manual de criação e manutenção de uma horta biológica

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manual de criação e manutenção de uma horta biológica
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MANUAL DE CRIAÇÃO E
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BIOLÓGICA
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A AGRICULTURA BIOLÓGICA
O que é a Agricultura Biológica
A Agricultura Biológica é também conhecida como “agricultura orgânica” (Brasil e países de
língua inglesa), “agricultura ecológica” (Espanha, Dinamarca) ou “agricultura natural” (Japão).
A agricultura biológica é um modo de produção agrícola que respeita profundamente o meio
ambiente e a biodiversidade, que faz apelo a uma série de medidas preventivas para evitar a
ocorrência de situações que obriguem ao uso de produtos fitossanitários, de medicamentos,
etc.
A Agricultura Biológica é o modo de produção agrícola mais ecológico e sustentável, pela
aproximação das suas práticas aos equilíbrios naturais, pela maior utilização de factores de
produção renováveis e de baixo custo energético e pela interdição de práticas e produtos de
maior impacte ambiental.
A agricultura biológica integra um conjunto de técnicas agrícolas, visando a utilização racional
do sistema formado pelo clima-água-solo-microorganismos-planta, de modo a preservar o
equilíbrio dos ecossistemas agrícolas e torná-los sustentáveis a longo prazo. São excluídas a
quase totalidade das substâncias químicas de síntese, tais como os fertilizantes químicos e
pesticidas de síntese.
1.1.1Princípios da Agricultura Biológica
A agricultura biológica baseia-se numa série de objectivos e princípios, assim como em
práticas comuns desenvolvidas para minimizar o impacto humano sobre o ambiente e
assegurar que o sistema agrícola funciona da forma mais natural possível.
As práticas tipicamente usadas em agricultura biológica incluem:
•
Rotação de culturas, como um pré-requisito para o uso eficiente dos recursos locais
•
Limites muito restritos ao uso de pesticidas e fertilizantes sintéticos, de antibióticos,
aditivos alimentares e auxiliares tecnológicos, e outro tipo de produtos
•
Proibição absoluta do uso de organismos geneticamente modificados
•
Aproveitamento dos recursos locais, tais como o uso do estrume animal como
fertilizante ou alimentar os animais com produtos da própria exploração
•
Escolha de espécies vegetais e animais resistentes a doenças e adaptadas às
condições locais
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•
Criação de animais em liberdade e ao ar livre, fornecendo-lhes alimentos produzidos
segundo o modo de produção biológico
•
Utilização de práticas de produção animal apropriadas a cada espécie
1.1.2Cadeia de abastecimento
Mas a agricultura biológica também faz parte duma cadeia de abastecimento maior, que
engloba os sectores de transformação, distribuição e revenda, e por último, o próprio
consumidor. Cada elo desta cadeia desempenha um papel importante na geração de
benefícios através dum vasto leque de áreas, incluindo:
•
Protecção ambiental
•
Bem-estar animal
•
Confiança do consumidor
•
Sociedade e economia
Cada vez que comprar uma maçã biológica no supermercado local, ou escolher um vinho
produzido com uvas biológicas do menu do seu restaurante favorito, pode ter a certeza de
que estes produtos foram produzidos de acordo com normas rigorosas, que visam o respeito
pelo ambiente e pelos animais.
Normas
Na UE estas normas foram estabelecidas no Regulamento do (CEE) 2092/91 Conselho de 24
de Junho de 1991 relativo ao modo de produção biológico de produtos agrícolas e à sua
indicação nos produtos agrícolas e nos géneros alimentícios.
Uma revisão detalhada do actual regulamento resultou em duas propostas da Comissão
Europeia em Dezembro de 2005 para uma série de normas simplificadas e melhoradas: uma
para a importação de produtos de agricultura biológica e outra para a produção e rotulagem
de produtos de agricultura biológica. O regulamento para as importações Regulamento do
Concelho 1991/2007 que altera o Regulamento (CEE) n.º 2092/91 relativo ao modo de
produção biológico de produtos agrícolas e à sua indicação nos produtos agrícolas e nos
géneros alimentícios, em vigor desde Janeiro de 2007.
A definição de produção biológica, o seu logótipo e sistema de rotulagem, estão contidos no
Regulamento do Regulamento do Concelho relativo à produção biológica e à rotulagem de
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produtos de agricultura biológica, o qual será aplicado a partir de 1 de Janeiro de 2009.
1.1.3Logótipo e rotulagem
O Regulamento de agricultura biológica da UE especifica como deve ser feita a gestão das
culturas e produção animal e como devem ser preparados os produtos alimentares para
humanos e animais, de modo a poderem ostentar indicações referentes ao modo de
produção biológico. A adesão ao Regulamento biológico da UE também é exigida para que
os produtos possam ostentar o logótipo da UE para a agricultura biológica. É também
obrigatório que esse rótulo contenha o código identificativo dos organismos de controlo que
inspeccionam e certificam os operadores biológicos.
Este regime de rotulagem visa ganhar a confiança dos consumidores dos Estados-Membros
da UE na autenticidade dos produtos de agricultura biológica que adquirem. O logótipo da UE
destina-se a facilitar o reconhecimento dos produtos de agricultura biológica pelos
consumidores e funciona de forma semelhante aos outros logótipos nacionais que poderá
encontrar nos produtos do seu próprio país. Neste momento não é obrigatório que todos os
produtos produzidos de acordo com o Regulamento Europeu de agricultura biológica tenham
este logótipo, mas passará a ser quando o novo Regulamento entrar em vigor.
Fertilidade do solo
O Solo
O solo – embora negligenciado – é indiscutivelmente um dos mais importantes recursos
naturais. Ele é essencial para a vida na terra porque nutre as plantas, que por sua vez
fornecem alimento e oxigénio aos seres humanos e animais. Os agricultores biológicos
respeitam o valor do solo ao monitorizarem atentamente o que nele aplicam, o que dele
retiram e de que forma as suas actividades afectam a sua fertilidade e composição.
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Objectivo
Os agricultores que seguem uma agricultura biológica não procuram apenas manter o solo
num estado saudável, fértil e natural; tentam também melhorar as suas condições através da
adição dos nutrientes adequados, de melhoramentos ao nível da estrutura do solo e de uma
gestão eficaz da água.
Práticas importantes usadas pelos agricultores biológicos para manterem e
melhorarem a saúde do solo incluem:
•
Adopção de rotações de culturas longas e diversificadas para interrupção dos ciclos
dos infestantes e pragas, para dar ao solo tempo para recuperação e para adição de
nutrientes úteis. Plantas como o trevo, por exemplo, fixam azoto atmosférico no solo
•
Utilização de fertilizantes orgânicos à base de estrume – para melhoria da estrutura do
solo e para prevenção da erosão
•
Restrição rigorosa ao uso de fertilizantes e pesticidas sintéticos – para evitar
alterações a longo-prazo da consistência e a dependência química do solo
•
Fornecimento de pastagens mistas aos animais – para evitar sobrepastoreio, permitir
tempo de recuperação do solo e evitar a perda de nutrientes
•
Sementeira de culturas para adubação verde, que permitem a cobertura do solo após
a colheita – para prevenção da erosão do solo e lixiviação de nutrientes
•
Plantação de sebes e prados – para prevenção da erosão do solo e perda de
nutrientes
Vida do solo
Um solo produtivo não é um solo a céptico. Um solo produtivo não é um solo envenenado.
Um solo produtivo não é um solo inerte. .Só um solo com vida suporta sobre si vida.
A micro fauna e a meso fauna do solo assim como a macro, a meso e a micro fauna sobre o
solo, são decisivas para a pujança e diversidade da vida vegetal nesse solo – vida vegetal
