Tabloide Pontual - Dez2009-Jan2010 - FINAL.cdr

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Tabloide Pontual - Dez2009-Jan2010 - FINAL.cdr
ponto central
Edição Nº 08
Todos os direitos reservados - Pontual Centro de Ensino
LONDRINA, DEZEMBRO - 2009 / JANEIRO - 2010
NOSSAS RAÍZES
Palacete Garcia Cid
O Ponto Central conta a história de uma das mais belas e antigas construções de Londrina.
Página 2
ENTREVISTA
MEIO AMBIENTE
OBRA DE ARTE
Agressão social
A natureza pede socorro
Entenda Os Retirantes,
de Portinari
Presente entre os principais
motivos de evasão escolar, o
Bullying é um tipo de agressão
traumatizante que, recentemente,
passou a ser reconhecida e
combatida nas escolas. A
antropóloga Maria Carolina Vidal
fala a respeito.
Página 10
VESTIBULAR
Redação:
“Bicho de sete cabeças”?
A professora Elaine Fabris faz
uma retomada histórica da Redação
nos vestibulares e ensina o que se
espera de um bom texto.
Página 8
Poucas são as medidas eficazes, a curto prazo, em prol do meio ambiente.
Além do trabalho formiguinha – cada um faz sua parte – a real solução para
os problemas ambientais é uma nova consciência: que só a educação pode
atingir.
Página 4
Vidas secas, como seco é o chão
que pisam: assim se pode traduzir
um dos mais importantes quadros da
arte contemporânea brasileira.
Paulo André Chenso, professor de
Artes do Pontual Centro de Ensino,
traz em detalhes.
Página 9
2
ponto central
MOSAICO
EDITORIAL
O Ponto Central prestigia sua
vizinhança: Agora, além de notícias sobre
educação, saúde, cultura e atualidades, você
tem acesso a informações históricas da
região Central de Londrina, serviços
prestados e diversas novidades.
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
RAÍZES DO PONTO CENTRAL
E, para a próxima edição, queremos sua
sugestão. Se você é morador do Centro de
Londrina e tem uma boa história para contar
sobre nossa região, escreva para o Ponto
Central: [email protected]
Contamos com você, caro leitor!
Castelo de contos de fadas
Mais parecido com os castelos das princesas e príncipes de estórias infantis,
o palacete da família Garcia Cid ainda é um presente para os olhos dos
londrinenses, que o tempo não esmorece. O Ponto Central conta sua história.
PLANO CENTRAL
Novidades para o
centro de Londrina
O Ponto Central procurou o vereador Eloir
Valença, no gabinete municipal, para saber
quais são os planos da prefeitura de Londrina
quanto ao implemento de melhorias no centro
da cidade. Eloir nos apresentou projetos que
vão de encontro aos interesses dos moradores
da região.
Valorização do Espaço Público:
aproveitamento do bosque.
O bosque de Londrina é uma área de
exuberante vegetação em pleno centro da
cidade. Belíssimo; um alívio para a correria
diária. Entretanto, a quantidade de pombos ali
presentes inviabiliza sua boa utilização,
afinal, há fezes das aves por todo lado. Além
disso, o bosque possui um caminho perigoso
durante a noite.
O vereador Eloir possui um projeto que
visa a estimular o comércio filantrópico no
bosque durante a noite. O primeiro passo é
chegar a uma solução para a questão dos
pombos, eliminando-os da maneira menos
traumática possível. Para isso, ele pretende
colher abaixo-assinados dos moradores e,
com o apoio da população, levar a prefeitura a
tomar as providências necessárias.
Segundo Eloir, “quando o bem não ocupa
um espaço, o mal toma conta”, ou seja, se o
bosque não for devidamente utilizado, o vandalismo tomará conta dele. Assim como a Concha
Acústica está ganhando vida com a “sexta na
concha”, os outros espaços públicos também
reviverão se houver estímulo da administração
municipal. A idéia é que haja uma parceria com
instituições beneficentes para que estas
comercializem produtos artesanais, numa
espécie de feira noturna no bosque.
Projeto Pé na faixa:
consciência no trânsito.
Tendo em vista que a região com maior
número de pedestres em Londrina é o centro, o
projeto Pé na Faixa, que já está em andamento,
tem maior relevância para seus habitantes.
Uma parceria entre a Associação dos
Profissionais de Propaganda, o Ministério
Público e o Poder Executivo desenvolveu essa
campanha de conscientização de trânsito.
Através de propaganda em panfletos, sites e
palestras, o projeto difunde regras para
melhorar a relação entre pedestre e motorista
no trânsito, conferindo mais segurança ao
pedestre. O sucesso do projeto, entretanto,
depende do voluntariado. As empresas que se
interessarem em participar da campanha
podem
escrever
para
o
[email protected]
Nas Estações de Aptidão do Pontual
ponto
Do terreno onde a casa começava a ser construída, pode-se ver uma Londrina
cheia de cafezais, como uma imensa fazenda: a capital mundial do café.
O vereador Eloir Valença em entrevista ao
Ponto Central.
Centro de Ensino, o projeto Vá de Bike
estudou e apoiou o Pé na Faixa.
Reescrevendo a história de Londrina:
reativação de espaços culturais.
É importante que os moradores de uma
cidade lembrem sua própria história e, por
essa razão, o projeto Reescrevendo a história
de Londrina objetiva estimular a população a
valorizar lugares e monumentos históricos,
como o Museu Padre Carlos Weiss e a
rodoviária antiga, na rua Sergipe, que foi
tombada como o primeiro prédio de
arquitetura moderna do Estado do Paraná e
hoje abriga o Museu de Arte de Londrina.
O projeto está pronto, mas ainda não foi
apresentado para apreciação da Câmara,
porque precisa de apoio da iniciativa privada.
A ideia consiste em unir, também, documentos
históricos e depoimentos dos primeiros
moradores de cada região para que os atuais
conheçam suas raízes.
Você pode participar! Escreva para o
[email protected]
Que criança nunca quis morar naquela bela (e
enorme) casa branca localizada na Avenida
Higienópolis, esquina com a rua Tupi? Além de
protagonizar histórias no imaginário das crianças,
a casa da família Garcia Cid faz parte da história
de Londrina. Beatriz Garcia Cid, que teve o
privilégio de crescer ali, falou ao Ponto Central.
Na época da construção, que teve início nos
primeiros meses de 1945 e foi concluída em
Março de 1947, a avenida Higienópolis não tinha
calçamento, era barro. A grande casa foi
construída na terra e havia poucas edificações.
Segundo Beatriz, filha de Celso e Francisca
Garcia Cid, já estavam lá a casa dos anõezinhos
(que, infelizmente, foi demolida) e a casa onde
hoje fica a loja TNG. Londrina não tinha o
material utilizado no projeto, motivo pelo qual
quase tudo veio de fora. Os azulejos e as peças dos
banheiros, por exemplo, são ingleses, com piso
em mármores diversos; os lustres, em bronze e
cristal. Somente a madeira foi comprada na
região: os pisos de amoreira, imbuia e cabriúva; as
portas de cabriúva maciça.
O projeto arquitetônico da casa é original,
idealizado por João Bobadilla, para quem Celso
trabalhara como ajudante de pedreiro em
Cambará. Bobadilla era sogro do irmão mais
velho de Celso, Arthuro. João Fonseca Mercer foi
o engenheiro civil e responsável técnico pela
obra, cuja construção executou-se pela firma
VICTORIO GAVETTI. O italiano José Spoladore
era o mestre de obra, sempre chamado pelo
patriarca da família Garcia Cid de “meu
engenheiro-chefe”.
O palacete teve sua localização escolhida por
Celso, que considerava a região o “espigão” de
Londrina – fazendo alusão à parte mais alta de
uma fazenda, da qual se pode ver toda a
propriedade. Na década de 30, quando Londrina
não tinha edificações altas (pois mal tinha
edificações...), a cidade era aberta e podia ser vista
globalmente a partir daquele ponto,
principalmente a Viação Garcia, propriedade da
família que se localizava onde hoje é o Shopping
Royal Plaza. Por essa razão, Celso e sua esposa
Francisca foram morar ali ao se casarem, numa
casa construída em alvenaria, porém provisória,
demolida para a construção do palacete no mesmo
terreno.
E, assim, ficaram prontos os 1085 metros
quadrados de área construída, onde até mesmo o
presidente Juscelino Kubstichek pernoitou na
década de 60.
Beatriz nasceu um ano antes de a casa ficar
pronta. Morou nela de 1947 a 1969, quando se
casou. Após o falecimento de Celso Garcia Cid, a
senhora Francisca permaneceu na casa, onde
recebeu seus pais. Por culpa das escadas que
dificultavam a locomoção de sua mãe, porém,
Francisca decidiu mudar-se para um apartamento,
em 1980, e a casa foi alugada. Hoje, sedia o Banco
Real.
Guarda municipal: segurança priorizando
o ponto central de Londrina.
A Guarda Municipal já foi aprovada pela
Câmara dos Vereadores de Londrina e as
inscrições para o concurso também já foram
abertas. Em Janeiro de 2010, os candidatos
realizarão o exame e, entre Março e Abril, as
contratações devem se consumar. Serão 200
policiais, entre homens e mulheres, que vão
trabalhar em diversas regiões da cidade,
priorizando, contudo, o centro, já que é a área
de maior movimentação.
EXPEDIENTE
entral
Ponto Central é uma publicação do
Edição nº 7 - Dezembro 2009 /Janeiro 2010
Coordenação Geral:
Regina Helena Saldanha Fonseca
Colaboração: Alunos do
Projeto Assessoria de Imprensa
Supervisão e revisão:
Amanda Colombo
Edição: Amanda Colombo
(43) 3321-6757
Rua Tupi, 455 - Cep 86020-350
Londrina-PR
www.pontuallondrina.com.br
[email protected]
Diagramação: José Adriano Bordignon
Jornalista responsável:
Denise Ligmanovski MTB 2290 DRT/PR
Tiragem: 10.000 exemplares
ponto central
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
GERAL
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
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EM LONDRINA
Superpopulação de
pombos em Londrina
A superpopulação de pombos na cidade chegou a um ponto em que
o abate parece inevitável. Grande parte da população, porém,
aprecia a presença das aves.
