proposta pedagógico-curricular - CEEBJA PAULO FREIRE

Transcrição

proposta pedagógico-curricular - CEEBJA PAULO FREIRE
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO - 2010/2011
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
SUMÁRIO
1 – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1.1 - CURSOS AUTORIZADOS E RECONHECIDOS
2 - APRESENTAÇÃO
3 - FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
3.1 - HISTÓRICO
3.2 - IDENTIFICAÇÃO
3.3 - PERFIL DO EDUCANDO
3.4 – OBJETIVOS GERAIS
3.5 – QUADRO SÍNTESE DO ATO SITUACIONAL
3.6 – MARCO CONCEITUAL
3.7 – MARCO OPERACIONAL
3.8 – PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
3.8.1 – PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO GESTÃO 2009/2011
3.8.2 – PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
3.8.3 - PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
3.9 – CARACTERIZAÇÃO DOS CURSOS
3.10 – NÍVEIS DE ENSINO
3.10.1 – ENSINO FUNDAMENTAL FASE II
3.10.2 – ENSINO MÉDIO
3.10.3 – ENSINO PROFISSIONAL INTEGRADO À EJA PROEJA CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO
TRBALHO
3.11 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
3.12 – AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS – APEDs
3.13 - FREQUÊNCIA
3.14 – EXAMES SUPLETIVOS
3.15 – CONSELHO ESCOLAR
3.16 – MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
3.17 – BIBLIOTECA ESCOLAR
3.18 – LABORATÓRIO
3.19 – RECURSOS TECNOLÓGICOS
4 – FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS
5 – INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
6 – MATRIZ CURRICULAR
6.1 – MATRIZ CURRICULAR–ENSINO FUNDAMENTAL FASE II
6.2 – MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
6.3 – MATRIZ CURRICULAR - ENSINO PROFISSONALIZANTE PROEJA
7 – CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.
7.1 – DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
7.2 – DISCIPLINA DE ARTE
7.3 – DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM)
INGLÊS
7.4 – DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
7.5 – DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
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7.6 – DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS
7.7 – DISCIPLINA DE BIOLOGIA
7.8 – DISCIPLINA DE FÍSICA
7.9 – DISCIPLINA DE QUÍMICA
7.10 – DISCIPLINA DE HISTÓRIA
7.11 – DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
7.12 – DISCIPLINA DE FILOSOFIA
7.13 – DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
8 – PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E
PROMOÇÃO
8.1 – CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
8.2 – PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO DE
NOTAS
8.3 – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
8.4 – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
8.5 – CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
9 – REGIME ESCOLAR
9.1 - ORGANIZAÇÃO
9.2 – FORMAS DE ATENDIMENTO
9.3 - MATRÍCULA
9.4 – MATERIAL DIDÁTICO
9.5 - AVALIAÇÃO
9.6 – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
9.7 – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E
RECLASSIFICAÇÃO
9.8 – ÁREA DE ATUAÇÃO
9.9 – ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
10 – ESPECIFICAÇÕES DE RECURSOS MATERIAIS E
AMBIENTAIS
10.1 - INSTALAÇÕES
10.2 – INSTALAÇOES ESPECÍFICAS
10.3 – ÁREA LIVRE PARA PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
10.4 – MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS QUE ATENDEM AS
FINALIDADES DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EJA
10.5 – RELAÇÃO DO ACERVO BIBLIOGRÁFICO
10.6 – RELAÇÃO ATUALIZADA DOS EQUIPAMENTOS DO
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA, QUÍMICA, FÍSICA E
BIOLOGIA
10.7 – RELAÇÃO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS E
TECNOLÓGICOS
11 – RECURSOS HUMANOS
11.1 – ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS
11.1.1 - DIREÇÃO
11.1.2 – PROFESSOR PEDAGOGO
11.1.3 - COORDENAÇÕES
11.1.4 - DOCENTE
11.1.5 – SECRETARIA E APOIO ADMINISTRATIVO
12 – RELAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS
12.1 – EQUIPE DE DIREÇÃO
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12.2 – EQUIPE PEDAGÓGICA
12.3 – EQUIPE TÉCNICO ADMINISTRATIVA
12.4 – EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL
12. 5 – DOCENTES: ENSINO FUNDAMENTAL-SEDE
12. 6 - DOCENTES: ENSINO MÉDIO - SEDE
12.7 - DOCENTES: ENSINO PROFISSIONALIZANTE - PROEJA
12.8 - DOCENTES: APEDs (AÇÕES PEDAGÓGICAS
DESCENTRALIZADAS)
12.9 - DOCENTES: EDUCAÇÃO ESPECIAL
13 – AVALIAÇÃO DO PPP E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
14 – ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR:
14.1 - PROGRAMA VIVA ESCOLA
14.2 – CELEM - ESPANHOL
15 – PROPOSTA PEDDAGÓGICO-CURRICULAR DO ENSINO
PROFISSIONALIZANTE EM NÍVEL MÉDIO INTEGRADO À
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – PROEJA – CURSO
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
16 - BIBLIOGRAFIA
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1 – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1 – Denominação Completa do Estabelecimento de Ensino
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS –
CEEBJA PAULO FREIRE- Ensino Fundamental , Médio e Profissional
2 – Endereço completo
Rua Almirante Gonçalves, 1423
3 – Bairro/Distrito
Rebouças
4 – Município
Curitiba
5 – NRE
Curitiba
6 – CEP
80.230-060
7 –Caixa Postal
10 – Fax
3333-8853
11 – E-mail
[email protected].
13 – Entidade mantenedora
Governo do Estado do Paraná
15 – Local e data
Curitiba, 30 de novembro de 2010
8 – DDD
(41)
9 – Telefone
3332-4644/ 3333-8674
12 – Site
ceebjapaulofreire.pr.gov.br
14 – CNPJ/MF
76.416.965/0001-21
16 – Assinatura
Direção
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1.1 – CURSOS AUTORIZADOS E RECONHECIDOS
1 - Cursos autorizados
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio
Ensino Profissionalizante em nível médio
integrado à Educação de Jovens e Adultos –
PROEJA – Curso Técnico em Segurança do
Trabalho.
CELEM – ESPANHOL – Curso Básico
Ato/nº das autorizações
Resolução 1419/98
Resolução 1511/98
Resolução 187/08
Parecer nº 264/10 – CEE-Pr
2 - Cursos reconhecidos
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio
Ato/nº dos reconhecimentos
Resolução 136/2000
Resolução 4828/99
Resolução 187/08
Aguardando Parecer de
autorização conforme Instrução
Normativa nº 019/2008
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2 – APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do CEEBJA Paulo Freire é a identidade
da Escola. É o resultado da construção coletiva, da própria organização do
trabalho pedagógico escolar, na especificidade da modalidade de Educação de
Jovens e Adultos, com seus objetivos, prioridades e ações educativas,
estabelecidos pela coletividade. É através dele que a escola aponta o que
pretende fazer, seus objetivos, metas, estratégias, suas utopias e realidades.
Caracteriza-se pela participação de toda comunidade escolar: Direção,
Professores, alunos, pais, funcionários, nas reflexões e discussão crítica sobre
a realidade escolar, os problemas da sociedade e da Educação, buscando
encontrar as possibilidades de intervenção e transformação da realidade social,
econômica, política, educacional e cultural, através do seu projeto educativo.
O PPP prevê e dá direção à gestão da escola, possibilita momentos de
reflexão pedagógica dando um sentido ao ensino e aprendizagem, às práticas
pedagógicas culturalmente contextualizadas, como também propicia momentos
de reflexão em que se revelam acertos, incertezas, conflitos e contradições.
O documento é construído/desconstruído/reconstruído coletivamente,
por isso é um processo democrático de decisões, de opções explícitas voltadas
à superação de problemas específicos de uma realidade específica. Portanto, é
um processo dinâmico de caráter dialético, visto que incorpora teses, antíteses,
novas teses e novas antíteses, num ir e vir contínuo.
O termo Projeto deriva do latim projectu, particípio passado do verbo
projicere, que significa lançar para diante, rumo, direção, opção intencional.
Nesse sentido é o anúncio do devir, do que foi sonhado coletivamente e que
pode passar do sonho à ação.
“O ser humano é, naturalmente, um ser de intervenção no mundo, à
razão de que faz a História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de
sujeito e não pegadas de objeto” (Paulo Freire, 1997, p.119);
O Projeto Político Pedagógico na sua dimensão pedagógica possibilita a
efetivação da finalidade da educação escolar que é a formação do cidadão
crítico, responsável, criativo e participativo, através da apropriação do saber
científico, sistematizado, historicamente, acumulado pela humanidade.
Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas para que a escola
cumpra seus propósitos e intencionalidade.
Na dimensão política, pressupõe a opção e compromisso com a
formação do cidadão para um determinado tipo de sociedade. Nesse sentido é
político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os
interesses reais e coletivos da população majoritária.
Segundo Saviani, (1982), “a dimensão política se cumpre, na medida em
que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica”. Portanto, as
dimensões política e pedagógica, são indissociáveis.
O Projeto Político Pedagógico alicerça o trabalho pedagógico escolar,
enquanto processo de construção contínua, portanto, nunca é pronto e
acabado. Tem sido reavaliado e realimentado pela comunidade escolar, nas
reuniões de capacitação descentralizada na Escola, durante as Semanas
Pedagógicas de Fevereiro e Julho, a partir de 2005 e em diversas reuniões de
discussão da Proposta Pedagógico-Curricular para EJA, no interior da Escola e
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em outros espaços de discussão e de formação continuada dos profissionais
da educação deste Estabelecimento de ensino.
3. FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96,
no artigo 37, prescreve que “a educação de jovens e adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino
fundamental e médio na idade própria”. Não é “supletiva”. É uma oferta regular
dirigida para cidadãos que não puderam se beneficiar da escolarização básica
na idade convencional.
A EJA (Educação de Jovens e Adultos), de acordo com a Lei 9394/96,
passa a ser uma modalidade da educação básica nas etapas do ensino
fundamental e médio, com especificidade e modelo pedagógico próprio,
articulados à realidade sócio-histórica do educando, a fim de satisfazer as
necessidades de aprendizagem destes educandos-trabalhadores.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e
Adultos (BRASIL, 2000) estabelecem três funções para a EJA:
...a função reparadora, que se refere ao ingresso no circuito dos direitos civis, pela
restauração de um direito negado, historicamente, a diferentes grupos sociais de
trabalhadores; a função equalizadora, que propõe garantir uma redistribuição e
alocação em vista de mais igualdade de modo a proporcionar maiores oportunidades,
de acesso e permanência na escola, aos que até então foram mais desfavorecidos; por
último, a função, por excelência da EJA, permanente, descrita no documento como a
função qualificadora. É a função que corresponde às necessidades de atualização e
de aprendizagens contínuas, uma educação permanente, que tem como base o caráter
incompleto do ser humano cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se
atualizar em quadros escolares ou não escolares.
O Documento das Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar) estabelece que:
“a EJA enquanto modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores,
tem como finalidades e objetivos, o compromisso com a formação humana e com o
acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e
produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso
político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral “.(PARANÁ,
2005, p.28)
Com estas finalidades e objetivos, a Educação de Jovens e Adultos deve
voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam:
aprender permanentemente; refletir criticamente; agir com responsabilidade
individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de
forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar
problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a
partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos,
tecnológicos e sócio-históricos (KUENZER, 200, P.40).
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3.1. HISTÓRICO
O CEEBJA PAULO FREIRE surgiu de uma escola que existia na
Secretaria da Educação (SEED), criada pela Resolução nº 2.548/95, de
23/06/95, com a denominação de Núcleo Avançado de Estudos Supletivos.
Em decorrência desta mesma resolução foi concedida a autorização para o
funcionamento do Curso de 1º grau Supletivo – Função Suplência de Educação
Geral, para atender a escolarização dos funcionários que não haviam concluído
os seus estudos de 1ª a 4 a. série.
Pela Resolução nº 1.419/98 (SEED) é renovado a autorização para o
funcionamento do referido Curso e autorizado a mudança de domicílio deste
estabelecimento de ensino, da Avenida Água Verde, 1.682, para a Rua Doutor
Pedrosa, nº 149, a partir de junho de 1.997, sob a direção da Professora
Terezinha Rossi, para implantação e organização desta Escola.
A partir de agosto de 1997, o Núcleo Avançado de Estudos Supletivos
do Município de Curitiba - NAES inicia o atendimento descentralizado, tendo
em vista, as exigências de escolarização e de melhor qualificação da mão de
obra dos trabalhadores. Passa a atender a população jovem e adulta no seu
local de trabalho, através do Termo de Cooperação Técnica, em parcerias com
várias empresas públicas e privadas, instituições, prefeituras e órgãos
governamentais, possibilitando a escolarização de milhares de pessoas, seja
no processo de alfabetização ou na conclusão do Ensino Fundamental e
Médio.
A transformação do Núcleo Avançado de Estudos Supletivos do
Município de Curitiba, em CENTRO DE ESTUDOS SUPLETIVOS PAULO
FREIRE, oficializou-se pela Resolução nº 1.511/98, de 13/05/98, DOE
24/06/98, autorizando o funcionamento do Curso Supletivo de Ensino
Fundamental de 1 a. a 8a. série e Ensino Médio, pelo prazo de mais dois anos,
a partir de 1.998.
O reconhecimento dos Cursos veio com a Resolução nº 4.828/99, DOE
12/01/00, para o Ensino Médio, com vigor a partir de 15/12/99, por cinco anos e
Resolução 136/2000, para o Ensino Fundamental, vigorando a partir de
13/11/00, pelo prazo de cinco anos.
Com o crescente resultado do trabalho do CES - PAULO FREIRE,
aumenta a cada dia a demanda pela oportunidade de formação e educação
deste grupo social até então excluído da escola. Incluem-se nesta população,
os alunos com necessidades especiais, alunos de projetos sociais como os
menores infratores e os de liberdade condicional que procuram este
estabelecimento de ensino, tendo em vista as características deste espaço
escolar, acolhedor, uma escola por natureza inclusiva
Atender a realidade do aluno do CES – PAULO FREIRE, exigiu
mudanças no decorrer da história da Escola, na forma de tratamento
metodológico, na organização de horários de estudo, combinando momentos
individuais e coletivos, na flexibilidade de horários e na descentralização de
atendimento da escolarização deste segmento da sociedade, alheio à
oportunidade educacional.
No decorrer do trabalho de escolarização destes educandos percebeuse a necessidade de ousar com relação à metodologia de ensino, criando os
momentos coletivos, quando até então, só havia os momentos presenciais
individuais. Essa ousadia, pautada pela associação do saber informal mais a
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seleção de conteúdos essenciais, dosados em um tempo básico, necessário,
para cursar cada uma das disciplinas que compõe a Base Nacional Comum,
levou à criação dos momentos coletivos presenciais.
Quando esses momentos coletivos foram instituídos, não se pensou em
baratear o processo de escolarização desses alunos, mas sim, valer-se de uma
metodologia compatível com o teórico-científico e com o prático, que atendesse
à realidade da educação de jovens e adultos. Esta experiência do CES PAULO FREIRE serviu de modelo para todo o Estado do Paraná, sendo
implantado em todos os demais CES.
Em cumprimento à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
Lei 9394/96, a Secretaria da Educação através da Resolução 3.120/98,
determina que os Centros de Estudos Supletivos (CES) passem a ser
denominados de Centros de Educação Aberta, Continuada, à Distância
(CEAD).
Com a nova designação, o CEAD PAULO FREIRE, passa a ofertar na
sua escolarização de jovens e adultos, uma educação aberta ( o aluno organiza
o seu currículo e determina o ritmo de aprendizagem, segundo seus interesses
e necessidades), continuada (aprofundamento e atualização dos
conhecimentos anteriormente adquiridos) e à distância ( uma forma
sistematicamente organizada de auto-estudo onde o aluno se instrui a partir de
um material de estudo sob o acompanhamento e supervisão de professores)
A Resolução 4.561/99, de 15/12/99 determina que os CEADs passem a
ser denominados de Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e
Adultos, com oferta exclusivamente do Ensino Fundamental e Médio para
aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos em idade própria.
Com a necessidade de adequar a Proposta Pedagógica na Educação de
Jovens e Adultos à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Nº
9394/96, o Conselho Estadual de Educação – CEE nos termos da Deliberação
nº 008/00 e Parecer nº 387/01 de 19/10/01, autoriza o funcionamento do
Ensino Fundamental e Médio, na modalidade de Educação de Jovens e
Adultos – Semipresencial, a partir do 1º semestre de 2002 e
conseqüentemente, a cessação do Ensino Supletivo, dos Centros Estaduais de
Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJAs, que substituíram os
antigos CES – Centros de Estudos Supletivos, com autorização de
funcionamento nº 1511/98, DOE 24/06/1998 e reconhecimento do curso nº
2983/2001, DOE 30/01/2002.
A partir de 2002, o CEEBJA PAULO FREIRE, de acordo com a
Instrução conjunta nº 01/01 SGE/SGI/DEJA, inicia o trabalho descentralizado
nos POSTOS AVANÇADOS DO CEEBJA (PAC), hoje, denominado Ações
Pedagógicas Descentralizadas – APED, no local/região de concentração de
uma grande população de jovens e adultos , interessados na escolarização,
mas com dificuldade de se locomover até ao CEEBJA Sede, por diversos
motivos, desde a falta de recursos para transporte , fator tempo, trabalho e
principalmente, o interesse de estudar próximo à sua casa.
O atendimento descentralizado através dos PACs (APEDs) se efetiva ,
nos diversos bairros da cidade, criando salas de aula no período noturno nos
espaços ociosos das Escolas Municipais.
A necessidade crescente de oportunizar uma formação profissional aos
educandos jovens e adultos, além da escolarização básica, para a sua inserção
no mundo do trabalho, levou a comunidade escolar a reivindicar junto ao
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Departamento de Trabalho e Educação da Secretaria de Estado da Educação,
a implantação de curso profissionalizante neste CEEBJA.
A partir de julho de 2009, inicia-se no CEEBJA Paulo Freire, o Ensino
Profissionalizante de nível médio, na modalidade de Educação de Jovens e
Adultos – PROEJA, com o Curso Técnico em Segurança do Trabalho.
A importância dessas ações e o perfil do educando jovem, adulto e
idoso, justificam o CEEBJA Paulo Freire, potencializar sua oferta de educação
fundamental, médio e profissional, de forma presencial, com matrícula por
disciplina, na forma coletiva e individual, como vem se aprimorando no decorrer
dos anos, para esta parcela da população que não pôde se beneficiar da
escolarização básica na idade convencional e a quem tem sido negado,
historicamente, o direito à cidadania plena.
Atualmente, o CEEBJA Paulo Freire, sob a direção da Professora
Terezinha Rossi, fundadora da Escola, conta com aproximadamente três mil
e oitocentos alunos, no Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante,
estudando na Sede e nas APEDs., cumprindo com a sua função social de
possibilitar o acesso, permanência e sucesso dos educandos jovens e adultos
no seu direito à escolarização básica e à qualificação profissional.
3.2. IDENTIFICAÇÃO
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos –
CEEBJA - Paulo Freire - Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio, localizase à Rua Almirante Gonçalves nº1.423, Rebouças, Município de Curitiba,
Estado do Paraná. Este Estabelecimento de Ensino tem como mantenedor o
Governo do Estado do Paraná e funciona em prédio locado.
Para efeitos administrativos, o Centro Estadual de Educação Básica
para Jovens e Adultos - Paulo Freire, vincula-se ao Departamento de Educação
e Trabalho – DET, da Secretaria de Estado da Educação e utiliza como sigla
CEEBJA.
A área de atuação deste CEEBJA corresponde ao município de Curitiba,
do Núcleo Regional da Educação de Curitiba.
Este Estabelecimento de Ensino tem como finalidade, atendendo ao
disposto na Constituição Federal e Constituição Estadual, na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDBN nº 9394/96, nas Diretrizes Curriculares
Nacionais de Educação de Jovens e Adultos, instituídas pelo Parecer 011/2000
CNE, ofertar cursos de Ensino Fundamental II e de Ensino Médio destinados à
preparação do jovem, do adulto e do idoso, por meio de metodologia adequada
ao desenvolvimento cultural e formação da vida cidadã dos educandos.
Este Estabelecimento de Ensino oferece a seus educandos, serviços
educacionais com base nos seguintes princípios da Constituição Federal e
Constituição Estadual:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola,
vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
II – gratuidade do ensino, com isenção de taxas e contribuições de
qualquer natureza, vinculadas à matrícula.
III – garantia de uma educação básica igualitária e de qualidade.
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos –
CEEBJA Paulo Freire assegura, gratuitamente, oportunidades educacionais
apropriadas de escolarização, para os jovens, adultos e idosos que não
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puderam efetuar os estudos na idade regular, mediante cursos e exames
supletivos no nível do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, objetivando que
o educando da EJA relacione-se com o mundo do trabalho e que através deste
busque melhorar sua qualidade de vida e tenha acesso aos bens produzidos
pelos homens. E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de
Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
I – A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos,
bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de
reinserção nos processos educativos formais;
II – O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no
processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe
superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de
informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;
III – Os conteúdos específicos de cada disciplina deverão estar
articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada
ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
IV – A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da
atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os
saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como
instrumentos de transformação de sua realidade social;
V – O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional que fragmenta do processo de conhecimento e o hierarquiza nas
matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na
qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o
educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes
saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do
conhecimento.
3.3. PERFIL DO EDUCANDO
O jovem e adulto do CEEBJA Paulo Freire e APEDs
A partir da pesquisa realizada no mês de Junho de 2007, no CEEBJA
Paulo Freire e APEDs, vinculadas ao mesmo, foi possível traçar o perfil dos
alunos.
A escola da Sede, denominada Centro Estadual de Educação Básica
para Jovens e Adultos - CEEBJA PAULO FREIRE, localizada à Rua Almirante
Gonçalves, nº. 1423, no Bairro Rebouças, na cidade de Curitiba-Pr., possui,
aproximadamente,
4.472 alunos,
distribuídos nos cursos de Ensino
Fundamental II e Ensino Médio, atendidos nos turnos da manhã, tarde e noite,
nas formas de estudo coletivo e individual.
As APEDs – Ações Pedagógicas Descentralizadas – são turmas
coletivas de cursos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio que acontecem
no período noturno, ocupando salas ociosas cedidas pelas Escolas Municipais ,
dos diversos bairros da Capital, sob a responsabilidade do CEEBJA PAULO
FREIRE, no que se refere à organização pedagógica e administrativa. Atende
uma população de aproximadamente, 1.615 alunos, distribuídos em 19 Escolas
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9
Municipais e em 10 APEDs Especiais (parcerias), funcionando nos diversos
órgãos públicos das Secretarias Municipais de Obras Públicas, Meio-Ambiente
e da Educação.
A seleção das APEDs, seguiu o critério de amostragem frente ao porte
dos estabelecimentos. Foram selecionadas quatro escolas de bairros
diferentes, de porte considerado grande, em relação ao número de alunos,
sendo as APEDs: Júlia Amaral, com 120 alunos, Durival de Brito, com 129
alunos, Airton Senna, com 227 alunos e Eva da Silva, com 179 alunos, num
total de 655 alunos. As mesmas estão localizadas em bairros periféricos do
Centro de Curitiba e de condição sócio-econômica carente.
Na pesquisa a população definida para a amostragem, teve uma
representatividade, levando-se em conta a totalidade dos alunos matriculados
na Sede e nas APEDs.
Na Sede onde há 4472 alunos matriculados, foram aplicados 1.000
questionários, correspondendo uma amostra de 19% do total de alunos,
retornando 846 respondidos por alunos de turmas coletivas e individuais, dos
turnos da manhã, tarde e noite.
Nas quatro APEDs onde há 655 alunos matriculados, foram aplicados
300 questionários, correspondendo a uma amostra de 43% do total de alunos e
retornando 282 respondidos. É importante salientar que o índice de
amostragem corresponde ao número de alunos presentes na sala de aula na
ocasião da pesquisa. O Quadro 1 mostra o total de alunos matriculados nas
cinco instituições e envolvidos na pesquisa:
QUADRO 1 – TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS E OS ENVOLVIDOS NA
PESQUISA NO CEEBJA PAULO FREIRE E QUATRO APEDs – JUNHO/2007
LOCAL APLICADO
MANHÃ
TARDE
NOITE
Nº DE ALUNOS
MATRIC
PESQ
MATRIC
PESQ
MATRIC
CEEBJA (SEDE)
1.342
318
(24%)
1.118
213
(19%)
2.012
APED JÚLIA AMARAL
-
-
-
-
120
APED AIRTON SENNA
-
-
-
-
227
APED EVA DA SILVA
-
-
-
-
179
APED DURIVAL DE
BRITO
-
-
-
-
129
TOTAL
GERAL DE
ALUNOS
MATRIC. E
PESQ.
PESQ
TOTAL GERAL
MATRIC
PESQ
4.472
846
(19%)
CEEBJA
4.472
846
(19%)
APEDs.
655
282
(43%)
315
(16%)
66
(55%)
105
(46%)
44
(24%)
65
(50%)
O Instrumento de Coleta de Dados (ICD) foi elaborado com 25 questões
fechadas, contendo em algumas, alternativas abertas, que possibilitasse ao
respondente acrescentar dados os quais não eram contemplados no
documento. O referido ICD foi dividido em categorias, visando traçar o perfil do
aluno jovem e adulto destas escolas nas dimensões de: identificação pessoal,
situação sócio-econômico e cultural, e escolarização.
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Perfil : Identificação pessoal dos alunos do CEEBJA E APEDs
Os dados de identificação pessoal relacionados à idade, gênero,
residência, formas de locomoção e procedência para se chegar à escola,
fazem refletir sobre a significância desses dados na construção social e
histórica da identidade desses sujeitos presentes no CEEBJA e nas APEDs.
O Quadro 2 mostra a distribuição dos alunos por faixa etária e gênero:
QUADRO 2: IDADE E GÊNERO
IDADE
14 a 18 anos
19 a 25 anos
26 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
Mais de 61 anos
GÊNERO
Masculino
Feminino
CEEBJA
Freqüência Percentual
66
08%
173
21%
138
16%
232
27%
149
18%
69
8%
19
2%
CEEBJA
294
35%
552
65%
APEDs
Freqüência Percentual
39
14%
71
25%
47
17%
66
23%
45
16%
11
04%
03
01%
APEDs
93
33%
189
67%
Em relação à idade, é interessante ressaltar que no CEEBJA apenas 8%
corresponde à população de adolescentes na faixa dos 14 a 18 anos. Isto
significa que 92% são adultos, sendo que o maior número corresponde à faixa
etária de 31 a 40 anos.
Nas APEDs , a faixa da população de adolescentes eleva-se em 14%,
mas continua ainda o maior grupo de adultos (86%).
Esses dados vêm negar o discurso, muitas vezes, corrente, até mesmo
de políticas públicas para EJA, que consideram uma grande demanda de
adolescentes concorrentes dos educandos próprios de EJA, à busca de uma
escolarização aligeirada. A pesquisa mostra que o público é jovem e adulto em
busca do direito à educação básica, negada historicamente a este grupo
excluído do ensino regular e que deve ser visto com sua especificidade cultural
social e educacional (HADDAD e DI PIERRO,2000)
Os grupos menores, identificados de adolescentes, na faixa etária de 14
a 18 anos, presente no CEEBJA e nas APEDs, correspondem, àqueles que na
trajetória de vida escolar e pessoal, na maior parte deles, tiveram experiências
negativas de exclusão social do ensino regular, sendo acolhido na EJA, pela
própria natureza inclusiva desta modalidade de ensino. Neste grupo está
inserido também, os adolescentes de programas sociais. Não acolher esta
população é reforçar a sua marginalização e desvirtuar a função social da
escola
É grande o número de mulheres tanto no CEEBJA quanto nas APEDs
correspondendo a 65% a mais , em relação aos homens. Historicamente, as
mulheres vêm ganhando espaço na sociedade, no mundo do trabalho e
mudando o seu papel social, discriminado, desigual em relação aos homens.
Estão ocupando outros espaços, além de “dona de casa”, buscando a
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escolarização por necessidade ou até mesmo por satisfação pessoal.. A
mudança na estrutura familiar, tendo a mulher que assumir muitas vezes a
liderança da família e a provisão do sustento, tem levado à sua independência
sócio-econômica e cultural.
Os alunos do CEEBJA, em sua grande maioria, moram em Curitiba e
das APEDs, na quase totalidade. Os alunos do CEEBJA vêm à escola de
ônibus, mesmo porque a escola fica no centro da cidade de Curitiba, e das
APEDs vêm a pé, pois as escolas ficam nos bairros, próximo a suas
residências. É evidente a necessidade do vale transporte para a efetivação da
escolarização do educando jovem e adulto. Foi possível verificar que o maior
percentual dos alunos vem de casa e não do trabalho. O Quadro 3 evidencia o
acima exposto:
QUADRO 3 – RESIDÊNCIA, MEIOS DE LOCOMOÇÃO E LOCAL DE
PROCEDÊNCIA PARA A IDA À ESCOLA.
RESIDÊNCIA
CEEBJA
Freqüência
Curitiba
Região metropolitana
MEIOS DE LOCOMOÇÃO
ônibus
carro
bicicleta
moto
a pé
LOCAL DE
PROCEDÊNCIA
casa
trabalho
Percent.
APEDS
Freqüência
Percent.
570
67%
276
33%
CEEBJA
642
75%
42
05%
15
02%
18
02%
129
15%
CEEBJA
271
96%
11
04%
APEDS
24
08%
26
09%
10
03%
05
02%
217
78%
APEDS
464
382
196
86
55%
45%
70%
30%
Perfil socioeconômico
Em relação aos dados sócio-econômicos, as diferenças encontram-se
na relação emprego versus desemprego, refletindo na renda familiar e acesso
aos bens culturais e tecnológicos. O Quadro 4 apresenta a ocupação e regime
de trabalho dos alunos jovens e adultos:
QUADRO 4 – OCUPAÇÃO E REGIME DE TRABALHO
OCUPAÇÃO
CEEBJA
Freqüência
Percentual
APEDs
Freqüência
Percentual
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12
Assalariado
Desempregado
Autônomo (a)
Do lar
Aposentado (a)
Só estuda
Trabalho Voluntário
Outra. Qual (is)?
440
109
85
71
22
59
10
50
CEEBJA
REGIME DE TRABALHO
Possui carteira assinada
Não possui carteira
assinada
52%
13%
10%
08%
03%
07%
01%
06%
133
51
33
29
03
23
02
05
47%
19%
13%
10%
01%
08%
01%
02%
APEDs
Freqüência
Percentual
Freqüência
Percentual
465
55%
126
45%
381
45%
156
55%
Mais da metade da população do CEEBJA são assalariados, com
carteira assinada e nas APEDs, apenas 47% são assalariados e 55% não tem
carteira assinada. Nas APEDs, há maior índice de desempregados, autônomos
e donas de casa.
No geral, tanto no CEEBJA quanto nas APEDs. quase a metade da
população vive em situações de emprego precário.
As novas demandas de articulação entre conhecimento científico e
conhecimento tácito reforçam a escolarização em níveis cada vez mais
ampliados e com maior qualidade como condição necessária à inserção e
permanência nas relações sociais e produtivas para os que vivem do trabalho.”
(KUENZER, 2003)
O Quadro 5 revela a renda familiar e o acesso a bens tecnológico:
QUADRO 5 – RENDA
TECNOLÓGICOS.
FAMILIAR,
ACESSO
CEEBJA
RENDA FAMILIAR
Freqüência
Percentual
E
UTILIZAÇÃO
APEDs
Freqüência
Percentual
DOS
RECURSOS
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13
1 salário mínimo
Até 2 salários
De 3 a 5 salários
De 6 a 8 salários
De 9 a 12 salários
Acima de 13 salários
COMPUTADOR E
INTERNET
Possui computador
Possui internet
Não possui
Não respondeu
SABE ACESSAR A
INTERNET
Sim
Não
100
12%
286
34%
334
40%
81
09%
27
03%
16
02%
CEEBJA
Freqüência
Percentual
214
25%
319
38%
177
21%
136
16%
CEEBJA
49
111
104
18
-
17%
40%
37%
6%
0%
0%
APEDs
Freqüência
Percentual
72
76
134
-
25%
27%
48%
APEDs
Freqüência
Percentual
Freqüência
Percentual
479
367
57%
43%
146
136
52%
48%
Em relação à renda familiar, 40% dos alunos do CEEBJA tem uma
média de renda familiar de 3 a 5 salários, aparecendo 9% de 6 a 8 salários, 3%
de 9 a 12 salários e 2% acima de 13 salários.
Nas APEDs, a porcentagem maior está em até 2 salários (40%), vindo
em seguida 3 a 5 salários (37%) e chegando ao máximo na faixa de 6 a 8
salários (6%). Percebe-se que a população das APEDs em relação a do
CEEBJA tem renda menor.
Da mesma forma, possuir computador e internet supera o número na
Sede, sendo que nas APEDs. 48% não possuem esses bens, o que
corresponde quase a metade do total dos alunos. É interessante que mesmo
não possuindo computador e internet, os alunos da Sede e APEDs, sabem
acessar a tecnologia, correspondendo a porcentagem semelhante acima de
50% tanto na Sede quanto nas APEDs. Vale refletir com a comunidade escolar
sobre a importância da linguagem informacional e da ferramenta tecnológica
como mediação de conhecimento. Esta necessidade impõe a busca de
qualificação desta competência por parte do professor. A instalação do
Laboratório de Informática na escola é a condição básica para o acesso à
tecnologia como ferramenta de informação e mediação de conhecimento para
os alunos. Infelizmente, os alunos das APEDs terão dificuldade de utilizar o
Laboratório de Informática pela distância, ficando mais uma vez o acesso à
tecnologia de forma desigual.
Perfil de Escolarização
A escolarização de jovens e adultos na sociedade contemporânea tornase necessária diante das novas competências exigidas pelas transformações
da base econômica do mundo do trabalho, com suas mudanças e inovações
nos processos produtivos.
Essas novas exigências tornam indispensáveis o acesso ao saber
básico, como a leitura e a escrita, cálculo, cultura e atualizações, para a
“sociedade do conhecimento” e inclusão nas oportunidades do mercado de
trabalho.
(...) a ampliação do ensino público acabou produzindo um elevado contingente de
jovens e adultos que, apesar de terem passado pelo sistema de ensino, nele realizaram
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aprendizagens insuficientes para utilizar com autonomia os conhecimentos adquiridos
em seu dia-a-dia. O resultado desse processo é que, no conjunto da população,
assiste-se à gradativa substituição dos analfabetos absolutos por um numeroso grupo
de jovens e adultos cujo domínio precário da leitura, da escrita e do cálculo vem sendo
tipificado como analfabetismo funcional. (HADDAD e DI PIERRO, 2000, P.126).
A escolarização possibilita ao indivíduo jovem e adulto retomar seu
potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar competências adquiridas na
educação extra-escolar e na própria vida, possibilitando um nível técnico e
profissional mais qualificado.
Cada vez torna-se mais claro que as necessidades básicas de aprendizagem dessa
população só podem ser satisfeitas por uma oferta permanente de programas que,
sendo mais ou menos escolarizados, necessitam institucionalidade e continuidade,
superando o modelo dominante nas campanhas emergenciais e iniciativas de curto
prazo, que recorrem a mão-de-obra voluntária e recursos humanos não especializados,
características da maioria dos programas que marcaram a história da educação de
jovens e adultos no Brasil (ibid, p.126)
A escolarização de jovens e adultos embora direito legal assegurada
pela Constituição Federal de 1988, no artigo 208 e reforçada pela LDBN
9394/96 que reafirma a obrigatoriedade e a gratuidade da oferta da educação
para todos que não tiveram acesso na idade própria, necessita na prática da
sua efetivação, de políticas públicas garantidas pelo Estado.
Segundo BEISIEGEL (1999), “(...) a referência para a avaliação da
validade da educação do adulto analfabeto não pode ser remetida para o
mercado, o trabalho ou a economia. Esta referência deve estar situada,
necessariamente, nas exigências da cidadania na sociedade contemporânea
que certamente, incluem os direitos à educação”.
A escolarização de jovens e adultos impõe procedimentos e organização
adequados às características dos alunos, além do necessário domínio das
técnicas de trabalho pedagógico, com modelos de atividades educativas,
tempo e espaço pedagógico, de modo a adequá-los às peculiaridades e às
possibilidades destes educandos. É importante não esquecer que a principal
peculiaridade desses jovens e adultos em processo de escolarização é a sua
condição de portadores de uma situação de classe. Nesse sentido, os
conteúdos, a organização curricular, métodos, materiais didáticos, enfim todo o
processo educativo será sempre uma educação política.
Pensar na escolarização de jovens e adultos significa flexibilizar
currículos, meios e formas de atendimento, integrando as dimensões de
educação geral e profissional, reconhecendo processos de aprendizagem
informais e formais, combinando meios de ensino presencial e à distância, de
modo a que os indivíduos possam obter novas aprendizagens e a certificação
correspondente mediante diferentes trajetórias formativas, mais adequadas às
suas necessidades e características.
Como chegam os alunos à Escola? Qual a preferência de forma de
estudo? Onde cursou a fase inicial do processo de alfabetização? Qual a maior
demanda de ensino e turno?
O Quadro 6 dá uma visão das dimensões destas questões:
QUADRO 6 – ESTADO DE ÂNIMO, FORMA DE ESTUDO, ONDE CURSOU A FASE I, NIVEL
DE ENSINO QUE ESTUDA E TURNO QUE FREQÜENTA A ESCOLA.
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ESTADO DE ÂNIMO
CEEBJA
Freqüência
Animado
Desanimado
Cansado mas animado
FORMA DE ESTUDO
368
36
442
44%
04%
52%
No
CEEBJA
Paulo
Freire
Em outra escola
Parte no CEEBJA,parte
em outra escola
NÍVEL DE ENSINO QUE
ESTUDA
Ensino Fundamental II
Ensino Médio
TURNO QUE
FREQÜENTA A
ESCOLA
Manhã
Tarde
Noite
Freqüência
Percentual
123
06
153
44%
02%
54%
CEEBJA
Freqüência
Coletivo (sala de aula)
Individual (setor)
CURSOU 1ª A 4ª SÉRIE
(FASE I)
APEDs
Percentual
APEDs
Percentual
623
223
74%
26%
Freqüência
Percentual
277
05
98%
02%
CEEBJA
Freqüência
APEDs
Percentual
Freqüência
Percentual
141
17%
13
5%
641
76%
245
87%
64
07%
24
08%
CEEBJA
Freqüência
APEDs
Percentual
323
523
38%
62%
Freqüência
Percentual
104
178
37%
63%
CEEBJA
APEDs
Freqüência
Percentual
Freqüência
Percentual
318
213
315
38%
25%
37%
282
100%
A pesquisa mostra que a maioria dos alunos chega à escola cansada,
mas animada, o que leva a escola a refletir sobre a melhor educação a ser
oferecida, o melhor aproveitamento do tempo e espaço escolar e a melhor
qualidade de ensino e aprendizagem.
Os alunos demonstram preferência pela forma de estudo coletiva (sala
de aula) possivelmente, pelos anos de afastamento da escola. A forma
individual necessita maior capacidade de trabalho independente do professor o
que dificulta para a maioria que por estar muito tempo longe da escola,
necessita de um trabalho mais próximo do professor e da ajuda na
aprendizagem a partir da interação com outros.
A grande maioria fez a 1ª a 4ª série (Fase I) em outra escola.
Este dado nos faz refletir sobre quais motivos levaram a interromper os
estudos? Necessidade de trabalho precoce ou fracasso escolar na infância e
adolescência? Cultura familiar da época sobre o papel da mulher?
Inadequação da escola? Inexistência de escola? Distância casa e escola sendo
moradores de zona rural?
É possível todos estes motivos pelas condições históricas e sociais
deste grupo e que são questões para investigações.
A alfabetização dos processos iniciais da aquisição da leitura e da
escrita, sem dúvida, continua se apresentando como demanda fundamental na
função social da educação de jovens e adultos, infelizmente, suprimida a oferta
da Fase I, no CEEBJA, a partir de 2007, por força de política pública, e
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desenvolvida hoje, na rede estadual, através do Programa Paraná
Alfabetizado.
.O nível de ensino de maior demanda é o Ensino Médio. Em décadas
anteriores acontecia o inverso, com maior demanda no Ensino Fundamental. É
provável que o objetivo de universalizar este nível de ensino esteja sendo
concretizado, com desafios para a democratização do acesso ao Ensino Médio.
É necessário esclarecer que ao se referir ao Ensino Fundamental refere-se à
fase II (5ª a 8ª série).
Os turnos com mais alunos são os turnos da manhã e noite.. Os dados
mostram a necessidade de a escola oportunizar a flexibilidade de turnos para a
conciliação: estudo, trabalho, família e outras necessidades e interesses do
jovem e adulto trabalhador, favorecendo o acesso, a permanência e sucesso
desse alunado.
O Quadro 7 mostra o tempo de afastamento da escola, os motivos que
fizeram os alunos retornar à escola e as expectativas em relação à
escolarização:
QUADRO 7 – MOTIVAÇÃO PARA O RETORNO À ESCOLA, ANOS DE AFASTAMENTO DA
ESCOLA E EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO À ESCOLA
MOTIVAÇÃO PARA O
RETORNO À
ESCOLA
CEEBJA
Freqüência
Percentual
APEDs
Freqüência
Percentual
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Exigência do mercado
de trabalho
Recuperar o tempo
perdido
Necessidade de
conhecimentos
Realização pessoal
Atendimento
aos
filhos
ANOS DE
AFASTAMENTO DA
ESCOLA
1 a 5 anos
6 a 10 anos
11 a 20 anos
21 a 30 anos
Mais de 30 anos
Nunca estudou
EXPECTATIVAS EM
RELAÇÃO À ESCOLA
Ter o certificado o
mais rápido possível
Aprender novos
conhecimentos
Prestar um vestibular
Continuar os estudos
Fazer um curso
profissionalizante
311
30%
112
35%
245
24%
79
25%
187
18%
59
18%
245
41
24%
04%
57
14
18%
04%
CEEBJA
Freqüência
Percentual
262
31%
150
18%
214
25%
128
15%
92
11%
CEEBJA
Freqüência
Percentual
APEDs
Freqüência
Percentual
110
50
71
37
14
-
39%
18%
25%
13%
05%
APEDs
Freqüência
Percentual
121
12%
30
09%
198
19%
73
21%
203
233
266
20%
23%
26%
76
78
91
22%
22%
26%
O motivo principal apontado pelos alunos, de ambas as instituições, para
o retorno à escola está ligado ao trabalho.
As exigências crescentes por qualificações de um mercado de trabalho
excludente e seletivo, necessidades formativas cada vez mais complexas para
o exercício de uma cidadania plena na sociedade contemporânea, e o desejo
de continuidade nos estudos prestando um vestibular ou fazendo cursos
profissionalizantes são motivações para o retorno à escola. Este dado implica
superar a concepção de que a idade adequada para aprender é infância e a
adolescência e que na vida adulta há uma estabilidade na aprendizagem.
Estudos têm mostrado que jovens e adultos são cognitivamente capazes de
aprender ao longo de toda a vida e que as mudanças econômicas, tecnológicas
e socioculturais impõem constantes conhecimentos pelos indivíduos de todas
as idades (PALÁCIOS, 2004)
Na Sede, 31% reiniciaram os estudos após o afastamento de 1 a 5 anos
e nas APEDs, 38%. Parece contraditório em relação ao tempo de afastamento
da maioria dos alunos. Provavelmente, este retorno corresponde à volta na
própria escola de educação de jovens e adultos, daqueles que concluíram o
Ensino Fundamental e retornaram para dar continuidade no Ensino Médio ou
até mesmo àqueles que por circunstância das contingências da vida,
abandonaram a EJA por um período e retornaram à escola, em outras
circunstâncias mais favoráveis de vida pessoal. Tem sido comum pelos
depoimentos dos alunos o abandono circunstancial por problemas pessoais,
familiares, de saúde e de horário e local de trabalho.
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18
Entretanto, a grande maioria está há mais de 11 anos fora da escola.
Os dados a respeito da expectativa em relação à escola superam um
“mito” ou preconceito de que alunos jovens e adultos estão apenas
interessados na certificação rápida.
A pesquisa mostra o desejo de aprender novos conhecimentos e
continuidade nos estudos, em outras palavras, a busca da “função
qualificadora” preconizada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, de uma
educação permanente, de necessidade de atualização e aprendizagens
contínuas, dado o caráter incompleto, “inacabado” (FREIRE., 2004) do ser
humano.
Os dados do Quadro 8 indicam as disciplinas que os alunos têm mais
dificuldade e facilidade e que estão relacionados com o desempenho escolar.
QUADRO 8 – DISCIPLINAS COM MAIS DIFICULDADE E DISCIPLINAS COM MAIS
FACILIDADE
DISCIPLINAS
CEEBJA
Dificuldade
Facilidade
APEDs
Dificuldade
Facilidade
FREQ
%
FREQ
%
FREQ
%
FREQ
%
L. Portuguesa
143
11
274
15
80
18
87
11
Arte
05
0
176
09
06
01
70
09
Ed. Física
02
0
167
09
-
0
71
09
Matemática
361
28
209
11
118
27
82
11
Física
169
13
62
03
48
12
23
03
Química
235
18
37
02
49
12
21
03
Biologia
37
03
124
07
13
03
34
04
Ciência
15
01
118
06
07
01
128
17
História
46
04
249
13
16
04
63
08
Geografia
28
02
234
13
14
03
86
11
Sociologia
32
03
53
03
06
01
31
04
Filosofia
L.Estrangeira
(Inglês)
31
03
63
03
10
02
29
04
181
14
110
06
68
16
43
06
Em relação às disciplinas com mais dificuldade para aprender ficaram
evidenciadas em Língua Portuguesa, Inglês, Química e Física.
Matemática e Língua Portuguesa são disciplinas instrumentais para
aquisição de outros conhecimentos. Vêm reforçar a necessidade de consolidar
a alfabetização funcional com uma escolarização mais prolongada para se
formar usuários da linguagem escrita capazes de fazer dela múltiplos usos e
aprender novos corpos de conhecimento.
Inglês envolve habilidade do professor em saber alfabetizar em uma
outra língua. Uma vez que a Língua Portuguesa constitui dificuldade para o
aluno, quanto mais uma outra língua diferente da materna.
Quanto à Química e Física são disciplinas que devem ser tratadas de
forma interdisciplinar e contextualizadas. Muitos educadores têm trabalhado
estas disciplinas, priorizando fatos desligados da vida dos educandos,
abordando principalmente, os conteúdos acadêmicos, enfatizando a
memorização, fórmulas, problemas matemáticos, o que torna essas disciplinas,
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desvinculadas da realidade dos alunos e sem significação para sua vida.
(Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais)
Romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de
competência pedagógica. São desafios para o acompanhamento pedagógico e
formação continuada dos professores de EJA no aprimoramento da prática
docente
Contraditoriamente, Língua Portuguesa e Matemática aparecem com
índices semelhantes de facilidade e dificuldade.
“A leitura de mundo precede a leitura da palavra (...) e a linguagem e a
realidade se prendem dinamicamente.” (Paulo Freire). É provável que seja esta
a razão porque os alunos dizem que “tem facilidade” com a Língua Portuguesa.
Parece que a “dificuldade” é com a Língua Portuguesa enquanto “código
elaborado pela escola e não com a língua, enquanto linguagem de um código
restrito do aluno” (HARACEMIV, 2002).
A explicação da “facilidade” em Matemática, possivelmente, pode estar
relacionada à vida cotidiana.
Estudos têm mostrado que “a aprendizagem que se produz fora da
escola costuma ser bastante eficaz, enquanto a escolar costuma ser ineficaz”
(DERVAL, J., 2001).
O Quadro 9 mostra os fatores de aprendizagem e hábitos de leitura:
QUADRO 9 – FATORES DE APRENDIZAGEM E HÁBITOS DE LEITURA
FATORES DE
APRENDIZAGEM:
A afetividade entre
professores e alunos
O conhecimento do
professor dos
conteúdos
O professor que sabe
ensinar
O estudo individual do
aluno
Outros fatores.Quais?
CEEBJA
APEDs.
Freqüência
Percentual
Freqüência
Percentual
232
25%
82
26%
231
25%
82
26%
433
46
133
43%
32
4%
14
5%
-
0%
-
CEEBJA
HÁBITOS DE LEITURA
Só jornal
Só revistas
Só livros
Jornais, revistas e livros
Somente as leituras da
escola
Outras. Quais?
0%
APEDs.
Freqüência
Percentual
Freqüência
Percentual
107
71
79
364
13%
8%
9%
43%
39
31
33
114
14%
11%
12%
40%
188
23%
61
22%
37
4%
04
1%
O professor que sabe ensinar é o fator mais importante para a
aprendizagem, considerado pelo aluno. Em outras palavras, o professor que
sabe ensinar é aquele com quem o aluno aprende. O processo ensino e
aprendizagem é indissociável. Nesse sentido, pensar a especificidade dos
jovens e adultos como sujeitos de aprendizagem pressupõem a adequação da
escola, currículos, programas e métodos próprios a esta modalidade de ensino
e desafios constantes de reflexão e pesquisa da prática docente.
Em relação aos hábitos de leitura, chama atenção os dados
semelhantes da Sede e APEDs, que apesar do acesso a jornais, revistas e
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livros, também limitam as leituras somente às oferecidas na escola. Isto mostra
a necessidade da escola planejar um trabalho mais enriquecedor de leituras e
de uso de Biblioteca com ampliação destes recursos.
A pesquisa mostrou que o tratamento que o aluno recebe na escola se
aproxima do ótimo e bom em todos os níveis de relacionamento, especialmente
com os professores, o que é um fator positivo, uma vez que são eles os que
estão mais próximos do aluno (Quadro 10).
QUADRO 10 – TRATAMENTO RECEBIDO NA ESCOLA E GRAU DE SATISFAÇÃO EM
RELAÇÃO À ESCOLA
TRATAMENTO
RECEBIDO NA ESCOLA
Dos Funcionários
Dos Professores
Da Equipe Pedagógica
Da Direção
CEEBJA
APEDs
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
454
53%
569
70%
439
52%
434
52%
326
39%
253
27%
358
41%
348
40%
66
8%
24
3%
44
7%
64
7%
CEEBJA
0%
0%
0%
0%
144
51%
203
72%
145
51%
168
60%
119
42%
74
26%
118
42%
98
35%
19
7%
5
2%
19
7%
16
5%
APEDs
0%
0%
0%
0%
GRAU DE SATISFAÇÃO
Muito satisfeito
Pouco satisfeito
Insatisfeito
688 - 85%
236 - 84%
149 - 14%
9 - 1%
46 - 16%
0%
Os momentos de capacitação na escola envolvendo toda a comunidade
escolar: Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Secretaria, Pessoal
Administrativo e funcionários têm colaborado para uma maior integração e
postura comum frente ao aluno. Há necessidade de continuidade destes
momentos e de constante reflexão sobre gestão democrática em todos os
níveis de atuação.
De maneira geral o grau de satisfação em relação à escola é positivo.
Provavelmente, esta satisfação esteja ligada com a oportunidade de
escolarização revelada em muitos depoimentos.
O Quadro 10 revela os resultados da escolarização na vida do aluno
jovem e adulto.
QUADRO 10 – O QUE TEM MELHORADO COM A ESCOLARIZAÇÃO
MELHOROU COM A
ESCOLARIZAÇÃO A (O)
Auto-estima
Relacionamento no
trabalho
CEEBJA
APEDs
Frequência
Percentual
Frequência
Percentual
565
55%
183
56%
139
13%
43
13%
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Relacionamento na
família
Ascensão no trabalho
Participação na
comunidade
133
13%
34
10%
76
7%
28
09%
122
12%
38
12%
A pesquisa revelou que a auto-estima do aluno é o que tem melhorado
com a escolarização. Os aspectos relacionados ao trabalho pelos quais foi o
motivo principal que o fez retornar à escola não é fator mais importante que
tem melhorado com a escolarização. A auto-estima melhorada, provavelmente,
tem sido a mola propulsora para a busca de continuidade nos estudos e
aprendizagens contínuas, o que vem reforçar a função qualificadora da EJA,
preconizada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.
Do conhecendo à intervenção
É interessante observar que o processo de escolarização dos alunos de
diferentes contextos escolares, Sede e APEDs são semelhantes. Isto evidencia
um projeto educativo que atenda as diversidades, mas mantenha uma unidade
de concepção de EJA, unidade na gestão pedagógica e administrativa. Outro
fator que sugere esta semelhança é a especificidade do aluno jovem e adulto
em relação aos aspectos do desenvolvimento cognitivo/social e de
aprendizagem. Não importa se é aluno da Sede e/ou das APEDs , em relação
aos aspectos relacionados à escolarização e aprendizagem tem semelhanças.
A importância de se conhecer o perfil do aluno ajuda compreender a
complexidade da Educação de Jovens e Adultos, os sujeitos concretos de
aprendizagem e a prática docente. O perfil do aluno jovem e adulto mostra que
a escola é um espaço de construção da identidade dos sujeitos através das
inter-relações sociais e da escolarização, com possibilidades de desenvolver
uma auto-estima e auto-imagem.
Conclusão
Conhecer o perfil do aluno de EJA é compreender este indivíduo
enquanto ser histórico-cultural, com sua especificidade e necessidades
educacionais próprias.
É identificar as faixas etárias consignadas nesta modalidade de
educação: jovens e adultos, que partilham de situação comum desvantajosa,
mas com expectativas e experiências, possivelmente, não coincidentes. É
considerar as experiências extra-escolares da vida e de trabalho.
Considerar as diversidades, os momentos significativos na constituição
dos grupos destes alunos, são desafios para uma flexibilidade criativa na
organização escolar e no projeto pedagógico.
A análise dos dados é um momento de reflexão coletiva sobre o perfil
deste educando jovem e adulto, qual a identidade da escola, como se dá o
ensino e aprendizagem que favorecem o desenvolvimento cognitivo/social,
como organizar um currículo adequado, conteúdos significativos, metodologia
própria, enfim , uma reflexão-ação que muito poderá contribuir na organização
do trabalho pedagógico que atenda a especificidade destes alunos em
processo de escolarização.
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(FONTE: KAWAHARA, V.K. O perfil dos jovens e adultos em processo de escolarização
na rede pública em diferentes contextos. Parte do artigo final apresentado ao Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE – SEED-PR. Curitiba, 2007 – Orientado pela Profª Dra.
Sônia Maria Chaves Haracemiv – UFPR))
3.4. OBJETIVOS GERAIS
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade
educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e
objetivos:
- o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura
geral, de modo a que os educandos venham a participar política e
produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso
político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. Para a
concretização de uma prática de gestão administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo
ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:
I – o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e
valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
II – o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo
cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
III – os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens,
adultos e idosos: cultura, trabalho e tempo.
IV – a compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o
mundo do trabalho e que através deste, busca melhorar a sua qualidade de
vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar uma
organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida
humana.
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3.5. QUADRO SÍNTESE DO MARCO SITUACIONAL
-
O que temos
O que queremos
Sociedade
- Excludente e concentradora,
com
grandes
desigualdades
sociais. Injusta, desumana;
- Sociedade participativa
quando induzida, em situações
pontuais.
-Uma sociedade mais justa, igualitária,
democrática,
transformadora,
com
cidadãos
participativos,
conscientes,
responsáveis, cultos, politizados;
- Uma sociedade que valorize o ser
humano.
Escola
- Uma escola inclusiva, que procura
atender a escolarização de jovens
e adultos que não puderam estudar
na idade própria e que constitui um
grupo social e culturalmente
marginalizado do ensino regular,
oportunizando uma educação de
melhor qualidade possível.
- Mais investimento para desenvolver
ensino de qualidade;
- Materiais didáticos atualizados de acordo
com as concepções indicadas nos
documentos oficiais;
- Materiais e equipamentos didáticos para
atender os alunos com necessidades
especiais;
- Infraestrutura adequada (laboratórios,
rampas banheiros e móveis escolares
adequados para cadeirantes);
- Qualidade de ensino e aprendizagem;
- Políticas públicas de valorização da
escola pública e da EJA;
- PROEJA com características de EJA;
- Autonomia;
- Escola viva, dinâmica, moderna,
democrática, com formação cultural e
humana, com tecnologia científica, que
promova estratégias diversificadas para
atender as múltiplas inteligências;
- Local de produção e sistematização das
ciências;
- Uma escola não assistencialista;
- Maior atuação do conselho escolar.
- Excluídos social, econômica e
culturalmente;
-Trabalhadores, interessados em
adquirir o certificado para a sua
profissionalização
(visão
imediatista);
- Alunos idosos em busca do
saber para satisfação pessoal;
- Alunos com baixa auto-estima;
- Diversidade cultural, econômico,
social, racial, etc.
- Incluídos, participativos, críticos, com
condições de competir em nível de
igualdade na sociedade, motivados,
responsáveis, com boa auto-estima e com
projetos de vida, de futuro;
- Alunos que valorizem o saber.
Alunos
-
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Professor
-A maioria dos professores é
comprometida;
-Qualificados
(formados),
mas
despreparados no trabalho com
alunos com necessidades especiais;
-Um grande número de professores
motivados em ensinar.
-Estabilidade
e
valorização
do
professor por parte do Estado, da
sociedade e da Escola;
-Formação continuada, com qualidade,
que
acrescente
e
supra
as
necessidades do professor de EJA;
-Hora
Atividade
reservada
para
formação dos docentes;
-Professor com conhecimento no
trabalho com as diferenças.
Funcionário
-Colaboradores em várias funções;
-A maioria comprometida, gentil,
atenciosa, pronta para ajudar;
-Sobrecarregados de trabalho.
-Mais funcionários para secretaria;
-Capacitação,
valorização
dos
funcionários;
-Estabilidade
e
garantia
no
estabelecimento;
-Maior participação no processo
educativo;
-Funcionários preparados para auxiliar
os alunos de inclusão;
-Trabalho em equipe com cooperação,
ética, respeito e coleguismo;
-Atendimento e orientação aos alunos,
professores e colegas com clareza e
disponibilidade;
-Produtividade
Gestão
-Gestão participativa no processo de
Democrática ensino e aprendizagem;
-Gestão
competente
no
administrativo e no pedagógico,
focada no aluno;
-Gestão
que
estimula
o
aperfeiçoamento
contínuo
dos
professores.
-Gestão Democrática em todos os
níveis de atuação com participação
nas decisões e ações;
-Capacitação
dos
membros
da
comunidade escolar sobre Gestão
Escolar, Legislação dos Órgãos
Colegiados;
-Participação e integração de toda
comunidade escolar nas discussões e
decisões que envolvem o processo
educativo;
-Respeito entre as pessoas e por seus
direitos e deveres;
-Viabilização
da
autonomia
e
representatividade;
-Conscientização
de
toda
a
comunidade escolar acerca dos
objetivos comuns.
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3.6. MARCO CONCEITUAL:
Que sujeitos queremos formar?
• Cidadãos conscientes de seus direitos e deveres com a sociedade,
transformadores, participativos, politizados, críticos, cultos, capazes de
superar os desafios da vida, bem sucedidos, com valores morais e éticos;
• Cidadãos capazes de se inserir e permanecer nas relações sociais e
produtivas através de uma escolarização em níveis cada vez mais
ampliados;
• Sujeitos capazes de articular o conhecimento científico e conhecimento
tácito.
