Utilização racional das florestas é uma realidade
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Utilização racional das florestas é uma realidade
0 6 2 0 0 5 9 7 7 2 1 7 8 2178 -0625 I S SN ISSN 2178 - 0625 Grips Editora • Ano 10 • Nº 92 • Maio/2014 • R$ 15,00 - www.agrimotor.com.br A Agrishow – uma feira política Os cinturões verdes que abastecem as cidades Utilização racional das florestas é uma realidade CAPA_OFICIAL_anun.indd 1 20/05/2014 02:05:01 MAKING MODERN LIVING POSSIBLE Peças originais da Danfoss Power Solutions As peças certas, nos lugares certos, nos momentos certos. As peças certas ganham. Na Danfoss Power Solutions, nós entendemos que é necessário uma maneira fácil de identificar e encomendar peças que serão entregues em tempo. Um sistema de pedidos simples economiza tempo e garante a qualidade e confiabilidade que são esperadas do líder em unidades de hidráulica móbil. Todos os parceiros autorizados da Danfoss possuem técnicos especializados preparados para identificar as peças necessárias e estoque pronta entrega de forma a aumentar a utilização do seu equipamento. 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A disponibilidade de peças prontas para uso reduz o prazo de entrega powersolutions.danfoss.com CAPA_OFICIAL_anun.indd 2 20/05/2014 02:05:02 ÍNDICE Foto: Conselho de Manejo Florestal Foto: Divulgação Agrishow Edição 92 – Ano 10 4 5 22 24 27 Editorial A força do agronegócio Florestas • Uso racional das florestas • Bons exemplos de manejo florestal • Desenvolvimento sem destruição Tecnologia Nova tecnologia para uso de tratores agrícolas Agricultura de precisão • Cresce demanda por mão de obra qualificada • Aplicação de fertilizante Clipping 28 30 33 34 Culturas Agro não é apenas grão Irrigação • Novas ferramentas de informação • Liberação de verbas para perímetros irrigados • BID aponta irrigação como determinante para produtividade Opinião O Ministro da Fazenda não compreende o setor sucroenergético Sustentabilidade Embalagens de defensivos para o destino correto 36 42 Eventos Tecnologia agrícola em ação 47 Visão Ano político e incertezas para a agricultura 48 49 50 Setor Sucroalcooleiro Índices gerenciais do setor de mecanização na cultura de grãos Estatísticas Business World Anunciantes Maio/2014 • Revista AgriMotor 3 EDITORIAL Coordenação Geral Henrique Isliker Pátria Diretora Executiva Maria da Glória Bernardo Isliker TI Vicente Bernardo Editor e Jornalista Responsável Henrique Isliker Pátria (MTb-SP 37.567) [email protected] Reportagens e Entrevistas Mário Rolim Cândido (MTb-SP 23.571) [email protected] Edição de Arte Ana Carolina Ermel de Araujo Publicidade Augusto Isliker - [email protected] Jorge Camargo - [email protected] Administrativo Maria Rosangela de Carvalho Colaboradores ¬OHFMP%PNJOHPT#BODIJt$MÈVEJP+PTÏEF4PVTB1FSFJSB +PTÏ"OOFT.BSJOIP +PTÏ3PCFSUP-PQFTt.BSDPT'BWB/FWFT 7BMUFS"QBSFDJEP'FSSFJSB Impressão e Acabamento Ipsis Gráfica e Editora REVISTA AGRIMOTOR É uma publicação de propriedade da (SJQT.BSLFUJOHF/FHØDJPT-UEB DPNSFHJTUSPOP*/1*TPCOo 826584527 Rua Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111 Pinheiros - São Paulo/SP - CEP: 05407-002 5FM'BY [email protected] www.agrimotor.com.br As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas desde que citada a fonte. (SJQT&EJUPSBt"OPt/t.BJPt3XXXBHSJNPUPSDPNCS A Agrishow – uma feira política Os cinturões verdes que abastecem as cidades Utilização racional das florestas é uma realidade Edição 92 - Ano 10 Maio 2014 Capa: Imagem: Conselho de Manejo Florestal Criação: Ana Carolina Ermel de Araujo Circulação: Mensal A FORÇA DO AGRONEGÓCIO E nquanto observamos a queda na balança comercial do comércio exterior de várias atividades como manufaturados (- 7,6%), semimanufaturados (- 9,5%), em relação ao período de janeiro a abril do ano passado, as exportações do agronegócio acumularam um superávit de US 24,14 bilhões no mesmo período. Conforme foi apregoado em várias ocasiões por líderes empresariais como o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, observamos que o Brasil, volta ao processo de reprimarização em suas atividades, melhor explicando, seremos um país cuja receita do comércio internacional vem prioritariamente da venda de produtos primários como minérios e produtos agrícolas a granel. A tão esperada exportação de produtos com maior valor agregado ou com um mínimo de tecnologia observada nos países desenvolvidos ainda é um sonho. O agronegócio continua fazendo a sua parte e segurando a balança comercial, além de manter status de negócio em prosperidade, pois como pudemos observar na recente Agrishow, o setor continua demonstrando uma vitalidade enorme e os sucessivos recordes de produção de vários produtos agrícolas anima aos produtores de implementos, tratores, máquinas e serviços para a continuidade deste crescimento da atividade. Segundo o presidente da feira, Maurílio Biagi, em seu discurso de encerramento do evento, os números preliminares indicam que certamente foram negociados em cinco dias mais de R$ 2,7 bilhões. Uma grande preocupação levantada no editorial do Estadão do dia 13 de maio último é quanto à excessiva dependência que os produtos agrícolas brasileiros têm da China, que é o nosso principal parceiro. A outra preocupação levantada é que, apesar da alta competitividade que demonstramos, precisamos urgentemente desenvolver técnicas para agregar ao produto nacional algo de tecnologia que resulta na venda de um produto semi-industrializado e de maior valor. Nessa edição você vai ler também uma matéria voltada para a Expoforest, que vai se realizar nos próximos dias e que é a única feira na América Latina em que o participante visita ao vivo uma floresta e encontra todos os produtos e serviços em operação em tempo real. Temos também uma ampla cobertura do sucesso da Agrishow 2014, além de uma matéria especial sobre os índices gerenciais de controle na cultura de grãos. Verão ainda artigos sobre irrigação, agricultura de precisão, estatísticas, além de todos os demais assuntos que movimentaram o setor. Tenham uma boa leitura! Henrique Isliker Pátria Editor Responsável FLORESTAS USO RACIONAL DAS FLORESTAS Vai começar o maior evento do setor florestal da América Latina. Nesta feira os participantes interagem com as operações na própria floresta. Marcus Frediani D cerca de 12 mil visitantes, com uma expectativa de geração de negócios na ordem de R$ 130 milhões. A semana se divide em eventos técnicos. Nos dias 19 e 20 em Campinas/SP, com um público estimado de 1.200 participantes, será realizado o 3º Encontro Brasileiro de Silvicultura, reunindo profissionais com o objetivo de conceituar e difundir técnicas ligadas à silvicultura. Além dos dois dias de palestras, 125 trabalhos científicos foram aprovados, trazendo à discussão o que há de mais atual em silvicultura de plantios florestais no Brasil. No mesmo período, em Campinas, acontece o XVII Seminário de Atualização sobre Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal, congregando profissionais com o objetivo de conceituar e difundir técnicas ligadas às operações de colheita de madeira e transporte florestal. No total, 42 trabalhos foram aprovados pela comissão organizadora. Já dos dias 21 a 23, em Mogi Guaçu/SP, será promovida a 3ª Expoforest – Feira Florestal Brasileira. Em uma área de 130 hectares de floresta plantada, os participantes seguem por uma trilha de quatro Fotos: Divulgação e www.freeimages.com e 19 a 23 de maio, os mais importantes profissionais e empresas do setor de florestas plantadas estarão reunidos para a III Semana Florestal Brasileira, que compreende eventos técnicos e a feira dinâmica florestal, a Expoforest. A Feira Florestal Brasileira, organizada pela Malinovski Florestal, acontece em uma área de plantio florestal, com diversas demonstrações dinâmicas das mais modernas máquinas e equipamentos utilizados para produção e colheita sustentável de florestas plantadas. São esperados Maio/2014 • Revista AgriMotor especial.indd 5 5 16/05/2014 01:47:10 FLORESTAS quilômetros nos quais podem observar, na prática e in loco, diversas etapas de um manejo florestal realizado com tecnologia de ponta. PRESENÇAS INTERNACIONAIS A sua importância internacional já está prevista graças à confirmação de diversos grupos provenientes de outros países. Apenas da Alemanha, quinze profissionais do setor florestal estarão presentes no evento que acontece de 21 a 23 de maio em Mogi Guaçu (SP). Grupos da Finlândia, Estados Unidos, Canadá e até mesmo da Suécia, também confirmaram presença. Diversos motivos geram o interesse de visitantes internacionais, mas o crescimento e potencial do mercado estão entre os principais. “O grupo alemão tem a expectativa de construir contatos com clientes, dealers e parceiros comerciais, conseguindo assim informações sobre o mercado brasileiro. Os visitantes também poderão oferecer as soluções já desenvolvidas na Alemanha para as florestas plantadas e nativas do Brasil”, afirma Helga Böhle, da KWF-Tagung, feira florestal que acontece na Alemanha. Ela conta que os membros da KWF, que estarão no Brasil, têm uma grande curiosidade em relação à Expoforest e à forma como as máquinas e soluções serão apresentadas na feira. “As expectativas são ainda maiores porque o nome da empresa organizadora da Expoforest, Malinovski Florestal, é conhecido na Alemanha”, destaca Helga. EVENTOS TÉCNICOS A cadeia produtiva da madeira será a pauta da tarde, do segundo dia, dos eventos técnicos da Semana Florestal Brasileira. Nela, o XVII Seminário de Atualização em Sistemas de Colheita de Madeira e 6 Transporte Florestal terá programação comum ao 3º Encontro Brasileiro de Silvicultura, quando os participantes terão acesso a questões pertinentes aos dois eventos. Para o coordenador técnico do evento de Silvicultura, o pesquisador Edilson Batista de Oliveira, da Embrapa Florestas, “como são assuntos que afetam toda a cadeia produtiva, nada melhor do que aproveitar e reunir todos os participantes em um mesmo momento.” Silvicultura, mercados e qualidade da madeira será o tema tratado por Armando Giacomet, diretor da Braslumber/Braspine. Os desafios de silvicultura e colheita de áreas fomentadas serão tratados por Rodrigo Zagonel, gerente de silvicultura e viveiro ES/BA da Fibria. Vanderley Porfírio-da-Silva, da Embrapa Florestas, vai tratar da integração lavoura-pecuária-floresta na cadeia produtiva da madeira. Manoel Moreira, da Agência da Madeira, vai abordar o tema formação de clusters para o desenvolvimento de regiões madeireiras. O subsecretário de desenvolvimento sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Fernando Castanheira, vai trazer à discussão a atualização na legislação e estímulos governamentais para florestas plantadas no Brasil. A palestra de encerramento vai abordar as tendências e perspectivas para o setor de florestas plantadas no Brasil e será feita pelo presidente do conselho deliberativo da associação formada por Abipa, Abraf e Bracelpa, Carlos Augusto Lira Aguiar. “Um time de renomados especialistas que, com certeza, vai trazer informações e reflexões importantes para este momento do setor florestal brasileiro”, analisa Edilson Batista de Oliveira. DE OLHO NA EXPOFOREST 2014 É incontestável que atualmente as florestas plantadas no Brasil são referência mundial, não só pela produtividade, mas também pelas pesquisas genéticas, técnicas de manejo, introdução da mecanização na colheita e pela gestão aplicada. Para o diretor executivo da Abraf (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantas), Luiz Cornacchioni, a Expoforest – Feira Florestal Brasileira vêm para coroar este cenário positivo. “A evolução vivida no país nas últimas décadas possibilitou o interesse das marcas internacionais, que hoje apostam no mercado nacional e apresentam seus lançamentos na Expoforest.” Alguns fatores importantes chamam atenção não apenas das multinacionais, mas também do governo brasileiro. O diretor executivo destaca o volume de negócios fechados durante a Feira em 2011, a quantidade de visitantes e o movimento da economia na região durante a Expoforest. “Os números atingidos na edição já foram significativos e chamaram a atenção, quando eles são associados à representatividade do setor florestal frente ao desenvolvimento do país, a magnitude aumenta.” Hoje, o setor florestal representa aproximadamente 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, o que gera 56 bilhões de reais por ano, além disto, faz parte do agronegócio. “Mesmo com ritmos diferentes de outras culturas como a soja, milho e trigo, fazemos parte do carro-chefe do Brasil hoje, que interfere diretamente nos volumes de exportação e superávit”, destaca Cornacchioni. A Expoforest 2014, que acontece entre os dias 21 e 23 de maio, faz parte do calendário oficial da Abraf e é membro da FDF (Forestry Demo Fairs), rede internacional de feiras dinâmicas que garante segurança nos eventos e Revista AgriMotor • Maio/2014 especial.indd 6 16/05/2014 01:47:13 especial.indd 7 16/05/2014 01:47:17 FLORESTAS nível de qualidade para visitantes e expositores. As maiores feiras florestais mundiais, como a Elmia (Suécia), KWF Tagung (Alemanha), Euroforest (França), Eko-Las (Polônia) também fazem parte da mesma rede. POTÊNCIA ITALIANA Além de produtos para facilitar a vida dos operadores rurais, a apresentação das novidades em máquinas e equipamentos em operação será, certamente, o ponto alto da 3ª Expoforest. Com mais de vinte anos de existência, a marca italiana Prime Tech, pertencente ao FAE Group, apresenta para os visitantes da Expoforest a sua linha de porta-implementos com esteiras. Quatro modelos fazem parte da gama de produtos da empresa: PT-175 de 160 CV, o PT-300 de 275 CV e o PT-400 de 415 CV e o PT-600 de 600 CV. Desde 2010, a PT-400 está em operação no Brasil realizando a recuperação de áreas florestais e fragmentação de rochas e pedras em obras de estradas. PRECISÃO OPERACIONAL Uma estreante na Expoforest 2014, a Geolab, promete surpreender o merca- 8 do de florestas plantadas com um sistema eletrônico para medição de comprimento para Garra Traçadora. De acordo com Gabriel Suárez, sócio da empresa, com este sistema será possível utilizar a garra traçadora com precisão, reduzindo diversos tipos de custos. A Geolab também traz para a Expoforest outros produtos como um joystick, desenvolvido pela empresa; um monitor de temperatura para monitorar a variação e alertar os operadores sobre possíveis aquecimentos acima do comum, fazendo com que possa ser diagnosticado qualquer potencial de incêndio, reduzindo diversos custos ao prevenir o incêndio; um controlador para garras traçadoras e Feller com display LDC gráfico, onde o operador terá mensagens dos acionamentos, regulagem independente para as bombas da máquina conforme a necessidade de cada movimento, aviso de curtocircuito, entre outros. geração de picadores Rodochipper 7120. De acordo com o diretor comercial da empresa, Gustavo Rene Mostiack, esse modelo conta com novo motor, mais potente e com características tecnológicas que garantem maior produtividade ao equipamento. “Ele ficou mais potente e manteve a versatilidade de operação com variados tipos de materiais e a facilidade de transporte, já que é homologado para transporte em rodovia.” COLHEITA SIMPLIFICADA A Macedo Forest traz para a Expoforest 2014 soluções para a colheita florestal. Entre os lançamentos estarão a afiadeira automática de correntes para Harvester; o TWinch, um guincho autopropelido e acionado por controle remoto; e os cabeçotes Woody. Para Alceu, a Expoforest será um start para o restante do ano flores- NOVA GERAÇÃO A Fezer, fabricante de picadores, aposta no mercado de geração de biomassa, por este motivo, vai apresentar na Expoforest 2014 sua nova Revista AgriMotor • Maio/2014 especial.indd 8 16/05/2014 01:47:21 FLORESTAS tal, que começou um pouco parado. “Estamos apostando todos os nossos esforços nesta edição da feira, temos como meta receber aproximadamente 600 empresas do Brasil e América Latina em nosso estande.” DNA FLORESTAL O desenvolvimento da Tajfun é semelhante à de outras grandes empresas de máquinas no mundo, ou seja, sua história está intimamente ligada à vida de seus fundadores e gerações. Foi nos idos anos 70, que o senhor Joze Span criou uma pequena oficina para fabricação de sopradores de feno, de lá para cá muita coisa mudou. Primeiro, vieram os guinchos florestais e processadores de lenha, mais tarde os