Untitled - Colheita de Madeira

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Untitled - Colheita de Madeira
EXPEDIENTE
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B. FOREST
O jOgO mudOu.
de nOvO.
Na John Deere, sempre procuramos tornar mais eficiente o trabalho na floresta.
Com esse objetivo e a visão especializada de nossos clientes, desenvolvemos a nossa nova
Série L de Skidders e Feller Bunchers de pneus. Suas grandes cabines possuem partida
sem chave e opções adaptáveis de controle. Também contam com recursos de manutenção
aprimorados, como o JDLink™ e diagnóstico remoto, que permitem fácil identificação de
pontos críticos. Nós projetamos esses equipamentos para serem os melhores na floresta.
Ao longo dos últimos anos, temos visto nossas sugestões e
ideias se transformarem em equipamentos com alto padrão de
qualidade. Nós ajudamos a criar uma máquina mais durável,
eficiente e confortável do que imaginávamos.
Jack McFarland, CAG member
McFarland Timber. Winnfield, Louisiana
JohnDeere.com.br/Florestal
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EXPEDIENTE
EXPEDIENTE
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B. FOREST
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EDITORIAL
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VÍDEOS
07
ENTREVISTA
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AGENDA
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PRINCIPAL
28
ESPECIAL
38
SEGURANÇA
52
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
82
LIGNA
95
MERCADO
102
NOTAS
Foto: Divulgação
Indíce
“Minha indicação para
a presidência do ICFPA
reflete o reconhecimento da
importância do setor florestal
brasileiro no cenário mundial”
Presidente executiva da Ibá
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FOTOS
Elizabeth de Carvalhaes
B. FOREST
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EXPEDIENTE
EDITORIAL
Novidades à vista!
O desenvolvimento das florestas plantadas está diretamente ligado ao combate de
pragas. Além das conhecidas formigas, outras têm se tornado um desafio para os produtores florestais. Na matéria principal, conheça quais são elas, como afetam o plantio
e as formas de combate e prevenção.
Como novidade da edição e, principalmente no setor, a B.Forest passa a publicar,
mensalmente, um Boletim Informativo mercadológico assinado pela STCP. Nele, serão
encontradas informações sobre mercado, índices econômicos e de produção, entre
outras informações que o setor estava carente.
Entre os outros temas abordados estão: a escolha adequada do caminhão para o
transporte de madeira e a importância da segurança nas operações florestais - tema do
Encontro Brasileiro de Segurança Florestal, realizado no final de maio, em Curitiba.
Além disto, confira o que as grandes marcas apresentaram durante a segunda edição
da Três Lagoas Florestal e os detalhes da Ligna, feira que aconteceu no último mês, na
Alemanha.
Para fechar a edição, fique por dentro dos novos desafios de Elizabeth de Carvalhaes,
EXPEDIENTE
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B. FOREST
Expediente:
Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski
Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski
Editora: Giovana Massetto
Jornalista: Amanda Scandelari
Designer Responsável: Vinícius Vilela
Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico:
Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas
para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas),
Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da
Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da
John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu
Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
presidente executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), que recentemente, assumiu
a presidência do ICFPA (International Council of Forest & Paper Associations).
Saudações florestais!
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal
Edição 09 - Ano 02 - N° 06 - Junho 2015
Foto de Capa: Roder
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455
www.malinovski.com.br / [email protected]
© 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
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EXPEDIENTE
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ENTREVISTA
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Foto: Divulgação
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ENTREVISTA
ENTREVISTA
ENTREVISTA
Novos desafios
Elizabeth de Carvalhaes
Presidente executiva da Ibá
Formada em Letras com PhD em Língua
antes mesmo de completar um ano de
e Literatura alemã, Elizabeth de Carvalhaes
empresa, comecei a trabalhar com países
entrou no mundo florestal de uma forma
árabes, especialmente o Iraque, para onde
não convencional. Mulher, determinada e
viajei em algumas ocasiões e conheci um
respeitada no setor, a presidente executiva
cenário bastante diferente do Brasil. Essa
da Ibá (Indústria Brasileira da Árvores) as-
experiência foi definitiva para minha car-
sumiu recentemente a presidência ICFPA
reira. Em menos de dois anos, fui promo-
(International Council of Forest & Paper
vida e passei a atuar nas negociações com
Associations). Em entrevista exclusiva para
governos, no Brasil e no exterior.
a Revista B.Forest, Elizabeth fala sobre os
Depois de 26 anos lá, onde me espe-
desafios de assumir um cargo internacio-
cializei em negociações internacionais e
nal e conta como se destacou em uma
governamentais, e por minha atuação na
área maioritariamente masculina. Confira!
Anfavea (Associação dos Fabricantes de
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“A determinação é
fundamental para um
profissional fazer a
diferença no mundo
corporativo”
Elizabeth de Carvalhaes
Veículos Automotores), fui convidada a
Sua ligação com o setor florestal se deu
assumir a presidência executiva da Bra-
de uma forma bem peculiar. Pode nos
celpa (Associação Brasileira de Celulose e
contar essa história?
Papel), em 2007, onde fiquei até a criação
Iniciei minha carreira na Volkswagen.
da Ibá, em 2014. O desafio era ampliar o
Apesar de, no começo, não entender nada
diálogo do setor com as autoridades pú-
sobre a fabricação de automóveis, fala-
blicas, o Congresso Nacional e os mais di-
va fluentemente alemão. Por isso, atuei
ferentes públicos de interesse, além de re-
na área de exportação da companhia. E,
forçar a imagem dessa indústria e de seus
Foto: Divulgação
B. FOREST 10
ENTREVISTA
ENTREVISTA
cada um.
você se sente em relação a isso?
poder e as decisões.
desafios esse cargo proporcionou a sua
carreira?
A Ibá representa a cadeia produtiva de
Desde o início da minha carreira,
árvores plantadas completa, da matéria-
aprendi que a determinação é fundamental
-prima até o consumidor. São diferentes
para um profissional fazer a diferença
segmentos – painéis de madeira, pisos
no mundo corporativo. Refletindo sobre
laminados,
minha trajetória, aprendi que as mulheres
vegetal e biomassa para fins energéticos,
chegam aos resultados porque, muitas
entre outros – cada qual com as suas
vezes, são mais simples e vão direto ao
particularidades
ponto. Nós conversamos mais e sabemos
específicas. Sem dúvida, este é o grande
a importância de ouvir o outro. Essa
desafio que estar à frente da Ibá me
postura tem efeitos fantásticos no nosso
proporciona diariamente: defender os
dia a dia. Além disso, procuro falar na
temas transversais a todos os segmentos,
primeira pessoa do plural, coletivizando o
assim como as questões específicas a
celulose,
e
papel,
com
cooperação mundial em temas de interesse
do ICFPA, além de ser uma mulher
comum para as empresas de seus países
presidindo, é a primeira vez que uma
membros. A organização representa 23
associação do Hemisfério Sul assume o
associações setoriais de 33 países.
isso?
É Presidente Executiva da Ibá, que
em áreas fortemente masculinas. Como
Recentemente assumiu a presidência
comando da entidade. Como você avalia
lidade, no mercado internacional.
Já ocupou vários cargos importantes
O ICFPA é um fórum global de indústrias
de base florestal que visa promover a
“A participação do Brasil nesse conselho é
importante por nos permitir interagir com outros
países, debatendo temas comuns, e aprender
sobre as particularidades das diferentes regiões
do mundo”
atributos, especialmente os de sustentabi-
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carvão
demandas
A participação do Brasil nesse conselho
é importante por nos permitir interagir com
A indicação para a presidência do ICFPA
outros países, debatendo temas comuns,
reflete o reconhecimento da importância
e aprender sobre as particularidades das
do setor florestal brasileiro no cenário
diferentes regiões do mundo.
mundial. A indústria brasileira de árvores
plantadas é uma das mais sustentáveis do
Quais serão os benefícios para o
mundo, e investe continuamente na busca
setor florestal brasileiro em ter um
por soluções inovadoras para o mercado
representante do país na presidência?
brasileiro e global.
Ao assumir a presidência, teremos
É uma oportunidade para oferecer um
grandes oportunidades de apresentar ao
ponto de vista diferente. É uma relação
mundo o modelo brasileiro da indústria
de ganha-ganha. Além disso, destaco
de base florestal, além de disseminar a
a importância de, pela primeira vez, a
agenda do setor nos principais fóruns
América do Sul liderar a entidade o que
internacionais,
permitirá acrescentar novos temas às
(Organização das Nações Unidas para
discussões.
Alimentação e Agricultura) e o WBCSD
a
exemplo
da
FAO
(World Business Council for Sustainable
Qual o papel da entidade a nível
Development).
mundial? Qual a importância do Brasil
nesse conselho?
O Brasil já é reconhecido mundialmente
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ENTREVISTA
ENTREVISTA
pelas vantagens produtivas do setor
da população, ao mesmo tempo em que
florestal e pelos resultados do setor de
contribuem com a conservação ambiental
celulose e papel. Acredita que ter sido
e o desenvolvimento de capital humano
escolhida como representante do ICFPA
das comunidades ao redor do mundo.
confirma essa importância?
reconhecido
Quais são suas principais metas como
mundialmente pela sua expertise em
presidente do ICFPA? E quais serão os
árvores plantadas. Além de termos as áreas
desafios?
Sim.
O
Brasil
é
mais produtivas, o país se destaca pelo
À frente do ICFPA, o grande desafio
valor social desses plantios – a geração de
para a Ibá e para mim será equilibrar
emprego e renda, a fixação do homem no
interesses distintos em uma única agenda
campo e a promoção do desenvolvimento
global, diante de um cenário econômico
das comunidades no entorno das fábricas.
adverso. Em 2015, o foco da atuação
Também
indústria
será a colaboração das indústrias de base
promove a geração de serviços ambientais,
florestal na mitigação dos efeitos das
a absorção de carbono e a manutenção da
mudanças climáticas, com destaque para
biodiversidade. E, por fim, destaco que esta
a participação do ICFPA, na Conferência
indústria é altamente inovadora e detém
das Nações Unidas, a COP21, que, em
grande conhecimento em biotecnologia,
dezembro, deverá estabelecer um novo
transgenia e nanotecnologia.
Acordo Climático Mundial. Entre os outros
ressalto
que
esta
desafios desta indústria, que serão tratados
Acredita que assumindo esse cargo, o
com
prioridade
nos
próximos
anos,
setor florestal brasileiro poderá fortalecer
destaco a importância das certificações, a
sua imagem em nível mundial?
eficiência no uso de recursos naturais, o
Sim, queremos apresentar ao mundo
combate ao desmatamento e um debate
o potencial das árvores plantadas para
mais aprofundado sobre biotecnologia
fabricar produtos essenciais no dia a dia
arbórea.
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PRINCIPAL
PRINCIPAL
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Pragas florestais: muito além das
formigas
Estre as pragas florestais que mais devastam os plantios de pinus e eucalipto estão as
formigas cortadeiras, mas os intrusos prejudiciais às florestas vão além delas. Para combatê-los é preciso saber como identificá-los e as formas de controlá-los
Percevejo bronzeado
Foto: Francisco Santana
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A
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PRINCIPAL
PRINCIPAL
praga de florestas plantadas mais
praga. Por exemplo, brocas de madeira
conhecida é a formiga cortadeira
podem ser propagadas por meio de ma-
do gênero Atta. Segundo alguns
deira infestada pelas larvas; insetos suga-
pesquisadores, um formigueiro adulto
dores, como os pulgões e psilídeos, como
precisa de uma tonelada de folhas para
também podem ser disseminados pelo
sobreviver durante um ano, o que signifi-
vento.
ca 86 eucaliptos e 161 pinus adultos. No
entanto, as formigas não são as únicas
Pinus
pragas que causam prejuízos às florestas
O cultivo de pinus pode ser atacado
plantadas. A Embrapa Florestas destaca,
por vespa-da-madeira (Sirex noctilio), pul-
entre várias outras, mais três relevantes
gão-gigante-do-pínus (Cinara atlântica),
para pinus e cinco para o eucalipto.
gorgulho-do-pínus (Pissodes castaneus) e
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“As fêmeas do pulgão-do-pinus
vivem em média trinta dias,
originando cerca de 30 ninfas.