Que saberes queremos discutir?
• Saberes que os tornem livres, que possam aplicá-los na sua vivência
(saberes contextualizados);
• Saberes científicos de cada área do conhecimento;
• Saberes que envolvem assuntos de meio-ambiente, política, cidadania,
qualidade de vida, valores, ética, moral, cultura, sociedade e economia.
Que sociedade queremos para viver?
• Uma sociedade que valorize o ser humano, participativa, democrática,
igualitária, justa, de cidadãos conscientes e responsáveis.
Que escola queremos?
• Uma escola não dissociada entre o conhecimento científico e
conhecimento tácito;
• Uma escola que acompanhe a evolução técnico-científica da sociedade;
• Uma escola pública de qualidade que ofereça oportunidade de acesso,
permanência e sucesso a todos e responda aos desafios
contemporâneos da sociedade;
• Uma escola que valorize o ensino e aprendizagem de conhecimentos
científicos historicamente acumulados pela humanidade;
• Uma escola comprometida com os interesses e necessidades dos
alunos jovens, adultos e idosos da escola pública.
Que educação queremos priorizar?
• Uma educação que leve à cidadania plena, consciente;
• Uma educação que priorize o conhecimento científico;
• Uma educação que desenvolva o questionar, o pensar, a criticidade, a
análise e capacidade argumentativa;
• Uma educação inclusiva que valorize e respeite as diferenças culturais,
de raça, de gênero, de classe, de capacidades e outras diversidades;
• Uma educação que forme cidadão capaz de competir em nível de
igualdade com os demais cidadãos.
Que avaliação precisamos construir?
• Uma avaliação diagnóstica da aprendizagem do aluno;
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• Uma avaliação que leve o aluno à reflexão e auto-avaliação do
conhecimento adquirido;
• Uma avaliação que oportunize aos alunos expor suas idéias a respeito
dos assuntos estudados;
• Uma avaliação onde o aluno construa seu próprio conhecimento;
• Uma avaliação contínua e abrangente capaz de acompanhar o
desenvolvimento do educando na aquisição de conhecimentos,
habilidades e atitudes envolvidos em cada área do conhecimento;
• Uma avaliação que valorize a leitura e interpretação, a produção
individual e coletiva, as diversas formas de expressão do conhecimento;
• Uma avaliação que considera erros e acertos como elementos
sinalizadores para o replanejamento da prática pedagógica;
• Uma avaliação que toma o erro como ponto de partida para rever
caminhos, para compreender e agir sobre o processo de construção do
conhecimento;
• Uma avaliação da aprendizagem que possa englobar todas as
instâncias que compõem a escola: currículo, planejamento, metodologia,
conteúdos, o educando, o educador e a própria escola, através da
avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada.
Que cultura queremos valorizar?
• A cultura do país, da região, cultura popular e cultura do conhecimento
formal;
• A diversidade cultural de cada um.
Que conhecimento queremos trabalhar?
• Um conhecimento integrado à realidade, significante, sistematizado,
científico e humano;
• Um conhecimento capaz de promover o aluno tanto na vida cultural,
social e profissional.
Que gestão queremos vivenciar?
• Uma gestão democrática em todas as dimensões: pedagógica,
administrativa e financeira, com ampla participação dos representantes
dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativopedagógicas desenvolvidas na escola;
• Uma gestão baseada no relacionamento de respeito e ética profissional,
justa, democrática e participativa.
Que instâncias colegiadas queremos efetivar?
• Com segmentos sociais organizados, legalmente constituídos e com
representatividade (Conselho Escolar, Conselho de Avaliação, Equipe
Multidisciplinar, APAF – Associação de professores, alunos e
funcionários).
Que inclusão queremos oferecer?
• Atendimento a educandos com necessidades especiais e a jovens e
adultos que, por razões diversas, foram excluídos do processo de
escolarização;
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• Que permita a inserção de todos os educandos no processo de
escolarização, oportunizando o acesso, a permanência e o êxito dos
mesmos, no espaço escolar, considerando a situação em que se
encontram individualmente;
• Uma inclusão que assegure o direito à igualdade de oportunidade
através de uma educação com qualidade e respeito à diversidade.
Que concepção de Ensino e Aprendizagem queremos?
• Uma concepção de ensino e aprendizagem como um processo
indissociável;
• Onde ensinar seja um ato intencional e de apropriação dos elementos
culturais necessários à formação e humanização do indivíduo;
• Uma concepção em que a aprendizagem seja fruto de uma relação
mediada, entre o sujeito que aprende o sujeito que ensina e o objeto do
conhecimento;
• Um ensino comprometido com a efetivação da aprendizagem.
Que concepção de tecnologias de informação e comunicação queremos na
escola?
• Uma concepção de tecnologia, que vá além do uso de mídias web,
televisiva e impressa, que oportunize novas formas de ver, ler e escrever
o mundo, constituindo uma prática pedagógica libertadora;
• Que contribua para a inclusão digital, com a reflexão critica da própria
tecnologia e a criação de novos saberes.
Que concepção de currículo?
• O currículo entendido como seleção da cultura, como processo
ordenador da socialização do conhecimento que engloba toda a ação
pedagógica e como principal elemento de mediação da prática dos
educadores e educandos.
• Um currículo significativo que expressa os interesses dos educandos e
educadores, que orienta toda a ação pedagógica, com conhecimentos
necessários para a compreensão histórica da sociedade, metodologias
que dêem voz a todos os envolvidos nesse processo, bem como uma
avaliação que encaminhe para a emancipação.
Que concepção de mundo?
• Uma concepção que compreende o mundo conforme nossas
experiências e observações do que vemos em nossa volta;
• .A maneira pela qual interpretamos a nossa realidade a partir da
leitura que fazemos do mundo ao nosso redor;
• Na EJA, as experiências dos alunos são tomadas como ponto de
partida para que através dos conhecimentos científicos
sistematizados, sua visão de mundo se amplie e sua participação na
sociedade também. É através da educação e do conhecimento que o
educando se transforma e transforma o seu mundo, a sua realidade.
Que concepção de cidadania?
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• A concepção de cidadania como construção social que pressupõe a
igualdade de direitos, na prática, a todos os cidadãos, como a base
fundamental, ultrapassando a formalidade da lei;
• Uma concepção que considera a escolarização de jovens e adultos
como o ingresso no círculo dos direitos civis, restaurando um direito
negado, historicamente, a diferentes grupos sociais de trabalhadores,
direito de igualdade de oportunidades de acesso e permanência na
escola, aos que até então foram mais desfavorecidos e direito a uma
educação permanente de atualização e aprendizagens contínuas de
formação qualificadora;
• A formação humana com o acesso à cultura geral, de modo que os
educandos-trabalhadores
venham
a
participar
política
e
produtivamente das relações sociais, com comportamento ético,
compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia
intelectual e moral, constituem o direito à cidadania plena.
Que concepção de espaço escolar?
• O espaço escolar é concebido como um espaço de socialização do
conhecimento, oportunizando condições ao educando de ser
cidadão, valorizando sua cultura de referência e acrescentando
novos conhecimentos a esse repertório cultural.
• A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o mundo, por meio
da atividade reflexiva.
Que concepção de tempo escolar?
• Na EJA o tempo de cada educando representa um tempo singular de
aprendizagem, um tempo de oportunidade de escolarização, que no
caso dos educandos da EJA é bem diversificado, tendo em vista a
especificidade dessa modalidade de ensino, que necessita ser
conciliado com o tempo escolar, o que implica na reorganização
curricular, dos tempos e espaços escolares para atender o perfil
destes alunos.
Que formação continuada buscamos na escola?
• Uma formação que valorize os profissionais da educação
assegurando-lhes o aperfeiçoamento profissional continuado,
oportunizando cursos de capacitação em serviço ou em outras
localidades;
• Uma formação continuada que valorize o trabalho coletivo, a
articulação da teoria e prática, a reflexão da prática pedagógica e a
qualidade do processo de ensino e aprendizagem.
3.7. MARCO OPERACIONAL
A partir da análise do ato situacional da escola, da reflexão do marco
conceitual, o desafio que se impõe à comunidade escolar é de como trabalhar
essas questões na Escola, dentro da sala de aula e no cotidiano das atividades
formativas, de tal forma que os educandos jovens e adultos consigam
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incorporar conhecimentos e comportamentos que levem a uma transformação
para uma sociedade mais justa e humana.
Tendo em vista este desafio, a comunidade escolar estabeleceu o marco
operacional que deverá estar refletido no Plano de Ação da Escola, no Plano
de Ação da Direção para a gestão de 2009/2011, no Plano da Equipe
Pedagógica e no Plano Docente.
O marco operacional ficou assim estabelecido:
Necessidades
Formação
continuada
Ações
- Formação continuada de todos os envolvidos no
processo educativo, através de cursos específicos, com
profissionais competentes (da própria escola ou de fora),
para atualização pedagógica.
- Revisão crítica de concepção e prática do processo de
ensino e aprendizagem;
- Debates, questionamentos, análise crítica do cotidiano
(com ênfase nos dados quantitativos e qualitativos);
- Capacitação para o trabalho com a diversidade.
- Estudo e troca de experiências de práticas pedagógicas
para que a aula possa ser apresentada de maneira clara,
proveitosa, participativa, que desperte o interesse do aluno
no aprofundamento do conhecimento científico e que seja
articulada ao conhecimento tácito.
- Dinamização da hora atividade concentrada, com
enfoque em temas importantes no momento: gestão e
inclusão.
Integração entre - Eventos que integrem socialmente alunos, professores,
a
comunidade funcionários e comunidade (jogos recreativos, festas,
escolar
concursos, gincanas, festivais de talentos, minicursos,
palestras).
Gestão
Democrática
- Gestão democrática em todos os níveis de atuação, com
efetiva participação e comprometimento.
- Integração entre os professores, direção, equipe
pedagógica e demais integrantes da comunidade escolar,
para que as decisões não sejam centralizadas.
- Envolvimento de todos os profissionais da escola nos
objetivos comuns, participando, opinando, compartilhando
experiências e tomando as decisões no coletivo escolar.
- Reuniões mensais com ideias e distribuição de ações,
com ampla divulgação (datas e pauta).
Conselho
escolar
- Capacitação para a função de conselheiro escolar.
- Participação ativa dos integrantes onde todos tenham voz
e autonomia para agir.
- Respeito ao princípio da representatividade e da
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proporcionalidade garantindo ao Conselho Escolar,
legitimidade para deliberar, fiscalizar, avaliar e ser
consultado pela comunidade escolar.
- Conhecimento por todos, das atribuições e
responsabilidades do CE, dos membros, e acessibilidade
das pautas discutidas através de editais.
Currículo
- Valorização da cultura dos alunos.
- Seleção de conteúdos significativos para a realidade do
aluno.
- Ensino através do trabalho como princípio educativo.
- Adaptação curricular para o trabalho com a diversidade.
- Ensino de leitura de diferentes fontes e pesquisa dentro e
fora do ambiente escolar.
- Organização dos conteúdos estruturantes e específicos
(coletivamente) de forma que eles atendam às demandas
dos estudantes da EJA e a legislação vigente, garantindo a
progressão nos estudos, a formação humana e crítica.
Atividades
de - Semana cultural, exposição de trabalhos, mostras
enriquecimento
pedagógicas, feiras, visita a teatros, museus, bibliotecas;
curricular
- Utilização do laboratório de informática para pesquisas;
- Desenvolvimento de projetos de leitura e uso da
Biblioteca escolar;
- Ampliação do jornal da escola.
- Envolvimento nos Projetos “Viva a Escola” e Equipe
Multidisciplinar
- CELEM Espanhol
Relações
- Relacionamento de respeito e disciplina entre todos os
humanas
membros da comunidade escolar.
- Manter o relacionamento interpessoal com respeito e
ética.
- Conscientização de cada profissional da escola como
exemplo de educador, no tratamento ético e profissional no
ambiente escolar.
PROEJA
- Elaboração de uma proposta a ser encaminhada ao
DET/SEED sobre a reorganização do PROEJA de acordo
com a realidade da EJA.
Função social da - Formação do sujeito pleno, isto é, em todos os aspectos
Escola.
sociais, políticos, econômicos, e culturais.
- Conceber uma educação onde a partir do conhecimento
seja possível compreender a sociedade e suas
contradições, mobilizando esforços para conquistas
sociais, políticas e culturais e indicativos educacionais para
os desafios contemporâneos.
- Socialização do conhecimento historicamente produzido
pela sociedade, mediado pelo professor.
− Propiciar respostas educacionais a todos os alunos,
inclusive aqueles que apresentam necessidades
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
31
educacionais especiais.
Trabalho como - Possibilitar a compreensão das contradições da
princípio
sociedade capitalista, seus processos de exclusão e
educativo
exploração das relações de trabalho e instrumentalizar o
sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática
social no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.
Desafios
- Trabalhar em todas as disciplinas, ao longo do ano, as
Educacionais
temáticas: História e Cultura Afro-Brasileira (conforme Lei
Contemporâneos nº 10630/2003); Prevenção ao uso indevido de drogas;
Sexualidade Humana; Educação ambiental; Educação
Fiscal; Enfrentamento à violência contra a criança e o
adolescente.
- Formação da Equipe Multidisciplinar e Planos de Ação
sobre as temáticas.
3.8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA PARA 2010/2011
Tópicos
discutidos
Problemas
levantados
Ações da Escola
Período
Projeto Político -Atualização e
Pedagógico
ampliação das
discussões das
concepções e
práticas do
cotidiano escolar
com o PPP.
- Reflexão com a comunidade
escolar sobre a dinâmica do
cotidiano escolar enquanto
expressão viva do PPP da
Escola;
- Reuniões p/leitura e discussão
do PPP com a equipe
pedagógica.
- Semana
-Direção;
Pedagógica;
-Equipe
- Hora Atividade- Pedagógica
às 6as. feiras;
-Reuniões sempre
que necessário.
Regimento
Escolar
-Disponibilizar uma cópia do
documento por escrito por
setor;
- Reuniões para estudos sobre o
regimento escolar com todos os
segmentos.
- Reuniões sempre
que necessário;
- Hora Atividade
às 6as. feiras;
- Semana
Pedagógica
-Acesso para
leitura do
documento
escrito, na sua
íntegra e não
partes;
-Desconhecimento
de alguns sobre as
normas
regimentais da
Escola.
Responsável
Direção;
Equipe
Pedagógica;
Professores;
Secretaria;
Funcionários;
Alunos;
segmentos
sociedade.
da
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CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
32
Instâncias
colegiadas:
. Rotatividade dos
alunos e pouco
tempo disponível
geram
dificuldades para
participação dos
alunos no
Conselho Escolar
na APAF e
Grêmio Estudantil
-Capacitação para a função de
conselheiro escolar;
-Participações
ativas
dos
integrantes
das
instâncias
colegiadas, onde todos tenham
voz e autonomia para agir;
-Respeitar o princípio da
representatividade
e
da
proporcionalidade. Com isso,
CE passa a ter legitimidade para
deliberar, fiscalizar, avaliar e
ser consultado pela comunidade
escolar;
- Conhecimento por todos, das
atribuições e responsabilidades
do CE e da APAF, através de
reuniões com a apresentação de
seus membros;
-Acessibilidade aos membros
do CE e da APAF e ainda das
pautas discutidas através de
editais.
- Mobilizar os alunos para a
formação do Grêmio Estudantil
Entidades
externas
. Falta de
segurança
. Pouco
envolvimento da
comunidade
. Problemas de
saúde:
alcoolismo/droga
s
. Solicitação de ajuda à Patrulha .Durante todo o
Escolar;
ano letivo
. Palestra com profissionais da
Saúde Pública
Direção
Equipe
Pedagógica
Professores
Planejamento
Participativo
. Não há
envolvimento do
aluno pela falta de
tempo devido ao
trabalho e falta de
conscientização da
importância da
participação.
. Ter representatividade dos
Reuniões sempre
alunos nas instâncias colegiadas que necessário.
e nas discussões que afetam a
vida escolar dos mesmos.
. Reuniões setoriais e do
colegiado.
. Gestão democrática em todos
os níveis de atuação.
Comunidade
escolar
Direção
Equipe
Pedagógica
Programa
Paraná
Alfabetizado
- Evasão por
fatores
econômicos
- Turma
heterogênea
. Renovar campanha
. Durante o ano
. Reforçar a divulgação
letivo
- Acompanhamento pedagógico
sistematizado.
Coordenação do
Programa,
Educador,
comunidade
escolar e Equipe
Pedagógica
EJA – FASE I
- Crescente
Implementação da EJA – fase I
procura pela fase I em parceria com a Prefeitura
na escola
Municipal de Curitiba
Conselho
Escolar
APAF
Grêmio
Estudantil
. Reuniões durante
todo o ano,
sempre que
necessário.
Início do ano
letivo
- Direção
- Equipe
Pedagógica
- Corpo docente
- Funcionários
- Alunos
- Membros da
Instâncias
colegiadas.
Direção;
Equipes da PMC;
Equipe
pedagógica do
CEEBJA
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
33
Proposta
Pedagógico
curricular
. Conhecimento da
Proposta
PedagógicoCurricular para
EJA por toda
comunidade
escolar
. Estudo das Diretrizes
. Semanas
Curriculares com adequações à Pedagógicas de
Proposta Pedagógico-Curricular Fevereiro e Ago.
de EJA pelos professores
. Adequação da matriz
curricular e da Proposta
Pedagógico-Currricular para
EJA, com a obrigatoriedade da
Disciplina de Espanhol
.Equipe
Pedagógica da
escola
. Coordenação dos
setores e APEDs
.
Plano de
Trabalho
docente
Dificuldade em
sensibilizar alguns
professores quanto
a leitura e
aprofundamento
nos documentos.
(Diretrizes Curr.)
Dificuldade em
aplicar as novas
tecnologias
. Formular novas
estratégias
pedagógicas
Avaliação
Escolar
Semana de.
Planejamento
(Fev. e Ago.)
Equipe
Pedagógica
. Professores por
disciplina
. Reuniões pedagógicas
específicas durante o ano para
estudo das Diretrizes
Curriculares e acompanhamento
do Plano Docente.
.
.
Reuniões para troca de
experiências e criação de novas
estratégias de trabalho:
- Filmes
- Projetos “Viva Escola”
Preparatório para
Enem/Vestibular
- Teatro
Hora Atividade
às 6as.feiras com
cronograma préestabelecido.
Técnico do
CRTE/NRE
. Professores e
funcionários que
dominam a
tecnologia.
. Semanas
Pedagógicas
. Hora Atividade
Durante o ano
letivo
.. Equipe
Pedagógica
. Dificuldade de
concepção de
avaliação
. Dificuldade para
estabelecer
critérios de
avaliação
.Estudos específicos sobre
Avaliação escolar:
. Concepção
. Critérios;
. Instrumentos de avaliação
Conselho de
Avaliação
. Adequar o
Conselho de
Avaliação à
realidade do
CEEBJA
.Dar
continuidade
à Semestralmente
implementação do Conselho de
Avaliação por disciplina e nível
de ensino.
Hora Atividade
.Dar continuidade
Integração entre
professores
da
Sede e APEDs,
para
estudo,
discussão, troca de
experiências
e
planejamento
docente.
. Organizada semanalmente da . Às 6as.feiras
seguinte forma:
(hora atividade
- uma 6ªa.feira para reunião concentrada)
conjunta (Sede e APEDs);
- uma para coordenação;
- duas para trabalho de registro
e replanejamento do professor.
. Coordenação de
setores/APEDs
Professores
Direção
Equipe
Pedagógica e
Coordenadores de
APEDs e Setores
Direção
Equipe
Pedagógica,
Coordenadores
Professores
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
34
Alunos com
necessidades
especiais
. Dificuldade de
trabalhar com
alunos especiais
. Cursos de Capacitação para
professores e funcionários:
- Libras
- Sistema “Orca” para
deficientes visuais
- Cultura Surda
- Formas de avaliar D.I.
Hora Atividade
Planejada na
Escola – 6ªa feira
. Providências de material
especializado (ampliação de
apostilas, Braille, lupas,
computador.)
. Sempre que
houver
necessidade
. Providências de professores
especializados junto ao NRE:
professores PAC , intérprete de
Libras, Prof.Itinerante e outros.
. Solicitação de
suprimento já
encaminhado ao
NRE
. Providências de rampas ,
acessibilidade e banheiros
adaptados.
. Parte já realizada
e aguardando
recursos para
completar todas as
obras necessárias
de adaptação.
. Acompanhamento constante
da Equipe Pedagógica,
Professores Especializados,
alunos e familiares, para
permanência e sucesso escolar
dos alunos de inclusão.
Direção
Equipe
Pedagógica
Secretaria da
Escola
Parcerias
(Unilehu)
Equipe da
Ed.Especial do
NRE
.Acompanhamento diário,
telefonema na
ausência,
convocação de
familiares .
Adolescentes de . Indisciplina e
Programas
evasão dos
Sócioeducativos adolescentes dos
programas sócios
educativos;
. Acompanhamento da Equipe
Pedagógica, junto aos
Professores , Secretaria, e
Educadores sociais, com
informações e orientações.
Acompanhamento - Equipe
diário
Pedagógica
- Educadores
Sociais
Semana
Pedagógica
organizada pela
SEED/ NRE
. Agrupar professores de EJA
para estudos específicos.
. Discussões sobre problemas
reais
. Planejamento conjunto da
Semana Pedagógica com a
Direção das escolas e o NRE;
Início de cada
semestre
.Os conteúdos da
Semana Pedag.
não são
específicos para
EJA e são
teóricos.
. Falta
objetividade nas
propostas e
autonomia para
que a escola
trabalhe também
conteúdos mais
pertinentes à sua
realidade.
Direção
Equipe
Pedagógica
NRE/SEED
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
35
Enfrentamento à . Mudança de
evasão
emprego, perda de
emprego,
mudança de
horário do
trabalho e
dificuldade
econômica
. Controle de evasão pelos
O ano todo
professores e Equipe
Pedagógica
. Atendimento individual a cada
caso, investigando os motivos e
analisando casos possíveis de
ajuda.
. Entrar em contato com alunos
desistentes, motivando-os a
retomarem seus estudos.
. Direção
Equipe
Pedagógica
Professores
Itinerante 2010
Sem problemas,
avaliado
pelos
professores como
ótimo e excelente.
Incentivo da Direção e Equipe
pedagógica para a participação
dos
professores
como
Oficineiros,
através
de
organização de oficinas da sua
disciplina para troca de
experiência da prática docente.
SEED/ NRE
Professores
Oficineiros e
Professores da
área 1 e 2e outras
áreas e setores a
convite do NRE
Simpósios,
Seminários,
Encontros e
Cursos
promovidos
pela SEED
. Dificuldade de
conciliar com a
Escola
. Poucas vagas por
escola
. Falta de cursos
para utilização dos
recursos
tecnológicos já
presentes na
escola: uso de
pendrive,
laboratório de
informática, etc.
. Pouca
divulgação
. Informação
muito em cima da
hora
-Ampla divulgação com tempo . Conforme
hábil.
cronograma da
Organização prévia, para
SEED/NRE
planejamento da ausência do
professor, sem prejuízo para
alunos.
. Ampliar o número de vagas
. Ofertar cursos de informática,
educação inclusiva (EJA) e
educação especial.
. Realização de estudos para
melhoria da prática pedagógica
e do processo de avaliação
(como avaliar, como
diagnosticar dificuldades e
como orientá-lo)
. Retomada da conscientização
das características individuais
dos alunos de EJA.
.
SEED/NRE
. Dificuldade dos
alunos
trabalhadores
comparecerem no
contraturno para
os Projetos de
Atividades
Curriculares
Complementares
- Adequações dos 3 Projetos
4 horas semanais
“Viva a Escola” à realidade dos
alunos de EJA:
. Projeto “ Lambuzando a mão
na tinta” (Arte);
. Projeto “Jornal Escolar”
(Educação Especial)
. Projeto “Teatro com
Ciências”(Filosofia)
Professores:
Susane (Arte)
Eliane Clara (Ed.
Especial)
Josmar (Filosofia)
Semana
Cultural e
esportiva
Dificuldade dos
alunos
participarem de
atividades fora da
escola e do seu
turno de aula
. Oficinas opcionais
multidisciplinares na escola
. Mostra de Arte
. Exposição de trabalhos de
alunos nas diversas áreas
. Competições esportivas
CELEM
- Ampliação de - Implantação de mais uma
oferta
turma com oferta às 6ªs feiras
no período noturno.
-Continuação da turma com
aula aos sábados
Projetos
específicos da
escola
10, 11 e 12 de
junho/2010.
- Datas
cronogramadas
pelo NRE
No mês do
aniversário do
CEEBJA (semana
de 13 de maio)
Primeiro semestre
de 2011
Equipe
Pedagógica
Professores
Equipe
Pedagógica
Professores
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
36
.
- Durante o ano
Equipe
todo
Pedagógica
- Culminância na
Professores
Semana da
Consciência Negra
(20 de novembro)
Desafios
educacionais
contemporâneos
: educação
ambiental,
sexualidade,
Enfrentamento à
violência nas
escolas,
prevenção ao
uso indevido de
drogas,
Educação fiscal,
História e
Cultura Afrobrasileira e
Africana
Poucos projetos
desenvolvidos
sobre estes temas
principalmente
nas APEDs
. Os temas são contemplados no
Planejamento das disciplinas
como conteúdos a serem
desenvolvidos tanto nas APEDs
como na Sede
- Mobilização da Equipe
Multidisciplinar para eventos ,
palestras e trocas de
experiências realizadas em sala
de aula, nas diversas
disciplinas, sobre as temáticas.
- Promover a atualização de
toda a comunidade escolar
acerca dos Desafios
Educacionais Contemporâneos
e demais temas da atualidade.
Equipe MultiDisciplinar das
Relações étnicoraciais
Organização e
funcionamento da
Equipe
Multidisciplinar
Promover a participação ativa
da Equipe Multidisciplinar em
consonância com a legislação
vigente
Materiais e
ambientes
didáticopedagógicos:
Laboratório de
Ciências e de
Informática
TV Paulo
Freire, TV
Pendrive,
acervo da
Biblioteca,
Livro Didático
Público
. Dificuldade na
utilização da
novas tecnologias
. Apostilas
ultrapassadas.
Falta material
didático para
APEDs.
Não há livros
didáticos
específicos para
EJA
. Falta de
profissional
específico para
Informática
. Necessidade de
instalar
Laboratório de
Ciências/Física/
Química/Biologia
. Possibilitar a capacitação ao
Durante o ano todo
professor para utilização da
ferramenta tecnológica com
alunos (Laboratório de
Informática, TV Pendrive)
. Solicitar ao DET/EJA
materiais específicos para EJA
em número suficiente para
SEDE e APEDs.
-Dinamizar o uso das
tecnologias disponíveis.
-Continuar com a reformulação
das apostilas de cada disciplina,
considerando os diferentes
níveis de aprendizagem dos
conteúdos e adequando às
necessidades especiais.
- ampliar os recursos materiais
para alunos com DV.
- Solicitar aos órgãos
competentes os Laboratórios de
Física, Química , Biologia e
Informática;
- Solicitar material específico
para Laboratório de Segurança
do Trabalho.
NRE /CRTE
DET/EJA
Direção
Equipe
Pedagógica
Professores
-Recursos
A escola não tem
autonomia para
gerir as verbas.
Excesso de
restrições dificulta
o atendimento às
necessidades reais
da Escola
- Reunião para a definição das O ano todo
prioridades e necessidades dos
gastos
. Prestação de contas em
reuniões e divulgação por meio
de editais.
Direção
Conselho Escolar
APAF
Financeiros
Fundo
Rotativo
-PDDE
Durante todo o ano Direção
Equipe
Pedagógica
Equipe
Multidisciplinar
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CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
37
Orientação
aos alunos
novos
Os alunos novos . Palestras para orientação aos
têm dificuldade de alunos novos.
compreenderem o
sistema de
atendimento
individual e
coletivo,
matrículas por
disciplina e várias
formas de
direcionarem seus
estudos na EJA
-Duas vezes por
Equipe
semana, em horário Pedagógica
pré-estabelecido
em cada um dos
três turnos.
- Durante todo o
ano letivo
3.8.1 - PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO GESTÃO 2009 - 2011
DIREÇÃO: Terezinha Rossi
DIREÇÃO AUXILIAR: Viviane Hoffmann
Fernanda Mazur Bizi (licença Maternidade)
Ana Maria Schimanski (substituição de Fernanda Mazur Bizi)
ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS, ADULTOS E IDOSOS –
CEEBJA – PAULO FREIRE
INDICADORES DE GESTÃO
ESCOLAR
SITUAÇÃO ATUAL
1.1
Participação
das
instancias
colegiadas
na
gestão
democrática
do
Estabelecimento de Ensino
a) Conselho Escolar (atuação, O Conselho Escolar está
criação e estatuto)
presente em todos os
momentos; não somente nos
momentos decisórios, mas
também nos momentos de
análise para mudanças ou
melhorias de projetos.
Possue
Estatuto
já
reformulado,
conforme
orientações do NRE.
b) APMF (atuação, criação e Alguns membros da APAF
estatuto)
(Associação de Professores,
Alunos e Funcionários) são
ativos
e
participativos,
principalmente
na
organização
do
Bazar
beneficente
e
Cantina
Comercial. Porém, existem
dificuldades para envolver
todos os membros.
Possue
Estatuto
já
reformulado,
conforme
PROPOSIÇÃO
A continuidade do trabalho de
indicação consciente de pessoas
ativas, críticas e atentas às
questões
concernentes
aos
educandos.
Incentivar e mobilizar recursos
para
o
envolvimento
da
comunidade
escolar,
com
atividades
e
projetos
de
complementação curricular que
enriquecem o processo ensinoaprendizagem. A continuidade
de dar ampla liberdade aos
membros da Associação, desde
que
demonstrem
responsabilidade e seriedade
para gerir recursos financeiros.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
38
orientações do NRE.
c)
Grêmio
Estudantil Em processo de formação.
(atuação, criação e estatuto)
1.2 Relações da Direção com
a Comunidade Externa:
a) Associações e movimentos Dada a modalidade de
sociais
da
comunidade ensino ofertada (EJA), o
(moradores, bairros, outras)
relacionamento
com
a
comunidade em torno do
CEEBJA é praticamente
inexistente.
Porem,
já
recebemos
visitantes
disposto ao voluntariado.
b) Conselho Tutelar
Todas as solicitações de
matrículas foram atendidas
até o Conselho Estadual de
Educação
determinar
a
proibição de matrícula de
menores de 18 anos na EJA.
c) Promotoria Publica
Dada a modalidade de
ensino
ofertada
pelo
d) Conselho de Saude
CEEBJA,
Educação
de
e) Conselho de Segurança
Jovens,
Adultos
e
Idosos,
f) Clube de Mães
não temos contato com
g) Pastoral da Criança
estas instâncias.
h) Pastoral da Terra
i) Pastoral do Idoso
j) Centro Municipal dos
Direitos da Criança e do
Adolescente
k) Rede de Proteção
i) Outros
1.3 Relações da Direção com
a Comunidade Interna:
a) Professores e Equipe No
geral,
este
Pedagógica (organização da relacionamento é excelente.
hora-atividade e outras)
Acreditamos que dos 208
profissionais
que
fazem
parte de nosso quadro, em
Dar continuidade a uma política
de sustentação de um ambiente
de
participação,
confiança,
respeito,
transparência,
solidariedade,
justiça
e
cooperativismo, por meio de
ações e decisões tomadas no
coletivo envolvendo as partes
interessadas.
Reuniões periódicas dos órgãos
colegiados para tomada de
decisões
em
relação
ao
processo
ensino
e
aprendizagem, aplicação dos
recursos
financeiros
e
prestações de contas.
Criar condições favoráveis para
a formação de uma equipe
coesa,
e
politicamente
consciente de seus direitos e
deveres enquanto membros do
Grêmio Estudantil.
Deixar sempre aberta a porta
para colaboradores que venham
disposto a auxiliar o educando.
Colaborar no que for possível,
inclusive indicando escolas que
acolham o menor de 18 anos.
Abrir o espaço da escola, na
medida
do
possível,
para
debates,
palestras
que
esclareçam e motivem pessoas a
participar
de
trabalhos,
principalmente,
com
as
Pastorais. Visto que, admiramos
e
acreditamos na seriedade destes
trabalhos.
Dar continuidade a um trabalho
sério. Desenvolvido com muito
amor e muita dedicação.
Acompanhar juntamente com a
Equipe Pedagógica e órgãos
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
39
torno de 1% não pensa da
mesma forma. Porém, a
maioria é composta de
professores conscientes do
seu papel como educador,
responsáveis e competentes.
A partir de 2008, juntamente
com a Coordenação de EJA
do
NRE
passamos
a
desenvolver
a
HoraAtividade Concentrada.
colegiados, a organização e
desenvolvimento do trabalho
pedagógico da Escola em
relação às Diretrizes Curriculares
de EJA, ao Plano Docente, à
Organização Curricular da EJA
nas formas de atendimento
coletivo e individual, carga
horária.
Viabilizar recursos para o
encaminhamento metodológico,
os procedimentos didáticos.
Juntamente com a Equipe
Pedagógica e órgãos colegiados,
organizar o Calendários Escolar
da sede e das APEDs, assim
como, organizar e viabilizar a
continuidade da hora-atividade
concentrada em parceria com a
Coordenação de EJA do NRE.
E a hora-atividade concentrada
com os professores das APEDs,
também deverá continuar, uma
vez que, muitos profissionais
chegam ao CEEBJA sem
nenhum
conhecimento
das
Diretrizes Curriculares de EJA.
Continuar
incentivando
a
participação de cursos ofertados
pela SEED/NRE, cursos de PósGraduação, Grupos de Estudos
aos
sábados,
Jornada
Pedagógica e PDE.
Planejamento
junto
aos
professores, de atividades de
enriquecimento
curricular
e
melhoria do processo ensinoaprendizagem como: aulas aos
sábados
para
reforço
de
conteúdos, aulas preparatórias
para Vestibular, Oficina de
Teatro,
Visita
à
Estação
Natureza, ao Museu de História
Natural,
Palestras
com
profissionais
especializados,
Feira do Conhecimento e
Semana Cultural e Esportiva,
Seção
de
Cinema
e
envolvimento da escola no
Projeto “Ler e Pensar” e “Viva a
Escola”.
Continuar criando condições
para a capacitação de todos os
envolvidos
no
processo
educacional,
para
garantir
sempre o trabalho de qualidade
a todos os educandos.
Continuar estimulando a
b)
Equipe
Técnico Tem
sido
um
bom
Administrativo e Assistentes relacionamento, porém, falta
de Execução.
para
alguns
Assistentes
Administrativos,
a
consciência de que além dos
direitos, também existem
deveres.
Não
temos
nenhum
Assistente de Execução na participação no
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
40
escola.
PRÓFUNCIONÁRIO.
Promover o diálogo constante
entre as estruturas pedagógicas
e administrativas, demonstrando
capacidade de saber ouvir,
alinhavar idéias, questionar,
interferir, traduzir posições e
sintetizar uma política de ação
com o propósito de coordenar e
articular efetivamente o processo
educativo.
c) Equipe Auxiliar Operacional Idem
d) Alunos
Com a grande maioria, um
relacionamento
excelente,
visto que todo o nosso
trabalho e dedicação, são
voltados para eles.
e) Pais e/ou responsáveis
Na Educação de Jovens,
Adultos e Idosos hoje, existe
um número muito pequeno
de alunos menores que
requeiram a participação dos
pais. Mesmo assim, a
participação de alguns pais é
efetiva e de grande valia.
f) Atualização do Regimento
Escolar,
Projeto
Político
Pedagógico
(PPP),
da
Proposta
Pedagógica
Curricular (PPC) e do Plano
de Trabalho Docente (PTD)
Regimento
Escolar
atualizado.
O PPP, escrito coletivamente
por todos os envolvidos no
processo pedagógico, de
acordo com as orientações
da SEED/NRE.
A
Proposta
Pedagógica
Curricular de EJA está em
prática desde 2006.
O
Plano
de
Trabalho
Docente
é
constante
atualizado com base nas
avaliações
e
resultados
obtidos pelos educandos.
1.4 Relações com o NRE e
Ibidem
Proporcionar espaço para toda
atividade pedagógica e cultural.
Incentivar e mobilizar recursos
para o envolvimento cada vez
maior dos educandos nas
atividades
e
projetos
de
complementação curricular.
Garantir que a participação
destes
pais
no
processo
pedagógico ao qual o aluno está
inserido, reflita sempre, a busca
do sucesso do educando e
jamais o seu fracasso.
Estabelecer com os pais uma
parceria, garantindo sempre, que
o conhecimento sistematizado é
a
pedra
fundamental
na
construção do futuro do aluno.
Dialogar com os pais de alunos
com necessidades especiais,
visto que a escola ainda não
possui
as
adaptações
necessárias para o atendimento
ideal destes educandos. Dessa
forma,
a
continuidade
da
participação e presença dos pais
na escola é de fundamental
importância.
Reunião
especifica
para
elaboração, implementação e
avaliação do PPP da escola a
partir da análise do marco
situacional,
conceitual
e
operacional, referenciais teóricos
da Proposta Pedagógica para
EJA e das orientações das
políticas
educacionais
da
SEED/NRE
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41
SEED:
a) Formação Continuada para Todos os profissionais da
o corpo docente
escola são estimulados a
participar das capacitações,
cursos,
palestras
e
seminários propostos pela
SEED/NRE.
b) Eventos com pais e alunos Os
familiares
são
estimulados a participar de
todos os eventos da escola.
c)Formação Continuada para Não
temos,
ainda,
Equipe Técnico Administrativo Assistentes de Execução.
e Assistentes de Execução
Toda a Equipe técnico
administrativo é estimulada a
participar de cursos de
capacitação,
visto
a
implementação do Plano de
Carreira do Funcionário.
d) Formação Continuada para Idem
Equipe Auxiliar Operacional
e) Participação da direção e Participação
efetiva,
direção auxiliar em Cursos de conforme a possibilidade dos
Formação Continuada
cursos ofertados. Dado o
porte da escola e a inúmeras
tarefas diárias de trabalho,
muitas vezes, a direção e
direção
auxiliar
acabam
abrindo mão de cursos para
garantir o atendimento ao
alunado.
1.5 Relação com Programas
e Projetos do Governo
Federal
a) Programa Dinheiro Direto Segundo informações da
na Escola (PDDE)
SEED e NRE, a EJA não
tem direito ao PDDE
b)
Programa
de Não sabemos do que se
Desenvolvimento Educacional trata
(PDE-Escola)
c) Programa Escola Aberta
Não temos.
d) Projeto Segundo Tempo
Criar condições para capacitação
profissional
de
todos
os
envolvidos
no
processo
educacional para garantir um
trabalho de melhor qualidade
possível.
Envolver a comunidade escolar a
chamada em eventos especiais
da escola, participando com a
presença, palestras, com dons e
habilidades em diversas áreas
do conhecimento.
Incentivar e dar continuidade à
participação dos profissionais da
escola nos cursos ofertados pela
SEED/NRE, e outros para
melhoria da qualidade de
serviços prestados.
Ibidem
Debater com SEED/NRE a
possibilidade de obter demanda
suficiente de apoio pedagógico
para que se possa participar de
cursos
de
capacitação
específicos para a gestão.
Debater mais esta questão.
Debater esta
SEED/NRE
questão
com
Usar o espaço da escola para
ofertar aos finais de semana,
cursos profissionalizantes, pósmédio e cursos a distancia, para
atender a demanda e perfil dos
alunos de EJA. Na continuidade
dos
estudos
e
formação
especifica para o mundo do
trabalho.
Não sabemos do que se
trata.
e) Programa Nacional de Não temos o PROINFO, Viabilizar projetos que permitam
Informática na Educação temos o
que os profissionais da escola,
(PROINFO)
Paraná Digital
que dominam o conhecimento de
informática,
repassem
aos
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42
alunos
conhecimentos
de
informática básica (Windows,
Word, Excel, Powerr Point,,
Internet)
f) Programa Nacional de
fortalecimento dos Conselhos
Escolares
g) Programa Bolsa-Família
Temos varios alunos que
recebem Bolsa-Família.
h) Programa de Erradicação
do Trabalho Infantil (PETI)
I) Outros
1.6 Relação com Programas
e Projetos do Governo
Estadual
a) Fera Com Ciência
Temos participado, porém
limitados pelo fato dos
alunos de EJA, na sua
grande
maioria,
ser
trabalhador.
b) Jogos Escolares
Por falta de espaço físico
para aulas práticas de
Ed.Física, não havia a
possibilidade
de
participação.
c) SAREH
Temos
orientado
as
Pedagogas do SAREH nas
suas dúvidas quanto ao
atendimento ao aluno de
EJA.
O atendimento, quando há a
necessidade,
tem
sido
satisfatório.
d) Patrulha Escolar
e) Viva a Escola
Temos seis trabalhos a
serem enviados para o NRE.
f)
Programa
de Na primeira turma tivemos
Desenvolvimento Educacional quatro
docentes
que
(PDE)
participaram e na segunda
turma temos três.
Estimular a participação de todos
os alunos nos eventos e
atividades escolares.
Assim como a participação deles
é expressiva nos eventos que
acontecem dentro da escola,
viabilizar recursos para que
participem também daqueles
ofertados pela SEED/NRE.
Estimular e mobilizar recursos
para as aulas práticas de
Ed.Física, para que o aluno
adulto possa ser treinado para a
participação em jogos, já que
agora existe um ginásio na
escola.
Dar
continuidade
a
este
atendimento, com todas as
orientações necessárias para
que não haja interrupção nos
estudos do paciente-aluno.
Dar continuidade a esta parceria,
uma vez que, além do seu
caráter disciplinador, a Patrulha
Escolar também exerce o seu
papel pedagógico, orientando e
instruindo os alunos.
Estimular todos os docentes a
desenvolverem projetos para o
Programa Viva a Escola, haja
vista, que isto se refletirá na
qualidade de sua formação
acadêmica.
Estimular
e
viabilizar
a
participação, cada vez maior,
dos professores no PDE, uma
vez que esta é uma capacitação
de excelência, munindo o
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43
professor
de
muito
mais
conhecimento,
conseqüentemente
isto
se
refletirá na qualidade do seu
trabalho, além do Plano de
Cargos e Salários garantir a
melhora salarial.
g) Outros
3.8.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA – 2010/2011
OBJETIVOS
ATIVIDADES
RECURSOS
CRONOGRA
MA
1 – Coordenar junto à Direção
e comunidade escolar, a
realimentação e avaliação do
Projeto Político Pedagógico
em relação a:
Proposta Pedagógica de EJA;
Organização da Prática
Pedagógica a partir da
concepção de currículo
disciplinar articulados aos
eixos: cultura, tempo e
trabalho;
Organização do Plano
Docente a partir das
Diretrizes Curriculares de
cada disciplina
– Estudo com a comunidade
escolar: Direção, Equipe
Pedagógica, Professores e
Funcionários sobre as Pedagógica
de EJA, Currículo Disciplinar,
Currículo de EJA e Diretrizes
Curriculares
– Textos
referenciais teóricos;
- Proposta
Pedagógica para
EJA;
- Orientações da
SEED/NRE
1 – Semana
Pedagógica de
Fevereiro e de
Julho
2 – Organizar junto à Direção
e comunidade escolar o
trabalho pedagógico da
Escola para 2010/11, na Sede
(CEEBJA) e nas APEDs
(Ação Pedagógica
Descentralizada)
- Organização da forma de
atendimento coletivo e individual
estabelecendo: horário,
encaminhamento metodológico,
procedimentos, calendário de início
e término de cada turma por
disciplina, na Sede e APEDs,
material didático utilizado e formas
de registro.
- Organização de hora-atividade
planejada (Sede-Apeds)
– Calendário
escolar;
- Ensalamento por
turno, disciplina,
horário, turmas e
professor;
- Horário de
atendimento
individual de cada
disciplina no setor;
- Fichas de
acompanhamento
dos estudos na
forma individual.
- Livro de registro
de classe.
- Atas de
classificação e
reclassificação;
- Material didático,
atividades
curriculares e
avaliações de cada
disciplina.
- No início do
ano
Reunião
pedagógica
específica
conforme
calendário
escolar.
- Durante o ano
todo
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44
3 – Coordenar e acompanhar - Elaboração do Planejamento
a elaboração, implementação 2010/11, seguindo o roteiro:
e avaliação do Plano Docente. - Síntese da concepção da
disciplina;
- Conteúdos estruturantes e seus
desdobramentos (conteúdos
básicos);
- Objetivos e critérios de avaliação;
- Encaminhamento metodológico da
disciplina;
- Instrumentos de avaliação e
cronocrama;
- Elaboração do Plano Docente de
acordo com a carga horária de cada
disciplina, horas semanais, oferta da
disciplina e período;
- Implementação do Plano:
reuniões específicas para troca de
experiências e elaboração de
estratégias de ensino pelo grupo de
professores de cada disciplina;
- Avaliação do Plano: observação
contínua do professor, dos
resultados obtidos e constante
replanejamento;
- Reunião específica de avaliação
do trabalho pedagógico e resultados
de ensino e aprendizagem:
Conselho de Avaliação.
- Proposta
Pedagógica para
EJA;
- Diretrizes
Curriculares para
EJA;
4- Coordenar o processo de
- Elaboração do documento por
autorização de funcionamento escrito ;
do CELEM
- Adequação do Regimento Escolar
e da Proposta Pedagógica;
- Ampliação da oferta do CELEM –
Espanhol
.- Roteiro da
- Início do ano
SEED/EJA
letivo
- Cadernos de apoio
da SEED
5 – Coordenar junto à Direção
e comunidade escolar, a
Proposta de implantação do
Curso Profissionalizante
Subsequente ao Ensino Médio
- Elaboração do documento escrito
da Proposta de implantação do
Curso Profissionalizante
Subsequente ao Ensino Médio.
6 – Articular o trabalho
- Organização, Orientação e análise
pedagógico com o trabalho da dos documentos pertinentes à
Secretaria
matrícula do aluno, ao
aproveitamento de estudos, ao
registro de notas e frequência da
forma de estudo individual e
coletiva, ao processo de
classificação e reclassificação, à
equivalência de estudos, à
revalidação de estudos feitos no
-
Semana
Pedagógica
de Fevereiro e
Julho
- Ficha Roteiro do
Plano Docente
- Livro Registro de
Classe
- Livro Ata do
Conselho de
Avaliação.
- Capacitação em
reunião na escola,
com Direção,
Equipe Pedagógica,
Professores, pela
SEED/DET sobre o
Curso
Profissionalizante
Subsequente ao
Ensino Médio.
- Relação dos
documentos
necessários à
matrícula para
orientação aos
alunos;
- Histórico escolar
para comprovação
da série concluída;
- Livro de registro
-
Hora
Atividade
Planejada
na
Escola às 6ªs.
Feiras com
professores da
Sede e APEDs
por disciplina
Conselho de
Avaliação:
Semestral para a
EJA e bimestral
para o PROEJA
- Início do ano
letivo de 2011
Diariamente, no
atendimento ao
público;
- Ao final de
cada registro
encaminhar à
Secretaria:
- a frequência e
nota de cada
disciplina
e
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45
exterior e a utilização da nota do
ENEM para eliminação de
disciplinas.
- Troca de informações sobre a
situação do aluno.
de classe de cada
disciplina e turma;
- Ficha de controle
do sistema de estudo
individual;
- Atas de
classificação e
reclassificação e de
revalidação de
estudos.
- Pontuação do
ENEM
- Prontuário do
aluno e consulta à
situação do aluno no
Sistema SEJA.
7 – Racionalizar a rotina de
atividades priorizando o
atendimento ao aluno.
- Atendimento ao público
orientando sobre o funcionamento
da escola, cursos, matrícula e outras
informações por meio de:
. telefone
. atendimento pessoal
. palestra de orientação
sobre o funcionamento da escola e
cursos, agendada pela Secretaria , às
pessoas interessadas em se
matricular na Sede ou APEDs
. Orientação, elaboração e aplicação
do exame de equivalência de 1a. a
4a. Série , para os alunos sem
comprovação de escolarização.
. Outros atendimentos: atendimento
a estagiários (nossos alunos) e
estagiários de Ensino Superior,
atendimento aos alunos com
declaração para URBS, orientação e
inscrição para carteirinha do
estudante, inscrição para Exame de
Suplência, ENEM, Vestibular e
Cursos Profissionalizantes.
turma
(para
lançamento e
realimentação
no Sistema)
a
ficha
individual
a
cada dois meses
- Na conclusão
das disciplinas,
encaminhar à
secretaria
as
fichas
individuais e os
livros
de
registro
de
classe
Folder para Palestra - Durante todo o
ano letivo;
- Espaço e provas
para aplicação do
Exame de
Equivalência de 1a.
A 4a.série.
. Atendimento
pessoal:
manhã, tarde e
noite
pelas pedagogas
presentes
- Palestra: 3as. E
- Ata e
6as.feiras
documentação para (08:30/14:30/18:
matrícula para os
30 h.)
aprovados no Exame
de Equivalência.
Conforme
cronograma
Contrato de estágio do calendário
e documentação
da
específica das IES
SEED/NRE/M
(Instituição de
EC
Ensino Superior).
- Formulários
próprios
8 – Atualização do Guia Geral – Atualização do Guia Geral e por
e por disciplinas.
disciplina contemplando os itens:
. Funcionamento do
estabelecimento: horário
das turmas do coletivo e do
atendimento individual, e
calendário.
. Organização dos cursos;
. Dinâmica de atendimento ao
educando;
. Duração e carga horária das
disciplinas;
- Proposta
- No início do
Pedagógica para
ano letivo
EJA;
- Folder do guia do
ano anterior, geral e
por disciplina, para
avaliação e
reformulação.
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46
. Sistema de Avaliação;
. Outras informações: exame de
Suplência, aproveitamento de
estudos, Projetos especiais: Viva
Escola ;
. Material de apoio didático
utilizado (por disciplina)
. Referências bibliográficas (por
disciplina)
9 – Colaborar na
implementação dos Projetos
Especiais: Proposta de
Intervenção na Escola do
programa PDE, Projetos
“Viva a Escola” e Atividades
extra-classe: teatro e visitas
pedagógicas.
- Colaboração da Equipe
Pedagógica com os professores
PDE, para a implementação da
Proposta de Intervenção na Escola;
e com os Coordenadores do
Programa “Viva Escola”
(conhecendo a Proposta, ajudando a
viabilização, providenciando
espaço/horário, divulgando junto
aos professores e
alunos,colaborando nos recursos
necessários).
- Recursos
- Durante o
tecnológicos
ano letivo
- Material específico
de cada proposta ou
programa.
10 – Planejar em conjunto
com a Direção, a capacitação
para formação continuada dos
professores e funcionários.
- Organizar a capacitação da
comunidade escolar através:
. Semana Pedagógica;
. da hora atividade concentrada na
escola às 6as.feiras;
. das reuniões de capacitação pela
coordenação do NRE-EJA;
. do NRE Itinerante.
- PPP, Proposta
Pedagógica de EJA,
Plano Docente e
Diretrizes
Curriculares das
disciplinas e da EJA
.- Conforme
calendário do
NRE/EJA/NREItinerante
11 – Organizar e divulgar
informações que auxiliem o
aluno na sua inserção social,
cultural , profissional e
cidadã.
- Divulgação de acesso e utilização
das Instituições sociais, culturais,
esportivos, jurídicos, de saúde, e
outras.
- Orientação quanto ao acesso à
obtenção de documentos;
- Informações de estágios, cursos
profissionalizantes e de qualificação
profissional,
- ENEM, Exame de Suplência,
Vestibular e ofertas de trabalho.
- Cartazes, folders.
Durante o ano
letivo
12 – Acompanhar os casos de
alunos faltosos, com
necessidades especiais e de
programas sociais.
- Interação com os professores
anotando e telefonando para os
alunos faltosos e comunicando a
família (os de menores de 18 anos);
- Atendimento aos familiares de
alunos com necessidades especiais,
interando-se das dificuldades de
cada um, mediante entrevista e
documentação médica e
psicológica;
- Interação com os educadores
sociais e coordenadores dos
- Ficha de
acompanhamento
dos alunos
- Hora Atividade
às 6as.feiras
- material elaborado ( duas vezes ao
pelo
mês)
NRE/EJA/SEED
- Listagem de
endereços úteis para De acordo com
o exercício da
o calendários
cidadania;
das Instituições
de Ensino
- Cartazes de cursos, Profissionalizant
informações por
e, de Ensino
escrito, visita nas
Superior, SEED,
salas para
MEC.
divulgação e
anúncios no mural
da escola.
- Relatório do
Bolsa- Família e
Benefício jovem
. Tomada de
providências
sempre que
necessário
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47
Programas de Semi-Liberdade e
FAS.
13 – Participar junto à
Direção na organização ,
implementação e avaliação
dos órgãos colegiados:
Conselho Escolar, APAF e
Conselho Multidisciplinar.
– Reunião com diversos segmentos
para composição dos nomes para
representatividade;
- Orientação na organização dos
órgãos colegiados através do estudo
dos estatutos próprios e no processo
de eleição;
- Acompanhamento de todas as
etapas na formação, implementação
e avaliação dos órgãos colegiados.
- Regimento Interno
- Durante o ano
todo
14 – Avaliação constante do
plano de ações da Equipe
Pedagógica.
- Reunião de avaliação com a
- Plano de Ação da
Equipe Pedagógica, com a Direção, Equipe Pedagógica
com Professores e Funcionários.
- Durante o ano
todo.
15 – Coordenar junto à
Direção o processo de
avaliação institucional
- Reunião de avaliação com a
comunidade escolar: Direção,
Equipe Pedagógica, Professores,
Funcionários e Alunos.
Em data
programada
pela
SEED/NRE
- Estatutos e
documentos
específicos.
- Instrumento
específico de
avaliação de cada
segmento.
3.8.3 - Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar de Educação das
Relações Étnico-Raciais do CEEBJA Paulo Freire Novembro/Dezembro
2010/2011
As atividades referentes ao exercício da educação das relações étnicoraciais respaldadas pela Lei Nº 10.639/03, nos meses de Novembro e
Dezembro no CEEBJA Paulo Freire, sob coordenação da Equipe
Multidisciplinar 2010 tiveram já no início do segundo semestre, pela iniciativa
dos Professores (ora integrantes da Equipe Multidisciplinar) e dos demais,,
seguindo planejamento respaldado na lei retro mencionada com suas turmas
de coletivo, sendo trabalhados, em conjunto com os demais conteúdos de
suas disciplinas afins. Assim sendo, sua continuidade nos meses subseqüentes
se restabelecem a cada nova turma de coletivo formada, obedecendo a uma
seqüência sistemática de abordagem em planejamento próprio das disciplinas.
Desta forma, começamos neste semestre, no mês de agosto, nas
Disciplinas de Português do Ensino Médio, por iniciativa da Professora Léa
Lélia de Paiva (hoje, Representante da Equipe Multidisciplinar 2010 - Área de
Humanas) com suas duas turmas do turno da manhã e duas outras no turno
noturno a estudar a colonização do Brasil.
Os trabalhos em sala se desenvolveram através de leituras da carta de
Pero Vaz de Caminha, relatórios de Pero de Magalhães e Gâudavo, Fernão
Cordeiro que informavam ao Rei de Portugal sobre a Terra recém descoberta,
por parte do qual, havia muita vontade de se saber se existia ouro e prata e
também o interesse de saber sobre os costumes dos Índios que viviam na
costa “Razão para Exploração do Continente”.
Num segundo momento foram trabalhadas obras literárias, tais como
Terra Papagalli, na qual se passava numa aventura de sete condenados à
prisão em Portugal, que foram contemplados com uma nova chance para viver
aqui, no Brasil e sobreviver em convivência com os índios. Foi uma sátira de
José Roberto Torero fazendo uma situação inversa, os portugueses
absorveram a cultura indígena.
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48
Ainda, a obra O Guarani, oportunizou um reflexão sobre exploração do
homem pelo homem, que nos mostra a questão da elevação do Índio a Cristão
com as características românticas, os valores de um cidadão português,
através do Batismo, somente a partir daí que ele pôde levar Cecília embora por
ser iminente a destruição da casa de sua família por sua tribo inimiga –
destaque à aculturação, valores impostos aos índios.
Outra obra trabalhada foi a “Iracema Lábios de Mel”. Em “Desmundo”,
obra de Ana Miranda que recortou como cenário o Brasil de 1570, no qual os
colonizadores pediram que a Rainha Dona Maria enviasse jovens brancas para
se casar com eles, porque não queriam viver no pecado com índias, nem
queriam filhos mestiços.
Reflexão:
Sobre a condição da mulher – imposição da vontade do homem.
Costumes dos nativos x comércio de nativos.
Antropologia x comércio de nativos.
A questão da Igreja – Inquisição na Europa.
Uma visão do Brasil colônia, exploração do trabalho do índio, bastante
resistente à escravidão. Logo após começaram a trazer os africanos para
fazerem o trabalho braçal em regime escravatício.
O Índio e seus descendentes ficaram à margem do progresso, ao longo
dos 500 anos da descoberta do Brasil na sua caminhada para a construção da
sociedade Brasileira, ele é seguramente um dos pilares para a sustentação do
que somos hoje, culturalmente, a eles devemos devolver o que lhes pertence,
através da oportunidades de trabalho, educação para seus filhos, terras para
plantio. Uma habitação digna porque precisamos minimizar daqui para frente,
os efeitos de uma cultura, religião e trabalho escravo, impostos a eles durante
anos a fio...
Vamos lutar para que isso não fique somente no discurso pois, “Todo o
dia é dia de Índio”.
As turmas de Português do Ensino Fundamental, também em agosto,
coordenadas pela Professora Noeli de Ramos Gomes Couto Pereira
(Representante da Equipe Multidisciplinar 2010 – Área de Humanas),
desenvolveram igualmente conteúdos referentes ao tema educação das
relações étnico-raciais, tendo como subsídio o filme “Um sonho possível”.
O filme “Um sonho possível”, sobre a história da superação de um jovem
negro, que conta com o apoio efetivo de um grupo de professores e de uma
família que o adota. É baseado em fatos reais e pudemos trabalhar com as
turmas, valores como respeito, credibilidade, perseverança e humildade, além
da desigualdade social e preconceito.
A mensagem que fica é o sucesso e realização que o atleta alcançou
após sua luta.
Dando seguimento, trabalhamos o texto “Mistura”, de Rubem Braga, que
tem profunda interpretação sobre o tema preconceito. O autor zomba da atitude
preconceituosa de uma mãe, já que a felicidade da sua filha é o que deveria
prevalecer. O conteúdo específico trabalhado foi o resumo do texto lido, além
da interpretação.
No segundo semestre, com o filme “Amistad”, um introspecção sobre a
burocracia que impede direitos naturais do ser humano e como isto ainda é
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
49
realidade. Como numa viagem ao passado, os alunos comentaram sobre a
privação da liberdade, os maus tratos nos navios, as mortes e todo o
sofrimento que foram impingidos aos homens africanos, lembrando que da
mesma forma foram tratados os que vieram para o Brasil, dos quais a maioria
de nós é descendente.
Mais uma vez foi comentada a importância da Lei 10639/03 e sobre a
necessidade de mais ações afirmativas para minorar as consequências de tão
vis acontecimentos.
Toda a pureza e candura de um relacionamento familiar é o tema
abordado em “A última crônica” de Fernando Sabino. A interpretação é
riquíssima e plena de valores a serem explorados com os alunos. Foi um texto
trabalhado com avaliação.