Por Luca Carrer, 2° ano Médio, e
Murilo Casagrande, 5ª série
Já é bastante conhecido o problema da
superpopulação de pombos em Londrina que,
obviamente, não nasceu de um dia para o outro.
A população de pombos veio crescendo através
dos anos e hoje chega a mais de 200 mil aves na
cidade.
Os pombos, alguns de origem européia
trazidos pelos imigrantes, foram aumentando a
sua população pela facilidade de encontrar
alimentos - algumas vezes fornecidos pelos
próprios seres humanos - e pela facilidade em se
adaptar ao meio urbano, onde não é encontrado o
seu predador.
O contato entre humanos e pombos pode
causar algumas doenças, entre elas a
criptococose, que desencadeia um sério quadro
neurológico, levando, até mesmo, à meningite; a
salmonelose (tipo de gastro-enterite causada
pela bactéria salmonela, a qual pode estar
presente nas fezes das aves e desencadeia forte
diarréia, dores abdominais, febre, vômito e dores
de cabeça); e a ornitose, originada por
protozoário, cujos sintomas se iniciam de forma
branda, podendo chegar a insuficiência
respiratória aguda e morte.
Alguns dos pais que acompanharam
a jornada do time.
Diversos cidadãos estão incomodados com a
superpopulação de pombos em Londrina, é o que
diz Gustavo Villa, 17 anos, aluno do Pontual
Centro de Ensino: “Os pombos fazem muita
sujeira no calçadão, suas fezes deixam o chão
bastante escorregadio, além de serem nojentas e
deixarem a cidade menos bonita.”
A bióloga e professora Talita Saldanha acha
que o abate dos pombos é inevitável, pois a
população dessas aves está muito grande e as
doenças causadas são graves. A prefeitura da
cidade está discutindo métodos para o abate, pois
grande parte dos londrinenses gosta dos pombos
e sente dó, por considerarem-nos animais
inofensivos.
O abate de uma certa quantidade de pombos
seria uma solução imediata, porém, mais a longo
prazo, há a possibilidade de esterilização dos
machos ou fêmeas através de rações que
modificam as taxas hormonais desses animais.
Se controlada, a população de pombos em
Londrina pode se tornar, até mesmo, atração
turística.
Escreva sua opinião para o Ponto Central:
[email protected]
estimulando as melhorias, e, em sua opinião,
nada há de negativo na concorrência, muito pelo
contrário, já que existe uma solidariedade
grande entre os donos de pizzarias em Londrina:
quando acaba algum ingrediente em uma delas,
num horário em que não é mais possível
comprá-lo, eles chegam a emprestar o produto
um para o outro.
Os londrinenses confirmam a preferência
pela Donatello. Mariana Portugal, colaboradora
do Pontual Centro de Ensino, diz que o
atendimento da pizzaria é excelente, com muitos
sabores de pizzas deliciosas para escolher. Na
opinião de Elias, aluno do 1° ano do Ensino
Médio, no Pontual Centro de Ensino, a
Donatello é uma pizzaria muito boa, onde ele já
foi diversas vezes, e a pizza de que mais gostou
foi a Baiana.
Gilberto considera um privilégio poder
trabalhar com a família e sente orgulho da
prosperidade de seu negócio. Para o Ponto
Central, inclusive, o sucesso da Donatello está
no fato de ser uma empresa familiar, que é seu
mais importante ingrediente.
NOSSOS VIZINHOS
Pizzaria Donatello
Não é sem razão que a
Donatello é uma das pizzarias
mais famosas de Londrina.
Conheça um pouco sobre a
história desse aconchegante
estabelecimento, localizado
bem no centro da cidade.
David Gabriel R. Marques, aluno da 7ª série
do Pontual Centro de Ensino, entrevistando
Gilberto, proprietário da Pizzaria Donatello.
Por David Gabriel Marques, 7ª série, e
João Vitor Carrer, 8ª série.
A pizzaria Donatello surgiu em 1997, tendo
início a partir da experiência de Gilberto Carlos
Ruglio, um de seus proprietários, que trabalhava
no ramo desde 1988. Unido aos sócios, sua tia e
INFORMATIVO
SERVIÇOS NO PONTO CENTRAL
ACADEMIA
?
Academia de Karatê e Musculação Oguido Dojo
Rua Belo Horizonte, 325. Fone 3324-1046
?
Fit Line Academia
Rua Paranaguá, 700. Fone 3324-5292
?
Quality Academia
Rua Pará, 1814, Sl. 4. Fone 3344-3449
CARROS
?
Auto Peças Londrina
Rua Belo Horizonte, 259. Fone: 3324-6321.
?
Sound Point som e alarmes
Rua Belo Horizonte, 249. Fone 3324-3488
CASA DE CARNES
?
Casa de Carnes Belo Horizonte
Rua Belo Horizonte, 597. Fone 3326-2203
CASA E CONSTRUÇÃO
?
Casa Acabamentos
Rua Belo Horizonte, 477. Fone 3324-5133
?
Persianas e Cia
Rua Paranaguá, 300. Fone 3356-3936
tio, e à esposa Muriel, agregou tudo que
aprendera à sua pizzaria, cujo nome provém de
um consenso geral entre os sócios, justamente
por lembrar a Itália, terra da pizza.
Segundo Gilberto, não foi fácil nem rápido
chegar à estabilidade e ao crescimento que a
pizzaria apresenta hoje. Durante os primeiros
dias da semana, são vendidas aproximadamente
80 pizzas diariamente; já nos finais de semana, a
Donatello produz cerca de 360 pizzas por dia.
Geralmente, mais de 60% dos pedidos são para
entrega. As pizzas mais pedidas são: frango com
catupiry e, dentre as promocionais, mussarela.
Quanto à concorrência, Gilberto acredita
que é uma forma de fortalecer seu negócio,
CLÍNICAS
?
Clínica Odontológica Sorridente
Rua Piauí, 1127. Fone 3344-3276
?
Clínica Psicológica Drª Salete Regina Galvão
Coser
Rua Santos, 322, sl. 202. Fone 3322-8122
?
Orthosistem Consultório Odontológico
Dr. Cleiton Rodrigo Machado
Rua Paranaguá, 222, sl. 101. Fone 3326-7424
ESCOLAS DE FRANÇÊS
?
Alliance Fraçaise de Londrina
ESTÉTICA
?
Depyl Action especializada em depilação
Rua Santos, 766, lj. 2. Fone 3334-2316
Rua Joaquim de Matos Barreto, 1152. Fone 3324-2316
?
Piu Bella Centro Estético
Rua Paranaguá, 903. Fone 3323-7863
ESCOLAS DE INGLÊS
Rua Belo Horizonte, 1038. Fone 3373-0400
?
Instituto Britânico de Línguas
Rua Belo Horizonte, 1701. Fone 3323-7733
Rua Madre Leônia Milito, 1020. Fone 3321-7733
?
Wizard Centro
Rua Paranaguá, 1284. Fone 3321-4709
?
Yazigi
Rua Tupi, 450. Fone 3324-4886
ESCOLA DE MÚSICA
?
Studio Musical
Rua Santos, 617. Fone 3324-4334
POSTO DE GASOLINA
?
Posto Ecológico
Rua Goiás, 1544. Fone 3344-4525
IMOBILIÁRIAS
?
Imobiliária Milton Franco
Rua Paranaguá, 903. Fone: 3027-1700
?
Imobiliária Santa Clara
Rua Santos, 352, sobreloja. Fone 3324-2288
Rua Paranaguá, 406. Fone 3324-7508
?
CCAA
PAPELARIA
?
Contpel papelaria
Rua Belo Horizonte, 370. Fone 3337-5095
PET SHOP E CLÍNICAS VETERINÁRIAS
?
Bichos e Caprichos: veterinária e pet store
Rua Paranaguá, 222, lj 3. Fone 3322-2503
?
Pet Shop JR
Rua Piauí, 1276. Fone 3324-1432
LAVANDERIAS
?
Lux's Lavanderia
Rua Paranaguá, 577. Fone: 3344-6710.
?
Lavanderia Leal
Rua Belo Horizonte, 430. Fone 3027-2589
PANIFICADORAS
?
Confeitaria Mister Cuca
Rua Sergipe, 1524. Fone 3373-1000
?
Pane Di Madre Panificadora
Rua Paranaguá, 485, lj 6. Fone: 3324-5804
?
Panificadora e confeitaria Pane Doro
Rua Paranaguá, 877. Fone: 3029-1152
?
Panificadora Jacrisse
Rua Paranaguá, 1238. Fone 3324-1696.
PRÉ-ESCOLA
?
Berçário e Pré-escola Ichtus
Rua Belo Horizonte, 1290. Fone 3323-8097
SACOLÃO
?
Sacolão Santos
Rua Santos, 623. Fone 3356-7878
SUPERMERCADO
?
Musamar Jardim
Rua Pio XII, 626. Fone 3344-0040
I, 626. Fone 3344-0040
4
ponto central
GERAL
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
NATUREZA
Educação Ambiental: construindo um novo pensamento
O pensamento se constrói através da
educação e cabe ao educador
transmitir a idéia de uma nova
mentalidade que garantirá um futuro
sadio para o homem
To r n a d o s , f u r a c õ e s , m a r e m o t o s ,
terremotos... Vulcões, inundações, destruição e
fúria. Quem pensava que a natureza só emitia
gritos de socorro fora do Brasil e se vangloriava
por viver em uma terra bela e segura, começou a
acordar para a realidade que nos ronda.
