Roteiro detalhado – Tour Nordeste (16 dias).

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Roteiro detalhado – Tour Nordeste (16 dias).
Roteiro detalhado – Tour Nordeste (16 dias).
Bem-vindo ao Nordeste Brasileiro. Apresento aqui detalhes de um
dos meus roteiros mais populares. É um tour de 16 dias, onde
rodaremos cerca de 4000 km, passando por diversos ambientes:
Caatinga, Cerrado, Campos Rupestres, zonas de transição
Caatinga/Mata Atlântica, Caatinga/Cerrado, Mata Atlântica de
montanha e de baixada... Gosto de chamar esse passeio de Tour dos
Contrastes; pela diversidade de ambientes, clima, cultura, e claro,
diversidade imensa de aves!! Leia com atenção e se surgir qualquer dúvida é só entrar em
contato.
Mapa geral do Tour.
Dia 01: Encontro da turma em Fortaleza. O ideal é chegar em voos antes do meio dia ou
mesmo no dia anterior, para ganharmos tempo e uma tarde de passarinhada. São 200 Km até
o belíssimo município de Icapuí no litoral leste cearense. Um dos principais “alvos” nesse local
é a saracura-do-mangue (Aramides mangle), que é bem comum na estação seca. Entre Agosto
e medos de Janeiro é o melhor período para essa espécie, pois na estação chuvosa os bichos
migram pra reproduzir no interior. Outro grande atrativo dessa região são as espécies costeiras
migratórias que ocorrem em grande quantidade especialmente entre Outubro e meados de
Março, onde buscam refúgio do rigoroso inverno do Hemisfério Norte.
Dia 02: Encerrando a passarinhada em Icapuí, seguimos para a Serra de Baturité (225 Km),
onde nos hospedaremos no Hotel Alto da Serra e passarinharemos nos municípios de
Guaramiranga e Pacoti. Por conta da sua altitude e proximidade do litoral, a Serra de Baturité é
coberta por uma mata úmida (oficialmente considerada Mata Atlântica) na sua porção mais
alta, rodeada pela Caatinga nas regiões mais baixas, sendo uma “ilha” de umidade em meio ao
semiárido; mantendo espécies únicas. Alguns destaques são a tiriba-do-peito-cinza / periquito
cara-suja (Pyrrhura griseipectus), que tem nessa serra seu principal refúgio, a maria-donordeste (Hemitriccus mirandae), pica-pau-anão-da-caatinga (Picumnus limae), joão-decabeça-cinza (Cranioleuca semicinerea), vira-folha-cearense (Sclerurus cearensis), chupadente-do-nordeste (Conopophaga cearae), saripoca-de-gouldi (Selenidera gouldii), arapaçurajado-do-nordeste (Xiphorhynchus atlanticus), pica-pau-ocráceo (Celeus ochraceus), tovacacampainha (Chamaeza campanisona), que na verdade trata-se de uma espécie ainda não
descrita), as formas locais da saíra-militar (Tangara cyanocephala cearenses), choca-da-mata
(Thamnophilus caerulescens cearensis), dentre outros...
Link pra vídeo da tiriba-de-peito-cinza / periquito cara-suja: https://youtu.be/pbmyPhjiVc4
Dia 03: Ao encerrar a passarinhada na Serra de Baturité, seguiremos para Quixadá ( 110 Km ),
que fica no sertão central do Ceará e é famosa por suas formações rochosas, chamadas de
inselbergs. Aqui nos hospedaremos no excelente hotel Pedra dos Ventos e daremos nossos
primeiros passos na Caatinga. Alguns destaques são o bacurauzinho-da-caatinga (Nyctidromus
hirundinaceus) durante o dia, periquito-do-sertão (Eupsittula cactorum), rapazinho-dos-velhos
(Nystalus maculatus), pica-pau-ocráceo (Celeus ochraceus), casaca-de-couro (Pseudoseisura
cristata), gralha-cancã (Cyanocorax cyanopogon), choca-barrada-do-nordeste (Thamnophilus
capistratus), chances com a rara jacucaca (Penelope jacucaca), dentre outros. Passarinhada
nos arredores do Hotel PM.
Link pra vídeo do bacurauzinho-da-caatinga: https://youtu.be/rG5l7lz1Jd8
Dia 04: Passarinhada cedo nos arredores do hotel e longa viagem até a Chapada do Araripe (
350 Km ), com algumas paradas em lagoas de beira de estrada onde teremos a chance de
registrar a paturi-preta (Nomonyx dominicus) e as vezes a marreca-de-bico-roxo (que é incerta
pois realiza migrações), dentre outros. Na Chapada do Araripe, nos hospedaremos no Hotel
Encosta da Serra e passarinharemos nos municípios de Crato, Barbalha, Potengi e Araripe.