O ciclo biológico pode variar em
função da temperatura e nutrição
da planta, tendo sido observados
insetos com ciclo de 18 a até 46
dias”
o macaco-prego (Cebus apella).
Propagação
De acordo com Susete do Rocio Chia-
Geralmente, quando uma espécie de
rello Penteado, pesquisadora da Embrapa
planta é introduzida em um novo ambien-
Florestas, o ataque da vespa-da-madeira
te ela permanece, por um período, livre do
ocorre, geralmente, em plantios com ida-
ataque de pragas. Porém, com o passar
de acima de 7 anos que estejam estressa-
do tempo, pode ocorrer uma adaptação
dos. “Os sintomas são respingos de resina
tanto de pragas nativas, como a introdu-
no tronco; amarelecimento da copa; orifí-
ção e estabelecimento de pragas exóticas,
cios de emergência na casca; e galerias no
geralmente da mesma região de origem
interior da madeira, provocadas pelas lar-
de seu hospedeiro. Em ambos os casos, o
vas e manchas azuladas, dispostas radial-
alimento abundante, associado à ausência
mente, ocasionadas pelo fungo secundá-
de inimigos naturais (para as pragas exó-
rio do gênero Botriodiplodia”, explica. Esta
ticas), favorece o aumento populacional
praga causa a morte das árvores ao inserir,
destes organismos e, consequentemente,
durante a postura, uma muco-secreção
a ocorrência de danos e prejuízos ao pro-
e esporos do fungo simbionte Amyloste-
dutor.
reum areolatum.
A propagação vai depender do tipo da
Susete esclarece que no Brasil, a ves-
Pulgão-do-pinus
Foto: Francisco Santana
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PRINCIPAL
PRINCIPAL
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pa-da-madeira apresenta um ciclo bioló-
le à Vespa-da-Madeira. O programa visa,
caule; presença de um fungo, responsável
irá parasitar tanto ninfas como adultos do
gico de um ano, com revoada de outubro
fundamentalmente, o manejo integrado
pelo aparecimento da fumagina, que dá
inseto.
a meados de janeiro e picos populacionais
da praga, pela adoção de medidas preven-
um aspecto enegrecido à planta; e a pre-
entre novembro e dezembro. Em árvo-
tivas (manejo florestal, medidas quaren-
sença de formigas associadas.
res de diâmetros menores, bifurcadas ou
tenárias e monitoramento para detecção
“As fêmeas vivem em média 30 dias,
estressados. “Entre os sintomas estão ra-
na copa das árvores mais desenvolvidas,
precoce) e medidas de controle biológico,
originando cerca de 30 ninfas. O ciclo bio-
mos amarelados, respingos de resina no
pode ocorrer uma geração de ciclo cur-
pela utilização dos inimigos naturais (ne-
lógico pode variar em função da tempera-
caule, devido à postura. Os ponteiros ata-
to, de três a quatro meses, cujos adultos
matoides e insetos parasitóides). A produ-
tura e nutrição da planta, tendo sido ob-
cados ficam tortos e apresentam murcha
voam entre março e maio. No período de
ção do nematóide, Deladenus siricidicola,
servados insetos com ciclo de 18 a até 46
e clorose progressiva das acículas”, conta
revoada, os insetos acasalam e a fêmea, ao
o mais importante inimigo natural da ves-
dias”, explica a pesquisadora da Embrapa
Susete.
efetuar a postura, deposita na árvore, além
pa-da-madeira, é realizada pela Embrapa
Florestas. A ocorrência do pulgão é mais
Ela explica que o desenvolvimento do
dos ovos, um mucofitotóxico e esporos
Florestas. O nematóide é distribuído aos
frequente durante o outono e inverno,
ovo à fase adulta dessa praga pode variar
de um fungo simbionte, o Amylostereum
produtores de pinus, na forma de doses de
porém é encontrada também na prima-
em até 12 meses, dependendo da tem-
areolatum. “Cada fêmea pode depositar na
20 ml, contendo, cada uma, cerca de um
vera e verão. O controle é realizado pelo
peratura. Os adultos podem sobreviver
madeira entre 300 e 500 ovos, em aproxi-
milhão de nematoides, suficiente para o
parasitoide Xenostigmus bifasciatus, que
até 20 meses. “Os picos populacionais de
madamente cinco dias de vida”, destaca.
tratamento de aproximadamente 10 árvo-
Os ovos dão origem a larvas que, ao se ali-
res. Os nematóides são inoculados nas ár-
mentarem do fungo, constroem as gale-
vores infestadas e irão esterilizar as fêmeas
rias, afetando a qualidade da madeira. Já o
do inseto, com uma média de controle de
muco fitotóxico, altera os processos fisio-
70%. Além do nematóide a vespa-da-ma-
lógicos da planta, debilitando sua capaci-
deira tem outros inimigos como os parasi-
dade de defesa, enquanto o fungo obstrui
toides, Ibalia leucospoides, Rhyssa persu-
os vasos de condução de seiva. “O efei-
asoria e Megarhyssa nortoni.
to de ambos ocasiona a morte da planta”,
determina.
Em viveiros e plantios de até dois anos
de idade, a praga que mais atinge a floresta
No início de 1989, pela portaria 031/89
é o pulgão-gigante-do-pinus. De acordo
do Ministério da Agricultura e do Abasteci-
com Susete, os sintomas são: clorose das
mento, foi instituído o Programa Nacional
acículas, com alguns ponteiros ou ramos
de Controle à Vespa-da-Madeira e tam-
que se tornam marron-avermelhados; afi-
bém criado o Fundo Nacional de Contro-
lamento de ramos e o entortamento do
Vespa da Madeira
Foto: Francisco Santana
Finalizando as pragas de pinus, o gorgulho-do-pinus ataca plantios jovens e
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PRINCIPAL
PRINCIPAL
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emergência dos adultos ocorrem na pri-
e ramos finos. “Essas galhas causam de-
mavera e verão. O monitoramento e con-
formação nas folhas, quando presentes
trole de P. castaneus têm sido feito com
na nervura central e pecíolo; e desfolha e
toretes armadilha, que atraem os adultos,
seca de ponteiros, quando presentes nos
Outro entrave encontrado no plantio do pinus é o macaco-prego, um animal que ata-
que posteriormente são eliminados pelo
ramos mais finos”, completa. Segundo
ca a copa das árvores. Alguns especialistas o consideram uma praga silvicultural, outros
uso de inseticidas aplicados nos toretes
ele, a fêmea da vespa-da-galha deposita
defendem que ele não pode ser considerado dessa forma. O fato é que ele descasca o
armadilha”, destaca.
os ovos nas gemas apicais, onde se inicia
terço superior do tronco para se alimentar da seiva, que tem sabor adocicado. Letícia Du-
o processo de formação da galha, que se
ron Cury, pesquisadora da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva, salienta
Eucalipto
torna visível após algumas semanas. “São
que a medida que a superfície exposta pelo descascamento aumenta, aumenta também
Entre as pragas que afetam os plantios
cinco os estágios de desenvolvimento. O
a dificuldade de recobrimento do xilema por novos crescimentos da casca. O que leva a
de eucalipto, os mais importantes são:
primeiro começa de uma a duas semanas
deterioração da madeira e, no caso de anelamento, morte e queda da copa. “As árvores
vespa-da-galha (Leptocybe invasa), per-
após a oviposição e o ciclo total dura cer-
atacadas ficam mais suscetíveis ao ataque da vespa-da-madeira, uma praga de pinus que
cevejo bronzeado (Thaumastocoris pe-
ca de 130 dias”, observa Leonardo. Entre as
causa ainda mais prejuízos”, acrescenta.
regrinus), psilídeo-de-concha (Glycaspis
medidas preventivas está o transporte de
Para o controle do ataque do macaco, são recomendadas medidas como a abertura da
brimblecombei),
gorgulho-do-eucalipto
mudas e material vegetativo somente com
floresta e limpeza da área, de forma que o ambiente torne-se menos atrativo aos animais.
(Gonipterus platensis) e besouro amarelo
certificação de garantia de ausência do in-
Manter em dia o desbaste, fazer aceiros para evitar pontes naturais (galhos) entre a área
(Costalimaita ferruginea vulgata).
seto. “Além disso, pesquisas estão sendo
de pinus e a área de floresta nativa e criar barreiras de proteção às florestas de pinus com
De acordo com o pesquisador Leo-
conduzidas para avaliar a eficiência do pa-
outras culturas, tais como eucaliptos e araucárias, ou outras espécies que não sejam de
nardo Rodrigues Barbosa, a vespa-da-ga-
rasitoide Selitrichodes neseri introduzido.
interesse do animal, são algumas das possíveis soluções para combater o macaco.
lha ataca as folhas do eucalipto forman-
Outra estratégia importante é a seleção de
do galhas nas nervuras centrais, pecíolos
materiais genéticos resistentes”, comple-
Macaco-prego
Vespa-da-galha
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
B. FOREST 22
EXPEDIENTE
PRINCIPAL
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Leptocybe invasa
Foto: Divulgação
Gorgulho-do-pinus
Foto: Divulgação
menta o pesquisador.
de conchas brancas nas folhas, ramos e
O percevejo bronzeado é outro inseto
troncos; a presença de um fungo respon-
que prejudica a produtividade do eucalip-
sável pelo aparecimento da fumagina, que
to. Como resultado do ataque, as folhas
proporciona aspecto preto à planta; e a
ficam prateadas e, na sequência, bronze-
presença de formigas associadas. A pes-
adas. “Os danos associados a altas infes-
quisadora da Embrapa Florestas, Dalva
tações desse percevejo promovem uma
Luiz de Queiroz, aponta que cada fêmea
redução na taxa fotossintética, causando
dessa espécie coloca entre 45 e 700 ovos,
desfolha, e em alguns casos, morte das
durante o período embrionário, que tem
árvores”, menciona Leonardo. De acor-
duração de 10 a 20 dias. “O ciclo biológico
do com o pesquisador, o ciclo de vida do
varia de 25 a 45 dias, dependendo da tem-
inseto varia com as condições climáticas,
peratura”, completa.
podendo chegar a 60 dias. O controle é
O monitoramento da praga e dos ini-
feito por meio de um inimigo natural, o
migos naturais deve ser feito por meio do
parasitoide de ovos Cleruchoides noackae
uso de armadilhas amarelas adesivas. “É
(Hymenoptera: Mymaridae), apresentando
recomendada vistoria em todas as áre-
níveis de parasitismo próximos a 60%.
as florestais, principalmente, em plantios
Outro inseto que preocupa os produ-
com idade de até um ano e meio”, alerta
tores de eucalipto é o psilídeo-de-con-
a pesquisadora. O controle biológico é re-
cha. A infestação é apresentada por meio
alizado com a vespinha parasitóide Psylla-
“A vespa-da-galha ataca as folhas
do eucalipto formando galhas
nas nervuras centrais, pecíolos
e ramos finos. “Essas galhas
causam deformação nas folhas,
quando presentes na nervura
central e pecíolo; desfolha e seca
de ponteiros, quando presentes
nos ramos mais finos”, completa.”
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PREÇOS
EXPEDIENTE
PRINCIPAL
ephagus bliteus (Hymenoptera: Encyrti-
prejudicam o desenvolvimento das plan-
dae).
tas. Já os besouros jovens vivem no solo
Assim como o pinus, o eucalipto tam-
destruindo raízes. Segundo a Embrapa
bém sofre com o ataque do gorgulho. O
Florestas, o ataque intenso do besouro em
inseto se alimenta das folhas deixando
eucaliptos provoca alteração na tendência
rastros de desfolhamento nos ramos ter-
natural de crescimento apical, estimulan-
minais e cápsulas castanhas na superfície
do a brotação e a retenção excessiva de
das folhas novas. Os ovos do insetos são
galhos basais. Desta forma, ocorre uma
depositados em cápsulas que contém de
diminuição na qualidade das árvores de
8 a 10 unidades, que eclodem em três ou
eucaliptos e dificuldades no processo de
quatro semanas. O ciclo de vida, em mé-
colheita, principalmente a mecanizada.
dia, dura de 50 a 90 dias, dependendo da
época do ano.