por seu lado vital para toda essa fauna.
Enquanto que a macro fauna que se alimenta de plantas vivas pode ser concorrente
connosco no consumo dos vegetais, a micro e meso faunas, exceptuando as espécies que
pela sua proliferação se tornam pragas, ao encontrarem alimento na vegetação seca ou
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podre, tornam-se factores preciosos para a fertilidade do solo.
Um solo vivo é geralmente um solo arejado, é um solo com boa estrutura, é um solo que
retém melhor a humidade e que mais dificilmente encharca, é um solo que mais facilmente
garante uma temperatura regular aos organismos que nele vivem.
E não há solo vivo se nele quebrarmos as cadeias vitais dos seus organismos, se lhes
desestruturarmos permanentemente os ecossistemas, se lhes reduzirmos em cada
intervenção no solo as suas condições de vida. Muito há para estudar neste aspecto entre
nós, quer entre aqueles que trabalham a terra, quer entre aqueles que se dedicam à
investigação científica.
Alguns estudos revelaram que a agricultura biológica leva a um aumento do número de
organismos benéficos existentes no solo, que ajudam a promover o desenvolvimento mais
saudável das plantas e animais.
Um estudo de 2002 intitulado Fertilidade do solo e biodiversidade na agricultura
biológica concluiu que a agricultura biológica:
•
Duplica o número de besouros coprófagos no solo
•
Produz 50% mais minhocas
•
Produz 60% mais besouros
•
Duplica o número de aranhas
Fertilização do Solo
1. Através de composto orgânico
1.1.Definição de compostagem
A compostagem é um processo biológico em
que os microrganismos transformam a matéria
orgânica, como estrume, folhas, papel e restos
de comida, num material semelhante ao solo a
que se chama composto.
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O termo compostagem é hoje associado mais ao processo de tratamento dos resíduos
orgânicos do que ao processo para aproveitamento dos resíduos agrícolas e florestais. De
acordo com o Dicionário Porto Editora, a compostagem é o processo biológico através do
qual a matéria orgânica constituinte do lixo é transformada, pela acção de microrganismos
existentes no próprio lixo, em material estável e utilizável na preparação de húmus.
A compostagem é um processo de oxidação biológica através do qual os microrganismos
decompõem os compostos constituintes dos materiais libertando dióxido de carbono e vapor
de água. Apesar de ser considerado pela maioria dos autores como um processo aeróbio, a
compostagem é também referida como um processo biológico que submete o lixo
biodegradável à decomposição aeróbia ou anaeróbia e donde resulta um produto – o
Composto.
O processo de compostagem envolve a decomposição da matéria orgânica por
microrganismos e ocorre naturalmente, podendo contudo ser acelerado pela intervenção do
homem.
O termo composto orgânico pode ser aplicado ao produto compostado, estabilizado e
higienizado, que é benéfico para a produção vegetal.. Contudo, em países como o Reino
Unido, o termo composto também é aplicado com o sentido mais abrangente que inclui todos
os substratos para propagação das plantas com base em turfas.
1.2 – Objectivos da compostagem
O propósito da compostagem é converter o material orgânico que não está em condições de
ser incorporado no solo num material que é admissível para misturar com o solo.
Outra função da compostagem é destruir a viabilidade das sementes de infestantes e os
microrganismos patogénicos.
1.3 – Caracterização dos materiais para compostagem
De forma genérica, os materiais vegetais frescos e verdes tendem a ser mais ricos em azoto
do que os materiais secos e acastanhados. Note-se que o verde resulta da clorofila que tem
azoto enquanto que o castanho resulta da ausência de clorofila. No caso das folhas, a
senescência (em que se verifica o amarelecimento das folhas devido à degradação da
clorofila) está associada à remobilizado do azoto das folhas para outras partes da planta.
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Os materiais utilizados para a compostagem podem ser divididos em duas classes, a dos
materiais ricos em carbono (materiais castanhos) e a dos materiais ricos em
azoto(materiais verdes). Entre os materiais ricos em carbono podemos considerar os
materiais lenhosos como a casca de árvores, as aparas de madeira e o serrim, as podas dos
jardins, folhas e agulhas das árvores, palhas e fenos, e papel. Entre os materiais azotados
incluem-se as folhas verdes, estrumes animais, urinas, solo, restos de vegetais hortícolas,
erva, etc. A relação C/N de diversos materiais compostáveis encontra-se em várias
publicações, designadamente no Anexo 10 do Código das Boas Práticas Agrícolas do
MADRP e, uma lista mais promenorizada, no Appendix A Table A.1 do On-Farm Composting
Handbook, 1992 Northeast Regional Agricultural Engineering Service, U.S.A.
Os materiais para compostagem não devem conter vidros, plásticos, tintas, óleos, metais,
pedras etc. Não devem conter um excesso de gorduras (porque podem libertar ácidos gordos
de cadeia curta como o acético, o propiónico e o butírico os quais retardam a compostagem e
prejudicam o composto), ossos inteiros (os ossos só se devem utilizar se forem moídos), ou
outras substâncias que prejudiquem o processo de compostagem. A carne deve ser evitada
nas pilhas de compostagem porque pode atrair animais. O papel pode ser utilizado mas não
deve exceder 10% da pilha. O papel encerado deve ser evitado por ser de difícil
decomposição e o papel de cor tem que ser evitado pois contem metais pesados.
Outra característica que é fundamental para o processo de compostagem é a dimensão das
partículas dos materiais. O processo de decomposição inicia-se junto à superfície das
partículas, onde exista oxigénio difundido na película de água que as cobre, e onde o
substrato seja acessível aos microrganismos e às suas enzimas extra-celulares. Como as
partículas pequenas têm uma superfície específica maior estas serão decompostas mais
rapidamente desde que exista arejamento adequado.
As partículas devem ter entre 1,3 cm e 7,6 cm. Abaixo deste tamanho seria necessário
utilizar sistemas de ar forçado enquanto que os valores superiores podem ser bons para
pilhas mais estáticas e sem arejamento forçado. O ideal é que os materiais utilizados na
compostagem não tenham dimensões superiores a 3 cm de diâmetro. Quanto menor for o
tamanho das partículas, maior é a sua superfície específica, e portanto, mais fácil é o ataque
microbiano ou a disponibilidade biológica das partículas mas, em contrapartida, aumentam os
riscos de compactação e de falta de oxigénio.
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1.4. Facores a ter em conta na elaboração do composto
1.4.1– Mistura de materiais
Na construção de uma pilha de compostagem é frequente utilizar uma mistura de materiais
ricos em carbono(materiais castanhos) com outros ricos em azoto (materiais verdes). Os
materiais ricos em carbono fornecem a matéria orgânica e a energia para a compostagem e
os materiais azotados aceleram o processo de compostagem, porque o azoto é necessário
para o crescimento dos microrganismos. Genericamente, quanto mais baixa é a relação C/N
mais rapidamente termina a compostagem.
A relação C/N (peso em peso) ideal para a compostagem é frequentemente considerada
como 30. Dois terços do carbono são libertados como dióxido de carbono que é utilizado
pelos microrganismos para obter energia e o outro terço do carbono em conjunto com o azoto
é utilizado para constituir as células microbianas (note-se que o protoplasma microbiano tem
uma relação C/N próxima de 10 mas, para efectuar a síntese de 10 carbonos com um azoto,
e assim constituir o seu protoplasma, os microrganismos necessitam de 20 carbonos,
aproximadamente, para obter energia).
As perdas de azoto podem ser muito elevadas (por exemplo, de 50%) durante o processo de
