiro: Nazareno
Habib | Diretor de Operações: Adriano Azevedo | Diretora de Pós-Graduação: Vânia Campos | Faculdade Maurício de Nassau Recife - Diretor: André Luis Silva | Faculdade Maurício
de Nassau João Pessoa - Diretor: Walter Cortez | Faculdade Maurício de Nassau Campina
Grande - Diretor: Rogério Xavier | Faculdade Maurício de Nassau Natal - Diretor: Ana Paula
Mello | Faculdade Maurício de Nassau Maceió - Diretor: Pedro Guedes | Faculdade Maurício
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REDES SOCIAIS
Onde achar o conteúdo extra desta Revista e
manter-se atualizado sobre as novidades
de Nassau Salvador - Diretor: Heliete Rosa | Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau - Coordenador: Sérgio Murilo Júnior
Na cozinha, aprendizes de chef descobrem
A REVISTA Coordenação e Assessoria de Imprensa: Talita Vasques (DRT 3294/PE) | Edição,
novas formas de comunicação com o mundo
reportagens e texto final: Julia Kacowicz | Fotos: Chico Peixoto | Projeto gráfico e diagramação: Engenho Com e Mkt | Impressão: Gráfica FacForm | Tiragem: 20 mil exemplares
4
5
m a r at o na
m a r at o n a
Q
Ela fala
yanomami
Nas caminhadas de até 10 horas entre as
comunidades indígenas, Tatiana obteve
resistência física, fortaleceu o gosto pela
enfermagem e descobriu-se uma humanista
6
uando subiu no segundo
lugar do pódio da 1ª Maratona Internacional do Recife, em novembro passado,
a estudante Tatiana de Lima Bastos, 22
anos, chamou atenção. Ela não tinha
o padrão físico de uma maratonista e
não treinava de verdade há pelo menos dois anos. Mas levou o troféu. O
feito ficou na memória dos organizadores que, dois meses depois, a indicaram para uma entrevista sobre a competição. A história de Tatiana foi além,
ultrapassou o que a capa de um bom
livro era capaz de revelar. A conquista
da “não atleta” era apenas uma pista
de que algo surpreendente fazia parte
do histórico dela. Uma jovem que morou dois anos numa tribo indígena no
meio da selva amazônica, em Manaus,
e ganhou as páginas desta revista por
simbolizar um pouco do estonteante
escondido em todos nós.
A corrida é o elo entre tudo. Se
Tatiana não gostasse de correr, talvez
não tivesse entrado e abandonado o
curso de Educação Física para só então se tornar técnica de enfermagem,
ir para a selva e retornar com a certeza de querer estudar Enfermagem. Se
já não tivesse sido campeã em outras
competiçoes, não teria se inscrito na
maratona da Faculdade Maurício de
Nassau nem chegado ao pódio. Mas
Tatiana correu. E quem cruza com ela
nos corredores da Nassau não imagina
que ela é uma estudante do 2º período
que já fez partos, suturas e acompanhou rituais indígenas. Nem que manteve a resistência de atleta com caminhadas de 10 horas entre uma tribo e
outra para aplicar vacinas em índios.
Tudo isso dois anos atrás quando
passou no concurso da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para atuar, por
dois anos, na tribo Pohoroá e cuidar de
300 índios. “Quando disse que ia, minha mãe perguntou por que se eu tinha
tudo o que precisava em casa. Mas eu
precisava ver o mundo de outra forma,
só sabia disso”, lembra. A dimensão da
experiência começou a ser sentida à
medida que a jovem se afastava de casa
e entrava na selva. O coração ia sempre
mais apertado de medo e saudade. E
eram apenas os primeiros dias dos dois
anos em que chorou todas as noites. Na
primeira semana, ela teve a companhia
de uma equipe da Funasa. Depois ficou
sozinha.
Aprender a se virar sem energia
elétrica e água encanada e dormir na
rede foi fácil. Difícil era se acostumar
aos sons e à escuridão da noite. “Dormia sempre agarrada com minha bíblia”, diz. De dia, a história era outra.
Em sete meses, Tatiana aprendeu a se
comunicar em Yanomami. Todo fim de
tarde, jogava futebol com os índios. Tomava banho nas cachoeiras e aprendia
7
m a r at o na
a cozinhar no fogo a lenha. No cardápio, precisou comer macaco, cobra e
tatu. Nada tão assustador quanto realizar o primeiro dos cinco partos, ajudando no nascimento de crianças que
ganharam nomes inusitados, como
Ketchup e Esmalte. Ou acompanhar
alguns dos rituais indígenas. “Vi o segundo de bebês gêmeos ser enterrado
vivo e outros serem mortos por várias
razões. Mas não podia fazer nada, tinha que respeitar”, lembra.
m a r at o n a
Tatiana estava lá para cuidar dos
índios na doença e nos acidentes,
como fez quando um garoto de seis
anos que estava brincando com um
facão cortou a testa. “Eles não tinham
como tratar e fiz uma sutura. Foi a primeira, deixei ele japonês”, brinca, puxando a testa até apertar o olho. Mas,
às vezes, ela também precisava de
ajuda. Nesse período, contraiu quatro
malárias e levou uma picada de cobra
venenosa. Em alguns casos, cuidou de
Boa colocação já é tradição
si mesma. Em outros, técnicos de outras tribos foram ajudá-la. Na picada de
cobra, precisou ir de helicóptero até a
cidade mais próxima. Aventuras que
mostraram à estudante de Enfermagem sua missão. Que fazem a família
dela se orgulhar e sentir saudade antecipada quando ouvem os planos dessa verdadeira humanista em ir para a
África. Hoje, ela sabe que a corrida simboliza um pouco isso. Essa pressa em
conhecer o mundo e se fazer presente.
A consagração local dos atletas Nassau foi o pontapé para o bom desempenho do grupo nas competições nacionais, o que permitiu que a Nassau
estivesse representada com uma das maiores delegações nos Jogos Universitários de Pernambuco (JUP´s 2010). Segundo a coordenação de esportes
da Faculdade, a unidade Recife contou com a presença de 147 atletas bem
sucedidos, o que resultou na conquista do primeiro lugar geral do JUPs
pelo quinto ano consecutivo. E, na disputa por equipes, a Faculdade foi
campeã em 16 dos 18 torneios disputados. Mas não foi apenas a unidade
Recife que marcou presença nos JUB’s 2010. Em João Pessoa, a Nassau
teve atletas classificados no basquete feminino, futsal feminino, natação
e judô. Na unidade Maceió, a Faculdade foi representada pelas equipes de
basquete feminino e vôlei masculino e, em Natal, classificaram-se para a
competição nacional as equipes de basquete feminino e futsal feminino.
Título inédito para o Nordeste
Corra
também:
mais
prêmios do
que a São
Silvestre
DiÁrio de bordo
Chegando à selva - Em março de
2008, começava a maior aventura de
Tatiana. Ela deixou o apartamento
de três quartos onde morava com a
mãe, o padrasto e irmão, de 12 anos,
no centro do Recife, com destino à
tribo Pohoroá. Foram quase 24 horas de viagem de avião até Manaus,
com várias escalas. E, de lá, mais
quatro dias de viagem num barco de
“luxo” com cabine para 100 pessoas até o interior do estado, de onde
ela seguiu num barco monomotor,
chamado de voadeira, por mais cinco dias, atracando sempre que ficava escuro nas áreas ribeirinhas para
dormir em uma rede até clarear e
seguir viagem.
8
Encontros e saudades – O contato com a família era feito, apenas
aos domingos, pelo rádio da Funasa
e por apenas cinco minutos. Só dava
tempo de dizer e ouvir que estava
tudo bem e que a saudade era grande. Nas idas à cidade, Tatiana conheceu uma pernambucana, técnica de
laboratório, com quem compartilhou
a falta que sentia de uma cama e de
água gelada. Também pôde dividir
o encantamento pela beleza do céu
visto da tribo e os conhecimentos adquiridos na pesca e cozinha a lenha.
A insistência da família foi grande e
Tatiana voltou. A amiga pernambucana conheceu um caboclinho, apaixonaram-se e ela ficou por lá.
O retorno – Em 3 de agosto de
2010, Tatiana fez o caminho de volta. Trouxe a certeza de que queria ser enfermeira e matriculou-se
imediatamente na Faculdade. Dois
meses depois, passou na seleção
para ser técnica de enfermagem
no Imip, onde surpreende os colegas com suas habilidades adquiridas na selva. Em novembro,
resolveu correr na maratona e surpreendeu até a mãe, que brincou
com porte físico da filha. O resultado foi premiado com o desconto
de 50% nas mensalidades até o fim
do curso, garantindo a graduação
da estudante, além do ânimo para
voltar a correr.
A Primeira Maratona Internacional do Recife, que estreou em
15 de novembro de 2010, incluiu
a cidade no roteiro mundial do
esporte de modo definitivo. Com
mais de 2 mil inscritos entre atletas
de ponta do Brasil e do mundo, de
academia e corredores de ruas, a
competição da Faculdade Maurício
de Nassau distribuiu R$ 200 mil em
oito categorias, numa premiação
mais alta do que a tradicional São
Silvestre. Neste ano, o sucesso será
repetido com a mudança da maratona para o feriado de 1º de Maio. O
belo trajeto, passando pelo Bairro
do Recife e orla de Boa Viagem, será
mantido. E mais uma novidade será
a inclusão do percurso especial para
a família de 5 km, somando-se aos já
oferecidos de 10 km, 21 km e 42 km.
Com a soma de 26 medalhas e 241 pontos na classificação geral, a unidade
Recife da Faculdade Maurício de Nassau conquistou, num feito inédito,
o título geral das Olimpíadas Universitárias (JUBs 2010). Foi a primeira
vez que uma instituição de ensino
do Nordeste ficou em primeiro
lugar no esporte universitário do
país. A façanha aconteceu em Blumenau, Santa Catarina. O resultado
quebrou a hegemonia paulista da
Universidade Paulista (Unip), que
ia para o hexacampeonato. Entre os
destaques esteve o grupo de atletismo da Nassau com sete medalhas e
121 pontos. Mas também houve fesao
ta no tatame da equipe de judô e na
“Uma boa preparação
as
piscina,
além dos times de vôlei, basdo
in
longo do ano, defin
quete,
futsal
e handebol. Com esse
para
melhores estratégias
resultado,
todas
as equipes coletivas
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superar os concorrent
conseguiram lugar na divisão especial do JUBs
na
2011. E de parabéns também ficou a equipe de
e manter o controle
a
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vôlei masculino da unidade Maceió que estreou
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na competição e sagrou-se campeã.
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repass
Maratona
Caldeira, campeão da
e.
Internacional do Recif
Eficiência esportiva
na Nassau
Após um ano de conquistas, os atletas da Faculdade Maurício de Nassau receberam uma merecida coroação e levantaram o Troféu Eficiência, concedido pela Confederação Brasileira
do Desporto Universitário (CBDU) e federações filiadas. A premiação reconheceu o esforço e desempenho dos estudantes, consagrados como os de melhor desempenho universitário do Brasil em 2010. Somando um total de 445 pontos, a Nassau obteve a maior
classificação e trouxe mais um título, até então, inédito em uma instituição de ensino superior do Nordeste. Para isso, os bons resultados alcançados com o pentacampeonato
nos Jogos Universitários de Pernambuco (JUP’s 2010), a liderança na Liga Universitária e
nas Olimpíadas Universitárias (JUB’s) foram determinantes.
9
fisioterapia
D
Por um aperto de
mão sequinho e sem
constrangimento
“Juntou a vontade de me curar e de
fazer um trabalho legal. Testei tudo
primeiro em mim”, diz Alessandro.
e pé, em frente ao professor
e colegas de turma, Alessandro Machado, 25 anos,
tentava disfarçar o nervosismo. Mas a suadeira na mão não deixava. Era justamente em momentos
de tensão que a distonia invadia as
mãos do então estudante de FisioteraPesquisas acadêmicas
pia. Mas era. No passado. A cena, que
virou rotina a partir da adolescência,
ultrapassam as salas de aula
repetiu-se até o penúltimo semestre
e chegam à sociedade através
do curso na Faculdade Maurício de
de técnicas inovadoras e
Nassau. Exatamente até o encontro
atendimento diferenciado na
entre ele e a professora Nely Varela.
Juntos, iniciaram um estudo pioneiro
Clinica Escola de Fisioterapia
e descobriram um tratamento terapêutico inédito para a hiperidrose – a
tão temida suadeira que pode afetar
mãos, axilas e solas do pé.
Antes mesmo de concluir o curso, o novo profissional descobriu uma
técnica que poderia transformar a
vida de quem sofre com o problema,
começando por ele mesmo. A curiosidade da professora sobre o tema, que
tem poucos registros acadêmicos, foi
o primeiro passo. Em seguida, ela despertou o interesse no aluno. “Juntou a
dade da técnica surpreende. Só é preciso mergulhar a palvontade de me curar e de fazer um trabalho legal e inédito. Testei tudo primeiro em mim”, ressalta ma da mão em um recipiente com água, onde um eletrodo
Alessandro. Para testar o método, ele se submeteu a 10 de corrente é posicionado e prender outro equipamento
sessões de correntes galvânicas (micro choques) e consta- na região escapular (costas e ombro).
tou que o equipamento usual da fisioterapia poderia redu- O segredo está na troca de correntes entre esses elezir as atividades das células sudoríparas.
trodos, que ajuda a reduzir a liberação de suor. Simples e
Na etapa seguinte, a técnica foi aplicada em pacientes com o potencial de transformar a vida de quem, antes, senvoluntários na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade tia constrangimento no convívio social e profissional A proe o resultado também foi positivo. “Alguns relataram que fessora e orientadora do projeto, Nely Varela, destaca que
sentiram uma melhora na qualidade de vida radical, fica- a técnica valoriza a fisioterapia dermato-funcional e afasta
ram mais seguros e otimistas”, destaca o pesquisador. Foi o tratamento médico e cirúrgico como único tratamento
assim com o técnico de laboratório de saúde Jairo Galdino, disponível. Mais do que isso, acrescenta, possibilita aos pa34, que disse estar mais seguro para escrever e manusear cientes uma atitude mais otimista e segura diante da vida.
os equipamentos. Ele lembra que, no passado, só não en- No fim das sessões, os voluntários atendidos deram uma
frentou o mal estar na hora da paquera ou namoro porque nota ao grau de satisfação. Resta dúvida da aprovação?
a mulher dele também tem distonia. “Agora ela quer fazer
o tratamento”, brinca.