25 B. FOREST
ESPECIAIS
EM JUNHO
2015
Cada fêmea produz em média 90 ovos
e os surtos ocorrem entre setembro e mar-
Para a detecção do ataque deve-se ve-
ço, com picos da população ocorrendo
rificar a presença de adultos, larvas e ovos
entre outubro e dezembro. O controle dos
nas plantas; folhas ásperas e devoradas.
adultos pode ser feito utilizando os per-
Os adultos, larvas e ovos podem ser car-
cevejos Supputius cincticeps, Tynacantha
regados em partes de plantas usadas para
marginata e Arilus carinatus, bem como as
propagação vegetativa e mudas. Já as
aranhas Misumenops pallens, Peucetia sp.
larvas e pupas podem estar presentes no
e os fungos entomopatogênicos Beauve-
solo destes materiais. O controle biológi-
ria bassiana e Metharizium anisopliae, ini-
co tem sido realizado com a distribuição
migos naturais dos besouros amarelos.
de ovos do parasitoide Anaphes nitens e
Como as pragas são um problema real
seleção de variedades de eucalipto resis-
e muito presente nas florestas plantadas,
tentes à praga.
existem instituições que, em pesquisas
Por fim, os besouros amarelos também
próprias ou em parceria com outras em-
causam prejuízo aos plantios de eucalip-
presas, estudam fortemente para desco-
to. Os adultos se alimentam do limbo fo-
brir formas de combater os invasores, seja
liar devorando as folhas e perfurando-as.
por meio de agrotóxicos ou inimigos na-
Quando o ataque é intenso, os insetos
turais.
ESCAVADEIRAS FLORESTAIS
O projeto, a fabricação e manutenção da Escavadeira Florestal 320D FM, possuem a
qualidade Caterpillar para proporcionar uma máquina confiável e durável para as
exigentes condições florestais. Construídas para atender as mais diversas aplicações,
a Série D incorpora melhor desempenho, durabilidade e máxima produtividade.
Fale com um consultor PESA.
0800 940 7372
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B. FOREST 26
EXPEDIENTE
EXPEDIENTE
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B. FOREST 28
ESPECIAL
PRINCIPAL
EXPEDIENTE
Caminhão ideal
O transporte de madeira tem diversos complicadores, o alto peso da carga, trajetos percorridos em terrenos adversos, declividades, entre outros. Por esse motivo, é preciso que o
caminhão utilizado no transporte tenha as especificações técnicas necessárias
Foto: Divulgação / Scania
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B. FOREST 30
A
ESPECIAL
PRINCIPAL
madeira proveniente de florestas
para a transportadora deve seguir vários
plantadas, seja qual for o fim a que
quesitos de avaliação. “Em cada projeto
se destine, necessita ser transpor-
levamos em conta: percentual de estra-
tada entre as áreas de plantio e o ponto de
da de asfalto e de terra, tipo de terreno da
processamento. Nesse tema, muito se dis-
estrada de terra, número e nível de aclives
cute sobre os complementos ideais para o
e declives, velocidades permitidas, tipo de
transporte desse tipo de carga, mas e o ca-
implemento (Bi Trem, Tri Trem, Romeu e
minhão, ele deve ter diferenciais para rea-
Julieta, Carreta 3 eixos, etc.), peso e densi-
lizar essas operações pesadas? O conjunto
dade da madeira a ser transportada, entre
de características técnicas e operacionais
outros de igual importância”, exemplifica.
dos veículos reflete diretamente na produ-
O profissional conta que a empresa atua
tividade e custo final da operação de trans-
com veículos de tração 6x4, 440 a 540
porte. Então, como é que se faz a escolha
CV de potência, torque médio de 2300 a
da frota para o transporte de madeira?
2500 Nm, câmbio manual ou automático.
Basicamente, o veículo para aplica-
E pneus mistos 295/80 R22,5 ou 11.00R22.
ção florestal precisa ter uma combinação
Para determinar a escolha do caminhão
de característica off road e rodoviária. De
ideal é necessário conhecer um pouco so-
acordo com Emílio Fontanello, engenheiro
bre as características técnicas, ergonomia,
de pré-vendas da Scania no Brasil, quando
tecnologias disponíveis e a relação entre
o caminhão está na operação off road ele
caminhão e implemento.
31 B. FOREST
“Em cada projeto levamos em conta:
percentual de estrada de asfalto e
de terra, tipo de terreno da estrada
de terra, número e nível de aclives e
declives, velocidades permitidas, tipo
de implemento, peso e densidade
da madeira a ser transportada, entre
outros de igual importância”.
precisa de recursos para vencer rampas, pisos escorregadios, patinação, entre outros
Especificações técnicas
fatores adversos. Por outro lado, quando
De acordo com as montadoras Volvo e
ele está na rodovia, precisa, também, de
Scania, os veículos devem ter tração míni-
um conjunto de fatores que o permita tra-
ma 6x4 para que consigam transitar de for-
fegar em velocidade média de 80 km/h e
ma tranquila em terrenos adversos, como
dentro da faixa econômica do motor.
são, na maioria dos casos, as áreas flores-
Nemésio de Carvalho, gerente de ma-
tais. Emílio conta que os caminhões Scania
nutenção da transportadora Expresso Ne-
são equipados com botões de controle de
pomuceno, explica que a escolha da frota
tração, para que o motorista consiga ajus-
Foto: Gustavo Castro/MF
B. FOREST 32
ESPECIAL
ESPECIAL
33 B. FOREST
tar o veículo e ultrapassar qualquer obstá-
Os veículos Scania possuem suspensão
a mesma maciez que a suspensão pneu-
melhor sua utilidade. No caso do setor
culo. “Para facilitar a vida do motorista, há
a mola no chassi devidamente dimensio-
mática e com grande durabilidade, mesmo
madeireiro, sua presença ajuda a rebocar
na caixa de mudanças automatizada Sca-
nada e suspensão a mola também na ca-
em condições de estradas com deficiência
o caminhão, mesmo carregado, caso ele
nia Opticruise, modos de operação que
bine. Já os caminhões Volvo, destinados
de conservação”, explica.
atole dentro da floresta na época de chu-
podem ser escolhidos de acordo com a
ao transporte florestal, como o FMX, têm
A grade frontal e o para-choque tam-
necessidade, no momento da operação:
suspensão traseira semielíptica com dois
bém devem ser diferenciados, com maior
balanço, manobra e escolha da marcha
amortecedores de dupla ação e suspen-
resistência e robustez. Isso por causa dos
Nemésio, da Expresso Nepomuceno
de partida. Há também os modos potên-
são dianteira parabólica, também com dois
impactos da severa operação fora de es-
destaca que, para frota da empresa, fo-
cia, padrão, econômico e fora de estrada”,
amortecedores de dupla ação.
trada. Nos caminhões Scania, um reforço
ram escolhidos caminhões cujas cabines
é o escudo protetor. Localizado logo abai-
não tenham muitos acessórios externos,
destaca o engenheiro. Ele explica que, na
vas, sem a necessidade de usar trator de
esteira”, explica.
estrada, o motorista deve usar o modo
Cabine
xo do para-choque, ele é construído com
visto que a probabilidade de quebras ou
econômico e quando precisar vencer um
Para Emílio, a cabine dos veículos para a
chapa que protege o cárter e o motor.
danos por impacto da madeira, ou outros
aclive pode acionar a potência; e nas es-
aplicação off road deve possuir suspensão
“Para ultrapassar com maior facilidade os
materiais do campo, aumentam significati-
tradas de uso florestal escolher o off road,
a mola em quatro pontos. “As molas pos-
terrenos não pavimentados, nas aplicações
vamente os custos de manutenção. “Caso
por exemplo.
suem regulagem de pressão que conferem
mais severas, a linha Off Road da Scania
não seja possível evitar os acessórios, estes
passou por elevação tanto do chassi quan-
devem ser mais robustos do que os pa-
to do para-choque”, ressalta o engenheiro.
drões”, completa.
A linha também disponibiliza o novo ângu-
Ainda no quesito cabine, as montadoras
lo de ataque de 25 graus, resultado da ele-
tem levado em consideração o conforto do
vação do chassi e do para-choque. Com
motorista, já que o transporte de madei-
ele, o caminhão ganha força fundamental
ra é um trabalho pesado. A Volvo oferece
para transpor diversos obstáculos, como,
cabines com banco com suspensão a ar,
por exemplo, entrar em um rio, em uma
ajustes na coluna de direção, controles no
vala, ou trafegar por subidas ou descidas
volante, visibilidade ampla, climatização,
íngremes.
baixo nível de ruído e suspensão pneumá-
Os caminhões Scania Off Road Euro 5,
tica ou mecânica.
segundo Emilio, também recebem um pino
Foto: Gustavo Castro/MF
de reboque de tração para 35 toneladas.
Caminhão x Implemento
“Ele tem papel importante nas operações
No que diz respeito a transporte, o seg-
severas. Alguns cenários podem explicar
mento de madeira pode ser dividido em
B. FOREST 34
ESPECIAL
“Os veículos devem ter tração
6x4 para que consigam transitar
de forma tranquila em terrenos
adversos, como são, na maioria
dos casos, as áreas florestais”.
Foto: Divulgação / Volvo
ESPECIAL
35 B. FOREST
duas atividades: madeira para celulose e
Tecnologias disponíveis
papel e madeira para serraria. Na ativida-
Como destaque em tecnologia, a Volvo
de de celulose são usados veículos do tipo
tem o I-Shift, uma caixa de câmbio inteli-
trator tracionando com implementos do
gente na qual a necessidade de troca de
tipo Bitrem, Tritrem e Rodotrem. No seg-
marchas é avaliada pelo sistema eletrôni-
mento de serraria pode-se destacar os ve-
co em função da velocidade, torque, carga
ículos chamados rígidos ou plataforma em
do motor e outros parâmetros que buscam
operação do tipo Romeu e Julieta.
a otimização da condução dentro da fai-
De acordo com Emílio, os modelos
xa econômica. Com 12 marchas à frente
Scania G 440 e G 480 6x4 são indicados
e 4 à ré, o I-Shift otimiza trocas em bai-
para operações com Bitrem, Tritrem e Ro-
xas velocidades, oferecendo engates rápi-
dotrem levando em consideração a ne-
dos e macios durante a condução em dois
cessidade de maior ou menor potência.
modos: no econômico, cada mudança de
Enquanto que o modelo P 360 é indicado
marcha é medida para que o motor traba-
para operação tracionando um reboque,
lhe na sua mais alta eficiência ou é possível
conjunto denominado Romeu e Julieta.
utilizar a sua melhor performance.
Já na Volvo, os caminhões mais utiliza-
Já a Scania apresenta em termos de
dos para o transporte florestal são os mo-
tecnologia um computador de bordo
delos VM e FMX. De acordo com a empre-
com recurso Driver Support, uma espécie
sa, o VM 6x4 é indicado para composição
de “professor” dentro do painel que ofe-
com Romeu e Julieta de 5 eixos. Já o FMX
rece dicas em tempo real para melhorar
6x4 é indicado em vários tipos de compo-
a condução. A montadora disponibiliza
sições como: Romeu e Julieta 6 e 7 eixos,
também válvulas de freio específicas para
Semirreboque 3 eixos, Bitrem, Tritrem, Ro-
proporcionar mais segurança quando o
dotrem e Treminhão. A equipe de enge-
veículo parar em locais de piso de barro
nharia da empresa destaca que, devido aos
ou ainda quando esvaziar os reservatórios
implementos mais curtos, os Tritrens tem
de ar. “Outra tecnologia é o freio hidráu-
maior facilidade de trafegar em caminhos
lico Retarder, opcional com alta potência
tortuosos, mas devem ser tracionados por
de frenagem, sem contato metálico e que
veículos 6x4.
aumenta a segurança da composição eco-
B. FOREST 36
ESPECIAL
ESPECIAL
nomizando freio e lonas de freio”, comple-
serem realizadas. Um ponto fundamental
ta Emilio.
na decisão da compra do caminhão é o
As opções são várias. É necessário o
atendimento pós-venda, a oferta de trei-
conhecimento de cada uma delas e um
namento e acompanhamento na opera-
estudo para que a tecnologia disponível
ção, bem como atualização de softwares
se adeque com as condições e tarefas a
de aplicação no veículo.
Foto: Divulgação
37 B. FOREST
B. FOREST 38
ESPECIAL
ESPECIAL
SEGURANÇA
39 B. FOREST
Encontro Brasileiro de Segurança
Florestal reuniu profissionais do setor em
Curitiba
A conscientização da importância da segurança do trabalho e das técnicas de prevenção foi o objetivo do primeiro evento sobre segurança florestal do país. Palestrantes de
renome no setor apresentaram dados e cases de empresas que serviram de exemplo para
os participantes.
