Resumos Posteres e Comunicacoes_SMA

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Resumos Posteres e Comunicacoes_SMA
Universidade Federal do Ceará
Pró-Reitoria de Extensão
IV Semana do Meio Ambiente da UFC:
“Políticas Públicas de Meio Ambiente no Estado do Ceará”
DIA/HORA - 06 de junho de 2006 das 12:00 às 14:00 horas
LOCAL – Auditório Centro de Ciências - Pici
Sessão de Pôsteres I – Projetos de Extensão da área de Meio Ambiente
Avaliação sócio-econômica da cadeia produtiva do sururu Mytella falcata na comunidade de
Jardim, Fortim-CE.
Igor Silva Nogueira (Engenharia de pesca -UFC)
Maximiano P. Dantas Neto (Co-orientador- LABOMAR-UFC) e Tereza Cristina V. Gesteira
(Orientadora -LABOMAR-UFC)
Palavras-chave: Marisqueira, Sururu, Estuário.
O molusco Mytella falcata, conhecido popularmente como sururu, é coletado no Estuário do Rio
Jaguaribe Fortim-CE de forma extrativista, por mulheres conhecidas como marisqueiras. Esse
recurso serve de alimento para suas famílias, além de ser fonte alternativa de renda, para as
mesmas. Com o objetivo de identificar as principais variáveis relacionadas à coleta, consumo e
comercialização do sururu, foram aplicados 50 questionários, de março a dezembro de 2005,
abordando a situação sócio-econômica e os mecanismos utilizados pela comunidade que
trabalham com esse molusco. Com base nos questionários, foi traçado um perfil que pode ajudar
numa futura extração sustentável desse bivalve. Os resultados obtidos mostraram que 64% das
marisqueiras entrevistadas não conseguiram concluir o ensino fundamental. Com relação a renda
mensal, as mulheres ganham em torno de cem reais, sendo que 72% das entrevistadas vivem
exclusivamente da venda do sururu. Na coleta, elas dedicam em média quatro horas para a
extração e o produto é vendido por um preço que varia de três a cinco reais por quilo. São poucos
os compradores fixos, sendo a venda feita em maior parte para atravessadores. A melhor época
para coleta, segundo elas, é no período seco. Na época das chuvas praticamente não há comércio
do sururu, pois o gosto de sua carne se altera, só sendo consumido pelas famílias da comunidade
local. A principal dificuldade enfrentada pelas marisqueiras é a falta de compradores fixos para o
produto, pois não existe cooperativas para facilitar a comercialização do mesmo.
1
Malacocultura: uma atividade ambientalmente sustentável no estado do ceará.
Caroline Pontes de Assis, Tiago Fernandes Farias, Fernando Ferreira da Silveira (Estudantes
Engenharia de Pesca – UFC)
Maximiano Pinheiro Dantas Neto, Rachel Costa Sabry (Engenheiros de Pesca –
LABOMAR/UFC), Tereza Cristina Vasconcelos Gesteira (Professora Orientadora –
LABOMAR/UFC
Nos últimos anos a aqüicultura vem contribuindo para a redução do extrativismo e da pesca
predatória e repercutindo de forma positiva na preservação dos ecossistemas aquáticos. No
Estado do Ceará, o Instituto de Ciências do Mar – LABOMAR, através do Grupo de Estudos de
Moluscos Bivalves – GEMB, desde 1997, vem desenvolvendo projetos de pesquisa e extensão na
área de ostreicultura, tendo até o momento implantado cultivos da ostra do mangue Crassostrea
rhizophorae nos estuários do Rio Jaguaribe e Pacoti. As comunidades envolvidas são as
“marisqueiras” de Fortim e da Mangabeira, que têm como atividade comum no seu dia-a-dia a
coleta de crustáceos e moluscos para sua alimentação e fonte de renda. Além do cultivo de ostra
também vêm sendo desenvolvidas pesquisas sobre o assentamento larval de C. rhizophorae e do
sururu Mytella falcata, através da utilização de coletores artificiais para captação de sementes no
ambiente natural. A partir das observações realizadas com respeito à fixação larval dessas
espécies, será feito um prognóstico da época de reprodução e picos de desova, o que vai fornecer
subsídios para tomadas de medidas a favor da regulamentação do período ecologicamente correto
para exploração desses moluscos. Desta forma, em virtude do extrativismo irracional dos
recursos naturais, a implantação de projetos dessa natureza apresenta-se como boa opção para a
preservação ambiental e o desenvolvimento com sustentabilidade das comunidades pesqueiras.
Astronomia Agrícola: Um paradigma para a Agricultura Orgânica
João Batista Santiago Freitas1; Andrea César da Silveira2; Maria Cecília Feitoza Gomes3
1. Aluno de Doutorado CC/UFC; 2. Cientista Social/Pesquisadora 3. Aluna de Graduação de
Biologia/UFC.
O homem primitivo não só observava o estado das coisas, mas também que interações haviam
entre o estado e o momento exato da observação: dia, mês, ano, posição do sol, da lua e das
estrelas. O calendário lunar e solar por ele criado ajudava-nos a reconhecer determinadas forças impulsos. O movimento da lua influencia tudo na vida, como o sucesso da produção, colheita e
armazenamento de alimento e na cura de doenças. As plantas e suas partes são expostas
diariamente a diferentes energias, cujo conhecimento é crucial para o bom cultivo, o cuidado e a
colheita de frutos; e as ervas podem ter menor ou maior quantidade de substancia ativa,
dependendo da época da colheita. O cultivo agrícola biodinâmico tem como objetivo cultivar
plantas mediante impulsos cósmicos, onde são ativadas forças que se traduzem através de um
efeito na terra. Os materiais utilizados nas pesquisas foram: sementes, estacas e plantas. A
propagação por sementes, através do cultivo biodinâmico, é realizada por ocasião do movimento
ascendente da lua no cosmo. Este proporciona uma germinação rápida com menor gasto de
energia metabólica das sementes e minimização de estresse. Esse movimento também é indicado
para enxertia. Para a propagação por estacas é indicado o movimento descendente da lua. Neste,
já existe a síntese de hormônios e indução de meristemas para a produção de raízes, flores e
frutos. Os tecidos vegetais se encontram menos hidratados, e com baixas concentrações de
açúcares; e alta de hormônios. As plantas produzidas através do manejo biodinâmico/orgânico,
são precoces e imunes ao ataque de insetos e microrganismos.
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Levantamento de Ações da UFC e de Ações Governamentais na
Área do Corredor Ecológico do Rio Maranguapinho
João Bosco Pinheiro Dantas Filho.(autor)
Ricardo Figueiredo Bezerra (Coord.)