A professora Heloísa Fontoura, psicopedagoga que desenvolve um
trabalho de Apoio com um grupo de alunos com diversas necessidades
especiais, em paralelo ao curso das disciplinas curriculares neste CEEBJA, em
pesquisa elaborada sobre o tema educação das relações étnico-raciais,,
juntamente com esses alunos, trabalhou na confecção de cartaz exposto no
mês de outubro.
A Disciplina de Língua Estrangeira Moderna Inglês – Ensino médio, sob
a coordenação do Professor Marco Fabeni (Representante da Equipe
Multidisciplinar 2010 da Área de Humanas) desenvolveu em suas turmas de
coletivo em outubro de 2010, um trabalho de cunho étnico-racial e outros
temas: 1º Enfoque: Luta pela igualdade de direitos humanos – Martin Luther
King, Jr. 2 º Enfoque: trabalho em prol do ser humano, solidariedade - Ilda
Arns. 3º Enfoque : Relações humanas com pessoas com necessidades
especiais. 4º Enfoque : Família – tão degradada nos dias atuais –
relacionamento humano de amor entre os familiares.
O trabalho teve como foco resgatar e elevar valores humanos, desde o
respeito pelo próximo, à família, relacionamentos étnico-raciais e também
abordou a temática referente às pessoas com necessidades especiais. O
resultado foi a confecção de um painel elaborado pelos alunos. Esse painel foi
montado com recortes de revistas e material pesquisado na Internet retratando
os temas mencionados acima. A frase tema do trabalho foi “Love your
brother as yourself” [Ama o teu próximo como a ti mesmo (Gl 5,14]. Versículo
esse que aparece em diversos livros da Bíblia. Com esse versículo espera-se
que os alunos reflitam sobre todos os problemas que passamos atualmente,
sendo eles nada mais que resultados de uma sociedade egoísta, injusta e
consumista. Os valores familiares também foram abordados; vivemos tempos
em que a família tem sido relegada. Mister que valores de amor e respeito
sejam resgatados e trazidos à tona, uma vez que a família é nosso alicerce em
momentos de dificuldade.
Uma breve biografia de Marthin Luther King Jr foi abordada, e como não
podíamos deixar, citamos alguns excertos de seu famoso discurso proferido
em 28 de agosto de 1963 que marcou a história, como, por exemplo: “I have a
dream that my four little children will one day live in a nation where they
will not be judged by the color of their skin but by the content of their
character…”[ Eu tenho um sonho que meus quatro filhinhos um dia vivam em
uma nação em que eles não sejam julgados pela cor da pele, mas sim pelo
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50
seu caráter...]. Em sala de aula foi exibido um vídeo de curta duração
apresentado fatos históricos da trajetória de Martin Luther King, esse vídeo
enfoca a sua árdua luta pelos direitos civis.
Zilda Arns foi outra personalidade citada nesse trabalho. Indubitavelmente
uma pessoa que demonstrou claramente o seu amor pelo próximo, exemplo a
ser seguido;.mas que, infelizmente, teve o seu trabalho interrompido por uma
tragédia.
A professora Maristella Della Giacoma Bettes da Disciplina Arte com
suas turmas do Curso Profissionalizante para Ensino de Jovens e Adultos
(Proeja) enfocou o conteúdo Arte Africana e Arte brasileira com influência
Africana.
A proposta de Arte no primeiro e segundo semestre de 2010 foi o de
aliar Arte africana, arte paranaense e brasileira com influência africana, a
escola de Bauhaus (desing e artesanato) as especificidades do curso
Segurança no Trabalho com os riscos químicos das tintas.
O primeiro momento foi apresentar através de texto e posterior debate o
artista paranaense Alfredo Andersen, sua importância dentro das artes
nacionais, a influência do Impressionismo dentro do seu trabalho e sua luta
pela Escola de Arte em Curitiba, pois acreditava que se tivesse uma escola
onde se ensinasse o desenho poderia estar em condições de ter um grande
desenvolvimento econômico, e poderia se tornar uma cidade industrial.
Como atividade prática desenharam um objeto, utilizando o claroescuro, que era uma das características dos retratos de Andersen.
Num segundo momento, A Escola de Bauhaus ( Casa estatal da
construção), que foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de
vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A intenção primária
era fazer uma escola combinada de arquitetura, artesanato e uma academia de
artes, como aqui queria Andersen, este conteúdo foi feito via explanação oral,
texto e gravuras e atentarem para o que é um artesão e o que é um design.
Como atividade prática tiveram a experiência de virarem artesões,
fazendo um prato de “Papier-Maché”
Terceiro momento, fizeram uma pesquisa na Arte africana desde a sua
localização geográfica,e seus diversos países, sua diversidade de línguas e
dialetos, as religiões como a manifestação religiosa, a animista que Tylor
designou como a manifestação religiosa imanente a todos os elementos do
cosmo- sol,lua, estrelas ( que alegam que “todas as coisas são vivas” “ todas
as coisas são conscientes” “todas as coisas tem anima” ( princípio vital e
pessoal) praticada por 15% do povo africano. E a grande parte da atividade
cultural africana concentram-se na família e no grupo étnico.
No primeiro semestre os alunos do segundo período, pesquisaram as
estampas têxteis, e como é objeto de inspiração da moda nos dias atuais. A
arte da tribo Zulu e Ndebele explanação através de pen-drive, também
apresentamos o artista brasileiro Ruben Valentin, suas obras com símbolos
místicos -religiosos, explanação via pen-drive.
Como atividade prática decoraram o prato feito de “papier-maché” com
motivos Afros e depois entregaram pesquisa dos riscos químicos da tinta..
A turma do segundo semestre esteve com o mesmo conteúdo, mas
aprofundamos a pesquisa da tribo Ndebele chamados de povo artista, por
fazerem colares e ornamentos muito coloridos de miçangas, como nos têxteis
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às pinturas murais decorativas e de suas casas através de cores gráficas e dos
desenhos geométricos. Os utensílios e adornos que as mulheres usam.
A arte para eles possuem significado religioso e místico.
Apresentamos a artista sul-africana Esther Mahlangu, nascida na
comunidade Ndebele em 1935, e que foi a primeira mulher de sua tribo a levar
seu trabalho dos murais para as telas e recebeu várias encomendas de
trabalhos para museus e outros edifícios públicos como o Civic Theater de
Johanesburgo, pra BMW, entre outros.
Achamos que ao levarmos o conhecimento de forma a valorizar a cultura
Afro, sua diversidade e como está intimamente ligada com o povo brasileiro,
aos nossos alunos estamos contribuindo para um mundo mais justo, com a
valorização da raça humana.
O professor Valdir Borges Martins (Representante da Área de Humanas da
Equipe Multidisciplinar), da disciplina de Arte do Ensino Fundamental e Médio,
desenvolve um trabalho com base na Lei 10639/03, com o tema “Máscaras
Africanas”.
Este projeto visa aprimorar uma discussão sobre a importância das
máscaras africanas na busca de uma identidade afro-brasileira, assim como
ressaltar a importância dessa identidade para a própria África e sua
descendência, visto que em muitas regiões africanas o sentido da confecção
desses objetos artísticos já não possui a essência original, de modo que cabe
ao povo africano e a todas as nações afro descendente espalhadas pelo
mundo o resgate dessa essência perdida. Entretanto, para que isso aconteça,
é necessário que tais valores sejam regatados também na educação. Dessa
forma, o setor de Artes desse CEEBJA Paulo Freire visa colaborar nessa ação
de conscientização através da elaboração de máscaras com temáticas
africanas confeccionadas pelos alunos da disciplina de Arte do período noturno
do ensino médio e fundamental, durante o segundo semestre do ano letivo de
2010.
As máscaras sempre foram as protagonistas indiscutíveis da arte
africana. A crença de que possuíam determinadas virtudes mágicas
transformou-as no centro das pesquisas europeias no final do século XIX e
início do século XX. O fato é que, para os africanos, a máscara representava
um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos
e assim utilizá-las em benefício da comunidade: na cura de doentes, em rituais
fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos. Serviam
também para identificar os membros de certas sociedades secretas. As
máscaras interferiam em todas as decisões políticas, sociais e religiosas das
comunidades tribais em que estavam inseridas.
Em geral, o material mais utilizado na confecção desses objetos foi a
madeira verde, embora existam também peças singulares de marfim, bronze e
terracota. Antes de começar a entalhar, o artesão realizava uma série de rituais
no bosque, onde normalmente desenvolvia o trabalho, longe da aldeia e
usando ele próprio uma máscara no rosto, visto que não só não só as
máscaras eram consideradas sagradas como o próprio ato de confeccionar tais
objetos eram considerados solenes A máscara era criada com total liberdade,
dispensando esboço e cumprindo sua função. A madeira era modelada com
uma faca afiada. As peças iam do mais puro figurativismo até a abstração
completa.
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Quanto à interpretação de cada máscara em si, a tarefa é difícil, na
medida em que não se conhece sua função, ou seja, o ritual para o qual foi
concebida. Os colonizadores nunca valorizaram essas peças, consideradas
apenas curiosidade de um povo primitivo e infiel. Somente no início do século
XX artistas renomados como Pablo Picasso valorizaram essas máscaras
passando a abordar tais temáticas em suas produções artísticas.
Paradoxalmente, a maior parte das obras africanas encontra-se em museus do
Ocidente, onde recentemente, em meados do século XX, tentou-se classificálas. Na verdade, os historiadores africanos viram-se obrigados a estudar a arte
de seus antepassados nos museus da Europa. Entretanto, cabe ressaltar que
esses objetos perdem sua essência quando expostas em tais contextos, fora
dos atributos que lhes foram conferidos por seu povo e esse povo perde a sua
identidade à medida que lhes são tirados utensílios artísticos/religiosos que
fazem parte da construção de sua verdadeira tradição cultural.
Cabe a essa comunidade escolar uma sincera reflexão sobre a
possibilidade de reeducarmos nosso olhar para o povo africano, que, assim
como nosso povo brasileiro, ainda sofre com as sequelas deixadas por nossos
colonizadores e, dessa forma, passarmos a enxergar a África não mais através
do ponto de vista tradicional europeu colonizador, vendo-os como primitivos e
inferiores intelectualmente. Devemos abandonar nossos preconceitos
estereotipados e analisarmos esse continente e suas nações dentro de sua
plenitude autêntica e autônoma, com muitas dificuldades, assim como nós, mas
com muitas características positivas e com uma rica referência cultural para
humanidade.
Encerrando as propostas de trabalho neste semestre, a Equipe
Multidisciplinar no exercício à Educação das Relações Étnico-Raciais
promoveu no dia 28 de outubro a exibição do filme de cunho ERER com a
presença maciça da Comunidade Escolar (conforme fotos) nos três turnos o
filme “Mandela – Luta pela Liberdade” (baseado na vida de Nelson Mandela e
seus anos na cadeia). No intuito de trabalhos multidisciplinarmente a educação
das relações étnico-raciais, e valores como liberdade, liderança, determinação,
superação, dentre outros valores. Todas as turmas de coletivo, bem como, da
modalidade individual são estimuladas e incentivadas a desenvolver seu
espírito crítico e o respeito às diferenças culturais, oportunizando finalmente a
celebração da Semana da Consciência Negra, com seminários, palestras,
exposições, depoimentos e homenagens e decoração pertinentes ao tema.
Tivemos ainda neste evento, as participações especiais do Excelentíssimo
Cônsul do Senegal, Oziel Moura dos Santos (Presidente do Centro de
Integração Social, Cultura, Comércio e Turismo Afrobrasileiro), da Escritora
Adriana Gunz, da Professora Almira Maciel e da Professora Mariliz Araújo Dall
Igna. Cuja sequência de participações segue em anexo no referido edital.
“Amor significa muito mais do que mero sentimento, muito mais do que favores
isolados e esmolas superficiais. Amor significa uma identificação interior e
espiritual com o próximo, de tal maneira que a pessoa não mais o vê como
‘objeto’ ao ‘qual’ se ‘faz o bem’. O fato é que um bem feito a outro como objeto
tem pouco ou nenhum valor espiritual. O amor assume o próximo como outro
eu, e o ama com toda a imensa humildade, discrição, reserva e reverência sem
as quais ninguém pode pretender entrar no santuário da subjetividade do outro.
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Devem estar necessariamente ausentes desse amor toda brutalidade
autoritária, toda exploração, dominação e condescendência”.
http://jardimdeluz.blogspot.com/2007/07/ama-o-teu-prximo-como-ti-mesmo-gl514.html - adaptação - Marco Fabeni
Equipe Multidisciplinar de Educação das Relações Étnico Raciais do CEEBJA
Paulo Freire - 2010
Ana Maria Schimanski
Antoniel da Silva Venâncio
Hanna Raquel Quirrenbach
Jane Bernadete Lambach
João Marcelino de Oliveira
Josmaria Aparecida de Camargo
Karime Aparecida Bueno Mendes
Léa Lélia de Paiva
Marco Antonio Fabeni
Marta Goreti de Resende Cardoso
Neide Rodrigues de Souza
Nelice Maria Fabri de Campos
Noeli de Ramos Gomes Couto Pereira
Rosangela da Silva Antunes
Valdir Borges Martins
Referência Bibliográfica:
ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Educação das relações étnico-raciais:
pensando referenciais para a organização da prática pedagógica – Belo
Horizonte: Mazza Edições, 2007.
ANEXO:
A Equipe Multidisciplinar de Educação das Relações Étnico-Raciais do
CEEBJA Paulo Freire convida a Comunidade Escolar à Celebração da Semana
Nacional da Consciência Negra - a se realizar no Salão Nobre.
SEMANA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
17 de novembro de 2010 (Quarta-feira)
19h00min às 20h00min - Abertura com a Palestra “Cultura Afrodescendente” Professora Almira Maciel.
20h00 min às 21h00min - Seminários Temáticos com a Participação Especial
de Membros Integrantes da Equipe Multidisciplinar do CEEBJA Paulo Freire.
Seminário 1: “Educação das Relações Étnico-Raciais”. Professora Noeli de
Ramos Couto Pereira (Representante da Equipe Multidisciplinar 2010 - Área de
Humanas).
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Seminário 2: “História e Cultura dos Afrodescendentes e da África. Professora
Josmaria Aparecida de Camargo (Representante da Equipe Multidisciplinar
2010 - Área Biológica).
Seminário 3: “Plano Nacional de Promoção de Igualdade Racial”. Marta Goretti
Cardoso (Representante da Equipe Multidisciplinar 2010 - Instâncias
Colegiadas).
Seminário 4: “Construindo a Igualdade na Diversidade”. Neide Rodrigues de
Souza (Representante da Equipe Multidisciplinar 2010 - Agentes
Educacionais).
Seminário 5: “Uma visão do Brasil Colônia e o Índio”. Professora Léa Lélia de
Paiva (Representante da Equipe Multidisciplinar 2010 - Área de Humanas).
21h00 min - Encerramento:
Depoimento e Homenagem ao CEEBJA Paulo Freire. Aluno do Ensino Médio Sr. João Manoel Pereira do Nascimento.
18 de novembro de 2010 (Quinta-feira)
19h00min - Palestra e Dinâmica: Projeto “Somos Todos Iguais” -“Dificuldades
de Aprendizagem” e “Necessidades Especiais” - Professora Mariliz Araújo Dall
Igna.
- Participação Especial da Escritora Adriana Gunz, noite de autógrafos.
19 de novembro de 2010 (Sexta-feira)
Encerramento da Semana de Comemoração relativa à Educação das Relações
Étnico-Raciais.
19h00min às 20h00min - Palestra com o Convidado Especial - Excelentíssimo
Cônsul do Senegal, Oziel Moura dos Santos (Presidente do Centro de
Integração Social, Cultura, Comércio e Turismo Afrobrasileiro).
20h00min às 20h30min - Apresentação das Exposições de Trabalhos
realizados pelos alunos do CEEBJA Paulo Freire.
Tema: “Máscaras Africanas” - trabalho orientado pelo Professor Valdir
Borges Martins (Representante da Equipe Multidisciplinar 2010 - Área de
Humanas).
Tema: “Pratos com Motivos Africanos” - orientado pela Professora
Maristella Della Giacoma Bettes (Professora de Arte).
Painel confeccionado pelos alunos do Professor Marco Fabeni (Representante
da Equipe Multidisciplinar 2010 - Área de Humanas).
20h30min - Encerramento
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“Capoeira, luta, jogo ou dança?” - Apresentação de Capoeira - Alunos da
Professora Dulce Mara de Fátima Rizzardi de Oliveira.
“Motivos Africanos” - Decoração Temática, elaborada pelas Professoras de
Arte, Margareth Carli, Regina Stella Scarvazza e Maristella Della Giacoma
Bettes
3.9 - CARACTERIZAÇÃO DOS CURSOS
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta
de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a
seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes
oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas
coletivas e/ou individuais. Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta
Educação de Jovens e Adultos – Presencial, que contempla o total de carga
horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e
Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de
modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como: pesquisa e
problematização na produção do conhecimento; desenvolvimento da
capacidade de ouvir, refletir e argumentar; registros, utilizando recursos
variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais e
coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos;
vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos
plano de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá
disponibilizar o Guia de Estudos aos educandos, a fim de que este tenha
acesso a todas as informações sobre a organização da modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de
um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão
de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a
integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o
encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professoreducandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada
educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um
cronograma pré-estabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores
que não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às
condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados
mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram
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reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua
matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção.
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo
próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos
saberes já apropriados.
3.10 - NÍVEL DE ENSINO
3.10.1 - Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora
como fim do processo de formação humana dos educandos, para que os
mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e
deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino
Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
3.10.2 - Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em
sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e
Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica.
3.10.3 - . Ensino Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos –
PROEJA – Curso Técnico em Segurança do Trabalho
A Educação Profissional, em nível médio, será desenvolvida de forma
integrada à Educação de Jovens e Adultos, visando à formação humana para
apreensão dos conhecimentos sócio-históricos, científicos e tecnológicos.
Serão observados os seguintes princípios: a) articulação com a Educação
Básica; b) o trabalho como princípio educativo; c) integração com o trabalho, a
ciência, a cultura e a tecnologia. D) estímulo à educação permanente e
contínua.
A Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos
deverá garantir ao aluno uma sólida formação científica-tecnológica
fundamentada nas Diretrizes Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e Diretrizes Curriculares da
Educação Básica.
3.11 - Educação Especial
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com
necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos
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da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o
acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando
a situação em que se encontram individualmente estes educandos.
Esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos,
desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por
razões diversas, fracassaram em seu processo de aprendizagem escolar. A
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos
educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes
de: deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva; condutas típicas
de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos;
superdotação/altas habilidades.
O quadro a seguir demonstra o número de alunos atendidos pelo
CEEBJA em 2010:
Necessidades
Especiais
Dislexia
Discalculia
D.A
Baixa visão
D.V.
Paraplegia
D.F.
D.I.
Paralisia cerebral e
baixa visão
Transtorno Bipolar
Síndrome de Down
Síndrome de
Asperger
TOTAL GERAL
Total de
alunos
08
01
14
06
11
03
07
04
02
Nível de Ensino
Fundamental
Médio
(5ª a 8ªs.)
07
01
01
03
11
05
01
02
09
01
02
01
06
01
03
01
01
01
02
01
02
01
60
23
01
37
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as
alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para
remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos.
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para
o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos
apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de
deficiências mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas
desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles
normalmente oferecidos pela educação escolar. Garante-se, dessa forma, que
a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com
eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos,
mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada
um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
3.12 - Ações Pedagógicas Descentralizadas - APEDs
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a
.
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grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de
escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica
e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios
estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
3.13 - Frequência
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de
100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino
Médio. Sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75%
(setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por
cento), em sala de aula.
3.14 - Exames supletivos
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao
disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela
Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo
Departamento de Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação
de Jovens e Adultos.
3.15 - Conselho escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da
Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e
fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e
administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e
diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o
Projeto Político-Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da
função social e específica da escola.
O Conselho Escolar abrange toda a comunidade escolar e tem como
principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do projeto políticopedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no
estabelecimento de ensino.
O Conselho escolar constitui-se como órgão máximo de direção do
Estabelecimento de Ensino, com representatividade de toda comunidade
escolar compreendida como o conjunto de profissionais da educação atuantes
na escola, alunos devidamente matriculados e freqüentando regularmente, pais
e/ou responsáveis pelos alunos, representantes de segmentos organizados
presentes na comunidade, comprometidos com a educação, funcionando
conforme o Regimento Escolar.
3.16 - Materiais de apoio didático
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Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação
e Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, como material de apoio.
Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão
utilizar outros recursos didáticos.
3.17 - Biblioteca escolar
O alicerce do conhecimento é a curiosidade, a pesquisa e a busca de
informações. Neste sentido, a Biblioteca Escolar constitui-se em espaço
pedagógico, um local privilegiado para o processo ensino-aprendizagem, pois
possibilita o acesso à cultura, ao conhecimento, não somente ao aluno jovem,
adulto e idoso, mas aos professores, funcionários e à própria comunidade.
A Biblioteca Escolar sendo um espaço para a prática pedagógica é
organizada para se integrar com a sala de aula no desenvolvimento do
currículo escolar. Tem como objetivo despertar os alunos para a leitura,
desenvolvendo-lhes o prazer de ler, podendo servir, também como suporte
para a comunidade em suas necessidades de informação.
O uso da Biblioteca Escolar pelos alunos, professores, funcionários e
comunidade, na busca de novos conhecimentos, informações, no manuseio de
livros, jornais, revistas, é parte indispensável no processo educacional e no
acesso à cultura.
3.18 - Laboratório
As atividades de laboratório assumem um papel de suma importância,
auxiliando o professor no encaminhamento metodológico de temas ou assuntos
em estudos, propiciando a participação ativa dos educandos, potencializando
as atividades experimentais e facilitando a compreensão de conceitos ou
fenômenos.
Assim, o Laboratório deve ser entendido como um espaço que
acompanha uma educação científica, incluindo também o pátio da escola, a
beira do mar, o bosque, a praça pública, museus e outros espaços para a
prática pedagógica. Desta forma, o Laboratório explicita a não obrigatoriedade
de espaço específico e materiais pré-determinados, para concretização de
experimentos nos estabelecimentos de ensino, reforçando o princípio
pedagógico da contextualização, de acordo com a Proposta Pedagógica para a
EJA.
3.19 - Recursos tecnológicos
A acelerada renovação dos meios tecnológicos nas mais diversas áreas
influencia, consideravelmente, as mudanças que ocorrem na sociedade. O
acesso às tecnologias da informação e comunicação amplia as transformações
sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o
conhecimento.
A escola, frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico e das
mudanças sociais dele oriundas, deve procurar construir novas estratégias
pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos
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tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo nos seus
diversos campos do conhecimento.
Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ ou ilustrar a
apresentação de conteúdos, o uso das mídias web, televisiva e impressa
mobiliza e oportuniza novas formas de ver, ler e escrever o mundo, além de ser
uma prática libertadora, pois contribui para a inclusão digital.
4. FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o
reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar
o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da
diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de
ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de
construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se
uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma
sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como
direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade
educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e
objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura
geral, de modo a que os educandos venham a participar política e
produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso
político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma
formação na qual os educandos-trabalhadores possam: aprender
permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e
coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma
solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar
problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a
partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos,
tecnológicos e sócio-históricos.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e
pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o
processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja
coerente com o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e
valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça; os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com
jovens, adultos e idosos – cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica
pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural,
tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora –
s
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61
promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do
educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção
humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo
do trabalho e que através deste, busca melhorar a sua qualidade de vida e ter
acesso aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização
curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização
dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,
considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos,
bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de
reinserção nos processos educativos formais;
O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no
processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe
superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de
informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;
Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do
trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da
atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os
saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como
instrumentos de transformação de sua realidade social;
O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas
matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na
qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o
educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes
saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do
conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirão o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que
busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em
seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com
conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e
aprendizagem;
Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes
linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
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62
Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na
referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao
exercício da cidadania e do trabalho;
Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,
críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos,
não refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação
desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta,
dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com
necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta
pedagógico-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
5. - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível
do Ensino Fundamental – Fase II , Ensino Médio e Profissional, a jovens,
adultos e idosos que não tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.
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6 - . MATRIZ CURRICULAR
6.1 - Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Paulo Freire
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Curitiba
NRE: Curitiba
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINAS
Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
ARTES
LEM - INGLÊS
EDUCAÇÃO FÍSICA
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS NATURAIS
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
ENSINO RELIGIOSO*
226
54
160
54
226
160
160
160
10
272
64
192
64
272
192
192
192
12
Total de Carga Horária do Curso
1200 horas ou 1440 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
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6.2 - Matriz Curricular - Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Paulo Freire
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Curitiba
NRE: Curitiba
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009
FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINAS
Total de
Total de
Horas
horas/aula
LÍNGUA PORT. E
LITERATURA
LEM – INGLÊS
ARTE
FILOSOFIA
SOCIOLOGIA
EDUCAÇÃO FÍSICA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
FÍSICA
BIOLOGIA
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
LÍNGUA ESPANHOLA*
174
208
106
54
54
54
54
174
106
106
106
106
106
106
1200/1306
128
64
64
64
64
208
128
128
128
128
128
128
1440/1568
TOTAL
* Língua Espanhola, disciplina de oferta obrigatória e de matrícula facultativa
para o educando.
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6.3. Matriz Curricular do Ensino Profissionalizante - PROEJA
Matriz Curricular
Estabelecimento:
Município:
Curso: TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO EM NÍVEL MÉDIO NA MODALIDADE DE
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - PROEJA
Carga horária:2880 horas/aula – 2400
horas mais 100 horas de Estágio Profissional
Turno: NOITE
Supervisionado
Implantação gradativa a partir do ano
MODULO:20
Organização:SEMESTRAL
SEMESTRES
hora/
DISCIPLINAS
horas
1º 2º 3º 4º 5º 6º aula
1 ARTE
2
2
80
67
120
100
2 BIOLOGIA
2
2 2
3
4
5
6
7
DESENHO ARQUITETÔNICO EM SEGURANÇA
DO TRABALHO
EDUCAÇÃO FÍSICA
2
FILOSOFIA
FÍSICA
FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA DO
TRABALHO
3
GEOGRAFIA
9 HIGIENE DO TRABALHO
10 HISTÓRIA
2
2
2
3
2
2
3
2
8
2
2
2
2
LEGISLAÇÃO E NORMAS EM SEGURANÇA DO
11 TRABALHO
2
2
2
2
2
2
12 LEM - INGLÊS
2
80
67
80
67
80
67
140
117
120
100
80
67
160
133
80
67
160
133
2
2
2
2
80
67
13 LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA
2
2
2
2
2
2
240
200
14 MATEMÁTICA
2
2
2
2
2
2
240
200
15 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
2
3
100
83
160
133
100
83
117
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS E
16 PERDAS
17 PROCESSO INDUSTRIAL E SEGURANÇA
18 QUÍMICA
19 SEGURANÇA DO TRABALHO
3
3
2
3
20 SOCIOLOGIA
2
2
21 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
TOTAL
25
ESTÁGIO PROFISSINA L SUPERVISIONADO
2
2
2
4
2
3
4
2
4
2
4
3 3
25 24 24 23 23
2 2 2
140
440
367
80
67
120
2880
120
100
2400
100
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7 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma
modalidade de ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo
compreende a escola como espaço sócio-cultural que propicia a valorização
dos diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os educandos como
sujeitos de conhecimento e aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção
coletiva do conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido
antropológico, constitui-se no elemento principal de mediação entre
educadores e educandos e deve ser organizado de tal forma que possibilite
aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma dialógica entre
educando e educador, tornar os conhecimentos significativos às suas práticas
diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do
conteúdo do ensino.
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de
Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser
pensada em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes
assegure o acesso aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito
às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação
Básica, a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como
modalidade da Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos
curriculares previstos por essas diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores
propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e
Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do
conhecimento que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos,
conceitos, idéias, princípios, informações etc., mas sim compreender a
aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos
conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
7.1.DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA:
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares Estaduais
da Educação de Jovens e Adultos que propõem o compromisso com a
formação humana e com o acesso à cultura geral, bem como o respeito à
diversidade cultural, à inclusão e ao perfil do educando, o estudo da linguagem
na organização da proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está
pautado na concepção sociointeracionista, a qual dá ênfase ao uso social dos
diferentes gêneros textuais.
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67
Nesse sentido, a escola está sendo entendida como um espaço
onde se produz o conhecimento e tem por objetivo propiciar uma formação
intelectual, cognitiva e política, por meio de pesquisas, leituras, estudos que
favoreçam o respeito aos diferentes falares e aos saberes próprios da cultura
do educando, preparando-o para produção de seu próprio texto, oral ou escrito,
adequado às exigências dos diversos contextos sociais.
O trabalho pedagógico proposto para as práticas de linguagem está
fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem
a linguagem como interação.
VYGOTSKY (1989) dedicou-se a estudos sobre a origem cultural
das funções superiores do ser humano, isto é, o funcionamento psicológico, a
partir da interação social e da relação linguagem-pensamento. Por isso, propõe
que se estudem as mudanças ocorridas no desenvolvimento mental, inserindo
o indivíduo num determinado contexto cultural, a partir da interação com os
membros de seu grupo e de suas práticas sociais. Para esse autor, a cultura é
uma espécie de palco de negociações. Seus membros estão em
movimentação constante de recriação e reinterpretação de informações,
conceitos e significados.
Nessa mesma direção, BAKHTIN (2003) afirma que os seres
humanos apreendem a realidade e a constroem na medida em que se
relacionam com o outro, atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver,
permeado pelo exercício efetivo da linguagem. Esse autor propõe o confronto
dos diversos discursos a partir de temáticas do cotidiano, com ênfase na
polifonia, dialogismo e polissemia. O primeiro constitui as diversas vozes do
discurso oral e escrito; o segundo consiste na interação do “eu” com o “outro”;
por último, a polissemia, que compreende os diferentes significados da palavra,
de acordo com a vivência sociocultural de cada sujeito.
As idéias de BAKHTIN e FREIRE (2004) convergem, no sentido de
que a prática pedagógica deve se dar numa relação dialógica, entre os sujeitos
envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Para FREIRE, a relação
pedagógica consiste no diálogo entre educador e educando, como sujeitos
mediatizados pelo mundo.
As propostas teóricas dos autores citados valorizam o processo
interativo como espaço de construção dos sentidos do texto, confrontando
situações a partir do contexto histórico, político, filosófico, social, entre outros.
Nessa perspectiva, GERALDI (2001, p. 41) identifica, historicamente,
três concepções de linguagem: como expressão do pensamento, destacada
nos estudos tradicionais; como instrumento de comunicação; como uma forma
de interação humana.
A linguagem como interação propõe estudar as relações que se
constituem entre os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente
estabelecer classificações e dominar os tipos de sentenças. Portanto, o objeto
de estudo da língua deve ser o texto oral e escrito produzido nas diversas
situações de interação social.
A partir desses pressupostos, Val (1993, p.3) estabelece como
propriedades do texto, a unidade sociocomunicativa – interação social e a
unidade semântica – em que a coerência é o fator responsável pela unidade
formal e material, ou seja, “pode-se definir texto ou discurso como ocorrência
lingüística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade
sociocomunicativa, semântica ou formal”.
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68
Essa autora afirma que, para o texto ser compreendido, precisa ser
avaliado sob três aspectos: o pragmático, que se pontua em situação informal e
comunicativa; o semântico, que depende da coerência; e o formal, que diz
respeito à coesão.
Ainda de acordo com a autora, “a textualidade é o conjunto de
características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma
seqüência de frases” (VAL, 1993, p.5). Embasada em Beaugrande e Dressler,
VAL relaciona sete fatores responsáveis pela textualidade de um discurso
qualquer: coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade,
informatividade e intertextualidade.
Portanto, pode-se afirmar que o texto, em suas diferentes formas de
apresentação ou gêneros, se constrói no aspecto sociocomunicativo por meio
dos fatores pragmáticos funcionais, em constante interação entre os sujeitos.
Os gêneros, segundo BAKHTIN (1997, p.179), são caracterizados
pelo conteúdo temático, pelo estilo e pela construção composicional, que numa
esfera de utilização apresentam tipos relativamente estáveis de enunciados,
tais como o conto, o relato, o texto de opinião, a entrevista, o artigo, o resumo,
a receita, a conta de luz, os manuais, entre outros. A escolha do gênero
depende do contexto imediato e, conseqüentemente, da finalidade a que se
destina, dos destinatários e do conteúdo.
O trabalho com a diversidade de gêneros textuais possibilita o
confronto de diferentes discursos sobre a mesma temática e ainda, permite
uma metodologia “interdisciplinar com atenção especial para o funcionamento
da língua e para as atividades culturais e sociais” (MARCUSCHI, 2005, p.18).
Além disso, contribui para que o educando perceba a organização e os
elementos de construção dos diferentes gêneros ou tipos textuais para que o
educando possa reconhecer a finalidade, as características e produzir textos,
seja do tipo narrativo, descritivo, argumentativo ou expositivo, entre outros.
A enunciação é dotada de tema e significação. O tema dá sentido na
realização da enunciação, uma vez que ele é determinado não só pelas formas
lingüísticas, mas também pelos elementos não verbais da situação. Segundo
Bakhtin (1986, p. 132) “ toda palavra usada na fala real possui não apenas
tema e significação no sentido objetivo, de conteúdo, desses termos, mas
também um acento de valor ou apreciativo, isto é, quando um conteúdo
objetivo é expresso (dito ou escrito) pela fala viva, ele é sempre acompanhado
por um acento apreciativo determinado. Sem acento apreciativo não há
palavra”.
O tema e a significação indicam as particularidades de estilo e
composição do enunciado, esclarecendo a que gênero pertence o texto, se é
composto por um ou por diferentes tipos de discurso, considerando um acento
de valor, ou seja, “convém discernir igualmente o grau de firmeza ideológica, o
grau de autoritarismo e de dogmatismo que acompanha a apreensão do
discurso” Bakhtin (1986, p.149). Nesse enfoque há que se considerar o
contexto de produção e o conteúdo temático que o sujeito utiliza para produzir
um texto, envolvendo os três mundos distintos, interiorizados por ele: o mundo
físico, o mundo social e o mundo subjetivo, Assim, o contexto de produção ou a
situação comunicativa exercem influências na forma como um texto se
apresenta.
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Ler um texto, nessa perspectiva, significa perceber o contexto
histórico, social, econômico, filosófico e político em que ele se insere, assim
como a ideologia, a finalidade do texto, a posição do autor e o possível
interlocutor, dentre outros elementos tais como a escolha pela linguagem
utilizada, os elementos gramaticais e seus efeitos na construção do texto nos
diferentes gêneros textuais nos momentos de reflexão sobre a língua.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações
pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica,
reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática,
na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação do saber.
Nesse sentido, a organização do planejamento pedagógico pressupõe a
reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes
gêneros discursivos e tipos de textos, com o objetivo de analisar as práticas de
linguagem, ou seja, leitura, análise lingüística e produção textual.
A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja
na forma verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes,
charges, outdoors, entre outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e
gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis.
Os diferentes níveis de leitura constituem-se num meio para identificar,
nos diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as
informações explícitas, subentender as implícitas, fazer ligação entre o
conhecimento do educando e o texto, bem como estabelecer relações
intertextuais.
Os gêneros textuais apresentados aos educandos precisam contemplar
as possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades propostas,
tendo por objetivo identificar a finalidade do texto, a posição assumida pelo
autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico, entre outros,
com destaque para as variedades lingüísticas, os mecanismos gramaticais e os
lexicais na construção do texto.
Nesse contexto, salienta-se a importância de apreender os dados sobre
o autor (biografia), a fonte referencial (data, local, suporte de texto), além do
interlocutor a quem se destina o texto.
Os mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma
descontextualizada ou com a intenção da apropriação da metalinguagem, mas
a partir do texto para que o educando possa reconhecê-los como elementos de
construção textual dos gêneros estilísticos e do cotidiano, uma vez que o
objetivo do ensino da língua é orientar para o uso social da linguagem, de
acordo com a norma padrão.
Para isso, faz-se necessária a prática orientada da produção oral e
escrita de textos dos diferentes gêneros do discurso. O desenvolvimento dessa
prática é importante porque o texto do educando revela, além do conhecimento
de mundo, os conteúdos aprendidos e os que devem ser priorizados no
planejamento do educador.
Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e
Médio, bem como para as práticas de linguagem , foram utilizados os seguintes
critérios: o perfil do educando da EJA; a diversidade cultural; a experiência
social construída historicamente e os conteúdos significativos a partir de
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70
atividades que facilitem a integração entre os diferentes saberes. É importante
destacar que embora os conteúdos sejam os mesmos para os dois níveis de
ensino, o que difere é o grau de complexidade dos textos apresentados para a
reflexão sobre a linguagem.
A avaliação precisa ser entendida como instrumento de
compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação às práticas de
linguagem: leitura, produção de texto e análise lingüística, para que o educador
possa reencaminhar seu planejamento.
O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos e
com os encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser
dialética, ou seja, o educando confronta-se com o objeto do conhecimento, com
participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no
processo ensino-aprendizagem indica os conteúdos que devem ser retomados.
Portanto, o trabalho com as práticas de linguagem deve partir das
necessidades dos educandos.
Para isso, é importante que o educador dê significado ao objeto do
conhecimento, lance desafios aos educandos, incentive os questionamentos
e exerça a função de mediador da aprendizagem, valorizando a interação.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Variedades lingüísticas
Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de registros.
Funções da linguagem.
Linguagem verbal e não-verbal
Gêneros textuais ou discursivos
Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de
textos (informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete,
sinopse, etc.)
Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo,
ideologia, posição do autor, ideologia, contexto histórico, social,
econômico, político, entre outros.
Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos
lógico-discursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto
discursivo, interlocutor, idéia central, seqüência lógica, progressão,
retomada dos elementos coesivos, título como elemento coesivo entre
outros.
Discurso direto e indireto.
Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.
Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação.
Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia,
paragrafação, título , legibilidade, aceitabilidade, entre outros.
Ambigüidade como recurso de construção do texto.
Ambigüidade como problema de construção do texto.
Informações explícitas, implícitas e intertextualidade.
Relações entre imagem e texto.
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71
Elementos Gramaticais na construção do texto
Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula,
ponto-e-vírgula, ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois
pontos, aspas, parênteses, travessão, reticências, entre outros.
Emprego da crase na construção do texto.
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção,
artigo, numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção do
texto.
Sujeito e predicado na construção do texto.
Vozes do verbo na construção do texto.
Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto.
Aposto e vocativo na construção do texto.
Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na
construção do texto.
Concordância verbal e nominal na construção do texto.
Colocação pronominal na construção do texto.
Figuras de linguagem na construção do texto.
Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição.
Para o Ensino Ensino Médio devem ser acrescidos os seguintes conteúdos de
Literatura:
Arte literária e as outras artes.
História e literatura.
Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.
Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo
brasileiro (literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo,
Realismo e Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguarda
européias, Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-Modernismo.
Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o
cotidiano.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da
linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins
Fontes, 1992.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes
Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná
(versão preliminar), Curitiba, 2004.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
72
FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria
lingüística que fundamente o ensino de língua materna (ou de como
apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: Educar,
n.15, Curitiba: UFPR, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
pedagógica educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo:
Ática, 2001PLANO DE
MARCUSCHI, Luiz antônio. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade
e circulação. In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO,
Karim S. (Orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. União da vitória:
Gráfica Kaygangue, 2005.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins
Fontes, 1993.
VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins
Fontes, 1989.
7.2 DISCIPLINA DE ARTE
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E ARTE
Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século
XVI, com a ação dos jesuítas. A Arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo
principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam e que incluía a
Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a Música e as Artes Manuais.
Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e a posterior Reforma
Educacional Brasileira (1792-1800) – Reforma Pombalina - o ensino da Arte
tornou-se irrelevante e o Desenho, por exemplo, foi associado à Matemática na
forma de Desenho Geométrico.
Mesmo com o incentivo de D. João VI ao ensino da Arte no início do
século XIX – o que resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro
(1826) – nas escolas, o ensino ainda era influenciado pelo Iluminismo,
priorizando a área científica. Essa visão foi ratificada na 1ª. Reforma
Educacional do Brasil República em 1890, realizada por Benjamin Constant,
cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria. A partir de 1931, com
a implantação do ensino da Música por meio do Canto Orfeônico, o ensino da
Arte fez-se presente no primeiro projeto de educação pública de massa.
No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio
Estadual, na cidade de Curitiba, envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música.
O ensino da Arte somente passa a ser obrigatório nas escolas
brasileiras em 1971, com a Lei 5692/71, porém, com conteúdo reduzido,
fundado em uma visão tecnicista e entendendo o educador de Artes como um
profissional polivalente, ou seja, aquele que deve dominar os conteúdos de
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Artes Plásticas e Música. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica, porém, a Arte
passa a compor a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias,
abrangendo Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.
Esse breve passeio pela história nos dá uma idéia dos conceitos que
permearam a educação de Artes no Brasil, abrangendo desde um caráter
religioso, com a catequização dos nativos, até aquela com fins puramente
tecnicistas. Passamos de um extremo a outro, do “sensibilizador” para o
“científico racional”. É importante frisar que a educação pública no Brasil até o
início do séc. XX estava voltada para uma elite basicamente masculina.
Verificamos também que, após a expulsão dos jesuítas, o pensamento
iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador
reflexões que contemplem a arte efetivamente como área de conhecimento
fundamental na formação dos educandos e das educandas.
Quando Regina Migliori (1993 p.14) propõe uma “perspectiva de
abordagem global” como sendo “a possibilidade de lidarmos com tudo o que se
nos apresenta e não somente com os aspectos artificialmente eleitos”, a idéia é
que se busque uma nova leitura da realidade. O entendimento de Migliori nos
remete para uma perspectiva de uma formação omnilateral,1 crítica e autônoma
do educando e da educanda, ou seja, “temos que aprender a lidar com as
divergências de forma não excludente” (MIGLIORI, 1993 p. 14).
Quando privilegiamos a produção artística de um determinado
grupo, povo ou etnia, fragmentamos a realidade e automaticamente criamos
um juízo de valor no qual os recortes do conhecimento que fazemos passam a
ser os verdadeiros ou os únicos. “Essa visão fragmentada, geradora dos
incluídos e excluídos, gera uma outra verdade cruel: a marginalidade que não é
alternativa” (MIGLIORI. 1993 p.14). Isso implica que ao apresentarmos em
nossa seleção de conteúdos curriculares outras vozes que estão presentes na
ação histórica da construção do conhecimento, possibilitamos ao educando e a
educanda outras leituras diferentes daquelas que vêm sendo oficialmente
apresentadas.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana
– revela a realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão
artística é concretizada utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos do
corpo, representação cênica, dentre outras, que são percebidas pelos sentidos.
Isso contribui para outras possibilidades de leituras da realidade e, portanto,
com mais subsídios para repensá-la. O objetivo dessa proposta é gerar um ser
reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade em que vive. A Arte
nos ajuda nesse processo, na medida em que nos fornece uma simbologia
própria e portanto, outras leituras do mundo que nos cerca. Segundo Isabel
Marques2: “Um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no
ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a possibilidade de
relacionar, questionar, experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos
1
Explicar omnilateralidade em função do trabalho e da educação nos reporta no tempo em que o homem tinha a
necessidade de conhecimento do todo, ou seja, pensar o objeto, fazer o objeto e vender o objeto. Como na educação,
que se preocupava com as ciências exatas, as artes, a sociologia, e o espiritual, quando os quatro eixos eram de
extrema importância e tinham o mesmo peso em valor.
2
Esta citação é transcrição da fala da Profª Dra Isabel Marques no Simpósio Estadual de Educação Artística, Paraná
abril, 2005.
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artísticos a fim de que façam sentido em nossas próprias vidas e na construção
da sociedade brasileira.”
A discussão em torno da arte como linguagem pondera o
entendimento de que a arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe
uma relação de transmissão e recepção de idéias, ou seja, de comunicação.
Portanto, a Arte aqui é entendida como linguagem, que se utiliza de símbolos e
de elementos próprios que estão presentes na Dança (movimento e não
movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização) e nas Artes Visuais
(forma e luz).
Ler o produto artístico em suas diversas relações, nos diversos
prismas e no que tange aos seus significados socialmente construídos
pressupõe que o produto artístico como seja um “veículo portador de
significado” (ver Bakhtin 1995, p.132). Nesse sentido, os símbolos são
fundamentais para a vida social, pois é por meio deles que nos comunicamos e
manifestamos nossa capacidade de sentir e de pensar.
Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de
maneira singular, dando-lhes um sentido pedagógico (Sacristan J.G., 2001). Na
escola, esse trabalho ressignifica os saberes e os conceitos científicos
produzidos na sociedade. É com base nestes pressupostos que trataremos a
Arte como linguagem. Linguagem artística.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O encaminhamento metodológico para a disciplina de Artes do
ensino fundamental e médio da Educação de Jovens e Adultos da rede pública
do Estado do Paraná está fundamentado nas Diretrizes Curriculares Estaduais
de EJA, onde estão identificados três eixos articuladores: cultura, trabalho e
tempo. Com base nesses eixos que norteiam o currículo na EJA, elegemos
ARTE E ESTÉTICA, ARTE E IDENTIDADE e ARTE E SOCIEDADE como
eixos específicos da disciplina de Artes, dos quais derivarão as temáticas
propostas e os conteúdos que serão desenvolvidos em células de aula.
ARTE E ESTÉTICA
Hoje se utiliza o termo estética para indicar... no campo das belas
artes, uma concepção especial, uma maneira de fazer, uma escola
ou tendência determinada (Zamacois, 1986)
A experiência estética se revela com a sensibilização, com a
descoberta do olhar, um encontro com as emoções, libertando o ser para
perceber o mundo em si e ao seu redor, permitindo um pensar filosófico, crítico
e reflexivo. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu Dicionário da Língua
Portuguesa, apresenta, dentre outros, os seguintes significados para a palavra
estética: “1- estudo das condições e dos efeitos da criação artística. 2- (...)
estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer
quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem”.
Partindo dessas definições e as ampliando, a Estética aqui é
entendida como sendo “toda teoria que se refira à beleza ou à arte" (Pareyson,
1997, p. 2), sendo ela derivada de uma experiência filosófica ou concreta. E
por ser uma reflexão sobre a experiência, inclui-se aqui o fazer artístico, que é
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a manipulação dos elementos da linguagem artística, presentes nas Artes
Visuais, na Música, no Teatro e na Dança. Portanto, entendemos que ao
adotar um eixo articulador para a disciplina de Educação Artística e Arte
baseado no entendimento acima exposto, devemos possibilitar as experiências
estéticas e compreender como aproximar e proporcionar o olhar estético para
as produções artísticas e para o cotidiano. E assim sendo, “o educando da
EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento mediante a compreensão
dos processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura.”(Diretrizes
Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, p. 30)
ARTE E IDENTIDADE
É comum ouvirmos falar de crise de identidade, mas o que é
identidade e como essa identidade se revela a partir da arte que produzimos?
A identidade está em crise?
O que é identidade? É idêntico, igual, registro... Para o dicionário
Houaiss identidade é:
1- estado que não muda <a identidade das impressões digitais> 2consciência da persistência da própria identidade, 3- o que faz com
que uma coisa seja a mesma que outra, 4- conjunto de
características e circunstâncias que distinguem uma pessoa ou uma
coisa e graças às quais é possível individualizá-la.
A identidade singulariza e faz com que nos sintamos diferentes dos
demais. Identificar pode ser aplicado a indivíduos e grupos, ou seja, tornar
idêntico, fazer (se) reconhecer, distinguir traços característicos como gosto,
música, festas, folguedos, crenças de grupos urbanos, rurais, etnias e outros
tantos que usam da linguagem artística para expressar-se e assinar suas
características sociais, antropológicas e psicológicas.
Diferentes modos de vida social são constituídos a partir das idéias
que as pessoas têm sobre si, e das práticas que emergem dessas idéias e
como afirma Candau (2002, p. 24), “identidade é um conceito polissêmico,
podendo representar o que uma pessoa tem de mais característico ou
exclusivo e ao mesmo tempo, indica que pertencemos ao mesmo grupo”, a
identidade cultural de um indivíduo ou grupo permite que este seja localizado
em um sistema social. Em um mundo onde as mudanças são rápidas, face à
globalização e aos eventos tecnológicos e científicos vertiginosos, a arte é um
dos elementos que faz parte da identidade dos povos. As mudanças globais
aceleradas influenciam a identidade dos indivíduos e a sua manifestação
artística.
Podemos ver com Marques (2003, p. 157) que:
Não se domina um país pela invasão territorial, mas principalmente
pela superposição e diluição de repertórios culturais e sociais. Caso
nossos repertórios não estejam enraizados de forma significativa, ou
seja, relacional, consciente e crítica, poderemos ser massacrados
pela pasteurização de idéias estéticas.
A nossa identidade pessoal e social é um importante mediador das
relações com os demais. A proposta deste eixo temático na Educação de
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Jovens e Adultos do Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná
preocupa-se em uma educação pela arte que transmita significados que estão
próximos da vida concreta do educando, produzindo aprendizagem. É um
processo que mobiliza tanto os significados e os símbolos quanto os
sentimentos e as experiências a que se propõe.
Quando um indivíduo desenvolve sua percepção estética e tem
consciência do poder destas representações, textos e imagens na produção
das identidades, compreende a força persuasiva da arte, no sentido de criar e
reforçar representações que possuímos como indivíduos e como identidade
coletiva.
ARTE E SOCIEDADE
... concernem à determinação social da atividade artística, seja do ponto de vista
da finalidade social das obras – por exemplo, o culto religioso ou o mercado de
arte – seja o lugar ocupado pelo artista – por exemplo, iniciado numa seita secreta,
financiado por um mecenas renascentista, profissional liberal ligado ao mercado
de arte, etc – seja das condições de recepção da obra de arte – a comunidade de
fiéis, a elite cultivada e economicamente poderosa, as classes populares, a
massa, etc. (CHAUÍ, 2003, p. 153)
A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos
aleatórios ou apartados do contexto social nem tampouco mera
contemplação, e sim, uma ciência que trabalha com o conhecimento
presente em diferentes instâncias sociais.
A profunda relação entre arte e sociedade é possível na medida
em que pensarmos a arte como construção social e não como um dom
natural, talento ou mera produção.
As pessoas são construções sociais que necessariamente influem
e são influenciados pelo fazer e pensar arte. A música rap, por exemplo,
constrói um determinado tipo de consciência social, propaga os
conhecimentos de um grupo popular, que são absorvidos e muitas vezes até
revivificados em outras formas artístico-culturais.
A abordagem crítica e intertextualizada é necessária para que no
cotidiano se problematizem as relações entre arte e sociedade e se permita,
assim, a formação de sínteses pessoais enriquecedoras. Em outras
palavras, o conceito de arte e sociedade abrange grandes temas da vida
social como: a relação do homem com o trabalho; as relações de gênero; a
ocupação do espaço urbano e outros. Também através deles podemos
compreender, inclusive, a influência da indústria cultural, segundo a qual,
muitas vezes a (pseudo) cultura de massa tenta impor uma ordem social
passiva e alienada. Em contrapartida, o conhecimento da arte em seu
aspecto social, deve desvelar-se de modo que o ser humano possa
pertencer, dialogar e transformar a realidade que o circunda.
No que concerne à Educação de Jovens e Adultos, não podemos
perder de vista as concepções de mundo e de sociedade que queremos
construir e vivenciar com os educandos, pois o grande desafio do trabalho
pedagógico em arte nos dias de hoje não se resume somente em aceitar e
respeitar a diversidade, mas principalmente em trabalhar, partilhar, dialogar e
recriar conjuntamente a fim de educar para uma sociedade mais justa e
igualitária. “A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes,
de forma que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de
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transformação de sua realidade social” (Diretrizes Curriculares para a
Educação de Jovens e Adultos, p. 31).
Os temas de estudo são temas que direcionam, motivam e articulam
a construção do conhecimento em arte, propiciando diferentes leituras de
mundo, de cidadania participativa, reflexiva e crítica. O educador escolherá um
tema de estudos abrangente e articulado entre os eixos – identificados na
disciplina de Educação Artística e Arte e os indicados nas Diretrizes
Curriculares para a EJA – de maneira a englobar o conteúdo que fará parte do
planejamento da célula de aula. Os temas de estudo terão a flexibilidade
necessária para que possam ser adequados ao contexto do educando e da
educanda.
Os temas de estudo são perpassados por um processo, denominado
“validação”, ou seja, o tema só será adequado para continuar o planejamento
se passar positivamente pelas seguintes perguntas:
1. É relevante? É importante? Para quem? Perpassa pelos eixos
definidos nas Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA - Cultura,
Trabalho e Tempo?;
2. Gera conhecimento em arte? Perpassa pelos eixos Arte e
Identidade, Arte e Sociedade e Arte e Estética?
3. É abrangente? Contempla o local e o global (regional, nacional e
mundial)? É flexível?
4. É possível adequá-lo às necessidades dos educandos e
educandas da EJA (Idade, condições físicas, espaciais, etc)?
Uma vez escolhido o tema de estudo, o próximo passo é a
elaboração da célula de aula, que serão compostas por (MARQUES,
2001, p.91-102):
1. Textos – Repertórios.
2. Subtexto – Elementos da linguagem (conteúdos da disciplina).
3. Contexto – Elementos históricos, sociais e culturais.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do
qual ela se manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não
movimento (Dança), a forma e a luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro).
Destes elementos básicos derivam-se os elementos de linguagem específicos
da arte. Portanto, os conteúdos para o Ensino Fundamental e Médio devem
contemplar os elementos de cada linguagem artística (Música, Teatro, Dança e
Artes Visuais), sua articulação e organização. Esses elementos permitirão ao
educando e a educanda ler e interpretar o repertório, assim como elaborar o
seu próprio trabalho artístico. A leitura, interpretação e produção artística avalia
a apreensão por parte educando e da educanda dos conteúdos propostos na
célula de aula.
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ARTES VISUAIS
a) Forma
Composição, Experimentação (como os elementos da linguagem visual
se articulam?);
Suportes (onde está proposta a idéia imagética?);
Espacialidade – bidimensionais e tridimensionais (como está projetada,
composta ou representada no espaço?);
Texturas / acabamentos (como se apresenta?);
Movimento: dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam,
ritmo?).
b) Luz
Decomposição da luz branca;
Cor /pigmento / percepção da cor
Tons
Valores / classificação das cores;
Sombras e luz;
Contraste.
MÚSICA
a) distribuição dos sons de maneira sucessiva (intervalos melódicos/
melodia).
b) distribuição dos sons de maneira simultânea (intervalos harmônicos/
harmonia),
c) qualidades do som e suas variações:
intensidade (dinâmica)
duração (pulsação/ ritmo)
altura (grave/ agudo)
timbre (fonte sonora/ instrumentação)
d) estruturas musicais (organização e articulação dos elementos da
linguagem musical/ forma musical).
TEATRO
a) Elementos dramáticos:
- a personagem: agente da ação;
- enredo: como desdobramento de acontecimentos, desenvolvidos pela
personagem;
- espaço cênico: local onde se desenvolve a ação cênica.
b) Signos da Representação Teatral:
- da personagem:
- visuais: figurinos, adereços, gestual;
- sonoros: fala (entonação)
- do espaço cênico:
visuais: cenário, adereços de cena, iluminação;
sonoros: sonoplastia;
c) Gêneros Teatrais:
- Tragédia e suas características: a fatalidade, o sofrimento, o pesar;
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- Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco;
- Drama e suas características: o conflito.
DANÇA
a) corpo
b) espaço
c) tempo
d) peso
e) fluência
f)esforço
g) fatores do movimento (espaço, peso, tempo e fluência)
REFERÊNCIAS
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educador. Florianópolis: UFSC, 2002
CANDAU, Vera Maria (org.). Sociedade, educação e cultura: questões
e propostas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
BAKHTIN, Mikhail (Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem.
Trad. Michel Lahud e Yara F. Vieira. 7ª ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
BOURO, S.B. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da
arte. São Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de Arte. 2ª ed. São
Paulo: Cortez, 1993.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua
Portuguesa. 3ª ed. Curitiba: Positivo, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1983.
_____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. 8ª ed. São Paulo: Terra e Paz, 1998.
_____________, A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1995.
HOUAISS, Antônio e Vilar, M. de S. Dicionário Houaiss da língua
portuguesa. 1ª ed.Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978.
MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2ª ed.
São Paulo: Cortez, 2001
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_________________. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.
MIGLIORI, R. Paradigmas e educação. São Paulo: Aquariana, 1993.
OSTROWER, Fayga P. Universo da arte, 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus,
1991.
PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo. Martins Fontes,
1997.
SACRISTAN J.G. A escolarização transforma-se em uma
característica antropológica das sociedades complexas. In: A
educação Obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto Alegre:
ARTMED, 2001, p. 35-55
SANTAELLA, Lucia. (Arte) & (Cultura): Equívocos do elitismo. São
Paulo: Cortez, 3ª. Ed, 1995.
SILVA, Tomas Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução às
teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
ZAMACOIS, Joaquin. Temas de estética y de historia de la música.
Barcelona: Labor, 1986.
7.3. .DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) INGLÊS
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) INGLÊS
A Língua Estrangeira Moderna - LEM - é um espaço em que se pode
ampliar o contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a
realidade, tendo em vista que a percepção do mundo está, também,
intimamente ligada às línguas que se conhece. Ela se apresenta também como
um espaço de construções discursivas contextualizadas que refletem a
ideologia das comunidades que a produzem. Desta maneira, o trabalho com
LEM parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais
do que meros instrumentos de acesso à informação: as LEM são também
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o
mundo e construir significados. (SEED, 2005)
É um instrumento de inclusão social a partir do momento em que
oportuniza o acesso a outras comunidades e conhecimentos, permitindo o
alargamento de horizontes e a expansão das capacidades interpretativas e
cognitivas dos educandos. Através da LEM se reconhece a diversidade
cultural, e torna-se possível oportunizar o educando a vivenciar criticamente a
cultura do outro ao mesmo tempo em que valoriza a própria.
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A LDB 9394/96, estabelece o caráter compulsório de uma língua
estrangeira a partir da 5a série do Ensino Fundamental, facultando ao Ensino
Médio a possibilidade da inclusão de uma segunda língua estrangeira.
Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de
comunicação intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre
pessoas de diferentes línguas maternas.”, tendo em vista que existem,
aproximadamente, mais de 300 milhões de falantes nativos e mais de 1 bilhão
de usuários no mundo todo, sendo a língua principal em livros, jornais,
aeroportos e controle de tráfego aéreo, negócios internacionais e conferências
acadêmicas, ciência, tecnologia, medicina, diplomacia, esportes, competições
internacionais, música pop e propaganda.
Partindo desse pressuposto, a LEM é um instrumento para que o
educando seja capaz de construir e não somente consumir o conhecimento
oferecido por outros, propiciando “reflexões sobre a relação entre língua e
sociedade e, consequentemente, sobre as motivações subjacentes às escolhas
lingüísticas em situações de comunicação (oral e escrita).” (PARANÁ, 2005).