Foto: Divulgação
B. FOREST 40
O
SEGURANÇA
SEGURANÇA
Encontro Brasileiro de Seguran-
importância do Encontro Brasileiro de Se-
ça Florestal, primeiro evento na-
gurança Florestal”, salientou.
cional sobre o tema, organizado
Dividido em quatro blocos, a primei-
pela Malinovski Florestal, teve como obje-
ra palestra foi ministrada pelo engenheiro
tivos principais: a preservação da vida em
Bruno C. Bilbao Adad, consultor do Senai.
um ambiente seguro e a discussão sobre o
Com o tema “O Paradigma da Consciência
que tem sido feito, hoje, nas empresas flo-
de Segurança”, Bruno destacou que a pre-
restais para melhorar a segurança em to-
venção de acidentes deve estar presente a
das as operações. Os mais de 200 partici-
cada momento do dia a dia. “É muito difícil
pantes assistiram palestrantes experientes
criar o hábito da prevenção, mas é muito
abordarem temas relevantes relacionados
fácil destruí-lo”.
às operações florestais.
Para ele, o ponto de partida é a quebra
Realizado em Curitiba (PR), nos dias 21
de paradigmas. “Precisamos desconstruir
e 22 de maio, o Encontro começou pas-
a ideia de que os acidentes são imprevisí-
sando para os profissionais, a importância
veis. Sabemos que não existem fatalidades,
de se transformar a segurança em valor. A
o que existe são ações. Alguém fez o que
abertura feita pelo Dr. Rafael A. Malinovski,
não deveria ou deixou de fazer algo re-
diretor de negócios da Malinovski Florestal
levante”, destacou. Ele afirma que os aci-
destacou a importância da reflexão e iden-
dentes ocorrem devido a uma interação
tificação dos perigos e a diminuição dos
de vários fatores que estão presentes no
riscos de acidentes no setor florestal, além
ambiente ou situação de trabalho muito
de observações para criar ambientes mais
antes do seu desencadeamento. Sendo,
seguros para os trabalhadores. “Um am-
portanto, eventos previsíveis e preveníveis.
biente de trabalho seguro não é possível
“Temos sempre a possibilidade de mudar e
sem a presença intensiva das lideranças das
fazer tudo de forma mais segura. Prevenir
empresas, sem trabalhar a confiança inter-
é sempre o melhor caminho.”
pessoal dos funcionários e sem ter uma
Luciano Nadolny, analista técnico na
equipe capacitada. Por isso, é importante
gerência de qualidade de vida do SESI-PR,
discutir o assunto e tornar os trabalhadores
destacou a importância de se falar sobre
do setor florestal capacitados. Essa é real
segurança, ainda mais no setor florestal,
41 B. FOREST
Foto: Gustavo Castro / MF
“Um ambiente de trabalho seguro
não é possível sem a presença
intensiva das lideranças das
empresas, sem trabalhar a
confiança interpessoal dos
funcionários e sem ter uma
equipe capacitada”.
B. FOREST 42
SEGURANÇA
SEGURANÇA
43 B. FOREST
que tem se tornado cada vez mais impor-
foi o tema da palestra de Luciano San-
de negócios do SESI-PR, e Fernanda Rodri-
continente, existe uma preocupação com
tante para a economia nacional. Luciano
tos, psicólogo, administrador de empre-
gues, coordenadora técnica do FSC (Forest
a sanidade psicológica dos trabalhadores,
abordou a psicologia, fisiologia e a pro-
sas e colaborador da Malinovski Florestal.
Stewardship Council) Brasil. Rodrigo desta-
no sentido de não serem submetidos à
pensão a acidentes. Salientou que a segu-
Ele destacou a importância de selecionar
cou que os objetivos das NRs são garantir
trabalhos muito monótonos ou repetitivos
rança no trabalho deve ser aprendida, por-
corretamente os funcionários. “É preciso
a segurança e saúde do trabalhador, mas
para que haja a satisfação profissional.
que para que ela seja desempenhada nas
escolher o perfil certo para a necessidade
acredita que elas são muito rígidas e não
Para Leif, o Brasil é teórico, o que falta
atividades diárias é preciso ‘saber fazer’.
da vaga”, afirmou. Desta forma, para ele,
adaptadas à realidade brasileira. “A norma
é a implementação prática, como treina-
“Outros fatores também devem ser segui-
existem ganhos como elevação de curva
precisa trazer objetivos. Precisamos pensar
mentos mais elaborados e bem trabalha-
dos para que o trabalho seja seguro: o po-
de aprendizagem, de desligamentos por
mais na realidade de vida do trabalhador
dos e capacitação mais contextualizada.
der fazer, é preciso que a empresa ofereça
desmotivação e de índice de quebras de
para proporcionar a saúde e a segurança
“Com 8 horas de treinamento nenhum
condições de trabalho seguras; e os fatores
equipamentos, além da melhora no clima
da forma certa”, avaliou.
fazendeiro se torna capacitado para ope-
motivacionais, ou seja, a vontade de agir
organizacional.
Finalizando as palestras da manhã, o
rar uma motosserra em sua propriedade.
O FSC e as NRs (Normas Regulamenta-
doutor alemão, Leif Nutto, fez uma com-
O sistema de educação pública influencia
“Recrutamento e Seleção, Segurança
doras) foram o tema da palestra de Rodrigo
paração da segurança nas operações flo-
diretamente na capacidade de cognição e
e Produtividade nas Atividades Florestais”
Meister de Almeida, coordenador técnico
restais no Brasil e Europa. Contou que no
discernimento do trabalhador”, avaliou.
de forma segura”, acrescentou.
Foto: Gustavo Castro / MF
Foto: Gustavo Castro / MF
B. FOREST 44
SEGURANÇA
SEGURANÇA
“A norma precisa trazer objetivo
e os fatores que serão avaliados
também. Precisamos pensar
mais na realidade de vida do
trabalhador para proporcionar a
saúde e a segurança da forma
certa”.
Foto: Gustavo Castro / MF
45 B. FOREST
No período da tarde, Paulo Salamuni,
costume de fazer sinalizações orientativas
gerente operacional da Klabin foi o mode-
que auxiliam os operadores na percepção
rador do bloco dois – Segurança, Produti-
de riscos. Quando elas são vistas, o ope-
vidade e Custos em Operações Florestais.
rador sabe que precisa descer ancorado”,
Ele destacou o desenvolvimento do setor
exemplificou.
florestal e como o conceito de segurança
O planejamento operacional e o micro-
tem evoluído e se concretizado, tornando-
planejamento foi o tema tratado na pales-
-se uma realidade aplicada.
tra do supervisor de colheita e transpor-
Iniciando os trabalhos, Murilo Galvão
te florestal da International Papel, Renato
Teixeira, instrutor do SENAR-PR, abordou
Melman. Ele contou que a IP tem mais de
a aplicação de agrotóxicos. Em sua fala,
70 mil funcionários e “trabalhar com um
explicou que a intoxicação por agrotóxi-
número tão grande de profissionais e não
cos tem aumentando, mas não é possível
pensar em segurança é inviável”. Atualmen-
estimar um real valor por falta de meios
te, a segurança já é vista como um valor na
de controle. Para ele, a falta de eficiência
IP. “Focamos no acidente zero e esse resul-
dos químicos faz com que uma quantida-
tado depende de programas sólidos, me-
de maior que a necessária seja aplicada,
todologia, microplanejamento operacional
tornando assim a exposição do aplicador
e liderança”, destacou. Para Melman, o mi-
maior. O profissional recomendou que os
croplanejamento não é uma receita igual
operadores que estão em contato dire-
para todos, mas algo que deve ser customi-
to com os agrotóxicos precisam fazer um
zado e varia de acordo com cada situação.
curso específico para saber a forma certa
Ele salientou que sempre que acontece um
de lidar com os produtos.
acidente é preciso fazer uma avaliação do
Bruno Ricardo Fernandes, coordena-
ocorrido, estudar e acrescentar os resulta-
dor de colheita florestal da Cenibra, des-
dos no microplanejamento, para que me-
tacou as técnicas de segurança durante o
didas sejam tomadas e a mesma situação
processo de colheita. Apresentou um case
não ocorra novamente.
da empresa e ressaltou a importância do
O custo da segurança para as empresas
microplanejamento e da sinalização ope-
florestais foi assunto da apresentação de
racional de campo. “Na Cenibra, temos o
Manoel Francisco Moreira, sócio-gerente
B. FOREST 46
SEGURANÇA
SEGURANÇA
“Trabalho seguindo as normas
de segurança pelo meu filho
de dois anos. Preciso trabalhar
com segurança por mim e pela
minha família, não porque a
empresa manda”.
Foto: Gustavo Castro / MF
47 B. FOREST
da ARS Silvae Assessoria Florestal. Ele res-
mento, controles operacionais e de com-
saltou que não existe segurança sem custo
portamento.
e apresentou casos em que as normas de
Abrindo o segundo dia, Alison D’Andréa
segurança só serviram para onerar a em-
e Douglas Santos, da New Holland trata-
presa e acabaram prejudicando as ativida-
ram do tema: “Parâmetros Construtivos na
des pela dificuldade que elas apresentaram.
Adaptação de Tratores e Implementos para
Para Chico Moreira, como é conhecido, é
Operações Silviculturais”. Eles afirmaram
preciso pensar não somente na seguran-
que as operações realizadas manualmente
ça do trabalhador, mas no conforto dele
oferecem alto risco à integridade física do
também. Isso porque não adianta ter vá-
trabalhador e que a substituição das ope-
rias normas de segurança, se o operador
rações manuais pelas mecanizadas diminui
não ficar confortável em segui-las, o que,
consideravelmente o riso de acidentes.
consequentemente, faz com que ele burle
Manoel Carvalho, professor titular da
essas normas. Por isso, para ele, o funda-
FABET (Fundação Adolpho Bósio de Edu-
mental é ter bom senso em relação às nor-
cação no Transporte), abordou a formação
mas e suas aplicações.
de condutores no transporte de madei-
Para finalizar o primeiro dia do Encon-
ra. Para ele, a capacitação dos motoristas
tro Brasileiro de Segurança Florestal, Luiz
resulta em responsabilidade profissional,
Geraldo Groessler, gerente de logística
mais postura, domínio do veículo em mo-
florestal da Fibria falou sobre segurança
mentos adversos, conhecimento e aplica-
e produtividade no transporte de madei-
ção das tecnologias disponíveis, ganho de
ra. Contou que a empresa criou o Manual
eficiência e produtividade, entre outros.
Estrada Segura, o qual usa como referên-
A palestra de Nínive Maia, engenhei-
cia para todas as operações relacionadas
ra florestal da Veracel teve como tema a
às estradas. “Dessa forma, deixamos claro
NR12 e as implicações florestais. Ela des-
para todos os nossos parceiros o que nós
tacou que o operador deve trabalhar den-
fazemos e esperamos em relação a se-
tro das normas de segurança não porque a
gurança”, explicou. Neste manual, alguns
legislação exige, mas porque existem pes-
passos são seguidos para que os acidentes
soas na vida dele que se importam com
sejam evitados, entre eles, estão planeja-
sua saúde. “Trabalho seguindo as normas
B. FOREST 48
SEGURANÇA
SEGURANÇA
de segurança pelo meu filho de dois anos.
49 B. FOREST
etapa.
Preciso trabalhar com segurança por mim
Para abrir as palestras do bloco 4 – Pro-
e pela minha família, não porque a empre-
gramas de Segurança – Cases das empre-
sa manda”, constata.
sas Florestais, Adriano Thiele, diretor de
Emilio Paulo Fontanello, engenheiro
Operações da JSL, falou sobre transpor-
mecânico da Scania, falou sobre a segu-
te seguro. Destacou as ações da empresa
rança no desenvolvimento de veículos au-
para garantir a segurança florestal: recru-
tomotores. Em sua apresentação demons-
tamento e seleção, treinamento e capaci-
trou que é possível observar detalhes de
tação, mapeamento de risco, controle de
segurança antes mesmo do motorista en-
jornada, inspeções e blitz de segurança e
trar na cabine. “São pequenos itens, como
controle de peso transportado são algu-
o degrau escamoteável auxiliar; a trava de
mas delas.
grade frontal; alças laterais de cima até em
Jorge Cavassin, coordenador de segu-
baixo, que auxiliam no embarque seguro;
rança e meio ambiente da MWV Rigesa,
entre outros, que quase ninguém percebe
abordou em sua palestra a importância da
como o trabalho que os engenheiros tive-
disseminação do conceito de segurança do
ram para proporcionar segurança ao mo-
operador à presidência. Cavassin destacou
torista.”
a importância do exemplo e boa liderança.