O objetivo superior do trabalho realizado neste período foi, inicialmente, levantar a produção
acadêmica da UFC desenvolvida sobre as problemáticas do Rio Maranguapinho. Foram
visitados os seguintes departamentos: Depto. de Geografia na pessoa do prof. Jeová (chefe),
Depto. de Engenharia hidráulica e ambiental na pessoa do prof. Ernesto Pitombeira (chefe),
Depto. de Biologia, Depto. de Agronomia na pessoa do prof. Raimundo Nonato (chefe), Depto.
de Economia Agrícola, Depto. de Geologia na pessoa do prof. César (coordenador), o
PRODEMA na pessoa da professora Vládia Vidau (coordenadora), a Biblioteca do Centro de
Tecnologia e o LABOMAR na pessoa do Prof. Luis Drude. Além disso, foram levantadas ações
governamentais e de iniciativa privadas desenvolvidas na mesma área. Na SEMAM (Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano) foram levantados os loteamentos criados no
corredor do Rio Maranguapinho, proporcionando uma base de estudo da formação das áreas de
risco em Fortaleza. Foi disponibilizado por essa secretaria o Inventário Ambiental de Fortaleza,
um complexo estudo ambiental das bacias hidrográficas de Fortaleza. Mas só foi nos
disponibilizado a parte que diz respeito a bacia do rio Maranguapinho. Proporcionando às
instâncias visitadas a difusão do projeto que a UFC tem para com o Consórcio do Rio
Maranguapinho como parceira Técnica. Sendo esta pesquisa a primeira atividade que a
universidade desenvolve. O presente trabalho configura-se como uma etapa inicial de uma a
pesquisa que fornecerá subsídio para etapas posteriores. Os recursos financeiros e materiais
utilizados nesta ação foram mínimos. Resume-se a cópias de folhas cadastro, impressão de
ofícios, pasta para arquivar os cadastros e passagens de ônibus para as visitas.
Avaliação das Visitas Realizadas em 2005 ao Programa de Educação Ambiental Marinha do
Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal Do Ceará.
Alêssa Milena Paixão Bandeira (autora)
Núbia Gomes Lima Verde (coordenadora)
Este trabalho apresenta uma avaliação das visitas realizadas ao Programa de Educação Ambiental
Marinha (PEAM) desenvolvido pelo Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade
Federal do Ceará, no ano de 2005. Desde 1988, o programa atende escolas e alunos da rede
pública e privada, alunos da comunidade universitária, pessoas de outras instituições e o público
em geral. O PEAM desenvolve várias atividades de educação ambiental marinha, e tem como
principal objetivo a formação de uma consciência crítica-ecológica da população em geral. O
presente trabalho tem como objetivo fazer uma avaliação das atividades realizadas pelo Programa
de Educação Ambiental Marinha (PEAM) no ano de 2005, para que o mesmo possa no futuro
auxiliar na melhoria da organização do programa, de suas atividades e de suas informações,
proporcionando um melhoria no atendimento as escolas, além de agilidade e rapidez na consulta
de informações fornecidas ao alunos e ao público em geral.
Para a realização deste trabalho foi feito um levantamento minucioso nos livros de registro de
visitas utilizados durante o ano de 2005, sendo contado e tabulando, em ordem crescente de
datas, o número de assinaturas registradas no referido ano. Observou-se também todas os ofícios
depositados em pastas contendo os registros de solicitação de visitas ao programa e também os
ofícios de solicitação de empréstimo de material biológico e bibliográfico a escolas e alunos,
sendo contados e igualmente tabulados. Em 2005, o programa recebeu 2.855 visitantes
assinantes, atendeu cerca de 45 escolas da rede pública e particular, com a cerca de 72 visitas das
mesmas e mais de 39 solicitações de material para feiras de ciências e outros eventos.
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Solarização do Solo em Sacos Plásticos para o Controle dos Nematóides das Galhas,
Meloidogyne incognita e M. javanica
Santos, Sthefanie Lara França de Carvalho e Maria do Carmo Lopes da Silva (autores)
Carmem Dolores Gonzaga (coordenadora)
Os nematóides das galhas, Meloidogyne spp, constituem-se importantes fitopatógenos para a
agricultura em todo o mundo. Mudas infectadas são um dos principais meios de introdução do
patógeno em áreas de cultivo. Com objetivo de avaliar a eficiência da solarização do solo na
erradicação de M. incognita e M. javanica, foi desenvolvido um experimento na Universidade
Federal do Ceará, consistindo de 10 tratamentos com 6 repetições, em delineamento inteiramente
casualizado em arranjo fatorial constituído de 2 fatores (A: cor do saco plástico e B: dias de
solarização). Sacos plásticos transparentes e pretos (28 x 42 cm) foram preenchidos com 2 Kg de
solo previamente infestado e submetidos aos seguintes tratamentos: T1, T2, T3 e T4 – sacos
transparentes e solarização por 2, 5, 8 e 11 dias, respectivamente; T5 – sacos transparentes
mantidos à sombra por 11 dias (testemunha); T6, T7, T8 e T9 – sacos pretos e exposição ao sol por
2, 5, 8 e 11 dias, respectivamente; T10 – sacos pretos mantidos à sombra por 11 dias (testemunha).
O monitoramento contínuo da temperatura do solo foi realizado com auxílio de Termopares. Ao
término de cada tratamento, o solo de cada saco foi distribuído em vaso de 2kg, transplantando-se,
em seguida, mudas de tomateiro (Lycopersicon esculentum) ‘Santa Clara’. Após 45 dias, efetuou-se
o exame do sistema radicular das plantas, e, pela inexistência de galhas, constatou-se que ocorreu a
erradicação do patógeno a partir do 5º dia de exposição ao sol em sacos transparentes e somente a
partir do 8º dia de solarização em sacos pretos. Nos demais tratamentos, observaram-se galhas nas
raízes das plantas. A solarização do solo em sacos transparentes pode ser recomendada na obtenção
de mudas de frutíferas, hortaliças, ornamentais e medicinais, podendo tornar-se técnica
economicamente viável para o produtor.
Arborização de vias públicas em Fortaleza, Ce: o caso dos
Bairros Aldeota e Carlito Pamplona
Prof. M. Sc. Rickardo Léo Ramos Gomes (UVA, FGF) e Prof. Steferson de Almeida Aderaldo
(UEPI)
Este trabalho visou realizar um inventário total das espécies vegetais lenhosas nos bairros
Aldeota e Carlito Pamplona em Fortaleza (CE). Entende-se que um diagnóstico da arborização de
setores da cidade pode, além de auxiliar na avaliação da qualidade de vida urbana, fornecer
subsídios para a estruturação e manutenção desse componente e avaliar como o poder público
vem se relacionando com o tema nos diferentes espaços urbanos. METODOLOGIA: Foram
analisados os seguintes parâmetros: altura (utilizando o método da proporcionalidade de Tales,
com a utilização de haste de medição de 1,0 m), DAP (aferido a 130 cm do solo), quantidade de
indivíduos (árvores por quilômetro de calçada) e posição em relação à fiação aérea (1,0 m).
RESULTADOS: De modo geral, as espécies possuem porte maior no bairro Aldeota. No bairro
Aldeota foram contadas 51 espécies e no bairro Carlito Pamplona 54 espécies. As espécies mais
abundantes no total foram: Licania tomentosa (461 indivíduos), Schinus molle (234 indivíduos),
Caesalpinia peltophoroides (231 indivíduos) e Ficus benjamina (228 indivíduos). Foi possível
observar que várias espécies encontradas nos bairros servem para manter uma variada avifauna
local. A maioria dos indivíduos de mesma espécie que ocorreram no mesmo bairro também não
apresentou diferença significativa em relação à posição do lado da rede elétrica. CONCLUSÃO:
Ao final da investigação pode-se concluir que a arborização urbana vem exercendo uma
importante função que torna menos hostil o ambiente antropogênico, melhorando a qualidade de
vida dos habitantes nos bairros estudados e oferecendo abrigo, alimento e proteção à fauna
urbana.