carregadores de toras e guinchos hidráulicos, todos desenvolvidos com alto grau de tecnologia. BIOMASSA EM FOCO Durante a Expoforest, os visitantes terão acesso as grandes empresas de picadores e trituradores. Entre elas está a Planalto Picadores, que irá apresentar de forma dinâmica seus produtos, que receberam diversas melhorias. “Nossos produ- especial.indd 9 tos estão há pouco tempo no mercado, mas nossa preocupação com sua otimização é constante, por isto, iremos apresentar durante a Expoforest todas as melhorias que aplicamos aos nossos picadores florestais”, conta o diretor comercial, Luis Carlos Mecabô. O MAIOR PICADOR DA SÉRIE A Lippel, que conta com sua experiência de quarenta anos em soluções para o processamento de biomassa, fará o lançamento de seu mais novo picador florestal na Expoforest 2014. O aparelho estará disponível no estande da empresa, onde os visitantes poderão ver ao vivo o picador funcionando e tirar suas dúvidas com os engenheiros da Lippel e sua equipe de vendas. CICLO COMPLETO A mecanização completa da colheita traz benefícios importantes para o produtor florestal. Ajuda a reduzir custos, horas de trabalho e também mão de obra. Desta forma, os lucros aumentam. Pensando em oferecer soluções para todo o ciclo produtivo, 16/05/2014 01:47:24 FLORESTAS o sistema TG5000/ TR626, triturador vertical e peneira rotativa com diferentes aplicações no mercado de biomassa; o picador de árvores inteiras WC2300XL; e o triturador de grande porte HG6000TX, versátil, com configurações de facas, martelos e elétrico. a PenzSaur apresentará na Expoforest alguns equipamentos, como os trituradores de resíduos e rebaixadores de tocos, gruas em tratores, autocarregéveis entre outros produtos, porém o grande destaque vai para a Grua Modelo 10Z para caminhões. SOLUÇÕES PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA A produção energética por meio da queima de biomassa se torna a cada dia uma opção mais lucrativa para as empresas, que substituem o carvão mineral e até mesmo o vegetal em suas plantas produtivas. Por outro lado, produtores florestais encontram mais uma opção de renda com a destinação de resíduos e também de cavaco para produção de celulose. Pensando nesse cenário, a Vemeer traz para a Expoforest, o triturador de médio porte HG4000, equipamento recémdesenvolvido com alta produtividade e baixo consumo de combustível, bem como a possibilidade da rápida conversão entre triturador e picador; 10 TIMBER FOREST Produtos especialmente desenvolvidos para a colheita florestal serão apresentados pela Timber Forest (Rodoparaná) durante a Feira Florestal Brasileira. De acordo com o gerente da divisão de máquinas, Jober C. Fonseca, a empresa tem vários produtos novos e também alguns em fase de implementação. “Aguardamos a Expoforest para realizar o lançamento definitivo de alguns equipamentos, afinal temos grandes expectativas em relação à feira porque sabemos que ela é uma oportunidade ímpar para demonstrarmos nossa linha de produtos.” NOVIDADES PARA O SETOR FLORESTAL A Gbach Implementos, empresa que está há pouco tempo no mercado, promete surpreender os visitantes da Expoforest 2014. A concha esqueleto, a garra giratória para movimentação de cargas utilizadas para manipulação e movimentação de toras, e a tesoura para o corte de árvores de pequeno porte serão as grandes responsáveis por chamar a atenção. SOLUÇÕES DE COLHEITA Pensando em atender o mercado florestal brasileiro que trabalha com plantios de eucalipto, a marca finlandesa Ponsse, levará para a Expoforest 2014 um novo cabeçote desenvolvido especialmente para a colheita desta espécie. De acordo com gerente de vendas e marketing da Ponsse Latin America, Fernando Campos, os testes feitos com os equipamentos, durante o seu desenvolvimento, prometem surpreender o mercado nacional. NOVOS PNEUS FLORESTAIS Reduzir a compactação do solo e aumentar a tração da máquina. Estas são as principais necessidades diretamente relacionadas aos pneus utilizados nas máquinas de colheita florestal. Quando pneus não são adequados, a qualidade do solo diminui e a máquina faz muito mais força do que o necessário. Tentando solucionar estes demandas, a Trelleborg traz para a Expoforest 2014 sua linha de pneus para máquinas Skidder com novas medidas, além da linha de pneus para máquinas Forwarder com índice de carga maior. LUZ PARA A FLORESTA Soluções para o tipo de operação noturna serão apresentadas durante a Expoforest pela Faróis Vinco, empresa nacional com quase sessenta anos de história. “Durante a Feira apresentaremos nossa linha de faróis e sinalizadores e lançaremos uma linha exclusiva de faróis de trabalho em LED de alto desempenho e vida útil que são resistentes a vibrações e infiltrações”, destaca Carlos Eduardo Bueno, gerente de desenvolvimento de produtos da Faróis Vinco. De acordo com o profissional, a expectativa em relação à Expoforest é expandir a abrangência da empresa no mercado florestal. “Isto será possível graças à apresentação dos produtos e a possibilidade de ligá-los na presença dos potenciais clientes”, explica Carlos Eduardo. Revista AgriMotor • Maio/2014 especial.indd 10 16/05/2014 01:47:30 FLORESTAS APOSTA PORTUGUESA A Expoforest – Feira Florestal Brasileira, que acontece de 21 a 23 de maio em Mogi Guaçu (SP), contará com a presença da Fravizel. A empresa portuguesa acredita no potencial produtivo do Brasil devido à implantação de importantes plantas de celulose e papel. “Acreditamos que nossos produtos irão despertar o interesse do setor brasileiro”, afirma Adérito Joaquim, diretor comercial da empresa. MÁQUINAS PARA COLHEITA DE MADEIRA Otimização nas operações de colheita com ganho de tempo e produtividade. Estes são os principais objetivos que todo produtor florestal busca hoje. Para atender este mercado a empresa catarinense TMO/ Cia Olsen apresentará durante a Expoforest, de forma dinâmica, os seus lançamentos. Os destaques ficam para o cabeçote Harvester em escavadeira, cabeçote feller TMO CD450 em escavadeira com mesa traçadora TMO MT65. Além dos lançamentos, os equipamentos tradicionais da empresa como carregador, autocarregável, miniskidder, guinchos, garras e carretas também estarão em operação durante a Expoforest. especial.indd 11 RAIO-X DO SETOR FLORESTAL t7BMPSCSVUPEFQSPEVÎÍP3 bilhões (4,5% do PIB brasileiro) t5SJCVUPTBSSFDBEBEPT3 bilhões (0,5% da arrecadação nacional) t 1BSUJDJQBÎÍP OP TVQFSÈWJU EB balança comercial nacional: 28,1% t 1SJODJQBJT FTQÏDJFT QMBOUBEBT pínus e eucalipto (área plantada com estas espécies: 6,66 milhões de hectares) t 1SJODJQBJT JNQPSUBEPSFT EF produtos florestais brasileiros: China (celulose), Alemanha (compensados), Argentina (papel), Estados Unidos (madeira serrada e painéis) EMPREGOS GERADOS t%JSFUPT t*OEJSFUPT t&GFJUPSFOEB t1SPEVUPTFOWPMWJEPTPTQMBOtios florestais são hoje matéria-prima para os mais diversos produtos e serviços. Desde os tradicionais papel, celulose e madeira para móveis, construção civil até geração de energia, remédios, tecidos, tintas, essências, entre outros. DOS EVENTOS TÉCNICOS t1BSUJDJQBOUFTQFTTPBT t5SBCBMIPTFNFYQPTJÎÍP t1BMFTUSBOUFT DA EXPOFOREST tÈSFBEFWJTJUBÎÍPIFDUBSFT (=130 campos de futebol) tUSJMIBEFWJTJUBÎÍPLN t FTUJNBUJWB EF QÞCMJDP NJM visitantes tFNQSFTBTQBSUJDJQBOUFT tWPMVNFEFOFHØDJPTFTUJNBEP R$ 130 milhões t DPNJUJWBT FTUSBOHFJSBT DPOfirmadas: Chile, Argentina, Uruguai, Peru, Equador, Venezuela, Alemanha, Finlândia, Suécia, Áustria, República, Checa, Hungria, Austrália, China, Estados Unidos e Canadá. 16/05/2014 01:47:33 especial.indd 12 16/05/2014 01:47:34 especial.indd 13 16/05/2014 01:47:35 Fotos: Conselho de Manejamento Florestal FLORESTAS BONS EXEMPLOS DE MANEJO FLORESTAL De Norte a Sul do Brasil, iniciativas que redundam em termos de manejo florestal proliferam com grande velocidade. Conheça algumas delas. Marcus Frediani M anejo florestal sustentável é a administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não-madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços florestais. A exploração florestal, ou seja, a produção de madeira e de outros produtos florestais (resinas, raízes, cascas, cipós etc.), tem como fonte de matéria-prima legal, somente as florestas exploradas sob regime sustentável, através de Planos de Manejo Florestal Sustentável - PMFS ou por meio de desmatamentos autorizados. 14 Somente após a emissão da Autorização Prévia à Análise Técnica de Plano de Manejo Florestal (APAT), é que a avaliação técnica de um PMFS em florestas privadas é iniciada. A análise técnica de um PMFS conclui em aprovação do PMFS ou indicação de pendências a serem cumpridas para a sequência da análise. Anualmente, o detentor do PMFS deve apresentar o Plano Operacional Anual (POA), referente às próximas atividades que realizará, como condição para receber a Autorização para Exploração. Os PMFSs devem ser periodicamente submetidos a vistorias técnicas pelo Ibama ou pelos órgãos ambientais de meio ambiente, a fim de garantir acompanhamento e controle das operações e atividades envolvidas na área de manejo florestal. TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E bons exemplos de manejo florestal não faltam de Norte a Sul do país. A solenidade de inauguração do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Seringueira e Sistemas Agroflorestais do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, realizada neste dia 9 de maio de 2014, em Votuporanga, interior paulista foi emblemática nesse sentido. A transferência de tecnologia e a inovação compõem o perfil do programa de melhoramento de seringueira do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. A unidade de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em Votuporanga, tornou-se um centro especializado em heveicultura a partir de decreto assinado em 4 de dezembro de 2013, Revista AgriMotor • Maio/2014 manejo florestal.indd 14 16/05/2014 01:49:16 FLORESTAS pelo governador Geraldo Alckmin. Ao transformar a unidade da APTA em centro de pesquisa buscou-se reunir competências multidisciplinares no Centro, com pesquisas com seringueira e sistemas integrados de produção agropecuária e de espécies florestais de interesse econômico. PERFIL DO CENTRO A área tem 30 hectares com seringueira, onde são conduzidas pesquisas com cerca de 600 clones da cultura. O banco de germoplasma, com cerca de 200 acessos, somado às coleções que ficam no IAC, em Campinas, e no polo da APTA, em Mococa, compõe uma das maiores coleções da espécie no Brasil. Na fazenda Santa Elisa, do IAC, em Campinas, há cerca de cem clones, introduzidos em 1952. Com estudos em seringueira desde a década de 50, focados em obtenção e avaliação de materiais, o IAC, um dos seis institutos coordenados pela APTA, já lançou 31 clones de seringueira, todos registrados no Ministério da Agricultura.. Os pacotes tecnológicos gerados e transferidos pelo IAC contribuíram para fazer de São Paulo o maior produtor nacional de borracha natural. As mais recentes contribuições do instituto foram a disponibilização de quinze clones da série IAC 500, que se caracteriza por apresentar redução do período de sangria de sete para cinco anos, com produtividade superior ao clone RRIM 600, o mais cultivado no Brasil. Esses materiais já estão à disposição dos heveicultores paulistas. De acordo com o pesquisador responsável pelas pesquisas no IAC, Paulo de Souza Gonçalves, a expectativa é reforçar os estudos nas regiões produtoras, onde tem ocorrido aumento de problemas fitossanitários, em razão da ampliação das populações de seringais. “Precisamos reforçar as pesquisas em tecnologia de produção, fisiologia e fitotecnia”, diz. Com o sistema agroflorestal, esperase minimizar ou eliminar ocorrências de percevejo de renda, ácaro e antracnose. O pesquisador comenta que a região paulista do Vale do Ribeira, onde a incidência do mal-das-folhas inviabiliza o cultivo da seringueira “solteira”, deverá ser beneficiada com a adoção do sistema agroflorestal. Essa alternativa já é adotada na Bahia, onde o cultivo da seringueira é feito juntamente com o cacau, a fim de evitar doenças. Antes de a unidade da APTA ser nomeada Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Seringueira e Sistemas Agroflorestais do Instituto Agronômico (IAC), o programa de melhoramento genético de seringueira do IAC já era desenvolvido em parceria com esta unidade, em Votuporanga. Até dezembro de 2013, toda a parte estratégica do programa de seringueira era desenvolvida em Campinas, sob a liderança de Gonçalves, que tem 41 anos de experiência em heveicultura. As ações práticas de experimentos e multiplicação de clones já eram realizadas em Votuporanga, sob os cuidados do pesquisador Erivaldo José Scaloppi Junior, com a coordenação de Gonçalves. Dedicado à genética e ao melhoramento de seringueira desde os seus 22 anos de idade, Gonçalves também é orientador no curso de pós-graduação em agricultura tropical e subtropical do IAC. Ele pretende continuar colaborando na formação de novos pesquisadores, que no futuro darão sequência às atividades no Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Seringueira e Sistemas Agroflorestais. Gonçalves ressalta que a seringueira é cultura perene e, por isso, para chegar a um novo clone são necessários trinta anos de pesquisa. O principal objetivo do trabalho do Instituto Agronômico é obter clones com alto potencial de produção, vigor e outros caracteres adaptados às diferentes condições edafoclimáticas do estado de São Paulo. CLONES MAIS PRODUTIVOS Os clones de seringueira do Instituto Agronômico IAC 500, IAC 502, IAC 503, IAC 505 e IAC 511 são materiais precoces, que reduzem de sete para cinco anos o tempo para início da extração do látex. Além dessa característica, que viabiliza o retorno financeiro em menor tempo para o produtor, os clones desenvolvidos pelo IAC também são mais produtivos que o material mais plantado em São Paulo atualmente, o importado da Ásia RRIM 600, que tem produtividade de 1.250 kg de borracha seca por hectare, aproximadamente. O IAC 500 – o mais produtivo dos selecionados – gera cerca de 1.731 kg de borracha seca por hectare, 38% a mais. São ganhos de cerca de 500 kg do produto, por ano. A abertura de painel se dá quando as árvores alcançam perímetro do caule acima de 45 cm do solo e 1,5 m de altura. “Geralmente esse procedimento é feito quando mais de 50% das árvores do seringal apresentam essa média. Se o procedimento é feito antes dos sete anos, isso é muito bom para o produtor porque ele terá o retorno financeiro mais cedo”, afirma Paulo Gonçalves, pesquisador responsável. A produtividade é o principal atrativo para os produtores rurais. A média de quatro anos de produção dos clones IAC 500 e IAC 502, por exemplo, mostrou-se alta em relação ao clone mais plantado no Estado, o RRIM 600, produzindo, por ano, 1.731 kg por hectare e 1.607 kg, respectivamente. São Paulo possui os seringais mais produtivos do mundo, com produtividade média de 1.200 kg de borracha seca por hectare, por ano. Na Tailândia, Indonésia e Malásia, a produtividade chega a 1.100 kg, 1.000 kg e 900 Maio/2014 • Revista AgriMotor manejo florestal.indd 15 15 16/05/2014 01:49:21 FLORESTAS kg, respectivamente, por hectare, por ano. Outra característica importante é a casca espessa existente nos clones IAC 503, IAC 500 e IAC 509. Os dois primeiros foram expostos na Agrishow 2014. Essa característica diminui o risco de o seringueiro atingir o lenho do caule da árvore. Os três clones apresentam também maior número de anéis de vasos laticíferos, revelando que são bons produtores de látex. “Existe uma alta correlação entre o número de anéis de vasos laticíferos e a produção de borracha”, explica o pesquisador. Os clones IAC 505 e IAC 511 têm ainda maior incremento do caule na póssangria. Isso significa que, mesmo após o procedimento de extração, as plantas apresentam crescimento. “Aqueles clones que não possuem esse caráter, geralmente crescem na pré-sangria e depois param na pós-sangria, tornando-se suscetíveis à quebra pelo vento”, explica Gonçalves. Os clones IAC foram desenvolvidos para cultivo na região do planalto, onde não há incidência da pior doença da seringueira na América Latina, o maldas-folhas. Parte dos clones selecionados pelo IAC é tolerante à antracnose, doença causada pelo fungo colletotrichum gloeosporioides, que atinge as folhas, também no planalto paulista. De acordo com o pesquisador, os dois objetivos principais do melhoramento genético da seringueira