compostagem dos materiais orgânicos, particularmente quando faltam os materiais com
elevada relação C/N. Por esta razão, Lampkin (1992), refere a necessidade de uma relação
C/N de 25 a 35 para uma boa compostagem. Para relações C/N inferiores o azoto ficará em
excesso e poderá ser perdido como amoníaco causando odores desagradáveis. Para
relações C/N mais elevadas a falta de azoto irá limitar o crescimento microbiano e o carbono
não será todo degradado conduzindo a que a temperatura não aumente, e a que a
compostagem se processe mais lentamente. Um volume de três partes de materiais ricos em
carbono para uma parte de materiais ricos em azoto é uma mistura muitas vezes utilizada.
Com o aumento dos materiais ricos em carbono relativamente aos azotados o período de
compostagem requerido aumenta.
Para calcular a relação C/N da mistura de materiais (material 1, material 2, etc.) pode ser
utilizada a seguinte fórmula:
C/N final = P1 [C1 (100-H1)] + P2 [C2 (100-H2)] +… / P1 [N1 (100-H1)] + P2 [N2 (100-H2)]
O solo ajuda a manter a estabilidade da pilha e é utilizado como inoculo de microorganismos
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responsáveis pela compostagem. O solo recolhido por baixo de uma pilha velha de
compostagem, de um celeiro, ou de um curral é rico em azoto. A quantidade de solo a utilizar
numa pilha de compostagem não deve exceder um a dois centímetros por cada 30 cm de
altura da pilha. Demasiado solo torna a pilha pesada para revolver e pode criar condições de
anaerobiose em clima chuvoso.
1.4..2.- Arejamento (presença de oxigénio).
Os microrganismos precisam de oxigénio (O2) para poderem oxidar a matéria orgânica. Uma
vez que deve ocorrer uma fermentação aeróbia. Na falta de O2 , haverá uma fermentação
anaeróbia, com desprendimento de mau cheiro.
A porosidade na pilha deve ser maior ou igual a 35% do volume total da pilha. De forma a
controlar a porosidade da pilha, (a presença de oxigénio), será, ter à partida, uma pilha
constituída por os pedaços ou partículas de matéria orgânica fresca deverão ter dimensões
que assegurem uma boa circulação do ar, mas não demasiado grandes, pois isso não
permitiria um suficiente contacto entre si.
Relativamente à dimensão da pilha,
uma dimensão muito grande, dificulta não só o
manuseamento da pilha mas também o arejamento do seu interior.
Em caso de défice de ar no seio da pilha, uma das estratégias é o reviramento. Isso irá não
só introduzir ar, mas também torná-la mais porosa.
1.4.3. Humidade.
A Massa de água de 50-60% do peso total da pilha. Os microrganismos precisam de água
para a sua actividade. Daí que, a pilha tem de permanecer sempre húmida, com a matéria
orgânica bem impregnada. No entanto, o excesso de água impede a circulação do ar. Um
modo prático de verificar a quantidade de água, consiste em apertar na mão um punhado
retirado da pilha deve molhar a mão, não escorrendo mais que umas gotas entre os dedos.
Quando os materiais não absorvem a água facilmente, como por exemplo pedaços de
madeira, mato pouco triturado, etc., há que os regar e calcar bem durante 2-3 semanas, para
se impregnarem antes de os juntar na pilha.
Em princípio, será preciso proceder a várias regas durante a compostagem. A cobertura da
pilha ajuda a manter a humidade.
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1.4.4.Temperatura.
A temperatura não deve ser superior a 65-70º C. As reacções oxidativas provocadas pelos
microrganismos libertam calor. Se houver uma proliferação muito rápida da actividade
microbiana, haverá grande produção de calor.
A temperatura deve ser controlada, se a temperatura mostra tendência de ultrapassar
aqueles valores há que a baixar: regando, revolvendo ou introduzindo na pilha matéria
orgânica com uma relação Carbono/Azoto (C/N) mais alta. Para medir a temperatura usamse termómetros apropriados. Na falta destes, pode-se introduzir uma barra de ferro até ao
interior da pilha e aguardar alguns minutos. Se for difícil aguentar a mão ao agarrar a sua
extremidade, então o calor é excessivo.
A pilha deve ser coberta. Isso servirá para evitar a penetração da chuva e a dissipação de
calor. Os materiais para cobertura mais utilizados são a terra, as palhas, plástico perfurado e
outros materiais porosos.
Uma temperatura excessiva dá origem a um composto de má qualidade. Há meios de evitar
isso, tais como um reviramento, uma rega, ou a introdução de palha ou outra com baixa
razão C/N.
Quando a temperatura é insuficiente, há pouca actividade microbiana. Ou porque o inóculo
inicial de microrganismos decompositores é fraca, ou porque não há matéria orgânica
suficiente com baixa razão C/N (MO mais azotada) para permitir a sua rápida proliferação.
Ou ainda porque não há ar para as oxidações da matéria orgânica. Existem assim várias
soluções possíveis:
-Adicionar material azotado (cortes de relva, ervas, adubos orgânicos azotados,...).
- Arejar.
- Proteger de frio excessivo com uma cobertura.
A Medição da temperatura faz-se com um termómetro apropriado. Como alternativa, utilizase uma barra de ferro que se introduz até ao coração da pilha durante alguns minutos. Caso
seja difícil aguentar a mão na extremidade quente, então a temperatura estará decerto acima
de 70º C.
Escolha do Local para a compostagem
A pilha de compostagem não deve ficar exposta directamente ao sol ou ao vento, para que
não seque, nem à chuva, para não ficar sujeita à lixiviação de nutrientes. Um local levemente
ensombrado e com cortinas contra o vento pode ser conveniente para não deixar secar
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demasiado a pilha.
O local escolhido para a compostagem deve ser próximo daquele em que o composto irá ser
utilizado. Poderá ser necessário ter água perto pois a chuva pode não ser suficiente para
humedecer a pilha convenientemente.
A forma e o tamanho da pilha de compostagem também influenciam a velocidade da
compostagem, designadamente pelo efeito que têm sobre o arejamento e a dissipação do
calor da pilha. O tamanho ideal da pilha pode ser variável. O volume deve depender do
sistema e das tecnologias de compostagem utilizadas.
A pilha muito baixa não composta bem e não aquece rapidamente. Por isso, nos locais muito
frios pode ser preferível pilhas mais altas. Pelo contrário, as pilhas demasiado altas, podem
tornar-se demasiado quentes e matar os microrganismos responsáveis pela compostagem e
podem ficar muito compactas diminuindo o arejamento no seu interior.
No caso de se proceder à compostagem em pilhas baixas e longas (windrow) então a altura
deverá ser menor e o comprimento maior.
2. Através de Adubos Verdes
O que é adubação verde?
A Adubação Verde é uma prática agrícola milenar de rotação de culturas, cujo objetivo é
melhorar a capacidade produtiva do solo. Essa melhoria do solo é conseguida através da
adição de material orgânico não decomposto de plantas cultivadas exclusivamente para este
fim, que são cortadas antes de completarem o ciclo vegetativo.
A Adubação Verde pode ser realizada com diversas espécies vegetais, porém a preferência
pelas leguminosas está consagrada por inúmeras vantagens, dentre as quais, destaca-se a
sua capacidade de fixar azoto direto da atmosfera por simbiose.
Adubos verdes são plantas utilizadas para melhoria das condições físicas, químicas e
biológicas do solo. Há espécies como leguminosas que se associam a bactérias fixadoras de
azoto, transferindo-o para as plantas. Estas espécies, também estimulam a população de
fungos micorrízicos, microrganismos que aumentam a absorção de água e nutrientes pelas
raízes.
Processo de fertilização do solo pelo enterramento de plantas herbáceas verdes , mais
vulgarmente leguminosas , estremes ou em consociação com espécies de outras famílias,
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semeadas propositadamente para o efeitoAs espécies utilizadas tomam a designação de
adubos verdes
BENEFÍCIOS DA ADUBAÇÃO VERDE PARA A FERTILIDADE DO SOLO