Palavras-chave: Arborização, espaços urbanos, ambiente.
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Linhas de Pesquisa em Química Ambiental e Ecologia Aplicada ao Estudo de Ecossistemas
Costeiros pelo LBC/ LABOMAR
Rozane V. Marins (PQ)1. [email protected].
1. Laboratório de Biogeoquímica Costeira. Instituto de Ciências do Mar. Universidade Federal do
Ceará. Av. Abolição 3207, 1ºSub., Cep 60165-081, Fortaleza, CE
Palavras Chave: ecologia aplicada; químcia ambiental; ecossistemas costeiros.
A missão do Laboratório de Biogequímica Costeira (LBC) do Instituto de Ciências do Mar
(Labomar) da Universidade Federal do Ceará é formar mestres e pesquisadores na área de
biogeoquímica, química ambiental e ecologia aplicada de ambientes costeiros objetivando o
desenvolvimento sustentável, bem como executar análises de qualidade de águas, sedimentos e
biota tendo em vista a avaliação de contaminantes inorgânicos.
Dentre as metas deste Laboratório esta a consolidação do grupo de pesquisa através do
reconhecimento nacional e internacional avaliado através do impacto das publicações do grupo,
participação em assessorias às atividades produtivas regionais e nacionais, o ensino de pósgraduação, pesquisa e extensão com vistas a alcançar a sustentabilidade dos ambientes costeiros.
O LBC foi criado em 2002 na UFC, participa através do Instituto do Milênio Estuários
(http://www.institutomilenioestuarios.com.br) do Programa da UNESCO/IOC: South American
Basins - LOICZ Global Change Assessment and Synthesis of River catchment - Coastal Sea
Interaction and Human Dimensions apresentando resultados sobre a avaliação de impactos
antrópicos na zona costeira do Ceará, quantificando o transporte, transformações e destino de
sedimentos, nutrientes, matéria orgânica e metais-traço do continente para o mar na costa
cearense e sua interação com as cadeias produtivas locais e processos naturais, além de subsidiar
a construção de cenários ao desenvolvimento sustentado da região face às mudanças regionais e
globais, contribuindo para a diminuição das desigualdades regionais no que tange a formação de
recursos humanos e desenvolvimento científico. O LBC tem contribuído com estudos sobre a
caracterização dos estuários e da Plataforma Continental do Ceará bem como no zoneamento
ecológico econômico (ZEE) da costa cearense e do gerenciamento ambiental de áreas de
carcinicultura. As linhas de pesquisa do LBC são: Contaminação Química Ambiental;
Biogeoquímica de Metais Pesados; Ciclagem de Nutrientes em Ambientes Costeiros; Indicadores
Geoquímicos de Impactos Ambientais e de Mudanças Globais e Desenvolvimento de
Metodologias Analíticas para o Monitoramento Ambiental.
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Coleta Seletiva de lixo no distrito de Juá - Irauçuba
Davi Gabriel Lopes (autor); Profa Walda Viana Brígido de Moura (Orientadora)
O Município de Irauçuba, distante 146 KM de Fortaleza, no semi-árido cearense, apresenta um
dos mais elevados índices de pobreza dentre os municípios cearense ocupa 140o no IDM, 114o
IDH na justificativa do Projeto Juá Você e o Porco, 111o IDS. Selecionou-se um de seus
distritos para implantação do projeto de Coleta seletiva de Lixo como experiência piloto.
Contamos com um grupo de professores e algumas pessoas da comunidade que formaram a
Comissão de Multiplicadores Ambientais do Juá Inicialmente foram desenvolvidas gincanas,
visitas domiciliares e oficinas de reciclagem. A população foi orientada e conscientizada através
de programas de rádio em educação ambiental a separar o lixo por categoria: Plástico; vidro;
papelão; papeis e metais. A CIDA (Agencia Internacional de Desenvolvimento Canadense
(Canadian International Development Agency) financiou a construção de um deposito para o
material selecionado e uma carroça para coletar o lixo nos domicílios. Uma Família ficou
responsável pela coleta que seria acrescida a sua renda. Como resultado instalou-se um local
para compra do lixo em Irauçuba que antes era comercializado do em Itapajé, e a comunidade
passou a vender o lixo diretamente. A importância do projeto na conscientização é que a cidade
tornou-se mais limpa e as pessoas entenda que o lixo gera renda. O planejamento desse programa
foi realizado do fim para começo da cadeia e em três aspectos básicos: pensar em qual seria a
destinação do material recolhido; a logística e qual a seria o papel da prefeitura.
Desenvolvimento da comunidade, tornando-a consciente e preocupada com o meio ambiente do
qual faz parte, é o principal resultado atingido neste trabalho.
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DIA/HORA - 07 de junho de 2006 das 12:00 às 14:00 horas
LOCAL – Auditório Centro de Ciências - Pici
Sessão de Pôsteres II – Projetos de Extensão da área de Meio Ambiente
Programa Parque Vivo – Ciências, Diversão & Arte
Pedro Bastos de Macedo Carneiro, Paulo Martins, Ana Paulo Martins, Marlene Maia, Delano
Carneiro Lima (autores).
Maria Edilene Oliveira (Orientadora Espaço Verde)
Patrícia Alvarenga Porto Lima (Coordenadora)
O Parque Vivo Ciências, Diversão & Arte é um amplo programa que envolve ensino, pesquisa e
extensão e visa, através da educação ambiental, desenvolver uma consciência de cidadania
ecológica, principalmente junto à alunos e professores da rede municipal de ensino. Dentre as
atividades programadas e realizadas em 2005 destacam-se: (1) Atendimento a 105 grupos (4.739
alunos) em “Visitas Monitoradas” ao Parque Adahil Barreto; (2) Promoção de 41
palestras/oficinas na bacia do rio Cocó, em escolas, universidades, centros comunitários, praças,
parques, zoológico e áreas de risco, sendo atendidas 1997 pessoas; (3) Elaboração de diversos
materiais instrucionais (DVDs, fotografias, home-page, bunners, mapas, coleções zoobotânica,
etc); (4) Participação em Comissões: PROGERE, Comitê Gestor do rio Cocó, COE/IBAMA, etc;
(5) Realização de Trilhas Interpretativas; (6) Empréstimo de materiais; (7) Intercâmbios; (8)
Participação em dezenas de Seminários, Palestras, Cursos e Congressos; (9) Promoção de
eventos e Campanhas (Dia da Árvore, do Meio Ambiente, da Criança e Adote um hectare),
atendendo cerca de 1.000 pessoas; (10) Manutenção do Museu do Mangue e (12) Reformulação
parcial do Programa de Banco de Dados das Visitas (Delphi). O Parque Vivo tem atendido às
expectativas da sociedade mas a ausência de recursos financeiros, pouco apoio institucional dos
convenentes e reduzido quadro de pessoal, entre outras, dificultam a melhoria contínua de suas
atividades e desenvolvimento de novas iniciativas. Em 2006, espera-se a reformulação do site do
Parque Vivo, a implantação do Projeto da Composteira do Parque e o desenvolvimento de novas
práticas pedagógicas, dentre outros projetos. Para o efetivo alcance das metas propostas é
fundamental a renovação do convênio com a SEMAM/Prefeitura de Fortaleza.