SERVIÇO
Alessandro se formou no ano passado e a técnica foi
Clínica Escola de Fisioterapia/Unidade Recife
adotada pela clínica. Mas ele pretende continuar os estuLocalização: Rua Jornalista Paulo Bittencourt, 168 – Derby, Recife
dos, ampliando o período de acompanhamento dos paTelefone: (81) 2121-5922
Atendimento: Segunda a sexta, das 7h30 às 12h30 e das 14h às 19h
cientes e a área de testes para axilas e solas dos pés. Nos
Saiba mais sobre o curso nas unidades Nassau:
testes realizados, cada paciente foi submetido a cerca de
http://fisioterapia.mauriciodenassau.edu.br/
15 sessões de 14 minutos três vezes por semana. A simplici-
11
p e s q u i s a : c e fa l e i a
p e s q u i s a : c e fa l e i a
E quando a dor de
cabeça atrapalha...
Estudantes que sofrem com
crises de cefaleia ou enxaqueca
lutam como guerreiros
para vencer ou ignorar essa
desagradável companhia e
manter o desempenho
ficar desestimulada de chegar sem, por
exemplo, a desculpa do calor da parada
de ônibus. Que nada, ela não precisa de
motivo. E bate na porta quase todo dia.
“Agora no final do curso então... Acho que
a pressão de não perder as cadeiras, de
me sair bem, tudo isso favorece”, justifica. Uma cobrança de Izabella que, mesmo
com uma crise incessante de enxaqueca,
insiste e permanece na sala. “Não consigo
ir pra casa, fico lá, lutando. Quando posso,
tento deitar mais cedo para acordar melhor e recuperar no dia seguinte”, conta.
Guerreira como só ela; e como tantos.
Como só quem compartilha “dessa visita”
pode imaginar.
A pesquisa
A prevalência da dor de cabeça em 87,2%
do público estudado, que teve a idade
média de 23,4 anos e 57,3% de partici- estudantes buscarem acompanhamento
pação feminina, não surpreendeu os médico para evitar a automedicação e o
pesquisadores. O número estava dentro controle da dor. A recomendação é espedo percentual mundial. Entretanto, a cial para os alunos que sentem impacto
indicação de um quadro de enxaqueca grande em atividades rotineiras, o que
por 48,5% dos entrevistados ultrapassou foi indicado por 32% dos entrevistados e
a média de 27,5%, estabelecida pela co- está relacionado a reprovações e redumunidade científica. O orientador do es- ção do desempenho acadêmico. Faça o
tudo, professor e coordenador do curso teste disponibilizado nesta página e conde Enfermagem, Hugo Rafael Silva, acre- fira qual o seu perfil.
dita que os números podem ser justiMAIS UMA DOR DE CABEÇA OU ENXAQUECA?
ficados pela maior
presença feminina,
Na enxaqueca
Na cefaleia tensional
•
A
dor
é
recorrente
e
as
crises
•
A crise pode variar de 30
mais vulnerável às
duram
de
4
a
72
horas
(em
minutos
a 7 dias
dores por quescrianças pode ser 1 hora)
• A dor é bilateral, dá sensação
tões hormonais e
• A dor é unilateral, pulsátil, tem
de pressão ou aperto, tem
sociais. No entanintensidade moderada a intensa
intensidade leve a moderada e
to, ele destacou a
e piora com atividade física (pelo
não piora com atividade física
menos 2 dos 4 últimos critérios)
(pelo menos 2 dos 4 últimos
importância
dos
• Pode vir associada à náusea e/
ou fotofobia e fonofobia (1 dos 2)
DESCUBRA O IMPACTO DA DOR NA SUA VIDA
Perguntas: Responda nunca, raramente, algumas vezes, com
muita frequência ou sempre para as perguntas abaixo:
1. Quando você tem dor de cabeça, com que frequência a
dor é muito forte?
critérios)
• Deve estar associada a apenas
um dos sintomas seguintes,
náuseas ou vômitos, fonofobia
ou fotofobia
Pontuação:
Se você fez 50 pontos ou mais
É
difícil se concentrar. Ler nem pensar. Até ficar quietinho e só ouvir pode ser incômodo. Ser simpático e
sorrir então... A irritabilidade é um sintoma natural
em quem convive com dor de cabeça frequente. Então, nada de mau humor se encontrar muitas caras fechadas
por aí. Tente imaginar que o colega de turma pode estar em
sofrimento e, literalmente, desesperado para ficar sozinho em
um quarto escuro. Que tal oferecer uma carona no fim da aula
e depois ajudá-lo a recuperar a matéria perdida por causa da
dor (nem que seja pela falta de concentração ou disponibilidade mental)?
A estudante de Jornalismo da Faculdade Maurício de
Nassau Camila Albino da Silva, 24 anos, já precisou dessa solidariedade. Mais de uma vez, ela deixou a sala porque não conseguia se concentrar. Só pensava na dor. “Dói a cabeça toda.
Às vezes é tão forte que meu único desejo é descansar muito
e só passa assim. Nem tem remédio que resolva”, descreve. O
problema é tão comum que um grupo de alunos do curso de
Enfermagem resolveu colocar no papel a relação entre o desempenho acadêmico e a prevalência da dor de cabeça entre
os colegas de Comunicação Social. Camila nem esteve entre os
12
344 entrevistados. Mas o resultado foi tão abrangente, com o
registro de cefaléia por 87,2% dos participantes, que a aluna
- escolhida aleatoriamente para dar uma entrevista - se enquadrou completamente na matéria.
Os pesquisadores descobriram que, nos três meses anteriores à pesquisa, 30,8% dos alunos entrevistados faltaram aulas, dos quais 17,4 % afirmaram ter perda de capacidade produtiva por até dois dias e 13,4 % por três ou mais dias. Da amostra,
8,7% dos estudantes procuraram serviços de urgência. Tudo
por conta da indesejada companheira. Camila diz que sente o
rendimento cair drasticamente quando está com dor. “Já tive
que deixar de apresentar trabalhos e faltar porque quando começa é resultado de esforço e preciso parar. Não preciso nem
ir pro médico”, ressalta, lembrando que as dores começaram
a ficar mais intensas quando cursava o 3º ano do Ensino Médio.
“Era a pressão do vestibular”, atesta. Agora, acredita, a dor
vem com a correria do dia a dia, indo do estágio para a faculdade, passando o dia na rua...
Também aluna de Jornalismo Izabella Bezerra, 25, conta
que fez de tudo para manter a dor distante. Mudou até o horário
do curso para a noite, achando que a inconveniente visita fossee
2. Com que frequência as dores de cabeça limitam sua capacidade de realizar suas atividades diárias habituais, incluindo cuidar da casa, trabalhar, estudar ou atividades sociais?
Você deve mostrar os resultados a seu médico. As dores de cabeça,
que estão perturbando sua vida, podem constituir uma enxaqueca.
Leve o HIT-6 com você, pois será mais fácil para o especialista compreender o quanto as dores afetam sua vida. Assim, ele poderá ela-
3. Quando você tem dor de cabeça, com que frequência
gostaria de poder se deitar para descansar?
borar um programa de tratamento efetivo, que poderá incluir terapia
4. Durante as últimas quatro semanas, com que frequência você se sentiu cansado demais para trabalhar ou realizar suas atividades diárias por causa das dores de cabeça?
Se você fez 49 pontos ou menos
medicamentosa.
Suas dores de cabeça não parecem estar causando impacto significativo. É recomendado que você fique atento e refaça o HIT-6 mensalmente para verificar uma possível evolução. No mais, aproveite o
5. Durante as últimas quatro semanas, com que frequência você sentiu que não estava mais aguentando ou se
sentiu irritado por causa das dores de cabeça?
6. Durante as últimas quatro semanas, com que frequência
suas dores de cabeça limitaram sua capacidade de se concentrar em seu trabalho ou em suas atividades diárias?
tempo com sua família e outras atividades.
Sobre o Teste do impacto das dores de cabeça
(Headache Impact Test – HIT-6)
O HIT-6 é uma ferramenta usada para medir o impacto que as dores
de cabeça provocam na capacidade no trabalho e estudos, em casa
e situações sociais. A pontuação indica o efeito das dores geram e a
capacidade de atuar. O HIT foi desenvolvido por uma equipe inter-
Respostas: Some 6 pontos para cada nunca, 8 pontos para cada
raramente, 10 para cada algumas vezes, 11 para cada com muita
frequência e 13 para cada sempre. E veja o impacto que a dor
tem na sua vida ao lado:
nacional de especialistas em dor de cabeça, composta por neurologistas e clínicos gerais. Lembre-se, o teste não tem a intenção de
oferecer aconselhamento médico. Para isso procure conversar com
o seu médico.
13
odontologia
odontologia
Cuidados
com a boca
e o paciente
Com 150 vagas anuais, curso de Odontologia
tem duração de cinco anos e segue a meta de
capacitar o profissional para um atendimento
integral e preventivo do paciente
A
odontóloga Regina Lopes circula pelos corredores
da Faculdade Maurício de Nassau, unidade Recife,
com um tesouro nos braços. É o caçula do grupo
Ser Educacional, nascido das mais de 300 páginas
encadernadas e sempre carregadas com carinho. As folhas
foram o ponto de partida dessa conquista. De um sonho concretizado com salas, laboratórios e professores. Tudo previsto
pelo Projeto Político Pedagógico do Curso de Graduação em
Odontologia, que a nova coordenadora segura sempre com
tanto orgulho. Autorizado pelo Ministério da Educação (MEC)
em dezembro passado, o curso terá sua primeira turma iniciada neste ano. As linhas sairão do papel para permitir que os
sonhos, agora dos novos alunos, virem realidade.
Apenas uma visita da equipe do MEC foi necessária para
a aprovação do curso. Os representantes do ministério tinham
a missão de comprovar se tudo o que estava dito no tal projeto apresentado era verdade. Eles conheceram a estrutura física da Faculdade, participaram de reuniões com os docentes
e com a coordenação e aprovaram a criação do novo curso.
A partir de então, uma equipe de professores e consultores
pôde se dedicar aos detalhes. “Oferecer esse curso é um sonho antigo que conquistamos por mérito e esforço de atender às exigências e garantir uma boa formação profissional”,
esclarece Regina Lopes, que já era professora da instituição.
A nova coordenadora ressaltou que o curso foi concebido com o objetivo de possibilitar uma formação generalista ao profissional com ênfase no Sistema Único de Saúde
(SUS). “O SUS é um dos principais empregadores do país
e precisamos de profissionais qualificados para garantir
um atendimento integral”, destaca. A estratégia, segundo
Regina, é qualificar o aluno para atender as necessidades
sociais da saúde e atuar na prevenção bucal da população.
Esse perfil diferenciado do programa letivo poderá ser
observado pelos alunos já no primeiro semestre, quando
14
Nassau em João Pessoa
ganha nova sede
“Oferecer esse curso é um sonho
antigo que conquistamos por mérito e esforço
de atender às exigências e garantir uma boa
formação profissional”
terão contato com os serviços públicos de saúde coletiva,
acompanhando visitas de funcionários do Programa da
Saúde da Família (PSF).
Também já no segundo período, os estudantes terão a disciplina de estratégia de saúde da família. “O MEC recomenda o
contato com os serviços de saúde coletiva o mais rápido possível.
Nós priorizamos isso e organizamos tudo para atender disciplinas da área social”, disse Regina. Ela também cita como diferencial a possibilidade dos estudantes manterem contato com os
colegas de outros cursos, como fisioterapia, enfermagem e psicologia, desde o primeiro período. “O nosso profissional não vai
dividir o paciente em partes, mas tratá-lo de maneira biológica,
psicológica e cultural”, disse. Sempre com o projeto pedagógico
em mãos, pronta para colocá-lo em movimento.
Excelência em educação
Avaliadas com louvor, as unidades da Faculdade Maurício de Nassau tiveram a excelência no ensino atestada pelos mais recentes
indicadores do Ministério da Educação (MEC). Na classificação,
foram considerados o Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), os Conceitos Preliminares de Cursos (CPC) e o
Índice Geral de Cursos (IGC). O principal destaque ficou com o
curso de Gastronomia da unidade Recife, que obteve a melhor
nota entre as instituições Norte/Nordeste. Em um conceito que
varia de um a cinco nos CPC, Gastronomia obteve quatro, assim
como o curso de Redes de Computadores.
Como instituição, a unidade Recife alcançou a média
três, mesmo índice obtido pelas unidades da Nassau em Maceió e Salvador. Os resultados foram calculados a partir de
uma média ponderada dos conceitos dos cursos de graduação e pós-graduação. Na graduação, a pontuação é calculada
a partir do CPC dos cursos, o que também propiciou índices
satisfatórios diante do desempenho positivo dos estudantes
no Enade. As unidades de João Pessoa, Campina Grande e
Natal, por terem sido inauguradas recentemente, ainda não
obtiveram o IGC.
Ano novo, prédio novo para a Faculdade Maurício de Nassau, unidade João Pessoa. A nova sede, situada na Avenida
Epitácio Pessoa, foi construída em mais de 30 mil metros
de área, em 14 pavimentos. Espaço suficiente para abrigar
um auditório com capacidade para 400 lugares, biblioteca,
espaço cultural, laboratórios, núcleos de práticas, livraria e
estacionamento. Uma estrutura criada para receber cerca
de mil novos alunos, além dos veteranos, distribuídos em 10
cursos. Na entrada, uma placa com a frase do filósofo Immanuel Kant mantém um convite: “O homem não é nada além
daquilo que a educação faz dele”.
Os estudantes de Administração e Direito, que antes
freqüentavam o prédio da Avenida Almirante Barroso, no
Centro, serão transferidos para a nova estrutura, onde
encontrarão com os calouros matriculados nos cursos de
Ciências Contábeis, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição,
Educação Física, Jornalismo, Psicologia e Publicidade e
Propaganda.Além oferecer um espaço mais moderno
numa localização privilegiada da capital paraibana, a mudança foi necessária para atender ao projeto da Faculdade de ampliar as opções de cursos recentemente autorizados pelo Ministério da Educação (MEC).