do IAC estão relacionados ao aumento de produtividade das plantas e à resistência ao mal-das-folhas na região do litoral. “Com o objetivo de atender às peculiaridades próprias dessas regiões, o programa de melhoramento do IAC considerou o fato de o planalto paulista, pelo menos até então, não ter mostrado ataques epidêmicos da doença”, explica. Nessa região verifica-se período seco na época de reenfolhamento das plantas. São Paulo é o Estado que mais produz borracha no Brasil — 90% dos seringais paulistas encontram-se no Planalto, justamente por conta da doença. Esses materiais expostos na feira fazem parte do grupo de quinze clones lançados mais recentemente. Por trás desses resultados existem mais de vinte anos de pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico na área de heveicultura. O IAC desenvolve clones adaptados às diversas regiões do Estado e leva para os heveicultores a melhor forma de plantio e o manejo de seringueiras, incluindo a sangria, etapa mais onerosa da atividade. INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES (IBÁ) Com o objetivo de criar um novo setor econômicoindustrial, cujo principal vetor de produção e desenvolvimento econômico, ambiental e social são as árvo- 16 res plantadas, 70 empresas acabam de criar a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). A nova associação buscará ampliar a competitividade dos produtos originários dos cultivos de eucalipto e pinus e demais espécies plantadas para fins industriais, com destaque para painéis e pisos de madeira, celulose, papel, florestas energéticas, os produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais. Com sede em Brasília e escritório em São Paulo, a Ibá passa a representar as empresas que participavam da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), da Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alta Resistência (Abiplar), da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraf ) e da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). A união é resultado de um trabalho de benchmarking que mostrou os pontos em comum dos setores representados por essas entidades, principalmente, a base florestal como forte diferencial do negócio e referência socioambiental. Destacou também o investimento das empresas em tecnologia para os múltiplos usos da base florestal, o uso da biotecnologia voltada ao desenvolvimento de árvores geneticamente modificadas e a nanotecnologia. O estudo reforçou ainda que esse setor, pelo potencial de absorção de CO2 das árvores plantadas, pode contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e, consequentemente, atuar de forma mais intensa nas propostas brasileiras sobre o tema. “A consequência natural era buscarmos mais sinergia e um trabalho institucional mais intenso, por meio de um único interlocutor. Foram dois anos de debates até o surgimento da Ibá”, diz Carlos Augusto Lira Aguiar, presidente do conselho deliberativo da nova associação. Revista AgriMotor • Maio/2014 manejo florestal.indd 16 16/05/2014 01:49:21 FLORESTAS A Ibá nasce com uma base sólida e relevante para a economia nacional. O setor de árvores plantadas, com receita bruta de R$ 60 bilhões em 2013, representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial. As exportações somaram US$ 8 bilhões, o que equivale a 3% das exportações brasileiras. Além disso, é responsável por 5 milhões de empregos no País, o que representa aproximadamente 5% da população nacional economicamente ativa. Esse desempenho provém de 7,2 milhões de hectares de árvores plantadas, que ocupam menos de 1% do território brasileiro. Desse total, cerca de 50% dos plantios são certificados, garantindo a sustentabilidade e as boas práticas do setor. “É no potencial das árvores plantadas que se baseiam os investimentos de R$ 53 bilhões de nossas empresas, em andamento e previstos, e que visam ao aumento dos plantios, ampliação de fábricas e novas unidades até 2020”, afirma Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá. Para ela, ao dar mais relevância à base florestal, a entidade buscará tornar o Brasil a principal referência mundial em árvores plantadas. Esses plantios terão cada vez mais relevância por conta do crescimento da população mundial que, em 2050, chegará a 9 bilhões de pessoas, e na substituição de materiais fósseis por produtos renováveis e recicláveis. Elizabeth ressalta também que as empresas da Ibá destacam-se pelos investimentos em programas sociais, práticas de manejo florestal, certificação dos plantios, consumo consciente dos recursos naturais e programas de fomento de pequenos produtores rurais, que, cada vez mais, geram valor social em regiões brasileiras distantes dos grandes centros urbanos. “Ao valorizar a agricultura familiar, esses programas ajudam a reduzir a pressão sobre matas nativas e a recuperar solos degradados. Também diversificam atividades locais, geram emprego e renda e contribuem no desenvolvimento das comunidades nas quais os plantios e as unidades industriais estão inseridos”, completa. A agenda de competitividade da Ibá está baseada na certeza de que a árvore plantada é o futuro das matérias-primas renováveis, recicláveis e amigáveis ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana. Na pauta de negociação da entidade entre outros itens, destacam-se: - Manter a desoneração da folha de pagamentos após dezembro de 2014; Reduzir a carga fiscal dos investimentos; Compensar resíduos tributários na exportação – Reintegra; Ampliar o debate sobre a infraestrutura nacional; Combater a concorrência desleal, especialmente em relação ao desvio de finalidade de papel imune e aos pisos laminados; Ampliar o debate sobre a aquisição de terras por empresas de capital estrangeiro; Ampliar as negociações de crédito de carbono florestal, no Brasil e em fóruns internacionais; e Debater o plantio de árvores geneticamente modificadas. MANEJO FLORESTAL EM SARACÁ-TAQUERA As empresas Ebata Produtos Florestais Ltda. e Samise Indústria, Comércio e Exportação Ltda. assinaram, contrato com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) para realizar manejo em duas áreas da Florestal Nacional (Flona) Saracá-Taquera, no noroeste do Pará. Os contratos têm duração de quarenta anos e irão permitir que a produção de madeira da Flona aumente em mais de 100%, chegando a 80 mil metros cúbicos por ano. Os contratos preveem regras para garantir a sustentabilidade da atividade, os valores a serem repassados ao governo por metro cúbico de madeira produzida, além dos investimentos que devem ser realizados em infraestrutura e nas comunidades locais. As empresas mostraram-se otimistas com a formalização dos contratos. O proprietário da Ebata Produtos Florestais Ltda., Leônidas de Souza, que já realiza o manejo florestal em uma unidade de 30 mil hectares da mesma Flona e recebeu permissão para atuar em outra área de cerca de 30 mil hectares, afirmou estar bastante confiante no processo de concessão florestal. “Buscamos a concessão desde o primeiro momento. Com a assinatura deste segundo contrato temos a segurança de que poderemos investir e trabalhar na mesma área por quarenta anos”, afirmou. O proprietário da Samise, Alcides Gave, que recebeu permissão para manejar uma área de aproximadamente 60 mil hectares, também destacou a segurança que o processo de concessão proporciona. “Optamos por essa parceria com o governo para termos um horizonte maior à frente. Ao trabalhar em uma área pública temos a autorização do governo e segurança jurídica e ambiental. Esperamos, inclusive, participar de novas concorrências para áreas próximas a Saracá-Taquera”, frisou. Segundo o diretor-geral substituto do SFB, Marcus Vinicius Alves, a assinatura dos contratos é um momento a ser comemorado. “Por toda a complexidade envolvida, a concessão florestal ainda é um processo incipiente no Brasil. Com a assinatura destes novos contratos, somados aos das florestas de Altamira e Crepori, que deverão ser assinados em breve, vamos triplicar a área de florestas públicas federais destinadas ao manejo sustentável”, afirmou. A Floresta Nacional Saracá-Taquera, localizada nos municípios de Terra Santa, Oriximiná e Faro, possui 440 mil hectares, dos quais cerca de 130 mil estão disponibilizados para a concessão florestal. Os primeiros contratos de concessão da Flona foram assinados no ano de 2010. Maio/2014 • Revista AgriMotor manejo florestal.indd 17 17 16/05/2014 01:49:21 FLORESTAS DESENVOLVIMENTO SEM DESTRUIÇÃO Chegou a hora de o setor do agronegócio no Brasil mostrar que, sermos o “celeiro do mundo”, também podemos gerar crescimento sem vilipendiar o meio ambiente. Marcus Frediani A do que doze anos no Congresso, até se chegar à versão atual da lei, aprovada pela presidente Dilma no dia 25 de maio de 2012, ainda sob a grita de ONGs, ativistas e movimentos sociais, inconformados com aquilo que classificaram como “retrocesso ambiental” e “benesses aos ruralistas”, entre as quais a anistia aos desmatadores e a abertura de brechas para novos crimes ambientais. A nova Lei Florestal alterou e revogou uma série de normas anteriores que davam corpo ao chamado de Código Florestal. Este, desde suas primeiras versões, reconhece as florestas e a vegetação nativa existentes no Brasil como bens de interesse comum a todos os habitantes do país e, portanto, visa a regular seu uso e exploração. Seus principais pontos tratam da conservação da vegetação nativa em propriedades particulares, por meio da Reserva Legal (RL) – porcentagem fixa que deve ser preservada na propriedade rural dependendo do Foto: Conselho de Manejamento Florestal aprovação da Lei nº 12.651 – alterada pela Lei 12.727, ambas aprovadas em 2012 –, que institui o novo Código Florestal Brasileiro, está longe de representar uma unanimidade. Desde a década de 1990, a proposta de reforma do código anterior, datado de 1965, colocou em campos opostos ruralistas e ambientalistas. O projeto que resultou no texto atual, de autoria do deputado Sérgio Carvalho (PSDB-RO) tramitou por nada menos 18 Revista AgriMotor • Maio/2014 codigo florestal.indd 18 16/05/2014 01:50:21 bioma – e das Áreas de Preservação Permanente (APP), que protegem ambientes frágeis e de importância para conservação dos recursos hídricos. Complementarmente, a Lei Florestal também trata da exploração florestal de florestas nativas plantadas e do controle dos produtos de origem florestal, e é complementada, ainda, por várias outras leis e decretos sobre os recursos ambientais no Brasil. De uma forma geral, as principais novidades trazidas pela nova Lei Florestal em relação à anterior se alinham em cinco vértices. O primeiro deles diz respeito à diferenciação dos requisitos para proteção ambiental de acordo com o tamanho da propriedade. Por meio desta, as pequenas propriedades de até quatro módulos fiscais (medida definida pelo INCRA que varia por município) têm menores exigências em relação à exigência de recuperação das áreas desmatadas antes de 2008, além dos limites permitidos. Já o segundo destaque é a criação do conceito de “área rural consolidada”, que é a área da propriedade com ocupação antrópica desde antes de julho de 2008. O dispositivo legal agora em vigor consolida o Cadastramento Ambiental Rural (CAR) como principal instrumento de gestão e controle do uso do solo – o CAR é um registro que todos imóveis rurais devem realizar com as informações referentes às áreas produtivas e áreas de conservação existentes, como se fosse um raio-x da propriedade – e, ainda, estabelece a restrição de crédito agrícola. Explicando melhor esse último tópico, de acordo com a nova lei, as institui- codigo florestal.indd 19 Foto: IE - Unicamp FLORESTAS Reserva legal do estado de São Paulo: objeto do estudo premiado. ções financeiras não poderão conceder nenhum tipo de crédito agrícola para imóveis rurais que não estejam com o CAR registrado após cinco anos da publicação do novo Código Florestal, ou seja, outubro de 2017. Complementarmente, da nova legislação consta, ainda, a criação da Cota de Reserva Ambiental (CRA), que é um título representativo de área com vegetação nativa existente ou em processo de recuperação, que pode ser emitido por propriedades com área de vegetação maior do que a exigida pela Reserva Legal e vendida a propriedades que possuem área de Reserva Legal menor do que a exigida. ESTUDO INÉDITO E foi exatamente esse último aspecto, a análise do mercado de CRAs, utilizadas como instrumento para fazer a regularização ambiental por meio da compensação da reserva legal entre propriedades rurais, que inspirou um dos mais instigantes e inéditos estudos realizados depois da aprovação do novo Código Florestal – tendo como foco principal os impactos econômicos deste, avaliando a relação de custo-efetividade ecológica do mecanismo de compensação de reserva legal previsto na lei –, e que rendeu à sua autora, Paula Bernasconi, o prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal. A distinção foi concedida à pesquisadora no final do mês de março, pela Escola de Administração Fazendária, vinculada ao ministério da Fazenda, do governo federal. Paula é gestora ambiental formada pela Esalq-USP, e mestre em desenvolvimento econômico com ênfase em meio ambiente no Instituto de Economia (IE-Unicamp), e seu trabalho foi desenvolvido como parte da dissertação de mestrado defendida recentemente no IE, com a orientação do Prof. Dr. Ademar Romeiro, do Núcleo de Economia Agrícola (NEA) do instituto. De acordo com a pesquisa de Paula, o Código Florestal constitui-se no principal marco legal para conservação em áreas privadas no Brasil. Uma das exigências desta lei é que as propriedades rurais mantenham 16/05/2014 01:50:22 FLORESTAS Foto: Paulo de Araújo / MMA desmatou além do permitido, que, em vez de ter que perder área produtiva para recuperar floresta, poderá comprar CRA de outros proprietários”, explica a especialista. Paula afirma que a decisão de pesquisar esse tema se deu em função de sua crença de que é possível conciliar a conservação ambiental com a produção agropecuária, com ganhos para a sociedade e para o produtor também. “É preciso mudar o entendimento de que a conservação é sinônimo de prejuízo. Porém, para isso, é preciso planejamento e uso de ferramentas e mecanismos Por seu brilhante estudo, Paula Bernasconi recebeu o Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia estratégicos, que ajudem a e Mercado Florestal, conferido pela Escola de Administração fazer com que as áreas de Fazendária, vinculada ao ministério da Fazenda maior aptidão agrícola sejam uma parte de sua área sob cobertu- aproveitadas da melhor forma e que ra de vegetação natural, chamada a conservação tenha espaço nas que reserva legal. Essa área é destinada sejam menos produtivas, e em áreas à conservação da biodiversidade e à frágeis”, enfatiza. manutenção da provisão de serviços ecossistêmicos. O trabalho também BONS IMPACTOS ECONÔMICOS E foi exatamente por essa razão que discutiu os desafios de implementação do instrumento de compensação. ela analisou o mecanismo de comUma das conclusões é que o mecanis- pensação de reserva legal entre promo de compensação de reserva legal priedades no aspecto econômico e apresenta uma série de vantagens no aspecto ecológico. No econômico, para os produtores rurais e para a so- calculou se compensar a reserva legal ciedade, o que o torna fundamental em outra propriedade ficaria mais bapara a consolidação da implementa- rato para o produtor. Já do lado ecoção do Código Florestal e da conser- lógico, avaliou se as áreas que vão ser vação ambiental em áreas privadas. usadas para gerar CRA nesse mercado “Meu estudo avaliou o potencial de coincidiriam com as áreas prioritárias aplicação da compensação de reserva para conservação ou não. Ato contínuo, a gestora simulou legal no estado de São Paulo por meio de uma simulação de impacto eco- três situações de regras para resernômico, utilizando dados empíricos. va legal no estado de São Paulo. Na O objetivo da criação do mercado de primeira delas, analisou se cada proCRAs é valorizar e compensar financei- dutor deve ter a reserva legal em sua ramente aquele produtor que preser- propriedade, ou seja, manter ou revou mais do que a lei exige, e também cuperar até 20%. Na segunda, focou de reduzir o custo de regularização na relação entre a exigência de os ambiental para aquele produtor que produtores manterem 20% de reser- 20 va legal e a existência do mercado de CRA, que