Nova fábrica da Comil será instalada na região Sudeste Diante da

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Nova fábrica da Comil será instalada na região Sudeste Diante da
Nova fábrica da Comil será instalada na região Sudeste
Diante da perspectiva de esgotamento da capacidade instalada em Erechim, a quase 400
quilômetros de Porto Alegre, até o fim deste ano, a fabricante de carrocerias de ônibus
Comil estuda a construção de uma unidade industrial no Sudeste do país. A empresa está
avaliando oportunidades para se instalar em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em Minas
Gerais, que juntos representam 75% da demanda brasileira de ônibus urbanos, disse
ontem o diretor superintendente Sílvio Calegaro.
"Precisamos de uma definição no curtíssimo prazo", afirmou o executivo. De acordo com
ele, o plano também é reduzir gastos com o transporte dos chassis produzidos pela
Mercedes Benz em São Paulo e pela MAN (com marca Volkswagen) no Rio de Janeiro
até o Rio Grande do Sul e depois com o envio dos veículos prontos para a região
Sudeste. Em cada um desses trechos os produtos precisam viajar pelo menos mil
quilômetros.
Se o investimento for confirmado, a Comil seguirá os passos da líder do setor no país, a
Marcopolo, que em 2001 adquiriu o controle da Ciferal, de Duque de Caxias (RJ), e dois
anos depois especializou a unidade na produção de modelos urbanos. A empresa de
Erechim é quarta maior indústria de carrocerias do país no ranking de 2010 da
Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), atrás da Marcopolo/Ciferal, da
Induscar e da Neobus.
No mercado externo, que representou 23,5% da receita líquida consolidada de R$ 339
milhões em 2010, a Comil quer reproduzir em outros países, sobretudo da América do
Sul, o modelo da parceria firmada em 2009 com a MAN no México. Pelo acordo, a
empresa brasileira envia carrocerias parcialmente desmontadas que são acopladas aos
chassis na fábrica da parceira na cidade de Querétaro.
"Estamos conversando com a MAN", disse Calegaro, ressalvando que ainda não há
definição sobre novas operações em conjunto com o grupo alemão. No ano passado, a
Comil despachou 150 carrocerias para o México, 50% acima da previsão inicial, e para
este ano a estimativa é mandar outras 180 unidades.
A receita líquida da Comil em 2010 foi 16,8% superior à de 2009 e a previsão é chegar a
R$ 438,4 milhões em 2011, quando a empresa também projeta uma expansão de 10% no
mercado brasileiro do setor em relação às 32,6 mil unidades produzidas ano passado. A
Marcopolo, que detém ainda 45% de participação na Neobus, encerrou 2010 com receita
líquida de R$ 3 bilhões (alta de 46,5%) e prevê chegar a R$ 3,15 bilhões em 2011.
A produção da Comil cresceu 22,4% no ano passado, para o recorde de 3,2 mil unidades
(1,4 mil urbanos, 1,3 mil rodoviários e o restante micro-ônibus) e a previsão para 2011 é
fabricar 4 mil carrocerias. O volume médio avançou de 12 para 16 unidades por dia de
janeiro até dezembro, está agora em 17 e deve alcançar o teto da capacidade instalada
de 20 veículos diários até o fim deste ano.
Neste ano, parte da expansão prevista pela empresa deve-se à entrada em vigor das
novas normas de controle de emissões (Euro 5) no Brasil em 2012. As alterações vão
aumentar os custos dos chassis e por isso Calegaro acredita que os empresários de
transporte de passageiros tendem a antecipar compras para 2011.
Com o aumento da produção e a diluição de custos fixos em 2010, especialmente a partir
do segundo semestre, a margem bruta obtida pela empresa oscilou 0,3 ponto percentual
para cima no ano, para 18,1%, enquanto o Ebitda avançou 1,2%, para R$ 25,2 milhões.
Já o lucro líquido consolidado passou de R$ 11,1 milhões para R$ 13,4 milhões, com alta
de 21,4%.
O resultado foi favorecido pela reversão das despesas financeiras líquidas de R$ 4,8
milhões em 2009 para um resultado financeiro positivo de R$ 2,4 milhões. Apesar do
aumento de R$ 70,8 milhões para R$ 78,9 milhões no endividamento bancário líquido, a
Comil ampliou de 70,5% para 77,6% a parcela de longo prazo da dívida bruta de R$ 192
milhões no fim de 2010 e foi favorecida pela contratação, a juros mais baixos, de R$ 126
milhões em linhas de financiamento à exportação do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES)
Fonte: jornal valor econômico Sérgio Bueno | De Porto Alegre 18/03/2011

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