Na construção do novo campus, avaliado em R$ 50
milhões, foram gerados 300 empregos diretos e 200 indiretos. Após a inauguração, outros cerca de 500 empregos
serão gerados. E a inauguração foi apenas a primeira de
uma série. Novos prédios também serão inaugurados nas
unidades de Campina Grande, na Paraíba, e em Maceió,
além da instalação de novas sedes em Caruaru, no Agreste pernambucano, e em Fortaleza.
15
m a pa u n i v e r s i t á r i o
m a pa u n i v e r s i t á r i o
u n i da d e s da fa c u l da d e m au r í c i o d e n a s s au
JOÃO PESSOA
RECIFE
Faculdade Maurício de Nassau
Faculdade Maurício de Nassau
Unidade FOR TALE
Endereço: Rua Guilherme Pinto, 114 Graças
Rua Fernandes Vieira, 110 - Boa Vista
Telefone / Fax:+55 (81) 3413-4611
ZA*
Cursos da Graduação: Administração,
Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina,
Ciências Contábeis, Cinema Digital,
Direito, Educação Física, Enfermagem,
Engenharia Ambiental, Engenharia
de Telecomunicações, Farmácia,
Fisioterapia, Jornalismo, Nutrição,
Odontologia, Psicologia, Publicidade e
Propaganda, Radio e TV, Sistemas de
Informação, Turismo
Unidade NATAL
Unidade JO ÃO PESSOA
GRANDE
Unidade CAM PINA
Graduação Tecnológica: Design
de Moda, Gastronomia, Gestão
da Qualidade, Gestão Financeira,
Radiologia, Redes de Computadores,
Segurança no Trabalho, Sistemas para
Internet
Unidade RECIFE
*
Unidade CARUARU
Unidade M ac ei ó
NATAL
Faculdade Maurício de Nassau
Endereço: Av. Engenheiro Roberto
Freire, 1514 - Capim Macio
Telefone / Fax:+55 (84) 3344-7800
Cursos da Graduação: Administração,
Ciências Contábeis, Direito,
Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia
Unidade SALVADOR
Graduação Tecnológica: Gestão da
Qualidade, Redes de Computadores,
Segurança no Trabalho
Endereço: Av. Avenida Epitácio Pessoa,
bairro dos Estados
Telefone / Fax:+55 (83) 2107-5959
Cursos da Graduação: Administração,
Ciências Contábeis, Direito, Educação
Física, Enfermagem, Fisioterapia,
Jornalismo, Nutrição, Psicologia
Unidade NATAL
CAMPINA GRANDE
Faculdade Maurício de Nassau
Endereço: Rua Antonio Carvalho de
Souza, 295 - Estação Velha
Telefone / Fax:+55 (83) 2101-8900
Unidade CAM PINA
GRANDE
Cursos da Graduação: Administração,
Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia,
Nutrição, Psicologia
SALVADOR
Faculdade Maurício de Nassau
Endereço: Av. Tamburugy, 88 Patamares
CEP: 41680-440 Telefone / Fax:+55 (71)
3505-4500
Cursos da Graduação: Administração,
Ciências Contábeis, Direito,
Enfermagem, Fisioterapia, Jornalismo,
Nutrição, Pedagogia, Psicologia,
Turismo
Unidade JO ÃO PESSOA
Unidade RECIFE
Graduação Tecnológica: Gestão da
Qualidade, Gestão de Pequenas
e Médias Empresas, Gestão de
Pessoas, Gestão Pública, Redes de
Computadores, Sistemas para Internet
MACEIÓ
Unidade M ac ei ó
Faculdade Maurício de Nassau
Endereço: Av. Sandoval Arroxelas, 239 - Ponta Verde
Telefone / Fax:+55 (82) 3036-2299
Cursos da Graduação: Administração, Ciências Contábeis, Design Gráfico,
Direito, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Jornalismo, Nutrição, Publicidade e
Propaganda, Sistemas de Informação, Turismo
* FUTURAS INSTALAÇÕES DAS
UNIDADES DE CARUARU E FORTALEZA
16
*
Unidade CARUARU
Unidade FOR TALE
ZA*
Graduação Tecnológica: Redes de Computadores, Segurança no Trabalho
Unidade SALVADOR
17
p ó s - g r a d ua ç ã o
especialização
“O convívio com pessoas de várias áreas
é muito bom, permite um grande
aprendizado, discutimos novas
tendências. E isso não se aprende só nos
Disposição
para voltar
à sala de aula
livros”, destaca Clara.
Cursos de pós-graduação permitem a
qualificação do profissional e o preparam para
novas exigências. Novidades incluem gestão
de esportes, sustentabilidade e portos
A
lgumas meninas sonhavam em ser comissárias de bordo. Outras, professoras ou modelos. Desde criança,
Clara Teixeira, 28 anos, admirava a profissão de terapeuta ocupacional. Achava bonito. Ela cresceu e, há
quatro anos, formou-se no curso que tanto admirava. No entanto, os caminhos não a levaram a uma atividade de terapeuta. Clara sempre atuou na área administrativa e descobriu que também
gostava de lidar com gente de outra maneira. A jovem não colocou em prática o aprendizado mais específico do curso superior
e encontrou nas especializações um meio de garantir um novo
começo. Ou recomeço de sua carreira profissional.
Em janeiro de 2010, Clara começou o curso de MBA em Gestão Empresarial na Business School da Faculdade Maurício de
Nassau. Gostou tanto que, mesmo sem concluí-lo, iniciou o MBA
em Gestão de Pessoas em janeiro deste ano. Optou por fazer um
pequeno malabarismo durante dois meses até encerrar a primeira pós. “Observei que essas qualificações seriam uma exigência
do mercado e percebi que também estaria mais preparada para
atuar na área em que encontrei espaço”, justifica Clara. Estimulada pelo retorno à sala de aula, ela começou a estudar para
um mestrado e pensa também em seguir a carreira acadêmica.
“Sempre admirei a terapia ocupacional e acabei me formando.
Mas nunca atuei na área e estou descobrindo que gosto de outras coisas e quero me aperfeiçoar”, disse.
Os novos cursos irão contribuir nas atividades do dia a dia na
Secretaria de Planejamento e Gestão do estado, onde Clara é técnica de planejamento. Mas ela reconhece também a troca de informação com os colegas na sala de aula como uma experiência enriquecedora. “O convívio com pessoas de várias áreas é muito bom,
permite um grande aprendizado, discutimos novas tendências. E
isso não se aprende só nos livros”, destaca. Antecipar-se às novas
tendências de mercado, esclarece a diretora da pós-graduação da
Nassau, Vânia Campos, é um dos objetivos dos novos cursos. Neste
ano, ela cita como exemplo o lançamento de especializações em
gestão de esportes, sustentabilidade e portuária.
18
“Nós vamos de carro próprio,
mas às vezes quebra no meio
da estrada. Mas nada disso é
problema. estamos tirando
tudo de letra”, ressalta Dayane.
O QUE TEM DE NOVO NA PÓS-GRADUAÇÃO
FOTOGRAFIA
Objetivo: Possibilitar o conhecimento prático, instrumental
e teórico-analítico que possibilitem a produção, a análise,
a conservação e o restauro
fotográfico, além de oferecer
competência empreendedora
e didática
GESTÃO DA INOVAÇÃO
Objetivo: Propiciar a formação
das pessoas e o desenvolvimento da cultura de inovação,
bem como da propriedade intelectual das empresas como
grande instrumento transformador da competitividade
MBA EM GESTÃO DO ESPORTE
Objetivo: Propiciar qualificação
no campo da gestão do esporte,
orientados por uma perspectiva
empreendedora e inovadora da
gestão esportiva no cenário local, nacional e internacional
GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE
E EMPREENDEDORISMO SOCIAL
NAS ORGANIZAÇÕES
Objetivo: Capacitar profissionais na adoção de postura ética e suas competências
competitivas a uma gestão
de excelência, com ênfase na
compreensão dos conceitos de
sustentabilidade e responsabilidade social e sua inserção nas
práticas organizacionais
GESTÃO EMPRESARIAL EM
NEGÓCIOS ELETRÔNICOS
Objetivo: Gerar capacitação para
gerenciamento de empresas que
utilizem a internet como canal de
produção, vendas, transações
em geral, recrutamento, entre
outras modalidades de trabalho
Carga horária para os cinco acima: 360 h/a, com aulas quinzenais nas sextas-feiras, das 18h30
às 22h, e aos sábados , das 8h às
12h e das 13h às 17h (15 meses)
BANCO DE DADOS
Objetivo: Formar profissionais especializados para atuar na nova
visão empresarial de projeto,
administração e segurança de
informações das organizações.
Aprimorar a qualificação do profissional de administração de
banco de dados (DBA)
Carga horária: 375 h/a, com aulas
quinzenais nas sextas-feiras, das
18h30 às 22h, e aos sábados, das 8h
às 12h e das 13h às 17h (15 meses)
MBA EM GESTÃO PORTUÁRIA
Objetivo: Oferecer oportunidades de especialização nos conceitos, temas e práticas de logística
e gestão portuária e formar especialistas em novas técnicas de
gestão do segmento de portos
Carga Horária: 450 h/a, com aulas
quinzenais nas sextas-feiras, das
18h30 às 22h, e aos sábados , das 8h
às 12h e das 13h às 17h (18 meses)
PARA SABER MAIS: posgraduacao.mauriciodenassau.edu.br/Home/entrada
A especialização
está logo ali
O grupo sai de Aracaju
às 4h do sábado e leva,
em média, sete horas de
viagem por conta dos atrasos na
estrada com obras na BR
De Aracaju para o Recife, alunos enfrentam sete horas
de viagem em busca da qualificação profissional
E
quando a sala de aula está à distância de 501 quilômetros? Bagagem pronta e pé na estrada. Tem sido
assim para os sergipanos Dayane Eloá dos Anjos Maciel, 24 anos, Diogo Reis Souza, 23, e Luiz Carlos dos
Santos, 47, que moram em Aracaju. Desde novembro do ano
passado, a cada 15 dias, o fim de semana deles é no Recife.
Especificamente, numa sala de pós graduação em Direito Processual do Business School da Faculdade Maurício de Nassau.
Uma demonstração do esforço e interesse do trio pela qualificação profissional.
A ideia partiu de Dayane depois de procurar, sem sucesso, uma especialização em Aracaju. Ela conta que acabou se
interessando pelo curso da Nassau, pois ele abrangia mais
áreas de interesse, como Direito Penal, Constitucional, Civil e
Trabalho, além da docência no ensino superior. “Achei uma
ótima opção e os funcionários e coordenadores foram muito
atenciosos. Depois disso, falei com meus amigos que também
se interessaram”, disse. Os três, que se conheceram na faculdade, concluíram o curso de Direito em dezembro passado e
ficaram bastante animados por iniciar a pós de maneira imediata. A distância nem foi obstáculo.
Desde então, já acumulam aventuras para contar aos
amigos e familiares. “Nós vamos de carro próprio, mas às vezes quebra no meio da estrada. Mas nada disso é problema.
estamos tirando tudo de letra”, ressalta Dayane. O grupo sai
de Aracaju às 4h do sábado e leva, em média, sete horas de
viagem por conta dos atrasos na estrada com obras na BR. Assistem aula nas sextas-feiras à noite e, durante o dia, no sábado. No domingo, novamente às 4h, é hora de pegar a estrada
para o retorno. Um fim de semana puxado e custoso. “São várias as despesas, como combustível, alimentação e a despesa
do carro quando ele quebra”, brincou a advogada.
Sorte do trio, o aluguel saiu em conta. Eles conseguiram
fechar um acordo com a tia de um colega da turma, que mora
em Caruaru (interior de Pernambuco) e também se hospeda
com eles, de um primeiro andar de uma casa com sala, cozinha, banheiro e dois quartos. Agora é “só” esperar até dezembro deste ano para conseguir o título de especialista e
seguirem para novas aventuras. Luiz pretende atuar na área
criminal, Diogo em trabalhista e Dayane em cível. Em comum,
todos têm o desejo de lecionar e a disposição clara para enfrentar as dificuldades até o futuro profissional promissor.
19
n ú c l e o d e ta l e n t o s
Q
uem entra numa sala do Núcleo de Talentos da Faculdade Maurício de Nassau se impressiona com
a quantidade de “finais felizes” que pode encontrar. As coordenadoras facilmente listam nome de
alunos e ex-alunos que tiveram parte de suas histórias construídas ali. São Mirelas, Gabrielas, Brunos... E a memória precisa
ser boa porque os estudantes ou profissionais que vão até lá
estão apenas de passagem. De passagem para se encontrar na
vida. O Núcleo é só um trampolim. Em 2010, quase 4 mil estudantes descobriram novos caminhos depois de uma visita ao
espaço criado para ajudá-los a entrar no mercado de trabalho.
n ú c l e o d e ta l e n to s
Atenção,
talentos
de passagem
Núcleo de Talentos da Faculdade Maurício de
Nassau facilita o encontro entre as empresas,
estudantes e ex-alunos em busca de uma
oportunidade no mercado
PARA ATRAIR, CAPRICHE NO CURRÍCULO
“Fim de curso é angustiante.
Queremos trabalhar, entrar no
mercado, mas nem sempre é fácil”,
conta Mirela.
• Comece por dados pessoais, com nome completo, idade,
endereço e estado civil
• Não esqueça os contatos de telefone e e-mail
• Escreva seu objetivo, isto é, o que você pretende ao se
candidatar àquela vaga
• Resuma suas experiências profissionais em um pequeno texto,
sem detalhar as empresas e os períodos
• Organize uma lista das empresas por onde passou, sem repetir
as atividades e coloque o período (ex. mês/ano a mês/ano)
• Detalhe sua formação naquela área profissional, desde cursos
de idiomas até graduação e pós-graduação
• Se você tiver experiências em áreas diversificadas adapte o
currículo para cada vaga pretendida, dando prioridade às
atividades de interesse
• Se ainda tiver espaço, trate de outros assuntos aos quais
atribua alguma relevância, como viagens internacionais,
artigos publicados ou premiações
• Não esqueça de colocar a data no final da página
• Lembre-se de analisar bem a vaga e observar se você está
dentro do perfil para não correr o risco de causar uma imagem
negativa de “caiu na rede é peixe”
CAUSE UMA BOA 1ª IMPRESSÃO
• Evite atrasos e se planeje para chegar com antecedência de uns
15 minutos
“Acho tudo em nutrição encantador.
Mas esse estágio será ótimo,
pois poderei acompanhar a
realidade de cardápio, estoque e
treinamento”, diz Gabriela.