permite a quem tem mais poder vender para quem tem menos, desde que os dois produtores envolvidos tenham propriedades no mesmo bioma. Já a terceira hipótese analisou o mesmo caso do anterior, considerando, entretanto, o fato de que as áreas que podem ser vendidas no mercado de CRA devem ser somente as prioritárias para conversação da biodiversidade. Os resultados dos estudos mostraram que, no comparativo com a situação antes da existência da possibilidade do mercado de CRA, a compensação de reserva legal tem um grande potencial tanto no aspecto de reduzir os custos quanto de melhorar a efetividade ecológica da adequação ambiental às exigências de reserva legal. Tendo como base as diferenças nos valores das terras no estado, a conservação da mesma quantidade de reserva legal, caso seja permitido o mercado usando o excedente de áreas florestais e de áreas agrícolas marginais, fica cerca de 75% mais barata do que seria necessária a destinação de áreas produtivas para recuperação. Isso sem contar os custos de recuperação, que são bem altos. Porém, no aspecto ecológico, essas áreas mais baratas são pouco coincidentes com as áreas prioritárias para conservação. “Caso o mercado fosse restrito às áreas prioritárias, no terceiro cenário, os custos quase dobram. Porém, ainda ficam com cerca de metade do valor do cenário no qual os produtores têm que ter a reserva legal na própria área”, destaca Paula Bernasconi. Ela acrescenta que no aspecto ecológico, a opção do mercado pelo bioma ou a não existência do mercado teve pouca diferença. “Porém, ao restringir o mercado somente para as áreas prioritárias, o resultado é três vezes mais áreas prioritárias para conservação protegidas”, pontua. Revista AgriMotor • Maio/2014 codigo florestal.indd 20 16/05/2014 01:50:24 O cálculo de custo-efetividade relaciona os dois aspectos, econômico e ecológico, para tentar encontrar o melhor equilíbrio entre eles. Assim, o estudo premiado da mestre mostrara que o cenário de um mercado restrito às áreas prioritárias, apesar de ter um custo um pouco maior, alcançou um desempenho ecológico muito melhor do que os outros. Portanto, foi o que apresentou a melhor relação de custo-efetividade entre os três. Contudo, Paula destaca que entre os principais desafios para a implementação desse mercado estão a garantia do monitoramento e fiscalização para que as propriedades busquem a regularização da reserva legal para que exista demanda – caso contrário não existirá mercado – e, ainda, a estruturação dos órgãos ambientais estaduais para registrarem essas transações, sem que haja muita burocracia, o que acabaria por aumentar os custos e desestimularia os produtores. SEM DESCULPAS As alterações na Lei Florestal sempre foram uma reivindicação antiga do setor do agronegócio, que conquistou no novo Código várias reduções nas exigências de recuperação ambiental, principalmente para as pequenas e médias propriedades. E existe uma benéfica convergência vantagens nessa história. Por exemplo, em termos legais, a isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) – tanto para as áreas destinadas à conservação da biodiversidade, quanto às de manutenção da provisão de serviços ecossistêmicos – é, sim, possível, podendo ser solicitada pelo produtor rural ao órgão responsável. “Ao respeitar a lei florestal, o produtor ganha a garantia jurídica que ficará livre de sanções como penalidades e multas de órgãos ambientais, além de não correr risco de ter seu produto recusado no mercado, seja frigorífico, codigo florestal.indd 21 seja laticínio, usina de cana, traders de soja etc. Hoje em dia, com a preocupação cada vez maior da sociedade com a origem dos produtos que consome, existe uma pressão sobre a indústria, que passa a exigir que seus fornecedores cumpram as leis, incluindo a Lei Florestal”, analisa Paula. “Além disso, há, ainda, a questão do crédito agrícola, que reza que, em cinco anos, os bancos só poderão conceder para produtores cadastrados no CAR”, emenda. Vale lembrar que o novo Código Florestal prevê a criação e mobilização de incentivos econômicos para fomentar a preservação e a recuperação da vegetação nativa e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis, como pagamento por serviços ambientais. Porém, esses incentivos ainda precisam ser transformados em mecanismos concretos e regulamentados em nível federal, uma vez que o que existe atualmente são experiências e casos em menor escala. Seja como for, o produtor tem outros benefícios econômicos nesse cenário, como, por exemplo, na produção de gado. Em termos econômicos, conservando áreas florestais, ele terá uma maior produtividade devido ao aumento do conforto térmico (bemestar animal) que o sombreamento produz, terá uma conservação da fertilidade e da estrutura do solo durante mais tempo, poupando reformas da pastagem, e redução das perdas por ataques de pragas, como a cigarrinha da pastagem, conforme foi apontado por estudos científicos. “Tudo isso posto, agora é hora, portanto, de o setor do agronegócio mostrar que, além de sermos o ‘celeiro do mundo’, também respeitamos as leis ambientais e acreditamos no desenvolvimento agrícola sem a destruição do meio ambiente”, finaliza Paula Bernasconi, coberta de razão. 16/05/2014 01:50:25 Foto: Divulgação TECNOLOGIA NOVA TECNOLOGIA PARA USO DE TRATORES AGRÍCOLAS Líder na fabricação de equipamentos para o controle de vegetação no Canadá, Estados Unidos, Chile e Japão, a Denis Cimaf oferece novidades como os cabeçotes frontais de alta performance. I nstalada no Brasil desde 2010 a Denis Cimaf, empresa de origem francesa, é líder mundial no fornecimento de desbastadores florestais industriais de alta performance para escavadeiras, carregadeiras, minicarregadeiras, tratores florestais e motoniveladoras em aplicações como: desbaste para limpeza de terrenos, controle de vegetação, rebaixamento de tocos, prevenção de incêndios florestais, manutenção de beira de estrada, preparação e manutenção de áreas para redes de eletricidade, óleo ou gás. Com escritório próprio no Brasil, na cidade de Hortolândia, interior de São Paulo, a empresa está aparelha- 22 da para dar suporte técnico e fornecer peças de reposição no máximo em 24 horas. Os equipamentos Denis Cimaf foram adaptados às condições e necessidades do mercado brasileiro e hoje lideram o setor com oferecimento de várias soluções para a demanda neste setor. A novidade são os cabeçotes frontais para tratores agrícolas que apresentam como vantagens em relação aos cabeçotes utilizados na traseira do trator: t.FMIPSFSHPOPNJBEFUSBCBMIP t7JTÍPGSPOUBMEFPQFSBÎÍP t$BQB[EFUSJUVSBSÈSWPSFTEFNBJPS diâmetro t.BJPSDBQBDJEBEFEFMFWBOUBNFOto do cabeçote verticalmente t.BJPSQSPEVUJWJEBEF t.BJTTFHVSPT Como requisito básico para utilização dos cabeçotes frontais, além da transformação para trabalhos florestais os tratores agrícolas com braços frontais, devem ter acima de 150 hp de potência e 1.000 rotações por minuto na tomada de força. Os cabeçotes Denis Cimaf para os tratores agrícolas, vão desde 1,45 a 2,50 metros de largura de área de corte. A tecnologia com facas de aço forjado temperado, afiáveis diretamente no rotor confere a capacidade de manter a alta produtividade e rapidez nas tarefas. www.deniscimaf.com Revista AgriMotor • Maio/2014 tecnologia_cimaf.indd 22 16/05/2014 01:51:49 tecnologia_cimaf.indd 23 16/05/2014 01:51:51 Foto: Jana Tomazelli AGRICULTURA DE PRECISÃO CRESCE DEMANDA POR MÃO DE OBRA QUALIFICADA Se toda tecnologia disponível nas máquinas e implementos fosse utilizada na totalidade, viveríamos uma revolução na eficiência operacional. Cláudio José de Sousa Pereira* 24 seja, a mão de obra continua sendo o fator limitante para o futuro da evolução p d do campo. Iniciativas que procurem proporcionar uma qualifip ccação dessa mão de obra fazem a diferença num sefa ttor como o rural. Ou ficamos prontos para utilizar a agricultura de precisão ou permanecermos na ineficiência. Com esse propósito o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) Goiás realiza visitas a propriedades rurais do Estado com a finalidade de identificar possíveis Foto: Divulgação Agrishow A atividade agrícola tem recebido grande investimento em maquinário na busca constante da qualidade e rendimento nas operações. Tudo isso com o objetivo de reduzir os custos de produção pela utilização de máquinas com alto grau de tecnologia embarcada. Seria muito interessante se toda tecnologia disponível nas máquinas e implementos fosse utilizada na totalidade. Com isso, viveríamos uma revolução na eficiência operacional. A limitação no uso da tecnologia está relacionada a fatores que vai muito além da dificuldade em operar máquinas de última geração. Precisamos vencer o baixo grau de instrução dos operadores que, via de regra, recebem pouca orientação e capacitação técnica. Ou Revista AgriMotor • Maio/2014 S agricultura de precisao.indd 24 16/05/2014 01:54:17 Módulo 1 – Agricultura de precisão para todos 16 horas Módulo 2 – Sistemas de orientação 16 horas Módulo 3 – Piloto automático 16 horas Módulo 4 – Operação e manutenção de semeadoras 16 horas Módulo 5 – Operação e manutenção do distribuidor 16 horas Módulo 6 – Pulverizador autopropelido 24 horas Módulo 7 – Monitor de colheita 16 horas TOTAL 120 horas Programa de Agricultura de Precisão - descrição dos módulos aplicados na capacitação dos produtores rurais e operadores de máquinas agrícolas a Melo sistemas operacionais, dependência de assistência altamente especializada, dentre outros fatores. Diante desses gargalos, o Senar Goiás criou um Programa de Agricultura de Precisão com apoio da Administração Central do Senar, no qual será executada uma de capacitação de pessoas que trabalham direta- Lariss gargalos no uso da tecnologia embarcada e agricultura de precisão. O resultado das visitas comprova a experiência de campo que nossos instrutores vivem no dia a dia. Encontramos máquinas subutilizadas, paradas nos barracões, funcionários trabalhando com baixo rendimento operacional, desconhecimento dos mente com a Agricultura de Precisão. Pretendemos dar início a uma nova abordagem teórica e prática com carga horária suficiente para o entendimento e aplicação correta da tecnologia disponível. O resultado esperado é disponibilizar mão de obra com conhecimento e habilidade para desempenhar funções que exijam maior conhecimento agregado. Temos o compromisso de levar soluções para a baixa qualificação das pessoas envolvidas na operação de máquinas com sistemas complexos, resultando em ganhos reais ao produtor rural no que refere a produtividade e rendimento das lavouras e eficiência e economia na aplicação de insumos agrícolas. Nessa conta também colocamos a ganho ambiental para o país e o respeito por nossos competidores externos. O Programa de Agricultura de Precisão será desenvolvido em 7 (sete) módulos presenciais, preferencialmente com intervalos de 15 em 15 dias, com carga horária total de 120 horas, de acordo com a metodologia da tabela. Foto: Foto: Divulgação Agrishow AGRICULTURA DE PRECISÃO *Cláudio José de Sousa Pereira é coordenador de ações e projetos do Senar Goiás. A LINHA COMPLETA DE AGRICULTURA DE PRECISÃO !" # $ %& ' &*+ &' , SEJA NOSSO DISTRIBUIDOR Banner Mag Ad.indd 1 agricultura de precisao.indd 25 SEJA NOSSO DISTRIBUIDOR (41) 9814-2949 e (41) 9203-2272 www.agleader.com 5/28/13 8:13 AM 16/05/2014 01:54:21 AGRICULTURA DE PRECISÃO APLICAÇÃO DE FERTILIZANTE O sensor de refletância Otmis GS 6200 relaciona a luz refletida pelas plantas com a necessidade de aplicar mais ou menos fertilizante nitrogenado em cada ponto da lavoura. A Jacto apresentou na Agrishow mais um equipamento que alia a tecnologia às necessidades específicas do produtor e da lavoura. O sensor de refletância GS 6200 é um produto da linha Otmis – marca da Jacto para agricultura de precisão – e está disponível para adubadora automotriz Jacto Uniport 3000 NPK. O equipamento parte do princípio de que propriedades espectrais das folhas da planta são alteradas pela deficiência do nutriente nitrogênio, possibilitando a fertilização nitrogenada a partir da refletância de determinados comprimentos de ondas de luz captadas pelo sensor Otmis GS6200 localizado próximo ao dossel das plantas. “Sensores óticos ativos terrestres são constituídos basicamente de uma fonte de luz e sensores que são capazes de medir as cores (comprimentos de ondas de luz) refletidas pelas plantas que são atingidas pela luz emitida. O sensor permite que a adubadora ‘enxergue’ a coloração Foto: Divulgação 26 de culturas como cana, por exemplo, e automaticamente aplique mais ou menos fertilizante nitrogenado, de acordo com a necessidade de cada ponto da lavoura, auxiliando os produtores a aplicar fertilizantes nitrogenados na dose necessária em função do vigor da cultura. Não se aplica mais nem menos do que a cultura precisa”, explica Denis Yukio Sakuma, Coordenador de Projetos de Adubação da Jacto. A partir de agora, com a integração do sensor Otmis GS6200 e o sistema de adubação do Uniport 3000 NPK, será possível fazer em tempo real a coleta das informações dos sensores, processar as informações considerando os algoritmos desenvolvidos especificamente para cana de açúcar e aplicar a taxa variável. Entre os benefícios do sensor Otmis GS6200 associado à adubadora Uniport 3000 NPK estão: aplicar fertilizantes nitrogenados de maneira localizada, respeitar variabilidade especial da lavoura, incrementar a eficiência do uso do fertilizante nitrogenado, aumentar a produtividade, diminuir gastos com fertilizantes e diminuir impactos ambientais. Para que os sensores façam a aplicação da dose exata, foram necessários vários anos de pesquisa para a elaboração dos modelos matemáticos – algoritmos que correlacionam o índice vegetativo da planta com a necessidade de nitrogênio. Estes algoritmos foram desenvolvidos pela Jacto em parceria com instituições como Esalq/USP. Jacto Revista AgriMotor • Maio/2014 agricultura de precisao.indd 26 16/05/2014 01:54:25 CLIPPING FADIGA DO TRATOR Equipado com uma tecnologia exclusiva no país, a primeira fase do Centro Tecnológico Tuzzi (CTT) acaba de ficar pronta. O laboratório instalado pela Tuzzi, empresa do Grupo Tuzzi, em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, conta com um equipamento especial com característica modular multiaxial para testes de fadiga que promete simular condições reais de trabalho e esforços de um trator em campo ou de um veículo automotivo pesado. ARÁBICA PERDE Estudo encomendado Conselho Nacional do Café, tomando como base a primeira estimativa da Conab – 46,5 milhões a 50,1 milhões de sacas de 60 kg – para a safra 2014, dos quais 35,0 a 37,4 milhões de sacas correspondem ao café arábica, constata perdas de aproximadamente 18% sobre a produção desse tipo de café, com o volume total a ser colhido (arábica+conillon) recuando para um intervalo entre 40,09 milhões e 43,30 milhões de sacas. IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS As vendas de implementos rodoviários de janeiro a abril de 2014 seguem em queda. Nos quatro primeiros meses do ano, a indústria registrou retração de 9,1% nas duas linhas de mercado – Leve e Pesado. “Não percebemos nenhum sinal que indique a retomada do ritmo da economia e isso preocupa muito o setor”, diz Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR). PODE CADASTRAR Os produtores rurais já podem inscrever os seus imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR), dando inicio à regularização dos passivos ambientais nas suas propriedades. Foi publicada, dia 6 de maio, no Diário Oficial da União (DOU), a Instrução Normativa nº2, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com os procedimentos para incluir os imóveis no CAR, em um prazo de dois anos – um ano, prorrogável por igual período. agricultura de precisao.indd 27 VEP MILHO A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comercializou, dia 30 de abril, 9.882 toneladas de milho, de um total de 24.999 toneladas ofertadas por meio de dois leilões de Valor para Escoamento de Produto (VEP). O valor da operação foi de mais de R$ 3,2 milhões. O produto é originário dos estoques da Conab em Mato Grosso (MT) e os municípios em que houve a comercialização foram Sinop e Sorriso. SEM FERRUGEM A Syngenta apresenta de maio até agosto em 60 municípios produtores de soja o Road Show Elatus, que marca o lançamento dessa nova tecnologia, “a mais eficiente para o controle da ferrugem asiática em mais de dez anos”. Cerca de 20 mil agricultores das regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul poderão conhecer a solução por meio de sessões noturnas com uma projeção 360º e efeitos especiais. CONAB MONITORA A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, em abril, seu Boletim de Monitoramento Agrícola. O foco da edição é a safra de verão 2013/2014, cujo plantio teve início em setembro/2013. O levantamento indica como os fatores climáticos estão afetando as lavouras nas diversas regiões do país. O estudo está disponível na área de destaques do Portal da Conab (www.conab.gov.br). F : www.fr Fo Foto w fr w.fr f eeim e ages.com com MENOS MILHO Estimativa divulgada hoje por Safras & Mercado, dia 25 de abril, indica que o Brasil irá colher 73,888 milhões de toneladas de milho na safra 2013/14, volume aquém das 82,069 milhões de toneladas produzidas na temporada 2012/13, mas acima das 72,698 milhões de toneladas obtidas na safra 2011/12. A expectativa é de que sejam colhidas 68,656 milhões de toneladas na região Centro-Sul e 5,232 milhões de toneladas nas regiões Norte/Nordeste. 