Finalizando o bloco 3, Douglas Lazaretti
“Não basta apenas transmitir aos funcioná-
Siebert e José Teófilo Júnior, da Gerdau de
rios as regras da empresa, é preciso dar o
Minas Gerais, abordaram o gerenciamen-
exemplo. Um bom líder é o exemplo dos
to de riscos. “A gestão requer a avaliação
funcionários.”
do contexto em que estamos inseridos,
O case do programa de saúde e segu-
ou seja, a realização de um diagnóstico
rança da Vale foi apresentado por Lucia-
de como estamos atendendo as expecta-
no Assis, gerente de exploração mineral
tivas de prevenção e controle de perdas”,
de ferrosos da empresa. “Nossa Política de
afirmou Douglas. Para ele, dominando o
Saúde e Segurança tem como valor: vida
cenário atual, é possível definir as metas
em primeiro lugar. E segue em dois aspec-
futuras e o caminho para alcançá-las, prio-
tos: compromissos e princípios de atua-
rizando as ações mais relevantes de cada
ção”, contou. De acordo com ele, valorizar
Os diretores da Malinovski Florestal e idealizadores do Encontro Jorge R. Malinovski e Rafael A. Malinovski
Foto: Gustavo Castro/ MF
B. FOREST 50
SEGURANÇA
SEGURANÇA
a saúde e a segurança significa valorizar as
Para encerrar o Encontro Brasileiro de
pessoas, para isso passos, como analisar
Segurança Florestal, os serviços de manu-
os riscos e cumprir medidas de prevenção,
tenção foram abordados por Marcio Kir-
são seguidos.
chmeyer Vieira, gerente geral de contratos
Darlon Orlamünder, gerente de logísti-
de manutenção da Komatsu Forest. Con-
ca florestal de Monte Alegre da Klabin, dis-
forme o profissional, os acidentes reduzem
correu sobre a segurança nas operações
na mesma proporção da redução das ma-
próprias e terceirizadas. Para ele, é impor-
nutenções corretivas. “Quando as máqui-
tante trabalhar junto com os líderes dos
nas tem a manutenção correta, o risco de
segmentos. “Eles criam e mudam a cultura
um acidente é consideravelmente menor”,
de uma empresa por meio de seus funcio-
finalizou.
nários”, acredita. Ele também salientou que
O Encontro Brasileiro de Segurança
trabalhar com segurança é responsabili-
Florestal reuniu na capital paranaense, 243
dade de cada um, mas os líderes tem res-
profissionais, que buscaram mais informa-
ponsabilidade em dobro, já que precisam
ção em relação a aspectos de segurança.
cuidar de si mesmos e se certificar que os
A segunda edição do evento já está sendo
funcionários também estão trabalhando
programada e sua data será divulgada em
da forma correta.
breve.
Foto: Divulgação
51 B. FOREST
B. FOREST 52
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
Três Lagoas Florestal - ponto de
encontro do setor
A capital mundial da celulose recebeu, durante 01 a 04 de junho, a segunda edição da
Feira da Cadeia Produtiva da Indústria de Base Florestal Sustentável da região de Três Lagoas (MS).
Por: Amanda Scandelari
Foto: Amanda Scandelari / MF
SEGURANÇA
53 B. FOREST
B. FOREST 54
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
A
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
55 B. FOREST
cidade de Três Lagoas, no Mato
moderno no setor florestal. Márcia Moura
Penzsaur
é fabricada com aços e arames especiais.
Grosso do Sul foi o ponto de en-
relembrou a primeira edição da feira, reali-
Os autocarregáveis com tração são o
A solda é feita com equipamentos contro-
contro do setor florestal no início
zada em 2012, e destacou a transformação
grande lançamento deste ano. Durante a
lados via computador, então proporciona
de junho. A segunda edição da Feira Três
que a cidade passou nesse tempo, além de
Feira Três Lagoas Florestal ficou em des-
melhor estabilidade e controle de solda.
Lagoas Florestal, reuniu 110 empresas e, de
ressaltar que esta segunda edição também
taque a Metric Crane, uma grua específica
Depois desse processo, a matéria-prima
acordo com a organização do evento, re-
aconteceu em um período de suma impor-
para trabalhar com madeira de metro, para
passa por fornos de alívio de tensão, nos
cebeu mais de 13 mil pessoas nos 3 dias do
tância: o centenário do município.
queima e para os segmentos industriais que
quais o material é aquecido e resfriado len-
utilizam caldeiras.
tamente. Dessa forma, o equipamento fica
evento. Além disso, ainda segundo a orga-
A Malinovski Florestal esteve presente
nização, o volume de negócios superou os
em Três Lagoas, divulgando suas áreas de
Como lançamento também grua 778W
mais resistente, sem trincas ou quebra”,
R$ 60 milhões. A abertura ocorreu no dia
atuação: eventos, treinamentos, consulto-
da Penzsaur, que pode ser adaptada a um
afirma Rodrigo Gonzatto Rubin, represen-
primeiro com um coquetel e homenagens
ria e comunicação & marketing. A B.Forest
trator ou usada de forma estacionária. “Ela
tante da Pezsaur.
à personalidades da cidade. Durante a ceri-
também esteve lá e fez a cobertura da fei-
mônia, o diretor executivo do Painel Flores-
ra, que teve uma variedade de produtos e
tal, Robson Trevisan, destacou que a indús-
marcas em exposição. Lançamentos, mar-
tria de base florestal tem feito a diferença
cas de renome nacional e internacional,
na vida de muitas pessoas, em Três Lagoas.
grandes máquinas estáticas e em operação,
A prefeita da cidade, Márcia Moura, fri-
combate à pragas e incêndios e soluções
sou que o objetivo do evento foi a interação
tecnológicas e de iluminação foram os
dos participantes com o que há de mais
destaques as segunda edição da feira.
Foto: Amanda Scandelari / MF
Foto: Amanda Scandelari / MF
B. FOREST 56
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
57 B. FOREST
Komatsu
acordo com Martini, os tratores de estei-
John Deere
Seguindo a tendência de mercado, da
ra foram desenvolvidos para outro tipo de
A John Deere lançou dois equipamen-
de nossos clientes testamos as máquinas
mecanização da silvicultura, a Komatsu
trabalho, mas a realidade florestal requer
tos das novas Séries L e M: o Feller Buncher
por mais de 11 mil horas. O resultado é
Forest lançou em Três Lagoas, o trator de
algumas modificações. “Estamos traba-
de esteira 903M e o Skidder 948L. O equi-
uma nova frota de máquinas que redefi-
esteira de 32 toneladas, o D85EX, equipa-
lhando agora para fazer as modificações
pamento da Série M tem como novidades
nem os significados de disponibilidade,
mento destinado à reforma de áreas de
necessárias para que essa máquina tenha a
o aumento de 30% na faixa de corte, cabi-
produtividade e baixos custos operacio-
plantio. Edson Martini, diretor da Komatsu
performance necessária para se tornar viá-
ne ergonômica e economia de combustí-
nais diários”, salientou Rodrigo Junqueira,
Forest, salientou que a tecnologia de ali-
vel na área florestal. Isso proporcionará um
vel. Já o Skidder 948L tem como destaque
gerente de vendas da John Deere Flores-
nhamento de plantio foi mudando com o
salto tecnológico na silvicultura, não só em
o motor mais potente em relação aos mo-
tal. De acordo com ele, o lançamento das
tempo. “Para as atividades que tem o toco
equipamentos de preparo, mas também
delos anteriores, maior conforto na cabi-
Séries L e M marcaram a celebração dos
presente, no preparo do solo, é necessá-
referente a operação. Nos próximos anos,
ne com assento giratório e controles por
50 anos de fabricação de Skidders pela
rio o uso de equipamentos adequados. A
vamos passar por uma mudança nesse
joystick e garra em tamanho maior.
empresa.
Komatsu está trabalhando para adequá-los
mercado para tentar transformar as tecno-
para esse tipo de atividade”, afirmou. De
logias disponíveis”, constatou.
Foto: Amanda Scandelari / MF
“Depois de unir as valiosas informações
Foto: Amanda Scandelari / MF
B. FOREST 58
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
59 B. FOREST
TMO
Caterpillar
As novidades da TMO são voltadas para o corte de eucalipto, a grua 770 e a mesa tra-
Em seu estande, a Caterpillar expôs diversas máquinas, incluindo lançamentos, como
çadora. De acordo com a empresa, mesas traçadoras muito já são usadas em escavadei-
a escavadeira hidráulica 318D2 L e a escavadeira florestal de nova série: 320D2 FM.
ras de grande e médio porte, mas o diferencial do lançamento da TMO é a possibilidade
A 318D2 L é uma atualização da conhecida escavadeira hidráulica 315DL, um equipa-
de adaptação ao pequeno e médio produtor. Outra novidade é destinada ao segmento
mento utilitário, dedicado ao carregamento de menores volumes, áreas estreitas, logísti-
de lenha de metro, um autocarregável destinado ao produtor que processa a madeira em
ca complexa e alimentação de picadores.
campo e precisa fazer o transporte.
Já a escavadeira florestal 320D2 FM é uma evolução do modelo 320D FM, com motor
A TMO participou da Três Lagoas Florestal em uma parceria com a Shark.
Foto: Amanda Scandelari / MF
mais potente, maior torque de giro e redução no consumo de combustível.
Foto: Amanda Scandelari / MF
B. FOREST 60
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
SEGURANÇA
Minusa
61 B. FOREST
anos
Além do cabeçote Logset destinado ao processamento de eucalipto, a Minusa lançou,
na feira Três Lagoas Florestal, o Raptor, um fueiro com painel e barrote. De acordo com
o coordenador comercial da Minusa, Giuseppe Rosa, o Raptor é produzido em aço com
resistência mecânica, adequado às normas ISO 9001-2008 em todos os processos de
fabricação, atende a norma internacional de segurança EM 12642 X e, por ser mais leve,
Sua MÁQUINA
economiza combustível e pneus.
NÃO PARA!
Foto: Amanda Scandelari / MF
pa–se de maneira
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B. FOREST 62
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
NOTAS
J de Souza
Os lançamentos da J de Souza foram o Carregador Frontal CFRJ com capacidade de
12 toneladas e a garra traçadora TJPG com estrutura robusta, compacta, com sistema
hidráulico de fácil entendimento. Essa garra pode ser acoplada a uma escavadeira de 25
toneladas. O equipamento é apresentado em 12 versões, nas quais variam o tamanho da
garra, comprimento de sabre, tamanho do motor, entre outros componentes, dependendo da aplicação.
Foto: Amanda Scandelari / MF
63 B. FOREST
B. FOREST 64
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
65 B. FOREST
Ponsse
Timber Forest e Palfinger
O Scorpion continua sendo o destaque da Ponsse, mas a grande novidade é sua che-
A parceria entre a Timber Forest e a Palfinger não é de hoje. As empresas já desen-
gada ao Brasil. Segundo Camila Takikawa, analista de marketing da empresa, o Harves-
volveram alguns produtos para atender alguns nichos de mercado diferentes. Durante a
ter desembarcará no Brasil no final de junho. No Scorpion o foco é o operador. A nova
Três Lagoas Florestal, as empresas montaram um estande em conjunto e colocaram em
solução de grua oferece visibilidade em todas as direções, permitindo trabalho suave e
exposição uma gama de máquinas e equipamentos. A Timber Forest mostrou a grua pa-
flexível em qualquer condição. A visibilidade adequada nos dois lados da cabine permite
ralela instalada em máquina de esteira modelo Z, um carregador para instalação traseira
operação eficiente e ilimitada. A estabilidade do modelo é proveniente de suas oito rodas
que não se posiciona sobre a carga, o que facilita o descarregamento dentro da fábrica.
e do sistema de estabilização ativa. Esse sistema é baseado na detecção da direção e
Outra solução apresentada foi o trator agrícola com grua e cabeçote LogMax 4000.
posição da grua e pressionamento do chassi traseiro na direção de trabalho.