O encantamento de Gabriela Lapenda, 22 anos, com
o curso de Nutrição se assemelha à empolgação de uma
criança num parque de diversão. Disposta a experimentar tudo até encontrar o que gosta mais. Ou, como também se enquadra, seja mais gratificante. No 7º período,
ela está há cerca de um ano no grupo de pesquisa do
IMIP, onde tem o orgulho de poder aprender com o professor e coordenador do setor, Malaquias Batista Filho.
Lá, ela investiga tudo sobre nutrição. Obesidade, desnutrição e saúde pública são assuntos que a estudante conhece em números e estatísticas. O outro lado da moeda
– as pessoas e os casos reais - ela começou a conhecer
em janeiro deste ano.
20
Depois de uma visita ao núcleo, Gabriela conseguiu firmar
um estágio na Secretaria Estadual de Educação, em Nazaré
da Mata, Mata Norte de Pernambuco. E até nisso deu sorte,
pois mora em Carpina, na mesma região. “Acho tudo em nutrição encantador. Mas esse estágio será ótimo, pois poderei
acompanhar a realidade de cardápio, estoque e treinamento”, disse. E que realidade. Com duas nutricionistas formadas,
a estudante será responsável por 60 escolas da região e terá
a missão de manter uma merenda saudável para as crianças
diante de dificuldades como adaptar o cardápio ao estoque,
treinar as merendeiras e equilibrar os números que ela estuda
no Imip. O estímulo ideal para quem tem o fôlego de iniciante
e o desejo de mudar o mundo.
E construir um novo mundo profissional é o que a administradora recém formada Mirela Silva, 27, pretende a partir
da vaga de trainee em uma multinacional do setor de revestimento e proteção. Ela foi indicada à empresa pelo Núcleo de
Talentos e passou por dois dias de intenso processo seletivo.
A aprovação não poderia ser mais esperada, pois o contrato
com o estágio antigo tinha sido encerrado e as novas contas
começavam a chegar. “Fim de curso é angustiante. Queremos
trabalhar, entrar no mercado, mas nem sempre é fácil”, conta,
lembrando que trabalha desde cedo para ajudar em casa, tendo passado por ocupações em shoppings e telemarketing.
Essas alternativas não estavam descartadas pela estudante, que priorizava algo na área. Agora sonha com a carreira na empresa e já planeja o futuro. Depois de quatro meses
como trainee, Mirela deverá apresentar um plano de negócios
que será julgado para uma recolocação no grupo. “Eles têm
várias filiais em outras cidades. Toparia sem problemas. Essa
oportunidade veio em ótima hora”, destacou, já com novos
sonhos em mente. Sempre.
• Cumprimente o entrevistador com um aperto de mão seguro e
seja você mesmo
• Mantenha contato visual, especialmente na hora das respostas
• Se souber qual é a empresa, se informe, é importante conhecer
o histórico
• Cuidado com o perfume, não exagere
• Opte por roupas de cores neutras e evite modelos curtos,
justos ou decotados
• Evite gírias, pois podem ser mal interpretadas
• A entrevista é de mão dupla, aproveite para tirar dúvidas e
conhecer a vaga
• Seja profissional e não fale mal de seu atual ou antigo
empregador
• Não revele informações confidenciais sobre sua empresa atual
ou antiga
• Seja sincero quanto ao motivo da sua saída do antigo emprego
• Mostre interesse e entusiasmo se quiser realmente ocupar a
nova vaga
• Agradeça a oportunidade
Fonte: Núcleo de Talentos da Faculdade Maurício de Nassau
21
aprendizado
aprendizado
A
De aluno
a aprendiz.
E exemplo...
A vida tem caminhos curiosos
para mostrar novos destinos.
Depois da fama em programa de
TV, Rodrigo Solano começou a
descobrir o próprio tempo
té hoje, quase um ano depois,
Rodrigo Solano, 20 anos, não
sabe exatamente o que o levou a desbancar 125.800 candidatos. Era esse o número de inscritos
que concorriam a uma das 16 vagas do
programa televisivo Aprendiz Universitário 7. Também não tem certeza do
que o levou até a final do mesmo reality
show, concorrendo ao prêmio de R$ 1
milhão e um cargo no Grupo Doria Associados. Destino, carisma, compromisso,
motivação? O dominó da Copa que ele
criou na fase de seleção ou a prova em
que se vestiu de coração para divulgar
um produto? Mais provável ter sido de
tudo isso um pouco. Um pouco de tudo
em Solano, como ficou conhecido.
O que o jovem logo percebeu foi a
guinada que a experiência deu na vida
dele. Quando seria possível ter ficado
triste por ter ido até a final e não ter ganhado o 1º lugar no programa, ele sentiu
os caminhos se abrirem. E parecia saber
disso ainda no palco com as câmeras ligadas. “O grupo veio todo me consolar.
Precisou que eu dissesse que estava bem
e que a outra concorrente tinha ganhado
e merecia os abraços”, relembra. Câmeras
desligadas. Mas os convites foram tantos,
inclusive em multinacionais sediadas em
São Paulo, que um deles surgiu de onde
o estudante do 6º período da Faculdade
Mauricio de Nassau nem esperava. Exatamente da instituição onde estudava. E foi
esse que ele aceitou.
Aluno de Jornalismo, ele também assumiu o cargo de coordenador comercial
da unidade da Maurício de Nassau no Recife. Escolheu permanecer na cidade natal,
por enquanto. Pois é como se as idas a São
Paulo para participar da seleção e gravar o
programa – e as viagens subsequentes de
premiação para a Suíça, África do Sul, Espanha, entre outros destinos, – tivessem
chamado sua atenção para o tamanho
do mundo. E, de certa forma, foi assim
mesmo. Mas Solano não teve pressa. “Eu
nunca tinha viajado de avião, ficado tanto
tempo fora. Imagine para minha mãe, que
ficou sem o filho por seis meses. Todo dia
ela ligava para a TV e o pessoal já sabia
que era a dona Sônia querendo saber se
o filho estava bem e tinha comido”, conta
brincando, apesar da “fama” da mãe ser
mesmo verdadeira.
A proposta da faculdade foi vista como o melhor convite por Solano.
“Não era hora. Depois cheguei a pensar
se fiz certo, mas agora sei que vou morar
fora um dia. Talvez em São Paulo ou outra cidade. A hora vai chegar”, assegura.
Impossível questionar. Solano mostrou
que tem originalidade e competência,
característica observada pelos milhões
de espectadores do programa. Contra
as possibilidades - com a internet caindo na prova de seleção, usando o brinco
que ele se esqueceu de tirar para a entrevista, sem paletó para participar das
gravações – ele mostrou que tinha personalidade. “Eu era o único diferente,
assim mais largado. Pensei que ou seria
o ridículo ou gostariam de mim”, conclui. No Aprendiz, o jovem foi chamado
de rei e conseguiu o feito inédito de fazer uma empresa adotar imediatamente
uma ideia. Virou exemplo. De aprendiz
transformou-se também em professor.
VEJA MAIS: No site, confira a prova em que
Solano se vestiu de coração e foi o vencedor.
“Solano foi
contratado por
ser um aluno
com habilidades
de destaque. Ele
mostrou-se capaz
de gerenciar a
área comercial
da instituição e
aproveitamos a
oportunidade de
tê-lo na equipe”,
nte de
Bruno Burgos, gere
o Ser
marketing do Grup
Educacional
22
23
f i na n ç a s
f i na n ç a s
G
Aluna de Ciências
Contábeis, Vany Ribeiro
atua como consultora de
finanças pessoais e mostra
que é possível – sem
mágica – fazer o dinheiro
render e concretizar sonhos
Boa matemática
e planejamento
deixam
tudo azul
anhando menos de um salário
mínimo fixo, Paulo Victor de
Santana, 26 anos, assumiu uma
prestação de R$ 206 em 36 vezes para comprar “a moto dos sonhos”.
Sem controle do que saía da carteira, o editor de imagens continuava a gastar a média
de R$ 150 em passeios nos fins de semana.
E contava com uma renda de trabalhos extras¸ que variava todo mês, para evitar buracos. Nem precisa ser bom com números
para arriscar que ele entrou no vermelho.
Ainda assim, conseguiu adiantar as parcelas em um ano e quitou o débito. Não foi
milagre, nem ele foi um dos vencedores da
mega-sena. Ele conheceu Helcivany Ribeiro, que conhece bem matemática e é boa
de gestão financeira.
Aluna do 6º período de Ciências Contábeis da Faculdade Maurício de Nassau
e mulher do chefe de Paulo, Vany deu início a um projeto de consultoria financeira
pessoal e empresarial. Ela queria mostrar
que, com boa organização, é possível crescer mesmo com pouco dinheiro. “É muito
gratificante quando as pessoas começam
a perceber que podem melhorar de vida.
Mas é preciso realmente querer mudar os
hábitos”, defende. E entregar as contas
para quem pode ajudar como fez Paulo
Victor com a nova consultora, que foi logo
cortando as farras e indicando as prioridades. No início da organização das finanças,
ele passou a ganhar um salário mínimo fixo,
o que ajudou nos cálculos.
“Eu guardava um dinheiro extra na
poupança e achava que o rendimento iria
ajudar a pagar a moto, mas Vany mostrou
que era melhor adiantar as parcelas e fui
pagando sempre duas”, conta o editor,
que cortou os juros e conseguiu antecipar o pagamento em um ano. Com um di-
nheirinho sobrando, já que mora na casa
do pai e divide as contas com ele, Paulo
Victor resolveu investir nos equipamentos de trabalho e comprou um computador. Novamente com a ajuda de Vany,
ele conseguiu economizar 20% porque
não comprou o roteador na mesma loja.
“Paulo ia caindo nessas propagandas de
promoção, mas mostrei que eles tiram de
um lado e ganham em outro. Achamos
um equipamento mais barato em outra
loja, era só procurar”, ensina.
O aluno só não foi mais exemplar,
pois, no fim do ano passado, caiu em tentação. Ansioso para ter um carro e economizar nos freelas que faz com filmagem, ele comprou um modelo zero sem
consultar a professora. E levou um puxão
de orelha. Assim que retirou o veículo da
loja sofreu uma grande desvalorização, já
que um modelo diferente foi lançado neste ano. “Vi que paguei mais caro e deveria
ter ficado com um semi-novo. Mas Vany
me ajudou a organizar as contas e vai dar
para pagar”, sorri, pensando na economia que fará quando precisar ir de carro
para algum evento. Enquanto isso, ele
aproveita a moto para não precisar acordar tão cedo e ganhar tempo na hora de
ir para o trabalho, na Madalena, e voltar
para casa, em Olinda.
Com tudo em dia, Paulo já pensa
em alugar um apartamento perto do
trabalho para economizar ainda mais
no combustível e ganhar tempo livre
para outros serviços. Para ele, vale a
máxima de que “tempo é dinheiro”.
Ele sonha e planeja com a aprovação de
Vany, que observa no cliente um trabalho bem sucedido. Um estímulo novo
para concluir o curso e seguir fazendo
diferença na vida de outros.
10 passos
para controlar
as finanças
• Mude o comportamento financeiro
através da disciplina e do autocontrole
• Organize as contas em três modalidades:
Fixas, Fixas com valores variáveis e
Variáveis
• Utilize o cartão de crédito apenas para
despesas previstas no orçamento
• Faça do cheque o seu gerente, consulte e
analise a possibilidade de uso, em vez de
submeter-se aos juros impostos por um
gerente
• Transfira as contas de receitas e despesas
para uma planilha e aprenda a lê-las
• Estude que débitos podem ser reduzidos
ou eliminados para direcioná-lo a algo
mais construtivo
• Observe qual o percentual de cada conta
em relação a sua renda, analisando se
é ou não válido dispor da renda dessa
forma
• Adote o método da caderneta diária,
anotando desde o pão ao cafezinho.
Chama-se disciplina
• Faça escolhas inteligentes, como sair
uma ou duas vezes por mês ou ainda
examinar junto a família se a assinatura
de TV está cumprindo o papel de lazer.
Caso contrário, reveja certos gastos
• Planeje. Este sim é o melhor e mais bem
sucedido modo de controlar toda e
qualquer finança
“É muito gratificante
quando as pessoas começam
a perceber que podem
melhorar de vida. Mas é
preciso realmente querer
mudar os hábitos”
24
25
turismo
A
firmar que o nascimento de um filho muda a vida
dos pais parece lugar comum. Mas a chegada de
Marília teve um impacto tão profundo em Arthur
que fez, e ainda faz, diferença para dezenas, centenas, milhares (!?) de outras pessoas. Há 17 anos, a primogênita
de Arthur nasceu cega. Dedicado, ele fez do inesperado uma
motivação para buscar aprendizado. Como um bom pai, queria propiciar o melhor para a filha. Naquela época, ainda não
existia a facilidade do Google. Nas escolas, se falava em integração, socialização. Inclusão só veio depois. Uma luta pessoal
e profissional do administrador, professor e, depois, especialista em inclusão social. Foi aí que essa história começou a ficar
diferente.
Arthur Mendonça conta que, após o nascimento de Marília, mergulhou nos livros em busca de orientação, de como
lidar com a diferença. As escolas eram obrigadas a recebê-la,
mas não estavam preparadas. “Ela não tinha o mesmo atendimento das outras crianças e isso não estava certo”, relembra.
Ao mesmo tempo, com uma nova sensibilidade despertada,
Arthur assumia a direção do setor de recursos humanos do
metrô do Recife. Estava na posição contrária. Era o gestor e
outros precisavam de oportunidade. Ele “não podia pecar estando do outro lado” e incluiu uma cota para estagiários com
deficiência. Abriu a porta para outros filhos e a janela para sua
própria filha, ainda criança.
A atitude foi reconhecida e o administrador foi convidado
a coordenar projetos de acessibilidade na Superintendência
de Apoio à Pessoa com Deficiência de Pernambuco. Financeiramente, ponderou, não era vantagem. Além disso, sairia de
uma gestão de 3 mil funcionários para o universo do estado,
com 14% de deficientes à espera de uma inclusão verdadeira.
turismo
Mas o ganho pessoal, familiar e coletivo o motivaram. No dia
a dia, Arthur começou a discutir a inclusão nos esportes, na
educação, na empregabilidade e observou que a temática não
incluía o turismo. “Antes não tínhamos nada. Hoje, temos alguns hotéis preparados. Mas é preciso adaptar roteiros e treinar pessoas”, observa, citando como ideias para um turista
cego ou de baixa visão, por exemplo, a oferta de um cardápio
ou roteiro áudio-descritivo.