Recentemente, as mudanças bruscas e
inesperadas de temperatura vêm surpreendendo
os brasileiros: chuvas ininterruptas inundando
casas e até cidades inteiras; calor intenso em
pleno inverno; vendavais que se aproximam de
tufões, árvores derrubadas, casas destelhadas,
desequilibrando construções.
Coincidência, ou um chamado à mudança de
atitude? Já há alguns anos, especialistas garantem
que a Terra não suportará determinados abusos. O
aquecimento global é uma realidade, o
derretimento das calotas polares já começou e
tentativas frustradas como o Protocolo de Kyoto
não desistem de remar contra a maré das grandes
nações consumistas. Há uma mentalidade
conformista incutida no comportamento da
geração que hoje governa o planeta: o hábito de
buscar maior conforto, tentando apenas reduzir
os custos financeiros, está implícito nas ações que
permeiam a evolução do mundo.
Não se deve sonhar com uma solução brusca
Alunos do Pontual Centro de Ensino visitam o
Parque Arthur Tomas, onde assistem a palestra
a curto prazo, seria perda de tempo. Pode-se e
deve-se adotar medidas pró-ativas que façam do
dia-a-dia um cuidado constante com a mãe
natureza. Para isso, porém, é necessário mudar o
pensamento, de modo a tornar naturais as
providências tomadas em prol da Terra. O
pensamento se constrói através da educação e o
educador tem por obrigação transmitir a idéia
dessa nova mentalidade, a qual garantirá um
futuro sadio para o homem.
Em termos de educação ambiental, o projeto
Estações de Aptidão do Pontual Centro de
Ensino recebe nota 10. Existe um esforço dos
professores e da equipe pedagógica para
comprovar teoricamente a necessidade de
construir uma sociedade sustentável, e há
Alunos do projeto “Matemática e meio ambiente” vão ao “lixão” de Londrina
experimentações que levam o próprio aluno a
essa conclusão.
A professora Taciana Lopes Coppo,
desenvolve o tema A natureza pede socorro, a
partir do qual discute com os alunos a
possibilidade de aliar progresso e sustentabilidade ambiental, estudando a realidade do
meio ambiente em Londrina com visitas,
pesquisa e observação. Já Rodolfo Faria e
Ricardo Eugênio trabalham, com seu grupo de
alunos, o tema Vá de bike, conscientizando-os
sobre a necessidade de meios de transporte
alternativos, os quais não poluam o meio
ambiente, tornem o tráfego mais fluente nas
grandes cidades e sejam mais saudáveis. Todas
essas características se encaixam na bicicleta. O
OPINIÃO
grupo apóia o projeto Pé na Faixa.
A escolha de combustíveis limpos também é
primordial para estabelecer uma cultura de
desenvolvimento sustentável. Essa é a proposta
do professor Rodolfo Funfas com o tema
Combustíveis Fósseis e outras fontes de Energia.
Os alunos fazem experimentos no laboratório de
ciências, testando os combustíveis, suas
potencialidades e resultados. Já os alunos do
professor Anderson Quilles, através do projeto
Matemática e meio ambiente, fizeram um estudo
prático sobre o lixo que produzem, como lidar
com ele, diferenças entre reciclagem e
compostagem, pesquisa estatística, aterro
sanitário e aterro controlado.
SAÚDE
Grafite: arte ou vandalismo? O melhor antidepressivo é correr
Você sabe a diferença entre grafite e pichação? Pois elas
existem e despertam opiniões contraditórias. Conheça!
Por Rafael Felipe Gonçalves, 1° ano
Médio, e Yagho Prenzler, 8ª série
Grafite é o nome dado às inscrições como
caligrafia ou desenho realizadas, geralmente,
com spray e em locais não considerados
adequados a essa atividade, sempre, porém,
utilizados com autorização. Existem opiniões
paradoxais sobre o grafite. Antigamente, era
uma manifestação vista como assunto
irrelevante em termos de arte; na atualidade,
entretanto, é considerado uma expressão das
artes visuais representante da street art ou arte
urbana, na qual o grafiteiro - nome dado ao
artista do grafite - utiliza os espaços públicos
para criar uma linguagem que interfira no visual
da cidade.
O grafite aparece na história desde o Império
Romano, contando os feitos, aquisições e a
história desse povo. Há, contudo, quem o
compare com a pichação, apesar das grandes
diferenças existentes entre os dois: A pichação é
uma forma de vandalismo, uma poluição visual
através de desenhos, rabiscos ou assinaturas em
locais não autorizados, geralmente depredando
Vitor Narciso, 1° ano Médio: “O grafite
é uma arte, pois são imagens e figuras
humanas representando a sociedade.”
patrimônio alheio ou público. A pichação já foi
um problema muito grave em Londrina que,
entretanto, vem melhorando desde que a
Prefeitura Municipal passou a valorizar o grafite
e apoiar os praticantes da arte em spray.
Alguns alunos do Pontual Centro de Ensino
manifestaram sua opinião sobre o assunto. Elias
Gimenez de Oliveira, do 1° ano Médio, acha que
o grafite é uma arte, feita em um lugar certo, e
sabe, inclusive, que há diversos projetos em
andamento na Prefeitura de Londrina para
apoiar e difundir essa manifestação artística.
Para Lucas Teodoro Machado, do 2° ano
Médio, o grafite é uma arte por ser o modo
através do qual o artista expressa seus
sentimentos e emoções. Vitor Narciso, do 1° ano
Médio, também acha que o grafite é uma arte,
pois não são apenas riscos sem nenhum nexo,
são imagens e figuras humanas representando a
sociedade.
Entenda porque a corrida é
um antidepressivo e aprenda
a praticá-la corretamente
Descobriu-se, recentemente, que o cérebro
humano continua a fabricar neurônios durante
toda vida, mesmo em adultos, conforme for
necessário. A pesquisa sobre o assunto mostra
que a neurogênese (fabricação de neurônios) é
de suma importância para cura ou prevenção de
diversas doenças psíquicas, como a depressão.
Dois grandes cientistas americanos, a saber Fred
Gage, do Salk Institute, e Barry Jacobs, da
Universidade de Princeton, descobriram que a
depressão clínica pode resultar de uma falha
cerebral na produção de novos neurônios.
Experimentos mostram que a fabricação de
neurônios ocorre, principalmente, em uma parte
do cérebro chamada hipocampo, responsável
por reger a aprendizagem, a memória e as
emoções. O hipocampo do paciente que está em
depressão há muito tempo é menor que o dos
pacientes não depressivos, pois a produção de
novos neurônios não é rápida o suficiente para
substituir os que estão morrendo. Os maiores
responsáveis por essa falha são o estresse e
fatores genéticos.
Segundo o preparador físico e mental Nuno
Cobra, “O laboratório Gage chegou a uma
descoberta surpreendente: percebeu que a
neurogênese se duplicou quando ratos tinham
em sua gaiola uma roda onde faziam corridas de
longa duração. A explicação para o fenômeno é
que a atividade física aumenta o ritmo cardíaco e
a circulação sanguínea no cérebro, que,
portanto, recebe maior quantidade de
estimulantes da produção de novas células.
Outra justificativa é que a corrida proporciona
um ritmo cerebral chamado “thetha” que, por
sua vez, aumenta a produção de serotonina e o
desenvolvimento dos neurônios.”
A recente descoberta é mais um incentivo à
prática desse esporte cujos benefícios já se
conhecem há tempos. Todavia, importa seguir
algumas orientações para praticar uma corrida
realmente saudável que não ocasione problemas,
por exemplo, de natureza ortopédica. O Ponto
Central conversou com a professora de Educação
Física Elaine Bexiga, que ensina práticas
importantes para uma boa corrida.
Como fazer uma boa corrida:
1. Faça um exame médico
2. Invista em equipamentos de qualidade. Um
bom par de tênis é muito importante para a
Elaine Bexiga é professora de Educação
Física no Pontual Centro de Ensino
3.
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8.
9.
10.
prática de corrida. Um bom tênis deve ser
flexível, ter uma sola grossa, um
acolchoamento para o calcanhar e para o
tendão de Aquiles, deve ser confortável,
com bastante espaço dentro, mais alto na
parte de traz e a sola deve ser mais larga que
a parte de cima.
Alongue-se
Hidrate-se
Prefira a grama ou até mesmo a esteira, se
você ainda não está acostumado a dar voltas
pelo bairro. Para quem está começando, evite
um terreno muito duro, irregular ou íngreme.
Prefira os períodos do dia com temperatura
mais amena.
Atenção na posição dos braços. O ideal é que
você deixe os antebraços paralelos ao solo.
Isso quer dizer que, no plano, eles devem
ficar em um ângulo de 90° em relação ao
resto do corpo. Repare, porém, que, ao subir,
a postura muda. Assim, você ganha
equilíbrio, o que torna todos os outros
movimentos mais harmônicos.
Respire direito. É simples assim: inspire pelo
nariz e expire pela boca. Só que, ao imprimir
um ritmo mais veloz ao exercício, acaba-se
abrindo a boca na hora errada para levar mais
ar para os pulmões. Isso pode ser evitado basta não acelerar mais que o habitual.
A duração ideal da corrida é muito relativa e
varia de pessoa a pessoa, conforme o grau de
condicionamento.
Se você é iniciante, se está sem praticar
exercícios há muito tempo, qualquer
atividade irá causar dores musculares no dia
seguinte, podendo se prolongar até mais dois
dias. Isso porque o organismo precisa de um
tempo para se adaptar a novos esforços. Além
da parte muscular, você também irá sentir
novas adaptações em outros sistemas como o
metabólico, o cardiovascular, etc. Seja
paciente e não desista!
ponto central
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
EDUCAÇÃO
5
ENTREVISTA
Quantidade X qualidade.
Conheça as relações entre a quantidade de
alunos em sala e a qualidade do ensino.
Por João Paulo Beraldo, 8ª série,
e Matheus Fortes Pereira, 7ª serie.