16/05/2014 01:54:29 CULTURAS AGRO NÃO É APENAS GRÃO Uma das atividades do campo que mais agregam valor à produção, verticalizando o uso da terra, e ainda com uso intensivo de mão de obra é a policultura. N especialização e criação de estruturas organizativas que pudessem otimizar os recursos, cooperativas, por exemplo, foi um passo. Uma vantagem adicional da produção de diversas culturas num mesmo espaço é a possibilidade de um controle mais efetivo de adversidades que possam reduzir custos e o aumento da chance de casar a produção com uma intensa demanda do mercado. De um lado, economia pela obtenção de mais equilíbrio no controle de pragas e doenças, do outro, produtos com valor em alta. Sem falar da produção praticamente ininterrupta, colheita e plantio se sucedendo infinitamente. Pequenos cultivos como de alecrim, manjericão, couve, e até de alface, são feitos com colheitas que não significam a eliminação prematura da planta. EMBRAPA PESQUISA O ministério da Saúde, seguindo diretrizes da Organização Mundial de Saúde, recomenda a ingestão de, pelo menos, três porções de hortaliças por dia. E a qualidade também é importante: é necessário diversificar, alternando diferentes hortaliças a cada refeição. Para ajudar na escolha, a Embrapa Hortaliças (Gama-DF) lançou o Hortaliça não é só salada, um programa com informações e dicas. Trata-se de uma continuidade do projeto Hortaliças: como comprar, como conservar e como consumir, uma parceria da Embrapa Hortaliças com a Emater/DF, iniciado em 1999, quando três agrônomos (Milza M. Lana, Mário F. Melo e Fausto F. Santos) e duas economistas domésticas (Selma A. Tavares e Maria José L.F. Matos) reuniram-se para escrever uma série de cartilhas para o público geral com dois objetivos principais: contribuir para o aumen- Foto: Acervo Grips em tudo é grande extensão de terra no agronegócio. Nem tudo é commodity. Uma das atividades do campo que mais agregam valor à produção, verticalizando o uso da terra, e ainda com uso intensivo de mão de obra é a policultura, que tem como objetivo produzir diversas hortaliças e frutas ao mesmo tempo. Permite uma diversificação da produção e aumenta a rentabilidade. Historicamente, os produtores desse segmento, o chamado cinturão verde, foram paulatinamente se afastando dos centros urbanos à medida que cresciam as cidades e a terra ficava cada vez mais cara, intensificando a logística de distribuição desses produtos, quase sempre com a característica de pouco tempo de gôndola. E a necessidade de consumo quando ainda frescos. Daí à 28 Revista AgriMotor • Maio/2014 culturas.indd 28 16/05/2014 01:55:57 CULTURAS to do consumo de hortaliças pela população brasileira, oferecendo várias opções de uso desses alimentos no dia a dia, através de receitas nutritivas, de baixo custo e fácil preparo e contribuir para a redução das perdas pós-colheita de hortaliças, orientando a população sobre os atributos de qualidade a serem considerados na hora da compra e o correto manuseio e acondicionamento das hortaliças no mercado e na residência. Esse trabalho resultou na produção de 50 cartilhas, cada uma referente a uma espécie de hortaliça. Em 2010, essa coleção foi publicada na forma de livro, intitulado 50 Hortaliças: Como comprar, conservar e consumir. Agora, com novas parcerias e novos conteúdos, a Embrapa Hortaliças disponibiliza gratuitamente o site Hortaliça não é só salada. E a Agrishow também não é só grande cultivo, não. A Embrapa levou culturas.indd 29 à feira, entre outras tecnologias, o plantio direto de hortaliças, tomates híbridos e seu reconhecido trabalho sobre hortaliças não convencionais. O spd (sistema de plantio direto) aplicado às hortaliças tem um acentuado viés de sustentabilidade, incorporando as vantagens do sistema, largamente aplicado em grãos: maximiza o uso de água e energia, reduz custos de produção e diminui o uso de máquinas, entre outras. A Embrapa sistematiza o plantio direto de hortaliças para os diferentes biomas. O tomate BRS Iracema tem vocação para o segmento mesa, é considerado um híbrido rústico de excelente cobertura foliar com teor de licopeno bastante elevado. O híbrido RS Nagai “apresenta plantas com rápido desenvolvimento inicial, com a primeira floração próxima ao nível do solo, longo período de colheita e elevada produtividade”. Pode-se esperar colheita de até 11 quilos. de frutos por planta. Também para mesa, o híbrido BRS Zamir é indicado para consumo in natura. Pode ser cultivado em campo aberto ou protegido. A empresa de pesquisa também levou a Ribeirão Preto o sistema de proteção de tomates de mesa ecologicamente cultivado, o Tomatec, com diversas técnicas que buscam maior produtividade, melhor qualidade sem uso de agrotóxicos e mais retorno ao produtor. O trabalho focado em hortaliças não convencionais resgata e valoriza espécies que já foram populares, mas que vinham caindo no esquecimento. Exemplos: ora-pro-nobis, araruta, jambu. São muito importantes para agregar valor ao cultivo familiar devido à facilidade de cultivo, rusticidade e baia demanda por insumos. 16/05/2014 01:56:00 IRRIGAÇÃO NOVAS FERRAMENTAS DE INFORMAÇÃO O sistema terá informações sobre áreas irrigadas, infraestrutura de suporte à produção agrícola irrigada e disponibilidade de energia elétrica. C Foto: www.blog.valmont.com.br om o objetivo de armazenar dados confiáveis sobre agricultura irrigada em todo País, o Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Secretaria Nacional de Irrigação, irá lançar, até o final de maio, o Sistema Nacional de Informações sobre Irrigação (Sinir). Miguel Ivan, secretário nacional de Irrigação do ministério, explica que a ferramenta irá consolidar e gerenciar as informações do setor para dar suporte à gestão. “Atualmente, estas informações se encontram pulverizadas em alguns sistemas, e o nosso propósito é consolidar estes dados em um sistema sob a coordenação da Secretaria Nacional de Irrigação, que 30 funcione como ferramenta de apoio à gestão estratégica tanto em instituições públicas que atuam em políticas de agricultura irrigada quanto no setor privado”, diz Miguel. Segundo ele, a expectativa é de que o sistema forneça informações seguras para o setor fazer seus investimentos. “Temos uma expectativa de que o sistema possa auxiliar na disponibilização de informações que confiram margem de segurança aos investimentos no setor da agricultura irrigada, tanto os voltados à implantação de novas áreas produtivas com sistemas de irrigação e drenagem, quanto à reabilitação e modernização dos empreendimentos existentes”, afirma o secretário. O Sinir será dividido em módulos para facilitar sua implantação e manutenção. O sistema terá informações sobre áreas irrigadas, infraestrutura de suporte à produção agrícola irrigada, disponibilidade de energia elétrica e condições socioeconômicas do produtor irrigante. O primeiro módulo consolidará os dados dos projetos públicos de irrigação, sendo o Sistema de Informações sobre os Projetos Públicos de Irrigação (Sisppi) um de seus componentes. O sistema conterá informações gerais dos projetos, como vias de acesso, localização geográfica, área irrigável e por método, e sistema de irrigação, principais culturas exploradas, valor bruto de produção, organização de produtores e cooperativas existentes no projeto. O gerenciamento das informações dentro do sistema ficará sobre a responsabilidade do Ministério da Integração Nacional, da Secretaria Nacional de Irrigação e das entidades vinculadas, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf ) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). www.mi.gov.br Revista AgriMotor • Maio/2014 irrigacao.indd 30 16/05/2014 01:59:45 IRRIGAÇÃO LIBERAÇÃO DE VERBAS PARA PERÍMETROS IRRIGADOS O Mais Irrigação promoverá o cadastramento e a georreferenciação dos perímetros irrigados de Propriá, Contiguiba-Pindoba e Betume, localizados no estado de Sergipe. Coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MI) por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir) e executado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf ), o programa destinou cerca de R$ 1,6 milhão para o serviço de georreferenciamento. De acordo com informações da Codevasf, a ação ocorrerá em duas etapas. A elaboração do cadastro físico de reconhecimento deverá ser executada no prazo máximo de 90 dias, e a elaboração de cadastro físico-fundiário, agrícola, jurídico e econômico-social deverá ser concluído dentro de 180 dias. irrigacao.indd 31 O serviço vai contribuir para a regularização fundiária dos perímetros do Baixo São Francisco e abrange uma área de aproximadamente 15.500 hectares. “Com o geo r re fe re n c iamento teremos dados mais precisos sobre áreas produtivas destes projetos, o que permitirá uma melhor gestão destes perímetros irrigados,” assinala o secretário nacional de Irrigação do MI Miguel Ivan. O programa Mais Irrigação destinou R$ 102 milhões para serem investidos nos perímetros do Baixo São Francisco, em Sergipe. O programa já proporcionou a reabilitação dos canais de drenagem de Propriá, Co- Foto: Cássio Moreira/Codevasf Ação vai contribuir para a regularização fundiária dos perímetros do Baixo São Francisco, do Sergipe, numa área de aproximadamente 15.500 hectares. tinguiba/Pindoba e Betume, e a modernização do sistema de topografia. Atualmente, está em andamento a reabilitação dos canais de aproximação, que devem possibilitar o funcionamento das eletrobombas no máximo de sua capacidade e a pavimentação de corredores de escoamento dos três perímetros. www.mi.gov.br 16/05/2014 01:59:52 IRRIGAÇÃO BID APONTA IRRIGAÇÃO COMO DETERMINANTE PARA PRODUTIVIDADE Relatório divulgado pelo BID apresenta desafios e recomendações para o setor e sociedade civil: irrigação, gestão da água e tecnologia de mecanização. A é uma questão fundamental para a agricultura e a irrigação é determinante para a produtividade agrícola e a estabilidade do rendimento. Para o secretário nacional de Irrigação, Miguel Ivan, o relatório do BID reforça o seu conceito de aliar tecnologia para o melhor aproveitamento da irrigação. “O Ministério da Integração defende o incentivo à agricultura sustentável com o uso mais eficiente de todos os componentes e das novas tecnologias para aumentar a produtividade sem prejudicar o meio ambiente”, ressalta Miguel. Ainda segundo o relatório, é importante que a irrigação não seja vista apenas em função da movimentação e da entrega de água nas terras agrícolas, mas também da gestão dos recursos hídricos, para maximizar os benefícios do aumento da produção de alimentos (“mais colheita por gota”) nas comunidades agrícolas e, ao mesmo tempo, evitar que seu uso excessivo resulte em danos ambientais. As recomendações do documento para o setor de irrigação são que os formuladores de políticas públicas e as empresas agrícolas devem trabalhar para fazer avançar a pesquisa e a contínua adaptação, que aumentarão a eficiência da irrigação e da gestão de recursos hídricos. E também promover a difusão da adoção de técnicas que levarão ao uso mais sustentável da água para fins agrícolas. O relatório também acrescenta que as entidades dos setores público e privado devem procurar estabelecer parcerias inovadoras que promovam a pesquisa, o desenvolvimento e a adoção da agricultura mecanizada apropriada. www.mi.gov.br Foto: www.agencia.cnptia.embrapa.br região da América Latina e do Caribe poderá ajudar a alimentar uma população global de nove bilhões de pessoas em 2050, desde que implemente políticas chave para reforçar a produtividade agrícola. É o que indica um novo relatório divulgado dia 23 de abril pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Global Harvest Initiative (GHI). Baseando-se em conhecimento e experiência de mais de trinta parceiros do setor público e privado, o documento apresenta desafios, recomendações e itens de ação para as autoridades políticas, a comunidade doadora, agricultores, agronegócio e sociedade civil. Alguns fatores apontados no relatório para ação política e investimento foram a irrigação, a gestão da água e a tecnologia de mecanização. A água 32 Revista AgriMotor • Maio/2014 irrigacao.indd 32 16/05/2014 01:59:56 OPINIÃO O MINISTRO DA FAZENDA NÃO COMPREENDE O SETOR SUCROENERGÉTICO Não se investe, tem menos açúcar, etanol e eletricidade, prejudica a balança comercial, abastecimento, inflação, aumenta a poluição, enfim... Marcos Fava Neves* a Melo Petrobras para não prejudicar a eleição. 2015... dane-se. Aí vem a presidente da Petrobrás, na sabatina, dizer que faltam investimentos no setor de cana, que este é o problema, e que o preço da gasolina está adequado. O ministro quer que os preços do etanol caiam e voltem a dar prejuízo, e a presidente da Petrobrás diz que faltam investimentos na cana... Difícil entender a “graça” do raciocínio deste pessoal. Mais saudável é não ver notícias pela manhã. Ai nosso dia rende mais e entramos no mundo encantado da gestão atual, onde tudo está lindo, tudo dá lucro, tudo dá certo, e onde os sonhos se tornam realidade. Mundo que só existe na cabeça deles, da imensa parte do Brasil bolsista que não lê, e em Orlando. Lariss Foto: www.freeimages.com produção. Estamos começando a safra e vai reduzir o preço do etanol e também dos combustíveis”. Primeiro, um pouco de humor... Não é o etanol que aumenta a sua produção. Etanol não decide. Lembrei daquela frase clássica das mocinhas de Congonhas: “a aeronave que fará o voo estimou seu pouso”... ou “devido ao pouso tardio da aeronave, seu voo está atrasado”... Aeronave e etanol ganharam capacidade de decisão! O ministro talvez não perceba o dano feito à Petrobras com esta política populista de preços de combustíveis e ao país na energia elétrica. Se muitos que entendem dizem que os combustíveis e a energia precisam subir, como ele diz que devem cair? Se cair o preço do etanol hidratado, este produto volta a dar prejuízo aos industriais e produtores, como nos últimos anos, e com isto endivida e sucateia mais ainda o setor. Não se investe, tem menos açúcar, etanol e eletricidade, prejudica a balança comercial, abastecimento, inflação, aumenta a poluição, enfim... O ministro também não viu que a seca deve quebrar parte da produção de cana, complicando o quadro. Dane-se o setor de cana e o Brasil como potência bioenergética. O importante é cumprir a meta de inflação, às custas do produtor de cana, do industrial de cana e dos acionistas da Foto: D esperto para uma quinta-feira (24/4) cheia de atividades, como quase todos os brasileiros da produção que lerão este texto. Tomo o café assistindo notícias da TV, que pela manhã concentram o show de horrores de ônibus queimados, caixas estourados, tiros dados e acertados, invasões, corruptos indiciados e outros brindes. Simultaneamente leio os jornais, começando pelo esporte, depois cultura, economia e termino na política, onde volta o show de horrores. Recorto algo para processar melhor e refletir, normalmente opiniões. Ainda gosto da leitura no papel. Mas hoje travei na página B10 do Estadão, na matéria “Governo descarta aumentar 2,5% de etanol na gasolina”. Esta medida foi defendida na Carta de Campo Grande, com políticas públicas e privadas ao setor. Bem planejada, só traria benefícios econômicos, ambientais e sociais à sociedade, seja à Petrobras, à balança comercial, emissões de carbono, geração de empregos e à