A partir de então, o caminho dele cruzou com o dos alunos de Turismo da Faculdade Maurício de Nassau. Entre uma
provocação e outra, uma simulação aqui e outra ali, um congresso e uma feira, os futuros turismólogos aprendem que o
turismo deve ser para todos. Em experiências com olhos vendados e cadeiras de rodas, os estudantes vivenciam o que sente um turista com necessidades diferentes e aprendem como
devem agir sendo os profissionais. As simulações têm o objetivo de preparar os futuros profissionais e garantir que todos
os próximos turistas aproveitem o passeio de forma integral.
Mesmo que diferente.
E Marília? Timidamente, ela conta os planos de cursar Direito e Jornalismo. Solta-se quando diz que adora viajar com a
família e que já conhece o Brasil quase todo. Gostou mais de
Gramado, de Brasília e das praias da Bahia. Com todo o aprendizado do pai, a filha ganhou mais liberdade. No percurso, ganhou até uma irmã, Geovana, 12. “Minha experiência toda foi
um ganho pessoal imenso. Deu uma guinada, éramos muito
protetores. Agora damos uma autonomia a Marília ao ponto
de dizer “te vira”. Eu queria abrir o caminho, preparar o chão
para ela seguir”, reflete, com o sonho de todo pai. Os caminhos foram abertos. Para Marília e tantos outros, alunos, deficientes e amigos. Estão todos na estrada.
Turismo para todos
Alunos vivenciam o que
sente um turista com
necessidades diferentes
É FÁCIL AJUDAR,
APRENDA A INCLUIR
• Se você quiser falar com uma pessoa
surda, não grite. Ela não ouvirá e sua
expressão parecerá agressiva
• Se quiser conversar com uma pessoa
surda, chame atenção sinalizando com a
mão ou tocando no braço dela
• Enquanto estiver falando, fique de
frente para que ela possa ler seus lábios
e converse normalmente, a não ser que
ela peça para você falar devagar
• Para orientar uma pessoa com defi-
ciência visual no deslocamento, nunca
use ‘ali’ ou ‘aqui’
• Lembre-se de indicar obstáculos encontrados no caminho como degraus,
meios-fios, buracos e outros. Não esqueça do que está acima e pode bater
na cabeça da pessoa
• Não evite palavras como “cego”, “olhar”
ou “ver”. Isso não é nenhuma ofensa ou indelicadeza com a pessoa cega
• Tente descrever os ambientes com
detalhes, como posição dos móveis,
vista, se existe jardim, as cores e a
apresentação das comidas
• Se você estiver caminhando com
uma pessoa que use muletas, procure
andar no ritmo de marcha dela
• Se desejar, ofereça ajuda, mas não
force. Se precisar de apoio, a pessoa
aceitará a sua colaboração e lhe dirá o
que fazer
• Cumprimente a pessoa com déficit
intelectual de maneira respeitosa e
não se esqueça de fazer o mesmo ao
sair. Todo mundo gosta de ser tratado
com respeito e atenção
Fonte: Superintendência Estadual de Apoio à
Pessoa com Deficiência (SEAD).
“Antes não tínhamos nada. Hoje, temos alguns hotéis preparados.
Mas é preciso adaptar roteiros e treinar pessoas”, observa Arthur.
Após o nascimento de uma filha cega, professor mergulha no universo da inclusão social.
A causa vira sua profissão e, hoje, é transmitida aos estudantes
26
27
e n g e n h a r i a a m b i e n ta l
e n g e n h a r i a a m b i e n ta l
Construir,
desconstruir
e reconstruir
Mente aberta, vontade de
fazer diferente e de forma
mais duradoura é prérequisito para ter sucesso
na carreira e garantir o
futuro da humanidade como
conhecemos
A
os 53 anos, quando mesmo
nos dias de hoje alguns poderiam achar que era tarde,
José Luís Loureiro recomeçou. Com uma carreira consolidada por
35 anos de experiência em construção
civil, ele vislumbrou o futuro. E foi
atrás dele. Mas a decisão desse paulistano apaixonado por Recife não está
sendo contada nesta revista só porque
ele encarou voltar a uma sala cheia de
jovens e aulas de matemática básica. O
que já seria uma bela lição. Ele aceitou
reformular seus conceitos e práticas
em um movimento bem mais difícil.
Foi buscar na Engenharia Ambiental os
caminhos para preservar o maior patrimônio da humanidade.
“A qualidade do meio ambiente
está ligada a nossa vida, sempre foi nosso patrimônio maior. Mas agora não dá
mais para viver sem considerar as soluções ambientais”, destaca, ressaltando
que pretende aliar sua experiência aos
novos conhecimentos para criar alternativas mais sustentáveis. No 2º período do
curso da Faculdade Maurício de Nassau,
José Luís conta que já superou o “susto”
pelo retorno às aulas e está confiante na
escolha de investir no futuro. Ele acredita que a tendência é que os próximos
28
empreendimentos só sejam aprovados
após a análise de um engenheiro ambiental. “Estarei pronto. Ainda quero
fazer muito nessa vida”, disse o pai de
três filho e avô de sete netos, com a empolgação do recém-formado que será
em alguns semestres.
Na sala de aula, a vontade de “colocar a mão na massa” vem falando alto
e um grupo de estudantes, coordenado
pelo gestor do curso e professor, Marco
Antônio Silva, está elaborando um projeto de Consultoria Junior de Engenharia
Ambiental. Os alunos já atuaram na instituição, ministrando palestras para outras turmas, e desenvolveram atividades
externas. A experiência de quem está
no mercado também serve de exemplo,
como a de José Luís e de Tatiane Marques da Silva, 28. Técnica em segurança
do trabalho, a jovem buscou no curso
superior uma capacitação para estar
mais preparada às mudanças. E vem aplicando o conhecimento nas construções
em que atua.
“Esse é um mercado em pleno crescimento e temos muito o que descobrir
ainda”, constata Tatiane. Empolgada
e orgulhosa por estar trabalhando na
construção de um dos primeiros prédios
100% verdes do Recife, ela lista as iniciativas que já coloca em prática, como coleta seletiva de resíduos e reaproveitamento de materiais. Mas sabe que ainda
há muito o que mudar e implantar para
deixar, no passado, o título de setor que
mais esgota os recursos naturais. Um
passado que se afasta com velocidade
desses estudantes que – em qualquer
idade – estão dispostos a começar, recomeçar e mudar conceitos.
Orgulhosa por participar do projeto de
um prédio verde, Tatiane Marques já
atua de maneira sustentável
TROTE LEGAL
José Luís Loureiro vislumbrou o futuro
no curso de Engenharia Ambiental e
pretende unir o aprendizado à prática
da construção civil.
A cada semestre, os estudantes da Faculdade Maurício de Nassau escolhem uma
atividade para reforçar que o temido
trote pode ser legal. No semestre passado, eles fizeram questão de atuar em
Água Preta, cidade da Mata Sul de Pernambuco, devastada pelas enchentes
em junho de 2010. A ação, desenvolvida
em dezembro, reuniu alunos de vários
cursos, que contribuíram com atuação
em suas áreas específicas em um exemplo de cidadania. A turma de engenharia
ambiental ficou responsável pela atuação na prevenção de tragédias futuras
e, assim, os grupos fizeram o reflorestamento das margens do rio. A Faculdade
também reuniu material para doação
que compôs 9 mil kits, incluindo material escolar e alimentos. A entrega foi feita em 14 escolas municipais e estaduais
e encheu os participantes de vontade de
ajudar ainda mais. Por isso, outras campanhas da instituição, como Faculdade
na Comunidade, Estágio Social e Natal
Solidário, também destinaram suas iniciativas para a cidade, oferecendo atendimento jurídico, de saúde, alimentação
e atividades de lazer.
29
pa z n o t r â n s i t o
pa z n o t r â n s i t o
Crucifixo alerta
para os riscos
na direção
“O crucifixo também lembra a morte, que pode
ser provocada por acidentes automobilísticos.
Queremos que cada motorista imagine seu veículo naquelas
condições, se imagine envolvido em algum acidente de
trânsito. A ideia é chocar e conscientizar ao mesmo tempo”,
destacou Sérgio Murilo Júnior.
Monumento criado com carros e motos envolvidos em acidentes marca campanha, realizada
em parceria pela Faculdade e órgãos públicos, pela segurança e paz no trânsito
I
nstalado na principal via de acesso às praias do litoral
Sul de Alagoas, às margens da BR 101, um crucifixo de 16
metros de altura dá o alerta para o risco de acidentes. O
monumento foi criado com seis carros e uma moto destruídos em ocorrências de trânsito com a intenção de chocar,
chamar a atenção e modificar o comportamento dos motoristas. A Ação do Crucifixo é uma iniciativa da Faculdade Maurício de Nassau, em parceria com órgãos estaduais e federais,
inaugurada no ano passado, em Alagoas. Desde então, foi lançada em Salvador e as cidades do Recife, João Pessoa, Natal e
Fortaleza serão as próximas a sediar o projeto.
O coordenador executivo do Instituto Maurício de Nas-
30
sau, Sérgio Murilo Júnior, destacou que o Instituto vem desenvolvendo uma ampla campanha pela paz no trânsito e respeito às vagas prioritárias para deficientes, idosos e gestantes. A
próxima ação, acrescentou, será uma campanha pelo respeito às faixas de pedestres. ”Incentivamos os nossos alunos a
refletir e mudar o comportamento no trânsito. Com o apoio
deles, queremos provocar uma mudança de atitude na população”, afirmou. Em relação ao monumento, ele esclareceu
que o grupo estava em busca de um ícone que simbolizasse
a violência no trânsito e decidiu pelo formato do crucifixo automotivo pois, além de lembrar a religiosidade, alerta para o
perigo maior, da morte.
“O crucifixo também lembra a morte, que pode ser provocada
por acidentes automobilísticos. Queremos que cada motorista
imagine seu veículo naquelas condições, se imagine envolvido
em algum acidente de trânsito. A ideia é chocar e conscientizar ao mesmo tempo”, destacou. Em Alagoas, a campanha foi
lançada, em junho passado, para marcar a abertura local da
Semana Nacional do Trânsito com o apoio do Detran/AL, da
Polícia Rodoviária Federal e do governo do estado. Assim, o
crucifixo foi instalado ao lado do Posto da PRF, na cidade de
Marechal, Região Metropolitana de Maceió, numa localização
estratégica, pois, além de dar acesso às praias, leva aos municípios do interior movimentados pelas festas juninas.
A ação do Detran ainda incluiu blitze educativas sobre a
Lei Seca e a obrigatoriedade dos assentos automotivos
para crianças, tendo o apoio dos estudantes da Faculdade na abordagem aos motoristas. Em Salvador, o combate ao consumo de bebida alcoólica e direção foi um dos
focos da campanha lançada, em janeiro deste ano, com
a instalação do crucifixo na Avenida Paralela. A iniciativa
também contou a parceria do Detran/BA e do governo
estadual e o ícone seguiu o mesmo modelo: 16 metros,
formado por veículos destruídos ou semi-destruídos em
colisões. Você não gostaria de ter seu veículo naquele
monumento, não é?
31
g a s t ro n o m i a
g a s t ro n o m i a
Cozinhar para
tratar bem
Prazeres além da mesa
A
cozinha é sim uma arte. E científica. Até Einstein
concordaria, uma vez que para acertar ‘aquela receita’ são exigidas experiências, erros e acertos.
No entanto, a frase consolidada costuma servir de
desculpa para quem diz não levar jeito e, já que não tem mesmo o perfil, garante que é melhor esperar na mesa. Bem, o
fato é que o principal nem está na combinação química dos
ingredientes. É quase como aquela letra de música sertaneja, que também virou propaganda: É o amor. Quem costuma
dar uma de chef amador ou profissional, gosta de receber,
agradar e, claro, comer. Essa costuma ser a essência, o ponto
Na folga, a arte
é para a família
Na casa de Thomás Sôlha, 26
anos, o fogão esteve sempre
sobre o controle dos homens.
A tradição começou com o pai
e, aos oito anos, ele era o ajudante principal dos churrascos
da família. Quando o assistente cresceu, a brincadeira virou
fonte de renda. Ainda cursando
Filosofia, o estudante começou
a trabalhar em cozinhas de bares e restaurantes. A experiência deu mais ânimo e, mesmo
com a graduação e o trabalho
de partida. No caminho, também estão observadores de um
mercado amplo e em alta, como o do mundo gastronômico
e dos espaços gourmets. Uma enquete informal entre os alunos Gastronomia da Faculdade Maurício de Nassau indica que
tudo começa pela paixão. E se mantém pelo desejo de ser bem
sucedido na área, algo motivado pelo curso avaliado pelo Ministério da Educação (MEC) como o melhor entre as instituições do Norte/Nordeste. Alunos e ex-alunos, como Mônica Coelho, Sérgio Galvão, Thomás Sôlha e Leonardo Amaral revelam
um pouco do perfil de quem arrisca e petisca. Confira também
as receitas indicadas por eles. Bon appétit!
de professor, Thomás não conseguiu abandonar a cozinha.
Voltou para a sala de aula no
curso de Gastronomia da Nassau. Desta vez para aprimorar o
hobby, o que fez tão bem que
ficou até famoso. A ideia foi
do colega de turma Leonardo
Amaral que, ao saber que o Prazeres da Mesa ao Vivo (o maior
reality show da enogastronomia) seria realizado na Faculdade, inscreveu os dois na competição. Com o tema “A evolução
da cozinha pernambucana”, a
dupla recebeu a missão de criar
Pescada amarela com
arroz de moqueca
Por Thomás Sôlha e Leonardo Amaral
Ingredientes: 500g de pescada amarela | sal | pimenta
branca | 30 ml de azeite de oliva | 1
maracujá | 20 g de açúcar | 600 ml de caldo
de peixe | 30g de manteiga | 10g farinha
de trigo | 8 unidades de ervilhas tortas |
160g de arroz parboilizado | 10 ml dendê |
10 ml de leite de coco | 20g abóbora | 10g
de cebola | 2 dentes de alho | 1 tomate | 1
pimentão | coentro | cebolinha.