A quantidade de alunos em sala de aula é um
assunto muito discutido entre educadores,
podendo atrapalhar ou melhorar a qualidade do
ensino. O Ministério da Educação (MEC),
inclusive, estabeleceu, em 1999, recomendações
a esse respeito nos Parâmetros Nacionais de
Qualidade da Educação Infantil, tanto para
melhorar a aprendizagem quanto para beneficiar
as condições de trabalho dos professores.
As recomendações do MEC tornaram-se
projeto de Lei e estão em discussão no congresso
prevendo que o número de estudantes por
professor será de, no máximo, 25 nas turmas
iniciais do Ensino Fundamental, de 30 nas turmas
do Ensino Fundamental II e de 35 no Ensino
Médio, de modo que o professor não se desgaste
tanto e possa atender cada qual individualmente.
Não havendo um excesso de alunos por turma, os
jovens conseguem prestar mais atenção na aula e
o professor pode reconhecer as dificuldades e o
potencial específico de cada um.
A maioria dos alunos do Pontual Centro de
Ensino gosta da quantidade de estudantes em sala
adotada pelo colégio e acham que isso influencia
no rendimento das aulas. Raphael Marins, da 7ª
série, pensa que, com muitos alunos na sala de
aula, (e, portanto, aglomeração de pessoas), ele
estaria correndo o risco de, até mesmo, pegar a
gripe suína.
João Vitor Eugênio, também da 7ª série, disse
que um número grande de estudantes por turma
pode, sim, prejudicar no rendimento da aula, pois
gera muita conversa, bagunça e o professor não
consegue ensinar o conteúdo como gostaria.
Regina Helena Saldanha Fonseca, Diretora
do Pontual, falou ao Ponto Central sobre a
questão.
Ponto Central: Existe um número ideal de
alunos por sala de aula?
Regina: Existe e cresce de acordo com a faixa
etária. Séries iniciais precisam ser compostas por
um número menor de alunos, pois os pequenos
demandam mais atenção do professor, aspecto
que deve ser enfocado na educação infantil. O
aluno adolescente, porém, necessita de um maior
círculo de convivência social, no qual haja mais
pessoas e diferentes características. Assim, a
partir do Ensino Fundamental II, a escola deve
estabelecer uma quantidade de alunos por turma
que alie possibilidades de convivência social com
garantia da devida atenção do professor.
Ponto Central: Quais as vantagens de se
trabalhar com um número menor de alunos em
sala?
Regina: Respeitando as características inerentes
a cada faixa etária, com base em mais de 35 anos
trabalhando com a educação, vejo como grande
vantagem os cuidados e a atenção que o professor
Regina Helena, diretora do Pontual Centro de Ensino: “A escola é um microcosmos da sociedade.”
pode dispensar a cada aluno, individualmente,
numa turma menor.
Ponto Central: E pode haver desvantagens?
Regina: Existem desvantagens em um número
pequeno demais de alunos por sala de aula. A
escola é um microcosmos da sociedade e, se
houver uma quantidade muito pequena de alunos,
a turma não representará a sociedade real e não
preparará o estudante para o futuro.
As famílias de antigamente tinham muitos filhos;
hoje, têm poucos e as crianças podem acabar
crescendo com um conceito equivocado de
atenção: as pessoas precisam saber esperar,
dividir, não exigir exclusividade total. Assim, é
necessário haver um meio termo na atenção que a
criança e o adolescente recebem, pois, em algum
momento da vida escolar, eles enfrentarão uma
convivência mais ampla (ainda que no curso
superior).
A escola tem a missão de preparar o jovem para o
futuro. Possibilitar convivência social é treinar
para a vida.
Ponto Central: Qual, então, a postura do
Pontual Centro de Ensino quanto ao número de
alunos por sala?
Regina: A escola de porte médio,
comprovadamente, é a opção mais adequada para
trabalhar uma boa formação: o número de alunos
em sala tem que atender às necessidades
individuais conforme a faixa etária de cada aluno,
sem, porém, torná-lo exclusivista.
Trabalhamos, por exemplo, com a tutoria de 5ª a
8ª séries, afinal, a partir do 4° ano do Ensino
Fundamental I, o número de alunos em sala deve
aumentar um pouco – para atender às
necessidades de convivência do adolescente –
mas o cuidado e a atenção que cada um recebe não
devem diminuir. A tutora, permanecendo em sala
o tempo todo além do professor que ministra cada
matéria, conhece as peculiaridades dos
estudantes e lhes dedicam o atendimento de que
precisam.
O Pontual tem por princípio não deixar de ser
uma escola de porte médio, pois acredita ser essa
a estrutura que pode atender a todos os aspectos
da vida de um jovem em formação.
ARTIGO
Saber por saber: pesquisar é desenvolver
Quando desmerecemos o Brasil ao
compará-lo com outras nações mais
avançadas tecnologicamente, muitas vezes,
fazemos comentários jocosos, portamo-nos
de maneira fria e alheia como se dele não
fôssemos parte, e culpamos o “ladrão” errado:
governo, professores, colonização de
exploração, sonegação fiscal, corrupção...
Não que cada um desses deva ser despido de
responsabilidade, mas o dedo deve apontar
mais para si mesmo do que para as
circunstâncias ao redor se o assunto for
desenvolvimento.
É claro que o governo deveria dedicar
mais verba ao pesquisador, tendo em vista que
seu trabalho é demorado e não traz resultados
imediatos; se não houvesse sonegação fiscal
ou corrupção, haveria mais verba para se
dedicar à pesquisa (e à saúde, à educação, ao
meio-ambiente); se os professores se
dedicassem mais, os jovens cresceriam mais
interessados; enfim, há inúmeros fatores que
atrasam o Brasil, mas a mente preguiçosa é o
que mais atrapalha.
Quantas vezes temos preguiça de pensar
para resolver um problema ou mesmo fazer
uma conta? Quantas vezes preferimos fazer
alguma coisa impensada e ansiosa a refletir
sobre a solução de um problema até encontrar
uma melhor resposta? Quantas vezes, num
trabalho de faculdade ou pós graduação,
copiamos e colamos conteúdos da Internet
apenas para chegar ao fim de receber uma
nota? Travamos nossas mentes. Eliminamos a
possibilidade de descobrir. Perdemos a
oportunidade de pesquisar o que já se sabe
para, assim, partir de um ponto adiantado e
desvendar algo novo e maior.
O vetor do avanço é a pesquisa:
pesquisando descobre-se, desvenda-se,
desenvolve-se, enriquece-se, facilita-se a
vida.
Um país avança quando seu povo
aprende a pesquisar. Ter fome pelo
conhecimento que a humanidade já adquiriu
desde o início das civilizações é o grande
passo rumo ao desenvolvimento. A busca do
saber pelo saber (como os parnasianos com
a arte pela arte), sem recompensas, ou nota,
ou remuneração, é a fonte das novas idéias
que poderão render ao homem uma vida
mais confortável e pacífica sem esgotar a
capacidade do planeta Terra.
INFORMATIVO
Projeto Episteme: Há 3 anos pesquisando.
O Projeto Episteme, do Pontual Centro de
Ensino, completa 3 anos e está prestes a lançar
seu 3° livro: “Episteme em artigos III – Uma
reflexão sobre Londrina”. Incentivando a
pesquisa com utilização de metodologia
científica, o projeto reúne, semanalmente,
alunos interessados em, simplesmente, adquirir
conhecimento, sem compensação por nota. É
um investimento na formação de jovens
cientistas, um estímulo a novas descobertas
focando o pensar sociológico e filosófico.
Segundo a professora Maria Luísa Marigo,
responsável pelo projeto junto ao professor
Carlos Augusto Portello, os alunos
participaram, em 2009, da Feira de Iniciação
Científica Jovens Talentos da Unopar
(Universidade Norte do Paraná) e participarão
do Simpósio Estadual de Sociologia da UEL
(Universidade Estadual de Londrina), que
acontecerá nos dias 10 e 11 de Dezembro. Com o
fim de disseminar os resultados das pesquisas e
qualificar o projeto de forma científica, foi
enviado um artigo desenvolvido pelos alunos do
projeto - anexo à inscrição - e o Episteme foi
selecionado para o Simpósio.
No final de Novembro, o projeto Episteme
se inscreveu para a FEBRACE (Feira Brasileira
de Ciências Estatísticas) e aguarda o processo de
seleção visando a participar da Feira que se
realizará em Março de 2010.
Professor Carlos Augusto Portello, um
dos orientadores do Episteme, projeto
realizado no Pontual Centro de Ensino.
Professora Maria Luísa Marigo,
durante encontro do Episteme.
6
PONTO DE VISTA
ponto central
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
Como ser um bom aluno?
MARIA JULIA SOARES
1° Ano Vespertino
Para ser uma boa aluna, eu fico quieta, presto
atenção na aula e faço as coisas que a tia pede. Eu
sempre faço tarefa e, às vezes, minha mãe me ajuda,
quando está difícil. Eu faço minhas tarefas toda
noite e compro bastante livros para ler.
VITOR PRANDO SILVA
1° Ano Vespertino
Para ser um bom aluno, eu obedeço a tia e fico
quietinho na hora da aula. Só não presto atenção
direito se tiver barulho. Faço tarefa quando tem e o
colégio me deixa com vontade de ser um bom aluno
porque tem bastante gente.
JOÃO DAVI PIERRO MACULAN
2° Ano vespertino
Minha mãe fica em cima de mim para eu estudar
bastante e ser um bom aluno. Assim, na hora da
prova eu me lembro da matéria. Eu faço tarefa
sempre, porque eu aprendo bastante coisa que eu
não sabia.
Acho que a escola me motiva a ser bom aluno
porque exige bastante de mim.
ARTHUR GOMES ROSSITO
3° Ano vespertino
Eu estudo bastante quando tem verificação, fico quieto
em sala de aula e só converso quando a tia deixa,
baixinho. Eu sempre escrevo de novo as palavras da
apostila para gravar na minha cabeça.
Eu também faço todas as tarefas no dia certo, se não,
levo anotação e meus pais me deixam de castigo. O
Pontual me ajuda a ser um bom aluno porque os
professores são legais, ensinam bastante e dão bronca
em quem bate nos outros.