Redução da lexiviação de nutrientes

Aumento da capacidade de armazenamento de água no solo;

Controle de nematóides fitoparasitos;

Descompactação, estruturação e arejamento do solo;

Diminuição de amplitude da variação térmica diurna do solo

Fornecimento de azoto

Intensificação da actividade biológica do solo;

Melhoria do aproveitamento e eficiência dos adubos e corretivos;

Proteção de mudas - plantas contra o vento e radiação solar;

Proteção do solo contra os agentes da erosão e radiação solar;

Rápida cobertura do solo e grande produção de massa verde em curto espaço de
tempo;

Reciclagem de nutrientes lixiviados em profundidade;

Recuperação de solos de baixa fertilidade;

Redução da infestação de ervas daninhas,

Redução de incidência de pragas e patógenos nas culturas;
Os efeitos da adicção de matéria orgânica aos solos são positivos em praticamente todos
os aspectos. Para melhor se entender, diz-se que um solo tem três tipos de características
(propriedades) diferentes, as físicas, as químicas e as biológicas.
Oque são propriedades físicas?
As propriedades físicas são aquelas que determinam, por exemplo, se o solo é solto,
arável, ou se é compactado. Se a água penetra bem ou se escorre, quando chove.
Efeitos dos adubos verdes sobre as propriedades físicas do solo
Diminui a densidade;
Melhora a estrutura
Aumenta a capacidade de retenção de água
Aumenta a infiltração da água
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Facilita a drenagem
Aumenta a circulação de ar no solo
Reduz a variação da temperatura do solo
Amortiza o impacto direto das gotasde chuva
itos da matéria orgânica sobre aspriedades físicas do solo
Oque são propriedades químicas?
As propriedades químicas do solo mostram a acidez (pH), a quantidade e diversidade de
nutrientes, se a planta pode absorver bem estes minerais, etc.f
Efeitos dos adubos verdes sobre as propriedades quimicas do solo
Aumenta disponibilidade de nutrientes
Eleva ou diminui o pH;
Controla a presença de elementos tóxicos como ferro
capacidadede fixar, ou sintetizar estes elementos;
e metais pesados, pela
Recupera solos salinos
Aumenta o poder tampão do solo;
Fixa o azoto da atmosfera
Fornece substâncias estimulantesde crescimento
eitos da matéria orgânica sobre asriedades químicas do solo
E o que são as propriedades biológicas?
As propriedades biológicas do solo têm a ver com a vida que nele existe
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Efeitos dos adubos verdes sobre as propriedades biológicas do solo
Aumenta a actividade demicroorganismos;
Aumenta a actividade de micorrizas;
Aumenta a actividade das bactérias
Aumenta a actividade de minhocas
Efeitos da matéria orgânica sobre asitos
Funções e beneficios da adubação verde
⇒Adubação azotada
As Leguminosas contêm cerca de 0,4 a 0,7% de carbono (N)na sua massa vegetal fresca
As leguminosas têm a capacidade de fixar Azoto orgânico sintetizado da atmosfera no solo
pelas bactérias Rhizobium
Constitui uma forma mais barata de adubação azotada e tem um carácter não poluente
⇒Extracção de nutrientes retidos nas partículas de solo
⇒Solubilização de nutrientes pouco solúveis
Recuperação de N na forma de nitrato, que depois de decomposto e mineralizado o vai
restituir à camada superficial do solo
⇒Mineralização de húmus estável
O enterramento de adubo verde provoca o estímulo da actividade microbiana e mineraliação
do húmus existente, formando composto pré-húmico – formação de uma certa quantidade de
húmus jovem.
⇒ Inibição da germinação de sementes de infestantes, provocada pelo ensombramento da
cobertura de um adubo verde
⇒ Adventícias vão diminuir a sua presença, devido à melhoria da estrutura do solo conferida
pelos adubos verdes
Adubo verde sob coberto
Adubos verdes entre as linhas de culturas (milho, trigo e hortícolas)
Objectivo: conseguir uma decomposição mais rápida dos restos de cultura que ficam no
terreno, após a colheita
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Cultura
Adubo verde
Milho
Trevo branco, trevo subterrâneo ou lupulina
Ou misturas (trevo branco +azevém)
(trevo branco+ervilhaca vilosa)
Trigo
Trevo branco ou lupulina
Hortícolas
Trevo branco anão ou espinafre
Condições de eficácia 1. Instalação
A fertilização pode ser necessária em alguns adubos verdes (fosfatos, em particular), antes
ou durante a sementeira, adubação de fundo, onde os nutrientes são posteriormente
devolvidos à cultura
Na sementeira de leguminosas – efectuar a inoculação das sementes com o Rhyzobium
específico
A Taxa de humidade deverá ser suficiente para assegurar germinação
Se o terreno está muito compacto efectuar subsolagem ou escarificação
2.Enterramento
Mínimo de 3 a 4 semanas antes da instalação da cultura
Destroçar (esmiuçar) o adubo verde antes de o enterrar
Não exceder uma profundidade superior a 20 cm
3.“Mulching”
Se simplesmente cortados, destroçados ou não, ficarem a cobrir o terreno em jeito de
cobertura ou “mulching” vegetal têm também efeitos benéficos que por vezes podem ser
superiores
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Parcela de adubo verde numa horta biológica
Cegando o adubo verde - “mulshing”
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ROTAÇÃO DE CULTURAS:
As culturas e as rotações culturais a usar na horta biológica devem ser escolhidas em função
de vários factores, entre os quais se destacam a dimensão da horta,, os objectivos do
produtor, a natureza do solo e as condições climáticas. Deve-se, ainda, tomar em
consideração as culturas tradicionais na região .
É importante fazer rotações na exploração agrícola porque:

Aumentam a fertilidade do solo - se as culturas e o período da rotação forem os
mais adequados;

Reduzem o empobrecimento do solo - a alternância de culturas leva a que sejam
exploradas em profundidade as diversas camadas por raízes com diferentes
características;