32
um prato com um peixe e elaborou a Pescada Amarela com
Arroz de Moqueca. Resultado:
conquistaram o primeiro lugar
regional. Foi o toque de mestre
dos estudantes que estavam
concluindo o curso. Thomás
ainda dá aulas de filosofia, mas
também atua como consultor e
irá estrear como professor de
cozinha asiática na Faculdade
neste semestre. Ah, nos dias de
folga, também vai para o fogão
em casa. Geralmente aos domingos - dia de filé, rodeado de
parentes e amigos.
Modo de Preparo: Tempere os filés de pescada com sal e
pimenta. Reserve, passe na farinha de trigo
e chape por três minutos de cada lado. Para
o molho, prepare o suco do maracujá, leve
ao fogo, acrescente o caldo e um pouco
de açúcar. Solte as ervilhas uma a uma na
manteiga. Para moqueca, refolgue o alho e a
cebola em azeite de dendê, depois acrescente
pimentão, tomate, coentro, sal e refolgue
o arroz. Em seguida acrescente o caldo do
peixe, leite de coco e abóbora, finalizando
com cebolinha. Monte o prato e sirva.
Entrada Super Leve
Por Mônica Coelho
Ingredientes:
300 g de presunto fatiado (a gosto com ou
sem capa de gordura) | 200 g de azeitona
fatiada | 2 ovos | 1 colher de maionese | 1
creme de leite | 1 limão | 1 cebola pequena.
Modo de preparo:
Corte o presunto em quadrados pequenos
e misture à azeitona fatiada dentro de um
recipiente. Cozinhe os ovos por 8 minutos,
parta-os retirando a gema das claras e
corte as claras em formatos pequenos,
colocando-as no recipiente. À colher de
maionese, misture a cebola ralada, o suco
de limão a gosto. Depois de amassadas,
coloque as gemas no recipiente misturando
com uma colher e adicionando o creme de
leite. Arrume em um bonito recipiente e
sirva com torradas.
Risoto de lagosta ao forno
Por Sérgio Galvão
Ingredientes:
1 lagosta inteira (pesando cerca de 700 g | 1
xícara de arroz para risoto (arbóreo) | 100 g de
queijo gruyere | 1 colher de sopa de requeijão
| mix de cenoura, alho poro, salsa e cebola
cortados em cubinhos | sal e pimenta do reino
a gosto | 2 taças de vinho branco seco | 100 ml
de creme de leite fresco | azeite | alho triturado
Modo de preparo:
Base para o molho e risoto: Retire a calda
da lagosta e reserve. Coloque para ferver a
cabeça em água por 10 minutos, depois retire
e reserve a água. Com auxilio de um cutelo,
quebre em pedaços a cabeça e retorne a água
do cozimento. Acrescente o mix de legumes,
a pimenta e o sal, um copo de vinho branco
e deixe cozinhar tampado por 10 minutos.
Peneire o caldo resultante e reserve.
É comum um prato limpo,
ou melhor, raspado, roubar um sorriso de mães,
avós e, talvez, mulheres
em geral. Mônica Coelho,
38 anos, acredita que o
segredo está no prazer
de servir e conseguir se
comunicar assim. Ela
fala com a experiência
de quem acompanhou o
crescimento dos dois filhos, Caio, 16, e Ygor, 14,
sempre com uma “comidinha gostosa”. Apesar
da aprovação dos garotos, ela queria aprimorar
o talento. “Sempre fui
encantada com culinária, acho uma verdadeira
arte e, desde menina, me
dedico a aprender”, lembra. Aos 17 anos, ela fez o
primeiro curso de doces e
salgados. Mas a necessidade de trabalhar cedo,
seguida pela vinda dos
filhos e o trator que pode
ser o dia a dia, adiaram os
planos de um curso superior. Sem traumas. No
tempo certo, ela matriculou-se no curso de Gastronomia e retomou os
sonhos. Hoje, trabalha no
setor administrativo de
A festa começa na cozinha
O engenheiro elétrico Sérgio Galvão, 40
anos, planeja trocar os cálculos por combinações, no mínimo, mais aromáticas.
Estimulado pela aprovação dos jantares
que coordena em casa, o hobby vem se
tornando mais profissional. Até a matrícula no curso da Nassau, no ano passado,
a intenção era ganhar mais elogios de
quem provava suas receitas, por assim
dizer. Após as primeiras aulas, o engenheiro observou que o curso oferecia um
conhecimento amplo de um mercado em
crescimento e podia ser uma alternativa
no futuro. Mas isso tudo ficará para depois, garante. Quando estiver mais ex-
uma multinacional e cursa
o 2º período. Na sala, deparou-se com a “moda”
do homem que também
cozinha e se animou em
fazer do antigo hobby
uma nova carreira profissional. Mônica descobriu
que gastronomia vai bem
além da receita, incluindo
conhecimentos sobre nutrição, gestão e mercado.
A possibilidade de cuidar
também pela “gastronomia
saudável” a tem atraído
e, apesar de ressaltar que
ainda é cedo, admite estar
encantada por essa nova
linguagem de amor.
periente e mais viajado, para conhecer
“as cozinhas” do mundo. “Vi a dimensão de atividades que estão disponíveis.
No momento, essa é a área que tem me
dado mais prazer”, afirma. Por enquanto, ir para o fogão ainda é uma festa para
poucos. E quando é na casa dele, avisa: a
diversão começa na cozinha para ele e,
em geral, as mulheres do grupo. O resto
dos homens costuma ficar na sala. “Deixo
tudo separado, cortado e, enquanto preparo, vamos abrindo um vinho e conversando”, explica. As especialidades do engenheiro são carnes vermelhas e frutos
do mar. Uma das mais elogiadas é este
risoto de lagosta abaixo.
Para o risoto: Acrescente azeite à panela, refogue o
arroz, acrescente o sal, pimenta do reino e um copo
de vinho branco, ½ copo do caldo do cozimento da
lagosta e vá mexendo para não grudar, acrescente
o queijo gruyere ralado para que se incorpore ao
risoto e adicione água se for necessário para que o
risoto fique no ponto. Lembre-se, o arroz arbóreo
ficará ao dente após o cozimento. Para a lagosta:
retire a calda da lagosta, limpe o intestino na parte
de baixo, salteie a mesma em azeite com alho, sal
e pimenta do reino até que esteja assada. Cuidado
para não passar do ponto e ressecar a lagosta. Em
uma panela, coloque 300 ml do caldo do cozimento
da lagosta restante, acrescente 1 colher sopa de
requeijão e 100 ml de creme de leite fresco, prove o
sal, deixe reduzir e reserve.
33
t v a b e rta
t v a b e rta
Esse é classificação livre
Produzido, apresentado e editado por estudantes de Comunicação Social, programa
televisivo sobre cinema é um laboratório real onde os estudantes se veem e são vistos
retoques em si mesma e os primeiros em
Binho. Após o “gravando”, a atenção e o
profissionalismo dos estudantes entram
em cena. Com dicas de filmes, lançamentos e entrevistas gravadas no estúdio,
o programa semanal tem uma hora de
duração e exibe sempre uma entrevista
e um curta dos alunos ou ex-alunos da
Nassau, além de vídeos de temas livre.
A dupla apresentadora foi escolhida por uma comissão de professores
da Faculdade entre 31 candidatos. “Eles
se completam, têm estilos diferentes
e achamos que ia funcionar. Foi tudo
adaptado, pois até o cenário tinha sido
pensado para uma pessoa só”, destaca
o diretor. O objetivo principal, esclarece,
foi disponibilizar um espaço de aprendizado intenso, onde o aluno pudesse trabalhar e se reconhecer. Com a mesma
ideia, a Nassau também lançou o programa de entrevistas Opinião Brasil (2ª, às
22h, reprise na 3ª, às 14h). Com câmeras
de alta definição e modernas ilhas de
edição, os estudantes vivenciam o dia a
dia de profissionais. E fazem bonito.
Revista para levar com você
Com formato, linguagem e projeto gráfico inovadores,
o lançamento da Revista DUE, em dezembro passado,
constata que a nova geração de comunicólogos está
movimentando o mercado. Lançada por duas publicitárias formadas na Faculdade e alunas da pós-graduação
no MBA de Marketing Estratégico da unidade Maceió,
Valná e Larissa Dantas, a publicação é um exemplo de visão diferenciada. O destaque fica com o formato pocket,
que cabe na bolsa e é de fácil manuseio e transporte. Um
atrativo pensado pelas duas estudantes empreendedoras para agradar as leitoras, que poderão ter uma DUE
sempre a mão, no carro ou na bolsa.
SE LIGUE
E ASSISTA:
Classificação
Livre
Onde:
Net Recife,
canal 14
Quando: 22h, nas
quartas-feiras e
reprise às sextasfeiras, às 14h
A diretora executiva da revista, Larissa, destaca que os textos são curtos e objetivos sobre temas que passam pela carreira profissional, moda, saúde, comportamento, turismo,
cultura e arquitetura. Para agradar o público-alvo, entre
adolescentes e adultos, a diretora editorial, Valná, ressalta que a linguagem é direta e inteligente, considerando o
tempo como fator vital para os leitores. O projeto gráfico
também foi criado por um aluno da Nassau, Caio Dantas,
formado em Publicidade. Curioso? Procure uma DUE nas
bancas de Maceió, a venda por R$ 9,90.
34
Jaqueline Coêlho
dos programas de TV
Como café e leite, arroz e feijão ou
goiabada e queijo, esses dois estudantes
de Jornalismo da Faculdade Maurício de
Nassau se completam. São opostos. Ela
concluindo o curso, ele começando. Ela,
a típica boneca. Ele, um cara ‘sem vergonha, largadão e gente boa’. Na tela, o casal perfeito. Tanto foi assim que a ideia
inicial para o primeiro programa da instituição inteiramente produzido, apresentado e editado por alunos mudou. Em
vez de só um apresentador, teriam dois.
Binho e Jaqueline.
A química da dupla e o esforço da
equipe que fica por trás das câmeras
deram tão certo que, três meses após
a estreia em canal fechado, começa a
ser discutida a possibilidade de exibição também em canal aberto. Todos
estão animados, a visibilidade multiplicará em um clique. Mas antes da tecla
“on” ser acionada e as frases do início
deste texto saltarem da TV, muita coisa acontece. Em geral, o próximo programa começa a ser decidido a partir
de uma intensa troca de emails entre
o grupo de monitores e produtores
(também estudantes), os apresentadores e o diretor e coordenador do
curso de Cinema, Eduardo Cavalcanti.
Quando o espelho está fechado, o
diretor faz os ajustes necessários e encaminha para os apresentadores. Nos
dias de gravação, nas terças-feiras pela
manhã, eles recebem a cópia do que
deverão apresentar. E, antes de ir para
a frente das câmeras, Jaqueline assume
o papel de maquiadora e dá os últimos
por uma equipe da Faculdade sobre os bastidores
Três, dois, um. Gravando.
- Olá! Eu sou Binho Aguirre.
- E eu sou Jaqueline Coêlho.
Começa agora o Classificação
Livre.
VEJA MAIS: confira no site o documentário feito
OS APRESENTADORES NA INTIMIDADE
Idade? 23 anos
Período do curso? 8º período
Experiência profissional? Produção na TV Tribuna
Signo? Leão
Namorando, ficando, solteira? Solteira
Filme mais marcante? Diário de uma Paixão
Livro preferido? A cabana
Lazer favorito? Passar o tempo com os amigos
Fábio Bezerra, ou melhor, Binho Aguirre
Idade? 25 anos
Período? 2º período
Experiência profissional? Em locução
Signo? Peixes
Namorando, ficando, solteiro? Solteiro
Filme mais marcante? Menina de Ouro
Livro preferido? Dom Casmurro
Lazer favorito? Ir ao cinema e sair com amigos
35
m o da
P
m o da
Projeto Vitrine Nassau oferece aos
estudantes a oportunidade de atuar
junto a equipes consagradas ou
desempenhar, eles mesmos, o papel
de grandes estilistas
ensou em moda, a primeira impressão é a do glamour. Uma relação falsa que, aos poucos, vem sendo desconstruída por histórias tristes de modelos
desnutridas e doentes. Mas o que acontece antes
da passarela ainda é uma incógnita mesmo para a maioria dos
admiradores desse universo. E revelar o trabalho duro que
está por trás do planejamento de um desfile e da confecção das roupas
é a missão principal do Projeto
Vitrine Nassau, o coração do curso de Design de Moda da Faculdade Maurício de Nassau. A cada
mês, os estudantes vivem a rotina
de estresse e atividade pesada que
fazem parte do lançamento de uma
coleção. Quem “sobrevive” também
recebe os aplausos quando as luzes
se apagam ou se acendem, entrando
no ciclo de superação a cada estação.
Desempenhando um papel semelhante a uma espinha dorsal do programa letivo, a Vitrine está instalada no
corredor central do prédio do Centro Suulião
perior de Tecnologia, na unidade Recife. A
Joana J
cada mês, os manequins trocam de roupa
e, nessa produção, os estudantes usam o
conhecimento adquirido em todas as disciplinas, de estilismo a confecção. “É o centro
de tudo. Uma oportunidade dos alunos terem
contato com representantes de grandes marcas e vivenciarem o momento mais esperado
por quem atua no setor”, destaca o coordenador do curso, o professor Marcos Sales,
também ressaltando que o curso orienta na
gestão do negócio e visão de mercado.
Sindel Me
A cada semestre, a intenção é dividir o
deiros
espaço entre nomes consagrados e alunos
iniciantes. Ou nem tanto. A vitrine que fechou
2010 foi da aluna Sindel Medeiros, 22 anos, da marca Joana Julião, iniciada pela mãe dela. A garota conta que sempre viveu
entre costuras e confecções e, quando chegou no 3º ano do
ensino médio, não fugiu da carreira. “Sempre gostei de moda,
mas também sempre soube que não é glamour. Gosto de criar
conceitos, colocar em prática. Mas é muito trabalho”, afirma,
lembrando que ainda pensa em cursar Direito ou seguir na
36
A vitrine
como o
coração
da Moda
O QUE FOI
NASSAU
MODA
O MUNDO
Per nam buc ano s em alta
Aprender a manusear equipamentos e máquinas de primeira linha e
assumir a responsabilidade de organizar grandes eventos ficou mais
fácil para os alunos de Moda. No semestre passado, eles tiveram aulas de criação de figurinos, modelagem e de questões conceituais e
comerciais com mestres pra lá de especiais. Desenvolvido pela estilista e figurinista Carol Azevedo, pelo modelista e estilista Manoel
Ozi e pelo pesquisador e estilista Eduardo Ferreira, o 3º Ciclo de Informação Moda&Mercado encantou os participantes dos três cursos. O evento foi realizado em parceria pela Faculdade Maurício
BZ/Bizarr
de Nassau e pelo ModaMercado, rede de
o
profissionais de moda.