ANA JULIA GIOCONDO SALDANHA
3ª Série vespertino
Eu não sou muito quietinha, mas, para ser uma boa
aluna, eu obedeço à professora e estudo bastante.
Faço todas as tarefas porque isso me ajuda a fixar o
conteúdo: sem ter a professora por perto, a gente
pensa sozinha.
O Pontual me motiva a estudar por causa da
Maratona do Conhecimento, pois eu estudo
bastante para ter uma boa nota e ir de graça para o
passeio; as provas que a gente tem toda semana,
valendo prêmios, também me motivam bastante a
estudar.
JULIA OLIVEIRA BILIBIO
4ª série vespertino
Eu estudo para ser uma boa aluna. Minha mãe pede
para eu estudar 40 minutos todas as manhãs e eu me
dedico. Quando tem prova, minha mãe sempre fala
para eu ler com atenção. Nesses 40 minutos por dia, eu
estudo a matéria que tenho mais dificuldade, ou a que
não entendi, ou reviso a matéria do dia anterior.
Faço todas as tarefas porque me ajuda a aprender. Na
sala é diferente de casa, porque, quando faço tarefa,
estou sozinha e não tenho ajuda da professora. O
Pontual é um colégio que me incentiva porque eu
sempre quero deixar as pessoas daqui contentes
comigo, meus professores, meu pai, minha mãe.
ISADORA STROKA FERNANDES
3° Ano vespertino
Para ser boa aluna, eu estudo bastante quando tem
ou não tem prova. Faço todas as tarefas porque,
quando faço, aprendo mais do que já sei.
A escola me motiva a ser uma boa aluna. Quando a
gente tem dificuldade em alguma coisa, a
professora ajuda e tem aulas extras.
THAÍS SODRÉ SANTOS DE MAGALHÃES
3ª série vespertino
Para ser uma boa aluna, eu presto atenção na aula,
copio tudo o que a tia passa no quadro e faço todas as
tarefas, porque, às vezes, tem matéria importante na
tarefa que ajuda a fazer a prova.
Minha escola me anima a ser boa aluna porque os
professores são divertidos e sabem quando precisam
brigar com quem está fazendo coisa errada.
JULIA PIERRO MACULAN
4ª série vespertino
Eu estudo antes da prova, faço tarefa sozinha (só
algumas vezes eu pergunto para minha mãe), eu não
converso na aula. O Pontual me incentiva porque as
professoras são boas e eu gosto daqui, então tenho
mais vontade de estudar.
GABRIEL LUIZ SCALASSARA BALAN
4ª Série Vespertino
Eu estudo bastante na minha casa para ser um bom
aluno. De vez em quando, eu também estudo
quando não tem prova para saber um pouco mais.
Na aula, eu presto atenção e sempre faço tarefa
sozinho de manhã. O Pontual me ajuda a ser um
bom aluno dando tarefa e verificação.
LÍGIA BENASSI YAMASHITO
4ª série
Eu estudo bastante para ser uma boa aluna, não fico
conversando, presto atenção na aula: não é muita
coisa! Sempre que eu posso, faço as tarefas, porque
exercita e me ajuda a aprender. O Pontual tem bons
professores e o espaço me deixa à vontade, assim, a
escola me ajuda a ser uma boa aluna.
GIOVANA PORTUGAL POZATTO
3° Ano vespertino
Eu estudo bastante e tento obedecer à professora para
ser uma boa aluna. Estudo para as provas e, quando
chego em casa, minha mãe faz perguntas sobre a
matéria para mim.
Faço tarefa sempre, porque ela me ajuda a estudar e
tirar boas notas. Minha escola me motiva porque
ensina várias coisas e a professora briga com quem
merece, para o nosso bem.
NOTA
Maratona da Solidariedade
O Pontual Centro de Ensino promoveu a
Maratona do Conhecimento. Os alunos foram
divididos em equipes que realizaram várias
tarefas, entre elas o desfile de Garota e Garoto
Pontual e a arrecadação de alimentos. A equipe
vencedora ganhou um dia no Campo Belo
Resort, em Presidente Prudente, e escolheu a
destinação dos alimentos arrecadados.
Os 365 quilos de alimentos não perecíveis e
os 212 litros de leite foram distribuídos pelos
alunos a três Instituições beneficentes: creche
CEI Padre Boa Ventura, creche Imaculada
Conceição e a Igreja Sagrado Coração de Jesus
(que entregará aos necessitados através dos
irmãos Vicentinos).
ponto central
MARIANA V. FERNANDES KUDO
5ª Série matutino
Para ser uma boa aluna, tento me concentrar nas
aulas, estudar bastante e ficar meio longe de
brincadeiras. Às vezes, esqueço de fazer tarefa ou
me falta tempo, mas procuro fazer. Tento dormir
cedo para não ficar cansada na aula.
CELINA YOSHI TANAKA
5ª Série Vespertino
Para ser uma boa aluna, eu não converso muito na aula,
estudo bastante em casa e estudo para as provas. Eu
presto atenção nas aulas e gosto das aulas, porque os
professores ensinam bem.
ISABELA FACCI TOREZAN
6ª Série matutino
Para ser uma boa aluna, faço todas as tarefas, pois
elas são um meio de ir estudando e revisando o
conteúdo das provas. Antes das provas, também
reviso. Costumo fazer um resumo de toda a matéria
alguns dias antes da prova e, na véspera, leio.
O Pontual me ajuda e motiva a ser uma boa aluna
porque o colégio toma bastante cuidado para não
haver bagunça na sala. Temos, também, a tutora
que, além de ajudar na disciplina, sempre me ajuda
com as matérias e passa o conteúdo para mim
quando falto na aula. Acho que deve fazer muita
falta uma tutora nos lugares onde não tem.
PONTO DE VISTA
MATHEUS RODRIGUES HIRAZAWA
6ª Série vespertino
Para ser um bom aluno, eu presto atenção na aula, faço
tarefa e, quando tem prova, fico estudando no fim de
semana. Depois que comecei a dormir mais cedo,
comecei a ir melhor na escola também.
O Pontual tem ótimos professores, que dão gosto de
estudar.
NICOLAS ROMERO SICCA
8ª série A
Para ser um bom aluno, eu presto atenção na aula,
pergunto para o professor o que eu não entendo e
faço tarefa. Acho que a aula é o que mais funciona
para aprender, o que o professor fala é a melhor
orientação. A tarefa também ajuda bastante porque
revisa a matéria.
JOÃO HENRIQUE SOUZA
7ª Série A
Para ser um bom aluno, eu procuro sempre prestar
atenção nas aulas, não incomodar o professor,
estudar em casa... Aproximadamente 3 vezes por
semana, eu reviso todos os conteúdos que
estudamos em sala para não esquecer e faço tarefa,
porque ajuda bastante. Eu também procuro não
dormir muito tarde para me concentrar mais na aula.
A minha escola, o Pontual, me motiva a ser um bom
aluno, pois tem professores muito legais, que usam
um método de ensino muito bom e sempre trazem
coisas diferentes. Assim, eu me divirto muito nas
aulas.
HENRYCK CESAR MASSAO HUNGARO
YOSHI – 8ª série B
Para ser um bom aluno, eu procuro saber como dividir
o tempo dando um valor para cada coisa e
estabelecendo prioridades. Minha prioridade como
aluno é ir bem no geral, aprender realmente, não só
tirar nota boa na prova. Eu procuro não me sentir sob
pressão.
Na aula, eu sei o tempo de brincar e o tempo de prestar
atenção, tento fazer as coisas na hora certa. Eu faço
tarefa porque, muitas vezes, ela me ajuda bastante, já
que não tem ajuda de professor. A tarefa é como uma
prova para mim mesmo.
O Pontual me estimula a ser bom aluno porque tem
outros detalhes além da aula normal que acabam
ensinando coisas maiores, detalhes que envolvem não
só matéria, mas lições de ética e moral.
CAIO HAJIME OGAWA
7ª série B
Para ser um bom aluno, eu estudo e presto atenção nas
aulas. Quando o professor está passando a matéria,
fico atento e só converso depois. Uma semana antes da
prova, começo a estudar todos os dias. A tarefa
também me ajuda a lembrar a matéria e os bons
professores que o Pontual tem me motivam.
7
MARCELO BRITTO KODATO
2° Ano do Ensino Médio
É muito importante prestar atenção em todas as aulas e
se preparar para as avaliações para ter um bom
rendimento escolar.
O Pontual me motiva a ser um bom aluno porque os
professores me estimulam a estudar e a ter um bom
preparo para o vestibular.
GUSTAVO KENDI CAMARGO KOGA
3° Ano do Ensino Médio
(vestibulando de Medicina e já aprovado na 1ª
fase da UEL)
Acho que o principal para ser um bom aluno é
organização. É preciso organizar uma rotina para
estudar e descansar, não se entretendo com outra
coisa quando for hora dos estudos. Ter disciplina é
muito importante. Às vezes é bom fazer outra coisa
para relaxar, mas é preciso manter o foco.
Em sala de aula, presto muita atenção, porque, às
vezes, os professores dão detalhes importantes que
vão cair no vestibular. Procuro, também, tirar
minhas dúvidas na hora. Em casa, estudo a matéria
do dia, faço exercícios e levo minhas dúvidas para
os professores.
O Pontual tem uma equipe de professores
excelente, de qualidade, e eles passam segurança.
Por isso, conto com eles, eles me atendem bem, me
acolhem e me motivam a perguntar.
MARIA PAULA VOLPI
1° Ano do Ensino Médio
Para ser uma boa aluna, eu presto bastante atenção
na aula, estudo em casa, procuro os professores
quando tenho dúvida e freqüento o Pontual Assiste,
mesmo não sendo convocada. Geralmente, estudo
para as provas ao menos 4 dias antes e acho que o
Pontual me motiva a ser boa aluna por ter aulas à
tarde para tirar dúvidas e, também, porque os
professores nos dão liberdade de perguntar sem
ficarmos com vergonha.