• Facilitam o controlo de pragas, doenças e infestantes – através da alternância de
culturas com características diferentes .
FAMILIAS DE HORTICOLAS
Quenopodiáceas – beterraba, espinafre, acelga
Umbelíferas – cenoura, aipo, funcho, salsa
Solanáceas – beringela, pimento, tomate
Cucurbitáceas – abóbora, melão, pepino, melancia, corgete
Rosáceas – morango
Leguminosas – ervilha, feijão, fava, lentilha, tremoço, grão de bico
Convulvuláceas – batata
Liliáceas – cebola, espargo, alho francês
Crucíferas – rabanete, nabo, couve, rábano
Compostas – alface, chicória, alcachofra
ÉPOCAS DE CULTIVO DAS HORTÍCOLAS
Época de cultivo
culturas
Inico do Outono
Alho Francês, Beterraba, Cebola, coentros, couve
galega, couve, penca,ervilha, espinafre,
manjericão, nabo, rabanete, salsa
Pleno Outono
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Beterraba - Cebola - Coentros - Couve-Galega Couve Penca - Couve Tronchuda - Ervilha Espinafre - Fava - Manjericão - Nabo - Rabanete www.biologicaonline.com
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Salsa
Final de Outono
Beterraba - Cebola - Couve-Galega - Couve
Penca - Couve Tronchuda - Ervilha - Fava - Nabo
- Pimento - Rabanete
Inicio de Inverno
Alho Francês - Beterraba - Cebola - CouveGalega - Couve Penca - Couve Tronchuda Ervilha - Fava - Pimento
Pleno Inverno
Final de Inverno
Inicio da Primavera
Plena Primavera
Aipo - Alho Francês - Beringela - Beterraba Cebola - Couve-Galega - Couve Penca - Couve
Tronchuda - Ervilha - Espinafre - Fava - Pimento Piripiri - Tomate
Aipo - Alface - Beringela - Beterraba - Cebola Cenoura - Coentros - Courgette - Couve-Galega Couve Penca - Couve Tronchuda - Ervilha Espinafre - Fava - Manjericão - Melancia - Melão Pepino - Pimento - Piripiri - Rabanete - Salsa Tomate
Aipo - Alface - Beringela - Beterraba - Cebola Cenoura - Chicória - Coentros - Courgette Couve Brócolo - Couve Bruxelas - Couve-Flor Couve-Galega - Couve Penca - Couve Repolho Couve Tronchuda - Ervilha - Espinafre - Girassol Manjericão - Melancia - Melão - Nabo - Pepino Pimento - Rabanete - Salsa
Aipo - Alface - Alfazema - Beringela - Beterraba Cebola - Cenoura - Chicória - Cidreira - Courgette
- Couve Brócolo - Couve Bruxelas - Couve-Flor Couve-Galega - Couve Penca - Couve Repolho Couve Tronchuda - Ervilha - Espinafre - Feijão Girassol - Hortelã - Manjericão - Melancia - Melão
- Nabo - Pepino - Pimento - Piripiri - Rabanete
Final da Primavera
Alface - Alfazema - Alho Francês - Beringela Beterraba - Chicória - Cidreira - Coentros Courgette - Couve Brócolo - Couve Bruxelas Couve-Flor - Couve-Galega - Couve Penca Couve Repolho - Couve Tronchuda - Ervilha Feijão - Girassol - Hortelã - Melão - Nabo Pepino - Pimento - Rabanete - Salsa - Tomilho
Inicio do Verão
Alface - Alfazema - Alho Francês - Beterraba Cenoura - Chicória - Cidreira - Coentros Courgette - Couve Brócolo - Couve Bruxelas Couve-Flor - Couve-Galega - Couve Penca Couve Tronchuda - Ervilha - Feijão - Hortelã Nabo- Pepino - Rabanete - Salsa - Tomilho
Pleno Verão
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Couve Tronchuda - Ervilha - Feijão - Nabo Pepino - Rabanete - Salsa
Alface - Alho Francês - Beterraba - Cenoura Chicória - Coentros - Couve-Galega - Couve
Penca - Couve Tronchuda - Espinafre - Feijão Nabo - Pepino - Rabanete - Salsa
Final do Verão
Hortícolas e
aromáticas
Abóbora
Alface
Alho
Beterraba
Cebola
Cenoura
Couve
Couve-flor
Ervilha
Espinafre
Fava
Feijão-verde
Hortelã
Feijão-verde
Hortelã
Melancia
Melão
Nabo
Pepino
Pimento
Orégão
Rabanete
Salsa
Segurelha
Tomate
Tomilho
Época de
sementeira
Abr./ Jun.
Jan./ Jun.
Out./ Fev.
Mar./Mai.
Fev./ Mai.
Jan./ Mai.
Mar./ Set.
Abr./ Jun.
Fev./ Abr.
Fev./ Out.
Jan./ Abr.
Abr./ Ago.
Mar./Jun.
Abr./ Ago.
Mar./Jun.
Mar./Mai.
Abr./ Jun.
Jan./ Set.
Mar./ Jun.
Fev./ Abr.
Mar./ Ago.
Abr./ Jun.
Mar./ Ago.
Mar./Mai.
Fev./ Mai.
Mar./Mai.
Tempo de
Período de tempo
germinação (em aproximado até à
dias)
colheita (em dias)
10
10
15
15
20
8
10
20
10
8
10
15
10
15
10
10
8-10
10
15
15
12
25
15
15
15
60-90
60-80
> 120
> 120
> 180
> 80
>120
75-125
110-130
75-90
>90
>90
>60
>90
>60
75-110
90-110
>45
90
60-100
120
>45
>30
>120
90
180
Compasso de
plantação
(distância na
linha e entre
linhas em cm)
100x150
25x30
10x20
25x40
10x20
10x30
40x60
40x80
40x50
45x30
10x40
5x40
30x40
5x40
30x40
100x150
40x80
5x20
100x110
40x50
10x40
30x40
1x25
5x20
80x100
10x30
Consociações com interesse para o ecossistema na horta
Qualquer que seja a forma escolhida para se associarem culturas, o mais importante é saber
dar a cada planta, o espaço, a água e a luz que são necessários. A sobreposição conduz à
perda de todos os benefícios resultantes duma consociação.
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Beneficios das Consociações de culturas