Club Noir
Club Noir
as no iva s de me lk
Joana Julião
carreira acadêmica. Mas só depois de se satisfazer com a moda.
Sindel observa que o curso está contribuindo, principalmente, no aspecto empreendedor, o
que é positivo para o estabelecimento da marca
que leva os nomes dos avôs maternos. A importância do marketing e da inspiração para as coleções
também estão se fortalecendo com as aulas. Para a
criação da última vitrine com o tema “As Mil e uma
noites”, ela conta que se inspirou em um livro árabe que
estava lendo. A história, acrescentou, se passa na Turquia e
descreve com detalhes as belezas das mulheres. A estudante
pensou até em colocar um véu em todas as modelos, mas reconsiderou achando que poderia ser uma agressão à cultura
árabe. O cenário e o menu do coquetel, entretanto, entraram
no clima com pufes, incensos e mini kibes sendo servidos.
da
Melk-Z
Melk-Zda
Figa
Num projeto inédito, o estilista Melk-Zda preparou
uma coleção de vestidos de noiva especialmente para
o Projeto Vitrine Nassau Noivas. Foi a segunda vez que
o profissional prestigiou a instituição, a primeira foi na
estreia do projeto, com a vitrine de abertura. No evento, os estudantes puderam vivenciar os preparativos
para um grande evento, como uma festa de casamento.
Como manda o figurino, a programação foi seguida de
palestras, pocket desfile e exposição dos vestidos.
es til o ao ar li vr e
Os estudantes do curso de Design de Moda marcaram presença no
maior evento de moda ao ar livre do Nordeste, o Moda Recife, sediado em uma estrutura em frente ao Paço Alfândega, no Bairro do Recife. Além de participar da organização da exposição de moda em
lounge, os alunos puderam acompanhar a caprichada programação
que contou com nomes como Marília Carneiro, consultora de estilo
da Rede Globo, que assina o figurino da novela Ti Ti Ti e fez uma
visita à instituição para continuar o bate-papo com estudantes. A
apresentadora do programa Tamanho Único do canal GNT, Chiara
Gadaleta, também ministrou uma palestra sobre moda sustentáSá.Maria
vel e tirou dúvidas dos alunos da Nassau.
ria
Sá.Ma
37
m o da
c a r n ava l
Capiba: o
solitário
carnavalesco
“- O que me
chateou foi que,
durante as três
horas que lá
passei, ninguém
parou! ”
É carnaval!
Campeão dos concursos de fantasias, Severino Queiroga é
aluno bolsista do curso de Design de Moda e garante o ar
festivo e alegre nas atividades da Faculdade
O
calendário de Severino Queiroga Silva, 45 anos, é diferente dos demais foliões.
Enquanto os mais animados
e saudosos começam a contar os dias que
faltam para o próximo carnaval a partir da
Quarta-feira de Cinzas, a cabeça desse artista está trabalhando desde as prévias. E
já pensando no ano que vem. É que, para
ele, o bom mesmo são as grandes festas
do Recife, como os bailes Municipal e Bal
Masqué. Ocasiões em que esse amante
da folia fica irreconhecível. Ele gosta da
animação da rua, mas se satisfaz mesmo
é por trás de uma pomposa, original e irreverente fantasia, quando arranca suspiros
nos grandes salões.
Queiroga, como é conhecido, é
campeão de concursos de fantasias no
carnaval. Historicamente, está sempre
no pódio e costuma dividir as primeiras
colocações com os mesmos concorrentes. Em 2010, foi o vencedor da categoria Originalidade do Municipal e do
concurso de Máscaras do Bal Masqué.
E a premiação ainda trouxe uma boa
surpresa. Pelo destaque com o figurino
“Senhor do Universo”, produzido com
materiais recicláveis, Queiroga ganhou
também uma bolsa para o curso de Design de Moda da Faculdade Maurício de
Nassau. E desde outubro passado estava pensando no Projeto Vitrine Nassau
de carnaval.
As fantasias de 2011 ainda são um
segredo guardado a sete chaves. A única
pista é que será diferente de tudo já feito. “Gosto muito de criar. Sempre gostei
de montar figurinos e o curso me deu a
oportunidade de aprender outras técnicas, além de conseguir um diploma e fazer novos contatos. Mas quem senta ao
38
A amiga
de Capiba
“- É tarde demais
para uma mulher
de respeito estar
sentada aí!”
De um alerta atravessado surgiu a amizade de mais de 20
anos entre o poeta do frevo e a professora Terêsa Otranto.
Mais uma foliã que se sente órfã da poesia no carnaval
“Gosto muito de criar.
Sempre gostei de montar
figurinos e o curso me deu a
oportunidade de aprender
outras técnicas,
meu lado nem imagina como fico no carnaval”, diverte-se. A criação de 2010 ainda é um xodó do artista, especialmente
porque rendeu a bolsa de estudos. Mas
ele destaca a dinâmica da proposta.
“Entrei no palco sentado em um disco
voador e, no meio da apresentação, virei um ET”, relembra, garantindo que
o projeto desse ano será tão surpreendente quanto o de 2010, que ainda teve
o toque especial de incluir a temática da
preservação ambiental com os materiais
recicláveis.
Já foram tantas as criações que
Queiroga tem dificuldade para lembrar
qual foi a primeira fantasia criada por ele
quando tinha 18 anos. “Sempre gostei
de carnaval, de sair em troça na comunidade. Já me vesti de Mamonas, mas
não lembro mais qual foi a primeira. Sei
que aprimorei bastante desde então”,
ressalta.No início, acrescenta, as roupas
eram feitas por ele na máquina e com
cola quente. Hoje, o artista fica mais solto para criar e tem costureiras que trabalham diretamente para ele. No tempo
livre, atua como figurinista em festas
e eventos. E, passou a festa, o planejamento já está na surpresa do ano seguinte. Para ele, é sempre carnaval.
Q
uando casou, a carioca Terêsa Otranto mudou-se para o
Recife. Precisamente para o
Edifício Yemanjá, na Rua da
Aurora, às margens do Rio Capibaribe.
Em certo fim de tarde, encantada pela
imagem vista da janela, ela desceu pra
sentar-se na mureta que ladeava o rio. A
beleza era tanta que a moça de 22 anos
perdeu a hora. Até que observou dois senhores e uma senhora se aproximarem.
Ela tomou coragem e perguntou-lhes
as horas. A resposta de um dos senhores foi meio atravessada: “Tarde demais
para uma mulher de respeito estar sentada aí!” Era Capiba.
Terêsa ainda não o conhecia. A surpresa veio no dia seguinte. Acostumada a
trabalhar no Rio de Janeiro, os dias recifenses eram longos demais e ela se matriculou em uma academia para acelerar
o tempo. Lá, o primeiro contato foi justamente com a senhora que tinha visto
na noite anterior. “Ela pediu desculpas
pelo comportamento do marido e me
explicou tudo, surgindo a partir dali uma
grande amizade”. Só então Terêsa descobriu que Zezita era mulher de Capiba
e compreendeu a resposta.
“Aquele local chamava-se “quemme-quer” e era frequentado por mulheres de vida sexual de risco”, justifica
Terêsa. Em tom de brincadeira, ainda
responde que havia ficado chateada era
por ninguém ter parado lá durante as
três horas em que permaneceu no local.
A amizade transformou-se também em
uma admiração. Tanto que um dos livros
da escritora, doutora em multiculturalismo e professora da Faculdade Maurício
de Nassau, foi dedicado ao mestre do
frevo, Capiba: A Expressão da Tristeza e
da Saudade na Máscara do Folião.
Terêsa foi uma das maiores entusiastas da homenagem prestada ao
mestre pela Faculdade com a inaugura-
Filho de um maestro da banda
municipal de Surubim, no Agreste pernambucano, Lourenço da
Fonseca Barbosa tocava trompa
já aos oito anos. Não fugiu da herança genética e, aos 20, gravou
seu primeiro disco como Capiba.
Apesar de gostar da vida boêmia,
não era adepto de álcool. Tornouse funcionário do Banco do Brasil e
chegou a formar-se em Direito na
lendária Faculdade de Direito do
Recife. Nunca exerceu. Fundou e
foi diretor da orquestra Jazz Band
Acadêmica e compos mais de 200
canções, a maioria de frevo. Mas
também de samba e música erudita.Teve parceiros consagrados,
como Carlos Pena Filho, Vinícius
de Moraes, Ariano Suassuna e Manuel Bandeira. No fim de dezembro de 1997, aos 93 anos, Capiba
se despediu. Deixou para eternidades sua obra.
ção de um auditório com seu nome, em
2009, no dia em que ele completaria 105
anos. A professora acredita que o frevo perdeu muito do seu charme com a
ausência de Capiba e, além disso, sente
a falta de um poeta popular como ele,
que dialogava de igual para igual com os
eruditos, como na composição Europa,
França e Bahia, em que conversa com
Drummond e Ascenso Ferreira.
Com os alunos dos cursos de Enfermagem, Segurança no Trabalho, Farmácia e Radiologia, a professora divide
um pouco do que conheceu sobre Capiba. Como todo artista, diz ela, ele era
um homem solitário – mesmo em meio
a um bloco carnavalesco. E era surdo
por conveniência. Quando o assunto
não o interessava, fazia que não ouvia.
Se fosse do agrado, ouvia tudo com
muita atenção. Sorte que tenha se interessado quando a jovem lhe perguntou
as horas às margens do Capibaribe. Melhor o alerta atravessado a um silêncio
sem amizade.
39
internet
A
paquera, a conversa sobre aquele trabalho e até o debate sobre
futebol, há muito tempo, foram
parar na internet. Alguns pais
até se preocupam que os filhos, chamados
de nerds ou geeks pelos amigos, não tenham uma vida fora do mundo virtual. Mas
quando se fala em abrir a carteira nesse universo, os mais jovens não são maioria. Levantamento desenvolvido pelo Instituto de
Pesquisa Maurício de Nassau concluiu que
os consumidores que mais compram produtos ou contratam serviços pelo computador
têm entre 36 e 45 anos. Entre os entrevistados, apesar do boom dos sites de compras
coletivas, a maioria disse não saber o que
eles eram nem como funcionam. Uma surpreendente lição para aqueles mais novos
que gostam de se dizer moderninhos. Olha
aí, os coroas estão antenados.
Modernos.
Mas nem
tanto...
Levantamento do Instituto de Pesquisa
Maurício de Nassau ouviu que 819 pessoas
e identificou que 36,11% dos compradores
virtuais têm entre 36 e 45 anos
édito
ão de cr
t
r
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s
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“Não u
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nem gos ternet.”
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dados n
Andressa de Almeida, 19 anos
“A estudante Andressa de Almeida, 19 anos,
diz que até tentou fazer algumas compras pela
internet. Mas esbarrou no pagamento. “Não
uso cartão de crédito nem gosto de digitar
meus dados na internet. Como sempre tive
problemas com o pagamento por boleto, acabei desistindo”, disse, sugerindo também uma
justificativa para o resultado da pesquisa. Em
geral, acrescentou, o uso de cartões abrange
um público de faixa etária mais alta, o que pode
favorecer a predominância de pessoas mais
velhas nas compras virtuais. Apesar de se en-
40
quadrar nos 23,1% da amostra de entrevistados
que conhecem os sites de compras coletivas,
Andressa não se diz uma adepta. “Uma vez vi
um mergulho sendo oferecido por um preço
bem mais barato. Mas acho que não sou mesmo adepta dessas tecnologias e redes sociais”,
reflete. Se fosse, ela acredita que poderia comprar mais livros, DVDs, camisas e sapatos. Por
enquanto, no entanto, está mais para os 53,1%
dos entrevistados que não fazem compras
nem pretendem adquirir o hábito, pois ainda
desconfiam das máquinas.”
internet
busca,
sites de
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os
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pessoalm
A pesquisa
O
levantamento foi realizado, em novembro de 2010, com o objetivo de conferir os hábitos sobre compras na internet e compras
de amigo secreto. A amostra incluiu 819 pessoas com 16 anos ou mais,
obtendo um nível estimado de confiança de 95% e uma margem de
erro de 2,3 pontos percentuais.
Irapoan Muniz Junior, 21 anos
COMPRAS
PELA
INTERNET
VOCÊ COMPRA PELA INTERNET?
?
ros,
mpro liv a, CDs.”
o
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e
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p
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“Sem
de inform
s
o
t
u
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o
pr
“O estudante do 3º período de Direito Irapoan Muniz Junior, 21 anos, foi logo defendendo que os pais – consumidores adeptos das
vantagens da internet – ficam mais tempo em
casa. Logo, seria mais cômodo para eles fazer
compras pelo computador. “Realmente, eles
ficam olhando promoções, vendo se as viagens estão com desconto. Agora, estão sempre visitando esses sites de compras”, conta,
revelando outra diferença entre ele e os pais.
Irapoan diz que acha a ideia dos sites de compras coletivas interessante, mas ainda não
“parou para ver”. Já os pais estão esperando
apenas uma boa oportunidade para comprar
um passeio com desconto. Depois de refletir
um pouco, o estudante conclui que só procura
itens na internet relacionados a seu trabalho
como DJ e, ainda assim, porque não costuma
encontrar material semelhante nas lojas do
Recife. Nessas ocasiões, admite dar uma “circulada” por sites mais tradicionais de busca,
como Mercado Livre e Submarino. “Gosto de
sair com os amigos mesmo e fazer compras
pessoalmente”, brinca.”
53,1%
17,3%
6,5%
4,4%
1,6%
17,1%
não e não pretendem, pois não confiam
não, mas podem comprar no futuro
compram alguns produtos
compram produtos e contratam serviços
contratam apenas serviços
não sabem/não responderam
O QUE É UM SITE DE COMPRA COLETIVA?
68,1%
23,1%
8,8%
não SABIAM
SABIAM
NÃO SABIAM/NÃO RESPONDERAM
QUEM É O COMPRADOR VIRTUAL?