cadeia produtiva. Especialistas de universidades declararam não acreditar que carros antigos sofram com esta pequena adição. Destacada na matéria, a frase do ministro da Fazenda: “Sempre é possível aumentar, mas neste momento não estamos cogitando. Hoje a mistura é de 25% e nós agora estamos num período em que o etanol aumenta sua *Marcos Fava Neves é professor titular de planejamento estratégico e cadeias alimentares da FEA-RP/ USP. Autor de 25 livros publicados em oito países. Maio/2014 • Revista AgriMotor 33 Fotos: Divulgação inpEV SUSTENTABILIDADE EMBALAGENS DE DEFENSIVOS PARA O DESTINO CORRETO Quantidade de embalagens retiradas do campo pelo Sistema Campo Limpo é 14% maior que a de 2013. No estado de São Paulo é 7% maior. N o primeiro trimestre, o Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas), formado por agricultores, fabricantes - estes representados pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) -, canais de distribuição e com apoio do poder público, encaminhou para o destino ambientalmente correto 10.553 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos. O número alcançado representa um crescimento de 14% em relação a 2013. De acordo com dados do instituto, ainda em comparação a 2013, treze estados apresentaram crescimento na quantidade destinada. As maiores cargas saíram do Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Goiás e 34 Estado 2013 2014 % Mato Grosso 2.319 2.566 11 São Paulo 1.238 1.321 7 Paraná 1.088 1.210 11 Goiás 1.121 1.157 3 Rio Grande do Sul 824 1.017 23 Minas Gerais 680 946 39 Bahia 743 837 13 Mato Grosso do Sul 599 683 14 Piauí 79 199 152 Santa Catarina 57 175 204 Rondônia 61 85 40 Espírito Santo 41 75 82 Tocantins 40 54 35 387 225 (42) 9.279 10.553 14 Outros Brasil Comparativo de embalagens destinadas – Jan. a Mar. de 2013 x 2014 Revista AgriMotor • Maio/2014 sustentabilidade.indd 34 16/05/2014 02:04:14 SUSTENTABILIDADE Rio Grande do Sul, que juntos correspondem a cerca de 70% do total retirado do campo no Brasil. Santa Catarina, Piauí e Espírito Santo foram os estados que obtiveram maior crescimento percentual na quantidade destinada. O estado de São Paulo encaminhou para o destino ambientalmente correto 1.321 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos, quantidade 7% maior, se comparada ao mesmo período do ano passado. O inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, é uma entidade sem fins lucrativos criada pela indústria fabricante de agrotóxicos para realizar a gestão pós-consumo das embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº sustentabilidade.indd 35 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A legislação atribui a cada elo da cadeia (agricultores, fabricantes e canais de distribuição, com apoio do poder público) responsabilidades compartilhadas que possibilitam o funcionamento do Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos). O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui mais de noventa empresas e dez entidades em seu quadro associativo. 16/05/2014 02:04:17 EVENTOS TECNOLOGIA AGRÍCOLA EM AÇÃO Ribeirão Preto, uma das mais importantes cidades do interior paulista, foi palco da Agrishow 2014, evento consolidado no calendário de feiras de negócios do Brasil. N Fotos: Divulgação Agrishow o período de 28 de abril de 2 de maio e patrocinada pelas principais entidades ligadas ao agronegócio, realizou-se na cidade de Ribeirão Preto a 21ª edição da Agrishow. Segundo destaque do presidente da feira na sessão de abertura “Se outros setores tivessem o mesmo desempenho da agricultura, teríamos já superado as desigualdades e poderíamos ser considerados um país de primeiro mundo”. Aproveitou para criticar a ausência de um projeto político consistente voltado exclusivamente para o agronegócio. Segundo ele, os caminhos que trilhamos neste momento da vida brasileira estão completamente equivocados, principalmente no campo energético e precisamos corrigir os rumos imediatamente, sob o risco de virmos sucumbir todo o esforço que foi desenvolvido nos últimos anos. 36 Revista AgriMotor • Maio/2014 A cerimônia de abertura contou com a presença do ministro Neri Geller, da Agricultura representando a presidenta Dilma Roussef, que ressaltou que sua gestão será marcada principalmente pela continuidade dos programas já existentes em seu ministério e que, segundo ele, vem produzindo bons frutos para o Brasil. O evento contou com a presença do ministro do Desenvolvimento da Agricultura, Mecanização e Irrigação da República do Zimbábue, Joseph M. Made, que na ocasião assinou o primeiro contrato de financiamento internacional visando o incentivo para pequenos e médios produtores de seu país, que passarão a ter acesso ao crédito na mecanização de sua propriedade, com período de carência e prazo adequados. Desta forma o Brasil estende um dos programas que deram bons resultados para a agricultura familiar, a pequenos e médios agricultores da nação africana. Também na seção de abertura foram anunciados os vencedores do Prêmio Gerdau Melhores da Terra, categoria novidade Agrishow. A premiação, que completou vinte anos e já se tornou tradicional, foi concedida na categoria agricultura familiar, para um equipamento de irrigação por gotejamento em pequenos módulos de até um hectare da Netafim. Na categoria agricultura de escala, o prêmio foi para a colheitadeira de grãos MF 9895, fabricada pela AGCO. A produção brasileira de grãos, também foi destaque na seção de EVENTOS abertura e o desempenho de Mato Grosso neste quesito foi premiado com a concessão de medalha de ouro Agrishow, recebida pelo governador do estado, Silval da Cunha Barbosa e pelo agricultor Eraí Maggi, um dos maiores produtores individuais de soja do mundo. Também foi concedida uma medalha de ouro comemorativa ao Ano Internacional da Agricultura Familiar, celebrado neste ano, ao produtor Fernando Kubota, de Brazlândia (DF), que produz frutas e hortaliças e foi o primeiro agricultor familiar a assinar um compromisso para receber recursos do Plano Mais Alimentos. Foi representado no ato pelo ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Segundo o ministro desde que foi criado, já foram assinados mais de 500 contratos, com agricultores familiares brasileiros. No encerramento da festa de abertura falou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que anunciou a construção de um Museu da Agricultura e Tecnologia na Agrishow. Os trabalhos já estão em andamento e a licitação sairá nos próximos trinta dias. Inicialmente foram destinados e disponibilizados para a obra R$ 16 milhões. Parabenizou a todos pela feira e ressaltou “A Agrishow é um instrumento para o setor. Mais importante do que as máquinas em si é o resultado delas, que produzem alimentos e energia para todos”. BALANÇO FINAL No encerramento da feira. Maurilio Biagi Filho, que está se despedindo da presidência da feira neste ano, anunciou que o público visitante ultrapassou 160 mil pessoas e os negócios devem ter atingido a casa dos R$ 2,7 bilhões. Não tinha ainda os números definitivos. Segundo Biagi, mesmo com todas as adversidades por que passa o setor sucroenergético, os problemas climáticos que causaram enormes prejuízos à safra e as incertezas políticas por conta das eleições, o número de máquinas vendidas com mais tecnologia e maior valor agregado, possibilitaram o aumento de faturamento neste ano. Destacou ainda que esta foi uma feira com um ótimo potencial político, pois vários candidatos a cargos eletivos como presidência da republica e a governo do estado, além de políticos de todos os partidos, muitos candidatos nas próximas eleiçõesestiveram prestigiando a feira com sua visita deste ano. Por fim ressaltou que considera que um dos ganhos para o agronegócio brasileiro foi o lançamento durante a Noite de Gala Agrishow, no domingo o Prêmio Brasil Agrociência que vai incentivar cientistas e pesquisadores a desenvolver estudos e pesquisas que sejam de rápida aplicação e visem principalmente o aumento de produtividade nacional nas áreas de fitotecnia, zootecnia, engenharia rural, economia rural e sustentabilidade com a primeira concessão sendo entregue na feira de 2015. Maio/2014 • Revista AgriMotor evento_agrishow.indd 37 37 16/05/2014 02:05:55 EVENTOS VANTS INVADEM O AGRO O mercado e a aplicação de Vants (Veículos Aéreos não Tripulados) ou drones tem crescido e despertado a atenção de vários segmentos da economia mundial. Além do uso em segurança, os drones também trazem benefícios para o segmento l, como ferramenta para alavancar os agronegócios. Como monitorar e levantar diagnósticos sobre condições ambientais e levantamento de dados sobre estados de lavouras. Incluindo controle de linhas de transmissão de energia, fiscalização e monitoramento ambiental, mapeamentos de pequenas áreas, acompanhamento de projetos de construção, entre muitas outras atividades. TRATOR DO ANO TEM TRELLEBORG Foto: Divulgação A Trelleborg está satisfeita com a conquista da New Holland com o prêmio Trator do Ano 2014. Os pneus que equipam o trator de potência máxima são da Trelleborg e contam com a inovadora tecnologia Progressive Traction. Esta tecnologia representa uma inovação e um marco para a agricultura. Foram dois anos de testes e simulações numéricas, tanto em laboratório como em campo, que originaram a tecnologia Progressive TractionTM, aplicada pela primeira vez no pneu 650/65R38. A banda de rodagem tem uma superfície completamente diferente e suas garras duplas são os destaques dessa nova solução. KBM FATURA 9% A MAIS A KBM comercializou 95 equipamentos para a cultura de amendoim, seus carros-chefes, além de produtos para outras culturas como cana-de-açúcar. O total de equipamentos vendidos para os produtores de amendoim foi 30% menor em relação à feira do ano passado, mas em razão da venda das colhedoras, lançamento de 2014, que têm um maior valor agregado, o faturamento da empresa cresceu 9% se comparado à Agrishow de 2013. Os principais produtos comercializados foram os arrancadores pantográficos de amendoim e a colhedora de quatro e seis linhas. 38 MAIOR PNEU PARA TRATORES A Michelin apresentou, pela primeira vez no Brasil, o maior pneu para tratores do mundo durante a Agrishow. Desenvolvido para máquinas agrícolas de forte potência, de 250 CV a mais de 450 CV, o Michelin AxioBib possui a inovadora tecnologia Ultraflex, presente nos pneus do segmento agrícola da empresa, que permite às máquinas carregar a mesma quantidade de carga, com menores níveis de pressão nos pneus - ou cargas mais pesadas com a mesma pressão. A solução Ultraflex permite carregar 20% a mais de carga e oferece 22% a mais de aderência quando comparado a pneus radiais padrões, proporcionando máximo contato com a superfície, além de diminuir a compactação do solo. Foto: Divulgação A AGCO firmou, durante a Agrishow, acordo de cooperação técnica com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com o objetivo de unir esforços para facilitar o acesso dos produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná aos atuais programas de crédito agrícola. Com o apoio das redes de concessionárias das marcas Massey Ferguson e Valtra, o agricultor poderá conhecer mais detalhadamente os diferentes programas mantidos pelo governo federal, operados pelo BNDES, tais como: ABC (Agricultura de Baixo Carbono), Pronamp (Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural), PCA Armazenagem (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) entre outras, além das linhas convencionais como o Finame PSI e Moderfrota. Foto: Divulgação AGCO E BRDE: ACORDO NO SUL O novo F-4000 foi a grande atração da Ford Caminhões na Agrishow. Essa é a primeira exibição do modelo para o grande público, desde o anúncio de seu lançamento no mercado previsto para o segundo semestre deste ano. A versão Euro 5 do F-4000 é aguardada com muita expectativa no mercado, especialmente pela sua versatilidade. “Desde que anunciamos o retorno da produção da Série F, estamos sendo procurados por clientes interessados em antecipar a sua entrega”, diz Antônio Baltar Jr., gerente nacional de vendas e marketing da Ford Caminhões. “O interesse mostrado na Agrishow está confirmando essa expectativa.” Foto: Divulgação NOVO F-4000 ESTREIA EM FEIRAS Revista AgriMotor • Maio/2014 evento_agrishow.indd 38 16/05/2014 02:05:59 EVENTOS Foto: Divulgação KUHN COMPRA MONTANA Foto: Divulgação AS TECNOLOGIAS IHARA A Ihara, tradicional fabricante de defensivos agrícolas, apresentou aos produtores visitantes da feira novas tecnologias e inovações para as culturas da cana-de-açúcar, soja e citros. Entre os produtos apresentados, destaque para os indicados a cultura da cana-de-açúcar: Flumyzin, para o manejo de plantas invasoras em pré-emergência na soca; Pottente e Frowncide, indicados para o manejo e tratamento de sulco, visando a uma lavoura mais sadia, melhor perfilhamento, enraizamento e controle de nematoides, fungos e pragas, utilizando o riper como maturador. Para o manejo de soja, os lançamentos são o Incrível, para o controle de percevejos e o Gemstar no controle de helicoverpa armigera (biológico). Para citros, o Okay, para o controle de ácaro da leprose. APROVAÇÃO DE CRÉDITO AO AGRO O Santander Brasil anunciou na Agrishow seu novo modelo de processamento e aprovação dos financiamentos ao agronegócio. As melhorias realizadas no sistema permitiram uma redução de mais de 40% no prazo para a concretização das operações. O cliente recebe em 26 dias, em média, a autorização para o uso do crédito. O ganho foi obtido graças a um conjunto de iniciativas, a começar pela implantação de doze núcleos operacionais descentralizados – capazes de acompanhar com mais velocidade o trâmite dos pedidos de financiamento, que passaram a ser digitalizados no momento da entrada das propostas. NOVIDADES YANMAR AGRITECH A Agritech, fabricante dos tratores e cultivadores motorizados Yanmar Agritech, apresentou o modelo 1175 S, desenvolvido pela fábrica de Indaiatuba (SP) e especialmente planejado para agricultores de diversas culturas que trabalham em áreas rurais médias e pequenas. Os grandes diferenciais são o câmbio sincronizado, o sistema de direção hidrostática e com grande precisão, o eixo dianteiro mais robusto e o sistema de refrigeração de água e óleo integrado. A Agritech é a única empresa brasileira com a linha de tratores, microtratores e implementos agrícolas voltadas especialmente para a agricultura familiar, e que busca levar tecnologia para o pequeno produtor, responsável por grande parte da produção nacional. Foto: Divulgação Ampliação dos produtos ofertados e maior capacidade de investimentos. Assim pode ser analisada a aquisição da Montana Agriculture pela fabricante de máquinas agrícolas francesa, Kuhn. Em uma negociação que levou cerca de um ano para ser concretizada, a Kuhn ganha em capacidade e amplia ainda mais seu mercado de atuação. Com a aquisição, a empresa passa a ter três unidades industriais no Brasil, sendo duas da Montana. A terceira é referente à compra da Metasa, em Passo Fundo (RS), transação realizada quando a empresa francesa entrou no país, em 2005. Com a nova aquisição, a Kuhn Montana passa a ofertar para todos os produtores o seu sistema completo do plantio a colheita. TITAN INVESTE U$ 25 MILHÕES A Titan Pneus completa três anos de atuação no Brasil e anuncia na feira os resultados positivos obtidos em 2013, as projeções para 2014 e os planos de expansão que contempla US$ 25 milhões em investimentos. Inovação e desenvolvimento de produtos para atender a demanda nacional são as diretrizes que têm levado a Titan a atingir resultados expressivos no Brasil. “No mercado agrícola, o volume de vendas da marca Goodyear Farm Tires cresceu cerca de 30% em 2013”, afirma o diretor de vendas e marketing para a América Latina, Luiz Marthe. No Brasil, a Titan produz e comercializa para o país e para a América Latina pneus das marcas Goodyear Farm Tires, Goodyear (Florestal e Ônibus e Caminhões/convencionais), Titan OTR (fora de estrada) e Titan (industrial). LÍDER VENDE SEGUNDA AERONAVE A Líder Aviação anunciou a segunda venda da Agrishow 2014: um Baron G58, que custa 1,410 milhão de dólares (sem impostos), foi negociado dia 30 de abril, no final da tarde. Os contratos fechados na feira ultrapassam 2,8 milhões de dólares. Maio/2014 • Revista AgriMotor evento_agrishow.indd 39 39 16/05/2014 02:06:03 EVENTOS Os modelos altamente tecnológicos da nova série S de colheitadeiras John Deere