VESTIBULAR
O Pontual Centro de Ensino acompanhou o emocionante momento em que a aluna
Carla Juliana Abra Bergamin comunicou a mãe sobre sua aprovação em Medicina, na
Puc-PR. Momentos como esse tornam todo o trabalho de nossa equipe extremamente
gratificante. Parabéns, Carla! Parabéns a todos os nossos alunos que já foram
aprovados nos vestibulares 2010 e na 1ª fase da Uel, inclusive os treineiros do 2° ano
Médio! Agora é só esperar mais resultados.
José Henrique Gorgoni Zampieri, aluno do 3°
ano Médio do Pontual Centro de Ensino: aprovado
em 1° Lugar em Biomedicina na Unifil e
ganhador de bolsa de estudos de 100% na
universidade, como prêmio ao desempenho.
Gabriela Daguia Rosa, aluna do curso pré-vestibular
do Pontual Centro de Ensino, passou na primeira fase da
UEL e da UNESP em Ciências Sociais. Em ambas as
universidades, foi para a segunda fase em 1° Lugar.
8
ponto central
EDUCAÇÃO
FAMÍLIA
“Não basta ser pai, tem que participar”
O tão conhecido slogan publicitário não caberia melhor a outro
assunto diferente de educação. Ratificar essa importância é uma das
maiores missões dos educadores a fim de levar o ensino ao que é ideal.
Os tempos mudaram sim e, com eles,
conceitos, comportamentos, vida escolar... Se,
antigamente, um filho temia voltar para casa
com notas baixas e era cobrado por elas de todos
os lados, em muitos lares da atualidade, há
crianças e adolescentes perdendo o respeito
pelos professores por não encontrarem, em seus
pais, uma atitude de confiança nos docentes.
Talvez, anos atrás, alguns professores
tenham sido tão duros e, às vezes, até injustos
com seus alunos que essa geração, os pais de
hoje, não confia no bom senso dos atuais mestres
em relação a seus filhos. Quem não ouviu
histórias de professores que faziam as crianças
ajoelharem no milho ou batiam em suas
mãozinhas com a palmatória só porque eram
canhotas? Esses contos, porém, ficaram no
passado.
Os professores têm consciência da
amplitude de suas responsabilidades como
educadores e como cidadãos num Estado
Democrático de Direito. Escolas sérias
contratam e treinam profissionais idôneos, pois
os grandes mestres constroem as grandes
escolas e propiciam um ensino inesquecível,
cujas consequências conhecem-se pela
formação de cidadãos de bem e pela
prosperidade da instituição.
Para o sucesso do processo educacional,
contudo, é de suma importância a participação
efetiva dos pais na vida escolar. Pais presentes
conhecem a equipe pedagógica da escola, sabem
como o filho se comporta em sala, suas
dificuldades, suas habilidades, seus problemas
com os colegas, suas conquistas pessoais, sua
opinião sobre a escola e sobre os professores.
Pais presentes ajudam a direção de uma escola a
melhorar constantemente e atender, cada vez
com mais eficácia, as necessidades de seus
filhos. Mas pais presentes andaram em falta.
Houve um momento da história recente em que
o ingresso das mães no mercado de trabalho
pareceu cavar um precipício entre família e
escola. Isso porque costumava ser delas a função
de acompanhar o desenvolvimento dos filhos.
As escolas, entretanto, sentiram essa falta: a
falta de pais participantes que procuram conhecer
bem a equipe pedagógica e, por confiar nela,
tornam-se seus maiores aliados em prol do
melhor rendimento escolar possível para os
alunos. Mais métodos foram, então, pesquisados
e desenvolvidos para estabelecer um forte elo
entre família e escola e dar continuidade, em casa,
à aprendizagem sadia e agradável que começa no
ambiente escolar. Certamente, um difícil
processo se instaurou em escolas competentes
que se propuseram a estreitar tal ligação, afinal,
não é fácil encontrar uma maneira prática e eficaz
para a família saber de tudo o que se passa com o
filho.
Diversas instituições encontraram soluções
inteligentes para se comunicar com a família,
mantendo-a amplamente informada sobre o
processo educativo. A relativa democratização
da informática contribui muito para esse avanço.
Há, portanto, várias maneiras de os pais estarem
em contato com a escola e é possível saber tudo o
que se passa com o filho, contribuindo como
agente ativo em sua educação formal. Visitar a
escola, conversar com o coordenador e
participar das reuniões também é fundamental
para a compreensão da proposta pedagógica
adotada e para o desenvolvimento de uma
relação de confiança que leve os pais a andar de
mãos dadas com a escola. Esta confiança se
estenderá ao aluno e gerará, nele, respeito pelo
seu colégio e segurança de estar sendo educado
num bom lugar.
ENSINO REAL
VESTIBULAR
Caderno Elo
A redação no vestibular
O Pontual Centro de Ensino, com experiência e
dedicação, chegou a um eficiente método de comunicação
entre família e escola: muito prazer, sou o Caderno Elo.
Por Luís Felipe Guimarães, 6ª série, e
Matheus Andrade Fiumari, 8ª série
Nos dias de hoje, a comunicação entre
família e escola tem sido difícil, pois os pais
estão sempre ocupados. As escolas tentam
encontrar maneiras de mantê-los bem
informados sobre a vida escolar dos filhos,
usando diversos métodos de comunicação,
como internet, telefone ou pessoalmente; O
Pontual Centro de Ensino, porém, encontrou
uma solução ainda mais apropriada.
O Caderno Elo propicia e mantém uma boa
relação entre a escola e a família dos alunos. Por
ele, a escola envia avisos, pedidos de
autorização, provas, etc.. Os alunos trazem o
Caderno Elo diariamente, colocam no lugar
específico para cada turma, e a coordenação
envia, através dele, os recados necessários. Na
hora da saída, os estudantes o recebem e
transportam para o destino final: os pais. O
controle de presença dos alunos também é feito
via Caderno Elo.
Segundo Taciana Saldanha, responsável
pelo desenvolvimento diário desse “elo”, sua
principal importância é a comunicação entre
escola e família, pois é muito prático, individual
e eficiente. A equipe do Pontual Centro de
Ensino chegou à conclusão de que o formato
atual do Caderno Elo é o ideal através da
experiência de mais de 30 anos em educação.
Taciana Saldanha, responsável pelo Caderno Elo:
“Ele é muito prático, individual e eficiente.”
Taciana enfatiza que muitas situações são
resolvidas a partir dele, como avisos gerais,
envio de provas, compra de uniforme e livros de
literatura, entre outros, razão pela qual o método
se perpetuou na instituição.
Além do Caderno Elo, o Pontual Centro de
Ensino mantém contato com a família de
diversas outras maneiras. O Portal Pontual está
sempre atualizado com as informações mais
relevantes a respeito de cada aluno: tarefas
diárias, notas, boletim, fotos. Cada pai possui
uma senha para acessar os dados sobre seu filho,
podendo acompanhar, de perto, os passos dados
para sua formação. Telefonemas e reuniões
também completam o elo entre o colégio e os
pais, pois o Pontual está de portas abertas para
você!
Um dos mais importantes nomes da redação em Londrina, a
professora Elaine Fabris faz uma breve retomada histórica da redação
no vestibular e resume o que se espera do texto de um vestibulando.
Ao longo dos anos, a produção de textos
nos concursos vestibulares tem sido “um bicho
de sete cabeças” para os estudantes e uma “dor
de cabeça” para os professores da disciplina
mais odiada e incompreendida pela maioria
dos alunos.
É fato, no entanto, que a maior parte desses
rótulos resulta dos resquícios da ditadura
militar vivida no país, que implantou aulas
extremamente teóricas, provas de mero
reconhecimento pelo “X” e uma “falsa redação
dissertativa”, afinal, não era possível expressar
pensamentos (reflexão) sobre o cotidiano
social e político da nação brasileira sem se
comprometer com a censura. Ora, se a função
mais valiosa da escrita está na habilidade de
repensar os problemas e de decidir sobre uma
mudança de postura, é lógico que os alunos
possuem bastante dificuldade de expressão
pela falta de prática imposta a eles, resultado
do modelo de aulas e de avaliação estabelecido
no passado.
Mas o importante é atualizar-se. As
mudanças no ensino de Língua Portuguesa, em
pouco tempo (20 anos aproximadamente), são
incríveis. A valorização do texto, da clareza e
da objetividade exigidas pela sociedade atual,
e de textos concisos repletos de significado e
de tomadas de postura, oferecem aos
estudantes um mundo novo para a
exteriorização de idéias, muito, até, para quem
é tão jovem e voltou a ter aulas de Sociologia e
de Filosofia na grade curricular há tão pouco
tempo.
Escrever bem é um processo. É preciso
conhecimento, que só se adquire pela leitura
(História, Literatura, Geografia ¬ geopolítica e
atualidades¬ Sociologia e Filosofia), somada
às estruturas básicas de organização de
pensamento e às regras essenciais de bom uso
da língua portuguesa, para a construção de
períodos fluentes e com boa carga semântica e
estilística. Dessa forma, é possível representar,
Professora Elaine Fabris, do Pontual Centro
de Ensino: “Escrever é fácil quando se sabe
para que se escreve.”
pela escrita, opiniões de fácil compreensão.
O que as provas de vestibulares de redação
querem dos alunos, então? Competência de
leitura e habilidade de defesa de opinião. Nada
além do que a sociedade cobra de qualquer
cidadão hoje.
Como fazer uma boa redação na hora da
prova? Ler e compreender a posição de outros
autores. Refletir sobre elas. Elaborar a própria
posição sobre o assunto e defendê-la com
linguagem simples e gramatical. Escrever é
fácil quando se sabe para que se escreve.