A Chapada entrou de vez pro mapa da observação de aves mundial, quando em 1996, uma
ave belíssima foi descoberta pela Ciência na região; o soldadinho-do-araripe (Antilophia
bokermanni) é sem dúvidas um sonho de consumo de qualquer passarinheiro ao redor do
globo e nós vamos nos dedicar bastante pra conseguir boas fotos desse bicho fantástico. Mas
além da Encosta da Chapada, que mantem uma mata úmida por conta das centenas de
nascentes que escoam na região, nós também vamos passarinhar no alto do planalto, em
áreas de Caatinga bem densa (denominadas como Carrasco). Esse ambiente é o lar de vários
endemismos da Caatinga, como o torom-do-nordeste/pompeu (Hylopezus ochroleucus), bicovirado-da-caatinga (Megaxenops parnaguae), chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi),
choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus), dentre outros.
Link pra viedeo do soldadinho-do-araripe: https://youtu.be/mBGUbZ6J5XM
Dia 05: Dia inteiro passarinhando na região da Chapada do Araripe, explorando as Caatingas
do alto do Planalto.
Dia 06: Passarinhada na encosta da Chapada pela manhã, onde nosso principal objetivo é o
soldadinho-do-araripe, e viagem até Canudos – BA (360 Km). Nos hospedaremos em
alojamentos dentro da Estação Biológica de Canudos, um lugar incrível, gerenciado pela ONG
Biodiversitas, criado para proteger uma das áres de dormida e reprodução das araras-azuisde-lear (Anodorhynchus leari). Visitar esses paredões de arenito ao amanhecer é uma das
esperiências mais emocionantes que tenho como observador de aves (jamais vou enjoar). As
araras são o atrativo principal, mas além delas teremos a chance de encontrar novamente
espécies de Caatinga, como o joão-chique-chique (Synallaxis hellmayri), que é comum mas
sempre difícil de fotografar, o papa-moscas-do-sertão (Stigmatura napensis), alegrinhobalança-rabo (Stigmatura budytoides), aratinga-de-testa-azul (Thectocercus acuticaudatus),
pica-pau-anão-pintado (Picumnus pygmaeus), rabo-branco-de-cauda-larga (Anopetia
gounellei), o bacurauzinho (Nannochordeiles pusillus), dentre outros.
Link para video da arara-azul-de-lear: https://youtu.be/FxHFVvVfhkk
Dia 07: Saimos 4:30 da manhã para os paredões de dormida das araras, onde ficaremos
passarinhando, tendo como alvo principal as araras-azuis-de-lear até umas 08 da manhã.
Retornamos para a Reserva para tomar o melhor café da manhã da viagem (o famoso café da
Tânia). Depois do café é pé na estrada para uma longa viagem até a Chapada Diamantina (+ -
530 Km); onde ficaremos hospedados na agradabilíssima Pousada Casa da Geléia, na cidade
histórica de Lençois.
A Chapada Diamatina é famosíssima por conta de suas inúmeras belezas naturais
(caminhadas, cachoeiras, rios cristalinos, grutas e paisagens de tirar o fôlego). A Chapada é
imensa e com uma diversidade enorme de ambientes, por lá em um mesmo dia vamos
passarinhar em Campos Rupestres, Caatinga, Cerrado e Mata Úmida! São vários os “alvos”
nessa região, com destaque é claro para o belíssimo beija-flor-de-gravata-vermelha (Augastes
lumachella). Mas além dele teremos o papa-formiga-do-sincorá (Formicivora grantsaui) e o
tapaculo-da-chapada-diamantina (Scytalopus diamantinensis), ambos descritos para a Ciencia
apenas em 2007 e endêmicos da Chapada Diamantina; o tico-tico-do-são-francisco (Arremon
franciscanus), chifre-de-ouro (Heliactin bilophus), rabo-mole-da-serra (Embernagra
longicauda), maria-corruira (Euscarthmus rufomarginatus), papa-moscas-de-costas-cinzentas
(Polystictus superciliaris), tapaculo-de-colarinho (Melanopareia torquata), tangará-príncipe
(Chiroxiphia pareola) e muitos outros !! Façam um filtro de espécies no Wiki Aves pelos
municipios de Lençois, Palmeiras e Mucugê.