foram o grande destaque da fábrica. Mais eficientes, realizam o trabalho em um curto espaço de tempo, podendo finalizar a colheita até sete dias antes do previsto. As colheitadeiras S540, S550, S660, S670 e S680 possuem cabine com novo desenho, mais espaço interno, itens de conforto – como frigobar – e ampla visão das laterais e plataforma. Junto ao monitor de controle CommandCenter, pode ser acionada a tecnologia HaverstSmart, que diminui a perda de grãos e regula automaticamente a velocidade de operação, resultando em máxima produtividade. Outro diferencial é o Sistema Interativo de Ajuste, que oferece sugestões para diminuir a perda, aumentar a qualidade do grão ou alterar a condição de palha. VERMEER LANÇA DESTOCADOR A Vermeer lançou o destocador SC30TX na Agrishow 2014 e apresentou outras oito máquinas já comercializadas no Brasil. Ao todo, a frota apresentada cobre três segmentos atendidos pela empresa, incluindo os setores industrial, agrícola e de biomassa. Os lançamentos ainda incluem a minivaletadeira RTX 250 e a segadora condicionadora MC3700. O destocador SC30TX é direcionado para atividades de manejo de árvores. O equipamento ocupa um nicho específico de mercado, principalmente com a legislação que regula o descarte de resíduos sólidos. O foco principal da máquina está nas prefeituras, que hoje utilizam métodos tradicionais para remoção dos tocos de árvores. VIPAL FOCA REFORMADORES PNEUS DE ALTA FLUTUAÇÃO Foto: Divulgação A Pirelli trouxe os novos pneus radiais de alta flutuação destinados para transbordo de canade-açúcar. Complementando a gama de produtos agrícolas da empresa, o HF85 tem como diferencial a tecnologia voltada para compostos radiais, diferente da já conhecida linha HF75. Entre as principais características dos produtos, destacam-se o alto índice de carga, a baixa compactação do solo, a baixa rumorosidade e a capacidade de autolimpeza. A Pirelli desenvolveu esta nova linha de pneus com foco na safra de 2015, as novidades serão disponibilizadas no mercado para o consumidor a partir do ano que vem. 40 Revista AgriMotor • Maio/2014 VOESTALPINE MEINCOL A voestalpine Meincol, tradicional empresa de Caxias do Sul (RS) que pertence ao grupo austríaco voestalpine – líder europeu em tubos e perfis de aço – apresentou um portfólio de soluções em aço que já estão presentes em todos os expositores do evento, como John Deere, Massey Ferguson, Stara, Case New Holland, Mahindra, LS Mtron, Vence Tudo, Semeato, entre outros. O estande exclusivo da empresa contou um completo mix de produtos direcionados para atender às demandas e as mais variadas aplicações do segmento agrícola e do transporte. O foco é na divulgação de produtos especiais, tubos para cabines de tratores, colheitadeiras, sprayer, tubos para plantadeiras e estruturas de máquinas agrícolas, através da nova tecnologia Direct Forming, fornecida apenas pela unidade da empresa no polo metalmecânico de Caxias do Sul. Permite conformação de aços de alta resistência nas mais variadas geometrias, reduzindo o peso de estruturas tubulares e perfis. Foto: Divulgação A Vipal não poderia deixar de marcar presença, já que o agronegócio é um dos principais setores consumidores de seus produtos. No ano em que a Agrishow tem como slogan “Os melhores craques do campo estão aqui”, a Vipal ressalta a competência e qualidade do time de profissionais da sua rede autorizada. Com o conceito “Para entrar em campo, conte com a força desse time”, a líder na América Latina e uma das mais importantes fabricantes mundiais de produtos para reforma de pneus, levou para Ribeirão ilustrações representando os jogadores do time ção da rede autorizada Vipal, cada um lga u v Di dos fortões transmitindo “a mensagem to: Fo de que a Rede Vipal tem toda a força que o homem do campo precisa para desenvolver as mais diferentes atividades”. Foto: Divulgação Foto: Divulgação SÉRIE S DE COLHEITADEIRAS EVENTOS ROSSETTI LANÇA GRANELEIROS A Rossetti expôs seu Rodotrem graneleiro, capaz de levar até 74 toneladas de peso bruto total (PBT). Fabricado em aço de alta resistência, possui engate esférico e cambão rígido. De acordo com o gerente de marketing da empresa, Daniel Rossetti, o equipamento é adequado para transporte em longas distâncias e estará disponível nas versões intercambiáveis – quando o semirreboque da frente pode ser usado na parte traseira – ou não. O segundo lançamento, o semirreboque com capacidade de 46m3, ideal para atender o mercado agro. Lançado na versão graneleira, possui as mesmas características da Vanderleia convencional (sucesso de vendas desde 2011), com diferencial de ser fabricado com chapas mais finas com 2 mm, que fazem com que o implemento tenha o peso reduzido e viabilizem o ganho de carga de uma tonelada em comparação com o modelo carga geral. A Yara Fertilizantes levou para a Agrishow 2014 o Programa Nutricional Longevita. Único no mercado, ele garante mais produtividade, longevidade e lucratividade no segmento sucroenergético. “O Programa Nutricional Longevita proporciona uma safra mais uniforme, maior quantidade de ATR (Açúcar Total Recuperável), aumento no tamanho dos entrenós e estimula o nascimento de raízes”, destaca Nélson Queiroz, gerente comercial da Yara. Ele explica que “o Longevita prevê o uso de YaraMila, produto que traz nitrogênio, fósforo e potássio no mesmo grânulo, da linha de micronutrientes líquidos YaraVita para tratamento de toletes e aplicações foliares. Dessa forma, são fornecidos todos os nutrientes exigidos pela cultura, o que proporciona mais cortes produtivos e prolonga a vida útil do canavial, reduzindo os custos de renovação”. Modelo M d l BGB de 2.000 até 10.000kg Foto: Divulgação Yara Foto: Divulgação YARA: NUTRIR O CANAVIAL Modelo M d l BGE de 500 até 50.000kg HUSQVARNA FACILITA Foto: Divulgação Com uma linha completa de equipamentos para grandes e pequenas propriedades rurais, a Husqvarna, multinacional sueca líder em equipamentos para manejo de áreas verdes e que está completando 325 anos de história, anunciou, exclusivamente para a Agrishow, a facilidade de pagamento em até doze vezes sem juros. Além dos produtos que mais se destacaram em vendas no ano passado – a roçadeira 226RJ, utilizada na colheita de café e que vendeu o dobro comparado a 2012, e os cortadores de grama profissionais Giro Zero, modelos MZ 5225, PZ 60 e o novo RZ 4824F, os visitantes puderam adquirir motosserras, roçadeiras, tratores cortadores de grama, sopradores, atomizadores, entre outros produtos. PRECISÃO E CONFIABILIDADE NO CONTROLE E TRANSMISSÃO DOS DADOS DE PESAGEM ELETRÔNICA, ROBUSTA E CONFIÁVEL COM A MELHOR RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO R. 12 de Setembro, 668/700 Vila Guilherme CEP 02052-000 São Paulo – SP – Brasil Tel: 11 2901 1895 www.navarro.com.br SETOR SUCROALCOOLEIRO ÍNDICES GERENCIAIS DO SETOR DE MECANIZAÇÃO NA CULTURA DE GRÃOS Tabelas detalhadas com análise dos custos, conforme categorias dos equipamentos permite equacionar melhor os orçamentos futuros. Ângelo Domingos Banchi, José Roberto Lopes, Valter A.C.Ferreira* O crescente número de má- de manutenção da frota: consumo presas do segmento agrícola especiaquinas e de equipamentos de combustível, eficiência de dis- lizadas na produção de grãos como: que estão sendo incorpo- ponibilidade de manutenção, efi- soja, milho e algodão. rados na produção agríco- ciência de atendimento, la brasileira tem efetuado profundas densidade de manuten- Tabela 01: Características da pesquisa Unidade Valor modificações em nossos processos ção e eficiência da mão de Informes Horas estudadas h 227.522,6 agrícolas. Conforme aumenta a meca- obra mecânica. ha 128.500,0 nização em nossas culturas, a mão de Essas informações fo- Área cultivada 617 obra rurícola, que quantitativamente ram extraídas de bancos Quantidade de equipamentos 223 decresce, tem sofrido adaptações ou de dados gerados por sis- Número de modelos máquinas anos 4,7 modificações para atender as novas temas computacionais de Idade média h 4.506,0 atividades de produção e operação, e gestão da manutenção e Idade média km 69.023,0 ainda, suprindo outros setores. Neste visam a auxiliar os clientes Idade média % 88,4 ínterim, os processos de gestão têm usuários a realizarem diag- Disponibilidade manutenção % 26,0 evoluído e demandam sistemas de nósticos e análises econô- Eficiência Atendimento Qde_O.S./ eq 1,5 informações ágeis e eficientes. In- micas do desempenho das Densidade de manutenção Centroeste Região agrícola formações referenciais para a devida máquinas e dos veículos. comparação e para a avaliação sobre A pesquisa elaborada Culturas de grãos ha 128.500,0 (soja, milho, algodão) sua situação e realidade são de vi- utilizou um conjunto de emtal importância; gerando, Tabela 02: Utilização média anual (horas horímetro) por faixa de potência desse modo, o desenvolPotência mínimo média máximo desvio coeficiente vimento de um benchma- Classe Mecânica Faixa Potência neq (cv) (h) (h) (h) padrão Variação rking da produção agrí- Tratores de Pneu LEVE 12 82 102 316 663 209 66,1 cola. Essa base de dados MÉDIO 53 126 148 1.116 3.208 811 72,7 PESADO 39 170 107 606 1.709 464 76,6 técnicos, dentro de um EXTRAPESADO 55 274 221 1.689 3.331 969 57,3 sistema informatizado de Tratores Média/total 159 185 102 1.129 3.331 905 80,2 gestão, pode auxiliar com 768 1.806 408 53,1 Pulverizadores MÉDIO 18 131 107 respostas rápidas e prePESADO 6 184 766 1.749 2.536 632 36,1 cisas sobre desvios e não EXTRAPESADO 14 248 676 1.603 2.226 480 29,9 conformidades, permitinPulverizadores Média/total 38 182 107 1.230 2.536 641 52,1 do a devida correção. Total Geral 197 184 102 1.148 3.331 860 74,9 Apresentamos alguns *neq = número de equipamentos estudados *faixa de potência no gráfico 01 indicadores agrícolas e 42 Revista AgriMotor • Maio/2014 sucroalcooleiro.indd 42 16/05/2014 02:09:10 SETOR SUCROALCOOLEIRO Gráfico: 01 – Utilização média por faixa de potência – Trator de pneus Gráfico: 02 – Utilização média por faixa de potência - Pulverizadores Gráfico 03: Consumo médio de combustível por faixa de potência Gráfico 04: Consumo médio de combustível por faixa de potência – Pulverizador BASE DE DADOS Pesquisando os resultados obtidos pelos sistemas informatizados, numa determinada base de dados confiável estudou-se de um conjunto de produtores com as características listadas na Tabela 01. USO DA FROTA O conhecimento do período de uso (trabalho) dos equipamentos ou dos modelos que compõem uma frota, embora aparente ser um índice muito simples, é de fundamental importância. Visto que todos os mé- todos de cálculo do custo fixo requerem essa informação, ela se torna ainda mais importante para o cálculo do orçamento de novos exercícios. Na Tabela 02 são apresentados esses valores por classe operacional, sendo que esse conjunto engloba vários Tabela 03: Consumo médio de combustível por faixa de potência Classe Mecânica Faixa Potência LEVE MÉDIO PESADO EXTRAPESADO Tratores de Pneu Média/total Pulverizadores MÉDIO PESADO EXTRAPESADO Pulverizadores Média/total Total Geral Tratores de Pneu neq Potência (cv) Período Trabalhado (h) Diesel Consumido(l) Consumo Médio (l / h) 20 59 45 59 183 19 7 14 40 223 83 127 170 280 199 130 185 248 177 197 4.214,2 59.446,6 23.975,1 93.042,2 180.678,2 13.844,1 10.565,0 22.435,4 46.844,4 227.522,6 24.113,1 440.535,3 298.965,4 2.526.609,7 3.290.223,5 103.449,4 143.025,6 419.160,7 665.635,7 3.955.859,2 5,7 7,4 12,5 27,2 18,2 7,5 13,5 18,7 14,2 17,4 Consumo Especifico (l/h/cv* 100) 6,9 5,8 7,3 9,7 9,1 5,8 7,3 7,5 8,1 8,8 *neq = número de equipamentos estudados *faixa de potência no gráfico 01 – leve = 70 a 99cv, médio 100 a 145cv, pesado = 146 a 199cv ,e EP = > 200cv Maio/2014 • Revista AgriMotor sucroalcooleiro.indd 43 43 16/05/2014 02:09:12 SETOR SUCROALCOOLEIRO Gráfico: 05 – Consumo médio por potência – Trator de pneu extrapesado (litros / hora) modelos com as mesmas características operacionais. Gráfico: 06 – Consumo médio por potência – Trator de pneu extrapesado (l / h / cv * 100) de combustível tem poucos dados captados. Consideramos, porém, importante detalhar essa análise num estudo de potência contínua, conforme o gráfico 05. Esse estudo também pode ser efetuado no consumo nominal, consumo de combustível (l / h) dividido pela faixa de potência onde obteremos o novo índice de referência. Na análise do consumo de combustível, verificamos que, pela multiplici- dade tarefas que uma máquina permite, torna-se importante detalhar o estudo por tarefa agrícola (operação agrícola). O estudo dos indicadores mecânicos deve ser incluído nessas análises (gráfico 07). ESTUDO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS Ao adentrar-se na análise individual de cada componente do custo de um equipamento, notamos que a parcela referente ao combustível tem DISPONIBILIDADE DE MANUTENÇÃO uma alta participação dentro do custo A disponibilidade de manutenção total do equipamento. A sua análise técnica torna-se importante, e apreé o índice que representa o percentual sentamos seus consumos (litros consumidos / hora Tabela 04: Consumo médio de combustível por faixa de potência e operação agrícola Trator pneu faixa de potência extrapesado > 200 cv trabalhada) dentro de um Uso Diesel Consumo Consumo conjunto de equipamentos FaixaPotência DescriçãoOperação Especifico do mesmo modelo – classe (h) (l) (l/h) (l/h/cv*100) operacional por faixa de EXTRAPESADO > 201 Plantio de soja 9,2 36.169,71 911.580,58 25,2 potência – Tabela 03. Plantio de milho s/adubo 12.559,03 279.258,34 22,2 8,1 Uma análise visual pode Grade 34 6.472,46 237.707,14 36,7 12,1 11,8 Subsolador 6.078,86 230.501,66 37,9 ser realizada nos gráficos 3 8,3 Plantio de milho 5.537,14 135.777,09 24,5 e 4, onde destacamos o pri8,6 Plantio de algodão 4.430,40 116.071,89 26,2 meiro para tratores de pneus 11,5 Grade 28 3.973,89 131.486,91 33,1 por faixa de potência e o se11,4 Niveladora 3.301,03 99.897,60 30,3 gundo, os pulverizadores. Correntão faquinha 2.187,60 51.927,60 23,7 8,8 CONSUMO DE COMBUSTÍVEL DOS TRATORES DE PNEUS FAIXA DE POTÊNCIA EXTRAPESADO (acima de 200 cv) Além de ser pouco estudada, a faixa dos tratores extrapesados, com grande amplitude (201 a 360 cv), seu consumo 44 Terraceador Grade pesada Colheita de soja Manutenção de estrada Plantio de soja s/adubo Grade intermediaria Grade 32 Aplic.de calcário acima 1,5 Ton Correntao Aplicação de KCL Aplicação Ureia a lanço Arremate Transporte água 2.051,49 1.894,63 1.294,97 1.085,83 1.065,77 959,14 623,83 302,40 286,11 280,63 270,51 228,86 225,60 67.683,09 72.602,74 19.192,63 16.441,54 18.225,43 43.378,29 20.554,63 6.929,14 6.157,71 3.661,71 3.526,29 5.688,00 3.774,86 33,0 38,3 14,8 15,1 17,1 45,2 32,9 22,9 21,5 13,0 13,0 24,9 16,7 11,5 11,8 6,0 5,4 6,2 14,4 11,3 8,6 7,1 5,4 5,8 9,5 6,2 Revista AgriMotor • Maio/2014 sucroalcooleiro.indd 44 16/05/2014 02:09:15 SETOR SUCROALCOOLEIRO Gráfico: 07 – Eficiência da Manutenção. “Disponibilidade, eficiência atendimento, e densidade da manutenção” Gráfico: 08 - Eficiência da mão de obra da manutenção por seção em função do seu uso (idade). Os valores apresentados representam a média instantânea da frota analisada (gráfico 07). EFICIÊNCIA DO ATENDIMENTO MECÂNICO Gráfico: 09 – Principais motivos das horas improdutivas da manutenção (EAM) Representa a relação entre o do tempo que o setor de manutenção propicia para que o equipamento es- tempo em que algum trabalho de teja em condições operacionais, em manutenção estava efetivamente função do período total da análise sendo realizado no equipamento e (tempo físico). Podendo ser explicita- o tempo total de permanência em do pela equação: manutenção (gráfico 07) TP º ª ED 100 * «1 »¼ 24 * * ND NE ¬ Em que: ED - Eficiência de disponibilidade no período em análise (%); TP - Tempo de permanência dos equipamentos em manutenção no período da análise (h); ND - Número de dias no período em análise; NE - Número de equipamentos. É importante destacar que a eficiência de disponibilidade não é um parâmetro constante durante toda a vida do equipamento e que varia sucroalcooleiro.indd 45 EAM 100 * HTM TP Em que: EAM - Eficiência de atendimento mecânico (%); HTM - Período efetivo do trabalho mecânico (h); TP - Tempo de permanência dos equipamentos em manutenção no período da análise (h). DENSIDADE DE MANUTENÇÃO (DM) - QUANTIDADE DE ORDENS DE SERVIÇO POR PERÍODO Esse indicador corresponde à quantidade de ordens de serviço realizadas dentro de um determinado período. Ele representa a qualidade do equipamento ou dos atendimentos prestados a ele, traduzindo-se na maior ou menor probabilidade de ocorrência de manutenções. A representação de sua fórmula de cálculo é dada pela expressão: (gráfico 07) DM 100 * 30 * NOS (1) NE * ND Em que: DM - Densidade de Manutenção (%); NOS - Número de atendimentos no período em análise; NE - Número de equipamentos; ND - Número de dias do período em análise. ÍNDICES GERENCIAIS DA MANUTENÇÃO Os mecânicos em sua jornada de trabalho não realizam suas tarefas em total continuidade e efetuam interrupções – paradas – por vários motivos como: retirada de peças nos almoxarifados, falta de peças, falta de serviço, limpeza da seção, etc. Desse modo pode-se calcular sua eficiência individual ou por seção da oficina ou ainda de toda a oficina mecânica. No gráfico 08, temos a eficiência da mão de obra por seção da oficina. 