E se você, vestibulando, estiver lendo esse
texto, lembre-se disso e exercite o seu poder de
comunicação com vontade: sua linguagem
reflete seu pensamento, concentre-se nessa
idéia e exerça todo o seu poder.
ponto central
CULTURA
9
OBRA DE ARTE
As vidas secas de Cândido Portinari
Cândido Torquato Portinari, nascido em Brodósqui, São
Paulo, em 29 de dezembro de 1903, é, sem dúvida, o maior e mais
expressivo pintor brasileiro moderno. Entre os diversos temas
abordados pelo artista ao longo de sua profícua carreira, destacase a série de telas sobre a vida do sertanejo nordestino.
A maioria dos quadros desta série foi pintada em estilo
expressionista, com traços fortes, rústicos, espessos, destacandose as cores frias como o cinza, o azul, e algum marrom. Essas
imagens retratam de forma realista e extremamente dramática a
vida não menos dramática da gente pobre – miserável – do
nordeste brasileiro, como em Menino Morto, escolhido para
figurar no verso da medalha cunhada em homenagem aos cem
anos do pintor.
Na tela Retirantes, Portinari apresenta a sina do migrante que
abandona seu torrão natal, seu “pé de serra”, como gostam de se
expressar os nativos do Nordeste, e vão, como que sem rumo,
vagando pelos caminhos, quase sempre para o sul, na esperança
quase desesperada de uma vida melhor... De qualquer coisa
melhor. São vidas secas, como é seco o chão que pisam; são almas
mortas, como morta é a paisagem desértica que os abraça
ameaçadora. As cores frias dão ao quadro um aspecto mais
lúgubre ainda – o céu cinzento escuro não tem nuvens, mas
urubus. Não prenuncia a chuva salvadora, mas a morte que
avassala.
A narrativa da obra é de uma tristeza profunda, transmitindo,
com muita dureza, a realidade da fome, da miséria e do abandono.
DICA DE FILME
Retirantes, por
Cândido Portinari
(1903-1962)
Professor
Paulo Chenso,
do Pontual
Centro de Ensino
Personagens esquálidos, famélicos, em andrajos de aparência
horrível; olhares perdidos na distância que não são os olhares da
esperança, mas do desespero. Crianças de corpos deformados,
feias, com barriga d'água. A trouxa de roupas na cabeça da mulher
denuncia a miséria de bens materiais. Na paisagem não há verde,
nem flores; apenas ossos de gado morto pela sede e pela fome, e
pedras para lhes ferirem os pés, enquanto, no céu, os urubus
pacientemente aguardam o repasto que a morte, quase inevitável,
lhes proporcionará.
E a família lentamente se arrasta pelo agreste, como um grupo
de fantasmas. Assim Portinari viu, com sua profunda
sensibilidade, os retirantes nordestinos, daqueles que já nada mais
possuem além da vida, e tentam, a pé, em lombo de burro, em
paus-de-arara, num último lance de indômita bravura, alcançarem
um lugar para sobreviver. Qualquer lugar.
Patch Adams – o amor é contagioso
Um nome tão sugestivo
dificilmente esconderia um filme ruim,
mas talvez não provoque o suficiente para levar
todos a conhecer essa história tão marcante.
Baseado em uma história real, o filme Patch
Adams, o amor é contagioso, fala de sonho e de
ideal, de escolha, de decepção e de perseverança
– sentimentos e valores que devem ser parte de
todo ser humano.
Em forte depressão, Hunter procura uma
clínica psiquiátrica onde se interna. Ao ter a
oportunidade de ajudar um colega em pior
situação que ele, o protagonista encontra a razão
de sua existência e a cura para seus males na
habilidade de ajudar o próximo. Passa a se
nomear Patch Adams e decide cursar Medicina.
Na faculdade, diferencia-se dos colegas por
estar sempre de bem com a vida e pela incrível
ansiedade em ter contato com os pacientes.
Desperta amizade e inveja, a simpatia de
quase todos, menos do reitor. Nada, entretanto,
parece abalá-lo, pois Patch traçara uma
estratégia eficaz e controversa de cura, a
diversão. Veste-se de palhaço, cria uma clínica
gratuita (e oculta) para atendimento da
população carente, entra escondido no hospital
para visitar e alegrar os doentes e, acima de tudo,
segue seu coração. Patch apaixona-se e, quando
algo terrível acontece a sua amada, pensa em
desistir de tudo. A vocação, entretanto,
impulsiona-o a continuar além do que o
telespectador imagina.
O verdadeiro Patch Adams, Dr. Hunter,
além de médico é humorista, humanista e
intelectual. Criou o Instituto Gesundheit, onde
presta assistência médica sem nenhum tipo de
cobrança financeira e, hoje, sua trupe de
palhaços viaja pelas áreas críticas do mundo, em
situação de guerra, pobreza e epidemia,
espalhando alegria.
Dr. Hunter, o verdadeiro Patch Adams
Bom para quem está prestes a desistir de
um sonho.
Bom para quem ainda não tem um ideal.
Bom para quem só precisa de um
empurrãozinho.
Bom, também, para quem só quer assistir a
um filme bom.
NOVIDADES
Robôs e curiosidades
Os robôs fazem mal ao homem? Eles irão dominar o mundo?
Podem ocupar o lugar do homem na terra? Saiba mais.
Robótica é o estudo da tecnologia, tendo
sido amplamente utilizada na história de ficção
científica, nos filmes de Hollywood (quem não
assistiu “Eu, robô”?) e despertando, desde seu
surgimento até os dias de hoje, infinitas
discussões éticas. Muito se falou sobre a
possibilidade de os robôs serem utilizados na
realização de tarefas sujas ou perigosas para os
seres humanos, porque eles são capazes de
realizar trabalho involuntariamente; mas robôs
são apenas máquinas, não sonham nem sentem
e não podem fazer mal intencional ao homem,
justamente por não portarem a faculdade de
intencionar.
O pai da robótica industrial foi George
Devol, que nasceu em Lousville, nos Estados
Unidos, e seu primeiro robô foi o Unimate,
criado com o objetivo de liberar o ser humano
de tarefas difíceis e cansativas. Na década de
70, foram estabelecidas 3 leis básicas para
nortear essa ciência: o robô não pode fazer
mal ao homem, não pode se autodestruir e não
pode se autoprogramar. Prevê-se que os robôs
do futuro, por sua vez, serão inspirados nas
baratas, poderão subir pelas paredes e
ziguezaguear pelos tetos. Seus deslocamentos
irão desafiar as leis da gravidade.
Por Bárbara Diniz, 7ª série,
e Sérgio Ronchi Filho, 8ª série
Segundo Daniel Correia França Junior,
professor de Robótica, um dos primeiros
robôs utilizados no mundo não foi um
humanóide e sim uma máquina de montagem,
desenvolvida para grandes empresas como
Toyota e Ford. Essa tecnologia foi inventada
justamente para substituir os humanos, pois
os robôs não fazem greve, não faltam ao
trabalho e não ficam doentes. Hoje, diversos
países estão bastante avançados na robótica: o
Japão é o primeiro da lista quando o assunto é
nano robô, mas o Brasil também está muito
avançado na área da agricultura.
Na opinião de Beatriz Nagaya, aluna da 7ª
O aluno Sérgio Ricardo Ronchi Filho em entrevista com o professor Daniel C. França Junior:
“Robôs não fazem greve, não faltam ao trabalho e não ficam doentes.”
Beatriz Nagaya,
7ª série
Felipe Espírito Santo,
8ª série
série no Pontual Centro de Ensino, no futuro,
os robôs irão ocupar cada vez mais o lugar dos
humanos, pois seu desenvolvimento vem se
ampliando. Felipe Espírito Santo, aluno da 8ª
série, acha que boa parte dos robôs irá ocupar
o lugar dos humanos, afinal, hoje, as
máquinas já nos substituem no trabalho
pesado do dia a dia.
Importam, agora, as discussões
sociológicas sobre uma possível diminuição
do mercado de trabalho, e cabe ao homem
ampliar seus horizontes com criatividade para
que nunca lhe falte espaço.
10
ponto central
ESPECIAL
ENTREVISTA
Bullying
Muito praticado em colégios, especialmente entre os adolescentes, o
Bullying vem sendo desvendado e providências têm sido tomadas
para evitá-lo. Entenda melhor o assunto com reportagem dos alunos
Marcus Lima e Rafael Tondinelli.
Por Marcus Vinícius Lima, 8ª série, e
Rafael Tondinelli, 1° Ano Médio.
Bullying é um termo de origem inglesa que
significa amedrontar, intimidar, ameaçar,
humilhar, excluir, e refere-se ao “brigão”,
carrasco, “valentão”, ou seja, ao praticante da
agressão. Designa atos de violência física ou
simbólica, dirigidas a uma pessoa de forma
repetitiva, intencional e perversa, e manifestase, principalmente, nos apelidos, brincadeiras,
rasteiras, ponta pés, socos, enfim, no que os
alunos costumam chamar de “zoação”. Esses
atos se dirigem a pessoas que não se encaixam
nos chamados “padrões de comportamento e
beleza”, são pessoas singulares, diferentes,
discriminadas por seu modo de ser e pensar.
Nesse sentido, o Bullying se apresenta tal qual
atitudes racistas e preconceituosas, revelando a
falta de respeito ao outro.
Dois tipos de Bullying são observáveis:
aquele em que a maldade é a finalidade e o
agressor tem a real intenção de humilhar ou
machucar a vítima; e, não com menor gravidade,
há o Bullying cuja intenção é uma brincadeira.
Nesse caso, o agressor e a vítima são,
geralmente, amigos, e a “zoação” não tem
intenção de machucar ou ferir, nem fisicamente,
nem psicologicamente, entretanto quem sofre
esse tipo de Bullying, geralmente, está tentando
ser aceito pela turma e sofre calado, suportando
danos emocionais que vão se acumulando em
forma de traumas.