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Parque Vivo On-Line
Pedro Bastos de Macedo Carneiro (autores).
Patrícia Alvarenga Porto Lima (Coordenadora)
O site do Parque Vivo (www.parquevivo.ufc.br) é uma ferramenta de educação ambiental que
auxilia tanto alunos e professores em suas pesquisas, como turistas e população em geral
interessada em obter informações sobre ecologia e áreas verdes do Estado do Ceará. Nele são
disponibilizadas dicas ecológicas e uma série de informações sobre legislação ambiental,
unidades de conservação do Ceará e sobre o Parque Vivo, dentre outras. Trata-se de uma das
poucas fontes de pesquisa on-line que aborda numa linguagem simples e de forma abrangente
questões ambientais locais. Esta home-page tem alcançado parcialmente os objetivos propostos e
contribuído na divulgação das ações de extensão do Parque Vivo e da UFC. Apesar de não dispor
de técnico especializado em informática, tem-se conseguido atualizá-la bimestralmente,
principalmente a página de abertura, que contém chamadas para eventos, campanhas e outras
atividades desenvolvidas pelo Parque Vivo, além da página de agenda nacional de congressos,
simpósios, cursos, etc. A seção das Unidades de Conservação do Ceará foi bastante ampliada em
2005 com o lançamento de informações mais aprofundadas sobre 34 delas, tais como acesso,
aspectos geomorfológicos, fauna, flora, atrativos naturais, hospedagem, etc. Em 2005 foi
apresentado um projeto à Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional da UFC visando
transformar este site num portal. A proposta é que no primeiro semestre de 2006 este site passe
por uma completa reformulação do design, navegação e dos conteúdos. Espera-se ainda adquirir
o restante dos componentes de 02 micros computadores doados ao Parque Vivo, proporcionando
aos visitantes do Parque o acesso a estas informações.
Museu do Mangue
Pedro Bastos de Macedo Carneiro, Paulo Martins, Ana Paulo Martins, Marlene Maia, Delano
Carneiro Lima (autores).
Maria Edilene Oliveira (Orientadora Espaço Verde)
Patrícia Alvarenga Porto Lima (Coordenadora)
O objetivo geral do Museu do Mangue é mostrar a alunos, professores e demais participantes das
Visitas Monitoradas ao Parque Adahil Barreto e ao Parque Ecológico do Cocó, a fauna e flora do
manguezal, principalmente as espécies de difícil observação, como peixes e aves. Através do
conhecimento, busca-se despertar nos visitantes o seu respeito e consequente atitude em favor da
preservação dos manguezais, em favor da vida. Em 2005 foram elaborados novos materiais
pedagógicos de apoio às atividades inerentes ao Museu. Alunos e professores visitantes dispõem
de exemplares da fauna fixados, fichas de identificação plastificadas (peixes, aves, moluscos,
crustáceos e repteis), bunners, fotos em papel e digitais, vídeos, DVDs e CDs musicais sobre a
temática em questão. Estes materiais são disponibilizados às instituições de ensino apoiando
pesquisas escolares e feiras de ciências. Em 2005, o Museu do Mangue recebeu 105 grupos,
totalizando 4.739 pessoas atendidas, além de cerca de 200 visitantes individuais/ano. No final de
2005, o Projeto recebeu a doação de um scanner e uma máquina fotográfica digital que
contribuirão na elaboração e ilustração de materiais instrucionais. Dentre as dificuldades
encontradas destacam-se o reduzido número de técnicos, a ausência de bolsista para atender a
crescente demanda e a falta de equipamentos básicos e materiais de consumo, principalmente
cartuchos para impressão de recursos pedagógicos. Some-se a estes fatos, a total falta de dotação
orçamentária para a melhoria de suas instalações.
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Ecoturismo e Educação Ambiental em Áreas de Preservação
Pedro Bastos de Macedo Carneiro, Paulo Martins, Ana Paulo Martins, Marlene Maia, Delano
Carneiro Lima (autores).
Geovany Rocha Torres (Coordenador)
O referido projeto visa desenvolver trilhas interpretativas em ecossistemas representativos e áreas
de relevante valor paisagístico e/ou ecológico do Estado do Ceará, junto a estudantes, guias de
turismo, empresários e demais grupos interessados. Essa atividade extensionista proporciona
associar a educação ambiental à prática de esportes na natureza, contribuindo para a
conscientização dos visitantes e promovendo o desenvolvimento sustentável das áreas visitadas.
Em 2005 foram realizadas 13 trilhas ecológicas, onde participaram 126 estudantes, 35 pessoas do
Centro Comunitário Tancredo Neves, localizado na margem do rio Cocó e 197 participantes do
Festival de Jazz & Blues de Guraramiranga-ce, totalizando 358 pessoas atendidas. Foram
elaboradas 8 fichas interpretativas da avifauna da APA de Baturité. Um novo roteiro do esporte de
orientação foi estabelecido na Foz do rio Cocó contemplando outros aspectos do ecossistema
manguezal. Também foram desenvolvidas novas dinâmicas de educação ambiental. Estão sendo
estabelecidas parcerias com moradores e entidades governamentais da serra de Baturité, Aratanha
e da Foz do Caça e Pesca (Sabiaguaba). As metas para 2006 incluem: a) Complementação das
fichas de interpretação ambiental da flora e fauna característica da região serrana; b) Melhoria do
mapa de orientação ecológica da Foz do rio Cocó e das trilhas da APA da Serra da Aratanha com o
uso de GPS; c) Elaboração de uma animação computadorizada sobre a localização das serras da
Aratanha e Baturité e suas influências sobre as bacias do rio Cocó e Pacoti; d) Elaboração do DVD
souvenir com informações sobre o Manguezal do rio Cocó e com fotos personalizadas da
visita/participante e f) Avaliações e relatórios.
Desenvolvimento de Tipologias Habitacionais para o Estado do Ceará
Abel Taiti Cono Pinheiro, Ana Raquel Vitoriano da Silva, Armando Elisio G. Silveira, Davi
Ramalho R. de Andrade, Fábio Rebouças Carvalho, Fco. Rerisson C.C. Máximo, Giselle Cerise
Gerson, Gustavo Alves Silva Moreira Henrique Alves da Silva, Janaína de Barros Braga, Lara
Lima, Luciana Moreira Bezerra, Roberta Leite Aragão, Sara Vieira Rosa (autores)
Alexandre Araújo Bertini (colaborador)
Luis Renato Bezerra Pequeno (coordenador)
Procura-se com este projeto contribuir com a formulação de proposições nas diferentes escalas
para o enfrentamento da questão da moradia no estado do Ceará ampliando a interlocução entre a
universidade, a sociedade civil e as instituições governamentais. Dentre os seus objetivos
específicos vale mencionar: - promover atividades de capacitação e difusão de conhecimento;
aprofundar a compreensão do problema da moradia no estado do Ceará, reconhecendo as
especificidades regionais; analisar as políticas públicas setoriais de habitação e formular
alternativas; construir arcabouço teórico-metodológico para realização de projetos integrados
tendo como temática a questão da moradia de interesse social; estruturar as bases para a
realização de atividades de assessoria técnica pela universidade ao movimento social e ao poder
público local. Espera-se obter como resultados: - a construção de banco de dados associado à
questão habitacional; - o desenvolvimento de tipologia de Habitação de Interesse Social
associadas aos sub-temas: urbanização de favela, conjuntos habitacionais e loteamentos; - a
elaboração de diretrizes para a implantação de redes de infra-estrutura urbana; a consolidação de
grupo interdisciplinar voltado para o enfrentamento da questão. Tem como áreas de estudo e
intervenção: Comunidades da Secretaria da Regional III (Riacho Maranguapinho) em Fortaleza;
Comunidades Urbana – Roçado e Rural – Cabeça Preta em Limoeiro do Norte.
