Teoria Cash Games no Texas Holdem para quem já conhece as as

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Teoria Cash Games no Texas Holdem para quem já conhece as as
Teoria Cash Games no Texas Holdem
para quem já conhece as as bases do
Poker
“Com o passar do tempo, seus resultados vão refletir suas habilidades em minimizar erros.
Você não tem que fazer muitas jogadas brilhantes para fazer sucesso no no-limit
hold’em. O que é importante é não fazer muitas jogadas ruins.
Parece fácil? Bem, não é tão fácil, mas também não é uma tarefa impossível. Vamos pensar
alguns minutos de onde provavelmente vêm os verdadeiros grandes erros em no-limit
hold’em.” (Dan Harrington - Cash Games Vol.I).
Erros
A razão pela qual você perde a maioria dos potes é por erro, e não falta de sorte.
- Esperar a(s) carta(s) para melhorar o jogo com poucos outs [(baixa probabilidade de
aparecer determinada(s) a carta(s)],alimentando um pote quando você já está ocultamente
derrotado.
- blefar demasiadamente,
- querendo ver muitos flops, nem sempre baratos, e outros,
são os erros mais comuns que os jogadores iniciantes e perdedores cometem
Quando a carta boa vem, ganha-se muito, é verdade, como também, perde-se muito quando
não vem. Ganhos bem inconstantes e perdas constantes, porque é mais provável não vir,
mais frequentemente.
Habilidade ou sorte?
Ao ser avaliada a maneira como você joga, notará uma aproximação e um afastamento
constante de uma linha de jogo perfeito, impossível de se atingir, com o parâmetro sorte
atuando e, mascarando, por vezes, certas avaliações das probabilidades e também das
habilidades.
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AVISOS E CONSELHOS IMPORTANTES
O fator determinante para manter um bom jogo, ou melhor, é jogar de forma que, o seu
estilo ou maneira de jogar não se afaste muito dessa linha imaginária perfeita e correta de
jogar, como se segue:
Apenas, e, somente apenas, jogue mãos premiums pre-flop e evite blefar com stacks baixos.
Deve-se foldar sempre para trocar de mão. Poker, na verdade é, sinonimamente,
paciência…
Quando os stacks ficarem grandes, poderemos ir jogando com mais cartas do baralho,
passíveis de combinações (agir mais loose), mas com posição e, de preferência, de forma
barata e com alguns blefes, ocasionalmente.
Pode acreditar que, raras, porém, certas vezes, dependendo da mesa, jogaremos com
muitas mãos consideradas lixo, mas se tornam luxo dentro de um contexto de decisões e de
ações dos jogadores e, por conseguinte, do jogo e sua resultante.
CUIDADO - ESTA ÚLTIMA TÁTICA É APENAS PARA JOGADORES EXPERIENTES.
“Para resumir: no poker com stacks pequenos você precisa ficar próximo dos pares grandes e
e cartas premium.
À medida que os stacks ficarem maiores, você pode aumentar sua gama de mãos “jogáveis”,
para incluir pares pequenos, suited connectors, e mãos Ax suited.
Quando os stacks ficarem realmente grandes, você pode jogar (sob circunstâncias
apropriadas) quaisquer cartas que possam acertar um monstro dissimulado, que seu
oponente não possa ver”. (Dan Harrington - Cash Games Vol.I).
Tenha o mínimo de paciência para esperar as rodadas do jogo, para quando o destino do
baralho lhe trouxer uma boa mão, agir com firmeza. Jogando online, você tem a opção de
trocar de mesa rapidamente, se achar que a presente não está favorável.
A sorte está presente em todo o momento do jogo - mas é no flop que você decide
se vai prosseguir, caso a(s) carta(s) desejada(s), não chegou ou chegaram no
board.
Não conte muito com a sorte ou, até mesmo, nunca conte com ela.
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A sorte é uma 'amiga' que, mesmo que você não queira contar muito com ela, será sempre
bem-vinda, e, deve ser bem explorada com apostas de valor e outros artifícios para aumentar
o pote.
O problema é que ela demora a aparecer, lhe custando mesmo muito dinheiro, se você ficar
esperando por ela.
Observe também que ela pode te trazer uma boa mão, mas não
garante que a mesma será vencedora.
Lembre-se que, cada uma das 52 cartas do baralho de poker é um símbolo, então, as
chances de cada uma aparecer no board é a mesma para todas elas dependendo da forma
aleatória que foram embaralhadas as cartas, pois a sorte para as pocket cards e para o board
já nasce no baralho pronto, através do dealer (crupier), que as distribui (sorteia) aos
jogadores na mesa, ou seja, as cartas são distribuídas com suas probabilidades já
imperfeitas.