16/05/2014 02:09:18 SETOR SUCROALCOOLEIRO Tabela 05: Consumo médio de combustível por faixa de potência e operação agrícola Trator pneu pesado - faixa potência 146 a 199 cv FaixaPotência DescriçãoOperação PESADO ( 146 a 199 ) Plantio de Soja Plantio Milho s/adubo Niveladora Correntão faquinha Grade 28 Carregamento Transporte água Manutenção sede Destruição de soqueira Grade 32 Transporte adubo Subsolador Plantio de milho Manutenção de estrada Molhar estrada Carga e Desc.fertilizante Terraceador Aplicação de KCL Aplic.de calcário acima 1,5t EFICIÊNCIA DA MÃO DE OBRA DA MANUTENÇÃO Já no gráfico 09, temos os motivos de paradas que mantêm os equipamentos na oficina sem possibilidade e serem atendidos, bem como as horas improdutivas dos colaboradores. CONSIDERAÇÕES As gerações de indicadores de desempenho como suporte estratégico tem-se tornado vital e, com sucroalcooleiro.indd 46 Uso (h) 11.106,00 2.740,46 1.701,43 1.039,03 1.008,17 990,69 853,54 478,97 448,29 410,74 404,74 391,71 272,74 255,26 244,11 237,77 209,66 191,14 155,66 Diesel Consumo (l) 143.709,09 31.847,14 18.700,63 22.009,89 13.960,23 3.971,66 6.066,17 4.399,20 7.465,71 8.471,83 2.732,23 5.880,00 2.778,86 2.509,71 1.814,40 2.062,29 4.943,31 2.476,97 2.434,29 Consumo Especifico (l/h) (l/h/cv*100) 12,9 7,7 11,6 6,7 11,0 6,2 21,2 12,6 13,8 8,1 4,0 2,4 7,1 4,2 9,2 5,5 16,7 10,1 20,6 11,9 6,8 4,1 15,0 8,3 10,2 5,9 9,8 5,6 7,4 4,5 8,7 5,3 23,6 13,1 13,0 7,9 15,6 9,2 seu uso, otimiza-se o gerenciamento agrícola. O consumo nominal de combustível (100*l/h/cv) tem-se mantido na faixa de 6,9 para tratores de porte leve, nos médios 5,8 e, nos pesados 7,3, valores aceitáveis e que se aproximam dos valores obtidos no segmento sucroalcooleiro. Já para os equipamentos da classificação “extrapesado”, atinge-se um patamar bastante superior que 9,7 l/h/cv que é ligeiramente superior às demais classes. Consideramos assim que se torna muito importante a correta seleção em sua aquisição, a ampliação de seu uso, visando a diminuição do custo fixo; assim como a correta seleção de implementos que gerem para o conjunto trator-implemento um alto rendimento operacional (ha/h). Principalmente na classe dos extrapesados, mas também para as demais classes, o consumo por operação deve ser suporte para seleção e o possível planejamento das atividades desses equipamentos dentro dos processos agrícolas. Índice de consumo de combustível por área trabalhada pode definitivamente homologar o uso do extrapesado para a cultura em estudo. A disponibilidade de manutenção das frotas estudadas está em bons patamares - 88,4 %, mas torna-se importante ainda estudar-se a sua curva de crescimento - equação matemática da disponibilidade em função de sua vida (uso em horas). *Ângelo Domingos Banchi, engenheiro agrícola, é diretor da Assiste. José Roberto Lopes, administrador de empresas, é diretor da Assiste. Valter Aparecido Ferreira, é consultor técnico da Assiste. 16/05/2014 02:09:19 VISÃO ANO POLÍTICO E INCERTEZAS PARA A AGRICULTURA M uitos de nós, quando falamos em ano político ou política. Temos a tendência a deixar de lado. São tantos escândalos que é realmente difícil acreditar que podemos ter uma mudança de comportamento. Apesar disso, acredito que tudo na vida muda! Pode demorar, mas muda! Os exemplos estão para serem vistos. A revolução que o campo fez nos últimos quarenta anos é extraordinária. Transformou solos ácidos em solos produtivos, produção de culturas, floresta e pecuária na mesma área, 60% da área brasileira preservada entre tantas outras conquistas. E para coroar todos estes investimentos, em 2013 houve mais recordes: safra estimada em 190 milhões de toneladas. Os valores pagos ao produtor ainda mantêm boas margens. Soja sendo paga no Rio Grande do Sul a preços próximos de R$ 65,00, melhorias nos sistemas ferroviário e rodoviário, ainda precário, mas com boas perspectivas no médio e longo prazo. Com todas estas noticias positivas, parece que estamos em um oásis, onde tudo está caminhando para o sucesso. No entanto, isso não verdade! Em ano eleitoral os agricultores em sua pequena parcela da população brasileira, pouco mais de 15%, não conseguem ter controle sobre a variável política. Neste caso, quem determina o que é certo ou errado são as cidades que andam longe e pouco preocupadas com os problemas que o campo vem sofrendo. O fator político é determinante para que as necessidades dos produtores sejam atendidas. Fato é aparentemente irreversível. Por isso, a classe agrícola brasileira precisa estar atenta às demandas que o setor necessita. Os candidatos à presidência da república estão na vitrine. Qual seria o melhor? Quem poderá dizer certamente serão os eleitores. O que não podemos é ficar olhando e ouvindo propostas evasivas que não irão contribuir para manter a agricultura brasileira como líder mundial na produção de alimentos. Não podemos aceitar que meio ambiente ou a agricultura tenham prioridades distintas. Devemos exigir o equilíbrio. Não podemos aceitar que terras agricultáveis se tornem reservas indígenas, mas podemos acreditar em uma política séria que tenha equilíbrio para ambas as partes, que determine quem de fato são os verdadeiros proprietários. Lembremse: no passado este país pertenceu aos índios, como foi em outros países. No entanto, os exemplos de fora podem servir de exemplos para o Brasil para que essa incerteza transforme-se em certeza de que os proprietários são de fatos proprietários. Não podemos aceitar que o agronegócio confronte a agricultura familiar, ambos são produtores, ambos querem retorno financeiro. São estes dois segmentos que sustentam nossas mesas e nossa economia. Não podemos deixar que a variável política coloque es- Lariss a Melo José Annes Marinho* tes segmentos em confronto, como vem acontecendo já há alguns anos. Por isso jovens, mães, pais, produtores, lideranças e povo brasileiro: sabemos que a política do nosso país não tem deixado bons legados. Mas é fundamental que saibamos usá-la em nosso favor, seja na agricultura e no campo, seja nas cidades. Em anos como este, as incertezas prevalecem. Nos questionamos de como será o próximo presidente. Será o mesmo ou teremos outro? Será que poderá nos ajudar? Ou continuaremos a levar este país nas costas, pagando cada vez mais impostos e com retorno muito baixo do que investimos? Essas são perguntas que podem ser respondidas e valorizadas pela política, e políticos que querem lugares no congresso e na presidência. Se não nos mexermos, não teremos sucesso em nossas reivindicações. Para ser um bom político, basta querer e respeitar quem lhe deu a oportunidade de estar lá. Que possamos transformar as incertezas políticas em certezas concretas que poderão ajudar o campo a manter o Brasil e aprimorar cada vez mais a agricultura sustentável. O melhor está por vir! Foto: Em um ano político, como o que vivemos é fundamental que saibamos usar a política em nosso favor, seja na agricultura e no campo, seja nas cidades. *José Annes M Marinho é, engenheiéA i h é ro-agrônomo formado pela Universidade de Passo Fundo/RS, especialista em proteção de plantas, pela UFV/MG, MBA em marketing FGV/RJ e produtor rural no Tocantins/TO. Maio/2014 • Revista AgriMotor sucroalcooleiro.indd 47 47 16/05/2014 02:09:22 ESTATÍSTICAS DADOS DO AGRONEGÓCIO *Estimativa PIB (Produto Interno Bruto) 2013: US$ 4,838 trilhões* Crescimento do PIB em 2014: 1,67%* Valor Bruto da Produção agropecuária: R$ 456,3 bilhões* Produção de grãos safra 2013/2014: 191,2 milhões de toneladas (safra anterior: 188,7 milhões de toneladas) Área cultivada: 56,3 milhões de hectares Cana-de-açúcar (*Conab) Safra 14/15: Produção: 658,8 milhões de toneladas Etanol: 27,96 bilhões de litros Açúcar: 37,88 milhões de toneladas Soja Safra 2013/2014: 86,6 milhões de toneladas, produtividade média de 2.898 kg/hectare. Milho Safra 2013/2014: 75,2 milhões de toneladas, produtividade média de 4.908 kg/hectare. Café Safra 2013/14: 52,9 milhões de sacas (* Safras e Mercado) Veículos e Máquinas Agrícolas (Anfavea) Produção de autoveículos: 3,77 milhões de unidades* Janeiro a abril de 2014: 1,07 milhão unidades (-12% sobre as 1,21 milhão de igual período de 2013). Produção de máquinas agrícolas: 100,5 mil unidades* Janeiro a abril de 2014: 21.000 máquinas (-20,3% ante janeiro a abril de 2013: 26.300 máquinas). Implementos Rodoviários (Anfir) 48 2013: 177.876 unidades (reboques e semirreboques e carrocerias sobre chassis), 10,89% sobre as 160.414 unidades de 2012. Janeiro a março de 2014: 49.685 unidades (-9,1 sobre as 54.660 unidades produzidas de janeiro a abril de 2013). Revista AgriMotor • Maio/2014 BUSINESS WORLD Foto: D ivulgaçã o TEJON FAZ TOUR EM PORTUGAL E PARTICIPA DA 31ª OVIBEJA Recentemente nomeado conselheiro estratégico da Câmara Agrícola Lusófona (CAL), José Luiz Tejon que é diretor vice-presidente de Comunicação sófon CCAS – Conselho Científico para a Agricultura Sustentável e professor do C Núcleo de Agronegócio da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Mado N rketing), participou, de 28 de abril a 3 de maio, de um tour por Portugal, rke onde fez a abertura da 31ª Ovibeja. on A feira agropecuária, organizada pela ACOS - Associação de Agricultores do Sul, aconteceu de 30 de abril a 4 de maio, e tornou-se um dos to m maiores e mais importantes eventos de negócios da região do Alentejo, j em Portugal, pois recebe todos os anos a visita de mais de 200 mil pessoas. “Esse evento tão expressivo do agronegócio português nasceu em 1984 como uma exposição de ovinos e em um verdadeiro esforço de vo1 luntariado, onde os produtores se reuniam com o objetivo de responder a alguns desafios da sociedade e do setor agrícola. O tempo passou e esses homens têm inovado e modernizado as várias cadeias produtivas do agronegócio português transformando a região Sul em uma verdadeira agrossociedade”, diz Tejon. ivulgaçã Foto: D o ABIB ELEGE NOVA DIRETORIA EXECUTIVA A Associação A Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável elegeu o novo conselho diretor para a administração da entidade de 2014 a 2017. novos diretores da Abib Brasil: presidente: Celso Oliveira, diretor da Brasil Os n Biomassa e Energia Renovável; vice-presidente biomassa e pellets: JordaBio no Busatto Milani, diretor da BR Biomassa Ltda; vice-presidente florestal e madeira: Marcos Stolf, diretor da Stolfiber Projetos e Negócios Ltda. e vicema presidente bioenergia e energia renovável: Gerson Sampaio Filho, diretor p da Tekenergia. d A Abib se dedica ao apoio ao desenvolvimento industrial (biomassa, bioenergia, woodchips, bio woodpellets e bio woodbriquete), promoção e fomento das atividades de ensino, pesquisa, extensão e o desenvolvimento institucional, científico e tecnológico no Brasil e no exterior. AtuAbib detém 927 empresas e profissionais associados no Brasil e no exterior, almente a Ab constituindo-se como a maior entidade mundial do setor de biomassa e bioenergia. Maio/2014 • Revista AgriMotor BW.indd 49 49 16/05/2014 02:11:21 BUSINESS WORLD PERÍMETROS IRRIGADOS AJUDAM NA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Foto: www.rgbstock.com O Brasil é recordista mundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos. Na região do Vale do São Francisco, que é um grande produtor brasileiro de fruticultura, houve um aumento de 22,5% na quantidade de recipientes recolhidos entre os anos de 2013 e 2012. A ação é realizada pela Central de Recebimento da Associação do Comércio Agropecuário do Vale do São Francisco (Acavasf), sediada dentro do perímetro irrigado de Nilo Coelho, que atende a 25 municípios entre os estados de Pernambuco e Bahia. Segundo dados da associação, em 2012 foram recebidos 120 mil quilos de embalagens de defensivos agrícolas. Já em 2013, o número chegou a 147 mil. “Todos os anos realizamos uma ação com data específica para devolução das embalagens. Isso possibilita a retirada do descarte dos pequenos produtores que se localizam distantes da Central de Embalagens e não possuem transporte adequado para cumprirem com a lei e contribuir com a preservação do meio ambiente”, conta Dianara Cavalcante, gerente da Central de Recebimento da Acavasf. ANUNCIANTES AG Leader Technology Brasil Sist. de Nav. Ltda. ......................................................................................... 25 Assiste Assessoria em Sistemas Administrativos........................................................................................ 46 Bahia Farm Show 2014 .................................................................................................................................. 23 Balanças Navarro Ltda. ................................................................................................................................. 41 Danfoss Power Solutions ...................................................................................................................... 2a capa Denis Cimaf Brasil Máquinas Industriais Ltda. ...........................................................................................07 Dimotor Comercial de Peças para Motores Ltda. - Ditrator ....................................................................... 27 Ford Motor Company Brasil Ltda. ....................................................................................................... 12 e 13 Grips Editora ......................................................................................................................................... 3a capa K Parts Indústria e Comércio de Peças Ltda. ...............................................................................................29 Kashima Com., Imp. e Exp. de Auto Peças Ltda. .........................................................................................19 Mallas'Car Ind. e Com. de Autopeças Ltda. .................................................................................................09 Microgear Indústria de Peças Ltda. ............................................................................................................. 11 Nekarth Ind. e Com. de Peças e Máquinas Ltda. ......................................................................................... 21 Roberto Seabra da Costa - ME ...................................................................................................................... 31 Sugar & Ethanol Summit 2014..................................................................................................................... 3 5 Valmont Indústria e Comércio Ltda. ................................................................................................... 4a capa 50 Revista AgriMotor • Maio/2014 %DIĚħERÛ%ROECIAIRÛMNÛ CIQCTISNÛDARÛOQIMCIOAIRÛ FEIQARÛDNÛAGQNMEGĥCINÛ BQARIKEIQN 10(+4/'5'75#0Ý0%+15^ Neste momento em que as verbas de publicidade estão curtas, a utilização de mídias segmentadas encurta o caminho entre você e seu potencial cliente. A revista Agrimotor, que foi a mídia que mais cresceu no ano passado, além de ser distribuída em todo o Brasil, está presente nas principais feiras agropecuárias. Nossa programação para as próximas edições Mês Eventos dos quais participaremos Maio 2014 Expoforest – Mogi Guaçu - SP Junho 2014 Expointer – Esteio – RS Agosto 2014 Fenasucro – Sertãozinho – SP '0*##/#+148+5+$+.+&#&'&1/'4%#&1&1 #)410')Ø%+1014#5+.^ Rua Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111 Pinheiros - São Paulo/SP - CEP: 05407-002 Tel/Fax: (11) 3811-8822 [email protected] www.agrimotor.com.br CAPA_OFICIAL_anun.indd 3 20/05/2014 02:05:03 CAPA_OFICIAL_anun.indd 4 20/05/2014 02:05:05