Interacção favorável entre certas plantas

Melhor ocupação do espaço aéreo e subterrâneo

Maior resistência contra certas pragas e doenças

Abrigos para insectos auxiliares

Luta contra infestantes

Benefício em N orgânico pelas leguminosas

Protecção contra erosão e lixiviação

Enriquecimento em húmus
O rácio ideal entre as diversas plantas produtivas e as plantas de vegetação circundante que
oferecem protecção não é suficientemente conhecido;
É desejável estabelecer uma consociação com uma diversidade de espécies considerável.
Seguem-se alguns quadros com exemplos, em que se indicam as plantas companheiras
(associação benéfica) e as plantas antagónicas (associação desfavorável).
Relação de algumas plantas companheiras e antagónicas
Cultura
principal
Abóbora
Alface
Alhos
Beterraba
Cebola
Cenoura
Couve
Couve-flor
Ervilha
Espinafre
Feijão-verde
Nabo
Pepino
Pimento
Orégão
Plantas companheiras
Chicória, feijão-de-vagem, milho
Cenoura, rabanete, pepino
Alface, beterraba, alface e
couve
Cebola, alface e couve-rábano
Beterraba, alface e tomate
Ervilha, alface, cebola e tomate
Salvia, alecrim, menta e tomilho
Aipo
Cenoura, nabo, rabanete e
pepino
Feijão, beterraba e morangueiro
Milho, batata e rabanete
Ervilha feijão, alecrim e hortelã
Feijão, ervilha, rabanete e alface
Cenoura, cebola, salsa e
tomateiro
Todas as hortícolas
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Plantas antagónicas
Batata, legumes tuberosos
Família das couves
Ervilha e feijão
Feijão trepador
Ervilha e feijão
Endro e aneto
Morangueiro e tomateiro
Morangueiro e tomateiro
Cebola, alho e batata
Beterraba, alho e cebola
Tomate, batata e mostarda
Batata e ervas aromáticas
Couve-rábano
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Rabanete
Salsa
Tomate
Tomilho
Ervilha, alface, pepino e
cenoura
Acelga e videiras
Tomate, espargo e milho
Cebola, cenoura, salsa e couveflor
Feijão, couve, batata e pepino
Todas as hortícolas
Pragas mais comuns e modos de combate
Todos os seres vivos que se alimentam das plantas (fitófagos), possuem inimigos naturais,
que deles se alimentam. Cada praga tem, pelo menos, 2 ou 3 inimigos naturais (que se
designam auxiliares).
Para que possa conhecer algumas das pragas mais frequentes, seguem-se os quadros com
a informação compilada – quais as culturas que atacam, que prejuízos provocam, quais as
formas de as controlar.
P
R
A
G
A
A
f
í
d
i
o
s
A
g
r
o
t
i
s
(
r
o
s
c
CARACTERÍSTICAS
PLANTAS MAIS
ATACADAS
PREJUÍZO
S
PREVENÇÃ
O COM
CULTURAS
INTERCALA
RES
OUTRAS
PREVENÇÕ
ES
MEIOS DE
LUTA
FÍSICOS
MEIOS DE
LUTA
BIOLÓGICOS
PULVERIZAÇÃO/
POLVILHAÇÃO
Insectos
pequenos de
corpo mole e
várias cores;
com longas
antenas,
sugam a
seiva.
Maioria
das
hortícolas,
incluindo a
família da
couve,
pepino e
espargo.
Folhas
encara
coladas
e
franzid
as. As
plantas
ficam
atrofiad
as.
Hortelã,
alho,
coentro,
cebolinh
o,
poejo,
crisânte
mos e
nastúrci
o (como
cultura
armadil
ha)
Plantaç
ão
precoce
.
Utilizar
solo
fértil.
Colocar
folha de
alumíni
oá
volta
das
plantas.
Armadil
has
com
água
em
recipie
ntes ou
cartões
amarel
os
pegajo
sos.
Joaninhas,
vespas,
Trichogra
ma,
sírfideos,
louva-adeus.
Pássaros
como
estorninho
s, pardais,
pintarroxos
e boieiras.
Piretro,
cinzas
peneiradas,
Água
calcária,
cebolinho,
poejo,
tabaco,
folhas de
sabugueiro,
esporas e
água de
sabão.
Larvas
redondas de
corpo mole e
colorido baço.
Encaracola
quando é
perturbada,
em adulta é
uma
mariposa
nocturna.
Couve,
feijão e
tomate.
Mas,
atacam
todos os
caules no
solo,
especialm
ente
plantas
mais
jovens.
Os
prejuíz
os
causad
os no
solo
provoc
am a
murcha
das
plantas
e a sua
morte.
Cebola
e
girassói
s, estes
como
armadil
ha.
No
Outono
,
conserv
ar a
horta
livre de
ervas
daninh
as.
Cavar
antes
da
Escava
r em
redor
das
plantas
e
apanha
r as
larvas.
Utilizar
a luz
negra
para as
Vespas,
sapos,
musaranh
os, cobras,
toupeiras
e
pássaros,
incluindo
andorinha
s (comem
as
borboletas
), melros,
Suco de
pulgão,
armadilhas
de
serradura,
farelo e
melaço.
Rebentos
de
sabugueiro,
travo,
verbasco
aos
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a
s
)
Ara
nhi
ço
ver
mel
ho
Aparece
Muitas
sob
a hortícolas
forma de diferentes.
pequenos
pontos
vermelhos
na página
inferior da
folhagem.
Coc
hon
De corpo Muitas
mole
hortícolas.
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Folhas
perfura
das
tornand
o-se
descor
adas.
Teias
muito
pequen
as
à
superfí
cie das
folhas.
As
folhas
ficam
castan
has e
secam.
Muitas
vezes
segue
m-se
podridõ
es
e
outras
doença
s.
Lesões
causad
substit
uição
do
mulch.
Utilizar
substân
cias
irritant
es
(casca
de ovo,
cinzas
ou
folhas
de
carvalh
o)
sobre a
superfí
cie.
maripo
sas.
piscos e
tordos
castanhos.
punhados
como
armadilhas.
Cebola,
alho,
crisânte
mo para
encoraj
ar tripes
predado
ras.
Plantas
de
pólen e
néctar
para
atraírem
joaninha
s
e
outros
insectos
predado
res.
Plantar
antes
do
tempo
quente.
Rotaçã
o das
culturas
.
Proporc
ionar
boa
circulaç
ão do
ar.
Regar
com
manguei
ra
em
jacto
forte.
Pasta
de
farinha
e
gordura
nas
plantas,
cinzas
peneira
das ou
água e
sabão
no solo,
perto
das
plantas.
Certos
tipos
de
mosca
s,
larvas
de
pirilam
po,
ácaros
, tripés
preda
dores
de
pulgõe
s.
Terra
de
diatomáceas,
fosfato mineral,
“suco
de
pulgão”, Piretro,
pulverização de
cebola
ou
serradura
de
cedro. Pó de
calcário
em
liquido
pegajoso.
Culturas
de
Revolv
Pulveriz Vespa
er
a ar
a s,
Terra
de
diatomáceas,
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ilha
escamado
e oval. Os
tufos de
algodão
nas folhas
são
os
casulos
dos seus
ovos.
Gor
gul
ho
das
hor
tíco
las
Adultos
de cor de
couro
com um V
no dorso.
A cabeça
tem uma
tromba
pequena
e
larga.
Larva
com
1,2cm-1,3
cm
de
diâmetro,
verde ou
bege,
com
cabeça
amarela e
linhas
ponteada
s
de
coloração
parda.
as pela
sucção.
Emurch
ecimen
to
e
queda
dos
gomos.
As
secreç
ões
atraem
formiga
s
e
fungos.
Beterraba, Abertur
couve,
as
alface,
angulo
cebola,
sas,
batata,
depois
tomate e lesões
nabo.
em
coroa
seguid
as de
desfolia
ção
total.
pólen e
néctar
para
atrair
joaninha
s
e
outros
insectos
predado
res.
terra
várias
vezes
antes
de
plantar
para
erradic
ação
das
ervas
daninha
s.
página
inferior
das
folhas
com
jactos
fortes
de
água.
joanin
has e
outros
insect
os
preda
dores.
Chapi
ns.
água de sabão,
resina
de
pinheiro,
aspersão com
serradura
de
cedro.
Ásteres
para
encoraj
ar
as
aranhas
.
Plantas
da
família
das
artemísi
a.
Rotaçã
o
de
culturas
,
amanh
os do
solo
para
destruir
as
crisálid
as.
Manter
a horta
limpa
de
ervas
daninha
s e de
lixos.
Apanha
manual
das
larvas
Aranh
as
(para
os
adulto
s),
pássar
os.
Rotenona
Couve,
tomate,
batata,
salsa,
ervilha,
alface e
aipo.
Hortelã,
pimentã
o, salsa,
rosmani
nho,
tomilho,
aipo
(como
armadil
ha),
funcho
Plantaç
ão
precoce
ou
apenas
no
Outono.
Usar
plantas
resisten
tes da
Remove
r à mão.
Vespa
s,
pulgõe
s
“assas
sinos”,
neuró
pteros,
sapos,
doninh
as e
Polvilhação
com rotenona,
piretro,
diatomácea,
cevadilha.