Ao serem expostos às diversas manifestações da língua na sociedade, os
educandos podem entender as implicações político-ideológicas.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem
onde a língua é vista como instrumento de interação, investigação,
interpretação, reflexão e construção, norteada pelos três eixos articuladores:
cultura, trabalho e tempo. Nessa concepção, levar-se-á em consideração a
realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos e
respeitando suas necessidades e características individuais, na certeza de que
o adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e responsabilidade
quando se vê envolvido no processo ensino-aprendizagem.
Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a
autenticidade da Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância
dos saberes escolares frente à experiência social construída historicamente
pelos educandos.
Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário
levar em conta que o educando é parte integrante do processo e deve ser
considerado como agente ativo da aprendizagem, visto que ele traz saberes e
estes vão interagir com os saberes que ele vai adquirir.
Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que
leve em consideração que as habilidades da LEM – leitura, escrita,
compreensão oral e compreensão auditiva – não são únicas, elas interagem de
acordo com o contexto e precisam ser vistas como plurais, complexas e
dependentes de contextos específicos.
Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida
como algo fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, onde toda a
transformação, o aspecto vivo da LEM, sua capacidade de se transformar em
contextos diferentes, toda diversidade da LE se perde.
Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,
principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as
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necessidades regionais, que levem o educando a criar significados, posto que
estes não vêm prontos na linguagem.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL
No caso do ensino da Língua Inglesa na EJA, dadas as suas
características, o trabalho parte da exploração de diversos gêneros textuais
que propiciam a exposição do educando à língua dentro de um contexto,
possibilitando a análise e estudo de sua estrutura, servindo também como
ponte para o criar a interação entre as habilidades em cada contexto.
1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)
Identificação de diferentes gêneros textuais, tais como: informativos,
narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de
remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, etc.
Identificação da idéia principal de textos. (skimming)
Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
Identificação de informações expressas em diferentes formas de
linguagem (verbal e não verbal).
Inferência de significados a partir de um contexto.
Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc
1.1. Foco lingüístico
Substantivos.
Adjetivos.
Pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos.
Verbo to be e there to be. (afirmativa, interrogativa e negativa).
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e
irregular de verbos mais comuns) e futuro com will.
Imperativo: afirmativa e negativa
Preposições (in, on, at, from, to…)
Advérbios de tempo, lugar e freqüência.
1.2. Vocabulário básico
saudações, apresentações, horas, família, partes do corpo, cores, dias da
semana, meses do ano, estações do ano, profissões, roupas, animais,
locais públicos, condições do tempo (rainy, sunny, windy, cloudy / cold,
hot, cool, warm), partes da casa, refeições, adjetivos, numerais
(cardinal e ordinal).
ENSINO MÉDIO
1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)
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Identificação de diferentes gêneros textuais tais como: informativos,
narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas
de remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, etc.
Identificação da idéia principal de textos. (skimming)
Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
Identificação de informações expressas em diferentes formas de
linguagem (verbal e não verbal).
Inferência de significados a partir de um contexto.
Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc
Inferência de significados das palavras a partir de um contexto. (cognatos,
etc...)
1.1. Foco Lingüístico
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e
irregular) e contínuo e futuro com will e going to, nas formas afirmativa,
interrogativa e negativa.
Comparativo e superlativo. (graus dos adjetivos)
Verbos Modais: Can, may, could, should, must.
Substantivos contáveis e incontáveis.
Some, any, no e derivados.
1.2. Vocabulário
O vocabulário relacionado aos temas abordados nas unidades de
estudo.
REFERÊNCIAS:
PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of Colonialism.
London: Routledge. 1999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da
Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do
Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar. 2005.
GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:
Línguas Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ.
Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do
Paraná: Língua Estrangeira Moderna
7.4. DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA :
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Vivenciamos nos últimos quinze anos a afirmação gradativa do
ensino da Educação Física numa perspectiva cultural e é a partir desse
referencial que se propõe essa disciplina como área de estudo da cultura
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humana, ou seja, que estuda e atua sobre o conjunto de práticas ligadas ao
corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao longo de sua história. Trata-se,
portanto, privilegiar nas aulas de Educação Física além da aprendizagem de
movimentos, a aprendizagem para e sobre o movimento.
Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ,
2005, p.10) os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a
humanização das relações sociais, considerando a noção de corporalidade,
entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das
manifestações corporais historicamente produzidas. Esse entendimento
permite ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos professores
de Educação Física, superando a dimensão meramente motriz de uma aula,
sem no entanto negar o movimento como possibilidade de manifestação
humana e, desse modo contemplar o maior número possível de manifestações
corporais explorando os conhecimentos já trazidos pelos educandos e a sua
potencialidade formativa.
Segundo Soares et al (1992, p. 50) a Educação Física é conceituada
como:
“(...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza
formas de atividades expressivas corporais como: o jogo, esporte,
dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de
conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Esses
conteúdos expressam um sentido/significado nos quais se
interpenetram.”
A partir desse entendimento a proposta para a disciplina de
Educação Física deve favorecer o estudo, a integração e a reflexão da cultura
corporal de movimentos, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e
transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir das atividades proposta em
beneficio da sua inserção social, levando-o a descobrir motivos e sentidos nas
práticas corporais que favoreçam o desenvolvimento de atitudes positivas,
contemplando assim todas as manifestações corporais e culturais, partindo da
realidade local para as diferentes culturas.
Cabe aos professores de Educação Física mediar o processo de
ensino-aprendizagem deflagrado nas aulas de Educação Física quanto à
construção de um ambiente que proporcione ao aluno a aprendizagem dos
conteúdos significativos para o seu processo de conhecimento e
desenvolvimento, incrementando sua capacidade para tomar decisões
relacionadas à atividade física, isto é, movimento corporal humano.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso
(jovens, adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, populações
do campo, entre outros) que não teve acesso ou não pode dar continuidade à
escolarização mesma por fatores, normalmente, alheios a sua vontade. Esses
educandos possuem uma gama de conhecimentos adquiridos em outras
instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e
socialização de saberes. O atendimento a esses alunos não se refere,
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exclusivamente, a uma determinada faixa etária mas a diversidade sóciocultural dos mesmos.
Se considerarmos que os educandos freqüentadores dessa
modalidade de ensino encontram-se em grande parte, inseridos no mundo do
trabalho, é importante que o trabalho pedagógico nas aulas de Educação
Física seja compatível com as peculiaridades dessa parcela de educandos.
Desse modo, a aprendizagem do movimento deve ceder espaço às práticas
que estejam direcionadas para e sobre o movimento, focalizando
preponderantemente aspectos relacionados ao desenvolvimento de atitudes
favoráveis à realização de atividades físicas e ao aprofundamento do
entendimento de conceitos relacionados a essas atividades.
Numa primeira aproximação, tendemos a nos precipitar na
constatação da incompatibilidade quase paradoxal de se relacionar a Educação
Física com adolescentes, adultos e até idosos na escolarização de Jovens e
Adultos. Se nos apoiarmos, por exemplo, nas práticas tradicionais que
enfatizam atividades como as “bicicletas” do futebol ou os saques “viagem ao
fundo do mar” do voleibol como referências absolutas das possibilidades de
movimento corporal humano e como tipos de conteúdo e de aprendizagem
presentes na Educação Física, de fato sua adequabilidade será mínima.
Podemos assumir, portanto, que o propósito da intervenção do
professor que atua no campo da Educação Física no contexto da EJA é
potencializar as possibilidades de participação ativa de pessoas com
demandas educacionais específicas, em programas com foco na atividade
física/movimento corporal humano. Outrossim, há que se considerar que a
sustentação para ações pedagógicas direcionadas ao processo de
escolarização dessas mesmas pessoas encontra-se em fase de construção,
carecendo ainda da produção de conhecimento capaz de contribuir para a
consolidação da participação da Educação Física nessa modalidade de ensino.
Duas questões essenciais precisam nortear e servir de eixo
orientador para o trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física com
jovens e adultos:
Quem são os alunos da EJA?
Como pode ser desenvolvida a Educação Física para esses alunos?
Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física
deverá valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas
manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a
corporalidade “entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto
das manifestações corporais historicamente produzidas” (PARANA, 2005),
considerando os três eixos norteadores do trabalho com a EJA que são a
cultura, o trabalho e o tempo1.
É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se
manifestem na prática pedagógica do educador, expressando idéias e ações
relacionadas a: seqüenciação (organização do conteúdo em função do tempo
escolar), comprometimento na condução do processo ensino-aprendizagem
(efetivação da aprendizagem dos conteúdos) e avaliação do trabalho
pedagógico (critérios de acompanhamento das conseqüências do processo
ensino-aprendizagem), conforme representados na figura 1:
1
Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do
Paraná (versão preliminar).
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Seqüênciação
Tempo
Cultura
Comprometimento
Trabalho
Avaliação
Figura 1: relação dos eixos tempo, cultura e trabalho com a intervenção pedagógica.
A Educação Física na Educação de Jovens e Adultos
representa importante possibilidade de contato dos educandos com a
diversidade da cultura corporal de movimento, sem perder de vista o papel da
EJA, que segundo KUENZER (apud PARANÁ, 2005, p. 28),
deve estar voltado para uma formação na qual os educandostrabalhadores
possam
aprender
permanentemente;
refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva;
participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma
solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;
enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez.
O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA
necessita de um levantamento junto aos mesmos, de como foram suas aulas e
experiências anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá
planejar o trabalho pedagógico. Outra perspectiva a ser considerada é o
trabalho com a cultura local, buscando a origem de suas práticas,
transformações e diferenças em cada região.
Desse modo, os conteúdos a serem abordados devem levar em
conta as características peculiares do perfil de educador dessa modalidade de
ensino, seja de caráter presencial ou semi-presencial. Os conteúdos que
apresentamos – constituintes da cultura corporal de movimento – devem ser
selecionados em função do projeto pedagógico elaborado pela escola,
considerando os interesses dos alunos observados nas interações iniciais com
o educador .
Vários são os princípios que abrangem o ensino da Educação
Física (BETTI, 2002), destacando-se: o Princípio da Inclusão que tem como
meta a participação e reflexões concretas e efetivas de todos os membros do
grupo, buscando reverter o quadro histórico da área de seleção entre
indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultando na valorização
exacerbada no desempenho e da eficiência, e conseqüentemente na exclusão
do educando .
O Princípio da Diversidade aplica-se à construção da
aprendizagem na escolha de objetivos e de conteúdos, que ampliem as
relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e o perfil
dos sujeitos da aprendizagem. Com isso pretende-se legitimar as
possibilidades de aprendizagem que se estabelece nas dimensões afetivas,
cognitivas, motoras e sócio-culturais dos alunos.
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Já no Princípio da Autonomia a relação com a cultura corporal de
movimento, não se dá naturalmente, mas é fruto da construção e do esforço
conjunto de professores e alunos através de situações concretas e
significativas. A busca da autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola
sobre o nosso objeto de ensino e aprendizagem. Essa autonomia significa a
possibilidade de construção pelo educando dos seus conceitos, atitudes e
procedimentos, ao invés de simples reprodução e memorização de
conhecimentos.
Tais princípios precisam estar presentes ao se buscar uma
aprendizagem significativa, entendida como a aproximação entre o
conhecimento do educando e o construído ao longo do tempo, não perdendo
de vista que os mesmos estão inseridos numa cultura e expressam uma
aprendizagem social regida por uma organização política e social.
O professor deve mediar o trabalho pedagógico para que o
educando compreenda o seu “eu” e o relacionar-se com o outro, a partir do
conhecimento do seu corpo, como instrumento de expressão e satisfação de
suas necessidades, respeitando experiências anteriores e dando-lhe condições
de adquirir e criar novas formas de expressão.
A avaliação proposta para a EJA entende a necessidade da
avaliação qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a avaliação da
aprendizagem clara e consciente, é entendê-la como processo contínuo e
sistemático de obter informações, de perceber progressos e de orientar os
alunos para a superação das suas dificuldades. Reforçando este pensamento
Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p. 44) diz que:
o professor que quer superar o problema da avaliação precisa a partir
de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o
sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do trabalho em
sala de aula; redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de
vista da forma como do conteúdo); alterar a postura diante dos
resultados da avaliação; criar
uma nova mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e
aos pais.
Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço para uma
nova visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não
deve ser um processo exclusivamente técnico que avalia a práxis pedagógica,
mas que pretende atender a necessidade dos educandos considerando seu
perfil e a função social da EJA, com o reconhecimento de suas experiências e
a valorização de sua história de vida. Isso torna-se essencial para que o
educador reconheça as potencialidades dos educandos e os ajude a
desenvolver suas habilidades para que os mesmos atinjam o conhecimento na
busca de oportunidades de inserção no mundo do trabalho e na sociedade.
A avaliação deverá portanto compreender formas tais como: a
linguagem corporal, a escrita, a oral, por meio através de provas teóricas, de
trabalhos, de seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando um
amplo conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e
objetivos que se quer alcançar. Devemos levar em consideração que educando
idosos, ou com menos habilidades, os com necessidades especiais e o grau
de desenvolvimento que possuem, bem como as suas experiências anteriores
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Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as
diferenças, a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os
educandos. Nesse sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do
desenvolvimento progressivo do aluno, respeitando suas individualidades.
Desse modo a avaliação não pode ser um mecanismo apenas para classificar
ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica, tomando os
erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu replanejamento.
Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja coerente e representativa
é fundamental que a relação entre os componentes curriculares se apóie em
um diálogo constante.
É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura
corporal de movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um autoconhecimento e uma análise possível das etapas já vencidas no sentido de
alcançar os objetivos propostos.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à
apreensão do desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades
corporais e à explicitação das suas significações objetivas. Os mesmos foram
estruturados de forma a garantir aprendizagens novas e significativas,
despertando o interesse e a atenção dos educandos a consciência da
necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades físicas ao longo da
sua vida, valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana é uma cultura
corporal, uma vez que o corpo realiza as intenções humanas” (FREIRE, 2003
p. 34).
Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e
práticas que contemplem:
- a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;
- a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na
proposição das praticas educativas;
- ensino com base na investigação e na problematização do
conhecimento;
- as diferentes linguagens na medida em que se instituem como
significativas na formação do educando;
- as múltiplas interações entre os diferentes saberes;
- articulação entre teoria, prática e realidade social;
- atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.
Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação do
trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos: saúde, esportes, jogos,
ginástica, dança e lazer.
Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como
investimento individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o
individual com o cultural, social e político. Ou seja, a saúde é um bem que se
adquire, além de, pelas atividades físicas e corporais, por intermédio de:
alimentação, saneamento básico, moradia, educação, informação
e
preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às condições
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mínimas para uma vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde
como uma construção que requer uma dimensão histórico-política e social.
O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes
“da escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá-lo no
currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como prática social, tema da
cultura corporal, devemos questionar suas normas resgatando os valores que
privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso da solidariedade e
respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o outro. Por isso
esse conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a criticá-lo,
promovendo a sua resignificação, e sua adaptação a realidade que a prática
cria e recria, colocando-o como um meio e não fim em si mesmo.
Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar atividades
prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o
exercício de reflexão sobre as relações entre as pessoas e os papéis que elas
assumem perante a sociedade, bem como a possibilidade de resgatar as
manifestações lúdicas e culturais.
O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do educando com
as experiências corporais diversificadas, seu caráter preventivo, modismo,
melhora da aptidão física, tem o objetivo de conscientizar os educandos de
seus possíveis benefícios, bem como os danos causados pela sua prática
inadequada ou incorreta.
A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o desenvolvimento,
conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o outro, cada gesto
representa sua história, sua cultura, como manifestação de vida, por meio de
um processo continuo de integração e relacionamento social.
O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do tempo
livre, com atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria,
socialização, conscientização clareza das necessidades e benefícios que serão
adquiridos e que contribuam para o seu bem estar físico, mental e social.
Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa,
prática ou teórica e poderão ser modificados de acordo com cada realidade.
Os conteúdos esporte, jogos, dança, lazer e ginástica são comuns ao Ensino
Fundamental e ao Ensino Médio, o conteúdo saúde mantêm a especificidade
de cada ensino.
CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
SAÚDE
(Ensino
Fundamental)
SAÚDE
(Ensino
Médio)
-
Definição de saúde.
Atividade física na produção de saúde.
Sedentarismo.
Postura.
Anabolizantes e suas conseqüências.
Controle de freqüência cardíaca.
Definição de saúde.
Obesidade.
Stresse.
Hábitos alimentares.
LER e DORT.
Ergonomia.
Ficaram
definidos
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Corpo do trabalhador e seus sacrifícios.
Controle de freqüência cardíaca.
Envelhecer com saúde.
Definições de esporte.
História e origem.
ESPORTES
(Ensino
Princípios básicos (fundamentos).
Fundamental
Táticas e regras.
e Médio)
Esporte como fenômeno global.
Atividades práticas.
Definição de jogo.
Aspectos históricos sociais.
JOGOS
Tipos de jogos: jogos cooperativos, jogos recreativos/
(Ensino
jogos lúdicos, jogos intelectivos, jogos de dramatização
Fundamental
e jogos pré-desportivos.
e Médio)
Diferentes manifestações culturais.
Atividades práticas.
- História e origem.
GINÁSTICA
- Tipos de ginástica: ginástica artística, ginástica rítmica,
(Ensino
ginástica laboral e ginástica de academia.
Fundamental
- Princípios básicos.
e Médio)
- Atividades práticas.
- História e origem
- Tipos de dança: danças folclóricas, danças circulares,
DANÇA
danças de salão, danças criativas.
(Ensino
Expressão
corporal/atividades rítmicas.
Fundamental
- Danças da cultura local.
e Médio)
- Atividades práticas.
LAZER
- Definição de lazer.
(Ensino
- Aproveitamento do tempo livre.
Fundamental
- Lazer e benefícios para saúde.
e Médio)
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<
7.5.DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
A Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento
humano. A sua origem remonta à antigüidade clássica greco-romana. Os
gregos conceberam a Matemática como um dos conteúdos da filosofia,
portanto, como um dos instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua
totalidade.
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Dessa forma, o educador além de dominar os conteúdos
matemáticos, deve também conhecer os fundamentos histórico-filósoficos da
Matemática, e ainda, o(s) processo(s) pelo(s) qual(is) o educando aprende;
aquisição do conhecimento.
Nesse sentido, é importante que o educador tenha conhecimento das
práticas pedagógicas que norteiam o ensino da Matemática na atualidade. Para
tanto, é necessário resgatar o processo educacional vivenciado,
especialmente, a partir da década de 60 do século passado.
O ensino da Matemática, desde então, tem sofrido alterações na sua
forma de organização e de conceber os conteúdos. Pode-se destacar as
seguintes fases: até meados de 1960, prevaleceu a chamada “Matemática
Tradicional”, em que predominava a valorização do conteúdo desvinculado da
prática e com ênfase na memorização de regras. Depois, surgiu o “Movimento
da Matemática Moderna”, cujo objetivo principal era a unificação dos vários
campos da Matemática, tais como, a Aritmética, a Álgebra e a Geometria. O
seu grande objetivo era o trabalho pedagógico por meio da linguagem dos
conjuntos, mas que ficou reduzida a um simbolismo exagerado a ser
memorizado pelo aluno.
Os membros da comissão do Movimento da Matemática Moderna,
por sua vez, assinalaram vários defeitos no currículo tradicional
difundido, afirmando a importância de se abandonar o conteúdo
tradicional em favor dos novos conteúdos, entre eles a álgebra
abstrata, a topologia, a lógica simbólica e a álgebra de Boole.
Vejamos como Morris Kline exemplifica, como sugestão, uma aula
de Matemática, nos moldes da Matemática Moderna:
“A professora pergunta:
― Por que 2 + 3 = 3 + 2 ?
― Porque ambos são iguais a 5 – respondem os alunos sem hesitar.
― Não, a resposta exata é porque a propriedade comutativa da
soma assim o sustenta.
― A segunda pergunta é: Porque 9 + 2 = 11 ?
Novamente os alunos se apressam a responder:
― 9 e 1 são 10 e mais um é 11.
― Está errado! – exclama a professora. – A resposta exata é que
pela definição 2,
9 + 2 = 9 + (1 + 1) [...] .
Vê-se, portanto, neste exemplo que as propriedades dos Números
Naturais, Teoria dos Conjuntos, se sobrepõe ao algoritmo da adição,
Aritmética, no mesmo conjunto numérico. No caso, essa
sobreposição faz com que a professora classifique as respostas
indicadas pelos alunos como erradas, e, logo a seguir, a mesma
reforça novamente a resposta correta através da propriedade
comutativa.(PETRONZELLI, 2002, pp.40-1)
Com o advento da Lei 5692/71, a ênfase passou a ser a metodologia,
justificada pela necessidade do aluno poder desenvolver toda sua
potencialidade, ou seja, valorizou-se a manipulação de materiais concretos,
relegando-se a segundo plano a fase de automação, priorizando-se o
atendimento à criança em sua fase de desenvolvimento, mas descuidando-se
da sistematização dos
conhecimentos matemáticos sócio-históricos
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acumulados pela humanidade. A grande dificuldade dos professores foi, então,
a passagem do concreto para o abstrato, o que é fundamental para a
matemática.
Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação entre
o conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma
relação dialética - teoria e prática - entre o conhecimento matemático aplicado
no processo de produção da base material de existência humana e as
manifestações teórico-metodológicas que estruturam o campo científico da
própria Matemática. Dessa forma, o ensino da Matemática deve ser concebido
de modo a favorecer as necessidades sociais, tais como: a formação do
pensamento dialético, a compreensão do mundo social e natural, a ciência
como obra decorrente do modo de cada sociedade - Grega, Feudal, Moderna –
produzir a vida.
Concebida desta forma, a Educação Matemática desempenhará um
papel fundamental na aquisição da reflexão filosófica por parte dos educandos,
isto é, da consciência crítica que supera o senso comum que toma a aparência
das coisas como sendo verdades absolutas, ou seja, a Matemática deve ser
vista, como uma ciência viva e dinâmica, produto histórico, cultural e social da
humanidade.
Ao revelar a Matemática como uma produção humana, demonstrando as
necessidades e preocupações das diferentes culturas em diferentes épocas e
ao relacionar os conceitos matemáticos de hoje com os construídos no
passado, o educador permite que o educando reflita sobre as condições e
necessidades que levaram o homem a chegar até determinados conceitos, ou
seja, o educador estará proporcionando no processo de ensino-aprendizagem
a reflexão da construção da sobrevivência dos homens e da exploração do
universo, dessa forma, estará caracterizando a relação do homem com o
próprio homem e do homem com a natureza.
O produto do desenvolvimento da humanidade pode ser demonstrado
através da historicidade. Isto indica que ao trabalhar nos bancos escolares a
abstração, o conhecimento sistematizado e teórico, o educando entenderá o
avanço tecnológico, a elaboração da ciência, a produção da vida em
sociedade.
Portanto, a abordagem histórica da matemática permite ao educando
jovem, adulto e idoso, compreender que o atual avanço tecnológico não seria
possível sem a herança cultural de gerações passadas. Entretanto, essa
abordagem não deve restringir-se a informações relativas a nomes, locais e
datas de descobertas, e sim ao processo histórico, viabilizando com isso a
compreensão do significado das idéias matemáticas e sociais.
Mas, além de compreender que o conhecimento matemático é sóciohistórico, faz-se necessário que o educando estabeleça relações entre os
elementos internos da própria Matemática - conteúdos escolares - e os
conceitos sociais.
Esse conhecimento prescinde de um tratamento metodológico que
considere a especificidade da Educação de Jovens e Adultos - EJA e deve
constituir o ponto de partida para todo o ensino-aprendizagem da Matemática,
ou seja, os educandos devem ter oportunidades de contar suas histórias de
vida, expor os conhecimentos informais que têm sobre os assuntos, suas
necessidades cotidianas, suas expectativas em relação à escola e às
aprendizagens em matemática.
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Embora, os jovens, adultos e idosos, com nenhuma ou pouca
escolaridade, dominem algumas noções básicas dos conteúdos matemáticos
que foram apreendidas de maneira informal nas suas vivências, a EJA tem a
função de transformar essas noções elementares, conceitos espontâneos, em
conceitos científicos, fazendo o educando dominar a Linguagem Matemática e
suas Representações, os Conceitos Matemáticos e Sociais, os Cálculos e os
Algoritmos, a História da Matemática e a Resolução de Problemas.
A compreensão e apreensão desses pressupostos metodológicos por
parte dos educandos e dos educadores, dão significado aos conteúdos
escolares a serem ensinados e estudados. Embora seja importante considerar
que esses significados também devem ser explorados em outros contextos,
como por exemplo, nas questões internas da própria Matemática e em
problemas históricos.
Desconsiderar esses pressupostos metodológicos na Educação de
Jovens e Adultos uma prática centrada no desenvolvimento do pensamento
linear e fragmentado, numa concepção de ciência imutável, estabelecendo
definitivamente o rompimento entre o lógico e o histórico, entre o conteúdo e as
formas, entre a teoria e a prática, entre a lógica formal e a lógica dialética, entre
a totalidade e as unidades, enfim, entre o mundo social e natural.
A Educação Matemática deve ter, então, os seus pressupostos bem
definidos e delimitados, uma vez que a teoria se desdobra em “prática
científica”:
Ao professor, como um profissional do ensino, é dada a
responsabilidade não só de dominar a teoria como a de inscrevê-la
no universo de um cotidiano que a justificaria(...). As abstrações
reunidas na teoria, organicamente dispostas em definições e
conceitos, devem transitar por um caminho inverso. O professor
precisa demonstrar a utilidade ou funcionamento do sistema teórico
no real. A teoria precisa transmutar-se em dados ou exemplos
concretos, que garantam, justifiquem ou expliquem o já defendido
(hipoteticamente) no discurso. Nesse sentido, a teoria precisa
desmembrar-se, na voz do professor, no relato de múltiplas
interações ou mediações que repõem o problema no rastro de sua
solução.(NAGEL, pp. 3-4, 2003) (Grifos nossos)
Nessa perspectiva, há de se considerar como ponto de partida a
construção do conhecimento, os saberes desenvolvidos no decorrer da
vivência dos educandos, que se manifestam em suas interações sociais e
compõem suas bagagens culturais, que são freqüentemente desconsiderados
na prática pedagógica da EJA. No entanto, a superação desses saberes e a
incorporação dos conceitos científicos são trabalhos que a escola deve planejar
e executar.
É importante enfatizar que, os conteúdos matemáticos quando
abordados de forma isolada, não são efetivamente compreendidos nem
incorporados pelos educandos como ferramentas eficazes para resolver
problemas e para construir novos conceitos, pois, é perceptível que o
conhecimento só se constrói plenamente quando é mobilizado em situações
diferentes daquelas que lhe deram origem, isto é, quando é transferível para
novas situações. Isto significa que os conhecimentos devem ser
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descontextualizados, abstraídos, para serem novamente contextualizados, isto
é, fazer a transposição didática.
Nesse sentido, a educação matemática para o educando jovem, adultos
e idoso deve ter como objetivo a reversão do atual quadro em que se encontra
o ensino da Matemática, ou seja, a definição dos conteúdos anteriormente
fragmentados deve ser visto em sua totalidade, sem o qual não é possível
querer mudar qualquer prática pedagógica consistente.
Dessa forma, é necessário que o ensino de Matemática e o seu
significado sejam restabelecidos, visto que, o ensino e a aprendizagem de
Matemática devem contribuir para o desenvolvimento do raciocínio crítico, da
lógica formal e dialética, da coerência e consistência teórica da Ciência – o que
transcende os aspectos práticos. Com isso faz-se necessário repensar o
ensino de Matemática, pois o processo de emancipação política e social da
humanidade estão diretamente ligados ao domínio do conhecimento. Ele é
parte constitutiva da elaboração do pensamento reflexivo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para dimensionar o papel da Matemática na formação do jovem, adulto
e idoso é importante que se discuta a natureza desse conhecimento, suas
principais características e seus métodos particulares, e ainda, é fundamental
discutir suas articulações com outras áreas do conhecimento.
As diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar
de lado a importância do conhecimento teórico, no entanto, é de fundamental
importância que o(a) educador(a) tenha clareza que, sem o qual, não é
possível mudar qualquer prática pedagógica de forma significativa. Com isso,
só se tem conseguido mudanças superficiais no que se refere à reposição de
conteúdos, por meio de estratégias metodológicas tradicionais que não levem
os educandos a uma transposição didática.
É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não assegura o
desenvolvimento da prática educativa consistente. É necessário garantirmos,
como dissemos anteriormente, a relação entre a teoria e a prática, entre o
conteúdo e as formas, entre o lógico e o histórico.
Portanto, é de suma importância que o educador se aproprie dos
encaminhamentos metodológicos do ensino da Matemática, e acrescente,
esses elementos a reflexão pedagógica da Educação de Jovens e Adultos.
Nessa perspectiva, a
contextualização do saber é uma das mais importantes noções pedagógicas que
deve ocupar um lugar de maior destaque na análise da didática contemporânea.
Trata-se de um conceito didático fundamental para a expansão do significado da
educação escolar. O valor educacional de uma disciplina expande na medida em
que o aluno compreende os vínculos do conteúdo estudado com uma
contextualização compreensível por ele(...). O desafio didático consiste em fazer
essa contextualização sem reduzir o significado da idéias matemáticas que deram
ao saber ensinado.” (PAIS, 2001, pp. 26-27).
De forma equivocada, a abordagem de determinados conceitos
fundamentais na construção do conhecimento matemático é muitas vezes
suprimida ou abreviada, sob a alegação de que não fazem parte do cotidiano
dos educandos. Tal concepção de ciência e de conhecimento viabiliza na
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escola uma visão reducionista da Matemática, cuja importância parece ficar
restrita a sua utilidade prática; ao pragmatismo.
Nesse contexto, a noção de contextualização permite ao educador uma
postura crítica priorizando os valores educativos, sem reduzir o seu aspecto
acadêmico (PAIS, 2001, p.27).
O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares, envolve
um desafio, que implica na identificação dos diversos campos da Matemática e
o seu objeto de estudo; processo de quantificação da relação do homem com a
natureza e do homem com o próprio homem.
No entanto, não devemos deixar de identificar os conteúdos escolares
matemáticos que são socialmente relevantes para a EJA, pois os mesmos
devem contribuir para o desenvolvimento intelectual dos educandos.
As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, versão preliminar, em seu
capítulo “Orientações Metodológicas”, aponta quatro critérios para a seleção de
conteúdos e das práticas educativas. São eles:
. a relevância dos saberes escolares frente à experiência social construída
historicamente.
. os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente junto
aos educandos.
. a organização do processo ensino-aprendizagem, dando ênfase às atividades
que permitem a integração entre os diferentes saberes.
. as diferentes possibilidades dos alunos articularem singularidade e totalidade no
processo de elaboração do conhecimento.
Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e
não um fim para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas
metodológicas sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que possam ser
alterados e adaptados às especificidades da comunidade escolar.
Nessa perspectiva, é de suma importância evidenciar que o ensinoaprendizagem de Matemática sejam permeados pela(os): História da
Matemática; Resolução de Problemas; Conceitos Matemáticos e Sociais;
Linguagem Matemática e suas Representações; Cálculos e/ou Algoritmos;
Jogos & Desafios. Estes elementos devem permear a Metodologia de Ensino
da Matemática, pois eles expressam a articulação entre a teoria e a prática,
explicitando no ato pedagógico a relação entre o signo, o significado e o
sentido dos conteúdos escolares nos diversos contextos sociais e históricos.
É importante enfatizar que a relação de conteúdos não deve ser seguida
linearmente, mas desenvolvida em conjunto e de forma articulada,
proporcionando ao educando a possibilidade de desenvolver a capacidade de
observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar justificar,
argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão
estimulados a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.
Os conteúdos matemáticos presentes no ensino fundamental, a serem
ensinados nas escolas de EJA, estão organizados por eixos. são eles: números
e operações, geometria, medidas e tratamento de informação, que
compreendem os elementos essenciais da organização curricular.
Os eixos e seus respectivos conteúdos deverão ser trabalhados de
forma articulada. esta relação pode ser viabilizada entre os eixos e/ou entre os
conteúdos.
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É importante ter clareza da especificidade de cada eixo, bem como, que
estes não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois, é na inter-relação
entre os conteúdos de cada eixo, entre os eixos de conteúdos e entre os eixos
metodológicos, que as idéias matemáticas ganham significado.
Os conteúdos matemáticos presentes no Ensino Médio, a serem
ensinados nas escolas de EJA, deverão propiciar o desenvolvimento de
conceitos: numéricos, algébricos, geométricos e gráficos e da mesma forma,
devem ser trabalhados como um conjunto articulado. Isso significa que o
tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques deve dar lugar a uma
abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas.
Nesse contexto, a avaliação em Matemática na EJA deve permitir ao
educador fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e
qualitativos da apreensão do conhecimento pelo educando, estabelecendo
inter-relações entre o conhecimento matemático e o contexto social.
É fundamental que a avaliação seja coerente com a metodologia
utilizada pelo educador, bem como, com os objetivos que se pretende alcançar,
visto que, esta tem a finalidade de fornecer informações do processo de
desenvolvimento do educando - a ele mesmo e ao educador. Essas
informações permitem ao educador, uma reflexão crítica sobre a sua prática
pedagógica, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas
dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para
superar os obstáculos, uma vez que os educandos possuem diferentes tempos
de aprendizagem.
O processo avaliativo deve ser um recurso pedagógico, que considera
erros e acertos como elementos sinalizadores para seu replanejamento, ou
seja, toma o erro como ponto de partida para rever caminhos, para
compreender e agir sobre o processo de construção do conhecimento
matemático.
No que se refere à avaliação em matemática, considerando o perfil do
educando jovem, adulto e idoso, pontua-se alguns indicativos a serem
contemplados pelos educadores:
- considerar todas as formas de raciocínio, ou seja, os
procedimentos/métodos utilizados pelo educando para resolver
uma determinada situação-problema;
- resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação
matemática, pois, mesmo que este não esteja de acordo, ele
pode ter utilizado-se de métodos coerentes, equivocando-se em
apenas parte do processo de desenvolvimento do raciocínio
matemático.
- erro deve ser considerado como ponto de partida para rever
caminhos, compreendendo todo o processo de construção do
conhecimento matemático.
Portanto, a avaliação da aprendizagem matemática considerada como
mecanismo diagnóstico, deverá englobar todas as instâncias que compõem a
escola: currículo, planejamento, metodologia, conteúdos, o educando, o
educador e a própria escola.
Entendida como processo, a avaliação deverá possibilitar uma constante
elaboração e reelaboração não só do conhecimento produzido, mas da ação
pedagógica como um todo.
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ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL
Números e Operações
Construção do conceito de número (IN, Z, Q, I e R): classificação e
seriação.
Conjuntos numéricos: abordagem histórica.
Algoritmos e operações.
Raciocínio Proporcional.
Porcentagem.
Grandezas diretas e inversamente proporcionais.
Regra de três.
Juros simples e composto.
Expressar generalizações sobre propriedades das operações aritméticas.
Potenciação e radiciação.
Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem
algébrica e vice-versa.
Operações com monômios e polinômios.
Equações de 1º e 2º graus.
Sistema de equações de 1º grau – com duas variáveis.
Cálculo Mental e Estimativa.
Geometria
Conceitos de: direção e sentido; paralelismo e perpendicularismo.
Reconhecimento dos sólidos (faces, arestas e vértices).
Classificação dos sólidos (poliedros e corpos redondos).
Conceituação dos poliedros.
Identificar poliedros e polígonos:
cubo – quadrado.
paralelepípedo – retângulo.
pirâmide – triângulo.
Trabalhando a relação de figuras espaciais e percepção espacial.
Noção de planificação (espaço para o plano).
Planificação – construção das figuras espaciais (plano para o espaço).
Identificar - faces, arestas e vértices.
Identificar figuras planas.
Classificação dos polígonos.
Ângulos - construção
Soma dos ângulos internos de um polígono.
Classificação de triângulo quanto aos lados e ângulos.
Ampliação e redução de figuras (percepção e criatividade).
Ângulos notáveis (articulado com simetria e a construção de gráficos de
setores).
Relações entre figuras espaciais e planas.
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Decomposição e composição de figuras.
Congruência e semelhança: figuras planas, triângulos.
Simetria (conceitos/aplicações).
Teorema de Tales.
Teorema de Pitágoras.
Medidas de
Tempo: calendário, relógio e relações com o sistema de numeração
decimal
uso das medidas de tempo e conversões de Temperatura (Corporal
e Climática).
Sistema Monetário e sua relação com SND.
conversões e relação entre as principais moedas: real, dólar, euro,
pesquisa de mercado.
Medidas de:
- ângulos.
- comprimento.
- superfície.
- capacidade.
- volume.
Razão entre áreas de figuras semelhantes.
Perímetro e área de figuras planas.
Cálculo de volume de alguns sólidos geométricos.
Medidas de Massa.
Tratamento de Informação
Probabilidade: experimentos e situações-problema.
Estatística: problematização, coleta, organização, representação e análise de
dados
Medidas de posição.
Análise Combinatória: agrupamentos e problemas de contagem.
Porcentagem, linguagem gráfica com análise quantitativa.
ENSINO MÉDIO
Números e Álgebra
Organização dos Campos Numéricos.
Razão e Proporção.
Regra de três simples e composta.
Possibilidade de diferentes escritas numéricas envolvendo as relações
entre as operações:
números decimais em forma de potência de 10, notação
científica e potências de expoente negativo.
Radicais em forma de potência.
A potenciação e a exponenciação.
Propriedades da potenciação.
A linguagem algébrica: fórmulas matemáticas e as identidades
matemáticas.
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Decodificação, codificação e verificação de equações de 1º e 2º graus.
Sistema de Equações (com duas variáveis).
Funções
Função afim.
Função quadrática.
Seqüências.
Progressão Aritmética.
Progressão Geométrica.
Noções de:
- Matrizes;
- Determinantes;
- Sistemas Lineares (3x3).
Geometria e Trigonometria
Relações entre formas:
- espaciais e planas;
- planas e espaciais.
Representação geométrica dos números e operações.
Geometria Espacial e Plana:
-
Relações entre quadriláteros quanto aos lados e aos ângulos, paralelismo e
perpendicularismo.
Congruência e semelhança das figuras.
Propriedades de lados, ângulos e diagonais em polígonos.
Ângulos entre retas e circunferências e ângulos na circunferência.
Reta e plano no espaço, incidência e posição relativa.
Sólidos geométricos: representação, planificação e classificação.
Cilindro, cone, pirâmide, prismas e esfera.
Cálculo de volumes e capacidades.
Geometria Analítica:
o ponto (distância entre dois pontos e entre ponto e reta)
a reta (distância entre retas)
a circunferência.
Trigonometria:
Ângulos, processo de triangulação, triângulo retângulo, semelhança de
triângulos.
As razões trigonométricas e o triângulo retângulo.
Leis do seno e coseno.
Tangente como a razão entre o seno e o coseno.
Construção de tabelas de senos, cosenos e tangentes de ângulos.
Cálculos de perímetros e áreas de polígonos regulares pela trigonometria.
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Ciclo Trigonométrico – Trigonometria da 1ª volta.
Gráfico de funções trigonométricas.
Tratamento de Informação
Estatística:
- Gráficos e tabelas
- Medidas e tendência central
- Polígonos de freqüência
- Aplicações
- Análise de dados
- Sistematização da contagem:
- Princípio multiplicativo;
- Análise Combinatória;
- Probabilidade:
- Probabilidade de um evento;
- União e intersecção de eventos;
- Probabilidade condicional
- Relação entre probabilidade e estatística
Noções de Matemática Financeira:
-
Porcentagem;
Juro composto;
Tabela Price (aplicação e construção).
REFERENCIAS
Matemática: livro do estudante: ensino fundamental/coordenação Zuleika
de Felice Murrie. – Brasília: MEC: INEP, 2002
Matemática: matemática e suas tecnologias: livro do professor: ensino
fundamental e médio/ coordenação Zuleika de Felice Murrie. – Brasília:
MEC: INEP, 2002
BICUDO, M. A. V. e GARNICA, ª V. M. Filosofia da educação
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BOYER, C. B. História da matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São
Paulo> Edgard Blucher, 1974
BRASIL, Ministério da Educação. Secretária de Educação Fundamental,
2002 – Proposta Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo
segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série: introdução.
DUARTE, Newton. O ensino de matemática na educação de adultos.
São Paulo: Cortez, 1994.
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103
FONSECA, Maria da Conceição F.R. Educação Matemática de Jovens
e Adultos: especificidades, desafios e contribuições. Belo Horizonte:
Autêntica, 2002.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
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MATO GROSSO DO SUL, Secretária de Estado de Educação. Subsídios
de matemática. V, 8ª: 1 ed. Campo Grande: 2000.
MIORIM, Maria Ângela. Introdução à história da matemática. São
Paulo: Graal, 1973.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação de jovens e adultos no Estado do Paraná – DCE. Versão
preliminar. Jan/2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares do
Ensino Fundamental no Estado do Paraná – DCE. Versão preliminar.
Jan/2005.
PAIS, L. C. Didática da matemática – uma análise da influência
francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
SMOLE, K. S., DINIZ, M. I. Ler escrever e resolver problemas. Porto
Alegre: ARTMED, 2001.
NAGEL, Lízia Helena. Em questão: profissionalismo no ensino.
Maringá: UEM, 2003(texto digitado)
PETRONZELLI, Vera Lúcia Lúcio. Educação Matemática e a aquisição
do conhecimneto matemático: alguns caminhos a serem trilhados,
2002. (Dissertação de Mestrado, UTP) 166p.
7.6.DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo
com suas Diretrizes Curriculares e em consonância com as discussões
realizadas com os professores da rede pública estadual de ensino, apresenta
os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências,
que norteiam a elaboração da proposta curricular desta disciplina.
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade
absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e
aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo
tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos
conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que
desenvolva a capacidade dos educandos de buscar explicações científicas
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104
para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento
científico.
É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus
contextos e valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de
Ciências no contexto escolar. Para tanto,
“deve-se reconhecer que a ciência é diferente da disciplina escolar ciências. A
ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu
objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o desconhecido. No
entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto de
procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás planejados,
para que o estudante possa entender o que é conhecido. A ciência sabe como
procurar mas não conhece resultados de antemão. O ensino, ao contrário,
conhece muito bem quais são os objetivos a encontrar, mas as discussões de
como proceder para alcançá-los apontam para diferentes caminhos. Existe
portanto uma diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento em
congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas
desse conhecimento para ser utilizado na escola por professores e alunos”.
(BIZZO, 2002, p.14)
Nessa perspectiva, a disciplina de Ciências tem como fundamento o
conhecimento científico proveniente da ciência construída historicamente pela
humanidade.
Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história
podem ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento,
revelando a importância da Química, da Física, da Biologia, da Astronomia e
das Geociências, que se complementam para explicar os fenômenos naturais e
as transformações e interações que neles se apresentam.
Os fenômenos não são explicados apenas por um determinado
conhecimento, portanto, é importante estabelecer as relações possíveis
entre as disciplinas, identificando a forma com que atuam e as dimensões
desses conhecimentos, pois o diálogo com as outras áreas do conhecimento
gera um movimento de constante ampliação da visão a respeito do que se
estuda ou se conhece.
Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências na EJA é a
reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das
relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas, assim
como, a responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais
de maneira sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ele
pertencemos.
O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que
deve ser discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando possa
compreender as mudanças ocorridas no contexto social, político e
econômico e em outros meios com os quais interage, proporcionando-lhe
também o estabelecimento das relações entre o conhecimento trazido de
seu cotidiano e o conhecimento científico e, partindo destas situações,
compreender as relações existentes, questionando, refletindo, agindo e
interagindo com o sistema.
Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no
cotidiano das pessoas, já não pode ser ignorada no ensino de Ciências, e sua
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105
ausência aí é inadmissível. Consideram-se, ainda, os efeitos da ciência/tecnologia
sobre a natureza e o espaço organizado pelo homem, o que leva à necessidade
de incluir no currículo escolar uma melhor compreensão do balanço benefíciomalefício da relação ciência-tecnologia (DELIZOICOV; ANGOTTI;
PERNAMBUCO, 2002, p.68-69).
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento
científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o
ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e
processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se
faz necessário possibilitar ao educando perceber os aspectos positivos e
negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de forma
consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética
e os valores sociais, morais e políticos que sustam a vida.
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como ponto
de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações
com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.
As Ciências Naturais são compostas de um conjunto de explicações com
peculiaridades próprias e de procedimentos para obter essas explicações sobre a natureza e
os artefatos materiais. Seu ensino e sua aprendizagem serão sempre balizados pelo fato de
que os sujeitos já dispõem de conhecimentos prévios a respeito do objeto de ensino. A base de
tal assertiva é a constatação de que participam de um conjunto de relações sociais e naturais
prévias a sua escolaridade e que permanecem presentes durante o tempo da atividade escolar
(DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p.131).
Dessa forma, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de
Ciências na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos
prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão
e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto
da ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu
tempo e espaço e, no estudo na disciplina de Ciências, como uma das formas
de resgate e de construção de melhores possibilidades de vida individuais e
coletivas, há que se optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem
adequada à realidade do educando da EJA, em consonância com as Diretrizes
Curriculares Estaduais propostas para esta modalidade de ensino. Segundo
RIBEIRO (1999, p.8),
“criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização
tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme
desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica
um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará
decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios
didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos,
considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação
de jovens e adultos”.
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Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos
educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou
seja, que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais
amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a
realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na
sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve
partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu
tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando
- que o educador é mediador e estimulador do processo,
respeitando, de forma real, como ponto de partida, o conjunto de
saberes trazidos pelos educandos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do
educando, ainda, o tempo pedagógico e o tempo físico;
- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento
científico.
Nesse aspecto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de
Ciências de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao
educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos dos conteúdos com as
diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa
contextualização pode acontecer a partir de uma problematização, ou seja, em
lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A
essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário
transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode
deixar de ser dissipada" (SAVIANI, 1993, p.26). As dúvidas são muito comuns
na disciplina de Ciências, devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o
problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em
realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua
aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina
de Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba
o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua
linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse
processo.
É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador,
que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o
olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.
A busca de soluções para as problematizações constitui-se em
referência fundamental no ensino de Ciências. Quando elaborada individual ou
coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos
educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar
que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual,
respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.
Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos e
práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza
o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes,
situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso
do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de
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107
materiais do cotidiano, assim como lugares alternativos, situações ou eventos
para se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e
práticas realizadas em laboratório deve ser vistas como uma atividade comum
e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser
acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),
é importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento
essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom
aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não
dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais
são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É
comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação
encontrada pelos alunos.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização
do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal
forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do
livro didático, BIZZO (2002, p. 66), propõe
que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se
fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível
diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de
forma adequada à realidade dos alunos.
Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar
aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos.
Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem
diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre
os diversos saberes, estimular a autonomia intelectual dos mesmos, através da
criticidade, do posicionamento perante as situações-problemas e da busca por
mais conhecimentos. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida
seqüência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a
relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a coerência dos
mesmos no processo educativo.
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de
desenvolver a reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do
conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do
conhecimento deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do
caminho metodológico percorrido pelo educando e, principalmente, pelo
educador.
O ensino de Ciências na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo
tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o
processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições
de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque
metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial
valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o
educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção
do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Partindo da idéia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de
saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de
resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer
relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá
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108
possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de
pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou
classificatório, deve-se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos
educandos da EJA em todos os seus aspectos, oportunizando-lhe o acesso e a
permanência no sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador,
quanto da comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos,
suas histórias de vida e suas trajetórias no processo educativo, visto que, cada
um seguirá seu próprio caminho, dentro dos seus limites. Portanto, a avaliação
tem como objetivo promover
um diálogo constante entre educador e
educandos, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua
exclusão do processo educativo.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
É indispensável que a organização dos conteúdos da disciplina de
Ciências na proposta curricular esteja vinculada ao espaço e ao tempo de
estudo dos educandos e à experiência cotidiana destes, procurando apresentar
os conteúdos como instrumentos de melhor compreensão e atuação na
realidade.
Ao pensar nessa organização, o educador deve priorizar os conteúdos
que possam ter significado real à vida dos educandos, possibilitando-lhes a
percepção das diversas abrangências sobre um determinado fenômeno. Dessa
forma, o ensino de Ciências não pode se restringir apenas ao livro didático ou
ao material de apoio. “A seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele pode
produzir uma unidade de ensino que não existe no livro ou deixar de abordar
um de seus capítulos, pode realizar retificações ou propor uma abordagem
diferente” (BIZZO, 2000, p.66).
Considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação de
Jovens e Adultos e as especificidades desta modalidade de ensino,
principalmente no que tange ao tempo de ensino do educador e o tempo de
aprendizagem dos educandos, a proposta de conteúdos essenciais da
disciplina de Ciências, contempla:
Universo.
Sistema Solar.
Planeta Terra.
Matéria e Energia.
Materiais, Átomos e Moléculas.
Ligações, Transformações e Reações Químicas.
Tipos de Energia, Movimentos, Leis de Newton.
Calor, Ondas, Luz, Eletricidade e Magnetismo.
Água, Ar e Solo.
Desequilíbrios Ambientais.
Biosfera.
Ecossistemas.
Seres Vivos.
Organismo Humano.
Saúde e Qualidade de vida.
Biotecnologia.
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109
Ciência, Tecnologia e Sociedade.
REFERÊNCIAS
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BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em Ciências.
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CANIATO, R. O céu. São Paulo: Ática, 1990.
_____. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
_____. A terra em que vivemos. Campinas: Papirus, 1985.
CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí: Editora
Unijuí, 1994.
_____. Para que(m) é útil o ensino? Canoas: Editora da ULBRA, 1995.
_____.A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994.
CHASSOT, A. I. & OLIVEIRA, R. J. (Org.) Ciência, ética e cultura na
educação. São Leopoldo: Unisinos, 1998.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências.
São Paulo: Cortez, 1992.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. .A.; PERNAMBUCO, M. A. Ensino de
Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
GASPAR, Alberto. Experiências de
Fundamental. São Paulo: Ática, 2003.
Ciências
para
o
Ensino
GIL-PEREZ, D. & CARVALHO, A. M. P. Formação de professores de
ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez.
HAMBERGER, A. I. & LIMA, E.C. A. S. Pensamento e ação no ensino
de ciências. São Paulo: Instituto de Física, 1989.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo:
EPU/USP, 1987.
OLIVEIRA, Renato José de. A escola e o ensino de ciências. São
Leopoldo: Unissinos, 2000.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da
educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação &
Sociedade. v.20, n. 68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999.
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
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SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. São
Paulo: Cortez, 2001.
SAVIANI, Dermeval. A filosofia na formação do educador. In: _______.
Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores
Associados, 1993, p.20-28.
STENGERS, Isabelle. Quem tem medo da ciência? São Paulo:
Siciliano, 1989.
7.7.DISCIPLINA DE BIOLOGIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo
com suas Diretrizes Curriculares e em consonância com o documento
apresentado como a segunda proposta preliminar das Diretrizes Curriculares
Estaduais para o ensino Médio de Biologia da Rede Estadual de Ensino do
Paraná, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do
ensino de Biologia, que norteiam a elaboração da proposta curricular desta
disciplina.
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade
absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e
aprendizagem da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo
tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos
conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que
desenvolva a capacidade dos educandos em buscar explicações científicas
para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento
científico.
É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos
e valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no
contexto escolar.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta
Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o
fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno
se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer
no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismos no seu
meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos
constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais
componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a
transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo
tempo, transformadas e transformadoras do ambiente”.
Nas Diretrizes, ainda, afirma-se que “ao longo da história da humanidade
várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de
modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas
explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa.
Elementos da História e da Filosofia tornam possível, aos alunos, a
compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção
científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É possível verificar
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111
que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está
associada a seu momento histórico.”
As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram
que “o conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão
de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao
aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam
em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica
dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se
comporta e a vida se processa. Sabe-se que desde o surgimento do planeta
Terra, a espécie humana, ou Homo sapiens, não foi o ser predominante, e
muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos
que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de
humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem
criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas as demais
formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos
espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início das atividades
agrícolas”.
Ressaltam também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos
articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres
humanos, enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social,
reconhecerem suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a
natureza (...) É preciso que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência,
enquanto espécie, depende do equilíbrio e do respeito a todas as formas de
vida que fazem do planeta o maior ser vivo conhecido”.
É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento
científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o
ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e
processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se
faz necessário que perceba os aspectos positivos e negativos da ciência e
da tecnologia, para que possa atuar de forma consciente em seu meio social
e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e
políticos que sustentam a vida.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de partida
para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o
mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.
Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia- Ensino
Médio – SEED-PR, “ na escola, a Biologia deve ir além das funções que já
desempenha no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens
instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou
indiretamente sua perspectiva de futuro”.
As Diretrizes, ainda, consideram que
para a discussão de todas estas características socioambientais e do papel
do ensino formal de Biologia, as relações estabelecidas entre professoraluno e aluno-aluno são determinantes na efetivação do processo ensinoaprendizagem, e para isto, há necessidade de leitura e conhecimento sobre
metodologia de ensino para que as aulas de Biologia sejam dinâmicas,
interessantes, produtivas, e resultem em verdadeira aprendizagem.
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112
Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar
fatos e fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos,
econômicos e ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No
ensino de Biologia, diferentes metodologias podem ser utilizadas com este
propósito. A metodologia de investigação, por exemplo, permite ao aluno
investigar a realidade buscando respostas para solucionar determinados
problemas”.
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto
da ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu
tempo e espaço e, ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de
construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que
se optar por uma metodologia de ensino e aprendizagem adequada à realidade
do aluno da EJA. Segundo RIBEIRO (1999, p.8),
criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização
tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme
desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica
um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará
decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios
didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos,
considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação
de jovens e adultos.
Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos
educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou
seja, que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais
amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a
realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na
sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve
partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu
tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando
- que o educador é mediador e estimulador do processo,
respeitando, de forma real, como ponto de partida o conjunto
de saberes trazidos pelos educandos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do
educando, o tempo pedagógico e o físico, visto que os mesmos
interferem na sua “formação” científica;
- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento
científico.
Nesse contexto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de
forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando
jovem e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as
diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa
contextualização pode-se dar a partir de uma problematização, ou seja, em
lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A
essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário
transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode
deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.26)”. As dúvidas são muito comuns
na disciplina de Biologia, devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o
problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em
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113
realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua
aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina
de Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba
o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua
linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse
processo.
É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador,
que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o
olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.
A busca de soluções para as problematizações constitui-se em
referência fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou
coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos
educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar
que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual,
respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.
Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e
práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza
o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes,
situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso
do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de
materiais do cotidiano, assim como espaços alternativos, situações ou eventos
para se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e
práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade
comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser
acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),
é importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento
essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom
aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não
dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais
são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É
comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação
encontrada pelos alunos.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização
do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal
forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do
livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um
dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao
professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria
realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à
realidade dos alunos.
Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar
aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos.
Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem
diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre
os diversos saberes, estimular a autonomia intelectual. Os conteúdos podem
ser organizados sem a rígida seqüência linear proposta nos livros didáticos.
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114
Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade dos mesmos, bem
como a coerência dos mesmos no processo educativo.
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de
desenvolver a reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do
conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do
conhecimento deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do
caminho metodológico percorrido pelo educando e, principalmente, pelo
educador.
O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo
tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o
processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições
de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque
metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial
valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o
educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção
do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Partindo da idéia de que a metodologia deve estar respeitando o
conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico
no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo
estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador
terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na
forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do
processo.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou
classificatório, visto que o ensino de Biologia deve respeitar e valorizar a
realidade do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles
que deram origem à sua exclusão do processo educativo.
CONTEÚDOS – BIOLOGIA ENSINO MÉDIO
A proposta de sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do
currículo da disciplina de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA,
fundamenta-se nas “Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR.
É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares
da disciplina de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades
e o perfil dos educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEEDPR.:
os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina
que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um
corpo estruturado de saberes construídos e acumulados historicamente e que
identificam a disciplina como um campo do conhecimento. Dentro da perspectiva
dos conteúdos escolares como saberes, o termo "conteúdo" não se refere apenas
a fatos, conceitos ou explicações destinados aos alunos para que estes
conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério
que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo
não se restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como conhecimento
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válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura
particular em um determinado momento histórico, entra em cena.
Segundo as Diretrizes,
estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer uma análise
desse momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância
e abrangência dos conhecimentos que se pretendem serem desenvolvidos nessa
modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais
didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus
objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no Ensino Médio deve
ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de
ensino e da disciplina em questão. Não se trata de estabelecer uma lista de
conteúdos em detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação
arbitrária. Referimo-nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a
construção de uma visão de mundo; outros práticos e instrumentais para a ação, e
ainda aqueles que permitem a formação de um sujeito crítico.Precisaremos
estabelecer conteúdos básicos que, por sua abrangência, atendem às realidades
regionais e, ao mesmo tempo garantem a identidade da disciplina.
Na proposta, elaborada a partir das discussões com os professores
do Ensino Médio Regular, propõe-se ampliar a integração entre os conteúdos
básicos, destacando os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que
vão ser trabalhados por meio dos conhecimentos científicos referenciados na
prática.
A sugestão de conteúdos básicos estão descritos a seguir:
ORGANIZAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO
DOS SERES VIVOS
Organização celular
e molecular:
- membrana,
- citoplasma e
núcleo
- divisão celular
- tecidos
Os seres vivos e o
Ambiente
Saúde
BIODIVERSIDADE
Biomas terrestre e
Aquáticos
Ecossistemas
Ciclos
Biogeoquímicos
Desequilíbrio
ambiental urbano e
rural
PROCESSO DE
MODIFICAÇÃO DOS
SERES VIVOS
IMPLICAÇÕES
DOS AVANÇOS
BIOLÓGICOS NO
CONTEXTO DA
VIDA
Origem e evolução da
Ciência e saúde
Vida
Origem das espécies
Genética,
Embriologia,
Fisiologia comparada
Pesquisas
científicas
Biológicas
Bioética
Biotecnologia
Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino
Médio – SEED-PR, há a justificativa para a organização e distribuição dos
Conteúdos básicos, descrita a seguir:
Os Conteúdos básicos de Biologia ao mesmo tempo agrupam as diferentes áreas da
Biologia e proporcionam um novo pensar sobre como relacioná-los sem que se perca
de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio. A nova proposta pretende
modificar a estrutura firmada pela trajetória que o ensino de Biologia vem atravessando
nestas últimas décadas. Estabelece os conteúdos básicos e um novo olhar de forma a
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116
relacioná-los com seus conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal
e horizontal, procurando uma lógica dialética que leve o professor a integrá-los e
relacioná-los de maneira que o aluno não tenha mais uma visão fragmentada da
biologia.
Organização e distribuição dos seres vivos
O estudo acerca da organização dos seres vivos iniciou-se com as
observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza.
Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert Hooke
século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie von Leewenhoeck,
o mundo microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da
Ciência e da Tecnologia.
A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias
sobre o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as
estruturas celulares. Como exemplos desta influência têm-se o estudo da
anatomia das células das plantas pelo holandês Jan Swammerdam e, o
aperfeiçoamento das Teorias Evolucionistas ambas no séc. XVII.