Dos 12,5% de consumidores que afirmaram ter realizado compras pela internet,
55,6% são indivíduos com ensino médio completo ou superior incompleto
A maior parte dos compradores virtuais tem entre , representando
do total
36 e 45 anos
36,11%
Entre as classes sociais, o mercado virtual é mais frequente entre indivíduos das
, com
, e , com
classes B
51,5% C
39,5%
Fonte: Instituto de pesquisa Maurício de Nassau
Mariano Ferreira de Brito, 29 anos
Sentado em um dos bancos do campus da
Faculdade Maurício de Nassau com o computador no colo, Mariano Brito, 29, parecia ser a
minoria indicada pelo levantamento do Instituto. Intimidade ou gosto por tecnologia o estudante do 6º período de Direito demonstrava
ter. Faltava saber exatamente que uso ele fazia
dessas facilidades. E bingo. Mariano conta que
faz pesquisas em sites de compras, coletivas
ou não, para monitorar boas oportunidades
e aproveitar a comodidade da compra virtual.
“Sempre compro livros, produtos de informática, CDs. Normalmente, a variedade e o preço
são melhores na internet do que nas lojas”, assegura. Ele é até cadastrado em alguns dos sites de compras coletivas, mas diz não ter estreado em nenhuma compra. Por razão nenhuma
em especial, só não foi atraído pelas ofertas.
Ainda. Se surgir o interesse, garante, não terá
problemas em clicar e comprar.
41
c o m p o rta m e n t o
c o m p o rta m e n to
Além da
formação
acadêmica
Na Faculdade, estudantes costumam
encontrar um caminho profissional. Mas não é
raro serem surpreendidos com laços afetivos
que os acompanham pela vida
L
arisse morava na cidade de Floresta, no Sertão pernambucano. Flávio em Juazeiro, interior da Bahia. Em
geografias tão diferentes, um encontro entre os dois
seria improvável. Mas não é que, no segundo semestre de 2002, eles entraram juntos na primeira turma de Direito
da Faculdade Maurício de Nassau? Não tivesse sido assim, poderiam até ter se formado em advocacia. Porém, as chances
de um namoro ter surgido e evoluído para casamento talvez
nem existissem. Hoje, quase nove anos depois, o casal Larisse
Nunes Novaes, 26 anos, e Flávio Nunes Vianna, 27, exerce a
profissão em um escritório em Petrolina (PE). E simboliza um
dos vários exemplos de laços acadêmicos e afetivos que surgem e se fortalecem no ambiente da Faculdade.
Mas a relação não foi, inicialmente, um conto de fadas
com um encantamento logo no primeiro dia de aula. Na verdade, os dois ficaram em turmas separadas e se conheceram
42
no segundo período quando as classes foram unificadas. Aos
poucos, eles se aproximaram, começaram a fazer trabalhos
juntos e a amizade surgiu. A mágica, aí sim, aconteceu durante uma chamada oral da cadeira de constitucional. Eles
contam que Larisse estava bastante nervosa, apesar de ter
estudado muito, e Flávio se ofereceu para revisar o assunto.
Depois, continuaram fazendo alguns trabalhos juntos e, em 27
de agosto de 2005, estavam namorando.
O namoro durou até a formatura, em 2008, e, no fim do
curso, Flávio voltou a Juazeiro e montou um escritório. Larisse
permaneceu no Recife até 2009, retornando em seguida para
Floresta. Nesse período, os dois se comunicavam pela internet e visitavam-se a cada 15 dias nas várias cidades. Em outubro de 2010, o casamento aconteceu em Floresta. “A Faculdade nos apresentou e o laço afetivo se formou com o tempo e
convívio”, afirmam os dois. Eles foram morar em Juazeiro e
trabalham na cidade vizinha, em Petrolina. Ainda hoje man-
têm contato com alguns ex-colegas e amigos mais próximos,
que se lembram de Flávio e Larisse como o casal da turma.
A forcinha das redes sociais
Os colegas de turma que não encontraram uma alma gêmea durante a Faculdade (!) precisaram de um empenho
maior para manter contato com os amigos. E abusaram
de um recurso cada vez mais comum, as redes sociais. A
advogada Izabella Lucena, 41 anos, contou que foi bem
mais simples continuar encontrando os colegas de Direito do que os amigos do primeiro curso que fez, há 15
anos, de Secretariado.
“Na época, a gente não valorizava tanto, achava que ia
continuar se encontrando. Mas o tempo afasta. Por isso a troca de emails e conversas por mensagens são tão importantes
hoje”, diz, acrescentando que é mais simples definir o dia e
local de uma reunião dessa maneira. As pessoas vão se comunicando de modo imediato, explica, o que garante ajustes e
o maior número de participantes. Os alunos concordam que
alguns grupos paralelos surgiram, o que é natural em uma
turma de mais de 50 pessoas. No entanto, os mais próximos
continuam com um contato intenso.
O “representante de turma”, Jadson Borges, 50, que
até hoje coordena boa parte dos encontros, destaca que a
comunicação com os colegas é importante, inclusive, para
o convívio profissional. “Cada um se especializou numa
área e os encontros são uma oportunidade para tirar dúvidas, saber como está o mercado. São pessoas, em geral,
com os mesmos interesses”, ressalta. Uma dica da turma
para os futuros formandos é marcar sempre em um mesmo
local e dia, por exemplo, nas últimas quintas-feiras do mês.
“Assim, quem puder, sempre aparece”, ensina.
43
o
(re)começo
o
É (sempre) A
hora de
começar
Nunca é tarde para iniciar mais uma
etapa na vida e, cada vez mais inclusiva, a
Faculdade torna-se um ambiente de troca
e acolhimento, que recebe avós e netas,
como Naide e Roseane
44
história de Naide Paiva Nóbrega, 67 anos, e da neta
Roseane Silva, 25, não está
no fim desta revista de forma
aleatória. Foi uma escolha para exemplificar literalmente que nem sempre
os acontecimentos seguem uma ordem
lógica ou um padrão. Eles seguem, sim,
escolhas. E é sempre hora de começar.
Ou recomeçar. Esse assunto – sobre o
começo da faculdade para pessoas com
idades, sonhos e realidades diferentes –
está na capa e poderia ser a abertura da
edição. Mas está no final para concluir o
que, na verdade, não tem fim.
O começo de Naide e Roseane na
Faculdade poderia ser um roteiro da série A Grande Família. Na verdade, o caso
é tão curioso que histórias semelhantes
já foram parar na TV. Aos 22 anos, Roseane estava estudando para o vestibular.
Queria fazer Turismo. De tanto desejar
fazer companhia e motivar a neta, Naide, aos 64, começou a estudar junto.
Aos poucos, foi vendo que ainda lembrava de muitas coisas do colégio e foi
se animando. As duas viraram uma dupla para os estudos. E, escondida, Naide
também se inscreveu no vestibular.
Mas o começo, nessa etapa da vida
das duas, veio em horas diferentes. Naide passou primeiro. “Não contei para
ninguém e foi uma festa quando souberam que eu tinha passado. Depois, pude
continuar a estudar junto com minha
neta”, lembra. Naide terminou o curso,
há um ano, com as melhores notas da
turma e direito à valsa na festa de formatura. Logo depois foi a vez de Roseane, que será uma turismóloga este ano e
tem um universo de possibilidades pela
frente. A avó também continua com os
planos. “Descobri que é muito importante se reciclar, não perder o contato
com outras pessoas, não se isolar. Já
estou definindo mais algum curso para
fazer este ano”, diz.
Depois de três anos dedicados
ao estudo, Naide disse que tirou o ano
passado para colocar a casa em ordem.
“Estudei esses anos todos. Estudava e
esquecia, sabe como é? Ano passado
precisei me dedicar à casa”, brinca. Este
ano, acrescenta, é hora de recomeçar.
Novamente. Entre as possibilidades
estão as aulas em um curso de línguas
para aprimorar o inglês e o espanhol, atividades em que deverá ter a companhia
da neta orgulhosa pelo desempenho da
avó. Naide destaca que a troca de experiências com os alunos mais novos foi
muito gratificante durante a Faculdade.
“Me senti totalmente incluída, sem diferenças por conta da idade. E, hoje, recomendo a todos”, diz. Sem desculpas ou
restrições pelo calendário.
(re)começo
Entrevista // Tatiana Nunes,
coordenadora do curso de Psicologia
Coordenadora há um ano e meio do curso de Psicologia da Faculdade Maurício
de Nassau, unidade Recife, a professora e psicóloga Tatiana Nunes observa uma
mudança no perfil dos estudantes universitários. Há dez anos, diz, a maior parte
dos alunos ingressava na Faculdade assim que terminava o Ensino Médio. Hoje, os
estudantes vêm depois de alguns, ou muitos, anos de trabalho, em busca de uma
segunda formação ou melhor qualificação. A Faculdade tornou-se, assim, um ambiente mais acolhedor.
A Faculdade também passou por mudanças diante do novo perfil dos estudantes?
A universidade vem se adaptando, adotando uma visão mais integrada. Ela é
baseada no tripé ensino, extensão e pesquisa. Mas também é um lugar de reflexões, por vezes conflituosas. É a articulação de várias áreas do saber. Hoje, é
o momento das interlocuções, da crítica e troca de experiências. O espaço não
está mais restrito.
O que os estudantes buscam no ambiente universitário também mudou?
Antes, eles priorizavam o título. Era natural, pois o diploma já garantia um pouco mais de segurança, estabilidade. Hoje, eles vêm em busca de qualificação,
pois não se entende a carreira como uma profissão isolada. Esse comportamento é dinâmico e, alunos e Faculdade, estão sempre se adaptando.
Os alunos passam por etapas importantes na Faculdade. De descobertas,
escolhas, planejamento. Por isso, alguns desenvolvem laços afetivos tão
fortes?
São duas as etapas e momentos principais. A inserção, que é de extrema alegria
pelo contato com os colegas e com a carreira que se pretende seguir, e a saída,
pela exigência do mercado, pelo se formar um profissional e passar a ser exigido
dessa forma. Por isso, é importante aproveitar a oportunidade de aprendizado
e acreditar nisso para vivenciar essa nova etapa. Os encontros com os colegas
são saudáveis por manter esse elo também de amadurecimento profissional.
45
metodologia de ensino
redes sociais
Confira os
extras da
Tecnologia
Revista Nassau
na internet
no ensino e
aprendizado
V
N
a Faculdade Maurício de
Nassau, as novidades do
mundo virtual não estão
restritas a iniciativas que
visam estreitar o relacionamento entre
colegas e professores. Essas tecnologias também beneficiam a metodologia de ensino e aprendizado. Com o
sistema de Provas Colegiadas, os estudantes têm a garantia de avaliações
bem elaboradas e validadas por um
grupo de professores. Já com os Diários de Classe Eletrônicos, a Faculdade
tornou possível ao aluno acompanhar
pela internet o conteúdo apresentado
em sala de aula, com planos de ensino
e de aula, além do material didático utilizado na aula.
A diretora pedagógica da Faculdade, Simone Bérgamo, esclarece que
as questões das Provas Colegiadas são
inseridas no sistema por todos os professores que ministram a disciplina.
Mas só depois de serem validadas por
outro grupo de docentes com habilidades na área é que passam a integrar
o banco de questões, de acordo com
o comando do professor validador.
Dessa maneira, são elaboradas provas
com até 20 questões objetivas, com
cinco alternativas cada, que contemplam todo o conteúdo programático
de cada uma das disciplinas de todos
os cursos. Outro diferencial é que as
avaliações são contextualizadas com o
intuito de cobrar do aluno um conheci-
46
mento que utilize todas as competências adquiridas na disciplina.
“O sistema gera as provas já com
o nome, a data de realização e turma
do aluno, que recebe a avaliação junto
com o cartão de resposta”, destacou
a diretora, ressaltando que o sistema
também realiza a correção dos cartões
de resposta por leitura óptica (mesmo
sistema dos vestibulares). Segundo
Simone, a implantação das Provas Colegiadas, no ano passado, foi uma decisão da Faculdade para acompanhar
a qualidade de ensino através de um
novo sistema de avaliação, que permi-
te um monitoramento mais eficaz do
desempenho dos alunos. “Esse é um
instrumento que contribuirá com o nivelamento dos conhecimentos adquiridos ao longo dos períodos”, ressaltou.
As provas são aplicadas sempre na
2ª Avaliação do semestre letivo e na 2ª
chamada de acordo com o calendário
acadêmico. Além de adequar as aulas
aos planos de ensino, a iniciativa contribui com o alcance do modelo de aula
exigido pelo Enade. Neste semestre, a
Prova Colegiada será aplicada para os
primeiros e segundos períodos de todos os cursos da Faculdade.
nossas redes
ocê chegou à última página desta 3ª edição da
Revista Nassau. Mas tem muito mais conteúdo
informativo e de lazer nos sites e redes sociais da
Faculdade Maurício de Nassau. Em sintonia com
as mudanças na comunicação e formas de interagir da sociedade, a Faculdade fortalece o contato direto com os alunos pelo mundo virtual.
Nesta edição, todo o conteúdo extra produzido pelo
fotógrafo Chico Peixoto, ex-aluno da instituição e hoje funcionário, será dividido com os leitores e internautas através
de uma galeria de imagens especialmente criada no Flickr.
Assim, será possível acompanhar o olhar de Chico em todas as matérias pelo endereço http://sereduc.com/
Qm04el. E você também pode continuar sabendo do que
vacontece nas unidades da Faculdade em tempo real. É só
escolher o caminho.
A equipe de comunicação da Nassau continuará movimentando os sites, Twitter, Facebook e outros espaços virtuais da instituição com as novas conquistas nos esportes,
oportunidades de vagas de estágio ou emprego, lançamento de cursos e exemplos bem sucedidos dos alunos. Clique
lá e participe. Além de ficar bem informado, você poderá
trocar experiências e ideias, fortalecer laços profissionais e
afetivos. O universo virtual é uma extensão da Faculdade,
participe dele também.
Com Provas Colegiadas e
Diários de Classe Eletrônicos,
os estudantes contam com
eficácia nas avaliações e acesso
a planos de ensino on-line
Portal: http://www.mauriciodenassau.edu.br/
Twitter: - twitter.com/FNassau
Orkut: Faculdade Maurício de Nassau
Facebook: www.facebook.com/Faculdade Maurício de Nassau
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