Pulverização
com “suco de
pulgão”, sal e
farinha,
aspersões
aromáticas.
L
a
g
a
r
t
a
Insectos
verde-pálido,
cerca de 3cm
de
comprimento,
com riscas no
dorso. Ovos
branco
d esverdeados.
a Borboletas
brancas,
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Pequen
os
orifícios
nas
folhas.
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c como adultos.
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v
e
L
a
g
a
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s
São muito
pequenas e
finas. A maior
parte são
larvas de
pequenas
mariposas e
borboletas.
Espinafre,
beterraba,
batata,
pimento e
couve.
m
i
n
e
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r
a
s
Abrem
covas e
escava
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que
parece
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túneis
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página
superio
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inferior
das
folhas.
Folhas
amarel
as e
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adas.
Vesícul
as e
enrola
mento.
(para
atrair as
vespas),
plantas
de
pólen
para
atrair os
neurópt
eros.
Ervas
da
família
da
artemísi
a como
dissuas
or.
família
da
couve.
Cobrir
as
plantas
com
rede.
pássar
os.
Plantar
em
Julho,
remove
ra
folhage
m
afectad
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Elimina
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ervas
daninha
s.
Rotaçã
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culturas
.
Destruir
as
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Apanhar
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Remove
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Armadil
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maripos
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Parasi
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naturai
s.
Pássa
ros,
incluin
do
papamosqu
itos e
aves
canora
s
Resistente a
todas as
polvilhações.
MEIOS DE COMBATE
Substâncias de origem vegetal ou animal
Designação
Nome comercial
Hidrolisado de proteínas
Óleo vegetal
Óleo de soja
Piretrinas e butóxido de piperonilo
Endomosyl
Codacine oil
Telmion
Pibutrin insecsida 33
Microrganismos utilizados na luta contra pragas
Designação
Nome comercial
Bacillus thuringiensis
Biotrata, Ret-Bt, Dipel, Turex
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Substancias que só podem ser utilizadas em armadilhas e/ou difusores
Designação
Nome comercial
Metaldeído
Feromonas
Isomate CTT e Isomate C Plus - (Cydia pomonela)
Isonet L – (Lobesia botrana)
Isomate OFM Rosso – (Grapholita molesta)
Piretroides (apenas a deltametrina e a
lambda-cialotrina)
Importância da vegetação:
Controlo da erosão;
Fixação de populações de insectos auxiliares;
Retenção da água e conservação do solo;
Fixação de predadores (aves, répteis, mamíferos);
Função ornamental;
Boa gestão da vegetação circundante = meio de luta cultural = luta biológica = limitação
natural das pragas e doenças.
PROPRIEDADES FUNGICIDAS E INSECTICÍFUGAS
Alecrim (Rosmarinus officinalis
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Alfazema (Lavandula angustifolia)
Repelem diversas pragas;
Atrai insectos polinizadores;
A sua presença resulta estimulante para outras plantas
Aneto (Anethum graveolens
Refúgio para sirfídeos e caracóis
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Arruda (Ruta graveolens
Repele gatos e formigas
Chagas (Tropaelum majus)
Planta-isco para afídeos
Possuem propriedades bactericidas
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Cravo-túnico (Tagetes sp.)
Repele nemátodos e mosca-branca.
Proporciona bons resultados na cultura de tomateiro; alho; roseiras
Calêndula (Calendula officinalis)
Produz grandes quantidades de pólen;
Atrai uma grande quantidade de insectos úteis;
Repele grande número de pragas.
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Heras (Hedera sp.)
Refúgio para sirfídeos, himenópteros e crisopas
Salsa (Petroselinum crispum )
Repele mosca da cenoura e certos escaravelhos. Proporciona bons resultados
na cultura de tomateiro; roseiras; cenouras; espargos
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IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS PRAGAS NUMA HORTA
AFÍDEOS Aphis craccivora, Aphis fabae
Prevenção com culturas intercalares
HORTELÃ, POEJO, ALHO, COENTROS,CEBOLINHO
Tratamento
ARMADILHAS CROMOTRÓPICAS
ARMADILHAS COM ÁGUA
AGUA DE SABÃO, CINZAS PENEIRADAS, PIRETRO
LARVAS MINEIRAS Liriomyza huidobrensis
Prevenção com culturas intercalares
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FAMÍLIA DA ARTEMÍSIA (ABSINTO)
Tratamento: REMOVER A FOLHAGEM ATACADA, ELIMINAR ERVAS DANINHAS,
ROTAÇÃO DE CULTURAS
ESCARAVELHO DA BATATEIRA Leptinotarsa decemlineata Say
Prevenção
PLANTAR TOMATE E BERINGELA NA BORDADURA
Luta quimica
BACILLUS THURIGIENSIS
LAGARTAS DA COUVE (Pieris brassicae L. e Pieris rapae L.)
Prevenção com culturas intercalares
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HORTELÃ, SALSA, ROSMANINHO, AIPO, TOMILHO
COBRIR AS PLANTAS COM REDES
Tratamento
REMOVER Á MÃO
POLVILHAÇÃO COM ROTENONA OU PIRETRO
COCHONILHA
Prevenção
CULTURAS DE PÓLEN E NÉCTAR PARA ATRAIR COCCINELIDEOS (JOANINHAS) E
OUTROS INSECTOS PREDADORES
Tratamento
DESALOJAR COM ÁGUA
PULVERIZAR ÁGUA DE SABÃO
Podridão cinzenta (Botrytis cinerea Pers.)
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Luta Cultural
arejamento
retirar o material doente da parcela e evitar as feridas
evitar a plantação em terrenos frios e húmidos, rega frequente e prolongada,
abaixamento térmico repentino e stress hídrico
evitar o vigor excessivo (adubação azotada equilibrada)
evitar rega por aspersão
ANTRACNOSE Colletotrichum lindemuthianum
MEIOS DE LUTA
Utilizar sementes sãs
Cultivares menos susceptíveis
Realizar rotações
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IDENTIFICAÇÃO DE AUXILIARES – Luta Biológica
COCCINELÍDEOSAdalia bipunctata
NEURÓPTEROS- Crhysoperla carnea
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DÍPTERA- Sirfidae
Consociações
Alguns exemplos:
alho x morangueiro – estímulo mútuo
milho x feijão x abóbora
cenoura x cebola (ou alho-porro) – repelência mútua sobre as moscas respectivas
tomateiro x cebola
cebola x feijão - não aconselhavel
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PLANEAR A HORTA BIOLOGICA
Antes de instalar a Horta Biológica deve fazer um diagnóstico ao seu terreno, verificar a
exposição solar, se o terreno é plano, o sistema de rega que possui e se possível fazer uma
análise de solo.
Sendo o composto orgânico fundamental da manutenção da fertilidade da sua horta, este
deve ser o primeiro passo:
Escolher o compostor:
Dependendo do espaço da sua horta poderá escolher um compostor doméstico que se
vendem em diversos espaços comerciais, ou optar por construir o seu compostor.
Antes de adquirir o compostor deve ter em atenção:

a capacidade adequada à sua produção de resíduos;

a durabilidade;

a garantia;

o custo.
Alguns exemplos de compostores:
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Escolha do Local do Compostor
O compostor deve ser colocado num local de fácil acesso durante o ano, com um misto de
sombra e sol, de preferência em cima da terra, numa superfície permeável (para facilitar a
drenagem da água e a entrada de microorganismos benéficos do solo para a pilha) e debaixo
de uma árvore de folha caduca, que permite ter sombra no Verão e sol no Inverno.
O compostor funcionará quer esteja colocado à sombra quer ao sol, mas poderá requerer
alguma atenção extra, em particular ao nível da humidade: se o compostor ficar exposto ao
sol durante todo o dia, a pilha pode secar demasiado; se for colocado à sombra, não irá tirar
proveito do calor solar e poderá ficar com excesso de humidade.
Em locais de clima seco, a localização ideal de uma pilha de composto é debaixo de uma
árvore, que proporciona sombra durante parte do dia e evita a secagem e arrefecimento do
composto. Em locais de clima húmido, com muita precipitação, convém cobrir a pilha ou
compostor porque o excesso de água atrasará a decomposição.
Materiais a compostar e a não compostar
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Procedimento
Depois de definir o local do seu compostor, coloque-o directamente sobre a terra para facilitar
o trabalho dos microorganismos.
I.Corte os resíduos castanhos e verdes em bocados pequenos.
II.No fundo do compostor coloque aleatoriamente ramos grossos (promovendo o arejamento
e impedindo a compactação);
III.Adicione uma camada de 5 a 10 cm de castanhos;
IV.Adicione no máximo uma mão cheia de terra ou composto pronto; esta quantidade conterá
microorganismos suficientes para iniciar o processo de compostagem (os próprios resíduos
que adicionar também contêm microrganismos); note-se que grandes quantidades de terra
adicionadas diminuem o volume útil do compostor e compactam os materiais, o que é
indesejável;
V.Adicione uma camada de verdes;
VI.Cubra com outra camada de castanhos;
VII.Regue cada camada de forma a manter um teor de humidade adequado. Este teor pode
ser medido através do "teste da esponja", ou seja, se ao espremer uma pequena quantidade
de material da pilha, ficar com a mão húmida mas não a pingar, a humidade é a adequada.
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VIII.Repita este processo até obter cerca de 1 m de altura. As camadas podem ser
adicionadas todas de uma vez ou à medida que os materiais vão ficando disponíveis.
IX.A última camada a adicionar deve ser sempre de castanhos, para diminuir os problemas
de odores e a proliferação de insectos e outros animais indesejáveis.
As folhas e resíduos de corte de relva acumulam-se num espaço de tempo muito reduzido e
em grandes quantidades. Caso tenha folhas em quantidades que não caibam no compostor:
Enterre algumas no solo;
Utilize-as como cobertura ("mulch") em volta do pé de plantas e árvores;
Faça uma pilha num canto do jardim; as folhas degradar-se-ão rapidamente;Guarde-as em
sacos de plástico, armazene em local seco e acessível e adicione ao compostor à medida
das suas necessidades.
Para os resíduos do corte de relva:
Coloque no compostor pequenas quantidades de cada vez e adicione materiais castanhos
(os resíduos do corte de relva têm tendência para adquirir uma estrutura pastosa e criar
cheiros);
Deixe estes resíduos expostos ao sol a secar; tornar-se-ão materiais ricos em carbono
(materiais castanhos), que poderão ser misturados aos mesmos resíduos ainda verdes.
Aspecto da pilha de compostagem dentro do compostor
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Material necessário para a compostagem:
* Materiais orgânicos (ver Tabela 1);
* Água
* Compostor de jardim
* Tesoura de podar (para reduzir a dimensão dos resíduos a compostar)
* Ancinho (para remexer o material de compostagem)
* Termómetro
•
Regador
•
Temperatura
Deve-se medir a temperatura periodicamente, por forma a verificar se ao longo do processo
os valores aumentam repentinamente até aos 70ºC e decresçam lentamente até igualarem o
valor inicial de temperatura
Humidade
Deve regar-se os materiais colocados dentro do compostor sempre que se verifique que
estes apresentam um aspecto seco.
Para verificar o teor de humidade deverá apertar com a mão uma porção do composto. Se a
água contida escoar sob a forma de gotas, a humidade do composto é adequada, se escoar
em fio tem uma humidade excessiva.
Ar
Dado que o processo decorre em meio aeróbio (presença de oxigénio), deve revolver a pilha
de composto periodicamente (1 vez por semana) com o auxílio de uma forqueta de
arejamento.
Tempo de compostagem
O tempo para compostar matéria orgânica depende de diversos factores. Por isso mesmo,
quanto maior for a atenção à pilha de compostagem, mais rapidamente funcionará o
compostor.
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Se as necessidades nutricionais da pilha forem atendidas, se os materiais forem adicionados
em pequenas dimensões, alternando camadas de materiais verdes com materiais castanhos,
mantendo o nível óptimo de humidade e remexendo a pilha 1 a 2 vezes por semana, o
composto poderá estar pronto em 2 a 3 meses.
Se o material for adicionado continuamente, a pilha remexida ocasionalmente e a humidade
controlada, o composto estará pronto ao fim de 3 a 6 meses.
O composto quando acabado não degrada mais, mesmo depois de revolvido. As suas
características variam com a natureza do material original, com as condições em que a
compostagem se realizou e com a extensão da decomposição. Mesmo assim, o composto é
geralmente de cor castanha, apresenta baixa razão C:N e alta capacidade para permuta
catiónica e para absorção de água.
Problemas, causas e soluções na compostagem doméstica
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Aplicação do Composto
Quando o composto estiver pronto:retire-o da pilha de compostagem; pode usar um crivo
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para separar o material que ainda não foi degradado.
Deixe o composto repousar 2 a 4 semanas antes da sua aplicação, especialmente em
plantas sensíveis, colocando-o em local protegido do sol e chuva (fase de maturação).
O composto é geralmente aplicado uma vez por ano, na altura das sementeiras, sendo
preferível aplicá-lo na Primavera ou no Outono, visto que no Verão o composto seca
demasiado e, no Inverno, o solo está demasiado frio.
Se usar o composto em plantas envasadas, misture 1/3 de composto com 1/3 de terra e 1/3
de areia.
Se tiver:
⇒pequena quantidade de composto, espalhe-o por cima da terra na vala onde pretende
semear.
⇒grande quantidade de composto, espalhe-o em camadas de 1 a 2 cm de espessura
misturado com o solo, sem enterrar ou espalhe-o em camadas de 2 cm à volta das árvores e
não misture com o solo.
E lembre-se que, ao compostar os seus resíduos, está a contribuir para diminuir os resíduos
enviados para aterro, assim como a necessidade de fertilizantes químicos.
Curiosidades:
As folhas perdem cerca de 3/4 do seu volume uma vez compostadas. Uma grande pilha de
folhas resultará numa pequena pilha de material compostado.
Uma família média precisa de dois sacos de lixo de jardim (76 cm x 91 cm) de folhas,
serradura ou feno por mês.
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PREPARAÇÃO DO TERRENO:
1. Limpe o terreno das pedras e materiais infestantes para o preparar para o cultivo:
Preparação do terreno, retirando infestantes e limpando a terra.
2. Desenhe uma estrutura em bancadas (talhões), que poderão ser em tiras ou em
rectangulos menores.
A estrutura é de talhões paralelos, com cerca de 120 cm de largura e corredores de 50 cm
intermédios. Os corredores servirão para tratar de casa bancada sem pisar as culturas,
A altura de cada bancada é de 40 cm.
As bancadas devem ser constiuidas por uma carga de composto e, se possível,cavadas em
profundidade. É importante trabalhar a partir de corredores e não pisar na bancada de cultivo
de forma a evitar a sua compactação..
.
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Projecto das bancadas para cultivo da horta biológica
Aspecto da estrutura da Horta Biológica em bancadas
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Para
para implementar as bancadas poderá
utilizar-se
pequenas estacas de madeira
fixando-as no chão e ligadando-as por cordas, de forma que lhe permita dividir as parcelas
corretamente tal como as desenhou. Inicialmente pode ser trabalhoso, mas
depois irá
facilitar-lhe muito as coisas. É aconselhável não retirar as estacas Elas podem ser utilizadas
para uma multiplicidade de tarefas: colocação de painéis de protecção paras aves, a
instalação de estufa plástica, e assim por diante.
Aspecto da horta com as estacas de madeira
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Depois de alcançar uma altura de 40 cm é passado um ancinho para conseguir uma bancada
uniforme, removendo as pedras que aparecem na superficie.. Por último, acrescente sobre a
superfície da bancada dois ou três centímetros
de composto.. É desejável compactar
ligeiramente lateralmente para evitar a perda de terras e permitir regar plantações sem perda
da água.
Um compostor com 3 divisórias, com composto em vários
estados para poder ser utilizado na horta biológica.
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3. Preparação do sistema de rega
Rega
Gota
a
Gota
Cada bancada tem três linhas de gotejamento. A experiência mostra que, se temos um
sistema de rega gota a gota, um programador ajustável , obteremos os melhores resultados
com o mínimo esforço e com menos desperdício de água. Desta forma, poderemos ter uma
instalação com o grau de humidade óptima em todos os momentos.
A dosagem e a frequência de rega é importante e complexa, especialmente tendo em conta
a grande variedade de plantas cultivadas numa horta biológica e as necessidades específicas
de cada uma delas em cada ciclo do seu desenvolvimento. Por outro lado, além de analisada
a
água
ou
necessidades
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de
cada
espécie
vegetal,
temos
de
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previsão do tempo local
Outro factor a ter em atenção é a estrutura do solo.
Esquema de um sistema de rega gota a gota por bancada
O sistema de rega aplicado nas bancadas
Para hortas de pequenas dimensões pode ser utilizada a rega manual
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Preparação para plantação
Em cada bancada são colocadas quatro linhas de diferentes produtos hortícolas, de acordo
com um princípio da consociação entre as culturas e associações favoráveis. Os laterais das
bancadas são utilizados para as culturas que exigem pouca humidade.
Dos outros aspectos a não esquecer são as rotações entre as culturas das bancadas. Tentase incluir na horta a maior diversidade de espécies
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Colocação de canas para tomates e feijão
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Pode observar-se mas bancadas a cobertura orgânica com palha para protecção das culturas
contra as infestantes e para retenção da humidade no solo.
Na implementaçõa da horta biológica deve ter-se partiular atenção à rotação das culturas e
às consociações.
ROTAÇÃOSucessão, ao longo de um dado número de anos, sobre uma mesma parcela, de
um certo número de culturas seguindo uma ordem determinada.
SEM AFOLHAMENTO
ROTAÇÃO
NO
TEMPO
NO MESMO
ESPAÇO

COM AFOLHAMENTO (4 FOLHAS)
ROTAÇÃO
NO TEMPO
E NO
ESPAÇO
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CRITÉRIOS PARA UMA ROTAÇÃO
ROTAÇÃO
► Suceder plantas que desenvolvam órgãos diferentes:
1 cultura de folhas (exigente em N)
2 cultura de leguminosa (exigente em P)
3 cultura de raízes (exigente em K)
4 cultura de bolbosas (exigente em K e S)
► Ter em conta as diferentes exigências quanto à matéria orgânica:
 muita/pouca - fresca/decomposta
Exemplo de rotação quadrienal no mesmo canteiro para hortícolas
1º ano - hortícolas para folhas
2º ano – hortícolas para raízes
3º ano – leguminosas
Rotação no espaço
Exemplo de rotação quadrienal de hortícolas em 4 canteirosrotação no espaço e no tempo
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Nas bordaduras da horta biológica não esquecer de plantar ou semear ervas aromáticas,
medicinais e condimentares para afastar pragas, proteger as culturas e aumentar a
biodiversidade na horta..
Pode também plantar sebes ou árvores de fruto, dependendo da dimensão da horta, para
servir de abrigo a diversas aves e outros animais que são auxiliares das culturas
Colheita dos produtos da horta – o momento tão esperado
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É expressamente proíbida a cópia deste manual para outros fins que não a da
implementação da horta biológica pelas pessoas que participaram nos cursos de formação
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Apoio:
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