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Programa de Gerenciamento de Resíduos (Progere)
Paulo N. S. Cassiano, Yana S. Ferreira, Carla Clarissa N. Oliveira (autores)
Simone da S. S. Borges, Hélya Marya A. Pinheiro e Nicoletta Moracchioli Philadelphi
(Coordenadores.).
O Programa de Gerenciamento de Resíduos (PROGERE) da Universidade Federal do Ceará
representa um conjunto de procedimentos e ações para a implementação de um sistema
integrado de coleta, minimização, reaproveitamento, reciclagem e disposição final dos diversos
tipos de resíduos produzidos nas unidades acadêmicas. Uma Comissão Geral do Programa foi
designada, pela portaria n° 1273(09/09/05), para avaliar a situação atual e propor medidas de
gerenciamento dos resíduos gerados nas atividades de ensino, pesquisa e extensão nos campi da
UFC. A equipe, constituída por docentes, servidores técnico-administrativo e bolsistas, tem
desenvolvido várias ações com a finalidade de estabalecer estratégias para a implantação do
Programa. Dentre essas ações podemos citar a divulgação do PROGERE nas diversas unidades,
a aquisição de um galpão para o armazenamento temporário do material reciclável e a estimativa
da quantidade de resíduo comum(papel, papelão, plástico, vidro, orgânico, etc.) produzido no
período de um mês nas dependências da UFC. Atualmente, a equipe está iniciando um
levantamento de dados para diagnosticar e estimar o estoque e a geração contínua de resíduos
químicos, biológicos e radioativos no Centro de Ciências (Campus do Pici) e no Centro de
Ciências da Saúde (Campus do Porangabussu). Esse trabalho consiste no preenchimento, pelo
bolsista, de formulários que listam o passivo (resíduos estocados) e o ativo (resíduos gerados
continuamente) em cada ponto gerador. Os resultados serão utilizados para propor medidas
adequadas e responsáveis de tratamento, passivação e disposição final desses resíduos .
O Problema do Lixo:
Abordagem Educacional Empregada pelo Grupo PET Química da UFC
Sandro Thomaz Gouveia, André H. B. de Oliveira, Daniel Normando Marques, Elaine da Costa
Rodrigues, Érica Mayara N. Melo, Felipe Lima Vasconcelos, Jocirleide Aragão Vale, Paulo Riceli
V. Ribeiro, Paula Aragão Lima, Tiago Pinheiro Braga.
Quanto mais moderna a sociedade se torna, maiores são as conseqüências ambientais geradas,
sobretudo na complexidade do lixo produzido. O hábito de consumo sem preocupação com o
material descartado, tem uma conotação histórica. Diante deste contexto, o grupo PET Química
vem desenvolvendo uma série de atividades com o objetivo de proporcionar aos participantes
uma reflexão sobre o problema do lixo. O grupo desenvolveu um curso sobre reciclagem de lixo
com carga horária variável de 2 a 16h, que vem sendo ministrado em escolas da rede pública de
ensino e em universidades. Este enfoque permite que sejam trabalhadas a problemática do lixo
urbano e a construção da cidadania, com o conteúdo programático correlacionando os mais
variados assuntos. Objetivando uma interdisciplinaridade, procura-se abordar os conteúdos das
disciplinas curriculares do ensino fundamental e médio como química, biologia e geografia.
Paralelamente, oficinas de reciclagem são ministradas de forma mais aplicada para comunidades.
Além disso, oficinas destinadas ao público infantil, buscando confeccionar brinquedos a partir de
sucatas extraídas do lixo, também são realizadas. Com base no exposto, pode-se dizer que este
trabalho tem proporcionado aos participantes uma oportunidade para refletir mais profundamente
sobre o problema do lixo. Outro ponto de fundamental importância, é a elevada contribuição na
formação acadêmica, didático-pedagógica e pessoal para os bolsistas PET envolvidos no projeto.
Estas atividades permitiram parcerias com escolas e com a Prefeitura de Fortaleza, além de terem
sido incluídas como parte de uma disciplina dos cursos de Química (Introdução aos Cursos de
Química).
10
Medidas de Hg no gás natural comercializado em Fortaleza – CE
Marcelo D. de Almeida (PQ)*, Rozane V. Marins (PQ), Luiz D. Lacerda (PQ) & Rafael L. Oliveira
(IC) 1. [email protected].
1. Laboratório de Estudos da Baixa Atmosfera. Instituto de Ciências do Mar. Universidade
Federal do Ceará. Av. Abolição 3207, 1ºSub., Cep 60165-081, Fortaleza, CE
Palavras Chave: mercúrio, gás natural.
Mercúrio ocorre naturalmente em depósitos geológicos de hidrocarbonetos. A mobilização e
liberação do mercúrio geologicamente ligado, por atividades humanas, como mineração de
metais, e refino e processamento de hidrocarbonetos, é a principal fonte de emissão de mercúrio
para atmosfera global. A nível global, as concentrações de Hg reportadas podem variar entre 0,1
a 200 µg m-3. O mercúrio presente no gás pode causar sérios problemas de corrosão,
principalmente em ligas contendo alumínio. Gases com elevada concentração de mercúrio
necessitam de purificação para evitar condensação de mercúrio durante o processamento e
transporte, bem como, para estar dentro dos padrões para comercialização e tornar o uso do gás
como fonte energética ambientalmente segura. O processamento do gás em refinarias e campos
de gás retira a maior parte do Hg presente. No Brasil poucos estudos tinham quantificado o
mercúrio presente no gás natural produzido ou comercializado no País. Assim, foi recentemente
implantado o Laboratório de Estudos da Baixa Atmosfera no Instituto de Ciências do Mar
(Labomar), através de convênio Petrobrás- UFC/FCPC que tem por objetivo otimizar
metodologias analíticas para a detecção de mercúrio no gás natural comercializado no País e tem
fomentado a pesquisa através, inclusive, da concessão de bolsas de iniciação científica, pesquisa
e doutorado. Como resultado inicial já foram analisadas 20 alíquotas de no mínimo 50 litros de
gás natural veicular comercializado em Fortaleza. Essas alíquotas totalizaram 2140 litros. A
média da concentração obtida foi 1,6 ± 0,8 ng Hg m-3. A concentração de Hgº encontrada no
GNV em Fortaleza foram restritas a um cilindro de gás. As ultimas analises realizadas com o
cilindro reabastecido em posto de combustível tem apresentado concentrações inferiores a estes
primeiros resultados. Utilizando-se as concentrações medidas nesse estudo, ao invés dos valores
considerados médios para o GASBOL, para recalcular os fatores de emissão de Hg do uso do gás
natural no Brasil observa-se que a emissão total pode ser de apenas 40 g.ano -1. Esse resultado
sugere que se por um lado à exposição do consumidor final ao Hg presente no gás natural é
desprezível, por outro os processos de refino, transporte e envasamento geram perdas de até 4
ordens de magnitude de Hg ao longo desta cadeia produtiva, mostrando a necessidade do
desenvolvimento de tecnologias de tratamento do gás que é liberado dos poços antes mesmo que
circule pelas unidades de produção, evitando risco de exposição dos trabalhadores da indústria,
bem como a corrosão de estruturas industriais de alto custo de manutenção.