No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian
Heineich Pander e o estoniano Karl Ernst von Baer desenvolveram estudos
sobre a embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria
Celular. Hugo von Mohl descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da
célula; Walther Fleming estudou o processo de mitose nos animais e Eduard
Strasburger estudou este processo nas plantas.
Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS, 1998, p
255)
.. a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito básicos:
uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de
todos os fenômenos de um ser vivo requer um conhecimento dos níveis
moleculares subjacentes.
Justifica-se este conteúdo básico por ser a base do pensamento
biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a
distribuição dos seres vivos na Natureza, o que proporcionará ao aluno
compreender a organização e o funcionamento dos fenômenos vitais e
estabelecer conexões com os demais conteúdos básico da disciplina.
Biodiversidade
A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de
caçar para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades
vitais, fizeram com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza.
Tem-se registros deste conhecimento biológico empírico das atividades
humanas, através das representações de animais e plantas nas pinturas
ruprestes realizadas nas cavernas e também de alguns manuscritos deixados
pelos Babilônios por volta do ano 1800 a.C.
A organização dos seres vivos começou a ser registrada em
documentos com o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através
de suas observações ele escreveu o livro “As Partes dos Animais”. Seu
discípulo Teofasto deteve-se mais aos estudos das plantas, iniciando uma préclassificação dos vegetais agrupando-as em espécies afins. Pelos seus
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117
estudos detalhados dos órgãos vegetais e descrição dos tecidos que as
formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal.
Percebe-se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a
botânica, não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade
de observação.
Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que
seria conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual
sua utilidade para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres
vivos.
Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações
decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades
agrícolas, de manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a
destruição das espécies de animais e vegetais, a construção de cidades em
lugares impróprios para habitação, como também, a influência da tecnologia
em nosso cotidiano. Esclarecer que ao estudar a Biodiversidade estaremos
diante de grandes desafios diante do progresso científico
O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade
biológica deve ser compreendido pelos alunos, não só como análise de
espécimes mas entendendo que a observação e sistematização do observado
é uma atividade científica relevante que se consolida nos sistemas de
classificação e na taxionomia. (KRASILCHIK,2004)
Processo de modificação dos seres vivos
No século XVII com a invenção do microscópio pelo holandês Antonie
van Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia chamada celular e molecular
tiveram um grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi
examinou grande quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke
descobriu a estrutura celular, e os primeiros micoorganismos, inicialmente
denominados animáculos, foram observados (ROSSI, 2001).
Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do
microscópio, inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da
vida, colocando à prova teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração
Espontânea. Diferentes idéias transformistas foram se consolidando entre os
cientistas, mas o grande marco para o mundo científico e biológico foi a
publicação do livro “Origens das Espécies” de Charles Darwin, no século XIX.
Foi também, na mesma época que Louis Pasteur, demonstrou o papel
desempenhado pelos microorganismos no desenvolvimento de doenças
infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação.
No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi
possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material
químico que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação
do DNA, que permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias
como a insulina, através de bactérias; criação de cabras que produzem
remédios no leite; criação de plantas com toxinas contra pragas e, de porcos
com carne menos gordurosa. Além disso, a terapia gênica tem sido bastante
estudada com fins de eliminar doenças geneticamente transmitidas.
A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que
podem transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de
nós mesmos. Daí a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento
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a todas as pessoas, para que elas possam opinar e criticar a utilização dessas
técnicas, uma vez que o controle delas e a aplicação destas descobertas
científicas são função importante da própria sociedade.
Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida
Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia
molecular alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna
cada vez mais efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar
substancialmente um vírus, bactérias, plantas, animais e os próprios seres
humanos. (SIDEKUM, 2002)
Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa
atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que
realmente podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos
proporcionam um enorme conhecimento sobre a natureza, nos colocando
muitas vezes acima dela.
É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de
suas implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no
caso, de biologia, possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e
preservação do ambiente que indiretamente influenciam suas vidas.
A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a
divisão entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em
que estes podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a
produção industrial ou a tecnologia tradicionalmente usada em sua
comunidade. A busca das raízes científicas destas tecnologias tradicionais e de
maneiras de aprimorá-las, a fim de que melhor sirvam à necessidade de elevar
a qualidade de vida é uma forma de vincular o ensino à realidade em que vive
o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186)
Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação
genética do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da
tecnologia (biotecnologia) e as perspectivas de mudanças de valores morais.
Para CHAUÍ, 1995, “nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso
senso moral” e movidos pela sensibilidade, somos capazes de reagir, de
questionar, de nos manifestar contra ou a favor de determinadas atitudes para
procurar esclarecer ou resolver problemas.
Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram
dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso senso
moral, nossa consciência moral, “... pois exigem que decidamos o que fazer,
que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas
decisões e que assumamos todas as conseqüências delas, porque somos
responsáveis por nossas decisões”. (CHAUÍ, 1995).
Caberá ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e
auxiliar o aluno na análise “à luz dos princípios, regras e direitos alternativos,
além de levar em conta a avaliação intuitiva do aluno” (KRASILCHIK, 2004).
REFERÊNCIAS
BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez 2002,
p.19
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vol.27,n.º
01.
Edição
2002,
disponível
em
www.ufsm.br/ce/revista/index.htm
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7.8. - DISCIPLINA DE FÍSICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DA FÍSICA
Os princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da
disciplina de Física para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, baseiam-se
na Fundamentação Teórico-Metodológica, contida na parte da “Introdução” das
“Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar - Ensino Médio”, da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR.
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de
pesquisas por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto.
Parece haver um certo consenso que "... a preocupação central tem estado na
identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a
questão emergente na investigação dos pesquisadores está relacionada à
busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação básica
- ensino médio" (ROSA & ROSA, 2005, p.2).
Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que
mostra uma preocupação com a Física como uma ciência que permite
compreender uma imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam
indispensáveis para a formação profissional ou como subsídio para a
preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do mundo pelos
sujeitos-educandos. No entanto, neles a ênfase recai nos aspectos
quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a
resolução de “Problemas de Física” que, quase sempre, se traduzem em
exercícios matemáticos com respostas prontas. Esse discurso tem norteado o
trabalho de muitos professores e, mais que isso, as estruturas curriculares por
eles organizadas.
Não é leviano afirmar que as estruturas curriculares se valem dos livros didáticos para se organizarem.
A opção de tal e tal livro didático determinará, a princípio, a constituição das disciplinas que assumem
seu espaço curricular, demarcado pelo tempo (número de aulas) e profundidade. Mesmo que o
discurso didático do professor seja amplo, abrangente e propicie contextualizações, em geral, ele fará
uso de exercícios e problemas do livro didático e sua avaliação terá como base a literatura disciplinar
do livro adotado. É importante lembrar que os livros didáticos dirigidos ao Ensino Médio refletem o
mesmo enfoque disciplinar presente no meio universitário, levando os professores a consolidarem, na
sua prática pedagógica, o estilo reprodutivista e disciplinar adquirido em sua formação. (...) Os
currículos de Física nos cursos de graduação também colaboram para a manutenção do conhecimento
físico ensinado nos moldes ditados internamente pelas disciplinas. (...) Certamente este indicador pode
ser estendido, sem muitas ressalvas, à maioria dos cursos de formação de professores de Física e
para a maioria das licenciaturas em ciências. O peso de uma tradição disciplinar, historicamente
constituída, se impõe fortemente aos currículos dos cursos universitários, entre outros motivos, pela
sua proximidade (mesmo que virtual) com as comunidades de produtores de conhecimento
(PIETROCOLA; ALVES; PINHEIRO, s/d, p. 6-7).
Nessa perspectiva, "... via de regra, os conteúdos acabam por ser
desenvolvidos como se estabelecessem relações com eles mesmos, sendo
desconsideradas as diversas relações com outros tópicos da própria Física e
de outros campos de conhecimento" (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2001, p.
138).
Essa concepção faz com que o ensino de física se transforme num
ensino livresco, descontextualizado em sua história, não permitindo a
compreensão de que a ciência é uma construção humana, com todas as
implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das
atividades humanas, levando o estudante
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... a ter uma idéia distorcida do que é a Física e quase sempre ao desinteresse pela matéria. Os
estudantes devem ser levados a perceber que os modelos dos quais os pesquisadores lançam mão
para descrever a natureza são aproximações válidas em determinados contextos, mas que não
constituem uma verdade absoluta. Muitas vezes idéias como as de partícula, gás ideal, queda livre,
potencial elétrico e muitas outras são apresentadas sem nenhuma referência à realidade que
representam, levando o estudante a julgá-los sem utilidade prática. Outras vezes modelos como o de
um raio luminoso, de átomo, de campo, de onda eletromagnética, etc., são apresentados como se
fossem entes reais. (ALVARES, 1991, p. 42).
Assim, a Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão
do mundo, não permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao
formalismo próprio deste campo de conhecimentos, essencial para o
desenvolvimento de uma cultura em ciência, tendo em vista que "... um número
elevado dos estudantes brasileiros, ou, não tem acesso aos estudos
superiores, ou, segue cursos para os quais a Física não tem caráter
propedêutico" (ALVARES, 1991, p. 25). Além disso, apesar do incentivo que
deve ser dado à carreira universitária, esta deveria ser mais uma possibilidade
e não o objetivo principal do ensino desta disciplina no nível médio.
Também parece haver um consenso entre os professores em torno da
idéia de que a Física é uma ciência experimental. No entanto, apesar de
enfatizarem esse caráter experimental da matéria e a importância dessa
consideração no sentido de contribuir para uma melhor compreensão dos
fenômenos físicos, é comum
... adotarem textos que, além de não apresentarem uma só sugestão
de experimento a ser realizado pelo professor ou pelos seus alunos,
tratam os assuntos sem nenhuma preocupação com seu
desenvolvimento experimental. Ou, outros, que se dizem
preocupados com um curso voltado para a compreensão dos
conceitos, escolherem textos que tratam matematicamente os
tópicos abordados, sem trabalharem aspectos cognitivos da
aprendizagem. (Ibidem, 1991, p. 25)
Assim,
... como um empreendimento humano, a ciência é falível, ela pode degenerar ou
pode responder as supremas aspirações dos homens. Como parte da sociedade,
a Ciência também está aberta a influências externas, como qualquer atividade
social, pode ser bem ou mal usada. (KNELLER, 1980, prefácio da obra)
Deriva-se daí que a Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte
de um contexto social, econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado
por esse contexto, fato que não pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso
significa mostrar que a ciência não está pronta nem acabada e não é absoluta,
mas, revelar aos nossos estudantes “... como é penoso, lento, sinuoso e, por
vezes, violento, o processo de evolução das idéias científicas” (PONCZEK,
2002, p. 22).
Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que
vivem ou que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte
da cultura social humana e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo.
Alem disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que
sejam capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de
decisões, não podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à
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tecnologia. Por isto é importante buscarmos o entendimento das possíveis
relações entre o desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas
transformações culturais, sociais e econômicas na humanidade decorrentes
deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção
histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do
tempo.
Mas, considerando que também as tecnologias são historicamente
construídas e entendendo que
... tecnologia refere-se à forma específica da relação entre o ser humano e a
matéria, no processo de trabalho, que envolve o uso de meios de produção para
agir sobre a matéria, com base em energia, conhecimento e informação. (...)
refere-se a arranjos materiais e sociais que envolvem processos físicos e
organizacionais, referidos ao conhecimento científico aplicável. No entanto, a
tecnologia não é propriedade neutra ligada à eficiência produtivista, e não
determina a sociedade, da mesma forma que esta não escreve o curso da
transformação tecnológica. Ao contrário, as tecnologias são produtos da ação
humana, historicamente construídos, expressando relações sociais das quais
dependem, mas que também são influenciados por eles. Os produtos e processos
tecnológicos são considerados artefatos sociais e culturais, que carregam consigo
relações de poder, intenções e interesses diversos. (OLIVEIRA,2001, p. 101-102)
Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar exige
respeito aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em
Física deve partir do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto
social e suas concepções espontâneas a respeito de ciência.
Em primeiro lugar, de acordo com MOREIRA (s/d, p.2), devemos
abandonar o papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e
passarmos a ver, de fato, os sujeitos como elaboradores do saber físico, mas
que precisam do professor como mediador. O autor parte do pressuposto que o
objetivo do ensino é compartilhar, professor e aluno, significados e promover a
aprendizagem significativa. Mas, isso acontecerá somente quando o educando
internalizar esses significados de maneira não arbitrária e não literal, quando as
novas informações adquirirem significado por interação com o conhecimento
prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados adicionais,
diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o conhecimento já
existente.
Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas
idéias, sua visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas
suas experiências diárias e nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado
por MOREIRA (1999), os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e
atuam (fazem). Ou seja, ao se pensar uma metodologia de ensino para a Física
é preciso ter em vista o que os estudantes já conhecem. Esta idéia remete aos
estudos das concepções espontâneas ou idéias alternativas dos sujeitos:
(...) Os estudos realizados sob essa perspectiva revelaram que as idéias alternativas
de crianças e adolescentes são pessoais, fortemente influenciadas pelo contexto do
problema e bastante estáveis e resistentes à mudança, de modo que é possível
encontrá-las mesmo entre estudantes universitários (...). Realizadas em diferentes
partes do mundo, as pesquisas mostraram o mesmo padrão de idéias em relação a
cada conceito investigado. (MORTINER, 1996, p.2)
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O educando será apresentado a princípios, concepções, linguagem,
entre outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor
deve permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma
utilizada pela ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo
contribuirá para que o educando reformule as suas idéias tendo em vista a
concepção científica. Assim, espera-se que esteja reelaborando seus
conceitos, mas não necessariamente, que abandone suas idéias espontâneas.
Poderá estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao
contexto de utilização. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou
menos elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a
necessidade ou interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no
contexto da comunidade científica.
Entendemos, então, que a Física deve educar para cidadania,
contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, "... capaz de
compreender o papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. (...) capaz
de compreender a cultura científica e tecnológica de seu tempo" (CHAVES &
SHELLARD, 2005, p. 233).
Cabe colocar aqui que a cidadania da qual estamos falando não é a
cidadania para o consumo, não é a cidadania construída através de
intervenções externas, doações da burguesia e do Estado moderno, mas, a
cidadania que se constrói no interior da prática social e política de classes.
Estamos entendendo que a
... nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a
capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas, histórico como nós, o
nosso conhecimento do mundo tem historicidade. (...) Daí que seja tão fundamental
conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à
produção do conhecimento ainda não existente" (FREIRE, 1996, p.31).
Por isso entendemos que a contribuição da Física no Ensino Médio é a
contribuição para a formação dos sujeitos através das "... lutas pela escola e
pelo saber, tão legítimos e urgentes (...). Por este caminho nos aproximamos
de uma possível redefinição da relação entre cidadania e educação (...) a luta
pela cidadania, pelo legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá
o verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão. A educação não
é uma precondição da democracia e da participação, mas é parte, fruto e
expressão do processo de sua constituição. (ARROYO, 1995, p.79)
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico na
EJA ainda é tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato
matemático que, normalmente, não leva a compreensão dos fenômenos físicos
e ainda, acaba por distanciar o interesse dos educandos pela disciplina.
Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados
e reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial.
Além disso, é tratado como um campo de conhecimentos acabados, como
verdades absolutas, fruto de alguns gênios da humanidade, contribuindo para
que os educandos tornem-se passivos em sala de aula.
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É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem
condições de ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da
descoberta, tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo
e estimulador.
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização
tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme
desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica
um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará
decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, seqüenciação, meios
didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos,
considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação
de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p 7-8)
A partir desse pressuposto, para romper com o modelo tradicional de
ensino é necessário rever os meios de apresentação dos conteúdos,
priorizando os conceitos físicos e optando por metodologias de ensino que se
adaptem às necessidades de aprendizagem dos educandos. (...),
Não vemos como necessário, no momento, grandes alterações nos
conteúdos tradicionais, mas sim, na forma como eles serão desenvolvidos.
Entendemos que o avanço nos conhecimentos de Física deverá ser dado por
uma inovação na metodologia de trabalho e não em termos de conteúdos.
(GARCIA; ROCHA;COSTA, 2000, p.40)
Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação de
Jovens e Adultos, identificou-se algumas estratégias para o desenvolvimento
metodológico da disciplina de Física, considerando que essas estratégias
metodológicas podem contribuir para o ensino e a aprendizagem dos
educandos. Dessa forma, deve ser levado em conta a formação do professor, o
espaço físico, os recursos disponíveis, o tempo de permanência do educando
no espaço escolar e as possibilidades de estudo fora deste, para que as
estratégias metodológicas possam ser efetivadas. Os indicativos discutidos
com os professores contemplam:
A abordagem da Física enquanto construção humana
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância
da Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento
enquanto construção humana e a constante evolução do pensamento
científico, assim como, as relações das descobertas científicas com as
aplicações tecnológicas na contemporaneidade.
A história da física não se limita à história de seus protagonistas.
Antes ao contrário: é uma história do pensamento em que idéias
surgem e desaparecem, em que pensamentos, muitas vezes
completamente despropositados na época em que aparecem,
tomam forma e ultrapassam as barreiras profissionais
contemporâneas. Afinal, a física é hoje – num mundo em que a
tecnologia permite revoluções e promete saídas para ao mais graves
problemas – uma das manifestações de maior transparência de
nossa cultura. (BARROS, 1996, p.7)
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O papel da experimentação no ensino de Física
O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo da
EJA, mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da
utilização de materiais alternativos e de baixo custo, na construção ou
demonstração dos experimentos. Assim, “quando o aluno afirma que um imã
atrai todos os metais, o professor sugere que ele coloque essa hipótese à
prova com pedaços de diferentes metais. Por mais modesta que pareça esta
vivência, é rica em ensinamentos” (AXT, s/d, p.78).
O lúdico – Brinquedos e jogos no ensino de Física
Por meio desta estratégia de ensino o educando será instigado a
pesquisar e propor soluções, visto que a ludicidade “... decorre da interação do
sujeito com um dado conhecimento, sendo portanto subjetiva. Seu potencial
didático depende muito da sensibilidade do educador em gerar desafios e
descobrir interesses de seus alunos.” (RAMOS; FERREIRA, 1993, p.376)
O cuidado com os conceitos e definições em Física
O educando traz idéias e contextos para as coisas, para compreender e
atuar no mundo. Essas idéias podem ser aproveitadas como ponto de partida
para a construção do conhecimento científico, mas será necessário fazer a
transposição destes conceitos espontâneos ou do senso comum para o
conhecimento científico, com os cuidados necessários.
Atualmente o entendimento do ensino de física é fortemente associado às idéias
de conceitos espontâneos. Tais idéias indicam que quando as pessoas vêm para a
escola, elas já têm um contexto para as coisas. Por outro lado, à medida que
vamos inserindo os assuntos na sala de aula, queremos que o aluno vá montando
aquela estrutura que nós temos, ligando os conceitos da forma como nós o
fazemos. Entretanto, à medida que vamos ensinando, ele vai fazendo as ligações
que quer. (...). Que pode, que consegue. E assim, os mesmos conceitos podem
ser ligados de maneiras diferentes, em estruturas diferentes. É comum pensarmos
que a lógica, a maneira de raciocinar, de inserir algo em contextos mais amplos,
utilizados por nós, professores, para construirmos nossas estruturas, seja algo
absoluto, algo transcedental. Mas não é. A lógica depende do contexto em vigor.
(...), sempre achamos que com a informação que fornecemos aos alunos eles
farão as ligações que nós fizemos, mas isso não é necessariamente verdade. Não
há nada que nos assegure que o aluno faz as ligações que nós gostaríamos que
ele fizesse. O que dizemos em sala de aula pode ser interpretado de várias
maneiras diferentes. (ROBILOTTA;BABICHAK, 1997, p.22)
O cotidiano dos alunos/contextualização
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar
e as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem
ser aproveitadas no processo da aprendizagem.
Quanto mais próximos estiverem o conhecimento escolar e os
contextos presentes na vida pessoal e no mundo no qual eles
transitam, mais o conhecimento terá significado. Contextualizar o
ensino significa incorporar vivências concretas e diversificadas, e
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também, incorporar o aprendizado em novas vivências. (SEED-PR,
2000, s/d)
O papel do erro na construção do conhecimento
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser
considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos
e melhor compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador administrar este
processo no qual os educandos da EJA necessitam de apoio, principalmente
pelo processo diferenciado de estudo e o tempo que permanecem no espaço
escolar. É essencial valorizar os acertos e tornar o erro como algo comum,
caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
O incentivo à pesquisa e a problematização
É importante incentivar os educandos para que ampliem seus
conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude cotidiana e na busca de
resultados. Para tanto,
será útil distinguir entre pesquisa como atitude cotidiana e pesquisa como
resultado específico. Como atitude cotidiana, está na vida e lhe constitui a forma
de passar por ela criticamente, tanto no sentido de cultivar a consciência crítica,
quanto no de saber intervir na realidade de modo alternativo com base na
capacidade questionadora. (...). Como resultado específico, pesquisa significa um
produto concreto e localizado, (...), de material didático próprio, ou de um texto
com marcas científicas. (...). Os dois horizontes são essenciais, um implicando o
outro. No segundo caso, ressalta muito mais o compromisso formal do
conhecimento reconstruído, enquanto o primeiro privilegia a prática consciente.
(DEMO, 1997, p. 12-13)
A problematização consiste em lançar desafios que necessitem de
respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade.(...),
um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma
dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.25-26). As dúvidas são
ocorrências muito comuns na Física, porém, poderão ser aproveitadas para as
reflexões sobre o problema a ser analisado.
Os recursos da informática no ensino da Física
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta
cada vez mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas
teóricas e à melhor compreensão dos estudos elaborados. A familiarização do
educando com o computador se faz necessária dentro da escola, visto que a
tecnologia se faz presente nos lares, no trabalho e aonde quer que se vá. É
necessário o mínimo de entendimento sobre as tecnologias usuais e como
utilizar-se desta ferramenta para ampliar os conhecimentos.
O uso de textos de divulgação científica em sala de aula
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites e em outros
meios de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao
ensino de Física e serem explorados de diversas formas. Deve-se ter o cuidado
de estar selecionando textos validados por profissionais da área e que tenham
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cunho científico, observando a existência de erros conceituais ou informações
incorretas.
A utilização do material de apoio
O ensino da Física não deve estar apenas pautado no uso do material
didático fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de
outros recursos, como os apontados anteriormente, para enriquecer as aulas e
tornar o processo de ensino mais harmonioso e agradável. Assim, o material
deve servir de apoio, tanto ao educador como ao educando, ao lado de outras
alternativas de ensino e aprendizagem que complementem o conhecimento
proposto.
CONTEÚDOS DE FÍSICA – ENSINO MÉDIO
Considerando-se a amplitude dos conhecimentos físicos, é necessário
pensar a importância e essencialidade dos conteúdos, visando contemplar
aprendizagens significativas aos educandos da EJA.
Para isso, é indispensável que a organização dos conteúdos na
proposta curricular esteja vinculada ao espaço e ao tempo de estudo dos
educandos e a experiência cotidiana destes, procurando apresentar esses
conteúdos como instrumentos de melhor compreensão e atuação na realidade.
Para a maioria dos educandos da EJA, como também
... para uma grande parte da população, os conhecimentos de Física do Ensino Médio
têm grande possibilidade de serem os únicos dessa disciplina aos quais os alunos
terão acesso pela via escolar. Percebemos, então, a pertinência e necessidade de
reorganização dos componentes curriculares de física - entendida aqui a idéia de
currículo como sendo algo muito mais amplo do que mera listagem de conteúdos de tal
forma que possam dar conta, tanto das demandas de continuidade dos estudos e das
de natureza profissional como, e principalmente, daquelas exigidas pela vida no seu
dia-a-dia. (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2000, p. 139-140)
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar
os essenciais, ou seja, àqueles que possam ter significado real à vida dos
educandos. Os conteúdos devem possibilitar a percepção das diversas
abrangências sobre um determinado fenômeno, portanto, o ensino não pode se
restringir apenas ao livro didático ou ao material de apoio. “A seleção de
conteúdos é tarefa do professor; ele pode produzir uma unidade de ensino que
não existe no livro ou deixar de abordar um de seus capítulos, pode realizar
retificações ou propor uma abordagem diferente” (BIZZO, 2000, p.66).
Considerando-se ainda as Diretrizes Curriculares Estaduais para a
Educação de Jovens e Adultos e as especificidades desta modalidade de
ensino, principalmente no que tange ao tempo de ensino do educador e o
tempo da aprendizagem dos educandos, a proposta de conteúdos básicos da
disciplina de Física, segue o disposto a seguir.
INTRODUÇÃO À FÍSICA
Campo de estudo e atuação da Física.
História da Física.
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128
A Física contemporânea e suas aplicações tecnológicas.
MECÂNICA
Movimento retilíneos.
Movimentos curvilíneos.
Movimento circular uniforme.
Queda-livre.
Os Princípios da Mecânica (Leis de Newton).
Energia. Trabalho. Potência.
Impulso e quantidade de movimento.
A Gravitação Universal.
A Hidrostática.
FÍSICA TÉRMICA
Fenômenos térmicos.
O calor e a temperatura.
O fenômeno da dilatação nos sólidos, líquidos e gases.
As mudanças de estado físico da matéria.
Trocas de calor. Transmissão de calor.
Comportamento térmico dos gases.
As Leis da Termodinâmica.
ONDULATÓRIA
Fenômenos ondulatórios.
Ondas mecânicas e eletromagnéticas.
Natureza ondulatória e quântica da luz.
ÓPTICA
Fenômenos luminosos.
Princípios da Óptica Geométrica.
Aplicações do fenômeno da reflexão e refração da luz.
Lentes e instrumentos ópticos de observação.
Espelhos.
A óptica e o olho humano.
ELETRICIDADE E MAGNETISMO
Fenômenos elétricos e magnéticos.
Aspectos estáticos e dinâmicos da eletricidade.
A Lei de Coulomb.
O campo elétrico . Potencial elétrico.
A corrente elétrica.
Geradores e circuitos elétricos.
O campo magnético.
Indução magnética.
ENERGIA
Energia e suas transformações.
Fontes e tipos de energia.
Energia, meio ambiente e os potenciais energéticos do Brasil.
A energia elétrica nas residências.
REFERÊNCIAS
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
129
ALVARES. B.A. Livro didático – análise e reflexão. In: MOREIRA, M. A.;
AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991,
p.18-46.
ARROYO, M. G. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester;
ARROYO, Miguel G.; NOSELLA, PAULO. Educação e cidadania: quem
educa o cidadão? 5 ed. São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de
nossa época)
AXT, Rolando. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In:
MOREIRA,
Marco Antonio. AXT, Rolando. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto
Alegre: Sagra, s/d.
BARROS, Henrique Lins.In: BEM-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar ed., 1996. Prefácio da obra.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
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São Paulo: Sociedade Brasileira de Física, 2005.
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Associados, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura)
GARCIA, N. M. Dias ; ROCHA,V. Jazomar ; COSTA, R. Z. Visneck.
Física. In: KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma
proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.
MOREIRA, M.A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
MOREIRA, M. A. Revalorização do professor e aprendizagem
significativa: dois fatores importantes para a reconstrução da escola
pública. Texto digitalizado, s/d2.
MORTIMER, F. E. Construtivismo, Mudança Conceitual e Ensino de
Ciências: para onde vamos? Investigações em Ensino de Ciências. V.1,
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OLIVEIRA. M. R.N. S. Do mito da tecnologia ao paradigma tecnológico; a
mediação tecnológica nas práticas didático-pedagógicas. In: Revista
Brasileira de Educação, set/ou/nov/dez, 2001, n.18. Reunião anual da
ANPED, 24º. Caxambu: ANPED, p.101-107.
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RAMOS, Eugênio M. de França. FERREIRA, Norberto Cardoso. O desafio
lúdico como alternativa metodológica para o ensino de física. In: Atas do
X SNEF, 25-29/ janeiro, 1993.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição
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ROBILOTTA, Manoel Roberto. BABICHAK, Cezar Cavanha. Definições e
conceitos em Física. In: Cadernos Cedes, ano XVIII, no. 41, junho/ 97, p.
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Ciencias. Vol.4, nº 1, 2005.
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Campinas: Autores Associados, 1993, p. 20-28.
PIETROCOLA, M.; ALVES, J. de P.F.; PINHEIRO, T. de F. Pratica
disciplinar
de
professores
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ciências.
In:
htttp://www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol8/n2/v8_v8_n2_a3.html. Acesso em
09/06/2005.
7.9.DISCIPLINA DE QUÍMICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA
A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que permitiu o
desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no
modo de viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados
nas diversas atividades diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12),
o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que se
possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão. Da mesma forma,
decisões a respeito de questões ambientais, por exemplo, não podem prescindir da informação
científica, que deve estar ao alcance de todos.
Assim, a Química fundamenta-se como uma ciência que permite a
evolução do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais,
políticos, culturais, éticos, entre outros, bem como o seu reconhecimento como
um ser que se relaciona, interage e modifica, positiva ou negativamente, o meio
em que vive.
A Química como ciência contempla as tradições culturais e as crenças
populares que despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para
o desenvolvimento das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO
(2002, p.17), afirma que
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131
a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade filosófica, mas
em um certo tipo de verdade que é diferente dessas outras. Não é correta a
imagem de que os conhecimentos científicos, por serem comumente fruto de
experimentação e por terem uma base lógica, sejam “melhores” do que os demais
conhecimentos. Tampouco se pode pensar que o conhecimento científico possa
gerar verdades eternas e perenes.
Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico não é
algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.
A Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio, deve
apresentar-se como propiciadora da compreensão de uma parcela dos
resultados obtidos a partir da Química como ciência.
A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu
objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o desconhecido. No
entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto de
procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás planejados,
para que o estudante possa entender o que é conhecido. (...) Existe portanto uma
diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento em congressos
científicos, entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse
conhecimento para ser utilizado na escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002,
p.14)
Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas
escolas e conforme MALDANER (2000, p.196),
compreender a natureza da ciência química e como ela se dá no ensino e na
aprendizagem passou a ser um tema importante, revelado a partir das pesquisas
educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na década de 1980 sobre as
idéias alternativas dos alunos relacionadas com as ciências naturais. No âmbito da
pesquisa educacional, mais ligado à educação científica, estava claro, já no início
dos anos 90, que era fundamental que os professores conhecessem mais o
pensamento dos alunos, bem como, a natureza da ciência que estavam ensinando.
No entanto, isso não era prática usual nos cursos de formação desses professores
Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos
educadores têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da
vida dos educandos, em que os educadores abordam, principalmente, os
conteúdos acadêmicos, enfatizando a memorização, o que torna a disciplina
desvinculada da realidade dos seus alunos e sem significação para sua vida.
Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos
químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da
Química em sua vivência, para DELIZOICOV |et.al.| (2002, p.34),
a ação docente buscará constituir o entendimento de que o processo de produção do
conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui uma atividade
humana, sócio-historicamente determinada, submetida a pressões internas e externas,
com processos e resultados ainda pouco acessíveis à maioria das pessoas
escolarizadas, e por isso passíveis de uso e compreensão acríticos ou ingênuos; ou
seja, é um processo de produção que precisa, por essa maioria, ser apropriado e
entendido.
Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Química
na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a
construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação,
para que possa argumentar e se posicionar criticamente.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
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132
Considerando os encaminhamentos metodológicos contidos na proposta
pedagógica de ensino para a disciplina de Química no Ensino Médio Regular,
faz-se necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química na
Educação de Jovens e Adultos (EJA), considerando as Diretrizes Curriculares
Estaduais para essa modalidade de ensino da educação básica.
Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina, uma
alternativa seria partir da seqüência: “fenômeno–problematização–
representação-explicação” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,
episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no processo de
ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser superado (...) O importante é
identificar situações de alta vivência comuns ao maior número possível de alunos
e a partir delas começar o trabalho de ensino. (MALDANER, 2000, p. 184)
Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas,
classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos
com os quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma
dinâmica, interativa e consistente, respeitando os diferentes tempos de
aprendizagem e propiciando condições para que o mesmo perceba a função da
Química na sua vida.
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização
tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme
desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica
um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará
decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios
didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos,
considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação
de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p.8)
Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p. 199),
“Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos
terá significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as
experiências trazidos pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes
de estabelecer relações entre conceitos micro e macroscópicos, integrando os
diferentes saberes – da comunidade, do educando e acadêmico.
Segundo FREIRE (1996, p.38), “a educação emancipatória valoriza o
’saber de experiência feito’, o saber popular, e parte dele para a construção de
um saber que ajude homens e mulheres na formação de sua consciência
política.”
Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de
Química, considera-se a afirmação de MALDANER (2000, p. 187), de que “o
saber escolar deve permitir o acesso, de alguma forma, ao conhecimento
sistematizado. Assim ele será reconstruído e reinventado em cada sala de
aula, na interação alunos/professor, alunos/alunos e, também, na interação
com o entorno social”. Dessa forma, o ensino da disciplina de Química deve
contribuir para que o educando jovem e adulto desenvolva um olhar crítico
sobre os fatos do cotidiano, levando-o a compreensão dos mesmos de forma
consciente, dando-lhe condições de discernir algo que possa ajudá-lo, daquilo
que pode lhe causar problemas.
Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de
forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando
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133
jovem e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as
diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa
contextualização pode-se dar a partir de uma problematização, ou seja,
lançando desafios que necessitem de respostas para determinadas situações.
“A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário
transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode
deixar de ser dissipada.” (SAVIANI, 1993, p.26) As dúvidas são muito comuns
em Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão sobre o problema a ser
analisado. Sendo assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta
contextualização sem reduzir os conteúdos apenas a sua aplicação prática,
deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina
de Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento na ciência Química, propiciando condições para que o educando
perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de
sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse
processo, pois as diversas contingências históricas têm levado os professores
a deixar de lado a importância do saber sistematizado, resultando numa prática
pedagógica pouco significativa.
É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as
práticas realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no
trabalho docente, a fim de que o educando possa visualizar uma transformação
química, inserindo conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal
experimento com aspectos da sua vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é
importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento
essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom
aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas
não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar
quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados
encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie
a explicação encontrada pelos alunos.
Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que
o educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber,
apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO
(2002, p.50),
o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo que
detenha a informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar, que
levassem os alunos a buscar a informação com maior orientação e
acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são maneiras de os alunos
procurarem por respostas definitivas, que manifestem uma vontade muito grande
de conhecer. Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na forma de uma
longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a busca de mais dados e
informações por parte dos alunos.
Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a
refletir sobre o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e
informações.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização
do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal
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134
forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER
(2000, p. 185), afirma que
é por isso que não é possível seguir um “manual” de instrução, do estilo de muitos
livros “didáticos” brasileiros originados dos “cursinhos pré-vestibulares”, para
iniciar o estudo de química no ensino médio. A lógica proposta nesses “manuais” é
a da química estruturada para quem já conhece a matéria e pode servir,
perfeitamente, de revisão da matéria para prestar um exame tão genérico como é
o exame vestibular no Brasil.(...) O que seria adequado para uma boa revisão da
matéria, característica original dos “cursinhos pré-vestibulares”, tornou-se
programa de ensino na maioria das escolas brasileiras.
A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser
utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem
necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível
diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas
de forma adequada à realidade dos alunos.
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar
os essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos
educandos jovens e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos
mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um determinado
fenômeno e, a partir dessa relação, poderem constituir a sua própria identidade
cultural, estimulando sua autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser
organizados sem a rígida seqüência linear proposta nos livros didáticos. Para
tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses conteúdos, assim
como a coerência dos mesmos para o processo educativo.
CONTEÚDOS DE QUÍMICA – ENSINO MÉDIO
O programa de Química contempla os seguintes conteúdos,
considerados essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino
Médio na modalidade Educação de Jovens e Adultos.
Matéria e substâncias
Reações Químicas
Funções Orgânicas e Inorgânicas
Ligações Químicas
Ligações entre as moléculas
Tabela periódica e periodicidade
Estrutura atômica
Estequiometria
Estudo dos Gases
Radioatividade
Propriedades coligativas
Eletroquímica
Equilíbrio Químico
Soluções
Termoquímica
É importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da investigação dos
conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química, sistematizar
as estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada
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135
um dos conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de
aprofundamento, bem como a articulação entre os mesmos ou entre os tópicos
de cada um.
Para a organização dos conteúdos é indicado que seja utilizada a
problematização, cujo objetivo consiste em gerar um tema para
contextualização. Os temas são baseados em fatos locais, regionais, nacionais
ou mundiais, que possam refletir sobre os acontecimentos que relacionam a
Química com a vida, com o ambiente, com o trabalho e com as demais
relações sociais.
A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que
possam ser trabalhados, independentemente da seqüência usual presente nos
livros didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os conteúdos, bem
como, a forma como serão desenvolvidas as atividades para aprofundamento e
avaliação, o educador terá condições de desenvolver metodologias que visem
evitar a fragmentação ou a desarticulação dos conteúdos dessa disciplina.
Na perspectiva que se propõe, a avaliação na disciplina de Química vem
mediar a práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com
os encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir
como meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É
essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para
que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de
construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de
aprendizagem.
Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta
de falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.
A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda avaliação supõe
um processo de obtenção e utilização de informações, que serão analisadas
diante de critérios estabelecidos segundo juízos de valor. Portanto, não se pode
pretender que uma avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si,
subjetivo, dependente da valorização de apenas uma parcela das informações que
podem ser obtidas. Essas características são importantíssimas para que
possamos compreender a utilidade e os limites da avaliação e como ela pode ser
utilizada pelo próprio professor para reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)
Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o
conteudismo e o ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por
vários caminhos, fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento
metodológico da disciplina de Química, estabelecendo uma perspectiva de
torná-la reflexiva, crítica, que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças,
voltada para a autonomia do educando jovem, adulto e idoso.
REFERÊNCIAS
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de
Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
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136
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de
química. Ijuí: Editora Unijuí, 2000.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição
da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação
& Sociedade. v.20, n. 68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999.
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica.
Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28.
7.10.DISCIPLINA DE HISTÓRIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE HISTÓRIA
A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes
tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão
das relações de poder. De acordo com BEZERRA, (2003 pg. 42) “o objetivo
primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos
sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre
os grupos humanos em diferentes tempos e espaços”.
Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de
sua visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim aquela
que foi tecida por um grupo social. Trata-se de um conhecimento científico, que
precisa ser interpretado.
Hoje, por exemplo a História busca os diversos aspectos que compõem a
realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma
História que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos
e os heróis em direção a um progresso pautado pela invenção do estadonação que precisava ser legitimado. Nesse contexto, é criada a disciplina de
História que tinha como função legitimar a identidade nacional.
Até a década de 80, do século XX, a disciplina de História manteve seu
conteúdo eurocêntrico e sua divisão quadripartite, até hoje presente no
currículo de muitos cursos universitários. Numa outra perspectiva algumas
universidades, começaram a abrir espaço ao estudo da História Oriental e da
História da África. No entanto, essa é uma prática bem recente.
A História trata de toda ação humana no tempo em seus múltiplos aspectos:
econômicos, culturais, políticos, da vida cotidiana, de gênero, etc. Para se
perceber como sujeito da História, o educando precisa reconhecer que essa
ação transforma a sociedade, movimenta um espiral de mudanças, na qual há
permanências e rupturas.
O homem/mulher como sujeito da História, deve ser conhecedor dos porquês,
dos problemas, das idéias, das ideologias e que só com uma visão holística do
mundo e da sociedade ele se entenderá como cidadão ativo e conhecedor de
seus direitos e de seus deveres.
Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de
que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa
modalidade tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação
humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na sala de aula, a
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partir dos diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho
pedagógico no ensino de História. Pode-se recorrer às diferenças para
estabelecer comparações, levantar diferentes concepções de mundo e ainda
buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das diferenças.
É preciso que o ensino de História na Educação de Jovens e Adultos seja
dinâmico e que o educando perceba que a História não está sepultada, mas
em constante transformação. Nesse sentido, pode-se tomar sempre como
ponto de partida e de chegada o próprio presente, onde estão inseridos
educandos e educadores. Há que se considerar que o passado explica o
presente, mas também o presente explica o passado. Isso não significa, no
entanto, que se possa abrir mão do rigor na interpretação do passado, pois
não se pode incorrer em anacronismos ou em posturas teleológicas. É preciso
estimular o interminável diálogo entre o presente e o passado levando em
consideração as especificidades de cada contexto histórico.
É fundamental que o educador de História não atue como reprodutor de um
conhecimento pronto, de uma coleção inesgotável de fatos do passado. Mas,
que torne possível desconstruir na sala de aula os múltiplos olhares da
História, criar argumentos que possam concordar ou discordar de um autor,
tomar posição diante do que já ocorreu e ainda está ocorrendo. Não se pode
ser um cidadão pleno sem que se realize uma análise crítica dos caminhos
percorridos pelo homem/mulher ao longo da história.
Por fim, reconhecer que esses sujeitos são produtores de signos e
utopias, capazes de transformar a natureza e escrever sua própria História.
Portanto, a História é uma construção coletiva em que todos os sujeitos tem
um papel principal e suas ações são de suma importância para uma
participação consciente na transformação da sociedade e do mundo em que
vivem.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo com as contribuições da historiografia, nas últimas décadas a
aprendizagem histórica se efetiva quando o conhecimento passa a ser
experiência para o educando no sentido de que ele se aproprie do que
aprendeu para ler e explicar o seu mundo.
No mundo contemporâneo um constante (re)pensar sobre a cultura
escolar é fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem
quotidianamente e que implicam diretamente na vida de educandos e
educadores. Nesse sentido, a partir de discussões teórico-metodológicas
significativas e que colocam o educando na centralidade do processo ensinoaprendizagem, pretende-se contribuir para uma prática de qualidade e de
reflexão nas ações pedagógicas.
Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de
temáticas, no ensino de História, para os educandos (as) da Educação de
Jovens e Adultos rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num
diálogo permanente com a realidade imediata sobre a qual se constituem os
diversos saberes. Pretende-se com isso priorizar uma prática pautada na
associação ensino-pesquisa e no uso de diferentes fontes e linguagens.
Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos
conteúdos de História, em que educadores e educandos possam dialogar e
nesse diálogo, propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas
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138
opiniões através dos conteúdos socialmente significativos relacionados ao
contexto político e social, reconhecendo a pluralidade étnica e cultural onde
esses sujeitos estão inseridos.
Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade
social, distinguindo-se da “educação bancária” em que o educador apresenta os
conteúdos aos educandos, impondo-lhes um saber desprovido de reflexão
(FREIRE, 1987).
É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário a
seleção e a escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no
processo ensino-aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos
educandos, respeitando suas especificidades, objetivando sua formação
humanista e a busca de sua autonomia intelectual e moral.
Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da
cultura, optou-se por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo, que
também orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado
do Paraná. Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam-se às
temáticas que por sua vez articulam-se aos conteúdos, sendo que o eixo
Tempo, presente nessa concepção, refere-se ao tempo histórico.
Os conteúdos selecionados, foram organizados em quatro temas plurais
no Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder;
Terra e Propriedade; Cidadania e Trabalho e tres temas para o Ensino Médio:
Diversidade Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais; Mundo do
Trabalho e Cidadania . É importante que na abordagem desses conteúdos o
educador crie situações de aprendizagem, que respeitem o perfil dos
educandos da EJA e possibilitem o diálogo entre os conceitos construídos
cientificamente e a cultura do educando, considerando a sua História de vida, o
ambiente cultural e a identidade do grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao
conhecido ou do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não
devem ser trabalhados de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se
dar de forma abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no que
refere as questões sociais, as contradições, a Histórica local, conteúdos estes
que estabeleçam relação entre o local e o global e possibilitem aos educandos,
compreender as semelhanças e diferenças, as permanências e as rupturas do
contexto histórico.
Transformar os conteúdos em “situações problemas” é imprescindível
para demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve
levar a reflexão crítica e permanente, possibilitando a construção de saberes
socialmente significativos para que o educando interfira no sentido de
transformar a sociedade, em que vive. Dessa forma o ensino de História será
sempre possibilidade e nunca determinação.
É essencial no processo ensino-aprendizagem que a teoria esteja em
sintonia com a prática, respeitando os níveis de compreensão dos educandos
sobre a própria realidade.
Em suma, esse processo deve contribuir para formar um educando leitor e
escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura,
análise e interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de
textos orais e escritos, que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante
que o educando da EJA possa ampliar a sua leitura de mundo percebendo-se
como sujeito da História na busca da autonomia e da cidadania.
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139
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Ensino Fundamental e Médio
EIXOS
ORIENTADORES
TEMAS
CULTURA
TRABALHO
TEMPO
IDENTIDADE
CULTURAL
TERRA E
PROPRIEDA
DE NOS
DIFERENTES
PERÍODOS
HISTÓRICOS
O ESTADO
E AS
RELAÇÕES
DE PODER
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem um
sujeito histórico, atuação do sujeito histórico-memória.
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: conceito
de ciência histórica, como o historiador reconstrói a história?
diferentes temporalidades, fontes históricas, patrimônio
cultural, a origem do homem e o começo dos tempos.
ENCONTRO ENTRE DIFERENTES CULTURAS: o Paraná
no Século XV, ocupação do espaço paranaense, o domínio
cultural e político europeu, principais etnias, dominação e
resistência, patrimônio cultural paranaense.
DIFERENTES MODOS DE DISTRIBUIÇÃO DA TERRA:
Capitalista, socialista, primitiva, feudal e escravista.
CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL:
Capitanias hereditárias, sesmarias, reduções, engenhos,
rendeiros/meeiros
Quilombos, comunidades indígenas, leis de terras, imigração
européia.
TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL
REPÚBLICA:
Plano de metas, reforma de base, ditadura militar, proposta de
Tancredo Neves, a questão da terra nos governos; Fernando
Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
CONFLITOS AGRÁRIOS PELA TERRA NO BRASIL:
Canudos, Contestado, ligas camponesas, demarcação das
terras indígenas, luta dos povos da floresta, movimento dos
trabalhadores rurais sem terra.
ESTADO NEOLIBERAL: origem, emprego, flexibilização dos
direitos sociais, neoliberalismo no Brasil .
ESTADO DITATORIAL E TOTALITARIO: ditadura militar no
Brasil, ditadura na América espanhola, princípios fundamentais
do totalitarismo, contexto da Segunda Guerra.
ESTADO POPULISTA: o populismo no Brasil e na América
espanhola.
ESTADO INTERVENCIONISTA: revolução de 1930, Crise de
1929, Constituição de 1934.
ESTADO
OLIGARQUICO:
Coronelismo,
Revolução
Federalista no Paraná, Tenentismo.
ESTADO LIBERAL CLÁSSICO: Século das Luzes,
Imperialismo, Primeira Guerra Mundial.
FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: O Estado
Absolutista, O poder da Igreja no Brasil colônia. Separação entre
Estado e Igreja no Brasil.
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140
CIDADANIA
E
TRABALHO
EIXOS
ORIENTADORES
TEMAS
CULTURA
TRABALHO
TEMPO
DIVERSIDADE
CULTURAL
RELAÇÕES DE
PODER E
MOVIMENTOS
SOCIAIS
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania e
trabalho, direitos civis, políticos e sociais.
CIDADANIA EM OUTRAS SOCIEDADES: Sociedade árabe,
sociedade chinesa, Grécia e Roma. Servidão feudal.
CONSTRUÇÃO
DA
CIDADANIA
NO
MUNDO
CONTEMPORÂNEO: o humanismo no renascimento cultural
,Revoluções burguesas e Iluminismo, formação da classe
operária, relação capital e trabalho. Apartheid.
DESAFIOS E OBSTÁCULOS NA CONSTRUÇÃO DA
CIDADANIA BRASILEIRA: trabalho escravo e infantil, movimento
operários e sociais, a Constituição cidadã de 1988
CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO
CONSTRUÇÃO
DO
SUJEITO
HISTÓRICO:
o
homem/mulher como sujeitos históricos, formação da
identidade e alteridade, História local.
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: história
como ciência, natureza e cultura, diferentes temporalidades,
fontes históricas, as primeiras civilizações, patrimônio cultural.
DIFERENTES CULTURAS: dominação e resistência na
formação da sociedade brasileira, o mundo árabe, a
cosmovisão africana., cultura oriental, os diversos Brasis.
A RELAÇÃO COLONIZADOR/COLONIZADO NA AMÉRICA:
dominio cultural e político europeu, assimilação e aculturação.
HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E NOS
ESTADOS UNIDOS: trabalho escravo,
Formas de resistência, movimentos abolicionistas, guerra de
secessão.
LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO: Estado liberal
clássico, as idéias iluministas, a partilha do mundo, Primeira
Guerra Mundial.
SÉCULO XX MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS: formação
dos estados totalitarios, o mundo em guerra, descolonização
afro-asiática, movimentos sociais no pós-guerra, conflitos
culturais na América espanhola.
FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: emancipação
política das colônias americanas, a construção do estado
brasileiro, o período republicano.
LUTAS PELA POSSE DA TERRA: conflitos agrários pela
posse da terra no Brasil e na América espanhola, conflito
árabe-israelense.
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MUNDO DO
TRABALHO E
CIDADANIA
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania e
trabalho, direitos civis, políticos e sociais.
CONSTRUÇÃO
DA
CIDADANIA
NO
MUNDO
CONTEMPORÂNEO: o humanismo no renascimento cultural,
Revoluções burguesas e Iluminismo, Apartheid, o leste
europeu, sociedade árabe, sociedade chinesa.
DESAFIOS E OBSTÁCULOS NA CONSTRUÇÃO DA
CIDADANIA NO SÉCULO XXI: movimento operários e sociais,
a Constituição cidadã de 1988, a paz no mundo, desigualdade
social.
MUNDO DO TRABALHO: flexibilização do emprego,
trabalho escravo e infantil,
relação capital e trabalho, movimentos sindicais, a
tecnologia no mundo globalizado.
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula.
São
Paulo:
Contexto,
1998.
BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: EuropaAmérica, 1997.
CABRINI, Conceição et. al. O ensino de história: revisão urgente. São
Paulo: Brasiliense, 1986.
DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino de
história. Niterói: Eduff,
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à
prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1987.
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto,
2003.
SILVA, Marcos A. da (Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro:
Marco Zero, 1984.
SILVA, Thelma Nobre Machado Bittencourt & RABELLO, Heloisa de
Jesus. O ensino da história. Niterói, RJ: Eduff, 1992.
7.11 .DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DA GEOGRAFIA
Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo as
transformações no espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e
metodologias, pois esses refletem diretamente nos elementos fundamentais do
ensino da Geografia.
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Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se colocam algumas
questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia?
Para responder a essas questões, faz-se necessário esclarecer que a
Geografia como ciência, sofreu ao longo da história profundas transformações,
tanto em nível teórico quanto metodológico. Até as primeiras décadas do
século XX, predominavam nas escolas concepções tradicionais e os livros se
limitavam a uma Geografia puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo.
Os educandos eram obrigados a memorizar listas intermináveis de nomes e
números, ou confundiam a Geografia com a topografia e a cartografia.
Esta Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição
principalmente do quadro natural estrutura-se em três aspectos: os físicos, os
humanos e os econômicos.
Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais
importantes. Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas,
redes fluviais e tudo o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies,
planaltos, serras – ou seja, as formas da superfície terrestre); o clima ( calor,
frio, geada, neve e estados do tempo em geral); e a vegetação (florestas,
campos, cerrados, caatinga e temas relacionados à distribuição das espécies
vegetais pela superfície terrestre).
Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro
natural, como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecerlhe suas “dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e
minerais, por exemplo.
Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem explora e
transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas pela
seguinte ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria, comércio,
serviços e meios de transporte – a circulação no território.
Observa-se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve-se por
meio de blocos (Geografia física, humana e econômica) que não se relacionam
nem internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no tempo. Na
Geografia física, por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima,
solo, relevo e hidrografia, faz-se uma descrição sem correlações entre os
elementos. Com tudo isso, segundo MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir
de 1970, a Geografia Tradicional está definitivamente enterrada; suas
manifestações, dessa data em diante, vão soar como sobrevivências,
resquícios de um passado já superado”.
Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do
conhecimento geográfico, bem como a serviço de quem está esse
conhecimento. Qual o papel do ensino de Geografia na formação de um
cidadão crítico da organização da realidade socioespacial.
A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto
indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e
sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único
no qual a história se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de
geografia que possibilite ao educando desenvolver um conhecimento do
espaço, que o auxilie na compreensão do mundo, privilegiando a sua dimensão
socioespacial. Para MORAES (1998, p.166), “formar o indivíduo crítico implica
estimular o aluno questionador, dando-lhe não uma explicação pronta do
mundo, mas elementos para o próprio questionamento das várias explicações.
Formar o cidadão democrático implica investir na sedimentação no aluno do
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143
respeito à diferença, considerando a pluralidade de visões como um valor em
si”.
Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e
interpretar o espaço geográfico, partindo da compreensão de que o espaço é
entendido como produto das múltiplas, reais e complexas relações, pois, como
mostra SANTOS (2001, p.174) “vive-se em um mundo de indefinição entre o
real e o que imagina-se dele”. E, em conformidade com RESENDE (1986,
p.181) “é preciso reconhecer a existência de uma saber geográfico, que é
próprio do educando trabalhador, um saber que está diretamente ligado com
sua atitude intelectiva, respondendo sempre ao seu caráter social, objetivo, de
um todo integrado, um espaço real”.
Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam
aos educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão
espacial, em sua complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja
entendido como o produto das relações reais, que a sociedade estabelece
entre si e com a natureza. Segundo CARLOS (2002, p.165) “A sociedade não é
passiva diante da natureza; existe um procedimento dialético entre ambas que
reproduz espaços e sociedades diferenciados em função de momentos
históricos específicos e diferenciados. Nesse sentido, o espaço é humano não
porque o homem o habita, mas porque o produz”.
Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do
conhecimento geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível.
Torna-se urgente, assim, romper com a compartimentalização do
conhecimento geográfico. Neste sentido, faz-se necessário considerar o
espaço geográfico a partir de vários aspectos interligados e interdependentes,
os fenômenos naturais e as ações humanas, as transformações impostas pelas
relações sociais e as questões ambientais de alcance planetário, não
desprezando a base local e regional.
Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social e
histórico que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998,
p.192) “O ensino de geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de
espaço geográfico na sua concretude, nas suas contradições, contribuindo
para a formação de raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados
a respeito do espaço, pensando os fatos e acontecimentos mediante várias
explicações”.
O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais
revela as contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao
modo como homens e mulheres transformam e se apropriam da natureza.
Nesta perspectiva, há que se tornar possível ao educando perceber-se como
parte integrante da sociedade, do espaço e da natureza. Daí a possibilidade
dele poder (re)pensar a realidade em que está inserido, descobrindo-se nela
e percebendo-se na sua totalidade, onde revelam-se as desigualdades e as
contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia contribui na
formação de um cidadão mais completo, que se percebe como agente das
transformações socioespaciais, reconhecendo as temporalidades e o seu
papel ativo nos processos.
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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Percebe-se que a prática metodológica no tocante ao ensino de
Geografia, tem sido assentada em aulas expositivas, na leitura de textos e em
questionários com respostas pré-determinadas, tendo como objetivo a
memorização dos conteúdos. Porém, tal prática tem se mostrado insuficiente
para que se concretize a construção do conhecimento geográfico. Portanto,
faz-se necessário repensar a metodologia para que, de fato, se assegurem os
objetivos a que a disciplina de Geografia se propõe.
É preciso que o educando se perceba enquanto sujeito, como produto e
ao mesmo tempo transformador do espaço, por meio de suas ações e até
mesmo de suas omissões.
É importante que a escolha da metodologia possibilite ao educando
mecanismos de análise e reflexão sobre sua condição. Segundo FREIRE
(1983, p.61): “não há educação fora das sociedades humanas e não há
homens isolados”, portanto, é importante a valorização dos saberes que os
educandos possuem e que foram acumulados ao longo de suas existências.
Esses saberes devem ser o ponto de partida para a construção de outros
saberes. No caso da Geografia, tais pressupostos se tornam mais evidentes e
necessários.
A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve
tornar os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se
busque explicitar e oportunizar a observação, a análise e a reflexão, categorias
essenciais para o desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade, ou
seja, do mundo vivido.
Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para a
abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar questões
referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica em expor as
contradições que estão postas, buscar explicações e relações e construir
conceitos. Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”, escolher uma
indústria local e questionar:
1Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade?
2Quais mudanças foram provocadas por sua instalação?
3Qual a sua importância para o município, estado, país?
4Qual sua importância para a população?
5Por que ela se instalou nessa região?
6Como é seu processo produtivo?
7Quais impactos vem causando no ambiente?
Se não houver indústria local, problematizar a razão disso e questionar
se é necessário uma indústria para garantir qualidade de vida na comunidade
ou na cidade.
A problematização pressupõe que se estabeleça o diálogo, ou seja, que
o educando seja ouvido, o que significa envolve-lo na construção do
conhecimento.
Considerando a concepção do ensino de Geografia, numa perspectiva
crítica e dialética e tendo em vista que no seu encaminhamento metodológico é
fundamental considerar os saberes que os educandos trazem consigo,
vinculados a sua história de vida, optou-se pela organização do currículo de
Geografia, em três grandes eixos: Espaço, Relações Sociais e Natureza.
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Esses eixos estabelecem relações entre si e permitem a compreensão
da totalidade do espaço geográfico. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não é
a soma, mas o conjunto da formação socioespacial. A compreensão da
migração campo-cidade, por exemplo, só ganha sentido quando a ela se
relaciona a estrutura fundiária, a questão da má distribuição das terras, a
industrialização das grandes metrópoles, a periferização e a qualidade de vida
em si.
O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza
articula-se as temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os
conteúdos selecionados, devem ser trabalhados nas suas interrelações,
rompendo-se com a compartimentalização e com a linearidade do
conhecimento geográfico, possibilitando a explicitação do processo de
produção do espaço pelas sociedades.
Cabe ao professor, como mediador na construção do conhecimento,
criar situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as
experiências concretas dos educandos no seu local de vivência, seja uma área
rural, uma aldeia indígena ou no meio urbano, de modo a permitir a
resignificação de sua visão de mundo.
Nessa perspectiva, para que a avaliação cumpra o seu papel como parte
integrante do processo ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o
objetivo da atividade avaliativa e o conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar
instrumentos diferenciados, analisar e qualificar os resultados, para que a partir
deles o educando possa refletir e opinar sobre os saberes construídos e os
conhecimentos organizados e para que o educador possa rever a sua prática
pedagógica.
A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar
diversas linguagens.
Os objetos da avaliação no ensino de Geografia, são os três eixos
mencionados: Espaço, Relações Sociais e Natureza. A partir deles, utilizar-se-á
da descrição, da representação, da interpretação, da localização e da análise
para a compreensão das transformações que se processam no espaço e na
maneira como homens e mulheres organizam e produzem o espaço por eles
vivido.
Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia,
possibilitando a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o
desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se
efetivar a construção da sua autonomia e cidadania plena.
CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA
Ensino Fundamental e Médio
Os conteúdos propostos são os mesmos para o Ensino Fundamental e
para o Ensino Médio. A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos
níveis de ensino a partir do grau de aprofundamento e de complexidade dos
textos.