Link para video do beija-flor-de-gravata-vermelha: https://youtu.be/3AZK3BhTVNM
Dia 08: Dia inteiro explorando vários ambientes da Chapada Diamantina nos municipios de
Lençois, Palmeiras e Mucugê.
Dia 09: Tomamos o café-da-manhã cedo e já partimos com todas as malas no carro, paramos
pra passarinhar no caminho em Palmeiras e seguimos rumo a Boa Nova (500 Km), onde nos
instalaremos na Pousada dos Pássaros, que é básica mas tem tudo que precisamos e o
atendimento do pessoal de lá é sempre nota dez. Se der tempo, já vamos passarinhar um
pouco no final da tarde no famoso lajedo dos beija-flores.
Boa Nova é uma região muito especial pois abriga cerca de 430 espécies de aves; a razão
dessa imensa diversidade é que nessa área ocorre o encontro da Mata Atlântica montana com
a Caatinga, dai temos várias aves típicas de Caatinga, de Mata Atlântica e ainda temos a “Mata
de Cipó”, que é justamente a zona de transição entre os dois domínios vegetacionais nessa
região. Essa mata é caracterizada por muitas lianas (cipós) e por bromélias gigantes no chão da
floresta, que é exatamente onde vive o gravatazeiro (Rhopornis ardesiacus), um endemismo
notável dessa floresta, que infelizmente se encontra bastante ameaçada. Graças ao trabalho
árduo de ONGs como a SAVE Brasil ( http://savebrasil.org.br/wp/ ), parte da Mata de Cipó e da
Mata Atlântica boanovense, hoje são Parque Nacional e pelo menos em teoria, estão
protegidas.
Mas além da Mata de Cipó, em Boa Nova tem muito mais bichos especiais, alguns destaques
da Mata Alântica são o joão-baiano (Synallaxis whitneyi), rabo-amarelo (Thripophaga
macroura), acrobata (Acrobatornis fonsecai), chororó-cinzento (Cercomacra brasiliana),
anambezinho (Iodopleura pipra), tangarazinho (Ilicura militaris), caburezinho (Glaucidium
minitissimum), narcejão (Gallinago undulata) e muito, muito mais!! Temos também a
possibilidade de refazer ou tentar outros bichos de Caatinga se por acaso ainda precisarmos de
algo. E obviamente, um dos grandes destaques da região é o lajedo-dos-beija-flores, onde em
certa época do ano (principalmente entre Setembro e Fevereiro), centenas de beija-flores,
com destaque para o beija-flor-vermelho (Chrysolampis mosquitus) vem se alimentar no final
da tarde das flores dos cactus coroa-de-frade, é espetacular!! ( assista um video nesse link:
https://youtu.be/TsSPOAX9SVE ).
Link para video do gravatazeiro: https://youtu.be/U5dMyduWa1A
Dia 10: Boa Nova.
Dia 11: Partimos cedo para mais uma jornada (290 Km) até a Reserva Mata do Passarinho, que
compreende os municipios de Macarani na Bahia e Bandeira, já em Minas Gerais. Esse é o
único refúgio conhecido do raríssimo entufado-baiano (Merulaxis stresemanni), uma das
espéces mais raras do mundo, com um população total de possivelmente menos de 10
individuos. Ficamos hospedados nos ótimos alojamentos da Reserva, onde os passarinhos
estão por todos os lados. Fotografar o entufado-baiano não é fácil, além de raro o bicho ta
sempre nos emaranhados do fundo da floresta escura. Vamos fazer o possível, mas sempre em
mente que não podemos exagerar com playbacks pois a espécie é realmente extremamente
rara. Além de abrigar o entufado-baiano, essa mata é refúgio pra uma número incrível de
espécies raras e ameaçadas. Teremos muito o que fazer por aqui.
Dia 12: Após a passarinhada matinal seguiremos para Porto Seguro (300 Km), uma das praias
mais famosas da Bahia, mas praia fica pra depois pois nosso alvo aqui são algumas das aves
mais raras da Mata Atlântica.