11
Comunicações Livres
Aspectos do Cultivo de Algas Marinhas com Vistas a Sustentabilidade da Atividade
Carlos Henrique dos Anjos dos Santos 1, Jullyermes Araújo Lourenço2, Mário Cesar
Wiegand3, Jefferson Murici Penafort3, Marco Antonio Igarashi4
O conteúdo desta revisão bibliográfica inclui um grupo de vários estudos que enfoca a
atenção na produção, espécies para a aqüicultura, tecnologias, aspectos econômicos,
condições ecológicas e perspectiva para a promoção do desenvolvimento do cultivo de
algas auto-sustentável, proporcionando dessa forma informações sobre a atual situação
dos cultivos de algas no Nordeste do Brasil, relacionado com seu desenvolvimento. As
análises demonstraram um considerável potencial para o desenvolvimento do cultivo de
algas. O progresso contínuo da algocultura, ou seja, no cultivo de algas será no futuro
dependente do melhoramento das tecnologias de cultivo, definição de uma política para o
segmento, revisão detalhada da legislação ambiental, estudos de mercado e os aspectos
social, econômico e ambiental. No entanto, urge a condução de mais investigações
prévias sobre os cultivos em escala comercial, visto que as algas podem desfrutar de
grande prioridade em relação aos demais organismos marinhos. O cultivo de algas
poderá gerar renda para a população, assim como favorecer as famílias alternativas
alimentares de alta qualidade que venham suprir as deficiências. Há, portanto uma
necessidade crescente de um trabalho com esse propósito e de enfatizar a importância da
compreensão do presente estado do cultivo de algas marinhas no Estado do Ceará.
Palavras chaves: cultivo de algas, status atual, sustentabilidade, social-econômicoambiental.
1
Bolsista da CAPES e mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
[email protected]
2
Bolsista do CNPq e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
[email protected]
3
Colaboradores do Centro de Tecnologia em Aqüicultura – CTA/UFC.
4
Professor Ph.D do Departamento de Engenharia de Pesca da UFC e Coordenador do Centro de Tecnologia
em Aqüicultura - CTA/UFC.
12
Perspectivas da Sustentabilidade do Agronegócio do
Camarão Marinho Cultivado no Brasil
Jullyermes Araújo Lourenço2, Carlos Henrique dos Anjos dos Santos2, Raimundo
Anderson Lobão de Souza3, Inácio de Loiola Moreira3, Marco Antonio Igarashi4
Este trabalho proporciona informações sobre a situação atual do cultivo de camarão
relacionado com seu desenvolvimento e problemas detectados nos últimos anos, e mostra
as razões para o sucesso da indústria camaroneira no Brasil. O progresso contínuo da
carcinicultura no futuro dependerá do melhoramento da tecnologia de cultivo, definição
da política para o cultivo de camarões, revisão da legislação ambiental, estudo do
mercado e aspectos econômicos. Há, portanto uma necessidade crescente de um trabalho
deste tipo e de ser enfatizada a importância da compreensão do presente estado do
cultivo de camarões marinhos no Brasil.
Palavras chaves: cultivo de camarão, status atual.
2
Bolsista do CNPq e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
[email protected]
2
Bolsista da CAPES e mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
[email protected]
3
Colaboradores do Centro de Tecnologia em Aqüicultura – CTA/UFC.
4
Professor Ph.D do Departamento de Engenharia de Pesca da UFC e Coordenador do Centro de Tecnologia
em Aqüicultura - CTA/UFC.
13
Nota Sobre a Biologiae Captura do Caranguejo – Uçá, Ucides cordatus (LINNAEUS,
1763) na Comunidade Indígena dos Tapebas, Caucaia, Ceará, Brasil
Jullyermes Araújo Lourenço3, Carlos Henrique dos Anjos dos Santos2, Herbster Ranielle
Lira de Carvalho3, Henrique José Mascarenhas dos Santos Costa3, Moisés Almeida de
Oliveira3, Marco Antonio Igarashi4
O caranguejo-Uçá (Ucides cordatus) desempenha relevante função ecológica e destacase entre um dos recursos mais importantes na economia na comunidade dos Tepebas, no
município de Caucaia-CE. Este recurso é constantemente explorado no manguezal do
estuário do Rio Ceará, sendo comercializado nos restaurantes, mercados e até mesmo nas
estradas. O objetivo deste trabalho foi investigar a biologia e a captura do caranguejoUçá na tribo indígena dos Tabepas, como atividade principal para comunidade. Os
pescadores que trabalham no mangue da comunidade adotaram esta como forma de
subsistência. Os caranguejos capturados nas áreas de manguezais do Rio Ceará são
comercializados próximos á comunidade, sendo que esta atividade fornece aos
moradores uma significante contribuição financeira. Neste contexto, a consolidação da
produção de caranguejo na comunidade dos Tapebas é muito importante onde existem
poucas alternativas de renda e alimento. Na pesquisa, tornou-se evidente a utilização de
artes-de-pesca simples como a utilização do forjo, tido como apetrecho de pesca
predatório. Este fato deve ser levado em consideração quando da elaboração de medidas
que visem a regulamentação da captura do caranguejo-Uçá utilizando-se este apetrecho.
Portanto, esta atividade pode ser melhor avaliada, utilizando métodos de controle da
captura, como dos estoques reprodutores e juvenis e, sob o ponto de vista econômico,
considerando a captura e o mercado como uma atividade sócio-econômica onde o
emprego possa ser mantido.
Palavras chave: captura, caranguejo, comunidade indígena, arte-de-pesca, Ucides cordatus
3
Bolsista do CNPq e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
[email protected]
2
Bolsista da CAPES e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
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3
Colaboradores do Centro de Tecnologia em Aqüicultura – CTA/UFC.
4
Professor Ph.D do Departamento de Engenharia de Pesca da UFC e Coordenador do Centro de Tecnologia
em Aqüicultura - CTA/UFC.