Os conteúdos devem ser trabalhados em diferentes escalas: local,
regional, nacional e mundial.
Porém é necessário que o educador perceba que o espaço geográfico
só pode ser entendido em sua totalidade, sendo que os recortes de análise
espacial, devem ser apenas procedimentos operacionais para decompor o
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espaço, para depois recompô-lo, sobretudo para facilitar a compreensão do
educando.
EIXOS
ESPAÇO
RELAÇÕES
SOCIAIS
NATUREZA
TEMÁTICA
RELAÇÃO
CIDADE–CAMPO
ORGANIZAÇÃO
SOCIOESPACIAL
CIDADANIA
CONTEÚDOS
DEMOGRAFIA: dinâmica da população,
pirâmide etária, padrão de vida, movimentos
migratórios,.
ATIVIDADES
ECONÔMICAS:
cadeias
produtivas, redes de distribuição, transporte e
comunicação, espaço agrícola, fontes de energia,
comércio, indústria, turismo, circuitos produtivos,
Divisão Internacional do Trabalho, flexibilização
do trabalho, economia solidária.
POLÍTICAS PÚBLICAS: agricultura familiar,
reforma agrária, assistência social, educação,
meio ambiente, habitação, cultura, saúde.
URBANIZAÇÃO: expansão urbana, infraestrutura, plano diretor urbano.
AGRÁRIA: estrutura fundiária, modernização
do campo, conflitos no campo, agricultura
familiar, políticas agrárias.
GEOPOLÍTICA: organização socioespacial,
fronteira, estado, nação, território, territorialidade.
REPRESENTAÇÃO
SOCIOESPACIAL:
Planeta Terra, localização espacial, orientação,
coordenadas geográficas, cartografia.
QUESTÕES
SOCIOAMBIENTAIS:
degradação
ambiental,
desenvolvimento
sustentável, qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões.
São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula:
Práticas e Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul/AGB, 1999.
CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos.
Campinas: Papirus, 1998.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1983.
MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo:
Hucitec, 1993.
MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola,
1986.
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147
RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e
emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
_______ Por uma outra globalização: do pensamento único à
consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2001
7.12 .DISCIPLINA DE FILOSOFIA
Concepção da Disciplina de Filosofia
Partindo do pressuposto de que o trabalho com a filosofia é o próprio
exercício do pensar reflexivamente, isto é, de modo racional e sistemático, este
plano docente tem por prioridade – através da leitura e entendimento de textos
filosóficos – criar condições teóricas e práticas para o desenvolvimento do
pensamento próprio, da criação e reelaboração de conceitos por parte do
próprio estudante.
Inseridos nessa perspectiva, os conteúdos a serem trabalhados tentam
se aproximar do educando em sua realidade, no seu dia-a-dia, lhe
possibilitando adquirir uma nova visão sobre as coisas, uma nova dimensão
interpretativa do real, a dimensão filosófica, na qual se encontra o processo
mesmo do filosofar. Nesse sentido, o objeto de estudo da filosofia são os textos
filosóficos, os clássicos que com sua infinidade de temas nos permitem pensar
e repensar conceitos, tornando-nos sujeitos do conhecimento, produtores de
conceitos e não apenas meros receptores passivos de informações.
A formação filosófica deve, em sua essência, ser uma formação cidadã,
produtora de indivíduos preocupados com as questões da polis, agentes de
transformação social. E é na atitude filosófica ou atitude crítica que se traduz o
pensar e o agir filosófico, deixando claro que a consciência de si e do outro
resulta na própria possibilidade de mudança na estrutura da sociedade.
OBJETIVOS GERAIS
Estimular a aprendizagem reflexiva que proporcione a articulação efetiva
entre teoria e prática, tendo como princípio de que o sujeito do conhecimento
deve não tão somente exercer sua capacidade de questionar, indagar,
problematizar, mas sim agir sobre tais problemas.
Praticar a leitura e releitura, a interpretação e reinterpretação de textos
filosóficos clássicos, situando tais obras e seus respectivos autores numa
contextualização ao mesmo tempo histórica e atual, ou seja, o que f0oi
pensado, o que ainda se pensa, e o que mudou sobre tal pensamento.
Exercitar a produção de textos que sejam claros, concisos, demonstrando
clareza e opiniões próprias sobre as idéias aí contidas.
CONTEUDOS
− Concepção e Importância Histórica: Conceito de Filosofia e origem
Relação da Filosofia com as ciências Importância do estudo: do senso
comum ao senso crítico
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− Do mito a filosofia: Do mito ao logos: pensamento mítico; O ambiente
grego: pré-socráticos ao clássico e helenista; O pensamento filosófico
cristão: patrística e escolástica – razão e fé..
− Teoria do Conhecimento: O conhecimento: questão do Ser; Correntes
filosóficas: Ceticismo, Dogmatismo e Criticismo.; As fontes do saber:
empirismo, racionalismo e apriorismo kantiano; Ciência e tecnologia
− Filosofia e Política: Estado e forma de governo; sociedade, Estado e
poder; cidadania; Democracia; neoliberalismo
− Ética: A vida social e a diversidade; A relação individual e a sociedade;
a liberdade e a responsabilidade abordagem filosófica do racismo e do
preconceito
− Filosofia da ciência: Filosofia e Ciência; Senso comum e ciência;
Progresso e ciência; Bioética: reflexão e ação
− Estética: A vivência através da arte; Interpretações idealista e
empirista; Conceitos sobre o Belo;As várias formas de expressão
artística.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia Arruda, Martins, Maria Helena Pires, Temas de
filosofia. São Paulo: Ed. Moderna, 1992.
CHAUI, M. Introdução à História da Filosofia, dos pré-socráticos a
Aristóteles, Volume I, São Paulo, Cia. das Letras, 2002.
_____.Filosofia, Série Novo Ensino Médio, Volume único, São
Paulo: Editora Ática, 2004.
COTRIM, Gilberto, PARISI, Mario. História e Filosofia da educação,
São Paulo: Ed. Saraiva,1982.
_____.Fundamentos da Filosofia: História e Grandes Temas. 7ª
tiragem. São Paulo: Ed. Saraiva, 2005.
KIRK, G. S. RAVEN, J. E. & SCHOFIELD, M. Os filósofos présocráticos. Lisboa: Fund. Calouse Gulbenkian,1994.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo:
Cortez,1992.
PARANÁ.
Orientações
Curriculares
Preliminares:
SEED;
Departamento de Ensino Médio.
SOUZA, José Cavalcanti de. Pré-socráticos . col. Os Pensadores,
vol.1. São Paulo, Abril, Cultural, 1978.
7.13 .DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
CONCEPÇÃO DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
A Sociologia consolidou-se como ciência a partir do século XIX,
acompanhou o contexto histórico que abala a sociedade. Atualmente sua
abordagem é histórico-crítica, assim propicia um novo olhar à sociedade, ou
seja, de toda sua dinâmica social dentro de uma organização e
desorganização. Essa leitura possibilita a formação do cidadão com uma
postura mais crítica, participativa, sem o caráter coercitivo que a deixava
atrelada a valores burgueses, conforme as Diretrizes Curriculares. Desse modo
trazendo temas do cotidiano analisa a realidade do aluno ultrapassando a
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149
interpretação teórica da sociedade, desconstruindo e reconstruindo conceitos
levando à transformação da realidade e melhor compreensão e atuação política
do mundo em que vivemos.
OBJETIVO GERAL DA SOCIOLOGIA
Desenvolver a consciência de que toda sociedade é uma construção
histórica, pode ser (des)construída e reconstruída segundo a necessidade do
grupo e que é preciso ter compromisso com a realidade em que se vive.
Reconhecer que todos os indivíduos são atores sociais (num conceito
weberiano), e sujeitos sociais (num conceito marxista), que nem sempre
precisam se adaptar à sociedade tal como ela se encontra, mas que podem
transformá-la e serem sujeitos e não apenas objetos da história. Em suma,
levar o aluno a entender melhor a sociedade humana, a ver a sua realidade
com temas do cotidiano e tornando-o agente ativo do contexto social.
CONTEUDOS
- Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas: Sociologia: uma ciência
da Sociedade e sua importância; A relação indivíduo e a sociedad; Os
clássicos da Sociologia: A Sociologia brasileira: Euclides da Cunha, Gilberto
Freire, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes e Darcy Ribeiro.
- As instituições sociais:As instituições sociais e as mudanças sociais
- A cultura e a indústria cultural:O estudo da cultura sob a ótica
antropológica; A indústria cultural: cultura erudita, popular e de massa.; As
matrizes culturais do Brasil: índio, branco e africano; diversidade cultural
paranaense.
- Trabalho, produção e classes sociais:Diferentes processos de trabalho;O
trabalho e a desigualdade social: as formas, as classes, as castas e a
persistência das desigualdades; A exclusão social no Brasil.
- Poder, política e ideologia:Conceito de ideologia e poder; Ideologia e a
dominação capitalista; Política e sociedade: formas de Estado; O
fundamentalismo, a globalização e o futuro da humanidade.
- Direito, cidadania e movimentos sociais: Constituição brasileira: relação
dos direitos e deveres e cidadania; Movimentos sociais: forças da inércia e
mudança, movimentos populares no Brasil .
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, Fernando de. Princípios de Sociologia: Estudo de Sociologia
Geral. São Paulo – Duas Cidades, 199 _
BANDEIRA, Adelino Dias Costa. 2ª ed. Rio de Janeiro, 1997.
FONTOURA, Amaral. A Escola Viva Sociologia Educacional. Rio de Janeiro.
Ed. Gráfica Aurora Ltda; 199_
GUARESCHI, Pedrinho. Sociologia Crítica. Alternativas de mudanças. Porto
Alegre: Mundo Jovem, 1992.
LORENSETTI et al. Sociologia. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba:
Icone Audiovisual Ltda, 2006.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Àtica,
1996.
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150
PARANÁ. SEED - Departamento de Ensino Médio. Orientações Curriculares
Preliminares. Curitiba: SEED
TOMAZI, Nelson Dacio (coord.). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual,
2000.
8 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
8.1- Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual
se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos,
diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em
função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade
de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto,
deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que
oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá
orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os
seguintes princípios:
Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
Contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempoescola do educando;
Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos
pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão
desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada
disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horasaula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensinoaprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser
respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação
contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as
transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao
reingresso na educação formal, como durante o atual processo de
escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados,
tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários,
experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais,
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151
atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o
grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma
única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será
analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são
os seus avanços e necessidades, e as conseqüentes demandas para
aperfeiçoar a prática pedagógica.
8.2 - Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
a) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados,
sempre com finalidade educativa;
b) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a
06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o
processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá
na presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na
disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do
processo ensino- aprendizagem não terão registro de nota para fins de
promoção e certificação.
c) a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez
vírgula zero); para fins de promoção ou certificação, a nota mínima
exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a
Resolução n.o 3794/04 – SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e
cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na
organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
d) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero)
em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à
recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada
como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
e) para os educandos que cursarem 100% da carga horária da
disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações
processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis
vírgula zero);
f) os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados
em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a
regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;
g) o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
h) na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no
decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04
(quatro) notas para fins de cálculo da média final;
i) no Ensino Fundamental Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será
avaliada no processo de ensino-aprendizagem, não tendo registro de
notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.
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152
8.3 - Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como
hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da
aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará
concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a
apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,
independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de
novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
8.4 - Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com
êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no
Regimento Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de
matrícula inicial, transferência e prosseguimento de estudos.
8.5 - Classificação e Reclassificação
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino
utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no
Regimento Escolar.
9 - REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período
noturno, podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com
a demanda de alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa
autorização do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de
Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão
registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da
Educação do Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na
matriz curricular.
Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas
descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que
autorizado pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de
Estado da Educação – em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos
ou indivíduos em situação especial, como por exemplo, em unidades sócio-
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153
educativas, no sistema prisional, em comunidades indígenas, de trabalhadores
rurais temporários, de moradores em comunidades de difícil acesso, dentre
outros.
9.1 - ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento
no Ensino Fundamental – Fase I e por disciplinas no Ensino Fundamental –
Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em
concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres
n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e
Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº
01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.
9.2 - FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com
as seguintes ofertas :
a) a organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase
II e Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para
matrícula na organização coletiva;
b) a disciplina de Língua Espanhola será ofertada somente na
organização coletiva.
9.3 - MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e
Adultos:
a) a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
b) será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela
mantenedora;
c) o educando do Ensino Fundamental – Fase I será matriculado,
concomitantemente, em todas as áreas do conhecimento;
d) no Ensino Fundamental Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de
matrícula facultativa para o educando;
e) no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula
facultativa para o educando e entrará no cômputo das 04 (quatro) disciplinas
que podem ser cursadas concomitante;
f) o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio,
poderá
matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;
g) poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com
êxito
por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos,
série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão de
série(s) do ensino regular, mediante apresentação de comprovante de
conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;
h) para os educandos que não participaram do processo de
escolarização
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formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de
escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus
conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no
Regimento Escolar;
i) será considerado desistente, na disciplina, o educando que se
ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu
retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos,
aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos, desde
que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da
matrícula inicial;
j) o educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais
de 02 (dois) meses consecutivos ou por mais de 02 (dois) anos, a contar da
data de matrícula inicial, no seu retorno, deverá reiniciar a disciplina sem
aproveitamento da carga horária cursada e os registros de notas obtidos, caso
opte novamente por cursar esta disciplina.
9.4 - MATERIAL DIDÁTICO
O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um
dos recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede
Pública do Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.
9.5 - AVALIAÇÃO
a) avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente,
permanente;
b) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados,
sempre com
finalidade educativa;
c) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a
06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o
processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá
na presença do professor, conforme descrito no regimento escolar;
d) a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo
os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero);
e) para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0
(seis
vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.o 3794/04
– SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total
da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem
por cento) na organização individual;
f) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero)
em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à
recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como
acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
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155
g) a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética
das
avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota
6,0 (seis vírgula zero);
h) os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados
em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade da vida escolar do educando;
i) o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado
não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
j) Para fins de certificação e acréscimo da carga horária da disciplina de
Língua Espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0 (seis
vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total
da carga horária da disciplina;
k) no Ensino Fundamental Fase II a disciplina de Ensino Religioso será
avaliada no processo de ensino-aprendizagem, não tendo registro de notas na
documentação da escola, por não ser objeto de retenção;
l) para fins de acréscimo da carga horária da disciplina de Ensino
Religioso, na documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima
de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária disciplina.
9.6 - RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como
hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da
aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará
concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a
apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,
independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de
novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
9.7 - APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E
RECLASSIFICAÇÃO
Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e
reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o
disposto na legislação vigente.
9.8 - ÁREA DE ATUAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que
oferta a Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do
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156
Paraná, do Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações
pedagógicas descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.
9.9 - ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da
SEED, oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional,
desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25
de setembro de 2008.
10.-ESPECIFICAÇÕES DE RECURSOS MATERIAIS E AMBIENTAIS
10.1 – INSTALAÇÕES:
Salas de aula: 21 salas
 15 salas de aula com capacidade de 35 alunos;
 04 salas de aula para atendimento individual com capacidade
para 30 alunos;
 02 salas de aula para atendimento individual com capacidade
para 15 alunos.
COMPLEXO HIGIÊNICO - SANITÁRIO
BANHEIRO
Sexo ao qual se
Nº
destina
PIAS
BEBEDOUROS
N° Mictórios
N° Vasos
Sanitários
Banheiro
[ 01 ] Masculino
03
01
01
05
Alunos
[ 01 ] Feminino
03
01
-
07
Banheiro
[ 01 ] Masculino
01
01
-
01
[ 04 ] Feminino
04
-
-
06
PARA USO COMUM
02
-
-
-
PARA USO COMUM
03
-
-
-
Professores
CORREDORES
GINÁSIO
DE
ESPORTES
SALAS AMBIENTE
-
21 salas de aula ambiente (cada Disciplina)
-
01 Laboratório Paraná Digital
-
01 Salão Nobre
-
01 Biblioteca
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- 01 Ginásio de Esportes com duas quadras poliesportivas
-
02 Salas do Paraná Alfabetizado
10.2 – INSTALAÇÕES ESPECÍFICAS PARA:
ADMINISTRAÇÃO
 01Sala da Direção Geral
 01 Sala da Direção Auxiliar
 01 Sala da Secretaria Geral
 01 Sala da digitação de Históricos
 01 Sala para os arquivos de APED (Ação Pedagógica
Descentralizada)
 01 Sala de Xerox
 01 Cantina Comercial
SERVIÇOS TÉCNICO- PEDAGÓGICO
 01 Sala da Equipe Pedagógica
 01 Sala da Coordenação Geral das APEDs
CORPO DOCENTE
•
01 Sala de Professores
10.3 – AREA LIVRE PARA A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
•
01 Ginásio de Esportes coberto
10.4 – MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS QUE ATENDEM AS FINALIDADES
DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EJA
•
15 Racks para TV Pendrive
•
15 TVs Pendrive para as salas de aula
•
07 TVs Pendrive para APEDs
•
Sistema de som integrado para cada sala de aula
•
Sistema de som próprio para o Ginásio de Esportes
e Auditório do Salão Nobre
•
Quadros de giz com iluminação
•
Carteiras tipo universitário e Carteiras comuns
•
Mesa para professores
•
Cada sala de aula ambiente possui material
pedagógico específico
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10.5 – RELAÇÃO DO ACERVO BIBLIOGRÁFICO, ATUALIZADO E
ADEQUADO PARA ATENDIMENTO DAS FINALIDADES PEDAGOGICO –
EDUCATIVAS DOS CURSOS DE EJA.
( Em anexo CD contendo acervo bibliográfico)
10.6 - RELAÇÃO ATUALIZADA DOS EQUIPAMENTOS DOS
LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA E DE FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA
Um Laboratório de Informática Paraná Digital, contendo 20 terminais.
RELAÇÃO DOS MATERIAIS DE LABORATÓRIO-CIÊNCIAS
(1) microscópio biológico binocular.................................. SEED 74704
(1) microscópio biológico trinocular MODEL L 2000 C...BIOSYSTEMS FUNDEPAR
(1) microscópio biológico binocular MODEL L 2000......BIOSYSTEMSFUNDEPAR 353473
(1) microscópio biológico binocular MODEL L 2000......BIOSYSTEMSFUNDEPAR 353472
(1) microscópio biológico trinocular MODEL L 2000 C...BIOSYSTEMSFUNDEPAR 353476
(1) modelo do aparelho reprodutor feminino....................ORGANON - doação
de aluno
(1) modelo do aparelho reprodutor feminino....................ANATOMIC – APMF
(1) modelo do aparelho reprodutor masculino..................ANATOMIC – APMF
(1) modelo olho.................................................................ANATOMIC – APMF
(1) kit métodos anticoncepcionais....................................doação de aluno
(1) globo...........................................................................SEED – 6 0161
(1) torso
(1) conjunto com 60 lâminas biológicas
(1) caixa de lâminas para microscopia
(1) caixa de lamínulas para microscopia
(1) almofariz com pistilo, 180 ml
(2) balão volumétrico de vidro
(5) bastão de vidro
(10) becker de vidro de 100 ml
(1) becker de vidro de 600 ml
(1) bureta graduada de 50 ml
(1) erlenmeyer de vidro graduado, boca estreita de 250 ml
(5) pipeta graduada de 5 ml
(2) proveta de vidro graduada de 250 ml
(2) proveta de vidro graduada de 100 ml
(20) tubo de ensaio 1,5 x 5 cm
(20) tubo de ensaio de 2,5 x 20 cm
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(3) vara de vidro de 6mm x 500 mm
(5) placas de petri – 100 x 20 com tampa
(1) cx de papel de filtro qualitativo 90 mm com 50 discos
(2) lente convergente de vidro, com 08 cm de diâmetro, aumento de 2,5x
(1) pinça metálica aço inox para manipular vidraria, tipo tesoura
(3) lamparina a álcool com pavios e abafador com capacidade de 100 ml
painéis: (1) SISTEMA ENDÓCRINO
(1) SISTEMA NERVOSO
(1) SISTEMA MUSCULAR
(1) SISTEMA RESPIRATÓRIO
(1) SISTEMA DIGESTÓRIO
(1) SISTEMA CIRCULATÓRIO
(1) SISTEMA ESQUELÉTICO
(1) SISTEMA SENSORIAL
(1) SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
(1) O CORPO HUMANO
(1) A CÉLULA
(1) PORÍFEROS
(1) CELENTERADOS
(1) PLATELMINTOS
(1) NEMATELMINTOS
(1) ANELÍDEOS
(1) MIRIÁPODES E ONICÓFOROS
(1) INSETOS
(1) ARACNÍDEOS
(1) CRUSTÁCEOS
(1) MOLUSCOS
(1) EQUINODERMOS
(1) PEIXES
(1) ANFÍBIOS
(1) RÉPTEIS
(1) AVES
(1) MAMÍFEROS
(1) ECOSSISTEMAS
(1) CICLO DO NITROGÊNIO
Livros: série Atlas visuais - Editora Ática
(2) O Corpo Humano
(1) Anatomia Humana
(1) Esqueletos
(1) Animais
(1) Plantas
(1) Dinossauros
(1) A Terra
(1) A Pré-história
(1) Química
(1) Plantas
RELAÇÃO DOS MATERIAIS DE LABORATÓRIO-BIOLOGIA
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(1) microscópio biológico
MODEL L 2000 A – BIOSYSTEMS FUNDEPAR 353471
(1) microscópio biológico
MODEL L 2000 A – BIOSYSTEMS FUNDEPAR 353474
(1) retroprojetor
VGS 2250
– VISOGRAF
- SEED
66165
(1)lupa de mão
– MAPED
(1)modelo anatômico das fases embrionárias
(4)bandeja plástica branca, quadrada, tipo açougue
(2) cx lâminas para microscopia 50 unidades
– ANATOMIC – APMF
– PERFECTA
RELAÇÃO DOS MATERIAIS DE LABORATÓRIO-QUÍMICA
Reagentes:
(1) ácido clorídrico PA 1L
(1) ácido sulfúrico PA 1L
(1) alumínio em aparas
(1) anidro acético
(1) bicarbonato de sódio
(1) carbonato de sódio anidro
(1) carbonato de cálcio
(1) cobre em aparas
(1) enxofre em pó
(1) estanho em aparas
(1) fenolftaleína
(1) ferro em aparas
(1) fosfato de sódio dibásico anidro PA
(1) glicose sólida
(1) hidróxido de sódio 10 N – 500 ml
(1) hidróxido de sódio PA
(1) iodeto de potássio- 50 g
(1) magnésio em fitas
(1) sulfato de amônio PA 500 g
(1) sulfato de cobre II 100 g
(1) sulfato de cobre II comercial
(1) sulfato de magnésio anidro 500 g
Vidraria e Acessórios:
(1) almofariz com pistilos
(10) bastão de vidro
(2) cápsula de porcelana
(2) conta-gotas
(3) copos de becker 50 ml
(2) escovas para tubos de ensaio
(6) erlenmeyer
(6) placa de petri
(20) tubo de ensaio (1,8x18cm)
(3) vidro de relógio
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Painéis:
(1) tabela periódica
10.7 – RELAÇÃO DE RECURSOS AUDIO VISUAIS E TECNOLÓGICOS
-
22 TVs Pendrive
02 Videocassetes
10 DVDs com entrada USB
02 DVDs comuns
02 Retroprojetores
01 Aparelho de Fax
06 Máquinas Copiadoras
01 Máquina Fotográfica Digital
01 Filmadora
01 Aparelho de Multimídia
05 Impressoras
06 Aparelhos de Som portáteis
• 20 Ventiladores de Teto
• 03 Mesas de Som
• 01 Central de Som
• 04 Microfones
• 32 Unidades de Computadores
• 06 Aparelhos de Ar Condicionado
11 - RECURSOS HUMANOS
11.1 Atribuições dos Recursos Humanos
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio
pedagógico neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de
Jovens e Adultos, exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da
fundamentação teórica e da função social da EJA, do perfil de seus educandos
jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de
EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à Educação
e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.
11.1.1 Direção
A Equipe de Direção mencionada é composta por Diretor e Diretor
Auxiliar, com designação por ato próprio.
A Direção será exercida pelo Diretor escolhido entre os ocupantes dos
cargos vinculados ao magistério da rede pública estadual, de acordo com a
legislação.
À Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido
de garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino
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162
definidos na Proposta Pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a ser
desenvolvida pelo Estabelecimento.
O diretor exercerá a função de liderança na escola, com base no modelo
participativo, e deverá ser capaz de dividir o poder de decisão dos assuntos
escolares com toda a equipe, criando e estimulando a participação de todos, o
que requer um profissional que possua: comunicação, ética
empreendedorismo;IV - capacidade de reunir, analisar e socializar informações;
acessibilidade; capacidade de construção de cadeias de relacionamentos;
motivação; compromisso; agilidade. capacidade de administração de conflitos;
capacidade de desenvolvimento de trabalho coletivo.
Compete ao Diretor:
I - convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do Plano
Anual de Trabalho do estabelecimento, submetendo-o à apreciação e
aprovação do Conselho Escolar;
II - elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas
e submeter à apreciação do Conselho Escolar;
III - elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes
específicas de administração deste estabelecimento, em consonância com as
normas e orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação;
IV - coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas,
procedimentos e medidas administrativas, de acordo com instruções da
Secretaria de Estado da Educação;
V - supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e
pedagógico do estabelecimento;
VI - coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;
VII - deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação;
VIII - abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo
das práticas escolares;
IX - implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das
responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo do
Estabelecimento de Ensino;
X - coordenar toda a equipe escolar, tendo em vista o cumprimento dos
objetivos propostos para a EJA.
XI - coordenar a equipe pedagógica (diretor auxiliar, coordenadores,
professores pedagogos e professores) para a elaboração e implementação do
plano de trabalho;
XII - administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a
estimular a participação desses serviços nos processos decisórios da escola;
XIII - negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes,
levando em conta as necessidades de todos os envolvidos direta ou
indiretamente;
XIV - solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de funcionários
e professores do estabelecimento, observando a legislação vigente;
XV - administrar os recursos financeiros;
XVI - controlar a freqüência de professores e funcionários;
XVII - adquirir e controlar material de consumo e permanente;
XIX - executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
Compete ao Diretor Auxiliar:
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163
I - assessorar o diretor em todas as suas atribuições;
II - substituir o diretor em suas faltas e impedimentos.
11.1.2 - Professor Pedagogo
O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar,
num processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais
profissionais envolvidos, o desenvolvimento de um trabalho coletivo,
envolvendo toda a equipe pedagógica (pedagogos, coordenadores de ações
pedagógicas), para planejar, implementar e avaliar programa de Educação
Continuada para os docentes, a partir das necessidades pedagógicas
apresentadas.
Deve proporcionar aos educandos reflexão sobre a realidade social na
qual estão inseridos, de tal forma que compreendam os limites e possibilidades
existentes, favorecendo-lhes assim, o pleno desenvolvimento.
O Professor Pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também
no administrativo, tais como:
I - discutir com toda equipe pedagógica alternativas de trabalho, que motivem
os educandos durante o seu processo escolar;
II - planejar alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais
(evasão, repetência, transferências expedidas e recebidas e outros);
III - subsidiar na elaboração de plano de trabalho e ensino, a partir de
diagnóstico estabelecido;
IV - acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos
planos de trabalho;
V - buscar aprimoramento profissional constante, seja nas oportunidades
oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa própria;
VI - coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que apresentem
dificuldade de aprendizagem, para que a escola ofereça todas as alternativas
possíveis de atendimento;
VII - coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento de
estudos e conclusão de cursos;
VIII - participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas
conseqüências no desempenho dos educandos;
IX - promover a participação do Estabelecimento de Ensino nas atividades
comunitárias;
X - pesquisar e investigar a realidade concreta do educando historicamente
situado, oferecendo suporte ao trabalho permanente do currículo escolar;
XI - integrar a presidência do Conselho Escolar, em caso da ausência do
Diretor, se não houver Diretor Auxiliar.
XII - coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;
XIII - orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos para cada
disciplina;
XIV - subsidiar a Direção, com critérios, para definição do Calendário Escolar,
de acordo com as orientações do NRE;
XV - analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos de
recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;
XVI - participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, encontros e
grupos de estudos;
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164
XVII - coordenar a elaboração e execução da Proposta Pedagógica da escola;
XVIII - acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos professores e
educandos, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem e traçar
planos de recuperação;
XIX - orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada
disciplina;
XX - coordenar e acompanhar ações descentralizadas e exames supletivos
quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s)
dessa(s) ação(ões);
XXI - executar a Avaliação Institucional conforme orientação da
XXII – acompanhar o estágio não-obrigatório.
11.1.3 - Coordenações
As
Coordenações
de
Ações
Pedagógicas
Descentralizada
-Coordenação Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de
Exames Supletivos, têm como finalidade a execução dessas ações pelo
Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e regulamentadas pela
mantenedora.
Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:
Coordenador Geral
Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da
direção do Estabelecimento.
Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no
Sistema.
Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.
Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo
o atendimento aos educandos de todas as turmas.
Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem
executadas durante as horas-atividade dos professores.
Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de
experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensinoaprendizagem.
Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em
comunidades que necessitam de escolarização.
Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE,
quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da
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165
escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua
coordenação;
Coordenador Itinerante
Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos
educandos.
Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
Observar e registrar a presença dos professores.
Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.
Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.
Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação
Geral qualquer problema neste procedimento.
Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as
turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua
responsabilidade.
Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente
com os professores;
Coordenador de Exames Supletivos
Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames
Supletivos
Tomar conhecimento do edital de exames.
Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no
edital.
Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames
possam ser executados.
Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio
da emissão de Relatório de Inscritos.
Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando
necessário, para execução dos exames.
Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas
em Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.
Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o
DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas
especiais.
Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização
dos Exames.
Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a
realização dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos,
em especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.
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166
Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com
segurança e tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes
aos Exames.
Divulgar as atas de resultado.
Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.
11.1.4 - Docente
O Corpo Docente será composto por profissionais qualificados,
admitidos para atuarem na rede pública estadual de ensino segundo critérios
estabelecidos pela entidade mantenedora, responsáveis por disciplinas
constantes na matriz curricular.
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na
sede e nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames
supletivos. Deverá atuar em todas as formas de organização do curso, aulas
presenciais coletivas e individuais.
O docente será consciente de que a escolarização de jovens e adultos
trabalhadores precisa de ações educativas inovadoras, que responda às novas
exigências de uma sociedade em transformação, e requer um educador que
garanta a inter-relação personalizada e contínua do educando com o sistema
de ensino.
Os docentes de EJA deverão apresentar perfil que contemple:
I - compromisso com a Proposta Pedagógica da EJA;
II - visão global do currículo e dos princípios de sua organização;
III - postura interdisciplinar e contextualizada;
IV - planejamento de estratégias pedagógicas;
V - conhecimento da função social da EJA;
VI - busca de aprimoramento profissional constante, seja por meio de
oportunidades oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento de Ensino
ou por iniciativa própria.
VII - espírito de coletividade;
VIII - compromisso com as ações desenvolvidas regularmente e extra
curriculares pelo Estabelecimento de Ensino;
IX - disponibilidade de horário de acordo com sua carga horária docente;
X - disposição para o trabalho coletivo.
Cabe aos docentes:
I - definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA, das Diretrizes Curriculares Estaduais
da EJA e da Proposta Pedagógica deste Estabelecimento de Ensino;
II - conhecer o perfil dos educandos (idade, ocupação, nível sócio-econômico,
expectativas, hábitos de estudo);
III - utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino,
que respeite o processo de ensino-aprendizagem de cada jovem, adulto e
idoso;
IV - organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar;
V - estabelecer um processo de avaliação, a respeito do desempenho dos
educandos, tendo como princípio o acompanhamento contínuo da
aprendizagem;
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167
VI - analisar sistematicamente o resultado do desempenho do educando, obtido
no processo de avaliação, para fins de planejamento;
VII - realizar a recuperação de conteúdos concomitante ao processo ensinoaprendizagem;
VIII - utilizar as tecnologias de informação e comunicação disponíveis;
IX - elaborar, junto com a equipe de professores pedagogos e de
coordenadores, a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino, em
consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, as Diretrizes
Curriculares Estaduais e com a Proposta Pedagógica Curricular de EJA;
X - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com educandos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;
XI - realizar processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola,
tendo em vista uma avaliação reflexiva sobre o processo ensino e
aprendizagem;
XII - participar da realização de atividades extracurriculares do estabelecimento
de ensino;
XIII - utilizar técnicas e instrumentos diversificados de avaliação;
XIV - executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
11.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo.
A organização administrativa será instituída de forma a atender às
finalidades da escola, expressas na proposta pedagógica, subordinando-se à
direção, sendo constituída por:
I - secretaria;
II - equipe de apoio administrativo;
III - serviços gerais.
A secretaria é o setor que tem a seu encargo, todo registro de
escrituração escolar e correspondência do Estabelecimento de Ensino.
O cargo de Secretário(a) será exercido por um profissional
devidamente qualificado para o exercício desta função.
O Secretário será auxiliado por funcionários do quadro de apoio
administrativo.
O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela
Direção, ficando a ela subordinado.
Compete ao Secretário:
I - distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus
auxiliares;
II - organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,
ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
III - rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;
IV - apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam
ser assinados;
V - executar os registros na documentação escolar referentes a matrícula,
transferência, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e
conclusão de cursos;
VI - manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do educando;
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168
VII - comunicar à Direção toda a irregularidade que venha ocorrer na
Secretaria;
VIII - Manter atualizado o sistema informatizado de acompanhamento do
educando, considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.
A organização, a minúcia, a seriedade daqueles que ocupam este
ambiente têm, obrigatoriamente, que fazer parte de todas a suas ações;
Aos profissionais que executam esta função, secretários e apoio
administrativo, cabe a tarefa de:
I - conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege
o registro de documentação escolar do educando;
II - efetuar os registros sobre o processo escolar e arquivar a documentação
em pastas individualizadas, expedindo toda a documentação: declarações;
fichas de controle de notas e freqüência individual e coletivo; certificados;
históricos escolares; transferências; relatórios finais; estatísticas; e outros
documentos, sempre que necessário;
III - atender os educandos, professores e o público em geral informando sobre
o processo educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino;
IV - utilizar somente as matrizes curriculares autorizadas pelo órgão
competente;
V - participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e
por iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;
VI - auxiliar em todas atividades desenvolvidas pela escola;
VII - atender às solicitações do Diretor.
VIII - providenciar o material utilizado nos recursos materiais (computadores,
impressoras, fotocopiadora, entre outros) e conservá-los em bom estado;
IX - providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão e
reprodução de materiais, com a devida autorização da Direção;
X - racionalizar os serviços sob sua responsabilidade para uma melhor
produtividade;
XI - não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a
esse setor;
XII - receber, estocar e controlar o material de consumo, de limpeza e
equipamento;
XIII - solicitar à secretaria a reposição de material de consumo e de peças de
equipamentos.
A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que
o expediente da Secretaria conte sempre com a presença de um responsável;
independentemente da duração do ano letivo, em todos os turnos de
funcionamento do Estabelecimento de Ensino.
A autorização ou não da confecção dos materiais didáticopedagógicos, de acordo com as normas administrativas que regem o setor,
ditadas pela direção, será emanada pelos Professores Pedagogos e pelos
Coordenadores de Ações Pedagógicas.
O Serviço de Recursos Audiovisuais constitui o setor que tem a seu
encargo o atendimento aos educandos do Estabelecimento de Ensino e/ou
elementos interessados em aprender ou fixar conteúdos apresentados em
material ali existentes.
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169
O Serviço de Recursos Audiovisuais está sob a supervisão de
operadores e/ou técnicos em equipamentos e recursos audiovisuais
qualificados para a função.
Do Serviço de Recursos Audiovisuais faz parte o acervo de Materiais de
Ensino e Aprendizagem, Equipamentos e Recursos Audiovisuais
Compete aos operadores e/ou técnicos:
I - registrar, tombar, codificar e classificar os equipamentos e materiais do
setor;
II - manusear e operar os equipamentos e materiais da sala de Recursos
Audiovisuais;
III - atender a educandos e interessados que ali se dirigem para receber
orientações;
IV - zelar pelo bom uso e manutenção dos equipamentos e materiais;
V - controlar a produtividade do setor, freqüência, tempo e material;
VI - fazer previsão de estoque de peças de reposição;
VII - sugerir aquisição de outros equipamentos e de novos audiovisuais, bem
como, montar slides, executar gravações e outros;
VIII - fornecer aos diversos setores do estabelecimento de ensino a relação dos
Recursos Audiovisuais existentes;
IX - manter intercâmbio, por meio da Direção, com entidades públicas e
particulares envolvidas com audiovisuais;
X - elaborar relatório sobre as atividades do setor;
XI - operar os equipamentos da sala de projeção.
Os profissionais de Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de
manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento
de Ensino, sendo coordenados e supervisionados pela Direção, e ficando a ela
subordinado.
Compete aos Serviços Gerais:
I - efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,
providenciando o material e produtos necessários;
II - efetuar tarefas correlatas à sua função;
III - cumprir as determinações de caráter regulamentar, transmitidas pelo
Diretor;
IV - aceitar e cumprir a escala de trabalho que lhe for apresentada pela
mantenedora;
V - zelar pela conservação do prédio, pátio, jardins, mantendo-os em seu
perfeito estado e asseio;
VI - não permitir a entrada de pessoas estranhas ao ensino, nas dependências
da Escola, sem prévia permissão do Diretor;
VII - comparecer em atividades extras organizadas pelo estabelecimento,
prestando nessas ocasiões os serviços que lhe forem determinados;
VIII - cuidar do material de uso, não esbanjando e mantendo-o em boas
condições para o trabalho;
IX - propor medidas para melhoria do setor.
12 - RELAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS
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170
12. 1 – Equipe de Direção
Direção
Nome
Terezinha Rossi
Viviane Hoffmann
Fernanda Mazur Bizi
(licença Maternidade)
Ana Maria Schimanski
(substituição de Fernanda
Mazur Bizi)
Função
Diretora
Diretora Auxiliar
Diretora Auxiliar
Habilitação
Geografia
Biologia
Matemática
Diretora Auxiliar
Física
Função
Pedagoga
Pedagoga
Pedagoga
Habilitação
Pedagogia
Pedagogia
Pedagogia
Pedagoga
Pedagogia
Pedagoga
Pedagogia
Função
Coord. Geral APED
Coord. Itinerante APED
Coord.APED
Coord.APED
Coord.APED
Habilitação
Matemática
Letras
Biologia
Matemática
Letras
Coord.APED
Coord. APED
Ed.Artística
Geografia
Coord. APED
Coord.APED
Português
Pedagoga
Coord.APED
Letras
12. 2 – Equipe Pedagógica
Equipe Pedagógica
Adriane Moro do Carmo
Evelise Rocker Tortato
Karime Aparecida Bueno
Mendes
Nelice Maria Fabri de
Campos
Vera Kaio Kawahara
Coordenações
Lucimara Aparecida Rosa
Ana Regina Benatto Casero
Andréa Soraya Zanetti
Edy Célia Coelho
Eni Terezinha Drabesch
Tenorio
Eugenia Terezinha Zimowski
Jeana Escolástica Maffini dos
Santos
Lorena Jacomel Nogueira
Nelice Maria Fabri de
Campos
Tania Villordo Calderon
12. 3 – Equipe Técnico-Administrativa
Secretária
Dinorá Goulart Lobo
Técnico-Administrativo
Função
Secretária
Função
Habilitação
Ensino Médio
Habilitação
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
171
Alexandre Oliveira Schwind
Tec. Administ.
Ensino Médio
Anderson Luiz Carvalho Batista
Tec. Administ.
Ensino Médio
Desireé Oberst
Tec.Administ.
Superior
Jane da Silveira
Tec. Administ.
Ensino Médio
José Maria de Oliveira S.Moura
Tec.Administ.
Ensino Médio
Liliane Nikosky
Tec. Administ.
Ensino Médio
Luciano Burigo
Tec. Administ.
Superior
Marcos da Silva Mulazani
Tec.Administ.
Ensino Médio
Maria Alice de Almeida Cabrera
Tec.Administ.
Superior
Marilize Fátima Kuss
Tec.Administ.
Ensino Médio
Marli Oliveira Ribeiro
Tec.Administ.
Ensino Médio
Neide Rodrigues de Sou
Tec.Administ.
Superior
Neusa Maria Armstrong Ferreira
Tec. Administ.
Ensino Médio
Patricia Lummertz Blauth
Tec. Administ.
Ens. Superior
Thania Mara de Meneses Dias
Tec.Administ.
Superior
12. 4 – Equipe Auxiliar Operacional
Equipe Auxiliar
Operacional
Adjaime de Oliveira
Aparecida Neves Malaquias
Celia Tomaz da Silva de
Moraes
Clara Moreira
Eliane Maria Lima
Guimarães
Evani Alves Pereira
Hilçon Silvério de Moraes
Jodite Medeiros
Jussara de Fátima da Maia
Leida Aparecida de Gois
Ferreira
Leonita Train
Maria Eunice de Oliveira
Maria Izildinha Demetino
Marta Goreti de Resende
Nelci Miranda de Campos
Rosi Mazor Mann
Sandra Regina Dutra
Santina de Fátima Medeiros
Zilda Inês da Silva
Função
Habilitação
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Ensino Médio
Ensino Médio
Ensino Fund
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Ensino Médio
Ensino Médio
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Ensino Médio
Ensino Médio
Ensino Médio
Ensino Médio
Ensino Fund
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Aux. Serv. Gerais
Ensino Fund.
Ensino Médio
Ensino Fund
Ensino Médio
Ensino Médio
Ensino Médio
Ensino Médio
Ensino Fund
Ensino Médio
12. 5 – Docentes – Ensino Fundamental - Sede
LINGUA PORTUGUESA
Nome
Ana Regina Benatto Casero
Lea Lelia de Paiva
Função
Docente
Docente
Habilitação
Letras
Letras
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
172
Marilia Martins da Luz
Docente
Letras
Noeli de Ramos Gomes Couto Pereira
Docente
Letras
Rosely Guedes Loria
Docente
Letras
Sandra Mara Pelizzari
Docente
Letras
Silmara Banatto
Docente
Letras
Susana Andreia Passos
Docente
Letras
Tânia Villordo Calderon
Docente
Letras
ARTE
Nome
Jucilene Silveira de Andrade
Margareth Carli
Função
Docente
Docente
Maristella Della Giacoma
Regina Stella Scavazza
Valdir Borges Martins
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Ed. Artística
Artes
Plásticas
Ed. Artísitca
Ed. Artística
Desenho
INGLES
Nome
Alzira Maria do Espirito Santo Porto
Carlos Antônio Canalli
Clair Terezinha Corbani
Ieda Amaral Egg Silveira
Marco Antonio Fabeni
Suzana Andreia dos Passos
EDUCAÇÃO FÍSICA
Nome
Leonisia Isaura Brandalize
Rosangela Menin
Yara Schaitza Fonseca
MATEMÁTICA
Nome
Dinuel Fernandes de Campos
Elisabet Doria
Fernanda Mazur Bizi
Francis Elias Georges Bitar
Leoni Ribeiro da Anunciação
Mirian Mary de Santis
Patrizia Bianca Tempesta
Terezinha Goularte
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Função
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Ed. Física
Ed. Física
Ed. Física
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Matemática
Ciências
Matemática
Matemática
Matemática
Matemática
Matemática
Matemática
Nome
Andrea Soraia Zanetti
Ilse Maria Muller
Função
Docente
Docente
Josmaria Aparecida de Camargo
Docente
Habilitação
Biologia
Ciências
Biógicas
Ciências
CIENCIAS
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CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
173
Biógicas
Maria Inês Gomes
Docente
Ciências
Biógicas
Maria Lúcia Lopes
Docente
Ciências
Biógicas
HISTÓRIA
Nome
Francisco Carlos Sdroiewski
Lucia Helena Carli Araújo
Marcos Genésio Trevisan
Mercedes Dalla Costa Rizzi
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Geografia
Hist
Hist
Hist
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Geografia
Geografia
Geografia
Geografia
GEOGRAFIA
Nome
Ieda Sales Graeff Petzold
João Carlos Esmaniotto
Maria Bernadete Elias Bleggi
Maria Clara Machado
12. 6 – Docentes – Ensino Médio - Sede
LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA
Nome
Função
Eni Terezinha Drabeski Tenório
Docente
Izabel Barbosa
Docente
Jane Bernadete Lambach
Docente
Lea Lelia de Paiva
Docente
Noeli de Ramos Gomes Couto Pereira
Docente
Relindes Ianke Leite
Docente
Susana Andreia Passos
Docente
Habilitação
Letras
Letras
Letras
Letras
Letras
Letras
Letras
LEM – INGLES
Nome
Carlos Antônio Canalli
Clair Terezinha Corbani
Jandira Andrade Holsbach
Julio César de Almeida
Lea Lelia de Paiva
Marilea Cardon Bernardes
Silmara Benatto
Susana Andrea dos Passos
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
Letras/Inglês
ARTE
Nome
Fernando Menon
Margareth Carli
Maristella Della Giacoma
Função
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Arte
Educação Artística
Educação Artística
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
174
Susane Maria Fillippetto
Docente
Educação Artística
Valdir Borges Martins
Docente
Educação Artístiva
FILOSOFIA
Nome
Josmar de Jesus Batista
Luiz Demétrio Janz Laibida
Patricia Kelly Camporezi
Tânia Suraia Hakim
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Filosofia
Ciências Sociais
Geografia
Estudos Sociais
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Ciências Sociais
Ciências Sociais
História
Geografia
Estudos Sociais
Função
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Ed. Física
Ed. Física
Ed. Física
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Matemática
Matemática
Ciências
Matemática
Matemática
Matemática
Matemática
Matemática
Matemática
SOCIOLOGIA
Nome
Jayme Parra Junior
Luiz Demétrio Janz Laibida
Marcos Genésio Trevisan
Neuza Carlesse Martins
Tania Suraia Hakim Costa
EDUCAÇÃO FÍSICA
Nome
Dulce Mara de Fátima Rizzardi de Oliveira
Rosangela Menin
Sueli Maria Orcioli
MATEMÁTICA
Nome
Dinuel Fernandes de Campos
Edy Célia Coelho
Elisabet Doria
Fernanda Mazur Bizi
Ivo André Tatarin
Miriam Mary De Santis
Patrizia Bianca Tempesta
Terezinha Goularte
Ydvir Silva de Souza
QUIMICA
Nome
Hanna Raquel Quirrembach
Izabel Cristina Calzado
Maria Aparecida do Carmo
Maria Lúcia Lopes
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Primo José Martins
Rosangela da Silva Antunes
Docente
Docente
Habilitação
Química
Química
Química
Ciências
Biológicas
Química
Química
FÍSICA
Nome
Celina Wahl
Função
Docente
Habilitação
Física
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
175
Elisabet Dória
Docente
Ciências Biológicas
Fábio Muchinski
Docente
Matemática
Fernanda Mazur Bizi
Docente
Matemática
Ivo André Tatarin
Docente
Matemática
Mauro César Rufino
Docente
Matemática
BIOLOGIA
Nome
Cláudia Nogata
Ilse Maria Muller
Josmaria Aparecida de Camargo
Kátia Inês Pilaski Rati
Maria Inês Gomes
Maria Lucia Lopes
Viviane Hoffmann
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Ciências Biológicas
Ciências Biológicas
Ciências Biológicas
Ciências Biológicas
Ciências Biológicas
Ciências Biológicas
Ciências Biológicas
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Geografia
História
História
História
Geografia
Geografia
História
Geografia
Estudos Sociais
Função
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Docente
Habilitação
Geografia
Geografia
Geografia
Geografia
Geografia
Estudos Sociais
HISTÓRIA
Nome
João Carlos Esmaniotto
Lucia Helena Carlin Araújo
Márcia Gianelli
Marcos Genésio Trevizan
Maria Bernadete Elias Blegg
Maria Clara Machado da Fonseca
Marleuza de Assis Fernandes
Neuza Carlesse Martins
Tania Suraia Hakim Costa
GEOGRAFIA
Nome
João Carlos Esmaniotto
Maria Clara Machado da Fonseca
Maria Vera de Anhaia de Gomes
Neuza Carlesse Martins
Patrícia Kelly Camporezzi
Tania Suraia Hakim Costa
12. 7 – Docentes – Ensino Profissionalizante – PROEJA – Curso Técnico em
Segurança do Trabalho
Nome
Função
Dulce Mara de Fátima Rizzardi Docente Ed. Física
Habilitação
Educação Física
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
176
de Oliveira
Ilse Maria Muller
Docente Biologia
João Marcelino
Viana
de
Ciências
Biológicas
Oliveira Coordenador
Engenheiro
Segurança
Trabalho
de
do
Jovanir Xavier
Docente Higiene do Téc.
Prod.
Trabalho
e
Seg. Industrial
Trabalho
Marcos Genésio Trevisan
Docente História
Estudos Sociais
Maria Vera de Anhaia Gomes
Docente Sociologia
Ciências Sociais
Maristella Della Giacoma Bettes
Docente Arte
Educação
Artística
Mirian Mary de Santis
Docente Matemática
Matemática
Neuza Carlesse Martins
Docente Geografia
Geografia
Nilda Maria Saldanha Senra
Docente
Noções Economia
Administração Fund.
Seg. Trab.
Patrícia Kelly Camporezzi
Docente Filosofia
Geografia
Primo José Martins
Docente Química
Química
Roberto
Freitas
Luis
Fonseca
de Docente Higiene
Trabalho
do Engenharia Civil
Prev. Cont. Riscos e
Perdas
Roberto
Freitas
Luis
Fonseca
de Coord. Estágio
Engenheiria
Civil
Rosangela Menin
Docente Ed. Física
Educação Física
Silmara Benatto
Docente Inglês
Letras Inglês
Susana Andréia dos Passos
Docente Português
Letras
12. 8 – Docentes – APEDs (Ações Pedagógicas Descentralizadas)
Nome
ADELAIDE RODRIGUES WINCK
ADRIANO PIMENTEL URUGUAY
ALISSON GEBRIM KRASOTA
DISCIPLINA
MATEMÁTICA
PORT/ING
CIEN.SOC.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
177
ALZIRA MARIA DO ESPÍRITO SANTO PORTO
ANA MARIA SCHIMANSKI
ANA MARIA BENEGHETTO PACHECO
ANGELA ELIZABETH SARNESKI
ANGELICA BONIFACIO DE CASTILHO
ANTONIA SANTOS
AUGUSTO JONACIR LOURENCO PIMENTEL
CARLOS GUSTAVO DA MOTA FIGUEIREDO
CATHERINE MOUTSOPOULOU MENEGASSI
CELINA WAHL
CLAUDIA NOGATA
CLAUDINEI DE FREIRAS
CLAUDIO ROBERTO FERREIRA
CRISTINE LOIS COLETI
EDERSON FELISBERTO
EDISON FOGACA DE ALMEIDA
INGLÊS
FÍSICA
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORT/ING
PORT/INGLES
MATEMÁTICA
PORTUGUÊS
FISICA
CIE/BIO
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
QUIMICA
INGLÊS
MATEMÁTICA
EDNA SILVIA LOURENÇO
EDSON GOMES MARTINS JUNIOR
EDSON RIBEIRO TAVARES
ELAYNE MANGUEIRA NOBRE
ELENISE DO ROCIO DETZEL
EVANDRO DA ROSA
EVELISE DAS GRAÇAS FERREIRA
FABIO ADHEMAR DA SILVA RAHAl
FELIPE AUGUSTO KARAM
FERNANDA CASSIA DOS SANTOS
FRANCIS ELIAS GEORGES BITAR
FRANCISCO CARLOS DA MAIA
FRANCISCO CARLOS SDROIEVSKI
GISELI REHBEIN DE LIMA RODRIGUES
HANNA RAQUEL QUIRRENBACH
IEDA SALES GRAEFF PETZOLD
INGRID PRIMAVERA PEDRAZA PEREZ
JANDIRA ANDRADE HOLSBACH
JEANA ESCOLASTICA MAFFINI DOS SANTOS
JOHNNY COSTA DE LIMA
JOSE BRANDANI TENORIO
JOSÉ JAISON CHAVES
JOSMAR DE JESUS BATISTA
JUAN CARLOS ARMILIATO
JULIO CESAR DE ALMEIDA
KATIA INÊS PILASKI RATI
LAZARA APARECIDA BOTELHO
LEANDRO FERREIRA DOS SANTOS
LEIDE MARIA DA COSTA
LEILA TEIXEIRA PEREIRA
LENICE DINIZ CIDREIRA
LEONARDO MENDES FERREIRA
LEONI RIBEIRO DA ANUNCIAÇÃO
LESLIE LUIZA PEREIRA GUSMÃO
LILIAN CRISTINA GABRIEL BINA
LILIAN KELLY DOS SANTOS ROMANHOLI
LOURIVAL FABIANO BUSCH
LUZIA REGIS NOROK PEREIRA
MARCELO FRANCO DE OLIVEIRA
MARCELO GALLIANO
MARCELO NETO SAHD
MARCO ANTONIO FABENI
PORT/INGLES
GEOGRAFIA
MATEMÁTICA
GEOGRAFIA
GEO/HIS
ARTE
FÍSICA
FISICA
PORT/INGLES
HISTÓRIA
MATEMÁTICA
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
QUIMICA
GEOGRAFIA
HISTORIA
INGLÊS
GEOGRAFIA
CIE/BIO
GEOGRAFIA
CIÊNCIAS
FILOSOFIA
FILOSOFIA
INGLÊS
CIÊNCIAS
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
INGLES
HISTÓRIA
BIOLOGIA
BIOLOGIA
MATEMÁTICA
HISTÓRIA
CIENCIAS
QUÍMICA
INGLÊS
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
INGLES
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
178
MARGARETH CARLI
MARIA CLARA MACHADO DA FONSECA
MARIA CRISTINA TORRES DO NASCIMENTO
MARIA DALVA CARMONA
MARIA HELENA MILANI
MARIA RUTH BETINI PEREIRA
MARILIA MARTINS DA LUZ
MARINA THIEME BAHR
MARLI DO ROCIO HAGEMAIER RUTKOSKI
MIRIAM MARTINS
MOACIR DE SOUZA ARAUJO
NEUMAR LUIS MICHALISZYN FLENIK
OSMAR VILELA
RENATA FABRI DE CAMPOS
RICARDO ABUHAMAD PETROCINO
RODRIGO HÉLIO DOS SANTOS
RODRIGO OLIVEIRA DE ARAUJO
ROSA ELVIRA NANAMI
ROZELI OLIVEIRA DE AZEVEDO
SANDRA MARA DOS SANTOS DE CARVALHO
SANDRA MARA PELLIZZARI WIELEWSKI
SIMONEIA APARECIDA DA ROSA
SOLANGE KUKLIK
TELMA SUELI SIMÃO
VAINE TEGONI AGOSTINI
VALTER LUIZ VEIGA
VANDERLEI RIBEIRO
VIVIANE VIEIRA SILVA
WAGNER VERCHAI DE LIMA
ARTES
GEOGRAFIA
CIENCIAS
PORT/INGLES
PEDAGOGA
INGLES
PORTUGUÊS
CIÊNCIAS
INGLES
FILOSOFIA
MATEMÁTICA
PORTUGUÊS
GEOGRAFIA
BIOLOGIA
BIOLOGIA
ED.FÍSICA
HISTÓRIA
CIEN/BIOL
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
PORT/INGLES
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
QUÍMICA
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
GEOGRAFIA
PORTUGUÊS
BIOLOGIA
12.9 - Docentes – Educação Especial
Nome
Disciplina
Anderson Gonçalves Guimarães
Intérprete de Libras
Eliane Clara Pepino
Educação Especial
Jehniffer Cristina da Silva Ferreira
Intérprete de Libras
Maria Lúcia Catafesta da Silveira
PAP
13 – AVALIAÇÃO DO P.P.P. E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DOS CURSOS
Acompanhar e avaliar o Projeto Politico-Pedagógico é avaliar os
resultados da própria organização do trabalho pedagógico. Neste sentido, a
avaliação do Projeto Político-Pedagógico será um ato dinâmico, constante que
oferecera subsídios para a própria reconstrução do Projeto Político-Pedagógico
e para as ações dos educadores e dos educandos.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
179
O processo de avaliação do PPP envolverá momentos distintos
de construção coletiva como:
• descrição e problematizaçao da realidade escolar
• compreensão critica da realidade descrita
• proposição de alternativas de ação
• avaliação do PPP e avaliação institucional dos cursos
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DOS CURSOS
A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/Pr,
afirma que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de
identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema,
subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação
social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada
na rede estadual”. (SEED, 2004, P.11)
Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui
também os gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja,
possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que
dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação
pública de qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente,
o compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.
Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais,
enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades
essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e
políticos, bem como, a reelaboração e a implementação de novos rumos que
garantam suas finalidades e impactos positivos à população que demanda
escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta Proposta PedagógicoCurricular, abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de
Jovens e Adultos, ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação
quanto os indicadores deles resultantes envolverão, obrigatoriamente, porem
de forma distintas, todos os sujeitos que fazem a Educação na Rede Pública
Estadual: na escola - professores, educandos, direção, equipe pedagógica e
administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar;
na SEED – de forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação e
Trabalho e dos respectivos NREs.
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação
destes instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas,
principalmente aquelas relacionadas à capacitação continuada dos
profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com as escolas no
sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na pratica
pedagógica.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
180
Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes
Curriculares Estaduais de EJA que “...o processo avaliativo é parte integrante
da práxis pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu
papel na formação da cidadania e na construção da autonomia”.(SEED, 2005,
p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular
implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática
pedagógica e administrativa das escolas.
Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional serão
produzidos em regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens
e Adultos, considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que
integram o currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas
basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos
avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a
experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do Banco de Itens,
porém sem o caráter de composição da nota do aluno para fins de conclusão.
A normatização desta avaliação institucional da Proposta PedagógicoCurricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.
Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”
“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas
dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo
esforço de melhoria de qualidade da educação empreendido por cada escola deve
estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence.”
(SEED, 2005, p.17)
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede
como um todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à
função social da Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da
escolarização de jovens, adultos e idosos.
14 - ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
14.1 - PROGRAMA VIVA ESCOLA
PROPOSTA DA ATIVIDADE
CURRICULAR - Projeto 1
PEDAGÓGICA
DE
COMPLEMTAÇÃO
A)Núcleo de conhecimento: Científico-Cultural
B)Título da atividade desenvolvida: Jornal “Folha Estudantil”
C)Nome do Profissional: Eliane Clara Pepino
D)Número de participantes : 20 alunos
E) Justificativa:
A partir de uma experiência no CEEBJA Paulo Freire, da Professora
PAP , realizando um jornal escolar intitulado “ Folha Estudantil”, juntamente
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
181
com um aluno com deficiência Neuro-motora, Matheus Kreling e
o
envolvimento crescente de professores, alunos e comunidade escolar, com
este trabalho, mobilizou a Escola para ampliar esta atividade de ensino e
aprendizagem em Atividade Pedagógica de Complementação Curricular.
A Educação de Jovens e Adultos, contempla na Proposta PedagógicoCurricular,
o atendimento a educandos com necessidades educativas
especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva
ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o
êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se
encontram individualmente estes educandos.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as
alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para
remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos.