Para a diretora pedagógica do Pontual Centro
de Ensino, Marli Carrion, o Bullying é um crime
baseado na falta de respeito dos autores que pode
acarretar diversas conseqüências negativas, entre
elas a evasão escolar. A ambição excessiva de
determinadas indústrias alastra ainda mais o
problema, como a criadora de jogos eletrônicos
Rockstar Games, que lançou no mercado um
jogo incentivando tal prática nas escolas. O jogo
se passa em um colégio americano e seu
protagonista, um jovem cujo nome é
“desconhecido”, usa o Bullying para se tornar o
“valentão”, humilhando e abusando fisicamente
de alunos mais fracos que ele.
A socióloga Maria Carolina Vidal
desenvolve, no Pontual Centro de Ensino, um
projeto chamado Diversidade Cultural, que faz
parte das Estações de Aptidão. Um dos
principais assuntos abordados por ela entre os
alunos foi o Bullying, sobre o que a socióloga
conversou com a equipe do Ponto Central.
Ponto Central: Por que, em sua opinião, a
escola é um lugar em que se pratica o
Bullying?
Maria Carolina, Antropóloga
Maria Carolina: Na escola, os alunos têm
muito contato um com o outro, ficam juntos por
mais tempo e percebem, com mais facilidade, as
peculiaridades de cada um. É um ambiente em
que as diferenças são muito nítidas.
Ponto Central: Quais podem ser as
conseqüências do Bullying para quem o
pratica e para quem o sofre?
Maria Carolina: Para quem sofre com o
Bullying, esse ato causa baixa de auto-estima,
diminui o rendimento escolar, desenvolve um
quadro depressivo, pode deixar o jovem mais
disposto ao uso de drogas e, em casos mais
extremos, leva, até mesmo, ao suicídio.
Exemplos típicos são os alunos de Columbine,
nos Estados Unidos, que entraram na escola
armados, mataram colegas e, em seguida,
suicidaram-se. Já o agressor, praticante do
Bullying, perde a noção de como se relacionar,
tendo pré-disposição à delinqüência e levando
um referencial de agressividade para outros
relacionamentos. Ele passa a se considerar
superior a outras pessoas, agindo mal com a
própria família, amigos e em suas futuras
relações de trabalho.
Ponto Central: O que pode ser feito para
acabar com o Bullying na escola?
Maria Carolina: É essencial debater o
assunto, fazê-lo circular entre os alunos e
conscientizar a sociedade quanto à existência e
seriedade do Bullying. Importa, também, que os
professores e funcionários atentem para esse
tipo de comportamento, agindo com punição
severa ao agressor. É preciso que os adultos
prestem atenção, porque quem sofre a agressão,
geralmente, não fala por medo de haver uma
repressão ainda maior; inclusive, há casos em
que as testemunhas não contam o que viram por
temerem represália: não querem ser as próximas
vítimas. Além disso, é bom ensinar às crianças e
adolescentes o quanto o respeito ao outro é
fundamental para a convivência em sociedade.
Ponto Central: No seu projeto das
Estações de Aptidão, realizado no Pontual
Centro de Ensino, como e por que você
trabalhou o assunto “Bullying” entre os
alunos?
Maria Carolina: Meu projeto trabalha com
a diversidade cultural, com o respeito às
diferenças. No primeiro semestre, estudamos as
outras culturas, enfatizando a compreensão dos
diferentes conceitos e a valorização da
diversidade. No segundo semestre, minha idéia
foi trabalhar o respeito ao outro na convivência
social, aceitando a diferença como uma coisa
boa. Escolhi, então, o tema Bullying, pois, a
princípio, os alunos achavam que isso não
acontecia em sua realidade, somente nos
colégios dos Estados Unidos.
Fizemos pesquisas para mapear a questão
entre alunos, professores e funcionários do
colégio. Em seguida, analisamos os resultados,
fizemos gráficos e descobrimos que o Bullying
também acontece perto de nós: 91% das pessoas
relataram já terem presenciado tal prática na
forma de piadinhas, apelidos, situações
embaraçosas. Os alunos concluíram, assim, que
as diferenças ainda não são respeitadas e que
eles mesmos precisam mudar de atitude em seu
cotidiano, pois, se não houver “platéia” para a
prática do Bullying, se ninguém der risada
quando o agressor ofender alguém, certamente
essa violência terá fim.
ALUNO DESTAQUE
PROFESSOR DESTAQUE
Experiência jovem
Além dos limites
Aluno do Pontual é auxiliar técnico de futebol e transmite
conhecimentos aos mais novos, ajudando-os a alcançar títulos.
O professor de História Daniel
Bezerra fala um pouco sobre
deficiência visual, dificuldades e
sua volta por cima.
Por João Paulo Correa Junior, 8ª série, e
Willian Schell, 1° Ano Médio.
No Brasil, já não é novidade que o esporte mais
popular é o futebol. Ele mexe com o coração da
maioria das pessoas, causando sensações
maravilhosas e até tristeza (quando o time do
coração perde o campeonato!). Mas, por trás de
tantas emoções, contratações milionárias, elencos
futebolísticos, existem os auxiliares técnicos. Essa
profissão não é muito conhecida; sua principal
função é discordar do técnico e instigá-lo, através de
estatísticas e outros subsídios, para que o
comandante do time reflita sobre a forma de
preparação e atuação da equipe. Nos treinos, o
auxiliar deve ajudar a preparar os atletas, colaborar
no aquecimento e no alongamento.
Luca de Campos Carrer, aluno do 2° ano Médio
no Pontual Centro de Ensino, já é auxiliar técnico,
com apenas 16 anos de idade. O estudante foi
convidado pelo técnico Alessandro de Oliveira para
ajudar a equipe de futsal do Pontual, que estava a
caminho da fase macro regional do campeonato
JOCOPS. Luca recebeu o convite porque, no ano de
2007, havia participado do campeonato escolar e,
por isso, já tinha experiência para colaborar com os
atletas.
Na preparação física e no aquecimento, Luca é
quem ajuda a equipe e, junto ao técnico Alessandro,
cuida dos jogadores. Na opinião do estudante, em
Luca de Campos Carrer, 16 anos: o jovem
auxiliar técnico
Por Gabriel Merlini Tissiano, 1º Ano
Médio, e Fábio França Filho, 7ª Série.
entrevista ao Ponto Central, não é muito fácil ser
auxiliar do time, afinal, por serem muito jovens, os
atletas ainda apresentam imaturidade comum a essa
faixa etária. Luca, entretanto, diz que eles jogaram
bem e que foi uma série de jogos vitoriosos.
Primeiramente, os atletas do Pontual ganharam
o torneio das escolas de Londrina, que foi difícil
pela quantidade de times. Ganharam, também, o
regional em Bela Vista, o qual reuniu as principais
equipes da região. Depois desse torneio, o macro
regional foi disputado e vencido em Telêmaco
Borba, onde os quatro campeões regionais do norte
do Paraná marcaram presença. Após essa sucessão
de jogos, o time auxiliado por Luca classificou-se
para a grande final paranaense em Curitiba,
tornando-se campeão estadual e conquistando
espaço no campeonato brasileiro, disputado em
Poços de Caldas-MG.
O jovem auxiliar técnico Luca de Campos
Carrer faz questão de ressaltar que aprendeu muito
com a experiência: “Lidar com as pessoas não é tão
fácil quanto imaginamos, portanto devemos ser
pacientes. O mais importante é que a experiência é
algo muito bom, pois, quanto mais a temos, mais
coisas aprendemos.”
Muitas pessoas, no Brasil e no mundo,
enfrentam dificuldades por serem portadoras de
deficiências visuais. Tais dificuldades abrangem
vida social, locomoção e mercado de trabalho,
dentre outros aspectos que tornam o dia a dia muito
mais complexo. Existem, porém, deficiências
visuais leves que podem não atrapalhar
intensamente a vida de uma pessoa, como a miopia,
facilmente amenizada pelo uso de lentes de contato
ou óculos.
O professor Daniel Bezerra, do Pontual Centro
de Ensino, é um exemplo de profissional portador
de deficiência visual em alto grau, chamada de
degeneração genética de Startigart, a qual provoca o
envelhecimento precoce dos cones da fóvea. Em
entrevista ao Ponto Central, Daniel disse que não
sabe ao certo como perdeu parcialmente a visão, só
lembra que, entre os 10 e 12 anos, sua professora
percebeu que ele lia errado, escrevia fora da linha e
aconselhou sua ida ao médico, onde foi constatada a
degeneração genética de Startigart.
Daniel também contou que sofreu um certo
preconceito, mas nada que o abalasse muito.
Quando novo, na escola, era alvo de brincadeiras,
entretanto a passagem que mais o chateou foi uma
escola recusar seu trabalho em virtude da
deficiência. Foi um momento difícil, mas família,
amigos e Deus são importantes nessas horas, e isso
não faltou na vida do professor.
A deficiência visual, definitivamente, não foi
um empecilho na vida de Daniel, formado em
História pela Universidade Estadual de Londrina.
No vestibular, ele requereu uma prova especial, e
cursar a faculdade, segundo o professor, foi normal,
a única “diferença” eram seus xerox, mais caros por
necessitarem de mais folhas, decorrentes de uma
letra maior. Ainda assim, Daniel revela que
conseguiu o mesmo preço no xerox.
Para preparar aulas e provas, o professor Daniel
usa a Internet e também se baseia em questões de
vestibulares antigos. Quando está tudo pronto, ele
monta as aulas em Power Point com letras maiores.
Daniel não dirige, pois o Detran não daria a ele a
carteira de motorista, no entanto sua esposa dirige
para ele. Em casa, ajuda em tarefas que não
requisitam muito de visão, como lavar o carro e
passar pano no chão.
Atualmente, o professor Daniel leciona no
Pontual e em mais três escolas em Ibiporã, Cornélio
Procópio e Rolândia. Quando questionado sobre
como superou as dificuldades, adquiriu tanto
conhecimento e se tornou um excelente professor,
sua resposta é: “Estudando”.
Dezembro - 2009 / Janeiro - 2010
ponto central
Pontual em flashes
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