Vamos passarinhar na Reserva Estação Veracel (que abrange os municípios de Porto Seguro e
Santa Cruz Cabrália), área de mais de seis mil hectares que conserva parte das “Matas de
Tabuleiro”, que tem estrutura parecida com a Floresta Amazônica, recebendo assim o nome
de “Hiléia Baiana”. Com certeza o bicho mais desejado aqui é o crejoá (Cotinga maculata), que
por sua vez é raríssimo e muito discreto (a vocalização não é conhecida), iremos vasculhar os
dosséis das árvores e buscar por fruteiras, que proporciona chance maior de encontrá-lo. Esse
realmente não é garantido, mas vamos tentar bastante!! Além dele, tem várias outras espécies
fantásticas e também raras, como o balança-rabo-canela (Glaucis dohrnii), bacacu-de-asabranca (Xipholena atropurpurea), tiriba-grande (Pyrrhura cruentata), bandeirinha (Discosura
longicaudus), chorona-cinzenta (Laniocera hypopyrra), chauá (Amazona rhodocorytha),
choquinha-de-rabo-cintado (Myrmotherula urosticta), o raríssimo urutau-de-asa-branca
(Nyctibius leucopterus), pica-pau-de-coleira e etc.
Vamos passarinhar já no final da tarde, ficando na mata até o anoitecer pra tentar o raro
urutau-de-asa-branca (link para video do urutau: https://youtu.be/xjr5jSwywZo ).
Dia 13: Café-da-manhã cedo e partimos para a Reserva Veracel. Voltamos pra almoçar no
excelente restaurante Portinha e na parte da tarde retornamos para a Reserva.
Link para video do crejoá: https://youtu.be/ZzRA87kAoBw
Dia 14: Passarinhada pela parte da manhã na Veracel se necessário e seguimos (200 Km) para
a Reserva Serra Bonita no município de Camacan, na minha opinião um dos locais mais
bacanas da viagem; com comedouros e bebedouros (sempre ótimas oportunidades
fotográficas). Lá nos hospedaremos no meio da floresta, nas acomodações de ótima qualidade
da Reserva. Nessa região, graças aos esforços do Dr. Vitor Becker e sua família, uma boa
porção da Mata Atlântica vem sendo preservada (assistam matéria sobre a Serra Bonita no
Good News aqui: https://youtu.be/299q0D6yN88 e no Globo Rural aqui:
https://youtu.be/6q2xuFpQlx4 . São várias as raridades que iremos à procura, como a
borboletinha-baiana (Phylloscartes beckeri), a sabiá-castanha (Cichlopsis leucogenys),
choquinha-chumbo (Dysithamnus plumbeus), choquinha-pequena (Myrmotherula minor),
araponga-do-horto, o belíssimo tangará-rajado (Machaeropterus regulus), mais uma chance
com o acrobata, rabo-amarelo, araçari-poca, tangarazinho, e muito mais.
Dia 15: Dia inteiro na Reserva Serra Bonita.
Dia 16: Transfer para o aeroporto de Ilhéus ( 150 Km). De preferencia reservar voos na parte
da tarde ou noite.
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Municipios onde vamos passarinhar ao longo da Tour em cada Estado.
Ceará: Icapuí, Guaramiranga, Pacoti, Quixadá, Iguatu, Crato, Barbalha, Potengi, Araripe.
Bahia: Canudos, Lençois, Palmeiras, Mucugê, Boa Nova, Macarani, Porto Seguro, Santa Cruz
Cabrália, Camacan.
Minas Gerais: Bandeira.
Obs: Para otimizar a passarinhada é indicado o uso da ferramenta de filtro de lifers no Wiki
Aves.
Leitura complementar:
A Silvia Linhares (colega passarinheira) fez um relato ilustrado com um roteiro bem parecido
com o dessa viagem e publicou em seu Blog. Recomendo a leitura, que esta dividida em vários
links de acordo com o local visitado. O primeiro é esse que segue, e a partir dele tem os
demais:
http://silvialinhares.blogspot.com.br/2014/12/parte-i-tour-nordeste-2014viagem_30.html
Informações importantes:
Ao final do Tour vamos ter percorrido cerca de 4000 Km. Eu vou dirigir durante todo o trajeto.
Utilizaremos um confortável Renault Duster 4x4 com bagageiro externo para que todas as
malas sejam bem acomodadas. Em algumas ocasiões carro 4x4 é recomendável (as vezes
essencial) para que cheguemos em segurança em todas as áreas de passarinhada.
Modelo do carro que será utilizado na Tour
Sobre os hotéis, utilizaremos sempre que possível locais de qualidade, organizo esses
passeios desde 2006 e tenho meus locais de preferência. Alguns oferecem café-da-manhã
cedo e outros não tem essa opção. Quando não temos café-da-manhã cedo eu preparo um
café-preto e providencio algo na noite anterior (sanduiches, frutas, biscoitos, suco...) e
comemos no campo para ganharmos tempo.