14
Ecologia e Atividade Lagosteira no Estado do Ceará, Brasil
Carlos Henrique dos Anjos dos Santos4, Jullyermes Araújo Lourenço2, Henrique José
Mascarenhas dos Santos Costa3, Raimundo Anderson Lobão de Souza3, Marco Antonio
Igarashi4
O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão e descrever os aspectos da
atividade lagosteira no Estado do Ceará, cujo enfoque principal deste artigo é: as áreas de
pesca, os métodos de captura, o manejo e os conhecimentos econômicos da industria da
lagosta, bem como a conservação deste recurso no seu ambiente natural. Duas espécies
de lagostas merecem destaque, por serem predominantemente capturadas pelos
pescadores no Estado do Ceará: a Panulirus argus (lagosta vermelha) e a P. laevicauda
(lagosta verde ou cabo-verde). As duas espécies têm alto valor comercial para o mercado
local e estrangeiro, no entanto a maior demanda para exportação cabe a lagosta P. argus,
por ser a espécie que apresenta maior participação nas capturas. Porém, os pescadores
reclamam que algumas áreas de pesca apresentam esgotamento nos seus estoques, o que
vem inviabilizado alguns pescadores manterem-se na atividade. Porém, de acordo com o
que foi abordado acima, foram elaboradas recomendações e discussões sobre o tema.
Palavras chaves: lagosta espinhosa, pesca, Nordeste do Brasil.
4
Bolsista da CAPES e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
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2
Bolsista do CNPq e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
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3
Colaboradores do Centro de Tecnologia em Aqüicultura – CTA/UFC.
4
Professor Ph.D do Departamento de Engenharia de Pesca da UFC e Coordenador do Centro de Tecnologia
em Aqüicultura - CTA/UFC.
15
Caracteristicas dos Ecossistemas Estuarinos Brasileiro e as Atividades Humanas
Carlos Henrique dos Anjos dos Santos5, Jullyermes Araújo Lourenço2, Francisco Hidalecio
Ferreira Braga Neto3, Omar Ribeiro Costa3, Marco Antonio Igarashi4
As áreas de mangue são ecologicamente importantes, pois servem de berçários para
vários organismos aquáticos, que procuram nestas áreas alimentação, abrigo e área para
reprodução. Neste contexto caracterizam-se os peixes, crustáceos, moluscos entre outros
organismos. Estes ambientes são também áreas naturais de inundações com uma variação
constante das marés e são barreiras de proteção contra tempestades. As áreas de mangues
vêem experimentado nos últimos anos, um forte declínio na sua estrutura primária, bem
como uma forte especulação imobiliária que de certa forma influencia negativamente a
estrutura sócio-econômica-ambiental das comunidades que ali vivem. Desse modo, uma
série de medidas são necessárias para prevenir a degradação e poluição dos mangues,
sendo necessários esforços para a manutenção de seu equilíbrio, bem como redirecionar
estas áreas para que melhor sejam preservadas, mostrando a população circunvizinha a
importância ecológica tanto do ponto de vista econômico, como social e ambiental. São
necessários para isso programas de reeduquem a população, com programas de educação
ambiental, além de mostrar que a atividade praticada pelo homem pode trazer benefícios
mútuos tanto para a comunidade, como para o meio ambiente e também para
implantação do turismo ecológico. Além disso, devemos buscar soluções para que as
atividades humanas implantadas nestas áreas de mangues sejam ambientalmente limpas e
que seus efeitos impactantes não tragam sérios impactos ambientais.
Palavras chave: mangues, sócio-econômico-ambiental, público, impactos.
5
Bolsista da CAPES e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
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2
Bolsista do CNPq e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
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3
Colaboradores do Centro de Tecnologia em Aqüicultura – CTA/UFC.
4
Professor Ph.D do Departamento de Engenharia de Pesca da UFC e Coordenador do Centro de Tecnologia
em Aqüicultura - CTA/UFC.
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Aspectos Técnicos da Ostreicultura no Brasil: Perspectivas de Desenvolvimento da
Atividade Ambientalmente Sustentável
Jullyermes Araújo Lourenço6, Carlos Henrique dos Anjos dos Santos2, Francisco Hidalecio
Ferreira Braga Neto3, Mário César Wiegand3, Marco Antonio Igarashi4
Conhecido popularmente como ostra do mangue, o molusco bivalve da espécie
Crassostrea rhizophorae é encontrado nos estuário aderidos firmemente as raízes do
mangue, rochas ou em objetos duros submersos. Porém, há evidências de que o declínio
de áreas de mangues pode diminuir a produção de ostras. Dessa forma, o cultivo de ostra
em sistema controlado e a sustentabilidade da atividade é de suma importância para
manutenção dos estoques naturais. Recentemente, tem havido um interesse crescente no
potencial do cultivo de ostra C. rhizophorae associado aos mangues, sendo que dessa
maneira alguns cultivos vêm sendo realizados a nível experimental no Estado do Ceará.
Porém, a praticabilidade do cultivo comercial no Estado do Ceará ainda é incerto. As
tentativas de cultivo tem mostrado que atualmente esta atividade esta embasada na coleta
natural de sementes em seu ambiente. A ostreicultura implantada de forma segura e
respeitando o ambiente contribuirá de forma significativa para a economia, bem como na
oferta deste produto nobre na mesa do consumidor. No entanto, é necessário o apoio dos
poderes públicos, seja na execução de pesquisas com vistas a geração de novas
tecnologias de produção ou como importante parceiro em programas de desenvolvimento
econômico e social da atividade.
Palavras – chaves: cultivo de ostras, contribuição econômica, produto alimentício.
6
Bolsista do CNPq e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
[email protected]
2
Bolsista da CAPES e Mestrando em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - UFC.
[email protected]
3
Colaboradores do Centro de Tecnologia em Aqüicultura – CTA/UFC.
4
Professor Ph.D do Departamento de Engenharia de Pesca da UFC e Coordenador do Centro de Tecnologia
em Aqüicultura - CTA/UFC.
17
Educação Ambiental como Instrumento de Mediação na Construção da Cidadania:
Analise Ambiental dos Elementos Naturais No Bairro De Outra Banda em AcaraúCE e o Envolvimento da Escola Municipal Fernando Falcão
Maria Auxiliadora F. dos Santos7,
Prof. Dr. Edílson Alves.
Inserir educação ambiental no meio escolar é difícil, embora a questão ambiental
atualmente seja amplamente discutida. O objeto desta pesquisa resume-se na discussão
de leis ambientais pela escola acarauense, reconhecendo-se os recursos naturais no bairro
em que a escola se insere e no desenvolvimento de artifícios para resolver problemas
relacionados à qualidade de vida dos moradores desses espaços. É importante o estudo da
Lei 9795/99 de Educação Ambiental, da Lei Orgânica Municipal, Código de Posturas e
Planos Diretores Municipais, bem como indagações sobre a ausência desses documentos.
As atividades desse projeto devem permitir que moradores se importem com os recursos
naturais ali existentes e sintam-se induzidos a preservá-los. Pretende-se trazer orientações
em Educação Ambiental para a escola, para que esta possa de forma permanente difundir
conceitos ambientais, formando uma verdadeira rede entre escola e comunidade na
difusão de conceitos de preservação. As condições de pobreza devem ser encaradas como
problemas ambientais, discutindo-se a relação riquezas naturais e pobreza dos
indivíduos. Instalação de viveiros de camarões, pesca predatória, degradação dos
mangues e ocupações irregulares devem constituir elementos para esta pesquisa. Em
contatos com docentes das escolas visitadas, percebe-se a importância de se realizar
trabalhos “vivos”, com resultados refletidos em foros acadêmicos distantes que estão de
entendimentos simples com medidas simples de equilíbrio entre homem e natureza. O
referencial teórico baseia-se em princípios de Educação Ambiental e da Agenda 21,
sustentabilidade de áreas e interdisciplinaridade em Ciências Ambientais e outras
Disciplinas, o qual será levado em forma de capacitação e elaboração de documentos,
projetos, mapas, discussões e movimentos sociais de massa como conseqüência positiva
da implantação do projeto.