A diferença é que, quando você acerta as cartas mais baixas no flop (ou no board em geral),
seu oponente pode acertar uma carta maior nas streets que estão por vir e melhorar seu jogo
e te derrotar.
Elas são comparadas também pelos seus valores e pelas suas combinações entre si
(o board com a sua mão e a mão do oponente), motivo pelo qual devemos dar
preferências em jogar com cartas mais altas.
Não existe embaralhamento perfeito. Também se o houvesse, as probabilidades seriam
perfeitamente lógicas e, portanto, para se dar bem no poker, apenas seria necessário um
bom estudo das suas probabilidades matemáticas, além das regras do jogo em si e, por outro
lado, o blefe, a essência do poker, perderia um pouco do brilho. Mas mesmo assim, ainda
quanto maior a noção destas probabilidades que tiver o jogador, maior vantagem ele terá.
Ainda que o poker seja um jogo de habilidade, é também um jogo de azar.
Diferente dos outros jogos de azar, no poker, especialmente na modalidade Texas
Hold’em, existe a possibilidade de se administrar bem as ondas de sorte e azar.
Aí é que está a maior habilidade no poker, nesta administração. A habilidade em
tomar decisões, se irá prosseguir, ou não, com as apostas, avançar ou recuar e,
acima de tudo, induzir os oponentes ao erro. Isto é crucial para um poker lucrativo.
Aprendemos também com nossos próprios erros (um aprendizado singular que é a raiz da
prática) e que, entre tantas lições, nos dizem que, entre avançar ou não prosseguir, o
último deve ser mais numeroso, para que se tenha um poker lucrativo a longo prazo. Em
contrapartida, o campo da sorte é no curto prazo.
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Atualmente o poker se caracterizou como uma modalidade esportiva. Embora isso seja uma
realidade, acho meio irônico esta afirmação de que poker é um esporte. Mas para se ter uma
idéia, a sorte está presente em todos os esportes. Apenas não exige um esforço físico, como
na maioria dos esportes tradicionais, e sim, mental. Um jogo onde também,
semelhantemente, não exige esforço físico, e sim mental, é o xadrez. Por isso, alguns autores
gostam de compará-lo com o poker. Mas é ainda muito diferente um do outro. O núcleo da
habilidade em jogar xadrez está decididamente na habilidade.
Com baixos stacks, você deve reduzir drasticamente o número de mãos a jogar. Ao
tomar um bad beat, esta estratégia deverá ser friamente aplicada como uma
emergência. E claro, deve ser a estratégia base de quaisquer seções, em qualquer
momento num jogo.
Mantenha um bankroll que suporte os seus bad beats, que serão vários.
Tudo muito simples, porém, se você estiver em tilt, não vai seguir a teoria acima e
perderá todo seu stack ou dinheiro, cedo ou tarde. O seu pior adversário é você
mesmo. Controle-se.
Evidentemente a teoria não deve enrijecer a sua maneira de jogar, ou o torná-lo como um
robô, previsível, jogando 'by the book’. Entretanto a teoria em questão deve ser tomada
como ponto de partida para o estudo do jogo corrente, onde, ao longo da seção, você vai
regulando o seu jogo conforme o tipo de jogo corrente e o comportamento dos jogadores e,
também, espere você, como um motor, se aquecer.
Embora o seu estilo deva melhor tender para agressivo ou 'tight agressive’, você pode variar,
conforme o jogo, para ‘tight', ‘loose-agressive'… Varie seu estilo conforme a mesa, mas só
não jogue muito passivamente e, se possível, ao invés de check, dê pelo menos um raise
mínimo, se estiver em posião.
Não suba os limites dos blinds sem antes estiver bastante familiarizado e lucrando
com os limites que está acostumado a jogar.
Eventualmente temos até que descer os limites (jogar em mesas com blinds
inferiores ao que costumamos a jogar) em prol do bankroll e, também, de melhor
aprendizado e experiência. Devemos levar isso em consideração também quando,
mesmo jogando muito bem, quando as cartas não estão vindo. Às vezes também
precisamos fazer isso para uma reavaliação do nosso poker, para dar uma resfriada
na cabeça…Ou apenas saia fora e faça uma outra coisa para, então, depois de um
longo intervalo, retornar.
Certamente a próxima seção será bem melhor.
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Faça vários movimentos para ludibriar seus oponentes e conduzi-los ao erro,
acelere e desacelere, quando for necessário, quando tiver mãos muito fortes, dê
raise de posição inicial, ou, dê check, ou call alternadamente e tente penetrar na
mente dos seus adversários.
Existe uma forte tendência de o jogador se concentrar apenas na sua mão e no board,
esquecendo de imaginar o que seu oponente pode estar segurando (pôr o oponente em uma
gama de mãos).
A boa (e muita) prática é a lapidação da teoria e leva a excelência.
Leia bons livros de poker.
Boas mãos.
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