Equipamento indicado para colheita de madeira para energia e operações de primeiro
desbaste.
Já a Palfinger apresentou um guindaste C80Z73, que pode ser acoplado na traseira do
caminhão e uma Julieta. Um guindaste para um volume baixo de madeira, mas com um
bom alcance de capacidade de carga. Também o guindaste M70R59 para movimentar o
cabeçote LogMax 4000, que está instalado no trator A67350, com reversão automática
para atender o produtor que está na transição do corte manual para o mecanizado.
Foto: Divulgação / Ponsse
B. FOREST 66
AGENDA
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
67 B. FOREST
Denis Cimaf
A Denis Cimaf levou para Três Lagoas o equipamento DAH150E, uma escavadeira
destinada a fazer supressão vegetal em geral, rebroto de eucalipto e rebaixo de tocos
para o replantio. Esse equipamento é feito com bomba hidráulica que trabalha com sistema de facas em V, as quais direcionam toda a parte de vegetação para o centro, não
para as laterais. Tem motor hidráulico de pistão axial de deslocamento variável, facas de
aço forjado temperado que podem ser afiadas ser serem desacopladas e rotor acionado
por correia dentada industrial, que impede deslizamento.
Foto: Amanda Scandelari / MF
B. FOREST 68
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
69 B. FOREST
Rotobec
HFort
A garra traçadora com conjunto traçador e rotator Heavy-Duty, fabricados no Brasil
A HFort apresentou um autocarregável com carreta coberta. A empresa pretende,
em parceria com a MSU, foi o lançamento da Rotobec. A garra traçadora tem como op-
com esse lançamento, atingir mais mercados, não só o florestal. A carreta aberta é utili-
ções motores de serra com 60 ou 80, sempre com serra ¾ 11H e sabres de tamanhos
zada para o transporte de madeira em toras, mas com ela fechada as opções aumentam
variados. Os tamanhos de garras oferecidos são 0.64, 0.80 e 1.00 m², na versão para
e permitem o carregamento de outros produtos como animais, sacos, sementes, o que
serviços pesados da garra para feixes. Mas a principal novidade da empresa, segundo o
o produtor precisar. Dessa forma, a HFort criou também uma garra que permite o trans-
gerente de vendas, Fernando Strobel, são os novos prazos de garantia. “A partir do início
porte de diversos materiais. A carreta tem capacidade de carga de 10 toneladas.
de junho, a Rotobec está oferendo garantia de 18 meses ou 3.000 horas.”
Foto: Amanda Scandelari / MF
Foto: Amanda Scandelari / MF
B. FOREST 70
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
71 B. FOREST
K2on
Bruno
A K2on expôs, em Três Lagoas, toda a sua gama de produtos. Com destaque para o
A Bruno Industrial apresentou o picador Forest King. De acordo com Anderson Kaiser,
farol de 40 watts com 3500 lumens e, em média, 50 mil horas de vida útil. A empresa é
diretor comercial da empresa, o picador produz cerca de 100 toneladas por hora e é au-
especializada em soluções de iluminação de acordo com a necessidade do cliente.
topropelido. “Somos especializados em mudança de granulometria, desde microchips,
que estão tendo grande procura para substituir o bagaço nas usinas de cana-de-açúcar,
Noma
A Noma apresentou ao mercado sua nova linha cavaqueira, com soluções de transporte de biomassa. De acordo com Rodrigo Fernandes, gerente de marketing da Noma,
a nova linha também atenderá os setores de carvão vegetal, carvão coque e outros. O
implemento está disponível nas configuração semirreboque 3 eixos juntos e espaçados
e também cavacos especiais para a queima em caldeiras convencionais, para fazer carvão”, afirmou. Anderson também destacou que a máquina é fabricada no Brasil, o que
reduz os prazos de entrega e possibilitam, que em algum casos, o cliente tenha o picador
de imediato.
1+1+1 (Vanderléia), e ainda nas opções Rodotrem e Bitrens 7 e 9 Eixos. Como diferencial
é possível escolher entre a carreta de piso fixo ou móvel. A empresa apresentou também
o Tritrem Florestal 7500. Um implemento com tara reduzida.
Fezer
A Fezer lançou o Rodochipper 10100, um equipamento com rotor com 1000 mm de
diâmetro para madeira dura. Gustavo Renê Mostiack, diretor da empresa, explicou que
Foto: Amanda Scandelari / MF
um diferencial desse equipamento, que tem capacidade produtiva de 50 toneladas por
hora, é o chassi rodoviário. “Por já estar preparado, a mudança de ambiente do picador é
B. FOREST 72
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
73 B. FOREST
rápida, o que interfere é apenas o tempo de deslocamento.” Outro ponto que ele salien-
de corte de alta velocidade e uma embreagem a disco. O sistema de alimentação tem
tou, foi a hélice reversível presente no radiador para fazer a limpeza do mesmo.
mesa de 3 m de comprimento. O Triturador horizontal autopropelido HG6000TX é um
“O problema de queda de cavaco também foi solucionado nessa máquina. Com um
equipamento móvel para as operações de reciclagem de resíduos de madeiras. Diferente
estudo da equipe de engenharia e conversas com clientes, conseguimos desenvolver a
dos modelos rebocáveis, que necessitam de equipamentos auxiliares como tratores, o
saída e a coleta do cavaco de forma diferente para que nada se perca”, destacou.
HG6000TX permite ao operador autonomia de movimentação ao redor do campo de
trabalho.
O BC1000XL possui tanque de combustível com capacidade para 94,6 litros. O sistema de controle SmartFeed® monitora o desempenho do motor e reverte automaticamente o rolo de alimentação quando necessário. Com boca de alimentação de 30 cm
de altura, o equipamento é capaz de picar galhos retorcidos e copas de árvores inteiras,
sem a necessidade de cortá-las previamente.
A minivaletadeira RTX250 é um equipamento compacto, com esteiras, e direcionado
para a construção de infraestrutura em obras de irrigação. A máquina é indicada para
substituir as retroescavadeiras, adotadas para esse tipo de serviço no Brasil.
Foto: Amanda Scandelari / MF
Vermeer
A Vermeer Brasil levou para a feira Três Lagoas Florestal suas principais soluções que
atendem os segmentos: florestal, manejo de árvore e de reciclagem de resíduos de madeira, o que inclui o Picador florestal WC2300, Triturador horizontal HG6000TX, Picador
de galhos BC1000XL, além da Minivaletadeira RTX250.
O WC2300 processa materiais de até 58 cm de diâmetro por intermédio de um rotor
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TRÊS LAGOAS FLORESTAL
CBI
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
75 B. FOREST
ting da Mirex.
A maior novidade da CBI já foi anunciada em abril, a venda da empresa para a Terex
Outra novidade que a empresa lançou foi o Attaquímetro, uma régua dosadora que
Corporation dos Estados Unidos. Björn Rasmusson, diretor geral da CBI do Brasil, acre-
envolve a dosificação para formigueiros que não são visíveis, formigueiros grandes sub-
dita que essa venda será muito produtiva para o mercado brasileiro. “A negociação será
terrâneos. Essa régua determina, por meio do tamanho do carreiro, a quantidade de isca
benéfica e irá fortalecer a empresa aqui no Brasil. Atualmente, não conseguimos colo-
que deve ser jogada para esse formigueiro em específico.
car nossas máquinas à disposição do mercado com rapidez. O cliente precisava fazer o
pedido e esperar até cinco meses para receber a máquina. Isso não funciona no Brasil,
Dinagro
a maioria do mercado quer a máquina à pronta entrega. Agora nós teremos a opção de
Além de estreitar relacionamentos e encontrar os clientes, a Dinagro lançou um apli-
fazer essa entrega imediata”, declarou.
cativo para smartphone. “Ele faz o monitoramento e acompanhamento de formigas.
Também tem uma função que identifica espécies de formigas. Para isto, basta tirar uma
Hidramav
foto que o programa faz a identificação”, destacou Mauricio Romano, diretor comercial
A Hidramav é especializada em mangueiras hidráulicas, montadas com componentes
da empresa. Por enquanto, o aplicativo está disponível apenas para o sistema Android.
produzidos com tecnologia da marca italiana Intertraco, e vedações hidráulicas e pneumáticas. Em Três Lagoas, a empresa expôs as mangueiras 4ST com espirais para baixa,
média, alta e super alta pressão obedecendo as normas internacionais SAE e DIN. Além
das capas e os terminais hidráulicos prensáveis para as mangueiras hidráulicas.
Entre as empresas que tem como área de atuação o combate às pragas, algumas
novidades interessantes foram apresentadas ao mercado. Produtos, dosadores e até programas e aplicativos para melhorar a produtividade foram destacados.
Mirex
Focado no plantio de eucalipto, a Mariex-S apresentou um programa que capitaliza os
recursos que podem ser envolvidos no sucesso do manejo da iscas formicidas. “O Result
é um programa que busca gerenciar os resultados principais e objetivos que cada cliente
tem. Ele trabalha de forma customizada nos programas e serviços para que se capitalizem os melhores resultados e a melhor eficiência que se pode ter dentro das exigências
e necessidades de cada cliente”, explicou Augusto Tarozzo, gerente comercial e marke-
Foto: Divulgação
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TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
77 B. FOREST
Syngenta
Canato, gerente de marketing florestas FMC, que explicou os benefícios das tecnologias:
A empresa, que já trabalha no mercado agrícola, teve como objetivo o lançamento
“A Linha Floresta FMC é composta por soluções utilizadas durante o manejo da cultura.
de produtos voltados para o segmento florestal, como o Touchdown. Um herbicida vol-
Destacamos o herbicida Solara 500 (pré-emergente, pré-plantio de amplo espectro que
tado para as florestas de eucalipto, controlando plantas daninhas, tanto anuais quanto
promove excelente residual); complementando a linha de herbicidas temos o Savana
perenes. A fórmula é à base de sal de glifosato potássico. Outro produto apresentado
(aplicado em pré-plantio, para controle de folhas estreitas e folhas largas), para desse-
pela empresa é o Priori Xtra, fungicida composto por azoxistrobina e ciproconazol. Azo-
cação temos Spotlight (aplicado em pós-emergência das invasoras) auxiliando o Preciso
xistrobina é um componente que inibe o transporte de elétrons na respiração do fungo.
(glifosato WG) no controle de folhas largas, potencializando a dessecação. O inseticida
Ele afeta o processo de geração de energia nas mitocôndrias, resultando na morte das
Warrant 700 WG (para imersão de mudas) indicado para controle de pragas e o insetici-
células. Já o ciproconazol inibe a biossíntese do ergosterol, lipídio da membrana plasmá-
da biológico Dipel que controla lagartas, principalmente a Lagarta parda do eucalipto”,
tica do fungo, que exerce importante papel na integridade e manutenção da função da
revelou.
membrana celular dos fungos.
Unibrás – Atta Mex-s
Basf
Em junho a Unibrás completou 43 anos e, de acordo com Felipe Alves, do departa-
A Basf apresentou o Comet, um fungicida para eucalipto que atua como inibidor do
mento de marketing da empresa, objetivo em Três Lagoas foi fazer o contato direto com
transporte de elétrons nas mitocôndrias das células dos fungos, inibindo a formação de
as indústrias, tanto os produtores pequenos quanto grandes. “Às vezes o pequeno pro-
ATP, essencial para a sobrevivência do fungo. O produto atua também na inibição da
dutor precisa de pouca quantidade e nós conseguimos oferecer isso por vender direto
germinação dos esporos, no desenvolvimento e penetração dos tubos germinativos. De
da fábrica”, explicou Felipe.
acordo com a empresa, o Comet proporciona maior atividade metabólica da planta, potencializando a enzima nitrato redutase e reduzindo a queda prematura das folhas.