Palavras-chave: Educação Ambiental. Meio Ambiente. Ensino
7
Mestranda em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
18
Perfil Social e Econômico dos Catadores de Papel/ Papelão do Centro da Cidade de
Fortaleza (Ce) e o Processo de Inclusão Social
Amara Lemos da Silva - Bacharelanda em Ciências Contábeis – Universidade Federal do
Ceará – UFC
Gleycianne Brígido Rabelo - Bacharelanda em Ciências Contábeis – UFC
Thiago Costa Rodrigues - Bacharelando em Ciências Contábeis – UFC
Profª. Célia Maria Braga Carneiro – Mestre em Controladoria e Contabilidade – USP/
Professora Orientadora – UFC
A Globalização, integração cultural e econômica dos mais diferentes tipos de mercado
em nível mundial tem sido alvo de muitos protestos internacionais em virtude do uso da
tecnologia, que apesar de seus benefícios, torna-se responsável pela eliminação de muitos
postos de trabalho. Os clientes têm apresentado a esse novo contexto econômico uma
postura rígida, voltada à expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com
boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente
responsável. Nesse contexto, em que a economia esta sendo impulsionada pelos avanços
da tecnologia de informação, pela abertura global de mercados e pela excessiva
competitividade, a gestão ambiental é a resposta natural das empresas ao novo cliente, ao
consumidor verde e ecologicamente correto. Porém, para que essa gestão ambiental seja
posta em prática, é preciso uma conscientização, ou melhor, uma educação ambiental que
pode se manifestar através de uma coleta seletiva, assim estaria contribuindo para o
processo de reciclagem e para a geração de emprego e renda para a população carente (os
catadores) que sobrevive da renda auferida com a venda do papel/ papelão. O presente
estudo tem como objetivo geral identificar o perfil social e econômico dos catadores de
papel/ papelão do centro da cidade de Fortaleza (CE), analisando-se o processo de
inclusão social dos mesmos. Quanto a concepção metodológica, utilizou-se o método
dedutivo como principal método de abordagem, partindo de um conjunto de premissas
adotadas na ciência contábil e em outras ciências correlatas, e da avaliação empírica do
perfil dos catadores de papel/ papelão do centro da cidade de Fortaleza (CE). E
subsidiariamente, adotou o método indutivo a partir dos elementos estudados na pesquisa
empírica. Constatou-se que os catadores apresentam um o perfil homogêneo, pois a
maioria deles está nessa atividade pelo mesmo fim, a sobrevivência. Infelizmente, os
catadores ainda são vistos de forma negativa pela sociedade, sendo comparados com
marginais. Ainda há muito o que se fazer por essa população excluída, a fim de retirar
essa imagem distorcida dos catadores para que estes consigam recuperar a sua dignidade
social.
19
Solarização do Solo em Sacos Plásticos para o Controle dos Nematóides das Galhas,
Meloidogyne incognita e M. javanica 1
Carmem Dolores Gonzaga Santos2, Sthefanie Lara França de Carvalho3 e Maria do Carmo
Lopes da Silva 4
Os nematóides das galhas, Meloidogyne spp, constituem-se importantes fitopatógenos para
a agricultura em todo o mundo. Mudas infectadas são um dos principais meios de
introdução do patógeno em áreas de cultivo. Com objetivo de avaliar a eficiência da
solarização do solo na erradicação de M. incognita e M. javanica, foi desenvolvido um
experimento na Universidade Federal do Ceará, consistindo de 10 tratamentos com 6
repetições, em delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial constituído de 2
fatores (A: cor do saco plástico e B: dias de solarização). Sacos plásticos transparentes e
pretos (28 x 42 cm) foram preenchidos com 2 Kg de solo previamente infestado e
submetidos aos seguintes tratamentos: T1, T2, T3 e T4 – sacos transparentes e solarização
por 2, 5, 8 e 11 dias, respectivamente; T5 – sacos transparentes mantidos à sombra por 11
dias (testemunha); T6, T7, T8 e T9 – sacos pretos e exposição ao sol por 2, 5, 8 e 11 dias,
respectivamente; T10 – sacos pretos mantidos à sombra por 11 dias (testemunha). O
monitoramento contínuo da temperatura do solo foi realizado com auxílio de Termopares.
Ao término de cada tratamento, o solo de cada saco foi distribuído em vaso de 2kg,
transplantando-se, em seguida, mudas de tomateiro (Lycopersicon esculentum) ‘Santa
Clara’. Após 45 dias, efetuou-se o exame do sistema radicular das plantas, e, pela
inexistência de galhas, constatou-se que ocorreu a erradicação do patógeno a partir do 5º
dia de exposição ao sol em sacos transparentes e somente a partir do 8º dia de solarização
em sacos pretos. Nos demais tratamentos, observaram-se galhas nas raízes das plantas. A
solarização do solo em sacos transparentes pode ser recomendada na obtenção de mudas de
frutíferas, hortaliças, ornamentais e medicinais, podendo tornar-se técnica economicamente
viável para o produtor.
Termos para indexação: fitonematóides, termoterapia, controle físico.
20
Educação ambiental e o ensino de biologia: viabilidade ou impedimento didático?
Prof. M. Sc. Rickardo Léo Ramos Gomes (UVA, FGF) e Prof. Steferson de Almeida
Aderaldo (UESPI)
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, o ensino de biologia deve guiar-se por
princípios metodológicos que levem em conta a vivência do aluno e trabalhe com
conteúdos vinculados ao seu cotidiano, possibilitando-lhe repensar sua realidade. No
entanto para que o mesmo compreenda e repense a sua realidade é necessário a
compreensão do processo de produção do conhecimento científico com base na dimensão
política da questão. Além do estudo dos seres vivos, suas relações com outros seres e
com o meio. Nesse sentido é importante que o professor, ao tratar os temas do conteúdo,
não priorize uma abordagem puramente descritiva. É necessário usar o enfoque evolutivo
como linha unificadora dos conteúdos. Estes princípios metodológicos devem estar em
constante interação para que possam auxiliar, o professor, na seleção dos conteúdos e
direcionar a forma do professor ensinar e avaliar. Porém cabe ao professor estar sempre a
buscar uma forma de ensinar que inclua o sentido histórico da produção do
conhecimento. E neste processo, questione a visão que o aluno tem da biologia. Somente
desta forma, o ensino da biologia propiciará ao professor e ao aluno, na ação de ensinar e
aprender, a real vivência dos procedimentos de investigação teórica e prática dos
conteúdos biológicos. Possibilitando assim ao aluno avançar, rumo a interpretação da
realidade. Dentro desse contexto, o ensino de biologia deve continuar a construção da
noção de ambiente, iniciada no ensino fundamental, ampliando-o no sentido de projetarse para uma visão histórica, social, cultural e econômica, além da estrutural. Portanto, os
processos educativos voltados à formação ambiental, devem apresentar algumas
características básicas, que servem de parâmetros para o ensino aprendizagem.
21

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