Visto que muitos professores no CEEBJA Paulo Freire aplicam inúmeras
estratégias de ensino que favorecem a inclusão e adaptação curricular, a
veiculação dessas informações, através de um jornal escolar, coordenado pela
Professora PAP e realizado pelo aluno com deficiência neuro-motora, contendo
matérias produzidas pelos próprios alunos, com depoimentos, registros através
de fotos das situações de aprendizagens nas diversas disciplinas, justifica-se
esta atividade de complementação curricular para a escola.
F)Objetivo Geral:
Divulgar e socializar conhecimentos das diversas disciplinas do Ensino
Médio através da criação de um jornal escolar , como uma forma prazerosa de
aprender, comunicar, valorizar e potencializar a integração dos alunos com
necessidades especiais com toda a comunidade escolar.
G)Objetivos Específicos:
1.
Divulgar as estratégias pedagógicas dos professores e
suas disciplinas possibilitando aos alunos a visão da
interdisciplinaridade e contextualização dos conhecimentos;
2.
Socializar habilidades e talentos da comunidade escolar
( educandos , professores e funcionários), divulgando valores
literários,
artísticos,
científicos,
mídias,
esportivos,
profissionalizantes e outros.
3.
Promover ampla circulação de cada edição do jornal para
os alunos, professores, funcionários, Direção e Equipe
Pedagógica, bem como nos espaços externos à escola, como
forma de divulgação da EJA e da própria escola.
H-Pressupostos teóricos-metológicos
Segundo as Diretrizes Curriculares para a Educação Especial no
Estado do Paraná,
A compreensão da Educação Especial como modalidade que dialoga e compartilha
.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
182
os mesmos princípios e práticas da educação geral é recente e exige das famílias,
alunos,profissionais da educação e gestores das políticas públicas um novo olhar sobre
o aluno com necessidades educacionais especiais. (...) um novo olhar em que valores
como compreensão, solidariedade e crença no potencial humano superem atitudes de
preconceito e discriminação em relação às diferenças.(...) um novo olhar que inspire a
educação na e para a diversidade,em que currículos que marginalizam as diferenças
dêem espaço à construção de práticas curriculares calcadas no compromisso com a
pluralidade das manifestações humanas presentes nas relações cotidianas da escola.
Ainda na Proposta Pedagógico-Curricular para EJA.
(...) desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial
atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características
diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições
sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios
diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar. Garante-se,
dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade
com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos,
mas
uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um
aprenda, resguardando-se suas singularidades.
No contexto social e escolar de jovens, adultos, idosos, deficientes
neuro-motores, cegos,surdos e mudos, síndrome de donw, disléxicos e outras
especificidades, não basta o respeito mas a acessibilidade atitudinal,
buscando flexibilização ,adaptações,cooperação ,propiciando o direito de
expressar opiniões,idéias e emoções . Nesse sentido, o uso da multimídia
como metodologia de ensino,
pesquisa, informações, intercâmbio de
experiências com professores, alunos e comunidade escolar facilita o processo
de inclusão, viabiliza a participação efetiva do aluno com necessidades
especiais nas diferentes situações de aprendizagem, na interação no contexto
escolar e com os demais alunos da Escola.
Segundo Moran utilizando-se favoravelmente as tecnologias de forma
colaborativa na educação, tendem a favorecer à todos.
‘’Construção colaborativa
A Internet favorece a construção cooperativa e colaborativa, o trabalho
conjunto entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente.
Podemos participar de uma pesquisa em tempo real, de um projeto entre
vários grupos, de uma investigação sobre um problema de atualidade. ‘’
I - Resultados que se espera atingir:
Envolver a comunidade escolar mobilizando-a para uma efetiva
participação no Jornal Escolar;
Criar uma identidade para o Jornal Escolar que caracterize a escola
como um todo e não apenas a Educação Especial.
Valorizar as capacidades, os valores humanos independentes de
suas dificuldades ou especificidades.
Promover a integração entre alunos com necessidades especiais
com os demais alunos.
J - Recursos materiais e humanos:
Humanos: Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Professora PAP
Funcionários, Alunos.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
183
Materiais: Multimídia:TV pendrive,computador ,notebook,data
show,impressora,tinta colorida para impressora,papel sulfite,pendrive,CDs e
dvs.
K - Identificação e descrição do espaço onde será desenvolvido:
O projeto será desenvolvido em uma das salas do CEEBJA Paulo
Freire,onde é possível o uso de computador e internet..Será utilizada a sala do
setor de Língua Portuguesa para correções e revisões textuais e gramaticais
.Poderá eventualmente utilizar-se de espaços externos de aprendizagem,
como museus , Parque da Ciência, Planetário, Gazeta do Povo, Universidades
e outros.
L - Cronograma
Fevereiro a Dezembro de 2010, com edição bimestral do Jornal.
M – Critérios estratégias e instrumentos de avaliação da atividade:
A Avaliação será contínua com a apreciação dos leitores,tendo um
espaço destinado para opiniões,sugestões,apreciações via e-mail do jornal.
Passará pelos Professores de Língua Portuguesa e equipe multidisciplinar
antes de cada edição ser divulgada.
PROPOSTA
DA
ATIVIDADE
PEDAGÓGICA
CURRICULAR - VIVA ESCOLA - Projeto 2
DE
COMPLEMENTAÇÃO
PROFESSORA: SUSANE MARIA FILIPETTO CEQUINEL
NÚCLEO DE CONHECIMENTO: CIENTÍFICO CULTURAL
DISCIPLINA DE ARTE
Planejamento das oficinas” LAMBUZANDO A MÃO NA TINTA”
Módulo 1
Conteúdo Estruturante: Oficina de Gravura
Conteúdos Específicos
-Breve história da gravura -Apreciação e análise de obras brasileiras e
paranaenses nas diversas técnicas
-Visita a espaços culturais - Museu Alfredo Andersen
-Analise de tendências
-Exercícios de composição com elementos de obras paranaenses
-Experimentação de gravura alternativa em isopor, em madeira (xilogravura),
em linóleo (linóleogravura).
-Elaboração de painel com resultado das pesquisas
-Visitação ao Solar do Barão, visualizando artistas trabalhando com gravura em
metal, litografia, xilo e linóleo.
- Participação com exposição dos trabalhos no FERA 2010
Modulo 2
Conteúdo Estruturante :Oficina de desenho artístico
Conteúdos Específicos:
-Técnicas de desenho
-Apreciação de obras de artes
-Elementos da composição ponto, linha, forma espaço)
-Materiais expressivos
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
184
-Exercícios de traçado
-Elaboração de estudos em desenho
-Analise de produção
- Exposição dos trabalhos realizados
Modulo
Conteúdo Estruturante :Oficina de Pintura
Conteúdos Específicos:
Apreciação e analise de obras
Elementos da composição ( linha, forma, cor, textura, harmonia, ect.)
Releitura de obras
Estudo de composição
Materiais expressivos
Técnicas de pintura
Experimentação de materiais e suportes
Exercícios de composição
Estudos e elaboração criativa
Analise de produção
Exposição da produção
Avaliação de aproveitamento
Critérios de avaliação:
Avaliação contínua, através do desenvolvimento de cada aluno, segundo sua
produção artística e conhecimentos apreendidos.
PROPOSTA
DA
ATIVIDADE
PEDAGÓGICA
CURRICULAR - VIVA ESCOLA - Projeto 3
DE
COMPLEMENTAÇÃO
PROJETO CONSCIÊNCIA EM CENA
Núcleo de Atividade: Científico cultural
Atividade: Divulgação Científica
Professor: Josmar de Jesus Batista
Disciplina de Filosofia
Justificativa:
Partindo do pressuposto de que o trabalho com a filosofia é o próprio
exercício do pensar reflexivamente, isto é, de modo racional e sistemático, a
proposta do projeto Consciência em Cena tem por prioridade – através de
pesquisas e debates à cerca de textos clássicos da filosofia, criar condições
teóricas e práticas para o desenvolvimento do pensamento próprio, da criação
e reelaboração de conceitos por parte do próprio estudante.
Inseridos nessa perspectiva, as atividades a serem trabalhados partem dos
próprios conteúdos estruturantes fazendo o diálogo com a interpretação e a
representação cênica dos mesmos, sem o abandono do viés filosófico,
possibilitando ao educando adquirir uma nova visão sobre as coisas, uma nova
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
185
dimensão interpretativa do real, a dimensão filosófica, na qual se encontra o
processo mesmo do filosofar.
Conteúdos:
A escolha das temáticas perpassam pelos vários conteúdos estruturantes como
mito e filosofia, teoria do conhecimento, ética, filosofia política, estética.
Objetivos
-Possibilitar ao Educando o contato e a apropriação dos textos filosóficos
clássicos.
-Desenvolver a capacidade de pensar e repensar conceitos.
-Trabalhar a formação de sujeitos do conhecimento, produtores de conceitos e
não apenas meros receptores passivos de informações.
Encaminhamentos Metodológicos:
-Tornar a representação cênica um agente de mobilização para a
problematização filosófica, um instrumento que de fato incite, instigue,
provoque no educando a curiosidade, o desejo da investigação.
- Praticar a leitura e releitura, a interpretação e a reinterpretação de textos
filosóficos clássicos, situando tais obras e seus respectivos autores numa
contextualização histórica e atual, fazendo a problematização das várias
categorias abordadas.
-reelaborar e criar conceitos, fazendo a relação entre a teoria e a prática
Infraestrutura:
- espaço para a prática de exercícios corporais e apresentações.
- colchonetes.
- aparelho de som para trabalho com música.
- tecidos para confecção de figurinos.
4. sala de informática para pesquisas.
Resultados Esperados:
Espera-se que o educando:
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
186
-Adquira em sua formação filosófica, uma formação cidadã, produtora de
indivíduos preocupados com as questões da polis, agentes de transformação
social.
- Demonstre uma postura crítica que se traduza no pensar e no agir filosófico,
deixando claro que a consciência de si e do outro resulta na própria
possibilidade de mudança na estrutura da sociedade.
Articule uma práxis filosófica efetiva que represente a união do conhecimento
teórico e prático: o saber, o fazer, o ser.
Critérios de Participação:
Estar matriculado no Ceebja Paulo Freire.
Ter disponibilidade de horário para ensaios e apresentações.
Assumir compromisso de responsabilidade com o grupo de trabalho, estando
pontual e frequentemente nas aulas.
Ser participativo.
14.2 – CELEM - ESPANHOL
CALENDÁRIO ESCOLAR DE
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO CELEM – 2010
TURNO 1 (manhã): 8h30 às 12h00 ( 4 h/a e 10 minutos de intervalo)
DIA DA SEMANA: SÁBADO
CALENDÁRIO DOS SÁBADOS:
1º Semestre/2010
Março: 6- 13- 20- 27 (16 h/a)
Abril: 10- 17- 24 (12 h/a)
Maio: 8- 15- 22- 29 (16 h/a)
Junho: 12- 19- 26 (12 h/a)
Julho: 3- 10 (8 h/a)
Reposição de carga horária:
Junho: 18- 25 (8 h/a)
Julho: 2- 9 (8 h/a)
Total de Horas 1º Semestre: 80 h/a
2º Semestre
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
187
Agosto: 14- 21- 28 (12 h/a)
Setembro: 4- 11- 18- 25 (16 h/a)
Outubro: 2- 16- 23- (12 h/a)
Novembro: 6- 20- 27 (12 h/a)
Dezembro: 4- 11- 18 (12 h/a)
Reposição de carga horária:
Agosto: 20- 27 (8 h/a)
Setembro: 03 – 10 (8 h/a)
Total de Horas 2º Semestre: 80 h/a
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA - ESPANHOL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
De acordo com as orientações das Diretrizes Curriculares para o Ensino
de Língua Estrangeira Moderna - LEM, a língua, objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.
Ensinar e aprender línguas são também ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de atribuir sentido, é formar subjetividades, é permitir que se
reconheçam no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,
independentemente do grau de proficiência atingido.
A aula de Língua Estrangeira Moderna deve se constituir um espaço
para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural,
de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de
construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o
aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
O ensino de LEM na Educação Básica se configura como espaços de
interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de
mundo que se revelam no dia-a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as
questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem mundial, suas
implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel
das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e as
relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão
social.
As Diretrizes Curriculares para o ensino de Língua Estrangeira Moderna,
na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou
instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina.
Desta forma, espera-se que o aluno:
.use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.;
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CEEBJA PAULO FREIRE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
188
Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A partir do Conteúdo Estruturante “Discurso como prática social”, serão
trabalhadas questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas,
bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de
partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e nãoverbal, como unidade de linguagem em uso.
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor
aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a
função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o
grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a
coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o
ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no
entanto, abandoná-la.
Os recursos didáticos que serão utilizados em sala de aula são: Livro
Didático Público de Espanhol - Ensino Médio (SEED-PR), Livro Didático
Espanhol – Série Novo – Ensino Médio (MARTINS, I.R. – Editora Ática), para
que os alunos possam ter acesso a textos, figuras, material para estudos,
consultas, exercícios, pesquisas, debates, produção de textos e outras
atividades. Serão utilizados outros materiais didáticos disponíveis na escola
como: dicionários, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV Multimídia e outros.
Ao tratar os conteúdos da Língua Estrangeira Moderna – LEM
ESPANHOL, serão trabalhados assuntos relacionados à História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana e Indígena, contemplando a Lei 11645/08, sobre
conteúdos que valorizem a diversidade cultural étnico-racial. Os demais temas
dos desafios educacionais contemporâneos também serão priorizados.
CONTEÚDOS BÁSICOS - P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de Esfera publicitária de Esfera produção de
circulação:
circulação:
circulação:
Bilhete
Anúncio**
Bula
Carta pessoal
Comercial para radio*
Embalagem
Cartão felicitações
Folder
Placa
Cartão postal
Paródia
Regra de jogo
Convite
Placa
Rótulo
Letra de música
Publicidade Comercial
Receita culinária
Slogan
Esfera artística de
Esfera escolar de
Esfera literária de
circulação:
circulação:
circulação:
Autobiografia
Cartaz
Conto
Biografia
Diálogo**
Crônica
Exposição oral*
Fábula
Mapa
História em quadrinhos
Resumo
Poema
Esfera jornalística de
circulação:
Anúncio classificados
Cartum
Charge
Entrevista**
Horóscopo
Reportagem**
Sinopse de filme
Esfera midiática de
circulação:
Correio eletrônico (email)
Mensagem de texto
(SMS)
Telejornal*
Telenovela*
Videoclipe*
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189
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
Fatores de textualidade
centradas no leitor:
· Tema do texto;
· Aceitabilidade do texto;
· Finalidade do texto;
· Informatividade do texto;
· Intencionalidade do texto;
· Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
· Elementos extralingüísticos:
entonação, pausas, gestos;
·Adequação do discurso ao
gênero;
·Turnos de fala;
·Variações lingüísticas.
ABORDAGEM TEÓRICOAVALIAÇÃO
METODOLÓGICA
·Organizar apresentações de Espera-se que o aluno:
textos produzidos pelos alunos;·Utilize o discurso de
·Orientar sobre o contexto
acordo com a situação de
social de uso do gênero oral produção (formal e/ou
trabalhado;
informal);
· Propor reflexões sobre os
·Apresente suas idéias
argumentos utilizados nas
com clareza, coerência;
exposições orais dos alunos; ·Utilize adequadamente
· Preparar apresentações que entonação, pausas,
explorem as marcas
gestos;
lingüísticas típicas da oralidade ·Organize a seqüência de
em seu uso formal e informal; sua fala;
· Estimular a expressão oral
·Respeite os turnos de
(contação de histórias),
fala;
comentários, opiniões sobre
·Explore a oralidade, em
os diferentes gêneros
adequação ao gênero
trabalhados, utilizando-se dos proposto;
Fatores de textualidade
recursos extralingüísticos,
·Exponha seus
centradas no texto:
como: entonação, expressões argumentos;
·Marcas lingüísticas: coesão,
facial, corporal e gestual,
·Compreenda os
coerência, gírias, repetição,
pausas e outros;
argumentos no discurso do
recursos semânticos;
·Selecionar os discursos de
outro;
·Adequação da fala ao contexto outros para análise dos
·Participe ativamente dos
(uso de distintivos formais e
recursos da oralidade, como: diálogos, relatos,
informais como conectivos,
cenas de desenhos, programasdiscussões (quando
gírias, expressões, repetições); infanto-juvenis, entrevistas,
necessário em língua
·Diferenças e semelhanças entrereportagem entre outros.
materna);
o discurso oral ou escrito.
·Utilize expressões faciais
corporais e gestuais,
pausas e entonação nas
exposições orais, entre
outros elementos
extralingüísticos que julgar
necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Leitura
ABORDAGEM
TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade · Práticas de leitura de textos Espera-se que o
de diferentes gêneros
centradas no leitor:
aluno:
atrelados à esfera social de
·Tema do texto;
·Realize leitura
circulação;
·Conteúdo temático do
·Considerar os conhecimentos compreensiva do
gênero;
texto;
prévios dos alunos;
·Desenvolver
atividades
de
·Elementos composicionais
·Identifique o
leitura em três etapas:
do gênero;
conteúdo temático;
- pré-leitura (ativar
·Propriedades estilísticas conhecimentos prévios, discutir ·Identifique a idéia
do gênero;
questões referentes a temática,principal do texto;
·Aceitabilidade do texto;
construir hipóteses e antecipar ·Deduza os sentidos
elementos do texto, antes
·Finalidade do texto;
das palavras e/ou
·Informatividade do texto; mesmo da leitura);
expressões a partir do
- leitura (comprovar ou
·Intencionalidade do texto; desconsiderar as hipóteses
contexto;
·Situacionalidade do texto; anteriormente construídas); ·Perceba o ambiente
·Papel do locutor e
(suporte) no qual
· - pós-leitura (explorar as
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190
habilidades de compreensão e circula o gênero
interlocutor;
·Conhecimento de mundo; expressão oral e escrita
textual;
objetivando a atribuição e
·Temporalidade;
·Compreenda as
construção de sentidos com o
·Referência textual.
diferenças decorridas
texto).
do uso de palavras
·Formular questionamentos
Fatores de textualidade que possibilitem inferências e/ou expressões no
sobre o texto;
centradas no texto:
sentido conotativo e
·Encaminhar as discussões
·Intertextualidade;
denotativo;
sobre: tema, intenções,
·Léxico: repetição,
·Analise as intenções
intertextualidade;
conotação, denotação,
do autor;
·Contextualizar a produção:
suporte/fonte, interlocutores, ·
polissemia;
finalidade, época;
·Marcas lingüísticas:
Identifique e reflita
·Utilizar de textos verbais
coesão, coerência, função diversos que dialoguem com sobre as vozes sociais
das classes gramaticais no textos não-verbais, como:
presentes no texto;
texto, pontuação, figuras gráficos, fotos, imagens,
·
Faça o
mapas;
de linguagem, recursos
reconhecimento de
gráficos (aspas, travessão, ·Socializar as idéias dos alunospalavras e/ou
sobre o texto;
negrito);
expressões que
·Estimular leituras que
·Partículas conectivas
suscitem no reconhecimento estabelecem a
básicas do texto.
das propriedades próprias de referência textual;
diferentes gêneros:
·
Amplie seu
- temáticas (o que é dito
léxico, bem como as
nesses gêneros);
estruturas da língua
- estilísticas (o registro das
(aspectos gramaticais)
marcas enunciativas do
e elementos culturais.
produtor e os recursos
lingüísticos);
- composicionais (a
organização, as características
e a seqüência tipológica).
PRÁTICA DISCURSIVA:
Escrita
Fatores de textualidade
centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático do texto;
·Elementos composicionais do
gênero;
·Propriedades estilísticas do
gênero;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo
·Temporalidade;
·Referência textual.
Fatores de textualidade
centradas no texto:
ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
·Planejar a produção textual a
partir da delimitação do tema,
do interlocutor, do gênero, da
finalidade;
·Estimular a ampliação de
leituras sobre o tema e o
gênero proposto;
·Acompanhar a produção do
texto;
· Encaminhar e acompanhar a
re-escrita textual: revisão dos
argumentos (idéias), dos
elementos que compõem o
gênero;
·Analisar a produção textual
quanto à coerência e coesão,
continuidade temática, à
finalidade, adequação da
linguagem ao contexto;
·Conduzir à reflexão dos
Espera-se que o aluno:
·Expresse as idéias com
clareza;
·Elabore e re-elabore
textos de acordo com o
encaminhamento do
professor, atendendo:
-às situações de produção
propostas (gênero,
interlocutor, finalidade);
-à continuidade temática;
·Diferencie o contexto de
uso da linguagem formal e
informal;
·Use recursos textuais
como: coesão e coerência,
informatividade, etc;
·Utilize adequadamente
recursos lingüísticos como:
pontuação, uso e função
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191
·Intertextualidade;
elementos discursivos,
·Partículas conectivas básicas textuais, estruturais e
do texto;
normativos.
·Vozes do discurso: direto e
·Oportunizar o uso adequado
indireto;
de palavras e expressões para
·Léxico: emprego de repetições, estabelecer a referência
conotação, denotação,
textual;
polissemia, formação das
·Conduzir a utilização
palavras, figuras de linguagem; adequada das partículas
·Emprego de palavras e/ou
conectivas básicas;
expressões com mensagens
·Estimular as produções nos
implícitas e explicitas;
diferentes gêneros
·Marcas lingüísticas: coesão,
trabalhados.
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
figuras de linguagem, recursos
gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
·Acentuação gráfica;
·Ortografia;
·Concordância verbal e nominal.
do artigo, pronome,
numeral, substantivo,
adjetivo, advérbio, etc.;
· Empregue palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo,
em conformidade com o
gênero proposto;
·Use apropriadamente
elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos atrelados aos
gêneros trabalhados;
·Reconheça palavras e/ou
expressões que
estabelecem a referência
textual.
CONTEÚDOS BÁSICOS - P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de Esfera publicitária de Esfera produção de Esfera jornalística de
circulação:
circulação:
circulação:
circulação:
Comunicado
Anúncio**
Instrução de montagem
Artigo de opinião
Curriculum Vitae
Comercial para
Instrução de uso
Boletim do tempo**
Exposição oral*
televisão*
Manual técnico
Carta do leitor
Ficha de inscrição
Folder
Regulamento
Entrevista**
Lista de compras
Inscrições em muro
Notícia**
Piada**
Propaganda**
Obituário
Telefonema*
Publicidade Institucional
Reportagem**
Esfera jurídica de
circulação:
Boletim de ocorrência
Contrato
Lei
Ofício
Procuração
Requerimento
Slogan
Esfera escolar de
circulação:
Aula em vídeo*
Ata de reunião
Exposição oral
Palestra*
Resenha
Texto de opinião
Esfera midiática de
circulação:
Aula virtual
Conversação chat
Correio eletrônico (email)
Mensagem de texto
(SMS)
Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
Fatores de textualidade
centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Aceitabilidade do texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do texto;
·Intencionalidade do texto;
·Situacionalidade do texto;
Esfera literária de
circulação:
Contação de história*
Conto
Peça de teatro*
Romance
Sarau de poema*
ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA
·Organizar apresentações de
textos produzidos pelos
alunos;
·Orientar sobre o contexto
social de uso do gênero oral
trabalhado;
·Propor reflexões sobre os
argumentos utilizados nas
AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno:
·Utilize o discurso de
acordo com a situação de
produção (formal e/ou
informal);
·Apresente suas idéias com
clareza, coerência;
·Utilize adequadamente
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192
·Papel do locutor e interlocutor;
·Conhecimento de mundo;
·Elementos extralingüísticos:
entonação, pausas, gestos;
·Adequação do discurso ao
gênero;
·Turnos de fala;
·Variações lingüísticas.
exposições orais dos alunos; entonação, pausas, gestos;
·Preparar apresentações que ·Organize a seqüência de
explorem as marcas
sua fala;
lingüísticas típicas da
·Respeite os turnos de fala;
oralidade em seu uso formal e ·Explore a oralidade, em
informal;
adequação ao gênero
·Estimular a expressão oral proposto;
(contação de histórias),
·Exponha seus
comentários, opiniões sobre argumentos;
Fatores de textualidade
os diferentes gêneros
·Compreenda os
centradas no texto:
trabalhados, utilizando-se dos argumentos no discurso do
·Marcas lingüísticas: coesão,
recursos extralingüísticos,
outro;
coerência, gírias, repetição,
como: entonação, expressões ·Participe ativamente dos
recursos semânticos;
facial, corporal e gestual,
diálogos, relatos,
·Adequação da fala ao contexto
pausas e outros;
discussões (quando
(uso de distintivos formais e
·Selecionar os discursos de necessário em língua
informais como conectivos, gírias, outros para análise dos
materna);
expressões, repetições);
recursos da oralidade, como: ·Utilize expressões faciais
·Diferenças e semelhanças entre o cenas de desenhos,
corporais e gestuais,
discurso oral ou escrito.
programas infanto-juvenis,
pausas e entonação nas
entrevistas, reportagem entre exposições orais, entre
outros.
outros elementos
extralingüísticos que julgar
necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura ABORDAGEM TEÓRICOAVALIAÇÃO
METODOLÓGICA
Fatores de textualidade
·Práticas de leitura de textos Espera-se que o aluno:
centradas no leitor:
de diferentes gêneros
·Realize leitura
·Tema do texto;
atrelados à esfera social de compreensiva do texto com
·Conteúdo temático do texto;
circulação;
vista a prever o conteúdo
·Elementos composicionais do
·Utilizar estratégias de leitura temático, bem como a idéia
gênero;
que possibilite a compreensãoprincipal do texto através
·Propriedades estilísticas do
textual significativa de acordo da observação das
gênero;
com o objetivo proposto no
propriedades estilísticas do
·Aceitabilidade do texto;
trabalho com o gênero textual gênero (recursos como
·Finalidade do texto;
selecionado;
elementos gráficos, mapas,
·Informatividade do texto;
·Desenvolver atividades de fotos, tabelas);
·Intencionalidade do texto;
leitura em três etapas:
·Localize informações
·Situacionalidade do texto;
- pré-leitura (ativar
explícitas e implícitas no
·Papel do locutor e interlocutor;
conhecimentos prévios,
texto;
·Conhecimento de mundo;
discutir questões referentes a ·Deduza os sentidos das
·Temporalidade;
temática, construir hipóteses palavras e/ou expressões a
·Referência textual.
e antecipar elementos do
partir do contexto;
texto, antes mesmo da
·Perceba o ambiente
Fatores de textualidade
leitura);
(suporte) no qual circula o
centradas no texto:
- leitura (comprovar ou
gênero textual;
·Intertextualidade;
desconsiderar as hipóteses ·Reconheça diversos
·Léxico: repetição, conotação,
anteriormente construídas); participantes de um texto
denotação, polissemia;
- pós-leitura (explorar as
(quem escreve, a quem se
·Marcas lingüísticas: coesão,
habilidades de compreensão destina, outros
coerência, função das classes
e expressão oral e escrita
participantes);
gramaticais no texto, pontuação, objetivando a atribuição e
·Estabeleça o
figuras de linguagem, recursos
construção de sentidos com o correspondente em língua
gráficos (aspas, travessão,
texto);
materna de palavras ou
negrito);
·Formular questionamentos expressões a partir do
·Partículas conectivas básicas do que possibilitem inferências texto;
texto;
sobre o texto;
·Analise as intenções do
·Elementos textuais: levantamento ·Encaminhar as discussões autor;
lexical de palavras italicizadas,
sobre: tema, intenções,
·Infira relações
negritadas, sublinhadas, números, finalidade, intertextualidade; intertextuais;
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
193
substantivos próprios;
·Utilizar de textos verbais
·Interpretação da rede de relações diversos que dialoguem com
semânticas existentes entre itens textos não-verbais, como:
lexicais recorrentes no título,
gráficos, fotos, imagens,
subtítulo, legendas e textos.
mapas;
·Relacionar o tema com o
contexto cultural do aluno e o
contexto atual;
·Demonstrar o aparecimento
dos modos e tempos verbais
mais comuns em
determinados gêneros
textuais;
·Estimular leituras que
suscitem no reconhecimento
das propriedades próprias de
diferentes gêneros:
- temáticas (o que é dito
nesses gêneros);
- estilísticas (o registro das
marcas enunciativas do
produtor e os recursos
lingüísticos);
- composicionais (a
organização, as
características e a seqüência
tipológica).
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
·Faça o reconhecimento de
palavras e/ou expressões
que estabelecem a
referência textual;
·Amplie seu léxico, bem
como as estruturas da
língua (aspectos
gramaticais) e elementos
culturais.
ABORDAGEM TEÓRICOAVALIAÇÃO
METODOLÓGICA
Fatores de textualidade
·Planejar a produção textual a Espera-se que o aluno:
centradas no leitor:
partir da delimitação do tema, ·Expresse as idéias com
·Tema do texto;
do interlocutor, do gênero, da clareza;
·Conteúdo temático do texto;
finalidade;
·Elabore e re-elabore textos
·Elementos composicionais do
·Estimular a ampliação de
de acordo com o
gênero;
leituras sobre o tema e o
encaminhamento do
·Propriedades estilísticas do
gênero proposto;
professor, atendendo:
gênero;
·Acompanhar a produção do -às situações de produção
·Aceitabilidade do texto;
texto;
propostas (gênero,
·Finalidade do texto;
·Encaminhar e acompanhar a interlocutor, finalidade);
·Informatividade do texto;
re-escrita textual: revisão dos -à continuidade temática;
·Intencionalidade do texto;
argumentos (idéias), dos
·Diferencie o contexto de
·Situacionalidade do texto;
elementos que compõem o uso da linguagem formal e
·Papel do locutor e interlocutor;
gênero;
informal;
·Conhecimento de mundo;
· Analisar a produção textual ·Use recursos textuais
·Temporalidade;
quanto à coerência e coesão, como: coesão e coerência,
·Referência textual.
continuidade temática, à
informatividade, etc;
finalidade, adequação da
·Utilize adequadamente
Fatores de textualidade
linguagem ao contexto;
recursos lingüísticos como:
centradas no texto:
·Conduzir à reflexão dos
pontuação, uso e função do
·Intertextualidade;
elementos discursivos,
artigo, pronome, numeral,
·Partículas conectivas básicas do textuais, estruturais e
substantivo, adjetivo,
texto;
normativos.
advérbio, etc.;
·Vozes do discurso: direto e
·Oportunizar o uso adequado ·Empregue palavras e/ou
indireto;
de palavras e expressões
expressões no sentido
·Léxico: emprego de repetições, para estabelecer a referência conotativo e denotativo, em
conotação, denotação, polissemia, textual;
conformidade com o gênero
formação das palavras, figuras de ·Conduzir a utilização
proposto;
linguagem;
adequada das partículas
·Use apropriadamente
·Emprego de palavras e/ou
conectivas básicas;
elementos discursivos,
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194
expressões com mensagens
·Estimular as produções nos
implícitas e explicitas;
diferentes gêneros
·Marcas lingüísticas: coesão,
trabalhados.
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
figuras de linguagem, recursos
gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
·Acentuação gráfica;
·Ortografia;
·Concordância verbal e nominal.
textuais, estruturais e
normativos atrelados aos
gêneros trabalhados;
·Reconheça palavras e/ou
expressões que
estabelecem a referência
textual;
·Defina fatores de
contextualização para o
texto (elementos gráficos,
temporais).
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento, a avaliação
será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente e permanente.
As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa.
Na Língua Estrangeira Moderna – LEM , de acordo com as Diretrizes
Curriculares para Educação Básica nesta disciplina, busca-se superar a concepção de
avaliação como mero instrumento de medição de apreensão de conteúdos. Espera-se que
subsidie discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas
produções. Assim sendo, a avaliação de determinada produção em Língua Estrangeira
considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como resultado do processo de
aquisição de uma nova língua.
Os critérios de avaliação referentes a cada conteúdo são os descritos nos
conteúdos básicos do CELEM.
O sistema de avaliação referente à freqüência, ao desempenho do aluno,
rendimento escolar, recuperação e resultados da avaliação serão conforme previstos no
Regimento Escolar , PPP e Proposta Pedagógico-Curricular para o CELEM.
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195
15 - PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR DO ENSINO
PROFISSIONALIZANTE EM NÍVEL MÉDIO INTEGRADO À EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS – PROEJA –
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
CURITIBA
2010
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TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO EM NÍVEL MÉDIO NA
MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
I. ESTABELECIMENTO DE ENSINO: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS – CEEBJA Paulo Freire
Município: Curitiba - PR
NRE: Curitiba
Parecer e Resolução de credenciamento: Parecer nº 264/10 – CEE-Pr
II. JUSTIFICATIVA
A evolução nos processos industriais, a reestruturação produtiva, as
inovações tecnológicas de base micro-eletrônica, a acentuada competitividade
e a busca da qualidade de vida afetaram substancialmente as relações de
trabalho, com repercussões sobre o binômio Saúde e Trabalho. Intensificaramse e diversificaram-se as atividades laborais, acarretando aumento do trabalho
e novos riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores.
Esses desafios estabelecem a necessidade de uma nova forma de
compreensão dessas relações e propõem uma nova prática de atenção à
segurança e à saúde dos trabalhadores, com intervenção nos ambientes e
processos de trabalho, a fim de estimular a promoção e a prevenção da saúde,
a busca do elevado padrão de qualidade de vida laboral, com reflexos sobre a
produtividade das organizações.
A oferta do Curso Técnico em Segurança do Trabalho em Nível Médio
na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, tem como horizonte a
universalização da educação básica gratuita e de qualidade, aliada à formação
para o mundo do trabalho, com atendimento específico a jovens e adultos com
trajetórias escolares descontínuas.
O Curso Técnico em Segurança do Trabalho oportuniza a formação do
Técnico numa perspectiva de totalidade, o que significa trabalhar fundamentos
científico-tecnológicos presentes nas disciplinas da Formação Geral e
Específica de forma integrada, evitando a compartimentalização na construção
do conhecimento.
A proposta encaminha para uma formação em que teoria e prática
possibilitem aos educandos compreenderem a realidade, para além de sua
aparência, na qual os conteúdos não têm fins em si mesmos e constituem-se
em sínteses da apropriação histórica da realidade material e social pelo
homem.
A organização dos conhecimentos no Curso Técnico em Segurança do
Trabalho enfatiza o resgate da formação humana na qual o educando, como
sujeito histórico, produz sua existência pelo enfrentamento consciente da
realidade dada, produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por sua
ação criativa.
Visando o aperfeiçoamento curricular do Curso Técnico em Segurança do
Trabalho e a concepção de uma formação técnica que articule trabalho, tempo,
cultura, ciência e tecnologia como princípios que devem transversalizar todo o
desenvolvimento curricular, apresenta-se a Proposta Curricular para o início do
ano letivo de 2008.
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III. OBJETIVOS
a) Formar o Técnico em Segurança do Trabalho integrando os conhecimentos
da formação geral e profissional em nível médio na modalidade da Educação
de Jovens e Adultos;
b) Promover o diálogo entre a educação básica, os conhecimentos tácitos dos
trabalhadores e da educação superior, como forma de assegurar por meio de
uma sólida formação em nível médio, a possibilidade de continuidade dos
estudos;
c) Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos capazes de participar e
promover transformação no seu campo de trabalho e na sociedade na
qual estão inseridos.
IV . DADOS GERAIS DO CURSO
a) Habilitação Profissional: Técnico em Segurança do Trabalho
b) Eixo Tecnológico: Ambiente, saúde e segurança.
c) Forma: Integrada
d) Carga horária total do curso: 2500 horas mais 100h de estágio
profissional supervisionado
e) Regime de funcionamento: de segunda a sexta-feira, no período
noturno.
f) Regime de matrícula: Semestral
g) Número de vagas: 35
h) Período de integralização do curso: 06 (seis) semestres
i) Requisitos de acesso: ser egresso do ensino fundamental ou
equivalente, ter idade igual ou superior a 18 anos, atender aos critérios de
seleção estabelecidos pela SEED.
j) Modalidade de oferta: Presencial
V. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO
O Técnico em Segurança do Trabalho é um profissional de visão
humanista e social, com conhecimentos científicos, tecnológicos e históricosociais, capaz de atuar em ações prevencionistas nos processos produtivos
com auxílio de métodos e técnicas de identificação, avaliação e medidas de
controle de riscos ambientais de acordo com normas regulamentadoras e
princípios de higiene e saúde do trabalho. Desenvolve ações educativas na
área de saúde e segurança do trabalho. Orienta o uso de EPI e EPC. Coleta e
organiza informações de saúde e de segurança no trabalho. Executa o PPRA.
Investiga, analisa acidentes e recomenda medidas de prevenção e controle.
VI . ORGANIZAÇÃO CURRICULAR CONTENDO AS INFORMAÇÕES
RELATIVAS À ESTRUTURA DO CURSO:
a. Descrição de cada disciplina contendo ementa:
1. ARTE
Carga horária total: 80h/a - 67h
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EMENTA: O conhecimento estético e artístico através das linguagens da
arte: música, teatro, danças e artes visuais no contexto histórico.
CONTEÚDOS:
• A importância da produção artística;
• Análise conceitual: arte e estética;
• Arte e sociedade: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
• Elementos que compõem a linguagem visual (cor, luz, forma, textura, ponto,
linha e superfície) relacionados com layout, plantas arquitetônicas e sinalização
de segurança;
• Realização de produções artísticas no âmbito das artes visuais;
• Artes visuais como objeto de conhecimento;
• As diversas formas comunicativas das artes visuais;
• Composição, perspectiva, volume, dentre outros;
• Tendências estéticas;
• Apreciação, leitura e análise de produções artísticas em diferentes
períodos;
• A música e a dança como objetos de conhecimento;
• Estilos e gêneros: erudito, popular e tradição oral;
• Apreciação e análise de produções artísticas;
• Instrumentos musicais;
• As artes cênicas como objeto de conhecimento;
• Elementos básicos da composição teatral: texto, interpretação, cenário,
figurino, maquilagem;
• Direção cênica, sonoplastia, trilha sonora, coreografia;
• Estilos, gêneros e escolas de teatro no Brasil;
• Leitura, apreciação e análise de produções cênicas;
• Produção e encenação de peças teatrais.
BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São
Paulo: Cortez, 2002.
BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas.
Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1998.
BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1998.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.
MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.
MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia
audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.
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199
NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura
Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.
OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência estrangeira
na arte educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação (Mestrado).
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis:
Vozes, 1987.
PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes,
1984.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser
extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso
tempo, 84).
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,
1999.
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas.
São Paulo: Companhia das Letras, 19BAKHTIN, M. Estética da criação verbal.
São Paulo: Martins Fontes,1992.
2. BIOLOGIA
Carga horária total: 120 h/a - 100 h
EMENTA: O fenômeno vida e a prevenção da saúde do trabalhador dentro de
uma visão ecológica de sustentabilidade.
CONTEÚDOS:
•
Célula, organelas celulares e funções,
•
Cromossomos;
•
Fotossíntese e respiração celular;
•
Anatomia e fisiologia;
•
Tipos de reprodução, reprodução humana;
•
Sistema de classificação dos seres vivos;
•
Características e reprodução dos vírus, principais doenças
humanas;
•
Reinos Monera, Protista, Fungi, Animalia;
•
Epidemiologia e toxicologia;
•
Plantas e suas características e principais importâncias;
•
Teorias de Origem e Evolução da Vida;
•
Ecossistemas e Equilíbrio Natural;
•
Ecologia: conceitos e importância;
•
Cadeia e teias alimentares;
•
Fluxo de energia;
•
Sucessão ecológica;
•
Relação entre os seres vivos;
•
Ecologia das populações, desequilíbrios ambientais;
•
Genética: conceitos e hereditariedade;
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•
Noções básicas de probabilidade;
•
Genética mendeliana e pós-mendeliana, teorias evolucionistas,
provas da evolução, adaptação dos seres vivos ao meio, evolução humana;
•
Clonagem;
•
Transgênicos;
•
Vacinas;
•
Descarte dos resíduos perigosos no ambiente de trabalho
(pilhas, baterias, placas, dentre outros).
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA FILHO, NUNES, A., Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental.
1ª ed, São Paulo, Atlas, 2001.
JAMES, B., Lixo e Reciclagem. 4ª ed, São Paulo, Scipione, 1995.
LAGO, H.; VALLE, E.V., Acidentes, lições, soluções. ed. Senac, SP.
MARGULIS, S., Meio Ambiente; aspectos técnicos e econômicos. 2ª ed.
Brasília, Ipea, 1996
PINHEIRO, A. C. F. B., Ciências do ambiente; ecologia, poluição e impacto
ambiental. São Paulo, Makeon Books, 1992.
SOUZA, M. P., Instrumentos de Gestão Ambiental - Fundamentos e
Prática, 2004.
TIBOR, T., FELDMAN, I. ISO 14.000; um guia para as novas normas de
gestão ambiental. São Paulo, Futura, 1996.
BRASIL, Ministério, em;
http://www.saude.pr.gov.br/saudedotrabalhador/index.html
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE BRASÍLIA. Doenças Relacionadas ao
Trabalho: Manual de Procedimentos para Serviços de Saúde, Ministério da
Saúde, 2001. 580p
Biblioteca Virtual Saúde em;
http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/pub_assunto/saude _trabalhador.html
Decreto nº 6.042 de 12 de fevereiro de 2007 (alterando o Decreto nº 3.048 de 6
de maio de 1999).
Postar Saúde do Trabalhador em;
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area. cfm?id_area=1124
RAGASSON C, A, P., Qualidade no Trabalho: Estudo das Condições de
Trabalho. Cascavel: coluna do saber, 2004. 97p.
Revista Brasileira de Saúde Ocupacional
SECRETARIA DA SAÚDE, Política Estadual de Atenção Integral à saúde do
Trabalhador do Paraná, Instituto de Saúde do Paraná, diretoria de vigilância e
pesquisa, Centro Estadual de Saúde do Trabalhador. Curitiba, Brasil, 2004.
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3. DESENHO ARQUITETÔNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Interpretação da linguagem e da representação gráfica do desenho
arquitetônico em segurança do trabalho.
CONTEÚDOS:
•
Leitura e análise de processo industrial;
•
Organização e adequação de espaço físico;
•
Noções de Projetos Arquitetônicos: Interpretação de Planta Baixa,
cortes, dentre outros;
•
Representação gráfica: Mapa de risco, Elaboração de layout para a
confecção de Mapas de Risco;
•
Desenho Arquitetônico: Simbologia e convenção;
•
Dimensionamento, cota, escalas métricas;
•
Softwares de desenho técnico.
BIBLIOGRAFIA
ABNT. Coletânea de normas de desenho técnico. Senai, DTE, 1990.
BRASIL: Ministério do Trabalho. Fundacentro. Curso de Engenharia do
Trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1981. 6 v.
CARVALHO, B.A. Desenho geométrico. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,
1993.
FRENCH, T.E. Desenho Técnico e tecnologia gráfica. 6. ed. São Paulo:
Globo, 1999.
OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1979.
PEREIRA, A. Desenho Técnico Básico. 9. ed. Rio de Janeiro: 1990. SENAI.
DR. PR. Desenho Técnico. Curitiba: Senai, 1995.
4. EDUCAÇÃO FÍSICA
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Conhecimento ergonômico e o suporte ao profissional Técnico em
Segurança do Trabalho para o atendimento de emergências, bem como a
promoção da qualidade de vida no ambiente de trabalho.
CONTEÚDOS:
• Ergonomia aplicada ao trabalho;
• Fisiologia do trabalho muscular;
• Biomecânica ocupacional: gestos, posturas e movimentos;
• Ambiente de trabalho: ambientes térmico, acústico, vibratório,
luminoso, qualidade do ar;
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• Antropometria;
• Tabelas de levantamento antropométrico;
• Fadiga física e mental;
• Prevenção da fadiga no trabalho,
• Pausas de recuperação durante a jornada e intervenção
ergonômica;
• Ergonomia relacionada ao trabalho pesado;
- Noções de Primeiros Socorros;
- Procedimentos emergenciais em casos de primeiros socorros;
- Urgências Coletivas;
- Noções de atendimento em casos de emergência;
- Queimaduras;
- Lesões causadas por eletricidade;
- Afogamento, mordidas e picadas de animais;
- Desmaios;
- Convulsão;
- Hemorragias;
- Noções de reanimação;
- Princípios da reanimação;
- Respiração Cardio-respiratória;
- Avaliação do Estado da vítima;
- Posição de Recuperação;
- Restabelecimento da Circulação;
- Atendimento local e locomoção/remoção da vítima;
- Transporte em maca;
- Transporte sem maca.
(1) Esportes individuais e coletivos;
(2) Brincadeiras populares; construção de brinquedos alternativos;
(3) Jogos;
(4) Ginástica: laboral, rítmica, artística, acrobática;
(5) Relaxamento e condicionamento;
(6) Tipos de artes marciais;
(7) Danças;
(8) Expressão corporal;
(9) Alimentação e saúde;
(10)
Atividades de lazer e recreação;
(11)
Organização de eventos esportivos e culturais (jogos,
gincanas e festivais);
BIBLIOGRAFIA
ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da
prática pedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001.
BALBINOTTI, Giles. Ergonomia Como Principio e Pratica nas
Empresas. Autores Paranaenses, 2003, 180 p
BARTMAN, M. e BRUNO, P. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro,
Ática, 1996
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BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São
Paulo: Summus, 1984.
BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas,
São Paulo: Papirus,1993.
CIRQUEIRA, Luiz. As Práticas Corporais e seu Processo de Resignficação: apresentado os subprojetos de pesquisa. In: Ana Márcia Silva;
Iara Regina
Couto, H. A. Como Implantar Ergonomia na Empresa. Ergo,
2002, 336 p
Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo
em Educação Física.. 1 ed. Florianópolis: NAUEMBLU CIÊNCIA & ARTE,
2005.
ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física.
Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.
FALCÃO, J. L. C.. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1.
3.ed.Ijuí: Unijuí, 2003, p. 55-94.
GEBARA, Ademir. História do Esporte: Novas Abordagens. In: Marcelo
Weishaupt Proni; Ricardo de Figueiredo Lucena. (Org.). Esporte História e
Sociedade. 1 ed. Campinas: Autores Associados, 2002.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva Estudos 42,
1980.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.
465p.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3ª ed.
Campinas, SP: Autores Associados, 2002.
MICHEL, Oswaldo. Guia de Primeiros Socorros para Cipeiros e Serviços
Especializados em Medicina e Segurança do Trabalho. São Paulo: LTR,
2002.
MONTMOLLIN, Maurice de. A Ergonomia. Lisboa: Instituto Piaget, 1995. 159p.
(Sociedade e organização)
MORAES, Anamaria de; MONT'ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: conceitos e
aplicações. Rio de Janeiro: 2 AB, 1998. 119p. (Design).
OLIVEIRA, Maurício Romeu Ribas & PIRES, Giovani De Lonrezi. O esporte e
suas manifestações mídiaticas, novas formas de produção do conhecimento no
espaço escolar. XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
Belo Horizonte/MG, 2003.
PALLAFOX, Gabriel Humberto Muñhos; TERRA, Dinah Vasconcellos.
Introdução à avaliação na educação física escolar. Pensar a Prática. Goiânia.
v. 1. no. 1. p. 23-37. jan/dez 1998.
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
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SILVA, Ana Márcia. Práticas Corporais: invenção de pedagogias?. In: Ana
Márcia Silva;Iara Regina Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um
Movimento Investigativo em Educação Física. 1 ed. Florianópolis: Nauemblu
Ciência & Arte, 2005, v. 1, p. 43-63.
SOARES, Carmen Lúcia . Notas sobre a educação no corpo. Educar em
Revista, Curitiba, n. 16, 2000, p. 43-60.
VAZ, Alexandre Fernandez, SAYÃO Deborah Thomé, PINTO, Fábio Machado
(Org.).Treinar o corpo, dominar a natureza: notas para uma análise do esporte
com base no treinamento corporal. Cadernos CEDES, n. 48,ago. 1999, p. 89108.
VAZ, Alexandre Fernandez; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda.
Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir
do resgate das brincadeiras açorianas. Revista de Educação Física UEM,
Maringá, v. 13, n. 1, 2002, p. 71-77.
5. FILOSOFIA
Carga horária total: 80h/a - 67h
EMENTA: O conhecimento e o agir humano a partir das diferentes correntes
filosóficas numa perspectiva epistemológica, ética e política.
CONTEÚDOS:
• Pensamento crítico e não crítico;
• Pensamento filosófico;
• Filosofia e método;
• O problema do conhecimento e suas perspectivas;
• Estudo dos fundamentos da ação humana e o comportamento moral;
• O homem como ser político (diferentes perspectivas filosóficas);
• A formação do estado (conforme alguns pensadores da filosofia);
• Sociedade política e sociedade civil: democracia;
• Organização do trabalho: alienação, exploração, expropriação;
• Ética profissional;
• O conhecimento científico;
• Pensar a beleza e Universalidade do gosto.
BIBLIOGRAFIA
CHAUÍ, Marilena. O que é Ideología? 30ª ed. São Paulo, Brasiliense , 1989,
125p. (Col. Primeiros Passos, 13).
ENGELS, F. Sobre o Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em
Homem. in:ANTUNES, R. A dialética do Trabalho: escritos de Marx e Engels.
São Paulo: Expressão Popular, 2004.
GENRO, Filho, Adelmo. A ideologia da Marilena Chauí. In: Teoria e Política.
São Paulo, Brasil Debates, 1985.
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
205
GENRO Filho, Adelmo. Imperialismo, fase superior do capitalismo / Uma
nova visão do mundo. In Lênin: Coração e Mente. c /Tarso F. Genro, Porto
Alegre, Ed. TCHÊ, 1985, série Nova Política.
7. FÍSICA
Carga horária total: 140 h/a - 117 h
EMENTA: Os fenômenos físicos com base nos conceitos do movimento,
termodinâmica e eletromagnetismo.
CONTEÚDOS:
- Divisão da física;
- Grandezas Físicas: sistemas de unidades, conversão de unidades, notação
científica;
- Cinemática: Definição e Conceitos: referencial, trajetória e posição;
- Descolamento escalas, velocidade média e instantânea, aceleração;
- Movimento Uniforme, Movimento Uniformemente Variado, Queda dos
Corpos, Vetores, Movimento Circular.
- Dinâmica: Força e Movimento, Sistemas de Forças, Energia, Impulso e
Quantidade de Movimento;
- Aceleração da Gravidade;
- Gravitação Universal: Histórico, Leis de Kepler, Leis de Newton para
Gravitação Universal;
- Estática: Equilíbrio dos corpos;
- Hidrostática: Pressão, Empuxo.
- Termologia: Termometria, Dilatação Térmica, Calorimetria, Mudanças de
Fase, Transmissão de Calor, Termodinâmica.
- Óptica: Conceitos Fundamentais, Reflexão e Refração da Luz, Espelhos e
Lentes Esféricas, Instrumentos Ópticos;
- Ondulatória: Movimentos Periódicos, Ondas, Fenômenos Ondulatórios,
Acústica;
- Eletrologia: Eletrostática, Eletrodinâmica.
- Eletromagnetismo: Ímãs, Campo Magnético, Força Magnética, Indução
Eletromagnética.
- Física Moderna: Teoria da relatividade, supercondutividade, dualidade
partícula onda, radioatividade.
BIBLIOGRAFIA
ARRIBAS, S. D. Experiências de Física na Escola. Passo Fundo: Ed.
Universitária, 1996.
BEN-DOV, Y. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.
BRAGA, M. [et al.] Newton e o triunfo do mecanicismo. São Paulo: Atual,
1999.
BERNSTEIN, J. As idéias de Einstein. São Paulo: Editora Cultrix Ltda, 1973.
CARUSO, F. ; ARAÚJO, R. M. X. de. A Física e a Geometrização do
mundo: Construindo uma cosmovisão científica. Rio de Janeiro: CBPF, 1998.
CHAVES, A. Física: Mecânica. v. 1. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso
Editores,2000.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
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CHAVES, A. Física-Sistemas complexos e outras fronteiras. Rio de
Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2000.
CHAVES, A.; SHELLARD, R. C.. Pensando o futuro: o desenvolvimento da
Física e sua inserção na vida social e econômica do país. São Paulo: SBF,
2005.
EISBERG, R.; RESNICK R.: Física Quântica. Rio de Janeiro:Editora
Campus, 1979.
FIANÇA, A . C. C.; PINO, E. D.; SODRÉ, L.; JATENCO-PEREIRA, V.
Astronomia: Uma Visão Geral do Universo. São Paulo: Edusp, 2003.
GALILEI, G. O Ensaiador. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2000.
GALILEI, G. Duas novas ciências. São Paulo: Ched, 1935.
GARDELLI, D. Concepções de Interação Física: Subsídios para uma
abordagem histórica do assunto no ensino médio. São Paulo, 2004.
Dissertação de Mestrado. USP
HALLIDAY, D.; RESNICK, R. WALKER, J. Fundamentos de Física. v. 2, 6
ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
JACKSON, J. D.; MACEDO, A. (Trad.) Eletrodinâmica Clássica. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Guanabara, 1983.
KNELLER, G. F. A ciência como uma atividade humana. São Paulo: Zahar/
Edusp, 1980.
LOPES, J. L. Uma história da Física no Brasil. São Paulo: Editora Livraria
da Física, 2004.
MARTINS, R. Andrade. O Universo. Teorias sobre sua origem e evolução. 5ª
ed. São Paulo: Moderna, 1997.
7. FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Carga horária total: 120 h/a - 100 h
EMENTA: Orientação do uso dos equipamentos de proteção e prevenção, bem
como as relações entre os grupos de trabalho.
CONTEÚDOS:
-Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT):
planilha de avaliações de riscos levantados;
-Programa de proteção respiratória: recomendações, seleção e uso de
respiradores;
-Programa de proteção auditiva: protetores auditivos;
-Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP: preenchimento formulário
conforme programas prevencionistas;
-Programas de prevenção de riscos ambientais (NR-09);
-Elaboração e correlação com o programa de controle médico e saúde
ocupacional (NR-07);
-Programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção – PCMAT;
-Estudo das NRs-31 e 32: Estudo e aplicação das NR-31 e 32;
- Psicologia do Trabalho;
Relação da Psicologia com a Segurança e Medicina do Trabalho;
Relações intra e inter-pessoais no Trabalho;
Psicologia Organizacional;
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Comunicação: Importância, tipos e barreiras de comunicação;
Assédio moral, psicológico e sexual no trabalho;
Acidente do trabalho do ponto de vista psicológico: trauma,
fatalidade, dentre outros;
Técnicas de orientações: importância e tipos, individualizados;
socializados e diversas;
Formas de orientações local de trabalho;
Rodízio de funções;
Manuais de treinamento;
Vantagens e desvantagens do treinamento no local de trabalho.
BIBLIOGRAFIA
ALVARRADOR, Marianela. Construção de uma pedagogia para a
integração. Montevidéu OIT, 1998 (Integração normalizada na formação para
oi trabalho um processo de inclusão social.
ANTUNES, Celso. Manual de Técnicas de Dinâmica de Grupo de
Sensibilização de Tudopedagogia. Petrópolis, Vozes, 1991, 4 ed. 190p
BARROS, Saulo C. Rego. Manual de gramática e redação: para profissionais
de segurança do trabalho. São Paulo, Ícone,1997. 123 p.
BOOG, Gustavo G. Manual de treinamento e desenvolvimento. 2a. ed. São
Paulo.
BRASIL. Manuais de Legislação: Segurança e Medicina do Trabalho. 61 ed.
São Paulo: Atlas, 2007.
BRASIL. Manuais de Legislação: Segurança e Medicina do Trabalho. 61 ed.
São Paulo: Atlas, 2007.
BRASIL. MT. FUNDACENTRO. Curso de Engenharia do trabalho. São
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DOLABELA, FERNANDO. Oficina do Empreendedor. 2. ed. Cultura Editores
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GARRIDO, LAÉRCIO M. Virei Gerente, e Agora? 1. ed. Nobel, 2000.
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KERLÉSZ, ROBERTO. Análise Promocional ao Vivo. 3. ed. Summus
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KIRBY, ANDY. 150 Jogos de Treinamento. T & D, 1995.
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MCCORMICK, Ernest James; TIFFIN, Joseph. Psicologia industrial. 2. ed.
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YOZO, Ronaldo Yudi K. 100 Jogos para Grupos. 7. ed. Agora, 1996.
8. GEOGRAFIA
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: O espaço geográfico, produzido e apropriado pela sociedade,
composto por elementos naturais e culturais, em suas dimensões: econômica,
socioambiental, cultural\demográfica e geopolítica.
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209
CONTEÚDOS:
Coordenadas geográficas e fusos horários;
Linguagens cartográficas;
Noções de Geologia, relevo, hidrografia, clima, vegetação: mundial,
nacional e local;
Nova ordem mundial, fim dos três mundos e atual posição norte e
sul;
Os atuais conceitos de Estado;
Regionalização do espaço mundial;
Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano e campo;
Ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais;
Grandes paisagens naturais;
Atividades humanas e transformação das paisagens naturais nas
diversas escalas geográficas;
Recursos naturais;
Crise ambiental;
Teorias demográficas
diferentes países;
e
suas
implicações
populacionais
em
Relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação
econômica do país região e lugar;
Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e
econômicas;
Diferentes grupos sociais e suas marcas, urbana e rural;
O socialismo e o capitalismo;
Geopolítica atual (terrorismo, narcotráfico, movimentos sociais e
ambientais, biopirataria, conflitos gerais e outros);
Blocos econômicos e globalização;
Industrialização (mundial, brasileira e paranaense);
A produção agropecuária e agroindustrial (mundial, nacional e
paranaense);
Produção energética e fontes alternativas (mundial e local);
As relações campo e cidade;
Desenvolvimento econômico
sustentabilidade);
e
meio
Temas geográficos contemporâneos.
BIBLIGRAFIA
ambiente
(impactos
e
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Curitiba:Vicentina, 1982.
9. HIGIENE DO TRABALHO
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
EMENTA: Histórico e Objetivos da Higiene do Trabalho; Sistema de
Gerenciamento Ambiental;Conceito e Classificação dos Riscos Ambientais;
Noções de Higiene Pessoal e Normas internacionais de higiene ocupacional
(NHO Condições Sanitárias e de Conforto (NR – 24). Higiene dos alimentos
como fator de segurança do trabalho.
CONTEÚDOS:
Histórico da Higiene do Trabalho.
Objetivos da Higiene do Trabalho: Análise de ambientes de trabalho;
Análise qualitativa;
NR-15/ACGIH e NR-16.
Fundamentos e Classificação dos Riscos Ambientais: Riscos físicos;
Riscos químicos;
Riscos biológicos;
Riscos de acidentes. Noções de Higiene Pessoal: Normas internacionais
de higiene ocupacional (NHO).
Condições Sanitárias e de Conforto (NR – 24).
Higiene dos alimentos como fator de segurança do trabalho. Sistema de
Gerenciamento Ambiental: Coleta, Tratamento e destinação de resíduos,
Reciclagem, Reutilização, Redução.
BIBLIOGRAFIA
BENSOUSSAN, Eddy; ALBIERI, Sérgio. Manual
Segurança e Medicina do Trabalho. Atheneu, 1997.
KULCSAR NETO, Francisco.
Fundacentro, 1992.
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Higiene,
Sílica - Manual do trabalhador. São Paulo:
PACHECO JUNIOR, Waldemar. Qualidade na Segurança e Higiene do
Trabalho. São Paulo: Atlas, 1995.