Apoiotec
Outro produto apresentado foi o Valeos, um herbicida que atua no controle das prin-
A empresa levou para a feira soluções completas para manejo de ervas daninhas,
cipais plantas daninhas das folhas largas. Segundo a Basf, o produto inibe a produção de
com herbicidas, tecnologias de aplicação, peças e acessórios, consultoria e treinamento
PPO, um componente fundamental para a síntese da clorofila, o que destrói as membra-
de equipe. “Nossa novidade foi o pulverizador com barra pendular, para fazer aplicação
nas celulares da planta daninha e ocasiona sua morte.
em área total”, destacou Rudolf Woch, diretor da Apoiotec. Esse produto tem sistema de
estabilidade de altura da pulverização, reservatório de 600L, faixa de aplicação de 9 a 12
FMC
metros, regulagem de altura e levante das barras manual ou hidráulico com acionamento
A FMC, mostrou na feira um novo manejo para implantação e manutenção em flo-
elétrico, bomba acoplada na TDP ou motor hidráulico, com opção de injetor proporcio-
resta, com os herbicidas e inseticidas. “Estamos mostrando um manejo, que chamamos
de floresta no limpo, com herbicida solar associado a outros produtos”, contou Gustavo
nal na linha de aplicação.
Além do pulverizador, a empresa também apresentou o misturador e incorporador de
B. FOREST 78
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
79 B. FOREST
defensivo. Rudolf explica que no geral as pessoas quando vão para o campo fazer aplica-
rápido, que permite o autoabastecimento do tanque com a mesma bomba que você faz
ção ficam preocupadas se o bico está na vasão certa, se o espaçamento e a velocidade
a descarga de água no fogo. Ele é equipado com mangueira de 7 m e pode ser instala-
estão adequados, mas na hora de preparar a mistura não se preocupam com o produto
dos em qualquer tipo de picape, pois tem duas versões, uma de 400 e outra de 600L. É
que resta no tanque. “Pensando nisso, desenvolvemos um misturador com fluxômetro
um kit para a chegada rápida e o primeiro combate, kit pronta resposta”, contou Cândido
de carga digital com precisão na concentração de calda e um incorporador com capacidade de 20 litros, o que auxilia a preparar uma calda homogênea”, salienta.
Simões, engenheiro florestal e gerente da divisão de proteção contra incêndios da Guarany.
Foto: Amanda Scandelari / MF
Guarany
Foto: Amanda Scandelari / MF
A pulverização florestal e o combate a incêndios foram os destaques da Guarany. O
pulverizador costal com capacidade de 12 litros tem filtragem progressiva, filtros de metal
Argus
e cobre, mangueira com trama de ar reforçada, correias com material reforçado e almo-
A Argus está entrando no mercado florestal com o equipamento de proteção para os
fadado para proporcionar maior ergonomia e descarga com válvula de cobre.
veículos off road. De acordo com José Assunção, presidente da empresa, grande parte
O outro equipamento é um kit para combate a incêndios. “Estamos expondo um kit
dos incêndios em florestas acontece por causa das ignições das máquinas. “A partir desta
com tanque rígido, que já vem acoplado um carretel. Esse conjunto tem um abastecedor
informação fizemos um kit com acionamento automático que é instalado nas máquinas.
B. FOREST 80
TRÊS LAGOAS FLORESTAL
Ele é composto por um sistema de detecção e supressão automático, concebido para
reconhecer e extinguir o incêndio no início, antes que o mesmo atinja maiores propor-
NOTAS
SUA MELHOR OPÇÃO EM MÁQUINA
PARA CARREGAMENTO
81 B. FOREST
ções.” Assunção explica que quando o sistema percebe que a temperatura está elevada,
o painel de controle recebe essa informação e dispara automaticamente o extintor para
que haja a extinção do fogo. O kit é certificado, desenvolvido e concebido a partir das
normas internacionais, a NFPA 17.
Completando o ciclo da cadeia produtiva da madeira, empresas de serraria também
marcaram presença, na capital mundial da celulose. Entre elas, a Mill Indústrias e a Wood-Mizer
Mill Indústrias
A Mill Indústrias teve como objetivo principal mostrar para o produtor as vantagens da
verticalização da linha florestal. De acordo com Bem Hur José Taborda, representante
comercial da Mill, industrializar a matéria-prima melhora os resultados da floresta. “Indicamos que o produtor monte uma fábrica e produza biomassa e madeira serrada.” Ele
explicou que a Mill Indústrias oferece serviços personalizados, isso porque cada cliente
tem uma necessidade. “Temos que conversar e ver as especificações do trabalho para,
então, sugerirmos a melhor solução”, esclareceu.
Wood-Mizer
A Wood-Mizer é uma empresa que comercializa serrarias móveis e estacionárias, afiadores, lâminas e similares do pequeno ao grande produtor. A sua especialidade é planejar
a serraria de acordo com a necessidade do cliente. Durante a Três Lagoas Florestal, ela
mostrou para os visitantes as opções para industrializar o processo.
A organização do evento confirmou a próxima edição da Feira da Cadeia Produtiva da
Indústria de Base Florestal Sustentável da Região de Três Lagoas (MS), ela acontecerá em
2017 com uma novidade, a horário da feira. Em 2015, a feira começava às 14h e terminava
às 22h, mas na próxima começará às 9h e terminará às 18h.
PC200-8 LC
LOG LOADER
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A Komatsu PC200-8 LC , versão Log loader alia agilidade e potência. Projetada
para a máxima produtividade e baixo consumo no carregamento de toras ou
alimentação de picadores. Possui motor eletrônico (ecot3) com potência bruta de
155 hp @ 2000 rpm. Equipada com kit florestal com proteção de cabine e motor,
passadiço para manutenção , elevação de cabine, lança reta , grade de proteção
frontal, garra reforçada Komatsu de 0,60 a 1,0m² ,protetor de roletes e faróis
LED. Esta é a sua máquina !
B. FOREST 82
NOTAS
LIGNA
NOTAS
83 B. FOREST
A Imponência Alemã
Qualquer profissional florestal, acostumado a visitar grande feiras do setor, no Brasil ou
em outros países, se surpreende com a magnitude da Ligna, feira realizada em Hannover
(Alemanha) a cada dois anos. Na edição 2015, realizada entre os dias 11 e 15 de maio, a
equipe da Revista B.Forest acompanhou as novidades apresentadas para o setor florestal.
Por: Giovana Massetto
Foto: Divulgação / Ligna
B. FOREST 84
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M
LIGNA
85 B. FOREST
ais de 96.000 visitantes caminharam pelos 11 pavilhões da Ligna e tiveram
O ForestSight™, sistema de monitoramento remoto de máquinas foi o grande desta-
acesso às soluções, tecnologias e inovações apresentadas por 1.567 expo-
que da John Deere. O software, foi desenvolvido para produtores que desejam manter
sitores, em aproximadamente 120 mil metros quadrados. No centro nervoso
as máquinas operando por mais tempo e com maior produtividade. O sistema, ainda não
do complexo da Deutsche Messe, as tecnologias disponíveis para as operações flores-
disponível ao mercado brasileiro, é composto por um pacote formado por: JDLink (dá
tais abrilhantavam o evento. Nesta área, estavam disponíveis os lançamentos da Ponsse,
acesso remoto a localização e utilização da frota gerando dados de diagnóstico), Machi-
John Deere, Palfinger, Stihl, Doppstadt, Sennebogen, CBI, Serra, Combilift, entre outras.
ne Health Prognostics (realiza a inspeção da máquina e análise de dados fluido) e Remote
Diagnostics and Programming (com apoio do dealer, o sistema ajuda a reduzir o tempo
de inatividade, lendo códigos de diagnóstico à distância, bem como gravando o desempenho da máquina). Também estavam em exposição HV 1270 E.
A Ponsse apresentou o lançamento, que está chegando ao mercado florestal brasileiro, o Havester Scorpion. A nova máquina tem foco o operador. Este diferencial permite
mais eficiência e produtividade nas operações de colheita graças a maior visibilidade,
estabilidade e posicionamento da cabine. O posicionamento da grua também permite
um trabalho mais preciso e seguro.
O diretor de marketing da Ponsse Latin America, Fernando Campos com o Harvester Scorpion
Foto: Divulgação
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87 B. FOREST
A apresentação das máquinas das duas empresas confirma a tendência dos Harves-
Quem visitou a área externa também teve acesso as serrarias móveis e processadoras
ters de oito rodas, que ajudam a minimizar os impactos causados no solo, graças a dis-
de lenha, amplamente utilizadas na Europa, que aos poucos chegam no Brasil com as
tribuição do peso da máquina em uma maior superfície. Esta característica gera menor
tecnologias apresentadas pela Serra, Wood-Mizer, Tajfun.
desgaste nas trilhas, erosão e compactação do solo.
A empresa irlandesa Combilift, chamou atenção com exposição do Combilift-SC, um
movimentador de cargas. A solução desenvolvida inicialmente para manuseio de containers mostrou que também pode ser utilizada pela indústria madeireira, habitação modular e construção. O modelo tem capacidade de carga superior a 50 toneladas.
Foto: Divulgação
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Competições
A Sithl animou a área externa dos pavilhões com as clássicas disputas da Stihl Timbersports, onde competidores corriam contra o relógio para desempenhar atividades
como serrar toras sozinhos ou em dupla e até mesmo talhar toras utilizando os clássicos
machados.
Foto: Divulgação
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NOTAS
89 B. FOREST
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LIGNA
91 B. FOREST
Aconteceu também a 11th Lower Saxony Crane Driving Championships, uma com-
Pela primeira vez na Ligna, o Wood Industry Summit, proporcionou o diálogo e a
petição que envolve a operação de Harvesters e Forwarders por homens e mulheres. O
apresentação dos mercados emergentes para os fornecedores de tecnologias flores-
objetivo principal é simples: movimentar e empilhar toras no menor tempo possível.
tais e de transformação primária da madeira. Sua realização teve o suporte direto da
KWF (German Forestry Council), Conselho alemão que reuniu delegações da Ucrânia,
Rússia, China e Brasil. Os grupos encontraram no evento uma oportunidade para trocar
informações sobre o mercado e prospectar negócios. “Nesta edição da Ligna, com o
suporte da Wood Industry Summit, conseguimos mostrar a importância do setor florestal como primeiro processo madeireiro”, afirmou a Professora Doutora, Ute Seeling,
diretora da KWF.
A KWF, apresentou tembém em seu estande, localizado na área florestal da feira, os
seus programas de treinamentos, as últimas tecnologias florestais e divulgou a próxima
edição da KWF-Tagung, que será realizada entre os dias 09 e 12 de junho de 2016, na
Bavária.
Foto: Divulgação
A comitiva brasileira foi a segunda maior da Wood Industry Summit
Foto: Divulgação
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93 B. FOREST
Curiosidade
O ponto alto para os visitantes da Ligna, que buscavam por tecnologia para beneficiamento da madeira, foi encontrado no estande da Homag. Quem passou por lá, se deparou um o Titan, um robô que apresentava o conceito integrado de produção de móveis,
uma tendência para o mercado.
Ligna 2017
Quem desejar visitar a próxima edição da Ligna, já pode se programar. Ela acontecerá
de 22 a 26 de maio de 2017, em Hannover.
Foto: Divulgação
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NOTAS
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MERCADO
NOTAS
95 B. FOREST
Análise Mercadológica
A partir de uma demanda dos nossos leitores sobre informações do mercado de madeira no Brasil, a Revista B.Forest buscou uma parceria com a STCP, para trazer, mensamente,
informações atualizadas sobre o cenário macroeconômico e sua influência no setor florestal. Confira!
Por: STCP
Foto: Divulgação
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MERCADO
MERCADO
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Indicadores Macroeconômicos
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Perspectivas Econômicas: A perspectiva para a economia brasileira em 2015 indica
Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
retração do PIB em cerca de -1,35%, enquanto a taxa de crescimento média global
Tora de eucalipto:
esperada é de +3,5%, conforme estimado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
Analistas do mercado prevêem, para o final de 2015, a taxa de juros (Selic) próxima de
14,0%, a taxa de câmbio ao redor de BRL 3,20/USD e a inflação entre 8,5-9,0% ao ano.
• Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu
+0,74% em maio, o que acumulou +5,34% nos cinco primeiros meses do ano e +8,47%
em 12 meses. Acima do limite superior de 6,5% fixado como meta de inflação pelo BCB
(Banco Central do Brasil). A taxa observada em maio é a maior taxa para o mês desde
2008. A estimativa de instituições financeiras para a inflação de 2015 subiu de 8,46%
para 8,79%, a qual, se confirmada, atingirá o maior patamar desde 2003 (9,3%). No entanto, a expectativa oficial do governo para a inflação deste ano está em 8,26%. A alta
do dólar e dos preços administrados (como telefone, água, energia elétrica, combustíveis e ônibus, etc.), além dos alimentos, tem impulsionado os preços em 2015. Adicio-
Tora de Pinus:
nalmente a inflação de serviços, elevada pelos ganhos reais de salários, continua alta.