Café-da-manhã servido no campo.
Serviço de celular é bom (eu uso Vivo) em quase todas as áreas que vamos visitar (com 3G em
quase todos os lugares,) e wi-fi é oferecido em todos os hotéis, com exceção das Reservas da
Biodiversitas (arara-azul-de-lear e mata do passarinho), por enquanto ainda não tem energia
elétrica (está sendo providenciada a instalação de energia solar) na reserva das araras. Mas lá,
vamos jantar na cidade e podemos usar wi-fi no restaurante e as baterias devem ser todas
carregadas na noite anterior (eu vou avisar com antecedência) e em caso de emergência
podemos recarregar na casa dos funcionários que moram na cidade. Só passaremos uma noite
lá, o local é tão bonito que garanto que ninguém vai sentir falta de energia (e eles oferecem
lanternas com leds, suficiente para iluminar o quarto).
Sobre equipamentos, além dos fotográficos e binóculos (pros que gostam), é sempre bom ter
uma lanterna boa, perneiras são sempre recomendadas pra quem anda no mato (nunca tive
problemas com serpentes; mas prevenir é sempre melhor...), bonés, botas confortáveis (essas
de trekking), roupas leves e que sequem rápido (a maioria dos hotéis oferecem serviços de
lavanderia, portanto não é preciso viajar com o guarda-roupa inteiro na mala, hehehe).
Protetor solar, repelente contra inseto (não tem nenhuma área com excesso de mosquitos,
mas é sempre bom evita-los), guarda-chuva e um casaco leve (o clima pode variar de 15° a 40°
graus).
Sobre o Guia: Sou nascido em Fortaleza e desde muito cedo desenvolvi grande fascínio pela
natureza e em especial pelas aves. Formei-me em Ciências Biológicas pela Universidade
Federal do Ceará em 2007, mas já entrei na faculdade com intenção de estudar as aves e
desde 2000 (quando entrei) já comecei a me envolver em trabalhos, especialmente
relacionados a levantamento e Conservação de aves no Ceará.
Por cinco anos trabalhei em uma ONG chamada Aquasis onde ajudei a fundar os Projetos de
Conservação do soldadinho-do-araripe e do periquito cara-suja (que ainda existem e tem
obtido grandes resultados). Mas trabalhos com Conservação acabam envolvendo muita
burocracia e como sou bicho-do-mato e não consigo ficar muito tempo em um mesmo local,
descobri meio que por acaso o trabalho de guia de observação de aves e em 2005, guiei minha
primeira turma e depois disso nunca mais parei. Já são mais de cem viagens organizadas
principalmente pelo Nordeste e a maioria delas ainda é com estrangeiros (mas nosso mercado
vem aumentando cada vez mais). Quando não estou guiando, estou explorando outras áreas
pelo Brasil, fazendo minhas próprias passarinhadas e pesquisas, procurando contribuir para o
conhecimento das aves brasileiras. Dentre vários trabalhos que já participei, destaco a
descoberta recente de uma espécie nova para a ciência (ainda em processo de descrição). Veja
aqui
uma
matéria
de
divulgação
nessa
descoberta
no
O
ECO:
http://www.oeco.org.br/convidados/26787-o-maranhao-tem-palmeiras-e-aves-inusitadas
Venho de uma família com grande tradição em fotografia e esse vício me levou cedo a
fotografar aves (comecei ainda antes da era digital). Sempre tive predileção por buscar e
fotografar aves raras. Tendo assim recebido alguns prêmios, incluindo ai 10 premiações no
concorrido concurso promovido pelo Avistar Brasil (sendo dois primeiros lugares e dois
prêmios especiais por espécies raras). Minhas fotos já foram utilizadas em inúmeras
publicações ao redor do mundo, ajudando a divulgar e conservar áreas que abrigam espécies
raras. Durante as guiadas sempre carrego uma câmera, embora eu sempre vá me esforçar ao
máximo para que os clientes consigam suas fotos, não consigo abandonar o vício e sempre que
possível também vou tentar fazer algumas fotos (sem atrapalhar os outros) especialmente no
caso de bichos mais raros.
Carrego uma série de equipamentos de ponta para otimizar ao máximo a passarinhada (Ipods,
caixinhas de som potentes e sem fio, laser pointer, lanternas potentes, uso binóculos, posso
levar luneta caso o cliente também tenha interesse em observação além de fotografia,
conheço muito bem todos os locais que vamos visitar).

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