SALIBA, Tuffi Messias; CORREA, Márcia Angelim C.; AMARAL, Lenio Sérvio.
Higiene do Trabalho e Programação de Prevenção de Riscos Ambientais.
São Paulo: LTR, 2002.
SOUNIS, Emilio. Manual de higiene e medicina do trabalho. 6 ed. São
Paulo: Ícone, 1993.
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212
10. HISTÓRIA
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Processo de construção da sociedade no tempo e no espaço;
formação cultural do homem; ascensão e consolidação do capitalismo;
produção cientifica e tecnológica e suas implicações; aspectos históricos,
políticos, sociais e econômicos do Brasil e do Paraná a partir das relações de
trabalho, poder e culturais.
CONTEÚDOS:
A Construção do sujeito histórico;
A produção do conhecimento histórico;
O mundo do trabalho em diferentes sociedades;
As cidades na História;
Relações culturais nas sociedades greco-romanas na antiguidade;
Relações culturais na sociedade medieval européia;
Formação da Sociedade Colonial Brasileira;
A construção do trabalho assalariado;
Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no
contexto de consolidação do capitalismo;
O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;
Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo
(séc XVIII e XIX);
Desenvolvimento tecnológico e industrialização;
Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;
O Estado Imperialista e sua crise;
O Neocolonialismo;
Urbanização e industrialização no Brasil;
O trabalho na sociedade contemporânea;
Relações de poder e violência no Estado;
Urbanização e industrialização no Paraná;
Urbanização e industrialização no séc. XIX;
Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade
contemporânea;
Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea;
Globalização e Neoliberalismo.
BIBLIGRAFIA
A Conquista do Mundo. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de
Janeiro, ano 1, n. 7, jan. 2006.
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.
AQUINO, Rubim Santos Leão de et al. Sociedade brasileira: uma história
através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.]
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BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o
contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.
BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos
adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga:
Universidade do Minho, 2000.
BARCA, Isabel (org.). Para uma educação de qualidade: actas das Quartas
Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Centro de Investigação
em Educação(CIEd)/ Instituto de Educação e Psicologia/Universidade do
Minho, 2004.
BARRETO, Túlio Velho. A copa do mundo no jogo do poder. Nossa História.
São Paulo,ano 3, n. 32, jun./2006.
BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e
abordagens. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense,
1994,v.1
FONTANAM Josep. A história dos homens.Tradução de Heloisa J. Reichel e
Marclo F. da Costa. Bauru. Edusc. 2004
11. LEGISLAÇÃO E NORMAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
EMENTA: Conhecimento e aplicação de leis e normas em Segurança do
Trabalho.
CONTEÚDOS:
- O estado moderno e a noção de direito: fundamentos e doutrina do
direito;
- Legislação:
Constituição
Federal,
legislação
trabalhista
e
previdenciária;
- Hierarquia das leis: norma fundamental, norma secundária e norma
de validade derivada;
- Hierarquia das fontes formais: fontes estatais do direito, processo
legislativo e espécies normativas;
- Noções básicas de direito do trabalho;
- Princípios gerais do direito do trabalho;
- Organização Internacional do Trabalho (OIT): principais convenções
internacionais sobre saúde do trabalhador;
- Conteúdo legal do contrato de trabalho;
- Responsabilidade contratual;
- Elementos da responsabilidade civil e criminal do empregador;
- Legislação de segurança e medicina do trabalho: fundamentos,
conteúdos
das
normas
regulamentadoras,
nexo
técnico
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214
epidemiológico, fiscalização e controle do direito à saúde e
segurança do ambiente de trabalho;
- Órgãos estatais responsáveis pela proteção e fiscalização do trabalho:
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do
Trabalho (MPT), divisão da vigilância sanitária;
- Órgãos internos de fiscalização e programas preventivos obrigatórios;
- Papel dos Sindicatos relativo à segurança e saúde do trabalho;
- Legislação trabalhista e previdenciária: disposições gerais, inspeção
prévia e embargo ou interdição, órgãos de segurança e medicina do
trabalho nas empresas;
- Previsão Legal de Proteção especial: ao trabalho insalubre e
periculoso, ao trabalho da mulher, do menor, do idoso, do portador
de deficiência;
- Noções da Legislação e normas de segurança para mobilidade e
movimentação de pessoas e produtos.
- Direitos, deveres e função do técnico de segurança do trabalho;
- Responsabilidade civil e criminal do empregador e do técnico em
segurança do trabalho.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. CLT, Legislação Trabalhista e Previdenciária e Constituição
Federal. 6. edição. São Paulo: RT, 2007 (COLEÇÃO MINICÓDIGOS)
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção Jurídica à
Trabalhador. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.
Saúde
do
SAAD, Eduardo Gabriel. Aspectos jurídicos da segurança e medicina do
trabalho: comentário da lei 6,514 de 22.10.77, que deu nova redação ao
capítulo v, Título II, da
CLT. São Paulo: LTR,1979. 296 p.
CORREA, Márcia Angelim Chaves e SALIBA, Tuffi Messias. Insalubridade e
Periculosidade: doutrina e jurisprudência. 8. edição. São Paulo: RT, 2007
ALBORNOZ, Suzana. COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS. O que é trabalho.
São Paulo: Editora Brasiliense.
BISSO, Ely M. COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS. O que e segurança no
trabalho. São Paulo: Editora Brasiliense.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). São Paulo:
Saraiva, 2007.
COVRE, M. de Lourdes M. COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS. O que e
cidadania. São Paulo: Editora Brasiliense.
DALLARI, Dalmo de Abreu. COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS. O que e
participação política. São Paulo: Editora Brasiliense.
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DALLARI, Dalmo de Abreu. COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS. O que são
direitos da pessoa. São Paulo; Editora brasiliense.
GARCIA, Marília. COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS. O que é constituinte.
São Paulo: Editora Brasiliense.
SINHORETO, Jaqueline. Justiça e Seus Justiçadores:
Linchamentos e Revoltas Populares. São Paulo: IBCCRIM, 2002.
Conflitos,
12. LEM: INGLÊS
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: A língua concebida como discurso que se efetiva nas diferentes
práticas sociais de oralidade, escrita e leitura perpassados pela análise
lingüística.
CONTEÚDOS:
Intencionalidade dos textos;
Adequação da linguagem oral em situações de comunicação,
conforme as instâncias de uso da linguagem;
Diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala
formal e informal;
Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada;
Contato com diversos gêneros textuais;
O funcionamento dos elementos lingüístico-gramaticais do texto;
Elementos coesivos e marcadores de discurso;
Análise textual reflexiva;
Clareza na exposição de idéias.
BIBLIOGRAFIA
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês
para o Ensino Médio 1. 2ª Edição . Rischmond: 2004.
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês
para o Ensino Médio 2. 2ª Edição . Rischmond: 2004.
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês
para o Ensino Médio 3. 2ª Edição. Rischmond: 2004.
MURPHY,RAYMOND. Essenssial Grammar in use. Gramática Básica da
língua inglesa.Cambridge: Editora Martins fontes.
MURPHY,RAYMOND. English Grammar in use. 3ª ed. Ed. Cambridge
University ( Brasil).
ZAMARIN, Laura; MASCHERPE, Mario. Os Falsos Cognatos. 7ª Edição.
BERTRAND BRASIL: 2000.
13. LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
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216
Carga horária total: 240 h/a - 200 h
EMENTA: Estudo e reflexão sobre a Língua enquanto prática social, por meio
dos diferentes gêneros discursivos que se concretizam nas práticas de
oralidade, leitura, escrita e análise linguística. Estudo da Literatura como a arte
que permite a interação a partir do objeto estético.
CONTEÚDOS:
Unidade temática do texto;
Finalidade, intencionalidade e aceitabilidade do texto;
Informatividade, situcionalidade intertextualidade e temporalidade do
texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Vozes sociais e ideologias presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Contexto de produção da obra literária;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição, função das
classes gramaticais, pontuação e demais recursos gráficos como
recurso sintático e estilístico em função dos efeitos do sentido);
Partículas conetivas do texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Elementos extralinguísticos como entonação, expressões facial, corporal
e gestual, pausa;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Adequação do discurso ao gênero;
Elementos semânticos;
Operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
Modalizadores;
Sentido conotativo e denotativo;
Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (humor, ironia,
ambiguidade, exagero, expressividade);
Particularidades linguisticas do texto literário;
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
BIBLIOGRAFIA
BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.
_______. Preconceito Lingüístico. São Paulo: Loyola, 2003.
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AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura e Formação
do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
14. MATEMÁTICA
Carga horária total: 240h/a - 200h
EMENTA: Formas espaciais e as quantidades compreendidas a partir de
números e álgebra, geometrias, funções e tratamento da informação no
contexto da Segurança do Trabalho.
CONTEÚDOS:
Conjuntos numéricos;
Determinantes;
Matrizes;
Sistemas lineares;
Polinômios;
Números complexos;
Função (afim, quadrática, exponencial, logarítmica, modular, PA e PG,
trigonométrica);
Geometria plana: área das figuras geométricas, Teorema de Pitágoras,
Geometria espacial, Geometria analítica;
Razão e proporção, análise combinatória;
Probabilidade;
Binômio de Newton e Noções de matemática financeira.
BIBLIOGRAFIA
KRULIK, Stephen & REYS, Robert E.A. A resolução de problemas na
Matemática escolar. Trad. Higino H. Domingues e Olga Corbo. São Paulo,
Atual,1997.
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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
219
LINQUIST, Mary Montgomery & SHULTE, Albert P. (orgs). Aprendendo e
ensinando Geometria. Trad. Higino H. Domingues. São Paulo, Atual, 1994.
PETIT, Jean-Pierre. Os mistérios da Geometria. Lisboa, publicações Dom
pixote,1982. ( Coleção As Aventuras de Anselmo Curioso.)
POLYA, George. A Arte de Resolver Problemas.
Revista do professor de Matemática. Publicação da Sociedade Brasileira de
Matemática.
LIMA, Elon Lages ET. Alii. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro,
SBM, 1997. 3vols. (Coleção do Professor de Matemática.)
BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo Edgard Blucher, 1996
DANTE, L.R. Didática da resolução de problemas. São Paulo Ática, 1989.
D`AMBROSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e sociedade. São
Paulo Scipione,1988.
PARANA. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação
básica.SEED – PR. 2007.
BRASIL. LDB – LEI 9394/96 Diretrizes e Bases da educação Nacional.
15. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Carga horária total: 100 h/a - 50 h
EMENTA: Noções da Organização das atividades empresariais direcionadas
ao trabalho.
CONTEÚDOS:
As diferentes correntes da administração;
Revolução digital e a contemporaneidade da administração;
Precursores da Administração Científica;
Organização das Modernas Empresas;
Os novos conceitos introduzidos pela teoria neoclássica;
Noções de Sistema de Gerenciamento Ambiental: ISO 14.000 e
18.000, OSHA’s, A Segurança do Trabalho no Planejamento;
Manutenção e Controle de Produção e Qualidade;
A Segurança do Trabalho e o Estudo Preliminar dos Métodos de
Trabalho;
Análise dos Métodos do trabalho e processos de Produção Industrial;
Regras básicas de benchmarking;
Arranjos Físicos em Empresas;
Noções de Fluxogramas e Organogramas: representação gráfica;
Organizações Inteligentes;
Perfil de Exposições;
Riscos Ocupacionais.
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220
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Administração- teoria, processo e prática.
Mcgraw-Hill, 1995.
GRÖNROOS, Christian. Marketing: gerenciamento e serviços. São Paulo:
Editora Campus, 1995.
MATOS, Francisco Gomes de. Estratégia de empresa. São Paulo: Editora
Makron Books, 1993.
MCKENNA, Regis. Marketing de relacionamento: estratégias bem
sucedidas para a era do cliente. Campus, 1993.
MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO –
http//www.desenvolvimento.gov.br
SANTOS, Joel J. Formação do preço e do lucro. 4. ed. São Paulo: Atlas,
1995.
17. PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS E PERDAS
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
EMENTA: Verificação e análise preliminar de riscos e perdas causadores de
acidentes e incidentes.
CONTEÚDOS:
Princípio da Combustão: Triângulo do fogo e Características do fogo;
Características Físicas e Químicas da Combustão;
Química e física do fogo;
Causas Comuns de Incêndio;
Métodos de Extinção de Incêndios: Abafamento, resfriamento e isolamento;
Classe de risco e métodos de extinção;
Agentes Extintores: Água, espumas, pó químico seco, dióxido de carbono e
granulados específicos no combate a incêndios;
Material de Combate ao Fogo: Hidrantes e Chuveiros automáticos;
Formação e orientação de brigada de incêndio;
Plano de Evacuação;
Planos de Emergência: Rota de fuga, retirada de pessoas, sinalização
(alertas), formação de equipes de emergência, lay-out de rota de fuga, ação
individual no plano de emergência;
Plano de Auxílio Mútuo.
Teorias de Sistemas e Subsistemas;
Avaliações de Perdas de um Sistema;
Aplicação da teoria de sistemas na Segurança do Trabalho;
Técnicas de Análises: identificação dos riscos, Série de riscos, Análise de
riscos, Análise de modos e falhas, de operações, dos incidentes e
acidentes, avaliação qualitativa, medidas de controle;
Teoria e Estudos de Confiabilidade em equipamentos e sistemas;
- What-ifF;
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221
Aplicação do método em sistema definido;
Levantamento e Controle de perdas, custos e cálculos dos acidentes dos
segurados e não segurados;
Elaboração de Check-list .
BIBLIOGRAFIA
BURGES, WILLIAM. Possíveis Riscos a Saúde do Trabalhador. Belo
Horizonte: Editora Ergo, 1997.
PACHECO JR. Qualidade na segurança e higiene do trabalho: série SHT
9000, normas para a gestão e garantia da segurança e higiene do trabalho.
São Paulo: Atlas, 1995.
17. PROCESSO INDUSTRIAL E SEGURANÇA
Carga horária total: 100 h/a - 83 h
EMENTA: Conhecimento dos equipamentos industriais para a prevenção de
acidentes.
CONTEÚDOS:
Processos de Produção:
Elementos de Riscos a Saúde;
Introdução aos Processos de Produção;
Conceito de Controle de Processos Industriais;
Máquinas e Equipamentos de Transporte;
Métodos de manuseio de Equipamentos de Transporte Industrial;
Movimentação;
Armazenagem;
Cargas Especiais;
Equipamentos de Estivagem;
Normalização;
Manutenção Preventiva de Materiais e Equipamentos;
Procedimentos Técnicos;
Processos de Manutenção;
Sistema Organizacional;
Normalização;
Ferramentas Manuais: Convenções;
Utilização e Conservação;
Manutenção Preventiva;
Manutenção Corretiva;
Interpretação de Catálogos e Manuais;
Caldeiras;
Vasos de Pressão (NR-13);
Fornos (NR-14);
Norma Regulamentadora nº 13 (NR–13);
Norma Regulamentadora nº 14 (NR–14);
Riscos Ocupacionais;
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222
Práticas de Trabalho;
Eletrotécnica: Princípios da Eletricidade;
NR-10 – Riscos nas instalações elétricas;
Formas de aterramento;
Princípios da eletrotécnica;
Conceitos de Transformadores;
Tipos de instalações elétricas;
Princípios prevencionistas;
Tecnologia e prevenção no combate a sinistro;
Considerações sobre incêndios e explosões;
Participação do Técnico de Segurança do Trabalho na proteção contra
incêndios;
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Manuais de Legislação; Segurança e Medicina do Trabalho, São
Paulo, Atlas 61º ed. 2007.
FERREIRA, Paulo Pinto. Treinamento de pessoal: a técnico-pedagogia do
treinamento. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1977.
18. QUÍMICA
Carga horária total: 140 h/a - 117 h
EMENTA: A matéria e suas transformações através do conhecimento científico
e tecnológico no cotidiano.
CONTEÚDOS:
Estrutura da matéria;
Misturas e métodos de separação;
Fenômenos físicos e químicos;
Estrutura atômica;
Distribuição eletrônica;
Tabela periódica;
Ligações químicas;
Funções Químicas (orgânicas e inorgânicas);
Radioatividade;
Normas de segurança de laboratório;
Materiais de laboratório, Soluções;
Termoquímica;
Cinética química;
Equilíbrio químico;
Química do carbono;
Funções oxigenadas;
Polímeros;
Funções nitrogenadas;
Isomeria;
Efeitos dos produtos químicos na natureza;
Indústria petroquímica, de alimentos e farmacêutica;
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223
Compostos orgânicos naturais.
BIBLIOGRAFIA
CAMPOS,Marcelo Moura. Fundamentos da Química Orgânica São Paulo: ed.
Edgard Bücher Ltda.
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. Volume Único. Ed. Moderna. V1
Química Geral v2 Físico-Química v3 Química Orgânica . São Paulo: Ed.
Moderna – 4ª ed.
RUSSEL, John B. Química Geral. McGraw-Hill
SARDELLA, Antônio. Curso de Química. Volumes 1,2,3 Química Geral, Físicoquímica, Química Orgânica, Ed. Ática.
TITO e CANTO. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume Único. Ed.
Moderna. 1996, São Paulo.
Química v.1,2,3. São Paulo: ed. Moderna.
USBERCO – SALVADOR. Química v.1,2,3. São Paulo: Saraiva, 1996, 2ª ed.
Diretrizes Curriculares de Química para o ensino médio.
IJUÍ: Ed. Unijuí, 2003. p.144 (coleção educação em química)
19. SEGURANÇA DO TRABALHO
Carga horária total: 440 h/a - 367 h
EMENTA: Promoção do bem-estar físico, mental e social do trabalhador, bem
como o gerenciamento preventivo dos riscos presentes nos ambientes de
trabalho e relacionados aos processos produtivos.
CONTEÚDOS:
•
Histórico da segurança do trabalho;
•
O advento da produção em série e o desenvolvimento moderno,
•
Relações da segurança com as novas modalidades de trabalho;
•
Aspectos sociais, econômicos e éticos da segurança e medicina
do trabalho;
•
Acidente do trabalho: efeitos sociais e econômicos para os
trabalhadores, família, empresa e estado;
•
Desenvolvimento das tecnologias de segurança e a organização
do trabalho: papel dos órgãos controladores e acordos internacionais;
•
Acidentes do trabalho;
•
Causas, técnicas e formas de prevenção, procedimentos legais;
•
Comunicação do acidente;
•
Inspeção de segurança do trabalho;
•
Uso dos equipamentos individuais e coletivos: NR-06;
•
Sinalização de segurança (NR-26);
•
Organização da segurança do trabalho;
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224
•
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina
do Trabalho - SESMT (NR-4), Dimensionamento do SESMT, Formação
e Atribuições; Código Nacional de Atividades Econômicas das
Empresas;
•
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA (NR-5):
Processo de Formação e função da CIPA: Mapeamento de Risco
(Técnicas de elaboração, Etapas, Elaboração, Execução e Relatório do
Mapeamento);
•
Investigação do acidente do trabalho: processos de investigação;
•
Análise do acidente do trabalho;
•
Políticas de segurança do trabalho;
•
Gerenciamento do sistema segurança: documentação de
segurança do trabalho (ordens de serviço, manuais de segurança do
trabalho, política de segurança do trabalho);
•
Trabalho em espaços confinados (NR-33);
•
Trabalho em edificações e na construção civil (NR–8, NR-18);
•
Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais (NR–11);
•
Especificidades da Segurança no trabalho: em mineração,
portuário, aquaviário, na agricultura e pecuária, etc. (NRs – 22, 29, 30,
31).
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Manuais de Legislação: Segurança e Medicina do Trabalho, São
Paulo, Atlas 61º ed. 2007.
BRASIL. MT. FUNDACENTRO. Curso de Engenharia do trabalho. São
Paulo: Fundacentro, 1981. 6 v.
JR.COSMOS MORAES. Segurança do Trabalho. São Paulo: USP.
LIMA , Dalva Aparecida. Livro do professor da Cipa. São Paulo: Fundacentro,
1990.
MANUAL DA CIPA, em 24 de maio de 1999, NR 5.
MANUAL DE SEGURANÇA – Companhia Vale do Rio Doce. PINTO, Almir
Pazzionotto. Manuais no meio rural. São Paulo: Fundacentro, 1990.
MELO, Márcio dos Santos. Livro da Cipa - Manual de segurança do
trabalhador. São Paulo: Fundacentro, 1990.
REVISTA BRASILEIRA DE SAÚDE OCUPACIONAL. São Paulo: Fundacentro,
vol. 20, Janeiro a Junho, NR 75
20. SOCIOLOGIA
Carga horária total: 80h/a - 67h
EMENTA: O conhecimento e a explicação da sociedade nas formas de
organização social, do poder e do trabalho.
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225
CONTEÚDOS:
Surgimento da sociologia e as teorias sociológicas;
Modernidade;
Desenvolvimento das ciências;
Dinâmicas do processo de socialização;
Instituições sociais, Conceitos de cultura na antropologia;
diversidade cultural;
Etnocentrismo;
Relativismo;
Questões de gênero e minorias;
Cultura de massa (cultura popular X erudita); S
Sociedade de consumo;
O trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais;
Neoliberalismo;
Globalização;
Desemprego, desemprego conjuntural e estrutural;
Subemprego e informalidade;
Terceirização;
Voluntariado e cooperativismo;
Empregabilidade e produtividade;
Capital humano;
Reforma trabalhista e organização internacional do trabalho; economia
solidária;
Flexibilização;
Reforma agrária e sindical;
Taylorismo/Fordismo, Toyotismo;
Estatização e privatização, parceria pública e privada;
Relações de mercado;
Conceito de estado moderno;
Tipos de estado;
Conceitos de poder e dominação;
Política;
Ideologia e alienação;
Democracia, partidos políticos;
Conceito moderno de direito;
Cidadania;
Movimentos sociais, urbanos, rurais e conservadores, movimentos
sindicais, direitos humanos.
BIBLIOGRAFIA
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. 6 ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília: Universidade de Brasília, 1998.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à
consciência universal. 12 ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.
GENTILE, P e Frigoto, G. Políticas de exclusão na educação e no trabalho. 3.
ed. São Paulo: Cortez, 2002.
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226
21. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
Carga horária total: 120 h/a - 100 h
EMENTAS: Aplicação de metodologias técnicas
operacionalizando os instrumentos de medição ambiental.
e
normalizadas,
CONTEÚDOS:
Conceitos de Utilização dos Equipamentos de Medição;
Técnicas de Medição;
Tipos de Equipamentos: Decibelímetro (medidor de pressão sonora analógico e digital), dosímetro, luxímetro, conjunto de termômetros para
avaliação da exposição ocupacional ao calor (termômetro de bulbo seco,
termômetro de bulbo úmido e termômetro de globo), Bomba medidora
de gases, Anemômetros, Explosímetros, Higrômetro, Oxímetro,
Aparelhos medidores de monóxido de carbono (CO), Filtros passivos;
Atividades e Operações Insalubres: Norma Regulamentadora nº 15
(NR–15 “anexo 1 a 14”);
Estudos nas Normas de Higiene Ocupacional (NHO - Fundacentro);
Análise Quantitativa do Mapeamento de Riscos;
Acidentes de Trabalho: com exposição a material biológico e acidente de
trabalho grave.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Manuais de Legislação; Segurança e Medicina do Trabalho, São
Paulo, Atlas 61º ed. 2007.
MELO, Márcio dos Santos. Livro da Cipa - Manual de segurança do
trabalhador. São Paulo: Fundacentro, 1990
ARAÚJO, Luis César G. de. Organização e métodos : integrando
comportamento , estrutura, estratégica e tecnologia. 4. ed. São Paulo: Atlas,
1994.
MAGRINI, Rui de Oliveira. Riscos de acidentes na operação de caldeiras.
São Paulo: Fundacentro, 1991.
1. PLANO DE ESTÁGIO
1.1.
Identificação da Instituição de Ensino
•
Nome do estabelecimento: Centro Estadual de Educação Básica
para Jovens e Adultos – CEEBJA Paulo Freire – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional
• Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná
• Endereço: Rua Almirante Gonçalves, 1423
• Município: Curitiba-Pr
• NRE: Curitiba
1.2.
Identificação do curso
• Habilitação: Técnico em Segurança do Trabalho
• Área profissional: Saúde
• Carga horária total: 2.600 horas
1.3.
Do curso: 2,500 horas
Do estágio: 100 horas
Coordenação de Estágio
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227
• Nome do professor: Roberto Luis Fonseca de Freitas
• Ano letivo: 2009
1.4.
Justificativa
O trabalho e a cidadania são previstos como os principais contextos nos quais
a capacidade de continuar aprendendo deve se aplicar, a fim de que o
educando possa adaptar-se às condições em mudança na sociedade,
especificamente no mundo das ocupações. A LDB neste sentido é clara: em
lugar de estabelecer disciplinas ou conteúdos específicos, destaca
competências de caráter geral das quais a capacidade de aprender é decisiva.
O aprimoramento do educando como pessoa humana destaca a ética, a
autonomia intelectual e o pensamento crítico. Em outras palavras, convoca à
constituição de uma identidade autônoma. Para fazer uma ponte entre teoria e
prática, de modo a entender como a prática, está ancorada na teoria
(fundamentos científico-tecnológicos), é preciso que a escola seja uma
experiência permanente de estabelecer relações entre o aprendido e o
observado, seja espontaneamente, no cotidiano em geral, seja
sistematicamente no contexto específico de um trabalho e suas tarefas
laborais.
A Educação Profissional proposta pela atual LDB está comprometida com os
resultados de aprendizagem, portanto, a prática profissional constitui e
organiza o currículo, onde a formação de um profissional é capaz de inserir tal
trabalhador no mundo globalizado, agindo e transformando, através da sua
participação direta em situações reais de vivência e trabalho de seu meio
ambiente. O profissional da área da saúde, no caso dos alunos do Curso
Técnico em Segurança do Trabalho, que atuando na área tem por obrigação e
responsabilidade à prevenção e proteção à saúde e integridade física do
trabalhador.
Se a questão profissional é referência para professores e alunos, o Estágio, por
ser uma experiência pré-profissional, passa a ser um momento de extrema
importância. Será o instante de organização do conhecimento, de seleção de
ponto de vista, porque obriga o estudante a confrontar seu saber com a
realidade, não como um expectador acadêmico, mas como um profissional, ou
seja, dentro de uma organização social concreta na qual tem um papel a
desempenhar.
O que distingue o estágio das demais disciplinas em que a aula prática está
presente, é que ele se apresenta como o momento da inserção do aluno na
realidade, da reflexão e da compreensão das relações de trabalho. Este
exercício de inserção e distanciamento é que poderá prepará-lo para mais
tarde, na vida profissional, atuar sobre a realidade, buscando transformá-la.
Outra contribuição do Estágio refere-se ao autoconhecimento do estudante,
pois lhe permite confrontar os desafios profissionais com sua formação
acadêmica, entendida como formação teórica prática.
O Plano de Estágio do Estabelecimento, constitui ponto importante, para
garantir que se processe a realização e o acompanhamento do Estágio
Profissional Supervisionado dos alunos.
1.5.
Objetivos do estágio
- Contribuir para a formação profissional de nível técnico na área de
Segurança do Trabalho, por meio do desenvolvimento de atividades
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228
relacionadas ao mundo do trabalho e seus ambientes, que assegure
concebê-lo como ato educativo em que a teoria e a prática são
indissociáveis.
1.6.
Local de realização do estágio
Os Estágios serão realizados em Empresas ou Instituições Públicas ou
Privadas parceiras do Estabelecimento de Ensino, com ramos de atividades
compatíveis com a natureza e objetivo da habilitação e que apresentem
condições de proporcionar experiências práticas na área de formação do
educando.
1.7.
Distribuição da carga horária
A carga horária total do Estágio será de 100 horas, sendo 30 horas no terceiro
semestre, 30 horas no quarto semestre e 40 horas no quinto semestre. Não
poderá exceder a jornada diária de 6 horas, perfazendo 30 horas semanais.
1.8.
Aproveitamento Profissional
O aluno que no decorrer do curso, comprovadamente estiver trabalhando em
empresas onde exerça atividade compatível com a realizada em seu Estágio
Profissional Supervisionado, poderá requerer na forma regimental junto a
Secretaria do Colégio o aproveitamento das horas trabalhadas para o
cumprimento das horas do estágio no máximo 30% do total da carga horária de
estágio.
Juntamente com o requerimento de dispensa do estágio, o aluno deverá
anexar documentação comprobatória de vínculo empregatício não inferior a
seis meses, com declaração da Empresa contendo as atividades
desempenhadas pelo seu funcionário ligadas a área de saúde e segurança do
trabalhador. A dispensa será concedida mediante análise da documentação
pelo Coordenador de Estágio.
1.9.
Atividades do estágio
Durante a realização do Estágio Profissional Supervisionado, o
educando deverá realizar o reconhecimento e avaliação da área ou setor de
atuação do Técnico em Segurança do Trabalho, bem como integrar-se com os
chefes dos setores e departamentos existentes para maior conhecimento das
atividades ali desenvolvidas e dos possíveis riscos ambientais.
O aluno deverá fazer o acompanhamento direto das atividades do setor
competente da Instituição Parceira em que estiver atuando, o que com isto,
estará principalmente subsidiando-se e vivenciando de forma consistente a
rotina diária do Técnico em Segurança do Trabalho. Para tanto é preciso estar
atento(a) quanto:
Inspeção de Segurança: Sistema ou processo de escolha para a realização;
Tipo de inspeção habitualmente realizada; Outras inspeção e periodicidade;
Sistema de encaminhamento dos problemas levantados; Processo de análise e
solução (nível hierárquico); Outras inspeções de checagem.
CIPA: Processo de recrutamento dos empregados para a candidatura na
C.I.P.A; Apresentação dos candidatos e tempo médio antes da eleição; Edital
de convocação para a eleição; Escolha dos membros representantes do
empregador.
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229
- Processo de eleição e apuração de votos.
- Elaboração dos documentos exigidos pela fiscalização; Posse dos novos
membros; Acompanhamento em pelo menos 03 (três) reuniões; Elaboração de
atas das reuniões acompanhadas; Lay-out e mapa de risco.
E.P.I. e E.P.C: Tipos e finalidades; Processo de análise em relação ao risco e
prescrição de E.P.I; Características dos riscos, E.P.I. em uso e carência de
E.P.I. adequados; Sistema de fornecimento e controle; Processos de
conscientização utilizados quanto ao uso obrigatório do E.P.I; Problemas e
dificuldades apresentados pelo funcionário e empregador.
Agentes Físicos: Identificação, avaliação, controle e sugestões; Consideram-se
Agentes Físicos, dentre outros: Ruídos, Vibrações, Temperaturas Anormais,
Pressões Anormais, Radiações Ionizantes, Radiações Não Ionizantes e
Umidade.
Agentes Químicos: Identificação, avaliação, controle e sugestões; Consideramse Agentes Químicos, dentre outros: Névoas, Neblinas, Poeiras, Fumos, Gases
e Vapores.
Agentes Biológicos: Identificação, avaliação, controle e sugestões;
Consideram-se Agentes Biológicos, dentre outros: Bactérias, Fungos,
“Rickettisia”, Helmintos, Protozoários e Vírus.
Riscos Ergonômicos e de Acidentes: Identificação, avaliação, controle e
sugestões; Consideram-se Riscos de Acidentes, dentre outros: Arranjo Físico,
Máquinas e Equipamentos, Ferramentas Manuais Defeituosas, Inadequadas ou
Inexistentes, Eletricidade, Sinalização, Perigo de Incêndio ou Explosão,
Transporte de Materiais, Edificações e Armazenamento Inadequado;
Consideram-se Riscos de Acidentes, dentre outros: Trabalho Físico Pesado,
Postura Incorreta, Treinamento Inadequado ou Inexistente, Trabalho em
Turnos e Noturno, Atenção e Responsabilidade, Monotonia e Ritmo Excessivo.
Investigação de Acidentes: Sistema de escolha da equipe; Tempo (Médio) após
ocorrido o Acidente; Documento e impressos utilizados; Técnicas aplicadas
para a investigação; Encaminhamento para a C.I.P.A; Acompanhamento da
Análise do Acidente.
Sinalização: Sistema de sinalização de segurança utilizada; Deficiência de
sinalização.
- Sugestão para novas sinalizações e/ou alterações nas atuais; Verificação de
todos os itens que impliquem na sinalização obrigatória. inclusive sistema de
utilização de cores para tubulações e outros de acordo com a NR – 26.
Cálculo de Custo: Sistemas utilizados para levantamento de estatísticas de
A.T; Processo utilizado para avaliação de custos diretos e indiretos; Sistemas
de Cálculos adotados; Processos de encaminhamento dos levantamentos
estatísticos; Avaliação, resultado e medidas que são apresentadas.
Caldeira: Tipo e características de caldeiras em operação; Sistema de
supervisão e controle do Livro de Registro; Inspeção periódica; Operadores
habilitados e treinados; Sistema de funcionamento e operação da caldeira;
tempo de funcionamento e/ou operação; Aspectos comparativos de todos os
itens estabelecidos na NR – 13 e a situação atual da caldeira em estudo.
Legislação: Aplicabilidade das NRs incidentes na atividade de estágio que está
sendo aplicada e o que falta.
Proteção contra Incêndios: Prevenção e Combate a Incêndios; Legislação
Municipal de Incêndios; Equipamentos de Combate a Incêndios; Brigadas de
Incêndios; Planos de Emergência.
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230
Análise de Riscos: Técnicas de Análise; Árvore de causas e falhas; Análise dos
acidentes e incidentes.
As atividades de Estágio deverão estar relacionadas obrigatoriamente nas
áreas de concentração definidas pela Coordenação do Curso e propostas
neste item. O estagiário que desenvolver seu Estágio na empresa ou instituição
em que trabalha deverá fazê-lo fora de suas atividades de rotina, se dentro
delas, com caráter inovado e diferenciado observando todos os critérios
previstos neste Plano.
1.10.
Atribuições do Estabelecimento de Ensino
• Assegurar estágios adequados a todos os seus alunos.
• Proporcionar condições mínimas para garantir a realização do Estágio
de seus alunos.
• Viabilizar o ajuste das condições de estágio conciliando os requisitos
mínimos exigidos pelas diretrizes curriculares.
• Preparar e providenciar Acordo de Cooperação com as Instituições que
se proponham a ofertar Estágios, bem como os Termos de Compromisso
com o estagiário.
1.11.
Atribuições do Coordenador de Estágio
• Estabelecer com a Equipe Pedagógica do Colégio as orientações gerais
sobre o Estágio.
• Identificar campos de estágio, estabelecer contatos e convênio com
empresas;.
• Elaborar o plano de trabalho e sua regulamentação, conforme legislação
específica;
• Coordenar o planejamento, a execução e a avaliação das atividades
pertinentes ao estágio, em conjunto com os demais professores;
• Organizar e manter prontamente disponíveis documentos e registros
referente ao estágio.
• Receber e rubricar a comunicação de carga horária cumprida pelo
estagiário;
• Manter o Manual de Estágio atualizado e de fácil acesso;
• Nomear e organizar a banca examinadora do relatório final;
• Avaliar os relatórios apresentados pelo estagiário.
1.12.
Atribuições do órgão/instituição que concede o estágio
• Orientar o estagiário a realizar seu Estágio, através do Supervisor da
Empresa, preferencialmente em áreas e/ou setores nos quais já tenha
participado das aulas teórico-práticas;
• Controlar a freqüência do estagiário;
•
Oferecer ao estagiário oportunidades para um aprendizado teóricoprático e sociocultural;
• Colocar à disposição suas instalações e condições físicas e materiais
necessários e indispensáveis ao estagiário para a prática do Estagio;
• Orientar e atribuir ao estagiário, tarefas compatíveis com a natureza do
estágio, de acordo com as atividades previstas no Plano de Estágio;
•
Prestar informações sobre o desenvolvimento do Estágio e das
atividades do estagiário que venham ser solicitadas pela Instituição de
Ensino, comunicando quaisquer irregularidades.
1.13.
Atribuições do estagiário
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231
• Elaborar o Relatório e adequá-lo de acordo com as instruções recebidas
pela Coordenação de Estágio;
• Cumprir a Carga Horária obrigatória de Estágio do Curso,
comparecendo assídua e pontualmente ao local de Estágio, cuja carga
horária não poderá exceder a jornada diária de 6 horas, perfazendo 30
horas semanais;
• Preencher os requisitos necessários ao desenvolvimento do Relatório.
• Cumprir as determinações constantes do Termo de Compromisso e
Acordo de Cooperação;
• Empenhar-se na busca de conhecimento e assessoramento necessário
ao desempenho das atividades de estágio;
• Manter contatos periódicos com a Coordenação de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
• Manter sigilo profissional, de qualquer informação confidencial que se
tome conhecimento durante o Estágio em com ele relacionado.;
• Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e
responder pelos danos pessoais e materiais causados;
1.14.
Forma de acompanhamento do estágio
O estagiário deverá ser acompanhado durante seu Estágio por profissionais
habilitados, tais como:
a – Coordenador de Estágio: será o elo de ligação entre o Colégio e o local da
realização do Estágio, apresentando e direcionando o Plano de Trabalho de
Estágio que deverá ser traçado juntamente com o estagiário, sendo
instrumento a ser seguido pelo supervisor no local da realização do Estágio.
b – Supervisor da Instituição concedente: será o responsável pela condução e
concretização do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, de acordo
com o Plano estabelecido pelo Estabelecimento de Ensino.
1.15.
Avaliação do Estágio
A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como um
processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo portanto estar
presente em todas as fases do planejamento e da construção do currículo,
como elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da escola
em relação à proposta.
Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:
•
Ficha de Controle de Estágio Profissional Supervisionado;
•
Ficha de Avaliação do Estagiário;
•
Ficha do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
•
Relatório apresentando os conteúdos observados durante o
Estágio Profissional Supervisionado;
•
Banca examinadora;
O Relatório Final de Estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas
definidas no Manual de Estágio.
A nota do Estágio do Segundo Semestre será a média entre a nota
apresentada pelo Supervisor de Estágio da Unidade Concedente e a nota
atribuída na avaliação proposta pela Coordenação de Estágio (Relatório
Parcial). No Terceiro Semestre será a média entre a nota apresentada pelo
Supervisor de Estágio da Unidade Concedente e a nota atribuída na avaliação
proposta pela Coordenação de Estágio (Relatório Final).
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232
O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é
expresso através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez
vírgula zero). O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis
vírgula zero). Será considerado aprovado o aluno que:
a) obtiver freqüência de 100% (cem por cento) e aproveitamento igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero);
b) entregar a Ficha de Controle e o Relatório apresentando os conteúdos
observados durante o Estágio Profissional Supervisionado em data prevista.
Disposições finais
• O aluno deverá realizar o Estágio Profissional Supervisionado ao longo do
Curso, acompanhando o semestre, como forma de assegurar a importância da
relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, estabelecida no Plano de
Estágio específico aprovado pelo órgão competente;
• A não conclusão do Estágio Profissional Supervisionado, no prazo previsto
neste Plano de Trabalho, implicará na suspensão da emissão do diploma;
• A realização do estágio é obrigatória para a conclusão do Curso Técnico em
Segurança do Trabalho;
• O aluno aprovado em todas as disciplinas, mas reprovado ou não cumpriu o
Estágio Profissional Supervisionado obrigatório, será considerado reprovado no
respectivo semestre;
• A Direção do Estabelecimento não poderá expedir nenhum tipo de
documento que comprove o término do Curso, sem que o aluno tenha atendido
todos os itens necessários para aprovação no Estágio.
1.16.
Ato (Parecer) do NRE comprovando a análise e aprovação do plano
de estágio.
Anexos (próprio de cada instituição: termo de parceria, termo de
compromisso...)
2. DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS PROFISSIONAIS PREVISTAS
Participação em palestras, cursos, mini-cursos, simpósios, semana de estudos,
SIPAT, oficinas e visitas técnicas, de instruções e aulas práticas dentre outras
atividades ligadas á segurança e medicina do trabalho ou afin
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233
MATRIZ CURRICULAR
Matriz Curricular
Estabelecimento:
Município:
Curso: TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO EM NÍVEL MÉDIO NA MODALIDADE DE
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - PROEJA
Carga horária:2880 horas/aula – 2400
horas mais 100 horas de Estágio Profissional
Turno: NOITE
Supervisionado
Implantação gradativa a partir do ano
MODULO:20
Organização:SEMESTRAL
SEMESTRES
hora/
DISCIPLINAS
horas
1º 2º 3º 4º 5º 6º aula
1 ARTE
2
2
80
67
120
100
2 BIOLOGIA
2
2 2
3
4
5
6
7
DESENHO ARQUITETÔNICO EM SEGURANÇA
DO TRABALHO
EDUCAÇÃO FÍSICA
2
FILOSOFIA
FÍSICA
FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA DO
TRABALHO
3
GEOGRAFIA
9 HIGIENE DO TRABALHO
10 HISTÓRIA
2
2
2
3
2
2
3
2
8
2
2
2
2
LEGISLAÇÃO E NORMAS EM SEGURANÇA DO
11 TRABALHO
2
2
2
2
2
2
12 LEM - INGLÊS
2
80
67
80
67
80
67
140
117
120
100
80
67
160
133
80
67
160
133
2
2
2
2
80
67
13 LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA
2
2
2
2
2
2
240
200
14 MATEMÁTICA
2
2
2
2
2
2
240
200
15 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
2
3
100
83
160
133
100
83
117
16
17
18
19
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS E
PERDAS
PROCESSO INDUSTRIAL E SEGURANÇA
QUÍMICA
SEGURANÇA DO TRABALHO
20 SOCIOLOGIA
3
3
2
3
2
2
21 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
TOTAL
25
ESTÁ GIO PROFISSINAL SUPERVISIONA DO
2
2
2
4
2
3
4
2
4
2
4
3 3
25 24 24 23 23
2 2 2
140
440
367
80
67
120
2880
120
100
2400
100
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234
VII. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
A organização metodológica das práticas para a Educação Profissional
Integrada à Educação de Jovens e Adultos toma o trabalho como princípio
educativo, princípio este que considera o homem em sua totalidade histórica
levando em conta as diferentes contradições que o processo produtivo
contemporâneo traz para a formação humana.
É importante ressaltar que os conteúdos propostos para o curso são os
mesmo estabelecidos nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio e devem
ser abordados integralmente pautando-se numa educação que valoriza a
diversidade e reconhece as diferenças. Assim, o encaminhamento
metodológico e a avaliação, enquanto partes integrantes da práxis pedagógica,
estão voltados para atender as necessidades dos educandos, considerando
seu perfil e sua função social, compromisso na formação da cidadania, na
apropriação do conhecimento, no desenvolvimento da reflexão crítica, na
construção da autonomia, entre outros.
Deve-se considerar a heterogeneidade dos educandos em relação aos saberes
adquiridos, a idade e o tempo de afastamento dos estudos.
O currículo proposto caracteriza-se por uma metodologia diferenciada,
na qual o processo ensino aprendizagem permite a integração entre as práticas
escolares e sociais fundamentadas em valores éticos que favorecem o acesso
às diversas manifestações culturais e privilegia uma diversidade de ações
integradas entre as disciplinas.
O critério para seleção de conteúdos e metodologias refere-se às
possibilidades dos mesmos articularem singularidade e totalidade no processo
de conhecimento. Os conteúdos selecionados devem ser apresentados de
forma integrada, refletindo os elementos da cultura e identificando mudanças e
permanências inerentes ao processo de conhecimento na sua relação com o
contexto social.
Os eixos trabalho, cultura, tempo, ciência e tecnologia devem
articular toda ação pedagógico-curricular nas escolas, os quais foram definidos
a partir da concepção de currículo da educação profissional e da educação de
jovens e adultos, de forma a proporcionar aos cidadãos, independente de sua
origem socioeconômica, acesso e êxito numa escolarização unitária.
Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não
um fim para se efetivar o processo educativo, sendo necessário que essas
práticas metodológicas sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que
possam ser alterados e adaptados às especificidades da comunidade escolar.
Assim, a Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos, na
perspectiva de formação humana, com acesso ao universo de saberes e
conhecimentos científicos e tecnológicos produzidos historicamente pela
humanidade, possibilitará uma nova forma de atendimento, na qual o educando
possa compreender o mundo, compreender-se no mundo e nele atuar na
busca da melhoria das próprias condições de vida
VIII. VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR
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235
A) SISTEMA DE AVALIAÇÃO
A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos educandos, bem como diagnosticar seus resultados, e o seu
desempenho, em diferentes situações de aprendizagem.
Preponderarão os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a
interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos, com relevância à
atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração sobre a memorização,
num processo de avaliação contínua, permanente e cumulativa.
A avaliação será expressa por notas de 0 (zero) a 10 (dez), sendo a
mínima para aprovação - 6,0 (seis) e freqüência de no mínimo 75%. A
freqüência para o estágio deverá ser de 100%.
B) RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente será submetido à
recuperação de estudos de forma concomitante ao período letivo.
Conforme consta no regimento escolar
Integrado – não há aproveitamento de estudos, considerando que o aluno é
egresso do Ensino Fundamental. Este parágrafo deve ser retirado do plano de
curso e inserido no adendo do regimento escolar, conforme orientação do CEE
em reunião com o DET.
IX. ARTICULAÇÃO COM O SETOR PRODUTIVO
A articulação com o setor produtivo estabelecerá uma relação entre o
estabelecimento de ensino e instituições que tenham relação com o Curso
Técnico em Segurança do Trabalho nas formas de entrevistas, visitas e
estágio, palestras, reuniões com temas específicos com profissionais das
Instituições conveniadas.
A comunidade escolar do CEEBJA Paulo Freire entende como diz a lei,
que o estágio profissional supervisionado é obrigatório, sendo um
procedimento didático-pedagógico, um ato educativo e uma atividade curricular
de competência da instituição de ensino e contemplada na proposta
pedagógica da escola.
O CEEBJA Paulo Freire assume junto ao Departamento de Educação e
do Trabalho e instâncias superiores a responsabilidade de zelar para que os
estágios sejam realizados em locais de efetivas condições físicas, que
proporcionem boa preparação para o trabalho produtivo e para a vida cidadã,
que sejam orientados e acompanhados por profissionais da área do objeto de
estágio, de aprendizagem social e cultural, e atendam a questão legal da Lei
Federal n0 11.788 de 25 de setembro de 2008. Cabe a instituição de ensino
celebrar termo de compromisso em relação aos estágios de seus educandos
(Art. 7o), incluindo o estágio no projeto pedagógico do curso,
responsabilizando-se em observar as condições disponíveis dos locais
cedentes, bem como as exigências profissionais, estabelecendo com a parte
cedente os critérios e os parâmetros para o atendimento do estagiário.
Art. 10 - § 10: O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o
itinerário formativo do educando. § 2o – O estagiário visa o aprendizado de
competências próprias da atividade profissional e A contextualização curricular,
objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
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236
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da
SEED, oportunizará o estágio não-obrigatório (EJA), como atividade opcional,
desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25
de setembro de 2008 escola e firma Termos de Compromisso de Estágio
Obrigatório (PROEJA). Foi assinado Termos de Compromisso com as
seguintes empresas:
- CIRCUIBRÁS IND. E COMÉRCIO DE CIRCUITOA IMP. LTDA.
Endereço: Ludovico Kaminski, 2351
CEP: 81260-040
Bairro : CIC
Cidade: Curitiba
Fone: 413314-900
CNPJ: 790773430001-04
Representante: KATIA ULAF WEBBER
- F.VEIGA & CIA LTDA
Endereço: R. Desembargador Westhalen, 1715
CEP: 80230-100
Bairro: Rebouças
Cidade: Curitiba
Fone: 413333-4183
CNPJ: 76469519/0001-85
Representante: FLAVIO ANTONIO VEIGA
- SANGEO SANCAMENTO E GEOMENSURA LTDA.
Endereço: Av. Senador Salgado Filho, 4597
CEP: 81570001
Bairro: Uberaba
Cidade: Curitiba
Fone: 41 30157898
CNPJ: 09.384.915/0001-12
Representante: MariaCarolina Sartor dos
Santos
XI. PLANO DE AVALIAÇÃO DO CURSO
O Curso será avaliado com instrumentos específicos, construídos
pela equipe pedagógica do estabelecimento de ensino para serem
respondidos (amostragem de metade mais um) por alunos, professores,
pais de alunos, representante(s) da comunidade, conselho escolar, APMF.
Os resultados tabulados serão divulgados, com alternativas para
solução.
XII. INDICAÇÃO DO COORDENADOR DO CURSO :
O coordenador do Curso Técnico em Segurança do Trabalho é o Prof.
João Marcelino de Oliveira Viana, com formação em Engenharia de Segurança
do Trabalho.
XIII. INDICAÇÃO DO COORDENADOR DE ESTÁGIO:
O Coordenador de Estágio do Curso Técnico em Segurança do Trabalho
é o Prof. Roberto Luis Fonseca de Freiras formado em Engenharia de
Segurança do Trabalho.
XIV. RELAÇÃO DE DOCENTES E DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS
A relação de todos os docentes e documentos comprobatórios encontrase no documento da Proposta de Credenciamento para Autorização do
funcionamento do Curso Técnico em Segurança do Trabalho, em tramitação no
Conselho Estadual de Educação .
XV. CERTIFICADOS E DIPLOMAS
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237
•
Não haverá certificados no Curso Técnico em Segurança do
Trabalho, considerando que não há itinerários alternativos para qualificação;
•
Diploma – O aluno ao concluir com o Curso Técnico em Segurança
do Trabalho, conforme organização curricular aprovada, receberá o Diploma de
Técnico em Técnico em Segurança do Trabalho.
XVI. RECURSOS MATERIAIS
LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS, BIOLOGIA, FÍSICA, QUÍMICA
INFORMÁTICA
Relação dos materiais de laboratório de Ciências
1) microscópio biológico binocular SEED
74704
(1) microscópio biológico trinocular MODEL
L 2000 C BIOSYSTEMS - FUNDEPAR
(1) microscópio biológico binocular MODEL
L 2000......BIOSYSTEMS- FUNDEPAR
353473
(1) microscópio biológico binocular MODEL
L 2000......BIOSYSTEMS- FUNDEPAR
353472
(1) microscópio biológico trinocular MODEL
L 2000 C...BIOSYSTEMS- FUNDEPAR
353476
(1) modelo do aparelho reprodutor
feminino................ORGANON - doação de
aluno
(1) modelo do aparelho reprodutor feminino
ANATOMIC – APMF
(1) modelo do aparelho reprodutor
masculino.........ANATOMIC – APMF
(1) modelo olho...........ANATOMIC – APMF
(1) kit métodos anticoncepcionais - doação
de aluno
(1) globo.........SEED – 6 0161
(1) torso
(1) conjunto com 60 lâminas biológicas
(1) caixa de lâminas para microscopia
(1) caixa de lamínulas para microscopia
(1) almofariz com pistilo, 180 ml
(2) balão volumétrico de vidro
(5) bastão de vidro
(10) becker de vidro de 100 ml
(1) becker de vidro de 600 ml
(1) bureta graduada de 50 ml
(1) erlenmeyer de vidro graduado, boca
estreita de 250 ml
(5) pipeta graduada de 5 ml
(2) proveta de vidro graduada de 250 ml
(2) proveta de vidro graduada de 100 ml
(20) tubo de ensaio 1,5 x 5 cm
Livros: série Atlas visuais - Editora Ática
(2) O Corpo Humano
(1) Anatomia Humana
E
(20) tubo de ensaio de 2,5 x 20 cm
(3) vara de vidro de 6mm x 500 mm
(5) placas de petri – 100 x 20 com tampa
(1) cx de papel de filtro qualitativo 90 mm
com 50 discos
(2) lente convergente de vidro, com 08
cm de diâmetro, aumento de 2,5x
(1) pinça metálica aço inox para
manipular vidraria, tipo tesoura
(3) lamparina a álcool com pavios e
abafador com capacidade de 100 ml
painéis:
(1) Sistema endócrino
(1) sistema nervoso
(1) sistema muscular
(1) sistema respiratório
(1) sistema digestório
(1) sistema circulatório
(1) sistema esquelético
(1) sistema sensorial
(1) sistema reprodutor feminino
(1) o corpo humano
(1) a célula
(1) poríferos
(1) celenterados
(1) platelmintos
(1) nematelmintos
(1) anelídeos
(1) miriápodes e onicóforos
(1) insetos
(1) aracnídeos
(1) crustáceos
(1) moluscos
(1) equinodermos
(1) peixes
(1) anfíbios
(1) répteis
(1) aves
(1) mamíferos
(1) ecossistemas
(1) ciclo do nitrogênio
(1) Dinossauros
(1) A Terra
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238
(1) Esqueletos
(1) Animais
(1) Plantas
(1) A Pré-história
(1) Química
(1) Plantas
Relação dos materiais de laboratório de Biologia
(1) microscópio biológico
MODEL L
2000 A – BIOSYSTEMS - FUNDEPAR
353471
(1) microscópio biológico
MODEL L
2000 A – BIOSYSTEMS - FUNDEPAR
353474
(1)
retroprojetor........VGS
2250
VISOGRAF - SEED
66165
(1 ) lupa de mão.................– MAPED
(1) modelo anatômico das fases
embrionárias....... ANATOMIC – APMF
(4) bandeja plástica branca, quadrada,
tipo açougue
(2) cx lâminas para microscopia 50
unidades.......... PERFECTA
–
Relação dos materiais de laboratório de Química
Reagentes:
Vidraria e Acessórios:
(1) ácido clorídrico PA 1L
(1) almofariz com pistilos
(1) ácido sulfúrico PA 1L
(10) bastão de vidro
(1) alumínio em aparas
(2) cápsula de porcelana
(1) anidro acético
(2) conta-gotas
(1) bicarbonato de sódio
(3) copos de becker 50 ml
(1) carbonato de sódio anidro
(2) escovas para tubos de ensaio
(1) carbonato de cálcio
(6) erlenmeyer
(1) cobre em aparas
(6) placa de petri
(1) enxofre em pó
(20) tubo de ensaio (1,8x18cm)
(1) estanho em aparas
(3) vidro de relógio
(1) fenolftaleína
(1) ferro em aparas
Painéis:
(1) fosfato de sódio dibásico anidro PA
(12)
tabela periódica
(1) glicose sólida
(1) hidróxido de sódio 10 N – 500 ml
(1) hidróxido de sódio PA
(1) iodeto de potássio- 50 g
(1) magnésio em fitas
(1) sulfato de amônio PA 500 g
(1) sulfato de cobre II 100 g
(1) sulfato de cobre II comercial
(1) sulfato de magnésio anidro 500 g
Relação de recursos audio visuais e tecnológicos
•
•
•
•
•
•
•
•
digital
•
•
22 TVs pendrive
02 Videocassetes
10 DVDs com entrada USB
02 DVDs comuns
02 Retroprojetores
01 Aparelho de Fax
06 Máquinas copiadoras
01
Máquina
fotográfica
01 Filmadora
01 Aparelho de multimídia
•
•
•
•
•
•
•
•
05 Impressoras
06 Aparelhos de som portáteis
20 Ventiladores de teto
03 Mesas de som
01 Central de som
04 Microfones
32 Unidades de computadores
06 Aparelhos de ar condicionado
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239
A escola possui 01 Laboratório de Informática Paraná Digital,
contendo 20 terminais. 15 TVs Pendrive para as salas de aula E 07 TVs
Pendrive para APEDs. Também já se tomou providências para a instalação de
um laboratório de informática (PROINFO), para atividades didático
pedagógicas voltada para o Curso de Segurança do Trabalho.
Destina um espaço para aulas práticas de simulações de segurança do
trabalho com o uso de alguns instrumentos e materiais de segurança pessoal e
já solicitou verba suplementar do Fundo Rotativo, em caráter especial e de
urgência para compra de equipamentos essenciais de Segurança do Trabalho.
Porém, considerando que muitos equipamentos são excessivamente caros e
suscetíveis de estragos, de difícil reposição e que onerariam os cofres públicos,
o CEEBJA viabilizará uma estratégia de exposição/feira de equipamentos a ser
realizada nas escolas e/ou nas próprias empresas dispensando o laboratório
fixo, pois ele acontece de modo diferenciado e na forma itinerante com
cooperação de entidades/empresas afins.
Possui equipamentos multimídia que atendem as finalidades da proposta
pedagógica da EJA/PROEJA, sistema de som integrado para cada sala de aula
e de som próprio para o Ginásio de Esportes e Auditório do Salão Nobre.
Relação dos materiais de laboratório de Segurança do Trabalho
LABORATÓRIO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
DESCRIÇÃO DO PRODUTO
CALCADO DE SEGURANÇA ELA STICO BICO DE AÇO
CALÇADO DE SEGURANÇACOM CARDAÇO S EM BICO
CALCADO DE SEGURA NÇA ELASTICO S EM BICO
CAPA DE CHUVA AMA RELA
CAPA CETE COM PROTETOR FACIAL E ABAFA DOR
CAPA CETE COM PROTETOR FACIAL E ABAFA DOR
CAPA CETE MEIA ABA
CAPA CETE MEIA ABA
CINTO DE SEGURANÇA P ARAQUEDISTA
CINTURÃ O SEGURANÇA ELETRICISTA COM TALABARTE
COLETE SILALIZADOR TIPO X
ESCUDO P ARA SOLDADOR
ESCUDO P ARA SOLDADOR
EXTINTOR DE GAS CARBORNO 6KG MARCA RES IL
EXTINTOR DE A GUA P ESSURIRA DA 10 LITROS M ARCA RESIL
EXTINTOR P O QUIM ICO S ECO 4 KG MARCA RE SIL
EXTINTOR P O QUIM ICO S ECO 6KG MARCA RESIL
M ACA PARA RESGAS TE DE ACIDENTADOS COM 3 PEÇAS
QUANTIDADE
20
10
10
10
5
5
5
5
10
10
10
10
10
5
5
5
5
1
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LABORATÓRIO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
DESCRIÇÃO DO PRODUTO
MASCARA DESCARTAVEL CONTRA POEIRA
MASCARA DESCARTAVEL CONTRA POEIRA
MASCARA PANORAMICA
MASCARA PANORAMICA
MASCARA PARA SOLDADOR
MASCARA PARA SOLDADOR
MASCARA SEMI FACIAL
MASCARA SEMI FACIAL
OCULOS CONTRA IMPACTO
OCULOS CONTRA IMPACTO
OCULOS PARA SOLDAGEM
OCULOS PARA SOLDAGEM
OCULOS PARA SOLDAGEM AMPLA VISÃO
OCULOS PARA SOLDAGEM AMPLA VISÃO
TORSO BÁSICO RCP- REANIMAÇÃO CÁRDIO RESPIRATÓRIA MARCA ATÔNIC SANI
LUVAS DE PVC 35 CM
LUVAS DE PVC 60 CM
LUVAS DE PVC 45 CM
QUANTIDADE
50
50
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
1
10
10
10
16 – BIBLIOGRAFIA
Maria Célia Barbosa. O Curso de Pedagogia na Universidade
AIRES,
Necessária. Desafios da Formação, 2008.
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica
para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BEISIEGEL, C. de R. Considerações sobre a política da União para a
educação de jovens e adultos analfabetos. Revista Brasileira de Educação,
São Paulo, Jan./Abr.1999. 4, p.26-34
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação de Jovens e Adultos. Brasília, 2000.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São
Paulo : Cortez, 1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000,
p.17
(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
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- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
- Deliberação 06/05 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
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- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
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