• Taxa de Juros: Em meados de junho/2015, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) aumentou pela sexta vez consecutiva a taxa básica de juros (Selic). Mais uma vez, o aumento foi de 0,5 ponto percentual, totalizando 13,75% ao ano, a
taxa mais alta desde dezembro de 2008. Um novo aumento é esperado em 2015, dada
a estratégia de política monetária adotada pelo Banco Central para controle inflacionário.
• Taxa de Câmbio: A taxa de câmbio fechou em BRL 3,01/USD, em abril, e BRL
3,18/USD, em maio. Desde janeiro de 2015, quando a taxa iniciou o ano com BRL 2,69/
USD, o aumento acumulado até maio foi de 18%. Esse comportamento reflete a escalada da taxa e a desvalorização da moeda brasileira desde o ano passado, causada
entre outros pela crise econômica enfrentada pelo país. Em maio, a paridade cambial
foi afetada principalmente pela divulgação do relatório de balanço da Petrobras, o qual
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Lami-
apontou perda de BRL 6 bilhões em 2014, além de relato da melhoria da economia dos
nação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
EUA.
Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
B. FOREST 98
MERCADO
MERCADO
99 B. FOREST
Comentários - Tora de Eucalipto
Índice Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de eucalipto:
A variação dos preços médios da tora de eucalipto (Brasil) apresentou aumento nominal, nos últimos 12 meses, para todos os sortimentos. Porém, em termos reais, apenas os preços de toras para energia (biomassa) e laminação apresentaram crescimento
real. O aumento de preços da tora para energia está relacionado à competição pelo
uso por diferentes segmentos, em algumas regiões, embora se observe uma sobre
oferta deste tipo de madeira por conta da retração de mercado em regiões tradicionais
produtoras de madeira para energia. O aumento dos preço para toras de laminação é
devido à escassez deste sortimento no mercado, devido à área reduzida com plantios
com rotação mais longa e a retomada das exportações de lâminas e móveis.
As toras finas de eucalipto destinadas a processo/celulose mantiveram seus preços nominais estáveis, com tendência de leve queda nos preços reais. A produção de
celulose de fibra curta (proveniente de eucalipto) subiu 5,3% em março, em relação a
Tora de Pinus:
fevereiro, de acordo com o IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores). Em abril, houve queda
de 2,6% na produção total de celulose (inclui fibra curta, fibra longa e pasta de alto rendimento), totalizando 1,3 milhão ton. Em média, 85% da produção total correspondem
à celulose de fibra curta (cerca de 1,1 milhão ton). A redução na produção de celulose
afetou a demanda por tora de processo, o que, de certa forma, refletiu na oscilação de
preços observada no período.
Os preços médios nominais de toras para serraria também apresentaram tendência
de aumento, embora em termos reais observa-se tendência inversa. A demanda por
toras grossas, principalmente para diâmetro acima de 25 cm, está em alta. Devido à
escassez deste sortimento no mercado, observa-se pressão para aumento de preços,
embora muitas empresas não tenham conseguido efetuar o repasse dos custos de mão
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
de obra, combustível e energia elétrica. Adicionalmente, a desaceleração da construção civil no último ano e a redução do crédito tem tornado a situação mais restritiva.
B. FOREST 100 MERCADO
NOTAS 101 B. FOREST
Comentários - Tora de Pinus
Com relação à tora de pinus, observa-se aumento nos preços nominais para todas
as classes de sortimentos, nos últimos 12 meses. Por outro lado, em termos reais observa-se que não houve recuperação do índice de inflação no período para as toras de
celulose/processo. Os preços reais para este sortimento têm apresentado quedas gradativas. Essa tendência de queda nos preços deve-se principalmente à sobre oferta de
toras finas (8-15 cm) por parte de algumas empresas fornecedoras deste sortimento na
região Sul do país. Todavia, as empresas de painéis estão direcionando gradativamente
suas vendas para o mercado externo. Como parte da madeira de processo é utilizada
por este segmento, existe a perspectiva de leve aumento na demanda pelo mesmo,
com possível pressão sobre os preços.
Os valores médios de tora grossa de pinus (sortimentos de serraria, laminação e
laminação especial) apresentam tendência de alta nos preços nominais e também de
recuperação nos preços em termos reais. A demanda por maiores sortimentos segue
em alta, o que repercute nos preços do produto. Tal fato deve-se à oferta relativamente
reduzida desta matéria-prima no mercado nacional (principalmente sortimentos acima
de > 35 cm de diâmetro). Além disso, a valorização acentuada do Dólar Americano
no mercado brasileiro, nos últimos meses, tem favorecido a exportação de madeira
serrada e compensado. Isto tem refletido em aumento na procura por matéria-prima
(madeira em tora) para a produção de tais produtos destinados ao mercado externo
nos últimos meses.
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B. FOREST 102 NOTAS
NOTAS 103 B. FOREST
Komatsu S172 - operações de derrubada
exigentes
Projetado para árvores de grande diâ- é equipado com acoplamentos ORFS.
metro, o cabeçote Komatsu S172 realiza
Opções e recursos de personalização
desgalhamento com três facas contro-
abrangem desde medição, rolos de ali-
ladas hidraulicamente e uma quarta faca
mentação e unidades de serra, até mar-
móvel vertical. Ele contém o sistema o
cação colorida e tratamento de toco. O
Flex Friction Control (controle flexível de Komatsu S172 é projetado para o maior
Setor sem crise
De janeiro a abril deste ano, a receita de exportação do setor de árvores plantadas totalizou US$ 2,42 bilhões, registrando crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período
de 2014. Também nos quatro primeiros meses de 2015, o setor registrou saldo positivo de
US$ 2,03 bilhões, na balança comercial setorial, ou seja, um aumento de 14% em relação ao
primeiro quadrimestre de 2014. Os segmentos que se destacaram foram celulose, papel e
painéis de madeira.
Celulose – Entre janeiro e abril de 2015, a produção de celulose totalizou 5,42 milhões
de toneladas, alta de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume exportado registrou crescimento de 12,7% na comparação com 2014, totalizando 3,66 milhões
fricção), o que significa que a posição dos
Harvester da empresa, o Komatsu 951, e
galhos no caminho de alimentação é re-
é o cabeçote mais pesado que pode ser
Papel – Nos quatro meses de 2015, as exportações de papel atingiram 639 mil toneladas,
gulada por um sensor na faca vertical. O
entregue junto com uma grua de 10 me-
ante 642 mil toneladas no mesmo período do ano passado. A produção se manteve prati-
resultado é baixo atrito, sem sacrifício da
tros. O peso do cabeçote é de no mínimo
camente estável de janeiro a abril de 2015 e atingiu 3,4 milhões de toneladas.
qualidade do desgalhamento.
1.675 kg.
de toneladas.
Painéis de madeira – As exportações de painéis de madeira praticamente dobraram no
primeiro quadrimestre deste ano, totalizando 170 mil metros³, o que representa alta de
O sistema de alimentação é baseado em
97,7% na comparação com o acumulado desse período em 2014.
dois rolos potentes que podem lidar com
árvores realmente grandes. O cabeçote
fornece força de alimentação alta devido
Previsão antecipada
ao projeto especial do motor. Quando é
necessária grande força para alimentar a
árvore, o motor reduz a velocidade de for-
O Estado de Mato Grosso do Sul vai atingir à marca de um milhão de hectares plantados
ma a proporcionar mais torque. Da mes-
até o fim de 2017. É o que garantiu o presidente da Reflore – MS (Associação Sul-Mato-
ma forma, se menos potência é requerida
-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Moacir Reis. De acordo
com ele, essa meta estava prevista, inicialmente, para 2020. No entanto, a demanda por
para a alimentação, o motor acelera.
florestas plantadas aumentou e houve uma aceleração deste plantio devido ao anúncio
Para minimizar o tempo de inativida-
da duplicação da Eldorado Brasil e Fibria, cujos investimentos somam quase R$ 16 bilhões,
de, o S172 é equipado com roteamento de
além da construção de uma fábrica de MDF, no município de Água Clara e de uma terceira
mangueiras protegido. E para minimizar o
vazamento de óleo hidráulico o cabeçote
Foto: Divulgação / Komatsu
fábrica em Ribas do Rio Pardo. “Na pior das hipóteses, chegaremos a esta área em 2018,
mas, sem dúvida, antes de 2020”, acrescentou Reis.
B. FOREST 104 NOTAS
NOTAS 105 B. FOREST
Eldorado Brasil dá início a construção da
nova fábrica de celulose
Lei que agiliza vistoria de manejo
florestal é sancionada
A Eldorado Brasil lançou, no dia 15 de junho, a pedra fundamental da construção de
A Lei Complementar Nº 567, que agiliza as vistorias para a liberação do plano de
sua nova linha de produção de celulose em Três Lagoas (MS). A empresa terá a maior
manejo florestal para os empresários do setor madeireiro de Mato Grosso, foi publi-
linha de produção de celulose do mundo, com capacidade nominal para mais de dois
milhões de toneladas de celulose por ano. Com as duas linhas em operação, a Eldorado será capaz de fabricar até 4 milhões de toneladas de celulose por ano.
“Com o início das obras da nova linha, a Eldorado dá um passo fundamental para
cada no Diário Oficial. Com a publicação da nova lei, as vistorias prévias não serão
mais necessárias para a liberação do plano de manejo, o que irá acelerar ao processo.
A notícia da publicação foi anunciada na metade de junho em reunião realizada entre
ser uma das líderes do setor de celulose do mundo, com competitividade e sustenta-
representantes do setor madeireiro, o governador Pedro Taques e a secretária de Meio
bilidade em todas as etapas do processo”, afirma José Carlos Grubisich, presidente da
Ambiente, Ana Luiza Peterlini.
companhia.
A medida é uma resposta a um pedido feito pelo setor madeireiro ao governador
A construção da nova linha de produção exige um investimento industrial estimado
em R$ 8 bilhões, sendo 30% proveniente de capital próprio e 70% de linhas de crédito
de longo prazo compatíveis com a estrutura do projeto. O processo de estruturação
de capital já está bem avançado e tem previsão de conclusão ao longo do segundo
para que houvesse mais agilidade no processo de manejo florestal e o apoio do governo de Mato Grosso para o desenvolvimento da atividade de forma sustentável. Foram
liberados pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) 43 projetos de
manejo florestal este ano, mas, segundo o Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e
semestre de 2015.
Além da Eldorado, a Fibria também anunciou uma expansão em seus negócios e
no início de junto, os deputados federais pertencentes à Frente Parlamentar de Silvi-
Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), estão protocolados 586 projetos
na secretaria.
cultura, Newton Cardoso Junior, Carlos Marun e Mauro Pereira, anunciaram que uma
terceira fábrica de celulose se instalará no Mato Grosso do Sul. Nada está claramente
confirmado, mas, por enquanto, o município de Ribas do Rio Pardo é o mais cotado
para receber esta terceira fábrica.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
B. FOREST 106 FOTOS
NOTAS
VÍDEOS 107 B. FOREST
B. FOREST 108 VÍDEOS
B. FOREST 110 AGENDA
2015
JUL
06
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando: 06 a 09 de Julho de 2015
Onde: Kelowna (Canadá).
AGENDA
2015
OUT
06
Informações: www.forestandwater2015.com
2015
2015
AGO
20
AGOSTO
4° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Custos Florestais
Quando: 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
2015
SET
07
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde: Durban (África do Sul).
Informações: www.fao.org/forestry/wfc
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Linz (Áustria).
Informações: www.formec.org
2015
OUT
OUTUBRO
Austrofoma
06
OUT
22
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Hochficht (Áustria).
Informações: www.austrofoma.at
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.apreflorestas.com.br
OUTUBRO
5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais
Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
2015
NOV
NOVEMBRO
Expocorma 2015
06
2015
2015
111 B. FOREST
NOV
19
Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde: Concepción (Chile).
Informações: www.expocorma.cl
NOVEMBRO
3º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando: 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
B. FOREST 112 AGENDA

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